Sou catequista...e agora?

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Claudine Pinheiro • Rui Alberto

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Ficha Técnica © 2016 Claudine Pinheiro © 2016 Rui Alberto © 2016 Edições Salesianas Rua Dr. Alves da Veiga, 124 Apartado 5281 4022-001 Porto Tel: 225 365 750 Fax: 225 365 800 www.edisal.salesianos.pt edisal@edicoes.salesianos.pt Publicado em Outubro 2016 Capa: Paulo Santos Paginação: João Cerqueira Impressão e acabamentos: PrintHaus ISBN: 978-989-8850-04-1 D.L.: 415574/16

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Introdução Quando fiquei grávida, a minha irmã ofereceu-me um livro com “mais de 1500 dicas úteis para os primeiros 5 anos de vida” do bebé. Confesso que não lhe peguei até ao primeiro dia em que fiquei sozinha com o meu filho de apenas uma semana. Quando a porta bateu e me vi dentro de casa com aquele ser tão pequenino pensei: e agora? O que é que eu faço? Serei capaz de tomar conta dele sozinha? Ter encontrado literatura que me orientava num dia a dia preenchido de tantas tarefas ajudou-me a enfrentar, com calma, o desafio da maternidade. Não foi o livro que me ensinou a amar o bebé, que é – e será sempre – o fundamental. Mas aquelas dicas deram-me a conhecer pequenos truques que me facilitaram a vida. Por exemplo, usar bicarbonato de sódio para neutralizar o odor das bouçadas; espalhar o creme de muda fraldas com uma esponja de maquilhagem para evitar ficar com as mãos gordurosas... Dicas tão simples mas que tiveram o resultado a que se propunham: facilitar a normalidade dos dias. É claro que não usei todos os truques e alguns deles nem sequer resultaram comigo. Mas o facto de os ter testado tornaram-me capaz de os adaptar à minha realidade. Conto esta história porque me lembrava desse livro sempre que um catequista me perguntava: “Não há nenhum livro que me ajude a dar catequese?”. Procurava algo que o ajudasse a saber usar, por exemplo, a pasta de apoio que acompanhava o guia do catecismo. Para além das obras de formação sobre a identidade e espiritualidade, ou outros títulos com técnicas e dinâmicas, eu não tinha nenhum livro para lhe recomendar. Eu percebia perfeitamente aquilo que procurava. Precisava 3

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de um “guião” que lhe desse algumas coordenadas sobre o bê-á-bá da catequese. No fundo que o ajudasse a sentir-se mais confiante perante a evidência e inquietação: sou catequista… e agora? E assim nasceu a ideia de escrever este livro. E porquê escrevê-lo a meias com o Rui Alberto? Porque, de certa forma, já o tínhamos escrito em conjunto nos vários brainstormings que fizemos ao longo dos últimos 10 anos. Na organização de acções de formação, em especial do E-vangelizar, na escolha de temas para os dossiês da revista Catequistas e na partilha de informação sobre livros na área da catequese. Quando ele aceitou escrevê-lo comigo, sentámo-nos e organizámos por temas as dúvidas mais frequentes dos catequistas. Analisámos o que seria mais pertinente, o que não poderia faltar, o que era redundante. Não concebemos este livro como um curso de iniciação para catequistas. Nada disso. Propusemo-nos a partilhar, de forma organizada, uma série de boas prácticas para uma catequese de qualidade, autêntica, dinâmica e comunitária. O livro está dividido em seis grandes temas que se desdobram em artigos prácticos. Não tens de o ler de uma ponta à outra. Podes consultá-lo segundo os temas que forem do teu interesse. Se calhar, nem todas as dicas te vão ser úteis. Nem todas irão resultar contigo. Mas de certeza que serão um ponto de partida para que encontres o teu próprio estilo e forma de fazer as coisas. Obrigada por te aventurares connosco no maravilhoso mundo da catequese. Se nestas páginas encontrares pelo menos uma sugestão que te ajude a fazer mais e melhor ficamos contentes. E agora…? Toca a ler! 4

