Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista

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Analisando os

Problemas Teol贸gicos Causados pelo Sistema Escatol贸gico

Pr茅-Tribulacionista Edinaldo Nogueira


Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista (para uma maior compreensão do assunto, examine pessoalmente todas as referências bíblicas citadas)

Edinaldo Nogueira E-mail: nogueira.edinaldo@gmail.com (caso queira fazer alguma refutação por escrito pode enviar para e-mail)


2ª impressão, 2013

Edinaldo Nogueira Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista 330 páginas Escatologia

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Direitos Autorais EDINALDO NOGUEIRA


Dedicatória Ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que me concedeu graça. A Ele seja a glória para todo sempre! À minha digníssima esposa, Claudete, por sua compreensão e amor e aos nossos filhos Renan e Letícia. Aos meus pais, Paulo e Marleide e meus queridos irmãos e irmãs. À todos os amados pré-tribulacionistas que eu os amo de verdade. Aos queridos presbíteros da AD que são pós-tribulacionistas, como o Pb. Eutália (in memoria) e outros que mantenho seus nomes sob sigilos. A todos dedico este livro.


“Eis que Jesus Cristo vem com as nuvens, e todo o olho o verá.. e todos os cristãos serão transformados, num momento, num abrir e fechar dos olhos, num som da última trombeta.. e todas as nações da terra se lamentarão.. e o reino do mundo se tornará de nosso Senhor e do seu Cristo” (Ap 1.7; 1 Co 15.51,52; Mt 24.30; Ap 11.15)


ÍNDICE Prefácio..................................................................................................................003 1º Problema Teológico: O pré-tribulacionista diz que o forte da sua doutrina é a iminência do arrebatamento da Igreja, que pode se dá a qualquer momento........ 005 2º Problema Teológico: A volta “invisível” e “secreta” de Jesus Cristo é carente de base bíblica e histórica........................................................................................018 3º Problema Teológico: Qual das duas fases ele vem como ladrão?........................021 4º Problema Teológico: Qual das duas fases ele vem como o relâmpago?........024 5º Problema Teológico: Dois arrebatamentos de duas Igrejas!...............................028 6º Problema Teológico: A ressurreição da Igreja dividida em duas ordens..............033 7º Problema Teológico: O teólogo pré-tribulacionista separa 'o Arrebatamento' da 'Segunda Vinda de Jesus'.........................................................................................041 8º Problema Teológico: O Ensinamento sobre o arrebatamento da Igreja em uma vinda secreta de Jesus é complicado........................................................................059 9º Problema Teológico: O pré-tribulacionista faz uma distinção entre 'o Dia da vinda' de Jesus para arrebatar a Igreja com 'o Dia do Senhor'..............................................076 10º Problema Teológico: Para o pré-tribulacionista o Dia da Ira do Senhor ou Ira Vindoura é a Grande Tribulação..............................................................................080 11º Problema Teológico: Para o pré-tribulacionista o Dia do Senhor é a Grande Tribulação...............................................................................................................090 12º Problema Teológico: As razões apresentadas pelas quais os pré-tribulacionistas não acreditam que a Igreja estará presente durante a grande tribulação são francas..101 13º Problema Teológico: A onde está escrito na Bíblia os sete anos tão citados pelos pré-tribulacionistas?...............................................................................................1 13 14º Problema Teológico: O pré-tribulacionismo dá a entender que a Grande Tribulação é uma parceria entre Deus e o Anticristo.................................................120 15º Problema Teológico: Os pré-tribulacionistas acusam erroneamente os póstribulacionistas de esperarem a Grande Tribulação em vez da Volta de Jesus........130


16º Problema Teológico: Quem pregará o evangelho na grande tribulação?........139 17º Problema Teológico: Uma segunda chance para a salvação após o arrebatamento da Igreja é incompatível com os ensinos de Cristo e dos Seus apóstolos.........148 18º Problema Teológico: É uma contradição com as Escrituras colocar as bodas do Cordeiro em paralelo com a grande tribulação.........................................................159 19º Problema Teológico: O pré-tribulacionista se contradiz em crê que a Igreja precisa ser arrebatada para ficar protegida dos juízos apocalípticos, já que eles crêem que outros serão protegidos sem serem arrebatados.................................................165 20º Problema Teológico: Os pré-tribulacionistas sabem a data da volta de Jesus Cristo à Terra!....................................................................................................................172 21º Problema Teológico: Os pré-tribulacionistas torcem textos bíblicos para molda-los ao seu complicado programa escatológico..............................................182 22º Problema Teológico: Os pré-tribulacionistas manipulam a Bíblia ao seu bel-prazer................................................................................................................194 23º Problema Teológico: O pré-tribulacionista ainda mantém de pé a velha aliança quando trata da Nação de Israel, do Templo e da cidade de Jerusalém na sua escatologia..............................................................................................................208 24º Problema Teológico: É grave e infundada a crença pré-tribulacionista de dois evangelhos e de dois reinos.....................................................................................224 25º Problema Teológico: O pré-tribulacionista não nos diz o que acontecerá com a nação de Israel depois do Milênio............................................................................254 Conclusão .............................................................................................................325 Bibliografia ...........................................................................................................329


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PREFÁCIO Desde 1988 fui ensinado a acreditar, piamente, em um conceito pré-tribulacionista, porém, desde 1990 pelo meu simples estudo da Bíblia percebi que esse conceito estava incoerente com as Escrituras, sem nunca sequer ter lido algum livro de posição diferente que pudesse influenciar tal mudança. Inicialmente escrevi uma apostila intitulada 'As Minhas 95 Testes Contra a Suposta Vinda Invisível de Jesus Cristo e o Arrebatamento Antes da Chamada Grande Tribulação’, mas nunca publiquei. Após ministrar uma aula na Escola Dominical sobre a escatologia em 2004, preparei um pequeno plano de aula sobre alguns problemas causados pelo sistema teológico pré-tribulacionista, porém, doravante, venho desenvolvendo este tema aponto de se transformar em um livro. Neste livro denomino meu conceito de 'pós-tribulacionista', mas não porque sigo de perto essa corrente teológica ou porque a tenho cursando em algum seminário, uso esse termo como uma resistência ao conceito 'pré-tribulacionista'. A posição que defendo nesta obra é esta: a Segunda Vinda de Jesus será depois da grande tribulação, nessa ocasião ele ressuscita, transforma e arrebata sua Igreja, dá fim ao reino do Anticristo, destrói muitas nações, lança Satanás no abismo, estabelece o seu reino milenar e inicia o juízo. Muitas pessoas ignoram isso! Porém, o ensino pré-tribulacionista é mais complicado, porque para eles Jesus Cristo vem a segunda vez em duas fases. Na primeira fase, ele vem invisivelmente antes da grande tribulação e ressuscita, transforma e arrebata sua Igreja, depois de 7 anos, ele vem novamente na segunda fase, visivelmente com a sua Igreja e ressuscita, transforma e arrebata os santos da grande tribulação, dá fim ao reino do Anticristo, destrói muitas nações, lança Satanás no abismo, estabelece o seu reino judaico milenar. Então veja que o ensino pós-tribulacionista não é algo estranho em que alguém deva ignorar, pois os pré-tribulacionistas, na sua segunda fase, em pouco difere dos pós-tribulacionistas. A diferença mais acentuada é que para os pós-tribulacionistas esses santos que são ressuscitados, transformados e arrebatados depois da grande tribulação é a Igreja de Jesus Cristo, pois não encontra razões e nem argumentos sólidos para crê que seja outro grupo de pessoas fora da Igreja, enquanto 03


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que para os pré-tribulacionistas esses santos não fazem parte da Igreja, e contudo vão ser ressuscitados, transformados e arrebatados, alguns preferem usar o termo 'unidos' em vez de 'arrebatados', talvez por se constituir um termo pesado e fragrante, mas é isso que de fato significa 'um outro arrebatamento'. Então, por causa disso surgem várias questões que prejudica a soteriologia e a escatologia bíblica! Neste livro eu procuro aborda essas questões, que para mim são questões sérias e relevantes. E procuro mostrar, veementemente, que o dogma pré-tribulacionista está cheio de contradições teológicas. Na verdade, não me considero autorizado para combater essas questões teológicas, pois não tenho formação acadêmica, porém, os argumentos dos pré-tribulacionistas em prol de uma vinda secreta de Jesus Cristo são tão francos e irrelevantes, que mesmo sendo um leigo, me sinto compelido a combate-los. Edinaldo Nogueira

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1º PROBLEMA TEOLÓGICO: O pré-tribulacionista diz que o forte da sua doutrina é a iminência do Arrebatamento da Igreja, que pode se dá a qualquer momento

O

pré-tribulacionista Elienai Cabral, teólogo bem conceituado entre nós, faz uma crítica aos pós-tribulacionistas, dizendo: 'Esse elemento (referindo-se a surpresa do arrebatamento) é rejeitado por alguns grupos que entendem que não haverá dois eventos distintos: o arrebatamento da Igreja e a vinda pessoal de Cristo' (Lições Bíblicas, de Aluno, 3º trimestre de 1998, pág.35).

Mais tarde veremos esta questão da distinção desses dois eventos, que são distintos na verdade, mas não se separam. Porém, quanto a questão da surpresa, de fato o dia em que Cristo voltar, seja em que época for, será surpresa para todos! Até mesmo para os crentes que o aguardam será surpresa, porque como o próprio Jesus reconheceu: 'Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai' (Mateus 24.36). Podemos até dizer quando será o arrebatamento, mas jamais saberemos dizer quando será a vinda de Jesus. Por exemplo, quando será o arrebatamento? Será no dia em que Jesus voltar! Mas qual e quando será o dia da volta de Jesus? Aí ninguém sabe! Porém, podemos saber que antes da sua volta alguns sinais devem se cumprir! Assim podemos dizer que o arrebatamento pode se dá a qualquer momento, conquanto que tenha se cumprindo todos os sinais relacionados à vinda de Jesus Cristo. A doutrina do qualquer momento defendida pelos prétribulacionistas não é tão iminente assim. Pois, até mesmo eles que afirmam que o ponto forte de sua doutrina é a iminência do arrebatamento da Igreja, que pode se dá a qualquer momento, esperam que alguns sinais se cumpram antes. Por exemplo, a doutrina prétribulacionista ensina que após o rapto da Igreja o Anticristo fará uma aliança com Israel. Assim, para o pré-tribulacionismo a Nação '[de] Israel é um dos sinais mais evidentes na atualidade em relação à volta de Cristo' (Lições Bíblicas, de Aluno, 3º trimestre de 1998, pág.28). Outra citação também diz: 'Israel é o mais forte e claro prenúncio do iminente retorno de Cristo' (Lições Bíblicas, de Aluno, 4º trimestre de 2004, pág.15). 05


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Nesse caso, para o pré-tribulacionista o arrebatamento da Igreja não poderia ter ocorrido a qualquer momento entre o ano 70 A.D a 1948, haja visto que durante essa época Israel não existia como Nação, desde sua destruição pelos romanos em 70 A.D. O pré-tribulacionista Wim Malgo escreveu: 'temos um sinal inconfundível e único, que nos indica quando e em que época podemos certamente esperar o Senhor... a fundação do Estado de Israel...O tempo da Igreja de Jesus está limitado entre a rejeição e a nova aceitação de Israel. Com o reaparecimento de Israel desde 1948, acaba seu tempo, isto é, seu repentino arrebatamento está próximo...' 'O Senhor virá muito em breve! Uma data importante é o mês de maio de 1988, pois então o Estado de Israel fará quarenta anos!' '...[isso] leva a Igreja de Jesus para bem próximo do tão ansiado arrebatamento' (extraído dos livros: Salvação Eterna, pág. 69 e Terá Chegado o Fim de Todas as Coisas, págs. 126 e 129 o grifo é meu).

Esse ponto de vista pré-tribulacionista não permitia um arrebatamento da Igreja a qualquer momento antes de 1948! Quer dizer, desde a época dos apóstolos o arrebatamento não era iminente, a não ser a partir de 1948! Assim, os próprios pré-tribulacionistas deitam por terra a doutrina da iminência do arrebatamento em qualquer momento da história humana! O teólogo pré-tribulacionista Claudionor de Andrade diz o seguinte: 'Vejamos, a seguir, alguns sinais que estão a prenunciar a iminência do rapto dos santos...O renascimento de Israel como nação soberana...a retomada de Jerusalém como a capital de Israel...a reconstrução do Santo Templo' (Lições Bíblicas, de Aluno, 4º trimestre de 2004, págs.15,16 - o grifo é meu).

Note que para o pré-tribulacionista Claudionor de Andrade a iminência do arrebatamento precisou aguardar o cumprimento desses sinais. Sendo assim, o arrebatamento também não podia ocorrer entre o ano de 1948 a 1967, pois nesta época Jerusalém não tinha sido ainda retomada como capital de Israel. E, além do mais, como os judeus poderiam construir o “santo templo”, onde o Anticristo sentará como Deus conforme eles ensinam, se Jerusalém não era sua capital? Todavia, Claudionor de Andrade desafirma que não será necessário o arrebatamento esperar a construção do templo, ainda que 06

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seja para ele “um dos mais fortes e eloqüentes sinais da [iminente] volta de Cristo Jesus” (Lições Bíblicas, de Aluno, 4º trimestre de 2004, pág.25). Porque afirmar isso seria malograr o arrebatamento, e frustrar a teoria do 'qualquer momento', já que até hoje o templo judaico em Jerusalém ainda não foi reconstruído. Contudo, eles não podem fugir de que o arrebatamento precisará esperar o Anticristo nascer, crescer, estudar, e pelo menos ter 30 anos de idade, para poder está pronto a assumir o trono mundial após o rapto iminente da Igreja. Ou o Anticristo será qualquer pé de chinelo? Assim escreveu o pré-tribulacionista Eurico Bergstén: 'não sabemos, ao certo, se o Anticristo já nasceu. Mesmo se tal fato aconteceu, ele não pode se manifestar publicamente, enquanto a Igreja estiver na Terra' (Lições Bíblicas, Subsídios dos Professores, 3º trimestre de 1995, pág.33).

O Dr. Wim Malgo escreveu o seguinte: 'o anticristo já se encontra entre nós? Certamente devemos supor isso' (Salvação Eterna de Um Mundo Maduro Para o Juízo, pág. 58). O Dr. Antonio Gilberto também acredita nisso, pois escreveu: 'Talvez este homem já esteja por aí, camuflado, aguardando apenas o momento de manifestar-se' (Escatologia Bíblica, EETAD, pág. 47). Os pré-tribulacionistas precisam acreditar nisso, para que o arrebatamento seja em qualquer momento. Quer dizer, toda a escatologia futurista do pré-tribulacionista depende do arrebatamento secreto da Igreja e logicamente do nascimento e preparação do Anticristo, pois disto depende o arrebatamento secreto! Veja que tocar nesta doutrina é derrubar por terra todo esse sistema. Porém, se o Anticristo nascer hoje, por exemplo, o arrebatamento não poderá passar de 100 anos, já que nessa idade o Anticristo estará muito velho e impossibilitado para dominar o mundo, a não ser se ele for um super-homem como àqueles dos irreais filmes de Hollywood ou como os semideuses lendários da mitologia grega, que não envelhecem e nem morrem. E pior ainda, o arrebatamento secreto e iminente da Igreja de Jesus não poderia ter ocorrido em nenhum momento da história passada, visto que o Anticristo não existia nos séculos anteriores. Deveras, hoje em dia não existe ninguém que tenha nascido em 1800 para trás! A pessoa mais velha do mundo tem menos de 200 anos! 1º Problema Teológico

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A doutrina do arrebatamento em qualquer momento é confusa. Se o arrebatamento se dará em qualquer momento então ele não deveria depender da fundação de Israel em 1948, da retomada de Jerusalém em 1967 e nem depender do nascimento e preparação do Anticristo ou da reconstrução do templo em Jerusalém. Por isso que esses sinais citados pelos próprios pré-tribulacionistas fazem com que o arrebatamento da Igreja não ocorra a qualquer momento. Ainda que os pós-tribulacionistas acreditam, assim como Paulo, que antes do arrebatamento ocorrerá a manifestação do Anticristo, todavia não podem ser julgados pelos pré-tribulacionistas em não crê no 'elemento surpresa', pois, os pré-tribulacionistas também acreditam, em semelhante modo, que antes do arrebatamento da Igreja o Anticristo forçosamente tem que ter nascido! Alguns pré-tribulacionistas dizem até que o Anticristo tem que ter 30 anos de idade, para se manifestar, pois foi com essa idade que Jesus Cristo iniciou seu ministério. O pré-tribulacionista Antonio Gilberto escreveu que ' o que está impendido' o Anticristo se manifestar publicamente é ' a presença da Igreja no mundo' (Escatologia Bíblica EETAD, pág. 47). Mas isso não deverá ser verdade, pois para acreditarmos nisso, temos que crê que o Anticristo é pré-existente e eterno, a ponto de surgir em qualquer momento. Pois se o arrebatamento é iminente, o Anticristo também é iminente, podendo surgir do nada! O que é um absurdo! Pois nem o Filho de Deus que é pré-existente e eterno surgiu do nada quando se manifestou em carne, mas teve toda uma preparação para isso (Mateus 1.23; Lucas 2.21,39,40,41,42; 3.23; 4.16). Por outro lado, se cremos como os pré-tribulacionistas, então é o nascimento e a formação do Anticristo que está impedindo o arrebatamento da Igreja e não a Igreja que está detendo o Anticristo, pois a Igreja só poderá ser arrebatada se o Anticristo estiver pronto para se manifestar! Portanto, esse humano chamado Anticristo, que tem que se manifestar assim que a Igreja for 'raptada' derruba por terra a crença pré-tribulacionista 'no arrebatamento em qualquer momento'. Ao combater essas coisas, estou partindo da premissa prétribulacionista que 'o Anticristo será um homem' (Escatologia Bíblica EETAD, pág. 47), e não, conforme eu creio, que é um sistema anticristão que começou a desenvolver a partir da apostasia da igreja tomando sua forma completa no papado! E não estou só nessa, pois... 08

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'os reformadores consideravam comumente o papado como o anticristo, uma instituição que poderia ser incorporada em um papa, em particular' (Os Últimos Dias Segundo Jesus, de R.C. Sproul, págs. 148,149).

Será que os pré-tribulacionistas acreditam que o Anticristo é um ser sobrenatural que será encarnado? Infelizmente, os pré-tribulacionistas exaltam tanto o Anticristo que beiram por esse caminho. O escritor Antonio Gilberto escreveu sobre: 'o surgimento iminente do super-homem de Satanás a Besta ou Anticristo' disse que ele 'será um homem personificando o diabo' 'um personagem de habilidade e capacidade desconhecidas até hoje' 'o maior líder de toda a história' 'portador de uma personalidade irresistível. Sua sabedoria e capacidade serão sobrenaturais... Ele encarnará a própria pessoa de Satanás' (Escatologia Bíblica EETAD, págs. 4,48).

Isso é um bom material para os filmes de ficção cientifica, mas biblicamente é um exagero desmedido! Note que Antonio Gilberto fala do surgimento do Anticristo como algo 'iminente' e o chama de 'superhomem'. Ele precisa crê nesse absurdo ‘americanizado’ para continuar mantendo sua contraditória crença do 'qualquer momento'. A teoria do arrebatamento da Igreja em qualquer momento defendida pelos pré-tribulacionistas é insatisfatória. Devido o fato deles alistarem sinais precedentes para o arrebatamento, principalmente o nascimento e a formação do Anticristo que impede a sua teoria do 'qualquer momento'. Ora se há sinais precedentes, então logicamente o arrebatamento precisa aguardar que esses sinais se cumpram. Por exemplo, o arrebatamento não pode acontecer enquanto o Anticristo é um embrião no ventre materno! O arrebatamento não pode acontecer enquanto o Anticristo está cursando a alfabetização! O arrebatamento não pode acontecer enquanto o Anticristo não se tornar um homem de influência nessa sociedade, aponto da União Européia, a ONU e os Estados Unidos, digam: 'É este o homem gabaritado para assumir o controle mundial'! Uma vez que essas coisas não acontecem a qualquer momento, isso se tornar um impedimento para que o arrebatamento ocorra em qualquer momento. Isso a priori derruba outra teoria pré-tribulacionista de que a Igreja está impedindo a manifestação do Anticristo. Não! Pelo 1º Problema Teológico

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contrário, se o pré-tribulacionista for bem sincero ele verá que é o Anticristo que está impedindo o arrebatamento acontecer, isso se pelo menos a mãe do Anticristo estiver no seu nono mês de gestação, caso contrário, o arrebatamento é uma possibilidade distante. Eu não gosto nem de pensar nisso, pois se o Anticristo precisa ter um pai e uma mãe para nascer nesse mundo, aí o arrebatamento também precisa esperar que os seus pais nasçam, cresçam, se conheçam, se casem, gerem e eduquem o Anticristo! Todo este palco precisa estar pronto antes do arrebatamento, porque depois do arrebatamento, segundo os pré-tribulacionistas, só haverá sete anos de governo do Anticristo e durante esse tempo ele não pode nascer, crescer, se formar e dominar o mundo. Já imaginou um menino de um ano, poliglota, poderoso e governando o mundo. Mas digamos que nada disso é necessário, que o Anticristo é uma figura mitológica que já está pronto a se manifestação desde o tempo em que pelo menos o livro do Apocalipse foi escrito (em 96 d.C). Vamos acreditar que se o arrebatamento acontecer hoje, imediatamente o Anticristo saia de dentro de alguma caverna com aquela barba cumprida, talvez com os seus 2.000 anos de idade e diga: 'Eu sou a solução do mundo' ou que de repente ele salte de dentro de uma mulher grávida e se transforme instantaneamente em um adulto e diga: 'Eu tenho a solução dos problemas do mundo'. (Já imaginou um poliglota sem nunca ter estudado nenhum curso de línguas, mas deixa isso pra lá)! Ou vamos contar com a possibilidade de que qualquer pessoa, independentemente de qualquer outra coisa pode receber o espírito do Anticristo e de repete diga: 'Eu vou dá solução ao caos do mundo'. E o mundo inteiro caí aos seus pés. Mesmo contando com todos esses absurdos, o arrebatamento não se dará em qualquer momento! Veja o que Jesus Cristo disse: 'Quanto ao dia e à hora ninguém sabem, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai' (Mt 24.36). Isso significa que o arrebatamento da Igreja só poderá acontecer no dia e na hora que o Pai estabeleceu, e não em qualquer momento! Veja que o Pai não apenas estabeleceu o dia do arrebatamento, mas até mesmo a hora em que ele deverá acontecer! Atos 1.7: 'Não lhes compete saber os tempos ou as datas que o Pai estabeleceu pela sua própria autoridade'. Aconteça o que acontecer, a data da volta de Jesus já está marcada por Deus! Será tal hora, tal dia e tal ano! O Pai já agendou! Não é a qualquer momento. Deus sabe o dia e a 10

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hora da vinda de Seu Filho, não simplesmente porque Ele é presciente, mas é porque Ele mesmo estabeleceu o dia 'Deus... estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio do homem que designou' (Atos 17.30,31). 1 Timóteo 6.14,15, diz: '...guarde este mandamento imaculado e irrepreensível, até a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo, a qual Deus fará se cumprir no seu devido tempo'. Deus fará se cumprir! Quando? A qualquer momento? Não! No seu devido tempo! Pedro disse: 'É necessário que (Jesus) permaneça no céu até que chegue o tempo...' (Atos 3.21). Até que chegue o seu devido tempo que o Pai estabeleceu por sua própria autoridade! É lamentável que os pré-tribulacionistas cometam dois erros graves: o primeiro é dizer que a vinda de Jesus acontecerá a qualquer momento e o segundo é dizer que a vinda de Jesus acontecerá depois de sete anos. No primeiro eles demonstram incerteza, no segundo demonstram presunção. Aí eles dizem: a qualquer momento ele vem para a Igreja e depois de sete anos ele vem para Israel. Ambas as teorias estão equivocadas! Para a Igreja Jesus não vem a qualquer momento, mas no devido tempo conforme Paulo disse para o seu discípulo Timóteo (1 Tm 6.14,15). Para Israel, ele não vem depois de sete anos, pois conforme os discípulos interrogaram: 'Senhor, é neste tempo que vais restaurar o reino à Israel?' Jesus refutou: 'Não lhes compete saber os tempos e as datas que o Pai estabeleceu pela sua própria autoridade' em outras palavras: 'Não é da alçada de vocês!' Como é que podemos dizer que será depois de sete anos que Jesus vem para Israel?! Jesus está dizendo que ninguém é competente para calcular a data da Sua vinda e do Seu Reino. Na verdade, Jesus não vem duas vezes ou em duas fases, mas uma segunda vez. Quando? A qualquer momento? depois de sete anos? Não!! No devido tempo que o Pai estabeleceu e esse tempo somente ele sabe! Não adianta competir com Deus! A teoria do arrebatamento em qualquer momento é contraditória. Primeiramente porque essa teoria nega que Deus tenha estabelecido o dia do arrebatamento e segundo essa teoria propõem um ponto de partida para uma vinda calculada pelos homens negando o que Cristo afirmou: 'ninguém sabe'. Então como os homens podem calcular e dizer que será depois de sete anos. Talvez alguém diga: 'Se Jesus não vem a qualquer momento, então 1º Problema Teológico

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eu não preciso me preparar!'. É lamentável que algumas pessoas tenham essa mentalidade infantil. A vigilância não está no fato do arrebatamento acontecer em qualquer momento, mas no fato de ninguém saber a data que o Pai marcou para a vinda de Jesus. Mateus 24.42-44 diz: '...vigiem, porque vocês não sabem em que dia virá o seu Senhor'. Esse é o âmago da vigilância! Note que Jesus não disse: 'vigiem, porque o seu Senhor virá a qualquer momento'. Jesus continua: 'mas entendam isso: se o dono da casa soubesse a que hora da noite o ladrão viria, ele ficaria de guarda e não deixaria que a sua casa fosse arrombada. Assim, vocês também precisam estar preparados, porque o Filho do homem virá numa hora em que vocês menos esperam'.

Veja que o dono da casa não sabe quando vem o ladrão, porém o ladrão sabe muito bem quando ele vem! Nós temos que estar esperando a toda hora, não porque o arrebatamento acontecerá a qualquer momento, mas porque o dia que o Senhor estabeleceu pode ser hoje. Jamais podemos dizer como o servo insensato: 'Meu Senhor está demorando', pois que 'o Senhor daquele servo virá num dia em que ele não espera e numa hora que não sabe' (vv.48,49). Temos pois que supor que o Dia estabelecido pode ser hoje. Além do mais temos que considerar que o modo como Deus faz seus cálculos é diferente do nosso. Pedro escreveu: 'Não se esqueçam disso, amados: para o Senhor um dia é como mil anos e mil anos como um dia' (2 Pe 3.8). Veja que mil anos estão acima da perspectiva de vida de qualquer pessoa, mas não importa, nosso dever é aguardar a vinda do Senhor. Realmente já fazem dois mil anos, mas para o Senhor são dois dias! Não existe nenhum texto bíblico dizendo que a vinda de Jesus será a qualquer momento, nem tão pouco algum versículo dizendo que devemos vigiar porque o arrebatamento ocorrerá a qualquer momento. Pelo contrário, os textos deixam bem claro que Jesus Cristo voltará para arrebatar os crentes e estabelecer o Seu Reino na data que o Pai determinou! A vigilância sempre gira em torno de desconhecemos esta data! Mc 13.33: 'Fiquem atentos! Vigiem! Vocês não sabem quando virá esse tempo'. O tempo vem! Isso é certo! Porém, Jesus é enfático: 12

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'vigiem, porque vocês não sabem quando o dono da casa voltará: se à tarde, à meia-noite, ao cantar do galo ou ao amanhecer'(v.35). Jesus não está dizendo que será a qualquer momento, pois o dono da casa sabe quando será, ele está dizendo que somos nós que não sabemos quando ele virá. Por isso que temos que contar com todas as possibilidades e estar vigilantes. De modo semelhante na parábola das dez virgens, o dever das damas estarem em prontidão não era porque o noivo viria a qualquer momento, mas porque elas não sabiam 'o dia nem à hora!' que o noivo viria (Mt 25.13). O problema estava com elas e não com ele. Ele sabia muito bem: a meia-noite (Mt 25.6). Deus é tão exato que até mesmo a hora da Sua vinda está determinada. Por isso que Paulo pôde dizer: '...aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus' (Fl 1.6). Isso também permite que Deus conceda ao seu povo sinais que indiquem que esse dia está cada vez mais próximo. Jesus, por exemplo, advertiu aos seus discípulos: 'Cuidado para não serem enganados. Pois muitos [dirão]: “O tempo está próximo”. Não os sigam... É necessário que primeiro aconteçam essas coisas, mas o fim não virá imediatamente' (Lc 21.9). Jesus refuta a teoria do qualquer momento em Lc 21.9! Ele também disse: '...quando virem todas estas coisas, saibam que ele está próximo, às portas' (Mt 24.33). Os sinais são os sintomas de que a data da volta de Jesus está chegando! A volta de Jesus e logicamente o arrebatamento não ocorrerá antes dos sinais! Agora se o arrebatamento ocorrerá a qualquer momento, então porque Jesus alistou sinais como indicativo da Sua vinda aos seus discípulos. Quando na igreja de Tessalônica foi levantada a hipótese de que o dia da vinda do Senhor poderia acontecer a qualquer momento, Paulo ensinou que era preciso vir a “apostasia” e manifestar-se o “homem da iniqüidade” antes que chegue o Dia do Senhor e, por conseguinte , antes do arrebatamento dos santos. Se os falsos mestres diziam ter chegado o Dia do Senhor e estavam antecipando o arrebatamento para qualquer momento, era possível provar o seu erro pela ausência desses sinais precedentes (2 Ts 2.1-8). Os sinais são provas contundentes de que o tempo que Deus concedeu aos homens está se esgotando e o seu Reino está próximo. O fato do Dia do Senhor já está estabelecido, dá segurança a Paulo 1º Problema Teológico

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para que ele diga que Jesus voltará ao som da última trombeta, ele sabia que isso não aconteceria a qualquer momento. João por exemplo escreveu que um anjo jurou: 'Não haverá mais demora! Mas, nos dias em que o sétimo anjo estiver para tocar sua trombeta, vai se cumprir-se o mistério de Deus' (Ap 10.6,7 c/ 11.15-18). Realmente, não sabemos em que época o anjo tocará a sua trombeta, todavia sabemos que esse dia se constituirá o último dia para o sistema deste mundo, visto que a ressurreição dos crentes anunciada pela sétima trombeta (Ap11.18; 1 Co 15.52), segundo Jesus acontecerá ‘ no último dia' (Jo 6.40). Convém salientar que quando as Escrituras compara o dia da vinda do Senhor como ladrão não significa que Jesus vem a qualquer momento, nem que Jesus vem em secreto e nem tampouco que Jesus vem roubar alguma coisa. Segundo Paulo o ladrão não vem a qualquer momento, mas 'à noite' (1 Ts 5.2). Jesus advertiu: 'se o dono da casa soubesse a que hora da noite o ladrão viria, ele ficaria de guarda' (Mt 24.43), isso não significa que Jesus venha à noite, mas significa que assim como o ladrão tinha o horário exato para vir, assim também Jesus tem o dia exato para voltar. Por isso que somos exortados: 'Mas vocês, irmãos, não estão nas trevas, para que esse dia os surpreenda como ladrão. Vocês todos são...filhos do dia. Não somos da noite' (1 Ts 5.4,5). Quando as Escrituras compara a vinda de Jesus como ladrão não se refere a um evento secreto, pois as Escrituras é bem enfática: 'O dia do Senhor, porém, virá como ladrão. Os céus desaparecerão com um grande estrondo...e a terra será queimada' (2 Pe 3.10). É impossível que um evento desse porte, trazendo grandes conseqüências, aconteça de modo secreto. De modo semelhante, Paulo enfatiza: 'o dia do Senhor virá como ladrão à noite...a destruição virá sobre eles de repente' (1 Ts 5.2,3). De fato será de repente e iminente, mas não em secreto! Pelo, contrário todos os povos da terra o verão e se lamentarão (Mt 24.30). Longe de ser sigiloso o Dia mais esperado pelos cristãos! (Ap 1.7). O objetivo da comparação não se refere ao fato de dizer que Jesus vem para roubar o bem mais precioso da terra, primeiramente porque não se rouba o que já lhe pertence. Assim está escrito: 'vocês... são... povo exclusivo de Deus' (1 Pe 2.9). Ora se somos propriedade de Deus então o arrebatamento não é um roubo nem tão pouco um seqüestro! Como erradamente se supõem. Então que comparação há entre a vinda de Jesus e a vinda de um ladrão? Paulo deixa bem claro qual é o sentido da comparação quando 14

1º Problema Teológico


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escreveu: 'Irmãos, quanto aos tempos e épocas, não precisamos escrever-lhes, pois vocês mesmo sabem perfeitamente que o dia do Senhor virá como ladrão à noite...' (1 Ts 5.1,2). A comparação é essa: assim como não se sabe em que noite ou em que hora da noite vem o ladrão, tampouco sabemos em que dia o Senhor Jesus virá, por isso devemos está em constante vigilância 'Mas se você não estiver atento, virei como um ladrão e você não saberá a que hora virei contra você' (Ap 3.3) 'Eis que venho como ladrão! Feliz aquele que permanece vigilante' (Ap 16.15). Não importa que se o Dia que Deus estabeleceu para a vinda de Seu Filho esteja longe ou perto, nosso dever é estar pronto pra agora! Não porque será a qualquer momento, mas porque não sabemos qual será o momento. Todavia, o crente vigilante conta com as pistas que Jesus deu. 'Olhai, vigiai e orai; porque não sabeis quando chegará o tempo'. 'A noite está quase acabando; o dia logo vem... a nossa salvação está mais próxima...' (Rm 13.11,12). Por isso podemos orar: 'Maranata, vem Senhor [Jesus]' (1 Co 16.22; Ap 22.20). Tão certo que o dia já está estabelecido que Jesus mesmo afirmando, em sua humanidade, que nem ele mesmo sabe quando será o 'dia e à hora' 'que o Pai estabeleceu pela sua própria autoridade' (Mt 24.36; At 1.7), contudo alistou os sinais que se cumprirão antes desse dia. Ele poderia ter tido: 'Como acontecerá a qualquer momento, então não há sinais precedentes'. Mas o fato de que há sinais antecedentes, então o Dia está fixado! 'Quando [as árvores] brotam, vocês mesmo percebem e sabem que o verão está próximo. Assim também, quando virem estas coisas acontecendo, saibam que o Reino de Deus está próximo' (Lc 21.29-31). Há três grandes sinais que tornam a vinda de Jesus iminente! É claro que hoje vivemos no limiar da vinda de Jesus! Pois se ele voltar agora, ninguém poderá reclamar que falta se cumprir algum sinal! Com a crise na Igreja de Tessalônica, Paulo citou dois sinais obrigatórios - a apostasia e o anticristo - como meio para assegurar aos irmãos de que não houve nenhuma vinda invisível de Jesus, conforme falsamente já se insinuava naquela época 'não se deixem abalar nem alarmar tão facilmente... como se o dia do Senhor já tivesse chegado'. Porém, hoje esses dois sinais já se cumpriram: a apostasia é fato notório a todos nós, a própria Reforma Protestante testifica disso e a respeito do Anticristo não falta personagens reais e históricos em potenciais para assumir este 1º Problema Teológico

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cargo (1 Jo 2.18) . E além do mais o Apocalipse deixa uma pista: 'A besta que você viu, era e já não é. Ela está para subir do Abismo' (Ap 17.8). Quer dizer o Anticristo já existiu antes de João (fase embrionária), existia na época de João (fase berçário) e tornaria a existir novamente (fase adulta). Alguém dúvida que ele existe hoje? Quem será ele? Segundo o próprio Apocalipse é aquele que carrega sobre si uma prostitua chamada de 'Babilônia, a Grande; a mãe das prostitutas e das práticas repugnantes da terra', cuja sede desta religião falsa está em uma famosa cidade edifica sobre sete montes! (Ap 17.5-9,18). Que cidade é essa? Ali está o trono do Anticristo! O Anticristo é uma figura escatologica incorporado à um sistema político-religioso e representado por um homem em ascendência! Se esse sistema ainda vai surgir, então ele não pode ser culpado pela morte de todos os santos que 'foram assassinados na terra' (Ap 18.20,24). E se ele já existe, então o seu representante e líder é o Anticristo. E para erradicar o erro de uma vinda invisível, Paulo mostra que só então depois do cumprimento desses dois sinais 'o Senhor Jesus...destruirá (o Anticristo) pela manifestação de sua vinda' (2 Ts 2.8). E o terceiro sinal é a destruição da cidade-sede da religião falsa Roma, é claro, a cidade que está edificada sobre sete montes, pois quando ela é destruída os santos cantam: “chegou a hora do casamento do Cordeiro” (Ap 19.2,5-7). Crê nos sinais da vinda de Jesus, e esperar que eles se cumpram em hipótese alguma tira a surpresa e a iminência do dia e da hora da vinda de Jesus Cristo. Pois mesmo quando é derramada a penúltima taça, que mostra realmente a brevidade de Sua vinda, aparece o elemento surpresa: 'Eis que venho como ladrão! (Ap 16.12-16). Contudo, são os pré-tribulacionistas que não acreditam que a vinda de Jesus será iminente! Pois ao afirma que o arrebatamento é surpresa e o separar da vinda de Jesus, os pré-tribulacionistas não só comentem o erro de dividir a vinda de Jesus em duas supostas etapas separando o arrebatamento da Igreja da vinda visível de Jesus - como também, demonstram crê que a vinda visível de Jesus não será surpresa! Isso porém, contradiz frontalmente o Senhor Jesus Cristo que afirma que a sua vinda, não só será visível, como também ele diz que essa vinda visível será repentina e com surpresa como um ladrão (Mateus 24.29,30,42-44). E, nessa ocasião é que se dará o arrebatamento da 16

1º Problema Teológico


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Igreja (Mateus 24.30,31,40,41) - Veja mais sobre isso no ‘20º Problema Teológico: Os pré-tribulacionistas sabem a data da volta de Jesus Cristo à Terra!’ Dizem que o ponto positivo em se crê no 'arrebatamento em qualquer momento' é que ele produz no crente um senso de vigilância e santidade. Porém, não é isso que se ver na maioria das igrejas prétribulacionistas, pelo contrário, muitos crentes estão envolvidos na aparência falsa, na hipocrisia, na má conduta, no relaxamento dos serviços cristãos, e muitos de seus líderes religiosos estão buscando poder e apoio na política e vivendo no mais alto luxo à custo da má administração do dízimo. Contudo, os apóstolos que acreditavam que o arrebatamento não podia se dá a qualquer momento, pois entendiam que o arrebatamento 'nossa reunião com ele' - seria precedido pela apostasia e o Anticristo, quer dizer eles eram pós-tribulacionistas, mas em contrapartida, viveram uma vida santa, vigilante, humilde e não tomaram partido político, e mesmo assim isso não os levou a desacreditavam na surpresa e iminência da vinda de Jesus, já que esses sinais poderiam cumprir-se na época em que eles viveram (2 Tes 2.1-4; 2 Pe 3.8-10). Pelo contrário, acreditar que o arrebatamento ocorrerá antes da manifestação do Anticristo causa despreparação no crente, pois de repente ele poderá se vê diante de uma perseguição anticristã. Já o póstribulacionista, que espera também o arrebatamento, sabe que até lá, ele poderá ser perseguido por sua fé e poderá enfrentar o sistema cruel anticristão, isso leva o crente a uma vida de santidade, preparação e vigilância. Por outro lado, saber que o crente que ficar no arrebatamento, terá uma segunda chance pra se salvar, leva muitos crentes a contar com essa possibilidade e isso tem sido a causa de relaxamento na fé e no amor. Agora pense no crente pós-tribulacionista que crê que a vinda de Jesus é uma só, com surpresa e iminente, sem segunda chance pra ninguém, isso produz uma vida de fé e vigilância inabalável!

1º Problema Teológico

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2º PROBLEMA TEOLÓGICO: A volta “invisível” e “secreta” de Jesus Cristo é carente de base bíblica e histórica

S

em base bíblica. Não há nenhum texto bíblico direto, claro e categórico que prova que a vinda para arrebatar a Igreja é invisível; o texto de Atos 1.11: 'Galileus, por que vocês estão olhando para o céu? Este mesmo Jesus, que dentre vocês foi elevado ao céu, voltará da mesma forma como o viram subir'

Dá a entender claramente que a Igreja deveria esperar uma vinda pessoal e física de Jesus Cristo, que dizer de um modo visível, pois foi assim que ele 'foi elevado ao céu'. Até mesmo o texto chave do prétribulacionista: 1 Ts 4.16, mostra Jesus descendo com “alarido” (conjuntos de gritos ARC) ou “grande brado” (Bíblia Contemporânea), quer dizer de um modo audível. O texto de 1 Tessalonicenses 4.16,17, diz: 'Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficamos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor' (ARC)

Uma nota marginal na Bíblia de estudo NVI diz que nesse texto 'alguns sustentam que [o arrebatamento] será secreto, mas Paulo parece estar descrevendo algo aberto e público, com ordem em voz alta e sonido de trombetas.' De fato, levando em consideração todo contexto em que estão inseridas essas palavras de Paulo, e aguçando o nosso entendimento por saber que o Novo Testamento foi escrito originalmente sem divisão por capítulos e versículos, temos diante de nós um grande bloco de texto que trata sobre a segunda vinda de Jesus. E, Paulo deixa bem claro que a vinda de Jesus em que ocorrerá o arrebatamento é o mesmo Dia do Senhor para o mundo (1 Ts 4.13-5.1-11). Basta, perguntarmos no capítulo 5.1, 'aos tempos e épocas de quê?' Ora, da vinda de Jesus, onde os crentes serão ressuscitados e arrebatados. Essa vinda vem como ladrão à noite! Com surpresa, certamente, mas não invisível! 18


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Pois Paulo não pode bruscamente e de modo desconexado falar de outra vinda no capítulo 5, se ele está tratando com os irmãos sobre o arrebatamento. Observe com bastante atenção que o versículo um do capítulo cinco é um texto de ligação com o contexto anterior: 1 Ts 4.1618. Mas mesmo que esse texto seja tomado isoladamente do seu contexto pelos pré-tribulacionistas, nada prova que haverá uma vinda secreta e invisível de Jesus Cristo. Tratando da base histórica, até o século XIX ninguém acreditava em uma vinda invisível; nenhum dos pais da Igreja ou reformadores escreveram sobre isso. George E. Ladd, citado no livro 'Opções Contemporâneas na Escatologica' do Dr. Millard J. Erickson, pág. 122, 'resumiu o período patrístico com aparente exatidão: Cada pai da Igreja que trata do assunto prevê que a Igreja sofrerá às mãos do Anticristo. Deus purificaria a Igreja através do sofrimento, e Cristo a salvaria mediante a Sua volta no fim da Tribulação quando, então, destruiria o Anticristo, livraria Sua Igreja, e traria o mundo ao fim e inauguraria Seu reino milenar. O ponto de vista que prevalece é o pré-milenismo pós-tribulacional' (o grifo é meu).

Em seu livro, o Dr. Millard J. Erickson descreve a origem do movimento pré-tribulacionista: “No começo do século XIX, o pré-tribulacionismo nítido ocorreu nos pontos de vista de Jonh Nelson Darby (1800-1882), um membro do movimento dos Irmãos de Plymouth. Este movimento começou em Dubli em 1825, como grupo de homens preocupados com a condição espiritual da Igreja protestante na Irlanda. Darby entrou na comunidade em 1827. O ponto de vista ali exposto era muito semelhante àquele que se achava na Igreja primitiva: severa perseguição sobre a Igreja durante a grande tribulação. Conforme este ponto de vista, Cristo voltará no fim da tribulação para libertar Sua igreja. Darby introduziu uma modificação deste conceito: Cristo virá arrebatar Sua igreja antes da tribulação e antes de Ele vir em glória para estabelecer o reino milenar. O conceito de Darby resultou em uma divisão do movimento dos Irmãos. Samuel P. Tregelles, um membro dos Irmãos nos primeiros dias do movimento, alegou-se que a idéia de uma vinda secreta de Cristo para arrebatar a Igreja originou-se numa profecia na Igreja de Edward Irving. Darby a aceitou como sendo a voz do Espírito e a aceitou como doutrina, mas Tregelles, Bejamin W. Newton, e outros que sustentavam 2º Problema Teológico

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uma perspectiva pós-tribulacionista, rejeitaram-na. O resultado foi o início de contendas dentro do movimento dos Irmãos.” (extraído do livro Opções Contemporâneas na Escatologica' do Dr. Millard J. Erickson, pág. 109). É somente a partir dessa recente data que alguns grupos de cristãos passaram a acreditar em uma vinda invisível de Jesus Cristo para arrebatar a Igreja. Um certo teólogo descreve com mais detalhes sobre a origem desse movimento: “O padre Emanuel Lacunza (1731-1801) fora o primeiro a separar a idéia do arrebatamento da idéia da volta de Cristo, ou seja, sempre a Igreja defendeu que o arrebatamento e a segunda vinda são o mesmo evento, até esse padre lançar essa proposta, no Chile. Porém essa idéia surgiu por motivos políticos. Quando Lacunza fora expulso do Chile, escrevera na Itália um livro com suas idéias pré-tribulacionistas, no qual defendia que, o intervalo entre o arrebatamento e segunda vinda era de 45 dias, ou seja, após 45 dias de os crentes cristãos serem retirados da Terra, Cristo voltará para reinar. Logo após, surge Eduard Irving dizendo que, esse intervalo era de 3 anos e meio. Em 1827, Darby, que era anglicano, abandonou sua igreja e se tornou membro da Igreja dos Irmãos. Começou a estudar o antigo testamento e já conhecia os escritos do padre Lacunza. Em 1830, Darby visitou a congregação [de Eduard Irving], em que uma adolescente de 15 anos, Margareth Macdonald, profetizou que o intervalo entre o arrebatamento e a segunda vinda de Cristo seria de 7 anos. Margareth Macdonald faleceu com 29 anos, e segundo o atestado de óbito, ela era insana mental. Após isso, parece que Darby adotou essa idéia de 7 anos de intervalo. Publicou 40 livros expondo suas idéias numa linguagem fundamentalista, o que lhe deu proeminência no meio cristão”.

Veremos no “7º Problema Teológico: O teólogo prétribulacionista separa 'o Arrebatamento' da 'Segunda Vinda de Jesus'”, mais sobre a origem do movimento pré-tribulacionista e também como o pós-tribulacionismo é uma doutrina ensinada desde a época dos pais da Igreja, para não dizer da época apostólica. Isso mostrará que o prétribulacionismo é uma inovação que se opõe ao pós-tribulacionismo histórico que é crido pela ‘maioria da igreja ao longo da história’, conforme diz o pentecostal pós-tribulacionista Wayne Grudem, por isso devemos fazer resistência em defesa da fé cristã. 20

2º Problema Teológico


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3º PROBLEMA TEOLÓGICO:

Qual das duas fases ele vem como ladrão?

N

a primeira fase esse termo seria excelente, porque vir como ladrão fala de algo inesperado. Porém, não se encaixa na primeira fase, advogada pelo pré-tribulacionismo, haja vista que, Paulo e Pedro descrevem a vinda de Jesus como um ladrão trazendo destruição ao mundo, e para o pré-tribulacionista a primeira fase não causará nenhuma destruição ao mundo, mas será de modo silencioso e despercebido (I Tessalonicenses 5.2,3; II Pedro 3.10). Isso significa que a suposta primeira fase não se encaixa na vinda como ladrão ou então Pedro e Paulo estão errados em suas descrições sobre a vinda de Jesus. Mas, mesmo assim, desconsiderando o assunto pertinente a esses textos, como é costume dos pré-tribulacionistas, o teólogo pré-tribulacionista Claudionor de Andrade, cita essas referências para provar que: 'o arrebatamento dar-se-á a qualquer instante. Jesus Cristo virá como o ladrão na noite (1 Ts 5.4; 2 Pe 3.10). Vigiemos, pois, para que este dia não nos surpreenda' (Lições Bíblicas, de Aluno, 4º trimestre de 2004, pág.20).

Então, note que ele cita textos, de modo isolado, que nada tem haver com uma vinda secreta, para corroborar seu ponto de vista pré-tribulação. Ao leitor desatento, ele consegue facilmente enredar. Todavia, a vinda como um ladrão também não se encaixa na segunda fase, porque segundo o próprio Claudionor de Andrade: “a volta triunfal de Cristo, que se fará acompanhar por sua Igreja, ocorrerá sete anos após o arrebatamento” (Lições Bíblicas, de Aluno, 4º trimestre de 2004, pág.43). Se ele vem sete anos depois, então não será uma vinda inesperada (Mateus 24.36,42-44). Então, “vir como um ladrão” não se encaixa na primeira fase, porque ele vem destruindo os ímpios, mas também, não se encaixa na segunda fase porque ele vem inesperado! Por exemplo, se o arrebatamento acontecer hoje, em 2008, então a segunda fase acontecerá no ano de 2015! Isso significa que a doutrina das duas fases é 21


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incompatível com as Escrituras! Já o pós-tribulacionista não enfrenta esse tipo de problema, tanto ele crê que Cristo na sua segunda vinda vem inesperado como vem trazendo destruição. Mas, alguém, poderá retrucar o pós-tribulacionista de que a vinda de Jesus não pode ser esperada também como um ladrão, já que ele acredita que Jesus vem depois da grande tribulação, e a grande tribulação terá um período de 7 anos. Na verdade, o pós-tribulacionista que engasta sua escatologia nas páginas das Escrituras Sagradas, rejeita o fixado período de 7 anos de grande tribulação advogado pelos dispensacionalistas de modo geral, porque as Escrituras nada dizem sobre 7 anos de grande tribulação. Por isso que o pós-tribulacionista bíblico acredita que antes do arrebatamento haverá a apostasia, a manifestação do Anticristo, a perseguição dos santos e os juízos apocalípticos, porém, convergir tudo isso em um período estrito de 7 anos é espremer demais a escatologia bíblica. Assim, os pós-tribulacionistas bíblicos não estabelecem período de tempo, simplesmente contam com esses sinais preditos nas Escrituras, nesse caso a vinda como um ladrão não os surpreenderá, mas surpreenderá o mundo e o crente desavisado! (1 Tessalonicenses 5.1-4). E, além disso, muito desses sinais já se cumpriram! Principalmente no que diz respeito a apostasia e a manifestação do Anticristo! Todos os estudiosos das Escrituras sabem que a apostasia predita pelos apóstolos já ocorreu, e que tal apostasia trouxe o sistema anticristão (o papado) que durará até a vinda de Cristo. O Papado 'senta no santuário de Deus ostentando-se como se fosse Deus'; 'ele persegue os santos do Altíssimo'; ´recebeu poder temporal depois da desintegração do império romano, pois esse o detia'; 'alterou os dez mandamentos'; ´faz uso de toda forma de engano'; 'recebe adoração das nações e dos reis'; 'surgiu através da apostasia' e 'encabeça uma grande igreja falsa' (Daniel 7.23-25; 2 Tessalonicenses 2.1-12; Apocalipse 13.6-8; 17.3-6). Poucas, mui poucas, profecias do Apocalipse restam se cumprir, e essas avançam aceleradamente para o seu cumprimento, portanto, o crente pós-tribulacionista espera com expectativa a iminente volta de Jesus Cristo nesta geração, sem precisar crer em uma vinda secreta de Jesus. A vinda de Jesus ou o dia do Senhor como um ladrão nada tem haver com uma vinda invisível e secreta de Jesus. Porque se na época da sexta praga, Cristo já voltou como ladrão, uns sete anos atrás, para tirar a 22

3º Problema Teológico


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Igreja do mundo, então porque há ali, justamente ali, um parêntese de advertência para a Igreja manter-se em vigilância: '...espíritos de demônios... vão aos reis de todo mundo, a fim de reuni-los para a batalha do grande dia do Deus todo-poderoso. “Eis que venho como ladrão! Feliz aqueles que permanece vigilante e conserva consigo as suas vestes, para que não ande nu e não seja vista a sua vergonha”. Então os três espíritos os reuniram no lugar que, em hebraico, é chamado Armagedom' (Apocalipse 16.13-16) o grifo é meu.

Repare que esse texto está relacionado a guerra do Armagedom. Se você é um estudante de escatologia bíblica sabe que esse evento está relacionado com a vinda de Jesus. Segundo os pré-tribulacionistas a onde a Igreja está nessa ocasião? No céu, pois foi ‘seqüestrada’ por Jesus que veio como ladrão uns sete anos antes desse acontecimento. Olhe novamente o texto bíblico. Agora responda: Se Jesus já veio como ladrão antes dessa ocasião, porque ele diz novamente: ‘Eis que venho como ladrão!’? Se Jesus já veio como ladrão por que ele não levou ‘aqueles que permenece vigilante’? E quem são esses? Estou tentando refletir com você que a vinda ‘como ladrão’ não se encaixa nessa tal de primeira fase, nem aqui em Apocalipse 16.15, nem em 1 Tessalonicenses 5.1-4 e nem tampouco em 2 Pedro 3.10. Jesus vem ‘como ladrão’ no ‘grande dia do Deus todo-poderoso’, que acontecerá no Armagedom depois da grande tribulação, você deve permanecer vigilante e não se deixar enganar.

1º Problema Teológico

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4º PROBLEMA TEOLÓGICO:

Qual das duas fases ele vem como o relâmpago?

N

a primeira fase não pode ser, porque o relâmpago que saí do oriente e se mostra no ocidente é visível a todos! E a primeira fase é invisível! Conforme escreveu o teólogo pré-tribulacionista Elienai Cabral: 'Referente ao arrebatamento, Cristo virá até ou sobre as nuvens (1 Ts 4.17). será de modo invisível para a Terra, porque virá para os Seus santos nos ares' (Lições Bíblicas, de Aluno, 3º trimestre de 1998, pág.34).

Porém, na segunda fase também não pode ser, porque a vinda como o relâmpago está relacionado ao arrebatamento da Igreja e a esperança dos discípluos (Mateus 24.25-28; Lucas 17.22-24); e conforme crêem os pré-tribulacionistas, a Igreja será arrebatada na primeira fase. Contudo, o Dr. Elienai Cabral, que crê na vinda invisível de Jesus, esquece de notar que o texto 'duas pessoas estarão no campo; uma será tirada e a outra deixada', que faz referência ao arrebatamento, está dentro do contexto da vinda como relâmpago em Lucas 17.24-37 e, como também em Mateus 24.27-41. O pré-tribulacionista Elienai Cabral, diz o seguinte, citando Mateus 24.27-30: 'No v.27, [Jesus] fala de sua vinda visível como “o relâmpago que sai do Oriente e se mostra até o Ocidente”. No v.28, Jesus retrata mais uma vez a visibilidade de Sua vinda usando a ilustração dos abutres atraídos pela matança' (Lições Bíblicas, de Aluno, 3º trimestre de 1998, pág.62 o grifo é meu).

Entretanto, Elienai ignora que a ilustração dos abutres atraídos a um cadáver faz referência a Igreja sendo atraída a Cristo na sua vinda. A comparação é grotesca, mas é o que subentende, quando os apóstolos perguntaram: 'Onde, Senhor [uma será tirada e a outra deixada]? Ele respondeu: Onde houver um cadáver, ali se ajuntarão os abutres' (Lucas 17.36,37). Note que para Elienai Cabral a vinda como relâmpago é a segunda fase da vinda de Jesus, porém, para Eurico Bergstén, seu companheiro e comentarista da mesma revista, refere-se a primeira fase! Sobre isso ele escreveu: 24


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‘A segunda vinda de Jesus acontecerá em duas etapas. Na primeira, Ele virá antes da Grande Tribulação, como um relâmpago (Lc 17.24)...' (Lições Bíblicas, de Mestre, 3º trimestre de 1995, pág.68) - o grifo é meu.

Há uma oscilação entre esses dois pré-tribulacionistas. Se a vinda como relâmpago pode ser aplicada nas duas fases: arrebatamento e vinda pessoal, isso prova mais ainda que a vinda de Jesus se constituem em um só evento, pois o termo empregado não altera a natureza da Sua vinda! O pós-tribulacionista não se confronta com essas contradições teológicas, porque ele crê na vinda visível de Jesus tal como um relâmpago é visível e abrangente a todos e que nessa ocasião a Igreja será arrebatada (Lucas 17.24,34-37). Tão simples, por que complicar?. É interessante que, Cristo usou essa comparação do relâmpago exatamente para advertir os seus discípulos contra uma vinda secreta (Mt 24.25-28). Então ninguém poderá dizer 'Ele já veio e eu fiquei'. Não precisamos deixar algum tipo de site na internet alertando e aconselhando os que ficaram ou escreve-los algum tipo de cartilha e folhetos orientando como se proceder agora! Não! Isso é fábula! Pois todos saberão e verão que ele voltou (Ap 1.7; 2 Pe 1.16). Quando se lê o capítulo 24 de Mateus, sem preconceito racial, não há nenhuma divisão na vinda de Jesus, ela transcorre de uma maneira unânime em seu discurso. Quando os discípulos lhe perguntaram: 'Qual será o sinal da tua vinda?'. Jesus falou do princípio das dores (vv.4-14), da destruição de Jerusalém (vv.15-20), da grande tribulação (vv.21-25), dos sinais no céu (vv.29), só depois de todos esses sinais antecedentes, ele descreve a sua vinda (vv.30,31). Essa é a única vinda que aparece neste capítulo. Ele a compara a um relâmpago que vem visível e abrangente a todos (vv.26-28), mas também como um ladrão, que vem sem aviso prévio (vv.42-44); ele mostra que essa vinda traz destruição aos despercebidos (vv.36-39, 4851), mas arrebatamento aos servos fiéis e sensatos (vv.31,40,41,45-47). Qualquer crente leigo percebe que esse evento é único! Se essa vinda de Jesus, no capítulo 24, não é a mesma que ele arrebatará a Igreja para o céu, então não há nos três evangelhos sinóticos nada sobre a promessa do arrebatamento da Igreja, pois essa é a única vinda que aparece em Mateus, Marcos e Lucas, e temos que levar em consideração que Marcos e Lucas escreveram seus evangelhos para os gentios. E, se Jesus nesse momento não falou de uma vinda secreta, das duas 4º Problema Teológico

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uma: ou Cristo desconhecia totalmente esse importante acontecimento ou não existe tal coisa no ensinamento de Cristo. Pois, se de fato haverá um arrebatamento da Igreja antes da vinda pessoal de Jesus, então esse deveria ser citado como um sinal precedente. E mais, esse deveria ser o sinal mais comprovador da brevidade da vinda em glória. Mas em nenhuma parte das Escrituras o arrebatamento secreto ou desaparecimento de milhões de pessoas é citado como sinal que deverá acontecer antes de Cristo voltar visivelmente. E, se os pré-tribulacionistas lançam mãos desses textos ora para uma vinda à Igreja nas nuvens e ora para uma vinda ao mundo com poder e glória, conforme seus caprichos teológicos, isso não só mostra que os pré-tribulacionistas estão desnorteados como também é uma prova contundente que esse evento não se dividem em duas vindas de Jesus, ainda que seja vista de ângulos diferentes, pois os textos utilizados são os mesmos. Ora se um texto se refere a primeira fase, o mesmo texto não pode se referir a segunda fase. Evidentemente que, não aparece a palavra 'arrebatamento' em Mateus 24.31, porém não podemos negar que a frase bíblica 'estes (os anjos) reunirão os seus eleitos dos quatro ventos (norte, sul, leste e oeste)' descreva com muita precisão o arrebatamento da Igreja, além do mais a idéia de 'reunião' para arrebatamento, não é estranha às Escrituras, já que aparece também 2 Ts 2.1, quando Paulo escreveu: 'Irmãos, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele...'. Sem falar que o termo 'arrebatados', só aparece uma única vez em toda a Escritura se referindo ao arrebatamento da Igreja: em 1 Ts 4.17. E nenhuma vez aparece a palavra 'arrebatamento'. Portanto, não podemos ignorar que outros termos sejam usados. De fato, os crentes vivos estão espalhados em todos os cantos da terra e os crentes mortos espalhados em vários cemitérios ao redor do mundo, para que esses escolhidos sejam 'arrebatados juntos' precisam ser reunidos (1 Ts 4.15-17 c/ Mt 24.31). Os pré-tribulacionistas abusam de Ap 3.10 e 1 Ts 1.9, a fim de provar que o arrebatamento da Igreja será antes da grande tribulação, porém, eu pergunto: 'onde se encontra a palavra arrebatamento nestes textos, por favor?!'. Bem, se eles podem usar os termos 'guardar' e 'livrar' para arrebatamento, por que o termo 'reunir dos quatro ventos', não pode então se referir, também, ao arrebatamento da Igreja. 26

4º Problema Teológico


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No arrebatamento, Cristo vai realmente e literalmente reunir os seus eleitos dos quatro cantos da terra! Se for preciso aparecer a palavra 'arrebatamento' em Mt 24.31, para provar que ali se refere ao arrebatamento, então onde está a palavra arrebatamento em Filipenses 3.20,21, em 1 Coríntios 15.50-52 e em João 14.1-4? Portanto, a vinda ‘como relampâgo’ e a vinda ‘como ladrão’ nada prova que haverá duas fases na vinda de Jesus. Encontramos também nas Escrituras que a sua vinda será como ‘alguém assentado sobre uma nuvem branca’ (Ap 14.14), como ‘cavaleiro num cavalo branco’ (Ap 19.11), como ‘chamas flamejantes’ (2 Ts 1.6; Is 66.15), ‘como nasce o sol’ e ‘como as chuvas de primavera’ (Os 6.3). Será que teremos que inventar outras fases na vida de Jesus por causa desses termos empregados? Não. Todas essas figuras falam das características da única segunda vinda de Jesus Cristo, nosso Senhor. Vir ‘como relâmpago’ mostra que a Sua vinda será de modo visível e abrangente (Ap 1.7; 1 Jo 3.2; Mt 24.30); Vir ‘como ladrão’ mostra que a Sua vinda será de modo inesperado e imprevisto (Lc 12.38-40); Vir como alguém em ‘uma nuvem branca’ mostra que a Sua vinda será de modo glorioso e poderoso (Mc 14.62; Lc 9.26); Vir como cavaleiro ‘num cavalo branco’ mostra que a Sua vinda trará justiça (Sl 96.10-13 c/ Mt 25.31,32,46); Vir como ‘chamas flamejantes’ mostra que a Sua vinda trará destruição aos ímpios (Is 66.15,16); Vir ‘como nasce o sol’ mostra que a Sua vinda é certa e trará salvação aos crentes (Ha 2.3; Hb 10.37; Ml 4.2; 1 Co 15.52-54); Vir como ‘chuvas de primavera’ mostra que a Sua vinda trará grandes benefícios aos crentes (1 Ts 4.15-18; Fl 3.20,21). Todas essas características relevam a natureza da Segunda Vinda e podem ser associadas a um único evento sem precisar de etapas.

4º Problema Teológico

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5º PROBLEMA TEOLÓGICO:

Dois arrebatamentos de duas Igrejas!

O

pré-tribulacionista sincero, para manter seu programa escatológico, precisa acreditar que haverá dois arrebatamentos de duas Igrejas. Porque o texto de Mateus 24.29-31 é bem claro. E, além do mais é visto, no Apocalipse, uma grande multidão no céu vindo da grande tribulação, que o pré-tribulacionista afirma categoricamente que não é a Igreja da primeira fase, e como eles poderão está no céu, diante do trono de Deus, se não forem arrebatados? (Apocalipse 7.11-15). O teólogo pré-tribulacionista Eurico Bergstén escreveu: 'As multidões, que na grande tribulação recusaram adorar o Anticristo...ressuscitarão em glória e se unirão com os santos que acompanham Jesus na sua vinda. Eles perderam as bodas, porém, agora tomarão parte do reino de Jesus por mil anos' (Lições Bíblicas, 3º trim. de 1983 págs. 43,44) - o grifo é meu.

Um certo presbítero e professor de teologia me disse por escrito: 'não afirmamos que eles serão arrebatados, mas se unirão a Igreja'. Mas, a onde eles se unirão à Igreja, na terra ou no céu? Dizem que a Igreja estará no céu durante o Milênio, então essas 'multidões' terão que de alguma maneira subir ao céu! E isso é um arrebatamento! Ou é uma ascensão? Seja lá o que for, os pré-tribulacionistas, estão, obrigados, por seu sistema escatológico, a crêem que uma Igreja é ressuscitada, glorificada e arrebatada antes de 7 anos e outra igreja depois. Quer dizer uma igreja estará festejando as bodas do Cordeiro e outra igreja estará sendo martirizada pelo Anticristo. Às vezes eu fico pensando de onde esses teólogos tiram essas coisas! Aí quer dizer que esses mártires fiéis que enfrentarão o Anticristo, não terão galardões e nem participarão das Bodas? Se o livro do Apocalipse foi escrito visando justamente os mártires e sua recompensa, por que eles ficarão de fora do casamento do Cordeiro e dos galardões dos salvos? É complicado! Mas, já para os pós-tribulacionistas não há nenhuma complicação! Porque eles acreditam em um só arrebatamento de uma só Igreja! De cujo número faz parte os santos mártires fiéis! Eles não precisam rachar o arrebatamento em dois nem a igreja em duas! Recusam festejar enquanto seus irmãos sofrem a pior perseguição. 28


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Agora com certeza, haverá duas igrejas na grande tribulação: 'uma falsa' e 'outra verdadeira'; 'uma coberta com o sol da justiça'; e 'outra embriagada com sangue dos mártires'; 'uma que adora a besta' e 'outra que renuncia tal prática'. 'uma que será atormentada com enxofre ardente na presença do Cordeiro' e 'outra que cantará, junto ao mar de vidro, o cântico do Cordeiro' (Apocalipse 12.1 c/ 17.6; Apocalipse 14.911 c/ 15.2-4). De fato, há duas coisas que os pré-tribulacionistas não podem negar. A primeira: que haverá crentes salvos durante o período da grande tribulação; e a segunda: esses crentes serão ressuscitados, glorificados (e porque não dizer também arrebatados) por ocasião da vinda de Jesus em glória. Esse é um dos grandes problemas do prétribulacionismo. Evidentemente que quando são argüidos sobre esses dois arrebatamentos dizem: '...não serão arrebatados, mas se unirão a Igreja...', talvez tentando minimizar a situação em que eles caíram. Porém isso não funciona. Por exemplo, um mártir é morto aqui no Brasil, no final da grande tribulação Jesus desce lá no monte das Oliveiras, então esse mártir ressuscita. Como ele vai se unir a Igreja lá no monte das Oliveiras se não for arrebatado pra lá? Por isso que os pré-tribulacionistas são obrigados a crêem em dois arrebatamentos! E além do mais, o termo arrebatamento não descreve apenas uma mudança de posição, mas uma mudança de estado: do terreno para o celestial; do sistema do mundo para pertencer ao reino celestial de Deus. Se os 'santos da tribulação' passam por essa mudança de estado, pode-se dizer ao seu respeito: foram arrebatados! Em seu artigo 'Quem participará do Milênio?' o pastor pré-tribulacionista Martim Alves fala de um grupo de 'salvos oriundos da Grande Tribulação' como candidatos juntamente com a Igreja e os santos do AT que 'participarão do Milênio em 'corpos glorificados' (Jornal Mensageiro da Paz, julho de 2005, pág.15). Não é estranho que os crentes da antiga aliança se unam aos crentes da nova aliança no Reino de Cristo. Porém, é estranho que exista na nova aliança dois grupos distintos de salvos. Não são suficientes as divisões existentes na igreja hoje em milhares de denominações evangélicas, será que também no céu teremos que conviver em grupos?! Eurico Bergstén é categórico: 'Eles perderam as bodas' (Lições Bíblicas, 3º trim. de 1983 págs. 43,44). Mas o que são as bodas? Não é a celebração do casamento da Igreja com o Cordeiro?! Então esse grupo 5º Problema Teológico

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de 'salvos oriundos da Grande Tribulação' não se casou com o Cordeiro. Então eles são o quê? Será que o Cordeiro se casará com uma Igreja incompleta, fracionada? Porventura não diz a Escritura que o propósito de Cristo é apresentar a igreja: '...a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante' (Ef 5.27). Eu estou inculcado com esses salvos de segundo categoria! Se a Igreja assume o papel de esposa do Cordeiro, que papel esses oriundos da grande tribulação assumirá? Senão de uma concubina! Ou algum tipo de bigamia! Assim como a união de Cristo com a Igreja é referencial bíblico para o casamento feliz e monogâmico, assim também soa mal que 'as multidões' de outros crentes salvos sejam recebidos por Cristo depois do seu casamento com a Igreja. Veja que a doutrina pré-tribulacionista de dois grupos de salvos é incompatível com a lógica bíblica e afeta o senso comum. Pois se dizemos que farão parte da Igreja, então Cristo casou com uma Igreja incompleta ou se dizemos que não fazem parte da Igreja, então Cristo tem uma concubina! O que são ambas as conclusões nojentas! Os pré-tribulacionistas estão dispostos a irem bem longe a fim de manter seu sistema escatológico. Apenas esse ponto seria suficiente para se anular o suposto arrebatamento dos santos pré-tribulação. Porque o Corpo de Cristo não pode ser arrebatado desconjuntado! Será que Cristo tem dois Corpos? Um que será arrebatado antes da grande tribulação e outro que será arrebatado ou unido ou sem lá o quê, depois da grande tribulação! Não! Absolutamente não!!! Ou todos os crentes são arrebatados de uma só vez antes da grande tribulação ou todos os crentes são arrebatados depois da grande tribulação. Não pode haver essa divisão de classes, categoria de salvos: a igreja triunfante e os mártires. Como se na igreja triunfante não houvesse mártires! Até nesse ponto os pós-tribulacionistas são mais felizes do que os pré-tribulacionistas, como frisou o Dr. Millard J. Erickson: 'o pós-tribulacionismo não depende de escavar significado secretos. Por exemplo, quando a Escritura fala dos santos da tribulação, dos eleitos, e similares, o pós-tribulacionismo não lhes dá um significado que é radicalmente diferente do seu significado noutras partes da Bíblia. São simplesmente o mesmo tipo de crentes que são referidos a partir dos tempos de Cristo' (Opções Contemporâneas na Escatologia, pág. 129).

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5º Problema Teológico


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Essa questão é tão séria que algumas pessoas chegam a ponto de pensar que esses santos oriundos da tribulação serão salvos pelo seu próprio sangue! Um tipo de salvação mediante as obras. Não se trata mais de arrependimento dos pecados e conversão, mas do fato de não aceitarem o sinal da besta. Porém apenas um grupo de pessoas não adorará a besta aqueles cujos nomes estão 'escritos no livro da vida desde a criação do mundo' (Ap 17.8 cf. 13.8). E o fato deles estarem aqui na terra, resistindo a besta e morrendo por causa disso, depõem contra os pré-tribulacionistas que afirmam que os crentes fiéis serão arrebatados antes da perseguição da besta. Se isso é verdade, que haverá um arrebatamento antes da grande tribulação, por que esses santos e fiéis testemunhas de Jesus não subiram?! (Ap 13.7; 17.6). Durante o período da perseguição do Anticristo, lemos nitidamente nas Escrituras: 'Foi-lhe dado (a besta) poder para guerrear contras os santos' (Ap 13.7); 'Aqui estão a perseverança e a fidelidade dos santos' (Ap 13.10); 'Aqui está a perseverança dos santos que obedecem os mandamentos de Deus e permanecem fiéis a Jesus' (Ap 14.12); 'Vi que a mulher estava embriaga com o sangue dos santos, o sangue das testemunhas de Jesus' (Ap 17.6); 'Vi...em pé, junto ao mar, os que tinham vencido a besta, a sua imagem e o número do seu nome. Eles seguravam harpas que lhes haviam sido dados por Deus e cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro' (Ap 15.2,2); 'Vi as almas dos que foram decapitados por causa do testemunho de Jesus e da Palavra de Deus. Eles não tinham adorado a besta nem a sua imagem, e não tinham recebido a sua marca na testa nem nas mãos. Eles ressuscitaram e reinaram com Cristo durante mil anos' (Ap 20.4).

Somente uma cegueira espiritual muito grande nos tampa os olhos para não enxergarmos nesses textos bíblicos os membros da Igreja cristã e uma refutação ao arrebatamento antes da grande tribulação. É lamentável que os pré-tribulacionistas sejam os únicos a não se identificarem com esses santos mártires e fiéis testemunhas de Jesus, e até os descriminam dizendo: 'nós não fomos destinados a ira', como se esses santos fiéis fossem destinados a ira divina. Mas não é verdade que está escrito: 5º Problema Teológico

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Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista

'...a vocês foi dado o privilégio de não apenas crer em Cristo, mas também de sofrer por ele' (Fp 1.29); 'todas as perseguições... dão prova do justo juízo de Deus e mostram o seu desejo de que vocês sejam considerados dignos do seu Reino, pelo qual vocês também estão sofrendo' (2 Ts 1.4,5); 'De fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos' (2 Tm 3.12); Paulo disse: 'Quanta perseguição suportei!' (2 Tm 3.11).

Os pré-tribulacionistas não percebem que ao serem os mártires citados no Apocalipse são postos como mais bem-aventurados do que os cristãos em geral! Que a mensagem que o Apocalipse quer nos passar é essa: 'Seja fiel até a morte' (Ap 2.10), e os mártires são exemplos nisso! Então eles não podem ser comparados a escória da Igreja! A um grupo abandonado no arrebatamento, não participante da bendita esperança, excluído das bodas e deixado para comer o pão que o diabo amassou! Pelo contrário a decadente situação espiritual que a igreja enfrenta hoje, lhe fará muito bem uma perseguição anticristã, eliminando dela o elemento falso e preparando-a para volta de Jesus. Assim as Escrituras previu: 'Alguns dos sábios tropeçarão para que sejam refinados, purificados e alvejados até a época do fim' (Dn 11.35); Amados, não se surpreendiam com o fogo que surge entre vocês para os provar, como se algo estranho estivesse acontecendo. Mas alegrem-se à medida que participam do sofrimento de Cristo, para que também, quando a sua glória for revelada vocês exultem com grande alegria' (1 Pe 4.12,13; veja também Mt 5.11,12; 24.9; At 14.22, etc).

E se isso não é o suficiente para convencê-lo de que haverá apenas um arrebatamento de uma única igreja no final da grande tribulação, então leiamos Apocalipse 7.9,14,15: '[vi] uma grande multidão [incontável], de todas as nações..., em pé, diante do trono e do Cordeiro, com vestes brancas...Quem são estes...e de onde vem?...Estes são os que vieram da grande tribulação e lavaram as suas vestes...no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus e o servem dia e noite'.

Eis aqui a Igreja de Cristo! Ou existem duas igrejas de Cristo?! ‘Há um só corpo... assim como a esperança para a qual vocês foram chamados é uma só’ (Ef 4.4). 32

5º Problema Teológico


Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista

6º PROBLEMA TEOLÓGICO:

A ressurreição da Igreja dividida em duas ordens

P

ara não contradizer o Apocalipse que diz que os mártires que serão decapitados pela Besta participarão da primeira ressurreição, os pré-tribulacionistas dividem a primeira ressurreição em duas ordens (Apocalipse 20.4-6). Ainda que tal divisão não se encontra nas Escrituras, porém, pela forçada interpretação do pré-tribulacionista a fim de manter sua escatologia intacta, chegaram a essa conclusão. Todavia, o problema complica-se quando se analise a sétima trombeta. Paulo diz que a ressurreição dos crentes ocorrerá ao som da última trombeta (1 Coríntios 15.52). Não dá para dividir a sétima trombeta em dois toques! O leitor sincero das Escrituras, forçosamente, tem que admitir que a última trombeta de Paulo é a sétima de João! Para os mártires que ressuscitam depois da grande tribulação não há nenhum problema, mas se a Igreja ressuscitar antes da grande tribulação, estamos diante de um grande problema! Ou Paulo se enganou, pois haverá ainda sete trombetas, depois de soar a última trombeta, ou então os pré-tribulacionistas estão enganados! É, interessante, que os pós-tribulacionistas que são felizes e tranqüilos por dizerem que a última trombeta de Paulo é a sétima de João, são ridicularizados pelos pré-tribulacionistas de confundir as coisas. Mas pelo bom senso das Escrituras quem está confundido as coisas? O dispensacionalista pré-tribulacionista Antonio Gilberto escreveu o seguinte sobre a sétima trombeta: 'Alguns estudiosos pensam que está sétima trombeta é a equivalente à “última trombeta” de 1 Coríntios 15.52. Esta de que estamos tratando é a última de uma série de sete ligadas aos gentios e judeus, ao passo que a “última” de 1 Coríntios 15.52 tem a ver exclusivamente com a Igreja, por ocasião do seu arrebatamento, muito antes da Grande Tribulação'.

Mas que argumento sólido o Dr. Antonio Gilberto nos dá para de fato confirmar esse seu ponto de vista. Ele argumenta: 'Malaquias é também um último livro, mas de uma série de 39 livros do Antigo Testamento, João é o último de uma série de quatro Evangelhos' (Daniel e Apocalipse, pág. 146 o grifo é meu). Certo! Mas a última trombeta de Paulo é última de que série? 33


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Paulo disse que para entendermos 'as coisas mais profundas de Deus'... o Espírito Santo [nos] ensina, interpretando verdades espirituais com as espirituais' (1 Coríntios 2.10,13 - NVI e ARC). Quer dizer, somente a Bíblia pode interpretar a Bíblia. Em 1 Ts 4.16,17, Paulo diz que por ocasião da vinda de Jesus a 'trombeta de Deus' vai ressoar e os mortos ressuscitarão. Em 1 Co 15.52, ele escreve com convicção: 'Pois a trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados'. Com certeza ele tem em mente a mesma trombeta de 1 Ts 4.16,17. E chama essa trombeta de 'última trombeta'. Há cinco motivos bíblicos para se crer que essa trombeta paulina é a mesma trombeta joanina: Primeiro, Paulo chama essa trombeta de 'trombeta de Deus'. Esse título é muito apropriado para a sétima trombeta de João, pois é uma trombeta que está intimamente relacionado com o propósito secreto de Deus; Apocalipse 10.6,7, diz: 'Não haverá mais demora! Mas, nos dias em que o sétimo anjo estiver para tocar sua trombeta, vai cumprir-se o mistério de Deus'. Segundo, a trombeta de Paulo está associada a ressurreição dos crentes, igualmente a sétima trombeta deixa subentendido que os santos ressuscitam para serem recompensados (Apocalipse 11.15,18). Terceiro, Paulo fala de um mistério ligado ao som da última trombeta, similarmente, é dito a João que no toque da sétima trombeta 'vai cumprir-se o mistério de Deus' (1 Co 15.51,52 e Ap 10.7). Em quarto lugar, a trombeta de Paulo será soada por ocasião da vinda de Jesus, assim também, em João a sétima trombeta soa por ocasião do estabelecimento do reino por Cristo; bem conforme a oração do Pai-Nosso, oramos: 'Venha o teu Reino', esse reino só virá depois que Jesus voltar (Mateus 6.10; Lucas 21.31; 22.18). Quando o anjo disse: 'Não haverá mais demora!' ao prenunciar o toque da sétima trombeta, isso nos faz pensar logo na vinda de Jesus, pois ele mesmo disse: 'Eis que venho sem demora' (Apocalipse 10.6,7 c/ 3.11 ARC). Em quinto lugar, Paulo chama sua trombeta de última trombeta, isso a une com a trombeta de João, pois sendo a sétima trombeta é a última trombeta do Apocalipse. Veja que esses argumentos são mais sólidos do que simplesmente dizer que 'Malaquias é também um último livro, mas de uma série de 39 livros do Antigo Testamento, João é o último de uma série de quatro Evangelhos'. Mas, há mais coisa envolvida. Ao diferenciar a última 34

6º Problema Teológico


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trombeta de Paulo da sétima de João surgem algumas contradições, enquanto que considerar as duas como iguais, há um encaixe. Vejamos: O apóstolo João diz que o tempo de dar recompensas aos santos ocorrerá no toque da sétima trombeta (Ap 11.15,18). Isso não contradiz Paulo que crê que os santos serão recompensados com a imortalidade na última trombeta (1 Co 15.54,58); mas contradiz o pré-tribulacionista que crê que os santos serão recompensados com galardões antes de iniciar os toques das sete trombetas, 'por ocasião do seu arrebatamento, muito antes da Grande Tribulação', diz Antonio Gilberto (já citado). Certo! Então vamos chegar a um consenso: a Igreja é arrebatada na última trombeta, mas essa última trombeta nada tem haver com as sete trombetas que irão tocar na grande tribulação. Nesse ínterim, a Igreja já foi galardoada e participou das bodas do Cordeiro, aí a sétima trombeta é tocada e ela desce com Cristo. Ao suar a sétima trombeta o anjo anuncia: 'chegou o tempo... de recompensares os teus servos, os profetas, os teus santos e os que temem o teu nome...' (Ap 11.18). Não! Espera aí! Vamos questionar com o anjo, ele está dando um anuncio errado, o tempo de recompensar os servos de Deus já passou, foi na última trombeta de Paulo que foi tocada antes das sete trombetas de João! Ou será que o anjo está anunciando outro Tribunal de Cristo ou o Tribunal de Cristo também é dividido em duas sessões: uma para os santos da última trombeta de Paulo e outra para os santos da sétima trombeta de João? Caso contrário, concluímos que nenhuma outra trombeta pode ser chamada, com autoridade, de última trombeta, a não ser a sétima trombeta! Coitados dos pré-tribulacionistas! Eles são obrigados, por seu sistema escatológico, dividir e rachar tudo! Já os pós-tribulacionistas não precisam fazer isso, nem questionar com o anjo da sétima trombeta! Ele tem razão, agora foi que chegou o tempo do Tribunal de Cristo! Os santos serão imortalizados e transformados! Paulo e João estão mais que certos. Já pensou se João tivesse tido que o Tribunal de Cristo ocorrerá na primeira trombeta, estaria contradizendo Paulo que diz que ocorrerá na última trombeta, mas João diz que na sétima trombeta os santos serão recompensados, e a sua sétima é a última trombeta. Somente aqui o mistério de Deus se cumprirá! (1 Co 15.51,52/Ap 10.7). Geralmente os pré-tribulacionistas dizem que a sétima trombeta do Apocalipse está relacionada a Israel e aos gentios enquanto que a última trombeta de Paulo está relacionada à Igreja. Eles afirmam isso sem 6º Problema Teológico

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nenhum testemunho escriturístico e seus adeptos se dão por satisfeitos! Porém, ao lermos Ap 11.15-18, vêmos que a sétima trombeta está relacionada com 'as nações', que serão destruídas; relacionada com 'os mortos', que serão julgados e relacionada com a Igreja que aparece como 'os teus servos, os teus santos, os que temem o teu nome, tanto pequenos como grandes' que serão recompensados. Cadê a nação de Israel que não é citada nessa trombeta já que os pré-tribulacionistas ensinam que a sétima trombeta está relacionada a Israel e não a Igreja!? Mais uma vez eu torno a dizer: a sétima trombeta de João e a última trombeta de Paulo estão interligadas! Paulo disse ao falar da última trombeta 'o trabalho de vocês não será inútil', fazendo alusão à recompensa dos crentes (1 Co 15.52,58). Paulo associa a última trombeta com a herança dos crentes no Reino de Deus (1 Co 15.50-52), de fato João registrou quando a sétima trombeta foi tocada: 'O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre' (Ap 11.15), nesse 'momento, num abrir e fechar de olhos... os [crentes] mortos ressuscitam [e os crentes vivos são] transformados' para reinarem com Cristo no seu reino! Paulo exclamou: 'A morte foi destruída pela vitória' (1 Co 15.5052). Agora se uma multidão de santos ainda vão morrer durante a grande tribulação depois de soar a 'última trombeta' de 1 Co 15, conforme ensina os pré-tribulacionistas, então a morte não foi destruída. Mas se de fato a última trombeta de Paulo é a sétima de João que soará no final da grande tribulação, então nenhum santo morrerá mais, pelo contrário a morte perderá o seu poder sobre eles, isto é, será 'destruída pela vitória' e eles com corpos transformados 'serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele durante mil anos' (Apo 20.4-6). Quando Paulo chama a trombeta que soará por ocasião da descida de Cristo e o arrebatamento dos crentes de 'ultima trombeta' (1 Ts 4.16,17 c/ 1 Co 15.51,52), nós só temos que concluir que as seis primeiras trombetas do Apocalipse serão tocadas antes desta, sendo essa trombeta a sétima do Apocalipse, pois as Escrituras não podem se contradizer. Pois se essa trombeta de Paulo é chamada de 'última trombeta', mas que não faz parte das trombetas do Apocalipse, quais são então as outras trombetas que foram tocadas antes desta já que essa é chamada de última, dando atender que houve outras trombetas antes?! Não seria muito mais coerente acreditar que a última trombeta e a sétima 36

6º Problema Teológico


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trombeta que falam da segunda vinda de Jesus Cristo e o estabelecimento do Reino de Deus são as mesmas trombetas, em vez de levantar pressupostos que fazem com que essas duas trombetas se choquem! Mas, será que realmente a ressurreição da Igreja se dará em duas ordens: uma ordem antes da grande tribulação e a outra ordem depois da grande tribulação? Na verdade, o apóstolo Paulo em sua carta aos irmãos de coríntios de fato falou em duas ordens de ressurreições: a primeira ordem foi a ressurreição de Cristo e a segunda ordem a ressurreição dos crentes. Paulo não dividiu a ressurreição dos crentes em duas ordens, ele disse: 'depois, os que são de Cristo na sua vinda' (1 Coríntios 15.23). Todos os crentes que pertencem a Cristo serão ressuscitados de uma só vez na vinda de Jesus; aqueles que não ressuscitarem nessa ocasião não pertencem a Cristo (Apocalipse 20.6). E, além do mais, uma pré-ressurreição da Igreja, também entra em choque com o ensino de Cristo, que diz que aqueles que crêem nEle, ressuscitarão no último dia (João 6.39, 54). Se a ressurreição dos crentes acontecer sete anos antes da terminação deste sistema mundial, então não pode se constituir a ressurreição do último dia. A Escritura mostra que a Igreja deverá permanecer na terra, cumprindo a sua missão, até a consumação do século, caso contrário não teria sentido o que Jesus prometeu: 'eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século' (Mateus 28.20). Este 'século' (gr. kosmo, mundo, sistema) terá o seu fim na sétima e última trombeta, quando 'o reino do mundo (gr. kosmo) se [tornar] de nosso Senhor e do seu Cristo' (Apocalipse 11.15). Por isso, que a ressurreição dos crentes se dará apenas em uma ordem, no final deste sistema humano, na consumação do século. De fato, o livro de Daniel revela que a ressurreição para a vida eterna, onde os justos 'reluzirão como o fulgor do céu' será depois da grande tribulação (veja Daniel 12.1-3). O anjo disse a Daniel: 'Você descansará e, então, no final dos dias, você se levantará (ressuscitará) para receber a herança que lhe cabe' (Daniel 12.13). Ora, se Daniel que é um homem mui amado por Deus só ressuscitará no final dos simbólicos 'mil e duzentos e noventa dias' ou ainda 'mil trezentos e trinta e cinco dias' (Daniel 12.11-13) - que segundo o pré-tribulacionista Antonio Gilberto 1290 dias 'é a Grande Tribulação acrescida de um mês' e 1335 dias 'o estabelecimento definitivo do reino milenial de 6º Problema Teológico

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Cristo' (Daniel e Apocalipse, pág. 80,81). Por que a Igreja, de quem Daniel faz parte, ressuscitará antes da grande tribulação!? Isso não é contraditório! Portanto, a ressurreição de Daniel depois da grande tribulação é prova contundente de que antes disso não houve nenhuma ressurreição de crentes. Quando Gabriel disse a Daniel: 'Multidões que dormem no pó da terra acordarão: uns para a vida eterna...e aqueles que conduzem muitos à justiça serão como as estrelas, para todo o sempre,'. Alguém perguntou: 'Quanto tempo decorrerá antes que se cumpram essas coisas extraordinárias?'. Um homem vestido de linho, respondeu com juramento: 'Haverá um tempo, [dois] tempos e metade de um tempo. Quando o poder do povo santo for finalmente quebrado, todas essas coisas se cumprirão' (Daniel 12.2,3,6,7 ARA e NVI).

Daniel teve dificuldade de compreender essas coisas, porém, hoje, com a revelação do livro do Apocalipse, que é um cumprimento do livro de Daniel, nós compreendemos perfeitamente essas coisas. Esse povo santo são os santos do Cordeiro, as testemunhas de Jesus, que deverão sofrer a última perseguição do Anticristo por um espaço simbólico de 42 meses, e só depois desse tempo é que eles serão recompensados com 'essas coisas extraordinárias', pois, participarão da primeira ressurreição, por isso são felizes e santos e reinarão com Cristo durante mil anos ( Apocalipse 13.5-7,10; 14.12,13; 17.6; 20.4-6). Em seu sermão, o apóstolo Pedro disse que: 'É necessário que [Jesus] permaneça no céu até que chegue o tempo em que Deus restaurará todas as coisas, como falou há muito tempo, por meio dos seus santos profetas' (Atos 3.21). Deveras, isso prova que Jesus Cristo não voltará enquanto não chegar esse tempo. Que tempo é esse? O anjo disse a João: 'Não haverá mais demora! Mas, nos dias em que o sétimo anjo estiver para tocar sua trombeta, vai cumprir-se o mistério de Deus, da forma como ele o anunciou aos seus servos, os profetas' (Apocalipse 10.6,7). Quando em visão, o anjo toca a sétima trombeta é anunciado: 'Chegou o tempo' (Apocalipse 11.18). Nessa hora, 'o próprio Senhor descerá dos céus' os crentes mortos e vivos serão restaurados à vida perfeita, pois chegou o tempo de recompensar os santos, destruir os que destroem a terra e restaurar todas as coisas (1 Tessalonicenses 4.16,17; Apocalipse 11.18; Efésios 1.10; Romanos 8.18-25). 38

6º Problema Teológico


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Nesse texto de Paulo, quando ele disse que 'o próprio Senhor descerá dos céus', ele mostra que isso acontecerá depois de 'dada a ordem' , isso concorda com Pedro que diz, exatamente nesse texto de Atos 3.20,21, que Cristo só virá depois que Deus mandar, que dizer ordenar. E quando Paulo diz, no mesmo texto de 1 Ts 4.16,17, que 'o ressoar da trombeta de Deus', Cristo desce dos céus, concorda com João ao falar da sétima trombeta, pois o texto de Ap 11.17: 'Graças te damos, Senhor Deus todo-poderoso, que és e que eras...(eles não dizem 'e que há de vir' conforme Ap 1.4,8, mas ‘assumiste o teu grande poder’ pois é exatamente nesta hora, ao ressoar a sétima trombeta, que Jesus vem com poder para ressuscitar os crentes e destruir os ímpios). Então note, que Pedro, Paulo e João falam do mesmo tempo, e de uma única vinda. Pois se Jesus vir antes do tempo da restauração de todas as coisas, de um modo secreto, contradiz a unidade desses textos. E, além do mais, essas crenças pré-tribulacionistas, mostram que não há nenhuma restauração de todas as coisas na vinda secreta de Jesus, mas o início de total desgraça apocalípticas. Mas Pedro diz algo totalmente diferente: Jesus vem no tempo da restauração! Isso significa que a Igreja deverá está presente durante as desgraças apocalípticas do mundo, quando então surgirá do céu o Restaurador de todas as coisas. Ele não descerá do céu antes desse tempo de restauração, e esse tempo ultrapassa a época da grande tribulação. Por isso que crer em uma vinda secreta de Jesus antes de chegar o tempo de restauração de todas as coisas está em contradição à vinda visível de Jesus no tempo da restauração ou regeneração de todas as coisas (confira Atos 3.21 c/ Mateus 19.28; 25.31). Portanto, quando os santos ouvirem a voz do Filho de Deus e saírem de seus túmulos para herdar a vida terá chegado o tempo da restauração de todas as coisas e o fim do governo dos homens e de Satanás (João 5.27-29). Convém salientar aqui, que tanto Daniel como João dão uma visão geral da ressurreição dos justos e dos injustos (Daniel 12.2; João 5.28,29). De fato, Paulo disse: 'haverá ressurreição tanto de justos como de injustos' (Atos 24.15). Porém, conforme a exploração desse assunto em outros textos bíblicos entendemos que essas ressurreições não acontecerão simultaneamente. Paulo escreveu aos irmãos de Tessalônica: 'os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro’(1 Tes 4.16). 6º Problema Teológico

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Deveras, Paulo desejava 'de alguma forma, alcançar a ressurreição dentre os mortos' (Fl 3.11). Aos irmãosde Corinto, ele deixou subtendido que na vinda de Jesus somente ressuscitarão os que pertencem a Cristo (1 Coríntios 15.23). Jesus falou 'na ressurreição dos justos' (Lc 14.14). Mas, é em Apocalipse que de fato o assunto é descortinado. Os crentes ressuscitarão antes dos mil anos para reinarem e julgarem com Cristo enquanto que os descrentes ressuscitarão depois dos mil anos para serem condenados (Apocalipse 20.4-6,13-15). Tratando da ressurreição geral, as Escrituras deixam bem claro que há uma divisão e um intervalo entre a ressurreição dos crentes e dos descrentes de mil anos, porém, tratando apenas da ressurreição dos crentes não existe lugar nenhum nas Escrituras mostrando que essa ressurreição será dividida em duas prestações com intervalo de sete anos. 'Portanto, o que Deus uniu, ninguém separe' (Mateus 19.6b). Veremos mais alguma coisa sobre a falácia das duas ordens na ressurreição da igreja ensinada pelos pré-tribulacionistas no ‘8º Problema Teológico: O Ensinamento sobre o arrebatamento da Igreja em uma vinda secreta de Jesus é complicado’.

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6º Problema Teológico


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7º PROBLEMA TEOLÓGICO: O teólogo pré-tribulacionista separa 'o Arrebatamento' da 'Segunda Vinda de Jesus'

O

ensino do arrebatamento da Igreja antes da vinda visível de Jesus Cristo dá a entender que o arrebatamento se constitui um evento isolado e separado. Esse erro teológico é sutil e prejudicial, e é a origem de tantos problemas teológicos causados pelo sistema dispensacionalista. Isso se tornou tão comum entre as igrejas evangélicas, que o arrebatamento chega a ser confundido como algum tipo de seqüestro ou desaparecimento dos crentes da Terra. Disse, por exemplo, um certo evangelista pré-tribulacionista que o arrebatamento é 'o repentino desaparecimento de muitos milhões de [crentes] sem deixarem sequer um indício para onde foram'. É por causa dessa má interpretação que se fundamentou uma vinda invisível de Jesus Cristo. Como escreveu o pré-tribulacionista Myer Pearlman: 'Na segunda vinda aparecerá aos seus secreta e repentinamente para trasladá-los às Bodas do Cordeiro. Essa aparição chama-se o arrebatamento' (Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, pág. 247).

O teólogo pré-tribulacionista Antonio Gilberto se expressou assim: 'Nessa fase da Sua vinda, a saber, no arrebatamento... o mundo tomará conhecimento depois, quando notar a ausência, a falta e o desaparecimento de milhões de salvos' (Escatologia Bíblica EETAD, pág. 20).

Precisamos compreender, conforme ensinou o escritor de Hebreus, que ‘...Cristo foi oferecido em sacrifício uma única vez, para tirar os pecados de muitos; e aparecerá segunda vez, não para tirar o pecado, mas para trazer salvação aos que o aguardam' (Hebreus 10.28).

Essa palavra 'aparecerá' fala de algo visível, que será manifesto, que é contrário de 'desaparecer'. Se ele aparecerá, então não será de modo invisível. O escritor revela três verdades aqui, a primeira é que a salvação dos crentes se dará nessa vinda visível, a segunda é que os crentes aguardam essa vinda visível e a terceira é que nesta vinda 41


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visível ele não vem tirar o pecado, isto é, ele não vem converter ninguém, nem a nação de Israel, nem qualquer outra pessoa, ele vem trazer a salvação para os já convertidos, 'os que o aguardam'. E, quem são esses que o aguardam? A Igreja Cristã, composta de crentes convertidos. Então, observe que o escritor de Hebreus, que para alguns estudiosos é Paulo, desconhecida uma vinda invisível. Porque era exatamente nesse momento que ele deveria tratar das duas fases da vinda de Jesus; mas o que encontramos? Apenas uma 'segunda vez'. ‘Paulo’ argumenta baseado na morte biológica do homem, ele diz: ‘Da mesma forma, como o homem está destinado a morrer uma só vez... assim também Cristo... aparecerá segunda vez’ (Hb 9.27,28). Assim como não há fases na morte humana, também não há fases na segunda vinda! É nesse segundo aparecimento de Jesus que devemos localizar o arrebatamento da Igreja, pois é essa vinda, que segundo o inspirado escritor, os crentes aguardam, e não outra. Talvez alguém poderá questionar: 'Mas Jesus aparecerá apenas para os que o aguardam para a salvação, enquanto que os demais não o verão'. Não é isso que o texto diz! O texto bíblico está dizendo que ele aparecerá e nessa ocasião ele salvará os que lhe aguardam, enquanto que os demais serão destruídos (veja também Hebreus 10.37-39). Sim de fato, Jesus virá ‘para ser glorificado em seus santos’, e tal vinda trará destruição aos ‘que não conhecem a Deus’ (2 Ts 1.7-10). Outra tradução de Hb 9.28, diz: ‘Depois ele aparecerá pela segunda vez, não para tirar pecados, mas para salvar as pessoas que estão esperando por ele’. Assim, no advento de Cristo, os crentes não só serão glorificados com corpos imortais, como também serão salvos da repentina ira do Cordeiro, daquela sumária destruição dos ímpios, no grande e temível dia. A concretização da salvação do crente se dará pelo livramento, enquanto que o descrente não será poupado. Por isso se diz que Jesus aparecerá para 'trazer salvação aos que o aguardam', como bem frisou o profeta Joel: 'haverá livramento' (Joel 2.31,32). Paulo escrevendo sobre isso disse: 'esperar dos céus seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos: Jesus, que nos livra da ira que há de vir' (1 Ts 1.10), em Romanos, ele escreveu: ‘seremos salvos da ira de Deus!’ (Rm 5.9). Então, o arrebatamento não se trata de um desaparecimento, mas de um livramento da ira divina, assim como aconteceu com Noé e Ló que, 42

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foram livres da destruição divina. Quando o pré-tribulacionista separa 'o arrebatamento' do 'aparecimento visível de Jesus', ele também, confunde a ira vindoura com a grande tribulação. De fato a grande tribulação não deixa de ser uma ira de Deus contra o mundo ímpio, como está escrito em Apocalipse 16.1: '...[os] sete anjos...vão derramar sobre a terra as sete taças da ira de Deus', e, que com essas 'últimas pragas...se completa a ira de Deus' (Apocalipse 15.1). Contudo, é na segunda vinda visível de Jesus, que se consumirá a ira de Deus, pois, a grande tribulação atinge seu clímax no Dia do Senhor e a partir daí, o seu Reino de paz será estabelecido. Porém, enquanto que os juízos apocalípticos serão acontecimentos mundiais, como terremotos, calamidades, pragas, epidemias, guerras, etc., uma forma de ira divina impessoal, a consumação da ira de Deus virá de forma pessoal na vinda de Jesus Cristo contra os adversários, como vaticinou o profeta Isaías: '...mas a sua ira será contra os seus adversários. Vejam! O Senhor vem num fogo, e os seus carros (anjos) são como um turbilhão! Transformará em fúria a sua ira e em labaredas de fogo, a sua repreensão. Pois com fogo e com a espada o Senhor executará julgamento sobre todos os homens, e muitos serão os mortos pela mão do Senhor' (Isaías 66.14-16).

