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Equipa GPS

Projecto GPS Livro Três

Edições Salesianas


FICHA TÉCNICA Título: Projecto GPS. Livro Três Autor: Equipa GPS © 2009. Edições Salesianas Rua Dr. Alves da Veiga, 124 4022-001 Porto Tel.: 225 365 750 / Fax: 225 365 800 edisal@edisal.salesianos.pt www.edisal.salesianos.pt Capa: Paulo Santos Paginação: Paulo Santos + rAP

ISBN: 978-972-690-596-7 Depósito Legal: 298420/09 Impressão e acabamentos: Tipografia Tadinense


Apresentação

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A experiência tem mostrado que é muito difícil, quase impossível, ter a maturidade de fé necessária neste século XXI, apenas com a frequência da catequese da infância e da adolescência.

Este livro contém as propostas para as reuniões semanais do terceiro ano do Projecto GPS. O Projecto GPS prevê e recomenda vários momentos de intervenção. Um deles são as reuniões semanais de 90 minutos. Para que sejam reuniões criativas, alegres, profundas, o animador pode socorrer-se das nossas propostas.

A observação da realidade e a reflexão sobre as dificuldades e sucessos de tantos animadores de Norte a Sul do país tem-nos mostrado que uma experiência autêntica de grupo, onde se aprende o que é ser cristão fazendo experiência dos valores do Evangelho, é mesmo necessária para chegar a ser “adulto na fé”, para ser um discípulo fiel e entu­ siasmado de Jesus de Nazaré.

As reuniões estão agregadas em seis módulos (ou catequeses). Cada módulo decorre ao longo de cinco encontros semanais. Este livro oferece as propostas, as dinâmicas e os materiais a usar nos encontros com o grupo.

O Projecto GPS não é um “catecismo”, um elenco de conteúdos. É um conjunto de materiais peda­ gógicos que ajudam o jovem e o grupo a dominar todas as dimensões do ser cristão. É uma proposta para jovens que já fizeram uma caminhada de fé.

Este livro inclui também um CD-rom contendo os materiais que podem ser fotocopiados e distribuídos pelos elementos do grupo. O CD inclui ainda actividades alternativas às que estão no livro impresso. O animador deve seleccionar aquelas que mais se adaptam às características e necessidades do seu grupo. Entre essas propostas alternativas estão algumas apresentações vídeo e multimédia.

Este “Livro Três” faz parte de um pacote de quatro volumes. O “Livro Zero” é um manual geral para todo o projecto. Inclui pistas importantes para todos aqueles que querem uma pastoral juvenil de qualidade. Recomendamos fortemente a sua leitura e consulta frequente. O “Livro Zero” dá ao animador as chaves de leitura para perceber o que está a suceder no seu grupo. Para apoiar as reuniões semanais ao longo dos três anos temos o “Livro Um” (para o 1º ano), o “Livro Dois” (para o 2º ano) e o “Livro Três” (para este 3º ano). Além destes três livros com as propostas para as reuniões semanais, recomendamos que o animador (só com o seu grupo ou em parceria com outros grupos) promova uma experiência séria de retiro. Para orientar esses tempos fortes de encontro, reflexão, conversão e oração propomos: “Livres para...” (1º ano), “Sonhar o futuro” (2º ano) e “Voltar ao Pai” (3º ano).

qui está o “Livro Três” do Projecto GPS. É um apoio de qualidade para o animador que faz pastoral juvenil e que quer levar a caminhada de iniciação cristã dos seus jovens a bom porto.

Projecto GPS O Projecto GPS é a resposta entusiasmada da família salesiana em Portugal ao apelo dos nossos bispos: Em ordem ao amadurecimento e ao compromisso cristão, os jovens devem encontrar nas suas comunidades ou nas estruturas da pastoral juvenil, propostas organizadas e acessíveis de itinerários de fé que, a seguir à frequência da catequese sistemática, motivem e apoiem novas atitudes e comportamentos de inspiração evangélica. (Bases para a pastoral juvenil, nº 10)

Para quem? O Projecto GPS não é uma solução mágica para todas as tarefas da pastoral juvenil. É “apenas” um itinerário, um caminho, para ajudar aqueles jovens entre os 16 e os 20 anos a assumirem a sua iden-

Queremos uma pastoral juvenil de qualidade. Este livro faz parte de um itinerário de três anos de duração a percorrer com os jovens entre os 16 e os 20 anos que querem assumir a sua iniciação cristã. 5


tidade cristã. É importante que o animador tenha isso bem presente e que o saiba comunicar bem. Isso evita ambiguidades dentro da paróquia, na relação com a catequese e na relação com os jovens. Este projecto não serve para “entreter os jovens”, o grupo de jovens que propomos não se vai limitar a “debater” uns temas sem ligação à vida. Não é um projecto de primeira evangelização, para levar o Evangelho àqueles que O não conhecem e pedindo deles a conversão.

alguma coisa? Em rigor isto ainda não é planificar. Mas se tiveres pouca experiência pode ser uma ajuda para perceberes que o grupo não se reduz a uma sucessão de encontros semanais. É um itinerário de longa duração. Importante, importante é chegares a fazer uma programação detalhada por módulos. Esta planificação são as tuas decisões sobre quais actividades vão ser feitas, em que datas, em que moldes, quais as alternativas que tens para gerir os imprevistos.

