Colentânea de Mensagens e Palestras de Edinaldo Nogueira

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Como crer達o


COLETÂNEA DE MENSAGENS E PALESTRAS DE EDINALDO NOGUEIRA 1ª PARTE

Edinaldo Nogueira E-mail: nogueira.edinaldo@gmail.com (caso queira fazer alguma refutação por escrito pode enviar para e-mail)


Dedicatória Dedico este livro a Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que me concedeu graça. A Ele seja a glória para todo sempre em Cristo Jesus no poder do Espírito Santo! À minha digníssima e amada esposa, Claudete Nogueira, por sua compreensão e amor e aos nossos filhos Letícia e Renan e a sua esposa Aline. Aos meus pais, Paulo e Marleide e meus queridos irmãos e irmãs: Edileuza, Fátima, Ednardo, Edvaldo, Eduardo e Paula. À todos os amados irmãos em Cristo que amam as Doutrinas Cristãs. A todos os leitores dedico este livro.


PREFÁCIO Esse livro é o primeiro de uma série de livros que trazem minhas mensagens e palestras desde 2009 em diante. Todas estão gravadas em áudio, e agora pretendo compilá-las. Quero deixar um legado para meus descendentes: filhos(as), netos(as) e bisnetos(as).

Edinaldo Nogueira


ÍNDICES DAS MENSAGENS E PALESTRAS Sobre o Partidarismo na Igreja ....................................................

006

Sobre Demandas Judiciais Entre os Irmãos .................................

015

Sobre a Perseverança do Crente e os Perigos do Esfriamento Espiritual .............................................................

023

Sobre a Importância da Santa Ceia do Senhor .............................

032

Sobre Enfrente a Tragédia Sem Perder a Doçura .........................

040

Sobre a Ressurreição de Cristo ......................................................

046

Sobre Os Instrumentos Divinos de Provação .................................

056

Sobre a Introdução a Primeira Epístola de João ...........................

061

Sobre Jesus a Luz do Crente ...........................................................

065

Sobre Jesus, Perdoador e Redentor ................................................

073

Sobre a Chegada do Anticristo (I)....................................................

089

Sobre o Preço do Resgate dos Pecadores ........................................

095

Sobre a Chegada do Anticristo (II)....................................................

100

Sobre a Nossa Eterna Salvação ........................................................

108

Sobre o Batismo nas Águas (I) ..........................................................

117

Sobre a Depressão ............................................................................

122

Sobre o Testemunho Interior do Cristão ...........................................

132

Sobre o Batismo nas Águas (II) .........................................................

140

Sobre o Conhecimento de Deus .........................................................

148

Sobre a Preparação e Qualificação dos Obreiros do Senhor ............

156

Sobre a Vontade Soberana e a Vontade Secundária ..........................

163


Palestra Ministrada na Congregação da Assembleia de Deus-Codó em 19 de Abril de 2009 Sobre o Partidarismo na Igreja 1ª Coríntios 1.10-13; 3.1-6 Os partidários são frutos nocivos plantados dentro da igreja por certos obreiros. Muito embora, Paulo Apolo e Cefas, que é Pedro, sendo obreiros, não foram eles que fomentaram essa divisão na igreja de Corinto. Eles não tinham nada a ver com essa divisão partidária. Mais foram alguns sujeitos que começaram a tomar partido dentro da igreja. De modo que tem certa divisão na igreja que os pastores não têm culpa, que os pastores não estão fomentando nem os obreiros, mas as pessoas estão apenas usando os nomes deles. Porém, existem outros grupos dentro da igreja que são fomentados pelos líderes, que são obreiros plantadores da semente da contenda. Eles não estão interessados em semear a semente da Palavra de Deus, mas em semear essa semente perniciosa, nociva, que tem como „fruto‟, se é que pode usar esse termo, o joio. Há vários tipos de obreiros. Primeiro, o obreiro plantador da semente. Qual é a função do obreiro plantador da semente? É lidar com a semente da Palavra de Deus. Ele tem a consciência de que ele não está semeando as suas próprias palavras, mas a palavra de Deus. E por causa disso, ele deve ter alguns cuidados. Porque ele sabe que ao semear a palavra de Deus irá prestar contas por aquilo que ele diz. Leiamos Tiago 3.1: „Meus irmãos, não sejais muitos de vós mestres, sabendo que receberemos um juízo mais severo‟. O obreiro que lida com a palavra de Deus, ele sabe que vai prestar conta por aquilo que ele prega, ensina e fala. Por isso que a Palavra é uma espada de dois gumes, ela corta dos dois lados. E primeiramente, ela corta o pregador. Antes de ela tornar amarga no povo, torna-se primeiro amarga naquele que a ministra. Tem muita gente correndo apressadamente para ser pregador, para ser ensinador da palavra de Deus, mas ele não sabe que sobre ele pesa o juízo de Deus; pesa a prestação de contas de Deus. Jesus Cristo disse „a medida que vocês usarem para medir, por essa mesma medida vocês serão medidos‟. Por isso, irmãos, temos que ter muito cuidado quando fomos chamados para pregar e ensinar a palavra de Deus. O obreiro que lida com a palavra de Deus deve ser fiel a mensagem que recebeu de Deus para entregar, porque não é dele, é de Deus. Então ele tem que entregar a mensagem do modo como recebeu de Deus. Sem adulterar a mensagem. Sem falsificar e nem modificar, ele tem que entregar a mensagem da palavra de Deus. Leiamos 2ª Coríntios 1.18: „Antes, como Deus é fiel, a nossa palavra a vós não é sim e não‟.


Não pode existir em nossa mensagem essa questão de sim e não. O obreiro diz uma coisa agora e mais tarde, ele está desfazendo aquilo que ele disse. Ele diz uma coisa, e quando vem a pressão, ele se esquiva: „Não! Eu não falei isso. Foi um mal entendido‟. Ele entra em contradição. O obreiro fiel à palavra é aquele que sustenta a palavra ainda que o mundo todo arrebente na cabeça dele, conforme diz o salmista no Salmo 15 „aquele que sustenta a palavra ainda que com prejuízo próprio‟. Por quê? Porque a mensagem não é dele, a mensagem é de Deus. Leiamos 2ª Coríntios 4.2: „...pelo contrário, rejeitamos as coisas ocultas, que são vergonhosas, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; mas, pela manifestação da verdade, nós nos recomendamos à consciência de todos os homens diante de Deus‟. Leiamos também 1ª Tessalonicenses 2.13: „Por isso nós também, sem cessar, damos graças a Deus, porquanto vós, havendo recebido a palavra de Deus que de nós ouvistes, a recebestes, não como palavra de homens, mas (segundo ela é na verdade) como palavra de Deus, a qual também opera em vós que credes‟. Temos que tomar essa consciência sobre nós de que a palavra que nós falamos não é a nossa palavra, mas a palavra de Deus, como Paulo disse: „... vocês receberam como palavra de Deus, que de fato é...‟. E essa palavra vai operar! O obreiro que lida com a palavra de Deus tem que conscientizar-se que ele tem que ser fiel a palavra de Deus e que vai prestar constas pela palavra que falou. O obreiro que lida com a palavra de Deus deve enquadrar o seu pensamento segundo os oráculos de Deus. Leiamos 1ª Pedro 4.11: „Se alguém fala, fale segundo os oráculos de Deus...‟. „Oráculos‟ nesse texto não é apenas a palavra escrita, mas a revelação que você recebe daquilo que está escrito. Muito embora, as Escrituras estejam recheadas de temas e assuntos, o cristão não fala apenas baseados nesses diversos assuntos, mas fala segundo aquilo que o Espírito vai sacar, revelar e guia-lo. É por isso que antes de falar aos homens, o obreiro tem que falar com Deus para poder receber de Deus a mensagem revelada. E 2ª Pedro 1.16: „Porque não seguimos fábulas engenhosas quando vos fizemos conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, pois nós fôramos testemunhas oculares da sua majestade‟. Devemos enquadrar as nossas palavras, as nossas ideias segundo a palavra de Deus e não seguir as fábulas, as lendas e os mitos. Diz Pedro „não seguimos fábulas‟, isto é, invenções, não é coisa da nossa mente. Nós não aprendemos isso das filosofias, mas nós mesmos experimentamos na palavra de Deus.