Quando Cristo trouxer essa ira de forma pessoal, é que ele livrará os santos '...como agora fomos justificados por seu sangue, muito mais ainda, por meio dele, seremos salvos da ira de Deus! (Romanos 5.9). Pelo fato de Paulo falar de um 'piscar de olhos' e João de 'todo olho o verá', o pré-tribulacionista vê nesses dois termos duas vindas: uma que ele vem no piscar de olhos, portanto ninguém verá, e noutra que ele vem, e todos verão. Como, por exemplo, escreveu o teólogo pré-tribulacionista Eurico Bergstén: 'A segunda vinda de Jesus acontecerá em duas etapas. Na primeira, Ele virá antes da Grande Tribulação... num abrir e fechar de olhos (1 Co 15.52). Este acontecimento não será percebido pelo mundo. E retornará no término da Grande Tribulação, em grande glória, acompanhado de sua Igreja.. Desta vez, todo olho o verá (Ap 1.7). Lições Bíblicas, de Mestre, 3º trimestre de 1995, pág.68

Porém, não podemos confundir o arrebatamento com a vinda de 7º Problema Teológico

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Jesus. O arrebatamento é um dos muitos eventos que se dará na volta de Jesus Cristo. Quando Paulo escreveu aos coríntios sobre o 'piscar de olhos', ele estava se referindo, não a vinda de Jesus, mas a ressurreição e a transformação dos crentes. É evidente que na vinda de Jesus Cristo, em relação aos crentes, acontecerá três coisas: primeiro a ressurreição dos mortos, que já ressuscitam com corpos transformados, depois a transformação dos vivos, aí então, ambos são arrebatados. Assim, a ressurreição, a transformação e o arrebatamento dos santos diferem da vinda de Jesus, mas não se separam, pois, acontecerá exatamente no momento do advento de Cristo. Enquanto que a ressurreição e a transformação serão no 'piscar de olhos', a vinda de Jesus 'todo olho verá'. Precisamos aprender diferenciar as coisas, para não forçamos as Escrituras dizer algo que não está escrito. Temos que ser estudiosos perspicazes, e não se deixar levar por textos citados fora do seu contexto. Se lermos todo o contexto de 1 Co 15.50-55, veremos que Paulo nem quiser diz que o arrebatamento dos santos ao encontro do Senhor nos ares se dará no 'piscar de olhos', mas antes do arrebatamento os crentes precisam primeiro ser ressuscitados e transformados, então esses dois atos redentores se darão 'num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta...' . Já o arrebatamento poderá ser também visível aos olhos humanos se ele for comparado a subida de Elias aos céus que foi contemplado por Elizeu (2 Rs 2.9-12), ou a subida de Cristo ao céu que foi contemplada pelos apóstolos (At 1.9,10), ou ainda, com a subida das duas testemunhas de Jesus à vista de seus inimigos (Ap 11.10-12). Todavia pela própria palavra grega “harpazõ” traduzida por 'arrebatados' que significa “retirar algo com rapidez e de forma inesperada”, eu prefiro crê que a subida dos santos ao encontro do Senhor poderá ser despercebida aos olhos humanos como o arrebatamento de Enoque (Hb 11.5), já que os santos serão tomados dessa terra na rapidez dos anjos, assim como os anjos tinham pressa de tirar Ló de Sodoma, por causa da destruição iminente (Gn 19.15-17; Lc 17.30-32). Quando porém, dizemos 'despercebido aos olhos humanos', estamos nos referindo a subida dos santos, e não a descida de Cristo! Portanto, ainda que o arrebatamento fosse invisível aos olhos humanos, contudo difere da vinda de Jesus que será visível aos olhos humanos, mas não se isolaram. 44

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Devemos notar que, segundo Paulo, os crentes serão arrebatados para o encontro com o Senhor 'nos ares'. Uma vez que Ele diz que o 'próprio Senhor descerá dos céus' , certamente com a sua comitiva angelical, ao se encontrar com ele os crentes, não voltarão dali para os céus, pelo contrário os santos o acompanharão na sua vinda à terra. Um comentário na Bíblia de Estudo Plenitude diz: 'A linguagem [que] Paulo [usou para descrever] a vinda de Jesus [em 1 Ts 4.16,17 era bastante comum] à chegada (“vinda”) esplendorosa, alegre e antecipada de um visitante real. No dia indicado, os cidadãos sairiam da cidade para encontrar o visitante real que vinha com amplo cortejo. Gritos de aclamação e boas-vindas surgiriam à medida que ele passasse, e aqueles que rodeassem a estrada, então, se uniriam ao monarca que iria a um lugar determinado. Ali seriam feitos reconhecimentos e premiações especiais (1 Ts 2.19)... Assim há de ser quando os vivos e mortos forem para cima, para encontrar o Rei, que vem do Céu' (Bíblia de Estudo Plenitude, pág.1255).

A palavra grega 'apantêsis', que as nossas Bíblias traduzem por 'encontro' com o Senhor nos ares, é encontrada em outras duas passagens bíblica, em Mateus 25.6-10, onde as virgens prudentes saíram ao encontro do noivo, e unidas a sua comitiva continuam indo a casa onde o noivo celebrará as bodas, ele não vem num disco voador, em que se abrem as portas e as virgens entram, mas vem caminhando a pé à um determinado lugar, que pela lógica é a casa onde as virgens estavam. E, também encontramos essa mesma palavra grega em Atos 28.14,15, que relata que os irmãos de Roma saem ao encontro de Paulo que vem para Roma. 'Este encontro animou bastante a Paulo, e ele, juntamente com o grupo das boas-vindas, continuou até Roma' (Opções Contemporâneas na Escatologia, pág. 127). Similarmente, não será Cristo que sairá ao encontro dos santos que estão subindo para os céus, mas são os santos que vão ao encontro do Senhor que vem descendo dos céus para terra, e tal encontro se dará nos ares! E, dali eles descem com Cristo, e todo olho verá! Contudo o Dr. Antonio Gilberto escreveu: 'Não será outro que virá ao nosso encontro nas nuvens, mas o Senhor mesmo descerá' (Escatologia Bíblica EETAD, pág. 20 o grifo é meu). Mas, o apóstolo Paulo, que escreveu por inspiração divina, não diz que Cristo virá ao nosso encontro, mas nós é que seremos 'arrebatados... para o encontro com o Senhor nos ares' (1 Ts 4.17). 7º Problema Teológico

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Nós é que vamos ao encontro do Senhor, que vem descendo em triunfo e em glória! Os pré-tribulacionistas também querem diferenciar a vinda de Jesus nas nuvens com a vinda dele à terra, como escreveu Elienai Cabral ‘ Referente ao arrebatamento, Cristo virá até ou sobre as nuvens (1 Ts 4.17). será de modo invisível para a Terra, porque virá para os Seus santos nos ares' (Lições Bíblicas, de Aluno, 3º trimestre de 1998, pág.34 o grifo é meu).

Porém, para o apóstolo João não existe uma vinda até as nuvens e outra vinda até a terra, pois para ele é uma única vinda, ele vem do céu e logicamente passa pelas nuvens, porém é contemplado por todos os povos da terra. Assim ele escreveu: 'Eis que ele vem com as nuvens, e todo olho o verá... e todos os povos da terra se lamentarão por causa dele. Assim será! Amém (Apocalipse 1.7 o grifo é meu).

Assim será! Será que o pré-tribulacionista pode dizer: “Amém!”?. Essa é a única vinda descrita em todo o livro do Apocalipse! Isso, também, mostra que vir com as nuvens não significa uma vinda invisível (veja também Marcos 14.62; Lucas 21.27). Muitos cristãos não sabem como 'todos os povos da terra' isto é, todo olho verá a Jesus na Sua vinda (Ap 1.7; Mt 24.30). Alguns acham que a vinda de Jesus será transmitida em rede de televisão, assim como a Copa do mundo. Porém, isso é conversa 'pra boi dormir'. Pois Pedro diz que no 'dia do Senhor ... Os céus desaparecerão com um grande estrondo, os elementos serão desfeitos pelo calor'. Esses 'elementos' incluem os 'satélites' e sem satélites não dá para transmitir nenhuma imagem televisiva e nem conectar-se na internet. Pedro continua dizendo que 'a terra, e tudo o que nela há, será queimada', isso inclui toda fiação do sistema de energia elétrica e sem energia elétrica não dá para ligar o aparelho de televisão e nem o computador (2 Pe 3.10-12). E também é impossível imaginar todas as equipes de repórteres e cinegrafistas de pé diante de tamanha destruição para cobrir o evento (lsaías 13.6-13). Então, como 'todo olho o verá?'. Isso significa que o evento da segunda vinda de Jesus não será invisível, escondida em uma nuvem! 46

7º Problema Teológico


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Pelo fato de Jesus vir corporalmente e pessoalmente, geograficamente ele deverá está localizado em algum ponto. Zacarias aponta o monte das oliveiras onde Jesus se concentrará - o local de onde ele também subiu aos céus (Zacarias 14.4; Atos 1.9-12). Há seis coisas que tornará a vinda de Jesus visível para todos os moradores da terra: em primeiro lugar, os sinais da Aparição de Cristo, serão contemplados por todos, em uma parte o sol escurecerá, em outra parte é a lua que se tornará em sangue (Mt 24.29,30); em segundo lugar, é o próprio esplendor da glória de Cristo, diz que ele virá 'em sua glória e na glória do Pai e dos santos anjos' (Lc 9.26). Ora, se o esplendor do sol clareia quase toda terra em um determinado ponto, quanto mais a tríplice glória de Cristo (Ml 4.2). Em terceiro lugar, 'a natureza da vinda de Jesus, a esse respeito Jesus disse: 'assim como o relâmpago saí do Oriente e se mostra no Ocidente, assim será a vinda do Filho do homem' (Mateus 24.27). Isso quer dizer que a Sua vinda será abrangente de um extremo ao outro. Pode-se vagamente comparar com um avião que é visto e ouvido por vários países até que chegue ao seu destino. Em quarto lugar, o cortejo angelical de Cristo, que Judas chama de 'milhares de milhares de seus santos' serão visto voando sobre os quatro ventos da terra (Jd 14; Mt 24.31). Em quinto lugar, a repentina destruição, que Cristo trará em sua vinda contra os homens ímpios, atingirá todo o globo terrestre (2 Pe 3.10; Ap 6.12-17). Em sexto lugar, se 'num abrir e fechar de olhos' se refere apenas a ressurreição e a transformação dos crentes e não o arrebatamento, como dá entender o texto de 1 Coríntios 15.51,52, então a subida dos crentes ao encontro do Senhor nos ares poderá ser contemplada pelo mundo inteiro, uma vez que os escolhidos serão reunidos 'dos confins da terra até os confins do céu' (Mc 13.27; ver Ap 11.12; 2 Rs 2.9-13). Por tudo isso, pode-se dizer, com toda propriedade, que a vinda de Jesus Cristo será vista por toda a terra! Isso tudo sem falar da Onipresença de Cristo, que por esse atributo divino, Jesus Cristo pode está em todo lugar ao mesmo tempo, tanto pode ser visto no céu do Brasil como no céu do Japão ao mesmo tempo. Para os pré-tribulacionistas a doutrina bíblica da segunda vinda de Jesus é conflitante e desarmoniosa se se constituir de apenas um evento. O renomado pré-tribulacionista Antonio Gilberto escreveu: 7º Problema Teológico

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'A Segunda Vinda de Cristo é mencionada 318 vezes no Novo Testamento, mas um exame descuidado de muitos trechos pode levar a conceitos conflitantes. Por exemplo, um trecho nos diz que Cristo virá 'nos ares' (1 Ts 4.17), enquanto outro diz que Ele virá à Terra. Um trecho diz que virá em secreto, '...como ladrão...'; outro diz que '...todo olho o verá...'. Um trecho ensina que sua vinda será um tempo de regozijo, enquanto outro diz que os povos da Terra se lamentarão' (Escatologia Bíblica EETAD, pág.19).

Desculpe doutor e consultor teológico, Antonio Gilberto, mas esse seu argumento para provar que 'a vinda de Jesus ...[será] em duas fases distintas' é fraco. Ele não suporta um exame cuidadoso e sério! A segunda vinda de Jesus é mencionada 318 vezes no Novo Testamento, mas nenhuma vez diz que essa vinda será invisível ou se dará em duas fases distintas! Isso já é suspeito! Não existe nenhum texto entre essas 318 menções dizendo que Jesus virá nos ares ou até aos ares, ou em outra expressão pré-tribulacionista: 'Jesus virá até às nuvens' (pág. 21 do livro supra citado); o texto de 1 Ts 4.17, diz que '...seremos arrebatados...nas nuvens, para o encontro do Senhor nos ares...' isso não é conflitante com a sua vinda à terra, uma vez que Paulo diz que '...o próprio Senhor descerá dos céus', se ele vem descendo do céu, logicamente que ele passa pelos ares onde se dará o encontro da Igreja com o Senhor, mas o seu itinerário continua. Os pré-tribulacionistas não podem debochar disso - de que a Igreja será arrebatada nessa ocasião da vinda de Jesus - pois eles são obrigados a acreditar que uma multidão incontável de crentes convertidos na grande tribulação é nessa ocasião 'arrebatados' ao encontro do Senhor que desce visivelmente. Porém isso dá mais crédito ao pós-tribulacionismo! Que por sua vez negam terminantemente algum suposto arrebatamento antes desta vinda de Jesus Cristo. Porque se a vinda de Jesus será em duas fases, o arrebatamento também será em duas fases. Pois o que acontecerá com os crentes salvos oriundos da grande tribulação? Mas não devia ser assim, já que os pré-tribulacionistas dizem que a primeira fase é o arrebatamento. E como então outro arrebatamento ocorrerá na segunda fase? Não existe nenhum texto entre essas 318 citações que diz que Jesus 'virá em secreto', alguns versículos diz que Jesus virá '...numa hora em que vocês menos esperam...' (Mt 24.44), '...inesperadamente...’ 48

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(Lc 21.34),‘...de repente...' (Mc 13.36), mas nunca diz que 'virá em secreto'. Vir '...como ladrão...', não é vir em secreto, significa vir no tempo que ninguém sabe. Jesus disse: 'Quanto ao dia e à hora ninguém sabe... Fiquem atentos! Vigiem! Vocês não sabem quando virá esse tempo' (Marcos 13.32,33). 'Mas se você não estiver atento, virei como um ladrão e você não saberá a que hora virei contra você' (Apocalipse 3.3b).

Vir como ladrão tem haver em pegar as pessoas desprevenidas, despreparadas e surpreende-las (Mt 24.42-44; 1 Ts 5.4). Vir como ladrão não é uma vinda em secreto ou escondida, pois trará destruição e vergonha aos despreparados (1 Ts 5.1-3; 2 Pe 3.10; Ap 16.15). Portanto, vir como ladrão não está em conflito com 'todo olho o verá' de Ap 1.7. Pelo contrário, os desprevenidos o verão e se lamentarão (Mt 24.30,31). Na 'vinda [que] será um tempo de regozijo', não está em conflito com a vinda em 'que os povos da Terra se lamentarão'. Sim o crente que está preparado se regozijará 'com alegria indizível e gloriosa' 'perante o Senhor Jesus na sua vinda' (1 Pe 1.7,8; 4.13; 1 Ts 2.19,20), enquanto que o mundo totalmente despreparado se lamentará amargamente, sim, 'todos os povos da terra se lamentarão por causa dele' (Ap 1.7b; Mt 24.30). Não é por menos, pois assim profetizou Malaquias: vereis '...a diferença entre o justo e o ímpio, entre os que servem a Deus e os que não o servem. Pois certamente vem o dia, ardente como uma fornalha. Todos os arrogantes e todos os malfeitores serão como palha e aquele dia, que está chegando, ateará fogo neles, diz o Senhor dos Exércitos. Não sobrará raiz ou galho algum. Mas para vocês que [temem] o meu nome, o sol da justiça se levantará trazendo [salvação] em suas asas. E vocês sairão e saltarão como bezerros soltos do curral' (Malaquias 3.18-4.2 o grifo é meu).

Quer dizer, enquanto que para os descrentes esse dia 'ateará fogo neles', para os crentes, Jesus 'virá...como as chuvas de inverno, como as chuvas de primavera que regam a terra' (Oséias 6.3). De fato 'quando o Filho do homem vier em sua glória, com todos os anjos... [Ele] dirá [aos justos]: Venham, benditos de meu Pai! Recebam como herança o Reino que lhes foi preparado desde a criação do mundo', enquanto que aos ímpios ele dirá: 'Malditos, apartem-se de mim para o 7º Problema Teológico

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fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos' (Mateus 25.31,34,41). Isso será motivo de alegria para os justos, mas para o ímpio motivo de muito lamento! Portanto, as 318 vezes em que se menciona a vinda de Jesus no Novo Testamento, os textos não são em hipótese alguma conflitantes, pelo contrário, eles são harmoniosos e se complementam. A maneira como os pré-tribulacionistas procuram interpretar a vinda de Jesus é que está em assaz conflito e desarmonia. Em que época alguns cristãos passaram a crê na separação do 'arrebatamento' da 'vinda visível de Jesus'? Como já foi dito, a partir do século XIX. Em uma conferência profética realizada na Inglaterra pelo evangelista Edward Irving, houve uma profecia que dizia que a vinda de Cristo será secreta para arrebatar a Igreja. O conhecido evangelista John Nelson Darby acreditou na profecia e desenvolveu a doutrina. Esta doutrina se proliferou no meio da cristandade por intermédio da larga influência da Bíblia de Referência de Scofield, publicada em 1909. E, assim o dispensacionalismo pré-tribulacionismo se tornou, hoje em dia, o sistema mais adotado entre os cristãos evangélicos. Porém, aí está!!! A doutrina da suposta vinda invisível de Cristo tem sua origem em uma mera profecia, e não nas Escrituras. O Dr. George Eldon Ladd, citado no livro “Os Últimos Dias Segundo Jesus”, de R.C. Sproul, diz o seguinte: “A idéia de um arrebatamento antes da tribulação não foi identificada nas Escrituras pelos antigos pais da igreja. Eles eram futuristas e pré-milenistas, mas não pré-tribulacionistas. Isso por si só indica que o pré-tribulacionismo e o pré-milenismo não são idênticos e que a Bendita Esperança não é a esperança do arrebatamento antes da tribulação. O pré-tribulacionismo era um ensino desconhecido até o surgimento dos Irmãos de Plymouth [em 1825 mais ou menos] entre os quais se originou essa doutrina” (pág. 164) - o grifo é meu.

Esse ensinamento é uma doutrina moderna! E eu lamento que o Dr. Antonio Gilberto tenha dito: 'um exame descuidado de muitos trechos pode levar a conceitos conflitantes', isso significa que a escatologia bíblica contida na Palavra de Deus é dependente da interpretação dos pré-tribulacionistas, sem eles os apóstolos ensinaram uma doutrina 50

7º Problema Teológico


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conflitante! É interessante que de todas as doutrinas reafirmadas pela Reforma protestantes todas tem seus precedentes nos pais da Igreja, mas a doutrina inventada por Darby, não tem nenhum precedente histórico! Algo totalmente inovador e conflitante com a doutrina que se cria desde as épocas primordiais. Citando outra fonte diz: 'O conceito de o arrebatamento ocorrer depois da tribulação prevalecia até o início do século 19. Daí, na Inglaterra, surgiu um movimento encabeçado por um ex-clérigo da Igreja da Irlanda, John Nelson Darby. Ele e outros anglicanos que pensava da mesma maneira ficaram conhecidos como os Irmãos [de Plymouth]. De sua base em Plymouth, Darby viajava para pregar na Suíça e em outras partes da Europa. Ele afirmava que a volta de Jesus ocorreria em duas etapas. Começaria com um arrebatamento secreto, em que os “santos” seriam arrebatados antes de um período de sete anos de tribulação devastar a Terra. Daí, Cristo apareceria visivelmente, acompanhado por esses “santos”, e juntos governariam a Terra por mil anos'.

É interessante que esse conceito da vinda invisível de Jesus tornouse uma epidemia nesta época, porque não só os seguidores de Darby e Scofield acreditavam em tal coisa, mas também, os adventistas do sétimo dia e as testemunhas de Jeová, passaram a pregar, nessa mesma época, que a segunda vinda de Jesus ocorreria de forma invisível, ainda que esses dois últimos grupos foram decepcionados, porque foram infelizes em marca a data desta vinda invisível, já os seguidores de Darby até hoje aguardam essa vinda invisível. Talvez alguém poderá indagar: 'É impossível que tanta gente esteja equivocada quanto ao arrebatamento da Igreja em uma vinda invisível de Jesus?' Aí, eu replico: mas será que a multidão de crentes que viveram antes dessa grande descoberta do século 19, estava enganada quanto ao arrebatamento da Igreja na vinda visível de Jesus? Louvo a Deus, porque mesmo com tanta influência dos pré-tribulacionistas, muitas igrejas históricas ainda continuam crendo no arrebatamento da Igreja na vinda visível de Jesus Cristo, e mesmo no arraial dos pré-tribulacionistas existem muitas cristãos, pastores e até mesmo teológos que defendem uma posição diferente e outros são neutras quanto ao assunto, e algumas denominações já mudaram seu credo de pré-tribulacionista para pós-tribulacionista. 7º Problema Teológico

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Portanto, se você optar por crê no arrebatamento na vinda visível de Jesus Cristo que se dará depois da grande tribulação, saiba que não estará só nesta profissão de fé. A este rol acrescento: 'Justino Mártir (100-165 d.C) um dos pais mais antigos [da Igreja], que era claramente pré-milenista (que dizer, acreditava na vinda de Jesus antes do Milênio), previa os crentes sofrendo grande perseguição e tormentos antes da vinda do Senhor. Sua referência ao Anticristo, embora breve, basta para indicar que Justino acreditava que aqueles sobre os quais este maligno exerceria sua crueldade incluiria a Igreja'. 'Irineu (130-200 d.C). Seus escritos revelam que era um prémilenista rematado, mas que não acreditava num arrebatamento antes da tribulação. Pelo contrario, via Cristo chegando ao fim da tribulação para destruir o Anticristo e livrar Sua Igreja' 'Tertuliano (160-230 d.C) era um pré-milenista declarado, e claramente antecipava o estabelecimento de um reino de Cristo s o b re a t e r r a . . . n ã o p o d e s e r c o n s i d e r a d o u m p r é tribulacionista...a esperança e as orações de Tertuliano não eram no sentido de o Senhor vir remove-lo da tribulação, mas para ele ficar em pé diante do Filho do homem depois de uma série de sinais cósmicos terem aparecido e “todas estas coisas terem acontecido”.

(Só lembrando aos nossos leitores que Tertuliano foi o primeiro a usar o termo 'trindade', e hoje é uma das doutrinas básicas da fé cristã. Portanto, os que crêem na vinda de Jesus depois da grande tribulação tem ao seu lado um grande apologista da fé cristã) 'Lactâncio (250-320 d.C)...descreveu vividamente as condições horríveis que prevaleciam nos últimos tempos. A tribulação seria tão severa que destruiria nove décimos da raça humana. A Igreja, bem como o mundo, sofreria estes males dos tempos do fim. O Anticristo viria perseguir os justos durante os últimos 3 ½ anos. Um sinal especial anunciaria a vinda de Cristo...Todas essas declarações indicam que Lactâncio era um pós-tribulacionista'. 'Hipólio (236 d.C), bispo de Roma na primeira parte do século III, escreveu um tratado sobre o Anticristo. Interpretou Apocalipse 12 como sendo ensinamento de que o adversário perseguiria a Igreja. Certamente identificou os santos em Apocalipse 12 como sendo a Igreja. Jesus Cristo viria do céu somente depois da abominação da desolação ter sido estabelecida, e depois de ocorrerem todos os eventos acompanhantes’ 52

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E os reformadores do século XVI eram pré-tribulacionistas ou pós-tribulacionistas? 'Alguns segmentos da Reforma foram pré-milenista na sua orientação, e todos eram da variedade pós-tribulacionista. Algumas destas 'seitas' passaram por verdadeira oposição e até perseguição... de modo que não é surpreendente que estas seitas (como eram taxados) previssem que a Igreja permaneceria na terra durante a grande tribulação... Nos séculos XVIII e XIX, um grande número de estudiosos bíblicos importantes na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos era pré-milenistas, entre eles Isaac Newton, Charles Wesley (irmão de João Wesley), Augustus Topladay, Richard C. Trench, Edward Bichersth, Horatius Bonar, H.G. Ginness, C.J. Ellicott, Henry Alford, Joseph A. Seiss e H. J. Raven. Com exceção dos Irmãos de Plymouth, que eram dispensacionalistas, quase todos eram pós-tribulacionistas. Mesmos entres os Irmãos [de Plymouth] havia diversidade, sendo que Tregelles e Benjamin W. Newton defendiam uma forma de pós-tribulacionismo'.

Este testemunho histórico em favor do pós-tribulacionismo foi extraído do livro 'Opções Contemporâneas na Escatologia, págs. 107, 121-123', do Ph.D. Dr. Millard J. Erickson, que conforme suas palavras na conclusão deste livro não deixa de entrar no rol dos que crê na segunda vinda de Jesus de uma só vez, ele conclui: 'Procurei lidar com as várias opções...Mesmo assim, não deixo de ter convicções especificas quanto a estas questões. De modo geral, o pré-milenismo pós-tribulacionista parece-me a posição mais adequada. Os argumentos exegéticos em prol de uma vinda pré-milenista, especialmente que se baseiam em Apocalipse 20, me parecem persuasivos. Ao mesmo tempo, o testemunho bíblico parece claramente favorecer a interpretação de que a Igreja estará na terra durante a tribulação, mas que será sustentada pela graciosa proteção e providência de Deus' (pág. 147)

Cito também os teólogos e membros que compõem a mesa diretiva da revista SOCEP - Sociedade Cristã Evangélica de Publicações Ltda eles escreveram: 'Um dos sinais que antecederão a vinda de Jesus, é a grande tribulação que a Igreja passará, sendo perseguida, caluniada, traída e hostilizada... Assim, a vinda de Cristo assume um papel de libertação da opressão sofrida pela Igreja' (Socep Revista Educação Cristã Vol. XV, pág. 41) - O grifo é meu. 7º Problema Teológico

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Cito ainda um extenso testemunho dos eruditos de várias nacionalidades diferentes da Junta Editorial Cristã, escrito no bem conceituado Novo Dicionário da Bíblia, considerado como um dos melhores dicionários bíblicos, cujo 'alvo dos editores e contribuidores igualmente foi de produzir um volume, escrito num espírito de lealdade às Santas Escrituras'. O texto sobre o verbete 'Escatologia' diz o seguinte: 'O aparecimento do anticristo e a perseguição que será iniciada contra os santos será tão somente o ataque final de Satanás contra o povo de Deus. Esse tempo de tribulação testemunhará também os inícios do juízo divino contra Satanás e seus seguidores...Antes da inauguração desses juízos, Deus selará Seu povo (Ap 7.1-8), que será protegida da ira de Deus (Ap 9.4)...embora sofram o martírio (Ap 7.9-17)... é melhor interpretar essa visão (dos 144 mil selados) como uma profecia da preservação espiritual da Igreja, o verdadeiro Israel (Ap 2.9). O Dia do Senhor porá ponto final ao breve governo do anticristo (2 Ts 2.8). A volta de Cristo, que pode ser apropriadamente chama de Sua 'segunda vinda' (Hb 9.28), é representada por diversos vocábulos importantes. Parousia significa 'presença' ou 'chegada' (1 Co 16.17; 2 Co 7.7). O mesmo Jesus que subiu ao céu visitará novamente a terra fazendo-se pessoalmente presente (At 1.11) no fim desta dispensação (Mt 24.3), em poder e grande glória (Mt 24.27), para destruir o anticristo e a maldade (2 Ts 2.8), para ressuscitar os mortos justos (1 Co 15.23), e para reunir os redimidos (Mt 24.31; 2 Ts 2.1; cf. também Mt 24.37,39; 1 Ts 2.19; 3.13; 4.15; 5.23; Tg 5.7,8; 2 Pe 1.16; 1 Jo 2.28). sua volta será também apokalypsis, um 'desvendamento' ou 'descoberta', quando o poder e a glória que agora já lhe pertencem por virtude de Sua exaltação e presença celestial (Fp 2.9; Ef 1.20-23; Hb 1.3; 2.9) serão desvendados perante o mundo (1 Pe 4.13). Cristo está atualmente reinando... porém, Seu reino é invisível para este mundo. Não obstante será tornado visível pelo Seu apokalypsi (1 Co 1.7; 2 Ts 1.7; 1 Pe 1.7,13) ... A terceira palavra, epiphaneia, 'aparecimento' designa a visibilidade de Seu retorno (2 Ts 2.6; 1 Tm 6.14; 2 Tm 4.1,8; Tt 2.13) - Novo Dicionário da Bíblia, Vol. I, págs. 511,512 o grifo é meu)

Então, veja que esses eruditos que escreveram o Novo Dicionário da Bíblia são todos pós-tribulacionistas, e não acreditam em uma vinda invisível de Jesus para arrebatar a Igreja antes da grande tribulação, senão tinham escritos sobre isso nessa monumental obra, lida e 54

7º Problema Teológico


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apreciada por vários cristãos de denominações diferentes. Incluo ainda neste rol os vários teólogos da Bíblia de Estudo de Genebra, a maioria de formação Ph.D, eles escreveram: 'A idéia de que os cristãos serão levados deste mundo por um período após o qual Cristo aparecerá ainda uma terceira vez para a “segunda vinda” tem sido amplamente defendida, mas falta-lhe fundamento bíblico' (Bíblia de Estudo de Genebra, pág. 1434 o grifo é meu).

E, além do mais, para ser bem abusado, todo pré-tribulacionista forçosamente é uma forma de pós-tribulacionista, pois ele crê que a segunda vinda de Jesus Cristo será depois da grande tribulação, de forma física, visível e pessoal, nessa ocasião ele ressuscitará, transformará e arrebatará os crentes salvos que passaram pela grande tribulação. Todavia, isso anula uma necessidade de uma vinda secreta! E pior ainda, considera o arrebatamento secreto da igreja como um arrebatamento parcial, formado por uma elite de crentes de primeira categoria! O admirável pentecostal Wayne Grudem em seu livro de Teologia Sistemática se inclui entre os pós-tribulacionistas. Algumas de suas palavras ali registradas dizem: 'O Novo Testamento não afirma claramente em lugar algum que a igreja será tirada do mundo antes da tribulação. Esperaríamos encontrar pelo menos um ensino explícito a respeito disso no Novo Testamento, se um fato importante como esse fosse ocorrer. Com certeza Jesus nos diz que voltará e nos levará para estar com ele (Jo 14.3), e Paulo nos diz que seremos elevados nas nuvens para nos encontrar com o Senhor nos ares (lTs 4.17), e que seremos transformados num piscar de olhos e receberemos um corpo ressurreto (1 Co 15.51-52), mas cada uma dessas passagens tem sido compreendida pelos crentes ao longo da história como referências não a um arrebatamento secreto da igreja antes da tribulação, mas a um arrebatamento público... Além disso, é muito difícil compreender 1 Tessalonicenses 4.17, a única passagem que fala explicitamente do fato de que a igreja será "arrebatada", como se tratasse da idéia de uma vinda secreta... A doutrina de um arrebatamento pré-tribulacional é uma inferência de algumas passagens, todas discutíveis. Também, mesmo crendo que essa doutrina está nas Escrituras, ela é ensinada de maneira tão velada, que só foi descoberta no século XIX.... A tribulação, em 7º Problema Teológico

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algumas passagens, está ligada de maneira bem clara com a volta de Cristo. Primeiro, o soar da trombeta para reunir os eleitos em Mateus 24.31, o som da trombeta de Deus em 1 Tessalonicenses 4.16 e a última trombeta com que nosso corpo será transformado em l Coríntios 15.51-52, parecem, todas, a mesma trombeta - a última trombeta tocada logo antes do milênio. Se for de fato a "última trombeta"(1 Co 15.52), então é difícil entender como outro soar de trombeta (Mt 24.31) poderia seguir-se a ela sete anos mais tarde. Por fim, o Novo Testamento não parece justificar a idéia de duas voltas distintas de Cristo (uma vez para sua igreja antes da tribulação e depois, sete anos mais tarde, com a Igreja para julgar os incrédulos). Mais uma vez, tal posição não é ensinada de maneira explicita em nenhuma passagem, sendo uma simples inferência baseada [em alguns textos]... que descrevem a volta de Cristo a partir de perspectivas distintas... Não há dificuldade alguma para entender essas passagens como referências a um acontecimento único que ocorre de uma só vez. Parece melhor concluir, com a grande maioria da igreja ao longo da história, que a Igreja passará pelo período de tribulação predito por Jesus. Provavelmente não escolheríamos esse caminho para nós, mas a decisão não foi nossa. E se Deus deseja que algum de nós que hoje vivemos permaneça na terra até o tempo dessa grande tribulação, devemos dar ouvidos às palavras de Pedro: "Se, pelo nome de Cristo, sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus”' (o grifo é meu)

Quer dizer, enquanto que todos os santos desde a época apostólica, crêem e esperam a vinda visível de Jesus, onde se dará o arrebatamento da Igreja, não incorrem em nenhuma contradição com qualquer outro texto bíblico. Em contrapartida, os que crêem em duas vindas de Jesus, uma invisível e outra visível, não só contradizem vários textos bíblicos a fim de manter uma doutrina surgida no século 19 por Nelson Darby, totalmente desconhecida pelos apóstolos, como também se gloriam em ter a interpretação mais coerente com as Escrituras. Todavia, eu desafio os pré-tribulacionistas a citar qualquer testemunho, devidamente documentado, antes de Darby, em 1827, que acreditava em uma vinda secreta de Jesus. Se você achou que quem crê que a igreja será arrebatada depois da grande tribulação fosse um bando de heréticos ou uns poucos grupinhos dentro das denominações evangélicas está enganado! É claro que a 56

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maioria das igrejas pentecostais que surgiram depois de 1827 adotaram em seu credo essa doutrina. Mas a grande verdade é que só quem a entende são os seus teólogos, a maioria dos membros dessas igrejas ficam em assaz conflito e não compreendem essa doutrina, mas por ser mais agradável, muitos preferem continuar acreditando nela. Infelizmente por causa dessa doutrina têm surgido algumas superstições que depõem friamente contra esse ensinamento equivocado: Tais como: “As Escrituras perderá a inspiração e as letras desaparecerão quando a igreja sumir”. Esquecem que a Palavra de Deus é eterna e não passa! (Mateus 24.35; I Pedro 1.25); Outra heresia é: “O Espírito Santo não estará mais na terra, pois subirá com a Igreja”. Torcem o texto de II Tessalonicenses 2.6,7; Ainda outra heresia é: “a salvação será pelo próprio sangue”. O maior absurdo! Depois do sacrifício de Jesus não existe outro meio ou mérito para a salvação (Hebreus 2.3; 10.26-29); É interessante notar que apesar de afirmarem que a Igreja desaparecerá, as Escrituras se apagará e o Espírito subirá, mesmo assim, haverá conversões em massas. Quantas heresias!! ( e x t r a í d o d a a p o s t i l a ' M i n h a s 9 5 Te s e s ' c o n t r a o pré-tribulacionismo, Edinaldo Nogueira)

A grande vantagem dos pré-tribulacionistas em manterem sua doutrina de pé é porque eles foram sutis demais quando inventarem esse negócio das duas fases. Assim eles conseguem driblar qualquer um. Eles dizem: 'A vinda de Jesus é em duas fases!' Aí você pergunta: 'mas a ressurreição do Milênio não é chamada de primeira ressurreição'. Aí eles respondem: 'Essa ressurreição também é em duas fases'. Aí você pergunta: 'Mas os santos, não diz claramente o Apocalipse, que serão perseguidos pela besta'. Aí eles respondem: 'Há dois grupos de santos: os que sobem e os que ficam'. Ah desse jeito dá até para inventar quatro vindas de Jesus Cristo! Basta dividir a segunda vinda de Jesus em quatro fases! Vejamos: a primeira fase ele vem antes da grande tribulação, a segunda fase no meio da grande tribulação, a terceira fase depois da grande tribulação e a quarta fase depois do Milênio. Pronto! Viu como é fácil. Outra maneira sutil e tendenciosa de manter essa escatologia fajuta é fazer dos judeus o bode expiatório assim como os católicos e os nazistas fizeram. Digamos que esteja lendo o Apocalipse com um 7º Problema Teológico

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pré-tribulacionista. Aí vocês chegam em Ap 13.7 e você pergunta: 'quem são esses santos que a besta persegue?' Aí ele responde: 'são os judeus!'. Aí vocês lêem Ap 19.8 e você pergunta: 'quem são esses santos vestidos de linho fino?'. Aí eles respondem: 'é a igreja'. Aí novamente: 'quem são esses decapitados em Ap 20.4?' 'São os judeus!' e 'quem são esses que reinam com Cristo em Ap 20.6? 'é a igreja'. Ah! Assim também é muito fácil! Quer dizer que quando o negócio aperta, cai na cabeça dos judeus, quando é benção aí é a igreja! Essa interpretação é arbitrária! Como se a Palavra de Deus fosse maleável ao gosto do intérprete. Como bem frisou Millard Erickson: 'O dispensacionalismo parece ter perdido o controle da exegese' (Opções Contemporâneas na Escatologia, pág. 103).

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8º PROBLEMA TEOLÓGICO: O Ensinamento sobre o arrebatamento da Igreja em uma vinda secreta de Jesus é complicado

O

cristão mediano e leigo que desconhece totalmente a doutrina pré-tribulacionista, não chega a conhecer essa doutrina simplesmente pelo seu estudo comum das Escrituras. Para chegar a crê nessas coisas ele deverá estudar o assunto nos livros de teologia de posição pré-tribulacionista ou lê-lo em livros de ficção 'evangélica', ou ouvir de outros adeptos, ou então recebe-lo através de alguns hinos, filmes e 'revelações cinematográficas' que divulgam essas crenças. Mesmo os que adotam essas doutrinas, não conseguem resolver todas as questões envolvidas. O próprio teólogo pré-tribulacionista para chegar as suas conclusões escatológicas, têm que montar sistematicamente sua doutrina tomando um texto isolado aqui e outro ali, muitas vezes solapando regras hermenêuticas, omitindo textos contraditórios, apoiando-se em muita 'achologia'. Por exemplo, por que os escritores bíblicos nada ensinaram sobre 'as duas fases' da segunda vinda de Jesus Cristo nas suas 2.000 ocorrências na Bíblia? A bem da verdade, se Jesus Cristo já veio a primeira vez ao morrer por nós, e depois virá outra vez secretamente para buscar os crentes, e então virá mais uma vez para Israel, isso se constituirá uma terceira vinda de Jesus Cristo! Se o pré-tribulacionista dizer isso, recorrerá em um erro teológico muito grave: a terceira vinda de Jesus Cristo. Pois, eles não poderão provar em lugar nenhum das Escrituras tal coisa, e assim sustentam duas fases da segunda vinda de Jesus Cristo! Mas só isso já é contraditório. Porque Jesus Cristo não pode vir uma segunda vez em duas fases! Por outro lado se ele vem uma segunda vez em espírito, invisível e impessoal, isso não é a Sua segunda vinda! Pois ele não subiu em forma de espírito, mas ele subiu em um corpo físico glorificado, e o anjo disse que ele 'voltará da mesma forma como o viram subir' (Atos 1.11). Os pré-tribulacionistas caem em tanta contradição teológica que o Dr. Antonio Gilberto, referindo-se a segunda fase da vinda de Jesus, àquela que ele vem visivelmente, escreveu: 'Nesse momento da Sua vinda, Jesus virá corporalmente assim como para o Céu subiu e lá se encontra como homem perfeito' e cita Atos 1.11 como texto prova! (Escatologia Bíblica EETAD, pág. 78 o grifo é meu). 59


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Mas na vinda para a Igreja, ele não vem corporalmente, 'assim como para o Céu subiu'? Hei, irmão pré-tribulacionista! Acorda! Nesse versículo de Atos 1.11, os anjos estão falando para os crentes: 'eles (os discípulos) ficaram com os olhos fixos no céu enquanto ele (Jesus) subia. De repente surgiram diante deles dois homens vestidos de branco, que lhes disseram: Galileus, por que vocês estão olhando para o céu? Esse mesmo Jesus, que dentre vocês foi elevado ao céu, voltará da mesma forma como o viram subir'

Essa é a única vinda que os crentes devem aguardar! Jesus Cristo vem de modo pessoal, corporal e visível! Porque ele subiu assim! Não existe outra vinda de outra forma! Uma nota de rodapé da Bíblia de Estudo Plenitude diz sobre esse texto de Atos 1.11: 'Virá de modo como o viste [subir]: Literalmente, Jesus retornará corporalmente' (pág.1110). Se o estudante de teologia for bem sincero em seus estudos, ele verá que os crentes pré-tribulacionistas não aguardam a vinda de Jesus, mas o desaparecimento da igreja em um evento misterioso. Conforme escreveu o teólogo pré-tribulacionista e comentarista Elienai Cabral: ‘... haverá dois eventos distintos: o arrebatamento e a vinda pessoal de Cristo’ (Lições Bíblicas, de Aluno, 3º trimestre de 1998, pág. 35). O que o Dr. Elienai Cabral quer dizer é que o arrebatamento não acontecerá na vida pessoal de Cristo, mas em uma vinda impessoal, que é o arrebatamento. Esse arrebatamento acontecerá sete anos antes da volta de Jesus, assim a esperança do crente é posto em um evento impessoal e não na pessoa de Cristo, a quem Paulo disse: ‘... o próprio Senhor descerá dos céus... (e só então) seremos arrebatados’, e não em uma vinda impessoal e distinta da vinda pessoal (1 Ts 4.17). As Escrituras nunca nos ensina a esperar o arrebatamento, mas a vinda do Senhor. Lemos, por exemplo: ‘...nós os que ficarmos até a vinda do Senhor’ (1 Ts 4.15) e não ‘até o arrebatamento’; e também: ‘nossa cidade está nos céus, de onde esperamos ansiosamente o Senhor Jesus Cristo’ (Fl 3.20),e não o arrebatamento, muito embora seremos transformados nessa ocasião. Em 1 Ts 1.9, diz: ‘esperar dos céus seu Filho’, mas uma vez é Jesus que vem dos céus. Em 1 Jo 3.2,3: ‘ quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele... aquele que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo’ . A esperança está em ele ‘se manifestar’, e ‘seremos semelhantes’ a Jesus, ‘quando ele se 60

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manifestar’ e não em um evento impessoal e invisível. No livro do Apocalipse a esperança da igreja não é posta em algum evento impessoal, mas na vinda do Senhor. No início do livro (1.7), nas cartas dirigidas às igrejas (2.3; 3.11), no decorrer do livro (16.15) e no final do livro (22.15,20), a esperança do crente é sempre direcionada à volta pessoal de Jesus, e não em um evento impessoal, distinto e separado da vinda do Senhor. Que coisa mais esquisita! O próprio Elienai Cabral, reconhece: 'Quando a Bíblia fala da vinda do Senhor Jesus, o assunto aparece como um só evento. Mas no seu contexto doutrinário, ela tem duas etapas distintas' (Lições Bíblicas, de Aluno, 3º trimestre de 1998, pág.32,33).

Mas, esse contexto doutrinário só surgiu no século XIX por intermédio de uma profecia extra Bíblia! Ora, se a Bíblia, que é inerrante, trata do assunto como um só evento, então, não são dois eventos. E fica subtendido pelas palavras do estimado teólogo que ninguém encontra no texto das Escrituras tal ensinamento, mas no contexto dos livros de doutrina. Mas não é o contexto doutrinário que dita as doutrinas, e sim as Escrituras inspiradas de Deus que as ditam. O ensino das Escrituras acerca da segunda vinda de Jesus é simples e claro. Os textos são apresentados de forma direta. Porém, muitos textos o pré-tribulacionista dá uma reinterpretação diferente. O pré-tribulacionista não pode citar nenhum texto que diz claramente que a Igreja será arrebatada antes da grande tribulação, já o pós-tribulacionista cita Mateus 24.21,29-31, que dizem com clareza: '...haverá então grande tribulação ...imediatamente após a tribulação daqueles dias...o Filho do homem [vem] nas nuvens...e.... os seus anjos... reunirão os seus eleitos...'

Pelo amor de Deus, qualquer crente entende o que esses versículos estão dizendo! Mas, aí, o pré-tribulacionista vem com sua teologia fabuloso e diz que o capítulo 24 de Mateus não foi escrito para a Igreja, mas para os judeus, querendo supor que esses 'eleitos' são os judeus. Isso é um contra-senso ridículo e contraditório. Mas, infelizmente, os nossos irmãos pré-tribulacionistas esquecem que o versículo que diz: 'um será levado e o outro deixado' (v.40), 8º Problema Teológico

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Muito usado para o arrebatamento secreto, também, está nesse capítulo. Sim, os judeus crentes fazem parte desses eleitos, como também os gentios crentes! Eu, não nego, o fato de que Israel será salvo na vinda de Jesus, mas o Israel que se converte pela pregação do evangelho, os demais serão condenados! Isso vale tanto para os judeus como para os gentios! A eleição de Israel está dentro da eleição da Igreja. Porque os judeus foram escolhidos em Abraão no tempo e na história, mas a Igreja foi escolhida em Cristo antes do tempo e na eternidade (Efésios 1.4-6; Romanos 1.16; 2.9-11). O pré-tribulacionista não pode citar nenhum versículo claro e direto que diz que a Igreja será arrebatada antes da vinda do Anticristo. Já o pós-tribulacionista sem nenhum a rodeio cita 2 Tessalonicense 2.1-3,8, para provar que a Igreja será arrebatada depois da vinda do Anticristo, o texto diz: 'Irmãos, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, rogamos a vocês que não se deixem abalar nem alarmar tão facilmente, que por profecia, que por palavra, quer por carta supostamente vinda de nós, como se o dia do Senhor já tivesse chegado. Não deixem que ninguém os engane de modo algum. Antes daquele dia virá a apostasia e, então, será revelado o homem do pecado... a quem o Senhor Jesus... destruirá pela manifestação de sua vinda'. o grifo é meu

Note que Paulo chamou o arrebatamento de nossa 'reunião', e Jesus também fala sobre isso quando disse que os anjos 'reunirão' os seus escolhidos (Mateus 24.31). O pré-tribulacionista para manter a estrutura do seu sistema escatológico interpola várias incursões nesta passagem paulina. Aliás, esse pequeno texto de Paulo desmorona totalmente o pré-tribulacionismo. Eu, por exemplo, abandonei as crenças pré-tribulacionistas quando li esse texto de 2 Ts 2.1-3,8, pela primeira em uma Bíblia de tradução atualizada. Porém, o pré-tribulacionista com sua tática consegue dá outro tom as palavras de Paulo. Por exemplo, o pré-tribulacionista Lewis afirmou que a palavra grega 'apostasia' , que aparece em 2.3, que significa 'abandono da fé', deve ser traduzida por 'partida', e se refere ao arrebatamento da Igreja fora do mundo antes da tribulação. Mas, dentro deste contexto o termo 'apostasia' se referindo a um 'abandono da fé' é a melhor tradução, pois, 62

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prepara o terreno para a manifestação do Anticristo (vv.7,9-12), e além do mais os apóstolos previram que haveria uma apostasia na Igreja (At 20.29-31; 1 Tm 4.1; 2 Tm 4.3-4; 2 Pe 3.3,16; 1 Jo 2.18,19; 4.1-3). O pré-tribulacionista também diz que o santuário de Deus que o Anticristo vai se assentar é o templo de Jerusalém (v.4), porém, em suas epístolas, em nenhum lugar Paulo chama o templo de Jerusalém de santuário de Deus, mas em vários textos, Paulo chama a Igreja de santuário de Deus (1 Co 3.16,17; 6.19,20; 2 Co 6.16-18; Ef 2.21,22), pelo contrário, ele disse que Deus 'não habita em santuários feitos por mãos humanas' (Atos 17.24). E, se a apostasia vai acontecer dentro da Igreja, então é exatamente aqui onde o Anticristo deverá sentar-se como se fosse Deus. De fato, com a grande apostasia a partir do quarto século em diante o Anticristo-papal usurpou o lugar de Cristo na Igreja. João Calvino, por exemplo, não tinha problema em ver essa alusão ao santuário como referente à igreja. Ele escreveu: 'Esta palavra no santuário de Deus refuta completamente o erro, ou melhor, a estupidez daqueles que sustentam que o Papa é vigário de Cristo, fundamentados no fato de ele ter residência na igreja, não importando o modo como ele possa conduzir-se, Paulo põe o anticristo no próprio santuário de Deus. E não é um inimigo de fora, mas da família da fé, e se opõe a Cristo sob o próprio nome de Cristo' (Os Últimos Dias Segundo Jesus, de R.C. Sproul, págs. 148).

Assim escreveu Martinho Lutero: “Na verdade, o papado não é outra coisa que o reino da Babilônia e do verdadeiro anticristo. Pois, que é 'o homem do pecado e filho da perdição' senão aquele que com suas doutrinas e estatutos aumenta os pecados e a perdição das almas na Igreja, assentandose na Igreja como se fosse Deus? Tudo isso praticou com excesso a tirania do Papa há muitos séculos” (Do Cativeiro Babilônico da Igreja, Editora Martin Claret, pág. 71).

Aliás, como afirmou o Dr. R.C. Sproul: os reformadores consideravam comumente o papado como o anticristo, uma instituição que poderia ser incorporada em um papa, em particular' (Os Últimos Dias Segundo Jesus pág. 149). 8º Problema Teológico

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E, eu vou com eles até que apareça outro que tome o lugar do papado! Não existe até hoje alguém que tenha causado tanto mal a Igreja e ao Cristianismo, ao Nome de Cristo do que os papas! Aconselho você adquirir minha apostila 'Desmascarando a Besta do Apocalipse', que eu trato detalhadamente sobre este assunto. Outra má compreensão que o pré-tribulacionista interpola nesse texto é sobre aquele que detém o Anticristo, em 2.6,7. Por exemplo, o pré-tribulacionista Elinaldo Renovato, escreveu o seguinte: 'Esse [que detém o Anticristo] sem sombra de dúvidas, é o Espírito Santo de Deus. Enquanto Ele operar aqui na Terra, através dos santos, nos quais habita, o homem do pecado não poderá revelarse...esse homem do pecado só poderá manifestar-se, como pessoa, quando o Espírito Santo de Deus não mais atuar aqui, com a Igreja' (Lições Bíblicas, de Aluno, 3º trimestre de 2005, pág. 93).

Então, o Anticristo não vai se manifestar nunca, pois o Espírito Santo é Onipresente e Ele nunca deixará de operar aqui! Mesmo crendo que a Igreja será arrebatada antes da grande tribulação, o Espírito Santo não pode deixar de operar aqui na terra. Por que quem operará na conversão dos 144 mil? Quem dará forças para que eles dêem testemunhos aos gentios? Quem operará na conversão dos gentios? Com que forças eles resistiram a besta? Como eles enfrentarão o martírio por amor a Cristo? Se ele deixar de operar na Igreja aqui na terra, continuará operando nos 144 mil! O Espírito Santo nunca deixará de operar aqui na terra! Como contraditoriamente escreveu o Dr. Antonio Gilberto: '...durante a Grande Tribulação haverá derramamento do Espírito Santo, redundando em multidões de salvos' (Escatologia Bíblica EETAD, pág.79). Como um bom pentecostal, o Dr. Antonio Gilberto acredita que durante a grande tribulação haverá 'um derramamento pleno' do Espírito Santo, mais do que nos dias apostólicos, pois segundo ele, o derramamento do Espírito em Pentecostes foi apenas 'um derramamento parcial' em comparação ao derramamento do Espírito na grande tribulação, sendo assim haverá batismo com o Espírito Santo com evidência inicial de falar em línguas e 'muito milagre' (veja Escatologia Bíblica EETAD, pág.41,42). 64

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Agora vejam só, durante a grande tribulação haverá uma efusão do Espírito mais pleno do que nos dias apostólicos; do que na época áurea da Igreja! Como então o Espírito Santo pode ser considerado como um impedimento a manifestação do Anticristo? Porventura isso não é uma contradição! Portanto, essa interpretação que o Dr. Elinaldo Renovato diz que é 'sem sombra de dúvidas' está equivocada. Assim a operação poderosa do Espírito Santo, de modo pleno, manifestando seus dons, na negra grande tribulação, que o pré-tribulacionismo reconhece e afirma, se constitui uma prova que a Igreja não foi arrebatada antes da grande tribulação, uma vez que com a vinda do nosso perfeito Jesus, os dons cessarão (1 Coríntios 13.8-12). Porém, o pré-tribulacionista de maneira muito sutil quer dizer, em última análise, que quem detém a revelação do Anticristo é a Igreja, porque a Igreja pode ser removida, mas o onipresente Espírito Santo não. Mas por que eles preferem usar Espírito Santo em vez de Igreja? Porque o texto está no masculino 'que seja afastado aquele que agora o detém'. Mas eles querem dizer, na verdade, o seguinte: ‘ O que se opõe ao aparecimento do Anticristo é a Igreja do Senhor.. Quando este impedimento for tirado, então será revelado o iníquo' (Lições Bíblicas, de Mestre, 3º trimestre de 1995, pág.75).

Mas, a remoção da Igreja nessa altura do campeonato causa uma contradição enorme em toda estrutura desse capítulo, porque Paulo está dizendo exatamente o contrário: quando o Anticristo for revelado, então a Igreja será arrebatada no Dia do Senhor. Pois, era sobre o arrebatamento que o apóstolo estava dando esclarecimentos aos irmãos de Tessalônica (1 Ts 4.16,17; 2 Ts 2.7; 2.1), e é claro que o arrebatamento será na vinda de Cristo, que é chamado de Dia do Senhor, porque é o Dia em que ele se manifestará. Mas mesmo que a Igreja seja arrebatada para o Anticristo poder se manifestar é uma contradição, pois os pré-tribulacionistas, acreditam que durante a grande tribulação haverá uma multidão incontável de salvos, cheios do Espírito Santo, resistindo a Besta. Portanto esses dois impedimentos: o Espírito Santo e o povo salvo, advogado pelo pré-tribulacionismo que detém a manifestação do Anticristo não se constitui impedimento algum. Porque ambos estarão presentes na terra durante a grande tribulação! E, além do mais, se esse alguém que detém o Anticristo é a Igreja, então, as palavras iniciais de 8º Problema Teológico

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Paulo estão se contradizendo, porque a nossa reunião com Cristo será precedida pela revelação do Anticristo. Se Paulo cita dois grandes sinais do arrebatamento, como ele pode afirmar que a Igreja está detendo o segundo sinal se cumprir. E, porque Paulo não diz com clareza: 'a Igreja detém o Anticristo'. Paulo não diz isso, porque ele acabou de dizer que a Igreja só será reunida com Cristo no dia do Senhor depois da manifestação do Anticristo. Então, não pode ser a Igreja que detém o Anticristo! Levando em consideração que o Anticristo pode ser o papado, somente alguém detia sua revelação: era o império Romano. Uma vez, que os imperadores caíram, os Papas receberam autoridades governamentais. E, até hoje o Vaticano é um Estado soberano. Paulo com certeza evitou falar sobre a queda do império romano, porque ele sabia que isso agravaria as perseguições contra os cristãos. Paulo diz nos versos de 1 a 3 que a vinda de Jesus e a nossa reunião com ele, uma alusão ao arrebatamento, será depois da apostasia e da revelação do Anticristo

Dia do Senhor

Alguém o detém

se e su el e J om to se sia de o c aris ta a n c ã s i i r d o nt to in eun O Império Romano cai ap v A o r º a d o 2 a pelas invasões is rá pa o A oss vi das tribos bárbaras pa ran po n º e 1 D O be Inflige perseguição a O Império Romano so aos crentes ‘A forma alusiva de sua referência a esse poder torna provável que Paulo tinha em mente o império romano’ (Novo Dicionário da Bíblia, pg. 1586, Vol. II) Primeiro a apostasia e depois o Anticristo Dois sinais que antecede a vinda de Jesus para arrebatar a Igreja

Paulo escreveu sua segunda carta a nova convertida Igreja de Tessalônica, exatamente, para corrigir um mal-entendido acerca da sua primeira carta. Na primeira carta ele tinha escrito que o arrebatamento dos crentes ocorreria por ocasião da vinda de Jesus que veria como ladrão à noite, trazendo destruição aos despreparados, que portanto eles deveriam estar em vigilância para que o dia do Senhor não os surpreendesse como ladrão (1 Tessalonicense 4.15-5.4). Por causa disso 'alguns dos membros daquela congregação haviam tirado a inferência 66

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que a [vinda de Jesus] era algo tão iminente que de nada adiantava continuar trabalhando' (Novo Dicionário da Bíblia, Vol. II, pág.1586). Isso causou um certo abalo na congregação, outros até profetizavam: 'o dia do Senhor já chegou ou já está perto' De imediato Paulo escreve sua segunda carta. Logo de inicio ele confirma que de fato na revelação de Jesus Cristo 'lá dos céus com os seus anjos poderosos, em meio a chamas flamejantes', trará alívio aos crentes enquanto que aos 'que não obedecem o evangelho' serão punidos com 'destruição eterna' (2 Tessalonicenses 1.6-9). Eu, poderia agora perguntar a Paulo quando acontecerá isso? Se haverá um intervalo de 7 anos entre o alívio dos crentes e a punição dos descrentes, como um certo evangelista me disse que há um intervalo? Porém, não há necessidade para dúvidas, pois Paulo disse no versículo 10: 'Isto acontecerá no dia em que ele vier para ser glorificado em seus santos e admirados em todos os que creram, inclusive vocês que creram em nosso testemunho' (o grifo é meu). Paulo então continua o assunto no capítulo 2: 'Irmãos, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele' quando Paulo fala de 'nossa reunião' faz referência a reunião entre crentes vivos e mortos na vinda de Jesus (veja 1 Ts 4.16,17) ele disse: 'Não deixem que ninguém os engane de modo algum. Antes daquele dia (meu Deus isso é claro demais!) virá a apostasia e, então, será revelado o homem do pecado...a quem o Senhor Jesus... destruirá pela manifestação de sua vinda' (2 Ts 2.1-8 o grifo é meu). Esses dois acontecimentos têm que ter lugar antes da vinda de Jesus e nossa reunião com ele! Se Paulo acreditasse como o Dr. Antonio Gilberto escreveu em seu livro pré-tribulacionista: 'Para nós, os salvos, aguardamos o arrebatamento da Igreja, muito antes da manifestação desse Anticristo' (Daniel e Apocalipse, pág. 154 o grifo é meu), não teria sentido mencionar esses dois sinais antecedentes com o objetivo de corrigir e acalmar os irmãos de Tessalônica, que estavam abalados e alarmados 'quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele'. Caso contrário, alguém poderia dizer a Paulo: 'Eu sei Paulo que antes de Jesus vir para punir os descrentes, primeiro vem a apostasia e a manifestação do Anticristo, mas quanto ao arrebatamento da Igreja?' 'Ah sim', diria Paulo, 'nesse caso vocês podem deixar de trabalhar que Jesus vem a qualquer momento nos arrebatar! Perturbem as pessoas por anunciar, que por profecia, quer por palavra, quer por nossa 8º Problema Teológico

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epístola, que o arrebatamento já está perto. Não se deixem enganar de modo nenhum, pois nenhum acontecimento deverá ocorrer antes do arrebatamento'. Vendo o arrebatamento dentro desse prisma, os argumentos de Paulo perdem a sua força, pois que relevância tem suas palavras se os irmãos não esperam o Dia do Senhor, que vem depois da apostasia e da manifestação do Anticristo! Porém, eu prefiro acreditar em Paulo do que me agarrar a essas complicadas interpolações dos pré-tribulacionistas. Por outro lado, o Dr. Antonio Gilberto entendeu o que Paulo está dizendo, pois escreveu: 'Visando restaurar a esperança dos cristãos tessalonicenses, perturbados diante da afirmação de que Cristo já havia voltado para arrebatar os Seus, o apóstolo Paulo fala da aparição do Anticristo como algo a acontecer antes da manifestação de Cristo' (Escatologia Bíblica EETAD pág.48 o grifo é meu). Porém, o teólogo Antonio Gilberto está tão apegado a interpretação pré-tribulacionista que não vê que a resposta de Paulo aos tessalonicenses derruba por terra um arrebatamento antes da aparição do Anticristo. Uma nota de rodapé na Bíblia de Estudo de Genebra diz sobre 2 Ts 2.1-9: 'à vinda...e à nossa reunião com ele. Trata-se do arrebatamento dos santos mencionados em 1 Ts 4.17. Paulo parece equiparar a ocasião da volta de Cristo e do arrebatamento com o “Dia do Senhor” (1 Ts 5.2; cf. 1 Co 1.7,8; Fp 2.16). Na cena aqui descrita, todos os crentes estão reunidos perante o Senhor “em sua vinda” (1 Ts 2.19) e no “Dia de Jesus, nosso Senhor” (2 Co 1.14). É preciso vir a “apostasia” e manifestar-se o “homem da iniqüidade” (v.3) antes que chegue o Dia do Senhor e, por conseguinte, antes do arrebatamento dos santos. Se os falsos mestres diziam ter chegado o Dia do Senhor (v.2) e estavam antecipando o arrebatamento para qualquer momento, era possível provar o seu erro pela ausência desses sinais precedentes' (pág.1437)

Eu não sei como pode alguns teólogos, homens esclarecidos e conhecedores da hermenêutica, que detém a chave do saber, conseguem assimilar essas interpolações no texto de Paulo com tanta facilidade. O meu objetivo como de tantos outros que crêem como eu, não é 68

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porque queremos passar pela grande tribulação ou porque esperamos o Anticristo, mas a nossa maior preocupação é não alterar a natureza da vinda de Jesus, e crê em algo que era estranho a Jesus e seus apóstolos. O pré-tribulacionista não pode citar nem sequer um único texto bíblico direto, contundente e incontestável que prove que a ressurreição da Igreja se dará antes da grande tribulação. Porém, as Santas Escrituras que não se contradiz, e de uma maneira indubitável, em Apocalipse 20.4-6, não só mostra que a ressurreição dos santos será no final da grande tribulação, como também chama essa ressurreição de primeira ressurreição, refutando assim qualquer outra suposta ressurreição da Igreja antes da grande tribulação. O exegeta para provar que haverá três ressurreições dos justos, note bem, três ressurreições dos justos! É claro que ele não dirá três ressurreições dos justos, porque isso é muito fragrante com Apocalipse 20, mas lançará mão daquele ‘princípio fabuloso’ e dirá: ‘três ordens ou fases na primeira ressurreição’. Mas isso é quimera e dá no mesmo: três ressurreições dos justos. Para tanto, ele recorre a festa das colheitas da antiga Lei. O antigo Israel foi ordenado na colheita dos seus cereais que deveria primeiro colher as primícias e oferecer a Deus, depois então faria a sua colheita geral, porém deveria deixar os rabiscos para os pobres colherem (Levítico 23.9-14,22. Vejamos o que escreveu o pré-tribulacionista Elienai Cabral sobre isso: 'A primeira ressurreição...divide-se em três fases distintas. A primeira fase refere-se à ressurreição de Cristo e de muitos santos do Antigo Testamento, identificados como as primícias dos mortos (1 Co 15.20; Mateus 27.52,53); Jesus e aqueles santos ressurretos são o primeiro molho de trigo colhido (Lv 23.10-12; 1 Co 15.23)...Isto é: aquele grupo de pessoas de Mt 27.52,53 foi a primícia, o primeiro molho. A segunda fase refere-se à ressurreição dos mortos em Cristo na era neotestamentária, a qual se efetuará no chamamento especial por ocasião da volta do Senhor Jesus sobre as nuvens (1 Co 15.51,52; 1 Ts 4.14-17). A terceira fase da primeira ressurreição refere-se àqueles mortos no período da Grande Tribulação, os quais são chamados de mártires da Grande Tribulação. Refere-se ao restolho da ceifa, isto é, as respigas da colheita (Ap 6.9-11; 7.9-17;14.1-5;20.4,5)' Lições Bíblicas, de Aluno, 3º trimestre de 1998, pág.21.

O escritor pré-tribulacionista Fredi Winkler, diz o seguinte: 8º Problema Teológico

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'Esses santos não voltaram aos sepulcros, mas subiram com o Senhor para serem apresentados no céu ao Pai como primícias da grande colheita humana, como oferta agradável a Ele! Esses santos eram crentes da Antiga Aliança, que receberam o corpo glorificado com Jesus' (Jornal Notícias de Israel, Julho de 2000, pág. 13)

O pré-tribulacionista consegue ver, com sua lente ampliada, uma tipologia referente à primeira ressurreição nesta festa das colheitas. As primícias são Cristo e os santos que ressuscitaram em Mateus 27.52,53. Então, preste bem atenção, o pré-tribulacionista acredita que os santos do Antigo Testamento já ressuscitaram, estão agora no céu glorificados! A colheita geral representa a ressurreição da Igreja antes da grande tribulação, e os rabiscos representam os mártires que ressuscitarão depois da grande tribulação. De fato, a ressurreição pode ser comparada a uma colheita, e que Jesus foi as primícias dentre os mortos (1 Co 15.20, 42-44). Porém, se lemos bem Mt 27.52,53, notaremos, que essa ressurreição desses santos, não se refere a uma ressurreição para vida imortal, mas uma ressurreição comum como a de Lázaro, e a semelhança de Lázaro esses santos morreram novamente, o texto diz que eles 'entraram na cidade [de Jerusalém] e apareceram a muitos'. E nos dois relatos da ascensão de Cristo ao Pai, não mostra nenhum grupo de santos subindo com ele (Lucas 24.50,51; Atos 1.9-11). Porque se cremos que os santos do Antigo Testamento já ressuscitaram juntamente com Cristo para uma vida imortal estaremos contradizendo alguns textos bíblicos. Como por exemplo o de Atos 2.29-34, que Pedro diz com todas as letras que Davi, um santo do Antigo Testamento, não foi ressuscitado nem subiu ao céu. Essas palavras foram ditas por Pedro uns 50 dias após a ressurreição de Jesus, e escritas por Lucas mais de 30 anos após. O apóstolo João que escreveu o seu evangelho no ano 90 A.D. redigiu as seguintes palavras de Jesus, sem fazer nenhum comentário: 'Ninguém jamais subiu o céu, a não ser aquele que veio do céu: o Filho do Homem [que está no céu] João 3.13. Portanto, tanto Pedro como Lucas e João desconheciam uma ressurreição dos santos do Antigo Testamento. Paulo, também desconhecia uma suposta ressurreição dos santos da velha aliança. Ele escreveu a Timóteo denunciando dois desviados que ensinavam que a ressurreição já aconteceu (2 Timóteo 2.17,18). 70

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Bem, esse seria o momento exato de Paulo replicar que o que aconteceu realmente foi a primeira parte da ressurreição, a dos santos da antiga aliança. Mas ao contrário disso, Paulo repugnou veementemente tal cogitação! E taxa esses ensinos como canceroso! Uma ressurreição de pessoas para vida glorificada no momento da ressurreição de Cristo é controverso ao título dado a Jesus Cristo de 'o princípio e o primogênito dentre os mortos' (Colossenses 1.18; Apocalipse 1.5), pois se um grupo de pessoas ressuscitaram com ele, ele já não é o primogênito dos mortos, mas um dos primogênitos. Não estaríamos crendo como os pagãos que acreditam que a mãe de Jesus morreu, ressuscitou e subiu ao céu! No nosso caso cremos que isso aconteceu com os santos do antigo testamento. Veja, a que ponto desceu os pré-tribulacionistas a fim de fazerem uma manobra na ressurreição dos santos. Não precisamos adotar uma escatologia simplesmente porque ela é agradável aos nossos olhos, envolto em segredos, cheio de amalgamações, apadrinhada por teólogos modernos, mas que é inconsistente com a revelação bíblica. Quando Paulo diz que Cristo é as primícias dentre os mortos nos faz compreender que Jesus não só tem a primazia, quer dizer, o primeiro a ressuscitar para uma vida celestial, como também a sua ressurreição é a garantia que outros ressuscitarão (2 Co 4.14; 1 Ts 4.14). Ao usar a expressão paulina 'Cristo, as primícias' para se referir a uma ressurreição dos crentes da velha aliança como parte da primeira ressurreição dos santos para a imortalidade, os pré-tribulacionistas traí o pensamento de Paulo, pois para Paulo essa expressão não se trata de nenhum grupo de santos ressuscitados, ele escreveu com muita clareza: 'Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele (singular) as primícias dentre aqueles que dormiram' (1 Coríntios 15.20 o grifo é meu).

A NVI entendeu o significado da expressão paulina ao traduzir: '...em Cristo todos serão vivificados. Mas cada um por sua vez: Cristo, o primeiro (outras traduções dizem: 'as primícias'); depois, quando ele vier (e não antes), os que lhe pertencem' [ressuscitarão] (1 Coríntios 15.22,23 o grifo é meu).

E a tradução linguagem de hoje, também entendeu o significado 8º Problema Teológico

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das ‘primícias’ aplicado à ressurreição de Cristo: ‘Porém cada um será ressuscitado na sua vez: Cristo, o primeiro de todos; depois os que são de Cristo, quando ele vier; e então virá o fim.’

E o que dizer das outras duas ordens da ressurreição: a colheita e os rabiscos? Como já disse em outros pontos anteriores, Paulo realmente reconhece uma ordem na ressurreição, ele escreveu: 'Mas cada um por sua [ordem]: Cristo, o primeiro; depois, quando ele vier, os que lhe pertencem' (1 Co 15.23). Tratando da ressurreição para a vida eterna, Paulo só conhecia duas ordens: Cristo e depois os santos na sua vinda. Ele desconhecia totalmente uma terceira ordem que seria outros santos depois dessa vinda de Jesus. E, o que dizer dos rabiscos? Bem, se realmente quisermos seguir essa tipologia temos que concluir que os rabiscos são aqueles que ressuscitarão depois dos mil anos, que a Bíblia chama de 'o restante dos mortos' (Ap 20.5), mas trata-se de uma ressurreição para a condenação (Apocalipse 20.13-15). Os pré-tribulacionistas não podem citar nem sequer um pequeno versículo bíblico indubitável e irrefragável que prove com clareza a ausência da Igreja durante a grande tribulação, já os pós-tribulacionistas podem citar porções de textos que mostram a presença da Igreja durante a grande tribulação. Leia alguns: Daniel 12.1,2 c/ Apocalipse 13.8; 17.8; Mateus 24.21,22 c/ Romanos 8.33,34; Apocalipse 3.10; 7.9,13,14; 12.17; 13.7,10; 15.1-3; 17.6; 18.4,20. O evangelista Marcos, em seu evangelho, ditando as palavras de Jesus, escreveu: '...aqueles dias serão dias de tribulação como nunca houve desde que Deus criou o mundo até agora, nem jamais haverá', mas também disse que esses dias seriam abreviados 'por causa dos eleitos' (Mateus 13.19,20). Então nesse caso esses eleitos estarão presentes! Quem são esses eleitos? O próprio Marcos responde essa questão, ele identifica esses eleitos com os discípulos de Jesus, quando Cristo os adverte nesse mesmo texto: 'Pois aparecerão falsos cristos e falsos profetas que realizarão sinais e maravilhas para, se possível, enganar os eleitos. Por isso, fiquem atentos: avisei-os de tudo antecipadamente' (Marcos 13.22,23). Esses discípulos crentes são os eleitos, por isso deveriam ficar atentos e vigilantes para não serem enganados por falsos profetas 72

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que divulgariam uma vinda secreta de Jesus (vv.21-23 veja também Mateus 24.23-27). Marcos conclui esse raciocínio de Jesus, escrevendo: 'após aquela tribulação... o Filho do Homem [vem] nas nuvens com grande poder e glória. E ele enviará os seus anjos e reunirá (arrebatará) os seus eleitos dos quatro ventos, dos confins da terra até os confins do céu'. Ora se esses eleitos cristãos, membros da igreja primitiva, sabiam que só seriam arrebatados após a grande tribulação, por que conosco deverá ser diferente?! O evangelista Lucas, escrevendo sobre o mesmo relato, ditou as palavras de Jesus aos primeiros discípulos da Igreja: 'Tenham cuidado, para não sobrecarregar o coração de vocês de libertinagem, bebedeira e ansiedade da vida, e aquele dia (a vinda de Jesus com poder e grande glória) venha sobre vocês inesperadamente. Porque ele virá sobre todos os que vivem na face de toda a terra. Estejam sempre atentos e orem para que vocês possam escapar de tudo o que está para acontecer (que inclui as calamidades apocalípticas), e estar em pé diante do Filho do homem'.

Para os crentes emergirem incólume das coisas que sobrevirão ao mundo e estar de pé ou estar firme na fé diante do Filho do homem na Sua vinda, deverão estar atentos e vigilantes (Lucas 21.34-36; 1 Coríntios 10.12; 2 Coríntios 1.24; 2 Pedro 3.11,12,14). Ora se os crentes deverão estar atentos e vigilantes para a vinda de Jesus que vem inesperadamente sobre todos os habitantes da terra, então eles estarão presentes durante os tempos de calamidades que antecede essa vinda conforme Lucas 21.25-28. Não foi à toa que Jesus prometeu: 'Quando começarem a acontecer estas coisas (as calamidades), levantem-se e ergam a cabeça, porque estará próxima a redenção de vocês' (v.28). Mas, se a Igreja vai ser arrebatada antes da grande tribulação, conforme a teologia pré-tribulacionista, que sentido tem as palavras de Jesus, Marcos e Lucas para a Igreja primitiva e a atual. Que necessidade há para a vigilância durante esse tempo, se já estaremos são e salvos, tocando harpa no céu! Por que deverá esses dias ser abreviados se os eleitos já não estarão mais aqui!? Se os crentes não são os eleitos, por que Cristo aplicou essa advertência aos primitivos crentes, dizendo: 'Vejam que eu os avisei antecipadamente' quando falava da 8º Problema Teológico

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possibilidade dos eleitos serem enganados? (Mt 24.24,25 ). Quero ainda citar como prova da igreja na terra durante a grande tribulação Ap 13.8: ‘Todos os que vivem na terra adorarão (a besta), menos aqueles que, desde antes da criação do mundo, têm o nome escrito no Livro da Vida, o qual pertence ao Cordeiro, que foi morto.’(BLH). Haveria alguma necessidade

de dizer isso, se os que têm o seu nome no livro da vida ‘desde a criação do mundo’ tivesse sido arrebatados (Ap 17.8)? O Apocalipse contrapõem esses dois grupos: ‘habitantes da terra’ e ‘os escritos no livro do Cordeiro’. Se estão inscritos no livro da vida, por que não foram arrebatados com a Igreja? Porque não houve nenhum arrebatamento antes da grande tribulação, senão esses ‘cujos nomes estão inscritos no livro da vida’ teriam sido arrebatados também. Assim asseverou o querido irmão Millard: 'o pós-tribulacionismo não depende de escavar significado secretos. Por exemplo, quando a Escritura fala dos santos da tribulação, dos eleitos, e similares, o pós-tribulacionismo não lhes dá um significado que é radicalmente diferente do seu significado noutras partes da Bíblia. São simplesmente o mesmo tipo de crentes que são referidos a partir dos tempos de Cristo’ (Opções Contemporâneas na Escatologia, pág. 129).

Os pré-tribulacionistas não podem citar nenhum texto bíblico que mostra uma vinda invisível de Jesus, já os pós-tribulacionistas citam Ap 1.7: 'Eis que ele vem com as nuvens, e todo olho o verá' e dezenas de textos que chama a vinda de Jesus de 'revelação' e 'manifestação ou aparição', termos esses totalmente contrários a algo invisível (1 Co 1.7; 1 Tm 6.14; 1 Pe 1.7; 5.4; etc.). Os pré-tribulacionistas não podem citar nenhum texto direto q u e d e s c re v a a v i n d a d e J e s u s e m d u a s f a s e s ! J á o s pós-tribulacionistas têm em seu favor 2 Tessalonicenses 1.6-10, que mostra uma única fase na vinda de Jesus, onde ele traz alívio aos crentes e na mesma ocasião vingança contra os descrentes. Sabemos que esse 'alívio' é o arrebatamento dos crentes em que eles exultarão 'com grande alegria' (1 Ts 4.16,17; 1 Pe 4.13), enquanto que essa 'vingança' é aquela 'repentina destruição' de que fala 1 Ts 5.1-3 e 2 Ts 2.8, veja também Jl 1.15; 2.11; Ml 3.2; Ap 6.17; Is 2.9-21; 13.9; Ez 30.2,3. Por isso está escrito que esperamos 'Jesus, que nos livra da ira que há de vir', quer dizer, Jesus nos arrebata da destruição 74

8º Problema Teológico


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fulminante e iminente que caí sobre os ímpios no momento da Sua vinda (Is 13.9-13; 66.15,17; Jl 2.10,11; Ml 4.1-3; Mt 24.39; Lc 17.29,30; Rm 5.9; 1 Ts 1.10; 5.9; Hb 10.37-39; 2 Pe 3.7-14; Ap 6.12-17; 16.14). Paulo descreve isso claramente nesse texto de 2 Ts 1.6-10, mas isso acontecerá somente depois da grande tribulação (Mt 24.29-31; Jl 3.31; 3.14-16; Ap 19.15-21). Gostaria de citar cada uma dessas referências por extenso, mas espero que cada leitor crie ânimo e examine pessoalmente as Escrituras, assim como eu examino pessoalmente essas Escrituras que surgem à minha mente enquanto escrevo. Há uma grande força na Palavra de Deus, e é ela que nos libertar dos erros de interpretação. E elas são maiores do que qualquer convenção, sínodo, credo, dogma e confissão.

8º Problema Teológico

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9º PROBLEMA TEOLÓGICO: O pré-tribulacionista faz uma distinção entre 'o Dia da vinda' de Jesus para arrebatar a Igreja com 'o Dia do Senhor'

O

Dr. Wim Malgo escreveu em seu livro pré-tribulacionista: 'Virá, entretanto, como ladrão, o dia do Senhor, diz Pedro. Devemos distinguir entre a vinda do Senhor e o dia do Senhor' (Terá Chegado o Fim de Todas as Coisas? Págs.99).

Entretanto, quero mostrar nesse ponto que a Vinda de Jesus não pode ser distinto do Dia do Senhor. Cito o próprio testemunho do apóstolo Pedro, a fim de provar, que para os apóstolos, Dia do Senhor e a Vinda de Jesus são a mesma coisa. Na sua segunda epístola, mas precisamente no capítulo 3, Pedro trata desse assunto. Temos que ter em mente que Pedro está se referindo a vinda de Jesus, ele escreveu por exemplo em 1.16: '...não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, quando lhes falamos a respeito do poder e da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo...',

Aí, no capítulo 3, o apóstolo Pedro passa a escrever sobre alguns escarnecedores que diziam:'O que houve com a promessa da sua vinda?'. Então, nesse capítulo Pedro ocupa-se em refutar esses zombadores. A questão era: 'Desde que os antepassados morreram, tudo continuam como desde o princípio da criação'. Quer dizer, esses escarnecedores esperavam que acontecesse alguma coisa visível na criação na vinda de Jesus. Pedro não nega esse fato, por isso que faz uma comparação do Dilúvio com a vinda de Jesus. 'Pela água o mundo daquele tempo foi submerso e destruído. Pela mesma palavra os céus e a terra que agora existem estão reservados para o fogo, guardados para o dia do juízo e para a destruição dos ímpios' (2 Pedro 3.7).

Note que Pedro trocou a expressão 'vinda' por 'dia do juízo'. Será que na mente de Pedro refere-se a mesma coisa ou ele está fugindo do assunto da vinda de Jesus? Essa comparação do Dilúvio com a vinda do 76


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Filho do Homem fazia parte do ensino de Jesus (Mateus 24.36-42). Portanto, assim como o Dilúvio veio como julgamento aos homens ímpios daquela época, para Pedro a vinda de Jesus vem como julgamento para os ímpios. Pedro não fugiu do assunto, ele diz no v. 9: 'O Senhor não demora em cumprir sua promessa, como julgam alguns. Ao contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento'.

Observe que se alguém não se arrepender, perecerá na vinda de Jesus! Assim como os antediluvianos pereceram no dilúvio. Por que alguém poderá perecer, se para os pré-tribulacionistas não haverá nenhuma alteração climática na natureza ou algum tipo de juízo de fogo 'na vinda para o arrebatamento'? Mas, para Pedro haverá! Ele continua, a vinda de Jesus, que ele chama, agora, de 'O dia do Senhor', 'virá como ladrão. Os céus desaparecerão com um grande estrondo, os elementos serão desfeitos pelo calor, e a terra, e tudo o que nela há, será desnudada' (v.10).

Conjugando essas palavras com as de Paulo em 1 Ts 5.2,3 veremos que não há contradição entre eles quanto ao Dia do Senhor: 'O dia do Senhor virá como ladrão à noite. Quando disserem: 'Paz e segurança', a destruição virá sobre eles de repente, como as dores de parto à mulher grávida; e de modo nenhum escaparão', escreveu Paulo.

Mas se pegarmos apenas dois pré-tribulacionistas, e conjugarmos o que eles dizem acerca do Dia do Senhor, veremos que suas definições não se encaixam. O comentarista pré-tribulacionista das Lições Bíblicas, Elienai Cabral diz o seguinte: 'o Dia de Cristo (Fp 1.10), que diz respeito, especialmente, ao tempo de sete anos, nos quais a Igreja estará no céu e, simultaneamente, ocorrerá na Terra a Grande Tribulação; o Dia do Senhor [é]... a manifestação pessoal e visível de Cristo no final da Grande Tribulação, e durará mil anos ; e, finalmente, o Dia de Deus (2 Pe 3.12,13), que é o tempo do Juízo Final e da restauração de todas as coisas, o começo do Reino Eterno' (Lições Bíblicas, de Aluno, 3º trim. de 1998, págs.44,45 o grifo é meu). 9º Problema Teológico

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Já Elinaldo Renovato, comentarista da mesma revista, diz o seguinte: 'O Dia do Senhor' [1 Ts 5.2]. Esta é uma expressão profética que abrange um período de tempo após a transladação dos santos para o céu no qual os justos juízos de Deus serão derramados sobre a terra e seus habitantes impertinentes' (Lições Bíblicas, de Aluno, 3º trimestre de 2005, pág.48).

Para Elienai o Dia do Senhor é a vinda visível de Jesus e estende-se até o milênio, porém, para Elinaldo Renovato o Dia do Senhor é a vinda invisível de Jesus que se estende até a grande tribulação. Elienai Cabral está mais próximo das Escrituras, o que lhe deixa confuso é diferenciar o Dia de Cristo do Dia do Senhor e do Dia de Deus. Se todas as vezes que os apóstolos referirem a manifestação de Jesus com uma expressão diferente, e resolvermos diferenciá-las, teremos nas Escrituras mais de dez vindas de Cristo! E isso não só é absurdo, como é um ultraje às Escrituras. Mas que relevância ou advertência têm as palavras de Pedro para a Igreja, já que os pré-tribulacionistas, como o emérito Elinaldo Renovato, acreditam que a igreja será transladada antes do Dia do Senhor? Para o apóstolo Pedro tem grande relevância, pois ele acredita que os crentes devem se preparar para esse dia. Mas será que Pedro não está equivocado? Porque se os pré-tribulacionistas estão certos, os crentes não precisam se preparar para esse dia, pois eles já foram arrebatados em uma vinda invisível de Jesus que aconteceu uns três ou sete anos antes do Dia do Senhor. Porém, as palavras de Pedro são tão claras e diretas que torna-se até uma asneira essas crendices dos pré-tribulacionistas. Veja o que ele escreveu aos santos em relação ao Dia do Senhor: 'Visto que tudo será assim desfeito, que tipo de pessoas é necessário que vocês sejam? Vivam de maneira santa e piedosa, esperando o dia de Deus e apressando a sua vinda (veja que agora Pedro chama a vinda de Jesus de Dia de Deus). Naquele dia os céus serão desfeitos pelo fogo, e os elementos se derreterão pelo calor... Portanto, amados, enquanto esperam estas coisas, empenhem-se para serem encontrados por ele em paz, imaculados e inculpáveis' (2 Pedro 3.11-14 o grifo é meu).

Se o Dia do Senhor vem com fogo e destruição, e o crente deve 78

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aguardar esse dia em santa piedade para ser encontrado inculpável, qual é a nossa esperança? Pedro Conclui: 'Todavia, de acordo com a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, onde habita justiça' (v.13).

Se fosse um pré-tribulacionista que fizesse essa conclusão, o que ele diria?: 'de acordo com sua promessa nós esperamos a vinda invisível de Jesus e seremos arrebatados antes dessas coisas'. Mas, Pedro não conclui assim! Sabe por quê? Porque ele não crê que a igreja será arrebatada antes do Dia do Senhor, mas crê que no Dia do Senhor os crentes achados em paz serão recompensados com o novo mundo, enquanto que os ímpios serão destruídos com o velho sistema mundial. Dá pra notar que para Pedro, e com certeza para os demais apóstolos, que não há distinção entre a vinda de Jesus para arrebatar a Igreja e o Dia do Senhor que trará vingança aos homens ímpios. De fato, Dia do Senhor (2 Pe 3.10; 1 Ts 5.2), Grande Dia da Ira (Ap 6.17), o Dia (Hb 10.25), Naquele Dia (Mt 7.22), Dia de Deus (II Pe 3.12), Dia do Deus Todo-Poderoso (Ap 16.14,15). Todos descrevem o dia da Vinda do Filho de Deus. Nesse dia ele trará a ira de Deus de forma pessoal aos homens ímpios e livrará seus santos, por isso é, também, chamado de Dia da redenção (Ef 4.30), Dia de nosso Senhor Jesus Cristo (1 Co 1.8), o Dia de Cristo Jesus (Fl 1.6), Dia de Cristo (Fl 2.16), e nesse dia, Ele estabelecerá o Juízo de Deus, por isso é chamado também de Dia do Juízo (Mt 11.22,24). Uma nota de rodapé da Bíblia de estudo NVI diz o seguinte sobre 2 Pe 3.12: 'o dia de Deus. Ao que tudo indica, sinônimo de “o dia do Senhor” (v.10), já que é caracterizado pelo mesmo tipo de acontecimento. Cf. Ap 16.14. apressando a sua vinda Aquele dia pode ser apressado pelo povo de Deus ao agilizar a realização de seus propósitos' (pág.2145)

Aprofundaremos este assunto com outros argumentos que mostram que a Vinda de Jesus não pode diferenciar-se do Dia do Senhor no ‘11º Problema Teológico: Para o pré-tribulacionista o Dia do Senhor é a Grande Tribulação’, quando analisaremos detidamente sobre o Dia do Senhor.

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10º PROBLEMA TEOLÓGICO: Para o pré-tribulacionista o Dia da Ira do Senhor ou Ira Vindoura é a Grande Tribulação

O

pré-tribulacionista fala da Grande Tribulação como um período de Ira Vindoura em que 'juízo e tribulação divinos caírem sobre o mundo no fim desta era' ou chama de 'Dia da Ira do Senhor', expressão muita usada nas Escrituras dos profetas. A respeito disso, o pré-tribulacionista Antonio Gilberto escreveu: 'O período da [Grande] Tribulação é conhecido por diversos outros nomes. No Antigo Testamento temos 'o dia do Senhor'...”o dia da vingança de nosso Deus” , “aquele dia”, “o grande dia”. No Novo Testamento, temos “dia da ira”, “tua ira”, simplesmente “ira”..., “ira vindoura” ou “futura”...' (Escatologia Bíblica EETAD pág.45).

De fato os juízos descritos no Apocalipse são uma demonstração inicial da ira divina. Porem, ela não pode tomar o lugar da ira vindoura, que vem na consumação das pragas, no dia do Senhor. Enquanto que as pragas do Apocalipse tendem a castigar os adoradores da besta com a finalidade de levá-los ao arrependimento, a ira vindoura que, vem na vingança do Dia do Senhor, será sem misericórdia sobre o mundo ímpio, para destruir a besta e seus adoradores (Ap 9.20,21; 11.13,14; 14.6,7; 16.8-11; Ml 4.1; 2 Ts 1.7-9; 2.8). Precisamos ter isso em mente para não fazer uma atrapalhação ao ler os textos bíblicos relacionados a escatologia. Há três textos de Paulo que fala sobre o livramento do crente da ira (Rm 5.9; 1 Ts 1.10; 5.9), apesar de que o crente de fato será protegido por Deus nos terríveis dias das pragas apocalípticas, será que Paulo tem em mente a grande tribulação quando fala da ira nesses textos? Em nenhum de seus escritos, Paulo se referiu a um período de sete anos de grande tribulação em que anjos derramarão sobre a terra os juízos de Deus! A resposta desta questão em que 'ira' Paulo se refere nesses textos deve ser encontrado nas próprias epístolas onde aparecem esses versículos. Com toda certeza quando Paulo diz aos irmãos de Roma que por meio de Jesus, 'seremos salvos da ira de Deus!', no capítulo 5, ele se refere a ira citada no capítulo 2: 'haverá ira e indignação para os que 80


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são egoístas, que rejeitam a verdade e seguem a injustiça' (v.8). Lendo todo o contexto deste versículo veremos que Paulo se refere ao Juízo de Deus: 'Sabemos que o juízo de Deus contra os que praticam tais coisas é conforme a verdade... pensa que escaparás do juízo de Deus?... por causa da sua teimosia e do seu coração obstinados, você está acumulando ira contra si mesmo, para o dia da ira de Deus, quando se revelará o seu justo julgamento' (vv.2-5).

Então, Paulo passa a dizer que 'Deus retribuirá a cada um conforme o seu procedimento', e faz uma distinção entre os que persistem em fazer o bem com os que rejeitam a verdade. O homem que pratica o bem será recompensado com 'vida eterna, glória, honra, imortalidade, paz', mas, o homem que pratica o mau será retribuído com 'ira, indignação, tribulação, angústia' (vv.6-11). Quando será isso? Paulo responde: 'no dia em que Deus julgar os segredos dos homens, mediante Jesus Cristo' (v.16). Paulo ao dizer essas palavras refere-se a mesma coisa que disse em Atos 17.31: '[Deus] estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio do homem que designou. E deu prova disso a todos, ressuscitando-o dentre os mortos'. Então esse dia da ira ou do juízo, na epístola aos Romanos, não pode está se referindo a 'grande tribulação', por razões muito simples: as pragas do Apocalipse só atingirão as pessoas que estarão vivas naquele tempo, enquanto que o Juízo de Deus será contra todos os homens de todas as épocas! Nem os mortos nem os vivos escaparão! (Rom. 14.9-12). Também podemos dizer que a grande tribulação não alterará o sistema do mundo, isso significa que depois das derramadas das pragas, o sistema mundial ainda estará nas mãos do 'dragão', da 'besta' e 'do falso profeta', que juntos liderarão um grande exército para batalhar contra o Cordeiro e seus eleitos (Ap 16.12-14; 19.19-21; 14.14). Mas quando Cristo se manifestar no Dia do Senhor, golpeará esse sistema mundial de tal modo que o império satânico se arruinará e jamais será dominado por essas forças demoníacas, pelo contrário, 'o reino do mundo se [tornará] de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para 10º Problema Teológico

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todo o sempre' (Ap 11.15). Uma nota de comentário na Bíblia Estudo de Genebra diz: 'Segundo Paulo Jesus nos salva da “ ira vindoura”... no “dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus” [que é] o Dia do juízo' (pág.1137), e não a grande tribulação como erroneamente crêem os pré-tribulacionistas. Sobre esse assunto João Calvino escreveu: 'O dia do juízo final é chamado do dia da ira, quando a referência é feita aos ímpios, embora o mesmo ser um dia de redenção para os cristãos... Daí, sempre que a Escritura faz menção da proximidade do Senhor, o fiel é convidado a exultar com intenso júbilo. Entretanto, quando se dirige aos réprobos... diz Sofonias: 'Aquele dia será um dia de indignação...[Sf 1.15]. Há uma descrição similar em Joel 2.2 e Amós 5.18...' (Romanos, pág.83, João Calvino, Edições Parakletos - o grifo é meu).

Paulo deixa bem claro, que nesse dia haverá ira para os obstinados e paz para os que seguem o bem. É dentro dessa visão que Paulo traz ao mundo a grande doutrina da justificação pela fé em Jesus Cristo (Rm 1.16-18,32). Aqueles que são inocentados por Deus hoje, serão poupados no dia da ira de Deus! Diz Paulo: 'Como agora fomos justificados por seu sangue, muito mais ainda, por meio dele, seremos salvos da ira de Deus!' (Rm 5.9). Paulo também usou o termo ira em associação do juízo de Deus em Rm 3.5,6: '... Deus é injusto por aplicar a sua ira?...Claro que não! Se fosse assim, como Deus iria julgar o mundo...'. Então, Paulo não pode de uma maneira brusca mudar 'ira' para 'grande tribulação' em Rm 5.9, já que no seu argumento em Romanos 'ira' é o 'juízo de Deus'. No dia em que Deus estabelecer seu Juízo haverá ira contra os homens ímpios! Quando será isso? Quando Cristo Jesus voltar! Nos dois textos que fala de 'ira' em 1 Ts 1.10 e 5.9, esta epístola revela que Paulo tem em mente o Dia do Senhor, que virá com destruição repentina para os que estão em trevas e de modo nenhum escaparão, enquanto que para os que são do dia haverá salvação por meio de Jesus Cristo, conforme o contexto de 1 Ts 5.1-9. Quer dizer, essa ira é a mesma ira de Rm 2. Na sua segunda epistola aos tessalonicenses, Paulo dá maiores detalhes sobre o assunto, ele escreveu:

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‘É justo da parte de Deus retribuir com tribulação aos que lhes causam tribulação, e dar alívio a vocês, que estão sendo atribulados [perseguidos], e a nós também. Isso acontecerá quando o Senhor Jesus for revelado lá dos céus, com os seus anjos poderosos, em meio a chamas flamejantes. Ele punirá os que não conhecem a Deus e os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. Eles sofrerão a pena de destruição eterna, a separação da presença do Senhor e da majestade do seu poder. Isso acontecerá no dia em que ele vier para ser glorificado em seus santos e admirado em todos os que creram' (2 Ts 1.6-10).

No seu escrito, Elinaldo Renovato, um teólogo pré-tribulacionista, ao ensinar sobre esse texto de Paulo ignora totalmente o conteúdo da passagem bíblica, ao dizer: 'Aos ímpios, que atribulam, dará tribulação. Mas, aos crentes, que sofrem tribulação, na sua vinda, dará o merecido descanso, quando vier buscar a sua Igreja com os anjos do seu poder' (Lições Bíblicas, de Aluno, 3º trimestre 2005 ).

Ele deixa de perceber que a vinda de Jesus para dá descanso ao crente é a mesma que, ele vem para punir os ímpios, isso exige uma única vinda. O nosso teólogo está tão comprometido com o sistema pré-tribulacionismo que infelizmente faz vista grossa sobre o que Paulo realmente está dizendo. Segue o raciocínio de Paulo, mas não crê que a Igreja será arrebatada na vinda visível de Jesus, quando ele vem para punir os ímpios, muito embora e contradizendo a si mesmo diga: 'quando vier buscar a sua Igreja com os anjos do seu poder'. Mas é isso que Paulo está dizendo, e é nisso que Paulo crê! Note nesse texto de Paulo em 2 Ts 1.6-10, que ele uni a punição dos ímpios no Dia do Senhor com a pena de eterna destruição. É claro que aqueles que não forem salvos sofrerão a pena de eterna destruição no lago de fogo, contudo, haverá primeiro o julgamento das obras no Dia do Juízo (2 Pe 3.7). Paulo, porém, associa o Juízo final com a vinda de Jesus, porque Cristo já estabelece o juízo final na sua vinda. Isso confere com Apocalipse 22.12: 'Eis que venho em breve! A minha recompensa está comigo, e eu retribuirei a cada um de acordo o que fez', extraído de Isaías 40.10: 'O Soberano, o Senhor, vem com poder! Com o seu braço forte ele governa. A sua recompensa com ele está, e seu galardão o 10º Problema Teológico

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acompanha'. E, também com Judas 14,15: 'Vejam, o Senhor vem com milhares de milhares de seus santos (anjos) para julgar todos e convencer todos os ímpios a respeito de todos os atos de impiedade que eles cometeram'.