Um animador em forma Neste Projecto GPS o animador é o elemento decisivo. Os nossos livros são secundários face à qualidade do animador. A vantagem deste Projecto é que não é necessário ser um super-animador, equi­ pado com todas as virtudes e tecnologias, com centenas de horas de formação às costas. Mas alguma formação de base é sempre recomen­dada. Se tive­res a oportunidade de frequentar algum curso de iniciação para animadores, não a percas. Da mesma “família” do Projecto GPS, há também um projecto de formação de animadores que está a ser publi­cado por esta editora e apoiado por algu­mas dioceses (Aveiro, Algarve, Braga, Évora, Lamego, Viseu, Setúbal...).

As novidades Este terceiro ano do GPS vai confrontar o animador com alguns desafios. O grupo continuou o seu processo de amadurecimento. É natural que ao longo deste ano o grupo esteja na 4ª e 5ª fase do ciclo evolutivo. As propostas concretas que fazemos estão desenhadas tendo isso em consideração. O grupo está muito mais seguro de si. A qualidade da comunicação cresceu e a rede de relações dentro do grupo está bem estabilizada. Neste momento a atenção dos participantes centra-se muito mais nos conteúdos do que anteriormente. Recomendamos, mais uma vez, que o animador leia com atenção os capítulos do Livro Zero, relativos ao ciclo evolutivo do grupo. Ali, o animador vai encontrar muita informação útil para interpretar a forma como o grupo reage bem como pistas para resolver problemas.

Recomendamos também uma leitura atenta ao “Livro Zero”. Planear Depois de teres lido o Livro Zero, procura ler todo este Livro Três. Isso vai dar-te uma visão global do caminho que queremos fazer ao longo do ano.

Uma outra novidade importante é que o percurso do grupo se aproxima do final. E por isso será impor­tante preparar o depois-do-grupo.

Aproveita para fazer um esboço de planificação anual. Quais os momentos importantes do ano? Quando começam e terminam as actividades do grupo? Para que datas apontamos o retiro? Quais das campanhas vamos fazer? Algumas destas decisões não são exclusivas do animador. Devem ser tomadas em diálogo com o grupo e com os outros responsáveis de pastoral da paróquia.

Mudanças de pessoal O Projecto GPS defende uma certa estabilidade do grupo. Supomos que a maioria dos elementos que estão neste 3º ano do Projecto são os mesmos que o iniciaram. Mas é sempre possível que tenha havido uma ou outra saída. O papel do animador é ajudar o grupo a lidar com maturidade com essas saídas e a manter os contactos possíveis. Do mesmo modo, é possível que tenha havido algumas entradas. O animador deve ajudar os recém-chegados e o grupo todo a integrarem-se. Claro que não é

Pode ser uma ajuda fazer uma planificação mais detalhada por trimestres. De Setembro a Dezembro, o que vamos fazer? E entre o Natal e a Páscoa? E da Páscoa até ao Verão? Nas férias grandes faremos 6


fácil em poucas reuniões encontrar o seu espaço num grupo que já tem uma memória de anos, que já passou por muitas interacções, que aprendeu a manter-se unido. É um esforço sério para os novos elementos, para o grupo como um todo e também para o animador.

Nesta fase do grupo, o animador não sonha com uma harmonia universal. Empenha-se numa forma adulta e cristã de lidar com o conflito. É muito difícil haver um conflito verdadeiramente secreto, que só afecta duas pessoas, dentro do grupo. Há sempre gente que sabe do que se passa. E, claro, o animador é sempre dos últimos a saber! O animador não tem que resolver o conflito à frente do grupo. Se ele envolve só algumas pessoas, ele pode tentar resolvê-lo só com eles.

Relação animador-grupo Uma das tarefas importantes para o animador, logo no início do ano, é verificar a qualidade da sua relação com o grupo. Para os animadores com menos experiência pode ser uma tarefa difícil. Darmo-nos conta que há um conflito, que o grupo ou parte do grupo não nos aceita bem, pode ser sentido como um ataque às nossas intenções ou à nossa capacidade como animadores. E por isso, alguns animadores preferem “disfarçar” que não se passa nada, que está tudo bem. Outros preferem “eliminar” os jovens mais contestatários. Claro que o resultado é apenas o perpetuar de uma relação pobre entre grupo e animador.

Mas, resolvendo-o ou não, ele pode ajudar o grupo a tomar consciência de que há um conflito. E confrontar todos com as suas responsabilidade como cristãos. Declarando como não aceitáveis práticas como a intriga, a maledicência, a mentira. Convidando a perceber as razões do “outro lado”. Apelando ao poder da oração. Cultivando a prática do perdão. Pedindo que mesmo os que não estão envolvidos tenham uma postura construtiva. Dando exemplo e sabendo acolher quem agiu mal. Por um grupo aberto É previsível que os jovens apreciem esta experiência de grupo. E isso pode conduzir ao risco de criar um grupo fechado em si mesmo. O que não é compatível com as metas que o Projecto GPS assume. Só se pode ser cristão em Igreja. Claro que, neste momento, a experiência de Igreja em que se está a investir é o próprio grupo. Mas isso não dispensa ninguém de cultivar relações fortes com outras expe­riências de Igreja.

Há uma alternativa de verdade. Que pede humildade, competência técnica, sentido de oração. Que obriga o animador a desprender-se das suas falsas imagens. Que o vai levar à mudança. Não está em causa saber “de quem é a culpa” num eventual conflito entre grupo e animador. O importante é que o eventual conflito seja gerido de forma adulta e cristã. E o papel do animador é, precisamente, ajudar o grupo todo a superar esses obstáculos.

Ao longo deste ano, o animador deve estar muito atento a propor e valorizar experiências de inserção e colaboração com a paróquia, com outros grupos e com as famílias.