Nós não baseamos a nossa mensagem e nossa pregação em mitos e estorinhas. É por isso que o obreiro tem que ter muito cuidado com aquilo que ele vai transmitir. Ele precisa sabe qual é a fonte. O obreiro que planta a palavra de Deus sabe que vai lidar com diferentes tipos de pessoas. Ele tem que ter consciência disso, para que não se iluda e não fique decepcionado, frustrado e desista da missão. Em Mateus 13.18-23, Jesus, aquele que é o pregador dos pregadores, tinha essa consciência e transmitiu essa consciência para seus apóstolos e discípulos, de que há vários tipos de pessoas que vão corresponder a mensagem que nós pregamos. São quatro tipos, e destes apenas um, realmente, vai ter resultado. Três não produziram bons resultados, isso significa que a nossa mensagem pregada não terá um resultado de cem por cento, e que muitas vezes, nós corremos o risco de não temos bons resultados. Veremos esses quatro tipos de pessoas, segundo a palavra de Deus: Primeiro, aqueles que ouvem a palavra, mas não entendem. Porque estão procurando entender através do seu raciocínio humano. Isso vai gerar crentes „intelectuais‟ e „filósofos‟. Quer dizer, se a palavra que você está pregando é por revelação do Espírito, conforme diz Paulo „nós não falamos segundo a sabedoria dos homens, mas segundo as palavras que o Espírito nos ensina‟; então, se a palavra que você está falando é revelada pelo Espírito e ensinada pelo Espírito, então a pessoa que está ouvindo, só vai entender se ela também receber a revelação do Espírito. Se ela procurar entender a palavra apenas pelo seu raciocínio humana não irá compreender. Segundo, aqueles que são estáveis na palavra. Eles procuram seguir a palavra segundo as suas emoções humanas, então, ele se torna uma pessoa estável. Jesus disse que esse tipo de gente recebe a palavra com muita alegria, mas logo se esquece da palavra. Há esse tipo de pessoas, que ouve e vai corresponder segundo as suas emoções. Se ele está num culto pentecostal, ele recebe a palavra, sente aquele ardor no coração, fica arrepiado e corre para aceitar Jesus, isso em um domingo a noite. Mas, na segunda-feira ele não sabe nem o que foi que fez, ele não sabe se realmente é crente. Ele começa titubear, fica indeciso, porque ele baseou a sua decisão apenas em suas emoções humanas. Tiago 4.8 fala sobre esse tipo de sujeito e o chama de „duplo ânimo‟, que no grego é, „dupla alma‟; aquele que tem duas almas. Em um dia ele está alegre porque recebeu alguma palavra de refrigério, mas no outro dia fica triste, querendo desistir, porque não recebeu nenhuma palavra de Deus. Leiamos Tiago 4.8: „Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações‟. Então aí é de dupla alma, aquele que tem dois tipos de ânimo. Aquele que uma vez está com ardor para seguir a Cristo, mas em outra vez, está totalmente frio e indiferente a mensagem de Cristo. Então esse tipo de correspondência à palavra irá gerar crentes exclusivistas, místicos e insubordinados.


Terceiro, aqueles que são infrutífero na palavra. Porque eles baseiam a palavra segundo os seus desejos humanos. Isso gera crentes liberais ou legalistas. Eles estão na igreja, mas se tornam crentes infrutíferos, pois baseiam a sua fé e sua esperança apenas em seus desejos humanos, em sua vontade humana; naquilo que ele acha que tem que ser, que ele quer que seja e que deve ser. Vocês que são obreiros deve ter essa consciência: há tipos diferentes de pessoas. Há aqueles que vão lhe elogiar, mas tem também aqueles que vão lhe detestar; aqueles que irão receber a sua palavra com muita alegria, mas tem aqueles que vão se incomodar com a sua palavra. Mas graças Deus que o Senhor falou do quarto tipo de pessoas, que são aqueles que entendem a palavra e que produz frutos. Muito embora essa produção de frutos não seja cem por cento em todas as pessoas, mas têm resultados. Alguns 30%, outros 60% e ainda outros cem por cento. Baseado nisso, Jesus Cristo disse o seguinte em Lucas 8.18: „Vede, pois, como ouvis; porque a qualquer que tiver lhe será dado, e a qualquer que não tiver até o que parece ter lhe será tirado‟. „Como ouvis...‟. A palavra tem que ser entendida pelo sentido que ela traz. Muito embora, a gente use recursos humanos para falar das coisas celestiais, as coisas que estão além de nossos raciocínios, mas temos que falar dessas coisas usando recursos humanos, que é o português com todas as suas figuras de linguagens riquíssimas, mas que em relação a palavra de Deus são pobres. Usando esses recursos, a pessoa que ouve tem que compreender o sentido real por traz desses recursos. É por isso que Jesus Cristo disse „tenham cuidado como vocês estão ouvindo a palavra de Deus‟; que sentido vocês estão recebendo dela. Porque a transformação espiritual vem pelo sentido que você entende a palavra. Ela não vem simplesmente pelo fato da pessoa falar, pregar, mas pelo sentido que você está dando aquilo que está ouvindo. Paulo fala da transformação pelo sentido. Nós somos transformados, amadurecidos, crescemos na fé, caminhamos para frente conforme o sentido que damos a palavra de Deus. O pregador pode está falando de um assunto totalmente diferente, e você com a sua lente de místico entender de modo místico. O pregador pode fala uma coisa, e você com o seu sentido liberal entender nesse sentido. O que Jesus Cristo quer dizer? Que tipo de lente nós estamos usando quando lermos ou ouvirmos a palavra de Deus. Por diz „tenham cuidado como vocês estão ouvindo!‟. É por isso que às vezes, ele pergunta aos fariseus e saduceus: „como é que vocês entendem determinados textos?‟; „como é que vocês leem?‟. Porque a minha leitura é diferente da sua leitura. Você lê um texto e entende em um sentido, eu leio e entendo por outro sentido. É esse sentido que vai modificar as minhas atitudes e ações. Por isso temos que ter muito cuidado com nossos sentidos.