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1 O mundo da catequese

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1 O que é a catequese? Para que serve? Objectivo: Conhecer a especificidade do serviço da catequese entre todas as acções da Igreja. Se estás a ler este livro, provavelmente és ou vais ser catequista. Vais servir a tua comunidade fazendo catequese. Vamos pôr-nos de acordo sobre o que é isso da “catequese”? Propomos-te um exercício: pega num papel e numa caneta; pensa nas cinco primeiras palavras que te vêm à mente quando ouves falar de “catequese”; não tentes definições, bastam palavras isoladas; escreve essas palavras. Não te atrapalhes se achas que a tua lista é “errada” ou infantil ou distorcida. Estas palavras representam a imagem mental que tu (e muita outra gente) tens do que é a catequese. Não és só tu: muitos outros catequistas e até responsáveis da Igreja também têm ideias confusas sobre a definição de catequese. Uma longa história de amor Sem querer fugir à pergunta, convidava-te a recordar a história de Deus connosco. Podemos não saber muitas coisas sobre Deus. Mas sabemos que Ele gosta de Se revelar, de comunicar connosco. Ele tem um grande coração que nos quer ver vivos e felizes. E, para isso, “falou” com a humanidade, desde sempre, de muitos modos, para nos orientar, para nos dar umas dicas sobre como vivermos felizes, como Ele o deseja. Mais: além de comunicar umas tantas ideias e propostas, sabemos que Ele Se comunica a Si mesmo. Deus, na sua revelação, não Se limita a mandar mensagens; Ele é a mensagem que vem até nós. Jesus, o ponto mais alto Isso aconteceu sempre ao longo da história da salvação. E teve um ponto alto quando Deus mesmo, através de Jesus o 6

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seu Filho, veio ter connosco. Em carne e osso. Pisando o mesmo chão que nós. Tendo um corpo como nós. Falando a mesma linguagem que nós. Morrendo e ressuscitando por nós. Uma comunicação que continua hoje A seguir, Deus decidiu continuar connosco; enviou-Se a Si mesmo, mandando o Espírito Santo para guiar aqueles homens e mulheres que acolheram as propostas de Jesus. A esse grupo, nós chamamos “Igreja”. E a Igreja, empurrada pelo Espírito de Deus, continua, em todos os tempos e em todos os lugares, a propor às pessoas a alegria do Evangelho, a fazer evangelização com palavras, com gestos, com testemunho… A Igreja quer partilhar sempre com todos os que ainda a não conhecem, a beleza que está no Evangelho. Há muita gente nesta situação: os não-crentes, os baptizados que vivem à margem da vida cristã, os praticantes de outras religiões, as crianças e adolescentes que ainda não tiveram tempo de fazer essa descoberta… A certa altura, estas pessoas que receberam o primeiro anúncio “convertem-se”, aderem à fé. Ainda que de forma inicial, chegam à conclusão que o Evangelho de Jesus é capaz de trazer à sua vida um sabor melhor. Para uma fé adulta Como passar desta fé inicial a uma fé adulta, que molda o todo da pessoa? É aqui que entra a catequese. A catequese acompanha nesta iniciação cristã, neste caminho que leva da fé inicial à fé adulta. A fé é sempre um encontro pessoal com Jesus Cristo. É ser seu discípulo e seguidor. É pensar como Ele, julgar como Ele e viver como Ele viveu. É unir-se à comunidade dos discípulos e assumir como sua a fé de toda a Igreja. Como é que isto se consegue? Com dois actores principais e um actor secundário. Deus é o actor primeiro. É Ele que convida cada 7

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catequizando à fé, a uma intimidade feliz. É Ele que anima e encoraja este crescimento na fé. A pessoa é o parceiro de Deus neste diálogo. Deus convida a uma relação de amor e a pessoa diz sim. Diz sim com a sua liberdade, a sua inteligência e as suas emoções. Com o seu empenho e esforço. A Igreja, através do serviço da catequese, ajuda a pessoa a dar uma resposta honesta e positiva ao chamamento de Deus. Em conclusão Ainda tens à mão a lista de cinco palavras que associas espontaneamente a “catequese”? Pensa um pouco: essas palavras, os processos a que se referem, ajudam os catequizandos a crescer de uma fé inicial a uma fé adulta? A catequese é (deve ser) o conjunto das práticas que a Igreja oferece aos catequizandos para fazerem esse caminho rumo à fé adulta. Aqui cabem as informações que se transmitem, o acolhimento fraterno, o aprender a rezar e a celebrar, os grupos, o exemplo de vida que os catequistas dão, as festas… Tantas coisas que fazemos e que ajudam ao tal caminho. E cabem também coisas que ainda não fazemos mas que deveríamos fazer para dar mais qualidade a esse caminho. Para terminar: O Directório Geral da Catequese (é um livro escrito pelo Vaticano que dá as dicas fundamentais para nos entendermos nisto da catequese) diz que a catequese serve acima de tudo para pôr as pessoas em comunhão, em intimidade com Jesus de Nazaré: “A partir da conversão inicial de uma pessoa ao Senhor, suscitada pelo Espírito Santo mediante o primeiro anúncio, a catequese propõe-se dar um fundamento e fazer amadurecer esta primeira adesão” (DGC 80).