Conflitos dentro do grupo O animador deve também verificar a existência de conflitos dentro do grupo. As pessoas adaptam­‑se. E pode acontecer que num grupo tudo esteja aparentemente bem. Mas onde as pessoas se resi­ gnaram a certos bloqueios de relação. O papel do animador é ajudar o grupo a superar a paz podre que, por vezes, se instala no grupo.

Namoros e Faculdade Outro dos desafios que se coloca ao grupo e ao seu sucesso é o factor idade. À medida que crescem, os jovens enfrentam algumas situações que podem pôr em causa a sua participação no grupo.

Alguns desses conflitos podem ter nascido dentro do próprio grupo. Normalmente os animadores detectam-nos e acompanham-nos com qualidade. Outros conflitos acontecem fora do grupo mas o seu impacto é trazido para dentro do grupo.

A entrada no ensino superior ou no mundo do trabalho. Mudam os horários, muda às vezes a residência. O ritmo de trabalho do grupo, os horá­ rios novos, vão ser afectados por esta realidade. 7


O grupo e o animador têm de ser criativos para lidar com esta dificuldade acrescida.

sentem-se mais comprometidos. E trazem consigo uma maior proximidade ao mundo e à sensibilidade dos seus companheiros de grupo.

A seriedade dos namoros. Muitas relações de na­ moro, com a idade, tornam-se mais sérias. Por ve­zes, de forma obsessiva. Outras, de forma saudá­ vel. O animador deve ajudar os jovens a encontrar espaço e tempo para tudo.

O papel da oração Ao longo de todo o Projecto GPS a oração, pessoal ou em grupo, tem sido uma das nossas apostas. A experiência da pastoral juvenil mostra que é na oração que se conseguem as sínteses de fé mais interessantes e duradouras. Que se encontram os recursos, as energias, para fazer a síntese entre a fé e a vida.

Mudança nas metodologias Com a entrada na 4ª fase do ciclo evolutivo do grupo, os jovens são mais capazes de se centrar nos conteúdos. Os jogos relacionais, as metodologias inovadoras não são tão necessárias. E podem até tornar-se fonte de distracção para quem quer aprofundar as questões.

Por maioria de razão, neste terceiro ano em que os conteúdos ganham um peso tão grande, a oração vai continuar a ser um lugar importante.

Isso levou, neste Livro Três, a procurar algumas novidades ao nível das propostas. Queremos dar mais atenção aos conteúdos. Mas não queremos cair na “seca”. Não podemos regressar àquela velha maneira de fazer que se limita a perguntar a opi­ nião; que se esquece que nem todos têm a mesma motivação e as mesmas capacidades comunicativas.

Mas para que haja uma oração de qualidade, o animador tem um papel importante. Ao incentivar os jovens a uma oração pessoal, regular e autêntica. Ao cuidar da qualidade dos momentos de oração em grupo. Este livro, nos momentos de oração propõe cantos, textos da Palavra de Deus, palavras humanas… não é isso que faz a oração. Isso é apenas o “esquema” da oração. A oração real é aquela que acontece quando o grupo e cada um dos seus membros se abre à presença desafiante e transformadora de Deus.

Queremos continuar a apostar numa aprendizagem activa. Com estratégias variadas ao longo dos diferentes módulos e encontros, conseguimos oferecer um leque de metodologias variadas, acessíveis ao animador “normal”, ricas de conteúdo, capazes de motivar.

Recordamos que, no âmbito do Projecto GPS, já estão em forma de livro (além de continuarem dis­ poníveis na internet), as propostas de Lectio divina para jovens (Orar a Palavra).

Mais do que nos anos anteriores, o animador vai ser chamado a fazer e propor sínteses do que foi dito pelo grupo e do que é dito pelo nosso património de fé. Estas sínteses estão bem identificadas. Mas o animador não se deve limitar a ler. De acordo com as características do grupo ele deve procurar formas eficazes de garantir a assimilação dessas sínteses. Pode ser mais declarativo ou mais dialogante com o grupo. Pode usar mais a palavra ou usar mais a imagem. O importante é adaptar a nossa proposta à realidade, às capacidades e recursos de cada grupo concreto.

Os outros momentos A qualidade da vida do grupo não se esgota nas reuniões e nos temas propostos. Há uma série de ocorrências que o animador deve valorizar: aniversários pessoais, acontecimentos importantes da vida do grupo ou dos seus elementos, actividades de pastoral juvenil a nível local ou diocesano… A vida está cheia de pequenas e grandes oportunidades onde o grupo pode acontecer.

Uma estratégia extra passa por envolver alguns jovens na preparação e condução das reuniões. Dá mais trabalho ao animador. Mas os jovens envolvidos 8


Quem é quem no GPS? O Projecto GPS resulta, em primeira linha, de muitos pedidos e sugestões de animadores e responsáveis de pastoral juvenil. Mais no concreto, é a resposta da família salesiana em Portugal a esta carência de itinerários de qualidade. A equipa que concebeu e executou o Projecto GPS é constituída por: • Pe. David Teixeira. Membro da equipa vocacional dos Salesianos, • Ir. Fernanda Luz. Responsável pela pastoral juvenil das irmãs Salesianas (FMA), • Pe. João de Brito. Superior dos salesianos em Portugal, • Pe. Paulo Pinto. Mestre em educação social, • Pe. Rui Alberto. Mestre em pastoral juvenil e catequética, • Dr. Sérgio Fraga. Licenciado em psicologia, • Pe. Tarcízio Morais. Mestre em ciências da educação. Além destes há uma lista não fechada de “parceiros associados”. São animadores de pastoral juvenil que, duma forma consistente, estão a produzir materiais de apoio para o Projecto GPS: canções, textos, reflexões, apresentações multimédia... E também tu podes partilhar connosco os teus materiais: gps@edisal.salesianos.pt O Projecto GPS é fruto também dos estímulos, sugestões e encorajamentos de tantos responsáveis nacionais e diocesanos pela pastoral de jovens. Há muita gente que leva a pastoral de jovens a sério. Escutar todos esses bispos, sacerdotes, religiosos e leigos ajudou este projecto a nascer e a ganhar consistência.