Aquele que planta a semente da Palavra de Deus deve ter cuidado com as falsas sementes, que são as falsas doutrinas. O obreiro de Deus tem que trazer em sua bolsa semente selecionadas, sadias e verdadeiras. E, para que ele alcance isso, tem que ser um obreiro que goste de pesquisar, estudar a fundo, conhecer a origem, compreender a doutrina, compreender a palavra para que ele não cometa o erro de semear uma semente falsa. O objetivo da semente é produzir. Ela vai produzir o seu resultado, seja péssimo ou bom. Segundo, o obreiro regador da semente. Logo após o obreiro que planta, vem aquele que rega as plantinhas. Quem são as plantinhas? São os novos convertidos, as crianças, adolescentes, pessoas inexperientes. Muito embora, ele tenha também a responsabilidade de cuidar das plantas já grandes, porque elas não podem morrer, precisam continuar vigorosas, mas tem que voltar a sua atenção para essas plantinhas. Ele tem que fazer isso com desvelo. Desvelo fala da dedicação, do zelo, do cuidado e do amor. Iremos ler alguns textos bíblicos que falam sobre essa atitude. O obreiro que ensina com desvelo, ensina com dedicação. Romanos 12.7: „‟Aquele que ensina, haja dedicação ao ensino‟. O obreiro deve ensinar com cuidado. 1ª Timóteo 4.16: „Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina‟. O obreiro deve ensinar com amor. Efésios 4.14,15: „‟Falando a verdade em amor...‟. O obreiro deve ensinar com zelo. Jesus Cristo disse que o zelo da tua casa me consome. Nós temos que saber que aquele que rega a palavra de Deus, rega as plantas com zelo, ele vai sofrer, terá que colher alguns resultados amargos. Corre o risco de ser chamado de radical, santarrão, sabichão e muitas outras palavras pejorativas. Mas, ele tem que está consciente disso. Jesus Cristo disse: „o zelo da tua casa me consome‟ (Jo 2.17). Ele sabe que esse zelo o levará até a cruz. Quando Jesus nos chama para segui-lo, ele nos chama sem nenhuma ilusão nem engano. „Aquele que quer vir após mim, tome a sua cruz‟. A pessoa que toma a cruz, sabe que está tomando-a para ser crucificado nela, para sofrer a pior morte que alguém poderia sofrer no século primeiro. O que ele está dizendo? Aquele que me segue, tenha em mente que as últimas consequências pode acontecer com ele. Ele pode ser crucificado, pode ser esquartejado, degolado como foi Paulo, crucificado de cabeça para baixo como foi Pedro, pode ser flechado como foi Tiago. E, assim está sujeito a muitas coisas. Por que? Por causa do zelo! Muitas plantas não viga nem cresce porque não houve regador. Há uma carência muito grande desse discipulador. Há muitos pregadores, mas há poucos discipuladores. Há poucas pessoas que estejam interessadas em ensinar. Porque muito embora a pregação seja árdua, mas o ensino é mais árduo ainda.


O pregador vem e joga a semente, ele não está nem aí com as ideias das pessoas, mas o discipulador é aquele que vai lidar com as ideias. O pregador joga a batata quente, o discipulador tem que abanar a batata, lidar com ela. Então é mais complicado. E por causa de falta de regador, é que muitas plantas não crescem, não se desenvolve e nem produz frutos. Porque muito embora nós temos muitos obreiros, muito deles estão interessados apenas na perola, naquilo que ele vai ter vantagem. Está pensando na sua promoção, na sua projeção, na sua posição, no seu retorno, no recurso financeiro. Quando esse tipo de obreiro é chamado para dirigir uma determinada congregação, ele pensa logo: „Quantos pessoas têm lá?‟ „Qual é a renda do dízimo?‟. Quando ele transmite a palavra, no final ele lança o seu interesse financeiro, o seu envelope. Ele associa a oração ao dinheiro, a bênção ao dinheiro. Então, esse sujeito não está interessado nas plantinhas, mas nas perolas, e as perolas muito embora sejam preciosas, não tem vida, elas são inanimadas, as plantas são mais preciosas porque elas têm vida. Então tenhamos cuidado com isso! É o que Paulo dizia aos seus obreiros: „cuidado com a avareza‟. Não se deixe levar por esse espírito de ganância. Achando que com a piedade vai haver lucro, mas o único lucro que tem a piedade é você se contentar com a vida que você tem. Terceiro, o obreiro cooperador ou atrapalhador. Tem muito obreiro invejoso que não quer o progresso do seu irmão, do seu companheiro de ministério, ele quer é o fracasso. Não está interessando em ajudar seu companheiro subir nos tamboris, nos degraus, ele está interessado é puxar o tapete. Porque ele vê aquele irmão como uma ameaçada, ele vê aquele obreiro como um farol muito forte que está apagando a sua „luizinha‟. Era o que estava acontecendo com os irmãos em Corinto, alguns se achavam melhor do que o outro. Havia ali uma verdadeira rivalidade de obreiros. Cada um querendo mostrar serviço encima do outro. Cada um querendo subir nas costas do outro. Temos que ter cuidado com isso! Paulo deu uma receita para a igreja de Corinto, que deve servir de receita para todos nós. Está em 1ª Coríntios 3.21-23: „Ninguém deve se orgulhar daquilo que as pessoas podem fazer. Pois tudo é de vocês, isto é, Paulo, Apolo, Pedro, este mundo, a vida e a morte, o presente e o futuro. Tudo isso pertence a vocês, e vocês pertencem a Cristo, e Cristo pertence a Deus‟. Irmãos, esse princípio é um princípio riquíssimo que temos que aplicar em nossas vidas. O pregador que prega de uma maneira excelente, que nos deixa de boca aberta, mas isso não deve causar em nós inveja. Isso deve causar em nós um sentimento de que aquele pregador pertence ao povo de Deus, de que ele está do nosso lado. É como um pai que tem em sua família filhos médicos, engenheiros, doutores, professores. Ele se orgulha de sua família! Ele não vai pensar: „o meu filho é um doutor, e eu sou um zé ninguém‟, pelo contrário, ele irá se orgulha em ter um filho doutor. Assim também deve ser conosco. Devemos


