MEDITAÇÕES GUIADAS PARA SEGUIR JESUS
Jane E. Arsenault
EDIÇÕES SALESIANAS
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FICHA TÉCNICA Colecção: Um lugar Calmo Título: MEDITAÇÕES GUIADAS PARA SEGUIR JESUS Subtítulo: Orientações para a Direcção das Meditações Vida Nova: Pedras mortais Discípulo: Tu amas-me Auto-estima: Sal para a terra; luz para o mundo Segredos: No silêncio da noite Autor: Jane E. Arsenault
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“Originally published in American edition as Guided Meditations for Youth on personal themes, by Jane E. Arsenault, © 1995 by Saint Mary’s Press, Christian Brothers Publications, 702 Terrace Heights, Winona, Minnesota, United States of America.” © 2011. Edições Salesianas Rua Dr. Alves da Veiga, 124 4022-001 Porto Tel. 225 365 750 Fax. 225 365 800 edisal@edisal.salesianos.pt www.edisal.salesianos.pt Capa: Paulo Santos Paginação: João Cerqueira Tradução: Rui Alberto Produção da versão Portuguesa: Rui Alberto Locução: Ana Celeste ISBN: 978-972-690-667-4 Depósito Legal: 337093/11 Impressão e acabamentos: Edições Salesianas
Índice
Orientações para a Direcção das Meditações
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Vida Nova: Pedras mortais
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Discípulo: Tu amas-me
Auto-estima: Sal para a terra; luz para o mundo 30 Segredos: No silêncio da noite
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Orientações para a Direcção das Meditações PREPARAÇÃO DO GUIA
Como guia da meditação, a sua preparação é particularmente importante para o sucesso da mesma. Reze a meditação para si mesmo antes de servir de guia para um grupo. Isso ajudará a tornar o seu estilo e conteúdo familiares. Alguns dos temas podem pedir uma breve revisão doutrinal com o grupo. Rezar a meditação previamente, a sós, permitirá aperceber-se se há ou não necessidade disto. No caso de ter optado por apresentar ao seu grupo uma das actividades artísticas opcionais como seguimento das experiências de meditação, é aconselhável que a experimente antes das reuniões, de forma a certificar-se de que vai resultar bem e para saber melhor que instruções fornecer. Se pretende guiar a meditação pessoalmente, em vez de utilizar a gravação em CD referente à mesma, deve ensaiar a meditação no seu todo, incluindo os comentários introdutórios, a leitura das Escrituras e as orações de abertura e de fecho. Este procedimento visa a que, na altura própria, esteja devidamente preparado para permitir ao grupo tempo suficiente para a imaginação fazer o seu trabalho, transportando-os para os momentos propostos, e para que possa ocorrer uma reflexão devota a partir do discurso do guia. As meditações devem, pois, ser lidas lenta e piedosamente, utilizando sempre suaves melodias instrumentais como música de fundo. A passagem das Escrituras que precede cada uma das meditações deve ser lida apenas por um bom leitor que tenha feito uma preparação prévia. A leitura do fragmento bíblico é importante para estabelecer o assunto e o tom da meditação. Deve ser lido de forma reverente e expressiva, sempre a partir de uma Bíblia.
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PREPARAÇÃO DOS PARTICIPANTES
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Como introdução a uma meditação orientada, pode começar por explicar aos participantes que a forma de oração que vai ser utilizada requer o envolvimento da sua imaginação, e que o Espírito Santo estará presente nas suas almas, no decorrer da oração, para os ajudar a comunicar com Deus. Lembre-se sempre que este tipo de oração pode não ser fácil para todos os elementos do grupo. Alguns dos participantes podem ter medo de fechar os olhos devido a inseguranças; outros podem ter dificuldades em lidar com os seus sentimentos; em certos casos, as pessoas podem ter obstáculos pessoais no seu relacionamento com Deus. Por vezes, é útil sossegar os participantes, explicando-lhes que, mesmo que não consigam alcançar a disposição de espírito necessária à meditação, podem utilizar aquele período para sossegarem a sua alma, relaxarem e conversarem com o Senhor à sua própria maneira. Também se deve dizer aos participantes que, embora se trate de uma meditação orientada, se o Espírito os guiar noutra direcção podem seguir este novo curso de reflexão, sem se preocuparem com as palavras que estão a ser ditas. Aconselhe-os a manterem sempre uma atitude receptiva e dócil, a deixarem-se ir, e a permitirem que o Espírito Santo faça o seu trabalho. Há uma dificuldade que pode não ser evidente a princípio, e que consiste no facto das pessoas que usam certo tipo de lentes de contacto poderem não conseguir manter os olhos fechados durante muito tempo. Sugiram a estes elementos do grupo que ponham a cabeça para baixo, escondendo o rosto na dobra do braço, com o cotovelo dobrado, se lhes for de todo impossível retirarem as lentes. Outro grupo de participantes que pode experimentar dificuldades com este tipo de oração é constituído por aquelas pessoas que sofrem de asma ou sinusite. Em vez de respirarem pelo nariz durante os exercícios respiratórios, podem respirar suavemente pela boca. Durante a etapa de relaxamento e as fases centrais da meditação, o período de tempo em que se deve suster o ar deve, também, ser bastante curto.