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2 A Bíblia, o Catecismo e os catecismos Objectivos: Perceber a relação entre a catequese e as fontes da revelação. O Deus de Jesus Cristo gosta de falar connosco. Desde sempre, Ele diz-nos coisas belas, desafiantes, verdadeiras, portadoras de alegria. Desde sempre, Ele põe-Se a Si mesmo nessa comunicação. Ele não Se resume a dizer palavras; Ele diz-Se a Si mesmo. A essa comunicação nós chamamos “Palavra de Deus”. E é da Palavra de Deus que a catequese bebe o seu conteúdo. Na catequese não propomos “valores”, dicas de auto-ajuda ou conversa fiada para atrair e entreter os mais novos. Partilhamos a mensagem que Deus deixou à sua Igreja. A única Palavra que pode saciar o desejo de felicidade que há no nosso coração. Bíblia e Tradição Esta Palavra que Deus nos enviou pode ser encontrada na Sagrada Escritura (a Bíblia) e na Tradição. A Igreja acolhe a revelação de Deus reconhecendo que essa revelação está presente na Bíblia mas também através da Tradição viva, um conjunto de processos pelos quais a Igreja, ao longo dos tempos e dos lugares, vai percebendo os sinais que o Espírito de Deus lhe transmite. Catecismos Nos últimos séculos, a Igreja tentou dar forma à revelação de Deus contida na Bíblia e na Tradição através dos catecismos. O catecismo de referência nos nossos dias é o “Catecismo da Igreja Católica”, publicado em 1993. Nas suas quatro partes (sobre a fé, a moral, os sacramentos e a oração), ele é uma inspiração para os catecismos que usamos. Este catecismo universal e os catecismos locais (que nós não temos em Portugal) partilham 9

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algumas características: têm um carácter oficial, oferecem uma síntese orgânica e básica da fé e, juntamente com a Sagrada Escritura, são ponto de referência para a catequese. Textos didácticos Aquilo a que nós em Portugal chamamos “catecismos” são, propriamente, “textos didácticos”. Eles procuram recolher a síntese de fé do Catecismo da Igreja Católica e da Sagrada Escritura e apresentá-la às novas gerações, tendo presente as suas inquietudes e interrogações. Esforçam-se por encontrar uma linguagem compreensível para estas gerações. Guias Estes textos didácticos (os tais “catecismos”) são acompanhados pelos “Guias”. Estes guias dão indicações didácticas sobre como orientar as catequeses. É importante saber ler os guias pois eles são uma ferramenta decisiva para uma catequese de qualidade. Cada guia apresenta sempre os objectivos do catecismo: no final de um ano de catequese, o que é suposto atingir? O mesmo sucede em cada “bloco”: no início até ao Natal, do Natal à Páscoa, da Páscoa ao final do ano. Ter bem claros os objectivos é essencial: sem sabermos para onde queremos ir, tudo se torna mais confuso! A respeito de cada catequese, os guias apresentam duas partes. A primeira é uma síntese doutrinal que ajuda o catequista a aprofundar o tema que vai ser trabalhado com os catequizandos. Muitos catequistas “facilitam” e omitem a leitura, estudo e meditação desta síntese doutrinal. É pena. É verdade que algumas destas sínteses são um pouco longas. Mas são sempre uma oportunidade de clarificar as ideias, de dialogar com os textos bíblicos mais relevantes. Esta síntese doutrinal dirige-se a nós, os catequistas. Quer-nos ajudar a descobrir a 10

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força transformadora dos conteúdos que vamos apresentar na catequese. Esta síntese doutrinal deve ser lida, meditada e rezada com calma. Muitos catequistas fazem esta leitura em grupo. Assim, tiram dúvidas, partilham as suas descobertas, sublinham aquilo que lhes parece mais surpreendente. A segunda parte consiste nas orientações a seguir na sessão de catequese com as crianças ou adolescentes. É importante ler com atenção as sugestões dadas pelo guia, perceber a sua lógica, identificar as vantagens que traz. Só assim poderás antecipar o que é que vai funcionar com o teu grupo ou o que pode dar problemas. E, a partir daqui, pensar em alterações, maiores ou menores, em relação ao que fazer. Esta segunda parte é como um mapa do que deve acontecer durante a sessão da catequese. Deves lê-la com calma, sem preconceitos. Lê tendo presente as tuas próprias competências educativas, as características do teu grupo, os materiais que vão ser necessários. Às vezes, as propostas dos “catecismos” parecem-te ambiciosas demais, fora do teu alcance; quando assim é, podes alterá-las em ordem a atingir os objectivos propostos tendo em conta os recursos disponíveis. Mas é importante ter a coragem de ser ambicioso. É uma perda de tempo e de energia tentar coisas completamente fora do teu alcance. Mas é enriquecedor (para ti e para o teu grupo) fazer um esforço extra, ser criativo para usar as propostas feitas. Convém ler o guia tendo em atenção o manual do catequizando. Cada catequizando tem o seu “catecismo”; é importante que ele o use durante a sessão de catequese. Para isso, ao estudares o guia deves ter presente os recursos disponíveis: o texto da página x, a imagem da página y, a oração proposta aqui ou acolá… É importante também que o catequista estimule o catequizando a usar o “catecismo” durante a semana: na sua oração pessoal, na meditação dos textos propostos. 11