ter o prazer de ter em nossa igreja pessoas que pregam excelentemente bem, pessoas que desempenham a sua função de uma maneira excelente. Temos que ter prazer nisso, porque os bons não estão apenas no mundo, os bons, no sentido de boas qualidades, estão na igreja, e estão do nosso lado, joga em nosso time. Quantos jogadores não tem prazer de jogar com Ronaldo Gaúcho, Ronaldinho, com essas estrelas do futebol, de tê-los jogado do seu lado. Assim estão somos nós, devemos ter o orgulho de ter ao nosso lado pessoas excelentes. Não temos que puxar o tapete, prejudicar o irmão, porque se a gente expulsa-lo da igreja estaremos perdendo uma joia preciosa. Vamos nos armar com esse pensamento: ele joga do nosso lado, ele é do nosso time. Quarto, o obreiro edificador. Obreiro edificador é aquele que edifica. Edificar é mais do que construir. Quando um obreiro é designado a dirigir uma igreja, ele chega a igreja está praticamente construída, a secretaria está funcionado, há conversões, há batismos, há superintendentes da Escola, há professores. Então, o que ele precisa fazer? Fazer mais nada!? Não! Ele trabalha com a edificação. Ele deve ter perícia, especialização, precisão. Aquele que edifica faz a obra com perícia, de um modo especial, ele observa os mínimos detalhes. Ele está interessado no estado de cada membro, o estado da igreja. Não é o obreiro que baseia a sua visão no todo em um domingo a noite. No domingo a noite está tudo mundo presente, tem festa, está tudo bem. Ele não se baseia nisso. Ele procura examinar os fatos, se realmente as pessoas estão bem. Porque tem muita gente cantando, mas está com a alma estraçalhada, abatida. Tem muita gente pregando, mas está com a sua alma amargurada. Tem muita gente participando dos conjuntos, mas estão totalmente fora, está só o corpo. O obreiro tem que prezar pela busca da excelência e perfeição. Quinto, o obreiro destruidor. O obreiro destruidor é uma peste! Uma desgraça! É o elemento mais perverso que se possa ter no corpo de Cristo. Ele está na igreja para atrapalhar, prejudicar. Para desestruturar a família de Deus, para profanar o santuário do Senhor. Agora, iremos ver que há também vários tipos de crentes. Há crentes paulistas. São crentes liberais na doutrina e nos costumes cristãs. Esse tipo de crentes havia em Corinto. Eles diziam: „tudo eu posso fazer‟, „tudo me é lícito‟. Por que esses irmãos tinham essa mentalidade? Porque eles baseavam seus pensamentos em Paulo, mas de modo errado. Eles compreendiam a doutrina de Paulo de modo errado. Eles davam uma reinterpretação as interpretações de Paulo. Eles não compreendiam a doutrina da graça que Paulo ensinava. Paulo foi incompreendido não apenas pelos judeus, mas também por muitos irmãos da igreja. Eles diziam: „Olha, Paulo nos ensina que não precisamos guardar a lei‟, „que não existe nenhuma regra que precisamos


praticar para sermos salvos‟, „que a salvação depende unicamente e exclusivamente de Deus, e que eu não preciso fazer nada pra me salvar‟. Então isso criava o que se chama de „antinomianismo‟, algo contrário a lei de Deus. Isso levava a libertinagem. Qual é a mentalidade da libertinagem? É que você deveria vencer a carne pelo excesso. Você deveria vencer as suas paixões pelo excesso. Você é um crente que tem problema com a sexualidade. Como você deveria vencer a sexualidade? Segundo os crentes liberais era praticando sexo até não aguentar mais. Então você matou a carne, pois não tem mais força para praticar. Como você consegue vencer a bebida? Beber até não aguentar mais, até a sua boca encher de formiga. Desse modo, você não tem mais condições de beber, pois o que entra, sai. Então você venceu o vício da bebida. Era desse jeito que eles ensinavam. Como vencer a glutonaria? Comer até se esborratar, aí você venceu a glutonaria, pois você não tem mais vontade de comer. Se alguém dissesse: „Toma irmão um pedacinho de bolo‟. Ele respondia: „Não, irmão!‟. Pronto vencia a carne, mas depois de uma ou duas horas a luta começava de novo. Há, também, crentes apolistas. São aqueles que baseiam a palavra de Deus na intelectualidade, na filosofia, que rejeitam as manifestações de Deus. O nosso século é o século da intelectualidade em que ramificações de teólogos chamados teólogos liberais estão atacando a palavra de Deus. Eles dizem que a palavra de Deus está recheada de mitos e de estorinhas faz de conta. Esses não são ateus, nem agnósticos e nem materialistas, são teólogos crentes. Como Rudolf Bultmann (1884-1976), Karl Barth (1886-1968) e seus discípulos que estão espalhados nos seminários. Eles ensinam que o cristão verdadeiro é aquele que desmitificam a palavra de Deus. É aquele que lê a Bíblia, mas remove os mitos. Jesus Cristo andou por cima das águas? É mito. O mar vermelho de abriu? É mito. O que aconteceu lá? Aconteceu outra coisa. As muralhas de Jericó caíram? É mito. Então eles precisam fazer essa raspagem na palavra, por isso dizem: „desmitificar‟, „tirar o mito‟, „desfazer o mito da palavra‟, „filtrar a palavra‟. Jesus Cristo ressuscitou? Não ressuscitou! E o que foi aquilo? Foi apenas a ideia para alterar o comportamento dos crentes. Jesus Cristo vai voltar? Não! Era apenas o pensamento dos apóstolos para incentivar os cristãos a retidão. Na verdade, eles raspam tudo. Esse tipo de teologia está bobando nos seminários. Então temos que estudar a palavra de Deus? Evidentemente que sim. Temos que usar o intelecto? Claro que sim. Mas não podemos ir como diz Paulo: „além do que está escrito‟ (1ª Co 4.6). A nossa mente tem que ter o limite da palavra de Deus. Tem que está baseada na palavra de Deus. E aquilo que a razão não entende, recebemos pela fé. E, ainda, há crentes cefalistas. São os crentes legalistas. Pedro era um judeu e dedicou o seu ministério para pregar aos judeus. Ele tinha uma compreensão muito perfeito da graça, assim como tinha Paulo. Mas tinha


que atuar dentro da economia que ele recebeu de Deus. Então, o apóstolo Pedro ficava pressionado muitas vezes pelos judeus. Em uma certa ocasião quando se viu livre dos judeus, quando visitou a congregação gentílica em Antioquia, tentou viver a liberdade cristã. Começou a comer carne de „porco‟, se associar com os gentios. Mas quando os judeus chegaram, então, Pedro começou a se esquivar dos gentios. Todavia, Pedro tinha uma compreensão perfeita da graça, porém, alguns de seus discípulos, os judeus judaizantes, que são os crentes legalistas, começaram a colocar a lei encima da graça. Eles raciocinavam: „Somos salvos pela graça de Deus, mas primeiramente temos que praticar a lei. Porque se nós não praticarmos a lei, não seremos considerados dignos da graça de Deus‟. Muito embora, irmãos, hoje nós não ensinamos que a lei salva, mas em nossas igrejas há muitas cargas de legalismo. O legalismo contribuiu para o surgimento dos monges na igreja. Eles pensavam: „Temos que nos santificar, temos que nos separar do mundo. Mas como iremos fazer isso? Pois para onde nos voltarmos, tem mundo. Vamos criar um local reservado só para nós‟. Então, surgiram os mosteiros. Havia alguns monges que eram tão radicais, que a si mesmo se castraram para não sentirem desejos sexuais. Orígenes (185-254 A.D) foi um deles, considerado como um dos grandes teólogos do século II. Ele literalmente se castrou. Outros viviam em pantanal. Outros erigiam pequenas torres, e viviam sobre elas o resto da vida. Os mosquitos viam picar, eles deixavam. Porque eles tinham que experimentar o sofrimento. Tinham que mortificar a carne, crucifica-la, subjuga-la. Tinham que eliminar todos os desejos e todos os sentidos. Então eram barbaridades que se praticavam em nome da santidade. E, por último, há crentes exclusivistas. São aqueles que diziam: „Eu não sou de Paulo; eu não sou de Apolo; eu não sou de Pedro! Eu sou de Jesus‟. O meu pastor é Jesus. Eu não tenho ninguém sobre mim, eu sigo Jesus. Esses tipos de crentes davam ênfase demasiada aos dons do Espírito, pois tinham que ser guiados pelo Espírito. No século III surgiu um sujeito chamado Montano, de onde os tradicionais dizem que vieram os pentecostais. Esse Montano começou a rejeitar os bispos da igreja, as doutrinas dos apóstolos e as Escrituras, e afirmavam que tinham que ser guiados pelo Espírito através dos dons espirituais. E nessa época a igreja estava perdendo os dons, então, Montano começou a enfatizar os dons, dizendo: „Os dons de profecias, os dons de revelações, os dons de línguas. São essas coisas que devem nos guiar‟. Por causa disso a igreja tomou uma atitude radical, que foi errada, disse que os dons cessaram. „Não há mais dons, cessou‟. Infelizmente tomaram esse rumo em virtude desse radicalismo de Montano. Há esse perigo de ficarmos fascinados pelos dons, hipnotizados pelos dons como estava acontecendo na igreja de Corinto. A igreja de