Tiago, assim como fez Paulo, também associou o Juízo com a vinda de Jesus quando escreveu: 'Portanto, irmãos, sejam pacientes até a vinda do Senhor. Vejam como o agricultor aguarda que a terra produza a preciosa colheita e como espera com paciência até virem as chuvas do outono e da primavera. Sejam também pacientes e fortaleçam o seu coração, pois a vinda do Senhor está próxima. Irmãos, não se queixem uns dos outros, para que não sejam julgados. O Juiz já está às portas' (Tiago 5.7-9).

Veja que a expressão 'vinda do Senhor está próxima' é sinônima de 'o Juiz está às portas'. De fato, na sua vinda, Jesus Cristo não só colherá a preciosa colheita - o trigo, como também lançará o joio no fogo (Mateus 13.37-43). Semelhantes às palavras de Tiago são, também, as de Paulo em 1 Co 4.5: 'Portanto, não julguem nada antes da hora devida; esperem até que o Senhor venha. Ele trará à luz o que está oculto nas trevas e manifestará as intenções dos corações. Nessa ocasião, cada um receberá de Deus a sua aprovação'.

Uma das provas que o Juízo já começa na vinda de Jesus, é que quando Cristo voltar, ele já lança a besta e o falso profeta no lago de fogo (Ap 19.11,20). Isso confere com as palavras de Daniel que uni a destruição do Anticristo com o inicio do julgamento no Tribunal de Deus (Dn 7.9-12). Então, o Juízo final que é a ira de Deus se manifestará na vinda de Jesus Cristo, porque não terá uma terceira vinda para trazer a penalidade eterna. É evidente que também sobre esse assunto os pré-tribulacionistas lançam mão daquele misterioso principio hermenêutico que eles inventaram: as duas fases. Pois dividem o julgamento em Tribunal de Cristo e Tribunal do Trono Branco. Porém o problema é o seguinte: se os santos já foram julgados mil e sete anos antes do Tribunal do Trono Branco por que o livro da vida será 84

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aberto naquela ocasião? (Ap 20.12,15). Por que o apóstolo João disse: '..no dia do juízo tenhamos confiança'?(1 Jo 4.17) e por que Paulo asseverou: 'todos compareceremos diante do tribunal de Deus... assim cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus'? (Rm 14.10-12). O evento transcorre mais ou menos assim: 'O Filho do Homem vem em sua glória com todos os anjos'... os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois..[os vivos serão] arrebatados com eles nas nuvens, para o encontro do Senhor nos ares...todo olho verá [a Jesus] 'com poder e grande glória...e todos os povos da terra se lamentarão por causa dele... e muitos serão... mortos pela mão do Senhor... o Diabo, Satanás é preso no abismo... os santos são levados à glória e ficam de pé diante do trono de Deus e do Cordeiro... Jesus se aproxima de Deus e é conduzido à sua presença. Ele recebe autoridade, glória e o reino... assentar-se-á em seu trono na glória celestial...o tribunal inicia o julgamento, e os livros são abertos... os santos são recompensados... Deus pronuncia a sentença a favor dos santos; chegou a hora de eles tomarem posse do reino...comerão pão no banquete do Reino de Deus...sentar-se-ão em tronos com Cristo para julgar os vivos e mortos e reinarão com ele durante mil anos, depois dos mil anos de julgamento Satanás e aqueles cujos nomes não foram encontrados no livro da vida são lançados no lago de fogo' (Mt 25.31; 1 Ts 4.16,17; Ap 1.7; Is 66.15,16; Ap 20.2,3; Hb 2.10; Ap 7.9,13,14,15; Dn 7.13,14; Mt 25.31; Dn 7.10; Ap 11.18; Dn 7.22; Lc 21.16,30; Ap 19.9; Ap 2.21; 2 Tm 4.1; 1 Co 6.2; Ap 20.6-15).

É lamentável que, também, os irmãos glauconistas (seguidores do pregador pré-tribulacionista Glauco Filho), que procuram restaurar a doutrina apostólica em sua inteireza, também confundem o memorável Dia da Ira com a grande tribulação, eles escreveram: 'a grande tribulação de Mateus 24.21...é o dia da ira' e 'durante a grande tribulação a ira do Todo-poderoso contra a impiedade dos homens e sua arrogância estará no ápice (culminância)' e citam Apocalipse 6.17, que reza: 'Pois chegou o grande dia da ira deles; e quem poderá suportar?' (Apostila Conferências Escatológicas, aulas 02 e 04).

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Sim, com toda demonstração de ira que haverá contra o mundo ímpio durante os negros dias da grande tribulação, mesmo assim a singular expressão: 'dia da ira' ou 'o grande dia da ira' precisa diferenciar-se da grande tribulação. O próprio texto de Apocalipse 6.17, é extraído de Malaquias 3.2: 'Mas quem suportará o dia da sua vinda? Quem ficará em pé quando ele aparecer? Porque ele será como o fogo...'. note que o'grande dia da ira' está ligado ao 'dia da sua vinda', pois é nesse dia que o Cordeiro vem com ira (Ap 6.16), e Jesus Cristo só aparecerá no final da grande tribulação (Mt 24.29-31). Tal conotação também aparece em Joel 2.11: 'Como é grande o dia do Senhor! Como será terrível! Quem poderá suporta-lo?', referindo-se a vinda do Senhor e não a grande tribulação (vede Joel 2.31 e 3.14,15). Além do mais, 'o grande dia da ira' faz referência ao 'grande dia do Deus todo-Poderoso', que vem no final da grande tribulação, pois é prenunciado na penúltima taça que tem como objetivo reunir as nações para matança (Ap 16.12-16), quando, então, Jesus Cristo 'pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus todo-poderoso' (Ap 19.15). Enquanto que durante a grande tribulação os homens são chamados ao arrependimento (Ap 14.6,7), portanto aquela ira é misturada com a misericórdia de Deus (Ap 16.8,9), a ira do grande dia, que vem com o Cordeiro, é derramada sem mistura sobre os adoradores da Besta (Ap 14.9-11). João, em visão simbólica contempla esse dia da ira em Ap 14.1420, veja que primeiramente o Filho do Homem, que vem nas nuvens, colhe a sua safra madura (a Igreja), depois um anjo com uma foice afiada, colhe as uvas maduras (as nações) e, lançam 'no grande lagar da ira de Deus', que serão pisadas por Jesus. Isaías vaticina esse dia assim: 'Por que tuas roupas estão vermelhas, como as de quem pisa uvas no lagar? Sozinho pisei uvas no lagar; das nações ninguém esteve comigo. Eu as pisoteei na minha ira...o sangue delas respingou na minha roupa, e eu manchei toda a minha veste, pois o dia da vingança estava no meu coração...na minha ira pisoteei as nações' (Isaías 63.2-6).

Esse lagar das uvas não será pisado durante a grande tribulação, mas no final dela quando Cristo vem, no dia da vingança ou da ira, como o Cavaleiro no Cavalo Branco e, 'pisa o lagar do vinho do 86

10º Problema Teológico


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Grande Tribulação

O Armagedom - o lagar das uvas -

As nações reunidas

ODiadoSenhor

As últimas pragas (Apocalipse 16.1-21)

Sexta taça

furor da ira do Deus todo-poderoso'...chegando ao nível dos freios dos cavalos' (Apocalipse 19.11-21; 14.20). As nações ímpias que persegue o povo do Cordeiro estão sendo reunidas para serem pisadas como uvas! (Joel 3.9-12; Apocalipse 16.12-16). Analise o gráfico abaixo: O Juízo milenial

As nações sobreviventes

O profeta Joel fala desse mesmo dia ao escrever: 'Lancem a foice, pois a colheita está madura. Venham, pisem com força as uvas, pois o lagar está cheio e os tonéis transbordam, tão grande é a maldade dessas nações! Multidões, multidões no vale da Decisão! Pois o dia do Senhor está próximo, no vale da Decisão. O sol e a lua escurecerão e as estrelas já não brilharão. O Senhor rugirá de Sião... Mas o Senhor será um refúgio para o seu povo' (Jl 3.13-16 comp/ 2.31 e Mt 24.29-31 o grifo é meu).

De modo similar, o profeta Sofonias, também, fala do 'grande dia do Senhor' que 'está próximo' e o chama de 'dia da ira do Senhor'. Ele previu que Deus decidiu: '...ajuntar as nações, reunir os reinos e derramar' sobre elas a sua ira 'o mundo inteiro será consumido pelo fogo da ...zelosa ira' de Deus. O profeta Sofonias proclama: 'Busquem o Senhor, todos vocês, os humildes da terra, vocês que fazem o que ele ordena. Busquem a justiça, busquem a humildade; talvez vocês tenham abrigo no dia da ira do Senhor' (Sf 1.14,18; 2.3; 3.8).

Como é bom saber que para o profeta Joel, 'o Dia do Senhor', que é o mesmo 'dia da vingança' em Isaías, e do 'dia da ira do Senhor' em Sofonias e do 'dia da ira do Cordeiro' em João (Apocalipse), estará próximo quando as nações estiverem reunidas, e as nações somente serão reunidas no final da grande tribulação (Ap 19.19-21). Então esse dia da ira do Senhor não pode ser confundido com a grande tribulação! Atente bem para isso meu querido irmão. 10º Problema Teológico

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De fato, esse singular Dia tão anunciado pelos profetas em hipótese alguma é a grande tribulação, mas o glorioso Dia da Vinda de Jesus, quando ele virá no Armagedom, a guerra de Deus, para batalhar contras essas nações e vencê-las (Salmos 110.4-6). Geralmente para os pré-tribulacionistas o Dia do Senhor inicia com uma suposta vinda invisível de Jesus e termina na vinda visível de Jesus, decorrendo um período de sete anos, também, chamada de grande tribulação. Porém, essa interpretação como já foi refutada não condiz com as Escrituras por várias razões apresentadas. Por exemplo, Joel profetizou que ‘o dia do Senhor está próximo, no vale da Decisão’ (3.14), em Ap 16.16, esse ‘vale da Decisão’ é chamado de ‘Armagedom’. Ora, se o dia do Senhor está próximo quando as nações estiverem reunidas no Armagedom, e se o Armagedom será depois da grande tribulação, então o dia do Senhor não inicia na grande tribulação, mas no final dela. Esse ‘grande e terrível dia do Senhor’ é também chamado de ‘grande dia do Deus todo-poderoso’ (Jl 2.31 c/ Ap 16.14), e o ‘Armagedom’ é a ‘batalha do grande dia’. Por isso que Joel diz que no ‘dia do Senhor’ ou da ‘batalha’, o ‘Senhor levanta a sua voz à frente do seu exército’ (Jl 2.1,2,11). Paulo escrevendo sobre esse dia, diz: ‘...o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo’ (1 Ts 4.16). ‘Arcanjo’ é um anjo chefe, um tipo de general do exército angelical, talvez Miguel (Js 5.13-15; Dn 10.13; 12.1; Jd 9; Ap 12.7). Esse arcanjo vai liderar as tropas de anjos no dia da batalha do Senhor, na ocasião da descida de Jesus para livrar seus santos e implantar Seu Reino (Dn 2.44; Jo 18.36; Mt 26.53; 2 Ts 1.7,8). Que Dia impressionante! Veja que a descrição de Paulo sobre a vinda de Jesus em 1 Ts 4.16,17 não se trata de uma cena silenciosa, morta e fugitiva, mas descreve uma cena de batalha com 'alarido (gritos)', voz de arcanjo e trombeta de Deus' (veja Jl 2.1-11; Os 8.1; Sf 1.14-16). Como os crentes serão arrebatados nesta ocasião, então eles tomam parte nesta batalha junto com Cristo e os seus anjos (Is 13.2-9; Zc 12.6; Mq 5.7-15; Ml 4.2,3; Rm 16.20; Ap 17.14). Veja na próxima página um gráfico que trata sobre a ira de Deus:

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10º Problema Teológico


10º Problema Teológico

Os crentes protegidos e os ímpios castigados

A grande tribulação

nas pragas apocalípticas

Ira de forma impessoal

Os crentes salvos e os ímpios condenados

no tormento do lago de fogo

Ira Eterna

Essa é a Ira Vindoura ou o Dia da Ira de Deus (Mateus 3.7 c/ 23.33; João 3.36; Romanos 2.5,6; 1 Ts 1.10)

DIA DO SENHOR = GRANDE DIA DA IRA = DIA DO JUÍZO

Os crentes absolvidos e ímpios culpados

Juízo Final

Milênio

Arrebatamento dos crentes (livramento) Repentina destruição dos ímpios vivos

na vinda de Jesus no Dia do Senhor

Ira de forma pessoal

A IRA DE DEUS

Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista

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11º PROBLEMA TEOLÓGICO: Para o pré-tribulacionista o Dia do Senhor é a Grande Tribulação

P

ara o pré-tribulacionista e escritor Claudionor de Andrade 'A Grande Tribulação' é o 'dia do Senhor'...(Is 13.9-11; Ml 4.1)Lições Bíblicas, de Aluno, 4º trimestre de 2004, pág.37.

Segundo Elinaldo Renovato, também escritor pré-tribulacionista, o 'Dia do Senhor' iniciará 'após a transladação dos santos para o céu' (Lições Bíblicas, de Aluno, 3º trimestre de 2005, pág.48). Porém, segundo as Escrituras proféticas o Dia do Senhor será precedido por sinais apocalípticos e climáticos (Joel 2.30,31; Atos 2.19,20). Igualmente esses sinais precederão a Ira do Cordeiro (Apocalipse 6.12-17). Porém, os próprios pré-tribulacionistas se contradizem com isso, pois segundo eles crêem, na primeira fase para arrebatar a Igreja nenhum sinal cataclismo ocorrerá antes, pelo contrário, mesmo depois da primeira fase, eles dizem que haverá um período de falsa paz e segurança promovido pelo Anticristo, e só depois de três anos e meio é que começará a Grande Tribulação propriamente dita, pois o Anticristo quebrará a sua aliança com Israel. Todavia, Mateus e Marcos escreveram que só depois da grande tribulação é que “o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu.. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as nações da terra...verão o Filho do Homem vindo nas nuvens do céu com poder e grande glória” (Mt 24.29,30; Mc 13.24-26).

Quer dizer esses sinais cataclismos antecedem o Dia do Senhor conforme profetizou Joel, 'o sol se tornará em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e temível dia do Senhor' (Joel 2.31).

Jesus Cristo ensinou que esses sinais cataclismos ocorrerão depois da grande tribulação. Então a grande tribulação e Dia do Senhor diferem entre si! Ora, se as profecias mostram que a grande tribulação termina com os sinais cataclismos que antecedem o Dia do Senhor, então ela não pode ser 90


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chamada de “Dia do Senhor” (Jl 2.30,31; At 2.19,20; Lc 21.25-27):

‘...Após...’ Grande Tribulação

Sol e a Lua escurecem (Mt 24.29 c/ Jl 2.31)

‘...Antes...’

X

Dia do Senhor

Convém perguntar: O que é a Grande Tribulação? Essa expressão profética refere-se a 'um tempo de angústia como nunca houve desde o inicio das nações até então' de que falou o profeta Daniel (Daniel 12.1). Uma vez que o Senhor Jesus usou esse termo no contexto da destruição de Jerusalém e Sua segunda vinda, pode-se dizer com precisão que a destruição de Jerusalém no ano 70 AD pelos romanos é um protótipo da última e mais terrível calamidade que abaterá sobre o mundo no final dos tempos em que antecede a vinda do Filho do Homem (Mateus 24.15-31). Cristo referiu-se os sinais da sua vinda como 'o inicio das dores', porém, essas dores aumentariam cada vez mais a medida que se aproxima o retorno de Cristo à terra ou o fim do sistema mundano . W.F. Albright e C.S. Mann comentam sobre essa frase: 'Literalmente, o princípio das dores de parto, é um termo quase técnico para os sofrimentos que precederiam imediatamente a nova era... A era do reinado do Messias, vista dentro do contexto das reviravoltas que acompanhariam a disseminação da comunidade, seria certamente precedida por muito sofrimento' (Os Últimos Dias Segundo Jesus, pág.29)

De modo semelhante, William L. Lane observa: Para expressar esse fato, Jesus utilizou uma frase que se tornou técnica na literatura rabínica para descrever o período de intenso sofrimento que precederia a libertação messiânica, as dores de parto (do Messias)' ou 'aflições messiânicas' (Os Últimos Dias Segundo Jesus, pág.30).

Tal como as dores de parto que aumenta cada vez mais quando vai se aproximando o tempo da mulher dá a luz (Mateus 24.6-14), assim também os sinais vão se tornando cada vez mais intenso, à medida que 11º Problema Teológico

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se aproxima a vinda do Messias. Neste caso a mulher é o mundo, e as dores de parto são os sinais e a luz é a vinda de Cristo ou o Dia do Senhor! (1 Ts 5.1-3). Jesus usou a 'lição da figueira', para nos ensinar a importância dos sinais, ele disse, 'quando seus ramos se renovam e suas folhas começam a brotar, vocês sabem que o verão está próximo' (Mc 13.28). A figueira, nesse contexto é o mundo, e não Israel, as folhas brotando são os sinais e o verão é a vinda de Cristo (veja Mc 13.29; Lc 21.28-31). Lucas referiu-se ao tempo da grande tribulação, ao escrever: 'Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações estarão em angústia e perplexidade com o bramido e a agitação do mar. Os homens desmaiarão de terror, apreensivos com o que estará sobrevindo ao mundo; e os poderes celestes serão abalados (Lucas 21.25-26).

Essas palavras fazem referências as pragas descritas no Apocalipse que serão despencadas sobre o mundo (Jó 38.22,23; Isaías 29.6 ARA; Jeremias 50.25). Dentro desse tempo de angústia os santos serão entregue a última perseguição anticristã por um espaço simbólico de 'um tempo, dois tempos e metade de um tempo' ou 'quarenta e dois meses' ou ainda 'mil duzentos e sessenta dias', a fim de que o cálice da ira de Deus transborde sobre o mundo perseguidor. Todo esse tempo de grande aflição mundial culminará no Dia do Senhor, também chamado de Ira Vindoura, pois trará uma repentina destruição ao mundo, mas livramento aos santos (Apocalipse 6.12-17; Sofonias 2.2-3). Por isso Jesus Cristo falou da certeza da sua vinda logo após esses dias ao dizer: 'quando virem todas estas coisas, sabem que ele está próximo, às portas' (Mateus 24.33; Marcos 13.29), ou nas palavras de Lucas: 'Quando começarem a acontecer estas coisas levantem-se e ergam a cabeça, porque estará próxima a redenção de vocês' e também 'quando virem estas coisas acontecendo, saibam que o Reino de Deus está próximo' (Lucas 21.28,31).

Não sabemos, biblicamente falando, por quanto tempo durará a grande tribulação, porém, será um tempo abreviado, e além do mais temos que separar a grande tribulação do reinado do Anticristo e da 92

11º Problema Teológico


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destruição de Jerusalém profetizado por Jesus. A história contemporânea está caminhando para o seu fim, e os homens estão enchendo cada vez mais a medida de seus pecados, principalmente tratando-se de todo massacre contra a Igreja de Cristo. A semelhança de Faraó, Satanás está furioso contra o povo fiel do Senhor, tentará através da Besta e de seus comparsas, o último ataque contra a Igreja, as perseguições se tornarão mais intensa, muitos crentes sofrerão o martírio. Chegar-se-á, porém, o tempo em que o Senhor derramará sobre a terra as sete taças da cólera de Deus, prenunciando a libertação do seu povo, assim como se deu no antigo Egito. O longo reinado da Besta vai balançar, assim como o antigo Egito balançou! Será um tempo terrível para todas as nações, assim como foi para o antigo Egito! Terminará com clímax do Dia do Senhor, quando Jesus vem pessoalmente e literalmente à terra e dará o último golpe no Anticristo e livrará seu povo, assim como Moisés que deu o último golpe em Faraó (quando o anjo destruidor veio sobre o Egito) e libertou o povo de Deus (Êxodo 12.23,29-33). Assim, o “Dia do Senhor” vem com destruição para o ímpio e desolação para a terra (Ob 1.15; Sf 3.8; Is 24.1; Jr 4.23-28; 25.30-33; 2 Pe 3.10-12), mas segundo o pré-tribulacionista após o arrebatamento, haverá primeiro um período de paz, pois, o Anticristo resolverá todos os problemas da humanidade. O pré-tribulacionista Claudionor de Andrade diz em seus escritos: “a segunda metade [da semana profética de Daniel] será ocupada pela Grande Tribulação propriamente dita”, e cita o texto: “Pois quando disserem: Paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição...de modo nenhum escaparão (I Ts 5.3)” Lições Bíblicas, de Aluno, 4º trimestre de 2004, pág.38) .

Porém esse texto bíblico está sendo citado fora do contexto. Pois Paulo está se referindo a “repentina destruição” que ocorrerá quando vir o Dia do Senhor, e como já foi visto o Dia do Senhor só virá no final da grande tribulação, e não no inicio dela ou no meio dela (I Tes 5.1-4). De fato depois da grande tribulação, tanto a besta como o falso profeta, os reis da terra e os seus exércitos ainda estarão de pé para lutarem contra o Cordeiro (Ap 19.19-21). Mas quando o Cordeiro se manifestar no Dia do Senhor, então haverá uma deflagrada destruição do sistema mundial, mas salvação para os crentes (Ml 4.1-3; 11º Problema Teológico

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II Ts 1.7,8; 2.8; 1 Co 5.5; Jl 2.31,32 c/ Rm 10.9,13; 2 Pe 3.13-15; Jl 3.1416). Muito embora haverá nações sobreviventes depois da fulminante destruição na vinda de Jesus, porém, o sistema mundial humano não mais existirá, nem se erguerá jamais, pois o governo mundial estará às mãos do Cristo e de sua Igreja (Ap 2.26,27 cf. Sl 2.1-12). Talvez alguém poderá questionar que o pós-tribulacionista esteja equivocado ao dizer que a Igreja será arrebatada após a grande tribulação, já que o mundo estará em 'paz e segurança'. Bem, queremos dizer com muita propriedade que Jesus, Mateus e Marcos eram pós-tribulacionistas, pois eles indicaram o arrebatamento da Igreja após a grande tribulação (Mateus 24.29-31; Marcos 13.24-26). Sobre a questão de 'paz e segurança' em 1 Ts 5.3, Paulo não está dizendo que o mundo estará em paz e segurança, mas 'quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição'. Isso é similar o que aconteceu quando Jerusalém estava sendo sitiada pelos babilônicos, a cidade estava entregue a uma degradante calamidade, e perto de ser destruída, no simbólico Dia do Senhor, por Nabucodonosor, rei da Babilônia, porém, os falsos profetas diziam: 'Paz, paz'...quando [na verdade] não [havia] paz alguma' (Jeremias 6.14; 8.11; 23.16,17; Ezequiel 13.10). Nos terríveis dias de grande tribulação que antecede o real Dia do Senhor, os falsos profetas, os políticos e os governantes estarão anunciando: 'paz e segurança', por intermédio da mídia, com a finalidade de promover falsa esperança aos homens, porém, a 'destruição virá sobre eles de repente... e de modo nenhum escaparão'. Jesus Cristo falou dessa falsa paz e segurança quando comparou os dias anteriores ao Dilúvio com os dias anteriores a vinda do Filho do Homem, ele disse: 'O povo vivia comendo, bebendo, casando-se e sendo dado em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. Então veio o Dilúvio e os destruiu a todos. Aconteceu a mesma coisa nos dias de Ló. O povo estava comendo e bebendo, comprando e vendendo, plantando e construindo. Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu fogo e enxofre do céu e os destruiu a todos. Acontecerá exatamente assim no dia em que o Filho do homem for revelado...Duas pessoas estarão no campo; uma será tirada (através do arrebatada) e a outra deixada (para a destruição)' (Lucas 17.26-30,36). 94

11º Problema Teológico


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O livro de Apocalipse também revela essa atitude de falsa paz e segurança nas seguintes palavras: 'O restante da humanidade que não morreu por essas pragas, nem assim se arrependeram das obras das suas mãos; eles não pararam de adorar os demônios e os ídolos de ouro, prata, bronze, pedra e madeira, ídolos que não podem ver, nem ouvir, nem andar. Também não se arrependeram dos seus assassinatos, das suas feitiçarias, da sua imoralidade e dos seus roubos' (Ap 9.20,21).

Muito embora ‘assassinatos’ e ‘roubos’ são tidos como atitudes contrárias a paz e segurança, aqui refere-se mais aqueles atos praticados por classes elitizadas como políticos e empresários. ‘Feitiçaria’ e ‘imoralidade’ mostra que as pessoas continuarão com suas festas pagãs e imorais em que ocorre muitas orgias, prazeres e divertimentos carnais, como está escrito em Pv 10.23: ‘o tolo encontra prazer (satisfação) na má conduta’. Essa é a paz do mundo (Jo 14.27; 2 Pe 2.6-10). O problema teológico causado pelos pré-tribulacionistas em confundir o Dia do Senhor com a grande tribulação é tão grave que eles tiram toda ênfase da Vinda do Senhor e sobrecarrega na grande tribulação. Assim disse o pré-tribulacionista Claudionor de Andrade : 'A Grande Tribulação... possui como objetivos: Destruir o império do Anticristo...Desestabilizar o atual sistema mundial (Dn 2.34,35). Implantar o reino de Nosso Senhor Jesus Cristo (Dn 2.44)' (Lições Bíblicas, de Aluno, 4º trim. de 2004, págs.38,39).

Não seriam esses os objetivos da vinda do Senhor Jesus Cristo? Por que se durante a grande tribulação os ímpios são julgados, o Anticristo destruído e o reino implantado, então pra quê Jesus vir com poder e grande glória no final da grande tribulação? Por isso que a segunda vinda de Jesus precisa diferenciar-se da grande tribulação. Esses objetivos dizem respeito a vinda de Cristo no glorioso e terrível Dia do Senhor depois da grande tribulação. O Dr. Wim Malgo escreveu em seu livro pré-tribulacionista: ‘Virá, entretanto, como ladrão, o dia do Senhor, diz Pedro. Devemos distinguir entre a vinda do Senhor e o dia do Senhor... com o dia do Senhor começa a Grande Tribulação [que] trata-se do domínio mundial de terror da besta, do vindouro ditador mundial...' (Terá Chegado o Fim de Todas as Coisas? págs.99,100). 11º Problema Teológico

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Se o Dr. Wim Malgo está correto, então podemos dizer que a grande tribulação virá como um ladrão. Porém, não existe lugar nenhum em toda escritura apostólica e profética dizendo que a grande tribulação virá como ladrão. A única coisa que vem como ladrão em toda Bíblia é a vinda de Jesus. Veja o que escreveu Mateus: 'Portanto, vigiem, porque vocês não sabem em que dia virá o seu Senhor (esse é o dia do Senhor). Mas entendam isto: se o dono da casa soubesse a que hora da noite o ladrão viria, ele ficaria de guarda e não deixaria que a sua casa fosse arrombada. Assim, vocês também precisam estar preparados, porque o Filho do homem virá numa hora em que vocês menos esperam' (Mateus 24.42-44).

E como também em Ap 16.15: 'Eis que venho como ladrão!'. O próprio Jesus disse: 'virei como um ladrão' (Ap 3.3). O dia do Senhor não é a grande tribulação, e nem o começo dela, mas é a vinda de Jesus, e esse dia virá depois do Anticristo (2 Ts 2.1-3) e depois da grande tribulação (Mt 24.29,30). Tanto Paulo como Pedro tinham em mente a vinda de Jesus quando escreveram sobre o dia do Senhor, e não a grande tribulação (II Pe 3.10; 1 Tes 5.2,3). É bem transparente nos escritos deles que a vinda do Senhor é o Dia do Senhor, esses termos aparece como sinônimos. Pedro escreveu: '...nos últimos dias, surgirão escarnecedores... [que] dirão: O que houve com a promessa da sua vinda? Desde que os antepassados morreram, tudo continua como desde o princípio da criação...O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns...O dia do Senhor, porém, virá como ladrão. Os céus desaparecerão com um grande estrondo, os elementos serão desfeitos pelo calor, e a terra, e tudo o que nela há, será desnudada' (2 Pedro 3.3,4,9,10 o grifo é meu).

Paulo escreveu: 'Irmãos, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, rogamos a vocês, que não se deixem abalar nem alarmar tão facilmente...como se o dia do Senhor já tivesse chegado' (1 Tessalonicenses 2.1,2 o grifo é meu).

Que benção saber que para Paulo e Pedro não há diferença entre 96

11º Problema Teológico


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a vinda de Jesus e o Dia do Senhor! Uma nota de rodapé da Bíblia de estudo NVI diz o seguinte sobre 1 Ts 5.2: 'A expressão [dia do Senhor] remota a Am 5.18. No AT trata-se de um tempo em que Deus virá e intervirá com juízo e/ou bênção. No NT, continua o conceito do juízo, mas também é o 'dia da redenção' (Ef 4.30); o 'dia de Deus' (2 Pe 3.12) ou de Cristo (1 Co 1.8; Fp 1.6); e o 'último dia' (Jo 6.39), o 'grande Dia' (Jd 6) ou simplesmente 'o dia' (2 Ts 1.10)... Haverá alguns sinais preliminares (e.g. 2 Ts 2.3), mas a vinda será tão inesperada como a de um ladrão à noite' (pág.2055).

Paulo continua: 'Antes [do dia do Senhor] virá a apostasia e, então será revelado o homem do pecado', aí então Paulo concluí: 'a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e destruirá pela manifestação de sua vinda' (2 Tes 2.2,3,8). Somente nessa ocasião, segundo Paulo, o dia do Senhor chega! Ora, se o Anticristo só será destruído no dia do Senhor, então esse dia não é a grande tribulação, pois conforme o próprio Wim Malgo diz: ‘[a Grande Tribulação é o] 'domínio mundial de terror da besta, do vindouro ditador mundial'. Sendo o seu governo mundial, então não lhe causará destruição! Essa expressão paulina 'destruirá pela manifestação de sua vinda', faz referência a 'repentina destruição' no dia do Senhor em 1 Ts 5.2,3. E, se de fato os pré-tribulacionistas estão corretos em dizer que a grande tribulação é o domínio mundial do Anticristo, então aí é que eles mesmos não podem chamar a grande tribulação de Dia do Senhor, mas de Dia do Anticristo. Os pré-tribulacionistas também erram ao simbolizar o Dilúvio com a grande tribulação. O teólogo Eurico Bergstén escreveu o seguinte: 'Isto aconteceu nos dias de Noé, quando a ira de Deus se derramou sobre a Terra sob a forma de um dilúvio... Assim também acontecerá na Grande Tribulação' (Lições Bíblicas, de Mestre, 3º trimestre de 1995, págs.74,75).

Com isso eles querem também insinuar que assim como Noé e sua família estavam dentro da arca durante o dilúvio, a Igreja estará no céu durante a grande tribulação. Porém, segundo Jesus o Dilúvio não é 11º Problema Teológico

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símbolo da grande tribulação, mas da sua vinda conforme escreveu o apóstolo Mateus: 'até o dia em Noé entrou na arca; e eles nada perceberam, até que veio o Dilúvio e os levou a todos. Assim acontecerá na vinda do Filho do Homem...uma será levada (arrebatada) e a outra deixada (destruída)' (Mateus 24.37-40),

E o evangelista Lucas: 'até o dia que Noé entrou na arca. Então veio o Dilúvio e os destruiu a todos. Acontecerá exatamente no dia em que o Filho do homem for revelado' (Lucas 17.27,30).

Os dois textos não diz: 'Assim será na grande tribulação', mas 'assim será na vinda do Filho do Homem'. Perceba que a entrada de Noé na arca é simultânea à destruição daquela geração, assim também o arrebatamento da igreja será simultâneo a destruição do mundo, isto é, na mesma ocasião em que o Filho do homem for revelado, sem qualquer tipo de intervalo de 7 anos. Se porém os pré-tribulacionistas acham que o episódio de Noé serve de simbolismo para o arrebatamento antes da grande tribulação, eu quero apenas lembrar-lhes que Noé não estava no céu nessa ocasição, mas debaixo do dilúvio sendo protegido pelas mãos do Senhor, enquanto o mundo era assolado pelo dilúvio! Portanto, forjar que o Dia do Senhor seja a Grande Tribulação é mesma coisa que dizer que a vinda de Jesus é a grande tribulação! E isso é cometer um absurdo erro teológico gravíssimo! Citarei alguns textos que falam do Dia do Senhor, e colocarei ali a expressão 'Grande Tribulação' pra ver se dá certo:  Joel 2.31; 3.14: 'O sol se tornará em trevas e a lua em sangue antes que venha 'a grande tribulação'... Multidões, multidões no vale da Decisão! Pois 'a grande tribulação' está próxima, no vale da Decisão'.  Sofonias 1.14: 'A grande tribulação' está próxima; está próxima e logo vem. Ouçam! 'A grande tribulação' será amarga; até os guerreiros gritarão'.  Malaquias 4.1,2: 'Pois certamente vem 'a grande tribulação' ardente como uma fornalha. Todos os arrogantes...serão como palha, e 'a grande tribulação' que está chegando, ateará fogo neles...não sobrará raiz ou galho algum. Mas para vocês que reverenciam o meu nome, o sol da justiça se levantará trazendo 98

11º Problema Teológico


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salvação em suas asas'.  1 Coríntios 5.5: 'para que...seu espírito seja salvo 'na grande tribulação'.  1 Tessalonicense 5.14: 'Irmãos, quanto aos tempos e épocas não precisamos escrever-lhes, pois vocês mesmo sabem perfeitamente que 'a grande tribulação' virá como ladrão à noite...Mas vocês, irmãos, não estão nas trevas, para que 'essa grande tribulação' os surpreenda como ladrão' .  2 Tessalonicense 2.2-3: 'não se deixem abalar...como se 'a grande tribulação' já tivesse chegado. Não deixem que ninguém os engane de modo algum. Antes 'da grande tribulação' virá a apostasia e, então será revelado o homem do pecado'.  2 Pedro 3.10: 'a grande tribulação' porém, virá como ladrão. Os céus desaparecerão com um grande estrondo, os elementos serão desfeitos pelo calor, e a terra, e tudo o que nela há, será queimada'.

Bem, eu acredito que isso provocaria uma grande incoerência nesses textos bíblicos e na fé cristã, portanto, o dia do Senhor não é a mesma coisa que a grande tribulação. Agora vamos colocar 'a vinda do Senhor Jesus' no lugar do Dia do Senhor para ver como ficam esses textos bíblicos:  Joel 2.31; 3.14: 'O sol se tornará em trevas e a lua em sangue antes que venha 'a vinda do Senhor Jesus'...Multidões, multidões no vale da Decisão! Pois 'a vinda do Senhor Jesus' está próxima, no vale da Decisão'.  Sofonias 1.14: 'A vinda do Senhor Jesus' está próxima; está próxima e logo vem. Ouçam! 'A vinda do Senhor Jesus' será amarga; até os guerreiros gritarão'.  Malaquias 4.1,2: 'Pois certamente vem 'a vinda do Senhor Jesus' ardente como uma fornalha. Todos os arrogantes... serão como palha, e 'a vinda do Senhor Jesus' que está chegando, ateará fogo neles...não sobrará raiz ou galho algum. Mas para vocês que reverenciam o meu nome, o sol da justiça se levantará trazendo salvação em suas asas'.  1 Coríntios 5.5: 'para que... seu espírito seja salvo 'na vinda do Senhor Jesus'.  1 Tessalonicenses 5.14: 'Irmãos, quanto aos tempos e épocas não precisamos escrever-lhes, pois vocês mesmo sabem perfeitamente que 'a vinda do Senhor Jesus' virá como ladrão à noite... Mas vocês, irmãos, não estão nas trevas, para que 'a vinda do Senhor Jesus' os surpreenda como ladrão'.  2 Tessalonicenses 2.2-3: 'não se deixem abalar...como se 'a vinda do Senhor Jesus' já tivesse chegado. Não deixem que ninguém os engane de modo algum. Antes 'da vinda do Senhor Jesus' virá a apostasia e, então será revelado o homem do pecado'.  2 Pedro 3.10: 'a vinda do Senhor Jesus' porém, virá como ladrão. Os céus desaparecerão com um grande estrondo, os elementos serão desfeitos pelo calor, e a terra, e tudo o que nela há, será queimada'.

Acredito que essa interpretação é coerente com todos os textos bíblicos que falam sobre o dia do Senhor. 11º Problema Teológico

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Então, podemos refutar o Dr. Wim Malgo e todos quantos nele crê e dizer: Não devemos fazer nenhuma distinção entre a Vinda do Senhor e o Dia do Senhor! Por que os pré-tribulacionistas chegam a um absurdo tão grande desse de confundir a grande tribulação com o dia do Senhor? Por questões de conveniência e não doutrinária! Porém, alguns pré-tribulacionistas resguardam-se de cometerem uma interpretação tão fajuta dessa, como é o caso por pastor e escritor Elienai Cabral, quando corretamente deu uma definição acertada, ao escrever: 'o Dia do Senhor [é]... a manifestação pessoal e visível de Cristo no final da Grande Tribulação' (Lições Bíblicas, de Aluno, 3º trimestre de 1998, págs.44,45 o grifo é meu).

Ele não só afirma que o dia do Senhor é a vinda de Jesus, como também, para evitar qualquer engano por parte de seus leitores, diz claramente que esse dia do Senhor ocorrerá 'no final da grande tribulação'. Distinguindo assim a grande tribulação do dia do Senhor, mas não distinguindo o dia do Senhor da vinda do Senhor, como erroneamente o Dr. Wim Malgo faz e nos incentiva a fazer.

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11º Problema Teológico


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12º PROBLEMA TEOLÓGICO: As razões apresentadas pelas quais os pré-tribulacionistas não acreditam que a Igreja estará presente durante a grande tribulação são francas

P

or que será que os pré-tribulacionistas colocam o arrebatamento da Igreja antes da grande tribulação? Já que eles acreditam que durante a grande tribulação haverá pessoas salvas e santas! Isso não seria um contra senso! O teólogo pré-tribulacionista Elinaldo Renovato dá a seguinte resposta: 'Graças a Deus, a Igreja não passará pela Grande Tribulação. Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo', citando Paulo em

1 Ts 5.9 Mas, será que os santos mártires que passarão pela grande tribulação foram destinados a ira? Será que os fiéis 144 mil judeus foram destinados para ira? (Ap 15.2 c/ 20.4; 14.1-5). Esse texto de Paulo citado pelos pré-tribulacionistas a fim de provar um arrebatamento pré-tribulação, está fora do seu contexto. Pois, a ira pelo qual Paulo se refere é exatamente a 'repentina destruição' , citada no v.3. Apesar da Igreja passar todo período da grande tribulação, testemunhando de Jesus e sofrendo a perseguição, não será destruída na ira do Cordeiro. Pois, que esperamos dos céus 'Jesus, que nos livra da ira vindoura' (1 Ts 1.10). Porque 'não somos dos que retrocedem e são destruídos, mas dos que crêem e são salvos' (Hb 10.39). Essa ira de que fala Paulo não é a grande tribulação, mas a ira 'do grande dia do Deus todo-poderoso', quando o Rei dos reis pisar 'o lagar do vinho do furor da ira do Deus todo-poderoso' (Ap 16.14;19.15,16). Dessa ira a igreja será salva através do arrebatamento! Mas na grande tribulação será protegida. É difícil crê nisso? Uma nota de rodapé na Bíblia de Estudo de Genebra diz o seguinte sobre 1 Ts 5.9: 'Deus não nos destinou para a ira. Deus destinou o seu povo para obter a salvação e a glória em Jesus Cristo (1 Ts 1.10; 2 Ts 2.14). No entanto, os tessalonicenses e muitos outros crentes foram designados por Deus para passarem por tribulações de toda espécie e resistir a elas (1 Ts 3.2-4; 2 Ts 1.4; Tg 1.2-4; 1 Pe 4.1214; Ap 1.9). A 'ira', nesse contexto, evidentemente é a condenação e a punição que sobrevirão no 'dia da ira' (Rm 2.5) aos impenitentes (Ef 5.6; Cl 3.6; Ap 6.16-17; 11.18) pág. 1434. 101


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O pré-tribulacionista Wim Malgo escreveu: ‘ Os verdadeiros crentes desta dispensação serão libertados pelo Senhor Jesus antes do derramamento da ira de Deus sobre o mundo durante a Grande Tribulação' e cita também 1 Tessalonicenses 5.9,10 (Terá Chegado o Fim de Todas as Coisas, pág. 101).

De fato, seremos arrebatados antes do derramamento da ira de Deus sobre o mundo! Mas não se trata da Grande Tribulação, mas da fulminante destruição do Dia do Senhor! Citarei algumas razões para isso: Primeiramente, porque segundo o texto de Paulo citado pelo Dr. Wim Malgo em 1 Ts 5, a ira de que Paulo se refere vem no Dia do Senhor com 'repentina destruição... [que] de modo nenhum escaparão' (vv.2,3), porém, o Dia do Senhor só acontecerá depois da grande tribulação conforme provado no 11º problema teológico e conforme reconheceu o pré-tribulacionista Elienai Cabral: '...o Dia do Senhor [é]... a manifestação pessoal e visível de Cristo no final da Grande Tribulação...(Lições Bíblicas, de Aluno, 3º trimestre de 1998, págs.44,45 o grifo é meu).

Em segundo lugar, a grande tribulação não será uma 'repentina destruição... [que] de modo nenhum escaparão', mas conforme os pré-tribulacionistas um período de sete anos, e mesmo depois desses sete anos os principais inimigos do Cordeiro - a Besta, o Falso Profeta, os adoradores da Besta e Satanás - 'escaparão' com vida para guerrear contra o Cordeiro no Armagedom. Por isso que o Dia do Senhor em que ninguém escapará é a vinda de Jesus, pois como escreveu o inspirado escritor: '... se aproxima o Dia... uma terrível expectativa de juízo e de fogo intenso que consumirá os inimigos de Deus...Terrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo!...pois em breve, muito em breve, aquele que vem virá, e não demorará. Nós, porém, não somos dos que retrocedem e são destruídos (ira), mas dos que crêem e são salvos (arrebatados)' (Hebreus 10.12,13,27,31,37,39).

Em terceiro lugar, Paulo confronta os irmãos com o Dia do Senhor dizendo: 'Mas vocês, irmãos, não estão nas trevas, para que esse dia os 102

12º Problema Teológico


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surpreenda como ladrão' (v.4). 'Os tessalonicenses são orientados a prepararem-se para o mesmo evento que, aos ímpios, sobrevirá inesperadamente Dia do Senhor (vs.2,4). Paulo pressupõe que cristãos e não-cristãos estarão vivos e presentes quando o Dia chegar, os cristãos, vigilantes e prontos, os incrédulos, surpreendidos como por um ladrão que vem de noite. Em outras palavras, o arrebatamento de cristãos mencionados em 4.7 não se dará antes da chegada do Dia, o qual também trará súbita e inescapável destruição dos ímpios' ( nota de rodapé na Bíblia de Genebra sobre 1 Ts 5.1-11 , pág. 1434) Isso significa que se o crente estiver ‘nas trevas’ poderá ser destruído nessa ocasião! Isso elimina uma segunda chance de salvação para os crentes desviados e carnais! Como então os pré-tribulacionistas advogam uma segunda chance de salvação para os crentes desviados e carnais? Conforme escreveu o Dr. Antonio Gilberto: '...aqueles que não subiram no arrebatamento, e, despertados por tal fato, decidirão permanecer fiéis, a despeito de toda e qualquer prova e sofrimento' (Escatologia Bíblica EETAD, pág.59).

Antonio Gilberto diz isso porque para ele 'esse dia da ira do Senhor é o período da Grande Tribulação' (Daniel e Apocalipse, pág.92), mas isso contradiz Paulo de uma 'repentina destruição'. Quer dizer não só o arrebatamento será iminente, mas também a destruição será iminente! E, são acontecimentos simultâneos! Por isso Paulo escreveu: 'Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo a couraça da fé e do amor e o capacete da esperança da salvação. Porque Deus não nos destinou para ira (a repentina destruição), mas para recebermos a salvação (no arrebatamento) por meio de nosso Senhor Jesus Cristo' (vv.8,9).

Que dizer, somos salvos de sermos destruídos pela ira. E, em quarto lugar, as Escrituras mostram que de fato Jesus Cristo no seu dia vem com ira e destruição para os homens ímpios (2 Ts 1.6-10; Hb 10.27, 30,31,36-39; 2 Pe 3.10-14; Ap 6.12-17; 19.11-21). Portanto, a vinda de Jesus Cristo tem esse duplo lado: salvação aos crentes e ira aos descrentes! O que complica é quando os 12º Problema Teológico

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pré-tribulacionistas racha esses dois lados e coloca um intervalo desnecessário e contraditório de 7 anos entre eles! Aí só há atrapalhação! Causando um montão de confusão nas pessoas. Os crentes não sabem se o arrebatamento é antes ou depois. Lêem na Bíblia uma coisa, os teólogos dizem outra. Assim, uma das doutrinas mais importante da Bíblia - a volta de Jesus - torna-se confusa, polêmica e complicada. Ao passo que não há nenhuma contradição na crença de que Jesus Cristo voltará apenas uma vez, nessa ocasião ele salva os crentes e destrói o sistema de Satanás! Há dezenas de contradições teológicas e lógicas na crença de que Jesus Cristo vem em duas fases distintas . O pré-tribulacionista Elienai Cabral responde a pergunta: por que será que os pré-tribulacionistas colocam o arrebatamento da Igreja antes da grande tribulação?, Assim: 'os juízos catastróficos de Deus... só terão inicio depois que a Igreja for retirada da Terra. Até o capítulo 5 de Apocalipse se fala da Igreja, mas no capítulo 6, quando se iniciam os juízos, a Igreja não mais aparece, senão no capítulo 19' (Lições Bíblicas, de Aluno, 3º trimestre de 1998, págs.47,48).

Eu não sei de onde o Dr. Elienai Cabral tirou isso, mas os queridos leitores da Bíblia poderão me dizer onde aparece a Igreja no capítulo 19 de Apocalipse. Nesse capítulo não aparece o nome Igreja, mas se essa grande multidão que brada: 'Aleluia, pois reina o Senhor, o nosso Deus, o Todo poderoso' no versículo 6 é a Igreja, por que a grande multidão de Ap 7.11,14, redimida no sangue do Cordeiro, não pode ser a Igreja também?! E se esses 'santos' que estão vestidos de atos justos, no versículo 8, é a Igreja, porque os 'santos' perseguidos pela besta em Ap 13.7, não pode ser a Igreja também?! O nome Igreja também não aparece no milênio, nem na nova Jerusalém! Mas isso não significa que a Igreja não estará ali! João usou vários títulos ao se referir o povo de Deus: 'santos', 'testemunhas de Jesus', 'irmãos', 'fiéis a Jesus', 'teus servos' , os que temem o teu nome', 'povo meu', 'apóstolos e profetas' (Apocalipse 8.4; 13.10; 14.12; 17.6; 6.11; 11.18; 18.4,20). Em nenhum local dos escritos apostólicos esses títulos são aplicados ao Israel da antiga aliança ou a qualquer outro grupo, a não ser a Igreja. 104

12º Problema Teológico


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O livro de Apocalipse foi escrito a primeira mão para as igrejas da Ásia menor (Ap 1.4). Aqueles crentes quando leram esse escrito sagrado entenderam com precisão que esses títulos se referiam a eles mesmos, senão a esperança do Apocalipse ficaria desnorteada, e João atingiria os ouvintes errados. Essa fria, calculista e artificial interpretação dos pré-tribulacionistas é uma total ignorância! É muito fácil provar que esses títulos refere-se a Igreja, e não a nação terrena de Israel ou outro grupo qualquer. As características apresentadas são somente aplicadas à Igreja, por exemplo, nos capítulos 8 a 20 fala-se: 'das orações dos santos', 'da perseverança e fidelidade dos santos', 'que esses santos obedecem aos mandamentos de Deus', 'permanecem fiéis a Jesus', fala-se dos atos justos dos santos', e que 'os santos... participam da primeira ressurreição'. Então, é impossível não ver nesses santos a Igreja de Cristo. João na saudação deste livro se identificou como 'irmão e companheiro de vocês', e como estando na ilha de Patmos 'por causa... do testemunho de Jesus' (Ap 1.9). Mais tarde o anjo disse a João: 'Sou servo como você e como os seus irmãos que se mantém fiéis ao testemunho de Jesus' (Ap 19.10). Note que conforme o capítulo 1, os irmãos de João são os crentes das igrejas da Ásia, e por ironia crentes gentios. Veja, também, que desses irmãos foi dito, que eles se 'mantém fiéis ao testemunho de Jesus'. Porventura, não é esse mesmo título que se fala em 12.17: 'O dragão irou-se contra a mulher e saiu para guerrear contra... os que obedecem aos mandamentos de Deus e se mantém fiéis ao testemunho de Jesus'. Em 14.12, esses irmãos fiéis ao testemunho de Jesus são chamados de 'santos'. Esses santos são os mesmos santos perseguidos pela Besta em 13.7,9. Pronto! Acabamos de identificar quem são os santos tão citados em Apocalipse, são as mesmas testemunhas de Jesus (17.6), os irmãos de João, aquém o anjo os chama de servos, quando disse: 'Sou servo como você e como seus irmãos'. O livro de Apocalipse foi destinado a esses servos (1.1), que são os crentes das igrejas da Ásia (1.4). Como o próprio Jesus disse no final do livro: 'Eu, Jesus, enviei o meu anjo para dar a vocês este testemunho concernentes às igrejas (ele não disse: 'concernentes a Israel)' (Ap 22.16). Quem são esses santos? Todos os crentes! Pois lemos: ‘...continue o santo a santificar-se’ (Ap 22.10). Se você se santifica, 12º Problema Teológico

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você faz parte desses santos! Assim o livro do Apocalipse é valido para todos os crentes em todas as épocas. Em Ap 6 a 20, João identifica a presença das igrejas locais durante todo o período da grande tribulação pelos títulos de: 'irmãos de João', 'testemunhas de Jesus', 'servos de Deus' e 'santos'. E, quando se refere a igreja universal chama-a de 'grande multidão' (Ap 7.9,13,14; 19.5,6), e quando se refere ao ramo judaico-cristão da Igreja, chama-o de 144 mil selados, as primícias para o Cordeiro (Ap 7.1-8; 14.1-5). Ao identificar 'os santos' do Apocalipse como os mártires da Igreja cristã, a mensagem da bem-aventurança do Apocalipse torna-se real para nós. O livro deixa de ser estranho, e torna-se em um doce consolo. O Apocalipse abre-se diante de nós como uma mensagem de livramento e salvação. Vermos a vitória de Cristo sobre os inimigos da igreja! Contemplamos, como de antemão, o fim glorioso, daqueles que permanecem fiéis apesar das oposições. Vermos a vindicação de Deus em favor dos crentes! Ao entender que 'os santos' perseguidos pela besta são os crentes, isso dá mais sentido a leitura e a compreensão deste livro: Como por exemplo se lê: “Tu és justo... porque julgaste estas coisas; pois eles derramaram o sangue dos teus santos... e tu lhes deste sangue para beber” (Ap 16.5,6). Ou:“Ele cobrou dela o sangue dos seus servos” (Ap 18.2).

Somos persuadidos a confessar que esses 'santos' e 'servos' são os cristãos, muito embora sejam os mártires, pois nem todos os cristãos terão seu sangue derramado (apesar de que qualquer um de nós pode se tornar um mártir), por isso que esses mártires não podem ser excluídos da Igreja, antes pelo contrário, são como que coroa da igreja. E quando o Apocalipse os chama de 'santos' e 'servos' os coloca dentro da Igreja, porque é assim que os membros da igreja são chamados: “O trono de Deus e do Cordeiro estará na cidade, e os seus servos o servirão” (Ap 22.3). E, mais:“O Senhor, o Deus dos espíritos dos profetas, enviou o seu anjo para mostrar aos seus servos as coisas que em breve hão de acontecer” (Ap 22.6).

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12º Problema Teológico


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Não pode existir um arrebatamento que coloque esses 'servos’de Deus fora deste grande e glorioso acontecimento. 'as almas dos que foram decapitados por causa do testemunho de Jesus e da palavra de Deus' (Ap 20.4), isto é, tiveram o seu sangue derramado por causa de Jesus, 'os mártires de Jesus' (Ap 17.6), não podem ser ex-comungados e purgados dos que sobem com Cristo no arrebatamento. Isso é incompatível com o Apocalipse! Veja que diferença, enquanto os pós-tribulacionistas recebem esses santos no seio da Igreja, os pré-tribulacionistas os rejeitam como uma escória repugnante. Porém, o Apocalipse foi escrito justamente para esses santos servos: “Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos o que em breve há de acontecer” (Ap 1.1).

Se esses 'servos' não são as igrejas de Cristo? Então esqueça esse Livro! Mas por que está registrado: “Escreva num livro o que você vê e envie a estas sete igrejas” (Ap 1.11)? É coerente concluir que 'os servos' são 'as igrejas', pois escrito está: 'Eu, Jesus, enviei o meu anjo para dar a vocês (os servos) este testemunho concernente às igrejas' (Ap 22.16). Isso significa que as igrejas só serão arrebatadas depois da grande tribulação, pois alguns desses 'servos' terão seu sangue derramado pela Besta. Mas não se preocupe, pois a Besta terá que beber sangue em lugar de água (Ap 16.5,6). Mas se você acreditar nos pré-tribulacionistas que diferencia a igreja de Cristo desses 'servos', aí você bagunça tudo, e assim mesmo se excluem quando chegar o tempo desses 'servos' serem recompensados por Cristo (Ap 11.17). Mas se você se diz ser servo de Cristo, e que será arrebatado antes da grande tribulação, por que esses 'servos' aquém o livro do Apocalipse foi escrito, deverá ficar de fora desse arrebatamento? Deus fará acepção de servos? Uns servos serão melhores do que outros? Por que um servo deve subir e outro deve ficar? Talvez você responda: ' porque o que fica é servo infiel'. Mas o Apocalipse em lugar nenhum chama esses servos que serão 'decapitados' de infiéis. Pelo contrário eles são chamados de 'fiéis': “Sou servo como você e como os seus irmãos que se mantém fiéis ao testemunho de Jesus” (Ap 19.10), como aqueles que 'guardam as palavras deste livro' (Ap 22.9). Pelo contrário, eles 'foram decapitados por causa' de sua fidelidade ao 'testemunho de Jesus e da palavra de Deus' (Ap 20.4). Enfim são mais fiéis do que eu e você juntos! 12º Problema Teológico

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Esses 'servos' não subirão no arrebatamento na vinda secreta de Jesus não é porque são servos infiéis, mas é simplesmente porque não existe essa tal de vinda secreta. Quando Jesus dirige a seguinte mensagem aos crentes da igreja de Esmirna: 'Seja fiel até a morte, e eu lhe darei a coroa da vida' (Ap 2.10). Inclui esses crentes entre aqueles que poderão ser decapitados por causa de sua fé. Não deveria Cristo incluí-los, por sua fidelidade, aqueles supostos crentes que serão arrebatados na sua vinda secreta? Isso significa que o livro do Apocalipse é escrito exatamente para fortalecer a nossa fé para enfrentar com resolução, àqueles dias em que a Besta receberá 'poder para guerrear contra os santos e vence-los' (Ap 13.7). 'Vencê-los' no sentido de derramarem o seu sangue, e não no sentido de levá-los a negar a sua fé. Não lhe incomoda em não encontrar nesse Livro nenhuma menção de servos sendo arrebatados antes dessa perseguição cruel do Anticristo contra os santos. Pelo contrário, o arrebatamento e a ressurreição sempre inclui os santos que foram perseguidos pela Besta. Veja por exemplo uma visão antecipadas dos santos arrebatados em Ap 15.2: “vi algo semelhante a um mar de vidro misturado com fogo, e, em pé, junto ao mar, os que tinham vencido a besta, a sua imagem e o número do seu nome. Eles segurava harpas que lhes haviam sido dadas por Deus, e cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro”.

Esse mar de vidro é aquele que se encontra diante do trono de Deus (Ap 4.6), logo para que esses santos se encontrem ali de pé diante do trono de Deus deverão ter sido arrebatados, mas primeiramente eles terão que permanecer fiéis e não adorar a Besta. Jesus no decorrer dos acontecimentos revelados à João, vez por outra, permite que o profeta contemple os remidos no céu, mas sempre entre esses remidos estão destacados aqueles santos perseguidos pela Besta. Isso servia para dá confiança à esses santos e fortalecer sua perseverança e fidelidade no Senhor. Por outro lado, ao ser eles destacados entre os santos no céu, mostra que o arrebatamento somente ocorrerá quando se completar o 'números dos conservos e irmãos, que deverão ser mortos' (Ap 6.11). E isso pode incluir você, já que o arrebatamento ainda não aconteceu? Talvez você diga: 'Não! Eu não quero ser decapitado pela Besta, eu quero ser arrebatado antes que essas coisas comecem acontecer'. 108

12º Problema Teológico


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Na verdade, esses servos santos e fiéis, destinatários do Livro do Apocalipse, que resistem a adoração da Besta com toda perseverança e fidelidade (Ap 13.10; 14.12), torna impossibilitado um arrebatamento que os deixam excluídos! Mas não chore, resta um escape para você! Está em Ap 14.13:“Então ouvi uma voz dos céus dizendo: Escreva: Felizes os mortos que morrem no Senhor de agora em diante”. Geralmente os pré-tribulacionistas citarão a promessa de Ap 3.10: “Visto que você guardou a minha palavra de exortação à perseverança, eu também o guardarei da hora da provação que está para vir sobre todo o mundo, para pôr à provar os que habitam na terra”

A fim de provarem que a igreja estará no céu durante a grande tribulação. É uma infelicidade para os pré-tribulacionistas que eles têm apenas esse único versículo para tentar provar um arrebatamento pré-tribulação. Esse texto será analisado exegeticamente no 19° problema teológico. Porém, aqui iremos analisá-lo dentro do contexto do livro do Apocalipse. Se a promessa de Ap 3.10 se refere especificamente aos crentes da igreja de Filadélfia, então podemos afirmar que Jesus já cumpriu a sua promessa, pois os crentes de Filadélfia estão guardados, dormindo no Senhor. Nesse caso, a bem-aventurança de Ap 14.13, também cumpriram-se neles. Porém, se a promessa diz respeito a todos os servos de Deus aquém o livro do Apocalipse foi destinado, temos que analisar duas questões: Primeiro, o que significa ser guardado? E segundo, o que é essa hora da provação que está para vir? Quando lemos que os crentes que guardam a palavra de Deus são guardados da hora da provação, não pode está se referindo ao arrebatamento da igreja. Pois, que os servos a quem é dirigido o livro de Apocalipse, e entre eles se encontra também os crentes da igreja de Filadélfia (Ap 1.1,11), são exortados a guardar as 'palavras desta profecia' (1.3). De fato, eles aparecem como os santos que 'guardam as palavras de Deus' (12.17; 14.12). Contudo, não foram arrebatados antes da grande tribulação, pois deparamos com eles sendo perseguidos e mortos pela terrível Besta (Ap 16.6; 18.24; 19.2). É tão terrível a matança contra esses santos, que o império do Anticristo está 12º Problema Teológico

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Embriagado com o sangue deles (Ap 17.6). Ora, se a promessa realmente se refere ao arrebatamento dos que guardam a palavra de Deus antes da grande tribulação, por que esses santos não foram arrebatados, já que eles guardam a palavra de Deus?! Mas uma vez os pré-tribulacionistas estão equivocados em sua interpretação. Pois em Apocalipse os que são alvo da perseguição do dragão e da Besta são exatamente aqueles que guardam a palavra de Deus! João, por exemplo, escreveu: “Vi as almas dos que foram decapitados por causa... da palavra de Deus' (20.4). Ora esses que foram decapitados, mesmo guardando a palavra de Deus, depõem contra os pré-tribulacionistas que afirmam que os que guardam a palavra de Deus serão arrebatados antes do surgimento do Anticristo. Não se deixe enganar! Em Ap 12.17: '...o dragão foi fazer guerra aos que guardam as palavras de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo.' Ora, não deveria está escrito que o dragão foi fazer guerra aos que não guardam as palavras de Deus, pois, segundo os pré-tribulacionistas àqueles que guardam a palavra de Deus serão arrebatados e livre desta ira do dragão. Mas se segundo o Apocalipse Satanás vai fazer guerra contra os guardadores da palavra de Deus e para isso ele contrata a Besta (Ap 13.4-7), então os pré-tribulacionistas estão enganados. Isso nos leva ao segundo questionamento: o que é essa hora da provação que está para vir em que os que guardam a palavra de Deus é prometido que serão guardado dela? Não se refere a perseguição da besta, nem a ira do dragão, nem tampouco a matança dos santos. Pois se se referisse a isso, aqueles que são descritos no Apocalipse como os santos que guardam a palavra de Deus, não seriam perseguidos e martirizados pela Besta (Ap 13.7; 14.12). Essa 'hora da provação' se refere logicamente as pragas do Apocalipse que há de vir sobre os que habitam na terra (Ap 8.13), pois 'todos os habitantes da terra adorarão à besta' (Ap 13.8). A sentença é essa: 'Se alguém adorar a besta e a sua imagem...também beberá do vinho do furor de Deus que foi derramado sem mistura no cálice da sua ira' (Ap 14.9; 15.1; 16.1). Deus ordenará aos anjos: “Vão derramar sobre a terra as sete taças da ira de Deus' (16.1). Mas o que dizer daqueles que não adorarão 'a besta nem a sua imagem, e não receberão a sua marca na testa nem nas mãos' (Ap 20.4). Ora, serão guardados por Deus! As pragas não os atingirá! Eles guardam a palavra de Deus, e Deus os guardam de serem atingidos pelas pragas (Ap 18.4). 110

12º Problema Teológico


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Enquanto, os adoradores da Besta derramam o sangue do que guardam a palavra de Deus, Deus transformará as águas desses idólatras em sangue. Assim 'os atos de justiça de Deus se tornarão manifestos' em favor dos seus santos servos que guardam a sua palavra (Ap 15.3,4). Essa promessa de Apocalipse 3.10 é exatamente dirigida a igreja fiel para que ela tenha confiança em Deus que durante as terríveis pragas do Apocalipse será alvo da proteção de Deus. Enquanto que os homens morderão a língua de tanta agonia (Ap 16.10), os santos celebrarão a Deus por retribuir à esses homens o que eles fizeram aos santos (Ap 18.20). Deus firma uma aliança com todos os seus servos: você guarda a palavra de Deus no meio da perseguição, ele guarda você das pragas que virão sobre os seus perseguidores (Leia Salmos 91.7-11). A promessa de Ap 3.10 não se refere ao arrebatamento da igreja antes da grande tribulação, porque senão esses santos que guardam a palavra de Deus e são fiéis ao testemunho de Jesus à quem Satanás furiosamente lhes faz guerra seriam os primeiros a serem arrebatados (Ap 12.7; 13.7). Sim, eles serão arrebatados, mas só depois de terem enfrentado a Besta e a terem vencido por guardarem a palavra de Deus (Ap 15.2,3). Você não considera um ultraje à Deus, um contra-senso, algo ridículo e contraditório os pré-tribulacionistas prometerem aos seus adeptos um arrebatamento antes da hora da provação que há de vir baseado em Ap 3.10, enquanto que aos servos de Deus aquém este Livro é dirigido, aquém são exortados a guardar essa profecia serão arrebatados só depois da hora da provação? (Ap 20.4; 22.6,7). Ora, se eles são arrebatados só depois, logicamente toda a igreja só será arrebatada depois, mesmo guardando a palavra de Deus, assim como acontecerá com os leitores fiéis do Apocalipse. Agora se você não se considera um destinatário do livro do Apocalipse, você também não é servo de Deus, pois o livro foi escrito para os servos de Deus. Logo, você estará entre aqueles que serão atingidos pelas pragas, porque somente aqueles que lêem, ouvem e guardam a profecia deste livro serão guardados por Deus dessas terríveis pragas. Cuidado! Para não acrescentar algo à profecia deste livro, assim como os pré-tribulacionistas acrescentam um suposto arrebatamento em Ap 3.10, pois, o Senhor declara: 'a todos os que ouvem as palavras da profecia deste livro: Se alguém lhe acrescentar algo, Deus lhe acrescentará as pragas descritas neste livro' (Ap 22.18). Agora voltemos novamente ao texto muito dissecado pelos pré-tribulacionistas a fim de provar que a Igreja será arrebatada antes da 12º Problema Teológico

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Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista

grande tribulação: 1 Ts 5.9:'Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para recebermos a salvação por meio de nosso Senhor Jesus Cristo' Paulo coloca dois pólos antagonistas aqui: ira e salvação. Os que serão atingidos pela ira não receberão a salvação por meio do Senhor Jesus, os que recebem a salvação não serão destinados a ira! Uma vez que o pré-tribulacionista afirma baseado nesse texto que a igreja será arrebatada antes da grande tribulação, então os que ficarão de fora do arrebatamento são destinados a ira! Pra começar essa definição dos pré-tribulacionistas contrapõem a própria crença deles na segunda chance de salvação para os que ficarem! De fato, essa crença deles contradiz o que eles chamam de 'salvos oriundos da grande tribulação'. Como pode ser isso se eles foram destinados a 'ira'? Ora, se a Igreja é arrebatada para salvação antes da grande tribulação porque não foi destinada a ira, então por que haverá salvação durante a grande tribulação? Como fica a situação dos 'santos' e 'servos' de Cristo que são perseguidos pela Besta? Foram destinados para ira, pois não subiram no arrebatamento! Então não poderão receber a salvação por meio de nosso Senhor Jesus Cristo! Agora se esses santos e fiéis testemunhas de Jesus serão salvos no final da grande tribulação, então essa ira de que fala Paulo não é a grande tribulação. Porque se fosse nenhum crente santo, fiel e servo se encontrava entre os que foram destinados à ira e por isso estão sofrendo a grande tribulação. Rm 5.9, diz: 'Como agora fomos justificados por seu sangue, muito mais ainda, por meio dele, seremos salvos da ira de Deus!'. Ora se essa ira de Deus é a grande tribulação, então não poderá haverá mais justificação por meio do sangue de Cristo para os que receberam a ira de Deus! Os que ficarem não poderão participar desse 'muito mais ainda'! Ou somos salvos da ira de Deus ou somos destruídos pela ira de Deus! Não pode haver entre os destruídos pela ira de Deus, pessoas salvas e santas! Isso contradiz a justificação pela fé! E com certeza essa ira de Deus não é a grande tribulação, pois lemos que a 'grande multidão' de servos de Deus que vem da 'grande tribulação' em Ap 7.9-14, 'lavaram suas vestes no sangue do Cordeiro', isto é, foram justificados! Então esse texto de 1 Ts 5.9 e Rm 5.9 em vez de provar um arrebatamento antes da grande tribulação, comprova o contrário, pois durante a grande tribulação a graça de Deus ainda estará sobre a humanidade para conduzi-lá a salvação (Ap 11.13; 16.9). Agora quando o Cordeiro de Deus voltar no final da grande tribulação irado contra as nações ímpias, apenas os crentes serão salvos nessa ocasião, enquanto que todos os outros são destinados a ira e por isso 'sofrerão a pena de destruição eterna' (1 Ts 1.8,9; Ap 19.20,21). Não haverá mais salvação quando isso acontecer! Agora sim, os textos de Paulo se harmonizaram bem! 112

12º Problema Teológico


Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista

13º PROBLEMA TEOLÓGICO: A onde está escrito na Bíblia os sete anos tão citados pelos pré-tribulacionistas?

P

ara começar em nenhum local das Escrituras fala de sete anos de grande tribulação; e também em nenhum local das Escrituras fala de sete anos de Bodas do Cordeiro. E além do mais as 70 semanas de Daniel, de onde são extraídos os 7 anos, não está computada cronologicamente exata pelo pré-tribulacionista; pois se baseia em uma data em que não saiu nenhuma ordem para edificar Jerusalém, isto é em 445 A.C; e, mesmo contando nesta data sugerida, 69 semanas de anos, não caí no Messias. Portanto, é arriscado montar todo um programa escatológico baseado em uma interpretação que mostram falhas. Reproduzirei abaixo gráficos que interpretam as 70 semanas de Daniel, e o leitor verá quão falha é a data apresentada pelos pré-tribulacionistas: 69 semanas 483 anos

Até ao Messias

A saída da Ordem

SAÍRAM DUAS ORDENS

7 semanas 49 anos

538 a.C – O decreto de Ciro (Ed 1.1-4); 457 a.C – O decreto de Arta xerxes à Esdras (Ed 7.12-20) 445 A.C –

+

62 semanas 434 anos

55/56 a.C

489 a.C

Jerusalém e o templo são edificados

409 a.C

396 a.C

Em 445 a.C, Neemias pede permissão a Artaxerxes para ir a Jerusalém, e construir seus muros. Essa data é tomada pelos pré-tribulacionistas. Mas note que nenhuma ordem (decreto) saiu nesta data, como as duas anteriores, mas uma simples permissão para Neemias ir a Jerusalém (Ne 2)

Período Interbiblico

26/27 d.C

38/39 d.C

Nada de Importante O batismo de Jesus onde ele é ungido Paulo visita Jerusalém pela 1ª vez após sua conversão

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Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista

Portanto o ano 538 a.C em que saiu o decreto de Ciro é uma data muito cedo para iniciar a contagem das 70 semanas; o ano 457 a.C em que saiu a ordem de Arterxexes é uma ótima data para iniciar a contagem, pois as 69 semanas terminam exatamente no batismo do Messias; e a data de 445 a.C é muito tarde para iniciar a contagem. Pois essa data sugerida pelos pré-tribulacionistas não cai no Messias, mas ultrapassa o tempo do Messias. No seu escrito o pré-tribulacionista Elienai Cabral coloca o término das 69 semanas (ou 483 anos) no ano 32 d.C., ou ele está apenas copiando de outros ou está agindo de má fé, pois, não cai nessa data (confira esse erro de contagem nas Lições Bíblicas, de Aluno, 3º trimestre de 1998, pág.49). É fácil computar as 70 semanas de Daniel. Por exemplo, você pega o ano sugerido: 445 d.C; e subtraí por: 483 anos (já que a data antes de Cristo é em ordem decrescente), e cairá no ano 38 d.C, e não no ano 32 d.C. Vejamos: Antes de Cristo

Depois de Cristo

483 (69 semanas) 538 (o inicio da contagem) 055 (muito cedo p/ Messias)

483 (69 semanas) 483 (69 semanas) 457 (o inicio da contagem) 445 (o inicio da contagem) 026 (exata p/ Messias) 038 (muito tarde p/ Messias)

Depois de Cristo

Ou então pode somar: 483 + 55 = 538 / 457 + 26 = 483 / 445 + 38 = 483

Um dos grandes erros da contagem das 70 semanas de Daniel advogada pelos pré-tribulacionistas é que estabelece uma data exata para a segunda vinda de Jesus Cristo negando os textos bíblicos que mostram que esta data é indeterminada (Mt 24.36; Mc 13.33; At 1.6,7; 1 Ts 5.1-4; 2 Pe 3.4-14). Veja mais sobre isso no ‘20º Problema Teológico: Os pré-tribulacionistas sabem a data da volta de Jesus Cristo à Terra!’. Admira-me o fato que a própria Bíblia de Estudo Pentecostal, que defende o pré-tribulacionismo, tenha preferido a data de 457 a.C, em vez de 445, como o ponto inicial das 70 semanas. Isso refuta a tradicional data que os próprios pré-tribulacionistas vem defendo há anos! Isso também prova a falange deste sistema. Chegar-se-á o tempo em que os pré-tribulacionistas também mudarão a sua infeliz crença das duas fases! Tal crença também tem infundido sua influência sobre as 114

13º Problema Teológico


Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista

70 semanas de Daniel, pois a fim de livrar os 7 anos, os pré-tribulacionistas coloca um intenso intervalo entre 69ª e 70ª semanas de Daniel, coisa que Daniel nada escreveu, dividindo as 70 semanas de Daniel em ‘duas fases’. O pré-tribulacionismo vai longe com esse princípio fabuloso das duas fases! Tomando, porém, a ordem que saiu em 457 a.C, vemos que esta não só cai exatamente no batismo de Jesus, em 26 d.C, onde ele é ungido como Messias, como também mostra que a última semana de Daniel se cumpriu fielmente nele. Veja a exatidão desta profecia no gráfico da página 116. Quanto a questão se a data de 457 a.C para o decreto de Artaxerxes e o ano 26 ou 27 para o batismo de Jesus são verídicas, consulte um dicionário bíblico. Sugestão: consulte o 'Conciso Dicionário Bíblico' págs.47 a 53. Quanto a data 29 ou 30 para a crucificação de Jesus, temos os testemunhos de Tertuliano, Hipólio e muito outros pais da igreja. Veja 'O Novo Dicionário da Bíblia, pág.373. Vol. I'. O modo como o pré-tribulacionismo interpreta as 70 semanas de Daniel tem levado muitos teólogos a acreditarem que a vinda de Jesus Cristo à terra está calculada pelas Escrituras. Ensinam que a contagem regressiva começa quando o Anticristo introduzir 'o sacrilégio terrível...no Lugar Santo' do templo de Jerusalém, rompendo sua aliança com Israel (Mt 24.15). A partir daí conta-se três anos e meio para a volta de Jesus Cristo! Porém as Escrituras não permite que alguém marque a data da volta de Jesus Cristo, pois quanto 'ao dia e à hora ninguém sabe', 'ninguém sabe...quando virá esse tempo'; e nem sequer nos compete saber 'os tempos ou as datas que o Pai estabeleceu' para a vinda de Seu Filho (Mt 24.36; Mc 13.36; Atos 1.6,7). Pois a respeito dos 'tempos e épocas', o que sabemos perfeitamente é que o dia do Senhor virá como ladrão à noite, isto é, sem data marcada (1 Ts 5.1-4; 2 Pedro 3.10). Aquele dia virá inesperadamente e de repente (Lc 21.34-36; Mc 13.36). A ordem para cada um de nós é: 'Portanto, vigiem, porque vocês não sabem em que dia virá o seu Senhor...vocês...precisam estar preparados, porque o Filho do homem virá numa hora em que vocês menos esperam' (Mt 24.42-44). Isso significa que as 70 semanas de Daniel têm a haver com a primeira vinda de Jesus para morrer pelos pecados, mas não pode ser tomada como cálculo para a segunda vinda. Dividir essa vinda em duas fases, isto é, uma fase que ninguém sabe e a outra fase que todos podem 13º Problema Teológico

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DA SESSENTA E DUAS SEMANAS SERÁ MORTO O MESSIAS E JÁ NÃO ESTARÁ”

“DEPOIS

26/27 d.C

FARÁ FIRME ALIANÇA POR UMA SEMANA

“Na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta” (Mt 27.50, 51; Ef 2.15)

29/30 d.C

+ 3 ½ anos

33/34 d.C

Jesus referiu-se a essa parte da profecia de Daniel ao predizer a destruição de Jerusalém pelos romanos: “Quando, pois, virdes o abominável da desolação que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê entende)...sabei que está próxima a sua devastação...então os que estiverem na Judéia, fujam para os montes” (Mt 24.15; Lc 21.20-24)

A SER PREGADO PARA O S G E N T IO S

O príncipe Tito invade a Palestina, profana o templo, assola Jerusalém e o templo, e expulsa os judeus de sua

ANO 70 D.C

“o povo do príncipe que virá, destruirá a cidade e o te mplo...sobre a asa da abomin ação virá o assolado r, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele” (Dn 9.26b,27b)

33/34 d.C A MORTE DE ESTEVÃO; O EVANGELHO PASSA

Jesus Cristo firmou uma aliança em que somente o povo judeu o uviria o evangelho por um espaço de 7 anos, e t eriam a oportunidade de fazerem parte do Reino messiânico. Depois dos 7 anos o evangelho deveria alcançar outros povos (Mt 10.5,6; 15.24; 21.43). Uma nota marginal da Bíblia de estudo NVI diz o seguinte sobre Dn 9.27: ‘fará uma aliança...dará fim ao sacrifício. Segundo alguns, referência ao Messias (“o Ungido”, v.26), que instituirá a nova aliança e dará “fim” ao sistema sacrificial do AT’ (pág. 1471).

DO SEU MINISTÉRIO TERRENO

26/27 d.C O BATISMO DE JESUS, E INICIO

3 ½ anos

7 anos

Última Semana (7 anos)

Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista

13º Problema Teológico


Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista

saber, não vai resolver a questão, pois os textos de Lc 21.34,35; Atos 1.6,7; 1 Ts 5.1-4; 2 Pe 3.10 estão diretamente ligados o que alguns chama de 'segunda fase', porém essa 'segunda fase' virá como ladrão à noite, isto é, ninguém sabe quando virá, e não como supostamente se crê que será depois de sete anos. O certo é concluir que as 70 semanas de Daniel não está ligada a segunda vinda de Jesus Cristo para arrebatar os Seus, destruir os ímpios e estabelecer seu Reino milenar. Esse tem sido o erro dos profetas atuais. Eles se apóiam em números das Escrituras para determinarem o ano da volta de Jesus Cristo. Por exemplo, o livro de Daniel fala de 'sete tempos' (4.16), de 'duas mil e trezentas tardes e manhãs' (8.14) e de 'setentas semanas' (9.24). Os russelitas iniciaram a contagem para a vinda de Jesus nos 'sete tempos', os adventistas nas 'duas mil e trezentas tardes e manhas' e os pré-tribulacionistas nas 'setentas semanas'. Porém, esses três grupos estão equivocados, pois se lemos atentamente esses textos veremos que 'os sete tempos' se refere o tempo que Nabucodonosor ficaria demente; 'as duas mil e trezentas tardes e manhãs' apontam para o tempo em que Antíoco Epifânio profanou o templo de Jerusalém, isto é, de 168 a 165 a.C, ano em que os macabeus reconsagraram o templo. E 'as setentas semanas' abrangem o período de 457 a.C a 34 d.C, tempo esse que Deus determinou sobre a nação de Israel. Todavia, Daniel fala de um período de 'um tempo, dois tempos e metade de um tempo', em que seria o tempo em que os santos seriam entregue nas mãos de um certo ditador, porém, depois, desse tempo os santos ressuscitariam para tomar posse do Reino (Daniel 7.25-27; 12.7). Esse tempo nada tem haver com as 70 semanas. Isso pode ser visto pelo fato que Daniel recebeu a visão de 'um tempo, dois tempos e metade de um tempo' em 553 a.C, isto é, antes de receber a revelação das 'setentas semanas' em 538 a.C, e além do mais em nenhum lugar nas Escrituras aparecem esses sete anos completo, mas sempre esse tempo fragmentado de três anos e meio. Por que? Esse período é simbólico! Ele se inspirar no tempo em que Antíoco Epifânio, chamado de 'chifre pequeno' em Dn 8.9, profanou o templo de Jerusalém e esforçou-se resolutamente para aniquilar a fé judaica. Isso serviu de prefiguração de uma besta ainda mais implacável dos últimos dias (Daniel 8.9-14; 11.31; 12.11; Apocalipse 13.5-7). O historiador Flávio Josefo escreveu que Daniel profetizou que: 13º Problema Teológico

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Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista

'viria um rei, que faria a guerra aos judeus, aboliria todas as suas leis e toda a forma da sua República,saquearia o Templo e proibiria durante três anos que lá se oferecessem sacrifícios. Isso tudo', diz Josefo, 'aconteceu sob o reinado de Antíoco Epifânio'. Josefo escreveu que Antíoco Epifânio 'mandou construir um altar no templo e lá fez sacrificar porcos, o que era uma das coisas mais contrária à nossa religião. Obrigou então os judeus a renunciarem ao culto do verdadeiro Deus, para adorar seus ídolos...Proibiu os judeus [circuncidar] seus filhos... Mandava queimar todos os livros das Sagradas Escrituras...' (História dos Hebreus, págs.256,287, CPAD).

Assim, esse período de 'um tempo, dois tempos e metade de um tempo', que Flávio Josefo redondou por 'três anos' passou a ser símbolo convencional de um período limitado de iniqüidade irrefreada (ver notas em Bíblia de estudo NVI, págs. 1468,1469, 2182), e tomado para representar a última perseguição contra os crentes. Quando Jesus Cristo disse aos seus discípulos: 'Assim, quando vocês virem o sacrilégio terrível, do qual falou o profeta Daniel, no Lugar Santo quem lê, entenda então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes' (Mt 24.15,16), não se referia as profecias que dizem respeito a Antíoco Epifânio e seu equivalente profético, a Besta do apocalipse, mas se referia àquela parte da profecia das 70 semanas de Daniel que previa que a 'cidade [de Jerusalém] e o Lugar Santo serão destruídos pelo povo do governante que virá... numa ala do templo será colocado o sacrilégio terrível...' (Dn 9.26,17 c/ Mt 24.1,2). Segundo Lucas as palavras de Jesus podem ser lidas assim: 'Quando virem Jerusalém rodeada de exército, vocês sabem que a sua devastação está próxima. Então os que estiverem na Judéia fujam para os montes' (Lucas 21.20). Essas profecias de Jesus e Daniel apontam para a destruição de Jerusalém e do Templo no ano 70 d.C., por Tito e o exército romano. Porém, tratando das profecias de Daniel acerca de Antíoco Epifânio, Paulo muito apropriadamente interpretou que antes do arrebatamento da Igreja '...virá a apostasia e, então, será revelado o homem do pecado. Este se opõe e se exalta acima de tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, chegando até a assentar-se no santuário de Deus, proclamando que ele mesmo é Deus [porém] o Senhor Jesus... o destruirá pela manifestação de sua vinda' (2 Ts 2.1-8). 118

13º Problema Teológico


Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista

Os 490 anos que começa em 457 A.C e termina em 34 d.C, foram determinados sobre a nação de Israel; durante esse período Cristo deveria ‘expiar o pecado’ (sua morte - Hb 1.3), trazer a ‘justiça eterna’ (sua ressurreição - Rm 4.25) e’ ungir o Santos dos santos’ (sua ascensão - Hb 9.23,24). Depois dessas semanas de anos, Jerusalém e o templo deveriam ser destruídos, isso marcaria o fim da era judaica. E de fato aconteceu no ano 70 d.C, o príncipe-assolador Tito com o seu povo, os romanos, invadiu Jerusalém, profanou o templo e causou uma grande destruição. Jesus ligou esse acontecimento ao que Daniel falou, quando ensinou: 'Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê entenda)...sabei que está próxima a devastação [de Jerusalém]..os que estiverem na Judéia, fujam para os montes' (Mateus 24.15; Lucas 21.20,21 ARA).

Aqui marca o término do trato de Deus com o Israel carnal como nação de Deus, doravante o verdadeiro Israel é o remanescente de judeus crentes que será salvo (Rmanos 9.27-33; 10.19-21; 11.1-10). Conforme está escrito: 'o Reino de Deus será tirado de vocês e será dado a um povo que dê os frutos do Reino' (Mateus 21.43).

Todavia, ainda que acreditasse como o pré-tribulacionista, que Jesus voltará com poder e grande glória no final da última semana de Daniel para socorrer a nação terrena de Israel e que haveria uma conversão nacional dela, isso não impediria que o arrebatamento da Igreja ocorresse nessa vinda, já que os próprios pré-tribulacionistas acreditam que nessa vinda para a nação de Israel, uma grande multidão de crentes oriundos da grande tribulação irão ser ressuscitados e glorificados nessa ocasião.

13º Problema Teológico

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Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista

14º PROBLEMA TEOLÓGICO: O pré-tribulacionismo dá a entender que a Grande Tribulação é uma parceria entre Deus e o Anticristo

T

alvez eu possa está sendo atrevido quanto a essa questão, mas é o que eu vejo quando leio os escritos do pré-tribulacionismo acerca da grande tribulação. Por exemplo veja o que escreveu o saudoso teólogo pré-tribulacionista Eurico Bergstén: 'A Grande Tribulação é chamada o dia da vingança... no dia da vingança do nosso Deus, o mundo será entregue ao “Senhor” (esse Senhor é Satanás)... Na Grande Tribulação, a força de Satanás triunfará sobre o mundo, e resultará a maior catástrofe de todos os tempos' (Lições Bíblicas, de Mestre, 3º t de 1995, pág.75).

Se a grande tribulação é o ‘dia da vingança do nosso Deus’, por que logo Satanás, o arquiinimigo de Deus, ‘triunfará’? Eurico Bergstén pergunta: 'O que provocará a tremenda angústia na Grande Tribulação?' Ele mesmo responde: 'O governo mundial do Anticristo com a eficácia e poder de Satanás. A execução dos castigos de Deus em três séries distintas: os sete selos, sete trombetas e as sete taças'. Se a Grande Tribulação é a 'execução dos castigos de Deus', como pode ser ao mesmo tempo 'o governo mundial do Anticristo com eficácia e poder de Satanás'? Será que o Anticristo ficará imune aos castigos de Deus?! Como escreveu o nosso querido teólogo Eurico Bergstén: 'O Anticristo... será aclamado líder mundial, capaz de encaminhar a solução de todos os problemas da humanidade'. (Lições Bíblicas, de Mestre, 3º trimestre de 1995, pág.75).

Aí eu não entendo mais nada! Quem vai triunfar na Grande Tribulação é Satanás e o Anticristo ou é Deus e Jesus Cristo? Ou são os quatros que triunfarão juntos? Dá-me repugnância só em pensar nisso! O Dr. Eurico Bergstén escrevendo em outra ocasião diz que na grande tribulação, 'Deus se afasta, abandona o mundo; se retira e entrega o mundo nas mãos de Satanás...O mundo fica assim no poder de Satanás. Este, por sua vez, se organiza para exercer este poder nas suas mãos. Ele suscita uma trindade satânica: O Dragão é o Antideus, a Besta é o Anticristo, e o Falso Profeta é o Antiespírito' (Lições Bíblicas, 3º trimestre de 1983, pág.39). 120


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Mas o mundo já não está entregue a Satanás? Mas quem entregou não foi Deus e sim Adão! Por exemplo o Diabo disse a Jesus Cristo, quando lhe mostrou em relance todos os reinos do mundo: 'Eu te darei toda a autoridade sobre eles e todo o seu esplendor, porque me foram dados e posso dá-los a quem eu quiser' (Lc 4.5), e Paulo escreveu sobre o deus deste século referindo-se a Satanás (2 Co 4.4), e o apóstolo João também escreveu que 'o mundo todo está sob o poder do Maligno' (1 Jo 5.19). E nem Deus e nem o seu povo precisou abandonar o mundo por causa disso! Que eu saiba Deus, por meio de Cristo, quer arrancar o mundo das mãos de Satanás, e não entregá-lo (1 Jo 3.8; Ap 11.15). Deus jamais se afasta, recua, pelo contrário, a Bíblia diz: ''...Deus [é] que tem domínio sobre estas pragas' (Ap 16.9), as manifestações das pragas divinas sobre a terra nos últimos dias é visto como uma visitação e intervenção de Deus. O que Satanás fará então? O Apocalipse diz: 'aí da terra e do mar, pois o Diabo desceu até vocês! Ele está cheio [de grande ira], pois sabe que lhe resta pouco tempo' (Apocalipse 12.9,12). Satanás afundará o mundo em um caos social e moral, produzindo sangrentas guerras, violências e discórdias, influenciando os homens a cometerem abomináveis pecados. Porém, o diabo concentrará sua 'grande ira' contra as testemunhas fiéis de Jesus, levando as nações persegui-las. Porém, tudo isso causado por Satanás, atrairá mais ainda a cólera de Deus sobre o mundo (Ap 8.13; 9.20,21; 16.5-10). Contudo, Deus não agirá controlado por ira desarrazoada, mas com justiça, a fim de levar as nações a temerem e glorificarem o seu Nome (Ap 15.3-4 veja o exemplo disso em Amós 4.9-11). Eu sei que nós estamos vivendo no ‘poder das trevas’ e que nos últimos dias esse poder aumentará mais ainda, mas isso não significa grande tribulação, pelo contrário grande tribulação é o inicio do fim do governo de Satanás e de seu filho, o Anticristo, e não o auge do seu poder! Assim como as pragas do Egito foram o inicio do fim do terrível império dos Faraós, muito embora eles tenham aumentado sua pressão sobre o povo de Deus. Então, o que irmão Eurico Bergstén que dizer com 'Deus se afasta...[do] mundo; se retira e entrega o mundo nas mãos de Satanás...'? Será que ele quer dizer que Satanás, a Besta e o Falso Profeta vão lançar as pragas apocalípticas sobre o mundo? Acredito que não, pois, o teólogo pré-tribulacionista Elienai Cabral escreveu que o Anticristo terá uma influência mundial, 'pois conquistará o apoio das 14º Problema Teológico

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nações do mundo inteiro...', então ele não destruirá o mundo, mas terá o apoio dele. Na verdade Elienai Cabral conclui suas palavras dizendo: '...contra Israel' (LIções Bíblicas, 3º trimestre de 1998, pág.60). Então vejamos, para os pré-tribulacionistas a grande tribulação tem dois lado: por um lado Deus castiga as nações, por outro lado o Anticristo castiga Israel! Mas será que a perseguição do Anticristo contra Israel pode ser chamada de grande tribulação em comparação as pragas de Deus contra as nações? Ou Israel também será atingido pelas pragas de Deus? Não! Não pode ser! Deus e o Anticristo contra Israel!? Então caso contrário, Israel vai ser protegido por Deus das pragas apocalípticas? Mas pela ainda, o que é ira vindoura então para os pré-tribulacionistas? As pragas de Deus ou a perseguição do Anticristo? Se for a ira de Deus então será contra as nações? Se for a ira do Anticristo então será contra Israel? Mas, se a ira vindoura é contra Israel e essa ira é de Deus, então Israel será também castigada com as pragas de Deus? Mas isso não é um anti-semitismo desenfreado: Deus e o Anticristo golpeando Israel! Bem, é aparentemente isso que o pré-tribulacionista Elienai Cabral se deixa transparecer, quando diz: 'Podemos perceber que os juízos catastróficos de Deus sobre Israel e o mundo naqueles dias só terão inicio depois que a Igreja for retirada' (Lições Bíblicas, de Aluno, 3º trimestre de 1998, pág. 48 o grifo é meu).

Os pré-tribulacionistas fazem uma atrapalhação entre a ditadura do Anticristo e os juízos de Deus, assim a Grande Tribulação se torna ao mesmo tempo o domínio mundial da Besta e a Ira de Deus. Eurico Bergstén escreveu: 'A Grande Tribulação será uma ditadura universal e cruel do Anticristo' (Lições Bíblicas, de Mestre, 3º trim. de 1995, pág.76).

Elienai Cabral explicou : 'Num breve espaço de três anos e meio esse líder (o Anticristo) alcançará o apogeu do seu domínio mundial e então haverá uma falsa paz' (Lições Bíblicas, de Aluno, 3º trim. de 1998, pág. 50). 122

14º Problema Teológico


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‘Nos últimos três anos e meio', complementa Antonio Gilberto, 'ocorre a Grande Tribulação propriamente dita...[será] a pior fase da Grande Tribulação... quando o Anticristo romper sua aliança feita com os judeus, e começar a persegui-los' (Daniel e Apocalipse, pág. 67 e Escatologia Bíblica - EETAD, 63).

Com ele concorda Elienai Cabral ao escrever: 'Nesse momento se dará o rompimento da aliança com Israel. O príncipe (Anticristo)...entrará em Israel e então se iniciará a grande angústia de Israel, a Grande Tribulação' (Lições Bíblicas, de Aluno, 3º trimestre de 1998, pág. 50) o grifo é meu.

Entretanto, Claudionor de Andrade diz em contrapartida: 'A segunda metade da semana será ocupada pela Grande Tribulação propriamente dita: Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhe sobrevirá repentina destruição, e de modo nenhum escaparão...' (Lições Bíblicas, de Aluno, 4º trimestre de 2004, pág.38) o grifo é meu.

Claudionor e Elienai não estão dizendo a mesma coisa! Porque se 'a repentina destruição' que ninguém escapará vem depois dos três anos e meio de falsa paz, como o Anticristo sobreviverá para causar grande tribulação a Israel nos últimos três anos e meio? Ou melhor, se a repentina destruição de que se refere Claudionor forem as pragas de Deus então não pode ser a grande angústia de Israel que se refere Elienai? Se for a grande angústia de Israel não pode ser a repentina destruição? Se for os dois, então, conclui-se que depois de três anos e meio de paz com Israel, o Anticristo lancará as pragas divinas sobre Israel. Porém se a grande tribulação for, realmente, as pragas vindas de Deus sobre o mundo, por que a pior fase será na metade dos 7 anos? Eurico Bergstén diz: 'Depois de três anos e meio, o Anticristo romperá o concerto. Ele profanará o Templo, ao assentar para ser adorado como Deus' (Lições Bíblicas, de Mestre, 3º trimestre de 1995, pág. 76).

'Quando isso acontecer' diz Claudionor de Andrade, 14º Problema Teológico

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‘será deflagrada toda a ira de Deus tanto sobre o Anticristo como sobre os seus adoradores. Mostrará Deus, uma vez mais, que não dividirá a sua glória com ninguém'.

Ao dizer essas coisas, os pré-tribulacionistas demonstram uma interpretação absurda! Isso significa que enquanto Israel em aliança promíscua com o Anticristo, oferecia sacrifícios literais a Deus no literal templo de Jerusalém construído pelo Anticristo, Deus os aceitava. Mas quando esses sacrifícios forem interrompidos, Deus ficará irado! Como pode Deus receber por três anos e meio sangrentos sacrifícios de animais oferecidos por intermédio de um Israel inconverso em aliança com um Anticristo satânico! Isso não é um ultraje ao sacrifico eterno de Jesus Cristo! Deus jamais voltará as práticas que hoje são consideradas de rituais satânicos. As Escrituras são contundentes em dizer que sacrifícios de animais não agradava a Deus, mas unicamente o sacrifício de Seu Filho (Hebreus 10.4-14). Isso é colocar Deus dentro de um conluio! Quer dizer Deus foi traído pelo Anticristo e ressentindo derrama suas pragas?! E o pior é que o Anticristo se volta furioso contra os judeus porque não aceitaram adora-lo, e são terrivelmente perseguidos, e isso é considerado como ‘A Grande Tribulação'. Como continua Elienai Cabral: '(O Anticristo) entrará em Israel e iniciará a Grande Tribulação...a Grande Tribulação não se destina à Igreja de Cristo, e sim, para o povo de Israel e o mundo gentio. Todos juízos de Deus profetizados terão os seus cumprimento' (Lições Bíblicas, de Aluno, 3º trimestre de 1998, pág. 50).

Eu, só queria saber por que Deus vai derramar os seus juízos sobre Israel, já que eles romperam com o Anticristo, quando esse quis adoração?! Não deveriam ser protegidos por Deus! Se a grande tribulação contra Israel é a perseguição do Anticristo, então isso não é nenhuma novidade, pois já faz parte do povo de Deus. Tanto judeus como cristãos desde o inicio são duramente perseguidos! Só não sei como o Anticristo vai causar, em três anos e meio, uma grande tribulação à Israel sendo ao mesmo tempo castigado por Deus com terríveis pragas! Como diz Claudionor 'será deflagrada toda a ira de Deus tanto sobre o Anticristo como sobre os seus adoradores' (o grifo é meu). 124

14º Problema Teológico


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E, o pior é que depois desta deflagração total da ira de Deus, o Anticristo ainda estará 'vivinho da silva' para lutar contra o Cordeiro na Guerra do Armagedom (Ap 19.19). A terrível perseguição do Anticristo e as pragas de Deus não podem ser chamadas paralelamente de Grande Tribulação! Porque se não haveria uma parceria entre Deus e o Anticristo. Ou a Grande Tribulação é a fúria de Deus contra o mundo do Anticristo ou é a fúria do Anticristo contra o povo de Deus. Porque Deus e o Anticristo não podem combater do mesmo lado! Sim, Deus pode castigar o mundo anticristão por perseguir o Seu povo, mas jamais castigará o seu povo por recusar adorar o Anticristo. Quando Deus castiga o Seu povo, sempre o faz para corrigi-lo de seus erros. Por exemplo, utilizou-se da Assíria e da Babilônia para castigar Israel por causa de sua crassa idolatria. E utilizou-se de Roma para castigar Israel por ter rejeitado o Messias. Mas, não será esse o caso na G r a n d e Tr i b u l a ç ã o , p o r q u e I s r a e l , c o n f o r m e e n s i n a o s pré-tribulacionistas, recusará prestar culto ao Anticristo, por que então deverá ser castigada por Deus? Por isso que nem o reinado e nem a perseguição do Anticristo contra Israel podem ser chamados de grande tribulação, pois que os juízos de Deus vêm sobre o mundo do Anticristo exatamente porque ele persegue os santos do Cordeiro e esses juízos devem ser chamados de Grande Tribulação. A própria definição da Grande Tribulação advogada pelos pré-tribulacionistas é um erro teológico grave e sem lógica. Porque eles têm que decidir: ou a Grande Tribulação é Satanás perseguindo o fiel Israel ou é Deus castigando o mundo de Satanás com pragas. Não pode significar a mesma coisa! Deus castigará, de fato, esse mundo com terríveis pragas, da mesma maneira como castigou o Egito com dez pragas. Por que Ele castigou o Egito? Porque o Egito oprimiu o Seu povo. Similarmente, Deus castigará este mundo, o simbólico Egito, com pragas apocalípticas, pois este mundo persegue o seu povo fiel por se recusar adorar o sistema Bestial (Ap 11.7,8; 13.7,15). E esse povo não é a nação moderna de Israel, mas a Igreja redimida pelo sangue do Cordeiro! O próprio nome 'Anticristo' é incompatível com a atual nação de Israel, pois 'Anticristo' significa 'contra Cristo', e esse Israel atual não crêem em Cristo, mas a Igreja crê em Cristo. Então o Anticristo tem que se erguer contra o povo que está em Cristo! 14º Problema Teológico

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Por isso que ele sai de dentro da própria Igreja a fim de usurpar o lugar de Cristo ali, como escreveu Paulo e João (2 Ts 2.4; 1 Jo 2.18,19), mas João consola os irmãos, dizendo que Cristo, que está na Igreja é maior do que o Anticristo, que está o mundo, por isso que nós o venceremos (1 Jo 4.1-3). Aleluia! Ora, os pré-tribulacionistas falam muito do espírito do Anticristo que procura penetrar na Igreja. Em sua lição 'O Espírito do Anticristo e o Mundo', o Dr. Eurico Bergstén discorre sobre vários meios que o espírito do Anticristo utiliza-se para penetrar na Igreja, ele escreveu: 'Ele (o espírito do Anticristo) combate a Igreja...o espírito do Anticristo tem como objetivo primordial impedir que a mensagem transformadora [do evangelho de Cristo] seja divulgada por meio dos cristãos' (Lições Bíblicas, de Mestre, 3º trimestre de 1995, pág. 35) o grifo é meu.