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Para terminar: Na catequese não transmites as tuas opiniões e ideias mas sim a revelação que Deus ofereceu à Igreja e que está hoje contida na Bíblia e no Catecismo.

3 Identidade e espiritualidade do catequista Objectivo: Clarificar o perfil da tua identidade como catequista. O que é isto de ser catequista? És alguém que faz catequese, que ajuda os catequizandos que a comunidade te confia a crescerem na fé até se tornarem adultos crentes. Mas antes de fazeres coisas, como catequista, tu és alguém especial. Podes ter 18 anos ou 75, podes ser homem ou mulher, podes ter estudos superiores ou a 4ª classe, podes ser engenheiro ou trolha. Tudo isso vale o que vale mas não é decisivo para a tua vocação de catequista. O que é realmente importante para seres um melhor catequista? Seres um adulto crente. Seres uma pessoa adulta e uma pessoa de fé. Adulto Um bom catequista deve ser um adulto. Mesmo que ainda não tenha 18 anos. Deves ter a tua identidade bem definida e cultivar algumas atitudes que fazem de ti um adulto saudável. Deixamos aqui sete atitudes que fazem a diferença. São atitudes que o próprio Jesus cultivava. Ser um adulto normal. Não te sentes um super-homem. Experimentas tudo o que de bom e de mau a vida traz. Sentes o cansaço, as emoções. Aceitas com serenidade estes desafios. Ser um adulto inserido. Sentes-te ligado à tua terra e à tua gente. Conheces os problemas e desafios das pessoas e sente-los como teus. 12

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Ser um adulto equilibrado. És exigente e radical contigo mesmo. Mas, ao mesmo tempo, estás próximo das pessoas concretas. Sabes ser compreensivo e acolhedor. Ser um adulto autêntico. Como todos os outros, tu tens as tuas contradições e estás ainda em crescimento. Mas não tens duas caras. Cultivas a autenticidade e a sinceridade. Sem fingimentos. Ser um adulto justo. Apesar da confusão de valores que por aí anda, tu respeitas a dignidade e a justiça de todas as pessoas, em todas as circunstâncias. Ser um adulto livre. Não estás preso por nada nem por ninguém. Segues a tua consciência e a verdade do Evangelho. Ser um adulto solidário. Sentes como tuas as necessidades e desafios que os outros enfrentam. Crente Além desta dimensão mais humana, tu és também uma pessoa de fé. Vives a tua relação com Deus no centro da tua vida. E isso manifesta-se em cinco atitudes. És um crente numa opção clara pelo Pai. No meio de tantas escolhas que a vida oferece, tu escolhes viver de acordo com o projecto de Deus. Deus e a sua vontade de vida em abundância para todos enchem o teu coração. Um crente em ruptura com o mal e o pecado. Tu procuras dizer um não claro ao mal e ao pecado. Por muito fácil e atraente que seja seguir a maioria, tu és capaz de dizer um não rotundo a tudo aquilo que nos desumaniza e que trai o projecto salvador de Deus.

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Um crente ancorado em valores profundos. Esta atitude de fé e todas as suas consequências estão enraizadas nos teus valores e convicções profundas. Não é algo superficial. Um crente que reza a sério. Tu cultivas uma prática consistente de oração. Aprecias estes momentos de intimidade e paz com o Deus da vida. Um crente guiado pelo Espírito de Jesus. Para ti, Deus não é uma ideia nem um conceito. É uma presença viva. Tu deixas-te guiar pelo Espírito Santo, o mesmo Espírito que acompanhou Jesus em toda a sua existência. Para terminar: Estas duas listas de atitudes podem parecer-te demasiado exigentes. Não te assustes. O importante é que o ideal de seres um adulto crente faça parte do teu projecto de vida. Podes ainda não ter chegado a esta meta; o importante é que estejas a caminhar na direcção certa.