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O meu novo B.I.

M贸dulo 1


Para o animador INTRODUÇÃO AO MÓDULO

B

em-vindos a este primeiro módulo do 3º ano do Projecto GPS. Como já vai sendo hábito, damos aqui informações de qualidade para ajudar à caminhada dos jovens do grupo.

Mesmo diante da doença, da fragilidade, da impotência. Mesmo diante do afastamento dos que amamos. Mesmo quando não conseguimos controlar nada mais na nossa vida, quando tudo nos parece ter sido tirado, a unção dos doentes diz-nos que a nossa identidade de baptizados, de pessoas configuradas pela fé no Deus de Jesus Cristo, não será derrotada por nada.

O percurso Este módulo reúne propostas e conteúdos que um observador distraído julgaria desligados.

Identidade

Começa por ajudar os jovens a tomar consciência da responsabilidade que é construírem a sua identidade com autonomia e responsabilidade.

O tema da identidade é um dos desafios maiores que hoje se põem à pastoral juvenil. Para um jovem responder às clássicas perguntas “Quem sou eu?”, “Quem quero ser?” tem que articular muita informação pessoal e muitas vozes que vêm da sociedade e da cultura.

A seguir abordamos o tema da fé, deste nosso estilo de estar na vida e de nos relacionarmos com Deus. O animador deve tomar boa consciência que estes dois temas (identidade e fé) estão inti­ mamente ligados. A fé oferece a cada um de nós os recursos necessários para conseguirmos cons­ truir uma identidade verdadeira.

Num passado ainda não muito longínquo a pressão social e familiar tornava fácil a tarefa de construir a identidade. De facto, as opções eram poucas e assumir a identidade pessoal consistia em aceitar aquilo que nos era servido.

O Baptismo ajuda a integrar esses dois temas. Como baptizados somos pessoas cuja identidade mais profunda é sermos filhos de Deus. Definimo-nos pela nossa fé. É a nossa relação de confiança radical em Deus, a adesão ao seu projecto que nos faz ser quem somos, que nos revela a nossa identidade mais autêntica.

Hoje, com a pluralidade de escolhas que pode­ mos fazer (a nível profissional, de valores, de relações, de consumos…) torna-se mais difícil escolher. E por isso, a escolha de muitos jovens é, precisamente, não escolher. Adiar, de forma sistemática, as respostas à pergunta sobre a identidade pessoal.

Mas neste módulo não nos interessa observar o baptismo como uma experiência do passado. Que­remos fazer vida da fórmula teológica que diz que o “baptismo imprime carácter”. Ser baptizado é algo que muda para sempre a nossa identidade, a nossa maneira de ser. Por isso, usamos algum tempo para consciencializar que ser baptizado é algo que nos afecta em cada dia da nossa vida, em todos os aspectos da nossa vida.

A dificuldade de definir a identidade nasce da pluralidade de opções que temos à disposição. Entendamo-nos: o facto de dispormos, hoje, de muitas opções de escolha, é bom. Mas essa dificuldade cresce quando a pessoa assume (ou aceita que lhe imponham) uma antropologia (uma visão da pessoa humana) fechada e redutora. Uma antropologia que nega o papel aos valores, que nega a natureza espiritual e livre da pessoa, que nega a abertura ao transcendente.

Concluímos abordando a unção dos doentes. Numa sociedade como a nossa em que a doença e a morte se tornaram o mais abjecto dos tabus, é importante afirmar uma visão cristã da doença. A experiência da doença põe em causa a nossa identidade e, muitas vezes, a nossa fé. O sacramento da unção dos doentes ajuda-nos a perceber até que ponto a fé é capaz de nos ajudar a manter uma identidade optimista e corajosa.

Recusamos a ideia de uma identidade sempre adiada. Mas estamos conscientes das dificuldades. A nossa postura de animadores, de pessoas maduras, comprometidas com valores, guiadas por um projecto de vida credível (apesar das contradições de cada um de nós) vai ser um 12


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estímulo para os jovens na sua tarefa de assumir uma identidade clara.

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Deus ganha um rosto: Jesus de Nazaré. Jesus, a sua pessoa, gestos, palavras, morte e ressurreição são a suprema revelação de Deus. Por isso acre­ ditar em Deus é acreditar (confiança e conteúdos) em Jesus.

Estamos convencidos que o encontro com Jesus de Nazaré ajuda os jovens a desenvolver identidades harmoniosas, abertas aos outros.