Então são esses cristãos fiéis que serão perseguidos pelo Anticristo quando esse se manifestar em pessoa! Pois, as pessoas agem segundo o seu espírito. E, com certeza o Anticristo não mudará o seu objetivo primordial quando se manifestar publicamente. Quanto a nação de Israel, definitivamente já sofreu sua grande aflição, no ano 70 A.D, quando os romanos lideradas por Tito invadiram a Palestina e deitaram abaixo o templo e a cidade de Jerusalém, dispersando os judeus entre as nações do mundo inteiro, onde sofreram bastante sob o preconceito anti-semitismo. O escritor e historiador da Igreja Primitiva, o doutor Lucas escreveu sobre isso: 'Quando virem Jerusalém rodeada de exército, vocês saberão que a sua devastação está próxima. Então os que estiverem na Judéia fujam para os montes, os que estiverem na cidade saiam, e os que estiverem no campo não entrem na cidade. Pois esses são os dias da vingança, em cumprimento de tudo o que foi escrito. Como serão terríveis aqueles dias para as grávidas e para as que estiverem amamentando! Haverá grande aflição na terra (da Judéia) e ira contra este povo. Cairão pela espada e serão levados como prisioneiros para todas as nações. Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos deles se cumpram' (Lc 21.20-24).

Por que tão grande infortúnio caiu sobre os judeus? Paulo responde: 126

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'[os judeus] mataram o Senhor Jesus e os profetas, e também nos perseguiram. Eles desagradam a Deus e são hostis a todos, esforçando-se para nos impedir que falemos aos gentios, e estes sejam salvos. Dessa forma, continuam acumulando os seus pecados. Sobre eles, finalmente, veio a ira [de Deus]' (1 Tessalonicenses 2.15,16).

Certa fonte descreve: 'Posteriormente, a tradição da igreja entendeu que a queda de Jerusalém em 70 d.C. ocorreu como resultado do julgamento divino devido à perseguição dos seguidores de Jesus pelos judeus. Por exemplo, Eusébio, o historiador da igreja do século IV, referese à crença de muitos de que Deus julgou Jerusalém porque mataram o meio-irmão de Jesus, Tiago...Até mesmo [Flávio] Josefo atribui a queda de Jerusalém ao julgamento divino' (Interpretações do Apocalipse, pág.159)

Flávio Josefo era um historiador judeu e foi uma testemunha ocular desses fatos, e só sobreviveu a essa desgraça porque se rendeu aos romanos antes de Tito invadir Jerusalém. Em seu livro, História dos Hebreus, Josefo escreve horrores sobre esses dias. O próprio Jesus Cristo declarou: 'Eu lhes estou enviando profetas, sábios e mestres. A uns vocês matarão e crucificarão; a outros açoitaram nas sinagogas de vocês e perseguirão de cidade em cidade. E, assim sobre vocês recairá todo o sangue justo derramado na terra, desde sangue do justo Abel, até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, a quem vocês assassinaram entre o santuário e o altar. Eu lhes asseguro que tudo isso sobrevirá a esta geração' (Mateus 23.34-36).

Quando Mateus e Marcos redigiram o sermão profético de Jesus sobre a destruição de Jerusalém, eles previram a vinda de Jesus logo após aqueles dias terríveis para os judeus. Porém, Lucas que foi mais preciso diferenciou a destruição de Jerusalém dos sinais apocalípticos que antecederiam a vinda de Jesus (Lucas 21.25-28). Contudo, tanto Mateus como Marcos e Lucas acreditavam que a vinda de Jesus seria depois da grande tribulação, seja ela a terrível calamidade que se abateu sobre os judeus no ano 70 A.D., seja a horrenda calamidade apocalíptica que abaterá sobre o mundo inteiro. Sendo assim não só as pragas do Egito apontam para as pragas 14º Problema Teológico

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apocalípticas sobre o mundo, mas a própria micro grande tribulação dos judeus, apontam para o macro grande tribulação do mundo anticristão. Isso acontecerá porque em todos os casos o povo de Deus estava sendo terrivelmente perseguido, seja pelo Egito que oprimia Israel, seja pelos judeus que perseguiram os primitivos discípulos de Cristo, ou seja pelo mundo do Anticristo que persegue a Igreja de Cristo. Assim está escrito: 'Todos odiarão vocês por causa do meu nome'. Porém, também se diz: 'nenhum fio de cabelo da cabeça de vocês se perderá. É perseverando que vocês obterão a vida' (Lucas 21.17-19). De fato, assim como os crentes primitivos ‘escaparam’ da grande calamidade sobrevinda a Israel no ano 70 A.D, porque estavam de sobreaviso, assim também os últimos crentes ‘escaparão’ das calamidades que sobrevirão a todos, se estiverem vigilantes (Lc 21.3436). Porém, esse escape não se refere a um pré-arrebatamento dos crentes vigilantes, mas a proteção de Deus sobre eles, pois os discípulos vigilantes de Jesus para escaparem da destruição no ano 70 não foram arrebatados para o céu, mas se refugiaram em uma cidade chamada Petra que ficava na própria Palestina, onde estava caído os juízos de Deus. No Apocalipse, João retrata a vitória dos crentes sobre a Besta como a vitória dos israelitas sobre Faraó, assim como os israelitas pararam junto ao mar vermelho, e quando viram os egípcios mortos na praia, entoaram o cântico de Moisés (Êx 14.29-15.1-18), assim também, João vê os vencedores da Besta, em pé junto ao mar de vidro misturado com fogo, cantando o cântico da vitória, isto é, o cântico de Moisés e o cântico do Cordeiro (Ap 15.2-4). Semelhantemente, assim como a geração dos judeus do século I, pagaram por todos os assassinatos cometidos por seus antepassados aos justos, assim também, na grande tribulação a última geração dos ímpios pagará por todos os crimes cometidos contra os crentes por todas as gerações (Ap 18.21,24). Geralmente os pré-tribulacionistas usam o texto de Lucas 21.34-36 para provar um arrebatamento antes da grande tribulação. O texto: '...estar em pé diante do Filho do homem' é visto como está literalmente no céu enquanto aqui na terra transcorre 'o que está para acontecer'. Porém, entender esse versículo desse modo é desestruturar esse capítulo. O versículo 31 diz: '...quando virem estas coisas acontecendo, saibam que o Reino de Deus está próximo'. Jesus coloca seus discípulos dentro do contexto dos acontecimentos, pois se eles verão as coisas 128

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acontecendo significa que estão presentes na terra, e além do mais Jesus coloca a esperança deles na vinda do Reino e não em uma vinda secreta! Isso significa que 'estar em pé' se refere 'está firme na fé' quando aquele dia inesperado vier e os discípulos 'escapam' dessas coisas por levar uma vida de vigilância e oração, não por serem arrebatados em uma vinda secreta. Quando o Filho do Homem vier muitos estarão sucumbidos diante dos horrores que sobrevirão ao mundo nos últimos dias, outros prostrados aos deleites deste mundo caído, como que dizendo: 'comemos e bebemos porque amanhã morreremos', tais como a mulher de Ló que deu a última olhadinha! Mas os crentes devem estar em pé diante do Filho do Homem na Sua vinda. Como bem traduziu a Bíblia Linguagem de Hoje: ‘Portanto, fiquem vigiando e orem sempre, a fim de poderem escapar de tudo o que vai acontecer e poderem estar de pé na presença do Filho do Homem, quando ele vier’ (Lc 21.36).

14º Problema Teológico

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15º PROBLEMA TEOLÓGICO: Os pré-tribulacionistas acusam erroneamente os pós-tribulacionistas de esperarem a Grande Tribulação em vez da Volta de Jesus

N

ós já vimos no '14º Problema Teológico: O prétribulacionismo dá a entender que a Grande Tribulação é uma parceria entre Deus e o Anticristo' que para os pré-tribulacionistas a grande tribulação é um período de 7 anos e que significa simultaneamente o governo do Anticristo, a terrível perseguição contra Israel e os gentios convertidos e as pragas do Apocalipse. Eita! Já vimos também que a grande tribulação não será um período de sete anos, essa cronologia está errada conforme foi provado no'13º Problema Teológico: São os sete anos tão citados pelos pré-tribulacionistas'. Sobre a perseguição, Jesus e seus apóstolos previram que os verdadeiros cristãos seriam perseguidos pelo sistema deste mundo, por Satanás e pelo Anticristo: 'Então eles os entregarão para serem perseguidos e condenados, e vocês serão odiados por todas as nações por minha causa' (Mt 24.9); Bem-aventurados serão vocês, por minha causa, os insultarem, os perseguirem... Alegrem-se e regozijem-se... pois da mesma forma perseguiram os profetas que viveram antes de vocês' (Mt 5.11,12); Fiquem atentos, pois vocês serão entregue aos tribunais e serão açoitados nas sinagogas' (Mc 13.9); '... eles entregarão alguns de vocês à morte. Todos odiarão vocês por causa do meu nome. Contudo, nenhum fio de cabelo da cabeça de vocês se perderá' (Lc 21.16-18); 'Se me perseguiram, também perseguirão vocês' (Jo 15.20); 'De fato, virá o tempo quando quem os matar pensará que está prestando culto a Deus' (Jo 16.1); 'perseverança e fé demonstrada por vocês em todas as perseguições... Elas dão... mostram... que vocês sejam dignos do seu Reino' (2 Ts 1.4,5). 'De fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos' (2 Tm 3.12). O dragão... saiu para guerrear contra os que obedecem aos mandamentos de Deus e se mantêm fiéis ao testemunho de Jesus' (Ap 12.17);'Foi dado (a Besta) poder para guerrear contra os santos' (Ap 13.7);'Vi que a mulher (a Babilônia, a Gande) estava embriagada com o sangue dos santos' (Ap 17.6); 'Vi as almas dos que foram decapitados por causa do testemunho de Jesus e da palavra de Deus' (Ap 20.4). 130


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Todos os crentes sabem que antes de Jesus voltar eles serão duramente perseguidos. A vinda de Jesus trará alívio à esses crentes (2 Ts 1.6-8). Porém, conforme já analisamos em outra parte deste livro que essas perseguições não se trata da chamada 'Grande Tribulação', uma vez que essa vem sobre as nações e o reino satânico do Anticristo babilônico (Dn 12.1; Mt 24.21; Ap 14.9,10; 16.10,11; 18.8). Tanto Paulo como João falaram da vinda do Anticristo como um sinal que ocorrerá antes da vinda de Jesus (2 Ts 2.1-4; 1 Jo 2.18). Isso não deveria ser novidade para nenhum cristão, uma vez que escreveu o apóstolo João aos santos: 'anticristo, acerca do qual vocês ouviram que está vindo, e agora já está no mundo' (1 Jo 4.3). De fato, a vinda e o governo do Anticristo 'é segundo a ação de Satanás, com todo o poder, com sinais e com maravilhas enganadoras' (2 Ts 2.9-12). Todavia, isso também não se constitui a grande tribulação. Concordo, porém, que a grande tribulação será juízes apocalípticos de Deus sobre as nações e o reino do Anticristo devido o fato deles perseguirem os cristãos desde o inicio da igreja (Ap 16.5,6; 18.19,20; 19.2), mas durante esse tempo a igreja será protegida (Ap 3.10), não no céu, mas aqui mesmo na terra (Jo 17.15; Ap 7.14; 13.9,10; 15.2; Dn 12.1; Mc 13.20; Mt 24.21,22). Será que deve ser visto como algo negativo os cristãos saberem que antes de Jesus voltar o Anticristo e seu reino será pisoteado pelas pragas do Apocalipse? Não! Primeiramente porque Jesus ensinou claramente que a sua vinda e o arrebatamento (redenção) de seus escolhidos (os crentes) será depois da grande tribulação -os juízos apocalípticos (Mt 24.29-31; Lc 21.25-28). Isso significa que a grande tribulação é um prenúncio do dia do Senhor em que ele voltará para arrebatar a Sua igreja. Então isso é uma alegre expectativa! É um sinal de que a nossa 'redenção (libertação) está próxima'. Assim como o derramamento das dez pragas no Egito era um prenúncio da saída dos crentes israelitas daquele império faraônico, assim também, as pragas do Apocalipse devem ser vistas como um prenúncio da nossa saída deste império anticristão. De modo similar, antes dos judeus saírem da Babilônia, ela foi destruída pelo ungido do Senhor, Ciro (Is 45.1; 48.14,20; Jr 51.1-4, 6, 8), assim, também, antes de sairmos deste reino babilônico, o Senhor Jesus, nosso Ciro Maior, destruirá a cidade sede do reino anticristão babilônico através das pragas apocalípticas (Ap 16.19; 18.8,18; 15º Problema Teológico

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19.3, 6,7). Os juízos apocalípticos na grande tribulação são vistos no Apocalipse como grandes obras maravilhosas do Senhor, seus atos de justiça, verdadeiros juízos que vindicam a justiça e a santidade de Deus (Ap 15.3-4; 16.5-7). Por isso que os santos devem celebrar a Deus (Ap 18.20). Felizes aqueles que verão as pragas de Deus caírem sobre o império da Besta, a Babilônia, a Grande! Antes de sermos arrebatados, veremos os adoradores da Besta beberem sangue! Por que os pré-tribulacionistas ironizam dizendo que os pós-tribulacionistas esperam a grande tribulação? Porque para esses medrosos pré-tribulacionistas a grande tribulação é o “terror da Besta”, enquanto que para a igreja do Senhor é o “terror do Cordeiro”, para 'vingar' o 'sangue' de suas testemunhas fiéis. Encontramos os santos mártires, membros fiéis da Igreja do Cordeiro, clamando 'em alta voz: Até quando, ó Soberano, santo e verdadeiro, esperarás para julgar os habitantes da terra e vingar o nosso sangue? Então... lhes foi dito que ESPERASSEM UM POUCO MAIS...' (Ap 6.10,11). Esperamos que acontece a grande tribulação porque essa vem em forma de juízos apocalípticos de Deus em respostas as orações dos santos, conforme Apocalipse 8.3-5: “Outro anjo, que trazia um incensário de ouro, aproximou-se e se colocou em pé junto ao altar. A ele foi dado muito incenso para oferecer com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro diante do trono. E da mão do anjo subiu diante de Deus a fumaça do incenso com as orações dos santos. Então o anjo pegou o incensário, encheu-o com fogo do altar e lançou-o sobre a terra; e houve trovões, vozes, relâmpagos e um terremoto”.

E após isso os sete anjos tocam as suas sete trombetas (Ap 8.69.21). De modo semelhante, as sete taças, que são as sete últimas pragas vem em respostas das orações dos crentes (Ap 15.1,3-16.21). Nesse tempo o reino da Besta ficará em trevas e os seus adoradores morderão a própria língua de tanta agonia e dores (Ap 16.10,11). Mas o que é dito aos crentes? 'Celebrem, ó santos, apóstolos e profetas! [É] Deus... retribuindo-lhe o que ela fez a vocês' (Ap 18.20), e 'temei a Deus e dálhe glória, pois chegou a hora do seu juízo' (Ap 14.7). Esse juízo é prenunciado pelas trombetas e taças. De fato, está escrito que 'na terra, as nações estarão em angústia e perplexidade com o bramido e a agitação do mar. Os homens 132

15º Problema Teológico


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desmaiarão de terror, apreensivos com o que está sobrevindo ao mundo; e os poderes celestes serão abalados' (Lucas 21.25,26). Mas a respeito desses acontecimentos, Jesus disse aos seus discípulos: 'quando virem essas coisas acontecendo saibam que o Reino de Deus está próximo' (Lucas 21.31). A grande tribulação é o intenso gemido das dores de parto até que desponta no céu o Reino de Deus sob a régia do Senhor Jesus Cristo (Lc 21.31; Ap 11.15). Quando uma mulher está grávida o quê ela espera? O nascimento do bebê! Porém, ela sabe que antes virá a intensa dores de parto. Será que é justo criticá-la dizendo que ela espera essas dores terríveis? As dores vem! Isso é certo! Ela sabe disso! Ela também sabe que não pode evitar as dores! Mas o que de fato ela aguarda ansiosamente? As dores de parto! Não! A vinda do filho! Porém, uma coisa ela tem certeza, quanto mais as dores se tornam intensa, mais próximo está o filho. Pois bebê nasce em meio as dores! De modo semelhante acontecerá com a Igreja e que os pré-tribulacionistas desumanamente a crítica. Porém, há uma diferença! Não é mais a igreja que sentirá a dores de parto, mas o mundo de Satanás, pois, o Filho que já nasceu, ele há de voltar, e governará sobre as nações do mundo, junto com ele, é claro, a sua igreja (Ap 12.15). Todavia, como essas serão as dores do Messias também serão as dores da Igreja. Pois são as dores terríveis da grande tribulação que provam que Jesus está voltando e a igreja subindo! Maranata! Apressa as dores, Senhor! Em Mateus 24.21-31, Jesus alista a grande tribulação como o sinal principal da sua vinda. Porém, nossos olhos não estão postos na grande tribulação, mas no que vai acontecer depois dela. Disse Jesus: 'quando virem todas estas coisas acontecendo, saibam que ele está próximo, às portas' (Mt 24.33). É através das intensas dores de parto da grande tribulação sobre o mundo que a igreja saberá que o Filho está às portas! Deveras, a grande tribulação vem antes da volta de Jesus, e logicamente do arrebatamento dos santos, isso é um fato bíblico e um acontecimento histórico. É o inicio do livramento da igreja e do seu triunfo. Porém, será no final da grande tribulação, que Jesus virá para concretizar o livramento e a vitória da igreja e definitivamente destruir o sistema satânico do Anticristo. Sim! Espero os dias em que o Senhor abrirá o seu arsenal de guerra (Jr 50.25), mas quem fica sobressaltados com isso é o mundo e os 15º Problema Teológico

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adeptos dos pré-tribulacionistas. Já a igreja do Senhor canta e jubila, dizendo: 'Quem não te temerá, ó Senhor? Quem não glorificará o teu nome? Pois tu somente és santo. Todas as nações virão à tua presença e te adorarão, pois os teus atos de justiça se tornaram manifestos' (Ap 15.4, veja também Jeremias 10.7,10).

Pois é o nosso Deus 'quem tem domínio sobres estas pragas', e são os anjos do nosso Deus que as executam sob o comando do Cordeiro, nosso salvador! O Senhor guerreia por nós: 'O Senhor sairá como homem poderoso, como guerreiro despertará o seu zelo; com forte brado e seu grito de guerra, triunfará sobre os seus inimigos' (Isaías 42.13); Não tenha medo. Fiquem firmes e vejam o livramento que o Senhor lhes trará... O Senhor lutará por vocês, tão-somente acalma-se' (Êxodo 14.13,14); 'Tomem suas posições (cantar e entoar louvores), permaneçam firmes e vejam o livramento que o Senhor lhes dá (2 Crônicas 20.17,22) - Essa guerra é uma referência ao Amargedom futuro por isso o Armagedom é chamado de ‘vale de Josafá’ (Jl 3.12-14).

A vitória é nossa! E ela começa quando o Senhor ordenar: 'Vão derramar sobre a terra as sete taças da ira de Deus' (Ap 16.1), e terminará quando o 'Cavaleiro.. num cavalo branco' vier do céu e pisar 'o lagar do vinho do furor da ira do Deus todo-poderoso' (Ap 19.11-21). Esse é o terrível Dia do Senhor. A besta e seu falso profeta vão tremer! E os crentes já arrebatados por essa ocasião vencerão com o Cordeiro (Ap 17.14). Glória a Deus! Vem, ó Senhor! Traga logo o furor que nos introduzirá à vitória final! A ironia e a crítica infundada dos pré-tribulacionistas tornam para nós o inicio do fim do longo reinado da besta e seus adeptos! Isso torna o livro do Apocalipse vívido e real, escrito para igreja, visando o consolo e a esperança dos mártires e a certeza da vitória da igreja, e não um livro distante, futurista e sem valor. Esperamos a vitória final e não queremos esperar os eventos catastróficos que possibilitarão essa vitória? De modo algum isso faz sentido! Esperamos que antes do nosso casamento com o Cordeiro, a prostituta Babilônia tem que receber suas pragas! Porém, há uma palavra de advertência para a igreja em Apocalipse 18.4: 134

15º Problema Teológico


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'Saiam dela, vocês, povo meu, para que vocês não participem dos seus pecados, para que as pragas que vão cair sobre ela não os atinjam!'

Isso significa romper com as práticas e o ensino da religião falsa! E os que fizerem isso ouvirão a voz: 'Aleluia! A fumaça que dela vem, sobe para todo o sempre!' (Ap 19.3). E o noivo que desmascarou essa falsa noiva, virá buscar a sua verdadeira esposa (Ap 19.6-8,11). Enfim, ser um pré-tribulacionista é acreditar em um montão de confusão teológica sem respostas, enquanto que ser um pós-tribulacionista é vê com clareza a doutrina da vinda de Jesus. Talvez, porém, o problema levantado seja esse: como relacionar isso com a vinda de Jesus a qualquer momento, pois, se temos plena consciência que as pragas apocalípticas não estão sendo derramadas, isso significa que Jesus não vem agora? Essa doutrina pré-tribulacionista do 'qualquer momento' já foi abordada intensamente no '1º problema teológico: o pré-tribulacionista diz que o forte da sua doutrina é a iminência do arrebatamento da igreja, que pode se dá a qualquer momento' (queira ler novamente). Porém, quero ratificar que no programa de Deus a vinda de Jesus e o arrebatamento da igreja não acontecerão a qualquer momento, mas na data que o Pai estabeleceu por sua exclusiva autoridade (Mt 24.36; At 1.6,7; 3.21; 1 Tm 6.14,15). Porém, tenho que permanecer vigilante, pois eu não sei quando será esse dia e nem essa hora que o Pai agendou (Mt 25.13). De fato, a vinda de Jesus será de 'repente' e 'inesperada' (Mc 13.36,37; Lc 21.34,35), como também a 'destruição' que ele trará em Sua vinda será 'de repente' (1 Ts 5.3). Se lemos o Apocalipse com bastante atenção veremos que as pragas serão também de repente e sem data prevista! Isso significa, não a vinda de Jesus, mas as pragas apocalípticas podem acontecer a qualquer momento. De repente o cenário do mundo pode mudar (1 Co 7.29,31; 10.11), assim como aquela tsumani na Indonésia. Talvez para nós o mundo esteja seguindo o seu curso normalmente, mas não sabemos o que está havendo no céu agora. Será que os anjos já não estão em prontidão para tocar suas trombetas (Ap 8.6-13)? Será de modo instantâneo! Em Ap 18.8, lemos: '... num só dia as suas pragas a alcançarão'. O Senhor disse que esses dias serão também abreviados: 'por causa dos eleitos (os crentes), aqueles dias serão abreviados' (Mt 24.22), a Bíblia 15º Problema Teológico

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chama a grande tribulação de 'hora da provação' (Ap 3.10). Os anjos destruidores já estão em pé de guerra, esperando apenas a ordem divina (Ap 9.13-16). Realmente, em Apocalipse 7.1-4, os ventos de destruição que serão soprados durante a grande tribulação já estão prontos, aguardam apenas isso: 'até que selemos as testas dos servos de nosso Deus'. Há dois mil anos de história da igreja desde o escrito de Ap 7, será que já não estão todos selados? As derramadas das pragas não se constituem nenhum problema para os pós-tribulacionistas. Elas podem começar agora mesmo enquanto concluo essas palavras! Há um papel muito importante que a igreja desempenhará durante o período da 'hora da provação'. Sabemos que as pragas apocalípticas, que as identificamos como a grande tribulação, virão sobre os 'habitantes da terra' por perseguirem a igreja do Senhor. Essa perseguição começou no inicio da igreja pelos judeus apostatas e continuada pelo império romano, papado, nazismo, comunismo, colonismo, terrorismo e se intensificará nos últimos dias 'até' que se complete 'o número' dos mártires da Igreja (Ap 3.10; 6.11). Porém, todos esses mártires, fiéis membros do Corpo de Cristo, devem suportar as perseguições com resolução de que Deus há de 'retribuir' e 'vingar' (2 Ts 1.6; Rm 12.19). Nisso, segundo o Apocalipse, 'está a perseverança e a fidelidade dos santos' (Ap 13.10; 14.12). Quando essas perseguições atingirem a 'medida completa' (Gn 15.16), o Senhor castigará o mundo com pragas. Durante esse tempo de intervenção divina, a igreja do Cordeiro desempenhará um papel importante: continuar o seu incansável testemunho de Jesus e anunciar os seus juízos (Ap 19.10). Isso foi também retratado por 'duas testemunhas', que representam grupo de cristãos dentro da Igreja, lembrando o ministério profético de Moisés e Arão no Egito; aparecem vestidas de luto por causa da perseguição, muito embora tenham que sofrer o martírio, a terra será ferida 'com toda sorte de pragas' por causa do ministério profético dessas duas testemunhas (Apocalipse 11.3-13). E após essas iminentes e súbitas pragas o Senhor virá de repente, conforme escreveu Mateus: 'imediatamente após a tribulação daqueles dias' (Mt 24.29,31), e os crentes serão 'num momento, num abrir e fechar de olhos' ressuscitados, transformados e subirão ao encontro do Senhor, que vem descendo para destruir o império das trevas no Armagedom e estabelecer o seu reino milenar sobre a terra (1 Co 15.52; 1 Ts 4.16,17; 2 Ts 1.7,8; 2.8; Ap 11.15). 136

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Já me perguntaram: 'Se a igreja continuará sendo perseguida durante a grande tribulação, isto é, as derramadas das pragas do Senhor sobre o império da besta, ?'. Sim! As ondas de perseguições como acontecem hoje nos países comunistas, terroristas, ortodoxos, mulçumanos e católicos aumentarão ainda mais quando Satanás for lançado à terra (Ap 12.13-18). Esse período de perseguição severa contra a igreja será de 1.260 dias ou 42 meses (Dn 7.25; Ap 13.5-7; Dn 12.7). Esse período não é literal, mas simbólico. Não representam 3 anos e meio e nem 1.260 anos. Ele é simbólico porque toma como tipo um período de tempo em que Antíoco Epifânio, investiu contra os judeus no tempo dos macabeus. Esse ímpio governante procurou destruir o povo de Deus e acabar com o culto sagrado por um período de 3 anos e meio, de 168 à 165 A.C. Então em Apocalipse, livro dirigido às igrejas, esses acontecimentos tornam-se em figuras proféticas. Tanto Antíoco Epifânio é símbolo do Anticristo como os 3 anos e meio de perseguição contra os judeus é símbolo da última perseguição contra a igreja. Quando essa perseguição se tornar insuportável, o Senhor intervirá com as pragas. Durante as pragas, as perseguições se amenizarão, mas não acabarão. Lembra que durante as pragas do Egito, Faraó se revoltava mais ainda contra a nação santa (Êx 9.13-18,34,35). Será isso possível? Evidentemente que sim. As pragas apocalípticas muito embora sejam chamadas de 'grande tribulação', não se constituem em uma destruição derradeira do sistema anticristã. O mundo sobreviverá a grande tribulação. Mesmo em meio às pragas, lemos: 'Os homens... blasfemavam contra Deus do céus, [e] recusavam arrepender-se das obras que haviam praticado' (Ap 16.10,11).

A grande tribulação embora seja terrível e pintada de modo hipérbole, não trará destruição total, pois mesmo depois de serem derramadas as pragas do Senhor, lemos: '...vi a besta, os reis da terra e os seus exércitos reunidos para guerrearem contra aquele que está montado no cavalo e contra seu exército' (Ap 19.19).

Portanto, a grande tribulação não impedirá que os crentes 15º Problema Teológico

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continuem sendo perseguidos, ainda que em menor escala, principalmente durante as sete taças do flagelo de Deus (Ap 16.1). Durante aquela terrível catástrofe na Indonésia, em que mais de 500 mil pessoas foram mortas na tsunami, não impediu em que outra parte do planeta as pessoas continuassem em sua vida de pecado, divertimento, bebedices, glutonarias, roubo, assassinato e terrorismo, assim será também na grande tribulação (Ap 9.20,21). Quando, porém, o Senhor Jesus voltar no final da grande tribulação o mundo experimentará uma cabal destruição em sua base. O poder político, militar e religioso serão totalmente destruídos! (Ml 4.1-3; 2 Pe 3.10). E, poucas pessoas restarão para serem governadas por Jesus Cristo e sua igreja, não obstante se tornarão como areia do mar durante o milênio (Is 13.9-13; Jr 4.23-27; Ap 2.26,27; 20.7,8).

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16º PROBLEMA TEOLÓGICO: Quem pregará o evangelho na grande tribulação?

O

pré-tribulacionista C. Marvin Pate 'ver os 144.000 como um grupo seleto de judeus que são convertidos a Cristo durante a grande tribulação que, em troca, evangeliza as nações gentílicas a multidão inumerável' (As Interpretações do Apocalipse. pág. 170) .

Porém, foi a igreja de Jesus Cristo que foi constituída por Deus para a missão de pregar o evangelho a todas as nações, indo até aos confins da terra, e isto até ao fim do sistema do mundo (Mt 24.14; Mc 16.15; At 1.8). Jesus afirmou categoricamente: “É necessário que antes o evangelho seja pregado a todas as nações” (Mc 13.10). Se a Igreja é retirada da terra antes de alcançar esta meta, sua missão será incompleta e fracassada. A Igreja é a coluna e fundamento da verdade, portanto, ela é a única portadora do evangelho de Cristo (I Tm 3.15). Contudo, o pastor Martim Alves, outro pré-tribulacionista, escreveu uma matéria no jornal Mensageiro da Paz, dizendo: 'os 144 mil [judeus]...levarão ao mundo a Palavra de Deus, substituindo, assim, naquele período, a Igreja na missão de proclamar o evangelho ao mundo' (jornal MP, de julho de 2005, pág. 15 o grifo é meu).

Mas por que a Igreja deverá ser substituída pelos 144 mil judeus? Se os 144 mil judeus pregarão o evangelho em meio a perseguição e as pragas de Deus, e com certeza serão protegidos por Deus, como escreveu, em seu livro, o rematado pré-tribulacionista Wim Walgo: '[os] 144 mil selados de Israel... serão guardados por Deus na época da Grande Tribulação' (Terá Chegado o Tim de Todas as Coisas, pág. 85).

Por que isso também não pode acontecer com a Igreja? Por que ela deverá fugir de sua missão?! É fora do senso bíblico que uma incontável multidão se convertam a Cristo, sem fazer parte da Igreja! O Bom Pastor não sentará a mesa antes que a última ovelha entre para o aprisco! (Lc 15.4-6; Jo 10.16). 139


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Sim de fato, o Apocalipse fala de 144.000 selados de todas as tribos de Israel (Ap 7.1-8; 14.1-5). Mas suas descrições no capítulo 14, apontam para o remanescente de Israel (Apocalipse 14.5 c/ Sofonias 3.13); então, o símbolo profético se refere aqueles primitivos judeus que creram que Jesus é o Messias, que inicialmente formaram a Igreja, eles são 'as primícias do Cordeiro'!'. O “remanescente escolhido pela graça”, como Paulo escreveu: 'hoje também há um remanescente escolhido pela graça', e se incluiu entre eles (Romanos 11.1-5), assim reconhece o comentarista pré-tribulacionista Eliezer Lira: 'Desse remanescente, o próprio Paulo fazia parte, bem como os israelitas que aceitaram a fé em Cristo' (Lições Bíblicas, de Mestre, 1º trimestre de 2006, pág. 58).

Como bem escreveu o preterista Kenneth L. Gentry: 'esses servos de Deus das doze tribos de Israel são a raça de judeus que aceitam o Cordeiro de Deus para a salvação' (Interpretações do Apocalipse, pág. 59).

Os judeus crentes, que se tornaram uma nova criação em Cristo, são de fato o 'Israel de Deus' (Gl 6.15,16). Tiago, bispo de Jerusalém, escrevendo aos cristãos judeus das doze tribos dispersas entre as nações disse: 'segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra de verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas' (Tg 1.1,15). Na verdade, é um erro dizer que esses 144 mil é símbolo da Igreja, 'não existe exemplo algum claro da igreja sendo chamada de Israel no Novo Testamento. O primeiro na história aparece cerca de 160 d.C. o texto citado com freqüência, Gálatas 6.16, se interpretado corretamente não chama a igreja de Israel. O Israel de Deus nesse versículo refere-se a um grupo de judeus cristãos dentro da igreja... como descendentes físicos de Abraão, Isaque e Jacó' (Interpretações do Apocalipse, pág. 204) - o grifo é meu.

Foram eles que lançaram o fundamento da Igreja (Ef 2.19-22; 1 Co 3.10,11). E através das pregações do evangelho desses primitivos crentes judeus, ajuntou-se uma grande multidão de todas as nações, tribos, povos e línguas, e unidos formam a Igreja de Deus, como escreveu Paulo: 'em um só corpo todos nós fomos batizados em um 140

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único Espírito: quer judeus, quer gregos (gentios)' (1 Co 12.13). Esta é a geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, zeloso e de boa obra, chamados para a missão de proclamar as virtudes de Deus (At 11.1; Ap 7.9; I Pe 2.9,; Tt 2.14). Colossenses 3.11,12: 'Nessa nova vida já não há diferença entre [gentio] e judeus, circunciso e incircunciso... Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado....'. Desde a época dos apóstolos em diante, esse é o único 'povo escolhido de Deus' e não mais a nação terrena de Israel, todavia isso não exclui os judeus das promessas, pois quando eles se convertem são agregados a esse povo escolhido (At 15.7,9,11,14-18; Gl 3.15-18, 26-29). De fato, 'a chamada de Jesus aos seus discípulos para O acompanharem, formando o pequeno rebanho que deveria receber o reino (Lc 12.32 cf. Dn 7.22,27), o assinalou como o fundador do novo Israel; Ele designou explicitamente os doze apóstolos como juízes das doze tribos de Israel na nova dispensação (Mt 19.28; Lc 22.30). o pequeno rebanho deveria ser aumentado pela adesão de outras ovelhas que nunca haviam pertencido ao aprisco judaico (João 10.9,14-16 c/ Miquéias 2.1213 )' - Novo Dicionário da Bíblia, vol. I, pág.778.

Quando Tiago escreveu sua epístola aos judeus crentes, os considerou como 'às doze tribos dispersas entre as nações' (Tiago 1.1). Na interpretação de Paulo sobre a oliveira cultivada, ele identifica ‘os ramos’ com os crentes judeus que creram em Cristo, enquanto que os judeus que o rejeitaram foram cortados da oliveira, e os gentios que creram através dos judeus foram enxertados na mesma ‘oliveira’, e se esses judeus que rejeitarem a Cristo, se se arrependerem serão enxertados novamente na mesma oliveira (Rm 11.17-24). Entretanto, os 144 mil não podem ser confundidos como símbolo representativo da totalidade da Igreja ou como a última geração dos crentes, contudo fazem parte dela, àquela parte judaica salva, e serão arrebatados junto com ela. Quando começa a selagem para 'salvação' dos 144 mil? Logo no inicio da igreja quando 120 judeus são batizados com o Espírito no dia de Pentecoste (At 2). Paulo confirma isso, quando falando de seus dias, escreveu: 'hoje há um remanescente escolhido pela graça' (Rm 11.5). Esses são os 'primeiros frutos' de uma grande safra (Ap 14.4). Em Atos 21.20 já eram 'milhares de judeus que se tornaram cristãos'. 16º Problema Teológico

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Quando terminam essa selagem? Antes dos juízos apocalípticos de Deus caírem sobre a terra, pois está escrito: 'Não danifiquem nem a terra, nem o mar, nem as árvores, até que selemos as testas dos servos do nosso Deus' (Ap 7.3,4). É coerente crer que durante a grande tribulação já terá sido concluído a conversão dos restantes do 144 mil judeus, porém, não são arrebatados até que termina a grande tribulação, durante a qual serão protegidos por Deus (Ap 9.4). A salvação deles, isto é, ressurreição e glorificação, acontecerá no final da grande tribulação quando 'vier de Sião o redentor', então todo o 'remanescente será salvo' (Rm 9.27), juntamente com eles 'a plenitude dos gentios' e os santos fiéis do Antigo Testamento (Rm 11.25,26). Em Ap 14.1-5 temos uma visão antecipada dos privilegiados 144 mil judeus cristãos no céu ‘diante do trono’ de Deus em seu estado de glória, após seu arrebatamento no final da grande tribulação. Atualmente esses 144 mil remanescentes escolhidos, selados e salvos pela graça são representados pelos atuais judeus messiânicos crentes. Veja o que escreveu um jornal evangélico: 'Devemos apoiar os judeus messiânicos porque eles são o “verdadeiro” Israel. Eles crêem em Jesus Cristo como Messias...Eles sabem que ainda haverá “as dores do Messias”... e aproveitam o tempo de paz relativa...para testemunhar a respeito de Jesus crucificado, ressurreto, e cuja volta é iminente...O número de judeus messiânicos e suas igrejas, que está crescendo constantemente em Israel e em todo o mundo no fim do nosso século, é um sinal dos tempos finais...Um mistério do Evangelho é que as pessoas dentre os gentios que crêem no Senhor Jesus se tornaram um com os judeus crentes no Messias e formam um corpo...[de fato] o cristianismo começou por meio de judeus messiânicos crentes... Em todo o mundo existem atualmente cerca de 350 igrejas de judeus messiânicos, 50 das quais em Israel...[mas infelizmente na moderna nação de Israel esses] 'judeus cristãos são denegridos como seita e apresentados publicamente de maneira negativa... [assim como] os primitivos cristãos [judeus] verdadeiros (a igreja primitiva) já foram descritos como seita (pelo Israel apostata daquele tempo)' Jornal Notícias de Israel, de Agosto de 1999, págs. 11 a 13 e de Julho de 1999, pág. 18 - o grifo é meu.

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Mas, se os 144 mil ficarem no abandono da grande tribulação e não subirem com a Igreja numa suposta vinda secreta de Cristo, advogada pelos pré-tribulacionistas, então há uma contradição e discrepância com Apocalipse 14. Pois, ali eles são chamados de 'primícias para Deus e ao Cordeiro'. Como eles podem ser as primícias para Deus, se eles não participaram “da primeira leva do arrebatamento”? E, se os fiéis, vigilantes e santos subiram na vinda invisível, por que eles ficaram? já que as Escrituras os classificam como aqueles que 'seguem o Cordeiro por onde quer que ele vá... Mentira nenhuma foi encontrada em suas bocas; são imaculados'. Então, se esses homens íntegros não subiram com Cristo, quem dessa geração má e corrupta subirá? Portanto, os 144 mil selados e protegidos na grande tribulação depõem contra os pré-tribulacionistas de que não pôde ter havido um arrebatamento de pessoas íntegras antes da aflição mundial! E, se alguém dizer que eles só se converterão depois do arrebatamento da Igreja, então o Apocalipse errou ao dizer que eles 'foram comprados dentre os homens e ofertados como primícias (primeiros frutos de uma safra) a Deus e ao Cordeiro' (Ap 14.4), já que antes deles já foram arrebatados os gentios crentes! Evidentemente que os gentios não podem ser salvos antes dos judeus, pois está escrito: '[o] evangelho...é poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê: primeiro do judeu¸depois (e não antes) [do gentio] (Romanos 1.16; 2.10,11).

Como criticou o judeu Paulo os gentios coríntios: 'chegastes a reinar sem nós' (1 Coríntios 4.8). Quer dizer, os gentios crentes chegam no céu, participam das bodas, enquanto esses judeus imaculados sofrem perseguição na terra, e além do mais substituem esses crentes folgados na difícil tarefa de pregar o evangelho nos negros dias da grande tribulação! Isso é incabível! Isso é uma presunção da parte dos gentios! Paulo escreveu aos crentes gentios de Éfeso: 'a fim de que nós [os judeus] os que primeiro esperamos em Cristo, sejamos para o louvor da sua glória. Quando vocês [os gentios] ouviram e creram na palavra da verdade que os salvou, vocês [também] foram selados em Cristo com o Espírito Santo da promessa, que é a garantia da nossa herança até a redenção daqueles que pertencem a Deus, para o louvor da sua glória' (Efésios 1.12-14). 16º Problema Teológico

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Paulo também escreveu que os gentios estão sendo edificados como templo do Senhor junto com os judeus (Efésios 2.22). O texto de Apocalipse também diz que os 144 mil 'seguem o Cordeiro por onde quer que ele vá'. Então, o Cordeiro veio invisivelmente, levou os crentes misteriosamente, e esses 144 mil não foram com o Cordeiro?! E não somente os gentios não podem ser arrebatados antes desses judeus crentes, como também os próprios judeus convertidos à Cristo desde o início da igreja, que conforme foi provado, fazem parte da classe dos 144 mil selados, não podem ser arrebatados e recompensados sem o restante deles que estarão presente na grande tribulação (Ap 9.4), visto que João vê o grupo inteiro na Sião celestial com o Cordeiro (Ap 14.1) Deus não pode ter um povo fora parte! E, que será salvo à parte da igreja! Ou ficam todos os que crêem ou sobem todos! Esse negócio que sobe uns crentes e ficam outros para subir depois, sejam judeus ou gentios, não é cabível a um Deus justo! (Rm 11.25-36). Como erroneamente e paradoxalmente escreveu o Dr. Wim Malgo: 'O Senhor tomará para si seu povo celestial e ao seu povo terreno dará novamente a posse integral da terra dos seus pais' (Terá Chegado o Fim de Todas as Coisas, pág.124 o grifo é meu).

Porém, essa doutrina é claramente exposta no Novo Testamento: o Israel convertido a Cristo é o verdadeiro povo de Deus! Paulo escreveu que os gentios '...estavam sem Cristo, separados da comunidade de Israel, sendo estrangeiros quanto às alianças da promessa...', mas depois afirma que 'mediante o evangelho, os gentios são co-herdeiros com Israel, membros do mesmo corpo, e co-participantes da promessa em Cristo Jesus' (Efésios 2.12; 3.6).

O ensino é nítido! 'Co-herdeiros com Israel!'. Quem é esse Israel? Deus falando por meio do profeta Oséias disse que o povo de Israel deixaria de ser seu povo por causa da crassa idolatria, 'vocês não são meu povo, e eu não sou seu Deus' e os entregaria ao cativeiro assírio e babilônico. Assim Israel perderia o Reino! Mas depois, Deus prometeu restaura-los: 144

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'No lugar onde se dizia a eles: Vocês não são meu povo', eles serão chamados 'filhos do Deus vivo... Depois disso (do cativeiro assírio e babilônico) os israelitas voltarão e buscarão o Senhor, o Seu Deus, e Davi (isto é, o Messias), seu rei. Virão tremendo atrás do Senhor e das suas bênçãos, nos últimos dias' (Os 1.9,10; 3.4,5).

Paulo aplicou essa profecia da restauração de Israel aos judeus cristãos, e incluiu entres eles os gentios (Rms 9.24-26). Por isso citou: 'Cantem de alegria, ó gentios, com o povo dele' (Rm 15.10 c/ Dt 32.43). Quando o Rei Jesus Cristo voltar, na data que o Pai estabeleceu pela sua própria autoridade, restaurará o reino à Israel, e os gentios como co-herdeiros de Israel, possuirão também esse reino (At 1.6,7; Lc 1.32,33; Rm 15.12; Dn 2.44; 7.18,27; Ob 21). Então, entenda que esse Israel restaurado são os 144 mil remanescentes; e a plenitude dos gentios é a grande multidão incontável de todas nações (Ap 7). Veja isso por comparar Ob 21; Sf 3.13-17 c/ Ap 14.1-5 e Rm 9.27. Grande é esse mistério! Jesus disse aos seus apóstolos: 'A vocês foi dado o conhecimento dos mistérios do Reino dos céus’ (Mt 13.11). De fato, Paulo escreveu: 'Esse mistério não foi dado a conhecer aos homens doutras gerações, mas agora foi revelado pelo Espírito aos santos apóstolos e profetas de Deus' (Ef 3.5; 5.32).

Os gentios convertidos não são um povo estranho, introduzido por causa da frustração da rejeição do Messias por Israel ou algum tipo de intervalo no propósito de Deus. Não!!! Mil vezes não! A Escritura é contundente: 'vocês (gentios) já não são estrangeiros nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus (Israel)' (Ef 2.18-22). A Igreja (judeus e gentios) é o mistério de Cristo, e Cristo é o mistério de Deus (Ef 3.2,4; Cl 1.24-27; 2.2; 4.3). Por isso que algumas pessoas não entendem! Falta-lhes a revelação de Deus! O próprio teólogo pré-tribulacionista Wim Malgo escreveu sobre isso, contradizendo suas próprias palavras anteriormente citadas: 'Mas o renascido não é mais hóspede, ele tem a cidadania de Israel, ele é parte integrante de Israel e da família de Deus. O Deus eterno chegou a dizer na Sagrada Escritura, que antes deixaria ruir o Universo, o cosmo, do que desistir de Israel [cita em extenso: Jr 31.35-37; 33.25-26; Is 61.6-7]... a Igreja de Jesus, dentre judeus e gentios, é parte integrante de Israel. 16º Problema Teológico

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Os crentes renascidos dentre os gentios são até mesmo ramos da oliveira brava (comp. Rm 11), que foram enxertados na boa oliveira Israel, porque o nosso Salvador, Jesus Cristo, é um judeu e porque Ele e os judeus estão inseparavelmente ligados' (Terá Chegado o Fim de Todas as Coisas?, pág. 125, o grifo é meu).

Então meu caro teólogo, não pode existir dois povos: um celestial e outro terreno! Dos dois, Cristo fez um (Ef 2.15-18). E se eles são um só povo, unidos e mesclados, por que um deverá viver no céu e outro na terra? (Jo 10.14-16 c/ Mq 2.12-13 e Is 11.10,11 c/ Rm 15.12). Não rachem o povo de Deus com a vossa escatologia judaizante! Se pelo menos não houvesse pregadores na grande tribulação, santos sendo perseguidos, pessoas se convertendo, apenas o ímpio sofrendo o justo juízo de Deus, enquanto todos os justos se banqueteiam na presença do Senhor, eu poderia a ter ariscar crê em um arrebatamento pré-tribulação (Provérbios 1.24-33). Mas, não é possível negar que haverá servos de Deus durante esses dias terríveis de calamidade mundial sem precedente na história humana, por isso que 'Felizes os mortos que morrem no Senhor de agora em diante. Diz o Espírito: Sim, eles descansarão das suas fadigas, pois as suas obras os seguirão' (Ap 14.13,14). Este por hora, será o único escape físico dos santos! (Is 26.19-21; 57.1,2). Porém, esses santos não ressuscitarão até que se complete o número dos mártires (Ap 6.9-11). Aí, então quando Cristo voltar, no final da grande tribulação, todos os santos jubilarão em alta voz: 'Regozijemos-nos! Vamos alegra-nos dar-lhe glória! Pois chegou a hora [das bodas] do Cordeiro'. Enquanto que os ímpios beberão 'do vinho do furor de Deus que foi derramado sem mistura no cálice da sua ira'. Porque não só perseguiram e mataram os santos do Cordeiro, mas também adoraram a Besta e recusaram o convite da Sabedoria para as bodas do Cordeiro (Ap 14.9-12; 19.6-7; Pv 9.1-6; Sl 52.5-9; Is 30.27-33). Por isso que 'Felizes os convidados para o banquete do casamento do Cordeiro!' (Apocalipse 19.9). Apenas os 144 mil judeus crentes serão protegidos das pragas? Não! O Apocalipse representa o 144.000 judeus crentes como 'as primícias' da grande safra dos que irão ser salvos (Ap 14.1,4,14-16). Sabemos que 'primícias' são os primeiros frutos, e sabemos pelas Escrituras que os primeiros frutos são ofertados à Deus como oferta consagrada (Lv 23.9-14). Isso é visto claramento no caso dos 144.000 judeus crentes que são descritos como 'ofertados como primícias a 146

15º Problema Teológico


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Deus e ao Cordeiros' (Ap 14.4). Porém é bem verdade que a Escritura diga: “Se é santa a parte da massa que é oferecida como primeiros frutos, toda a massa também o é” (Rm 11.16). Ora, se 144 mil crentes judeus são vistos como as primícias dos crentes e são protegidos, logo todos os demais crentes também serão protegidos! Por isso que no mesmo capítulo que mostra a selagem para proteção dos 144 mil crentes israelitas (Ap 7), mostra também uma grande multidão de crentes gentios saído da grande tribulação ilesos (vv.9,13,14). De fato, a proteção dos 144 mil é a garantia da nossa proteção, pois que os gentios crentes são co-participantes das bênçãos dos judeus (Ef 3.6; Rm 15.27). De modo semelhante, o mesmo capítulo que mostra os 144 mil judeus cristãos sendo ofertados como primícias a Deus e ao Cordeiro (Ap 14), mostra também a colheita dos cristãos gentios chamados de 'a safra da terra' (vv.14-16). Por que os 144 mil judeus crentes são considerados como “primícias”? Por várias razões: os judeus foram os primeiros a crerem em Cristo (Jo 8.31; Ef 1.12), os judeus foram os primeiros a serem alcançados pelo evangelho (Mt 10.5,6; At 3.26; 12.19,20), os judeus foram os primeiros a serem batizados com Espírito Santo (At 2.1-7), os judeus foram os primeiros a pregarem a palavra de Deus (At 10.40-43; 11.17,18; 13.46-48). Os gentios são fruto do ministério dos judeus, por essa razão lemos, sobre o judeu Paulo: “de ser um ministro de Cristo Jesus para os gentios, com o dever sacerdotal de proclamar o evangelho de Deus, para que os gentios se tornem uma oferta aceitável a Deus, santificados pelo Espírito Santo” (Rm 15.16). Em outras palavras, Jesus disse: “a salvação vem dos judeus” (Jo 4.22), e assim Paulo exclama: “Portanto, quero que saibam que esta salvação de Deus é enviada aos gentios; eles a ouvirão!” (At 28.28). Darei maiores detalhes sobre os 144 mil israelitas, sobre a inclusão dos gentios e sobre a salvação de Israel no 25º Problema Teológico: O pré-tribulacionista não nos diz o que acontecerá com a nação de Israel depois do Milênio

16º Problema Teológico

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17º PROBLEMA TEOLÓGICO: Uma segunda chance para a salvação após o arrebatamento da Igreja é incompatível com os ensinos de Cristo e dos Seus apóstolos

O

pré-tribulacionista hábil em sua escatologia dispensacionalista acredita piamente que haverá salvação após o rapto desaparecimento da Igreja desta terra. E, não somente durante a grande tribulação, sem a presença da Igreja, como também acredita, que haverá salvação no Milênio. Mesmo ensinando que a dispensação da graça tenha findado no arrebatamento, abrem novas vagas para a salvação; os crentes desviados, frios e carnais terão essa segunda chance. O pré-tribulacionista Eurico Bergstén escreveu: 'A plenitude dos gentios concluiu no arrebatamento da Igreja' (Lições Bíblicas, de Mestre, 3º trimestre de 1995, pág.63). Ora, se a plenitude dos gentios conclui no arrebatamento, e se o arrebatamento vem antes da grande tribulação, como se salvará uma incontável multidão de gentios?! Isso também é mais uma contradição pré-tribulacionista! É lamentável que também os irmãos glauconistas caiam nessa contradição teológica, ao escreverem: 'Plenitude dos gentios ocorre quando a Igreja for completada e arrebatada...5º selo visão de salvos. Mostrando que já nos primeiros anos e meio haverá salvação' (Apostila Conferências Escatológicas, aulas 02 e 04).

O escritor pré-tribulacionista Norbert Lieth escreveu o seguinte: 'Depois da ressurreição e do arrebatamento da Igreja muitos ficarão transtornados pois de repente, em toda parte, pessoas terão desaparecido... mesmo na hora mais escura da história do mundo e do juízo, algumas pessoas ainda poderão encontrar a Jesus e ser salvas. Elas, porém, não farão mais parte da Sua Igreja' (Jornal Chamada de Meia-Noite, Fevereiro de 1999, pág. 9 o grifo é meu).

Essa estrutura teológica está construída em alicerce de areia, quando se vasculha os textos-provas apresentados não há coerência bíblica com o ensino geral das Escrituras. Os adeptos mentores desse sistema levantam complicadas questões e não nos dão respostas 148


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satisfatórias a essas questões, como por exemplo: Por que esses salvos da grande tribulação serão arrebatados e glorificados, se eles não fazem parte da Igreja? E, os 144 mil judeus pregadores da grande tribulação participarão do reino terreno de Israel no Milênio ou serão arrebatados e glorificados com os salvos gentios da grande tribulação? Os salvos do Milênio serão glorificados? O que acontecerá com a totalidade da nação terrena de Israel depois do Milênio? O que acontecerá com os demais judeus que não estarão vivos na ocasião da vinda visível de Jesus? Serão ressuscitados para possuírem o Milênio junto a Nação judaica? Talvez eles podem escapar por dizerem que as Escrituras não nos oferecem respostas a essas perguntas. Na verdade, é o sistema pré-tribulacionista que não têm tais respostas coerentes e plausíveis, já as Escrituras respondem todas essas questões de uma maneira tão simples que qualquer pessoa poderá constatar. Esse ensino de salvação após o arrebatamento da Igreja bate frontalmente com os ensinos de Jesus Cristo sobre a sua vinda. Em nenhuma das parábolas escatológica de Cristo há chance após o seu retorno. Por exemplo, na parábola do mordomo, o servo fiel é recompensado, e o servo infiel é punido severamente junto com os hipócritas, ‘onde haverá choro e ranger de dentes’ (Mt 24.45-51); na parábola das dez virgens, as virgens prudentes participam das bodas, já para as virgens néscias não há mais oportunidade, ainda que tenham ido comprar azeite, a resposta do Senhor foi contundente: 'não as conheço!' (Mt 25.1-13); a parábola dos dez talentos é taxativa do mesmo jeito, os dois servos fiéis são recompensados, enquanto que o servo inútil é lançado nas trevas, ali ' haverá choro e ranger de dentes' (Mt 25.14-30). Portanto, a salvação não será parcelada em três prestações! Quando Cristo voltar, ele vem em definitivo, os prontos serão salvos e os despreparados serão condenados. Se não for assim, não há necessidade de advertência para vigilância! Pois que perigo há em ficar fora do arrebatamento na vinda secreta, se há outra chance na vinda pública! Porém, as Escritas advertem duramente: 'Pois breve, muito em breve: Aquele que vem virá, e não demorará. Mas o meu justo viverá pela fé. E se, retroceder, não me agradarei dele. Nós, porém, não somos dos que retrocedem e são destruídos, mas dos que crêem e são salvos' (Hebreus 10.37-39). 17º Problema Teológico

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Também diz: 'Venho em breve! Retenha o que você tem, para que ninguém tome a sua coroa' (Apocalipse 3.11) e 'Eis que venho como ladrão! Feliz aquele que permanece vigilante e conserva consigo as suas vestes, para que não ande nu e não seja vista a sua vergonha' (Apocalipse 16.15). Por isso que Jesus Cristo disse: 'Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier em sua glória e na glória do Pai e dos santos anjos' (Lucas 9.26).

João entendeu perfeitamente essa advertência, pois escreveu: 'Filhinhos, agora permaneçam nele para que quando ele se manifestar, tenhamos confiança e não sejamos envergonhados diante dele na sua vinda' (1 João 2.28) - o grifo é meu. Note que esses dois textos bíblicos: Lucas 9.26 e 1 João 2.28 falam de 'quando vier em sua glória' e 'quando ele se manifestar', mostrando que na vinda de Jesus os crentes terão 'confiança' ou serão 'envergonhados', essas expressões de Lucas e João, exige que essa vinda seja visível, pública e também única. É lamentável que os seguidores do pregador e escritor Watchman Nee, que são pré-tribulacionistas do pé roxo, para solucionar esse problema ensinam que esses crentes serão lançados no lago de fogo, apenas por um período, até que sejam purificados, depois sairão dali para a vida eterna. Mas que ensino estranho! Isso não seria algum tipo de purgatório! Apenas os lavados no sangue do Cordeiro entrarão na cidade santa! nem o fogo do purgatório, nem o sangue dos mártires lhes conferirão a vida eterna, apenas o sangue do Cordeiro (Ap 7.13-17; 22.14). Não existe uma descrição mais perfeita, mais exata, mais clara, mais autêntica da Igreja salva e glorificada no céu do que Apocalipse 7.9,10: 'Olhei, e diante de mim estava uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé, diante do trono e do Cordeiro, com vestes brancas e segurando palmas. E clamavam em alta voz: A salvação pertence ao nosso Deus e ...ao Cordeiro'. Um dos assistentes celestiais faz uma pergunta intrigante à João: 'Quem são estes que estão vestidos de branco, e de onde vieram?'.

Graças a Deus a resposta nos é dada pelo próprio assistente celestial, e não deixa dúvidas! Mas mesmo assim, os 150

17º Problema Teológico


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pré-tribulacionistas, para não contrariar a sua escatologia emendada, dizem sem nenhum escrúpulo que essa 'grande multidão' incontável de crentes remidos não é a Igreja de Jesus, mas pessoas que se converterão ao evangelho de Jesus após o arrebatamento, mas não farão parte da Igreja. Note o que escreveu, em um jornal evangélico de circulação internacional, o pré-tribulacionista Norbert Lieth: ‘ ...mesmo na hora mais escura da história do mundo e do juízo, algumas pessoas ainda poderão encontrar a Jesus e ser salvas. Elas, porém, não farão mais parte da Sua Igreja' (Jornal Chamada de Meia-Noite, Fevereiro de 1999, pág. 9).

Mas será que o único livro profético do Novo Testamento, que revela os acontecimentos futuro, iria se omitir de descortinar para nós a entrada triunfal da Igreja no céu! Se esse texto não se refere a Igreja remida e glorifica no céu, a onde, no Livro das revelações, mostra a Igreja no Céu!? Por outro lado, se esse grupo fora da Igreja é destacado aqui, a onde ele é citado noutras partes do livro do Apocalipse? Por que o Apocalipse não relata como se deu sua conversão? Por que não existe em todo Novo Testamento um único versículo falando de pessoas que irão se converter após o arrebatamento da Igreja? Enquanto que os livros pré-tribulacionistas são recheados dessas afirmações. Duvido que um crente simples, por sua leitura comum das Escrituras, reconheça que essa grande multidão de todas as nações, tribos, povos e línguas, vestida de branco diante do trono de Deus seja gentios salvos à parte da Igreja. Mas que resposta incontestável o assistente celestial deu a João? ‘eis aqui uma multidão de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas... ele disse: Estes são os que vieram da grande tribulação e lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro' (Ap 7. 14).

Isso é por demais claro! Esse versículo tem conexão com Ap 4.9,10: 'Tu és digno [Cordeiro]... com o teu sangue compraste para Deus gente de toda tribo, língua, povo e nação. Tu os constituíste reino e sacerdotes para o nosso Deus, e eles reinarão sobre a terra'.

Quem é essa gente de toda nação? Quem é esta grande multidão de 17º Problema Teológico

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todas as nações? Isso nos leva à Apocalipse 1.5,6: '...Ele (o Cordeiro) nos ama e nos libertou dos nossos pecados por meio do seu sangue, e nos constituiu reino e sacerdotes para servir a seu Deus e Pai'.

São os crentes em Jesus; é a Sua Igreja amada e remida pelo seu sangue. Foram 'constituídos...sacerdotes para servir a Deus'. Por isso que Deus 'estenderá' sobre a grande multidão de crentes salvos em Jesus que vem da grande tribulação 'o seu tabernáculo' (7.15), pois é, no tabernáculo que os sacerdotes prestam serviço sagrado dia e noite. Note como esses textos são interligados! Por que Apocalipse 1.5,6 e 4.9,10 seria diferente de 7.9,13,14? Simplesmente por que registra que essa grande multidão de pessoas remidas vem da grande tribulação? Isso prova mais ainda que o arrebatamento da Igreja será depois da grande tribulação! Pois Deus não tem um povo secundário! Contudo o pré-tribulacionista Antonio Gilberto diz algo sem sentido, a fim de provar que essa multidão de crentes não é a Igreja, mas um povo secundário. Ele escreveu: 'Não tinham coroas, mas palmas. Coroa é galardão por algo feito para Deus, e estes não tiveram oportunidade para isso, porque uma vez professando sua fé em Cristo, foram mortos' (Daniel e Apocalipse, pág.132 o grifo é meu).

Mas essa multidão é vista chegando agora no céu! Eles ainda vão ser recompensados! Veja que essa visão de João trata-se de uma grande reunião. Ali está Deus sentado em seu trono, o Cordeiro a sua direita. Todos anjos em pé ao redor do trono. Os assistentes celestiais e os querubins da glória também estão ali! Quem está faltando? A Igreja! Cadê ela? Se foi arrebatada antes da grande tribulação, segundo os pré-tribulacionistas, então é pra ela está ali ao lado do Cordeiro! João vê uma grande multidão incontável com vestes brancas, segurando ramos em suas mãos e cantando: ‘a salvação pertence ao Cordeiro’. Alguém pergunta: 'Quem são estes?'. Quem poderá dizer: 'Não é a Igreja'. Cadê a Igreja então que não é vista nesta grande reunião?! E quem disse que eles não fizeram algo para Deus? Eles são testemunhas de Jesus (Ap 12.17; 17.6), eles obedecem aos 152

17º Problema Teológico


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mandamentos de Deus (Ap 14.12), resistiram a Besta até o fim (Ap 15.2). O Apocalipse promete a eles: 'Felizes os mortos que morrem no Senhor de agora em diante. Diz o Espírito: Sim, eles descansarão das suas fadigas, pois as suas obras os seguirão' (14.14). Eles fizeram tanto para o Senhor que estão em fadigados (Cl 1.29 ARA); eles realizaram obras para Deus, pois essas os seguem (Hb 6.10; 1 Co 15.58; Ap 22.12). De fato, eles perseveraram e foram féis até a morte (Ap 13.7,10). E uma das promessas do Apocalipse é: 'Seja fiel até à morte, e eu lhe darei a coroa da vida' (Ap 2.10). Como eles não vão receber galardão? Antonio Gilberto disse: 'Coroa é galardão'. Bem se eles foram fiéis até morte, então receberão a coroa da vida, logo receberão galardão. Ser coroado, não significa receber literalmente uma coroa que os antigos reis usavam na antiguidade. Mas significa receber o Reino, reinar, ser rei. Lemos em Apo 20.4: 'Vi as almas dos que foram decapitados por causa do testemunho de Jesus e da palavra de Deus. Eles não tinham adorado a besta nem a sua imagem, e não tinham recebido a sua marca na testa nem nas mãos. Eles ressuscitaram e reinaram com Cristo durante mil anos'. Como também diz: 'reinarão sobre a terra' e 'reinarão para todo sempre' (Apocalipse 5.10; 22.5).

Quer dizer serão coroados por Cristo! Bem convém esclarecer aqui, que a Besta é o Grande Instrumento de Satanás para perseguir os filhos de Deus. Não é apenas um homem, não é apenas uma nação, mas segundo Apocalipse 13 e 17, a Besta representa os sete impérios mundiais que levantaram na terra e perseguiram o povo de Deus. Na época de João essa Besta representava o Império Romano, porém, em nossos dias, desde a época da queda de Roma, representa o papado e a Europa. Então quando o Apocalipse destaca os mártires da Igreja não são apenas aqueles que irão ser mortos durante a grande tribulação, mas todos os cristãos que tem sido mortos pelo Império Romano, o papado e as nações européias. Todos eles receberão galardão, coroa, pois são ressuscitados, que dizer vestidos de brancos, para reinarem com Cristo, no Seu Reino milenar. Mas não são só os mártires que reinarão com Cristo, mas todo aquele que tem parte na primeira ressurreição. 'Felizes e santos os que participam da primeira ressurreição! A segunda morte não tem poder sobre eles; serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele durante mil anos' (Ap 20.6). 17º Problema Teológico

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Daniel teve uma visão similar a de João, ele presenciou essa grande reunião. 'tronos foram colocados e um ancião se assentou', ele vê 'milhares de milhares' de anjos diante do trono. O tribunal é iniciado, os livros são abertos. Ele contempla 'um semelhante a um filho de homem', Jesus Cristo, conduzido à presença do Ancião. 'Milhões e milhões estavam diante dele', quer dizer, 'todos os povos, nações e homens de todas as línguas o adoraram', esses são a grande multidão vista por João. 'chegou a hora de eles tomarem posse do reino' (Daniel 7.9ss). E, além do mais, segurar palmas nas mãos, isto é, acenar com ramos de plantas, não é sinônimo de despojamento de galardão, mas sinônimo de grande alegria por um grande acontecimento, seja a libertação de uma nação de seus opressores ou recebimento de um Rei (veja Lv 23.40-43 c/ Dt 16.14; Mt 21.8-11c/ Zcs 9.9-11). Essa grande multidão canta de alegria porque foram libertos pelo sangue do Cordeiro, e agora diante do trono recebem o Reino. Como escreveu o apóstolo Pedro: '...alegrem-se à medida que participam dos sofrimentos de Cristo, para que também, quando a sua glória for revelada, vocês exultem com grande alegria' (1 Pe 4.13). O restante do texto de Ap 7, os versículos 15 a 17, é glorioso, a promessa está estritamente relacionado à Igreja de Cristo, não a um povo secundário. Nada diz que eles participarão dessas bênçãos junto com a Igreja. Mas , ali essa grande multidão aparece como única, eles são os que 'servem [a Deus] dia e noite em seu santuário', 'santuário' é no Novo Testamento, símbolo da Igreja, como parte integrante do santuário celestial (1 Co 3.16,17; 2 Cos 6.16-18; Hb 3.5,6; 8.1,2). Essas bênçãos nos levam a Ap 21.1-7. João Registrou: 'O vencedor herdará tudo isto, e eu serei seu Deus e ele será meu filho' (v.7). Acredito que pessoas que não foram arrebatados, porque se acharam despreparados, carnais, desviados e ficaram para uma segunda chance não são dignos de serem chamados de vencedores. Vencedores são os que chegam no podium primeiro! Por isso que entre o povo que irá receber as promessas do Apocalipse não se encontro os que perderam o arrebatamento. Uma dessas promessas diz: 'Àquele que vencer e fizer a minha vontade até o fim darei autoridade sobre as nações. Ele as governará com cetro de ferro e as despedaçará como a um vaso de barro' (Ap 2.26,27).

Se existe um grupo incontável de crentes que não receberam 154

17º Problema Teológico


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galardões e nem participaram das bodas do Cordeiro porque ficaram de fora do arrebatamento, então semelhantes crentes não podem governar as nações com Jesus Cristo, pois que isso se constitui em um galardão. Porém, isso é inconcebível! Os 'decapitados' pela besta 'serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos' (Ap 20.46). Logo, esses crentes decapitados não perderão nem os galardões e nem as bodas! Paulo disse: 'se perseveramos, com ele também reinaremos' (2 Tm 2.12). Assim, um grupo de crentes que surgirá após o rapto da igreja é uma invenção dos pré-tribulacionistas! E como os 'decapitados por causa do testemunho de Jesus' de Ap 20.4 não podem ficar de fora da igreja e nem do galardão de governar com Jesus, logo um pré-arrebatamento também é uma invenção. Esse é um dos problemas em acreditar em duas vindas de Jesus! Requer que outro povo, que não seja a Igreja, seja criado entre as duas vindas, mas isso desestrutura o Apocalipse, e toda a doutrina escatológica do Novo Testamento. Mas se o pré-tribulacionista opõem-se em dizer que essa grande multidão de salvos não é a Igreja. A onde se encontra então o arrebatamento da Igreja antes da grande tribulação no livro do Apocalipse, para que de fato podemos concluir que esse povo que vem da grande tribulação para o céu, não é Igreja? O Dr. Antonio Gilberto, uma grande figura da escatologia pré-tribulacionista aqui no Brasil, escreveu, quando o anjo disse a João: 'Sobe aqui' (4.1). O novo arrebatamento de João a esta altura dos fatos tipifica o da Igreja, ao terminar a sua peregrinação na terra. 'Imediatamente eu me achei no Espírito' (v.2) - (Daniel e Apocalipse, pág.132 o grifo é meu)

Mas esse arrebatamento de João é um arrebatamento de sentido! Ele não foi arrebatado em corpo glorificado, apenas o seu espírito foi tomado, enquanto que o arrebatamento da Igreja será em um corpo glorificado, e além do mais, se essa cena visasse tipificar o arrebatamento da Igreja, deveria está rodeado de mais glória, de cenas mais vívidas: Cristo descendo, as trombetas soando, João alegremente subindo em um corpo iluminado, sendo entronizado por seres celestiais na presença de Deus, visto recebendo sua recompensa e assentando em uma mesa para participar das bodas do Cordeiro. Já que o tipo é mais carregado de significado do que o antítipo. Contemplamos, em Apocalipse 4, um simples arrebatamento de 17º Problema Teológico

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João sem muito simbolismo, o pré-tribulacionista diz representar o arrebatamento da Igreja fiel, enquanto que em Apocalipse 7.9-17, deparamos com uma grande visão de arrebatados remidos, que vem cantando da grande tribulação e são gloriosamente recompensados por Deus, os pré-tribulacionistas dizem tratar de um arrebatamento de crentes desviados, carnais que se converteram na segunda chance. Mas não deveria ser diferente! Os crentes da segunda chance não deveriam ser citados em um simples arrebatamento obscuro, enquanto que nós em um arrebatamento glorioso e grandioso como este da grande multidão. E, o pior é que quando João chega no céu após seu 'representativo arrebatamento' deixa de simbolizar a Igreja, passando tal simbolismo para os 24 anciões. Quer dizer, a Igreja nunca é vista no céu, como tal: crentes louvando a Deus pela salvação e sendo recompensados como acontece com 'a grande multidão’ que dizem que ‘não é a Igreja', mas sempre aparece em simbolismo. Porém, um sério exame cuidadoso do Apocalipse, mostrará que os 24 anciões não é símbolo da Igreja, mas são assistentes celestiais que prestam serviços sagrados ao Cordeiro no tabernáculo celestial, com certeza os serafins, categoria de anjos que servem no tabernáculo celestial (Is 6.1-7). Primeiramente, esses anciões aparecem como seres literais, pois se relacionam com João pessoalmente (Apo 5.5; 7.13). Em segundo lugar, eles diferem dos santos crentes em Ap 5.8, pois que enquanto os santos oram, os anciãos conduzem as taças onde essas orações são depositadas. E em terceiro lugar, em seu cântico de redenção, eles não cantam na primeira pessoa do plural: ‘nós’, mas na terceira pessoa : ‘eles’, se referindo a outros e não a eles mesmos, dizendo: 'com o teu sangue compraste para Deus gente de toda...nação. Tu os constituíste reino e sacerdotes para o nosso Deus' (Ap 5.9-10)

Os 24 anciões não dizem: '... com o teu sangue [nos] compraste para Deus...e [nos] constituíste reino'. Portanto, eles não são símbolo da Igreja glorificada no céu, pois não se identificam com os comprado no sangue do Cordeiro, muito embora sirvam ao mesmo Deus, visto que dizem: ‘para o nosso Deus’. Mais uma vez afirmo: esses 24 anciões representam uma classe de anjos, possivelmente, os serafins, que servem no tabernáculo celestial. O número 24 é baseado no número de sacerdotes que servia no antigo templo (1 Cr 24.6-19). 156

17º Problema Teológico


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Os pré-tribulacionistas ficam tão aturdidos com a falta de um arrebatamento secreto no Apocalipse, que recorrem a experiência visionária e extática de João como se ali representasse o arrebatamento secreto, sem nenhuma alusão disso no próprio Livro. O leitor sincero discorre todo o Livro do Apocalipse e não ver ali nenhuma menção por minúscula que seja que houve um arrebatamento secreto da Igreja. E veja que para os pré-tribulacionistas o arrebatamento secreto será o evento primordial que desencadeará todos os demais eventos do Apocalipse. Por que não encontramos nem sequer um lampejo do arrebatamento secreto no Livro das Revelações? Porque tal coisa não existe! O que encontramos no Apocalipse então? Encontramos em Ap 7.9,13,14, uma grande multidão de crentes entrando no céu depois da grande tribulação. Encontramos em Ap 11.7-12, as duas testemunhas do Senhor sendo arrebatadas depois de terem sido atacadas e martirizadas pelo Anticristo. Encontramos ainda em Ap 11.15-18, uma descrição antecipada da Vinda de Jesus em que se tornará Rei sobre toda a terra, e o anuncio de que 'chegou o tempo de recompensares os teus servos, os teus santos e os que tem o teu nome’, mas isso só acontecerá quando Ele vier para 'destruir os que destroem a terra', depois da grande tribulação é claro. Encontramos em Ap 12.5-17, uma alusão a ascensão de Cristo, enquanto que a mulher e seus descendentes, que representa o povo de Deus, é deixado para enfrentar a ira do enorme dragão vermelho. Em Ap 14.1-5 encontramos uma antevisão do arrebatamento dos 144 mil crentes judeus depois dos juízos apocalípticos de Deus terem sido derramados sobre a terra (vede Ap 7.2-4; 9.4). Ainda em Ap 14.1420, em tons simbólicos, João vê a Vinda de Jesus em que ele pisará as nações como se fossem uvas, isto acontecerá depois da grande tribulação (vede Ap 16.14-16; 19.15-21), por essa ocasião Ele faz a colheita da Igreja, que é vista como a 'safra da terra', ela amadureceu para o arrebatamento e 'chegou a hora de colhê-la'. Em Ap 15.2-4, encontramos uma visão antecipada dos crentes gentios no céu depois de terem vencido a Besta e dos “atos de justiça de Deus terem se tornados manifestos sobre as nações”. Em Ap 19.11-21, descreve a vinda de Jesus depois da grande tribulação, por essa ocasião acontece a primeira ressurreição, a dos crentes para reinarem com Cristo (vede Ap 20.4-6). 17º Problema Teológico

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Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista

Ora se só aqui acontece a primeira ressurreição, então não houve nenhuma ressurreição de crentes antes da grande tribulação! Todos esses textos que falam do arrebatamento, da ressurreição, da recompensa e da glorificação dos crentes ocorrem sempre depois da grande tribulação, em nenhuzinho deles, e nem em qualquer outra parte do Livro do Apocalipse encontramos uma alusão ao arrebatamento antes da grande tribulação. Por que? Porque tal coisa não existe! Não tem para onde correr, os pré-tribulacionistas têm que aceitar que Cristo não tem duas igrejas: uma salva antes de sete anos e outra salva depois. O arrebatamento não será parcial! Uns hoje e outros daqui a sete anos, mas todos em um só evento (1 Coríntios 15.23); A Igreja é a esposa do Cordeiro, se Cristo vier buscar outra Igreja depois de sete anos de bodas de casamento, então será uma concubina; Cristo não tem nenhuma concubina, e sim uma única e pura esposa, a Igreja, a grande multidão incontável, que canta: 'a salvação pertence...ao Cordeiro (Efésios 5.23-32; II Coríntios 11.2; Apocalipse 7.9,10). Portanto, quem pregará o evangelho durante a grande tribulação? As testemunhas de Jesus! Quem são essas testemunhas? Os membros da igreja cristã. Isso incluem o próprio João e Antipas (Ap 1.9; 2.13), os crentes das igrejas da Ásia (Ap 1.11; 19.10; 22.6,16) e todos os crentes (At 1.8). Muitas dessas testemunhas serão perseguidas e mortas 'por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus' (Ap 1.9; 6.9; 12.10,11,17; 13.7; 17.6), mas permanecerão fiéis ao testemunho de Jesus (Ap 14.12; 19.10). Por fim, serão ressuscitadas, glorificadas e reinarão com Jesus (Ap 20.4-6; 2 Tm 2.11-13; 1 Pe 4.13). Um vez que a igreja não pode ser arrebatada desfalcadas de seus membros (1 Co 12.12,24-26; Ef 5.27), um arrebatamento pré-tribulação se torna inadequado com a unidade da fé cristã. De fato, é uma grande contradição com as Escrituras, os hodiernos crentes defenderem o arrebatamento da igreja em uma vinda secreta de Jesus antes da grande tribulação, tendo contra isso o testemunho fiel do Apocalipse que fala das testemunhas fiéis de Jesus que permanecem na terra durante todo período da grande tribulação testemunhando de Jesus. Portanto, a conclusão óbvia não é crer que essas santas testemunhas fiéis de Jesus ficaram para trás, e sim que não haverá um arrebatamento secreto ensinado recentemente pelos pré-tribulacionistas, desde 1827. É duro ouvir isso! Mas 'nada podemos contra a verdade, senão em favor da verdade' (2 Co 13.8). 158

17º Problema Teológico


Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista

18º PROBLEMA TEOLÓGICO: É uma contradição com as Escrituras colocar as bodas do Cordeiro em paralelo com a grande tribulação

A

s bodas do Cordeiro torna-se também uma pedra de tropeço nos sapatos dos pré-tribulacionistas. Por exemplo, o teólogo pré-tribulacionista Elienai Cabral escreveu: 'As Bodas do Cordeiro dar-se-á após o arrebatamento e o Tribunal de Cristo. Enquanto a Igreja se regozija na presença do Noivo, na terra, acontecerá a Grande Tribulação' (Lições Bíblicas, de Aluno, 2º trimestre de 2005, pág. 64).

Quer dizer para o pré-tribulacionismo as Bodas do Cordeiro e a Grande Tribulação são eventos paralelos, porém, não é isso que as Escrituras ensinam. Por exemplo, o Apocalipse registra no capítulo 19, que a bodas do Cordeiro só começará quando a Grande Babilônia for destruída. Essa grande Babilônia representa a religião falsa do Anticristo, que se prostitui com os reis da terra, e persegue os crentes, ela se considera a mulher do Cordeiro, querendo substituir a verdadeira igreja de Jesus Cristo. Por isso que para ser realizado o casamento do Cordeiro, essa religião falsa tem que ser primeiro desmascarada e destruída, e isso só acontecerá no final da grande tribulação. O anjo anuncia: 'Caiu! Caiu a grande Babilônia que fez todas as nações beberem do vinho da fúria da sua prostituição!' (Ap 14.8). Em Ap 16.17,19, na sétima taça, em que finaliza a grande tribulação, está escrito: 'Está feito!...Deus lembrou-se da grande Babilônia e lhe deu o cálice do vinho do furor da sua ira'. Em Apocalipse 18 se descreve detalhadamente a queda da cidade-sede dessa religião universal onde se encontra o trono da besta! E, em Ap 19.2, os anjos cantam depois da queda da grande Babilônia, a religião falsa: 'Ele condenou a grande prostituta que corrompia a terra com a sua prostituição', aí então, a multidão de crentes cantam: 'chegou a hora das [bodas] do Cordeiro e a sua noiva já se aprontou' (v.7). Note que só agora chegou a hora de ser celebrado o casamento do Cordeiro. Ao apresentar o convite para as bodas no verso 9, o noivo-guerreiro, Cristo, desce com o seu cortejo angelical, para receber a noiva que só agora está pronta! (Ap 19.11-16). 159


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Isso é confirmado por outros textos bíblicos. Por exemplo, Cristo fala de comer pão e beber vinho à sua mesa, mas isso só será possível no Seu reino (Mt 26.29; Mc 14.25), Jesus disse: 'Pois eu lhes digo que não beberei outra vez do fruto da videira até que venha o Reino de Deus' (Lc 22.18).

Quando virá o Reino de Deus? Quando Jesus Cristo voltar no toque da sétima trombeta, no final da grande tribulação: 'O sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve fortes vozes nos céus que diziam: o reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo e ele reinará para todo o sempre' (Apocalipse 11.15).

Tempo em que os crentes serão julgados e recompensados (Ap 11.18 c/ Lc 14.12-15). Cumprir-se-á o que Cristo prometeu aos seus apóstolos: 'Eu lhes designo um Reino, assim como meu Pai o designou a mim, para que vocês possam comer e beber à minha mesa no meu Reino e sentar-se em trono, julgando as doze tribos de Israel (Lucas 22.29,30).

E não somente a eles, mas a todos os crentes como está escrito: 'muitos virão do oriente e do ocidente [do norte e do sul], e [ocuparão os seus lugares] à mesa com Abraão, Isaque e Jacó [e todos os profetas] no Reino [de Deus]' (Mateus 8.11; Lucas 13.28,29).

Portanto, as bodas do Cordeiro não será durante a grande tribulação, mas durante o Reino de Cristo, no Milênio! (Mt 22.2; Lc 14.15). Sendo assim, os mártires que sofrerão a última perseguição contra a Igreja, em hipótese alguma, ficarão de fora das bodas do Cordeiro no reino de Cristo (Ap 20.4-6). A onde está escrito que a Igreja passará sete anos no céu, festejando as bodas do Cordeiro e depois descerá com Cristo para buscar o resto dos fiéis?! Nos livros dos teólogos pré-tribulacionistas!!! Certamente, mas não nas Escrituras Sagradas. A onde estão os crentes ortodoxos, amantes das Escrituras para juntos nos erguer contra esses disparates sem fundamentos bíblicos! Um certo presbítero disse: 'O arrebatamento e o último advento não podem ocorrer simultaneamente no mesmo dia, pois onde fica o julgamento dos crentes? E a ceia das bodas do Cordeiro?'. 160

18º Problema Teológico


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Mas essa indagação não prova nada, e nem contesta nada! É uma indagação probatória sem sentido! É interessante que o presbítero pré-tribulacionista Wellington Cardoso que formulou essa indagação, deixa de crê no arrebatamento pós-tribulação por causa dessa simples questão sem sentido, e segue acreditando em um arrebatamento pré-tribulação em que centenas de questões sérias são levantadas contra. Se o arrebatamento e o advento de Cristo vão acontecer no mesmo dia é bíblico (veja 1 Ts 4.15-17), mas o julgamento dos crentes e a ceia das bodas terão lugar depois! Tanto os pré-tribulacionistas como os pós-tribulacionistas ensinam isso. Os pré-tribulacionistas acreditam que será depois do arrebatamento num período de sete anos. Porém, as evidências bíblicas expostas acima provam que não será durante a grande tribulação, mas quando vir o Reino, isto é, durante o reino de Cristo (Lc 22.18,29,30; Mt 8.11). Pois quando Jesus disse : não beberei outra vez do fruto da videira até que venha o Reino de Deus' (Lc 22.18), mostra que ele não poderá beber o vinho novo com os crentes durante a grande tribulação, pois o Reino de Deus só será estabelecido depois da grande tribulação (Mt 26.29; Lc 25-27,31). Isso também é visto com clareza em Mt 22.2. Ora essa indagação do presbítero Wellington Cardoso contradiz até o arrebatamento pré-tribulação, pois como escreveu Elienai Cabral 'As Bodas do Cordeiro dar-se-á após o arrebatamento e o Tribunal de Cristo' (Lições Bíblicas, de Aluno, 2º trimestre de 2005, pág. 64 o grifo é meu). Aqui mostra que as bodas do Cordeiro será depois do Tribunal de Cristo. Digamos, seguindo o raciocínio falaz do pré-tribulacionista, se Cristo vier invisivelmente arrebatar a igreja hoje, em 2008, e se for levado três anos para o julgamento de bilhões ou trilhões de crentes diante do Tribunal de Cristo, isso significa que a ceia das bodas do Cordeiro será depois de três anos após o arrebatamento, isto é, em 2010, e durará quatro anos até que ele volte de novo. Assim a 'vinda invisível' de Jesus e o arrebatamento da Igreja aconteceu no mesmo dia, mas a ceia das bodas do Cordeiro somente três anos depois. O quê então o presbítero Wellington pretende provar com essa indagação? Até mesmo Elienai Cabral refutaria essa indagação. Pois se o arrebatamento da Igreja pode acontecer no mesmo dia do 'primeiro advento' de Jesus, por que o arrebatamento da Igreja não poderá acontecer, como de fato acontecerá, no mesmo dia do 'último’ 18º Problema Teológico

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advento de Jesus. Em que o julgamento dos crentes e ceia das bodas do Cordeiro interferem?! Se um pré-tribulacionista pode acreditar, que durante a grande tribulação onde os anjos estarão executando as pragas divinas, uma grande multidão de gentios sendo convertidos, salvos, batizados com Espírito Santo, testemunhando de Cristo, protegidos das pragas e martirizados pela Besta, a terra se esbagaçando e os 144 mil sendo selados enquanto isso e simultaneamente outros tipos de crentes, talvez de 'primeira classe', estarão comendo pão no céu. Por que um pós-tribulacionista não pode acreditar que é durante o pacífico reino de Cristo que acontecerá o julgamento de todos os crentes e as bodas do Cordeiro? Em quê isso afeta o arrebatamento ocorrer no mesmo Dia da vinda de Jesus para implantar o Seu Reino! A indagação do presbítero deveria ser reformulada desse jeito: 'O arrebatamento não pode acontecer antes da grande tribulação, pois como os crentes serão julgados e participarão das bodas do Cordeiro no Reino de Deus, se durante este tempo o Reino ainda não veio e a grande Babilônia ainda não caiu? Assim, conclui-se que as bodas do Cordeiro não pode ser realizada durante a grande tribulação, pois até esse momento o Reino ainda não veio (Lc 21.31; Dn 2.44; 7.13-14; Ap 1.7). E além do mais, não existe o 'último advento' de Cristo, mas o segundo advento, pois o primeiro foi aquele em que ele veio para dar a sua vida como sacrifício (Hb 9.28). Podemos até chamar esse segundo advento de Cristo de último advento em contraste ao seu primeiro advento na manjedoura, mas jamais poderemos chamar de último advento referindo-se a uma outra vinda a acontecer após o segundo advento, pois senão seria o terceiro advento. Para cumprir seu programa escatológico, o pré-tribulacionista é obrigado a crer na terceira vinda de Cristo, a quem eles chamam de ‘último advento ou segunda fase’. Porém, isso em vez de trazer solução, traz mais complicações. Por que se nessa terceira vez, Jesus vem depois do julgamento dos crentes e das bodas de Cristo, como os demais crentes, aquele grupo incontável de salvos da grande tribulação, serão julgados? Paulo escreveu: ‘Todos nós devemos comparecer perante o tribunal de Cristo’ (2 Co 5.10) para que ‘cada um de nós’ preste conta de ‘si mesmo a Deus’ (Rm 14.12). 162

18º Problema Teológico


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Irmão Wellington se na escatologia pré-tribulacionista não há espaço para a Igreja ser julgada no último advento de Cristo, então também não poderá existir espaço para que esses crentes da tribulação sejam julgados! Porém, no último advento de Cristo em Ap 11.15, onde ele assume o controle do reino do mundo é anunciado: ‘chegou o tempo... de recompensares os teus servos, os profetas, os teus santos e os que temem o teu nome tanto pequenos como grandes...’ (Ap 11.18). Quem são esses? Se o teólogo Wellington retruca: ‘pois onde fica o julgamento dos crentes?’ Ora, aqui na sétima trombeta, aonde Cristo vem para destruir os que destroem a terra e galardoar os crentes tanto pequenos como grandes! Até mesmos os profetas do AT serão julgados e recompensados nessa ocasião, quanto mais os crentes da atualidade! Pois como podemos conceber uma incontável multidão de crentes da grande tribulação que não comparecerão ‘perante o tribunal de Cristo’? Ou será que abrir-se-á uma nova sessão do tribunal de Cristo para esses crentes? Terá também uma nova sessão das bodas do Cordeiro? É inadmissível que os santos servos de Deus, de quem está escrito: ‘Vi... em pé junto ao mar de vidro [que está diante do trono de Deus] os que tinham vencido a besta... Eles seguravam harpas que lhes haviam sido dadas por Deus e cantavam o cântico do Cordeiro’ (Ap 15.2,3; 4.6).

Tenham ficados de fora da recompensa dos santos no tribunal de Cristo e das bodas do Cordeiro! Se o arrebatamento ocorrer antes do ‘último advento’, onde ficam o julgamento desses crentes vencedores e a sua participação na festa do Cordeiro? Pelo, contrário, não estão, porventura, recebendo do próprio Deus ‘harpas’ para participarem da festa do Cordeiro!? É incompreensível crer que Jesus celebrará as bodas de casamento com um grupo de crentes no céu, enquanto que seus irmãos na terra estarão sofrendo tortura por amor a Cristo. Que recompensa terão por isso? E como poderão reinar com Cristo conforme Ap 20.4, se isso também é uma recompensa dos salvos (Lc 19.15-19; Ap 2.25-28). De fato todos os crentes serão julgados no ‘ultimo advento’ de Cristo, não antes, mas durante o Seu Reino milenar. Isso também é visto nas palavras de Paulo ditas a Timóteo: 'Na presença de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos por sua manifestação e por seu Reino, eu o 18º Problema Teológico

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exorto solenemente' (2 Tm 4.1 ). Em Rm 14.9-12, Paulo, também, coloca o julgamento dos crentes na época em que Jesus há de julgar vivos e mortos (1 Pe 4.5; Ap 20.11-15). Nessa ocasião, todos os crentes ressuscitarão. Assim lemos:‘os que são de Cristo [ressuscitarão], na sua

vinda. E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder. Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés. O último inimigo a ser destruído é a morte. (1 Co 15.23,24 ARA).

No programa escatológico de Paulo entre a vinda de Jesus para ressuscitar os crentes e o fim, haverá o reino milenar de Jesus onde ele colocará todas as coisas debaixo de seus pés. Paulo não fala da grande tribulação nem tão pouco de uma última fase do advento de Jesus. Portanto, não haverá um intervalo de sete anos entre a ressurreição dos crentes e o reino milenar para o julgamento dos crentes e as bodas do Cordeiro, pelo contrário, será durante o seu reino que ele há de julgar todos, começando pelos crentes, como está escrito: ‘... Os que pertencem ao povo de Deus serão os primeiros a serem julgados. Se esse julgamento vai começar conosco, qual será o fim daqueles que não crêem no evangelho de Deus? (1 Pe 4.17,18 - BLH - veja também Hebreus 10.30b; 1 João 4.17). No ‘24º Problema

Teológico: É grave e infundada a crença pré-tribulacionista de dois evangelhos e de dois reinos’, darei maiores detalhes sobre esse assunto e tratarei sobre o Milênio. Por enquanto, analise o gráfico abaixo: Trono Glorioso

TRIBUNAL DE CRISTO NO TRONO BRANCO o Advento de Cristo salvação e livramento

ressurreição e arrebatamento da igreja

ira tru

es

ed

Gu

o

içã

grande tribulação

Julgamento e recompensa dos crentes

er

ra

do

Ar

m

ag

Anticristo vencido Satanás preso muitas nações destruídas, algumas pessoas sobrevivem

ed

om

Festa das Bodas do Cordeiro e da Inauguração do Reino

me ina sto e r Cri tos san om Os gam c jul Os anjos são julgados os mortos são julgados os vivos são julgados

S JESU 2ª ressurreição R DE A o N ã ç E a MIL Cri para condenação a O d N I o E ã R aç Destruiç ão dos ím Libert de p

ios, Satan no lago as e da morte de fogo

CRISTO ENTREGA O REINO AO DEUS PAI

164

TODOS OS PODERES DOMINADOS POR CRISTO

18º Problema Teológico


Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista

19º PROBLEMA TEOLÓGICO: O pré-tribulacionista se contradiz em crê que a Igreja precisa ser arrebatada para ficar protegida dos juízos apocalípticos, já que eles crêem que outros serão protegidos sem serem arrebatados

A

dificuldade de muitos pré-tribulacionistas leigos em crê no arrebatamento depois da grande tribulação, e manter-se acreditando no complicado sistema pré-tribulacionista ensinado por seus teólogos, é pelo ingênuo fato de pensarem: 'como a Igreja poderá se proteger das terríveis pragas do Apocalipse que atingirá todo mundo!?'. Mas isso não deveria ser um problema para os pré-tribulacionistas, já que eles acreditam que haverá pessoas salvas e santas na grande tribulação! Assim afirmou o pré-tribulacionista Antonio Gilberto: 'haverá santos vivos na Terra durante a Grande Tribulação' (Escatologia Bíblica EETAD, pág. 59 o grifo é meu).

Como esses 'santos vivos na Terra' serão protegidos das pragas do Apocalipse?! Respondam-me, vós pré-tribulacionistas, e encontrareis a resposta para o vosso ingênuo questionamento! Certa vez um desses irmãos que não entende a própria doutrina que professa, me indagou: 'Quero saber, aonde tu vais ficar, quando os quatro anjos reter os quatros ventos, deixando tudo mundo sem fôlego?' Ora, no mesmo local onde ficará os 144 mil servos de Deus e os santos mártires e vivos! Jesus disse categoricamente aos seus apóstolos: '...quando virem estas coisas acontecendo [isto é, o princípios das dores, a destruição de Jerusalém e a grande tribulação], saibam que ele está próximo, às portas' (Mt 24.32,33; Mc 13.28,29; Lc 21.31) - grifo e colchete são meus.

Esse pequeno versículo bíblico analisado dentro do seu contexto é suficiente para refutar uma vinda secreta de Jesus para arrebatar a Igreja. Primeiramente: porque Jesus ensina que a Igreja verá todas estas coisas acontecendo, isso exige que os crentes estejam presentes; em segundo lugar: será através dos acontecimentos de todas essas coisas que a Igreja saberá e testemunhará que Jesus está próximo; em terceiro lugar: Jesus só voltará para remir os crentes depois que todas essas coisas acontecerem (Lc 21.27-31). 165


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Infelizmente os pré-tribulacionistas atropelam a interpretação que Jesus dá as suas próprias palavras. Por exemplo, eles lêem esse texto de Mt 24.32: 'Aprendam a lição da figueira: quando seus ramos se renovam e suas folhas começam a brotar, vocês sabem que o verão está próximo...' aí eles param aqui e dizem: 'essa figueira é Israel, desde 1948 com fundação do Estado de Israel os ramos estão brotando, isto é, os judeus estão voltando para sua pátria. Esse é o grande sinal do arrebatamento da igreja, em breve seremos arrebatados antes da grande tribulação'. Veja que os pré-tribulacionistas são tendenciosos em sua interpretação. Pois além desse texto está dentro do contexto da vinda que eles chamam de 'segunda fase' e não do arrebatamento ou melhor da 'primeira fase', ainda ferem a própria interpretação de Jesus acerca da figueira. Leiamos por completo como Jesus interpreta a lição da figueira: 'Aprendam a lição da figueira: quando seus ramos se renovam e suas folhas começam a brotar, vocês sabem que o verão está próximo. ASSIM TAMBÉM...[prestem atenção na interpretação de Jesus, ele não diz: 'assim também quando virem os judeus retornando para sua pátria, saibam que ele está próximo, às portas'. Não!!! Jesus não disse isso e de onde os pré-tribulacionistas tiraram isso?! Eles têm que deixarem essa mania de moldar os textos ao seu sistema escatológico. Jesus na verdade disse diretamente: 'ASSIM TAMBÉM, quando virem todas estas coisas acontecendo [que coisas são essas? Ora as que estão alistados na passagem bíblica, isto é, o principio das dores, a destruição de Jerusalém e a grande tribulação, que por pura ironia não consta o retorno dos judeus à sua pátria], saibam que ele está próximo, às portas'. Ora se os pré-tribulacionistas podem usar essa lição da figueira para indicar que a fundação de Israel em 1948 serve como sinal da aproximação do arrebatamento. Por que então a grande tribulação, que de fato está incluída entre 'essas coisas' não serve como sinal precedente do arrebatamento da igreja? A Bíblia de Estudo Plenitude comentou sobre isso assim: '[Mt 24.32-35]: Como as árvores brotando indicam a chegada do verão, os sinais descritos por Jesus [em Mt 24] prevenirão sobre a sua chegada. Mesmo a geração presente deveria testemunhar a destruição de Jerusalém' (v.34), que foi um tipo de acontecimento ligado à volta de Cristo' (pág.990). 166

19º Problema Teológico


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Se os crentes presenciarão a grande tribulação, assim como os primitivos cristãos presenciaram a destruição de Jerusalém, isso significa que a vinda de Jesus e o arrebatamento da Igreja ocorrerá após a grande tribulação (Mt 24.21,29-34). Ora, então como a Igreja poderá se proteger das terríveis pragas do Apocalipse que atingirá todo mundo?! O Livro do Apocalipse dá duas dicas de como o crente poderá ser protegido das pragas do Apocalipse. A primeira dica é: guardar a palavra de Deus 'visto que você guardou a minha palavra de exortação à perseverança, eu também o guardarei da hora da provação que está para vir sobre todo o mundo, para pôr à prova os que habitam na terra' (Apocalipse 3.10).