MÚSICA
É importante utilizar suaves melodias instrumentais para criar e manter o clima da meditação. Pode-se pôr a música já a partir do momento em que o grupo se começa a reunir. Esta constitui também um bom pano de fundo para dar as necessárias instruções aos participantes. É aconselhável haver CDs ou cassetes adicionais para passar durante as actividades que se seguem à meditação. Como o ideal é que estas actividades tenham lugar num espaço diferente, o clima da meditação sofrerá menos transtornos se, previamente, se colocarem leitores de CDs ou cassetes nas diferentes áreas. Dar aos participantes tempo suficiente para reflectirem e identificarem as experiências por que acabaram de passar é um elemento essencial deste tipo de oração. As questões para reflexão ajudarão os membros do grupo a cumprirem este objectivo da forma pretendida. Escolha várias questões e passe-as em computador, dei xando espaço para a resposta depois de cada uma. Faça uma cópia do documento para cada participante e conceda-lhes um período de tempo suficientemente alargado para lhes permitir responderem às questões e partilharem as suas reflexões com o resto do grupo. Recorde que estas experiências de oração nunca devem ser vividas debaixo de pressas ou pressões. QUESTÕES PARA REFLEXÃO
De forma a evitar perturbações para o ambiente tranquilo da meditação, o melhor é que distribua a folha com as questões (com a face virada para baixo) à medida que os participantes se sentam nos seus lugares. Também se deve lembrar de dar a cada um um lápis ou uma esferográfica. Se as pessoas estiverem sentadas no chão, pode distribuir-lhes capas ou livros de capa dura, para que lhes seja mais fácil escrever. Ao passar as folhas, esclareça que se trata de um questionário de reflexão para responder somente depois da meditação.
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Explique, também, aos participantes que as suas respostas são confidenciais e que os questionários não se destinam a ser recolhidos no fim. Quando chegar a altura das reflexões serem partilhadas, reconheça e honre todas as respostas de igual modo, respeitando a escolha das pessoas que não quiserem partilhar os seus pensamentos com o grupo. ACTIVIDADE ARTÍSTICA Cada experiência de oração é E RITUAL DE ORAÇÃO acompanhada por duas formas (OPCIONAL) opcionais de expressão artística. Cada uma delas compreende um ritual de oração. É possível substituir as perguntas de reflexão por estas actividades.
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Se optar por uma das experiências de expressão artística, deve preparar os materiais necessários antecipadamente e colocá-los no espaço que o grupo vai utilizar para trabalhar. Na medida do possível, os participantes devem ser familiarizados com a actividade artística antes do período de oração, para evitar perturbações para o ambiente da meditação. Este procedimento também lhe possibilitará fornecer instruções específicas para a actividade sem ter que responder a um grande número de questões particulares. No caso de ter realizado a actividade previamente, pode ser útil mostrar aos membros do grupo o trabalho artístico que daí resultou. É imprescindível que o espaço em que a experiência de oração vai ter lugar seja tranquilo – sem a interfe rência de toques de telefones, campainhas e ruídos semelhantes. Se necessário, pode colocar um letreiro nas porta da sala com um aviso do tipo: “Estamos a rezar! Por favor, não incomodar.” ESPAÇO
Os participantes podem sentar-se numa cadeira ou no chão, numa posição que achem confortável, mas devem sempre
guardar uma certa distância entre si (cerca de um metro, por exemplo), de forma a que cada um tenha o seu próprio espaço e não se distraiam mutuamente. A sala em que vai decorrer a meditação deve, assim, ser suficientemente grande para permitir que as pessoas se disponham desta forma. Os participantes devem ser desencorajados de se deitarem no chão, para evitar que alguém possa adormecer. Cada um dos temas das diferentes experiências de oração pode ser reforçado através da criação de uma espécie de “centro de mesa”, um objecto que reflicta o motivo central, e que pode ser colocado sobre uma pequena mesa, sobre um altar ou no meio da sala. Esta representação do motivo deve incluir objectos que espelhem a mensagem da oração. Por exemplo, no caso da meditação sobre o tema da coragem (“Levanta-te, pega no teu catre e anda”), o motivo central pode ser elaborado com uma almofada e um cobertor, uma maca de lona ou um colchãozinho de criança; uma muleta ou bengala; uma Bíblia aberta na passagem mencionada e velas; todos estes objectos devem ser colocados sobre um pano castanho ou de tom castanho-amarelado. DECORAÇÃO CENTRAL (OPCIONAL)
Para estabelecer o tema da meditação sobre a perda (“Senhor, se Tu cá estivesse...!”), o objecto central deve ser cons tituído por velas, incenso (tendo em atenção as alergias dos participantes), um túmulo improvisado e uma Bíblia aberta na passagem tratada, objectos que devem ser dispostos sobre tecido branco ou dourado. Para a meditação sobre a gratidão (“A descoberta da graça divina”), pode-se utilizar moedas, uma vassoura e um apanhador, um baú do género “arca do tesouro”, velas e uma Bíblia aberta na passagem das Escrituras referida, colocando todos os objectos sobre um pano amarelo ou vermelho.