Como recorda o Directório Geral de Catequese “a fé cristã, pela qual uma pessoa diz o «sim» a Jesus Cristo, pode ser considerada numa dupla perspectiva:

Fé Os sociólogos dizem que uma alta percentagem (talvez mais de 90%) dos nossos concidadãos afirma acreditar em Deus. Mas será que “acre­ ditar em Deus” significa o mesmo para todos? Talvez não. Significa o mesmo que ter uma fé cristã? Quase de certeza que não. Por detrás de expressões como “fé” e “acreditar” há ideias e práticas muito diferentes. E esta pluralidade de significados pode acontecer também dentro do grupo de jovens ou na paróquia. Por isso é muito importante que o animador tenha claro o que quer dizer quando propuser a fé como atitude aos jovens que anima.

ss Como adesão a Deus que se revela (…) A fé consiste em confiar na Palavra de Deus e abandonar-se a ela; ss Como conteúdo da revelação e da mensagem evangélica (…) A fé exprime-se através do empenhamento em conhecer sempre melhor o sentido dessa palavra” (DGC 92). Esta insistência na dupla dimensão da fé (relação e conteúdo) é importante para a pastoral juvenil. Muitos jovens afirmam ter uma boa relação com Deus ao mesmo tempo que rejeitam (ou aceitam com dificuldade) os conteúdos cristãos da nossa fé. Uma realidade não pode ser separada da outra.

A fé na Bíblia Quando lemos o Antigo Testamento descobri­ mos que acreditar em Deus é confiar n’Ele porque Deus é como uma rocha sólida. É idiota apoiar-se em coisas ou pessoas que não merecem a confiança (porque são traiçoeiras ou porque não são sólidas). Mas em Deus podemos acreditar, confiar. Porque Ele é fiel e não nos deixa ficar mal.

Fé e liberdade Outra ideia importante para perceber a fé é a ideia de liberdade. A experiência da fé não é um processo social ou comercial. Não tem nada que ver com hábitos sociais nem com imposições legais. Deus, na sua liberdade, decidiu revelar‑Se. Não apenas comunicar umas informações à humanidade; decidiu Ele mesmo interagir connosco. Iniciar um diálogo com o homem. A fé consiste em aceitarmos esse diálogo com Ele, em dizer-Lhe «sim». Em liberdade, que é a única forma de comu­nicar. A fé é a experiência de duas liberdades (a de Deus e a nossa) que se encontram e que se amam. O nosso sim a Deus é dito em humana liberdade. O nosso sim não é automático. Passa por fases de crescimento, socorre-se de tantas mediações… tal como acontece com qualquer outro sim que queiramos dizer em liberdade.

A fé tem uma dupla dimensão de relação e de conteúdo. Qual a relação com Deus? Medo, submissão, engano? Nada disso! Para o Antigo Testamento será confiança. Mas essa relação com Deus é de confiança porque “Deus” tem um determinado conteúdo: é o Deus que criou o universo, que chamou Abraão, que libertou o seu povo. Alguns textos parecem não negar que existam outros deuses: “Os deuses dos pagãos não valem nada; foi o SENHOR quem criou os céus” (Sl 96, 5). Mas mesmo existindo, não merecem a fé, a nossa confiança, pois o seu conteúdo não o merece. “Os ídolos dos pagãos são ouro e prata, obra das mãos dos homens: têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não vêem…” (Sl 115, 4-8).

Fé e identidade Acreditar em Deus é uma experiência muito pessoal. Se não nascesse da identidade profunda de mim mesmo, de nada valeria. Por isso é que quando professamos o Credo usamos a primeira

No Novo Testamento a fé mantém todas as carac­terísticas já presentes no Antigo, mas agora 13


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pessoa do singular: (eu) creio! Mas, ao mesmo tempo, a experiência da fé é também eclesial. É um “nós”. Não só porque eu só chego a acreditar a partir do que me foi transmitido por outros: o testemunho de pais, catequistas, animadores que me mostram a beleza da fé, a celebração da comunidade, os gestos de amor e serviço indu­ zidos pela fé (apoio aos mais débeis, solidariedade…), a Palavra de Deus escrita…

Dar a Deus a confiança significa colocar a vida nas mãos de Deus. É entregar a Deus tudo o que se é: os projectos, as coisas que se foram cons­ truindo. Mas esta relação tão profunda, tão íntima com Deus não é uma relação fechada. Não é, como na metáfora da boneca de sal, fundir-se no outro e deixar de existir. Era uma vez uma boneca de sal. Embora fosse de sal, nunca tinha visto o mar. Por isso, um dia, deixou a sua terra e pôs-se a caminho em direcção ao mar.

Mas também porque ao acreditar em Deus, ao confiar n’Ele e ao aderir a sério ao seu projecto de felicidade, me sinto unido a todos aqueles que têm a mesma fé. Já não somos um somatório de indivíduos isolados que tem as mesmas opiniões. Ao aderir a Deus, passamos a ser irmãos uns dos outros, passamos a ser Igreja.

Depois de percorrer muitos quilómetros, chegou finalmente ao final da viagem. Ficou fascinada por aquela imensidão de água a perder-se no infinito. Nunca tinha visto uma coisa assim tão grandiosa. Mas seria isso o mar? Por isso, perguntou:

A experiência da fé tem efeitos secundários. Mas não dos tóxicos. A experiência da fé transforma-nos por dentro e leva-nos a assumir valores novos, um novo estilo de vida mais em sintonia com as propostas de Jesus. Vemo-nos a nós próprios, aos outros e às situações do mundo que nos rodeia (por negativas que sejam) com outros olhos. Com mais optimismo. A fé leva-nos a uma prática de vida nova.

– Quem és tu? Com um sorriso, o mar respondeu: – Entra nas minhas águas e comprova-o tu mesma! E a boneca de sal meteu-se no mar. Mas, à medida que avançava nas águas, ia-se derre­tendo, até que dela nada ficou.

A fé e os outros Quando numa relação há amor autêntico, surge, quase como um bónus, a confiança. As duas partes envolvidas nessa relação de confiança sentem que há verdade e liberdade na sua relação. E por isso mostram uma à outra quem são realmente. E isto é verdade para as relações humanas, mas também para a nossa relação com Deus.

