Manual de Património Cultural III - Os Museus nacionais (Preview) - Artur Filipe dos Santos

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Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea do Porto

Manual de

PATRIMÓNIO CULTURAL E PAISAGÍSTICO PORTUGUÊS III Património Cultural Edificado – Museus Nacionais

Professor Doutor

Artur Filipe dos Santos


Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea do Porto

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Edições Universidade Sénior Contemporânea http://edicoes-uscontemporanea.webnode.pt

Ilustrações do próprio autor

Impressão e Acabamento Nativartes, Vila Nova de Gaia ISBN: -978-989-99005-0-9 Abril de 2014

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ÍNDICE

ÍNDICE ..................................................................................................................................................... 3 Definição de Museu ............................................................................................................................ 4 Os Museus no Mundo ..................................................................................................................... 5 Rede Portuguesa de Museus .............................................................................................................. 5 Objectivos da Rede Portuguesa de Museus ................................................................................... 6 Museu Nacional de Arqueologia ......................................................................................................... 7 Museu Nacional do Teatro .................................................................... Erro! Indicador não definido. Numeração das artes ........................................................................ Erro! Indicador não definido. Palácio do Monteiro-Mor – História ................................................. Erro! Indicador não definido. Museu Nacional de Arte Antiga ............................................................ Erro! Indicador não definido. Palácio Alvor-Pombal ........................................................................ Erro! Indicador não definido. O Museu ............................................................................................ Erro! Indicador não definido. A Coleção .......................................................................................... Erro! Indicador não definido. Museu Nacional Machado de Castro .................................................... Erro! Indicador não definido. Quem foi Joaquim Machado de Castro............................................. Erro! Indicador não definido. O Paço dos Bispos de Coimbra .......................................................... Erro! Indicador não definido. O Museu ............................................................................................ Erro! Indicador não definido. Coleções ............................................................................................ Erro! Indicador não definido. Museu do Oriente ................................................................................. Erro! Indicador não definido. Fundação Oriente.............................................................................. Erro! Indicador não definido. Edifício Pedro Álvares Cabral ................................................................ Erro! Indicador não definido. Coleções ............................................................................................ Erro! Indicador não definido. Museu Nacional de Soares dos Reis ..................................................... Erro! Indicador não definido. História .............................................................................................. Erro! Indicador não definido. Soares dos Reis.................................................................................. Erro! Indicador não definido. Obras de Soares dos Reis .................................................................. Erro! Indicador não definido. O Palácio dos Carrancas .................................................................... Erro! Indicador não definido. O Museu até aos nossos dias ............................................................ Erro! Indicador não definido. Museu Nacional dos Coches ................................................................. Erro! Indicador não definido.

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Definição de Museu Um museu é, na definição do International Council of Museums (ICOM, 2001), "uma instituição permanente, sem fins lucrativos, a serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público e que adquire, conserva, investiga, difunde e expõe os testemunhos materiais do homem e de seu entorno, para educação e deleite da sociedade". Os museus tiveram origem no hábito humano do colecionismo, que nasceu junto com a própria humanidade. Desde a Antiguidade remota o homem, por infinitas razões, coleciona objetos e lhes atribui valor, seja afetivo, cultural ou simplesmente material, o que justifica a necessidade de sua preservação ao longo do tempo. Milhares de anos atrás já se faziam registros sobre instituições vagamente semelhantes ao museu moderno funcionando. Entretanto, somente no século XVII se consolidou o museu mais ou menos como atualmente o conhecemos. Depois de outras mudanças e aperfeiçoamentos, hoje os museus, que já abarcam um vasto espectro de campos de interesse, se dirigem para uma crescente profissionalização e qualificação de suas atividades.

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Caracterizam-se pela multiplicidade

de tarefas

e

capacidades que lhes atribuem os museólogos e pensadores, deixando de ser passivos acúmulos de objetos para assumirem um papel importante na interpretação da cultura e na educação do homem, no fortalecimento da cidadania e do respeito à diversidade cultural, e no incremento da qualidade de vida.

Os Museus no Mundo De acordo com o Centro do Património Mundial existem cerca de 70 mil museus identificados em todo o mundo. Oito mil desses museus encontram-se em cidades e sítios classificados como Património Mundial.

Rede Portuguesa de Museus A Rede Portuguesa de Museus (RPM) é um sistema organizado de museus, baseado na adesão voluntária, configurado de forma progressiva e que visa a descentralização, a mediação, a qualificação e a cooperação entre museus. A RPM é uma entidade, por definição, tutelarmente autónoma e composta pelos museus que a integram. Criada como uma Estrutura de Projeto (EP) dependente do Instituto Português de Museus, em 2000, a EP Rede Portuguesa de Museus teve como atribuições iniciais a definição do modelo da Rede Portuguesa de Museus, a conceção e a aplicação do Regulamento de Adesão à RPM, a criação e a execução de PATRIMÓNIO CULTURAL PORTUGUÊS

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programas de apoio técnico e financeiro à qualificação de museus e a promoção de ações de formação.

Objectivos da Rede Portuguesa de Museus

• A valorização e a qualificação da realidade museológica nacional; • A cooperação institucional e a articulação entre museus; • A descentralização de recursos; • O planeamento e a racionalização dos investimentos públicos em museus; • A difusão da informação relativa aos museus; • A promoção do rigor e do profissionalismo das práticas museológicas e das técnicas museográficas; • O fomento da articulação entre museus..