Como o Senhor Deus fará isso? Não tirando o seu povo da terra, através de uma fuga invisível! Mas protegendo-os ali mesmo (João 17.11,12,15), assim como protegeu os israelitas quando o Egito estava sendo assolado pelas pragas de Deus 'em todo o Egito o granizo atingiu tudo o que havia nos campos, tanto homens como animais; destruiu toda a vegetação, além de quebrar todas as árvores. Somente na terra de Gósen, onde estavam os israelitas, não caiu granizo' (Êxodo 9.25,26; leia também Êxodo 10.21-23).

Não posso deixar de citar as palavras imortais de Moisés: 'Haverá grande pranto em todo o Egito, como nunca houve antes nem jamais haverá. Entre os israelitas, porém, nem sequer um cão latirá contra homem ou animal. Então vocês saberão que o Senhor faz distinção entre o Egito e Israel!' (Êxodo 11.6,7).

Idênticas a essas palavras são as palavras de Daniel 'haverá um tempo de angústia como nunca houve desde o início das nações até então. Mas naquela ocasião o seu povo, todo aquele cujo nome está escrito no livro, será liberto' (Daniel 12.1). Assim como as pragas do Egito veio como prenúncio da libertação dos israelitas, assim também as pragas do Apocalipse virá como prenúncio da libertação de ‘todo aquele cujo nome está escrito no livro da vida’. E os únicos que têm seus nomes escritos no livro da vida são os salvos pelo Messias (Ap 3.5; 20.15; 21.27). Esses escritos no livro da vida não podem ter ficado de fora do suposto arrebatamento dos pré-tribulacionistas (Ap 13.8; 17.8). 19º Problema Teológico

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Contudo, o pré-tribulacionista Robert L. Thomas, diz que em Apocalipse 3.10, 'Jesus prometeu à igreja preserva-la em um lugar distante da cena da “hora da provação”. Na combinação 'terese ek' [termo grego usado por João, que significa 'guardarei da'], o verbo fala de preservação e a preposição fala de uma posição externa. Em outras palavras, a promessa de Cristo equivale a um compromisso de proteção em um lugar fora do período conhecido como hora da provação' (Interpretações do Apocalipse, pág.196).

Porém, essa bela interpretação é uma contradição! A preposição 'ek', significa literalmente 'sair de dentro'. 'Para a Igreja emergir de dentro da hora do teste, deve ter estado presente durante aquele teste'. Essa preposição aparece também em Apocalipse 7.14: 'estes são os que vieram da(ek) grande tribulação'. A igreja é vista aqui saindo de dentro da grande tribulação! Se João, o escritor do Apocalipse, tivesse em vista a igreja está em um 'lugar distante da cena da hora da provação', então, ele teria usado a preposição grega 'apo' que significa 'fora de', que pelo menos 'permitiria uma interpretação pré-tribulacionista'. Por outro lado, a maneira como os pré-tribulacionistas pretende usar 'ek' ser tirada do mundo antes da hora da provação contradiz o verbo grego 'têreo' (guardar). 'Se a igreja está no céu nesta ocasião, conforme ensina o pré-tribulacionismo, então qual poderia ser o perigo que necessita a mão protetora de Deus sobre ela? Por todas as partes da Septuaginta e do Novo Testamento, 'téreo' sempre denota a proteção dentro da esfera do perigo'. Então guardar não é a mesma coisa que tirar! Em um só outro trecho do Novo Testamento 'tereo' ocorre com 'ek', é em João 17.15, escrito pelo próprio João do Apocalipse: 'Não peço que os tire (airõ) do (ek) mundo; e, sim, que os guardes (téreo) do (ek) mal'. O termo grego 'airo ek', que significa 'levantar, erguer, ou remover, parece descrever perfeitamente o que o arrebatamento será um levantar ou remoção. Porém, está em contraste e em oposição...a idéia que Jesus emprega 'tereo ek' [guardar do] na segunda' parte do versículo. Então ‘guardar do mal’ não é a mesma coisa que ‘tirar do mundo’, como também guardar da ‘hora da provação’ não é a mesma coisa que ‘tirar do mundo’! A provação vem sobre o mundo, mas a igreja que está no mundo será guardada! Conforme a oração de Jesus em João 17.15. João deveria 168

6º Problema Teológico


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ter usado 'airo ek' em Apocalipse 3.10, se visasse um arrebatamento pré-provação, mas como ele usou 'téreo ek', tinha em mente o que escreveu em João 17.15, e visava que a promessa era 'guardar a igreja na Terra durante o período da provação'. E isso não é coisa impossível para o nosso Deus, já que Ele pode guardar Sadraque, Mesaque e Abede-Nego do fogo dentro da fornalha! A Escritura diz que 'Sadraque, Mesaque e Abede-Nego saíram do fogo...e o fogo não tinha ferido o corpo deles. Nem um só fio de cabelo tinha sido chamuscados, e não havia cheiro de fogo neles'. O próprio rei ímpio, Nabucodonosor, reconheceu: 'nenhum outro deus é capaz de livrar (proteger) alguém dessa maneira' (Dn 3.23-30). A igreja sairá da grande tribulação ilesa e incólume das pragas apocalípticas (Ap 7.14). Como promete o Salmo 91.7,8,10: 'Mil poderão cair ao teu lado, dez mil à sua direita, mas nada o atingirá, você simplesmente olhará, e verá o castigo dos ímpios...nenhum mal o atingirá, [nem praga] alguma chegará à sua tenda'.

E em Isaías 32.18,19: 'O meu povo viverá em locais pacíficos, em casas seguras, em tranqüilos lugares de descanso, mesmo que a saraiva arrase a floresta e a cidade seja nivelada ao pó'.

Glória a Deus! Assim como os israelitas foram livres do anjo destruidor, na praga dos primogênitos, porque tinha o sangue de um simples animal aspergido nas portas de suas casas, assim também a Igreja de Jesus lavada no sangue precioso do Cordeiro, o Filho de Deus, estará protegida dos anjos destruidores durante as derramadas das pragas apocalípticas (Êxodo 12.23 c/ Apocalipse 7.14). A Segunda dica do Apocalipse, de como o crente poderá ser protegido das pragas do Apocalipse, é: romper com os costumes pagãos de Babilônica 'Saiam dela, vocês, povo meu, para que as pragas que vão cair sobre ela não os atinjam!' (Apocalipse 18.4).

Esse povo de Deus são os santos que não adoram a Besta, cujos nomes estão escritos no livro do Cordeiro (Ap 13.7,8,15; 17.8). A pragas de Deus não os atinge! Pelo contrário, as pragas caem sobre sistema 19º Problema Teológico

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Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista

babilônico anticristão em virtude das orações dos santos (Ap 8.3-6). Por isso que quando esse sistema perseguidor babilônico cair, será dito aos santos: 'Celebrem, ó santos, apóstolos e profetas! Deus a julgou, retribuindo-lhe o que ela fez a vocês' (Apocalipse 18.20).

Essa expressão 'santos, apóstolos e profetas' aponta para a Igreja (Ef 4.11,12). O que a Babilônia fez a eles? João viu essa religião falsa, em figura de uma prostituta, 'embriagada com o sangue dos santos' (Ap 17.6). Quer dizer, ela causou a morte de muitos crentes! Por isso também está escrito em relação a terceira taça das pragas de Deus: 'Tu és justo, tu, o Santo, que és e que eras, porque julgaste estas coisas; pois eles derramam o sangue dos teus santos e dos teus profetas, e tu lhes deste sangue para beber, como eles merecem' (Ap 16.4-6).

Por isso que não posso deixar de salientar que apesar da Igreja de Cristo ser guardada por Deus das pragas apocalípticas, contudo será perseguida por esse sistema babilônico liderado por Satanás, pois ele 'tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo' , e sairá para 'fazer guerra [contra] ... os que guardam aos mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo' (Apocalipse 12.12,17 ARC o grifo é meu). Mas, 'é justo da parte de Deus retribuir com tribulação aos que lhes causam tribulação' (2 Tessalonicense 1.6). Se esse ‘meu povo’ de Ap 18.4 não é a igreja do Cordeiro, então quem são? Talvez alguém diga: ‘É a nação de Israel’. Se esse povo é a nação de Israel, então essa Babilônia do capítulo 18 é a literal cidade de Babilônia. Porém, todos sabem que esse nome ‘Babilônia’ em Apocalipse é simbólica, e representa a religião falsa, cuja capital está sediada em Roma. Portanto, Babilônia aqui é a Roma. De donde saiu a reforma protestante? Saiu de dentro da Igreja Católica Apóstata Romana. Assim ‘meu povo’ são os verdadeiros cristãos que romperam com a religião romana, por causa disso, a Babilônia, a Grande, nome simbólico dessa religião romana, perseguiu e matou muito desses cristãos. E ainda matará mais! Apesar disso, os pré-tribulacionistas negam que esse ‘meu povo’ de Ap 18.4 é a igreja, uma vez que para eles a igreja foi arrebatada no capítulo 4, muito antes do capítulo 18 de Apocalipse. Então para os 170

19º Problema Teológico


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pré-tribulacionistas esse ‘meu povo’ se constitui de partes de crentes que não foram arrebatados. Na apostila 'Reforma Viva 2006 Escatologia' o pré-tribulacionista Hilquias Benício, professor de Teologia, refuta o arrebatamento parcial, dizendo: ‘Portanto, não cremos em um Arrebatamento Parcial. Sabemos que existe a Igreja verdadeira e a professante. E que todos que nasceram de novo serão arrebatados, mas nem todos que professam ser cristão subirão. Atente que este posicionamento difere do parcialismo (pág.13)' - o grifo é meu.

Muito embora seu companheiro Francisco Maia tenha escrito na mesma apostila: 'Quem será atingido pela grande tribulação?...os crentes que não estiverem vigilantes' (pág.27) e também seu outro companheiro, o Pr. Antonio José, que também escreveu um artigo na mesma apostila, fala dos 'que se converteram e morreram durante a Tribulação, e que terão 'corpos glorificados' (pág.74). Um sarapatel teológico! Ora, ainda que o Dr. Hilquias Benício queira negar que crê no arrebatamento parcial, contudo não pode negar a ressurreição e a glorificação parcial, que caí na mesma contradição, pois se esses crentes ressuscitarão com corpos glorificados, então eles nasceram de novo, logo fazem parte da Igreja. Assim o Corpo de Cristo estará 'desmembrado e desfigurado quando levado a Ele' na primeira fase do arrebatamento (pág.13 da apostila supra citada). Das duas uma: ou nós cremos que todos os salvos serão arrebatados antes da grande tribulação ou nós cremos que todos os salvos serão arrebatados depois da grande tribulação. E como não podemos negar o texto de Apocalipse 7.9,14,15: '[vi] uma grande multidão [incontável], de todas as nações..., em pé, diante do trono e do Cordeiro, com vestes brancas...Quem são estes...e de onde vem?...Estes são os que vieram da grande tribulação e lavaram as suas vestes...no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus e o servem dia e noite'.

E, nem negar o texto de Ap 18.4 referente a igreja, chamando-a de ‘meu povo’ e advertindo-a na época da queda de Babilônia, a Grande, só temos que concluir que a Igreja será arrebatada depois da grande tribulação ou então creiamos na contraditória crença do arrebatamento parcial, da ressurreição parcial e da glorificação parcial. 19º Problema Teológico

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20º PROBLEMA TEOLÓGICO: Os pré-tribulacionistas sabem a data da volta de Jesus Cristo à Terra!

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esus Cristo disse: 'Quanto ao dia e à hora ninguém sabe nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai' (Mt 24.36). Outra versão diz: 'unicamente meu Pai' (ARC). De que Jesus Cristo está falando?! Conforme o versículo 37 estava se referindo à sua vinda. Mas como existem crentes que acreditam em duas vindas de Jesus, convém perguntar: Que vinda Jesus estava se referindo? Os versículos 36 e 37 são textos; ninguém poderá saber de que vinda Jesus está falando se não ler o contexto, não adianta inventar um pretexto. Lendo os textos anteriores desses versículos vermos que Jesus descreve a Sua vinda: '...todas as nações da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo nas nuvens do céu com poder e grande glória' (v.30). Então, quando Jesus disse que ninguém sabia o dia e a hora da sua vinda, se referia não a uma suposta vinda secreta, mas a sua vinda à terra quando 'todas as nações da terra...verá o Filho do homem vindo...com grande glória'. Marcos redigiu: 'Vocês não sabem quando virá esse tempo' (Mc 13.32,33). É interessante que os pré-tribulacionistas lançam mãos prontamente desses versículos para refutar os adventistas que marcaram a vinda de Jesus para o ano de 1844 e os russelitas que marcaram a vinda de Jesus para 1914. Assim, escreveu o pré-tribulacionista Esequias Soares, em sua lição contra os russelitas: 'Além do mais, Jesus afirmou que não compete aos homens saber a data de sua vinda' e citou os seguintes texto-provas: '(Mt 24.36; Mc 13.32; At 1.6) - (Lições Bíblicas, de Mestre, 2º trimestre de 2006, pág. 35).

Porém, os pré-tribulacionistas também marcaram uma data para a volta de Jesus! Os anjos não sabem, o Filho não sabe, os primitivos discípulos não sabiam, mas os pré-tribulacionistas sabem quando será! O pré-tribulacionista Claudionor de Andrade escreveu: “a volta triunfal de Cristo, que se fará acompanhar por sua Igreja, ocorrerá sete anos após o arrebatamento” (Lições Bíblicas, de Aluno, 4º trimestre de 2004, pág.43).

Certo pregador pré-tribulacionista disse: “Ninguém sabe o dia 172


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da vinda de Cristo para arrebatar a igreja, já a vinda para julgar o mundo todos podem saber, é só contar sete anos após o arrebatamento”. Mas Jesus Cristo, o Filho de Deus, está dizendo que nem ele mesmo sabe quando será a Sua vinda para julgar o mundo, como 'todos podem saber'? O pré-tribulacionista Eurico Bergstén escreveu: '[Jesus] ...retornará no término da Grande Tribulação, em grande glória, acompanhado de sua Igreja. Desta vez, todo olho o verá (Ap 1.7). Lições Bíblicas, de Mestre, 3º trim.estre de 1995, pág.68. Segundo Antonio Gilberto 'a Grande Tribulação abrangerá um período de sete anos' (Escatologia Bíblia EETAD, pág. 63).

Isso significa que todos os crentes que ficarem na grande tribulação e a grande multidão de gentios convertidos no período da grande tribulação como também os 144 mil judeus pregadores da grande tribulação saberão com precisão o ano da volta de Jesus Cristo à Terra! Meu Deus que ensinamento contraditório! Quer dizer o próprio Filho de Deus não sabia quando será o dia da Sua vinda, esses crentes aí saberão! Por exemplo, se o arrebatamento da Igreja acontecer no ano de 2008, a vinda de Jesus Cristo à Terra para estabelecer o Seu Reino será no ano de 2015! Agora imagine o crente que ficou na grande tribulação e ao lê o texto de Mateus 24.36, o quê ele dirá? 'Não é unicamente o Pai que sabe, eu sei também, será no ano de 2015!'. Será que os pré-tribulacionistas não conseguem ver a gravidade do erro que eles estão cometendo ao crê que a vinda de Jesus Cristo será depois de sete anos? Os apóstolos perguntaram a Jesus: 'Senhor, é neste tempo que vais restaurar o reino a Israel? [Jesus] lhes respondeu: 'Não lhes compete saber os tempos ou as datas que o Pai estabeleceu pela sua própria autoridade' outra versão diz: 'que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade' (ARA).

Sabemos que o Reino será estabelecido na vinda de Jesus (Mt 25.31,34; Lc 21.27-31; 1 Co 15.23-25; Ap 11.15; 19.15,16; 20.6), mas não sabemos quando será a data que o Pai estabeleceu e nem nos compete saber. Mas por incrível que parece os pré-tribulacionistas sabem quando será! Será depois de sete anos! Eles acabaram de ferir a autoridade 20º Problema Teológico

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exclusiva de Deus! E vasculharam a onisciência de Deus! É como se dissessem: 'a nós compete saber os tempos ou as datas'. O pré-tribulacionista Esequias Soares, anteriormente citado, usou esse texto para refutar aqueles que marcam a data da volta de Jesus, mas ele não percebe que esse texto também refuta os pré-tribulacionistas. Pois o texto de Atos 1.6,7, nada tem a ver, isso também na própria escatologia pré-tribulacionista, com a vinda secreta, e sim com a vinda pública de Jesus em que ele restaurará o reino à Israel. Todavia, se a vinda 'pública' de Jesus já está cronologicamente computada pelos homens, isto é, sete anos após o arrebatamento da igreja, então Atos 1.6,7 caem por terra. Esse é um dos muitos problemas em acreditar em duas vindas de Jesus! Não somente os sete anos de grande tribulação é contraditório, porque marcam uma data exata para a vinda de Jesus, como também um arrebatamento secreto é contraditório, pois, permite que se inicie uma contagem regressiva para a vinda de Jesus! Por isso que ambas as doutrinas negam a exclusiva autoridade do Pai para a data do estabelecimento do Reino. Quer dizer apenas os anjos, Jesus e os crentes atuais não sabem quando acontecerá a vinda de Jesus para estabelecer o seu Reino, enquanto que após o arrebatamento, todos os outros crentes saberão! Eles poderão até pregar: 'Jesus Cristo voltará em 2015!'. E onde fica o que Jesus falou: 'Não lhes compete saber os tempos ou as datas (da vinda do Reino) que o Pai estabeleceu pela sua própria autoridade' (Atos 1.7). Pois os pré-tribulacionistas vasculharam e descobriram que será sete anos após o desaparecido deles da terra! O pré-tribulacionista Elienai Cabral escreveu: 'o Dia do Senhor [é]... a manifestação pessoal e visível de Cristo no final da Grande Tribulação' (Lições Bíblicas, de Aluno, 3º trimestre de 1998, págs.44,45)

Lembrando que para os pré-tribulacionistas a grande tribulação durará sete anos. Isso significa que o Dia do Senhor, que para Elienai Cabral é a vinda pessoal e visível de Jesus Cristo, será depois de sete anos. Porém, essa contagem contradiz tanto a Paulo quanto a Pedro. Por exemplo Paulo escreveu: 'Irmãos, quanto aos tempos e épocas, não precisamos escrever-lhes, pois vocês mesmo sabem perfeitamente 174

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que o dia do Senhor virá “depois de sete anos de grande tribulação” . Assim não! Pois quem disse isso foi o pré-tribulacionista Elienai Cabral, Paulo na verdade disse: 'o dia do Senhor virá como ladrão à noite' (1 Ts 5.1-4). E como um ladrão vem? Jesus Cristo ensinou: 'Entendam isto: se o dono da casa soubesse a que hora da noite o ladrão viria, ele ficaria de guarda e não deixaria que a sua casa fosse arrombada. Assim, vocês também precisam estar preparados, porque o Filho do homem virá numa hora em que vocês menos esperam' (Mateus 24.42-44).

Então um ladrão vem de um modo que ninguém sabe quando, assim também Paulo está ensinando aos irmãos que o Dia do Senhor, que é a vinda 'pessoal e visível de Cristo' será em uma data desconhecida para nós. E como então o Dr. Claudionor de Andrade disse que “a volta triunfal de Cristo... ocorrerá sete anos após o arrebatamento”? (Lições Bíblicas, de Aluno, 4º trimestre de 2004, pág.43 o grifo é meu).

Mas será que o arrebatamento vai realmente acontecer sete anos antes do Dia do Senhor? Acredito que não! Pois senão Paulo não diria aos irmãos: 'Mas vocês, irmãos, não estão nas trevas, para que esse dia os surpreenda como ladrão' (v.4). Ele diria: 'Mas vocês, irmãos, não se preocupem, pois seremos arrebatados antes do Dia do Senhor, esse dia não nos surpreenderá como ladrão'. E além do mais, como esse dia surpreenderá os que estão ‘nas trevas’ se 'ocorrerá sete anos após o arrebatamento'. Em outras palavras, para os pré-tribulacionistas, o Dia do Senhor não será como ladrão à noite, pois todos os que ficarem na grande tribulação saberão em que ano acontecerá! Assim, '...aqueles...' que segundo o Dr. Antonio Gilberto, 'não subiram no arrebatamento, e, despertados por tal fato, decidirão permanecer fiéis (Escatologia Bíblica EETAD, pág.59 o grifo é meu), podem até produzir um outdoor com os seguintes dizerem: 'JESUS VOLTARÁ EM 2015'(ou qualquer outra data, pois os que ficarem saberão quando será, basta contar sete anos). E podem apontar como prova disso o desaparecimento de milhões de crentes, pois conforme o próprio Antonio Gilberto disse: 'o mundo tomará conhecimento depois, quando notar a ausência, a falta e o desaparecimento de milhões de 20º Problema Teológico

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salvos' (Escatologia Bíblica EETAD, pág. 20). Uma nota de estudo na Bíblia Pentecostal pré-tribulacionista diz o seguinte: “os santos da tribulação sabem, quase exatamente o momento da volta do Senhor, e estarão preparados e serão salvos” (pág. 1440 - o grifo é meu).

Todavia, essas coisas não se encaixam na doutrina da verdadeira escatologia bíblica, pois 'ninguém sabe' quando será a data da volta de Jesus Cristo, nem os crentes de hoje, nem tampouco os santos da grande tribulação. Pelos sinais sabemos simplesmente que Jesus está próximo, às portas (Mateus 24.29-36), mas jamais poderemos dizer que será depois de sete anos, como fazem os pré-tribulacionistas. Paulo cita a figura de ‘um ladrão’ para ‘o dia do Senhor’ exatamente para ensinar que não há ‘tempos e épocas’ previstas (1 Ts 5.1,2). Contudo, os pré-tribulacionistas, como Elienai Cabral, ensinam que o dia do Senhor será depois de sete anos de tribulação. Na época do apóstolo Pedro, muitos escarnecedores diziam: 'O que houve com a promessa da sua vinda'. Pedro respondeu dizendo: 'Não se esqueçam disto, amados: para o Senhor um dia é como mil anos, e mil anos como um dia. O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns... O dia do Senhor, porém, virá como ladrão' (2 Pedro 3.3,4,8-10).

Será possível que só os pré-tribulacionistas são os únicos a saberem quando será o dia da vinda de Jesus Cristo, até os anjos perdem pra eles. Por exemplo pergunte a qualquer pré-tribulacionista: 'Irmão, se o arrebatamento acontecer hoje, quando será a vinda de Jesus à Terra?' Ele dirá tal ano! Isso se ele realmente ter convicção no dogma pré-tribulacionista. Nem mesmo o apóstolo Pedro que viveu lado a lado com Jesus, sabia que o dia do Senhor será depois de sete anos, pois falou de um modo incerto: 'para o Senhor um dia é como mil anos, e mil anos como um dia'. Pedro deveria ter dito: 'sete anos após o arrebatamento'. Mas se o dia do Senhor está cronologicamente computador como ensina os pré-tribulacionistas, o argumento de Pedro cai por terra para os que sabem que o dia do Senhor será depois de sete anos de grande tribulação. Quando Pedro diz 'O dia do Senhor.. virá como ladrão' 176

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contradiz tão frontalmente os pré-tribulacionistas que diz que 'o Dia do Senhor [que é]... a manifestação pessoal e visível de Cristo [será] no final da Grande Tribulação (isto é, depois de sete anos)' (Lições Bíblicas, de Aluno, 3º trimestre de 1998, págs.44,45), que eu não sei como eles conseguem continuar crendo nessas coisas. Talvez, os pré-tribulacionistas digam: 'Quando Jesus disse que ninguém sabe o dia e a hora da sua vinda, não se referiu a segunda fase da Sua vinda, mas a primeira fase onde ocorrerá o arrebatamento da Igreja'. Então isso significa que a vinda em que todo olho verá, todos saberão quando será? Quer dizer não será surpresa e nem iminente! Então, ‘O dia do Senhor’ não será imprevista conforme ensinam Paulo e Pedro? Aí depois quem não crê na iminência da vinda de Jesus Cristo somos nós! Como o Dr. Elienai Cabral escreveu: 'Esse elemento (referindo-se a iminência) é rejeitado por alguns grupos que entendem que não haverá dois eventos distintos: o arrebatamento da Igreja e a vinda pessoal de Cristo' (Lições Bíblicas, de Aluno, 3º trimestre de 1998, pág.35).

Mas eu entendo que são os pré-tribulacionistas que rejeitam que 'a vinda pessoal de Cristo' será iminente! E eles fazem isso porque querem manter um período de sete anos de grande tribulação entre o arrebatamento da Igreja e a vinda pessoal de Cristo! Mas eles não conseguem ver que Jesus, Paulo e Pedro estão justamente falando da vinda pessoal de Cristo e não de uma vinda secreta. Lendo 1 Tm 6.14,15, veremos que Timóteo é exortado a esperar a vinda visível de Jesus, pois é chamada de 'manifestação (gr. epifanéia)', porém, essa vinda ocorrerá não em qualquer momento, mas no 'devido tempo' estabelecido pela exclusiva autoridade de Deus (At 1.7; 3.21; Ap 11.18), porém, para nós esse 'tempo' é iminente, pois não sabemos 'quando virá esse tempo' (Mc 13.32,22), pois para Deus 'um dia é como mil anos e mil anos como um dia' (2 Pe 3.8-10). Por isso que temos que está vigilantes e preparados para qualquer tempo (Mt 25.1-13; Mc 13.34-37; Lc 12.35-40; 1 Co 7.29-31). Se a vinda pessoal de Cristo será na data que ninguém sabe, assim como ninguém sabe a vinda dum ladrão, então ele não vem depois de sete anos. Se ele vem depois de sete anos como os pré-tribulacionistas ensinam desde 1827, então Jesus, Paulo e Pedro estão equivocados. Com isso os pré-tribulacionistas querem levantar uma prova de que 20º Problema Teológico

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A vinda para a Igreja é diferente da vinda para a Terra. Pois ensinam que a vinda para a Igreja ninguém sabe quando será, enquanto que a vinda para o mundo todos saberão quando virá. 'Viu irmãos como são em duas fases, senão nós vamos contradizer Jesus'. Contudo é esse pensamento pré-tribulacionista que está contradizendo o que Jesus realmente disse; pois não só fere os princípios de interpretação da Bíblia, como leva o pré-tribulacionismo a cair numa absurda contradição teológica. Pois nenhum desses textos está relacionado a algum tipo de vinda secreta, mas a vinda pública. Assim ao confessar uma vinda secreta chocam com a vinda pública de Cristo. Ainda que os pré-tribulacionistas queiram se convencer que Mateus 24.36 se refere a um arrebatamento secreto devido os versículos 40,41: 'Dois homens estarão no campo: um será levado e o outro deixado. Duas mulheres estarão trabalhando num moinho: uma será levada e a outra deixada'. Todavia, esbarrão com At 1.6,7, 1 Ts 5.1-4 e 2 Pe 3.8-10, que mostram que o Dia do Senhor e o estabelecimento do Seu Reino serão em datas que ninguém sabe, e não depois de sete anos após o arrebatamento. Por isso que o arrebatamento não pode se dá em uma vinda secreta, mas exatamente no Dia do Senhor; e 'um será levado e outro deixado', nada mais é, do que '[Jesus] enviará os seus anjos, e estes reunirão os seus eleitos dos quatro ventos', mas isso não ocorrerá em uma secreta vinda, mas na vinda em que 'todas nações...verão''(Mt 24.30,31 veja também 2 Ts 1.7-10). Por isso digo a todos vocês: 'Ninguém sabe quando será o arrebatamento, nem tampouco a vinda pessoal de Jesus!' Apenas os pós-tribulacionistas bíblicos podem falar assim! Nesse ponto eu refuto aqueles pós-tribulacionistas que infelizmente acreditam que a grande tribulação seja de sete anos (leia o 13º problema teológico). E posso também dizer, sem titubear, que o arrebatamento da Igreja ocorrerá exatamente na vinda pessoal de Jesus Cristo, o nosso Senhor. Lucas escreveu: 'Tenham cuidado, para sobrecarregar o coração de vocês... e aquele dia venha sobre vocês inesperadamente. Porque ele virá sobre todos os que vivem na face de toda a terra' (Lucas 21.34,35).

Mas se esse dia vem depois de sete anos de grande tribulação, 178

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não será inesperadamente! Será que os crentes que viverão nos dias da grande tribulação saberão o dia e a hora que Jesus vem? Claro que não! Pois a Bíblia não diz quando durará a grande tribulação, o que sabemos é que ele vem 'imediatamente após a tribulação daqueles dias' (Mt 24.2931). E também: 'Se aqueles dias [de tribulação] não fossem abreviados, ninguém sobreviveria, mas, por causa dos eleitos (isto é dos crentes fiéis - Ap 17.14), aqueles dias serão abreviados' (Mt 24.21,22). No texto de Lc 21.34,35: a vinda de Jesus é pública, pois diz ‘virá sobre todos os que vivem na face de toda a terra’, porém, essa vinda não será depois de sete anos, pois, diz que virá ‘inesperadamente’. E, para esmagar o pré-tribulacionismo, o texto coloca a esperança dos discípulos nesse dia, quando diz: ‘fiquem alertas! Não deixem que as festas, ou as bebedeiras, ou os problemas desta vida façam vocês ficarem tão ocupados, que aquele dia pegue vocês de surpresa, como se fosse uma armadilha’ (BLH). O Cristo glorificado também disse para os crentes da igreja em Sardes: 'Mas se você não estiver atento, virei como um ladrão e você não saberá a que hora virei contra você (Ap 3.3). Isso não será verdade se esses crentes não subirem no arrebatamento e esperarem a vinda de Jesus depois de sete anos! Pois eles saberão que Jesus virá como um ladrão depois de sete anos de grande tribulação assolar a terra. Então veja que não pode existir um arrebatamento antes desse dia que ele vem como um ladrão. Assim Jesus disse para os crentes quando é derramada a penúltima taça sobre a terra: 'Eis que venho como ladrão! Feliz aquele que permanece vigilante e conserva consigo as suas vestes, para que não ande nu e não seja vista a sua vergonha' (Apocalipse 16.15).

Por isso que ele pôde dizer para os crentes vigilantes de Sardes: 'No entanto, você tem aí em Sardes uns poucos que não contaminaram as suas vestes. Eles andarão comigo, vestidos de branco, pois são dignos' (Apocalipse 3.4).

Quer dizer, enquanto que os crentes vigilantes andarão de branco quando Jesus vir como um ladrão, os crentes não vigilantes andarão nus. Mas isso não será verdade se para esses crentes não vigilantes ainda houver sete anos para consertar as suas vidas. Se Jesus vier depois de sete anos de grande tribulação não há perigo de pegar alguém 20º Problema Teológico

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desprevenido! Jesus nos advertiu: 'É como um homem que saí de viagem. Ele deixa sua casa, encarrega de tarefas cada um dos seus servos e ordena ao porteiro que vigie. Portanto, vigiem, porque vocês não sabem quando o dono da casa voltará (os pré-tribulacionistas sabem!): se à tarde, à meia-noite, ao cantar do galo ou ao amanhecer. Se ele vier de repente, que não os encontre dormindo! O que lhes digo, digo a todos: Vigiem!' (Marcos 13.34-36).

Para os pré-tribulacionistas não será 'de repente', pois tem data marcada: sete anos depois da grande tribulação. Não adiantar dizer que Jesus está se referindo a uma 'suposta vinda invisível'. Pois isso vai apenas contrariar a Bíblia. É a mesma coisa que dizer que a sua vinda visível não será de repente, e nem há essa necessidade de vigilância. Os apóstolos perguntaram: 'Senhor, estás contando está parábola para nós (a igreja) ou para todos (a igreja e o mundo)?' (Lucas 12.37,38,41). Jesus responde: 'O que lhes digo, digo a todos: Vigiem!' (Marcos 13.37). Portanto, ele não fala apenas para os crentes de hoje, mas também para os crentes da grande tribulação, mas isso não fará sentido algum, se os pré-tribulacionistas estiverem correto ao afirmar que Jesus vem depois de sete anos de grande tribulação. E assim a doutrina da vinda secreta de Jesus não só contrabandeia esses textos bíblicos para si, como também anula a reivindicação de Cristo de que a Sua vinda pública será como ladrão, pois tem data marcada para acontecer: depois de sete anos! Quer dizer, enquanto que a suposta vinda escondida de Jesus inventada pelos pré-tribulacionistas é desconhecida, isto é, pode acontecer daqui a bilhões de anos, a vinda gloriosa de Jesus, em que ele dará fim ao sistema deste mundo e estabelecerá o seu grandioso Reino é conhecida por todos, e é fatal: depois de sete anos, nem mais e nem menos! Voltando ao texto de Apocalipse 16.14,15, extrairei sete refutações contra essa vinda computadorizada dos pré-tribulacionistas: 1°) Esse texto refuta que a vinda de Jesus como ladrão é uma vinda secreta, pois Jesus chama essa vinda após as taças de vinda como um ladrão, e não tem nada de secreta, pois nesse dia ele vem para batalhar no ‘grande dia do Deus todo-poderoso’, conforme o versículo 14. 180

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2°) Esse texto refuta que a vinda depois da grande tribulação pode ser calculada, pois Jesus disse: 'Eis que venho como ladrão', isto é, sem data marcada; 3°) Esse texto refuta que a igreja foi arrebatada antes da grande tribulação, pois aqui, enquanto as taças são derramadas, Jesus exorta o crente à vigilância. Isso não faz nenhum sentido se os crentes já estiverem no céu festejando as bodas do Cordeiro. 4°) Nesse texto, essa promessa da vinda de Jesus seguida de exortação ao crente, no momento do cenário da batalha do grande dia do Deus todo-poderoso, é uma prova incontestável de que Jesus até esse momento não tenha voltado e levado os crentes para as bodas; 5°) Nesse texto, a segunda vinda de Jesus é iminente! Isso significa que o crente precisa está vigilante; 6°) A grande tribulação não é um período de sete anos, pois essa termina na vinda de Jesus, e essa vinda é como ladrão! 7°) Jesus vem depois da grande tribulação para batalhar contra o mal e dá felicidade ao crente! Por isso que se diz 'feliz aquele que permanece vigilante'. Por isso que os verdadeiros pós-tribulacionistas não enfrentam os tipos de problemas teológicos envolvidos na crença de uma vinda calculada pelos homens, pois eles acreditam, assim como Jesus, Mateus, Marcos, Lucas, Pedro, Paulo e João acreditavam, que a vinda visível e pessoal de Jesus será no 'dia e [na] hora que ninguém sabe, mas unicamente o Pai', rejeitando e repugnando tenazmente a crença dos pré-tribulacionistas de que a vinda visível e pessoal de Jesus será depois de sete anos de grande tribulação.

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21º PROBLEMA TEOLÓGICO: Os pré-tribulacionistas torcem textos bíblicos para moldá-los ao seu complicado programa escatológico

C

omo os pré-tribulacionistas citam passagens bíblicas em seus livros de teologia sistemática para provar uma vinda secreta, já que é nua a flagrante desta doutrina? Infelizmente, as Escrituras podem ser torcidas! É o caso de Colossenses 3.4: 'Quando Cristo, que é a nossa vida, for manifestado, então, vocês também serão manifestados com ele em glória'.

Será que Paulo tem mente uma segunda fase da vinda de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo em que ele vem dos céus com a Igreja? Em nenhum lugar dos escritos paulinos há uma primeira e segunda fase da vinda de Cristo, ou uma vinda invisível e outra vinda visível. Os hermeneutas pré-tribulacionistas falam de duas palavras gregas 'parousia' e 'epifanéia'. Eles dizem que 'parousia' está relacionada com a vinda invisível, enquanto 'epifanéia' está relacionada com a vinda visível. Quer dizer, para compreendermos a doutrina escatológica temos que primeiro aprender o grego, pois, nossos tradutores fizeram o favor de não colocarem tais definições em nossas Bíblias portuguesas. Mas, por que 'parousia' é uma vinda invisível? Os exegetas pré-tribulacionistas diz que o termo é traduzido por 'chegada rápida'. Mas, Paulo usou esse mesmo termo em outros casos e nada teve haver com rapidez e invisibilidade, por exemplo, ele escreveu: 'Deus, porém, que consola os abatidos, consolou-nos com a chegada (parousia) de Tito, e não apenas com a vinda (parousia) dele, mas também com a consolação que vocês lhe deram' (2 Coríntios 7.6,7; leia também 1 Coríntios 16.17).

Será que Tito chegou à Macedônia, onde se encontrava Paulo, de maneira invisível? Ou ele veio tão rápido que ninguém percebeu? Não!!! Por isso que a vinda rápida, inesperada, de repente e iminente de Jesus Cristo não anula sua visibilidade, levando-os a crê que seja invisível. Será que o uso de dois termos gregos mudam a natureza da volta de 182


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Jesus Cristo? Os apóstolos usaram uma terceira palavra grega 'apocalipse', que significa 'revelação', para a vinda de Jesus. Será que, agora, temos que crê que haverá três vindas: uma parousia, outra epifanéia e outra apocalipse. Ou não seria mais coerente concluir que os três termos se refere a mesma vinda. Em vez de ajudar, os pré-tribulacionistas complicam mais ainda! Segundo o teólogo pré-tribulacionista Elienai Cabral: 'Parousia é abrangente e pode referir-se tanto à vinda de Cristo para a Igreja como para o mundo. Entretanto, epiphanéia é um termo que especifica a volta de Cristo à Terra de modo mais direto, porque diz respeito à Sua manifestação pessoal ao mundo' (Lições Bíblicas, de Aluno, 3º trimestre de 1998, págs. 33,34).

O Dr. Elienai Cabral procura ser mais sincero, mas está tão apegado a doutrina das duas fases da vinda de Jesus, que não consegue ver que a 'parousia' é a mesma coisa de 'epifanéia' ou 'apocalipse' nos escritos apostólicos. Se apenas a 'parousia' pode ser aplicado ao arrebatada da igreja, e não 'epifanéia' ou 'apocalipse', por que Pedro escreveu: '...a fé que vocês têm... é genuína e resultará em louvor, glória, e honra, quando Jesus Cristo for revelado (gr. apocalipse)' (1 Pedro 1.7),

Ou por que ele disse aos pastores: 'Quando se manifestar (gr. epifanéia) o Supremo Pastor, vocês receberão a imperecível coroa da glória' (1 Pedro 5.4).

A doutrina das duas fases baseada nas palavras grega acareadas com esses textos bíblicos causa uma confusão teológica. Se esses irmãos serão recompensados na vinda visível de Jesus Cristo, então eles ficaram no abandono da grande tribulação! Não seria melhor Pedro os ter exortado à esperar a vinda invisível, já que eles não só serão poupados da grande tribulação, como participarão das bodas do Cordeiro? Caso contrário, se Pedro coloca a esperança deles na 'epifanéia', então não há distinção entre 'parousia' e 'epifanéia'! E, se a igreja é arrebatada em uma 'parousia' invisível que difere de uma 'epifanéia' visível, por que Paulo escreveu a Timóteo, seu 21º Problema Teológico

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companheiro fiel: 'guarde este mandamento imaculado e irrepreensível, até a manifestação (gr. epifanéia) de nosso Senhor Jesus Cristo' (1 Timóteo 6.14).

Será que Paulo supôs que ele subirá na 'parousia' invisível e Timóteo na 'epifanéia' visível? Ou Paulo errou o termo grego, ele queria dizer era 'parousia'? Mas, não foi só para Timóteo que Paulo recomendou a 'epifanéia' (que para os teólogos pré-tribulação trata-se da 'segunda fase da segunda vinda' de Jesus Cristo), mas a inteira igreja dos tessalonicenses. Paulo escreveu que o alívio deles só se daria na 'epifanéia', e o pior é que o próprio apóstolo, parece que conclui que também ficará para a segunda fase e acaba consolando-se: '...alívio a vocês, que estão sendo atribulados, e a nós também. Isso acontecerá quando o Senhor Jesus for revelado (gr. apocalipses) lá dos céus' (2 Tessalonicenses 1.7).

E, em 2 Ts 2.8, seguindo o conceito dos pré-tribulacionistas, Paulo misturou as bolas quando escreveu: '...o Senhor Jesus destruirá [o perverso] pela manifestação (gr. epifanéia) de sua vinda (parousia)', pois uniu os dois termos gregos em uma só vinda! Se nos ensinos dos apóstolos a Igreja sobe em uma vinda invisível, por que Paulo disse à Tito que os cristãos aguardavam 'a gloriosa manifestação (gr. epifanéia) de... Jesus Cristo', a quem ele chama de 'bendita esperança'? e também, escreveu aos coríntios: 'de modo que não lhes falta nenhum dom espiritual, enquanto vocês esperam que o nosso Senhor Jesus Cristo seja revelado’ (gr. apocalipses - 1 Co 1.7). Os irmãos de Corinto esperavam uma vinda visível de Jesus Cristo, e não uma vinda invisível. Nesse texto Paulo deveria usar pelo menos a expressão 'parousia', se acreditasse de fato em duas fases da vinda de Jesus, mas ao se referir essa vinda para os crentes como 'revelação', prova que só há uma única vinda: a visível! A Bíblia usa os mesmos termos 'vinda (parousia)' e 'revelação (apocalipse)' em relação ao Anticristo, e ninguém ousa dizer que a manifestação do Anticristo será de modo invisível (veja 2 Ts 2.3,9; 1 Jo 2.18). Porém, quando esses mesmos termos bíblicos são usados em relação a Cristo, em sua vinda, alguns dizem que será de modo invisível (1 Co 1.7; 1 Ts 5.23). Contudo, esse modo tendencioso de interpretar os 184

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textos bíblicos está mais para uma fraude do que para uma exegese bíblica! Pedro é tão claro a respeito disso que exorta os concrentes a colocar toda a esperança nessa vinda visível, ele escreveu: '...coloquem toda a esperança na graça que lhes será dado quando Jesus Cristo for revelado (gr. apocalipses)' (1 Pe 1.13). Se Jesus será revelado na sua vinda, então não é um evento oculto, presenciado apenas por alguns apercebidos! Pois 'revelar' significa exatamente isso: 'tirar o véu', 'desvendar o oculto', 'tornar publico o que está escondido', 'tornar conhecido o desconhecido' (Mt 10.26). De fato, a Bíblia diz: 'todas as nações... verão' e 'todo olho o verá' (Mt 24.30; Ap 1.7). Similarmente, encontramos as palavras de Paulo a Timóteo referindo-se a todos os crentes: 'Agora me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vinda (gr. epifanéia)' - 2 Timóteo 4.8.

A maioria das nossas versões prefere usar a expressão 'vinda' nesse texto, mas no original, Paulo usou o termo grego 'epifanéia', que traduzido seria: '...a todos os que amam a sua manifestação'. Se Paulo de fato acreditasse que 'parousia' está relacionada a uma vinda secreta, e 'epifanéia' a uma vinda pública de Jesus, teria usado o termo grego 'parousia' nesse texto em vez de 'epifanéia', mas ao usar o termo grego 'epifanéia' mostra que Paulo não pensava na vinda de Jesus como um evento de duas fases e nem que a vinda de Jesus fosse um evento invisível para os crentes. Portanto, aguce o seu entendimento por saber que tanto Paulo como Pedro e os demais crentes receberão sua coroa na manifestação ou revelação de Jesus Cristo, e não em uma vinda invisível (2 Pe 5.1,4). O apóstolo João também acreditava assim, pois escreveu: 'Filhinhos, agora permaneçam nele para que, quando ele se manifestar (gr. epifanéia), tenhamos confiança e não sejamos envergonhados diante dele na sua vinda (parousia)' (1 João 2.28).

Percebe que João usa os dois termos gregos para se referir a vinda de Jesus Cristo em relação aos crentes. Assim, essa distinção apenas existe na mente dos teólogos pré-tribulacionistas e de seus adeptos! 21º Problema Teológico

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Em vez de rasgar as Escrituras Sagradas por acreditar em uma esquisita vinda invisível, não seria melhor crê que 'parousia' (presença), 'epifanéia' (manifestação) e 'apocalipse' (revelação) se refere a mesma vinda de uma só vez de Jesus Cristo, sem fases e etapas! Coisas assim sem sentido! Por que duas fases? Qual é a necessidade disso? Se o que ele vem fazer em duas, ele pode realizar em uma só! E além do mais, tudo o que ele fará na primeira fase, segundo os ensinos do pré-tribulacionismo, ele repetirá na segunda fase! Uma vez que não existe esta coisa de duas fases da vinda de Jesus Cristo, e nem isso foi ensinado pelos apóstolos, o quê Paulo quis dizer com isso: 'Quando Cristo, que é a nossa vida, for manifestado (gr. epifanéia), então nós também seremos manifestados com ele em glória' (Colossenses 3.4).

No versículo 3, Paulo disse: 'Vocês morreram com Cristo, e agora sua vida está escondida com Cristo em Deus'. Se Paulo tem a noção de que os irmãos estão bem vivos e presentes para lerem a sua carta, por que ele disse que a vida deles estava lá no alto, escondido com Cristo. Será que Paulo não está se referindo a gloriosa vida imortal escondida com Cristo em Deus?! Essa gloriosa vida imortal precisa ser manifestada no corpo dos santos! Mas quando se dará isso? 'Quando Cristo, que é a nossa vida [imortal] se manifestar'. Paulo falou sobre isso também aos irmãos de Roma: 'Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada' (Rm 8.18).

Quando essa glória será revelada ou manifestada nos santos? Quando os santos forem glorificados no corpo! E, quando os santos serão glorificados? Paulo escreveu aos Filipenses: 'A nossa cidadania, porém, está nos céus, de onde esperamos ansiosamente o Salvador, o Senhor Jesus Cristo... ele transformará os nossos corpos humilhados, tornando-os semelhantes ao seu corpo glorioso' (Filipenses 3.20,21).

Então, quando Paulo escreveu que os crentes serão 186

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'manifestados com Cristo em glória', ele não tinha em mente que haveria um arrebatamento invisível, que a igreja passaria sete anos de bodas no céu, e depois desceria visivelmente à terra com Cristo! Não! A mentalidade de Paulo é a mesma de João, que escreveu: 'Amados, a gora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser, mas sabemos que, quando ele se manifestar (gr. epifanéia), seremos semelhantes a ele, pois o veremos como ele é' (1 Jo 3.2 o grifo é meu).

Este texto de Colossenses 3.4 sendo visto dentro da sua ótica bíblica corrobora mais ainda com a posição pós-tribulacionista de que a vinda de Cristo é única, e será manifesta a todos, onde se dará a glorificação dos santos, e refuta os pré-tribulacionistas que dá a impressão que crêem que o arrebatamento da Igreja será sem fulgor, sem glória, algo apático em uma vinda de Jesus secreta e sem glória. Como acreditava o preterista James Russel: 'ninguém poderá ouvir isso. A voz do arcanjo é silenciosa, e a trombeta de Deus é muda. Não somente isso, mas a multidão dos mortos que se levantam foi elevada invisivelmente para dentro de nuvens invisíveis para encontrar o Senhor, que descia, invisível também' (Os Últimos Dias Segundo Jesus, pág.140).

Assim também ensinava Charles Russel, fundador da seita das Testemunhas de Jeová: 'parousia...significa presença, e nunca deve ser traduzida por vinda'. Essa 'parousia (ou presença) de Cristo seria invisível' (Sentinela de 01/05/1993, págs.10,11)

Já os verdadeiros cristãos não crêem nessa vinda invisível, pois assim escreveu o apóstolo Pedro: 'Alegrem-se à medida que participam dos sofrimentos de Cristo, para que também, quando a sua glória for revelada, vocês exultem com grande alegria' (1 Pedro 4.13; Romanos 8.17,18).

A ‘glória’ do Senhor será revelada em Sua vinda ‘com poder e grande glória’ (Mt 24.30), pois ele virá ‘em sua glória e na glória do Pai e dos santos anjos’ (Lc 9.2), nesse dia os crentes ‘receberão a 21º Problema Teológico

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imperecível coroa de glória’ (1 Pe 5.4), quando terem seus corpos ‘semelhantes’ ao ‘corpo glorioso’ de Jesus (1 Jo 3.2; Fl 3.20,21). E isso será manifestado a todos, pois ‘a natureza criada aguarda, com grande expectativa, que os filhos de Deus sejam revelados’ ‘com a glória’ incomparável para também receberem ‘a gloriosa liberdade dos filhos de Deus (Rm 8.18-21), certamente será assim quando Cristo ‘vier para ser glorificado em seus santos’ (2 Ts 1.10) e aí então os seus santos ‘serão manifestados com ele em glória’ (Cl 3.4). Se juntarmos todos os textos bíblicos relacionados com a vinda de Jesus Cristo, não haverá nenhuma contradição, mas complementação, porém, se os dividimos em duas vindas, uma invisível e a outra visível, aí então, haverá contradições, discrepâncias e confusões teológicas. É o caso de João 14.1-3 e Zacarias 14.5. O pré-tribulacionista lê o texto de João e vê uma vinda invisível quando Jesus vem buscar os santos, e lê o texto de Zacarias e vê outra vinda, a visível, quando Jesus vem com os santos. O texto de Zacarias 14.5 reza: 'Então o Senhor, o meu Deus, virá com todos os seus santos'.

Mas, será que um pequeno texto deve clarear blocos de textos, ou os blocos de textos devem clarear um pequeno texto?! Em nenhum texto bíblico diz que Cristo vem dos céus com a Igreja! Mas, vários textos bíblicos dizem categoricamente que Cristo vem dos céus com os santos anjos. Em Mt 16.27, Cristo vem na glória do Pai com os seus anjos, onde recompensará os crentes (Ap 22.12). Em Lc 9.26, Cristo vem em sua glória e na glória do Pai e dos santos anjos e se envergonhará dos desviados (Lc 9.26; 1 Jo 2.28). Os santos que vem com Cristo em Zacarias 14.5, são os anjos, como bem frisou Mateus: 'Quando o Filho do Homem vier em sua glória e todos os santos anjos com ele, então se sentará no trono da sua glória' (Mt 25.31).

E Paulo em 2 Tessalonicenses 1.7: '...o Senhor Jesus for revelado lá dos céus, com os seus anjos poderosos, em meio a chamas flamejantes, tomando vingança...'.

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E Judas em sua epístola: 'Vejam, o Senhor vem com milhares de seus santos, para julgar a todos...' (vv.14,15).

Uma nota de rodapé da Bíblia Plenitude diz sobre Judas 14,15: 'Judas entende que Enoque profetizou a segunda vinda de Cristo, quando os ateus serão julgados' (ver 2 Ts 1.6-10). A referência as santas miríades é de Dt 33.2. Os santos que acompanham Cristo ao julgamento são os anjos (ver Mt 16.27; 25.31)'.

Essa classe angelical que vem com Cristo é chamada em Ap 19.14 de: 'Os exércitos dos céus o seguiram, vestidos de linho fino, branco e puro, e montados em cavalos brancos' .

Essa é a única classe que vem com Jesus lá dos céus, já a Igreja deverá se conservar santa e irrepreensível para se encontrar com Cristo nos ares. É o que disse Paulo em 1 Tessalonicense 3.13: 'Que [o Senhor] fortaleça o coração de vocês para serem irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus com todos os seus santos' (compare c/ 1 Tessalonicenses 5.23 o grifo é meu).

Esses santos de que fala Paulo neste texto são os anjos, e não a Igreja, se não esse texto não teria sentido! Assim, como não teria sentido o texto de Zacarias se aqueles santos forem a Igreja, e não os anjos, pois contradizem os demais textos citados, sem ter nenhum texto ao seu favor. Esses anjos que vem com Cristo não só punirão os ímpios e desviados como também reunirão os eleitos, que é a Igreja, dos quatro ventos, dos confins da terra até os confins do céu (Marcos 13.26,27). É interessante que os pré-tribulacionistas dizem que esses santos de Zc 14.5 é a Igreja, enquanto que os santos de Ap 13.7, eles dizem que, não é a igreja. Todavia, as provas para se crê que os santos de Ap 13.7 é a igreja são mais evidentes do que crê que os santos de Zc 14.5 é a igreja. Por exemplo, em Apocalipse é dito acerca desses santos: “Aqui está a perseverança dos santos que obedecem aos mandamentos de Deus e permanecem fiéis a Jesus” (Ap 14.12). Esses santos são 21º Problema Teológico

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chamados de 'testemunhas de Jesus' (Ap 17.6), e diz que esses santos participarão da primeira ressurreição (Ap 20.4-6). Agora quais são as evidências de que os santos de Zc 14.5 é a igreja? Meu irmão, se os santos estão sofrendo perseguição do Anticristo, mas mesmo assim, são testemunhas fiéis de Jesus, eles não podem descer do céu com Jesus na Sua vinda, porque aí seremos obrigados a crer em uma classe de santos privilegiados que foram arrebatados antes da vinda de Jesus. Se algum santo tem esse privilegio deverá ser esses fiéis santos do Apocalipse! Mas se esses santos estão aqui, então não haverá arrebatamento nenhum antes desses santos que deixará excluídas essas fiéis testemunhas de Jesus. Isso é acusar Deus de discriminação! Portanto, Eu tomo esses santos como testemunhas de que não haverá nenhum arrebatamento antes da vinda de Jesus que ressuscitará esses santos a fim de que eles participem da primeira ressurreição. Contudo os pré-tribulacionistas acreditam que esses santos de Zc 14 é a igreja e não os anjos, em compensação são obrigados a negar que os santos de Apocalipse é a igreja, apesar de toda evidência contrária (sem falar que Zacarias está no Antigo Testamento e o Apocalipse no Novo Testamento). Porém, para manterem essa interpretação incoerente chamam esses fiéis santos do Apocalipse de rabiscos deixados na colheita. Será que Jesus fará isso? Moisés respondeu a Faraó: 'nem uma unha ficará (Êx 10:26)'. Com certeza Aquele que disse:'o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora' (João 6:37), a semelhança de Moisés, jamais deixará de fora do arrebatamento esses santos e fiéis testemunhas (Hb 3.2-6), sim, Ele deixará os desviados e os carnais para destruição fulminante, mas jamais deixará crentes fiéis e santos! (2 Pe 3.9-15 c/ Mt 24.39-42; Hb 10.37-39 e 2 Ts 1.7-8). As Escrituras mostram diretamente que Jesus voltará com os anjos (veja Mt 16.27 e 2 Ts 1.7), dando margem para interpretar os santos de Zc 14.5 e Jd 14. O testemunho das Escrituras são tão forte a favor dessa interpretação que há outros textos que une os dois termos, chamando de 'santos anjos' (Mt 25.31; Mc 8.38; Lc 9.26); e o texto de 1 Ts 3.13 com certeza interpreta Zc 14.5 distinguindo esses santos que vem com Cristo dos crentes que aguardam essa vinda em santidade, que dizer, enquanto que os santos anjos vem com Cristo, os santos crentes vão ao encontro de Cristo (1 Ts 3.13 c/ 4.16,17 e 5.23). 190

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Veja que 2 Ts 1.7 diz que Jesus vem 'com os seus anjos', em relação aos crentes no versículo 10, diz que ele vem para ser glorificado 'em seus santos'. Isso é coerente! Pois assim, não há discriminação de santos. Por outro lado, se negarmos que os santos de Apocalipse 13.7; 14.12; 17.6 é a igreja temos que negar também que os santos de Apocalipse 5.8; 8.4,5; 11.18; 16.6; 18.20,24; 19.8; 20.6,9; 22.11 é a igreja. Porém isso não só é incoerente, mas também absurdo! Quer dizer teremos que lê o Novo Testamento igual os russelitas lêem: esse versículo é para os 144 mil e esse é para grande multidão, no nosso caso lemos: esse versículo é para a igreja e esse versículo é para os santos que não é a igreja, uns tais de rabiscos. Que situação mais esquisita!!! E ainda tem gente que crê nisso! Portanto, a interpretação mais coerente é crê que os santos de Zc 14.5 são os anjos e os santos de Ap 13.7 é a igreja. E assim, todos os santos do Cordeiro serão arrebatados naquele grande e único Dia. Uma vez que a vinda de Jesus é de uma só vez, e nessa ocasião ele vem com os santos anjos, então, essa manifestação dos crentes em glória, de que fala Paulo em Colossenses 3.4, se dará nessa ocasião. E, assim como todos os olhos verão a glória do Filho do Homem, assim também, verão a glória dos santos crentes. Paulo disse que Jesus Cristo virá 'para ser glorificado em seus santos e admirado em todos os que creram' (2 Ts 1.10). Os santos somente serão manifestados com Cristo em glória na sua vinda gloriosa e poderosa. Pois, o que eles são em Cristo e a sua herança de um eterno peso de glória mui excelente somente receberão quando Cristo aparecer nas nuvens. Eu posso contemplar aquele grande dia, dia sem igual, primeiramente o mundo afunda em densas trevas, pois, escurecerá o sol, a lua e as estrelas. Nesse ínterim os santos mortos e vivos são atraídos às nuvens, como um imã atrai os metais, isso em questão de átomo, ao encontro do Senhor ainda nos ares! De repente, em meio a escuridão, a glória de Cristo e da Igreja, resplandecem! O mundo em desespero contempla o resplendor da glória, e se lamenta! Mas, chegou o fim! Não tem mais jeito; o tribunal é estabelecido; vivos e mortos julgados; os justos são recompensados com a vida eterna e os injustos condenados ao fogo eterno (Mateus 13.40-43,49,50).

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Outro texto torcido pelos pré-tribulacionistas para sustentar duas fases na vinda de Jesus é Tito 2.13: 'aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus'.

O pré-tribulacionista Antonio Gilberto curiosamente escreveu: 'Segundo as Escrituras, a vinda de Jesus terá duas fases' e para minha surpresa ele cita como texto prova dessa crença Tito 2.13: 'Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo' (Lições Bíblicas, 3º Trim. de 200, de aluno, pág.62). Então ele quer dizer que a 'bem-aventurada esperança' é a primeira fase (o Arrebatamento) e 'o aparecimento da glória do grande Deus' é a segunda fase (o Advento de Cristo). Mas essa absurda interpretação não só inflige os princípios da hermenêutica como também ofende a gramática, pois segundo a gramática desse texto o sujeito que aguarda a 'bem-aventurada esperança' é o mesmo sujeito que aguarda 'o aparecimento da glória do grande Deus'. O verbo 'aguardar' é uma única ação do sujeito nas duas expressões. E quem é o sujeito dessa frase? Para descobrimos isso, temos que lê o contexto do versículo: '...educando-nos (eis o sujeito) para que... vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus' (Tito 2.12,13 o grifo é meu).

Uma vez que Paulo escreveu esta carta à Tito, então eles se incluem entre os 'educando-nos'. E uma vez que esta carta, por sua inspiração divina, é dirigida a toda comunidade cristã, então todos nós, e não apenas Paulo e Tito, estamos também incluídos entre esses educados por Deus para aguarda a bendita esperança e a manifestação da glória, assim como aparece no verso 14: 'um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras'. Como bem traduziu a NVI: "... [nós] aguardamos a bendita esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo". Note os dois pontos, como que dizendo: 'a bendita esperança significa a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo’. Esses tradutores compreenderam que 192

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a bendita esperança não pode ser diferente da gloriosa manifestação de Jesus Cristo! Não podem ser dois eventos distintos e separados por sete anos! Eles não ousariam quebrar as regras gramaticais e nem doutrinais! Ora se a Igreja - o povo exclusivo de Deus - deve aguardar a bendita esperança e a gloriosa manifestação de nosso grande Deus então esses eventos se darão em único acontecimento. Isso é incontestável! Ou então Paulo está confundido tudo. Mas prefiro ver que são os pré-tribulacionistas que fazem uma atrapalhação, pois não só inflige os princípios da hermenêutica como também ofende a gramática, pois o sujeito da frase não só deve aguardar a bendita esperança como também a manifestação da glória do nosso grande Deus. Isso é simples de entender, não há como complicar. Os tradutores da Bíblia Linguagem de Hoje, também trazem o sentido real do texto: “vivermos neste mundo uma vida prudente, correta e dedicada a Deus, enquanto ficamos esperando o dia feliz em que aparecerá a glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo’ (Tt 2.12,13)

Acredito que não tem nenhum outro versículo-chave que o sistema escatológico pré-tribulacionista torce a afim de provar duas fases da segunda vinda de Jesus Cristo. Outro dia eu ouvi um pregador pré-tribulacionista citando Romanos 2.9 (esse texto é inédito!). Baseado nesse texto ele disse que a “Grande Tribulação” “...[virá] sobre...ao judeu primeiro e também ao grego (gentio), a igreja está fora porque ela se constitui um terceiro grupo” (1 Coríntios 10.32). Primeiramente, Paulo não está tratando da grande tribulação nessa passagem bíblica, mas do Juízo Final (Rm 2.2-6). E em segundo lugar, se de fato esse pré-tribulacionista está correto em Rm 2.9, então temos que raciocinar que a Igreja também está de fora da vida eterna, pois Paulo disse no mesmo texto: “glória, e honra, e paz ...ao judeu primeiro e também ao grego (gentio)” (v.10). A onde está a Igreja? Eu não entendo como pessoas com nenhum escrúpulo tem a petulância de citar textos bíblicos fora do seu contexto só para apoiar uma idéia, manuseando a Bíblia como se fosse um livro qualquer que pode ser manipulado pelos homens. O apóstolo Pedro em sua segunda carta diz que: '...não seguimos fábulas engenhosamente inventadas quando lhes falamos da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo' (2 Pedro 1.16).

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22º PROBLEMA TEOLÓGICO: Os pré-tribulacionistas manipulam a Bíblia ao seu bel-prazer

O

maior problema do pré-tribulacionismo é porque ele se desencaminhou, por acreditar que o arrebatamento da Igreja é um evento secreto, isolando-o e separando-o da vinda de Jesus em glória, e partindo desse pressuposto, manejam textos bíblicos segundo ao seu bel-prazer e racionalidade, dando outros sentidos a muitas passagens bíblicas. Muitas vezes os sacando de sua contextualização e naturalidade. O pré-tribulacionismo nega o sentido natural do texto, conjecturando-o de um modo diferente e às vezes conflitante com o próprio texto que cita, isso dificulta ao leigo uma compreensão natural da doutrina, causando uma dependência da Bíblia e dos leitores aos livros teológicos de posição pré-tribulacionismo. Um erro doutrinário ou até mesmo uma heresia é firmado quando se dá outro sentido ao texto bíblico, negando o seu entendimento natural e reiterpretando-o a tal modo à caber dentro de algum sistema doutrinário. Exatamente aquilo que Paulo escreveu aos irmãos de Colossos: 'metendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão' (Colossenses 2.18 ARC).

O apóstolo Pedro nos advertiu quando escreveu: 'sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação (explicação)' (2 Pedro 1.20).

Para uma boa interpretação da escatologia temos que partir desse princípio, quer dizer, um versículo bíblico não pode ser interpretado de modo particular, ele precisa está coagulado no próprio texto onde está inserido, e depois em concordância com a interpretação geral da Escritura, ele não pode escorrer ao léu conforme ao bel-prazer do intérprete ou ser manipulado como se faz com as marionetes. Assim o estudante da Bíblia só pode dá um certo sentido a determinado texto, quando tal interpretação for dada pela própria Bíblia. Como por exemplo o texto de Malaquias 4.5: ‘Enviarei a vocês o profeta Elias antes do grande e temível dia do Senhor’. Será que temos 194


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que entender esse texto literalmente como fazia os mestres da lei na época de Jesus? Não! Pois a própria Escritura dá o sentido correto, quando Jesus disse: ‘Elias já veio... Então os discipulos entenderam que era de João Batista que ele tinha falado’ (Mt 17.110-13). Porém, fugindo dessa regra, os pré-tribulacionistas muitas vezes citam textos bíblicos ao seu bel-prazer e fora do seu sentido natural e do sentido dado pelas próprias Escrituras (1 Co 2.13-15). Por exemplo, o Dr. Claudionor de Andrade escreveu: 'o arrebatamento dar-se-á a qualquer instante. Jesus Cristo virá como o ladrão na noite (1 Ts 5.4; 2 Pe 3.10). vigiemos, pois, para que este dia não nos surpreenda' (Lições Bíblicas, de Aluno, 4º trimestre de 2004, pág.20).

Seja perspicaz e bereano, examine os textos bíblicos que o Dr. Claudionor de Andrade está citando. Leia na sua Bíblia que 1 Ts 5.4, diz: 'Mas vocês, irmãos, não estão nas trevas, para que esse dia os surpreenda como ladrão'.

A citação do Sr. Claudionor esta certíssima com o que ele está escrevendo, mas não está certo com o pré-tribulacionismo defendido por ele. Porque veja que esse pequeno versículo bíblico está inserido dentro da passagem que fala do Dia do Senhor (1 Ts 5.1-4). E ele está colocando o arrebatamento exatamente nesse dia, e está correto do ponto de vista pós-tribulacionista! Mas ele não acredita nisso! Vejamos por exemplo o que ele escreveu em outra ocasião: 'A Grande Tribulação' é o 'dia do Senhor'...(Is 13.9-11; Ml 4.1) Lições Bíblicas, de Aluno, 4º trimestre de 2004, pág.37.

Ora se para Claudionor de Andrade, que é um pré-tribulacionista, o arrebatamento vai acontecer antes da grande tribulação, que para ele mesmo a grande tribulação é o Dia do Senhor, porque ele cita o texto de 1 Ts 5.4 e 2 Pe 3.10 para o arrebatamento. Porque pela sua interpretação o texto deveria ser escrito assim: 'Mas vocês, irmãos, não estão nas trevas, para que (a grande tribulação) os surpreenda como ladrão'. Pois o termo 'esse dia' se refere o 'dia do Senhor' conforme o versículo 5, que para Claudionor o dia do Senhor é a grande tribulação. 22º Problema Teológico

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Mas como ele não quer se contradizer, então verte o texto, dizendo: 'Jesus Cristo virá como o ladrão na noite' (1 Ts 5.3,4), isso, porém, o faz dá crédito mais ainda ao pós-tribulacionismo, pois, o texto citado diz: 'o dia do Senhor virá como ladrão à noite'. Então veja que quando Claudionor de Andrade quer falar sobre a iminência do arrebatamento usa o texto de 1 Ts 5.4, mas quando pretende falar da grande tribulação usa o mesmo texto, como fez ao escrever: “a segunda metade [da semana profética de Daniel] será ocupada pela Grande Tribulação propriamente dita... Pois quando disserem: Paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição... de modo nenhum escaparão (I Ts 5.3)” - Lições Bíblicas, de Aluno, 4º trimestre de 2004, pág.38 o grifo é meu.

Ninguém sabe o que Claudionor de Andrade quer dizer! Uma vez ele diz que o dia do Senhor é a grande tribulação outra vez diz que o dia do Senhor é a volta de Jesus. Uma vez diz que o arrebatamento vai acontecer no dia do Senhor outra vez diz que o dia do Senhor é a metade da grande tribulação. Quer dizer ele está manuseando a Bíblia ao seu bel-prazer e de modo contraditório. Porque se o Dia do Senhor é Jesus voltando como ladrão à noite, então não pode ser a grande tribulação e nem a metade dela. Todavia, se o dia do Senhor for realmente a grande tribulação, e a grande tribulação for o que o pré-tribulacionista Eurico Bergstén escreveu: 'A Grande Tribulação será uma ditadura universal e cruel do Anticristo' (Lições Bíblicas, de Mestre, 3º trimestre de 1995, pág.76),

E o que pré-tribulacionista Wim Malgo disse: 'Devemos distinguir entre a vinda do Senhor e o dia do Senhor... com o dia do Senhor começa a Grande Tribulação [que] trata-se do domínio mundial de terror da besta, do vindouro ditador mundial...' (Terá Chegado o Fim de Todas as Coisas? págs.99,100).

Então a expressão Dia do Senhor está equivocada, pois deveria ser Dia do Anticristo. Todavia, a expressão Dia do Senhor está em confrontação com a grande tribulação. Pois, em 2 Ts 2.2,3,8 Paulo fala 196

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do Dia do Senhor como algo acontecer depois da manifestação do Anticristo. Quando no versículo 8, Paulo descreve a vinda do Dia do Senhor, nessa ocasião o Anticristo é destruído! Ora se o Anticristo é destruído no Dia do Senhor, então esse dia não pode ser a 'ditadura universal e cruel do Anticristo'. Por outro lado, o Dr. Claudionor de Andrade, despercebidamente, coloca o arrebatamento da Igreja nesse dia. Isso é pós-tribulacionismo puro! E não pré-tribulacionismo. O importante não é o que o erudito está dizendo, mas que texto bíblico ele cita para apoiar aquela dissertação. O Dr. Eurico Bergstén escreveu: 'A segunda vinda de Jesus acontecerá em duas etapas. Na primeira, Ele virá antes da Grande Tribulação como um relâmpago (Lc 17.24)... este acontecimento não será percebido pelo mundo. E retornará no término da Grande Tribulação, em grande glória, acompanhado de sua Igreja.. Desta vez, todo olho o verá (Ap 1.7)' (Lições Bíblicas, de Mestre, 3º trimestre de 1995, pág.68 o grifo é meu).

Para o Dr. Eurico Bergstén a primeira fase da segunda vinda de Jesus, onde se dará o arrebatamento, será 'como um relâmpago', ele também afirma que 'este acontecimento não será percebido pelo mundo'. Leiamos o texto-prova que ele citou: 'Pois o Filho do Homem no seu dia será como o relâmpago cujo brilho vai de uma extremidade à outra do céu' (Lc 17.24).

Será que esse versículo tem alguma coisa haver com uma vinda despercebida pelo mundo? Não seria totalmente ao contrário! Jesus Cristo não estaria falando de uma vinda percebida pelo mundo? O termo 'cujo brilho' não fala de algo visível? A expressão 'vai de uma extremidade à outra do céu' não é algo abrangente? Tomar essa expressão 'como relâmpago' e o texto de Lucas 17.24 para provar uma vinda despercebida pelo mundo não só é contraditório como também está sendo citado fora do seu contexto, com um sentido diferente do natural e ao bel-prazer do escritor. Jesus disse isso exatamente para refutar aqueles que dirão: 'Lá está ele' ou 'Aqui está!' Não se apressem em segui-lo. POIS o Filho do Homem no seu dia será como o relâmpago cujo brilho vai de uma extremidade à outra do céu' (Lucas 17.23,24). 22º Problema Teológico

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Irmãos, esse texto está refutando o pré-tribulacionismo! Pois são eles que dirão, pelo menos aqueles que “não subirem”: 'Jesus já veio e está lá no céu com a Igreja'. Como diz o hino: 'Onde está aquele povo barulhento?... Alguém com voz de lamento vai dizer nesse momento: aquele povo foi embora pra Sião'. Mas Jesus Cristo disse: 'Não se apressem em segui-lo. Pois... será como o relâmpago cujo brilho' ilumina tudo! Como também escreveu Mateus: 'Porque assim como o relâmpago saí do Oriente e se mostra no Ocidente, assim será a vinda do Filho do homem. Onde houver um cadáver aí se ajuntarão os abutres' (Mateus 24.27).

Não existe esse negócio de vinda invisível! Senão a refutação de Jesus não terá solidez. Ele jamais induziu seus apóstolos a esperar uma vinda secreta! Mas uma vinda que saí e se mostra! Uma vinda abrangente, cujo brilho é manifesto em todo lugar! Quando, por exemplo, o russelita diz que Jesus voltou em 1914, eu só tenho uma prova para refutar isso, é citando Mt 24.27 e Lc 17.24. Agora se eu acreditar em uma vinda secreta, não posso refuta-los! Porque se o arrebatamento acontecer hoje, em 2008, os crentes que ficarem dirão: 'Jesus voltou em 2008'. E aí como eu espero que as pessoas acreditem nisso, se o próprio Jesus disse: 'não acreditem. Porque [a vinda do Filho do homem será] como o relâmpago que saí do Oriente e se mostra no Ocidente', e além do mais essas pessoas não viram nada! É por isso que eu não acredito no russelita que pregava, já em 1870, uma vinda invisível de Jesus que se cumpriu em 1914, como também não posso acreditar, pela mesma razão, na vinda invisível de Jesus pregada pelos pré-tribulacionistas desde 1827. Agora contrariando o sentido natural do texto de Lc 17.24, o Dr. Eurico Bergstén o cita ao seu bel-prazer para provar uma vinda despercebida pelo mundo incompatível ao próprio texto que cita. Nem o próprio Elienai Cabral, outro pré-tribulacionista, engole essa, pois escreveu: [Jesus] fala de sua vinda visível como “o relâmpago que sai do Oriente e se mostra até o Ocidente”. (Lições Bíblicas, de Aluno, 3º trimestre de 1998, pág.62 o grifo é meu).

Por outro lado, o texto citado por Eurico Bergstén para provar a segunda fase da vinda de Jesus em que ele virá com a Igreja, também 198

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não prova nada. Apocalipse 1.7 diz: ‘Eis que ele vem com as nuvens, e todo olho o verá... e todos os povos da terra se lamentarão por causa dele’.

Porventura João cita a Igreja retornando com Jesus nesse texto? Pelo contrário, João está escrevendo este texto para as igrejas e põe a esperança delas nessa vinda quando diz: ‘Certamente será assim. Amém!’ (v.7). Quando João diz: ‘todos os povos da terra se lamentarão’ nos liga a Mt 24.30: ‘...todas as nações da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo nas nuvens do céu’. Mas talvez alguém diga: ‘João também não diz que a Igreja será arrebatada nessa ocasião?’. Mas Mateus diz, no versículo 31: ‘Jesus enviará os seus anjos com grande som de trombeta, e estes reunirão os seus eleitos dos quatros ventos’. E João com certeza tinha isso em mente! Porém, os pré-tribulacionistas dizem: ‘esses eleitos são os judeus’. Não! Pois o texto que Mateus e João citam, que é Zacarias 12.10, coloca os judeus entre as nações que ‘se lamentarão’ por terem ‘transpassado’ a Jesus. E além do mais, Mateus também não diz que a igreja virá com Jesus nessa ocasião, apenas ‘os seus anjos’. Portanto é coerente concluir que ‘seus eleitos’ são os cristãos, pois ainda no mesmo capítulo de Mateus, Jesus disse: ‘Se alguém disser para vocês: Vejam aqui está o Cristo, não acreditem... Pois aparecerão falsos cristos... que realizarão grandes sinais... para, se possível, enganar até os eleitos. Vejam que eu avisei vocês antecipadamente’. Assim, se alguém lhes disser: ‘Ele está lá... não acreditem. Porque assim como o relâmpago sai do Oriente e se mostra no Ocidente, assim será a vinda do Filho do homem (vv.23-25).

A quem são dirigidas essas palavras pelo pronome ‘vocês’? Conforme Mt 24.3 aos ‘discípulos’, isto é, os cristãos. Logo os cristãos que foram avisados antecipadamente para não serem enganados são os ‘eleitos’. E esses ‘eleitos’ serão arrebatados na vinda em que ‘todo olho o verá’. E se o leitor percebeu bem, Mateus liga a vinda em que ‘verão o Filho do homem vindo nas nuvens com poder e grande glória’ com a ‘vinda do Filho do homem’ ‘como o relâmpago’ (vv.27,30). Assim o Dr. Eurico Bergstén e os demais pré-tribulacionistas estão errados 22º Problema Teológico

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Não é importante o que o teólogo escreve, mas se o que ele está escrevendo está em concordância com a Escritura que cita. O teólogo pré-tribulacionista Elinaldo Renovato escreveu: 'Aos ímpios, que atribulam, dará tribulação. Mas, aos crentes, que sofrem tribulação, na sua vinda, dará o merecido descanso, quando vier buscar a sua Igreja com os anjos do seu poder... É o descanso que o crente terá... na vinda de Jesus, quando a Igreja subir a encontrar o Senhor nos ares (1 Ts 4.17)...' (Lições Bíblicas, de Mestre, 3º trimestre 2005, pág.87).

O Dr. Elinaldo Renovato escreveu essas palavras quando estava interpretando 2 Ts 1.6-10 em sua lição bíblica. E essa sua interpretação está correta do ponto de vista pós-tribulacionista e transcorre naturalmente com a passagem bíblica, sem uso de subterfúgio. Porém, essas palavras de Elinaldo Renovato derrubam por terra a sua própria crença no arrebatamento da Igreja em uma vinda oculta de Jesus, como ele escreveu em outra ocasião: 'Graças a Deus, a Igreja não passará pela Grande Tribulação' (Lições Bíblicas, de Mestre, 3º trimestre 2005, pág.73 ), quer dizer, será arrebatada antes da grande tribulação. Será que quando Elinaldo Renovato escreve 'aos ímpios que atribulam, dará tribulação', tem em mente a grande tribulação? Se for essa a sua mentalidade, então ele começa a dá um sentido desnatural ao texto. Pois para Paulo a ‘tribulação’ é a ‘punição’ que se revelará quando o Senhor vier ‘com os anjos de seu poder’. Uma pessoa que acredita em duas fases da vinda de Jesus - uma relacionada aos crentes e outra relacionada aos descrentes - não lê com muita simpatia esse texto de 2 Ts 1.6-10. Veja que o Dr. Elinaldo Renovato disse: 'aos crentes, que sofrem tribulação, na sua vinda, dará o merecido descanso, quando vier buscar a sua Igreja com os anjos do seu poder'.

Ele afirma que Jesus vem buscar a 'Igreja com os anjos do seu poder', eu não sei se ele percebe o que está escrevendo, pois as palavras de Paulo são categóricas: 'e a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder, em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus'(v.7). 200

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Existem três coisas nesse texto que refuta o pré-tribulacionismo: 1º) Jesus se manifestará ‘lá dos céus... em meio as chamas flamejantes’, isso já refuta uma vinda invisível! 2º) Nessa ocasião os crentes recebem descanso ou alívio das perseguições, que o nosso teólogo mui apropriadamente entende se tratar do arrebatamento da Igreja, pois escreveu: ‘...É o descanso que o crente terá... na vinda de Jesus, quando a Igreja subir a encontrar o Senhor nos ares (1 Ts 4.17)...' (Lições Bíblicas, de Mestre, 3º trimestre 2005, pág.87). Então, veja que o arrebatamento da Igreja se dará nessa vinda manifesta de Jesus. 3º) Nessa mesma ocasião os anjos que descem com Jesus com poder e como labareda de fogo tomam vingança contra os descrentes. Os teólogos pré-tribulacionistas têm que convir que essas palavras: 'tomando vingança contra os que não conhecem a Deus' são muito apropriadas para aquela ‘vinda’ que eles chamam de ‘segunda fase da vinda de Jesus’ que ocorrerá sete anos depois do arrebatamento, mas Paulo as usa na mesma vinda que ele vem para dá descanso aos crentes. Então Paulo não acreditava que os crentes seriam arrebatados antes dessa vinda de Jesus assim como crêem os pré-tribulacionistas. O Dr. Elinaldo Renovato é mais infeliz ainda em sua interpretação ao citar ‘1 Ts 4.17’ para interpretar ‘o descanso de 2 Ts 1.7’, pois ele está reconhecendo que o arrebatamento se dará na vinda que Jesus vem para vingar os ímpios. Por que os pré-tribulacionistas acabam, contra força, concordando com o que os pós-tribulacionistas crêem? Porque os pós-tribulacionistas são mais naturais com os textos das Escrituras, como escreveu o Ph.D. Millard J. Erickson: 'Uma das maiores forças do pós-tribulacionismo é sua versatilidade em tratar com a Escritura. Este esquema de interpretação parece levar em conta o mais largo alcance da Escritura. Oferece interpretações apropriadas e plausíveis de todo os tipos de matéria bíblica relevante... segundo parece, manuseia essas Escrituras de modo mais natural do que o pré-tribulacionismo. De modo geral, as interpretações pós-tribulacionistas das passagens-chaves dão a impressão de se encaixar bem no sentido natural daquelas passagens. Noutras palavras, o pós-tribulacionismo não depende de escavar significado secreto.' (Opções Contemporâneas na Escatologia, pág. 129). 22º Problema Teológico

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Em vez dos pré-tribulacionista fazerem uma exegese fiel do texto, pelo menos nesses exemplos aqui citados, acabam por cometerem uma 'eisegese', que segundo o apologista Esequias Soares significa 'uma maneira de contrabandear para [dentro do] texto das Escrituras Sagradas as crenças e práticas particulares do intérprete' (Lições Bíblicas, de Mestre, 2º trim. de 2006, pág. 81).

É interessante que quando eu citada esse texto de 2 Ts 1.6-10 a um presbítero pré-tribulacionista (que posteriormente ele abandonou o pré-tribulacionismo por falta de apoio bíblico), ele dizia: 'Não, irmão Edinaldo, Paulo está se referindo aos que ficarem na grande tribulação, quando disse: 'a vós outros, que sois atribulados, alívio... quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder...(ARA). Tá qui meu filho: “a vós outros”; são os outros e não nós!'. Porém, ele não via que o próprio Paulo se incluía entre esses que são atribulados, dizendo: ''a vós outros, que sois atribulados, alívio juntamente conosco'. Já em sua época Paulo esperava o alívio das perseguições na manifestação de Jesus e não em uma vinda oculta. Caso contrário, não escreveria com tanta clareza. E uma vez que essa vinda será após a grande tribulação, a igreja passará por ela, ainda que protegida por Deus (Mt 24.21,29-31; Mc 13.19,24-27; Ap 3.10,11). Esse é um dos desvios do pré-tribulacionismo: o uso indevido e desnatural das passagens bíblicas. Veja por exemplo o que escreveu o pré-tribulacionista Abraão de Almeida citando Apocalipse 7.14: 'a multidão dos salvos de Ap 7.14 não é a igreja' (Livreto Conferência de Revelações Proféticas, capítulo V - o grifo é meu).

O Dr. Abraão de Almeida é constrangido negar o texto, como que fazendo uma pré-defesa a favor de si e contra o texto. Porém essa expressão 'a multidão dos salvos de Ap 7.14 não é a igreja' é incompatível com a era neotestamentária, pois não podem existir pessoas salvas sem fazer parte da igreja ou sem ser igreja, pois 'igreja' significa 'os chamados para salvação'! Por que o ancião pergunta ao apóstolo João: 'Quem são estes que estão vestidos de branco, e de onde vieram?'. Ora, para mostrar a João que a salvação não está restrita aos das tribos de Israel (Ap 7.1-8), 202

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mas também 'a todas as nações, tribos, povos e línguas' (Ap 7.19). Isso é muito apropriado com as questões teológicas existentes naquela época (Atos 15 e Gálatas), e no próprio livro do Apocalipse que mostra 144 mil judeus como se fosse um grupo de salvos exclusivos (Ap 14.1-5). Quando o anjo respondeu: 'Estes são os que vieram da grande tribulação', João entendia perfeitamente o que isso significava, pois a igreja naquela época enfrentava duras perseguições dos judeus apostatas e do império romano. Veja por exemplo, o que foi dito a igreja de Esmirna: 'Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias, seja fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida' (Apocalipse 2.10 ARA).

João sabia perfeitamente que os santos eram dilacerados na arena por animais ferozes, sabia das atrocidades que os crentes sofriam! Foi inspirado a escrever: 'Foi-lhe dado poder [isto à besta] para guerrear contra os santos e vence-los' (Apocalipse 13.7).

Quer dizer, apenas as palavras iniciais do assistente celestial já serviam de prova que aquela 'multidão de salvos' é a igreja, e serviam também de consolo para os cristãos perseguidos daquela época. Mas ele vai mais profundo e dissipa todas as dúvidas quando conclui: 'e levaram as suas vestes e as alvejam no sangue do Cordeiro'. Esse texto é sem comentário, ele fala por si mesmo! Não se trata de uma classe de salvos secundários, nem de um grupo de salvos de segunda categoria! Somente a igreja lavou suas vestes no sangue do Cordeiro. Está escrito: 'Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, e assim têm direito à árvore da vida e podem entrar na cidade pelas portas' (Apocalipse 22.14 ARA e NVI).

Todavia, em Ap 2.7 apenas os vencedores têm 'o direito de comer da árvore da vida'. Mas será que um grupo de pessoas que não fazem parte da igreja e nem foi arrebatados junto com ela podem ser chamados de vencedores?! Outra coisa que depõem contra a interpretação dos pré-tribulacionistas é que João descreve esses remidos como 'uma grande multidão que ninguém podia contar', quer dizer, não se trata apenas de um grupo à parte, de um restante de pessoas ou de poucas 22º Problema Teológico

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pessoas sendo salvas pelo seu próprio sangue, mas de uma grande multidão internacional, multilíngüe e incontável! A totalidade dos gentios salvos! Àquela plenitude de que fala Paulo em Rm 11.25! Como uma grande multidão incontável de salvos não pode ser a Igreja de Jesus? Que tipo de povo é esse? Infelizmente, ao dizer que 'a multidão dos salvos de Ap 7.14 não é a igreja', e ao mesmo tempo afirmar: 'as multidões, que na grande tribulação recusaram adorar o Anticristo...ressuscitarão em glória' , como diz Eurico Bergstén (Lições Bíblicas, 3º trim. de 1983 págs. 43,44 o grifo é meu) anula a necessidade de uma vinda secreta! E pior ainda, considera o arrebatamento secreto da igreja como um arrebatamento parcial! Estes exemplos citados são apenas alguns para mostrar que os pré-tribulacionistas manipulam a Bíblia ao seu bel-prazer, citando as Escrituras fora do seu sentido natural de modo que um simples crente jamais chegará a essas conclusões pela sua simples leitura da Bíblia! Pois entenderá como está escrito na Bíblia, e não está errado, pois o próprio apóstolo Paulo disse: 'Não ultrapassem o que está escrito' (1 Co 4.6). Já Martinho Lutero quando fazia sua refutação contras os disparates dos papistas se apoiava no sentido natural do texto. Escreveu por exemplo: 'o principal raciocínio de minha tese é, em primeiro lugar que às palavras divinas não se deve fazer violência alguma, nem por parte de um homem, nem por parte de um anjo; deve-se, no entanto, conserva-la, enquanto for possível, em seu mais simples significado. Caso não fomos forçados por circunstâncias manifesta, as palavras não devem ser entendidas fora da gramática nem de seu próprio sentido, para que não se dê ocasião a que os adversários escarneçam de toda a Escritura' (Do Cativeiro Babilônico da Igreja, pág. 35 o grifo é meu).

A doutrina da Segunda Vinda de Jesus Cristo é tratada abertamente e com lucidez nas Escrituras sem precisar manipular o significado natural do texto. Por exemplo, Jesus Cristo prometeu aos seus discípulos: '[voltarei] outra vez...' (Jo 14.3 NIV e ARC), o Autor aos hebreus chama essa vinda de '...segunda vez...' (Hb 9.28), os anjos confirmaram que nessa segunda vez '...Jesus.. voltará da mesma forma como o viram subir...' (At 1.11). Paulo disse que antes dessa vinda, primeiro vem a apostasia e a manifestação do anticristo (2 Ts 2.1-4). Mateus e Marcos registraram 204

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que a vinda de Jesus será logo '...após a [grande] tribulação daqueles dias' (Mt 24.29-31; Mc 13.24-27). Lucas redigiu que essa vinda 'será como o relâmpago cujo brilho vai de uma extremidade à outra do céu' (Lc 17.25). João profetizou que Jesus 'vem com as nuvens, e todo olho o verá' (Ap 1.7). Paulo ensinou que nessa ocasião os cristãos serão arrebatados nas nuvens em corpos gloriosos ao encontro do Senhor nos ares, enquanto que os não cristãos serão severamente punidos (1 Ts 4.15-17; Fl 3.20,21; 2 Ts 1.6-10). Pedro esclareceu que a própria natureza sofrerá uma grande destruição nesse dia (2 Pe 3.7-14). Que ensino claro e sem contradição! Na verdade, eu acabei de colher e acarear o depoimento de nove testemunhas oculares: Jesus, o Autor aos hebreus, os anjos, Mateus, Marcos e Lucas (escritores do Sinótico e Atos), Paulo, (escritor de 21 epístolas) Pedro (escritor de duas epístolas) e João (escritor de um Evangelho, três epístolas e do Apocalipse), para evidenciar que só existe uma única segunda vinda de Jesus sem o metabolismo das duas fases. Agora pergunto: Qual foi o escritor do Novo Testamento que escreveu, explicou, redigiu, registrou, ensinou e esclareceu que essa segunda vinda de Jesus se divide em duas fases distintas? Nenhum!!! Se nenhum escritor do Novo Testamento escreveu sobre isso por que você continua crendo nessa doutrina das duas fases? Por que você prefere acreditar em uma doutrina que não tem nenhum texto-prova em vez de acreditar nos escritores do Novo Testamento? Sabia que muitas pessoas estão seguindo cegamente os pré-tribulacionistas? Nós não podemos ler a Bíblia e decidir por conta própria que versículos se referem a primeira fase da vinda de Jesus e que versículos se referem a segunda fase. São os próprios autores inspirados dos livros sagrados que devem fazer essa distinção, nós devemos apenas aceitar a verdade naturalmente, sem inventá-las. Mas se eles não fazeram essa distinção na vinda de Jesus em parte alguma dos seus escritos mostra com toda clareza que tal coisa não existe na Bíblia. Pois os apóstolos tiveram o máximo de cuidado de nos transmitir 'todo o desígnio de Deus' (At 20.27), até mesmo um simples detalhe, eles não deixaram de nos transmitir (Gl 3.16), quanto mais a “suma importante doutrina das duas fases” que deve está intimamente relacionada à esperança da Igreja. E além do mais se um texto se refere a primeira fase, o mesmo texto não pode se referir a segunda fase, pois agir assim, é uma manipulação tendenciosa de textos bíblicos. 22º Problema Teológico

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Ao fazerem uma distribuição de textos bíblicos entre as duas fases da vinda de Jesus, os pré-tribulacionistas estão considerando os próprios escritores da Bíblia como pessoas que não entenderam as próprias coisas que escreveram, pois falaram da vinda de Jesus sem explicar que acontecerá em duas fases distintas, deixando os cristãos em 19 séculos sem discernirem esse importante ensinamento bíblico. E mesmo depois de inventarem essa doutrina das duas fases em 1827, não conseguem mostrar um só texto bíblico que a confirme, e isso com todo avanço na crítica textual da Bíblia e descobertas de manuscritos mais originais. Nem mesmo encontramos qualquer margem na Bíblia para fundamentar essa doutrina. Quando lemos qualquer livro de escatologia do pré-tribulacionismo encontramos a doutrina das duas fases da vinda de Jesus prontamente e estampada em cada ponto, mas mesmo usando um microscópio de última geração não a encontramos nos escritos dos apóstolos. Por isso que é mais coerente crê que Jesus vem apenas uma segunda vez sem fases. Os apóstolos fizeram uma pergunta a Jesus que deveria ser de mão cheia para a resposta das duas fases da Sua segunda vinda. A pergunta foi: 'Donde procede, Senhor, que estás para manifestar-te a nós e não ao mundo? (João 14.22 ARA).

A resposta de Jesus deveria ter sido essa: 'Eu já disse, quando eu voltar e levar vocês para mim mesmo' (v.3). Mas o que Jesus respondeu? Ele respondeu: 'Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada' (v.23).

Essa é a única vinda invisível, particular e secreta de Jesus, quando ele vem e entra no coração do pecador no momento da sua conversão! Ele disse: 'eu também o amarei e me manifestarei a ele' (v.21), algo particular, individual e repetitivo. Em outra ocasião quando os discípulos lhe perguntaram em particular: 'Dize-nos... qual será o sinal da tua vinda?' (Mateus 24.3).

Depois de enumerar vários sinais, principalmente o da grande 206

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tribulação (vv.4-22), ele concluí dizendo: 'Imediatamente após a tribulação daqueles dias “o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu, e os poderes celestes serão abalados”. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as nações da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo nas nuvens do céu com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com grande som de trombeta, e estes reunirão os seus eleitos dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus' (vv.29-31).

Essa resposta de Jesus a pergunta particular dos discípulos derruba por terra qualquer tentativa de criar duas fases na Sua segunda vinda, pois por instruir particularmente os crentes nessa ocasião deveria ter falando da sua vinda secreta, e não da pública, porém, ao falar da pública mostra que só existe ela e não outra. Se realmente houvesse um arrebatamento pré-tribulação antes dessa vinda pública, Jesus teria alistado esse arrebatamento como o sinal mais certeiro e confirmador, já que a sua vinda ocorreria sete anos após esse grandioso evento: o arrebatamento secreto. Portanto, por omissão também essa doutrina é negada nas Escrituras! De modo semelhante também Paulo nega o arrebatamento em uma vinda secreta de Jesus por omissão. Como por exemplo escreveu, em seu site, o teólogo Samuele Bacchiocchi, ex-professor de História Eclesiástica e Teologia da Universidade Andrews, de Berrien Springs, MI, EUA: ‘No segundo capítulo Paulo refuta as concepções errôneas que prevaleciam entre os tessalonicenses de que o dia do Senhor havia vindo. Para refutar esse equívoco ele cita dois eventos principais que deveriam dar-se antes da Vinda do Senhor, ou seja, a rebelião e o aparecimento do “homem da iniqüidade” (2 Tess 2.3) que perseguiria o povo de Deus. O que é crucial nesta passagem é que Paulo não faz menção de um arrebatamento pré-tribulacional como um precedente necessário para a Vinda do Senhor. Contudo, este seria o argumento mais forte que Paulo poderia apresentar para provar aos tessalonicenses que o dia do Senhor não poderia possivelmente ter vindo, uma vez que o seu arrebatamento para fora deste mundo ainda não tivera lugar. A omissão de Paulo desse argumento vital sugere fortemente que Paulo não cria num arrebatamento pré-tribulacional da Igreja’. 22º Problema Teológico

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23º PROBLEMA TEOLÓGICO: O pré-tribulacionista ainda mantém de pé a velha aliança quando trata da Nação de Israel, do Templo e da cidade de Jerusalém na sua escatologia

O

pré-tribulacionismo ensina que o Milênio é 'o cumprimento das promessas teocráticas feitas a Israel. As profecias referentes à restauração de Israel, como nação, à sua própria terra,[tendo Jerusalém terrena como a capital do Reino], dotada de um trono literal, de um rei davídico literal, de um templo literal, e de um sistema de sacrifícios literal, será cumprido ao pé da letra' (Novo dicionário da Bíblia, vol. I, pág. 514).

Esse tipo de ensino é uma forma de judaizante do primeiro século e do quiliasmo do segundo século, e que mais tarde, no século dezenove, foi adotado por alguns grupos de crentes, com o nome de dispensacionalismo pré-tribulacionismo. Que entre outras coisas ensinava que: 'todas as promessas a Abraão e sua descendência deve ser literalmente cumpridas no próprio povo de Israel, a nação...[no milênio] a restauração do Israel nacional [tem] seu lugar no programa de Deus, e o cumprimento das promessas de Deus a Israel. O milênio, portanto, tem um tom judaico…é o tempo quando Israel recebe sua posição ideal...' (Opções Contemporânea na Escatologia, págs. 99,100).

Como escreveu o pastor dispensacionalista Martim Alves: 'Este período de mil anos terá os seguintes objetivos... fazer Israel ocupar toda a terra que lhe pertence e faze-lo cabeça das nações...' (Jornal Mensageiro da Paz, julho de 2005, pág. 15).

Estas crenças, entretanto, entram em choque com os ensinos apostólicos. Os apóstolos ensinaram que em Jesus Cristo, não existe nem judeu nem gentio (Gl 3.28; Cl3.11), não há mais diferença entre eles (Rm 10.12); o próprio Cristo fez dos dois povos, judeus e gentios, um só povo (Ef 2.11-22). O velho sistema do templo e dos sacrifícios foram anulados para sempre ao chegar a realidade exata desses símbolos (Cl 2.17; Hb 7.18-22; 10.1); Por isso Deus não habita 'mais' por assim dizer, em templo feito por homens (At 7.48). 208


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O antigo templo de Jerusalém era apenas figura do verdadeiro templo celestial (Hb 8.1,2, 5-7; 9.10,11,23,24), de cuja estrutura faz parte a Igreja, a verdadeira Casa de Deus (Ef 2.21,22; II Co 6.16; I Tm 3.15; Hb 3.6; Ap 3.12). A capital do Reino de Deus não é a Jerusalém terrena, mas a Jerusalém celestial (Hb 11.16; 12.22; 13.14; Ap 21.2), pelo contrário, a Jerusalém terrena está escravizada com seus filhos, preste a ficar deserta (Gl 4.25-31; Mt 23.37,38); ao passo que o Israel nacional é castigado, o Israel restaurado é recompensado (Is 65.13,14; Mt 8.11,12; 21.43; Lc 13.28,29; Rm 2.9,10). O antigo reino de Israel terreno e político, torna-se às mãos do Messias eterno e celestial (Jo 3.4-7; Mt 25.31-34; Lc 12.32; 22.29,30). O verdadeiro Israel faz parte da Igreja de Deus, pois a Igreja é formada pelo remanescente fiel de Israel e os cristãos gentios convertidos (Rm 9.6-8, 24-29; 11.1-6; Ap 7.3-10) . As promessas e alianças feitas aos patriarcas têm seu exato e pleno cumprimento no verdadeiro Descendente de Abraão, o Messias, que junto com a Igreja governará o mundo (Lc 1.32,33; Rm 4.13-17; 8.17; Gl 3.14, 16-18, 29; 4. 26-28; Ef 3.6; Ap 1.5,6; 5.9,10). Para que os judeus naturais façam parte do verdadeiro Israel de Deus, deverão se converter agora através da pregação do evangelho, caso contrário, serão, como todas as outras nações, destruídos (Rm 1.16; 2.9-11; 3.9,29,30; 10.1,12-21; 11.23-32). As profecias de restauração de Israel na antiga aliança apontam para a Igreja, pois, dela fazem parte os patriarcas, os profetas, os apóstolos, os judeus piedosos, e todos eles são israelitas. Os gentios convertidos à Cristo por intermédio dos judeus crentes vieram fazer parte deste Israel restaurado conforme o mistério que estava oculto, mas que foi revelado pelo Espírito aos apóstolos e profetas (Ef 2.11,12,19,20; 3.4-6). Este é o verdadeiro e fiel povo de Deus, que reinará com o Messias no Reino de Deus, cuja capital é a Jerusalém celestial. Porque o pacto de Deus não foi feito apenas com os descendentes físicos de Abraão, mas também com os descendentes espirituais, quer dizer aqueles, dentre os judeus e gentios, que nasceram de novo pela fé em Jesus Cristo (Rm 9.6-8; 4.13-16). Se as profecias e promessas do Antigo Testamento do Reino futuro, visam a natural nação de Israel na sua antiga terra da Palestina, então Abraão, Isaque, Jacó, Davi, os profetas e os demais israelitas deverão 23º Problema Teológico

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ressuscitar não com um corpo glorificado e celestial, mas com um corpo terreno para possuírem a Canaã terrena, porque a promessa diz respeito aos antigos patriarcas, e não simplesmente a atual nação de Israel. Mas se eles ressuscitam e vão pro céus, então o Reino é celestial, e o Israel que vai herdar o Reino é o que nasceu de novo em Cristo Jesus (Mt 8.11,12; Lc 13.26-30; Jo 3.1-10; Is 55.3). Os dispensacionalistas progressivos, uma forma de pré-tribulacionismo, rejeita, também, a supremacia judaica no reino milenar, ao dizer: 'Um judeu que se torna cristão atualmente não perde a sua relação para as promessas do futuro Israel. Os cristãos judeus se unirão ao remanescente do AT na herança de Israel. Os cristãos gentios serão unidos por gentios salvos de dispensações anteriores. No geral, os judeus e gentios compartilharão as mesmas bênçãos do Espírito, como testemunhado pela relação de judeus e gentios na igreja dessa dispensação' (Interpretações do Apocal., pág. 215).