Mas, antes de se dissolver completamente, exclamou maravilhada: – Agora sei quem sou! Apesar de ser uma relação total, esta relação com Deus não nos isola nem afasta da relação com os outros. Pelo contrário. Quem dá a sua confiança a Cristo descobre depressa um amor que não se pode calar. Um amor contagioso. A fé, quando é verdadeira, leva-nos ao amor e à comunhão com os outros. A fé gera vida. Leva a fazer escolhas, leva ao empenho forte e generoso em favor dos outros.

Paulo resume esta experiência na frase “Sei a quem dei a minha confiança” (2Tm 1, 12). Nestas palavras de Paulo há serenidade, paz interior, alegria, força, intensidade. Há uma dimensão cognitiva: “sei”. Mas há, ao mesmo tempo, um acto de fé que envolve toda a sua pessoa: “dei a minha confiança”. Esta dupla dimensão da fé (conhecimento-confiança) está equilibrada na pessoa de Jesus Cristo. Em quem é que Paulo confia? Em Cristo. Ele é a sua vida nova. Dirá Paulo, escrevendo aos Gálatas: “Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim” (Gal 2, 20).

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Baptismo

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Santo desça sobre a água, para que todos os que vão ser baptizados possam nascer “da água e do Espírito” (Jo 3, 5).

Os ritos Observando os ritos do Baptismo conseguimos entender melhor o que está em causa.

Baptismo. É o rito essencial do sacramento. Pode ter duas formas: derramar água sobre a cabeça ou mergulhar na água. São gestos que significam e realizam a entrada na família de Deus, a Santís­ sima Trindade. O sacerdote diz: “Eu te baptizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. O baptismo realiza uma identificação tão forte entre o baptizado e Cristo que o Pai de Jesus passa a ser o Pai do baptizado; o Espírito de Jesus passa a ser também o Espírito do baptizado.

O nome. Não somos números. Cada um de nós é único, irrepetível. Fomos pensados, desejados, amados e escolhidos por Deus. Convidados pessoalmente a uma relação forte com Ele que nos transforma em imagens vivas do seu Filho Jesus. A cerimónia do baptismo começa clarificando o nome da pessoa que vai ser baptizada. Na Bíblia, dar o nome a alguém é um assunto sério. Quando se fala de dar o nome a alguém está sempre envolvida a intervenção de Deus. Cada um de nós, com o seu nome único, recebeu de Deus uma vocação específica. Deus quer algo de grande de cada um de nós e temos a vida inteira para a rea­ lizar.

Veste branca. O recém-baptizado é revestido com uma roupa branca (a maior parte das crianças já vai de branco para o baptizado e por isso este rito mal se nota). Significa que “o novo cristão é revestido de Cristo” (Gal 3, 27). Vela. A vela, acesa no círio pascal (símbolo de Cristo ressuscitado) significa que Cristo iluminou a vida do crente. Unidos e identificados com Cristo, os baptizados são a “luz do mundo” (Mt 5, 14).

O sinal da cruz. Exprime a marca de Cristo sobre aquele que está para se associar a Cristo. E recorda a força da redenção de Jesus. A história de Jesus, simbolizada com a sua cruz, cruza-se com a história daquele que vai ser baptizado. De algum modo simboliza-se que devem tornar-se histórias semelhantes na doação e no amor que liberta.

O que acontece no Baptismo? Os diferentes efeitos interiores provocados pelo Baptismo são significados pelos elementos físicos do rito baptismal. A imersão na água recorda o símbolo da morte e da purificação mas também a regeneração e o renovamento.

A Palavra de Deus. Em toda a celebração baptismal deve ser escutada com calma e solenidade a Palavra de Deus. Ela recorda a todos a verdade de Deus, a revelação que Ele fez de Si mesmo à sua Igreja. Deus tomou a iniciativa de comunicar connosco; nós respondemos-Lhe com a fé. E sem essa fé, que é resposta positiva à autocomunicação de Deus, o Baptismo torna-se um rito meramente social, vazio.

Os efeitos principais do Baptismo são a entrada na Igreja (a comunidade dos seguidores de Jesus), a purificação dos pecados e o novo nascimento no Espírito (Act 2, 38; Jo 3, 5). Fazer parte da Igreja, comprometer-se com a causa e a pessoa de Jesus Cristo não é uma formalidade como inscrever-se num clube de futebol. É uma opção séria de vida que exige uma transformação radical da identidade.

Exorcismo. Não se trata de reeditar nesta ceri­ mónia nenhum filme de terror. O Baptismo significa a libertação do mal, do pecado e do seu instigador. Por isso se pronuncia um exorcismo sobre aquele que vai ser baptizado.

Essa ade­são forte a Cristo não é nunca individualista. Coloca-nos em comunhão com todos aqueles e aquelas, de todos os lugares, de todos os tempos, que fizeram a mesma opção. Com o Baptismo passamos a fazer parte desse povo de Deus que é a Igreja.

Unção com o óleo dos catecúmenos. “Unção”, em grego, diz-se “crisma”. Aquele que vai ser baptizado é primeiro ungido, como sinal da sua identificação com Cristo.

A quem aceita associar-se a Cristo e ao seu projecto de salvação, Deus oferece uma vida nova. Todos os pecados, todos os gestos de negação do amor, são perdoados.