A Rede Portuguesa de Museus é atualmente composta por 137 museus, incluindo os museus e palácios nacionais tutelados pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), os museus tutelados pelas Direções Regionais da Cultura do Continente, dos Açores e da

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Madeira, os palácios nacionais geridos pela empresa Parques de Sintra-Monte da Lua e mais 90 museus que passaram a integrar a RPM por candidatura. O universo dos 137 museus integrados na RPM caracteriza-se pela diversidade de tutelas, de coleções, de espaços, de atividades educativas, de modelos de relação com as comunidades e de sistemas de gestão.

Museu Nacional de Arqueologia

Arqueologia (do grego, « arqué », antigo, e « logos », discurso depois estudo, ciência) é a disciplina científica que estuda as culturas e os modos de vida do passado a partir da análise de vestígios materiais. É uma ciência social que estuda as sociedades já extintas, através de seus restos materiais, sejam estes móveis (como por exemplo um objeto de arte) ou objetos imóveis (como é o caso das estruturas arquitectónicas). Incluem-se também no seu campo de estudos as intervenções feitas pelo homem no meio ambiente. A maioria dos primeiros arqueólogos, que aplicaram sua disciplina aos estudos das antiguidades, definiram a arqueologia como o estudo sistemático dos restos materiais da vida humana já desaparecida.

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Outros arqueólogos enfatizaram aspectos psicológico-comportamentais e definiram a arqueologia como a reconstrução da vida dos povos antigos. A disciplina da arqueologia envolve trabalhos de prospecção, escavação e eventualmente analises de informação recolhida para aprender mais sobre o passado humano. Na maioria das vezes, a arqueologia depende de trabalhos de investigações multidisciplinares.

A arqueologia baseia-se também em conceitos em torno de variadas áreas de conhecimento e ciências como a: antropologia, história, história de arte, etnoarqueologia, geografia, geologia, linguística, semiologia, física, ciências da informação, química, estatísticas, paleoecologia, paleontologia, paleozoologia, paleoetnobotanica. Em alguns países a arqueologia é considerada como uma disciplina pertencente à antropologia enquanto que em países, como em Portugal, esta foi considerada uma disciplina pertencente ao ramo cientifico da História e dependente deste. Enquanto a antropologia se centra no estudo das culturas humanas contemporâneas, a arqueologia dedica-se mais ao estudo das manifestações culturais e materiais destas desde

o

surgimento

do

Homem

(

transição

do

Australopitecos para o Homo habilis) até ao presente. Deste modo, enquanto as antigas gerações de arqueólogos estudavam um antigo instrumento de cerâmica como um elemento cronológico que ajudaria a pôr uma data à

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cultura que era objeto de estudo, ou simplesmente como um objeto com um verdadeiro valor estético, os arqueólogos dos dias de hoje veriam o mesmo objeto como um instrumento que lhes serve para compreender o pensamento, os valores e a própria sociedade a que pertenceram. Os arqueólogos podem ter de actuar em situações de emergência, como quando existem obras que põem a descoberto

vestígios

arqueológicos

até

então

desconhecidos, sendo, nestes casos, criados e enviados para o local piquetes de emergência. Deste modo, procuram desenvolver medidas para minimizar o impacto negativo que essas obras possam ter no património arqueológico podendo ser feitas alterações pontuais no projecto inicial. Só em casos excepcionais os achados arqueológicos são suficientemente importantes para justificar a anulação de obras de grande envergadura (ex.: barragem de Foz Côa). Em certos casos, a destruição parcial ou total dos vestígios arqueológicos poderá ser inevitável, nomeadamente por motivo de obras de superior interesse público, o que exige um registo prévio o mais exaustivo possível. A fim de se minimizarem os riscos de destruição do património arqueológico devido a obras públicas ou privadas de grande amplitude, tem-se procurado, nos últimos anos, integrar arqueólogos nas equipas que elaboram os estudos de viabilidade e de impacto ambiental. PATRIMÓNIO CULTURAL PORTUGUÊS

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A tendência actual é para substituir uma arqueologia de salvamento por uma arqueologia preventiva.

Em Portugal, actualmente, para se ser arqueólogo

profissional

(pós-bolonha)

necessário

tirar

licenciatura

uma

é em

Arqueologia - ou História variante Arqueologia - mais o mestrado também em Arqueologia. É ainda necessário co-coordenar pelo menos uma

intervenção

arqueológica

-

em

colaboração com um arqueólogo coordenador - para poder dirigir uma intervenção arqueológica. Quem

tutela

e

autoriza

as

intervenções

arqueológicas perante pedido de autorização do arqueólogo é a DGPC - Direcção Geral do Património Cultural.

O arqueólogo (como o cidadão comum) pode pedir ao DGPC para embargar uma obra em caso desta ultima violar as leis do património cultural móvel e imóvel. Artigo 77.º 4: A realização de trabalhos arqueológicos será obrigatoriamente dirigida por arqueólogos e carece de autorização a conceder pelo organismo competente da administração do património cultural.( Lei 107/2001). PATRIMÓNIO CULTURAL PORTUGUÊS

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A arqueologia tem sido praticada em Portugal desde há dois séculos, sendo então essencialmente um hobby de militares ou pessoas

com

algumas

posses

e

conhecimentos históricos. Só a partir dos anos 80 a Arqueologia gradualment e se tornou profissionaliz ante e passou a ser tutelada pelo Estado português com direitos e deveres jurídicos próprios dos cidadãos para com ela.

O Museu Nacional de Arqueologia do Dr. Leite de Vasconcelos é um museu localizado em Lisboa, foi fundado em 1893 por iniciativa de José Leite de Vasconcelos, sob a designação de Museu Etnográfico Português. Foi criado em 1903 e alberga coleções arqueológicas portuguesas, e algumas estrangeiras, que remontam aos primórdios da humanidade e vão até à época medieval. no atentado de 1908. Este veículo encontra-se, desde 2008, no Museu em Lisboa.

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