E assim, todos os remidos do Cordeiro compartilharão igualmente os mesmos benefícios no milênio e na eternidade, sem distinção entre Israel e o Corpo de Cristo. A única diferença que haverá no milênio é entre a Igreja, que são os reis e os sacerdotes de Cristo, e as nações da terra sobreviventes da guerra do Armagedom, mas que no final do Milênio todas serão destruídas, somente a Igreja subsistirá para sempre por toda eternidade, e isso não tira o direito dos israelitas, já que eles foram constituídos por Cristo em um só povo com Igreja. Todavia, os pré-tribulacionistas, principalmente da ala dispensacionalista clássica, retém a posição única de Israel na vanguarda durante o reino milenar, o que torna a Igreja um povo diferente e excluído do Reino de Deus. Porém essas coisas não deveriam ser assim, uma vez que as cartas de Romanos, Gálatas e Hebreus tratam desses assuntos detalhadamente. Por exemplo, a carta dirigida a comunidade de Israel adverte duramente os judeus crentes do perigo de retornarem a velha aliança com seus sistemas de culto e cerimônias. Mas não é exatamente isso que os pré-tribulacionistas estão fazendo ao ensinar que a velha nação de Israel será novamente restaurada, e o templo reconstruído e os sacrifícios instituídos? Sim, estão voltando novamente ao velho sistema de adoração! (Hb 10.19-39). 210

23º Problema Teológico


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Quer dizer, na época de maior perfeição, no Milênio, quem vai prevalecer é o velho sistema judaico, enquanto que o escritor aos hebreus disse que essas 'ordenanças exteriores foram impostas até o tempo da nova ordem' (Hb 9.10). O escritor de hebreus diz que ao instituir Deus a nova aliança em Cristo, 'ele tornou antiquada a primeira; e o que se torna antiquado e envelhecido está a ponto de desaparecer' (Hb 8.13). Mas, para o pré-tribulacionista a velha aliança vai reaparecer no Milênio! Foi exatamente essa a luta inicial da Igreja primitiva contra os judaizantes, que queriam restabelecer a antiga aliança, mas os apóstolos não se submeterão ao ensino deles nem por uma hora a fim de que a verdade do evangelho permanecesse (Gl 2.5). Paulo escreveu: 'Se reconstruo o que destruí, provo que sou transgressor' (Gl 2.18). Como, então, poderá o Deus todo-poderoso reconstruir novamente o velho templo com os seus rituais?! O Dr. Claudionor de Andrade, um teólogo bem conceituado, diz em suas declarações: 'Há fortes evidências proféticas de que, em breve, o Santo Templo será reconstruído na Cidade Santa (Dn 9.27; Mt 24.15; 2 Ts 2.14). Isso pode correr antes, ou depois, do arrebatamento da Igreja. De uma coisa, todavia, temos certeza: a Casa de Deus será reconstruída em Jerusalém...' e, também fala do 'templo do Milênio...[que] difere do templo [da grande tribulação]... neste templo, a glória de Deus haverá de manifestar-se a Israel e ao mundo' (Lições Bíblicas, de Aluno, 4º trimestre de 2004, págs.16,25).

De fato, um templo para o Senhor Deus deverá ser construído, pois Zacarias profetizou: 'Aqui está o homem cujo nome é Renovo, e ele sairá do seu lugar e construirá o templo do Senhor. Ele construirá o templo do Senhor, será revestido de majestade e se assentará em seu trono para governar. Ele será sacerdote no trono. E haverá harmonia entre os dois' (Zacarias 6.12-13).

Esse 'Renovo' aponta para o Senhor Jesus Cristo (Is 11.1,10; Jr 23.5,6; 33.14-19; Ap 22.16b). Porém, o templo de Deus que será construído por Jesus Cristo não se trata de um templo terrestre, pois 23º Problema Teológico

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Deus não habita em templo construído por mãos humanas (Atos 7.4850; 17.24), mas como disse o apóstolo Pedro: 'vocês estão sendo utilizados como pedras vivas na edificação de casa espiritual para serem sacerdócio santo, oferecendo sacrifícios aceitáveis a Deus, por meio de Jesus Cristo' (1 Pedro 2.5).

Deste templo espiritual o próprio Jesus Cristo é o fundamento, a pedra angular, assim está escrito em Efésios 2.20-22: 'edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo Jesus Cristo como pedra angular, no qual todo edifício é ajustado e cresce para tornar-se um santuário santo ao Senhor. Neles vocês [gentios] também estão sendo edificados juntos [com os judeus], para se tornarem morada de Deus por seu Espírito' (veja também 1 Co 3.11,16,17; 2 Co 16-18; 1 Pe 2.6-10).

De fato, quando Jesus Cristo esteve entre nós não construiu nenhum templo terreno, como fez Salomão, a não ser o seu corpo, que na ressurreição, foi inaugurado como o novo santuário de Deus, e este corpo, é a Igreja (o templo) e Cristo a cabeça (a pedra) veja João 2.1922; Mateus 16.18; 1 Co 12.27; Ef 1.22,23; Cl 1.18,24). Diz os eruditos que: 'A morte de Jesus de fato resultou no fato que o Templo de Jerusalém se tornou obsoleto, enquanto que a sua ressurreição colocou outro templo em lugar daquele. O Novo Templo passou a ser a congregação escatológica de Jesus, o Messias (Mt 18.20; cf. Jo 14.23)' Novo Dicionário da Bíblia, vol. II, pág. 1575.

Infelizmente esse novo templo foi rejeitado pelos construtores do velho templo, espero que também não seja rejeitado por aqueles que esperam a construção desse velho templo obsoleto (Mt 21.42-45; 26.6066; Jo 2.19-22; At 4.1,11; 6.12-15). Também encontramos em Hb 3.5,6: 'Moisés foi fiel como servo em toda a casa de Deus, dando testemunho do que haveria de ser dito no futuro, mas Cristo é fiel como Filho sobre a casa de Deus; e esta casa somos nós...'.

Então veja que quando Claudionor de Andrade diz: 'De uma coisa, todavia, temos certeza: a Casa de Deus será reconstruída em Jerusalém...', ele retrocede ao velho sistema judaico, ignora o 212

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significado real dos símbolos proféticos e a semelhança dos líderes religiosos da época de Jesus e dos apóstolos, rejeita a pedra angular posta por Deus! Quando Jesus Cristo, na cruz, deu o brado: 'Está consumado!' (João 19.30,31).

A Bíblia diz que: 'Naquele momento, o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo' (Mateus 26.51).

Isso significa que Deus estava anulando o templo judaico como local de adoração e rompendo com os sacrifícios ali oferecidos. De fato, Daniel profetizou: '...ele (o Messias) dará fim ao sacrifício e à oferta' (Daniel 9.27).

Pelo que Paulo escreveu: 'Na verdade a mente deles (dos judeus) se fechou (e infelizmente a dos pré-tribulacionistas também está se fechando), pois até hoje o mesmo véu permanece quando é lida a antiga aliança. Não foi retirado, porque somente em Cristo ele é removido. De fato, até o dia de hoje, quando Moisés é lido, um véu cobre os seus corações. Mas quando alguém se converte ao Senhor, o véu é retirado' (2 Coríntios 3.14-16).

Será que no Milênio, o véu que foi rasgado na cruz, será novamente costurado? Porém, se isso acontecer o novo e vivo caminho do Espírito será bronqueado, pois que enquanto permanecia o velho templo, 'ainda não havia sido manifestado o caminho para o Santo dos santos'. Agora porém depois que o velho templo foi desfeito, 'temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus, por um novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo. Temos, pois, um grande sacerdote sobre a casa de Deus' (Hebreus 9.8; 10.19-21).

Quando a profecia diz: 'A glória deste novo templo será maior do que a do antigo' (Ageu 2.9), não se refere ao templo judaico de Jerusalém, mas o templo construído pelo Renovo. Zacarias diz que este templo: 'será revestido de majestade' (Zc 6.12,13). De fato, ser o Espírito Santo derramado sobre os discípulos em um simples aposento 23º Problema Teológico

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em Jerusalém e não no templo, onde milhares de judeus estavam reunidos celebrando a festa de Pentecostes, mostra que essas profecias se cumpriram no templo espiritual. Quando Moisés ergueu o tabernáculo, a glória de Deus se manifestou ali, colocando a aprovação de Deus sobre a antiga aliança, da mesma maneira aconteceu quando Salomão inaugurou o templo em Jerusalém, Sua glória se manifestou selando Jerusalém como o centro do culto a Deus (Êx 40.34,35; 2 Cr 7.1-3). Porém, com a descida do Espírito Santo sobre esses 120 discípulos, reunidos em uma simples casa e não no templo em Jerusalém, prova que Deus rejeitou o templo e a religião judaica, e ergueu e consagrou um novo templo, confirmando a sua nova aliança (Ato 2.1-4; 2 Co 3.6-18). Pelo que Paulo escreveu: 'Pois o que outrora foi glorioso, agora não tem glória, em comparação com a glória insuperável. E se o que estava se desvanecendo se manifestou com glória, quanto maior será a glória do que permanece!' (2 Coríntios 3.10,11),

Como então, Claudionor ousar dizer: 'neste templo (se referindo ao velho templo de Jerusalém), a glória de Deus haverá de manifestar-se a Israel e ao mundo'? Não! Absolutamente não! Pois a glória de Deus se manifestou em um templo vivo! E jamais será superada! A Igreja é o novo e vivo templo do Senhor! Ageu diz: 'Farei tremer todas as nações, as quais trarão para cá os seus tesouros, e encherei este templo de glória' (Ageu 2.7).

Deveras, em Pentecostes havia 'judeus...vindos de todas as nações do mundo', os quais diziam: 'Nós os ouvimos declarar as maravilhas de Deus' de forma que foram agregados ao novo templo uns três mil deles, esses são os tesouros das nações (Atos 2.5-12,41). Zacarias profetizou que este templo 'não' seria construído 'por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos' (Zacarias 4.6-10). Evidentemente que para que os judeus reconstruam o seu antigo templo, onde hoje está construída uma mesquita mulçumana, haverá sangrenta guerra. Porem o novo templo do Senhor será construído pelo Espírito! As profecias, mostram que os gentios, também, seriam agregados à esse templo do Senhor. Isaías 56.6,7 diz: 214

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'esses (os estrangeiros) eu trarei ao meu santo monte e lhes darei alegria em minha casa de oração. Seus... sacrifícios...serão aceitos em meu altar; pois a minha casa será chamada casa de oração para todo os povos'.

Que dizer, os gentios crentes ministrariam a Deus em associação com o Israel de Deus, sendo edificados junto com eles, para se tornarem santuário santo ao Senhor. Quando se diz: 'trarei ao meu santo monte', este 'monte santo' é o monte Sião celestial e aponta para os 144 mil remanescentes judeus cristãos, significando que os gentios são unidos a eles em oferecer os mesmos sacrifícios agradáveis a Deus por meio de Jesus Cristo (Ef 2.21,22; Hb 12.22; 13.15,16; Apo 14.1; At 15.13-18). Zacarias falou sobre isso: 'Cante e alegre-se, ó cidade de Sião! Porque venho fazer de você a minha habitação, declara o Senhor. Muitas nações se unirão ao Senhor naquele dia e se tornarão meu povo. Então você será a minha habitação' (Zacarias 2.10,11). E 'naqueles dias... homens de todas as línguas e nações agarrarão firmemente a barra das veste de um judeu (com certeza Cristo) e dirão: Nós vamos com você porque ouvimos dizer que Deus está com o seu povo' (veja o significa disso em Romanos 15.6-12,16).

Também diz: 'Gente de longe virá ajudar a construir o templo do Senhor' (Zacarias 6.15 veja Ef 2.11-22).

Contudo, tratando-se do velho templo, ele falhou em sua missão de trazer os gentios à adoração pura, e transformou-se em 'um covil de ladrões' (Mc 11.15-18; veja Jr 7.1-15). Evidentemente que tanto Zacarias como Ageu viveram na época em que os judeus retornaram do cativeiro Babilônico e empenharam-se a construir o templo de Jerusalém. Dois homens estavam a frente dessa obra, Zorobabel, o governador e o sumo sacerdote Josué. Eles receberam de Deus a incumbência de liderarem o povo na construção do templo. Porém, Zacarias e Ageu vão além do seu tempo, e falam do Messias como o verdadeiro construtor do templo do Senhor. A respeito disso lemos em Zacarias: 23º Problema Teológico

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'Aqui está o homem cujo nome é Renovo, e ele sairá do seu lugar e construirá o templo do Senhor. Ele construirá o templo do Senhor, será revestido de majestade e se assentará em seu trono para governar. Ele será sacerdote no trono. E haverá harmonia entre os dois' (Zacarias 6.12-13).

Quando a profecia diz que 'haverá harmonia entre os dois' se refere ao governo e ao sacerdócio. O Renovo sentará em seu 'trono para governar. Ele será sacerdote no trono'. De fato, a Escritura diz: 'temos um sumo sacerdote [que]... se assentou à direita do trono da Majestade nos céus... Daí em diante, ele está esperando até que os seus inimigos sejam colocados como estrado dos seus pés' (Hb 8.1; 10.12,13 veja também 1 Co 15.24-28).

Isso jamais poderá acontecer com a terrena nação de Israel, pois jamais um rei da tribo de Judá se tornaria sacerdote e nem um sacerdote da tribo de Levi se tornaria rei. Quando, por exemplo, o rei Asa de Juda ‘entrou no templo do Senhor para queimar incenso no altar do Senhor... Oitenta sacerdotes lhe disseram: ‘Não é certo que você, Uzias, queime incenso ao Senhor. Isso é tarefa dos sacerdotes, os descendentes de Arão... saia do santuário, pois você foi infiel e não será honrado por Deus, o Senhor... e na mesma hora... surgiu lepra em sua testa’ (2 Cr 26.16-20). Porém, Jesus Cristo que era da tribo de Judá se tornou sumo sacerdote. Mas ele desempenha suas funções sacerdotais no templo espiritual e celestial, e não no templo terreno. Entretanto, isso não seria possível com antiga aliança e nem com nação carnal. Por isso a antiga aliança foi substituída por outra aliança e a nação carnal transformada em nação espiritual. Outrossim, o trono de Jesus onde ele assentará como rei e sacerdote não será na velha cidade de Jeursalém, mas na nova Jerusalém. Assim lemos: ‘o trono do Cordeiro estará na cidade [da nova Jerusalém] e os seus servos o servirão’ (Ap 22.3). Essas radicais mundaças começaram acontecer quando a tribo de Judá e o templo do Senhor foram destruídos pelos babilônicos em 607 A.C. Esse acontecimento removeu o Reino prefigurado de Deus da Terra, assim os descendentes de Davi foram destronados. Porém, a introdução futura do estabelecimento do verdadeiro Reino de Deus, 216

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onde o Messias sentará em Seu trono, acontecerá na vinda de Jesus Cristo (Atos 1.6; Daniel 2.44; Ml 3.1-5; Mt 19.28; 25.31), todo esse período intermediário ficou conhecido como 'Tempos dos Gentios' (Lucas 21.24b). Tempo designado para as nações e seu governo. Durante esse tempo o Reino de Deus não é representado por nenhuma nação terrena, pois Jerusalém que tipificava a capital do Reino de Deus é pisada ´pelos gentios'. O último período desse tempo é descrito como 'quarenta e dois meses' simbólicos. Assim está escrito: '[Os gentios] pisarão a cidade santa durante quarenta e dois meses' (Apocalipse 11.2).

Isso significa que 'os santos', herdeiros de Deus, 'serão entregues nas mãos dele [do governo do Anticristo] por um tempo, [dois tempos] e meio tempo [até que]... o poder do povo santo for finalmente quebrado ' (Daniel 7.24; 12.7; Apocalipse11.7-10)

Quando, porém, Jesus voltar para destruir os reinos do mundo, os seus santos, todos aqueles que foram comprados com o Seu sangue, se tornarão reis e sacerdotes de Cristo e reinarão sobre as nações (Ap 2.2628; 5.9,10; 11.15; 20.6). Não a nação terrena e carnal de Israel, mas a Igreja do Senhor composta de judeus e gentios salvos, como escreveu João: ‘Ele nos ama e nos libertou dos nossos pecados por meio do seu sangue, e nos constitui reino e sacerdotes para servir a seu Deus e Pai’ (Ap 1.5,6). Quanto ao templo judaico, Cristo profetizou a sua destruição e não a sua construção. Os discípulos estavam comentando como 'o templo [de Jerusalém] era adornado com lindas pedras e dádivas dedicadas a Deus'

E se aproximaram de Jesus e lhe disseram: 'Olha, Mestre! Que pedras enormes! Que construções magníficas!',

Jesus lhes disse: 'Vocês estão vendo todas estas grandes construções, aqui não ficará pedra sobre pedra; serão todas derrubadas' (Mateus 24.1,2; Marcos 13.1,2; Lucas 21.5,6). 23º Problema Teológico

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O templo judaico caiu em desuso. Ainda que os judeus construam hoje o seu templo, como é de se esperar, não terá valor algum, assim como o casulo não tem nenhum valor para a borboleta e como a placenta que só serve para o embrião e não para o bebê nascido! Pelo contrário, essa atitude dos judeus será vista como uma afronta ao Deus vivo, pois mesmo depois de vários séculos não reconhecem a Jesus, o Renovo, como o Construtor do novo templo espiritual! Esse novo templo é indestrutível e insubstituível! Os judeus não regenerados, como escreveu João, '...são sinagoga de Satanás' e terão que se prostrar aos 'pés' do novo templo! (Ap 3.9,12). Infelizmente, quando os pré-tribulacionistas profetizam a construção de um templo judaico como cumprimento das profecias dos profetas, passam a acreditar também que o sistema sacrificial será restaurado novamente. Todavia isso, exige também, que a classe sacerdotal levitica seja reconsagrada. E quem será o Sumo Sacerdote dessa classe sacerdotal? O consultor teológico pré-tribulacionista Antonio Gilberto escreveu: 'Durante o Milênio, alguns sacrifícios e ofertas serão restaurados e observados por Israel com a participação dos gentios... A Festa dos Tabernáculos... será outra vez observada... De igual modo, a Festa da Páscoa... A Festa da Lua Nova, também...' (Escatologia Bíblica EETAD, pág. 93 o grifo é meu).

Mas isso é impossível! Pois o velho sistema judaico não pode ser novamente restabelecido, porque ele foi anulado para sempre, os judeus não podem oferecer à Deus sacrifícios cruentos novamente. O sacerdócio foi mudado! Não se trata mais do sacerdócio levítico com seus rituais! O inspirado autor aos Hebreus escreveu: 'Se fosse possível alcançar a perfeição por meio do sacerdócio levítico... porque haveria ainda necessidade de se levantar outro sacerdote, segundo a ordem (categoria) de Melquisedeque e não de Arão? Certo é que, quando há mudança de sacerdócio, é necessário que haja mudança de lei... a ordenança anterior é revogada, porque era fraca e inútil... sendo introduzida uma esperança superior, pela qual nos aproximamos de Deus' (Hebreus 7.11-18). 218

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E se aquela 'primeira aliança fosse perfeita, não seria necessário procurar lugar para outra' (Hebreus 8.7). Ora, se aliança instituída por Jesus Cristo é outra, então o sacerdócio e o templo também são outros! Jesus Cristo não é Sumo Sacerdote do sacerdócio levítico, 'mas segundo o poder de uma vida indestrutível' (Hb 7.16,17), por isso que os seus sub-sacerdotes são os santos ressuscitados (Ap 20.6), e o seu santuário em que ele ministra é o santuário celestial (Hb 8.1,2), e os sacrifícios oferecidos ali são espirituais (Hb 13.15; 1 Pe 2.5). O sistema judaico com seus sacrifícios cruentos pertence a velha ordem de Arão, Jesus Cristo jamais ministrará nesse velho sistema! Não há mais necessidade do simbolismo! Se Deus receber novamente sacrifícios e ofertas do velho sistema no Milênio, então será necessário remover a categoria sacerdotal de Jesus recebida de Melquisedeque, e reconsagrar novamente o sacerdócio levítico. Todavia, isso é impossível, pois a categoria sacerdotal de Melquisedeque é para sempre e é superior a categoria arônica (veja Hebreus 7.1-10 c/ 8.1-7). Por isso que esse retrocesso aos sacrifícios de animais é um escárnio à Cristo. O autor aos Hebreus considerava esse retorno ao velho sistema judaico como uma tremenda apostasia da fé cristã (Hebreus 6.6; 10.18,29,39). E além do mais, se o sistema levítico de sacrifícios foram realmente restaurados no milênio, Cristo não poderá ser seu Sumo Sacerdote, 'pois é bem conhecido que o nosso Senhor descende de Judá (não de Levi), tribo da qual Moisés nada fala quanto a sacerdócio...se ele (Jesus) estivesse na terra, nem seria sumo sacerdote, visto que já existem aqueles que apresentam as ofertas prescritas pela Lei' (Hebreus 7.14; 8.4).

Todavia, Zacarias diz: 'Ele (Jesus) será sacerdote no [seu] trono' (Zacarias 6.13).

De Fato, está escrito: '... temos um grande sumo sacerdote que adentrou os céus, Jesus, o Filho de Deus... Assim, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia...visto que vive para sempre, Jesus tem um sacerdócio permanente...ele não tem necessidade de oferecer sacrifícios dia após dia...ele o fez uma vez por todas quando a si mesmo se ofereceu' (Hb 4.14-16; 7.23-28). 23º Problema Teológico

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Jesus Cristo ensinou: 'Ninguém põe remendo de pano novo em roupa velha, pois o remendo forçará a roupa, tornando pior o rasgo. Nem se põe vinho novo em vasilha de couro velha' - no Milênio, a nova ordem não pode ser remendada na velha ordem! - 'Ao contrário, põe-se vinho novo em vasilha de couro nova' (Mateus 9.16,17).

Não há necessidade de Jesus Cristo oficializar em um templo construído de tijolo e cimento, pelo contrário, está escrito: 'Não vi templo algum na cidade, pois o Senhor Deus todopoderoso e o Cordeiro são o seu templo' (Apocalipse 21.22).

A própria Jerusalém celestial é chamada de 'tabernáculo de Deus' e ela resplandece 'com a glória de Deus' (Ap 21.1-4,11,27 c/ Sl 15.1-5; 24.3-10; Lc 16.9). E cada crente fiel, promete Jesus, o Construtor do templo do Senhor, 'Farei... uma coluna no santuário do meu Deus, e dali ele jamais sairá' (Apocalipse 3.12).

O santuário de Moisés era apenas 'cópia e sombra daquele que está nos céus' , assim Jesus Cristo 'serve no santuário, no verdadeiro que o Senhor erigiu, e não o homem' (Hebreus 8.1-7). Essa escatologia judaizante dos pré-tribulacionistas torna nula toda obra vicária realizada por Jesus Cristo, pois que necessidade há para o retorno 'àqueles mesmos princípios elementares, fracos e sem poder? Querem ser escravizados por eles outra vez?' (Gálatas 4.9-11). O autor aos hebreus ensinou que 'o Espírito Santo mostrando que ainda não havia sido manifestado o caminho para o Santo dos Santos enquanto permanecia o primeiro tabernáculo. Isso é uma ilustração para os nossos dias, indicando que as ofertas e os sacrifícios oferecidos não podiam dar ao adorador uma consciência perfeitamente limpa. Eram apenas prescrições que tratava de comida e bebida e de várias cerimônias de purificação com água; essas ordenanças exteriores foram impostas até o tempo da nova ordem. Quando Cristo veio como sumo sacerdote dos benefícios agora presentes, ele adentrou o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito pelo homem, isto é, não pertencente a esta criação...[por isso que] 'A Lei traz apenas uma sombra dos benefícios que hão de vir, e não a sua realidade''(Hebreus 9.8-11). 220

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Que benefícios há em voltar-se para a sombra da Lei? E o pior é que os pré-tribulacionistas dizem que no Milênio haverá salvação. Mas salvação através de quê? Dos sacrifícios de animais no templo judaico? Talvez! Pois ensinam que durante o Milênio, os gentios participarão com Israel dos sacrifícios de animais ali ofertados! Quem irá oferecer esses sacríficios de animais no Milênio? Os sacerdotes levíticos? Os santos ressuscitados? Jesus Cristo? Falando sobre os animais no Milênio, lemos nas Escrituras: ‘o bezerro, o leão e o novilho pastarão juntos’ e logo após diz: ‘Ninguém fará nenhum mal, nem destruirá coisa alguma em todo o meu santo monte’ (Is 11.9; 65.25). Os sacrifícios são destruição de animais como está escrito: ‘os corpos dos animais são queimados’ (Hb 13.11). Portanto esse tipo de matança não poderá existir no Milênio. Além do mais, os sacerdotes comiam a carne dos sacrifícios : ‘o sangue dos teus sacrifícios se derramará sobre o altar do Senhor teu Deus; porém a carne comerás’ (Dt 12.27). Isso também não poderá acontecer no Milênio, porque tanto homens como animais deixarão de ser carnívoros - ‘...o leão comerá palha como o boi’ (Is 11.7; 65.25). Todos voltarão ao seu estado original, quando Deus os alimentavam de vegetais - ‘... Dou a todos os vegetais como alimento...’ (Gn 1.29,30). Só depois do dilúvio foi que o homem passou a ser carnívoro (Gn 9.3), no Milênio, porém, ‘os frutos servirão de comida, e suas folhas de remédio’ (Ez 47.12). Portanto, quando se diz: ‘todos os que vierem sacrificar pegarão panelas e cozinharão nelas’ (Zc 14.21), deve ser entendimento no verdadeiro sentido. Naquele sentido encontrado em Oséias 14.2: ‘daremos como bezerros os sacrifícios dos nossos lábios’. De fato será assim, pois lemos no cântico milenial: ‘Quem não louvará o teu nome? Pois tu somente és santo. Todas as nações virão a tua presença e te adorarão’ (Ap 15.4). Assim também quando lemos: ‘escolherei alguns deles para serem sacerdotes e levitas’ (Is 66.21), refere-se aos santos glorificados que ‘serão sacerdotes de Deus e de Cristo’ (Ap 20.6), ‘para servir a seu Deus e Pai’ ‘no verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, e não o homem’ (Ap 1.6; Hb 8.2; Ap 7.15-17) Paulo escrevendo aos irmãos gálatas a respeito desses assuntos foi extremamente duro e radical, ele disse: 23º Problema Teológico

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'Ouçam bem o que eu, Paulo, lhes digo: caso se deixem circuncidar, Cristo de nada lhes servirá. De novo declaro a todo homem que se deixa circuncidar, que está obrigado a cumprir toda a Lei. Vocês, que procuram ser justificados pela Lei, separaram-se de Cristo; caíram da graça. Pois é mediante o Espírito que nós aguardamos pela fé a justiça' (Gálatas 5.2-5).

Paulo especifica aqui a circuncisão, mas seus argumentos servem para o inteiro sistema judaico, pois em Gl 4.10,11 ele escreveu: 'Vocês estão observando dias especiais, meses, ocasiões específicas e anos. Temo que os meus esforços por vocês tenham sido inúteis'.

Se os sacrifícios de animais forem restaurados novamente, conforme ensinado pelo pré-tribulacionismo, 'Cristo de nada lhes servirá'. Assim os pré-tribulacionistas se distância dos apóstolos e se aproximam dos judaizantes. Paulo disse: 'Ó gálatas insensatos! Quem os enfeitiçou?' (3.1). Será que nós também vamos nos deixar ser enfeitiçados! A respeito dos judaizantes o Apocalipse denúncia: 'Conheço a blasfêmia dos que se dizem judeus mas não são, sendo antes sinagoga de Satanás' (Ap 2.9).

De fato, a Escritura diz: 'Não é judeu quem o é apenas exteriormente... Não! Judeu é quem o é interiormente...' (Rm 2.28,29).

É fácil criticar os adventistas que acreditam que o sábado não foi abolido, mas será que os pré-tribulacionistas não enveredam pelo mesmo caminho e até mais grave, pois acreditam que o inteiro sistema judaico será restaurado! E que os próprios gentios serão participantes dos judeus em seus rituais arônicos! Mas o escritor aos hebreus disse: [Jesus foi] designado por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem [categoria] de Melquisedeque [e não de Arão] (Hb 5.10).

Se de fato o velho sistema judaico com o seu templo, classe sacerdotal, sacrifícios, cerimônias, festas e todos aqueles objetos 222

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sagrados vão ser novamente restaurados. Por que o livro de Hebreus não fala sobre isso, já que está exatamente tratando desses assuntos?! Ora, se ele fizesse isso, seu livro seria uma verdadeira confusão teológica! Pois defende a abolição do velho sistema em detrimento do novo! Em oposição a ele, os pré-tribulacionistas dão a impressão que as realidades espirituais são ficção; que o cumprimento dos tipos e símbolos não aconteceu; que o véu do templo não se rasgou; que os cristãos vivem uma irrealidade; que judeus e gentios continuam separados; que ainda continuam existindo duas religiões: judaísmo e cristianismo; que a igreja não é nada de nada; que Deus não chegou a lugar nenhum; que a morte de Cristo não aboliu nada; que o meio não atingiu o seu fim; que o fim é o retorno ao velho; que o espiritual é a cópia do terreno; que o terreno é a realidade do espiritual; que o Reino de Deus é temporal e político e que o Evangelho nada fez. Que situação! Mas, por que o pré-tribulacionismo chega a essas interpretações absurdas de que o velho sistema judaico com toda sua parafernália será restaurado no milênio? Simplesmente por dividir o povo de Deus em dois: um espiritual e outro terreno; um sobe no arrebatamento e outro fica; um recebe as bênçãos espirituais e o outro as bênçãos terrenas; um herda o Reino de Deus e outro o Reino de Davi; um prega o evangelho da graça e o outro o evangelho do Reino. Um espera a vinda invisível e o outro a vinda visível de Jesus. Òh meu Deus, por que os homens querem rasgar a túnica de uma só peça?! Veja abaixo um gráfico que mostra que de fato e de verdade houve profunda alterações na transição da velha ordem para a nova ordem:

Velha Ordem em Moisés

Nova Ordem em Cristo

A promessa de um Messias Povo de Deus: Israel (só os judeus) Antiga Aliança: provisória Os sacrifícios: sombra A circuncisão: ingressão em Israel O sacerdócio levítico: imperfeito O tabernáculo mosaico: cópia O Antigo Israel: judeus carnais O Reino de Davi: temporal e politico Jerusalém terrena: antiga capital O secredo oculto: os gentios excluídos

Jesus Cristo é esse Messias Povo de Deus: a Igreja (judeus e gentios) Nova Aliança: eterna A morte de Jesus: realidade O batismo cristão: ingressão na Igreja O sacerdócio de Melquisedeque: perfeito O tabernáculo celestial: original O Novo Israel: judeus nascidos de novo O Reino de Deus: eterno e celestial Jerusalém celestial: nova capital O secredo revelado: os gentios incluídos

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24º PROBLEMA TEOLÓGICO: É grave e infundada a crença pré-tribulacionista de dois evangelhos e de dois reinos

A

respeito desses dois evangelhos, o eminentíssimo teólogo pré-tribulacionista Antonio Gilberto escreveu: 'A mensagem que eles (os 144 mil judeus) pregarão não é o Evangelho que conhecemos, mas o chamado “evangelho do reino”... Esse Evangelho foi anunciado por João Batista... por Jesus... pelos doze apóstolos' [menos por Paulo? Cadê Paulo então que não é citado!] (Escatologia Bíblica EETAD, pág. 42 o grifo e o colchete são meus).

Porém, essa confusão teológica só existe na cabeça dos pré-tribulacionistas, pois as Escrituras chama de maldito outro tipo de evangelho: 'Mas ainda que nós (os judeus) ou um anjo dos céus pregue um evangelho diferente daquele que lhes pregamos, que seja amaldiçoado!' (Gálatas 1.6-9).

Que tipo de evangelho Paulo anunciou aos gentios gálatas? O mesmo evangelho que os apóstolos pregava entre os judeus! Paulo disse: 'expus diante (de Tiago, Pedro e João) o evangelho que prego entre os gentios...Reconhecendo a graça que me fora concedida... estenderam a mão direita a mim e a Barnabé em sinal de comunhão' (Gálatas 2.2,9 o grifo é meu).

O evangelho era o mesmo, os grupos atingidos que eram diferentes! (Gl 2.7). Eu rejeito em nome de Jesus Cristo essa interpretação de dizer que o evangelho que conhecemos hoje não foi anunciado por Jesus Cristo e nem pelos doze apóstolos!!! Em outra ocasião Paulo falando aos gentios crentes revelou: '...o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus. Agora sei que nenhum de vocês (gentios), entre os quais passei pregando o Reino, verá novamente a minha face' (Atos 20.24,25 o grifo é meu). 224


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Então veja que para Paulo, assim como para os doze apóstolos, não há diferença entre o evangelho da graça e o evangelho do Reino. Ambos são o mesmo evangelho: o evangelho da graça de Deus que anuncia o seu Reino. São tão contraditórias essas definições dos pré-tribulacionistas que não se encaixam! O Dr. Antonio Gilberto diz que o resultado da pregação do 'evangelho do reino' pelos 144 mil judeus será uma 'grande multidão salva dentre todas as nações, na época da Tribulação' (Escatologia Bíblica EETAD, pág. 42). Ora se Paulo pregou o 'evangelho da graça' para os gentios e os doze apóstolos pregou o 'evangelho do reino' para os judeus, por que os 144 mil judeus vão pregar o 'evangelho do reino' para os gentios, eles não deveriam pregalo para os judeus? Que coisa mais esquisita! Quer dizer João Batista, Jesus Cristo e os doze apóstolos pregavam um tipo de evangelho que nós hoje desconhecemos. Então quem trouxe esse evangelho que conhecemos hoje e anunciamos? O apóstolo Paulo!? Mas essa mesma questão foi levantada lá em Gálatas quando os judaizantes começaram a disseminar que Paulo anunciava um evangelho diferente do que os apóstolos pregavam lá em Jerusalém, e questionavam a sua autoridade apostólica. Entretanto, Paulo contestou esse fato veementemente. Mas, agora depois de 20 séculos, os dispensacionalistas, que seguem o mesmo pensamento judaico dos judaizantes, nos informam que o evangelho anunciado por João Batista, Jesus Cristo e os doze apóstolos é desconhecido por nós e não era pregado por Paulo. Será que isso significa que este evangelho do reino saiu de circulação, talvez foi soterrado no ano 70 d.C. quando destruíram Jerusalém, então de alguma maneira misteriosa nos deram outro evangelho, o evangelho da graça. Porém, quando chegar a grande tribulação e nós sermos arrebatados em uma vinda secreta de Jesus, iremos levar esse evangelho da graça conosco, enquanto que os 144 mil judeus encontrarão, não sei aonde e como, o evangelho do reino e anunciarão? Eu gostaria que os pré-tribulacionistas dissessem qual é o conteúdo desse evangelho do reino pregado por João Batista, por Jesus Cristo, pelos doze apóstolos e pelos 144 mil judeus... ah eles não podem dizer, porque conforme o pré-tribulacionista Antonio Gilberto este evangelho do reino é desconhecido por nós. Mas isso já é um engano! 24º Problema Teológico

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Porque nos quatro Evangelhos e em Atos encontramos as pregações de João Batista, Jesus Cristo e dos apóstolos, e não vemos nenhum evangelho desconhecido daquele que conhecemos e pregamos hoje. A não ser se cremos na seita herética dos gnósticos do primeiro século, que ensinavam que Jesus Cristo deu, secretamente, aos apóstolos um tipo de evangelho que somente os iluminados conheciam. Mas digamos que o conteúdo desse evangelho do reino seja o anuncio de um reino terreno, político e teocrático de Israel durante o milênio. Isso já entra em choque com o resultado adquirido. Por exemplo, digamos, seguindo o raciocino pré-tribulacionista, a Igreja hoje prega o evangelho da graça, quando Jesus Cristo vier antes da grande tribulação iremos para o reino celestial. Os 144 mil pregam o evangelho do reino milenial, terreno e político e multidão de gentios se convertem. O que acontecerá com eles quando Jesus Cristo voltar depois da grande tribulação? Devem herdar o reino terreno! Não! Segundo os pré-tribulacionistas eles se unirão com a Igreja no reino celestial. Então por que anunciam um reino terreno? Será que eles dirão as pessoas: 'vocês que são gentios que se converterem irão para o paraíso celestial junto conosco, mas a nação de Israel irá para o paraíso terreno'. Isso me faz lembra as testemunhas de Jeová que ensinam que os 144 mil vão para o reino celestial, enquanto que os demais irão para o reino terreno, e como eles são criticados pelos pré-tribulacionistas, mas no fundo os pré-tribulacionistas estão crendo na mesma coisa: uns vão para o reino celestial e outros para o reino terreno. A respeito desses dois reinos lemos em uma fonte fidedigna: 'O dispensacionalismo distingue entre o reino de Deus e o reino dos céus...o reino dos céus, segundo [o pré-tribulacionista e mentor] Scofield, é judaico, messiânico, e davídico. Fora prometido a Davi, e esta promessa entrou no período do Novo Testamento “totalmente sem mudança”. Estava “próximo” desde o início do ministério de João Batista até “a virtual rejeição do Rei”, e depois foi adiado. Será realizado no milênio. O reino de Deus, do outro lado, é universal' (Opções Contemporâneas na Escatologia pág.101).

Realmente a promessa do reino foi adiada. Mas não simplesmente por causa da rejeição do Messias, e sim, porque isso fazia parte do plano 226

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da salvação. Pois era necessário que o Messias primeiro sofresse ‘essas coisas para entrar na sua glória’ (Lc 24.26), e através da Sua morte, ressurreição e ascensão comprasse os herdeiros do reino (Ap 1.5; 5.9,10). No milênio, ‘o reino do mundo se tornará de nosso Senhor e do seu Cristo’ (Ap 11.15). Este é a restauração do reino à Israel (At 1.6). Mas não do Israel carnal, mas do espiritual, pois ‘ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo’ (Jo 3.3). O Novo Testamento não faz nenhuma distinção entre o termo 'Reino de Deus' e 'Reino dos céus'. Isso é mais uma interpretação judaizante dos pré-tribulacionistas a fim de manter sua escatologia dispensacionalista. Por exemplo, Mateus escreveu: 'A vocês foi dado o conhecimento dos mistérios do Reino dos céus' (Mt 13.11). Já Lucas registrou: 'A vocês foi dado o conhecimento dos mistérios do Reino de Deus' (Lc 8.10). Veja que os termos são sinônimos, e não há distinção entre eles! Mateus é o único que usa o termo 'Reino dos céus', portanto se o termo fosse restrito ao reino judaico de Davi, Marcos e Lucas também manteriam essa restrição. Mas pelo fato de verterem o termo Reino dos céus por Reino de Deus, nas mesmas ocorrências citadas por Mateus, provam que são termos iguais. E além do mais, se esses termos são distintos então fica difícil para o leitor sincero da Bíblia descobrir qual dos dois reinos se refere as passagens bíblicas em que apenas aparece o termo 'Reino' sem necessariamente especificar se o reino é o judaico ou o celestial (veja Mt 4.23; 24.14). Até mesmo lendo apenas Mateus fica difícil fazer essa distinção, por que ele usou os mesmos termos 'Reino dos céus' e 'Reino de Deus' em seu livro de modo similar (leia Mt 19.23,24). Em alguns textos Mateus deveria ter usado o termo Reino de Deus ao invés de Reino dos céus se ambos fossem diferentes. Por exemplo, em Mt 5.10, deveria o escritor ter usado o termo Reino de Deus, mas ao usar o termo Reino dos céus como uma herança dos crentes perseguidos, mostra que em seu livro não há essa distinção que os pré-tribulacionistas ensinam, e que esse Reino dos céus não é judaico e nem terreno (veja também Mt 7.21-23; 8.11,12). Também pelo fato de Mateus registrar que Jesus deu 'as chaves do Reino dos céus' à Pedro, mostra que esse Reino dos céus em hipótese alguma é diferente e distinto do Reino de Deus! (Mateus 16.18). Quer dizer, o próprio Evangelho de Mateus, o único a usar esse termo, não 24º Problema Teológico

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permite essa interpretação contrabandeada dos pré-tribulacionistas. Pedro usou essas ‘chaves do Reino dos céus’ no dia de Pentecostes onde três mil judeus se converteram à Cristo e também na casa de Cornélio, onde os gentios foram igualmente convertidos. Ambos os grupos se tornaram cristãos e ingressaram na Igreja. Se o reino dos céus for realmente o que os pré-tribulacionistas ensinam: ‘um reino judaico, davídico e terreno’, então esses primeiros cristãos deverão ressuscitar em corpo natural para serem súditos desse reino terreno. O que torna essa definição pré-tribulacional absurda. A respeito dessas duas expressões: Reino dos céus e Reino de Deus, uma monumental obra de renome escreveu: 'O reino dos céus ou reino de Deus é o tema central da pregação de Jesus, segundo os Evangelhos Sinóticos. Enquanto que Mateus, que se dirige aos judeus, na maioria das vezes fala em 'reino dos céus', Marcos e Lucas falam sobre o 'reino de Deus', expressão essa que tem o mesmo sentido daquela, ainda que mais inteligível para os que não eram judeus. O emprego de 'reino dos céus', em Mateus, certamente é devido à tendência, no judaísmo, de evitar o uso direto do nome de Deus. Seja como for, nenhuma distinção quanto ao sentido, deve ser suposta entre essas duas expressões' (Novo Dicionário da Bíblia, Vol II, pág. 1383 o grifo é meu).

A Bíblia não é um livro de código em que deve ser decifrado por alguns especialistas que detém as chaves da interpretação. Não! A Bíblia é um livro claro, coerente, escrito de modo simples para que o povão pudesse entender. São os homens com suas tradições que anulam as palavras de Deus (Mt 15.6-8; 23.13; Lc 11.52). Jesus Cristo chamou o governo de Deus de Reino dos céus porque sua sede está no céu e chamou-o também de Reino de Deus, porque Deus é o seu Originador. E esse reino é o mesmo reino que foi prometido a Davi com grandiosas mundaças as próprias profecias confirmam isso! Pois assim clamava os que seguiam a Jesus em sua entrada triunfal em Jerusalém: 'Bendito é o Reino vindouro de nosso pai Davi! (Mc 11.10). Como também o anjo disse a Maria: 'O Senhor Deus... dará [a Jesus] o trono de seu pai Davi, e ele reinará para sempre [e não apenas mil anos] sobre o povo de Jacó; seu Reino jamais terá fim' (Lc 1.32,33). No Antigo Testamento foi feita a promessa de um reino à Davi 228

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“Quando a sua vida chegar ao fim e você se juntar aos seus antepassados, escolherei um dos seus filhos para sucedê-lo, e eu estabelecei o reino dele... e firmarei o trono dele para sempre” (I Cr 17.11), esse reino era chamado de 'reino do Senhor' (1 Cr 28.5).

Porém, esse reino de Davi chegou ao fim com a invasão dos babilônicos em Jerusalém, quando a linhagem de Davi foi destronada do 'trono do Senhor' (1 Cr 29.23; 2 Cr 36.9,10). Deus, porém, prometeu estabelecer novamente o Reino de Davi: “farei brotar um Renovo justo da linhagem de Davi; ele fará o que é justo e certo na terra... Davi jamais deixará de ter um descendente que se assente no trono de Israel... se vocês puderem romper a minha aliança com o dia e a minha aliança com a noite... então poderá ser quebrada a minha aliança com o meu servo Davi...” (Jeremias 33.15,17-21).

O Messias seria o futuro Rei que estabelecerá para sempre o Reino de Davi: “Um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros... ele estenderá o seu domínio, e haverá paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, estabelecido e mantido com justiça e retidão” (Isaías 9.6,7).

As profecias também revelam que para que se alcance esta paz, o Messias deverá destruir os seus inimigos: 'o Deus dos céus estabelecerá um reino que jamais será destruído e que nunca será dominado por nenhum outro povo. Destruirá todos os reinos... e os exterminará, mas esse reino durará para sempre' (Daniel 2.44).

Isso deverá ocorrer quando o Messias vier na sua glória (Mt 25.3146). Leia também Ageu 21,22 c/ Hb 12.26-29 e Zc 9.14-16. As profecias apontam que esse Messias é Jesus Cristo: 'Ele [Jesus] será grande e será chamado Filho do Altíssimo. O Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi, e ele reinará para sempre sobre o povo de Jacó; seu Reino jamais terá fim' (Lc 1.32).

Antes porém, era mister que o Messias primeiro sofresse: 'Mas antes é necessário que ele sofra muito e seja rejeitado por esta geração (Lc 17.25; 24.26). 24º Problema Teológico

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Quem participará com o Messias no Seu Reino? 'Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos, nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus “ (1 Coríntios 6. 9,10; Gálatas 5.19-21; Efésios 5.5).

Somente aqueles que nascem de novo, porque carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus (Jo 3.3,5; 1 Co 15.50); somente os comprados pelo sangue do Cordeiro (Ap 1.5-6; 5.9-10; 7.9,10,14-17). Portanto não existem dois reinos distintos nem dois evangelhos, existem na verdade duas alianças. A aliança da Lei instituída por Moisés, chamada de velha aliança e a aliança da graça instituída por Jesus Cristo, chamada de nova aliança (Jo 1.17; Gl 4.21-31; Hb 8.6-13). Uma vez que Israel quebrou a primeira aliança, uma nova aliança foi estabelecida, porém, a promessa do Reino não foi invalidada, assim agora, o Reino deverá ser estabelecido dentro das cláusulas da nova aliança (Jr 31.31-34; 33.14-26). O Israel nacional poderiam ter participado com o Messias deste Reino, na nova aliança, como um reino de sacerdotes e uma nação santa. Mas quando o herdeiro do trono de Davi nasceu, a nação rejeitou como o Seu Rei e Messias (Mc 15.29-32; Jo 19.14-16). Apenas um restante de israelitas naturais aceitou-O (Jo 1.11-13). Em resultado disso, apenas um pequeno número deles foi incluído no prometido reino, cujo número deles aparece no Apocalipse como 144.000 selados de todas as tribos de Israel (Ap 7.1-8; 14.1-5). Foram escolhidos segundo a eleição da graça, não mais segundo a antiga aliança com suas cerimônias e seu serviço sacerdotal levítico, que serviam no antigo templo, porque todas essas coisas eram provisórias e simbólicas, não podendo ser restauradas novamente (Rm 11.1-7; Cl 2.16,17; Hb 10.1; Gl 2.18,19). E assim, o Reino foi tirado do Israel nacional e “dado a um povo que dê os frutos do Reino” (Mt 21.43). Inicialmente este povo era composto apenas de judeus que criam que Jesus de Nazaré é o Cristo profetizado pelos profetas (Lc 24.25-27, 44-46). De fato, as profecias apontavam que apenas um remanescente de Israel seria restaurado como nação santa de Deus (Sf 3.13; Is 10.2022; Zc 8.11-17; Rm 9.27-29). 230

24º Problema Teológico


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Antes de Jesus Cristo morrer, ele apresentou a este pequeno rebanho uma nova aliança, que seria validado pelo seu próprio sangue. Nessa nova aliança estava incluído o Reino (Lucas 22.14-20,29,30). Esse sacrifício cruento de Cristo os comprava para Deus, pois, pagava o castigo do pecado, pelo qual, e como descendentes de Adão, eram escravos. Assim foram declarados justos, tais como Abraão, que cria que Deus era poderoso para ressuscitar Isaque, estes, também, creram que Deus ressuscitou a Jesus dentre os mortos (Hb 11.17-19; Rm 4.20-25; 10.9,10), e por isso foram adotados como filhos de Deus, e como tais herdeiros do Reino de Deus e reinarão sobre a terra (Ap 1.5,6; 2.26,27; 3.21). Jesus prometeu preparar para eles um lugar real no céu, e após sua ascensão aos céus, voltaria outra vez para os receber no Seu reino celestial e eterno (Jo 14.1-3; At 1.6-11). Deveras, Jesus Cristo veio da linhagem real de Davi (Mt 1.1,6-16), e, como descendente de Davi, manteve-se fiel a Deus (Ap 3.7; 22.16), por isso que o Reino de Davi foi restaurado nele (At 2. 30,31; 13.34; Is 55.3), ao subir ao céu, sentou no real trono do Reino dos céus, elevando assim o reino de Davi às alturas, e tornando Seu Senhor (Mt 22.41-45; At 2.25-36; Ef 4.8-10 ). Mais tarde os apóstolos entenderam pelo Espírito, que os gentios que crêem em Cristo haviam de fazer parte deste povo restaurado do Senhor, e seriam co-herdeiros com Israel do Reino de Deus (At 3.25-26; 15.14-16; Efs 3.6; Lc 21.31). E, assim deixaria de existir diferenças entre eles (Rm 10.12; Gl 3.28,29; Cl3.11). Paulo disse que o objetivo de Cristo “era criar em si mesmo, dos dois, um...” (Ef 2.15). Então, Deus não pode ter dois reinos: um terreno e outro celestial! Como alguns ousam afirmar! A atual nação de Israel, não representa mais o Reino do Senhor, nem tampouco, será a executadora dos juízos de Deus contra as nações, mas o Messias, o Rei do Reino de Davi é o executor (Is 9.6,7; 63.1-6), não por razões nacionalistas, mas porque as nações estão em rebelião contra Deus (Sl 2.1-12); não em defesa patriótica dos judeus, mas em favor da justiça divina; não para estabelecer um reino territorial para Israel, mas o já muito anunciado Reino dos céus (Mt 11.12), que todos devem buscar, principalmente os judeus, já que são considerados súditos do Reino (Mt 6.33; 8.12; Lc 12.31). Veja na próxima página um gráfico que mostra as rachaduras que os pré-tribulacionistas causaram na escatologia bíblica: 24º Problema Teológico

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Os pré-tribulacionistas inventaram dois planos para cumprir seu programa escatológico

Duas vindas de Jesus:

Uma invisível antes da grande tribulação

Outra visível depois da grande tribulação

Dois arrebatamentos:

Um dos crentes fiéis na vinda invisível

Outro na vinda visível dos crentes que ficaram para a segunda chance

Duas ressurreição de salvos: Uma dos santos antes dos Duas Igrejas: Dois evangelhos: Dois reinos:

7 anos de grande tribulação Uma constituída de crentes convertidos no tempo da graça Um pregado pela igreja chamado de evangelho da graça

Outra dos santos mártires depois dos 7 anos

Outra constituída de crentes convertidos no tempo da grande tribulação Outro pregado pelos 144 mil judeus chamado de evangelho do reino Um celestial - o da igreja no Outro terreno - o de Israel na terra céu

Por quais razões deveremos acreditar em uma escatologia dessa?

Uma das razões porque os pré-tribulacionistas caem no erro de acreditar que o velho sistema judaico com um reino terreno vai ser restaurado no Milênio é por tomar ao pé da letra morta as profecias do Antigo Testamento, sem considerar o sentido espiritual! Por exemplo, 'os sobreviventes de todas as nações que atacaram Jerusalém subirão ano após ano para adorar o rei, o Senhor dos Exércitos, para celebrar a festas dos tabernáculos...Os caldeirões do templo do Senhor serão tão sagrados quanto as bacias diante do altar...e todos os que vierem sacrificar pegarão panelas e cozinharão nelas' (Zacarias 14.16-21).

Dentro da revelação da nova aliança essas profecias que tratam do estabelecimento do Reino de Deus no futuro precisam ser tomadas no sentido espiritual, e não no literal, pois 'a letra mata, mas o Espírito vivifica'. E, o ministério pelo qual será estabelecido o Reino Milenar será o ministério do Espírito, e não o ministério da Lei (2 Co 3.7-18). 'Pois o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo' (Romanos 14.17). Aquilo que na Lei foi revestido do ouro batido do Espírito permanecerá, mas aquilo que não foi glorificado desvanecerá como 232

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feno! Jerusalém, festas, templo, caldeirões, bacias, panelas, altar, sacrifícios apontam para Cristo e a Igreja, pois estes objetos são apenas figuras e sombra da realidade. O Antigo Testamento para atingir o seu propósito final precisa ser lido à luz do Novo Testamento, pois aquilo que os profetas predizerem é interpretado pelo que os apóstolos escreveram. Todavia, quando digo que Jerusalém, Israel, Sião no Antigo Testamento apontam para a Igreja não estou fazendo uma mudança brusca e nem infundada, pois, a Igreja é composta de israelitas salvos e escolhidos por Deus, neste caso todas as promessas feitas a Abraão cumpri-se-ão legalmente neles. Eles são legítimos descendentes físicos de Abraão e depositaram fé em Cristo, ninguém pode negar que esse pequeno e remanescente grupo de israelitas se constitui a restauração de Israel. E, neles o Messias restaurará o Reino de Davi eternamente (Atos 1.6,7). Os gentios que eram 'separados da comunidade de Israel, sendo estrangeiros quanto às alianças da promessa' [feita a Abraão], foram aproximados baseado em um mistério oculto às gerações passadas, a saber, 'que mediante o evangelho, os gentios são co-herdeiros com Israel, membros do mesmo corpo, e co-participantes da promessa em Cristo Jesus' (Ef 2.12; 3.6 veja Gl 3.14,29). Agora, juntos e mesclados em um só, se constitui a Igreja. Então, ninguém poderá acusar a Deus, de que Ele falhou em suas promessas feitas a Israel e rejeitou seu povo. Em hipótese alguma! (Rm 9.6; 11.1). O relógio de Deus não parou! como afirma os pré-tribulacionistas: 'a conclusão da Igreja de Jesus está às portas, pois seu tempo localiza-se entre a rejeição e a nova aceitação de Israel. Quando Deus deixou cair o fio com Israel e os judeus foram espalhados por todo o mundo, começou a era da Igreja de Jesus. Agora Deus retoma o fio com Israel, e a era da Igreja de Jesus chega ao fim' (Salvação Eterna de Um Mundo Maduro para o Juízo, pág. 18).

Aquilo que a pré-tribulacionista Sara Alice escreveu: 'o tempo dos gentios se cumpra, e o Senhor nos arrebate e volte a tratar diretamente com a nação de Israel' (Lições Bíblicas, subsídios de Mestre, 2º trimestre de 2006, pág. 68).

Mas, na verdade, os olhos de Deus nunca arredaram de Israel, pelo 24º Problema Teológico

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contrário o Senhor está chamando-os agora através da pregação do evangelho (Romanos 9.24; 11.31,32). A outra das razões porque os pré-tribulacionistas caem no erro de acreditar que o velho sistema judaico com um reino terreno vai ser restaurado no Milênio é por acreditar em dois planos de Deus em que Israel é tratado separado da Igreja em um tempo futuro, depois de acabar o tempo da Igreja. Porém isso causa um montão de problemas teológicos, soteriológicos e escatológicos. Primeiramente, porque todos os santos do Velho Testamento, que são israelitas, terão que se tornarem súditos do reino terreno e politico de Israel para isso ressuscitarão com corpos naturais, sujeitos à morte e a tentação de Satanás no final do Milênio. Porém, se as Escrituras falam da esperança deles como sendo a mesma esperança da Igreja: ‘uma pátria celestial’ (Hb 11.10,13-16; Fl 3.20,21), então o reino milenial será governado por um povo celestial com realidades espirituais (Mt 8.11,12; Lc 13.28,29). Em seu artigo na Apostila Reforma Viva 2006 Escatologia, págs. 9 a 16, o teólogo pré-tribulacionista Hilquias Benícios fala sobre ‘os dois planos’ e ‘o tempo parentético’ e iremos analisar agora. Como qualquer outro pré-tribulacionista o profº Hilquias acredita que estamos vivendo em um período intermediário, isto é 'um tempo parentético'. Em que o 'relógio de Israel "está parado"'. Esse hiato começou com a 'rejeição do Messias por Israel'. Os pré-tribulacionistas chegaram a essa conclusão devido o modo como eles interpretam as 70 semanas de Daniel. Uma vez que segundo eles já se cumpriram 483 anos ou 69 semanas, restam 7 anos para se cumprirem e 'esta última semana se iniciará tão logo a Igreja termine o seu tempo, fim este que é marcado pelo Arrebatamento' (pág.11). No 13º problema teológico já virmos que esse modo de interpretar as setenta semanas proféticas de Daniel está equivocado. Deus tem um plano, não dois planos! E esse plano foi perfeitamente ensinado pelos apóstolos, porém, eles nada falaram de um parêntese no plano de Deus. Equivocadamente o profº. Hilquias chama 'o plano divino para a Igreja' de 'mistério não revelado no Antigo Testamento'. Acredito que ele esteja se referindo ao 'mistério' citado em: Rm 16.25,26; Ef 3.4,5 e Cl 1.26. Mas que ‘mistério’ é esse 'não revelado no Antigo Testamento'? Paulo fala que: 234

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‘... mediante o evangelho, os gentios são co-herdeiros com Israel, membros do mesmo corpo, e co-participantes da promessa em Cristo Jesus' (Ef 3.6). Veja que o mistério de Paulo é totalmente diferente do mistério do Dr. Hilquias. Pois enquanto que Paulo diz que o mistério se constitui na união entre judeus e gentios, Hilquias fala de uma divisão entre Igreja e Israel. Sim, claro, a Igreja de Cristo é distinta de Israel, assim como a Igreja é distinta dos gentios. Porém, o plano de Deus é unir os dois povos. O que é a Igreja então? É o que está escrito: 'nós, a quem também chamou, não apenas dentre os judeus, mas também dentre os gentios' (Rm 9.24). Então esse plano é executado na Igreja. É exatamente aqui que entra o mistério: as promessas de Deus feitas a Israel também valem para os gentios. Paulo é tão contundente sobre esse assunto que em outra ocasião escreveu: 'naquela época vocês (os gentios) estavam sem Cristo, separados da comunidade de Israel, sendo estrangeiros quanto às alianças da promessa...[Cristo] de ambos (Israel e Gentios) fez um (a Igreja)' (Ef 2.12-14). Por isso que não se trata de dois planos distintos, mas de duas alianças. Se Deus voltar a tratar com Israel assim como no Antigo Testamento, então Deus deverá abandonar a nova aliança e voltar para a velha aliança, porque era assim que Deus tratava com Israel. O que lemos nos profetas? 'Estão chegando os dias, declara o Senhor, quando farei uma nova aliança com a comunidade de Israel e com a comunidade de Judá. Não será como a aliança que fiz como os seus antepassados quando os tomei pela mão para tira-los do Egito' (Jr 31.31,32).

Que nova aliança é essa? A aliança do Evangelho! O escritor aos Hebreus citando esse texto de Jeremias aos judeus de sua época, conclui: 'Chamando "nova"esta aliança, ele tornou antiquada a primeira; e o que se torna antiquado e envelhecido está a ponto de desaparecer' (Hb 8.13). Porém, segundo os pré-tribulacionistas esta velha aliança reaparecerá na grande tribulação, como escreveu Elienai Cabral que na grande tribulação 'o remanescente judeu' será 'constituído de israelitas fiéis ao antigo pacto' (Lição Bíblicas, 3º Trim. de 1998, de Mestre, pág.77). Porém, Paulo ensina que os que se apegam a antigo pacto são filhos da escravidão, e tais filhos 24º Problema Teológico

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são lançados fora pois jamais herdarão as promessas de Abraão (Gl 4.21-31). Pois as promessas de Abraão não são herdadas segundo a velha aliança, mas segundo a nova aliança, e somente aqueles judeus que têm fé em Cristo à possuirão (Rm 4.13-16). Essa nova aliança foi feita com a comunidade de Israel, porém o mistério é que Deus, em Cristo, inclui nessa nova aliança os gentios. Agora se o 'trato de Deus com Israel', vai reiniciar quando a Igreja terminar o seu tempo, então baseado em que aliança Deus tratará com Israel? Até mesmo o modo como se entende o 'tempo da Igreja' é confuso. Pois se tão logo a Igreja for arrebatada, inicia o antigo tempo que estava 'parado', como então durante esse tempo ainda haverá regeneração, batismo com Espírito Santo, justificação, adoção, santificação e glorificação? A fim de provar que há dois planos e dois tempos, o profº. Hilquias cita alguns textos bíblicos. Infelizmente alguns desses textos dizem respeito o primeiro advento de Cristo 'o menino nos nasceu' e o segundo advento 'o principado está sobre o seu ombro'. Que nada acrescenta sobre a sua tese da 'Era da Igreja'. Sim, a Igreja nasceu no primeiro advento e vai ser glorificada e reinar com Cristo no seu segundo advento. Porém o texto de Romanos 11, que ele cita em sua palestra, mas não consta em seu artigo, é mais significante. Porém, precisamos entender o que Paulo está falando! Será que Paulo fala de uma futura conversão nacional de Israel ou da entrada deles na nova aliança mediante o evangelho? Paulo pergunta: 'Acaso Deus rejeitou o seu povo?'. Ele mesmo responde: 'De maneira nenhuma!' (v.1). Por que Paulo? Ele diz: 'Eu mesmo sou israelita'. Se de fato houvesse um outro plano para Israel que Deus retomará na grande tirublação, Paulo diria: ' Quando terminar o tempo da Igreja, Deus se voltará novamente para Israel'. Pelo contrário ele afirma: 'Assim hoje também há um remanescente escolhido pela graça'. Anteriormente, ele tinha dito: 'Embora o número dos israelitas seja como a areia do mar, apenas o remanescente será salvo' (Rm 9.27). O pré-tribulacionista Hilquias, baseado em Rm 11.11ss, fala do tempo entre a rejeição de Israel e a plenitude de Israel. De fato, Paulo indaga: 'Pois se a rejeição deles é reconciliação do mundo, o que será a sua aceitação, senão vida dentre os mortos?' (v.15). Esse versículo, Hilquias diz que fala da segunda vinda de Cristo e da ressurreição. 236

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Mas que ressurreição? A ressurreição da Igreja ou de Israel? Ele não esclarece! Hilquias não percebe que quando Paulo fala da 'aceitação' de Israel, refere-se ao fato de Israel ser novamente enxertado na oliveira, onde estão enxertados os gentios. Paulo diz: 'e quanto a eles (a nação de Israel), se não continuarem na incredulidade, serão enxertados, pois Deus é capaz de enxerta-los outra vez' (v.23). Essa é a ‘vida dentre os mortos’, pois Israel está morto em seus delitos e pecados. Paulo não está se referindo a uma salvação nacional, mas a uma salvação em que os gentios gozam pela 'bondade' de Deus (vv.17-24). Paulo simplesmente estar levantando argumentos que incentivam que a pregação entre os judeus deve continuar com todo ímpeto '..e salvar alguns deles' (v.14). Pois se sua rejeição trouxe riquezas aos gentios, o quê acontecerá se eles forem convertidos? Então vamos evangelizar os judeus! 'a fim de que [eles] também recebam agora misericórdia' (v.31). Em momento nenhum Paulo fala de dois planos de Deus em que um envolve Israel à parte da Igreja. Em todos os versículos dos capítulos 9 a 11 de Romanos, a mensagem de Paulo é que os gentios são chamados a participar da salvação destinada a Israel. Sua rejeição não é um intervalo no propósito de Deus, mas o próprio propósito de Deus em ação para que os gentios participem. Logo não existe um tempo para os judeus e um tempo para os gentios. Paulo disse: 'Assim como vocês (gentios), que antes eram desobedientes a Deus mas agora receberam misericórdia, graças à desobediência deles, assim TAMBÉM AGORA eles (os judeus) se tornaram desobedientes, a fim de que também recebem AGORA misericórdia, graças à misericórdia de Deus para com vocês. Pois Deus colocou TODOS sob a desobediência para exercer misericórdia para com todos' (Rm 11.30-32).

Se Paulo tivesse realmente ensinando um tal de parênteses, o seu assunto não girava em torno de Israel e os Gentios, mas em torno de Israel e a Igreja. 'Israel experimentou um endurecimento em parte, até que chegue a plenitude dos gentios. E assim todo o Israel será salvo' (Rm 11.25,26). Paulo não esconde o fato que quando a quantidade de gentios destinados à graça do evangelho for atingida, os próprios judeus também serão

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convertidos. Isso pode significar que nos últimos tempos que antecede a vinda de Jesus haverá maiores conversões de judeus, o que deve incentivar a Igreja evangeliza-los! Se a plenitude dos gentios termina quando a Igreja é arrebatada, como ensina o Dr. Hilquias e que aqui termina a 'Idade da Igreja', logo uma multidão incontável de gentios não poderá se converter após o arrebatamento da Igreja conforme ensina os pré-tribulacionistas. Por outro lado, se Israel será salvo no final da grande tribulação, então a plenitude dos gentios deverá durar até o final da grande tribulação. O que forçadamente, coloca o arrebatamento da Igreja no final da grande tribulação. O término da inclusão dos gentios na oliveira e a salvação de Israel acontecem no mesmo ato, quando vir 'de Sião o redentor' (v.26). Então na teologia paulina não existe esse parêntese de que fala Hilquias. Jesus Cristo disse: 'Tenho outras ovelhas que não são deste aprisco. É necessário que eu as conduza também. Elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor' (Jo 10.16). Quando Paulo escreveu: 'E esta é a minha aliança com eles' (Rm 11.26), fazia referência a nova aliança e não a velha aliança (Hb 10.14-18). Entrementes, que salvação é essa em que 'todo o Israel será salvo' se não inclui a ressurreição e a glorificação de Israel? Que salvação é essa em que os judeus ainda estarão sujeitos a morte e tentação? Que salvação é essa em que os judeus ainda vão oferecer sacrifícios no templo? Se 'todo o Israel será salvo' é a salvação nacional de Israel, então o que acontecerá, no advento de Cristo, com aqueles judeus que morrerão durante os últimos três anos e meio de grande tribulação por terem rejeitado adorar o Anticristo? O que acontecerá com os milhares de judeus que morreram desde 1948, principalmente os que foram dizimados no Holocausto nazista, pois eles pertencem a raça eleita de Abraão, o 'povo escolhido' de Deus? Se todo o Israel será salvo então todos esses judeus deverão ressuscitar para herdarem as promessas de Deus à Abraão. Mas eles ressuscitarão com que corpo? Natural ou espiritual? Isso nos leva a indagação pertinente: que Israel é esse que será salvo? Paulo cita o texto de Isaías 59.20: 'O Redentor virá a Sião, aos que em Jacó se arrependem dos seus pecados'. Não se trata da totalidade da nação terrena de Israel, mas daqueles que estão sendo enxertados na 238

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oliveira mediante o arrependimento e a fé no evangelho. Esse Israel inclui todos os santos do Antigo Testamento e todos os judeus que estão se convertendo hoje desde à época dos apóstolos! Então vamos urgentemente evangelizar os judeus, pois está escrito que 'nos últimos dias...os israelitas...virão tremendo atrás do Senhor e das suas bênçãos' (Os 3.5). Acreditar como Hilquias em 'um tempo parentético' é crê que Deus retrocederá ao velho sistema judaico. Acreditar que isso tem que ser assim para que 'Israel goze a plenitude das promessas divinas' como diz Hilquias, temos que crê também que os patriarcas e os santos do Antigo Testamento, deverão ser incluídos nesse Israel terreno, pois a promessa foi feita a eles, e pior a Igreja está fora dessa plenitude das promessas divinas. Fica deficiente a compreensão da nova aliança e do plano de Deus caso se tenha em mente o entendimento de um tempo parentético entre Israel e a Igreja. É como se a nova aliança instituída por Jesus Cristo nada tem haver com Israel. E que o objetivo de Cristo de unir dois povos em um só povo tenha fracassado, pois afinal de contas Israel será salvo em uma plano diferenciado do plano da Igreja constituído assim em um povo separado. É como se o mistério revelado aos apóstolos sobre a inclusão dos gentios não fizesse diferença alguma. O pré-tribulacionista Hilquias acusa o pós-tribulacionismo de não fazer uma distinção entre Israel e a Igreja. Na verdade existe essa distinção, assim como há uma distinção entre o Brasil e a Igreja. Porém, quanto ao plano de Deus para salvar os povos não há distinção. Paulo escreveu: 'Não há distinção entre judeus e gentios' (Rm 10.12). Pedro também afirmou: 'Deus não faz distinção ALGUMA entre nós (os judeus) e eles (os gentios)' (At 15.9). Paulo explica isso detalhadamente em Efésios 2.14-22, onde está escrito que o 'objetivo de [Cristo] era criar em si mesmo, dos dois (Israel e Gentios), um novo homem (a Igreja)'. E afirma que isso faz parte do propósito eterno de Deus que inclui os gentios na comunidade de Israel (Ef 3.1-11). Mas se há uma distinção na salvação, então a barreira de separação não foi destruída (Ef 2.14,15), então os gentios não são filhos de Abraão, nem herdeiros segundo a promessa e nem tampouco recebem a bênção de Abraão (Gl 3.7-9,14,29). Sim! Há uma distinção não só entre a Igreja e a nação de Israel 24º Problema Teológico

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como há também uma distinção entre a Igreja e as nações dos gentios (1 Co 10.32), mas tratando do Israel que será salvo e dos gentios que serão salvos, não há nenhuma distinção. Como escreveu Paulo: 'Nessa nova vida já não há diferença entre gentio e judeu' (Cl 3.11). Na época dos apóstolos, os judaizantes queriam manter essa distinção, mas os apóstolos não cederam a eles, pelo contrário, afirmaram: 'Não há judeu nem grego...pois todos SÃO UM em Cristo Jesus. E, se vocês são de Cristo, são DESCENDÊNCIA de Abraão e HERDEIROS segundo a promessa' (Gl 3.28,29).

O Israel apostata e os gentios impenitentes poderão até sofrer os juízos apocalípticos durante a grande tribulação, mas a Igreja, composta de judeus e gentios salvos, serão protegidos por Deus, muito embora são perseguidos por esse sistema anticristão. Mas é exatamente por isso que Deus derramará suas pragas! Em vindicação a esses santos (Ap 6.9-11; 13.9,10; 16.4-7; 19.2). A Lei enaltecia Israel acima das nações, mas a graça ensina que 'tanto judeus quanto gentios estão debaixo do pecado' (Rm 3.9). A salvação de Israel não está em Deus retomar um tal de um 'relógio parado' , mas no evangelho 'que é poder de Deus para salvação de todo aquele que crê: primeiro do judeu, depois do grego' (Rm 1.16). Não mais mediante ao velho trato, mas mediante o novo trato que Israel herdará as promessas de Abraão (Rm 4.13-16; Gl 2.15,16). O antigo 'relógio parado' de Israel já foi a muito tempo esmagado por Jesus Cristo na cruz do Calvário! (Ef 2.15; Cl 2.14). O tempo que lhes resta é esse em que vivemos. Senão, em breve o Messias voltará e concederá a vida eterna para 'aos que, com perseverança em fazer bem procuram glória, e honra e incorrupção...primeiramente do judeu e também ao grego...mas a indignação e ira aos que são... desobedientes a verdade...primeiramente ao judeu e também ao grego... Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas (Rm 2.5-11).

Deus não dará novas cordas ao velho relógio, pois 'o que se torna antiquado e envelhecido está a ponto de desaparecer' (Hb 8.13), este era fraco e inútil (Hb 7.18), Deus está tratando com Israel com um novo relógio em um novo tempo. Este é indestrutível, superior e não parará jamais! (Hb 7.15,22). 240

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Este pensamento nacionalista e judaizante dos pré-tribulacionistas leva-os a crê que aquelas sangrentas guerras tribais, carnificinas e horripilantes de Israel no Velho Testamento serão restauradas também. O pastor pré-tribulacionista Glauco Filho, em um de seus fervorosos sermões, disse: 'na grande tribulação Israel vai guerrear militarmente contra as nações, e Deus vai ser a favor dessas guerras'. Quer dizer, não somente as cerimônias do antigo Israel serão instituídas com aprovação divina como também aquelas sangrentas e nacionalistas guerras voltarão acontecer sob orientação divina. Meu Deus a onde vamos para com esse retrocesso!!! (1 Cr 28.3). E a onde fica o evangelho do Reino dos céus que ensinou aos judeus a não-resistência e o amor aos seus inimigos (Mt 5.38-48)? Os pré-tribulacionistas vão ainda mais longe, eles chegam a ponto de dizer que antes do Milênio, Deus estabelecerá um julgamento das nações baseado no tratamento dado aos judeus! Aquelas nações que acolheram Israel no período da grande tribulação entrarão no Milênio, e aquelas nações que guerrearam contra Israel não participarão do Milênio. E, o pior, é que eles lançam mão de Mateus 25.31-46 para apoiar tal absurdo teológico. As ovelhas, os benditos e os justos descritos ali, são agora transformados em nações apoiadoras de Israel! Os bodes, os malditos e os condenados ao fogo eterno são as nações que não apoiaram Israel na grande tribulação! E a vida eterna é transformada em Milênio! (veja isso no livro Escatologia Bíblica da EETAD, págs. 82,83 e 132, 2ª Ed. 97). Esse é o resultado triste e infeliz de uma escatologia montada em textos isolados, mal interpretados e espremidos. Na verdade os pré-tribulacionistas confundem e substituem o Dia do Juízo, que será estabelecido na vinda de Jesus, por um tipo de julgamento das nações extra e racial que feri a estrutura básica desse texto de Mateus (Mt 12.36; 13.47-50,43; 1 Jo 4.17; Jd 14,15 confira c/ Mt 25.31,32,46). Só para temos uma idéia da gravidade dessa interpretação, veja o que o Dr. Antonio Gilberto escreveu: 'Os povos tipos “bodes” serão lançados vivos no Inferno [lago de fogo], como ocorreu... à Besta... Os povos tipo “ovelhas” ingressarão no Milênio de Cristo sobre a Terra' (Escatologia Bíblica - EETAD, pág. 83). 24º Problema Teológico

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Ao substituir o Dia do Juízo por esse julgamento das nações obriga os pré-tribulacionistas a acreditar que muitas nações serão lançadas no lago de fogo antes do Milênio. Porém isto está em contradição com a Bíblia. Pois quando Satanás é solto da sua prisão, no final do Milênio, 'foi lançado no lago de fogo... onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta' (Apocalipse 20.7-10 ARA). Cadê as 'nações bodes' que o Dr. Antonio Gilberto disse que foram lançados vivos no lago de fogo antes do Milênio? De fato, quando Jesus Cristo voltar, no ‘terrível dia do Senhor’, 'ele ferirá as nações' com a espada que sai da sua boca (Apo 19.11,15,21; Jl 2.31; 3.12-15; Sf 3.8), a mortalidade será tão terrível que o profeta Jeremias disse: 'Naquele dia, os mortos pelo Senhor estarão em todo lugar, de um lado ao outro da terra' (Jr 25.33).

Porém, 'os sobreviventes de todas as nações' (Zc 14.16), 'Ele as governará [junto com a Igreja] com cetro de ferro' (Ap 2.26,27; 12.5; 19.15). Os únicos que serão lançados vivos no lago de fogo nesta ocasião, isto é, antes do Milênio, são a besta e o falso profeta, como está escrito: 'os dois foram lançados vivos no lago de fogo' (Ap 19.20,21). Por isso que o texto de Mt 25.31-46 descreve com muita precisão o Juízo do grande trono branco de Ap 20.11-15 (veja também Jo 12.48; At 17.31; Rm 2.2-16; 14.9-12; 2 Co 5.10; 2 Pe 3.7). Quando Mateus escreveu: 'E estes irão para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna' (25.46), confere com Apocalipse 20.15: 'Aqueles cujos nomes não foram encontrados no livro da vida foram lançados no lago de fogo'. Reconheço em verdade que as Escrituras falam de uma guerra futura que envolverá Jerusalém, este acontecimento ficou conhecido como 'Guerra do Armagedom'. Porém, não se trata de uma guerra militar, nacionalista e territorial com armamento bélico. Pra começar, Jerusalém não se trata da nação carnal de Israel, mas do Israel espiritual e restaurado, o povo do Messias. A guerra será contra o Cordeiro, no grande dia do Deus todo-poderoso. Essa guerra iniciou-se na cruz e terminará na gloriosa vinda de Jesus Cristo. O Salmo 2, diz: 242

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'Por que se amotinam as nações e os povos tramam em vão? Os reis da terra tomam posição e os governantes conspiram unidos contra o Senhor e contra o seu ungido' (vv.1,2).

Os apóstolos judeus, que eram vítimas das perseguições dos judeus descrentes, aplicaram este texto à crucificação de Jesus, ao relatarem: 'De fato, Herodes e Pôncio Pilatos reuniram-se com os gentios e com o povo de Israel nesta cidade, para conspirar contra o teu santo servo Jesus, a quem ungiste' (Atos 4.25-27 note que a nação incrédula de Israel faz parte das nações que se levantam contra Cristo ver 1 Ts 2.14-16).

Isso, também nos faz lembra de Gênesis 3.15: 'Porei inimizade entre a sua descendência e o descendente dela; este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar'.

Essa guerra trata-se de uma guerra espiritual entre Satanás e Cristo, o descendente da Mulher. Uma guerra entre a descendência da Serpente que são as nações ímpias e a descendência da Mulher - os crentes fiéis (Apo 12.4,5,7). Lá na cruz Cristo deu o primeiro golpe em Satanás (Cl 2.15). Doravante a guerra se tornou renhida! Nesta guerra Satanás usa as nações apartadas de Deus para fazer guerra contras os cristãos através das perseguições e martírios, já que não pode mais perseguir o Filho de Deus (Ap 12.4-5,17). A parte mais ferrenha desta guerra será quando Cristo lançar Satanás à terra, então ele se voltará furiosamente contra os santos de Cristo (Apocalipse 12.7-18). A Escritura diz que: 'Aqueles que são sábios instruirão a muitos, mas por certo período cairão à espada e serão queimados, capturados e saqueados' (Daniel 11.33 comp/ Hebreus 10.32-34).

Quando as almas daqueles que haviam sido mortos por causa da palavra de Deus e do testemunho que deram clamavam em alta voz: 'Até quando, ó Soberano, santo e verdadeiro, esperarás para julgar os habitantes da terra e vingar o nosso sangue?', lhes 'foi dito que esperassem um pouco mais, até que se completassem o número dos seus conservos e irmãos, que deverão ser mortos como eles' (Ap 6.9-11). 24º Problema Teológico

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A História ainda vai testemunhar a morte de muitos crentes a mando de Satanás! É lamentável o que o renomado teólogo Antonio Gilberto diz acerca desses santos mártires: 'Aqui são crentes deixados no arrebatamento da Igreja por estarem separados de Cristo, e também aqueles que creram após o arrebatamento, e foram martirizados: suas almas se acham agora na presença de Deus, sob o seu altar' (Daniel e Apocalipse, pág.126 o grifo é meu).

O Dr. Antonio Gilberto não só chama esses mártires fiéis de crentes desviados, como também ignora totalmente os mártires da Igreja: aqueles que foram martirizados na época de João pelo império romano e pelos judeus apóstatas, aqueles que foram martirizados pelos papas e pela Inquisição, aqueles que foram assassinados pelos católicos, 'protestantes', nazistas, comunistas e mulçumanos, etc.. Esses mártires que clamam por vingança não são crentes abandonados e nem separados de Cristo, mas crentes fiéis a Jesus Cristo (Ap 12.11), e aqueles que serão mortos na grande tribulação para completar o número deles, farão parte também da Igreja, pois os chama de 'seus conservos e irmãos, que deverão ser mortos como eles'. Ora, se são irmãos é porque pertencem a mesma Igreja, e se são conservos é porque servem juntos a Cristo! Jamais, e em hipótese alguma, Jesus Cristo, a Testemunha Fiel, os abandonará e os deixará fora do arrebatamento da Igreja (2 Tm 2.11-13; 1 Pe 4.12-19; Mt 5.1012; At 14.22; 2 Ts 1.4-10; Ap 20.4). Assim, as nações do mundo ímpio estão reunidas contra Cristo e o Seu povo. Quando Cristo se manifestar, na decisiva batalha do grande dia do Deus todo-poderoso, em meio a chamas flamejantes, tomará vingança contra essas nações ímpias e dará vitória ao seu povo (2 Ts 1.4-10; Ap 17.14; 19.11-21). Essa é a guerra do Armagedom! Infelizmente para alguns teólogos o Armagedom trata-se de uma guerra racial, territorial, tribal, mesquinha em que Deus irá se intrometer nas questões do Oriente Médio e tomar partido pelos israelenses, dando a eles pequenas faixas de terras habitadas por outros. Será que isso resolverá os problemas da humanidade? Será que a guerra espiritual entre Cristo e Satanás vai terminar em questões territoriais? Será que a soberania de Deus vai ser vindicado em questões políticas e nacionais dos homens? E onde fica a destruição dos ímpios 244

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por seus pecados contra Deus (Is 2.12; Sl 75.8)? Onde fica a justa punição de Deus contra o mundo por ter perseguido e massacrado os justos (Tg 5.6; Ap 6.10,15,16)? Será que Jesus Cristo vai descer do céu para resolver pigarras entre palestinos e israelenses? O Messias prometido não vem em socorro de um Israel nacionalista da velha aliança, mas do Israel restaurado da nova aliança, aqueles judeus que creram Nele, e de seus companheiros gentios crentes (Mq 5.7-15; Hb 4.1-3; 8.7-13; Rm 9.27; 11.26,27). Esses dois grupos são os verdadeiros descendentes de Abraão. Como bem escreveu o apologista Esequias Soares: 'Deus dá, ainda hoje, a oportunidade para qualquer pessoa, independentemente de sua nação ou origem, de tornar-se descendente de Abraão, mediante a fé em Jesus Cristo (Rm 4.11; Gl 3.7)' Lições Bíblicas, de Mestre, 2º trimestre de 2006, pág. 13.

Enquanto que a nação terrena de Israel perdeu o privilégio de serem os filhos de Abraão (Mt 3.9-10; Jo 1.11-13; 8.33-47; Rm 2.28,29; Gl 3.7,26-29; Fl 3.2-9). E isso é irreversível! '... somente em Cristo [o véu] é removido' (2 Co 3.13-16). Naquele dia os santos do Cordeiro serão ‘uma pedra pesada para todas as nações... uma tocha incandescente entre gravetos’‘esmagarão os ímpios que serão como pó sob as solas dos seus pés’ (Zc 12.6; Ml 4.3). Muitas nações serão destruídas, o Reino será entregue ao povo do Altíssimo, e reinarão e subjugarão os sobreviventes dessas nações no Milênio (Dn 7.25-27; Ap 2.25-27; 5.9,10). Você pode notar, querido leitor, que essas interpretações tem um avanço, e não um retrocesso! Assim, não há uma quebra, um intervalo ou uma descontinuidade no fiel povo de Deus da velha aliança quando chega na nova aliança, no milênio e na vida eterna. Resta-nos fazer a pergunta: o que é o Milênio? As profecias veterotestamentárias mostram que as nações deverão está debaixo do reino de Israel, “Gente de fora vai pastorear os rebanhos de vocês; estrangeiros trabalharão em seus campos e vinhas. Mas vocês serão chamados sacerdotes do Senhor, ministros do nosso Deus. Vocês se alimentarão das riquezas das nações” (Isaías 61.5,6; veja também Miquéias 5.7-9). 24º Problema Teológico

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Esse Israel descrito em todas as promessas messiânicas do Reino inclui os gentios crentes (Ap 2.26,27; 5.9,10; Efésios 3.6 veja Salmo 87). E, assim mesclados na nova aliança formam um único povo: a Igreja (Ef 2.11-22). Assim, como escreveu Paulo: 'os gentios participaram das bênçãos espirituais dos judeus' (Rm 15.27). João faz uma alusão do texto de Isaías 61.5,6 à Igreja, quando escreveu: 'serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele durante mil anos' (Ap 20.4,5). Essas profecias do Reino de Israel se cumprirão quando o Messias juntamente com o Seu povo salvo, dominarem e julgarem as nações do mundo nesta velha terra no Milênio (Sl 47). Essas nações deverão se submeter ao Governo do Messias e lhe servir como “trabalhadores forçados” por assim dizer, tais como prisioneiros de guerra se submetem aos seus vencedores (Jz 1.28-30; 2 Sm 12.29-31; Is 60.10-12,14; Sl 2.8-12). Elas verão a glória do Messias (Ez 39.21), e se prostrarão e adorarão diante dEle (Is 45.23-25 c/ Rm 14.9,11 e Fl 2.911; Ap 5.13; 15.3-4). O governo de Salomão tipificava o governo de Jesus Cristo (Salmos 72). As Escrituras diz que Salomão 'governava todos os reinos a oeste do Eufrantes, desde Tifsa até Gaza, e tinha paz em todas as fronteiras. Durante a vida de Salomão, Judá e Israel viveram em segurança' (1 Reis 4.24,25). Deus tinha colocado todos 'os seus inimigos debaixo dos seus pés, não tendo que 'enfrentar nem inimigos nem calamidades' (1 Reis 5.3,4). Durante o seu reinado Salomão empenhou-se a construções 'em todo o território que governou' (1 Reis 9.15-19). Diz que: 'Salomão recrutou para o trabalho forçado todos não israelitas, descendentes [sobreviventes] dos amorreus, dos hititas, dos ferezeus, dos heveus e dos jebuseus, que não tinham sido mortos pelos israelitas, e nesse trabalho continuam. Mas Salomão não obrigou nenhum israelita a trabalhos forçados; eles eram seus homens de guerra, seus capitães, os comandantes dos seus carros de guerra e os condutores de carros. Também eram israelitas os principais oficiais encarregados das construções de Salomão' (1 Reis 9.20-23).

Assim acontecerá no reinado de Cristo! (Is 61.4-6 c/ Ap 20.6,8,9). O Reino dos céus estabelecerá uma base nesta velha Terra, 'o acampamento dos santos', que provisoriamente será o consulado do 246

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Governo do Messias (note que 'acampamento' não é um lugar permanente). O local mais indicado para isso será a cidade amada, a velha Jerusalém, simbolicamente a cidade do grande Rei, até que venha a Jerusalém Celestial (Ap 20.9; Ez 37.28; Mt 5.35; Is 52.1,2; 54.11-14; 60.1-5,13; 62.1-12; Ap 3.12; 21.10,11). Como essas nações permanecerão de pé diante da glória do Messias e de seus santos glorificados? Tal experiência foi vivida por Pedro, Tiago e João. No corpo físico, eles contemplaram o Cristo transfigurado em sua glória, e com ele estavam dois humanos glorificados, Moisés e Elias (Lc 9.28-36). Isso foi um relance da glória do Messias no Seu futuro reino milenar (2 Pe 1.16-18). O Messias estará em seu trono na glória celestial e os santos, tais sacerdotes de Cristo, servirão de intermediário entre essas nações e Cristo. Assim eles terão livre acesso tanto ao céu como a terra! Acerca desse reino teocrático, Paulo escreveu que “é necessário” que Jesus Cristo “reine até que todos os seus inimigos sejam postos debaixo de seus pés”, e que ele destruirá todo “domínio, autoridade e poder” até que tudo lhe seja sujeito, para isso ele e o Seu povo “governará as nações com cetro de ferro” (1 Co 15.24-28; Hb 2.7,9; 10.12,13; Sl 2.8,9; Ap 2.26-29; 19.15,16). Mas, uma vez, que o Seu Reino será pacífico, justo e seguro, estas nações serão beneficiadas com o Governo do Messias (Is 2.1-5; 9.6,7; 11.1-10). Iniciará uma campanha de limpeza, transformação, purificação e libertação da natureza durante o Milênio; a Terra passará pelo processo de Regeneração para habitação definitiva do povo de Deus, conforme promete a Palavra de Deus (Is 35.1-3,7-10; 58.11,12; 61.3,4; Ez 39.1216; Mt 19.28; Rm 8.19-21; Hb 1.10-12; 2 Pe 3.13; Ap 21.1-5; Sl 37.3,11; Pv 2.21). Por isso que um dos trabalhos dessas 'nações escravas' será de 'ajudar' os santos na restauração da Terra ao seu estado original; isso se constituirá as riquezas, glória e honra das nações (Is 60.10-12,14-22; Ag 2.6-9 c/ Hb 12.26-28; Ap 21.26). O Milênio é chamado de ‘o tempo de restauração ou regeneração de todas as coisas’ (Mt 19.28; At 3.21). Mas, infelizmente, no final dos mil anos essas nações se revoltarão, seduzidas por Satanás, contra o Governo justo do Messias, e como “a um vaso de barro” serão quebradas e despedaçadas (Ap 20.7-9; Sl 2.4-12; Ez 38 e 39). Assim, se dará porque na eternidade 'carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus, nem o que é perecível herdar o imperecível’ (I Co 15.50). Somente sobre aqueles, 24º Problema Teológico

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os vencedores com Cristo e participantes da primeira ressurreição, não pesa a pena da segunda morte (Ap 2.11; 20.6; 21.7,8; Lc 20.35,36). Como também está dito acerca dessas nações: 'Ainda que se tenha compaixão do ímpio, ele não aprenderá a justiça; na terra da retidão ele age perversamente, e não vê a majestade do Senhor. Erguida está a tua mão, Senhor, mas eles não a vêem! Que vejam o teu zelo para com o teu povo e se envergonhe; que o fogo reservado para os teus adversários os consuma' (Isaías 26.10,11).

Se assim não for, fica confuso o estado dessas nações depois do Milênio, uma vez que elas não experimentaram o novo nascimento nem a glorificação, como herdarão a vida eterna em corpos materiais? Com seus desejos humanos, como sexo, fome e sede?! Então serão destruídas no final do Milênio. Mas isso não tornaria Deus um carrasco impiedoso? Não, uma vez que elas se rebelaram contra a autoridade de Cristo, e além do mais pode-se dizer acerca delas: 'Os ímpios não são expurgados. São chamados prata rejeitada porque o Senhor os rejeitou’ (Jr 6.29,30).

O Milênio não será um tempo de salvação, mas de julgamento. Não o tempo da formação de uma nova raça humana, pois esse tempo é agora (2 Co 5.17). Será um tempo da restauração da natureza: animais, vegetais e rios e não dos homens (Rm 8.19-21). A graça já terá sido encerrada suas portas. O valor do sangue do Cordeiro já aplicado. O casamento do Cordeiro já terá sido realizado. Os santos já terão sido julgados e justificados. A salvação já concluída! As nações do Milênio terão mudanças apenas comportamentais e não de natureza. Quando o seu governante, Satanás, for ‘solto por um pouco de tempo’, todas elas rapidamente se bandearão por lado dele e com isso demonstrarão insubmissão ao Messias e serão totalmente destruídas (Is 60.12). Por isso que o Milênio é também conhecido como Dia do Juízo porque neste período estará se realizando o julgamento dos santos, dos anjos, dos vivos e mortos (Isaías 11.3-5). Isto é bem visto nas palavras de Paulo: '...Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos por sua manifestação e por seu Reino...' (2 Tm 4.1). Em Ap 11.18, ao ser tocado a sétima trombeta, o anjo anuncia: 'chegou o tempo de julgares os mortos'. Em Jd 14 diz: ‘O Senhor... vem para julgar a todos e convencer todos’. E, também no inicio do Milênio é dito: 'Vi tronos, em que se assentaram aqueles a 248

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Pedro falando sobre o Dia do Juízo, disse: 'para o Senhor um dia é como mil anos e mil anos como um dia' (2 Pedro 3.7,8 c/ Salmo 90.4). Também Mateus e Lucas deixam transparecerem em seus escritos quando comparados, que o dia do Juízo será no Reino de Deus. Por exemplo Mateus escreveu: '...no dia do juízo haverá menos rigor para Sodoma do que para você (Carfanaum)' (Mateus 11.20-24), já Lucas se referindo ao mesmo episódio escreveu: 'Fiquem certo disso: o Reino de Deus está próximo. Eu lhes digo: Naquele dia haverá mais tolerância para Sodoma do que para aquela cidade' (Lucas 10.11-15). Os santos, porém, serão julgados primeiro diante do Tribunal de Cristo, onde lhes serão dado galardões em relação a serviços teocráticos e funções administrativas realizados durante o Milênio (1 Pe 4.17,18; Rm 14.10-12; 1 Co 3.11-15; 4.5; 2 Co 5.10; Hb 10.30,31). Como por exemplo, lemos sobre a prestação de contas em Lc 19.17-19: ‘Muito bem, meu bom servo! Por ter sido confiável no pouco, governe sobre dez cidades. O segundo veio e disse: Senhor, a tua mina rendeu cinco vezes mais. O seu senhor respondeu: ‘Também você, encarregue-se de cinco cidades’.

Porém, alguns cristãos não desempenharão nenhuma função administrativas. Encontramos isso em 1 Co 3.14: ‘Se o que alguém construiu permanecer, esse receberá galardão. Se o que alguém construiu se queimar, esse sofrerá prejuízo (perda de galardão); contudo, será salvo como alguém que escapa através do fogo’. Os santos também receberão como galardão autoridade para julgar (Mt 20.21-23; Ap 20.4a). Neste dia estaremos confiantes em Deus! (1 Jo 4.17), depois haverá as Bodas do Cordeiro, a festa de Inauguração do Reino de Cristo. Aí então, os santos juntamente com Cristo julgarão os mortos descrentes, os vivos do Milênio e os anjos caídos (Mt 19.28; Lc 22.18,30; 1 Co 6.23; Ap 20.11,12). No final, os mortos ressuscitam, e são lançados no lago de fogo juntamente com a morte, o hades e Satanás (Ap 20.13-15). À nova Jerusalém desce à nova terra, e inicia a vida eterna. Como podemos saber com certeza que ao terminar o milênio encerrará o Juízo? Pedro e Judas escreveram que os anjos que pecaram estão reservados em trevas no tártaro, um tipo de abismo tenebroso, para o juízo do 'grande Dia'. Paulo informa que os santos julgarão os anjos, com certeza os anjos caídos (2 Pe 2.4; Jd 6; 1 Co 6.3). 24º Problema Teológico

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O livro de Apocalipse, contudo, mostra que quando termina o milênio, Satanás não passa por um julgado, mas é imediatamente lançado no lago de fogo (Ap 20.10). Dando a entender que o seu julgamento, e logicamente dos anjos caídos, se deu durante o Milênio, e além do mais, nessa ocasião os anjos caídos juntamente com Satanás estarão presos no abismo (Ap 20.1-3). Judas escreveu: 'aos anjos que não conservaram suas posições..., [Deus] os tem guardado em trevas, presos com correntes eternas para o juízo do grande Dia' (Jd 6 - realmente é um grande Dia: mil anos). Como detentos em cadeias que esperam o ditame de seu julgamento. Igualmente as nações vivas no milênio são devoradas pelo fogo no final do Milênio, sem precisar ser julgadas, porque já foram julgadas no milênio, (Ap 20.9 c/ Is 66.24). E, em Apocalipse 20.11-12, os mortos são julgados, o que se deu durante o juízo milenial, mas só depois, no versículo 13, os mortos ressuscitam para serem lançados no lago de fogo, isso no final do milênio conforme o versículo 5: ‘o restante dos mortos não voltou a viver até se completarem os mil anos’. Em Mateus 25.31-46, que descreve o Dia do Juízo, revela que primeiramente há o processo da separação dos justos dos injustos, isso será feito através dos registros dos livros, nos mil anos do reino de Cristo, e depois vem o veredicto e a sentença: 'Malditos, apartem-se de mim para o fogo, preparado para o Diabo e os seus anjos... estes irão para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna' (vv.41,46).