Água baptismal. Esta água é consagrada com uma oração em que se pede ao Espírito Santo que a abençoe. A Igreja pede a Deus que, por meio de seu Filho, o poder criativo do Espírito 15


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O Baptismo é realmente um novo nascimento. Através do Baptismo deixamos para trás uma vida que vale o que vale, nas suas contradições entre o desejo do bem e os condicionamentos e egoísmos do pecado. E acolhemos uma vida em Cristo. Uma vida nova aberta à beleza, ao amor, à esperança.

no meio do seu povo. As curas eram um sinal da chegada do reino de Deus para os povos antigos, habituados a ligar as doenças à acção dos espíritos malignos. E Jesus envolve os seus discípulos, a Igreja inicial, nesta tarefa: anunciar o Reino e curar os doentes. Sabemos que mesmo depois da sua morte (Actos dos Apóstolos) os discípulos continuaram com essa prática.

Unção dos doentes

Desde o seu início a Igreja se empenhou no serviço aos doentes e aos moribundos. Quer com a oração quer com a criação dos primeiros hospitais.

Quando Jesus andava pela Palestina, uma das maneiras mais poderosas com que anunciava o Reino de Deus era a cura dos doentes. Cerca de metade do evangelho de Marcos consiste no relato de algumas dessas curas. Ao curar os doentes, Jesus anuncia o amor de Deus já presente

O sacramento da Unção dos doentes é parte desses serviços que a comunidade eclesial presta a quem é afligido pela doença.

Objectivos/competências • • • • • •

Viver de fé: Fé Celebrar a Salvação: Vivência quotidiana do baptismo Celebrar a Salvação: Unção dos doentes Rezar ao Deus da vida: Leitura da Bíblia Viver em Igreja: Relação com a comunidade Assumir a identidade e o crescimento: Maturidade

Conteúdos -- Conceitos: • • • • • • • • •

Fé como abertura à comunhão com Deus Fé como acolhimento da mensagem de Deus Abraão e Maria como modelos de fé Fé como dom de Deus e resposta humana A identidade reconfigurada em Cristo e na Trindade pelo baptismo Necessidade do baptismo Conhecer o ritual do baptismo Sentido cristão da dor e da doença Teologia do sacramento da Unção dos doentes

-- Procedimentos: • Clarificar o que é “ter fé” • Identificar as manifestações imaturas de fé • O sinal da cruz • Identificar os símbolos do baptismo 16


P A R A

O

A N I M A D O R

• • • •

Fazer memória do próprio baptismo Renovação das promessas baptismais Participação numa celebração comunitária de unção dos doentes Experiência pessoal de Lectio divina

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Empenho de fazer crescer a fé em Deus nas duas dimensões de confiança e conteúdo Sentir-se filho de Deus Assumir a condição fraterna dos baptizados Apreço pela condição de cristão Superar o tabu face à doença e à dor Solidariedade cristã e vontade de presença diante do irmão doente Assumir a vida com seriedade

-- Atitudes:

Observações metodológicas Este módulo exige uma certa solidez doutrinal por parte do animador. É conveniente ler bem os textos, meditar e rezar os textos bíblicos propostos. Mas deve ser evitada a todo o custo a tendência a reduzir os encontros a conferências. Nos momentos em que se pede que o animador proponha uma síntese doutrinal, ele deverá fazê-lo a partir das experiências feitas pelo grupo, a partir das vivências dos jovens concretos do grupo.

Material • • • • • • • • •

Bilhete de identidade Documento “Identidade madura” Música de fundo Documento “Acreditar em Deus” Documento “Os grandes crentes” Campainha Folhas A4 Documento “O Baptismo” Meditação gravada no CD “O baptismo de Jesus”

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P A R A

O

A N I M A D O R

Planificação 1º encontro Experiência humana Primeira actividade

2º encontro

4º encontro

Anúncio da Palavra Primeira actividade Etapa 1 – 5 min. Etapa 2 – 10 min.

Etapa 1 – 10 min.

Etapa 3 – 20 min.

Etapa 2 – 40 min.

Etapa 4 – 20 min. Etapa 5 – 15 min. Etapa 6 – 10 min.

Segunda actividade

3º encontro

Segunda actividade

Primeira actividade Etapa 1 – 10 min. Etapa 2 – 5 min. Etapa 3 – 10 min. Etapa 4 – 15 min. Etapa 5 – 20 min.

Segunda actividade

Expressão de Fé Primeira actividade Etapa 1 – 5 min. Etapa 2 – 5 min. Etapa 3 – 3 min. Etapa 4 – 3 min. Etapa 5 – 20 min. Etapa 6 – 15 min.

Segunda actividade

Etapa 2 – 7 min. Etapa 3 – 7 min.

Etapa 2 – 7 min.

Etapa 3 – 5 min. Etapa 4 – 3 min. Etapa 5 – 7 min.

Etapa 2 – 10 min. Etapa 3 – 15 min. Etapa 4 – 10 min. Etapa 5 – 10 min. Etapa 6 – 5 min. Etapa 7 – 10 min. Etapa 9 – 10 min.

Etapa 2 – 3 min. Etapa 1 – 10 min.

Etapa 1 – 5 min.

Etapa 8 – 10 min.

Etapa 1 – 7 min. Etapa 1 – 5 min.

5º encontro

Etapa 1 – 20 min. Etapa 2 – 15 min.

Etapa 6 – 5 min. Etapa 7 – 7 min.