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2 Usar os catecismos

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4 Momentos do acto catequético Objectivos: Conhecer a estrutura dos encontros de catequese. Certamente, já te perguntaste: como é que se faz catequese? Jesus responde Podemos fazer a pergunta a Jesus que Ele vai dar-nos uma resposta. Olhando para a maneira como Ele comunicava o Evangelho, aprendemos muitas coisas. Lê a cena dos discípulos de Emaús (Lc 24 13-35). Com calma. Vais reparar que ela pode ser dividida em três “episódios”. Uma catequese em três momentos No primeiro episódio (vv. 13 a 24), Jesus encontra-se com dois discípulos que, depois da morte do Mestre, abandonam Jerusalém e voltam para a sua terra. Vão devagar e já não querem saber do Evangelho. Falam do que lhes vai na alma, da desilusão que lhes pesa, da tristeza. Jesus caminha ao lado deles, à velocidade deles. Deixa-os falar e escuta-os. No segundo episódio (vv. 25 a 27), Jesus entra no diálogo de forma mais activa. Ele oferece a sua visão dos acontecimentos. Traz uma novidade. Pega na Palavra de Deus e mostra como ela vê os acontecimentos de forma nova e diferente. No terceiro episódio (vv. 28-35), os discípulos recuperam o protagonismo e, de coração transformado, exprimem a sua fé: pedindo para ficar mais tempo com Jesus a celebrar a Eucaristia, regressando a Jerusalém com imensa energia, reatando os laços com os irmãos que tinham ficado na cidade. Experiência humana Estes três episódios inspiram a forma como organizamos a nossa catequese. Também ela se pode dividir em três momentos. No primeiro, a que chamamos experiência humana, a catequese, 16

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como Jesus, vai ao encontro dos catequizandos onde eles estão. Parte da vida e respeita a vivência das crianças e adolescentes. É a partir dos problemas e sonhos, das experiências de cada dia, que a catequese começa. Esse é o “lugar” onde queremos iniciar cada catequese. Neste momento, tu, como catequista, deves assumir um respeito profundo pela vida dos teus catequizandos. Deves estar convencido que é na sua vida concreta que o encontro transformador com Cristo vai acontecer. Tu chegas a cada sessão de catequese como Jesus fazia: com respeito. Não impões a tua maneira de ser nem o caminho de fé que já fizeste. Neste momento, dás o primeiro lugar às vivências, por pobres que sejam, dos catequizandos. Anúncio da Palavra O segundo momento é o anúncio da Palavra. Uma catequese que se preza não se fica no acolhimento das vivências dos catequizandos. Quer oferecer-lhes algo de novo. E essa novidade vem da Palavra de Deus. Só ela faz crescer, provoca mudança, oferece esperança. Vimos, na cena de Emaús, como Jesus diz aos discípulos que a maneira como estavam a viver a sua vida não levava a lado nenhum; por isso, Ele, com liberdade e simplicidade, recordou a Bíblia e a maneira original como Deus nos ajuda a ver a vida. É a Palavra de Deus que deve estar no centro da catequese. Isto exige que tu, como catequista, estejas sinceramente convencido que a Palavra de Deus é mesmo necessária para uma vida alegre e feliz. Mas é importante que sejas capaz de colocar a Palavra de Deus em diálogo com a experiência dos catequizandos. Só assim ela se torna luz que ilumina a vida concreta de cada pessoa. Expressão de fé O terceiro momento chama-se expressão de fé. Depois dos discípulos de Emaús terem escutado a Palavra anunciada 17

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por Jesus, muita coisa mudou dentro deles. É sempre assim: a Palavra tem esse poder de gerar vida nova, vida melhor. Depois de acolher a Palavra, a maneira como os catequizandos olham para a vida, para si mesmos, para as suas atitudes… muda. E muito! E esta mudança interior exprime-se em comportamentos visíveis. O primeiro é a oração autêntica. Depois de escutar a Palavra, ficamos com vontade de “responder” ao Deus que nos falou, de Lhe agradecer, de celebrar a sua presença e bondade. A segunda forma de responder à Palavra é a renovação das atitudes. A Palavra é semeada no coração dos nossos catequizandos e dá frutos: muda os valores, traz energia, gera amor onde antes havia egoísmo. A terceira consequência da fé é o reforço da comunidade. Quem acolhe a Palavra sente-se mais irmão. Descobre que o lugar da fé é a Igreja, a comunidade que Jesus convocou e mantém unida. Depois de acolhermos a Palavra, sentimo-nos bem em estarmos unidos aos nossos irmãos e companheiros de caminho. Para terminar: Esta sequência (Experiência humana – Anúncio da Palavra – Expressão de fé) inspira-se na maneira como Jesus propunha a fé. A grande maioria das propostas de catequese que vais encontrar segue este esquema. É um esquema que te ajuda hoje a fazer catequese como Jesus.