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Para reforçar a meditação sobre as necessidades (“Água para quem tem sede”), pode utilizar a representação de um poço, uma bilha de água e uma concha, velas e uma Bíblia aberta na passagem das Escrituras evocada. Estes objectos devem ser dispostos sobre tecido azul.
MATERIAIS PARA CADA MEDITAÇÃO • uma Bíblia; • um leitor de cassetes ou de CDs; • o guião da meditação ou uma sua gravação; 12
• questionário com as perguntas de reflexão (uma cópia para cada participante); • lápis ou esferográficas; • capas ou livros de capa dura para tornar mais fácil aos participantes escrever, quando necessário; • materiais para as actividades artísticas (opcional; ver as necessidades individuais de cada projecto); • um centro de mesa que reflicta o motivo central (opcional); • um aviso com os dizeres de “Estamos a rezar! Por favor, não incomodar.”
Vida nova
Pedras mortais Esta experiência de oração e cura, “Pedras mortais” baseia-se no episódio da mulher adúltera. Recorda-nos que o amor e o perdão de Jesus são grandes e que Ele sempre nos chama a uma vida nova n’Ele, apesar dos nossos fracassos. TEMA Depois de ter dado instruções aos participantes e marcado o tom da meditação, introduza o tema, utilizando palavras como as que se seguem: Para nós é importante passar algum tempo num lugar calmo para reflectir sobre as áreas da nossa vida que estão a precisar de ser curadas. Precisamos de nos abrir ao perdão do Senhor da mesma forma que a mulher adúltera aceitou o desafio a uma vida nova. Tal como a multidão, nós temos de deixar cair no chão as pedras mortais do nosso pecado. Podemos conseguir tudo isto na tranquilidade deste lugar calmo. ABERTURA
Lê alto esta oração inicial:
Senhor, dá-nos serenidade para ouvirmos a tua voz que nos fala. Cura-nos do peso dos nossos pecados e das feridas dos nossos corações. Ajuda-nos a aceitar o teu amor e o teu perdão. Abre-nos ao desafio de vida nova que nos lanças. Ámen.
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ESCRITURA Lê alto João 8, 1-11, usando uma Bíblia. GUIÃO Põe a tocar a meditação “Pedras mortais” a partir do CD. Ou, se preferires, lê alto o seguinte guião, acompanhado por música suave e calma. Hoje, vais entrar no sossego do teu espaço interior e encontrar Jesus na tua imaginação. Primeiro, vamos começar com alguns exercícios respiratórios. Quando eu disser, tenta inspirar e expirar pelo nariz muito suavemente. Fecha os olhos e coloca-te numa posição confortável. A seguir, vais relaxar o teu corpo inteiro.