Deus e Cristo é Onipresente, e de sua presença foge a terra e o céu, e nada, em toda a criação está oculto aos olhos de Deus (Ap 20.11; Hb 4.13), por isso não terá necessidade nenhuma de todas as nações e demônios estarem literalmente em pé diante do trono deles, assim como não houve necessidade do rei Belsazar está literalmente lá no céu, para ser pesada na balança de Deus e achado em falta (Dn 5.27). Se não nesse caso teríamos de acreditar em um arrebatamento universal dos seres humanos! Os registros das obras de cada um estão diante de Deus como que escritos em livros, assim como os livros dos processos dos réus estão diante dos juízos humanos. Os vivos e mortos estão em pé diante de Deus! (Salmo 139.1-12), serão julgados neste estado durante o Milênio. Isso é visto pela 250

24º Problema Teológico


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expressão: ‘para julgar os vivos e os mortos’ (1 Pe 4.5). Quem são esses vivos? A não ser as nações vivas do Milênio! Jesus foi constituído por Deus ‘juiz de vivos e de mortos’ (At 10.42). E depois no final do Milênio recebem a sentença ou o veredicto. Diz João: 'Os mortos foram julgados de acordo com o que tinham feito, segundo o que estava registrado nos livros... aqueles cujos nomes não foram encontrados no livro da vida foram lançados no lago de fogo' (Apocalipse 20.12,15).

Como os mortos saberão que estão sendo julgados? Quando o anjo, em Apocalipse 11.18, ao soar a sétima trombeta, anuncia que 'chegou o tempo de julgares os mortos', esse anuncio atinge o reino da morte. Se cremos que os mortos estão consciências na morte, baseado na história do rico e de Lázaro, então, não há nenhum problema em crê que os mortos saberão que estão sendo julgados (Lc 16.23-31). Pedro, em sua primeira epístola no capítulo 4, e versículo 5, diz que os ímpios 'terão que prestar contas àquele que está pronto para julgar os vivos e os mortos', no versículo 6, ele responde a questão da possibilidade dos mortos serem julgados nesse estado, ao escrever: 'por isso mesmo o evangelho foi pregado também a mortos, para que eles, mesmo julgados no corpo segundo os homens, vivam pelo Espírito segundo Deus'. Quer dizer, ainda que não crêssemos na consciência pós-tumulo, mesmo assim, aos olhos de Deus todos os mortos estão vivos (Lc 20.38), por isso que Cristo é 'Senhor de vivos e de mortos' (Rm 14.9). E, assim como Deus avisou “as almas dos justos” quando seria o julgamento do mundo, assim também Deus anunciará “as almas dos ímpios” que chegou o tempo do julgamento (Ap 6.9-11). Assim como os justos já ressuscitam justificados para a vida eterna, os injustos ressuscitarão já julgados e condenados à morte eterna (Dn 12.2; Jo 5.28,29). Mas, Deus que é justo e íntegro, jamais lançará alguém no lago de fogo, sem que antes passe em inspeção 'as obras de cada um' diante de seus santos e de seus anjos (Ec 12.14; Mt 10.26,32,33; 12.36,37; Ap 3.5; 20.13). Isso vindicará para todo sempre a justiça e retidão de Deus, e ninguém em todo o universo se levantará para acusar Deus de arbitrariedade e abuso de autoridade. Mas, será que os homens não terão direitos a réplica, ou algum tipo de advogado de defesa? 24º Problema Teológico

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‘De maneira nenhuma! Seja Deus verdadeiro, e todo homem mentiroso. Como está escrito: para que sejas justificado nas tuas palavras e prevaleças...toda boca se cale e todo o mundo esteja sob o juízo de Deus', diz Paulo (Rm 3.4,19 comp/ Sl 51.4).

Assim, todos se curvarão diante do Filho de Deus, os que estão no céu (isto é, os seres angelicais e os remidos glorificados), os que estão na terra (isto é, as nações vivas no milênio), e os que estão debaixo da terra (isto é, todos os mortos e os demônios no abismo) - Fl 2.9-11; Rm 14.10,11; Is 45.23-25. 'pois é necessário que ele reine (milênio) até que todos os seus inimigos sejam postos debaixo de seus pés (julgamento). O último inimigo a ser destruído é a morte' (no final do Milênio); 'depois de ter destruído todo domínio, autoridade e poder (no final do Milênio), então virá o fim e [Jesus] entregará o Reino a Deus, o Pai, a fim de que Deus seja tudo em todos' (1 Co 15.25-28).

Para concluir esse extenso capítulo, tenho que salientar que 'Tribunal de Cristo', Tribunal de Deus', 'Tribunal do Trono Branco', 'Juízo Final', todos esses títulos se refere ao mesmo Dia do Juízo ou Juízo Eterno, que começará com a ressurreição dos santos e terminará na ressurreição dos profanos. Ou melhor, o julgamento de todos terá inicio quando o Filho do Homem se sentar no seu trono na glória celestial (Mateus 19.28-30; 25.31,32; Daniel 7.13,14), pois, por enquanto, ele está no seu trono da graça (Hebreus 4.16; 10.13). Neste capítulo foi mostrado o real propósito do Milênio. Porque para alguns o Milênio é uma dispensação judaica e para outros o Milênio não existe. Porém, foi visto que o Milênio será um tempo essencial no cumprimento dos propósitos de Deus, tanto no que diz respeito a levar Cristo a dominar e destruir todos os seus inimigos como julgar toda a humanidade: salvos e perdidos, vivos e mortos e conduzir a Terra para sua perfeição na eternidade. Não se trata da restauração dos sacríficios levíticos, do sacerdócio arônico, das festas judaicas, da monarquia hebraica, pois ‘todas essas ordenanças exteriores foram impostas até o tempo da nova ordem’ (Hb 9.10). Na próxima página reproduzirei um gráfico que dá uma visão panorâmica do Milênio e seu propósito. Porém, nada disso tira de Israel o seu direito as promessas feitas a Abraão e a Davi. Veremos isso no próximo capítulo. 252

24º Problema Teológico


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24º Problema Teológico

2 Os santos são levados à glória diante do trono de Deus São julgados e recompensados com galardões: serviços teocráticos, funções administrativas funções sacerdotais e autoridade para julgar

Fim ou Consumação dos Séculos: Vence a Besta Prende Satanás Feri as nações muitos mortos pelo Senhor alguns sobrevivem estado caótico da terra

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Nova Humanidade - os filhos de Deus (Ap 21.3-7), animais, vegetais e rios livres de corrupção (Rm 8.19-21)

VIDA ETERNA

(Ap 21.2, 9-22.5; Is 54.11-13)

O Milênio é o Governo de Cristo e do Seu Povo Sobre todas as nações do Mundo O Milênio é o tempo de restauração ou regeneração de todas as coisas va Terra (Is 65.17-19; 2 Pe 3.13 u s e No ; Ap 2 é C o 1. 1) Nov Nova Jerusalém - Cidade Celestial

1ª Ressurreição (dos crentes mortos) transformação, glorificação e arrebatamento da Igreja

“ O En Re tão Et in v e tu o a irá d o De o fim rni em u da to s... A , qu d do a s” fim ndo e ( 1 de Jes Co q u 15 ue s en . D t 2 3- eus rega 28 s r ) eja

2ª Ressurreição O Fim: Satanás será solta da sua prisão (dos descrentes mortos) todos os descrentes para provação final da são condenados ao humanidade fogo eterno Tentará retomar o governo a morte e o hades As nações seduzidas por ele, se revoltarão contra os santos e são destruídos tentará se apossar de Jerusalém, a velha terra e o velho céu renovados e porém serão totalmente purgados de toda destruídas maldade com o fogo que desce do céu porque demonstraram não querer servir a Cristo no seu Reino Satanás e seus demônios são lançado no lago de fogo

- Jesus sentar-se-á no seu grande trono branco na glória celestial para julgar todos os justos e injustos (Mt 25.31-46; Ap 20.11-15) 5 3 4

Tribunal de Cristo ou Tribunal de Deus (2 Co 5.10; Rm 14.9-12)

- terá uma duração de mil anos (Ap 20.6) -

Festa das Bodas do Cordeiro e Inauguração do Reino Jesus é empossado Rei sobre toda Terra Os santos recebem autoridade para julgar e reinar com Cristo julgará os anjos caídos, julgará os mortos descrentes, julgará os vivos do milênio 1- (Ap 20.5,6; 1 Ts 4.15-17; 1 Co 15.51-54); 2- (2 Ts 2.8; Ap 19.19-21; 20.3; Funções administrativas: Is 66.15-16; Jr 4.23-27; 25.30-33; Zc 14.12-16; Is 13.9-13; 24.1); 3- Jo 14.1-3; 17.24; 2 Co 5.1,2,10; Hb 2.10; Ap 7.9-17; 1 Co 3.12-15; Ap 11.18); reis reinarão sobre a terra- as 4- Ap 19.7; Lc 14.15; Mt 22.2; Sl 2.6-9; 110.1-6; 1 Co 6.2,3; Ap 5.9,10; 20.6); nações serão subjulgadas e a 5- (Ap 20.7-10; Ez 38 e 39); 6- (Ap 20.5,12-15; 21.1). terra recuperada

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O DIA DO JUÍZO

Também chamado de: ‘Naquele dia’ (Mt 7.22; Lc 10.12; Jo 14.20; 2 Tm 1.18; 4.8), ‘último dia’ ( Jo 6.39; 11.24; 12.48), ‘o dia determinado’ (At 17.31), ‘juízo de Deus’(Rm 2.1-16), ‘juizo vindouro’ (At 24.25), ‘juízo eterno’ (Hb 6.2),’o juízo’ (Hb 9.27; Tg 2.13; 2 Pe 2.4), e ‘juizo do grande Dia’ (Jd 6)

) .31 ) 2 6 (Jl .1 ) ) or (Fl 2 5-18 4.30 sus h n e Se risto f 1.1 (Ef de J 10) beta o - m o S a d e C a ( çã da 1.6a Tro 2) Di ia d e Ir den a Vin; 2uTùsltimo 15.5 O Armagedom O lagar das uvas D ia d a re nd 9-3b1eta o18; 1 C O vale da decisão D ia d egut 24ª .T2rom11.15S M 7 p (Ap 16.14,16; 14.19,20; Jl 2.13-16 ) D

(

Lago de fogo Inferno de fogo (Ap 20.15; 21.8; Mc 9.43-48)

(Mt 12.36; 2 Pe 2.9; 2 Pe 3.7; 1 Jo 4.17)

Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista

(A

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25º PROBLEMA TEOLÓGICO: O pré-tribulacionista não nos diz o que acontecerá com a nação de Israel depois do Milênio

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epois que a Igreja do Senhor Jesus sai de cena no arrebatamento o pré-tribulacionista concentra toda a sua escatologia na Nação terrena de Israel. Ela se torna o principal motivo do Dia do Senhor, Cristo vem visivelmente para socorrê-la, ela se tornará uma nação missionária, e terá o privilegio de converter as nações tanto na grande tribulação como no milênio. O milênio é extremamente judaico, o templo é reconstruído, Jerusalém terrena é estabelecida como o centro mundial de adoração. Israel se tornará a cabeça das nações. Todas as profecias e promessas do Antigo Testamento a respeito do pacto abraâmico têm que ser literalmente cumprida na nação de Israel no milênio. Isso é o que nos é ensinado pelo sistema escatológico pré-tribulacionismo! Porém, e depois? Quando acabar o milênio o que acontecerá com essa nação de Israel? Com a promessa feita a Abraão? O que acontecerá também com os salvos do Milênio convertidos por Israel? Já li vários livros pré-tribulacionistas, e em nenhum deles, encontrei sobre o futuro eterno de Israel. Quando termina o Milênio e entra na Vida Eterna, os pré-tribulacionistas se calão totalmente acerca de seu fervoroso otimismo judaico. Na grande tribulação é Israel! No Milênio é Israel! E na eternidade cadê Israel!? Mas, por que os teólogos pré-tribulacionistas não nos falam desse tempo com tanta convicção e ‘autoridade’, como falam da grande tribulação e do milênio? Quando chega na vida eterna Israel se tornará a Igreja glorificada ou permanecerá como nação terrena? No milênio, Israel e as nações salvas por Israel estarão sujeitas a morte, se casarão e gerarão filhos, o que acontecerá com elas na eternidade? Não é possível que uma nação que serviu fielmente a Deus nos terríveis massacres da última fase da grande tribulação, que se tornara proeminente e a razão primordial do Milênio, seja totalmente esquecida na eternidade! E, além do mais as profecias e alianças que alegam à Israel o direito ao Milênio, também lhe atribui o direito a eternidade. É como se Deus dissesse a nação terrena de Israel no final do Milênio: - 'Pronto já paguei a vocês o que eu devia, agora vocês saem de cena, que a minha Igreja vai entrar em cena novamente'. 254


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Mas se um judeu retrucasse: 'Mas o Senhor prometeu que seria para sempre, e não apenas mil anos (Lucas 1.32,33; Jeremias 33.17,18)'. Deus talvez lhe diria: 'você acha que eu vou suportar por toda eternidade esse velho sistema de sacrifícios de animais que o meu Filho já aboliu na cruz'. Então, o pobre judeu inconformado lamentasse: 'Não teria sido melhor, o Senhor ter nos incluídos na nova aliança, como o Senhor fez com os nossos antepassados: Abraão, Isaque, Jacó, Davi e todos os santos do Antigo Testamento que estão no céu com a Igreja, e assim iríamos gozar também desse Reino eterno'. Então Deus diria: 'Este era o meu propósito, mas os pré-tribulacionistas acharam por bem deixar dividido. Agora saíam que a nova Jerusalém vai descer!' ... 'e nós Senhor pra onde vamos...?...' Mas, graças a Deus que isso não acontecerá, pois os judeus são herdeiros legítimos do reino eterno assim como promete as muitas profecias! Isaías 45.17: 'Mas Israel será salvo pelo Senhor com uma salvação eterna; vocês jamais serão envergonhados ou constrangidos, por toda a eternidade'.

Não se trata apenas de uma dispensaçãozinha de mil anos, mas por toda a eternidade! Isaías 60.21: 'Então todo o seu povo será justo, e possuirá a terra para sempre (não só mil anos - que é ‘como o dia de ontem que passou’ [Salmos 90:4] )’ 25º Problema Teológico

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Isaías 61.7: Em lugar de vergonha que sofreu,o meu povo receberá porção dupla, e ao invés da humilhação, ele se regozijará em sua herança; pois herdará porção dupla em sua terra, e terá alegria eterna...e com eles farei aliança eterna..Seus descendentes serão conhecidos entre as nações'

A proeminência de Israel sobre as nações não durará apenas mil anos, mas eternamente, pois a aliança é eterna! Não poderá ser quebrada nem mudada jamais! Isaías 65.9,17,18: 'Farei surgir descendentes de Jacó, e de Judá quem receba por herança as minhas montanhas. Os meus escolhidos as herdarão, e ali viverão os meus servos... Pois vejam! Criarei novos céus e nova terra, e as coisas passadas não serão lembradas. Jamais virão à mente! Alegrem-se, porém, e regozijem-se para sempre no que vou criar, porque vou criar Jerusalém para regozijo, e seu povo para alegria'

Estes textos não se referem apenas a mil anos, mas mesmo depois de novos céus e nova terra, Israel possuirá a mesma posição. Note que a cidade ‘terrena’ de Jerusalém será o centro de adoração a Deus mesmo depois de Deus criar novos céus e nova terra! E não venham me dizer agora que essas promessas se referem a Igreja e a Jerusalém celestial! Pois, vocês vêm negando isso à tempo! Isaías 66.22: 'Assim como os novos céus e a nova terra que vou criar serão duradouros diante de mim, declara o Senhor, assim serão duradouros os descendentes de vocês e o seu nome. De uma lua nova a outra e de um sábado a outro, toda a humanidade virá e se inclinará diante de mim, diz o Senhor'

Não é apenas no milênio que Israel instituirá as cerimônias da antiga lei, mas por toda a eternidade sem fim! E, se na eternidade essas profecias assumirem um sentido espiritual, por que não assumiram esse mesmo sentido desde a instituição da nova aliança com a Igreja? 256

25º Problema Teológico


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Jeremias 30.7,9,10,18;31.1,12,24,31,35,36,40: 'Como será terrível aquele dia! Sem comparação! Será tempo de angústia para Jacó; mas ele será salvo... Servirão ao Senhor, ao seu Deus, e a Davi, seu rei, que darei a eles... Jacó voltará e ficará em paz e em segurança; ninguém o inquietará... A cidade será reconstruída... serei o Deus de todas as famílias de Israel, e eles serão o meu povo... Eles virão e cantarão de alegria nos altos de Sião... O povo viverá em Judá e em todas as cidades,.. farei uma nova aliança com a comunidade de Israel... Assim diz o Senhor aquele que designou o sol para brilhar de dia, que decretou a lua e as estrelas brilhem a noite... o seu nome é o Senhor dos exércitos. Somente se esses decretos desaparecerem de diante de mim, declara o Senhor, deixarão os descendentes de Israel de ser uma nação diante de mim para sempre... A cidade nunca mais será arrasada ou destruída'

Então, repare que o profeta segue uma linha escatológica: grande tribulação sobre Israel, o milênio e a eternidade. Seguindo a interpretação literal dessas profecias à nação de Israel, o Senhor terá que cumprir literalmente a parte que cabe a eternidade, assim como os pré-tribulacionistas afirmam que Deus cumprirá literalmente as profecias referente a grande tribulação e o Milênio. Assim Israel nunca perderá sua posição adquirida no milênio por toda eternidade. Jeremias 33.17,20,21: 'Davi jamais deixará de ter um descendente que se assente no trono de Israel, nem os sacerdotes, que são levitas, deixarão de ter descendentes que esteja diante de mim para oferecer, continuamente, holocaustos, queimar ofertas de cereal e apresentar sacrifícios... se vocês puderem romper a minha aliança com o dia e a noite, de modo que nem o dia nem a noite aconteçam no tempo que lhes está determinado, então poderá ser quebrada a minha aliança com o meu servo Davi... e também será quebrada a minha aliança com os levitas...’

Os pré-tribulacionistas acreditam que Cristo sentará literalmente no trono da terrena Jerusalém, e o templo será reconstruído no milênio e os levitas oferecerão sacrifícios. Mas, o Senhor está dizendo que essas coisas deverão durar para sempre, e jamais deixará de existir e acontecer, isso ultrapassa o tempo do milênio. 25º Problema Teológico

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Já imaginou animais sendo sacrificados por toda a eternidade! Só tem uma coisa, João disse: ‘Não vi templo algum na cidade’ (Ap 21.22). A onde esses levitas irão oferecer, continuamente, holocaustos e queimar seus sacrifícios? A não ser se o sentido dessas profecias forem outro. Aí então entenderemos que esse tabernáculo onde deverá ser oferecidos sacrifícios pelos sacerdotes levíticos trata-se daquele que se diz: '...aquele que está assentado no trono estenderá sobre eles o seu tabernáculo' (Ap 7.15), visto como a nova Jerusalém celestial, como está escrito: 'Vi a Cidade Santa, a nova Jerusalém, que descia dos céus, da parte de Deus, prepara como uma noiva adornada para o seu marido. Ouvi uma forte voz que vinha do trono e dizia: “Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais ele viverá. Ele serão o seu povo; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus” (Ap 21.2,3).'

Assim vamos entender também que os sacerdotes são aqueles que Cristo comprou com o seu sangue e os constituiu 'sacerdotes para servir a seu Deus e Pai' (Ap 1.5,6). De fato, se diz sobre eles: 'Feliz e santos os que participam da primeira ressurreição!... serão sacerdotes de Deus e de Cristo' (Ap 20.6).

Os sacrifícios ali oferecidos são se trata de sacrifícios literais de animais, mas de uma adoração perpétua que se dará a Deus por toda eternidade, pois diz que os comprados pelo sangue do Cordeiro estarão: 'diante do trono de Deus e o servem dia e noite em seu santuário' (Ap 7.14,15), como está escrito: 'O trono de Deus e do Cordeiro estará na cidade [celestial] e os seus servos o servirão' (Ap 22.3).

Os pré-tribulacionistas rapidamente aplicam esses textos à Igreja. Parece-me que para eles a Igreja é composta apenas de gentios e esquecem que há nela também judeus. De fato, toda a Igreja é chamada de 'descendência de Abraão e herdeiros segundo a promessa' (Gl 3.29). Desse modo podemos compreender o verdadeiro e real sentido das profecias de Jeremias. Mas mesmo assim eles diz: ‘Deus cumprirá literalmente as profecias na terrena nação de Israel’. 258

25º Problema Teológico


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Tem outra coisinha. Jeremais profetizou: 'Davi jamais deixará de ter um descendente que se assente no trono de Israel'. Se essa profecia deverá cumprir-se literalmente ao pé da letra. Então Jesus deverá descer do seu 'trono na glória celestial', onde ele está assentado 'à direita do trono da Majestade nos céus' (Mt 25.31; Hb 8.1) para vir se assentar literalmente naquele trono em Jerusalém onde Davi e Salomão se assentaram (1 Reis 2.12). E isso por toda eternidade, pois assim lemos: 'O Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi, e ele reinará para sempre sobre o povo de Jacó; seu Reino jamais terá fim' (Lc 1.32,33).

Dá pra imaginar uma coisa dessa! Posto que o sentido verdadeiro e real dessa profecia de Jeremias significa: 'Ao vencedor darei o direito de sentar-se comigo em meu trono, assim como eu também venci e senteime com meu Pai em seu trono' (Ap 3.21) e também: 'O trono de Deus e do Cordeiro estará na cidade [celestial]e os seus servos... verão a sua face... e reinarão para todo sempre' (Ap 22.3-5). Logo após no versículo 6, lemos: 'O anjo me disse: 'Estas palavras são dignas de confiança e verdadeiras [do] Senhor, o Deus dos espíritos dos profetas', como querendo dizer: 'essa é a verdadeira interpretação das profecias!'. A não ser que um mês Jesus vai se assentar no seu trono celestial com a igreja e no outro mês Jesus sentará no seu trono terreno com Israel. É pra ir ou é pra chorar? E tem mais! Essas promessas e profecias não dizem respeito apenas aqueles israelitas que estarão vivos depois da grande tribulação, mas deverá atingir todos os judeus em todas as épocas, porque eles também fazem parte do povo eleito de Deus, principalmente aqueles que viveram no Antigo Testamento, sendo assim, deverá haver uma ressurreição física desse povo. Como supostamente está escrito: 'Mas os teus mortos viverão; seus corpos ressuscitarão...nos dias vindouros Jacó lançará raízes, e encherá o mundo de frutos' e também 'todos os descendentes de Israel serão considerados justos e exultarão' (Isaías 26.19; 27.6; 45.25).

Agora se esses judeus fiéis do Antigo Testamento que ressuscitarão serão glorificados juntamente com a Igreja, por que o restante da nação convertida na vinda de Jesus não será glorificada? 25º Problema Teológico

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As crenças pré-tribulacionistas são tão contraditórias, que eles ensinam que os santos do Antigo Testamento já ressuscitaram com Jesus baseado em Mateus 27.52,53, à quem eles chamam de 'as primícias' da primeira ressurreição e que esses santos já estão glorificados no céu com Jesus. Isso antes da vinda de Jesus, antes do milênio e antes da própria Igreja ir pro céu. Porém, esse modo de crê contradiz Hebreus 11.39,40, que foi escrito muito depois da ressurreição de Jesus, que se referindo aos santos do Antigo Testamento diz: 'Todos estes [os crentes do Antigo Testamento] receberam bom testemunho por meio da fé; no entanto, nenhum deles recebeu o que havia sido prometido. Deus havia planejado algo melhor para nós [os crentes da nova aliança), para que conosco fossem eles (os santos da velha aliança) aperfeiçoados'.

Tem duas coisas aqui: primeiro, nenhum santo da antiga aliança ressuscitou como ‘primícias’ da ressurreição da Igreja, pois eles só serão ‘aperfeiçoados’ junto com a Igreja. Em segundo lugar, eles não possuirão uma Jerusalém terrena e política, pois diz que Deus planeja ‘algo melhor’. Segundo a tradução da Bíblia Linguagem de Hoje esse ‘plano ainda melhor’ são as promessas feitas à Israel sendo aperfeiçoadas através da Igreja. Isto é, não a Jerusalém terrena, mas a Jerusalém celestial, pois lemos: ‘a nossa pátria está nos céus’ (Fl 3.20). Assim também lemos acerca dos santos da antiga aliança: ‘Os que assim falam mostram que estão buscando uma pátria. Se estivessem pensando naquela de onde saíram (isto é, na Jerusalém terrena) teriam oportunidade de voltar. Em vez disso, esperavam uma pátria melhor, isto é, a pátria celestial. Por essa razão Deus... lhes preparou uma cidade’ (Hb 11.14-16).

E essa promessa não vale apenas para os israelitas da antiga aliança, mas também para toda Nação de Israel atualmente, porque lemos que na Jerusalém celestial tem ‘doze portas’ e nelas ‘estavam escritos os nomes das doze tribos de Israel’ (Ap 21.12,13). Certamente por onde entrará a nação de Israel! De fato, lemos em Isaías 26.1,2: 260

25º Problema Teológico


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‘Temos uma cidade forte; Deus estabelece a salvação como muros e trincheiras. Abram as portas para que entre a nação justa, a nação que se mantém fiel’ . Não a nação apóstata, mas a nação fiel composta de judeus que estão se convertendo através da fé no evangelho de Cristo pregado pela Igreja (Gl 2.15,16), pois só poderão ‘entrar na cidade pelas portas’ aqueles que ‘lavam as suas vestes no sangue do Cordeiro’ (Ap 22.14). Leiamos novamente Isaías 26.19: 'Mas os teus mortos viverão; seus corpos ressuscitarão. Vocês, que voltam ao pó, acordem e cantem de alegria. O teu orvalho é orvalho de luz; a terra dará à luz os seus mortos'.

O reino milenial pregado pelos pré-tribulacionistas não trará os judeus mortos de volta à vida. Então não foi desse reino que os profetas falaram. Pois no reino que eles se referiram 'a terra dará à luz os seus mortos'. Quem participará da ressurreição milenial? Os santos do Cordeiro. Conforme lemos em Ap 20.4-6: 'Eles ressuscitaram e reinaram com Cristo durante mil anos. Está é a primeira ressurreição. Felizes e santos os que participam da primeira ressurreição! A segunda morte não em poder sobre eles; serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele durante mil anos'.

'Os restantes dos mortos', aqueles que não pertencem o Cordeiro, não ressuscitarão nessa ocasião, só no final do Milênio (Ap 20.5). E, quando ressuscitarem serão 'lançados no lago de fogo' (Ap 20.13-15). Os santos do Cordeiro não ressuscitam com corpos naturais, mas corpos celestiais, porque 'carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus, nem o que é perecível pode herdar o imperecível' (1 Co 15.50). De fato, 'os que forem dignos de tomar parte na era que há de vir e na ressurreição dos mortos não se casarão nem serão dados em casamento, e não podem mais morrer, pois são como os anjos. São filhos de Deus, visto que são filhos da ressurreição' (Lc 20.35,35).

Eles ressuscitarão para serem 'sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele durante mil anos'. Israel faz parte desta primeira ressurreição, pois lemos em Isaías 61.6: 'Vocês serão chamados 25º Problema Teológico

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sacerdotes do Senhor, ministros do nosso Deus' 'para manifestação da sua glória' (v.3). De fato, quando o Senhor reinar no monte Sião e em Jerusalém, 'ele destruirá a morte para sempre' (Is 24.23; 25.8). Por isso que encontramos os 144 mil de todas as tribos de Israel glorificados com o Cordeiro no monte Sião (Ap 7.4-8; 14.1-5). Diz que 'os resgatados [comprados] do Senhor voltarão. Entrarão em Sião com cântico [o novo cântico de Ap 14.3]; alegria eterna coroará sua cabeça' (Is 51.3,11). Deveras, 'os vencedores subirão ao monte Sião para governar a montanha de Esaú. E o reino será do Senhor' (Obadias vv.15-17,21). Porém, quanto aos israelitas apostatas, assim como os crentes apostatas e as nações chamadas de 'descendência de Esaú' 'o lugar deles será no lago de fogo que arde com enxofre. Esta é a segunda morte' (Obadias vv.16,18; Ap 21.8). Vejamos agora, Ezequiel 37.21-28: ‘Assim diz o Soberano, o Senhor: Tirarei os israelitas das nações para onde foram. Vou ajuntá-los de todos os lugares ao redor e traze-los de volta à sua própria terra. Eu os farei uma única nação na terra...haverá um único rei sobre eles, e nunca mais serão duas nações, nem estarão divididos em dois reinos (Judá e Israel). Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus...o meu servo Davi será rei sobre eles, e todos eles terão um só pastor...viverão na terra que dei ao meu servo Jacó. Eles e os seus filhos e os filhos de seus viverão ali para sempre, e o meu servo Davi será o seu líder para sempre; será uma aliança eterna. Eu os firmarei e os multiplicarei, porei o meu santuário no meio deles para sempre. Então, quando o meu santuário estiver entre eles para sempre, as nações saberão que eu, o Senhor, santifico Israel'.

O Reino de Israel não durará apenas mil anos, mas para todo sempre! É fácil aplicar essas profecias para comprovar um milênio essencialmente judaico, mas e a eternidade, não será também essencialmente judaica? Onde entra a Igreja nessas profecias? Às vezes eu fico imaginando: no milênio haverá, segundo os pré-tribulacionistas, um povo espiritual reinando com Cristo no céu e outro povo terreno reinando com Cristo na terra? Mas, isso deverá permanecer por toda eternidade, ou então Deus quebrará suas promessas feitas a Israel! Nos capítulos 40 até 48 de Ezequiel são descritos o novo templo, a classe sacerdotal, a divisão da terra de Israel, as ofertas e dias sagrados, e 262

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etc., os pré-tribulacionistas aplicam essas profecias literalmente no milênio, como escreveu Claudionor de Andrade: ‘O capítulo 48 de Ezequiel descreve, em detalhes, os termos que as doze tribos de Israel ocuparão no período do Milênio’ (Lições Bíblicas, de Mestre, 4º trimestre de 2004, pág. 72).

Mas no cap. 43.7, que faz parte da visão completa de Ezequiel, está escrito: 'Filho do homem, este é o lugar do meu trono e o lugar para a sola dos meus pés. Aqui viverei para sempre entre os israelitas'. Então esses capítulos não visam apenas mil anos, mas toda a eternidade sem fim! Se tomarmos literalmente as profecias de Ezequiel referente ao novo templo como uma referência ao templo do Milênio onde Israel oferecerá sacrifícios de animais, teremos que acreditar também que a circuncisão será praticado no Milênio, pois Ezequiel profetizou: 'Assim diz o Soberano, o Senhor: Nenhum estrangeiro incircunciso no coração e na carne entrará no meu santuário, nem tampouco os estrangeiros que vivem entre os israelitas' (Ez 44.9).

O Dr. Antonio Gilberto escreveu: ‘Durante o Milênio, alguns sacrifícios e ofertas serão restaurados e observados por Israel com a participação dos gentios (Escatologia Bíblica EETAD, pág. 93).

Então isso significa que esses gentios terão de praticar a circuncisão para poderem participar desses sacrifícios com Israel, não só no Milênio, o que já é um absurdo, mas também por toda a eternidade. Porém, Paulo chamou essa circuncisão de falsa, dizendo: ‘... cuidado com a falsa circuncisão! Pois nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos pelo Espírito de Deus’ (Fl 3.2,3).

Uma vez que a circuncisão agora é espiritual, o templo e os sacrifícios também são espirituais. A dispensação do Milênio não poderá retornar para o falso, pois os sacerdotes de Cristo são os santos ressuscitados e glorificados (Cl 2.11,12; Ap 20.6). Quando Ezequiel ministrou essas profecias, Israel estava no 25º Problema Teológico

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cativeiro Babilônico e o templo de Jerusalém destruído. Então suas profecias deveriam conter elementos literais ao pé da letra para servir de instrução ao povo após retornarem sua terra e reconstruir o templo. O que de fato aconteceu na época de Zorobabel, Josué, o sumo sacerdote, Neemias e Esdras juntamente com os profetas Ageu, Zacarias e Malaquias. Eles reconstruíram um templo literal, serviam nesse templo (Ed 6.14-18), e fizeram uma distribuição da terra às tribos de Israel (Ez 47.21; 48.29; Ne 11.1-4, 20-36) Porém, há elementos nessas profecias que se referem a um templo messiânico, escatológico e espiritual, a uma nova Jerusalém celestial, a uma nova terra chamada de ‘o Senhor está aqui (Ez 48.35)’ e a estrangeiros que deveriam ser considerados ‘como israelitas de nascimento’ (Ez 48.22), uma referência ‘aos gentios’ ‘... que mediante o evangelho são co-herdeiros com Israel, membros do mesmo corpo, e co-participantes da promessa em Cristo Jesus’ (Ef 3.6; 2.19; Sl 87.1-7). Essas profecias não devem ser tomadas ao pé da letra morta. Já e s t u d a m o s s o b r e i s s o n o ' 2 3 º P ro b l e m a Te o l ó g i c o : O pré-tribulacionista ainda mantém de pé a velha aliança quando trata da Nação de Israel, do Templo e da cidade de Jerusalém na sua escatologia' (se você quiser poderá reler novamente este capítulo). Veremos que a partir da nova aliança instituída por Jesus, o Rei de Israel, esse cerimonial atinge seu verdadeiro e real significado. Paulo escreveu: 'Estas coisas são sombras do que haveria de vir; a realidade, porém, encontrar-se em Cristo' (Cl 2.17).

E também Hebreus 10.1: 'A Lei traz apenas uma sombra dos benefícios que hão de vir, e não a sua realidade'.

Assim tais coisas não poderão ser restauradas no Milênio! A realidade do Milênio deverá ser aquela que haverá na eternidade, que por sua vez vêm por intermédio da nova instituição em Cristo e não da velha em Arão. O judeu Paulo Também explica que a Lei subsistiria 'até que viesse o Descendente a quem se referia a promessa' abraâmica (Gl 3.19). Essa promessa, que é a herança de Israel, não depende da Lei, mas agora por meio da 'fé em Jesus Cristo, fosse dada aos que crêem' (Gl 3.18-25). 264

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Uma vez que os que têm fé em Jesus Cristo são filhos de Deus (Gl 3.26), a herança deles não é um reino territorial na Palestina, mas 'uma herança que jamais poderá perecer, macular-se, ou perder o seu valor... guardada nos céus... prestes a ser revelada no último tempo [milênio]' (1 Pe 1.4,5; Ap 11.15). Cristo é o herdeiro de Abraão que inclui isso: 'esteja certo que o abençoarei e farei seus descendentes (os israelitas crentes - Rm 9.6-8; 11.7) tão numerosos como as estrelas do céu e como a areia das praias do mar. Sua descendência (Cristo - Gl 3.16) conquistará as cidades dos que foram inimigos (no milênio - Ap 12.5) e, por meio dela, todos os povos da terra serão abençoados (cristãos gentios - Gl 3.14,29) Gn 22.17,18.

Os filhos de Deus são co-herdeiros com Cristo (Rm 8.17; Gl 4.7). A herança deles é um 'Reino inabalável , [por isso] sejamos agradecidos e, assim adoremos a Deus de modo aceitável' (Hb 12.28). A adoração aceitável a Deus não se constitui mais na adoração do templo judaico com os seus rituais, mas como o próprio Messias explicou: ‘Creia em mim: está próximo a hora em que vocês não adorarão o Pai... em Jerusalém, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes adoradores que o Pai procura. Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade’ (Jo 4.21-24).

Quando a mulher samaritana ouviu estas palavras, disse espantada: ‘Eu sei que o Messias está pra vir. Quando ele vier, explicará tudo para nós’ (Jo 4.25).

Então Jesus lhe traz a grande revelação: ‘Eu sou o Messias! Eu, que estou [dando essa explicação] a você’ (Jo 4.26). De fato, o Messias trouxe o verdadeiro significado dos tipos e símbolos da velha religião judaica. Mas infelizmente os pré-tribulacionistas ignoram a explicação do Messias e seguem acreditando na tradição judaica. Porém, os pós-tribulacionistas preferem seguir o conselho do Messias, que diz: 'Creia em mim: está próxima a hora em que vocês não adorarão o Pai... em Jerusalém [terrena, mas na Jerusalém celestial]'. 25º Problema Teológico

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Eu creio Senhor! E você crê? Então deixe de ensinar que o velho templo judaico com os seus rituais levíticos serão novamente restaurados! Em razão disso o velho reino de Israel com todo seu aparato sacerdotal levitíco não poderá ser restaurado no Milênio! Agora se a nação de Israel está fora dessas realidades; que isso não tem nada haver com ela, mas com a Igreja. Então por que o Descendente prometido veio de Israel? O quê ele veio fazer em Israel? Que benefício Cristo lhes trouxe? Lemos que do 'povo de Israel' 'é a adoção de filhos', 'é a glória divina' 'as alianças, a concessão da Lei, a adoração no templo e as promessas... os patriarcas e o Cristo' (Rm 9.4,5). Por que no Milênio eles deverão ficar com a parte territorial e provisória? Enquanto que reinando sobre eles estará a Igreja glorificada, composta por maior parte de gentios? Se deles é 'adoção de filhos' por que não são filhos de Deus? E se são?! Por que não serão glorificados? (Rm 8.29,30). Se deles é 'a glória divina' por que deverão herdar apenas a Palestina? Enquanto que a igreja estará na 'glória divina' durante o Milênio? Se deles são 'as alianças' por que são excluídos da nova aliança que inclui um 'Reino inabalável' e não apenas um reinado de mil anos? (Lc 1.32,33; 22.29,30). Se deles é a 'adoração do templo' por que não terão acesso ao 'verdadeiro templo que o Senhor erigiu, e não o homem'? (Rm 8.2). Por que serão sacerdotes em um provisório templo terrenal, enquanto que os cristão serão 'sacerdotes de Deus e de Cristo' em seu templo celestial, em que aquele da antiga Lei era apenas cópia e sombra? (Hb 8.5). Se deles são 'as promessas' e como 'filho primogênito’ de Deus (Os 11.1) por que não herdarão a porção melhor, as 'promessas superiores' (Hb 8.6) que inclui uma Jerusalém cujo 'brilho [é] como o de uma jóia muito preciosa, clara como cristal...' cuja 'rua principal da cidade [é] de ouro puro, como vidro transparente? (Ap 21.11,21). Por que não entrarão por aquelas 'doze portas' que são feitas de 'doze pérolas'? (Ap 21.21). Se deles são 'os patriarcas' por que não 'sentarão à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no Reino dos céus' (Lc 8.11,12) para participarem do 'banquete das bodas do Cordeiro'? (Ap 19.6-9). Se deles é o 'Cristo' por que não estarão com ele 'em pé no monte 266

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Sião... para cantar um cântico novo diante do trono' (Ap 14.1-5). Os pré-tribulacionistas pensam que com a sua escatologia dispensacionalista e judaizante estão dando a Israel o seu devido lugar. Mas na verdade eles estão rebaixando Israel! Por exemplo, o pré-tribulacionista Claudionor de Andrade disse que através do 'templo do Milênio... a glória de Deus haverá de manifestar-se a Israel e ao mundo' (Lições Bíblicas, de Aluno, 4º trimestre de 2004, págs.16,25). Mas o que acontecerá com esse templo quando terminarem os efêmeros mil anos? Será destruído? Ou permanecerá para sempre manifestando a glória de Deus? Em Ap 21.22-24, João disse: 'Não vi templo algum na cidade, pois o Senhor Deus e o Cordeiro são o seu templo... a glória de Deus ilumina e o Cordeiro é a sua lâmpada. As nações andarão em sua luz'. Se não haverá 'templo algum', então o templo do Milênio será destruído? Mas quem o destruirá? Porém isso não condiz com Ezequiel 43.6 que diz que o templo milenial é o lugar do trono de Deus, onde Deus viverá 'para sempre entre os israelitas'. Então não se trata de um templo terreno, pois Deus 'não habita em templos feitos por mãos humanas' (At 7.48-50; 17.24). Assim Cristo é esse templo que manifesta a glória de Deus! (2 Co 4.6). Ele disse: 'destruam este templo, e eu o levantarei em três dias' (Jo 2.19). Os mestres judaicos apegados ao velho sistema não entenderam nada disso, mas seus discípulos, depois que Jesus ressuscitou dos mortos, entenderam que 'o templo do qual falava era seu corpo' (Jo 2.20-22). E esse templo é maior que o templo arcaico de Jerusalém (Mt 12.6). É por entrar nesse templo que a nação santa oferece sacrifícios verdadeiros a Deus (1 Pe 2.5,9). Os membros do Corpo de Cristo, também pessoas ressuscitadas, fazem parte desse templo escatológico, e é composto de judeus e gentios (Ef 2.20-22). Estando 'em Cristo' sendo 'edificados nele' são 'utilizados como pedras vivas na edificação' desse templo, tornam-se colunas no 'templo do meu Deus, e dali [eles] jamais [sairão]' (Ap 3.12). Esse é o templo que resplandecerá a glória de Deus no Milênio. Isso é visto claramente quando Paulo aplica o texto de Ezequiel 37.26-28 que fala do templo messiânico milenial à Igreja em 2 Coríntios 6.16: ‘somos templo do Deus vivo. Como disse Deus: ‘Habitarei com eles e entre eles andrarei; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo’ (2 Co 6.16). E continuando suas palavras no capítulo 7.1, Paulo diz: 25º Problema Teológico

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‘Amados (os crentes de Corinto), visto que temos essas promessas, purifiquemos-nos de tudo o que contamina o corpo e o espírito’. Paulo aplica essas promessas à Igreja do Senhor, que os pré-tribulacionistas ensinam que se cumprirão literalmente na nação terrena de Israel, De fato, o 'Israel de Deus', que é uma 'nova criação' reunida em Cristo composta de israelitas crentes também são 'pedras vivas' desse templo santo que resplandecerá a 'vista de todas as nações' no Milênio (Ez 11.17-20; 20.40-42; 34.11-31; Gl 6.15,16). Então essas coisas não poderão mudar no Milênio e vir a existir um templo terreno com um sistema de sacrifícios cruentos. Eis que surgem 'boas novas', 'coisas novas','coisas ocultas' e as coisas passadas jamais serão lembradas' (Is 40.9; 48.6; 65.17). Porém, os israelitas apóstata serão lançados 'para fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes' (Ez 11.20,21; Mt 8.11,12; 21.3745; Lc 13.25-29), pois 'o filho da escrava jamais será herdeiro com o filho da livre' (Gl 4.21-31). Assim não poderá existir no Milênio um Israel carnal com um sistema de sacrifícios de animais da velha aliança em um templo terreno juntamente com um Israel espiritual com um sistema de sacrifícios espirituais da nova aliança em um templo glorioso, ambos governando com Cristo no Seu Reino (Rm 3.29,30). Outra prova que esse templo milenial é o Cordeiro é que Ezequiel 47.1-12 diz que a água que produz vida 'fluí do templo' não pode estar se referindo ao templo judaico da Palestina haja visto que em Ap 22.1 João diz: 'Então o anjo me mostrou o rio da água da vida que, claro como cristal, fluía do trono ... do Cordeiro'. O trono do Cordeiro está na Jerusalém celestial e não na terrena (Ap 22.3). Ora se temos que tomar as palavras dos profetas literalmente então teremos que acreditar que do terreno templo judaico fluírá água que dá vida eterna. Isso não seria uma superstição?! Ou então os judeus irão construir uma enorme tubulação que ligue o templo terreno deles com o trono do Cordeiro lá na Jerusalém celestial onde flui água da vida! Haja encanação! Isso é pura balela! Visto que a água da vida flui na Jerusalém celestial do trono do Cordeiro, e a Jerusalém só descerá dos céus para a nova terra depois do Milênio (Ap 21.1,2), isso mostra que as nações do Milênio, aquelas que sobreviverão à guerra do Armagedom, não beberão dessa água, por isso que no final do Milênio são destruídas pela segunda morte (Ap 20.79,15). Porém, sobre o povo do Cordeiro é dito que 'a segunda morte não 268

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tem poder sobre eles' (Ap 20.6), porque não só beberam da água da vida que fluí do trono do Cordeiro como também comeram do fruto da árvore da vida produzida por essas águas vivas (Ez 47.12; Jo 4.14; Ap 2.7; 22.2,14). Todavia, para os pré-tribulacionistas haverá dois povos de Deus no Milênio: um celestial e outro terreno. Assim escreveu o pré-tribulacionista Wim Malgo: 'O Senhor tomará para si seu povo celestial e ao seu povo terreno dará novamente a posse integral da terra dos seus pais' (Terá Chegado o Fim de Todas as Coisas, pág.124 o grifo é meu).

Como acontecerá isso? Deixemos que Claudionor de Andrade nos dê essa resposta: ‘Profetiza Zacarias que, quando os israelitas se virem cercados pelas nações da terra, para destruí-los, clamarão angustiados pelo socorro divino. Nessa ocasião crucial, Jesus haverá de se manifestar sobre Jerusalém com grande poder e majestade com sua Igreja glorificada, livrará Israel de certeira destruição. Israel pranteará, humilhado e arrependido, aceitando o Senhor Jesus, a quem rejeitaram na sua primeira vinda (Zc 12.9,10; 13.1; 14.2-9; Ap 1.7; Is 66.15,16). Neste exato momento, experimentarão uma grande efusão do Espírito Santo (Zc 12.10)’ (Lições Bíblicas, de Mestre, 4º trimestre de 2004, pág.71).

As profecias de Zacarias nos conduzem para um evento conhecido como Dia do Senhor. Esse será o dia em que o Senhor livrará Seu povo, destruirá os inimigos do Seu povo e estabelecerá o Seu Reino. O estudante da Bíblia para ter uma fiel interpretação das profecias precisa levar em consideração o assunto geral nas Escrituras e desconsiderar alguns detalhes que diz respeito à época e a realidade em que o profeta está profetizando. O profeta às vezes está falando de uma nova época baseado nos elementos da sua época. Nem todos os detalhes da profecia devem se tomados literalmente! Por exemplo, Zacarias disse que o Senhor castigará ‘todas as nações que lutarem contra Jerusalém... com uma praga que apodrecerá a carne’ e tal praga ‘cairá’ também ‘sobre cavalos e mulas, camelos e 25º Problema Teológico

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usavam esses animais em suas guerras. Mas hoje, não se usa mais cavalo na guerra, e sim tanque, mísseis e aviões. Então veja que para haver um cumprimento literal conforme ensina os pré-tribulacionistas, o mundo deverá retroceder de sua época de alta tecnologia para a época primitiva. Mas não apenas com os detalhes da época devemos estar atentos, mas também com a natureza das profecias. Pedro escreveu: 'Assim, temos ainda mais firme a palavra dos profetas, e vocês farão bem se a ela prestarem atenção, como a uma candeia que brilha em lugar escuro, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça no coração de vocês' (2 Pe 1.19).

O apostolo falou isso se referindo a interpretação das profecias, pois logo mais disse: 'Antes de mais nada, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal' (v.20). Então ele mostra que assim como os profetas 'falaram da parte de Deus [movidos] pelo Espírito Santo' (v.21), assim também é o Espírito Santo que interpreta as Escrituras proféticas. Não são os homens porque 'jamais a profecia teve origem na vontade humana' (v.21). É o Espírito Santo que interpreta as verdades espirituais (1 Co 2.13). De fato, para entendermos as profecias precisamos de mais luz! Essa luz vem através da 'estrela da alva'. O Messias é a 'resplandecente Estrela da Manhã' (Ap 22.16). Como já foi dito: 'Quando o Messias vier, explicará tudo para nós' (Jo 4.25). Realmente o Messias disse aos seus discípulos: 'Tenho ainda muito que lhes dizer, mas vocês não o podem suportar agora. Mas quando o Espírito da verdade vier... lhes anunciará o que está por vir' (Jo 16.12,13). Para entendermos o futuro que está por vir referido nas profecias precisamos da luz da revelação apostólica, porque foram eles que receberam do Espírito o esclarecimento de 'toda a verdade'. Paulo disse: 'mas Deus o revelou a nós por meio do Espírito' (1 Co 2.10). Em outra ocasião, Paulo também escreveu: 'mas agora foi revelado pelo Espírito aos santos apóstolos e profetas' (Ef 3.5). Assim, os profetas não podem ser lidos e interpretados sem os apóstolos! Os apóstolos escreveram farto material divinamente inspirado sobre o dia do Senhor e os acontecimentos relacionados a esse dia! Dando a correta interpretação dos profetas. E é dentro desse arcabouço apostólico que as profecias de Zacarias e dos demais profetas devem ser 270

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entendidas. Zacarias falou do dia do Senhor, do livramento do povo de Israel, da destruição das nações inimigas e do estabelecimento do Reino do Senhor. Quais são as explicações dos apóstolos, por meio do Espírito da verdade, sobre esses assuntos? Comecemos pelo povo de Israel. Os apóstolos demonstraram com base nas Escrituras proféticas que Jesus é o Messias prometido a Abraão, a Israel e a Davi! (At 17.2,3; 28.23,24). Sem este testemunho apostólico não tinha como nós sabemos disso! Portanto, é a mais pura verdade e indiscutível. Esse Messias deveria restaurar a nação de Israel, introduzi-la no Reino davídico e destruir seus inimigos. Restaurar a nação de Israel significa ‘reunir’ ‘juntar’ ‘congregar’ os israelitas dispersos entre as nações em sua própria terra (Zc 10.8-10; Is 11.11,12). O apóstolo João nos forneceu esclarecimento sobre isso, quando escreveu: 'Jesus morreria pela nação judaica, e não somente por aquela nação, mas também pelos filhos de Deus que estão espalhados, para reuni-los num povo' (Jo 11.51,52). Esta mensagem de 'trazer de volta Jacó', 'reunir Israel' e 'restaurar as tribos' através do Messias estava praticamente presente em todas as profecias. Isaías, por exemplo, disse: 'E agora o Senhor diz, aquele que me formou no ventre para ser o seu servo, para trazer de volta Jacó, e reunir Israel a ele mesmo, pois sou honrado aos olhos do Senhor... ele diz: Para você é coisa pequena demais ser meu servo para restaurar as tribos de Jacó e trazer de volta aqueles de Israel que eu guardei' (Isaías 49.5,6).

Os apóstolos entenderam esses termos como se referindo a salvação de Israel. Por exemplo, Paulo cita Isaías 10.22,23 em Romanos 9.27,28, mas em vez de dizer: 'apenas um remanescente voltará', disse: 'apenas o remanescente será salvo'. Trazer os israelitas de volta para sua terra significava 'voltar para o Deus Poderoso' (Is 10.21), uma vez que eles estavam dispersos por causa de seus pecados, então voltar para terra de Israel significava voltar a adorar a Deus de modo verdadeiro. Mas não foram só os apóstolos que entenderam essa restauração de Israel como referindo-se a salvação da nação, mas os próprios profetas também faziam essa associação. Para eles 'trazer Israel de volta' também significava a 'salvação' e o 'resgate' 25º Problema Teológico

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de Israel (Is 51.9-11; 52.10-12). O Senhor disse: 'Vocês foram vendidos por nada, e sem dinheiro vocês serão resgatados' (Is 52.3). Dentro dessa mensagem de salvação e resgate, o Messias aparece nas profecias como o 'servo sofredor' que deveria morrer como preço de resgate pela nação de Israel e trazer-la de volta a Deus (Is 53), esse servo seria um 'mediador para o povo de Israel... para libertar da prisão os cativos' (Is 42.1,6,7), 'ele seria desprezado e detestado pela nação' (Is 49.7), mas depois seria 'engrandecido, elevado e muitíssimo exaltado' (Is 52.13,14). Assim entendermos porque João relacionou a morte de Jesus com reunir Israel (Jo 11.51,52). Veja que o Evangelho está se formando! Tanto Jesus como os apóstolos falaram com base nessas profecias que 'o Cristo haveria de morrer e ressuscitar dos mortos' (Lc 24.25,26,44,45). Porém, antes de Jesus ressuscitar os seus discípulos não entendiam que ele tinha que sofrer, ser morto e ressuscitar (Mt 16.21,22; 26.31,32; Jo 20.9). Os discípulos pensavam que quando Jesus entrasse em Jerusalém 'o Reino de Deus ia se manifestar de imediato' (Lc 19.11,35-38). Quando o Messias morreu ficaram um pouco decepcionados. Dois deles disseram: '... nós esperávamos que era ele que ia trazer a redenção a Israel' (Lc 24.21). Veja que eles não conseguiam ver nas profecias que a 'redenção a Israel' seria realizada através do sofrimento do Messias. Os doutores da lei não ensinavam isso nas sinagogas, por isso que os discípulos que freqüentavam as sinagogas não sabiam disso! Quando eles, mais tarde começaram a pregar nas sinagogas tinham que explicar e provar com base nas Escrituras 'que o Cristo deveria sofrer e ressuscitar dentre os mortos' (At 17.2,3). Isso aqui se constituía em boas novas! Por quê? Porque Jesus só poderia resgatar Israel e restaurara como uma nação para servir a Deus se ele morresse por ela. E a morte do Messias não foi algo inventado de última hora. Não! Já estava no 'propósito determinado e pré-conhecimento de Deus' que vieram à tona através das palavras dos profetas (At 2.23; 13.27). Isaías fala de 'uma voz' que 'traz boas novas [de salvação] a Sião...' em 'que toda carne verá a salvação de Deus'(Is 40.3-9; Lc 3.4-6). Precisamos ter em mente que esse termo 'salvação' incluía a restauração de Israel por causa de seus pecados contra Deus que os levavam cativos para debaixo do poder das nações, a participação de Israel no Reino do 272

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Messias em Sião e a destruição de todas as nações inimigas. Por enquanto estamos estudando sobre a restauração de Israel. Os apóstolos que eram intérpretes dos profetas identificaram essa 'voz que traz boas novas [de salvação] a Sião' com João Batista (Mt 3.13). Os apóstolos também compreenderam pelo Espírito Santo que 'o meu mensageiro' que cuja missão seria 'preparará o caminho do Senhor' de Ml 3.1 era João Batista (Mc 1.2-4). E Jesus que dava explicação das profecias aos seus discípulos ensinou que o 'Elias' de Ml 4.5 - 'enviarei a vocês o profeta Elias antes do grande e temível dia do Senhor' - era também João Batista (Mt 11.14; 17.10-13). Então a missão de João Batista era levar o povo de Israel ao arrependimento, Paulo escreveu: 'Antes da vinda de Jesus, João pregou um batismo de arrependimento para todo o povo de Israel' (At 13.24). João Batista dizia: 'Arrependem-se, pois o Reino dos céus está próximo' (Ml 3.1). Por que o povo de Israel deveria se arrepender? Porque João Batista anunciava o 'dia do Senhor', que ele chamava de 'ira futura' (Ml 4.5 c/ Mt 3.7). Esse dia seria tão 'terrível' que o profeta pergunta: 'Mas quem suportará o dia da sua vinda? Quem ficará em pé quando ele aparecer?' (Ml 3.1,2). Nesse dia também o Reino seria estabelecido trazendo salvação a Israel, mas destruição as nações inimigas. Mas se Israel não se arrependesse de seus pecados em vez de ser salva nesse dia seria destruída! Por isso que 'João dizia às multidões...:'Quem lhes deu a idéia de fugir da ira futura. Dêem fruto que mostre arrependimento. Não pensem que vocês podem dizer a si mesmos: Abraão é nosso pai' (Lc 3.7,8). A salvação de Israel, isto é, sua inclusão no Reino dos céus não dependia simplesmente do fato deles serem filhos naturais de Abraão, mas de se arrependerem de seus pecados. Irmãos, percebam que João Batista anunciava a vinda do Reino e a ira futura como acontecimentos que iriam acontecer no dia do Senhor, e esse dia é a vinda do Senhor visto que a profecia dizia: 'eu enviarei o meu mensageiro (João Batista), que preparará o caminho diante de mim. E então, de repente, o Senhor que vocês buscam virá... Mas quem suportará o dia da sua vinda? Quem ficará em pé quando ele aparecer?' (Ml 3.1,2), isso estava relacionado com Ml 4.5 que diz: 'enviarei a vocês o profeta Elias antes do grande e temível dia do Senhor'. Então isso significa que os pré-tribulacionistas estão errados quando dizem que o 'dia do Senhor' e a 'ira futura' é a grande tribulação! 25º Problema Teológico

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A nação de Israel tinha que se arrepender de seus pecados e aceitar o batismo de João como meios de entrarem no Reino anunciado por João Batista. Caso contrário, não escaparia da destruição ou ira futura. Falando da missão de João, o anjo disse a Zacarias, seu pai: 'Fará retornar muitos dentre o povo de Israel ao Senhor, o seu Deus. E irá adiante do Senhor, no espírito e no poder de Elias, para fazer voltar o coração dos pais a seus filhos e os desobedientes à sabedoria dos justos, para deixar um povo preparado para o Senhor' (Lc 1.16,17).

Esse 'retorno' era exatamente 'trazer de volta Jacó', 'reunir Israel' de que falara os profetas. Outros termos também aparecem nos profetas como 'restaurar Israel' 'resgatar Israel' e 'salvar Israel'. Zacarias, pai de João Batista, em sua profecia inspirada pelo Espírito Santo, nós dá um entendimento correto sobre a salvação de Israel, ele profetizou: 'Louvado seja o Senhor, o Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo. Ele promoveu poderosa salvação para nós, na linhagem do seu servo Davi (como falara pelos seus santos profetas, na antiguidade), salvando-nos dos nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam, para mostrar sua misericórdia aos nossos antepassados e lembrar sua santa herança, o juramento que fez ao nosso pai Abraão: resgatar-nos da mão dos nossos inimigos para o servimos sem medo, em santidade e justiça, diante dele todos os nossos dias. E você, menino (João Batista), será chamado profeta do Altíssimo, pois irá adiante do Senhor, para lhe preparar o caminho, para dar a seu povo o conhecimento da salvação mediante o perdão dos seus pecados' (Lc 1.68-77).

Sem isso 'perdão dos seus pecados' não havia restauração ou salvação ou redenção de Israel. Por isso que João, conforme diz Marcos, 'surgiu batizando no deserto e pregando um batismo de arrependimento para o perdão dos pecados'. Os israelitas que vinham a João 'confessando os seus pecados, eram batizados por ele no rio Jordão' (Mc 1.4,5). João estava purificando a nação para poder servir a Deus 'em santidade e justiça', e assim estaria preparada para o Senhor. Em Lucas 7.29,30, encontramos as seguintes palavras: 'Todo o povo, até os publicanos, ouvindo as palavras de Jesus, reconheceram que o caminho de Deus era justo, sendo batizados por João. Mas os fariseus e os peritos da lei rejeitaram o propósito de Deus para eles, não sendo batizados por João'. 274

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Aqueles que rejeitavam o batismo de João estavam fora do 'um povo preparado para o Senhor' (Lc 1.17). Por isso que quando João via que os 'fariseus e saduceus' vinham apenas para espionar o seu batismo, dizia: 'Raça de víboras! Quem lhes deu a idéia de fugir da ira que se aproxima. Dêem fruto que mostre o arrependimento!' (Mt 3.7). Essa cambada de classe religiosa não reconhecia que o batismo de João era do céu (Mt 21.23-27). Porém, João Batista sabia que o seu batismo de arrependimento não era suficiente, mas que o povo de Israel deveria ser batizado com Espírito Santo e com fogo para serem realmente purificados! Essa promessa do derramamento do Espírito sobre a nação de Israel fazia parte da grade de profecias antigas sobre a restauração ou salvação ou purificação de Israel (Is 44.1-5; Ez 36.24-28; Jl 2.27-29; Zc 13.9; Ml 3.2b-4). Por isso que o Messias que deveria restaurar a nação de Israel ou traze-la de volta a Deus ou salvar a nação de Israel ou ainda introduzir Israel no Reino era apontado por João Batista como aquele que 'batiza com Espírito Santo' (Jo 1.29-34). Assim o Messias é o autor da salvação de Israel chamado de 'Salvador de Israel' (At 13.24-26). Essa salvação incluía restaurar (remir seus pecados) e batizar com Espírito Santo a nação de Israel. Jesus Cristo é o cumprimento literal e perfeito das profecias! Em uma certa ocasião, na sinagoga leu a seguinte profecia de Isaías: 'O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres, ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor' (Lc 4.16-21).

Então disse: 'Hoje se cumpriu a Escritura que vocês acabaram de ouvir' (v.21). Quer dizer, os tempos de restauração chegaram! Quando o Messias veio a Israel, a nação já estava em sua própria terra, porém, estavam dispersa de Deus. Mateus relata: 'Ao ver as multidões, [Jesus] teve compaixão delas, porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas sem pastor' (Mt 9.36). Então a missão do Messias incluía reunir essas ovelhas dispersas. Ele disse: 'Eu fui enviado apenas às ovelhas perdidas de Israel' (Mt 15.24). Quando esteve na casa do judeu Zaqueu, disseram: 'Ele se hospeda na casa de um pecador'. Jesus lhes respondeu: 'Hoje houve salvação nesta casa! Porque este homem também é filho de Abraão. Pois o Filho do homem veio buscar e salvar o 25º Problema Teológico

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que estava perdido' (Lc 19.7-10). Jesus falava da 'ovelha perdida' 'dracma perdida' e do 'filho perdido' a fim de mostrar a situação de Israel e sua missão de ir atrás da 'ovelha perdida até encontrá-la' (Lc 15.1-32). Encontramos essa missão messiânica nos profetas referente a restauração de Israel. Então restaurar Israel era congregar o povo em um só rebanho de ovelhas! Em Ezequiel, lemos: 'Assim diz o Senhor: Eu mesmo buscarei as minhas ovelhas e delas cuidarei. Assim como o pastor busca as ovelhas dispersas quando está cuidando do rebanho, também tomarei conta de minhas ovelhas. Eu as resgatarei de todos os lugares para onde foram dispersas num dia de nuvens e de trevas. Eu as farei sair das outras nações e as reunirei, trazendo-as dos outros povos para a sua própria terra. E as apascentarei nos montes de Israel... ali se alimentaram, num rico pasto... e as farei deitar e repousar... a nação de Israel, são o meu povo... vocês, minhas ovelhas, ovelhas da minha pastagem, são o meu povo, e eu sou o seu Deus' (Ez 34.11-31).

Em Miquéias 2.12-14, também lemos: 'Vou de fato ajuntar todos vocês, ó Jacó; sim, vou reunir o remanescente de Israel. Eu os ajuntarei como ovelhas num aprisco, como um rebanho numa pastagem; haverá ruído de grande multidão. Aquele que abre o caminho irá adiante deles; passarão pela porta e sairão. O rei deles, o Senhor, os guiará'.

Quando Jesus ia nas 'cidades e povoados de Israel proclamando as boas novas do Reino de Deus'(Lc 4.43; 8.1), e fazendo muitos seguidores estava na verdade ajuntado essas ovelhas num aprisco. Cumprindo assim as profecias. No capítulo 10 de João, Jesus aplicou a si mesmo essas profecias:'Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas'. Por que o bom pastor deveria dá a sua vida pelas ovelhas? Como preço de resgate a fim de ter o direito de reunira-las de 'todos os lugares para onde foram dispersas' devido os seus pecados. O objetivo dele era: 'É necessário que eu as conduza... Elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho em um só pastor... As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão'(vv.11,16,27). Opa! O Messias dará a vida eterna aquelas ovelhas que ele ajuntará em 'um só rebanho'. Para serem reunidas em 'um só rebanho' essas ovelhas deveriam entrar pela porta. Jesus disse: 'Eu lhes asseguro que aquele que não 276

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entra no aprisco das ovelhas pela porta, é ladrão e assaltante... Eu sou a porta das ovelhas; quem entra por mim será salvo. Entrará e sairá, e encontrará pastagem' (vv.1,7,9). Esse é o único meio de ser congregado a um só rebanho do bom pastor! Será que o Messias conseguiu reunir essas ovelhas dispersas? Jesus Cristo estava plenamente convencido da sua missão. Ele disse para o pequeno grupo de seguidores: 'Não tenham medo, pequeno rebanho, pois foi do agrado do Pai dar-lhes o Reino' (Lc 12.32). Isso aqui é uma revelação bombástica!!! Os israelitas que seguiam o Messias representavam a reunião de Israel em um só rebanho de ovelhas! Essa é a grande revelação do Novo Testamento! Se lermos as profecias dentro dessa luz teremos uma maior compreensão delas! Veremos que os escritos dos apóstolos corroboram essa interpretação e que eles formularam argumentos contra as objeções. Mas o que isso tem haver com as profecias de Zacarias? Tudo! Muito embora os livros dos profetas fossem lidos todos os sábados nas sinagogas (At 13.27; 15.21) e os doutores da lei estudavam cuidadosamente as Escrituras (Jo 5.39), mesmo assim, eles não tinham uma verdadeira interpretação dos profetas. A respeito disso, Jesus aconselhou seus discípulos: 'Estejam atentos e tenham cuidado com o fermento (isto é, o ensino) dos fariseus e dos saduceus' (Mt 16.5,12). De fato, as palavras dos profetas eram quase indecifrável, haja visto que os profetas falavam dos assuntos de modo geral. Porém, os apóstolos, a quem 'foi dado o conhecimento dos mistérios do Reino dos céus' pelo Espírito Santo colocaram as profecias nos seus devidos lugares (Mt 13.11; 24.45; 1 Co 2.10). Era como se fosse uma peça de quebra-cabeça toda espalhada. Aos apóstolos foram dado a capacidade de montar essas peças. Graças a Deus! O profeta Zacarias, por exemplo, falou do dia do Senhor em que as nações inimigas de Israel seriam destruídas, e que o Senhor seria rei sobre toda a terra e Jerusalém seria habitada para sempre, entre essas profecias ele disse: 'Levanta-se, ó espada, contra o meu pastor, contra o meu companheiro! Declara o Senhor dos Exércitos. Feri o pastor, e as ovelhas se dispersarão, e voltarei minha mão para os pequeninos' (Zc 13.7).

Seria o Messias ferido no dia do Senhor? Claro que não! O modo literal como os doutores da lei interpretavam as profecias levavam 25º Problema Teológico

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ignorar o sofrimento do Messias. Não entendiam que antes do Messias trazer o reino deveria primeiro ser ferido. Isso era necessário porque a profecia dizia que 'as ovelhas do rebanho' deveria ser refinada e purificada (Zc 13.9). Encontramos essa profecia nos escritos dos apóstolos em seu devido lugar. Mateus 26.31,32 diz: 'Então Jesus lhes disse: Ainda esta noite todos vocês me abandonarão. Pois está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho serão dispersas. Mas, depois de ressuscitar, irei adiante de vocês para a Galiléia'.

Depois que Jesus foi preso 'todos os discípulos o abandonaram e fugiram... Mas tudo isso aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas' (Mt 26.56). Veja que os 'discípulos [que] o abandonaram e fugiram' na profecia de Zacarias aparecem como 'as ovelhas do rebanho' 'os pequeninos' e a 'terça parte'. Esses seriam 'purificados com fogo' e 'invocaria o nome do Senhor' e seriam chamados de 'meu povo'. Zacarias também diz: 'voltarei minha mão para os pequeninos' depois do pastor ter sido ferido. Isso refere-se a ressurreição de Jesus, pois ao citar essa profecia, Jesus disse: 'Mas, depois de ressuscitar, irei adiante de vocês para a Galiléia'. De modo semelhante, Zacarias diz que no dia do Senhor 'os habitantes de Jerusalém'... olharão para mim, a quem transpassaram' e 'naquele dia uma fonte jorrará para os descendentes de Davi e para os habitantes de Jerusalém para purificá-los do pecado e da impureza' (Zc 13.1). Quando uma fonte jorrou para a purificação de Israel? Lendo a profecia de modo literal sem discernir a natureza e a época das profecias (1 Pe 1.10-12), como faziam os doutores da lei, e infelizmente os dispensacionalistas, dá para imaginar que será quando 'o Senhor' vier 'com todos os seus santos' (Zc 14.3). Porém, segundo os apóstolos, que eram intérpretes fiéis dos profetas, isso aconteceu quando o Messias estava pendurado na cruz. O apóstolo João disse: 'um dos soldados perfurou o lado de Jesus com uma lança, e logo saiu sangue e água. Aquele que o viu, disso deu testemunho, e o seu testemunho é verdadeiro. Ele sabe que está dizendo a verdade, e dela testemunha para que vocês também creiam. Estas coisas aconteceram para que se cumprissem a Escritura... Olharão para aquele que transpassaram' (Jo 19.34-37).

Assim os apóstolos, que eram as testemunhas da verdade, compreenderam que a vinda do Messias prometido se daria em duas vindas: na primeira o Messias viria para reunir e purificar Israel através da Sua morte e ressurreição e na segunda vinda virá para destruir os 278

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inimigos e introduzir Israel no Reino. Porém, o Israel que iria ser introduzido no Reino seria o Israel que foi reunido e purificado através do arrependimento e fé no Messias (Is 59.20). Pois os israelitas infiéis seriam destruídos junto com as nações inimigas no dia do Senhor (Is 1.6-22; Ez 7.1-9; Os 5.1-12; Jl 2.1-11; Am 5.18-23; 9.5-10; Sf 2.1-3). Dentre as Escrituras proféticas que falam sobre as duas vindas do Messias, poderei citar Zc 9.9-17: na primeira ele virá como um ‘rei... humilde e montado num jumentinho’ (Zc 9.9 c/ Mt 21.4-11), e na segunda ele ‘aparecerá... e brilhará como o relâmpago’ (Zc 9.14 c/ Mt 24.27-31). Não obstante preciso salientar que a segunda vinda de Jesus não se divide em duas etapas. Os pré-tribulacionistas inventaram isso a fim de fazer cumprir o programa da sua escatologia judaizante. Por que então a nação de Israel não foi restaurada na primeira vinda do Messias? Os apóstolos nos responderão essa pergunta, antes, porém, iremos ver mais algumas coisas que o Messias iria fazer em Israel: A Nova Aliança. Em Jeremias 31.31-34, lemos: Estão chegando os dias, declara o Senhor, quando farei uma nova aliança com a comunidade de Israel e com a comunidade de Judá. Não será como a aliança que fiz com os seus antepassados quando os tomei pela mão para tirá-los do Egito; porque quebraram a minha aliança, apesar de eu ser o Senhor deles, diz o Senhor. Está é a aliança que farei com a comunidade de Israel depois daqueles dias, declara o Senhor: Porei a minha lei no íntimo deles e a escreverei nos seus corações. Serei o Deus deles, e eles serão o meu povo. Ninguém mais ensinará ao seu próximo nem ao seu irmão, dizendo: Conheça ao Senhor, porque todos eles me conhecerão, desde o menor até o maior, diz o Senhor. Porque eu lhes perdoarei a maldade e não me lembrarei mais dos seus pecados'

Na primeira aliança a comunidade de Israel foi resgatada do Egito através do sangue de um animal cujo sangue foi levado para dentro do tabernáculo, celebrava a páscoa como sinal deste resgate, recebeu a Lei no monte Sinai escrita em tábuas de pedras. Foram constituídos uma congregação formada por israelitas circuncidados na carne, um reino político tendo como sede a cidade de Jerusalém e uma nação sacerdotal para oferecer sacrifícios no templo e tomariam posse da herança prometida ao descendente de Abraão (Êx 12.1-13; 19.6; Hb 9.18-22). Na segunda aliança a comunidade de Israel seria resgatada de todas as nações através do sangue do Messias cujo sangue foi levado para 25º Problema Teológico

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dentro do tabernáculo celestial, celebraria a ceia como sinal deste resgate, receberia a Lei no monte Sião escrita nos corações mediante o Espírito Santo. Foram constituídos uma congregação formada por israelitas batizados em águas, um reino eterno tendo como sede a cidade de Jerusalém celestial, uma nação sacerdotal para oferecer sacrifícios espirituais no templo espiritual e tomariam posse da herança prometida a Cristo descendente de Abraão. A primeira aliança deveria permanecer até a chegada da nova aliança, depois disso essa aliança se tornaria velha, inútil e obsoleta não podendo ser restaurada jamais. Quando essa nova aliança deveria entrar em vigor? Os apóstolos lançaram grandes esclarecimentos sobre esse assunto, de modo que temos farto material sobre a nova aliança. Eles registraram a instituição da nova aliança. Lucas escreveu: 'Da mesma forma, depois da ceia, [Jesus] tomou o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue, derramado em favor de vocês' (Lc 22.20). Essa nova aliança entrou em vigor quando Jesus Cristo foi sacrificado na cruz, ressuscitou e ascendeu aos céus. Doravante, a velha aliança que inclui as coisas que descrevi caiu em desuso. Essa nova aliança foi feita com a comunidade de Israel, portanto as coisas que pertencem a nova aliança são deles por direito. Durante a instituição da nova aliança, Jesus disse aos seus apóstolos: 'eu lhes designo um Reino, assim como meu Pai o designou a mim, para que vocês possam comer e beber à minha mesa no meu Reino e sentar-se em tronos, julgando as doze tribos de Israel' (Lc 22.29,20). O pré-tribulacionista Elienai Cabral, referindo esse texto disse: 'Lembremo-nos, ainda que os 12 apóstolos julgarão, ou governarão, as 12 tribos de Israel (Mt 19.28; Lc 22.30). Isso requer uma restauração literal de Israel. Não há como a Igreja possa vir a ser dividida em 12 tribos' (Lições Bíblicas, de Mestre, 3º trimestre de 1998, pág.94).

Realmente requer uma restauração literal de Israel para ela poder participar desse Reino já que são os seus súditos! E, foi isso que o Messias fez! Restaurou Israel! Jeremias descreve que a nova aliança representa a restauração de Israel. Mas será que o Dr. Elienai Cabral estar querendo dizer que a velha aliança que inclui sangue de animal, a páscoa, Lei, circuncisão, reino político, sacerdócio levítico e o templo judaico serão restaurados? Então a nova aliança não valeu de nada! 280

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A nação de Israel iniciou com doze cabeças, os filhos de Jacó, ao restaurar Israel o Messias levanta doze apóstolos para governar as doze tribos de Israel. Quando Jesus ressuscitou, ele disse a Pedro: 'cuide das minhas ovelhas' (Jo 21.17). Quem são essas ‘minhas ovelhas’? Nesse momento, não são os gentios! Porque parece que para os pré-tribulacionistas a Igreja é os gentios! São as ovelhas que o Messias reuniu e congregou em um aprisco! E quem foram? Lemos: 'Eu fui enviado apenas às ovelhas perdidas de Israel' (Mt 15.24). Jesus disse a essas ovelhas: 'Não tenham medo, pequeno rebanho, pois foi do agrado do Pai dar-lhes o Reino' (Lc 12.32). Se a nova aliança deveria ser feita com a comunidade de Israel, então esse pequeno rebanho formado por seus seguidores judeus representava essa comunidade de Israel. E os demais judeus? Para poderem fazer parte dessa nova comunidade de Israel deveriam entrar pela porta. Jesus disse: 'Eu sou a porta das ovelhas; quem entrar por mim será salvo' (Jo 10.7,9). Essa salvação não significa ir por céu quando morrer! Porque para alguns crentes é isso que significa ser salvo. Essa salvação, como em todo o Novo Testamento é aquela anunciada pelos profetas de Israel! Isaías, por exemplo, disse: 'Mas Israel será salvo pelo Senhor com uma salvação eterna; vocês jamais serão envergonhados ou constrangidos, por toda a eternidade' (Is 45.17). Na sua carta, o apóstolo Pedro nos diz: 'Pois vocês estão alcançando o alvo da sua fé, a salvação das suas almas. Foi a respeito dessa salvação que os profetas que falaram da graça destinada a vocês investigaram e examinaram' (1 Pe 1.9,10).

Por isso que Jesus disse para as suas ovelhas: 'As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão' (Jo 10.25). A vida eterna ou a salvação eterna era a esperança das doze tribos de Israel. Paulo disse: 'Agora, estou sendo julgado por causa da minha esperança no que Deus prometeu aos nossas antepassados. Está é a promessa que as nossas doze tribos esperam que se cumpra, cultuando a Deus com fervor, dia e noite. É por causa desta esperança, ó rei, que estou sendo acusado pelos judeus. Por que os senhores acham impossível que Deus ressuscite os mortos?' (At 26.6-8).

Em outra ocasião, Paulo também falou: 281


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'Confesso-te, porém, que adoro o Deus dos nossos antepassados como seguidor do Caminho, a que chama seita. Creio em tudo o que concorda com a Lei e no que está escrito nos Profetas, e tenho em Deus a mesma esperança desses homens: de que haverá ressurreição tanto de justos como de injustos' (At 24.14-16).

A ressurreição dentre os mortos estava dentro da promessa de restauração de Israel! Porém, era impossível acontecer mediante a antiga aliança. Por isso que as profecias futuras de Israel são baseadas na nova aliança em Cristo e não na velha aliança em Moisés. João 6.54: 'Todo aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia'. Os apóstolos só poderão julgar, ou conforme diz Elienai Cabral 'governar' as doze tribos de Israel, se elas ressuscitarem! Então a participação dos judeus na nova aliança em Cristo garantirá para eles a entrada no Reino do Messias. Elienai Cabral citando Rm 11.1, escreveu: 'Porventura, rejeitou Deus o seu povo? [Paulo] mesmo responde: De modo nenhum!'. Deus jamais permitirá que isso aconteça. É claro que Deus não rejeitou o seu povo! E o contexto mostra que a Bíblia está falando de um Israel literal, e que Deus não alterou suas promessas' (Lições Bíblicas, de Mestre, 3º trimestre de 1998, pág.94) o grifo é meu.

É interessante que os pré-tribulacionistas que afirmam isso não crê que os judeus serão ressuscitados para entrarem no Reino prometido a Davi. Deveriam acreditar já que ensinam que a grande tribulação será uma terrível perseguição contra Israel e com certeza muitos judeus morrerão. Parece-me que o Dr. Elienai Cabral não percebeu que no mesmo capítulo de Romanos que diz que Deus não rejeitou o seu povo, fala da aceitação deles como 'vida dentre os mortos' (Rm 11.15). Portanto, a restauração de Israel inclui a ressurreição! Veremos isso nos profetas: Isaías 26.19: 'Mas os teus mortos viverão; seus corpos ressuscitarão. Vocês, que voltaram ao pó, acordem e cantem de alegria. O teu orvalho é orvalho de luz; a terra dará à luz os seus mortos'. Isaías 27.18: 'Seu pacto com a morte será anulado; seu acordo com a sepultura não subsistirá'. Daniel 12.13: 'Você descansará e,então, no final dos dias, você se levantará para receber a herança que lhe cabe'. 282

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Oséias 13.14: ' Eu os redimirei do poder da sepultura; eu os resgatarei da morte. Onde estão, ó morte, as suas pragas? Onde está, ó sepultura, a sua destruição'. Ezequiel 37.12-14: 'Assim diz o Soberano, o Senhor: Ó meu povo, vou abrir os seus túmulos e os fizer sair, vocês, meu povo, saberão que eu sou o Senhor. Porei o meu Espírito em vocês e vocês viverão, e eu os estabelecerei em sua própria terra'. Então foi exatamente por isso que antes de Jesus vir para estabelecer o Reino de Israel veio primeiro para garantir a participação deles nesse futuro Reino. Eles só poderiam participar do Reino de Davi se eles ressuscitarem, mas só podem ressuscitar se os seus pecados forem perdoados. Assim é que o Messias faz uma nova aliança com eles ‘para perdão dos pecados’ (Mt 26.28)! Talvez algum pré-tribulacionista diga: Mas essa ressurreição de Israel em Ezequiel é espiritual! Isso não nega as outras profecias citadas que falam da ressurreição física de Israel. Mas a grande verdade é que antes deles participarem da ressurreição física deveriam participar da ressurreição espiritual. Isto é, voltar a ser uma nação santa! Por isso o Messias veio a Israel. Jesus disse aos judeus: 'Eu lhe asseguro: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte para vida. Eu lhes afirmo que está chegando a hora, e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e aqueles que a ouvirem, viverão' (Jo 5.24-25).

Note que 'aqueles que ouvirem viverão', isto é, se tornarão ovelhas no aprisco do Messias. O Messias é o governante de Israel, então as suas ovelhas revividas é esse Israel. Ele disse, por exemplo, aos judeus que não criam nele: 'Mas vocês não crêem, porque não são minhas ovelhas. As minhas ovelhas ouvem a minha voz' e 'aqueles que ouvirem, viverão' (Jo 10.26,27). Esse é o Israel restaurado! Na profecia de Ezequiel sobre a ressurreição de Israel, lemos: '...os salvarei de todas as suas apostasias pecaminosas e os purificarei. Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus. O meu servo Davi (o Messias) será rei sobre eles, e todos eles terão um só pastor. Seguirão as minhas leis e terão o cuidado de obedecer aos meus decretos. viverão na terra que dei ao meu servo Jacó. Eles e os seus filhos e os filhos de seus de seus filhos viverão ali para sempre, e o meu servo Davi será o seu líder para sempre; será uma aliança eterna' (Ez 37.23-26). 25º Problema Teológico

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Essa 'aliança eterna' não é a aliança de Moisés, mas a nova aliança em Cristo. Em Hebreus 13.20: 'O Deus da paz, que pelo sangue da aliança eterna trouxe de volta dentre os mortos o nosso Senhor Jesus, o grande Pastor das ovelhas'. Há muitas relações nesses textos! Quando Ezequiel fala de 'Davi' como futuro rei e pastor de Israel requer uma ressurreição de Davi, então isso aponta para ressurreição do Messias (veja sobre isso em At 2.24-36; 13.34-37). Isso também significa que estando Davi presente entre eles como ‘rei e pastor’ garantia a ressurreição futuras dessas ovelhas. A profecia chamava essa esperança de ‘minha fidelidade prometida a Davi’, o texto na íntegra, diz: ‘Dêem-me ouvidos e venham a mim (a chamada para pertencer ao Messias); ouçam-me para que sua alma viva (a ressurreição) Farei uma aliança eterna (essa é a nova aliança) com vocês, minha fidelidade prometida a Davi’. Vejam eu o fiz uma testemunha aos povos um líder e governante dos povo (Is 55.3,4).

Paulo aplica essa profecia à ressurreição de Cristo em Atos 13.34 mais tarde disse: ‘Cristo haveria de sofrer e, sendo o primeiro a ressuscitar dentre os mortos, proclamaria luz para seu próprio povo (Israel)’ (At 26.23). Essa ‘luz’ inclui a ressurreição dentre os mortos (Is 9.2; 26.19; 2 Tm 1.10 - esse último texto diz: ‘Cristo... tornou inoperante a morte e trouxe à luz a vida e a imortalidade por meio do evangelho’, que é a nova aliança eterna). As ovelhas ressuscitadas que fariam parte desse rebanho de Davi seriam aquelas que foram: 'reunidas das nações, salvas e purificadas' e que obedecem 'as minhas leis', pois só assim eles seriam 'meu povo, e eu serei o seu Deus'. Isso fazia parte da nova aliança referida em Jeremias. A nova aliança envolvia: 'porei a minha lei no íntimo deles' 'todos eles me conhecerão' e 'perdoarei seus pecados'. Isso significa restauração, pois 'serei o Deus deles, e eles serão o meu povo' (Jr 31.33,34). A profecia de Jeremias dizia que: 'todos eles conhecerão' o Messias. Porém, muitos judeus diziam de Jesus: 'Discípulo dele é você! Nós somos discípulos de Moisés (antiga aliança). Sabemos que Deus falou a Moisés, mas, quanto a esse, nem sabemos de onde ele vem' (Jo 9.28,29), e tem mais era 'expulso da sinagoga' 'se alguém confessasse que Jesus era o Cristo' (Jo 9.22). Ainda outros perguntavam: 'como pode o Cristo vir da Galiléia?' (Jo 41,42). Quando Jesus se revelou a eles na sinagoga como o Messias, disseram: 284

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‘Não é este o filho de José?' (Lc 4.20-22). Mas alguns poucos, como André e Filipe, tinham plena certeza, diziam: 'Achamos o Messias' e 'Achamos aquele sobre quem Moisés escreveu na Lei, e a respeito de quem os profetas também escreveram' (Jo 1.40,41,45). André e Filipe eram discípulos de João Batista, portanto faziam parte daquele povo que João veio deixar preparado para o Messias (Lc 1.16,17). Mas por que só alguns judeus reconheciam Jesus como o Messias? Jesus responde isso citando o texto da nova aliança: 'Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, não o atrair; e eu o ressuscitarei no último dia (conforme a aliança eterna). Está escrito nos Profetas: Todos serão ensinados por Deus'. Todos os que ouvem o Pai e dele aprende vêm a mim... Todo aquele que o Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei... ninguém pode vir a mim, a não ser que isto lhe seja dado pelo Pai' e 'conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem' (Jo 6.37,44,45,65; 10.14). Quanto aos demais judeus, Jesus disse: 'mas vocês não crêem, porque não são minhas ovelhas... Eu dou a vida eterna as minhas ovelhas, e elas jamais perecerão' (Jo 10.26,27).

Significando que os judeus que não pertencesse ao seu aprisco não teriam vida eterna, antes pereceriam. Quando Pedro disse: 'Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo'. Jesus lhe respondeu: 'Feliz é você, Simão! Porque isto não lhe foi revelado por carne e sangue, mas por meu Pai que está nos céus (Mt 16.13-17 leia também Mt 11.27). Estes são as suas 'ovelhas do rebanho', 'seus pequeninos', 'os seus escolhidos do mundo' 'os santificados pela fé no Messias para receber a herança''os selados pelo Espírito Santo para o dia da redenção de Israel' (Mt 17.10-14; Jo 15.19; At 26.28; Ef 1.13,14; 4.30). Sobre esses o apóstolo aos hebreus cristãos, escreveu: 'por meio de um único sacrifício (a aliança eterna ou nova aliança), ele (o Messias) aperfeiçoou (restaurou) para sempre os que estão sendo santificados. O Espírito Santo também testifica a este respeito. Primeiro ele diz: Esta é a aliança que farei com eles, depois daqueles dias (de os ter ajuntado no aprisco Jr 31.2325,33), diz o Senhor. Porei as minhas leis em seu coração e as escrevei em sua mente' e acrescenta: 'Dos seus pecados e iniqüidades não me lembrarei mais. Onde esses pecados foram perdoados não há mais necessidade de sacrifício por eles' (Hb 10.14-18). 25º Problema Teológico

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A nova aliança garante o perdão dos pecados dessas ovelhas santificadas. Isso significa que o Messias fez a purificação da nação de Israel na sua primeira vinda (Hb 1.3; 13.12), quando ele voltar na sua segunda vez não será para trazer purificação dos pecados, mas trazer o juízo aos não perdoados e concretizar a salvação dos já perdoados (Hb 9.27,28). Isso significa que a purificação de Zacarias 12.10-13.1 não acontecerá na segunda vinda conforme defendida pelos pré-tribulacionistas, pois já aconteceu na crucificação conforme interpreta o apóstolo o texto de Zacarias 12.10;13.1 em João 19.34,37. Quando o Messias vier em Sua glória 'colocará as suas ovelhas [purificadas e reunidas] ao seu lado direito e dirá: “Venham, benditos (abençoados) de meu Pai! Recebam como herança o Reino que lhes foi preparado desde a criação do mundo' (Mt 25.33,34). Assim é que Paulo quando diz: '... todo Israel será salvo, como está escrito: 'Virá de Sião o redentor que desviará de Jacó a impiedade. E esta é a minha aliança (a nova aliança) com eles (os arrependidos Is 59.20) quando eu remover os seus pecados' (Rm 11.26,27). Não é de admirar aqui que Paulo rapidamente cita a nova aliança a fim de mostrar que o Israel que será salvo é formado por aqueles (os arrependidos') pactuados com o Messias na nova aliança. 'desviará de Jacó a impiedade e remover seus pecados' é o último processo da salvação de Israel. Pois, somos salvos da pena do pecado (justificação), do poder do pecado (santificação) e da presença do pecado (glorificação). O Messias eliminará o pecado de Israel através da glorificação. A aliança eterna, através da ressurreição, também garantirá a salvação daqueles israelitas pactuados com o Messias, mas que não estarão mais vivos na ocasião da vinda do Redentor a Sião. Por isso ele disse referindo-se ao Seu pacto com o Pai: 'E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum dos que ele me deu, mas os ressuscite no último dia' (Jo 6.39). Porque não existe salvação sem a destruição da morte e do pecado, sem ressurreição e sem vida eterna. Assim é que quando o apostolo João descreve o reino eterno de Davi referindo em Ezequiel 37.22-28, garantido pela 'aliança eterna (a nova aliança)', em Ap 21.3-5, diz: 'Agora o tabernáculo de Deus está com os homens com os quais ele viverá. Eles serão os seus povos; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus (Ez 37.27,28). Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, 286

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nem dor, pois a antiga ordem (que inclui também a antiga aliança - o ministério da morte e dor) já passou. Aquele que estava assentado no trono disse: Estou fazendo novas todas as coisas (baseado na nova e eterna aliança)'.

Veremos outro benefício da nova aliança feita com a comunidade de Israel: o derramamento do Espírito (peço que guardes em mente o termo 'comunidade' que significa 'aqueles que têm as mesmas crenças os mesmos ideais e os mesmos princípios'). Em Isaías 59.21 e Ezequiel 37.14, lemos: 'Quanto a mim, está é a minha aliança com eles, diz o Senhor: O meu Espírito que está em você e as minhas palavras que pus em sua boca não se afastarão dela, nem da boca dos seus filhos e dos descendentes deles, desde agora e para sempre, diz o Senhor'. 'Porei o meu Espírito em vocês e vocês viverão, eu os estabelecerei em sua própria terra. Então vocês saberão que eu, o Senhor, falei, e fiz. Palavra do Senhor'.

Essa efusão do derramamento do Espírito não viria apenas sobre os sacerdotes, profetas e reis como na antiga aliança, mas sobre todos sem exceção. Isso deveria acontecer antes do dia do Senhor e como sinal que esse dia está chegando. Para que Israel pudesse não só estar renovada quando esse dia chegar como também preparada (Joel 2.28-32). Em Isaías 44.2b-5, diz: 'Não tenha medo, ó Jacó, meu servo, Jerusum, a quem escolhi. Pois derramarei água na terra sedenta; e torrentes na terra seca; derramarei meu Espírito sobre sua prole, e minha bênção sobre os seus descendentes. Eles brotarão como relva nova. Como salgueiro junto a regatos. Um dirá: “Pertenço ao Senhor”; outro chamará a sim mesmo pelo nome de Jacó; ainda outro escreverá em sua mão: “Do Senhor” e tomará para si o nome Israel'.

O derramamento do Espírito traria renovação e renascimento a Israel - 'Eles brotarão como relva nova. Como salgueiro junto a regatos' - e também os faria pertencer ao Senhor, como que marcados por um selo 'Pertenço ao Senhor... escreverá em sua mão: Do Senhor'. O Messias veio cumprir essas profecias, João Batista disse: 'Eu vos batizo com água. Mas virá alguém mais poderoso do que eu... Ele os batizará com o Espírito Santo e com fogo. Ele traz a pá em sua mão, a fim de limpar sua eira e juntar o trigo em seu celeiro; mas queimará a palha com fogo que nunca se apaga'. 25º Problema Teológico

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O Espírito tanto simboliza a água como também o fogo. Porque a água renova a 'terra seca' fazendo brotar e o fogo renova os metais fazendo brilhar. Mediante o Espírito, o Messias limpará sua eira e juntará o trigo em seu celeiro. Assim mostra que o 'ajuntamento do trigo num celeiro' ou a 'reunião das ovelhas num aprisco' também é feito mediante o recebimento do Espírito que traz renovação e regeneração. O Senhor pergunta ao profeta Ezequiel: 'Filho do homem, estes ossos (a casa de Israel) poderão tornar a viver?... Farei um espírito entrar em vocês, e vocês terão vida', enquanto o filho do homem profetizava 'houve um barulho, um som de chocalho e os ossos se ajuntaram , osso com osso... foram cobertos de tendões e de carne, e depois de pele; mas não havia (ainda) espírito neles. Profetize ao Espírito... Venha desde os quatro ventos, ó espírito, e sopra dentro desses mortos, para que vivam... e o Espírito entrou neles; eles receberam vida e se puseram em pé. Era um exército enorme' (Ez 37.1-14).

Quando o Messias 'o filho do homem' começou o 'ajuntamento dos ossos' (outra expressão para 'ajuntamento do trigo no celeiro' ou 'ajuntamento das ovelhas em um só rebanho), eles de fato eram e são Israel carnal e sanguíneo, porém, o que os faria ficar em 'pé' como um 'enorme exercito revivido' era o Espírito da vida dentro deles. Em João 7.37-39, lemos: 'No último e mais importante dia da festa, Jesus levantou-se e disse em alta voz (veja o barulho que o filho do homem faz para juntar os ossos): 'Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz as Escrituras, do seu interior fluirão rios de água viva. Ele estava se referindo ao Espírito, que mais tarde receberiam os que nele cressem. Até então o Espírito ainda não tinha sido dado, pois Jesus ainda não fora glorificado'.

Muito embora o Messias convoca a toda a casa de Israel, somente aqueles israelitas que cressem nele receberiam 'água viva' ou 'sairiam de dentro de seus túmulos'. Quando isso acontecesse então esses 'serão o meu povo, e eu serei o seu Deus' (Ez 37.23). Mas tarde, como veremos, o vento soprou sobre esses que creram no Messias e estavam ajuntados em um 'só lugar'. Daí em diante eles se 'puseram em pé' e 'eram um exército enorme' (At 2.1-4, 41), prontos para a batalha (Lc 24.49; At 1.8). 288

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Ezequiel profetizou que após isso haveria uma só nação, e 'nunca mais serão duas nações, nem estarão divididos em dois reinos' (Ez 37.15-28). Pois o derramamento do Espírito na nova aliança seria a base para essa união inseparável (1 Co 12.13). Infelizmente, os pré-tribulacionistas ensinam que haverá dois reinos! Em Tito 2.5, falando sobre esse derramamento do Espírito, diz: '[Deus] nos salvou pelo lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós generosamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador... a fim de que... nos tornemos seus herdeiros, tendo a esperança da vida eterna'. Encontramos tal promessa de restauração em Ezequiel 11.19-21; 36.24-28: '.. Aspergirei água pura sobre vocês e ficarão puros... Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra (insensível) e lhes darei um coração de carne (sensível). Porei o meu Espírito em vocês e os levarei a agirem segundo às minhas leis. Vocês habitarão na terra que dei aos seus antepassados; vocês serão o meu povo, e eu serei o seu Deus'.

Isso faria Israel pertencer a Deus 'serão meu povo' - '... se alguém não tem o Espírito do Messias, não pertence ao Messias' (Rm 8.9) - , e assim se tornarem herdeiros da herança do Messias - 'Deus enviou o Espírito de Seu Filho (Messias) ao coração de vocês ('porei dentro de vós'), e ele clama: Aba, Pai (sensibilidade). Assim já não é mais escravo (da antiga aliança), mas filho (na nova aliança), Deus também o tornou herdeiro (da herança prometida ao Messias) - Gl 4.6; 3.16-18. A possessão do Espírito por parte de Israel garantirá a ressurreição futura para o Reino eterno de Davi '... Aquele que ressuscitou o Messias dentre os mortos (segundo a aliança eterna Hb 13.20) também dará vida a seus corpos mortais, por meio do seu Espírito, que habita em vocês' (Rm 8.11). Porém, quantos aqueles da nação de Israel que não experimentaram o derramamento do Espírito na nova aliança, aqueles que os pré-tribulacionistas prometem o Reino de Davi na antiga aliança, diz Ezequiel: 'Mas, quanto aqueles cujo coração está afeiçoados às suas imagens repugnantes... farei cair sobre a sua cabeça aquilo que eles têm feito' (Ez 11.19-21). Isso acontecerá no dia do Senhor quando ele destruirá tanto os que se afeiçoam as suas imagens repugnantes, como 25º Problema Teológico

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os que continuam oferecendo sacrifícios no templo; tanto os que são obcecados por imoralidade sexual, como os que se apegam ao dinheiro (Am 5.18, 20-24; Mq 1.7; Sf 1.14-18). Por que Ezequiel acusa de 'afeiçoar as suas imagens repugnantes e aos seus ídolos detestáveis' aqueles israelitas que não participam da nova aliança do Messias? Porque uma vez tendo o Messias dado a sua vida em sacrifício, anulou os sacrifícios do templo judaico para sempre, voltar a praticálos, torna-se agora uma prática idólatra e amaldiçoada, é como que pisassem 'aos pés o Filho de Deus' e profanasse 'o sangue da aliança eterna' (Gl 3.10; 4.8-11; Hb 10.29). Por isso que os pré-tribulacionistas são infelizes em ensinar que Israel fará uma aliança com o satânico Anticristo, que lhes construirá o seu templo e tornarão a oferecer sacrifícios a Deus. Isso é coisa repugnante! E atrairá mais ainda a ira de Deu sobre eles, aponto de o deixarem de fora do Reino de Davi (Hb 10.18, 26-31; Mt 8.11,12). E o que me deixa mais triste é ouvi-los dizer que Israel continuará oferecendo tais sacrifícios no Milênio! Sobre a ressurreição espiritual que os futuros filhos de Davi terão para poderem participar do seu Reino, o Messias disse a Nicodemos, um doutor da lei antiga: 'Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo. Perguntou Nicodemos: 'Como alguém pode nascer, sendo velho? É claro que não pode entrar pela segunda vez no ventre de sua e renascer! Respondeu Jesus: Digo-lhe a verdade: Ninguém pode entrar no Reino de Deus, se não nascer da água e do Espírito' (Jo 3.1-10).