5 Os conteúdos da catequese Objectivo: Conhecer a estrutura interna do Catecismo e o seu enquadramento com a Revelação. O que é que aprendemos quando andamos na catequese? “Aprendemos a ser cristãos” é a resposta óbvia, que levanta outra pergunta logo a seguir: mas isso de ser cristão consiste em 18

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quê? O Catecismo da Igreja Católica, dando forma contemporânea à revelação de Deus contida na Escritura e na Tradição viva da Igreja, deu uma resposta simples. Para sermos cristãos, acolhemos uma fé adulta, celebramos os sacramentos da fé, deixamos que a fé molde os nossos comportamentos e dialogamos com o Deus em Quem acreditamos na oração. Estas são as quatro partes em que se divide o Catecismo. Como catequista, é importante que conheças esta lógica do Catecismo da Igreja Católica. É ela que inspira e estrutura os materiais catequéticos que usamos na catequese de hoje. Muito mais interessante do que ler o índice do Catecismo é perceber a arquitectura que estamos a propor para a vida cristã. Viver de fé Somos gente que acredita em Deus. Que confia n’Ele. Que Lhe dá o lugar central na nossa existência. Não num deus qualquer nem num deus de contornos difusos e indistintos. Reconhecemos como único Deus verdadeiro Àquele que Jesus chamava Abba. Somos cristãos porque reconhecemos que o testemunho dado por Jesus é o melhor retrato possível para Deus. Esta fé com que acreditamos é como uma moeda de duas faces. Por um lado, fé refere-se à relação de confiança que temos com Deus. Mas, ao mesmo tempo, fé é acreditar que os traços de Deus que Jesus nos mostrou são verdadeiros. Fé é, ao mesmo tempo, relação e conteúdo. Fé que se sente e fé que se conhece. O Credo é o documento da Igreja que dá forma a esta experiência. Uma fé celebrada Somos gente que celebra a presença de Deus das nossas vidas. A experiência maravilhosa que Deus foi fazendo ao longo dos séculos e, de forma especial, em Jesus de Nazaré, 19

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acontece para nós, aqui e agora, nos sete sacramentos. Nos sacramentos da iniciação cristã, o baptismo mergulha-nos na morte e ressurreição de Jesus, muda a nossa identidade mais profunda, faz-nos filhos amados por Deus; o crisma faz de nós testemunhas entusiasmadas e credíveis da causa de Jesus; a Eucaristia faz de nós outros Cristo, alimentados pelo seu Corpo. Nos sacramentos do serviço, o matrimónio torna-se para os esposos e para quem os rodeia um sinal palpável do amor de Cristo pela sua Igreja e a ordem habilita alguns homens para servirem a Igreja como Cristo. Nos sacramentos da cura, Deus oferece a sua ternura como perdão dos pecados (na reconciliação) ou como consolação (na unção dos doentes). Cada um destes sete sacramentos torna realmente presente na nossa vida a acção poderosa de Deus em Jesus pela força do Espírito. Livres em Cristo Somos gente que vive a sua vida inspirando-se nas palavras de Jesus e amparada pela sua presença. Pela fé, entregamos a nossa vida à causa do Reino inaugurado por Jesus. E isto tem consequência na forma como usamos a nossa liberdade. Os nossos valores são os de Jesus. As nossas prioridades são as do Reino: vida abundante para todos. A Igreja viu nos Dez Mandamentos e nas Bem-Aventuranças boas maneiras de exprimir este estilo de vida. Mas esta moral cristã, esta forma cristã de viver a liberdade, não é apenas nem principalmente una lista de indicações; é a boa notícia que a graça de Deus está connosco e que, por dom de Deus, podemos amar como Ele amou. Mais do que saber que é importante perdoar, é uma alegria saber que Deus nos dá a força para perdoarmos. Para construir a justiça. Para lutar por uma sociedade com mais respeito, com lugar para todos.