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Inspira profundamente... retém o ar... expira lentamente, deixando sair o ar totalmente. Inspira profundamente... sustém a respiração... deita fora o ar lentamente, completamente. Começa por descontrair os pés e os tornozelos. Agora, relaxa as pernas... agora as ancas. Não te esqueçaa de manter o mesmo ritmo de respiração. Relaxa os músculos do abdómen... agora o tórax... Relaxa. Sente os teus braços a ficarem pesados... descontrai os pulsos... as mãos... agora os dedos... Continua a respirar profunda e lentamente. Agora descontrai os ombros. Liberta os ombros de toda a tensão... Relaxa o pescoço... agora os músculos do rosto... a testa... e agora as pálpebras.... Descontrai-te. Inspira profundamente... retém o ar... expira lentamente, deita fora o ar todo. [Pausa.] Jesus! Tu estás a vê-l’O… é de manhã e Ele já está nos degraus do Templo, a falar com um grupo de pessoas. As suas sandálias estão cheias de pó mas Ele está fresco e cheio de energia enquanto ensina. Tu manténs-te à
distância porque não O queres interromper enquanto Ele está a ensinar. De repente, um grupo barulhento de pessoas zangadas arrasta uma mulher pelo meio da multidão. Chegam perto de Jesus. Quase atiram com ela para o chão. Tu escutas os gritos dos cabecilhas do grupo, os fariseus e os escribas. Gritam com Jesus, enquanto agarram pedras pesadas com as mãos. Ouve-os dizer a Jesus que aquela mulher não presta, que ela é uma pecadora, que foi apanhada em adultério. Toda a gente está aos gritos. Consegues perceber alguém que diz que ela é desprezível… ouves outros insultos a respeito dela… Começam a recordar a Jesus que é a lei. “A lei diz-nos que a podemos apedrejar! Podemos matá-la por causa da coisa horrível que ela fez.” Os homens estão cheios de raiva, as caras vermelhas. As mulheres e as crianças parecem ter sido contagiadas pela fúria violenta. Já há muita gente com pedras nas mãos. Tu observas Jesus. Jesus limita-Se a olhar para eles… E eles ficam cada vez mais irritados. Tu percebes que eles querem que Jesus também Se irrite e condena a mulher. Eles perguntam-Lhe: “Jesus, o que é que Tu dizes?”… Estão a testar Jesus e esperam impacientes pela sua resposta. Jesus não responde. Em vez disso, tu vês que Ele desce dos degraus e fica de pé no meio deles. Ele não está longe da mulher que está a ser acusada… Ele dobra-se e começa a escrever no chão com o dedo… Mas a multidão não desiste. Mais uma vez, pressionam-n’O. “Moisés mandou-nos apedrejar estas mulheres. O que é que Tu dizes?”… Jesus levanta-Se e olha devagar para as caras
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da multidão. Tu ouve-l’O dizer, calmamente mas com coragem: “Se algum de vós estiver sem pecado, que atire a primeira pedra à mulher.” E Jesus volta a dobrar-se e continua a escrever no chão… A multidão começa a murmurar. Jesus continua sem ligar ao que dizem… Mas, pouco tempo depois, já não se ouve ninguém. Tu sentes que todos estão a pensar… Tu vês um velho deixar cair a pedra que tinha na mão e ir-se embora. Ele sabe que é um pecador. A seguir, há uma mulher nova que se afasta enquanto larga a sua pedra. Também ela sabe que poderia ser melhor pessoa… Tu ouves o barulho de outras pedras que caem no chão. Vês as caras de dois jovens tristes que se afastam. Toda a gente se afasta do local. 16
À medida que os vês afastarem-se, percebes que olharam para o seu coração e descobriram a verdade: que eram pecadores. Continuas a observar as pessoas que se afastam… Todos vão de mãos vazias. O chão está cheio de pedras mortais. Tu vês Jesus levantar-Se. Agora Ele está sozinho com a mulher a quem todos desprezaram. Jesus olha para ela com um olhar simpático, com um olhar cheio de compreensão. Tu ouves Jesus perguntar-lhe onde estão todos… Ela, com simplicidade, responde: “Foram-se todos embora.” E Jesus pergunta-lhe: “Ninguém te condenou?” E ela responde com uma voz rouca e lágrimas a correr dos olhos: “Ninguém, Senhor.” Tu reparas na suavidade com que Jesus continua: “Eu também não te condeno. Estás perdoada. Vai e de agora em diante não voltes a pecar.” Tu observas a mulher a erguer a sua cara coberta de lágrimas para Jesus. Tu vês que ela se está a transformar no calor e na compaixão dos seus olhos. Tu podes ver a