Corinto estava fascinada, hipnotizada pelos dons. Nós temos que ter cuidado com isso.

Palestra Ministrada na Congregação da Assembleia de Deus-Codó em 10 de Maio de 2009 Sobre Demandas Judiciais Entre os Irmãos 1ª Coríntios 6.1-8 O que é demandas judiciais? É mover uma ação judicial contra alguém. É levar ao tribunal uma questão litigiosa para ser resolvida segundo as leis humanas. É abrir um processo judicial contra alguém. É reivindicar seus direitos diante de um juiz. Essa é a definição de demanda judicial, também usado como termo litígio, discussão, contenda. Nós sabemos, lendo a epístola de 1ª Coríntios, que aquela igreja vivia numa verdadeira confusão, divisão. E um dos motivos pelo qual Paulo escreveu essa carta foi para resolver essas questões; foi para ensinar aos irmãos como eles deveriam resolver essas questões, como eles deveriam proceder. Nós vimos que a igreja de Corinto era dividida entre partidos e grupos. Então as questões estavam se tornando tão fortes entre eles que estavam sendo levadas aos tribunais de justiça. Nós vimos que toda aquela região era governada pelo império romano, falado disso em nossa primeira palestra, e vimos também que o império romano estabelecia em cada região uma cidade onde funcionava um tribunal romano. E, Corinto, a gente lendo Atos 18, vamos ver que ali funcionava um tribunal. Então, os irmãos se aproveitavam, e recorriam a esse tribunal. Nós veremos quais as causas que davam origem a essas discussões, demandas, divisões entre os irmãos que foram chamados para uma fraterna comunhão; que foram chamados para viverem em harmonia, de modo pacífico, para serem luz para o mundo e sal para terra no que diz respeito a unidade e uma vida exemplar. Quais eram as causas das demandas judiciais na igreja de Corinto? Existem três razões ou causas que davam origem essas demandas: a primeira... Primeira, era o que diz respeito os temperamentos, a personalidade, a formação e a mentalidade. Os irmãos não estavam sabendo como conviver com pessoas que tinham temperamentos diferentes. Vocês sabem que cada um de nós tem um tipo de temperamento. Então, nós corremos o risco de ter entre nós incompatibilidade de temperamentos. Nós temos personalidade diferente: uns são mais irritados, outros são mais introvertidos. Enquanto a gente não


aprender a viver e a suportar os nossos diferentes temperamentos e personalidades não iremos nos encaixar. Conforme escreveu o Dr. Antonio Gilberto: „É verdade que aqui na terra não se acha pessoas, nem igrejas perfeitas até a volta de Cristo. Quando Paulo fala a respeito de suportar uns aos outros em amor em Efésios 4.2, é exatamente por causa disso‟ (6ª lição, do 2° Trim/2009). Então, por causa dessa falta de discernimento de que as pessoas têm personalidades diferentes e temperamentos diferentes, os irmãos de Corinto estavam cometendo injustiças contra seus irmãos. Talvez alguém pergunte: „O que levou os coríntios a essa situação? Era por causa dos líderes que não ensinavam? Ou por causa da rebeldia do povo? Ou não tinha pastor ou alguém que lhes ensinassem? Nós sabemos que a igreja de Corinto era uma igreja nova, tinha pouco tempo que foi estabelecida. E, Paulo teve que sair imediatamente com a sua equipe, e praticamente a igreja ficou nas mãos de novos convertidos. Mas, a igreja também sofria muita influência da própria cidade de Corinto. Então, esses irmãos, por falta de experiência e de maturidade cristã, começaram a viver mais conforme a vida mundana de Corinto do que os princípios cristãos. O que levou eles terem tantas questões entre eles? A falta de maturidade cristã. Então, aqueles irmãos estavam prejudicando uns aos outros. O que constituía essa injustiça?  Fazer algum negócio com seu irmão e não cumprir o contrato;  Comprar algo de seu irmão e não pagar;  Roubar algo de seu irmão;  Levantar uma acusação falsa contra o seu irmão. Então, essas eram algumas das injustiças praticadas entre os irmãos. Por outro lado, os crentes ofendidos e prejudicados recorriam aos tribunais humanos a fim de se vingar de seu irmão. Revidavam! E, assim as questões em vez de serem resolvidas, viravam uma bola de neve. Conforme disse Antonio Gilberto: „Alguns crentes de Corinto, por motivos pessoais, egoístas e banais costumavam levar os outros aos tribunais acionando juízes pagãos como era costume da época‟ (6ª lição, do 2° Trim/2009). Leiamos 1ª Coríntios 6.1,6: „Quando algum de vocês tem uma queixa contra um irmão na fé, como se atreve a pedir justiça a juízes pagãos.... um irmão em Cristo leva ao tribunal a sua queixa contra outro irmão e deixa que juízes pagãos julguem o caso‟. Então, veja que a situação estava tão séria que estava se arrastando para os tribunais humanos. A segunda razão que originava essas demandas... Segunda causa, era porque os coríntios estavam sendo enganados, quer dizer, sofrendo má influência.