Recursos - Bibliografia Sobre o Baptismo: Catecismo da Igreja Católica 1213, 1223-1225, 1234-1245, 1262-1271 Sobre a fé: Catecismo da Igreja Católica 144-175, 1814-1816 - Canções: Com tudo o que sou (Livro-CD Capaz de Ti, Claudine Pinheiro, Edições Salesianas) Se Deus está por nós (Livro-CD Um só Senhor, Tarcízio Morais, Edições Salesianas) Meu tudo (CD Meu tudo, Terceira Margem) Recolher-me (Livro-CD Capaz de Ti, Claudine Pinheiro, Edições Salesianas) És filho (Livro-CD Um só Senhor, Tarcízio Morais, Edições Salesianas) Na minha fraqueza (Livro-CD Capaz de Ti, Claudine Pinheiro, Edições Salesianas) Precisamos de Ti (CD Entrega, Simplus, Edições Salesianas) 18


Desenvolvimento 1º encontro Experiência humana

Experiência humana (segunda actividade)

Experiência humana (primeira actividade)

Apresentação da sequência de actividades

Etapa 1 – 10 min. Etapa 2 – 40 min.

Total: 50 min.

Etapa 1 – 5 min. Etapa 2 – 7 min.

Total: 19 min.

Etapa 3 – 7 min.

Actividade: Autor de mim Objectivos da actividade oo Tomar consciência e exprimir os traços essenciais da identidade pessoal. oo Assumir a possibilidade/responsabilidade de assumir a construção da identidade pessoal. oo Interiorizar um conjunto de pistas para estruturar uma identidade madura.

ETAPA 1

Duração - 10 min. O animador convida cada um a mostrar aos colegas de grupo o seu bilhete de identidade e as informações nele contidas. Se não tiver o B.I. à mão, pode apenas partilhar as informações de que se lembra.

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D E S E N V O L V I M E N T O

A seguir, o animador pergunta ao grupo quais as informações que aparecem no B.I.: “Segundo o estado, o que é necessário para descrever a identidade de uma pessoa?” (Nome, data de nascimento, local de nascimento…) Depois do diálogo, o animador continua: “O que falta nesta lista para mostrar quem somos realmente?”

Alternativa à etapa 1

Duração - 10 min. O animador convida cada um a preparar por escrito uma apresentação livre de quem se é. Deve indicar as características, as qualidades, os dotes, o aspecto físico, os teus interesses e capacidades… tudo o que diz “quem és”. Depois, cada um sintetiza essa descrição num SMS (não mais de 116 caracteres). Depois de todos terem redigido o seu SMS o animador diz: “Até agora descreveste como te vês a ti mesmo. E como te vêem os outros? Compara os resultados das duas descrições e escreve os resultados.”

ETAPA 2

Duração - 40 min. Depois do diálogo o animador aponta alguns critérios de identidade madura. “Os dados que constam no nosso B.I. foram-nos impostos. Nós não escolhemos o nosso nome nem o local onde nascemos; não escolhemos os nossos pais nem a nossa altura. Mas hoje podemos ser autores da nossa identidade. Podemos ser nós a definir quem somos e quem queremos ser. Quais os valores que temos por verdadeiros. Como nos relacionamos com os outros. O que queremos fazer na vida.” A seguir, o animador apresenta o documento “Identidade madura”. Em grupo ou em pequenos grupos de trabalho, dialogar sobre o significado e relevância destas 10 pistas para uma identidade madura. Depois, pessoalmente, cada um elabora uma lista de “Adquiridos” (processos de identidade com desempenho positivo) e “Carências” (processos de identidade ainda incompletos). Com muito respeito, o animador convida à partilha em grupo do ponto de situação pessoal.

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Índice Apresentação ���������������������������������������������������������������������������������������������������05

Módulo 1: O meu novo B.I. �����������������������������������������������������������������������������11 Para o animador................................................................................................. 12 Desenvolvimento................................................................................................ 19 1º encontro................................................................................................................ 19 2º encontro................................................................................................................ 24 3º encontro................................................................................................................ 29 4º encontro................................................................................................................ 38 5º encontro................................................................................................................ 43

Módulo 2: Este fogo! ����������������������������������������������������������������������������������������53 Para o animador................................................................................................. 54 Desenvolvimento................................................................................................ 61 1º encontro................................................................................................................ 61 2º encontro................................................................................................................ 67 3º encontro................................................................................................................ 70 4º encontro................................................................................................................ 75 5º encontro................................................................................................................ 77

Módulo 3: Eles e elas ���������������������������������������������������������������������������������������89 Para o animador................................................................................................. 90 Desenvolvimento................................................................................................ 98 1º encontro................................................................................................................ 98 2º encontro.............................................................................................................. 101 3º encontro.............................................................................................................. 106 4º encontro.............................................................................................................. 112 5º encontro.............................................................................................................. 116

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Módulo 4: E depois? ���������������������������������������������������������������������������������������131 Para o animador............................................................................................... 132 Desenvolvimento.............................................................................................. 141 1º encontro.............................................................................................................. 141 2º encontro.............................................................................................................. 146 3º encontro.............................................................................................................. 156 4º encontro.............................................................................................................. 160 5º encontro.............................................................................................................. 175

Módulo 5: Casa-Terra ������������������������������������������������������������������������������������193 Para o animador............................................................................................... 194 Desenvolvimento.............................................................................................. 199 1º encontro.............................................................................................................. 199 2º encontro.............................................................................................................. 203 3º encontro.............................................................................................................. 208 4º encontro.............................................................................................................. 215 5º encontro.............................................................................................................. 220

Módulo 6: Fazer a festa do amor ��������������������������������������������������������������������229 Para o animador............................................................................................... 230 Desenvolvimento.............................................................................................. 235 1º encontro.............................................................................................................. 235 2º encontro.............................................................................................................. 241 3º encontro.............................................................................................................. 248 4º encontro.............................................................................................................. 254 5º encontro.............................................................................................................. 260

E agora? ���������������������������������������������������������������������������������������������������������268 Índice �������������������������������������������������������������������������������������������������������������269

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