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Uma fé rezada Somos gente que acredita num Deus sempre próximo, que gosta de falar e de estar connosco. Somos gente de oração. A oração é a possibilidade de um diálogo com Deus. Um diálogo sincero, autêntico, transformador. O nosso Deus não é uma ideia, nem mora longe. Em qualquer capela ou no silêncio do teu quarto, Ele está disponível para te escutar e para te dar palavras de consolo. No alto de uma montanha ou na paragem do autocarro, podes encontrar-te com Ele e deixar que Ele renove a tua vida. A oração do Pai-Nosso é representativa do estilo de oração que Jesus recomenda aos seus seguidores. Em crescendo A catequese quer trabalhar todos estes conteúdos. Eles fazem parte de um todo, que é a identidade cristã. Por razões pedagógicas não é possível fazer tudo ao mesmo tempo, abordar todos os temas em simultâneo. Por isso, os vários anos da nossa caminhada catequética dão mais atenção a uns conteúdos do que a outros. Experimenta fazer um exercício. Olha para o índice do “catecismo” que vais orientar este ano. Do início do ano até ao Natal, qual destes quatro “temas” (fé, sacramentos, mandamentos, oração) é dominante? E do Natal até à Páscoa? E da Páscoa até ao final do ano? Faz o mesmo exercício com outro “catecismo” diferente do teu. Para terminar: Todos os conteúdos que aprendemos e experimentamos na catequese estão organizados em torno de quatro núcleos: a fé em que acreditamos, os sacramentos que celebramos, o estilo de vida moral que levamos e a oração que fazemos.

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6 Planificar uma catequese Objectivos: Descobrir as vantagens da planificação para uma catequese de qualidade. Antes de entrar na sala de catequese, preparaste a catequese. Sozinho ou em grupo, leste e meditaste as indicações do guia. Isso é obrigatório mas não chega. Tens de planificar a sessão de catequese, isto é saber o que se vai fazer, de que precisas e quanto tempo vai levar. Para isso aqui ficam alguns elementos obrigatórios de qualquer planificação. Antes Antes de descrever o que vai suceder, há alguns elementos a ter em conta: Que objectivos? Os objectivos indicam qual o resultado que iremos (ou queremos) atingir, não as actividades que vamos realizar. Os objectivos para a sessão devem ser estabelecidos em termos específicos e concretos. Às vezes, a formulação que os guias usam para os objectivos não cumpre esta exigência; parecem ser objectivos mas na realidade são actividades a fazer ou conteúdos a transmitir. Só tens um remédio: “traduz” estes objectivos mal formulados em objectivos verdadeiros, que indiquem o ponto a que o grupo deve chegar depois do encontro de catequese. Que materiais e equipamentos? Deves determinar quais os recursos que precisas para a sessão (procurando sempre catequeses inovadoras e interessantes). Ligação aos conhecimentos anteriores. Sempre que possível, deves fazer a ponte com a catequese anterior, ver “o que é que lhes ficou”, logo no início da sessão. Isto permite ver como é que as sessões têm corrido, se “a mensagem” tem passado. 22

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Mãos à obra Depois destes “preâmbulos”, é necessário descrever o desenvolvimento da catequese, prever o que vai acontecer e ser dito em cada um dos momentos da catequese. Que actividades? O que vai acontecer na experiência humana, no anúncio da Palavra, na expressão de fé? Como vais fazer o acolhimento? É importante usar um leque variado de actividades para que os catequizandos atinjam os objectivos. Esta variedade é importante porque dentro de cada grupo de catequese, os participantes têm diferentes estilos de aprendizagem. Quanto tempo? Tens de prever realisticamente quanto tempo é que dura cada uma das actividades propostas. Se tu falas, se se escuta uma canção… quanto tempo dura isso? Se pedes reacções e comentários aos teus catequizandos, quanto tempo vão eles ocupar? Todos estes tempos devem ser somados. E o total não deve exceder uma hora (que é o tempo que usualmente se atribui a cada encontro). É importante ainda encontrar um bom balanço de tempo entre os três momentos do acto catequético. Terão de ser 20 minutos para cada um deles? Não. Podes fazer uma experiência humana de 5 minutos, 30 minutos de anúncio da Palavra e 25 minutos de expressão de fé. Ou podes gastar metade da sessão com a experiência humana. O pecado em que muitos catequistas caem é “esquecer” a expressão de fé. Planificam mal, gastam muito tempo na experiência humana e no anúncio da Palavra, e não têm tempo disponível para uma expressão de fé bem feita. Actividades alternativas. A planificação que elaboras deve incluir um “plano B”. Imagina que planeaste um jogo ao ar livre para falar do Pentecostes; se estiver a chover muito, o que vais fazer? Não podes ir para a rua com o grupo. Desistes de fazer 23