Eles estavam se deixando levar por más influências. Porque tem sempre, irmãos, uma pessoa para fomentar a intriga; para, como se diz o ditado, „jogar lenha na fogueira‟. Os problemas da igreja transvazava pro mundo, então a pessoa mundana aconselhava os irmãos a levar esses atritos aos tribunais, dizendo: „condena esse irmão!‟ „rapaz a justiça resolve isso aí‟. Leiamos 1ª Coríntios 15.33: „Não vos enganeis. As más conversações corrompem os bons costumes‟. Então, o mundo estava influenciando negativamente os crentes, de modo que a igreja estava sendo exposta. E, a terceira causa de demandas judiciais na igreja de Corinto... Terceira causa, era porque algumas pessoas em Corinto não eram convertidas. Leiamos 1ª Coríntios 15.34: „Como justos recuperem o bom senso e parem de pecar. Pois alguns há que não tem conhecimento. Digo isso para vergonha de vocês‟. Havia muita gente na igreja de Corinto, mas muitas dessas pessoas não tinham experimentado o verdadeiro nascimento em Cristo. Não eram convertidos de fato e de verdade. Essas pessoas não acreditavam na providência de Deus, não tinham o amor de Deus dentro de si, viviam segundo o seu padrão de vida mundano, segundo a sua mentalidade, segundo aquilo que achava que era certo. Não buscavam estabelecer a vida nos princípios cristãos. Não tinham conhecimento, nem queriam ter dos ensinamentos apostólicos. Então, não eram pessoas crentes, mas estavam dentro da igreja. O que é também um dos nossos problemas. Há nas igrejas muitas pessoas que entraram, mas não se converteram; se batizaram nas águas, mas não foram de fato sepultadas; tem o seu nome inscritos no rol da membresia da igreja, mas não tem o seu nome inscritos no livro da vida; participam dos departamentos, mas não participam do corpo de Cristo. Então, essas pessoas, como diz a palavra de Deus se tornam espinhos no corpo da igreja de Cristo; se tornam como escorpiões entre nós que nos atrapalham ao crescimento. É o joio que está sufocando o trigo. Paulo reprovou totalmente essa atitude de levar os irmãos aos tribunais... Por que Paulo reprovou a atitude dos coríntios? Por cinco motivos. Primeiro, porque só o fato de existir questões entre os crentes já mostrava que os coríntios estavam falhando completamente como cristãos. Leiamos 1ª Coríntios 6.7: „... só o fato de existirem questões entre vocês já mostra que vocês estão falhando completamente‟. Então não era para existir problemas deste tipo no meio da igreja. A atitude de levar o irmão aos tribunais era apenas efeito de uma causa pior. Que eram as discussões. Não só os efeitos devem tratados, mas também a raiz do problema deveria ser eliminada. Então, essa foi uma das razões porque Paulo reprovou a atitude de procurar o julgamento humano:


por causa de contenda, divisão, dissensão que não era para haver na igreja. A igreja era para viver unida. O segundo motivo pelo qual Paulo reprovada os coríntios era a atitude dos coríntios expunha a igreja diante de homens mundanos. Leiamos 1 Co 1.6: „Mas o que a acontece é que o irmão em Cristo leva ao tribunal a sua queixa contra outro irmão e deixa que juízes pagãos julguem o caso‟. Então, os juízes começam a ter uma má visão da igreja: „Vichi! Esse povo vive em confusão‟. Essa era uma das preocupações de Paulo. „Vocês estão expondo a igreja!‟ „Vocês estão fazendo com que as pessoas critiquem a igreja‟. „ Vocês estão escandalizando o povo de Deus‟. Terceiro, a atitudes dos coríntios revelavam que entre eles não havia pessoas capacitadas para resolver os problemas entre os irmãos. Leiamos 1 Co 1.5: „Que vergonha! Será que entre vocês não existe alguém com bastante sabedoria para resolver as questões entre irmãos‟ „Apesar daqueles crentes serem tão imponentes e envaidecidos em sua ciência, em sua sabedoria, em seus dons, em sua capacidade superior, não havia entre eles ninguém sábio, competente, justo e imparcial para solucionar suas desavenças‟ (Antonio Gilberto). Vocês sabem que a igreja de Corinto foi uma igreja beneficiada com muitos dons. Era considerada como a igreja pentecostal do Novo Testamento. Você lendo a carta aos Coríntios é mesmo que você está o relatório de igrejas pentecostais; de uma igreja como Assembleia de Deus, cheia de dons espirituais. E um dos dons, que Deus concede a igreja, é o dom do conhecimento. Havia na igreja de Corinto alguns grupos que falei na minha palestra anterior. O grupo que seguia Apolo era considerado como o grupo de intelectuais. Então esses irmãos viviam inchados porque eles se achavam mais inteligentes do que os outros irmãos. Porém, irmãos, há uma diferença entre conhecimento e sabedoria. O que é conhecimento? É você conhecer determinadas coisas; é ter a inteligência de discernir determinados assuntos; é compreender e saber dominar determinados assuntos. Mas, o que é a sabedoria? É aplicar esses conhecimentos na sua vida cotidiana. Porque o importante não é apenas conhecer, mas saber aplicar a palavra de Deus na sua vida. Então esses irmãos, ou alguns deles, tinham conhecimento, mas não tinham a sabedoria de Deus de aplicar esse conhecimento em sua vida cristã. Eles não tinham a sabedoria de poder resolver esses problemas que surgiam entre eles. Irmãos! A quarta razão pela qual Paulo reprovava aqueles crentes era porque a atitude dos coríntios, lhes colocavam debaixo de juízes que arbitravam (julgavam) as demandas segundo as ideias e costumes do paganismo reinante entre os gregos e romanos.


Você sabe que o mundo daquela época era governado por filosofias gregas, por leis romanas, por influência do paganismo, por estilo de vida inspirado pelos ensinamentos dos deuses pagãos da Grécia, por mitologia grega. Essas pessoas procuravam seguir o ensinamento desses deuses. Então, o modo como eles julgavam chegavam até a praticar tipos de aberrações; infligia determinados castigos sobre o infrator. Como por exemplo, o católico que comete um erro contra a igreja, a igreja manda o sujeito rezar no sei quantos pais-nossos; a rezar no sei quantas ave-marias; a fazer uma penitência pagã. Algumas das leis da filosofia, digamos assim, aplicadas pelos juízes pagãos eram desse tipo. „Meu filho, você tem que ir ao templo para fazer oferenda para que possa pagar esse erro que você cometeu‟. Ou então, era aplicado sobre o infrator uma lei severa e sub-humana. Porque ele não só ofendeu o seu vizinho, mas também o deus pagão. Então, ele tinha que fazer alguma coisa para aplacar a ira daquele deus, senão esse deus pagão vinha e castigava a cidade toda. Por exemplo, quando alguém morria, o juiz determinava que a viúva também deveria morrer para acompanhar seu marido na vida póstumulo. Havia muitas leis berrantes que o juiz aplicava nas pessoas. O quinto motivo que Paulo reprovada a atitude dos coríntios era porque a atitude dos coríntios demonstravam que a igreja de Corinto praticava uma espiritualidade falsa. Sobre isso o Dr. Antonio Gilberto diz o seguinte: „Em Corinto havia bastante movimentos, demonstrações carismáticas, declarações em línguas, cânticos, profecias, exposição doutrinária, mas também muitas meninices, superficialidade e emocionalismo que não devemos confundir com as reais manifestações do Espírito Santo‟ (6ª lição, do 2° Trim/2009). Irmãos, esses movimentos não vão provar que a igreja é espiritual. A manifestação dos dons não prova que a igreja é madura. Na igreja de Corinto havia muito desse tipo de movimentos, mas a espiritualidade, que é a aplicação do fruto do Espírito, que é a prática das virtudes cristãs, que é a gente saber conviver uns com outros, que é a gente praticar o amor, não havia na igreja de Corinto. Então, se a igreja tem muitos movimentos espirituais: os irmãos dançam no Espírito; caem no poder; voam na asa do Espírito; batem palmas, sapateiam, estremecem. Essas coisas não irão provar que a igreja é espiritual. A não ser que entre aqueles irmãos pentecostais exista o amor, a bondade, a fidelidade e o domínio próprio. Se houver isso, aquela igreja é espiritual e aquelas manifestações são verdadeiras e genuínas. Iremos agora ver o nosso quarto tópico, que nos leva a seguinte questão: Um crente deve mover uma ação judicial contra alguém? No capítulo 6 de Coríntios, Paulo não trata de ocorrências de problemas litigiosos entre um crente e um descrente, mas entre os santos.