Quando Nicodemos perguntou: 'Como pode ser isso?'. O Messias lhe disse: 'Você é mestre em Israel e não entende essas coisas?'. Isso significa que esse ensino embora esteja nos escritos dos profetas e lidos nas sinagogas todos os sábados, não era ensinado pelos doutores da lei, na verdade eles ignoravam, de modo que os israelitas desconheciam que Israel precisava nascer de novo para poder entrar o Reino de Davi. Porém, estava referida na promessa de restauração (Ez 11.19,20). De forma que somente aqueles que tinham recebido 'o Espírito que os adota como filhos' por meio do renascimento espiritual terão a confirmação da 'adoção como filhos' que é a 'redenção do corpo' e a 'herança' do Messias (Rm 8.15-24; 2 Co 5.1-5; Gl 4.6,7). Falando sobre isso com os saduceus que não acreditam na 290

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ressurreição futura de Israel, o Messias lhes esclareceu: 'Mas os que forem considerados dignos (infelizmente não serão todos os judeus) de tomar parte na era que há de vir e na ressurreição dos mortos não se casarão... e não podem mais morrer, pois são como os anjos (assexuados e imortais). São filhos de Deus, visto que são filhos da ressurreição' (Lc 20.27,33,34-38). Então o Messias lhes revela quem serão ressuscitados para tomar parte na era que há de vir: aqueles que estão vivos para Deus (v.38). Era impossível que isso acontecesse por intermédio da antiga aliança! Òh que grandes benefícios o Messias trouxe para a comunidade de Israel! O texto de Ezequiel 36.26-32, que fala da restauração de Israel, diz: 'Porei o meu Espírito em vocês e os levarei a agirem segundo os meus decretos' e 'terão nojo de si mesmos por causa das suas iniqüidades e das suas práticas repugnantes'. Mostra que isso somente seria possível se eles tivessem ‘as leis inscritas em seus corações’ por intermédio da possessão do Espírito dentro deles, e não inscritas nas pedras da antiga aliança. Porém, essa possessão do Espírito dentro deles só aconteceria por intermédio da nova aliança do Messias. Em 2 Coríntios 3.2,6. Paulo diz: 'escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de corações humanos (Jr 31.33). [Deus] nos capacitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; pois a letra mata, mas o Espírito vivifica'. Em Romanos 8.4, Paulo mostra que naqueles que vivem segundo o Espírito 'as justas exigências da Lei são plenamente satisfeitas (obedecidas) neles' e mostra também que somente 'pelo Espírito fazem morrer os atos do corpo' (v.13), que Ezequiel chama de 'ter nojo de si mesmos'. Como Israel poderia receber o Espírito Santo para pertencer ao Messias? Ezequiel continua: 'Envergonhem-se e humilhem-se por causa de sua conduta, ó nação de Israel' (36.32). Porém, é o apóstolo Pedro que dar o verdadeiro sentido a essas palavras: 'Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo. Pois a promessa é para vocês (os judeus) e para os seus filhos...' (At 2.38,39). Em contrapartida os pré-tribulacionistas, como o Dr. Claudionor de Andrade, ensinam: 25º Problema Teológico

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‘Jesus haverá de se manifestar com grande poder e majestade sobre Jerusalém e, juntamente com sua Igreja glorificada... Israel pranteará, humilhado e arrependido, aceitando o Senhor Jesus... Neste exato momento, experimentarão grande efusão do Espírito Santo (Zc 12.9,10; 13.1; 14.2-9; Ap 1.7) Lições Bíblicas, de Mestre, 4º trimestre de 2004, pág.71).

Mas isso não poderá acontecer nesse momento! Primeiro porque a promessa da efusão do Espírito estar acontecendo agora desde a época dos apóstolos! Segundo, o tempo do arrependimento estar sendo anunciado agora para todas em todo lugar, porque quando ele voltar já terá concluído o seu serviço sacerdotal e então trará destruição aos não preparados! (At 17.30,31; Hb 10.12,13; Am 5.18-23; Sf 2.1-3). Por isso que a mensagem a Israel é esta: ‘ vocês não se voltam para mim, declara o Senhor. Por isso, ainda o castigarei, ó Israel, e, porque eu farei isto com você, prepare-se para encontrar-se com o seu Deus, ó Israel’ (Am 4.11,12). E essa preparação é agora! Assim como estão fazendo os judeus que estão crendo no Messias. O tempo de salvação dada a Israel em Is 49.8, Paulo diz que está acontecendo agora! (2 Co 6.1,2). Terceiro, O Messias só salvará nessa ocasião os judeus que foram justificados agora como diz Paulo: 'Como agora somos justificados por seu sangue, muito mais ainda, por meio dele, seremos salvos da ira de Deus!' (Rm 5.9). Quarto, Jesus só livrará aqueles que se convertem agora e esperam a Sua vinda (1 Ts 1.9,10). Além do mais, a profecia de Zacarias 12.9,10 mostra que o Espírito seria derramado logo após o evento em que os habitantes de Jerusalém 'olharão para aquele a quem transpassaram' e 'quando uma fonte jorrar para os descendentes de Davi' (13.1). O apóstolo mostrou que essas profecias se cumpriram na cruz quando cita a profecia de Zacarias (João 19.34-37). De fato, Jesus disse: 'quando eu for, enviarei o Consolador' (Jo 16.7) e : 'eu lhes envio a promessa de meu Pai; mas fiquem na cidade [de Jerusalém] até serem revestidos do poder do alto' (Lc 24.49). De fato, quando o Espírito de graça foi derramado sobre 'os descendentes de Davi', no dia de Pentecoste, Pedro disse: 'Israelitas, ouçam estas palavras:... Exaltado à direita de Deus o Messias recebeu do Pai o Espírito prometido e derramou o que vocês agora vêem e ouvem' (At 2.22,33). Quando o Messias voltar não haverá mais esse batismo do Espírito Santo conforme ensina os pré-tribulacionistas, pois Paulo escrevendo 292

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aos coríntios, disse: 'Quando, porém, vier o que é perfeito... as profecias desaparecerão... as línguas cessarão, o conhecimento passará' (1 Co 13.8-12). Haja visto que os israelitas terão atingidos a perfeição nessa ocasião conforme diz a nova aliança: 'ninguém mais ensinará ao seu próximo nem ao seu irmão, dizendo: Conheça ao Senhor, porque todos eles me conhecerão, desde o menor até o maior' (Jr 31.34). E o derramamento do Espírito de acordo com a profecia de Joel envolve profecias, visões e revelações (Jl 2.28,29), e segundo a doutrina pentecostal a evidência física desse derramamento do Espírito são 'as línguas' (At 2.4). Que evidência demonstrarão dessa grande efusão do derramamento do Espírito sobre eles se as línguas e os demais dons cessarão com a vinda do Messias para estabelecer o Reino perfeito! O pré-tribulacionista Claudionor de Andrade diz: 'O Milênio terá início com um grande derramamento do Espírito Santo'. Porém, as Escrituras dos apóstolos mostram que o grande derramamento do Espírito que começou no dia de Pentecoste sobre 'os habitantes de Jerusalém' terminará na vinda de Jesus que será o início do Milênio (1 Co 13.8-12). Precisamos entender que os profetas proferiram suas profecias mescladas, mas são os apóstolos que as organizam! De fato, em Ap 1.7, que diz: 'Eis que ele vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até mesmo aqueles que o transpassaram e todos os povos da terra se lamentarão por causa dele' João cita a profecia de Zc 12.10, mas nessa ocasião não acontece o derramamento do Espírito. Porque nessa vinda ele não vem para expiar o pecado de Israel, pois isso ele vez na sua primeira vinda (Hb 9.27,28), porém, Zacarias via como um único evento. Por isso que 'aqueles que o transpassaram' se refere a nação ímpia que o rejeitou e crucificou. Se serão salvos nessa ocasião, então 'todos os povos da terra' também serão, pois também 'se lamentarão por causa dele'. Esse lamento é porque ficaram de fora do Reino de nosso pai Davi (ler Mt 8.11,12), pois não foram libertos dos seus pecados e nem constituídos reino e sacerdotes de acordo com a nova aliança no Messias por isso são indignos das promessas (Ap 1.5,6). Segundo o profeta Joel 2.31,32 haverá livramento apenas para aqueles que o Senhor chamar e batizar com o Espírito Santo que são aqueles que têm invocado a Jesus como Senhor e Messias de Israel (At 2.36; 4.11,12; Rm 10.9-13). Nesse texto de Paulo em Rm 10.9-13, ele não só cita a profecia de Joel 2.32, como o meio de Israel garantir a salvação no dia do Senhor 25º Problema Teológico

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por invocar Jesus como Messias, porém os judeus só poderão invocar a Jesus como Messias de Israel através da pregação da fé (Rm 10.12-16). Paulo também cita a Escritura de Isaías 28.16-18. Em que a pedra 'já experimentada' em sua morte será rocha de salvação para os que nela confiam e 'jamais serão envergonhados', mas também será rocha de tropeço que faz cair e 'aquele sobre quem ela cair será reduzido a pó' (Mt 21.38-45). Segundo Paulo e Pedro os que confiam na Rocha são os que crêem no Messias e invocam o seu nome, e os que tropeçam nela são os que não crêem no Messias e o rejeitam esses recebem 'um espírito de atordoamento' e não 'o Espírito de graça' (Rm 9.31-33; 1 Pe 2.6-8; Rm 11.7,8 c/ Sc 12.10). De acordo com o próprio Messias de Israel pelo fato de eles ter rejeitado a pedra angular 'o Reino de Deus será tirado deles e será dado a um povo que dê frutos do Reino' (Mt 21.38-46) um dos frutos do Reino é a efusão do Espírito (Mt 12.28). Deveras, Pedro chama os que crêem na pedra de Sião de 'geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus' (1 Pe 2.8-9). Quando essa pedra, segundo Daniel, se soltar 'sem auxílio de mãos' 'destruirá todos os reinos', mas 'os santos do Altíssimo' tomarão 'posse do reino' e 'será um reino eterno' (Dn 2.34,44-45; 7.22,27). Nesse dia segundo a Salmo 118.22-24, os que crêem na 'pedra angular' que foi rejeitada pelos construtores do antigo templo, se alegrarão, mas quanto aos que a rejeitaram, segundo Ap 1.7 se lamentarão! O Messias disse para os líderes de Israel: 'Mas eu digo a todos vocês (aqueles que o transpassaram): Chegará o dia em que vereis o Filho do homem assentado à direita do Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu”. Será que esses se alegrarão nesse dia? Não! Eles se lamentarão porque se envergonharam do evangelho do Messias e agora são lançados fora! (Lc 9.26; 13.22-29). Portanto, ó Estado de Israel não creiam no que vos profetizam os pré-tribulacionistas que lhes promete o Reino, estando vocês na antiga aliança! Para serem admitidos no Reino que breve virá terás que confiar no Messias agora! Como está escrito: ‘... que todo o Israel fique certo disto: Este Jesus, a quem vocês crucificaram, Deus o fez Senhor e Messias’ (At 2.36). E se a salvação do Estado de Israel estar garantida no futuro, então por que nossos santos apóstolos pregavam o evangelho para vossos 294

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antepassados como o único meio de participar do Reino do Messias? (At 4.11,12; 28.23-27). Talvez vocês pré-tribulacionistas digam: ‘todo o Israel será salvo’ referindo-se Rm 11.26. Mas eu quero dizer que vocês não acreditam nisso. Em primeiro lugar, porque, assim como os saduceus, vocês não acreditam que Israel ressuscitará na primeira ressurreição para reinar com o Messias em Seu governo milenar. Porém, isso era a esperança de Israel. Paulo falando aos ‘líderes dos judeus’ disse: ‘Por causa da esperança de Israel é que estou preso com estas algemas’ (At 28.20), em outros textos Paulo mostra que essa esperança é a ressurreição: ‘Estou sendo julgado por causa da minha esperança na ressurreição dos mortos!’ (At 23.6; 26.6-8; 24.14-16). Somente os que não acreditavam na ressurreição era os saduceus, mas foram corrigidos pelo Messias (At 23.6-8; Mt 22.23-32). Ora, se os únicos judeus que ressuscitarão para reinar com o Messias no Milênio são aqueles que estão na nova aliança, então esse é o Israel que será salvo! Em segundo lugar, vocês, assim como os fariseus, acreditam que o Estado de Israel, fundada em 1948, possuirá um governo político no Milênio, com sede na Jerusalém terrena e um templo judaico praticando as coisas da antiga aliança. E vocês afirmam que essa é a restauração de Israel. Todavia, não é essa a salvação de que fala Paulo em Rm 11.26. Ora onde está a inclusão do atual Estado de Israel na nova aliança por intermédio da qual o Messias restauraria Israel através do novo nascimento e da ressurreição dentre os mortos? A esperança de Paulo em relação as promessas de Deus feitas as doze tribos de Israel não se alterou quando ele tornou-se crente, a diferença era que ele estava no ‘Caminho’ certo para alcançar essas promessas. Assim, também, para que todos os outros membros das doze tribos recebecem as promessas feitas por Deus terão que seguir o Caminho. O termo ‘Caminho’ que aparece em At 9.2; 24.14 se referia exatamente aos que tinham sido reunidos e remidos pelo sangue da nova aliança. Até mesmo isso consta nas profecias sobre a restauração de Israel. Em Isaías 35.8-10, lemos: ‘E ali haverá uma grande estrada, um caminho que será chamado Caminho de Santidade. Os impuros (aqueles judeus que não foram santificados pelo sangue da nova aliança) não passarão por ele; servirá apenas aos que são do Caminho (esses de quem 25º Problema Teológico

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Paulo faz parte e que pregavam a ressurreição dos mortos em Jesus - At 4.1); ... Só os remidos andarão por ele e os que o Senhor resgatou voltarão. Entrarão em Sião com cantos de alegria; duradoura alegria coroará sua cabeça, júbilo e alegria se apoderarão deles, e a tristeza e o suspiro fugirão’ .

O erro do pré-tribulacionismo é afirmar que as doze tribos de Israel alcançarão as promessas sem seguirem o Caminho. E isso é impossível! Quando vimos apenas 144 mil israelitas resgatados no monte Sião com o Cordeiro em Apocalipse 14, perguntamos: Por que só esses estão aí se a promessa foi feita para todos? Encontramos a resposta: ‘Estes são...os que seguem o Cordeiro por onde quer que ele vá’ (Ap 14.1,4), por isso Isaías disse: ‘os resgatados do Senhor... entrarão em Sião com cantos de alegria’ (o novo cântico de Ap 14.3). Sobre a pedra de Sião que virá reduzir a pó os israelitas apegados a antiga aliança, o apóstolo Pedro, em At 4.11, dá no Sinédrio uma grande revelação aos doutores da Lei: 'Este Jesus é a pedra que vocês, construtores, rejeitaram, e que se tornou a pedra angular (principal )'. Mas 'pedra angular' de quê? Ora, se está falando de 'construtores', então é uma pedra angular de uma construção. Os construtores do templo, que as profecias de restauração de Israel prometiam que seria construído, deveriam ter usado essa pedra como a pedra fundamental deste templo. Porém, ao rejeitar a pedra, eles cometeram um grande equívoco! Já vimos que essa pedra é o Messias e que foi posta em Sião não no Sinai. Mas o quê foi construído sobre essa pedra? Quando Pedro recebeu a revelação do Pai Celestial que Jesus é o Messias prometido à Israel, o Messias lhe disse: '...sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Hades não poderão vence-la. Eu lhe darei as chaves do Reino dos céus' (Mt 16.18,19). Isso aqui é tremendo!! Sobre a Pedra de Sião foi edificada a Igreja do Messias. Essa obra de edificação ou construção, que deveria ter como auxiliadores os líderes de Israel, cumpre as profecias dos profetas, e que os apóstolos interpretam com muita perfeição por meio do Espírito. Zacarias 6.12, é uma dessas profecias: '... assim diz o Senhor dos Exércitos: Aqui está o homem cujo nome é Renovo, e ele sairá do seu lugar e construirá o templo do Senhor, será revestido de majestade e se assentará em seu trono para governar. Ele será sacerdote no trono'. 296

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Esse 'Renovo' é o Messias da nova aliança. Na profecia de Zacarias mostra que o Messias 'sairá do seu lugar (o céu) e construirá o templo do Senhor'. Isso fala da primeira vinda do Messias, visto que o profeta diz que após essa construção o Messias seria revestido de Majestade, sentaria como sacerdote no trono para governar. De acordo com os apóstolos que esclarecem as profecias, o Messias assentou à direita do trono da 'Majestade nas alturas' depois de ter realizado a 'purificação dos pecados' de Israel, e ali está assentado como 'sumo sacerdote', 'esperando até que os seus inimigos sejam colocados como estrado dos seus pés', isto é, o tempo em que ele destruirá 'todo o domínio, autoridade e poder' exercendo toda a sua 'autoridade nos céus e na terra' que recebeu após ter sido ressuscitado (leia Hb 1.3;8.1;10.12,13; 1 Co 15.24; Mt 28.18). Então o Messias construiu o templo do Senhor na sua primeira vinda à Israel. Segundo os profetas esse templo seria construído em Sião (na cidade de Jerusalém). Lemos em Zacarias 2.10: 'Cante e alegre-se, ó cidade de Sião! Porque venho fazer de você a minha habitação'. Se o Messias era a Pedra posta em Sião e essa Pedra tornou-se pedra fundamental da construção do templo, então o templo foi edificado sobre ele mesmo! Sendo assim, ele é o fundamento e o construtor do templo de Israel. Tudo isso confere com o que o Messias disse a Pedro: '... sobre essa pedra {de Sião}edificarei a minha Igreja...' (Mt 16.18). Esse é o único templo que o Messias construiu em Sião! A Igreja de Sião do Messias era formada por ovelhas que reconheciam e confessavam, assim como fez Pedro: 'Tú és o Messias'. Coisa que os construtores do antigo templo não fizeram, em razão disso foram rejeitados! Por isso que Cristo entrega agora 'as chaves' do templo ao colegiado dos apóstolos. Bem mais tarde, falando sobre o ajuntamento que o Messias veio fazer dos de ‘perto’ e dos de ‘longe’ em um ‘só povo’, conforme as profecias de restauração de Israel, Paulo lança mais esclarecimento sobre o templo do Messias, dizendo: ‘... edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo Jesus Cristo como pedra angular, no qual todo o edifício é ajustado e cresce para tornar-se um santuário santo no Senhor... para morada de Deus de Deus por seu Espírito’ (Ef 2.20,21). Nessa ocasião, Paulo fala de um ‘mistério’ que estava oculto, porém, iremos nos referir sobre este mistério posteriormente, muito embora já tenho falado sobre isso nos capítulos anteriores. 25º Problema Teológico

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O autor que escreveu sua carta aos judeus disse que Moisés foi um servo fiel de Deus quando este ordenou que ele construísse uma casa, mas que o Messias 'é fiel como Filho sobre a casa de Deu; e esta casa', diz o escritor, 'somos nós' (Hb 3.6), referindo-se a comunidade de cristãos judeus aquém se dirigia. Então ele mostra que Moisés construiu o tabernáculo no monte Sinai baseado na antiga aliança, mas o Messias construiu a casa de Deus sobre o monte de Sião baseado na nova aliança, dizendo: 'Vocês (os judeus que criam no Messias) não chegaram ao monte que se podia tocar (monte Sinai, onde foi firmado a antiga aliança)... mas chegaram ao monte Sião, à Jerusalém celestial, à cidade do Deus vivo, à universal assembléia, à igreja dos primogênitos, cujos nomes estão escritos nos céus... a Jesus, mediador de uma nova aliança, e ao sangue aspergido...' (Hb 12.18,22-24).

Logo em seguida o escritor cita o texto do profeta Ageu onde fala do novo templo cuja glória será maior do que a glória do antigo templo (Hb 12.26 c/ Ag 2.7,9) e conclui: 'adoremos a Deus de modo aceitável', isto é, não mais à maneira do antigo templo. O apóstolo aos hebreus tinha plena convicção que a 'igreja dos primogênitos' representava o 'novo templo' construído pelo Messias no monte Sião. Ele não apenas chama o novo templo de 'igreja dos primogênitos', mas também de 'universal assembléia'. Isso se refere ao mistério oculto que Paulo fala e que veremos depois. O Messias ainda disse a Pedro: 'as portas do hades não poderão vencer a Igreja'. No Salmo 118 que fala sobre a pedra rejeitada que se tornou a pedra fundamental da construção do templo, o salmista diz: 'Não morrerei, mas vivo ficarei... abram as portas da justiça para mim... (vv.17,19), isso revela a esperança na ressurreição. Significa que a comunidade fundada no Messias iria prevalecer sobre o poder da morte (a palavra 'hades' também pode ser traduzida por 'sepultura'). Eles na iriam ficar trancafiados nas portas do hades, pois as portas da justiça baseada na nova aliança se abririam para eles! E eles gritarão, assim como está escrito nas profecias de restauração de Israel: 'Onde está, ó seol (hades - sepultura), a sua destruição' (Os 13.14). O Messias também disse a Pedro: 'Eu lhe darei as chaves do Reino dos céus' (Mt 16.19). Essas palavras dão aos apóstolos o direito sobre o 298

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Reino prometido à Davi, por isso que na nova aliança eles são designados como juízes das 'doze tribos de Israel' (Lc 22.29,30). Isso significa que para as dozes tribos entrarem no Reino de Davi deverá ser através dos apóstolos. Eles têm as chaves! No Salmo 118 que fala sobre a pedra sobre quem o Messias construiu o novo templo, o salmista diz: 'Esta é a porta do Senhor, pela qual entram os justos' (vv.20,22). As chaves desta porta foram dadas aos novos líderes de Israel constituídos pelo próprio Messias, o Rei de Israel. Assim, somente aqueles que entram por essa porta fazem parte da Igreja do Messias, o novo templo de Israel, e têm o direito legítimo de herdar o Reino de Davi. São justos por causa do sangue do Messias e com esperança de vencer a morte pela ressurreição por causa da ressurreição do Messias. Tratando, porém, dos doutores da lei, aqueles construtores infelizes que rejeitaram a pedra, diz o Messias: 'Vocês fecham o Reino dos céus diante dos homens! Vocês mesmos não entram, nem deixam entrar aqueles que gostariam de fazê-lo' (Mt 23.13). E o Messias diz que os convertidos por eles ao antigo pacto se 'tornam duas vezes mais filhos do inferno (geena) do que eles' (Mt 23.15). Isto é, não vencerão o poder da segunda morte, ficando de fora da primeira ressurreição e do Reinado do Messias (Ap 20.6). Assim é que nenhum judeu do antigo pacto ressuscitará para herdar o Reino de Davi, nem tampouco aqueles judeus vivos que permanecem seguindo os doutores e teólogos do antiga pacto. E quem disse que 'Reino dos céus' é a mesma coisa que 'Reino de Davi'? Os próprios fundadorores do pré-tribulacionismo concorda com isso. Por exemplo, Scofield escreveu: 'o Reino dos céus... é judaico, messiânico, e davídico. Fora prometido a Davi, e esta promessa entrou no período do Novo Testamento “totalmente sem mudança”... Será realizado no milênio' (Opções Contemporâneas na Escatologia, pág.101).

O que eles não perceberam foi que as chaves do Reino dos céus foram entregue aos apóstolos significando que só pertencem a comunidade do Messias aqueles que 'perseveram na doutrina dos apóstolos' e são esses que irão herdar esse Reino no Milênio. Por isso o texto bíblico diz: 'E o Senhor lhes acrescentava diariamente os [judeus] que iam sendo salvos' (At 2.42,47). Se os pré-tribulacionistas querem que o atual Estado de Israel se salve, então terão que pregar para eles a doutrina dos apóstolos: Jesus é o Messias! Caso contrário serão mortos! 25º Problema Teológico

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De fato, o Messias disse: '... aquele sobre quem a pedra cair será reduzido a pó... e o Reino será tirado de vocês e será dado a um povo que dê os frutos do Reino' (Mt 21.42-46). Esse povo são aqueles que entram na porta do novo templo pelas mãos dos doze juízes das doze tribos de Israel; são os que confiam na pedra e jamais serão envergonhados (Rm 9.32; 10.11). Quando o Messias ascendeu aos céus, deixou na terra um 'pequeno rebanho' de cento e vinte judeus crentes, estavam reunidos em Jerusalém, cidade de Sião (Lc 12.32; At 1.12-15), esperando a promessa do derramamento do Espírito (Lc 24.49). Assim a profecia dizia: 'Não tenha medo, ó Jacó, meu servo... derramarei meu Espírito sobre os seus descendentes...' (Is 44.2,3). E Zacarias afirma que o local seria em 'Jerusalém' '... derramarei... sobre os habitantes de Jerusalém o Espírito de graça (Zc 12.10). E 'chegando o dia de Pentecoste', festa que se comemorava 50 dias após oferecimento a Deus do 'primeiro feixe de trigo que foi colhido' (a ressurreição de Jesus), quando então o Sacerdote (o Messias ressuscitado) deveria mover diante do Senhor a 'oferta sagrada (represetada por esses 120 judeus crentes) e pertencente ao sacerdote (o Messias)' (Lv 23.20), a partir daí iniciaria a colheita. 'De repente veio do céu um som, como de um vento muito forte' conforme profetizou Ezequiel 'venha desde os quatro ventos, ó Espírito, e sopre dentro desses mortos, para que vivam' (Ez 37.9). 'E viram o que parecia línguas de fogo, que se separaram e pousaram sobre cada um deles', de acordo com Zacarias 13.9: 'colocarei essa terça parte no fogo e a refinarei como prata e a purificarei como ouro...' e Ml 3.2a-4. Então 'todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito os capacitava', em concordância com Joel 'derramarei do meu Espírito sobre todos... e profetizarão' (Jl 2.28). Eis aqui o novo templo cheio de maior glória! (Ag 2.9; 2 Co 3.711). Este dia ficou conhecido como o dia da fundação da Igreja. Eis aqui o templo construído na cidade de Sião! (Zc 2.10; 6.13). Eis aqui o templo da nova aliança! Aqui surge o Israel restaurado do Messias! Formados por judeus ajuntados, renascidos e cheios do Espírito Santo, com esperança de ressurreição e futuros herdeiros do Reino de Davi! As profecias de restauração começam a se cumprirem (Ez 39.28,29)! São de fato apenas 120 judeus, mas os doze apóstolos, juízes das doze tribos de Israel, estão entre eles. Conforme diz a profecia: 'Um rei reinará com justiça, e príncipes governarão com justiça' (Is 32.1). 300

25º Problema Teológico


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Ageu profetizou: 'Dentro de pouco tempo farei tremer o céu, a terra, o mar e o continente. Farei tremer as todas nações, as quais trarão para cá os seus tesouros e encherei este templo de glória' (Ag 2.6). De fato, aconteceu isso no dia de Pentecoste 'havia em Jerusalém judeus... vindos de todas as nações do mundo' (At 2.5), e em pouco tempo aqueles 120 judeus se tornaram uma grande multidão de mais de 3 mil crentes judeus (os tesouros das nações). Eis aqui o enorme exército de Ez 37.10! (At 2.41). Rapidamente saíram à guerra e já eram 5 mil em At 4.4! Cinco mil judeus crentes no Messias! Eis o Israel de Deus (Gl 6.16). Em At 21.20 já tinham ascendido a milhares de judeus salvos. Estes são a verdadeira comunidade de Israel com quem o Messias firmou uma aliança eterna (Hb 8.7-13; 10.14-18). Mas é o livro de Apocalipse que nos revela o número exato dos israelitas que irão compor a comunidade das doze tribos de Israel. Isaías profetizou que o Messias iria restaurar ‘as tribos de Israel’ (Is 49.6). Então em Apocalipse 7.1-8, encontramos literalmente ‘cento e quarenta e quatro mil israelitas de todas as tribos de Israel...’ chamados de ‘servos de nosso Deus’ (v.4), selados com ‘o selo do Deus vivo (v.2). Eis aqui a restauração literal de Israel conforme as profecias. E para ser mais preciso o texto cita os nomes das doze tribos de Israel e a quantidade de israelitas de cada tribo (vv.7.5-8), que representam o número dos doze apóstolos multiplicado por mil! Conforme a profecia de restauração de Israel em Isaías 60.22:'O menor (os doze apóstolos) virá a ser mil, e o mínimo uma nação forte; eu, o Senhor, ao seu tempo o farei prontamente’. E fez mesmo!!! Em Ap 14.1-5, encontramos as doze tribos de Israel com o Messias! Exatamente no monte Sião, onde o Messias edificou o templo do Senhor. Mas não encontramos um templo de tijolos, mas israelitas vivos e salvos! São os ‘seguidores do Cordeiro’ ‘as ovelhas que ouvem a Sua voz’ que ‘foram comprados dentre os homens e ofertados como primícias a Deus e ao Cordeiro’ (vv.4,5). Por isso são chamados de ‘igreja dos primogênitos’ que se chegaram ao ‘monte Sião’ (Hb 12.22,23), porque foram os primeiros a serem gerados pelo Messias; os primeiros membros da Igreja edificada sobre a Pedra de Sião (Mt 16.18); os primeiros a serem resgatados; os primeiros que receberam o batismo com Espírito Santo; os primeiros a serem‘comprados da terra’ (Ap 14.3), como disse o judeu Tiago e 25º Problema Teológico

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pastor de Jerusalém para as ‘doze tribos dispersas entre as nações’ :‘Por sua decisão ele nos gerou pela palavra da verdade, afim de sermos como que primeiros frutos de tudo o que ele criou’ (Tg 1.18). Assim diz a profecia de restauração de Israel: ‘Os resgatados do Senhor voltarão. Entrarão em Sião com cântico; alegria eterna coroará sua cabeça. Júbilo e alegria se apossarão deles, tristeza e suspiro deles fugirão’ (Is 51.11). De fato esses 144 mil israelitas estão cantando um cântico sem igual em Sião diante do trono do Senhor! (Ap 14.2,3). E também a profecia de Obadias 21: ‘Os vencedores subirão ao monte Sião para governar... E o reino será do Senhor’. São vencedores porque ‘não se contaminaram com mulheres (Ap 14.4) [essas mulheres são as cidades pagãs com quem Israel fazia constantes alianças] . São vencedores porque são castos e santos - não seguem ‘as práticas dos nicolaítas’ (Ap 2.6,7), são testemunhas ‘fiéis até a morte’ (Ap 2.10,11), ‘não se apegam aos ensinos de Balaão’ (Ap 2.14,17), ‘não se prostituem com a Jezabel’ (Ap 2.20,26-28), ‘não contaminam as suas vestes’ (Ap 3.4,5), ‘não pertencem a sinagoga de Satanás’, que são os judeus da antiga aliança (Ap 3.9), são os que ouvem a voz do Messias (Ap 3.20,21). São vencedores porque herdarão todas as bençãos de Abraão, Isaque, Jacó e Davi (Ap 21.7). Aqui está a Igreja de Jesus Cristo reunida em um só rebanho na sua própria terra no monte Sião! Todas as profecias dos profetas se cumpriram neles! Tudo quanto for lido nas Escrituras proféticas se convergem prá cá! Esse é o Israel literal e restaurado! Portanto o Senhor cumpriu neles as profecias de restauração de Israel e continuará cumprindo! Por que então toda nação não aceitou a Jesus como o Messias? Porque as profecias de restauração afirmavam que somente um remanescente seria restaurado e salvo. Conforme Isaías 10.21,22: ‘Um remanescente voltará, sim o remanescente de Jacó se converterá ao Deus Poderoso (o Messias é esse Deus Poderoso - veja Is 9.6). Embora o seu povo, ó Israel, seja como areia do mar, apenas um remanescente voltará (para o Messias e ‘será salvo’ - Rm 9.27). Os apóstolos tinham plena consciência que eles juntamente com os outros judeus crentes era esse remanescente e que por isso se tornaram a comunidade de Israel. Vamos analisar algumas profecias que mostram que de fato os apóstolos consideravam a comunidade de judeus crentes que eles lideravam como a comunidade de Israel que entrou na nova aliança com 302

25º Problema Teológico


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o Messias por isso se tornaram o Israel restaurado, o povo de Deus, os santos do Cordeiro, os herdeiros de todas as promessas de Israel e do reino do Messias sobre toda a terra. Sobre esses israelitas salvos e selados com o Espírito Santo irá se cumprir as outras profecias de restauração no que diz respeito a concretização da reunião dos quatro cantos da terra, a ressurreição física, o reinado sobre as nações, a posse da nova terra e a entrada na nova Jerusalém. O primeiro texto se encontra em Isaías 49.6: 'Sim, diz ele: Pouco é o seres meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os remanescentes de Israel; também te dei como luz para os gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da terra'.

Este texto fala que o Messias chamado de 'meu servo' restauraria 'as tribos de Jacó' e trará de volta à Deus 'os remanescentes de Israel' e também seria 'luz para os gentios'. Antes do Messias se tornar 'luz para os gentios' deveria primeiro restaurar Israel, para que os gentios pudessem se beneficiar da luz que brilhou sobre o Israel. Em Atos 26.23, está escrito: 'o Cristo haveria de sofrer e, sendo o primeiro a ressuscitar dentre os mortos, proclamaria luz para o seu própria povo (israel) e para os gentios'. A luz brilhou sobre Israel! (Is 9.2,3 c/ Mt 4.16), os seguidores do Messias estavam na luz (Jo 8.12) e a partir da nação de Israel restaurada essa luz brilharia sobre as nações gentílicas. Isaías 60.1: 'Levante-se, refulja! Porque chegou a sua luz... densas trevas envolvem os povos, mas sobre você raia o Senhor, e sobre você se vê à sua luz. As nações (gentios) virão à sua luz...' (Ver Ef 5.13,14). Por causa disso o Messias constituiu o Israel restaurado como luz para os gentios (Mt 5.14-16). Assim é que Paulo, membro dos 144 mil das dozes tribos de Israel restaurado e iluminado pela luz da ressurreição do Messias, foi escolhido para levar a luz aos gentios. Em sua chamada, o Messias lhe disse: 'Eu lhe apareci para constituí-lo servo e testemunha... para abrir-lhes os olhos e converte-los das trevas para a luz... a fim de que recebam (os gentios) o perdão dos pecados e herança entre os que são santificados (os judeus restaurados) pela fé em mim' (At 26.18). Quando então foi enviado aos gentios citou a profecia de Isaías sobre a luz referente ao seu ministério entre os gentios em Atos 13.47: 'Pois assim nos ordenou: Eu fiz de você luz para os 25º Problema Teológico

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Outro texto que prova que os judeus crentes eram a restauração de Israel está em Isaías 43.1,5,6,10: 'Mas agora assim diz o Senhor, aquele que o criou, ó Jacó, aquele que o formou: Não tema, pois eu o resgatei... Não tenha medo, pois eu estou com você, do oriente trarei seus filhos e do ocidente ajuntarei a você... Vocês são minhas testemunhas declara o Senhor, e meu servo, a quem escolhi'.

O Israel restaurado e resgatado deveria continuar a obra do Messias de ajuntar os judeus espalhados por todas as nações do mundo. Assim eles seriam as 'testemunhas do Messias'. Em cumprimento a essa profecia, Jesus disse ao grupo de 120 judeus crentes: 'Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da Terra' (At 1.8) e em Lc 24.48: 'Vocês são testemunhas destas coisas'. De fato a profecia de restauração prometia: 'Reunirei ainda outros aqueles que já foram reunidos' (Is 56.8). Em cumprimento a isso, os judeus cristãos deram prioridade a evangelização de seus compatriotas testemunhando que Jesus era o Messias por meio de quem Deus cumprirá todas as profecias (At 11.19). Pedro disse: 'Tendo Deus ressuscitado o seu Servo, enviou-o primeiramente a vocês (os judeus) para abençoa-los, convertendo cada um de vocês das suas maldades' (At 3.26). Assim também Paulo se expressou: 'Era necessário anunciar primeiro a vocês (os judeus) a palavra de Deus; uma vez que a rejeitaram e não se julgam dignos da vida eterna, agora nos (o Israel restaurado) voltamos para os gentios' (At 13.46). Posteriormente, veremos que essa reunião se concretizará na segunda vinda do Messias! Assim nos abre o entendemento para compreendermos a quem primeiramente se aplicam o termo 'testemunhas' no livro de Apocalipse 12.17: ‘O dragão irou-se contra a mulher (Sião) e saiu para guerrear contra o remanescente da sua descendência (Cristo), os que obedecem aos mandamentos de Deus e se mantêm fiéis ao testemunho de Jesus’ (leia também Ap 17.6; 20.4). Os apóstolos a fim de provar que eles representavam a restauração de Israel citaram textos dos profetas. Amós 9.11 é um deles: 'Naquele dia levantarei a tenda caído de Davi. Consertarei o que estiver quebrado, e restaurarei as suas ruínas. Eu reerguerei para que seja como era no passado, para que o meu povo conquiste toda as nações que me pertencem, declara o Senhor'. 304

25º Problema Teológico


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O tabernáculo de Davi era uma tenda que havia no monte Sião (2 Sm 5.7; 6.16,17; 1 Rs 8.1). Nessa época havia dois tabernáculos: um em Gibeom onde estava todos os utensílios da antiga aliança, mas sem a arca da aliança, e havia uma tenda de Davi em Sião, não havia os utensílios, apenas a arca da aliança. Que simbolizava a presença de Deus! (1 Rs 3.4; 1 Cr 16.1,37-40). O texto de Amós diz que depois da restauração da tenda de Davi em Sião, Israel restaurado iria conquistar as nações. O apóstolo Tiago aplica essa profecia aos judeus crentes em Atos 15.15-17, quando os gentios começam a entrar na Igreja. Vejamos: '... Deus... voltou-se para os gentios a fim de reunir dentre as nações um povo para o seu nome. Concorda com isso as palavras dos profetas, conforme está escrito: 'Depois disso voltarei e reconstruirei a tenda caída de Davi. Reedificarei as suas ruínas e a restaurarei, para que o restante dos homens busquem o Senhor e todos os gentios...'.

Notemos, irmãos, que todos os gentios só poderão buscar ao Senhor depois da tenda de Sião for restaurada. Assim essa tenda de Davi são os crentes judeus, os 144 mil que aparecem em pé no monte Sião em Ap 14.1. Eles não servem na antiga aliança, mas a presença do Senhor é viva entre eles! O Cordeiro que é a arca da nova aliança estar com eles no monte Sião!!! Leia Oséias 1.10,11 que os apóstolos lançaram mão para provar que eles eram a restauração de Israel: 'No lugar onde se dizia a eles (os judeus): Vocês não são meu povo, eles serão chamados 'filhos do Deus vivo'. O povo de Judá e o povo de Israel serão reunidos, e eles designarão para si um só líder (o Messias), e se levantarão da terra, pois será grande o dia de Jezreel'.

Quando Israel quebrava a aliança deixava de pertencer a Deus. Paulo aplica esse texto aos judeus que foram chamados para ser do Messias através da nova aliança, pois a velha foi quebrada, dizendo: ‘... tornar conhecidas as riquezas de sua glória aos vasos de sua misericórdia, que preparou de antemão para glória, ou seja, a nós, a quem também chamou... dentre os judeus. Como ele diz em Oséias:... Acontecerá que, no mesmo lugar em que se lhes declarou: Vocês não são meu povo, eles serão chamados filhos do Deus vivo' (Rm 9.24-26). 25º Problema Teológico

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Uma vez que o povo de Israel quebrou a antiga aliança deixaram de ser povo de Deus, por isso foram levados cativos para todas as nações do mundo, só voltariam novamente a pertencer a Deus como seu povo e seus filhos através da nova aliança no Messias. Assim quando o Messias veio, apenas aqueles judeus que creram nele tornaram-se o povo do Messias e filhos de Deus. Paulo chama esses judeus de 'escolhidos', 'vasos de misericórdia' e 'o remanescente escolhido pela graça (nova aliança)' não mais pelas obras (antiga aliança)... se fosse escolhidos pela antiga aliança, a graça já não seria graça (Rm 11.1-7), enquanto que os judeus que rejeitaram a Jesus como Messias são chamados de 'vasos de ira', e 'os endurecidos'. Muito embora o Senhor continua chamando os judeus para pertencer ao Seu povo. Notemos que em vários textos proféticos que fala sobre a restauração de Israel, o Senhor sempre diz: '...e serão meu povo'. Mas Israel não já era o povo de Deus? Para que Israel se torne o futuro povo de Deus terá que passar pelos processos da nova aliança no Messias. Então só a antiga aliança não garantia a Israel ser a possessão particular de Deus no futuro. Por isso os judeus que não passaram da morte (antiga aliança) para vida (nova aliança) por intermédio de ouvir a voz do Messias não poderão tornar o povo de Deus com todo o direito as promessas e a herança no futuro Reino de Davi (Jo 5.24-29). Se tudo o que os apóstolos estão nos esclarecendo não forem o cumprimento literal das profecias então eu não sei como Deus fará cumprir o seu propósito para com Israel. Os pré-tribulacionistas que crêem na restauração futura da antiga aliança ficam desnorteados quando chegam na eternidade. Uma vez que o Messias aboliu a antiga aliança, as doze tribos de Israel só poderão herdar as promessas de Abraão através da nova aliança. Se no momento da vinda do Messias, Israel participa do Reino, então foram admitidos na nova aliança. Por que então viverão na velha aliança como ensina os pré-tribulacionistas? Se de fato são admitidos na nova aliança, que é o único meio de herdar as promessas, então participam dos benefícios de Davi que são ressurreição e glorificação. A antiga aliança garantiu que o povo que fosse alcançado pelo Messias fosse primeiramente a nação de Israel, porém, uma vez vindo o Messias deveria fazer as reformas conforme a nova aliança predita pelos profetas. 306

25º Problema Teológico


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Quando João disse: 'Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Contudo, aos que o receberam aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural... mas nasceram de Deus' (Jo 1.11,12). Esses que diz: 'aos que o receberam' são os que creram dentre a nação de Israel que o rejeitou! Esses se tornaram os verdadeiros filhos de Deus, como diz as profecias de restauração '...e serão filhos do Deus vivo'. Esses são os únicos dentre a nação de Israel que herdarão todas as coisas ditas pelos profetas. Os verdadeiros filhos de Deus são aqueles que participam da ressurreição e glorificação (Lc 20.36; Rm 8.21,23), e somente aqueles que possuem o Espírito de Deus pelo novo nascimento em Cristo poderão chegar a este último estágio da salvação. Mas as pessoas só recebem o Espírito prometido se forem libertas do seus pecados mediante o sangue do Messias na nova aliança! Não existe outro Caminho! Se a atual nação de Israel não passar por esses processos não serão filhos de Deus conforme diz as profecias. Os apóstolos a fim de provar que eles são o Israel restaurada da nova aliança, chamam-se a si mesmo de 'comunidade de Israel'. Isso é visto em Ef 2.11,12 quando o israelita Paulo diz que 'os gentios... estavam sem Cristo, separados da comunidade de Israel', chama essa comunidade de 'santos e membros da família de Deus' (2.19). Essa família é a Igreja, a nova comunidade de Israel composta de judeus que estão em Cristo. Se para os outros judeus retornarem a essa comunidade, assim como os gentios, terão que estarem também em Cristo através da nova aliança no Seu sangue. Quanto a objeção que se Deus não cumprir na nação da antiga aliança as suas promessas dadas a Abraão de estabelece-los em sua própria terra, Deus falhou com a sua palavra. Paulo responde essa objeção assim: 'Não pensemos que a palavra de Deus falhou. Pois nem todos os descendentes de Israel são Israel... Noutras palavras, não são os filhos naturais que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa é que são considerados descendência de Abraão' (Rm 9.6,8). Para Paulo 'os filhos da promessas' eram os judeus que são os filhos de Sião, aqueles que o Messias fundou no monte Sião através da nova aliança (Gl 4.21-31; Lc 22.28-30). De fato, Paulo nutria uma esperança: 'Mas se a transgressão deles (os judeus da antiga aliança) significa riqueza para o mundo, e o seu 25º Problema Teológico

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fracasso, riqueza para os gentios, quanto mais significará a sua plenitude!'(Rm 11.11). De fato, se os gentios foram aceitos na Igreja (a comunidade de Israel ou a boa oliveira), quando a nação foi endurecida em parte (pois alguns creram) o que acontecerá quando todo o Israel estiver plenamente restaurado em doze tribos com o Messias no monte Sião? (Ap 14.1). Toda a terra será transformada! 'Pois se a rejeição deles é a reconciliação do mundo, o que será a sua aceitação, senão vida dentre os mortos?' (Rm 11.15). Vejamos a profecia: 'Naquele dia o Renovo do Senhor será belo e glorioso, e o fruto da terra será o orgulho e a glória dos remanescentes de Israel. Os que forem deixados em Sião e ficarem em Jerusalém serão chamados santos; todos os inscritos em Jerusalém, para a vida... o Senhor criará sobre o monte Sião e sobre aqueles que se reunirem ali (os 144 mil) uma nuvem de dia e um clarão de fogo de noite. A glória tudo cobrirá' (Is 4.2-5).

Leia mais alguns textos que falam de grande coisas gloriosas que acontecerão quando o Messias estiver em pé no monte Sião com as doze tribos de Israel plenamente restaurada: Isaías 1.27,28; 2.1-5; 12.4-6; 24.21-23; 25.6-10; 34.1-10; 35.1-10; 37.31,32; 51.3-11; 52.1,2; 52.811; 59.20; 60.14-16; 61.3-7; 62.1-12; Joel 2.32; 3.14-21; Obadias 17,21; Miquéias 4.1-8, 11-13; Sofonias 3.11-20; Zacarias 8.3-13. O Messias está nos esclarecendo com muita claridade, através dos seus santos apóstolos, que o 'monte Sião' ou simplesmente 'Sião' aponta para os 144 mil israelitas comprados e ofertados ao Messias como os primeiros frutos da salvação. Eles são literalmente as doze tribos de Israel restaurada e congregada no Senhor, cujos nomes foram inscritos no livro da vida para viverem eternamente em Jerusalém (Is 4. 3 c/ Dn 12.1; Lc 10.20; Fl 4.3; Ap 3.5; 20.15; 21.27). Diz o profeta Isaías 4.3 que eles serão chamados 'santos', em muitos escritos apostólicos, esse título é aplicado em especial aos judeus cristãos (vide At 9.13, 32; 26.10; Rm 15.25-27,31; Ef 1.18; 3.8; Cl 1.12,26; 2 Ts 1.10; Hb 3.1; Jd 3). Assim é que em Daniel 7.21-27, esses 144 mil israelitas, legítimos descendentes de Israel, o povo de Daniel, são chamados de 'santos do Altíssimo', que seriam perseguidos pelo Império Romano e o chifre pequeno, mas que depois ressuscitariam para tomarem posse do Reino do Messias (Dn 12.13,6,7). Isso nos abre o entendimento para compreender a quem 308

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primeiramente se aplicam o termo 'santos' em Ap 14.12: 'Aqui está a perseverança dos santos que obedecem aos mandamentos de Deus e permanecem fiéis a Jesus' ( leia: Ap 13.7-10; 17.6; 18.6-8; 20.6,9). Em Sf 3.13 diz: 'O remanescente de Israel não cometerá injustiças; eles não mentirão, nem se achará engano em suas bocas'. Esse texto é aplicado aos 144 mil em Ap 14.5: 'Mentira nenhuma foi encontrado em suas bocas; são imaculados'. Fortalecendo o argumento que os remanescentes de Israel que seriam restaurados conforme as profecias de restauração de Israel são os 144 mil israelitas de todas as tribos de Israel, encontrados em Ap 7.1-8 e 14.1-5. E que esses eram compostos pelos primeiros judeus que seguiram o Messias e foram fundados como a Igreja do Messias no monte Sião, na cidade de Jerusalém no Dia de Pentecostes. Paulo, por exemplo, diz: 'apenas o remanescente será salvo' (Rm 9.27), e que se inclui entres esses remanescentes, quando escreveu: 'Pergunto, pois: Acaso Deus rejeitou o seu povo? De maneira nenhuma! Eu mesmo sou israelita, da tribo de Benjamim. Deus não rejeitou o seu povo, o qual de antemão conheceu... Assim, hoje também há um remanescente escolhido pela graça (a nova aliança)' (Rm 11.1-10). Que interessante! A tribo de Benjamim se encontra em Ap 7.8, então Paulo está entre esses 'doze mil da tribo de Benjamim'. E são exatamente essas doze tribos de Israel que entrarão na nova Jerusalém pelas portas das doze tribos que estão fundamentadas nos doze apóstolos do Messias (Ap 21.10-14; Is 26.1-3). Veremos ainda mais algumas coisas que acontecerão no futuro com esse remanescente de Israel que compravará mais ainda sua identidade com os 144 mil israelitas cristãos. Desde o ano 26 d.C, o Messias vem resgatando o Seu povo eleito espalhados em todas as nações e reunindo-os em um só rebanho, essa obra é continuada pelas suas testemunhas. As Escrituras diz: 'Como são belos nos montes os pés daqueles que anunciam boas novas, que proclamam a paz, que trazem boas notícias que proclamam salvação, que dizem a Sião: o seu Deus reina!... saiam [das nações] e sejam puros' (Is 41.27; 52.7,11). Pois, somente pela pregação do evangelho é possível trazer de volta Israel (Rm 10.12-17). Porém, eu quero afirmar que de fato haverá uma reunião literal das doze tribos de Israel pelo Messias! Pois muito embora estejam reunidos em um só Espírito, estão dispersos como disse Tiago: 'às doze tribos dispersas entre as nações' 25º Problema Teológico

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(Tg 1.1) e também Pedro: 'aos eleitos de Deus, peregrinos dispersos' (1 Pe 1.1). Estão deverão ser literalmente reunidos. Leiamos alguns profecias:  Isaías 11.12: ' Ele erguerá uma bandeira para as nações a fim de reunir os exilados de Israel; ajuntará o povo disperso de Judá desde os quatro cantos da terra';  Isaías 27.12,13: 'Naquele dia o Senhor debulhará as suas espigas desde as margens do Eufrates até o ribeiro do Egito, e vocês israelitas, serão ajuntados um a um. E naquele dia soará uma grande trombeta... virão e adorarão o Senhor no monte santo, em Jerusalém';  Isaías 43.6: '... do oriente trarei seus filhos e do ocidente ajuntarei você. Direi ao norte: entregue-os! e ao sul: Não os retenha. De longe tragam os meus filhos, e dos confins da terra as minhas filhas';  Isaías 60.8: 'Quem são esses que voam como nuvens, que voam como pombas para os seus ninhos?'  Ez 37.21: 'Vou ajuntá-los de todos os lugares ao redor e traze-los de volta à sua própria terra [sem deixar um único deles para trás (39.28)]. Eu farei uma única nação na terra, nos montes de Israel. Haverá um único rei sobre todos eles...

As profecias revelam que esse ajuntamento ocorrerá no dia do Senhor, quando Jesus vier para destruir as nações (Jl 2.14-18). Vejamos como o Messias fará isso! Mateus 24.29-31: 'Imediatamente após a tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu... então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as nações da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo nas nuvens do céu com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com grande som de trombeta, e estes reunirão os seus eleitos dos quatro ventos (norte, sul, leste e oeste), de uma a outra extremidade dos céus'.

Eis aqui a reunião literal das doze tribos de Israel composta por 144 mil judeus cristãos e eleitos dentre a nação endurecida! (Rm 11.5,6). Mais tarde os apóstolos que interpretam as profecias chamaram essa grande reunião de arrebatamento dos vivos e mortos na vinda do Senhor Jesus (1 Ts 4.16,17; 2 Ts 2.1). As profecias também revelam que os filhos de Davi serão glorificados. Por exemplo Isaías 8.18: 'Aqui estou com os filhos que o Senhor me deu. Em Israel somos sinais e símbolos da parte do Senhor dos Excércitos, que habita no monte Sião'. 310

25º Problema Teológico


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O apóstolo que escreveu sua carta aos judeus cristãos entendeu isso como um estado de glorificação desses filhos de Deus no céu, quando disse: 'Porque convinha que [Deus]... conduzindo muitos filhos à glória, aperfeiçoasse,por meio de sofrimento, o Autor da salvação deles, dizendo (citando Is 8.18): 'Aqui estou eu com os filhos que Deus me deu'(Hb 2.10-17). Ele mostra que esses 'filhos' são os 'descendentes de Abraão' (v.17). Foram dados ao Messias na nova aliança (Jo 6.39,44,45) e agora, em Ap 14.1, aparecem com o Cordeiro em estado de glorificação. Conforme o Messias orou: 'Pai, quero que os que me deste estejam comigo onde eu estou e vejam a minha glória' (Jo 17.24). Há outros textos proféticos que revelam a glorificação das doze tribos de Israel: a morte, a doença e as necessidades físicas serão eliminados (Isaías 25.23; 25.8; 33.24; 49.8-12; 52.1; 61.3; 62.2,11,12) e assim poderão entrar na nova Jerusalém pelas portas (Is 54.11-13), por isso está escrito: 'Israel será salvo pelo Senhor com uma salvação eterna; vocês jamais serão envergonhados... por toda eternidade' (Is 45.17). São filhos da Jerusalém do alto e terão que ir para lá (Gl 4.26,31). Conforme o autor judeu disse para seus compatriotas: 'não temos aqui nenhuma cidade permanente, mas buscamos a que há de vir (Hb 13.14). E ela virá como lemos em Ap 21.1-8! Mas apenas os 144 mil judeus cristãos que seguem o Messias e foram lavados com o sangue da nova aliança eterna, entrarão nela, os demais judeus serão consumidos pela segunda morte (Ap 22.14,15; Rm 2.7-11). Outro texto que prova a glorificação da nação de Israel está em Oséias 13.14: ‘Eu os redimirei do poder da sepultura, e os regatarei da morte’. Assim o estado final dos filhos de Deus é um estado celestial, não poderá existir pessoas em estado natural, porque este estado pertence ao estado caído do primeiro homem. Paulo diz que este texto de Oséias se cumprirá quando ‘...o que é mortal se revestir de imortalidade’ na vinda do Messias (1 Co 15.42-55). Os 144 mil crentes judeus, reinarão com o Messias no Seu reino como reis e sacerdotes (Is 61.6). Leiamos Jeremias 33.14-16: 'Naqueles dias e naquela época farei brotar um Renovo justo da linhagem de Davi; ele fará o que é justo e certo na terra. Naqueles dias Judá será salva e Jerusalém viverá em segurança, e este é o nome pelo qual ela será chamada: O Senhor é a Nossa Justiça'. 25º Problema Teológico

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O Renovo justo brotou no ano 26 d.C, a partir daquele dia em diante, Judá está sendo salva. Pórem, o seu reino irá ser restaurado no futuro desconhecido. Conforme perguntou os membros dos 144 mil judeus salvos, em At 1.6: 'Senhor, é neste tempo que vais restaurar o reino a Israel?'. Ele lhes respondeu: 'Não lhes compete saber os tempos ou as datas que o Pai estabeleceu pela sua própria autoridade' mostra que de fato o reino será estabelecido em Sua vinda no dia do Senhor (1 Ts 5.1-4), porém, o Messias dá uma missão aos seus seguidores para evangelizar Jerusalém e toda a Judéia a fim de salvar os judeus e darem a eles a esperança deste Reino vindouro (Rm 11.13,14; 1 Co 9.20-23). A promessa além de incluir um Reino para sempre, também inclui a possessão da terra prometida à Abraão. Essa promessa não cumprirá baseada na antiga aliança, mas na nova aliança. Na profecia de Jeremias a cidade de Jerusalém será chamada de: 'Senhor Justiça Nossa' no reino vindouro. Essa justiça não será imputada pelo sangue da velha aliança, mas da nova aliança. Na profecia de Jr 23.5,6 é o Renovo que é chamado de: 'Senhor Justiça Nossa' que aponta para sua obra em justificar os judeus que crêem (1 Co 1.30,31; 2 Co 5.21). Os habitantes de Jerusalém serão justificados pela fé e não pelas obras da lei (Gl 2.1518). Por isso está escrito: 'Erga os olhos e olhe ao redor; todos os seus filhos se ajuntam e vêm até você (Jerusalém). Juro pela minha vida que você se vestirá deles todos como ornamento; você se vestirá deles como uma noiva, declara o Senhor' (Is 49.18). Graças a Deus pela revelação das profecias que o Senhor deu aos apóstolos membros dos 144 mil judeus, habitantes de Jerusalém. Os filhos que serão ajuntados pelo Messias, a cidade de Jerusalém se vestirá deles! Em Ap 19.7, lemos: 'Regozijemo-nos! Vamos alegrar-nos e dar-lhe glória! Pois chegou a hora do casamento do Cordeiro, e a sua noiva já se aprontou. Para vestir-se, foi-lhe dado linho fino, brilhante e puro. O linho fino são os atos justos dos santos'. Esses santos são os mesmos 'filhos que se ajuntam e vêm até Jerusalém'. Esses santos justos são os ornamentos que ataviará Jerusalém para se casar com o Messias. Por isso que em Ap 21.9,10 está escrito: 'Venha, eu lhe mostrarei a noiva, a esposa do Cordeiro... e mostrou-me a Cidade Santa, Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus...'. Essa é a Igreja do Senhor! Não se ofenda comigo! Mas primeiramente a Esposa do Cordeiro são os 144 mil judeus cristãos fundados sobre os doze fundamentos dos apóstolos! Por isso a cidade tem 'doze portas escritos 312

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os nomes das doze tribos de Israel' (Ap 21.12-14). De fato a Jerusalém será chamada de: 'Senhor Justiça Nossa', porque 'todo o seu povo será justo' (Is 60.21). Os 144 mil judeus justificados pelo Messias, são chamados nas profecias de 'renovo que plantei obra das minhas mãos, para manifestação da minha glória' (Is 60.21); 'carvalhos de justiça plantio do Senhor para manifestação da sua glória' (Is 61.3); 'reparador de muros, restaurador de ruas e moradias' (Is 58.12,14). Entendemos pelas relações das profecias que essa cidade de Jerusalém, que se vestirá com 'suas roupas de esplendor' (Is 52.1), e será edificada 'com turquesa.. safiras... rubis... pedras preciosas' (Is 54.11-14), apontam para a Jerusalém celestial e os seus habitantes são os '144 mil judeus cristãos'. Então na profecia eles são chamados tanto de Sião como de Jerusalém por sinonímia (esse tipo de linguagem é comum nas Escrituras, principalmente nos profetas, e o leitor precisa atentar pra isso). Aceitando essa explicação dos apóstolos não teremos dificuldade de compreender as profecias que falam que as nações estão reunidas para combater Jerusalém! Essa Jerusalém são os santos perseguidos no Apocalipse! Assim ao lermos novamente Zc 12 a 14 teremos uma nova compreensão! Vamos ler dois textos bíblicos: o primeiro é Isaías 60.21: 'Então todo o seu povo será justo e possuirá a terra'. O contexto desse texto fala da Jerusalém celestial devido a descrição semelhante dela com a Jerusalém em Ap 21. O 'seu povo' são primeiramente os 144 mil judeus cristãos! O segundo texto é Isaías 65.9: 'Farei surgir descendentes de Jacó e de Judá quem receba por herança as minhas montanhas. Os meus escolhidos herdarão. E ali viverão os meus sevos'. Não precisa nem dizer que esses 'descendentes de Jacó e de Judá' chamados de 'os meus escolhidos' 'os meus servos' são aqueles privilegiados israelitas de Ap 7.1-8 e 14.1-5. Eles são descendentes legítimos e sanguíneos de Israel e de Judá, mais do que isso, são 'meus escolhidos' por pertencerem o Messias na nova aliança. Eles herdarão a terra! A promessa de uma terra foi feito ao descendente de Abraão e esse descendente é o Messias. Então, Cristo é o herdeiro da terra prometida a Abraão. Os demais descendentes de Abraão para se tornarem herdeiros da promessa terão que se tornarem 'servos' do Messias. Os que pertencem a Cristo, pelo sangue da nova aliança, são herdeiros, os que 25º Problema Teológico

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Com certeza Abraão com a sua visão limitada avistou apenas a pequena Palestina. Mas você acha que seria apenas isso a herança do Messias? Não! Conforme o Salmo messiânico 72, ele governará 'de mar a mar e desde os confins da terra' (v.8). Em Isaías 9.7, diz que o Messias 'estenderá o seu domínio'. Então a terra prometida a Abraão seria apenas a capital do vasto domínio do Messias! A promessa de Abraão dizia: 'sua descendência (o Messias) conquistará as cidades dos que lhe forem inimigos, e, por meio dela, todos os povos da terra serão abençoados' (Gn 22.17,18). Assim, a promessa dada a Abraão e ao Messias incluía não só a região de Canaã, mas as cidades de seus 'inimigos' e de 'todos os povos da terra'. A cidade prometida a Abraão seria apenas a capital de onde o Messias abençoaria 'todos os povos da terra' (Gn 12.2,3). Porém, essas coisas não poderiam acontecer enquanto não nascesse o descendente de Abraão aquém a promessa se referia (Gl 3.16-19). Em Romanos 4.13, diz: 'Não foi mediante a Lei que Abraão e a sua descendência receberam a promessa de que ele seria herdeiro do mundo, mas mediante a justiça que vem da fé (nova aliança)'. Este mundo, porém, é dominado por Satanás e as nações ímpias que perseguem a filha de Sião! Terão que ser varridos da Terra! Para que o Reino do Messias domine de mar a mar! E ele comece a 'fazer o que é justo e reto na terra'. Essa purgação começará quando ele vier para guerrear contra as nações na 'batalha do grande dia do Deus todopoderoso' (Ap 16.14 - essa é o dia da vingança de Sião contra as nações). A destruição será tão terrível que a própria terra será atingida e no final do Milênio era passará como um vestido velho (2 Pe 3.10-13; Hb 1.1012). Devido a isso a promessa de Abraão tem seu real cumprimento em uma nova terra que surgirá! De fato, o verdadeiro sentido da promessa é o que Pedro escreveu: 'Todavia, de acordo com a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, onde habita a justiça' (2 Pe 3.13). Essa promessa aparece nas profecias de restauração de Israel em Isaías 65.17-25; 66.22,23, como 'novos céus e nova terra' que o Senhor criará, tendo a Jerusalém como a capital! Por isso que haverá um período de transição, chamado de 'milênio', 'tempo de restauração de todas as coisas', 'tempo de regeneração de todas as coisas' e 'dia do juízo' em que Messias e os filhos de Deus iniciará uma campanha de libertação da 'natureza [de sua] decadência em que se encontra, recebendo a gloriosa liberdade dos filhos de Deus' (Rm 8.21) 314

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e destruam 'todo domínio, autoridade e poder' (1 Co 15.24-28). Durante esse tempo de transição os santos do Messias estarão acampados na cidade de Jerusalém que será a capital provisória do reino durante o milênio. No final do milênio a terra terá sido transformada em 'uma nova terra', ai então, a Jerusalém provisória será substituída pela Jerusalém eterna que descerá do céu! A Jerusalém das profecias! Portanto, as profecias que descreve as belezas que surgirão vai além do milênio, muito embora se inicie nele, e se refere ao 'mundo que há de vir' (Hb 1.5; 6.5), que é essa própria terra transformada! Assim não só Israel será restaurado, mas a velha Jerusalém e a velha terra serão também restauradas. Se Israel não herdar a nova terra e a nova Jerusalém, Deus não terá cumprido suas promessas que fez aos patriarcas: Abraão, Isaque, Jacó e Davi. Quanto, porém, o Israel que permaneceu na velha aliança serão lançados sem nenhum direito fora para serem devorados pelos vermes (Is 65.11-15; 66.22-24). Seguindo a linha de interpretação do pré-tribulacionismo, a respeito das promessas feitas a nação de Israel, o leitor verá que os pré-tribulacionistas ficam encurralados! O que eles aplicam apenas no milênio, os profetas se refere a eternidade! O que eles prometem ao Israel da antiga aliança, Deus promete ao Israel da nova aliança. Nos capítulos 21 e 22 de Apocalipse, João descreve sobre a vida eterna. Aqui, cumpre-se todas as promessas de Deus aos seus filhos e herdeiros (21.7). Em Apocalipse 21.1, João vê ‘novos céus e nova terra’, de conformidade com a promessa que se encontra em Isaías 65.17-25. Texto esse que os pré-tribulacionistas lançam no Milênio, que segundo eles se refere ao Israel da antiga aliança, João emprega na eternidade e se refere ao Israel restaurado da nova aliança, que como já foi dito são os 144 mil israelitas literais comprados da terra. Em Apocalipse 21.3, João escreve: 'Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais ele viverá. Eles serão o seu povo; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus'. Essas mesmas profecias aparecem em Jeremias 32.37-41e Ezequiel 37.27,28; 43.7, se referindo a nação de Israel e sua terra, na visão apostólica se cumpre em todos os remidos glorificados na nova terra. Em Ap 21.4, João escreve: 'Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou'. Essas promessas se encontram em Isaías 25.6-8; 49.8-10, e conforme os pré-tribulacionistas interpretam as profecias, essas palavras se referem 25º Problema Teológico

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a Israel da antiga aliança no milênio, todavia, em Apocalipse 21, elas se relacionam com os remidos glorificados o que inclui o Israel renovado. Em Apocalipse 21.9-21, João descreve a nova Jerusalém, que descia do céu. Essa descrição vem de Isaías 54.11-14. Aqui o profeta vê a futura glória de Jerusalém que ele conhecia, ali o apóstolo contempla que essa glória se cumprirá na eternidade, na nova Jerusalém. Quando o judeu Isaías se erguer do túmulo para herdar a vida eterna, e contemplar a nova Jerusalém, ele ficará admirado diante da sua glória, e perceberá que suas palavras eram apenas símbolos de uma realidade eterna. Não só ele, mas todos os judeus que creram no Messias, quando contemplarem a nova Jerusalém revestida de glória e de eterno resplendor verão e se alegrão com indizível alegria, pois que as promessas feitas a Abraão e a Davi, Deus as cumpriram acima das expectativas deles (1 Coríntios 2.9, citando Isaías 64.4). As profecias se desenrolam com muita perfeição às mãos dos apóstolos, sem precisar estabelecer a velha aliança para ver essas promessas cumpridas! E, com certeza os patriarcas, profetas e reis do antigo Israel ficarão maravilhados quando contemplarem a verdadeira realidade daquilo que eles esperavam (Hebreus 11.8-16). Apocalipse 21.22 a 27 e 22.1-5 foram extraídos das profecias de Isaías 35.8-10; 52.1,2; 60.1-22 e Ezequiel 47.1,6-12, os pré-tribulacionistas aplicam essas profecias no milênio, João vê seu real cumprimento na eternidade. Pra eles Deus tem que cumprir literalmente o quê prometeu a Abraão! Mas o que Deus prometeu a Abraão? Como já vimos ser 'herdeiro do mundo' (Rm 4.13). E, para que essa promessa seja garantida a toda a descendência de Abraão, deve vir pela fé na nova aliança , para que seja de acordo com a graça, não apenas para aos que estão sob o regime da Lei (Israel), mas também para aos que têm a fé que Abraão teve (os gentios) (Rm 4.16-17). Caso contrário 'os que vivem pela Lei são herdeiros (o Israel da velha aliança), a fé não tem valor, e a promessa é inútil' (Rm 4.14). O que é que os pré-tribulacionistas fazem com esses textos? Já que são tão claros! Esse 'mundo', de que fala Paulo, é 'o mundo que há de vir' (Hb 2.5), pois Abraão esperava uma pátria celestial (Hb 11.16a), uma cidade que tem alicerces, cujo arquiteto e edificador é Deus (Hb 11.10). Por essa razão Deus não se envergonha de ser chamado o Deus deles, e lhes preparou uma cidade, a nova Jerusalém (Hb 11.16b c/ Ap 21.1-7). É essa promessa que os descendentes de Abraão vão herdar. Ali não haverá 316

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mais morte, nem guerras, nem tristezas, nem choro, nem enfermidades. Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede. O ermo florescerá, riachos correrão no deserto. Todos os animais viverão juntos. Os remidos cantarão, e juntos andarão. E, ninguém fará mal e nem destruição, haverá paz, abundância e felicidade para todo sempre. E os gentios onde ficam se as promessas de vida eterna pertencem a Israel? Geralmente para os pré-tribulacionistas a Igreja é uma parada nas profecias de Israel e tratada em um plano diferente, mas para os apóstolos que receberam o esclarecimento das profecias, a Igreja é o único meio pelo quais as doze tribos de Israel entrarão no Reino de Davi. Pois os judeus que entram através das chaves dos apóstolos são os únicos que têm esperança de vencer a morte pela ressurreição. E além do mais não pode existir dois planos de Deus que envolve a Igreja e Israel separadamente, pois senão haverá duas salvação, porém, segundo as Escrituras a salvação ‘enviada aos gentios’ é a mesma que pertence a Israel (At 28.17,20,23,24,28,29). Por isso que, como já vimos com bastante argumentos, os 144 mil israelitas crentes são a Igreja de Jesus Cristo que ele fundou sobre a pedra de Sião, e esses são os remanescentes de Israel que representam as doze tribos de Jacó restauradas. Entre eles se encontram Pedro, João e Tiago, considerados coluna da Igreja e os demais apóstolos e também os judeus que creram por intermédio deles! Portanto, não houve nenhuma parada no trata de Deus para com Israel! Pelo contrário, a formação da Igreja foi a restauração de Israel na nova aliança! Portanto, esses descendentes de Abraão abençoarão todos os povos da terra conforme a promessa! A promessa dizia: 'Por meio de você todas as nações serão abençoadas'. O apóstolo Paulo interpreta essa benção como se referindo a justificação dos 'gentios pela fé' (Gl 3.8). De fato, são muitos os textos que mostram que as nações serão abençoadas por causa da restauração de Israel. Vejamos alguns: Isaías 11.10: 'Naqueles dias as nações buscarão a Raiz de Jessé, que será como uma bandeira para os povos, e o seu lugar de descanso será glorioso'. Como já vimos a Raiz de Jessé, o Messias, brotou em 26 d.C. Paulo lança luz sobre esse texto quando aplica esse texto aos gentios que foram alcançados pela misericórdia de Deus mediante o evangelho em Rm 15.8,9,12. Paulo traduz 'como uma bandeira para os povos' assim 'para reinar sobre os gentios' (v.12). 25º Problema Teológico

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As profecias falam que o Messias 'aspergirá muitas nações' (Is 52.15), 'será uma luz para os gentios' (Is 49.6) que será 'uma testemunha, líder e governante dos povos' (Is 55.4), que 'convocará as nações' (Is 55.5), que 'os povos correrão para monte Sião' (Is 2.1; Mq 4.1), que por causa dele'as nações converterão suas espadas em arados e suas lanças em foices' (Is 2.4), que o Senhor acenará para'os gentios... que trarão os filhos de Israel nos braços e ombros' (Is 49.22), que 'os estrangeiros se unirão ao Senhor para servi-lo e serão trazidos ao monte Sião' (Is 56.6), e ajudarão 'a construir o templo do Senhor' (Zc 6.15), que 'gente de fora vai pastorear os rebanhos' de Israel (Is 61.5), que 'os gentio irão cantar junto com o povo de Israel'(Dt 32.43). O Salmo 87, mostra que quando o Senhor edificar 'sua cidade sobre o monte Sião', de muitas nações serão dita 'todos estes nasceram em Sião. O Senhor escreverá no registro dos povos: Este nasceu ali'. Diz também em Amós 9.11,12, que quando o Senhor restaurar 'a tenda caída de Davi' irá conquistar as 'nações que lhe pertencem... a fim de reunir dentre eles um povo ao Seu nome'(Tg 15.15-17). Enfim há muitas outras profecias que afirmam que os gentios serão abençoados por Deus por intermédio do Messias e Israel. Essas profecias segundo os apóstolos se cumprem nos gentios que se convertem ao evangelho pregado pelos judeus (Rm 15.27)! Isso também mostra que esses judeus são de fato a restauração de Israel, pois os gentios só iriam buscar 'o Deus de Jacó' quando 'o monte do templo do Senhor' for 'estabelecido como o principal' (Is 2.1-3). Porém, é Paulo que revela o verdadeiro significado dessas profecias. Ele escreveu: 'Esse mistério não foi dado a conhecer aos homens doutras gerações, mas agora foi revelado pelo Espírito aos santos apóstolos e profetas de Deus, significando que, mediante o evangelho, os gentios são co-herdeiros com Israel, membros do mesmo corpo, e co-participantes da promessa em Cristo Jesus' (Ef 3.5,6). O mistério não é a Igreja! A Igreja é o eterno plano de Deus (Ef 3.11). Mas o mistério é a participação dos gentios como 'membros do mesmo corpo' (esse corpo é a Igreja). Assim os gentios e Israel são membros do mesmo Corpo de Cristo! São co-herdeiros do Reino de Davi e co-participantes da promessa de Abraão! Os gentios são trazidos para dentro da Igreja, e inicialmente essa Igreja era Israel restaurado (veja isso em Ef 1.4-14, quando Paulo diz que ‘Deus nos escolheu nele antes da fundação do mundo... de conforme o bom propósito da sua 318

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vontade’. Esse ‘nos’ aí são os judeus (v.12). Depois ele diz no v.13 que os gentios são incluidos nesse eterno propósito mediante o evangelho da nova aliança. Tornando-se também membros dos judeus. Paulo escreveu: '...vocês (os gentios) já não são estrangeiros nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus' (Ef 2.19). Paulo mostra que os 'gentios' agora fazem parte da 'comunidade de Israel', aquela que o Messias reuniu e fez com ela uma nova aliança. E também mostra que os gentios estão sendo 'edificados juntos' com os judeus para se tornarem 'um santuário santo ao Senhor... para morada de Deus por Seu Espírito' (Ef 2.11,12,20,21), aquele templo que o Messias edificou sobre o Monte Sião e chamou-o de 'minha Igreja' (Mt 16.18). Isso significa que de tudo o que foi dito sobre o Israel restaurado vale para os gentios cristãos. Enquanto que Israel restaurado são os 144 mil israelitas das doze tribos de Israel, os gentios são 'a grande multidão de todas as nações, tribos, povos e línguas', que foram também, lavados no 'sangue do Cordeiro' (Ap 7.9-17). Por isso que ressuscitarão, reinarão, julgarão e herdarão a nova Jerusalém, os novos céus e a nova terra. Serão também arrebatados e glorificados como Israel! São filhos espirituais de Abraão por intermédio do Messias. Os gentios estão na nova aliança por isso seus pecados são perdoados e participam dos emblemas da ceia. São também chamados de santos, testemunhas e escolhidos. Foram também justificados, regenerados, santificados e adotados assim como Israel. São também filhos de Deus e povo de Deus. Eles são também ovelhas de Jesus, conforme disse o próprio Messias: 'Tenho outras ovelhas (os gentios) que não são deste aprisco (Israel). É necessário que eu as conduza também (para o aprisco). Elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho (judeus + gentios = a Igreja) e um só pastor' (Jo 10.16 c/ Is 56.8). E fazem também parte da noiva israelita que casará com o Cordeiro pois são convidados ( Is 49.18 c/ Ap 19.9; Is 62.4,5). Os gentios são também perseguidos pelas nações por causa da fé de Sião! Porém, serão, também, reis e sacerdotes de Deus e de Cristo como Israel para governar as nações com vara de ferro. Quanto às nações que não se convertem à fé do Israel do Messias serão destruídas, como está escrito: 'procurarei destruir todas as nações que atacarem Jerusalém' (Zc 12.9). Essa destruição acontecerá no dia do Senhor e se estenderá até o final do Milênio, quando então vai 25º Problema Teológico

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cumprir o que está escrito: 'a nação e o reino que não servirem (a Jerusalém) perecerão; serão totalmente exterminados' (Is 60.12). De fato, com a guerra do Armagedom sobrará algumas nações, sobre essas reinará os santos ressuscitados e glorificados do Messias (que são os 144 mil israelitas e os gentios convertidos por eles, em outras palavras: a Igreja do Senhor). No final do milênio todas essas nações se revoltarão contra o governo dos santos e serão totalmente destruídas. Segundo o próprio Messias as nações que serão postas ao seu lado direito como justos e benditos a fim de possuírem o Reino e a vida eterna são aquelas que serviram o Messias por intermédio de 'seus menores irmão', que são os 144 mil israelitas crentes começando pelos apóstolos, e que as nações que serão postas como bode ao lado esquerdo do Messias como malditos para serem lançados no fogo eterno são as nações que não servirem o Messias por intermédio dos 144 mil das tribos de Israel, que Jesus os chama de meus 'menores irmãos'. O que acontecerá com as nações no final do Milênio segundo os pré-tribulacionistas? Já vimos que os pré-tribulacionistas acreditam que durante o Milênio existirá a Igreja no céu e na terra o povo de Israel praticando as obras da antiga aliança juntamente com as nações gentílicas que sobreviverão a guerra do Armagedom. Algumas dessas nações serão convertidas por Israel durante o Milênio. Com a revolta de Satanás, apenas essas nações salvas sobreviverão. Porém, assim como os pré-tribulacionistas não nos diz o que acontecerá com esse Israel da antiga aliança na eternidade, também não nos diz o que acontecerá com essas nações convertidas à antiga aliança quando chegar a eternidade! Veja que embaraço o pré-tribulacionismo chegará com sua escatologia judaizante e dispensacionalista! É uma raridade, mas eu encontrei alguma coisa sobre isso. O Dr. Elienai Cabral escreveu:'Os salvos oriundos do Milênio viverão para sempre na terra, mediante a arvore da vida (Ap 22.2), não mediante a ressurreição, nem porque passaram do estado mortal para o imortal'(Lições Bíblicas, de Mestre, 3º trimestre de 1998, pág. 94). Existe um montão de problemas teológicos nessas afirmações! Nessa mesma lição bíblica, Elienai Cabral escreveu: 'É verdade que as pessoas [durante o Milênio] não estarão isentas da morte. Mas viverão muito mais' (pg. 93). Agora eu pergunto: o que acontecerá com um salvo oriundo do Milênio se ele morrer antes dos mil anos terminarem? Como ele poderá viver 'para sempre na terra' se Elienai Cabral diz que não 320

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será 'mediante a ressurreição'? Então isso significa que na salvação de Israel pregada no Milênio não há o ensino da ressurreição que é a base da fé cristã! E que tal salvação não dará esperança de vida para os mortos do Milênio! E se um membro deste Israel morrer durante o Milênio o que vai acontecer com ele? Pelo visto também não ressuscitarão! Pois a segunda ressurreição depois do milênio é a ressurreição da condenação. Elienai Cabral também disse: 'nem porque passaram do estado mortal para o imortal'. Então continuarão sendo pessoas mortais! Nesse caso a morte não será destruída. Como então diz: 'não haverá mais morte' (Ap 21.4). Que tipo de pessoas serão esses 'salvos oriundos do milênio'? Humanos perfeitos? O modo como Deus eliminará a imperfeição da nossa natureza humana caída é mediante a 'redenção do nosso corpo' (Rm 8.23), que inclui tornar-nos 'semelhantes ao corpo glorioso' de Jesus (Fl 3.21). Se eles não passarem por esse processo, como de fato diz o comentarista 'que não passaram do estado mortal para o imortal', então essas pessoas continuarão sendo pecadoras. Nesse caso o pecado não será eliminado! Como então diz: 'já não haverá maldição nenhuma' (Ap 22.3). O comentarista pré-tribulacionista diz: 'os salvos oriundos do Milênio viverão para sempre na terra'. Mas que terra? Certamente a 'nova terra', porque a primeira passará (Ap 21.1). Mas para essa nova terra descerá a Jerusalém celestial. Esses salvos oriundos do milênio entrarão nessa cidade? Certamente que não! Porque o mortal não pode herdar o imortal (1 Co 15.50), e o comentarista afirma que eles 'não passaram do estado mortal'. Isso é complicado! Porque se eles não entrarão na cidade, ficarão de fora da cidade, porém, o Apocalipse diz que 'fora ficam os cães' (Ap 22.15). Mas como então eles irão participar da 'árvore da vida', se ela fica na 'rua principal da cidade'? (Ap 22.1,2). Então esses salvos oriundos do milênio entrarão na cidade celestial com seus corpos terrenos! Porém, lemos que 'unicamente aqueles cujos nomes estão escritos no livro do Cordeiro, entrarão na cidade' (Ap 21.27). Esses salvos oriundos do Milênio têm seus nomes escritos no livro da vida? Por que então eles não participam da ressurreição e glorificação dos salvos? Pois os nomes que constam ali são desde a fundação do mundo (Ap 17.8). Diz que essas pessoas 'viverão para sempre na terra, mediante a árvore da vida'. Mas só terão o 'direito à árvore da vida' aqueles que lavaram suas vestes 'no sangue do 25º Problema Teológico

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Cordeiro’ (Ap 22.14). Ter o 'direito de comer da árvore da vida, que está no paraíso de Deus' (Ap 2.7), não significa um ato literal como se come uma maça, mas significa participar da vida celestial, imortal e glorificada. Se eles não passaram do 'estado mortal para o imortal' então também não comeram da árvore da vida. Esses tipos de salvos que viverão para sempre na terra distintos dos salvos glorificados não existe, é coisa da cabeça dos pré-tribulacionistas, a borra de sua escatalogia dicotômica. Quem são então as nações citadas em Ap 21.24-26; 22.2? As nações citadas nesses textos não se referem àquelas nações do Milênio sobre quem o povo do Messias governará 'com cetro de ferro', pois essas são postas apenas para serem despedaçadas 'como a um vaso de barro' (Ap 2.26,27; Sl 2.9). Conforme já vimos serão totalmente destruídas no final do Milênio (Ap 20.7-9). Portanto, essas nações citadas na eternidade em Ap 21 e 22 são os remidos glorificados, a mesma multidão citada em Ap 7.9-17. Sabemos que essas nações são os crentes glorificados porque em Ap 21.3,4, lemos: 'Agora o tabernáculo de Deus (a Jerusalém) está com os homens, com os quais ele viverá. Eles serão os seus povos; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou'. E o v.7 considera essas nações como 'o vencedor herdará tudo isto, e eu serei o seu Deus e ele será meu filho'. E entre essas nações está a fiel nação de Israel como o primeiro povo salvo pelo Messias (Zc 12.7,8; Rm 1.16; 2.10), como as primícias da terra (Ap 14.1,4; Tg 1.1,18), como um leão entre as nações (Mq 5.7,8), como uma coroa de glória na mão do Senhor (Is 62.1-3,10-12) habitando eternamente em sua própria cidade conforme as promessas proféticas que não podem falhar jamais !!! (Is 49.10; 61.3-7; Ez 37.24-28; 43.7). Esses termos ‘serão meu povo’ e ‘será meu filho’ é o resultado final da promessa de restauração que Deus fez com Israel na nova aliança (Jr 31.33; 32.37-41; Ez 37.23; Os 1.10), o que também inclui os gentios conforme lemos em Romanos 9.24-26 e 1 Pedro 2.9,10. Outrossim, vemos em Ap 21.24,23 que essas nações entrarão na Jerusalém celestial pelas portas que jamais se fecharão, logo no versículo 27 diz que 'unicamente aqueles cujos nomes estão escritos no livro da vida do Cordeiro entrarão na cidade'. Isso significa que essas nações estão escritas nesse livro! Enquanto que aquelas nações do 322

25º Problema Teológico


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Milênio, chamadas de Gogue e Magogue, inimigas de Israel, o destino delas é o 'lago de fogo’ (Ap 20.7-9,15; Ez 38 e 39). Isso significa que depois do arrebatamento da Igreja o livro da vida encerrará suas inscrições. O que coloca o arrebatamento da igreja depois da grande tribulação, porque durante a grande tribulação haverá pessoas que têm seus nomes escritos no livro da vida, e esses não adorarão a Besta (Ap 13.8) e não poderão ficar de fora do casamento do Cordeiro. Deixam-me aproveitar a ocasião e falar de Gogue e Magogue, esses termos são extraídos de Ezequiel 38 e 39. Os pré-tribulacionistas afirmam que antes da grande tribulação, Israel será invadida pela Rússia baseado em Ez 38 e 39. Porém, o texto de Ezequiel não permite tal interpretação. Haja visto que após essa invasão haverá sete anos em que Israel purificará a terra e utilizará as armas de guerras como combustível (Ez 39.9,10), o mesmo período que os pré-tribulacionistas dizem que durará a grande tribulação. Porém, durante esse tempo os pré-tribulacionistas afirmam que Israel será castigada pelo Anticristo que lhes afligirá a grande tribulação. Então os Israelitas não 'despojarão aqueles que os despojaram'' e nem 'saquearão aqueles que os saquearam' (Ez 39.10) e nem Israel 'purificará a terra” (Ez 39.14,15). A profecia de Ezequiel aponta para a batalha no final do Milênio. Vejamos algumas coisas que compravam isso: 'Gogue' é Satanás 'o príncipe maior' (Ez 38.1) que reunirá ao seu redor 'todas as multidões' (Ez 38.7) e virá com essas 'muitas nações' depois de 'muitos dias ou alguns anos', isto é, mil anos (Ez 38.6-9) para invadir 'uma terra que se recuperou da guerra' (Ez 38.8). Essa guerra é a guerra do Armagedom. Durante o Milênio o povo de Deus estará vivendo em 'segurança' e de modo 'pacífico' (Ez 38.11,14). Ezequiel descreve essas nações 'como uma nuvem cobrindo a terra' (Ez 38.9), 'uma grande multidão, um exército numeroso' (Ez 38.15) que virá contra 'um povo que foi reunido dentre muitas nações', este 'povo' é o Israel da nova aliança que foi reunida pelo Messias dentre as nações e batizada com Espírito Santo (Ez 38.8; 39.28,29), que João chama de 'santos' acampados na 'cidade amada' (Ap 20.9). Se lemos Ap 20.7,8 veremos em poucas palavras um resumo do que Ezequiel profetizou, principalmente porque o Apocalipse chama essas ‘nações’ reunidas por Satanás de ‘Gogue e Magogue’, confirmando mais ainda a profecia e a sua interpretação. 25º Problema Teológico

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Ezequiel ainda diz que o Senhor fará desabar 'sobre ele e sobre as suas tropas e sobre as muitas nações que estarão com ele' 'saraiva e enxofre ardente' (Ez 38.22-23). Ele diz: 'Mandarei fogo sobre Magogue' (Ez 39.6). Isso confere com Ap 20.9,10. E após esse acontecimento a 'terra será purificada'(Ez 39.12,13), Deus 'não mais deixará que o seu nome seja profanado' (Ez 39.7), e será 'um dia memorável' (Ez 39.13). Vemos ainda que as nações citadas na eternidade em Ap 21.24 participarão da árvore da vida conforme Ap 22.2: 'as folhas da árvore servem para a cura das nações'. Isso também prova que essas nações são o povo do Messias, pois assim lemos em Ap 2.7: 'ao vencedor darei o direito de comer da árvore da vida,que está no paraíso de Deus' e também Ap 22.14: ‘Felizes os que lavam as suas vestes, e assim têm direito a árvore da vida e podem entrar na cidade pelas portas’. Isso significa que os crentes serão livres de todo pecado, doença e maldição para todo o sempre. E quem são 'os reis da terra' de Ap 21.24? Também é um termo aplicado aos santos do Cordeiro. Em Ap 22.3-5: 'os seus servos o servirá... e eles reinarão para todo o sempre'. A Igreja foi constituída uma nação de reis e sacerdotes vindo de todas as nações do mundo (Ap 1.5,6; 5.9,10). De modo que esses dois termos 'reis' e 'nações' significam que o povo de Deus será ao mesmo tempo súditos e reis no reino eterno de nosso Senhor Jesus Cristo. Assim encontramos um cumprimento literal, real e eterno das profecias: nações e reis sob o governo de Jerusalém para todo sempre!

‘Israel será salvo pelo Senhor com uma salvação eterna... e esta salvação de Deus é enviada aos gentios; eles a ouvirão! Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus... e haverá um só rebanho e um só pastor... Porque não há diferença entre judeus e gentios, pois o mesmo Senhor é Senhor de todos’ (Is 45.17; Ez 37.23; At 28.28; Jo 10.16; Rm 10.12) 324


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CONCLUSÃO

S

em perceber a escatologia defendida pelo sistema dispensacionalista pré-tribulacionista acaba se tornando em um cúmulo de definições e frases sem saída, que deixa os seus partidários leigos em um labirinto. Pelo único fato de inventarem um ponto doutrinário: a doutrina das duas fases da vinda de Jesus. Toda a estrutura de seu sistema fica comprometida. Eles acabam despencando em vários absurdos teológicos, e sem nenhuma base bíblica coerente querem nos fazer engolir garganta abaixo esse sincretismo teológico. O teólogo Elienai Cabral ainda tem a petulância de dizer que: '[o pré-tribulacionismo] é uma interpretação que honra as Sagradas Escrituras e ajusta-se devidamente à esperança cristã... (Lições Bíblicas, de Aluno, 3º trimestre de 1998, pág.33).

Mas, quando compreendemos que a Segunda Vinda de Jesus Cristo é realmente a segunda vinda, sem fases, sem etapas e sem divisão, ou coisa parecida, então, não há contradição e nem confusão. Não há necessidade de escavar textos isolados das Escrituras para se apoiar, basta lê-la naturalmente, e a verdade surge. Os pré-tribulacionistas querem porque querem que a doutrina por eles ensinada sobre a vinda de Jesus Cristo seja correta; é uma escatologia muito bem montadinha, mas não tem fundamentos; é como várias peças montada uma encima da outra, mas falta a argamassa; não é possível que uma escatologia tão conflitante, desajustada, cheia de incoerências, informações equivocadas, contradições, textos isolados e mau resolvidos seja uma doutrina correta! Irmãos, com toda sinceridade da minha alma, o arrebatamento da Igreja não ocorrerá em uma vinda secreta de Jesus, mas na única vinda reconhecida pela Bíblia. 'Eis que ele vem com as nuvens, e todo olho o verá... Assim será! Amém' (Ap 1.7); 'Eis que venho em breve! A minha recompensa está comigo, e eu retribuirei a cada um de acordo com o que fez' (Ap 22.12); 'Sim, venho em breve! Amém. Vem, Senhor Jesus!' (Ap 22.20).

Talvez alguém diga: 325


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'Para mim não importa se a vinda de Jesus será antes ou depois da grande tribulação, o que importa é que Jesus vem, e eu quero subir'. Porém, esse tipo de argumento demonstra falta de convicção pessoal; falta de fé pessoal, e 'tudo o que não provém da fé é pecado' (Rm 14.23). Temos que crê no que a Bíblia diz! Se ela diz que será 'antes da grande tribulação', inquestionavelmente será antes, se porém, ela diz que será 'após a [grande] tribulação' que 'o Filho do homem' vem' (Mt 24,29,30), então, inquestionavelmente 'será depois'. Quem diz: 'Não importa se será antes ou depois...', está crendo em meio termo; está como que encima do muro; um tal de 'maria vai com as outras'. Esse tipo de argumento não só enfraquece a doutrina da igreja, como também dá margem para que a oposição cresça. É a mesma coisa que dizer: 'Pra mim não importa se é Trindade ou Unitarismo, eu só quero adorar a Deus'; 'Pra mim não importa se o batismo é por aspersão ou imersão, eu quero saber que fui batizado'; 'Pra mim não importa se as línguas são evidências do batismo com Espírito Santo ou apenas mais um dom, o que importa é que eu falo em línguas'. Eu acredito que isso são argumentos de crentes preguiçosos que não querem estudar a Bíblia com seriedade, e nem tampouco querem encarar as verdades de frente. Já imaginou se Martinho Lutero tivesse dito: 'Para mim não importa se a salvação será pelas obras ou se será pela fé, o que importa é que Jesus salva'. Jamais aconteceria a Reforma Protestante! E nem tampouco Lutero tinha se livrado do papismo. Pelo contrário, Lutero disse sem vacilar: 'Ponho de lado velhas opiniões, quando acho que as novas idéias são melhores'. Em outra ocasião Lutero disse: 326

Conclusão


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'...aquilo que não se encontra [na Santa Escritura], nem pode ser por ela provado, não pode ser exigido que pessoa alguma o aceite como artigo de fé' .

Graças a Deus que Lutero não coxeou em seus pensamentos! Ele escreveu: 'O que for afirmado sem as Escrituras ou sem uma revelação comprovada pode ser considerado opinião, mas não precisa crer nisso' (Do Cativeiro Babilônico da Igreja, pág.34).

Já pensou que desastre se Atanásio tivesse dito: 'Para mim não importa se é Ário que está certo em sua opinião sobre Deus e Cristo ou se é Tertuliano que está certo, o que importa é que Deus existe'. Jamais o trinitarismo tinha prevalecia contra o arianismo. Pelo contrário, Atanásio assim como fez Lutero e outros apologistas da sã doutrina, tomou uma posição firme a favor da verdade! Quando alguém lhe disse: 'Atanásio abandona essas idéias, você não vê que é o mundo contra Atanásio'. Atanásio respondeu sem relutância: 'Pois, é Atanásio contra o mundo'. Ele não cedeu, nem abriu mão de suas convicções! E hoje em dia, quem não confessa a Trindade como dogma cristão corre o risco de entrar no rol das seitas! Quem tomará uma posição firme a favor da verdade sobre segunda vinda de Jesus Cristo nesses últimos dias?! Agora se alguém diz: 'Para mim não importa se a vinda de Jesus será antes ou depois da grande tribulação', porque tem medo de enfrentar o sistema, saiba que os covardes não têm parte com Cristo no seu Reino. Temos que defender a verdade! Tomar partido pela verdade! Nem que isso acarrete em prejuízo próprio! Não se trata de corrente teológica, mas do quê a Bíblia diz! Não importa se existe mais de 40 definições escatológicas, uma delas, e apenas uma, é a verdade, e é nessa que nós temos que crê. Se o pré-tribulacionismo ou qualquer outra é a verdade então defenda isso a todo custo, mas se é um erro então rompa com ele, pois a nossa mensagem não pode ser 'sim e não' ou é sim ou é não (2 Co 1.1820; 13.5a,8). Conclusão

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Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista

Graças a Deus que quando Darby, em 1827, ensinou que Cristo virá arrebatar Sua igreja antes da tribulação, isto é, antes de Jesus vir em glória para estabelecer o reino milenar, crentes fiéis como Tregelles, Bejamin Newton, e outros que sustentavam uma perspectiva pós-tribulacionista, rejeitaram-na, mantendo-se firmes na sã doutrina. Agora após ler este livro, que posição você tomará: a de Darby ou a do fiel Tregelles. Se resolver permanecer com o pré-tribulacionismo, desafio-o a refutar, com argumentos sólidos, cada um desses problemas teológicos apresentados por mim, pois, o erro não pode se sustentar diante da verdade, assim como a palha não resiste ao fogo. Mas se você emudecer, saiba que quem cala consente, e isso não é bom para qualquer verdade da Bíblia! João Batista perdeu a cabeça, mas não calou a sua voz em favor da verdade! Breve no Céu, Jesus há de aparecer, Em gloriosa luz todos O hão de ver Naquele dia, então, eu hei de receber De Cristo galardão; oh! Que prazer! (HC 442)

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Conclusão


Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista

BIBLIOGRAFIA

Todos os textos bíblicos citados são da NVI, salvo se houver outra indicação NVI - Nova Versão Internacional da Bíblia Sagrada, da Sociedade Bíblica Internacional

As

fontes extra-bíblicas citadas, com respectivos autores estão inseridas no próprio texto, e suas citações entre aspas com o número da página, porém irei classificar os livros em lista com o nome da Editora:  Opções Contemporâneas na Escatologia Um Estudo do Milênio, Millard J. Erickson, Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, 1991; Os Últimos Dias Segundo Jesus, Cultura Cristã

R.C. Sproul, Editora

Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, Myer Pearlman, Editora Vida, 1993 As Interpretações do Apocalipse, Coleção Debates Teológicos, Editora Vida, 2001; Terá Chegado o Fim de Todas as Coisas?, Wim Malgo, Obra Missionária Chamada da Meia-Noite; Salvação Eterna de Um Mundo Maduro Para o Juízo, Wim Malgo, Obra Missionária Chamada da Meia-Noite; Daniel e Apocalipse, Antônio Gilberto, Editora CPAD, 3ª Edição, 1985; Escatologia Bíblica, Antônio Gilberto CPAD, 2ª Edição, 1997;

EETAD, Editora

Novo Dicionário da Bíblia, Vol. I e II, Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, 1991; 329


Analisando os Problemas Teológicos Causados pelo Sistema Escatológico Pré-Tribulacionista

Fiz uso também de várias revistas e jornais, todos citados nos textos, porém irei classifica-las:  Revista Lições Bíblicas Jovens e Adultos, 3º trimestre de 1983, 3º trimestre de 1995, 3º trimestre de 1998, 4º trimestre de 2004, 2º trimestre de 2005, 3º trimestre de 2005, 1º trimestre de 2006, e 2º trimestre de 2006, Editora CPAD; Revista Educação Cristã, Vol. XV, 2ª Edição Agosto/2002, Editora SOCEP; Apostila Conferência Escatológicas, aulas 02 e 04; Livreto Conferência de Revelações Proféticas, Editora Vida Revista Chamada da Meia-Noite, Fevereiro de 1999, Editora Obra Missionária Chamada da Meia-Noite, Revista Notícias de Israel, de Julho 1999 e Agosto de 1999, Editora Obra Missionária Chamada da Meia-Noite Jornal Mensageiro da Paz, Julho de 2005, Editora CPAD

Todos os gráficos são de minha autoria

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Neste livro o irmão Edinaldo procura provar a base das Escrituras e com argumentos fortes, claros e lógicos que a vinda do Senhor Jesus não acontecerá em duas etapas distintas. E mostra que a vinda invisível de Jesus pregada pelos pré-tribulacionistas é incoerente com a doutrina cristã. Ele descobriu que esse anúncio sobre a secreta vinda de Jesus foi predita pelo próprio Cristo como algo em que os crentes não deveriam acreditar. Sua mensagem para a Igreja do Senhor é essa: Não vos enganeis! Porque assim como relâmpago sai do Oriente e se mostra no Ocidente, assim será a vinda do Filho do homem (Mt 24.26-31). O irmão Edinaldo não refuta apenas por refutar, mas ele analisa com seriedade o assunto e não deixa seus leitores à deriva, mas mostra-lhes que rumo tomar diante das profecias bíblicas sobre o retorno glorioso de nosso Senhor Jesus, dando uma opção de escatologia para aqueles que estão desiludidos com o pré-tribulacionismo.

Edinaldo Nogueira, é pós-tribulacionista, membro da Assembléia de Deus desde 1988, autodidata em teologia, casado com a pedagoga Claudete Nogueira e pai de Letícia e Renan.


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