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esta catequese? Uma boa planificação já incluiria uma alternativa. As actividades alternativas são necessárias para lidar com os imprevistos: o tempo, a excitação dos catequizandos, um número elevado de ausentes… Como terminar a catequese? Apesar de, às vezes, o tempo ser pouco, faz sempre os possíveis por terminar a catequese de uma maneira formal, reforçando as ideias-chave da sessão e manifestando a tua alegria pelo caminho feito. Não é necessário terminar com uma oração porque, em princípio, já se rezou durante a expressão de fé. TPC. Catequese não é escola mas é bom, ao fim de cada encontro de catequese, prever algo a realizar durante a semana: pode ser um compromisso, uma tarefa específica, etc. Claro que é preciso, na sessão seguinte, fazer um breve diálogo sobre isso (a tal “ponte” que falávamos atrás). Registar as presenças. É importante ter um tempo breve para registar as presenças e ausências. Que os catequizandos sintam que a sua presença é importante para o catequista. Quando as faltas de algum se acumulam, o catequista dá-se conta que há um problema e entra em contacto com a família. Este registo das presenças não precisa de ser feito como uma chamada; o catequista pode ser criativo e ter uma breve actividade para isso; que deve estar dentro da planificação. Avaliar. A planificação deve prever quando e como se faz a avaliação da sessão de catequese. Para terminar: Uma boa planificação ajuda-nos a conseguir uma catequese melhor. Sabemos para onde vamos e sabemos quais os passos a percorrer.

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7 Planificar o ano de catequese Objectivo da planificação: Garantir que os objectivos do ano catequético são atingidos em tempos e modos determinados. “Aonde fica a saída?”, perguntou Alice ao gato que ria. ”Depende”, respondeu o gato. ”De quê?”, replicou Alice; ”Depende de para onde queres ir...” Este diálogo, retirado do livro “Alice no País das Maravilhas”, introduz a importância da planificação. Se não sabemos para onde queremos ir, dificilmente saberemos escolher os melhores caminhos que nos levam até lá. O mais provável é aderirmos ao “vamos indo e vamos vendo”. E esta postura, na catequese, não resulta. A catequese é um caminho de crescimento de fé de pessoas muito concretas. É uma acção educativa importante que tem os olhos postos, ao mesmo tempo, no projecto do Reino de Deus e no aqui e no agora da tua realidade, para, a partir daí, anunciar a riqueza do Projecto de Deus, feito Evangelho. Enquanto catequista, planificarás com um estilo próprio: com a ajuda do Pai, como membro de uma comunidade que te envia, a partir do catecismo proposto pela Igreja, e com o estilo de Jesus.

Quando planificar? O ideal é planificar no seguimento da reunião de avaliação do ano pastoral para que as conclusões do encontro possam ajudar a melhorar o ano seguinte. Finais de Junho seria uma boa opção para, em Setembro, altura em que recomeça a catequese, já tenhas tudo preparado. 25

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Índice Capítulo 1: O mundo da catequese.............................................................. 5 1 O que é a catequese? Para que serve?.................................................. 6 2 A Bíblia, o Catecismo e os catecismos................................................. 9 3 Identidade e espiritualidade do catequista......................................... 12 Capítulo 2: Usar os catecismos................................................................... 15 4 Momentos do acto catequético......................................................... 16 5 Os conteúdos da catequese............................................................... 18 6 Planificar uma catequese................................................................... 22 7 Planificar o ano de catequese............................................................ 25 8 Como avaliar?.................................................................................. 31 9 Experiência humana: factores de qualidade...................................... 32 10 Anúncio da Palavra: factores de qualidade..................................... 34 11 Expressão de fé: factores de qualidade............................................ 37 12 Explorar a imagem (fotográfica).................................................... 39 13 Explorar os vídeos.......................................................................... 43 14 Usar as canções.............................................................................. 49 15 Como contar histórias bíblicas...................................................... 55 16 Redes sociais e catequese............................................................... 65 Capítulo 3: O grupo, lugar da catequese.................................................... 71 17 O grupo é importante para a catequese......................................... 72 18 Eu e os catequizandos..................................................................... 73 19 Melhorar as relações dentro do grupo............................................ 76 20 Dialogar com qualidade.................................................................. 79 161

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21 O grupo está doente: diagnóstico e medicação......................................... 88 22 Catequizandos difíceis................................................................... 93 Capítulo 4: Os teus parceiros na catequese............................................... 103 23 Os pais: parceiros educativos....................................................... 104 24 Organizar uma reunião com pais ................................................. 106 25 O grupo de catequistas................................................................. 112 26 Relação com o pároco.................................................................. 115 27 Relação com outros movimentos e serviços.................................. 118 Capítulo 5: Momentos de intervenção...................................................... 121 28 Preparar uma Eucaristia............................................................... 122 29 Preparar uma celebração penitencial............................................. 126 30 Preparar as festas da catequese..................................................... 128 31 Preparar espectáculos com a catequese ........................................ 133 32 Preparar um retiro........................................................................ 140 33 Preparar evento com viagens........................................................ 146 Capítulo 6: As minhas competências........................................................ 151 34 Criatividade.................................................................................. 152 35 Boas práticas do catequista........................................................... 156 36 Confiança no Espírito................................................................... 159

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