sua nova determinação à medida que a sua cara triste passa ao sorriso da esperança, à medida que os seus ombros de endireitam. Toda ela mostra uma força, uma atitude nova… Jesus estende o seu braço e toca a cabeça na mulher num gesto de bênção. Agradecida, a mulher dobra a cabeça debaixo da mão quente e forte de Jesus. Parece que é difícil para a mulher afastar-se de Jesus. Mais uma vez, Jesus olha para os olhos da mulher com amor e desafio. É como se Ele estivesse à espera de uma resposta dela… Tu vês as palavras que ela não chega a dizer-Lhe. São os seus olhos que dizem “Sim, Senhor”. Ela vira-se e começa a caminhar numa nova vida. Tu poderias ir ter com Jesus par Lhe dizer o que pensas acerca da maneira como Ele lidou com a multidão irritada e com a mulher humilhada. Tu pensas em aproximares-te de Jesus. De repente, Jesus vira-se e olha para ti. Tu percebes que Jesus sabia que tu estavas ali o tempo todo. Ele aproxima-se de ti e olha para ti com o mesmo olhar atento e terno com que olhou antes para a mulher. Escuta Jesus convidar-te a sentares-te nos degraus com Ele. Sentam-se e tu ouve-lo a pedir-te que partilhes com Ele quais os pecados que te pesam… porque é que o teu coração anda tão pesado… porque é que te dói o coração… Ouve Jesus dizer-te que Ele sabe que esse sofrimento é como o daquela mulher… e Ele sabe que é doloroso. Usa este tempo para ta abrires e partilhar com Jesus tudo o que está no teu coração… sobre ti… sobre as tuas relações… sobre tudo… Sente Jesus a inclinar-se para ti para ouvir tudo o que tu tens para Lhe dizer. (Pausa.) Escuta Jesus responder àquilo que tu partilhaste com Ele. Observa a ternura que os seus olhos mostram por
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ti… Sente a sua compaixão, o seu amor, o seu perdão. (Pausa.) Agora, escuta Jesus a rezar para que sejas curado do teu sofrimento, para que o teu coração se volte a encher de paz. Ouve Jesus agradecer a Deus pelo dom que tu és… Ouve quando Ele pede ao Espírito Santo que te dê coragem… Sente o calor e a suavidade das suas mãos, quando Ele as coloca sobre a tua cabeça. Escuta-O a rezar pela tua cura interior… Repara em como te estás a sentir. Se calhar foi assim que a mulher se sentiu?!
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Jesus ergue a sua cabeça. Ele diz-te que te quer convidar para uma vida nova, como a daquela mulher… Ele pede-te que sejas um seu amigo verdadeiro. Toma consciência do que sentes quando Jesus te desafia a começares uma vida nova… Tu pensas um momento no que isso vai trazer de novo à tua vida… Escuta Jesus a pedir-te apenas uma coisa. Ouve com atenção. O que é que Ele te pede? Consegues dizer-Lhe que sim, como fez a mulher? Escuta-te a responder-Lhe. Ouve Jesus a comprometer-se contigo, a dizer que estará sempre contigo para te apoiar. Jesus recorda-te que Ele nunca te deixará abandonado. Jesus olha para os teus olhos; sente a força da sua promessa de estar sempre contigo… nas tuas dores e nas tuas alegrias, no teu esforço por crescer. (Pausa.) Escuta Jesus quando Ele diz o teu nome com entusiasmo… e que te ama… Sente esse amor. É para ti. Agora, tens de partir daqui e começar uma vida nova. Mas estás confiante que Ele está contigo. Presta bem atenção a esta sensação. Recorda tudo o que disseste a Jesus e tudo o que Ele te disse. Recorda o seu amor por ti à medida que te afastas.
Inspira profundamente... retém o ar... expira lentamente, deitando o ar para fora completamente. Outra vez... Inspira profundamente... retém o ar... deita fora o ar lentamente, completamente. Quando estiveres prontos, podes abrir os olhos. REFLEXÃO
Continue a passar música instrumental. Peça aos participantes para reflectirem sobre a experiência que acabaram de ter, ponderando questões como as que se seguem ou outras de carácter semelhante. Pode sugerir que os membros do grupo respondam sobretudo, ou apenas, às questões que mais os tocam. Dê-lhes tempo suficiente para anotarem as suas reflexões por escrito. • Como me senti quando vi Jesus pela primeira vez? Os meus sentimentos mudaram quando a multidão irritada se aproximou? • O que pensei e senti quando ouvi os escribas e os fariseus a condenar a mulher à morte por apedrejamento? • Fiquei satisfeito com a resposta de Jesus? Se não, o que penso que Ele poderia ter feito ou dito de diferente? • Como te teria sentido se fosse eu a mulher a ser humilhada? Já me aconteceu algo semelhante? • O que é que acho que Jesus estava a escrever na areia? • O que é que vi quando olhei para o peso no meu coração causado pelo meu pecado? • Como me senti quando Jesus escolheu vir ter comigo e passar algum tempo comigo? Fui capaz de partilhar os meus fardos com Ele? Porquê? Porque não? • Qual foi a coisa que Jesus me pediu? Consigo dizer sim ao que Ele pediu? • O que senti quando Jesus me tocou, me abençoou e rezou por mim?
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