Porém, o que é que um crente deve fazer quando for lesado por um descrente? Paulo não trata desse assunto aqui nesse capítulo, todavia, iremos examinar outros textos bíblicos que nos orienta como um cristão deve agir diante de uma demanda com alguém que não é crente. Um crente que tem uma questão contra um descrente, Paulo não trata desse assunto, mas como nós estamos abordando a questão toda, iremos que ver qual é a atitude que um crente deve ter quando ele é lesado por um descrente. Nesse caso o crente deve seguir os conselhos das Escrituras. Vejamos: Vença o mal com o bem. Leiamos Romanos 12.17-21: „A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens. Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens. Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor. Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem‟. E também Mateus 5.38-40,44: „Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; E, ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus‟. Essa é a primeira atitude que um cristão deve ter: vencer o mal com o bem. Segunda atitude: Preferir uma conciliação do que levar o caso perante um juiz. Leiamos Mateus 5.25,26: „Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão. Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil‟. A princípio o cristão deve evitar se envolver em uma questão que não vai dá em nada, apenas degastes emocionais e espirituais. Agora se o acaso for muito grave, como envolvendo pedofilia, invasão de propriedades, violência contra crianças e adolescentes, abuso contra a mulher. O crente pode recorrer aos tribunais de justiça. Por exemplo, se um crente tem uma filha, e alguém abusa sexualmente dela, ele pode recorrer ao tribunal de justiça. E, se for um crente que fizer isso em lugar de um descrente? Talvez alguém replique: „Então, ele não é crente, pois um crente não abusa sexualmente de ninguém!‟. Se ele for batizado nas águas, ele é considerado um crente. Se ele é membro da igreja ele é um crente. Não importa se ele não se converteu, se ele não seja um crente verdadeiro, mas para a igreja ele é um membro, ele é um crente. Então, a igreja tem que tomar uma atitude em relação a essa


pessoa. Por incrédulo, ele é um crente, pra gente ele é um crente. Agora, se ele não é crente pra Deus, só quem sabe é Deus. Vejamos quatro razões porque um crente deve processar um indivíduo que invade a sua casa, que agride a sua filha, sua esposa, que lhe agride. Primeira razão: O crente deve cooperar com as autoridades constituídas por Deus. Deus estabeleceu as autoridades para refrear os casos de violência e maldade no mundo. Está em Romanos 13.1-5. No texto que nós lemos em Romanos 12, Paulo disse: „Não vos vingueis... mas dai lugar a vingança de Deus‟. Em Romanos 13, diz que uma das vinganças de Deus é realizada por meio das autoridades. As autoridades foram constituídas por Deus para vingar o infrator. Então, quando Paulo diz: „Não vingueis‟, ele está dizendo: „Não tome em seu próprio pulso a prática da lei, mas dai lugar a vingança de Deus‟. E, dá lugar a vingança de Deus também é permitir que as autoridades julguem o caso. Segunda razão: O crente não deve pecar por omissão. Está em Tiago 4.17: „Aquele que sabe que deve fazer o bem, e não faz, comete pecado‟. Se você sabe que o seu vizinho mantém a sua família em cárcere privado, que ele agride a esposa e filhos, você pode de uma maneira anônima denunciar esse sujeito para policia. Pois se ele não o fizer, está sendo omisso, está pecando. Terceira razão: Os apóstolos recorreram às autoridades quando necessário (At 25.11,12). O próprio Paulo, que era um cidadão romano, que lhe dava direito a recorrer aos tribunais romanos, em algumas vezes, se valeu desse direito que ele tinha. Quando ele estava sendo julgado em Cesaréia, lá na Palestina, ele sabia que iria ser condenado, ele se valeu do direito que gozava de poder apelar para o tribunal superior, que era César. Então ele disse: „Eu apelo para César‟; „Eu quero que o meu caso seja julgado perante César‟. Então, as autoridades disseram: „Se você apelou para César, para César irás‟. Algumas vezes ele perguntava: „É correto castigar um cidadão romano sem antes ser ouvido pela lei?‟. Paulo muitas vezes se valia desses direitos e privilégios que tinha como um cidadão romano. Então, o cristão deve também se valer de alguns direitos que ele tem amparado pela lei. E, quarta e última razão: O crente não deve ter medo de defender os direitos dos desfavorecidos. Esse texto nós iremos ler: Provérbios 31.8,9: „Abre a tua boca a favor do mudo, pela causa de todos que são designados à destruição. Abre a tua boca; julga retamente; e faze justiça aos pobres e aos necessitados‟. Portanto, um cristão deve mover uma ação judicial contra alguém? Se o problema não for muito grave, ele deve procurar conciliação, não revidar, evitar as ameaças, como por exemplo: „Cuidado! Que eu tenho um


bichão por mim!‟. Mas, se o caso for grave, ele deve se valer de seus direitos que goza diante da lei. Vejamos novamente aqui... Um crente deve reivindicar seus direitos diante de um tribunal humano? Sim! Pois segundo o que estamos estudando Paulo não quer dizer que o cristão não deva recorrer à autoridade civil quando necessário. De modo que quando necessário devemos recorrer à autoridade civil. Vamos ver alguns exemplos de casos em que o cristão pode reivindicar seus direitos junto a Defensoria Pública ou outros órgãos de defensa às vítimas. Se um crente comprar um objeto, e aquele objeto se desmantelar antes de vencer a garantia, ele pode procurar a autorizada ou a loja, caso a loja não cumpra sua parte no contrato, o crente pode recorrer ao DECOM... (Infelizmente aqui o tempo de gravação expirou, irei, porém deixar registrado o manuscrito usado nessa palestra. O restante da mensagem que se segue, é o esboço utilizado pelo irmão Edinaldo durante essa palestra)  Se o crente contratar um serviço de uma empresa, e essa empresa não cumprir com suas responsabilidades, o crente pode procurar seus direitos;  Se um crente trabalha em uma firma e é posto pra fora injustamente sem receber as suas contas honestamente, ele pode recorrer aos sindicatos dos trabalhadores;  Se um crente sofrer prejuízos, como por exemplo, alguém acidentar seu carro, ou ele sofrer um atropelamento ou acidentes de trabalho, etc., pode reivindicar perante as autoridades a justa indenização.  Por outro lado, se um crente cometer um crime, como por exemplo, assassinato, assalto, pedofilia, ele deve se entregar as autoridades e confessar seu crime.  Se o crente não pode ir aos tribunais de justiça para resolver suas demandas dentro da lei, ele também não pode ser um policial, um advogado, um juiz, um político, um desembargador, pois tais autoridades são responsáveis em cumprir e fazer cumprir as leis. Um crente deve processar seu irmão por causa de questões judiciais? Segundo o apóstolo Paulo não! Por seguintes razões:  Isso supõe diante do mundo que o ambiente da igreja é hostil (1 Co 3.7a); Isso traz prejuízo a igreja impedindo o avança do evangelho perante as autoridades (1 Co 6.6); O crente deve preferir sofrer a injustiça e o prejuízo do que escandalizar a palavra de Deus (1 Co 3.7b). O crente deve confiar na justa retribuição de Deus (1 Co 6.9; 1 Ts 4.6). Que atitudes a Igreja deve tomar em relação a demandas judiciais? A Igreja deve fazer vista grossa? Colocar um pano quente na situação? Tirar o corpo de banda? A igreja deve ser complacente e transigente com o erro?


Assim como no antigo Israel, a Igreja deve estabelecer uma comissão de homens experientes para resolver as demandas judiciais entre os seus membros (1 Co 6.5). Dr. Antonio Gilberto afirmou: “Já aqui na terra a Igreja tem seus pastores, dirigentes e mestres, que capacitados por Deus e preparados em si mesmos, devem cuidar, no âmbito interno, dos problemas dos irmãos que surgem na vida cristã e na vida em geral” (6ª lição, do 2° Trim/2009). Esses homens devem conhecer os ditames da palavra de Deus, as leis e o código civil; ter uma vida irrepreensível, não ser avarentos e ter um pulso forte para não aceitar suborno ou propina. Será que a Igreja está qualificada para esse tipo de função? Será que é da alçada da igreja tais atribuições? Paulo afirma que sim, e baseia a sua tese na doutrina bíblica (1 Co 6.2,3). A Igreja deve aplicar a justa pena (penitência) ao infrator: Quando o infrator se arrepende e faz as devidas restituições deve passar por um período de disciplina (Gl 6.1; Hb 12.11). O termo grego para „corrigir‟ é „catartizo‟ e significa „consertar‟, „fazer reparos‟, „remendar‟ reajustar‟, „estabelecer‟. Quando a pessoa comete um pecado grave e impenitente como estrupo, assassinato, pedofilia e assalto, devem ser excluídos da igreja (1ª Co 5.13; Mt 18.17,18; Jo 20.23).

Mensagem Ministrada na 2ª Semana Escatológica na Assembleia de Deus-Codó em 27 de Maio de 2009 Sobre a Perseverança do Crente e os Perigos do Esfriamento Espiritual

Nessa noite, eu gostaria de parabenizar o Pb. Mário Eugênio pela iniciativa de usar os vasos de casa nesse ano na 2ª Semana Escatológica para ministrar. E começou pelos mais simples que são os auxiliares. Um certo presbítero do nosso campo disse que auxiliar não é para pregar, nem ministrar estudo e nem ser convidado pra lugar nenhum para pregar. Ele foi chamado exclusivamente para ficar na congregação. Mas, graças a Deus que o Pb. Mário Eugênio não tem essa visão mesquinha. Gostaria, também, de elogiar a igreja que tem estado nessa semana participando e nos apoiando como também os demais auxiliares e diáconos da casa do Senhor. Abra a sua Bíblia em Apocalipse capítulo um e mantenha a sua Bíblia aberta nesse livro. Segundo as Escrituras „aquilo que os olhos não viram e que ouvido não ouviu e que não subiu aos corações dos homens foi o que Deus preparou aqueles que ele ama‟. E, diz a palavra de Deus que „a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um eterno peso de glória muito excelente‟. Disse Paulo: „Tenho por certo que as aflições do tempo presente não dão para se comparar com a glória que em nós há de manifestar-se‟.


Segundo o apóstolo Pedro „Deus nos regenerou para uma viva esperança, para uma herança incorruptível, incontaminada, que não pode murchar aguardada para nós nos céus‟. Ninguém pode roubar, ninguém pode tocar, ninguém pode tomar! Essa herança é chamada de coroa da vida, coroa da glória, coroa de justiça e coroa incorruptível representando o reino imortal, o reino eterno, o reino majestoso, o reino justo e o reino santo. E, para isso Cristo voltará para nos arrebatar, nos ressuscitar, nos transformar a fim de que sejamos participantes desse reino eterno. Nós veremos Cristo face a face e seremos envolvidos pela glória de Deus de maneira tão plena que as nossas imperfeições serão absolvidas pela perfeição divina. E, essa perfeição de Deus irá atingir todo o globo terrestre. Tudo em nossa volta irá ser atingida pela perfeição de Deus, desde o planeta Terra até ao Universo. E, Deus, por intermédio de Jesus Cristo, há de eliminar todo mal que contamina a terra e o universo. Ele vai eliminar Satanás; Ele vai eliminar os demônios; Ele vai eliminar os ímpios e Ele vai eliminar o pecado. Ele também vai eliminar as consequências do pecado que é a velhice, o sofrimento, a morte. Ele vai eliminar os efeitos do pecado: a maldade, a crueldade, a perversidade e as iniquidades. Louvado seja o nome do Senhor! Nós aguardamos todas essas bênçãos! Agora a pergunta que gostaria de fazer essa noite é: Quem participará dessas bênçãos gloriosas e futuras que nos aguardam? Apocalipse capítulo 21.7 diz „quem vencer herdará todas as coisas; e eu lhe serei o seu Deus, e ele será o meu filho‟. Mas para vencermos, irmãos, temos que perseverar como está dito em 2ª Timóteo 2.12: „aquele que perseverar, também com ele reinará‟. E, eu gostaria nessa noite de falar sobre esse assunto: a perseverança do crente e os perigos do esfriamento espiritual e, quero basear e desenvolver esse assunto em cinco perguntas: O que é a perseverança? Como a perseverança é produzida em nós? Por que temos que perseverar? Quais são os motivos que nos incentiva a perseverança? Quais são as bênçãos da perseverança? O que é perseverança? Vamos ler o texto em Apocalipse 1.9: „Eu, sou João, irmão de vocês; e, unido com Jesus, tomo parte com vocês no Reino e também em aguentar o sofrimento com paciência. Eu estava na ilha de Patmos, para onde havia sido levado por ter anunciado a mensagem de Deus e a verdade que Jesus revelou‟. Perseverança é aguentar. Termos como persistência, constância, pertinácia, resistência são sinônimos de perseverança. Aguentar o peso, suportar grande pressão, manter-se de pé diante das dificuldades, vencer os obstáculos. Tais expressões mostram o verdadeiro sentido da perseverança. A palavra grega para perseverança tem o significado de aquele que fica em pé com o rosto voltando contra o vento. É comparado a um homem


que está caminhando em um deserto contra o evento e a poeira, no sol quente, com falta de água, e comida, mas ele não desiste de caminhar. É como alguém que está remando contra a maré, ele não está disposto parar, porque ele sabe que se parar poderá ser levado pela maré abismo abaixo. Irmãos, a perseverança é uma peça fundamental na vida do cristão, é essencial, é algo que não pode faltar em nossa vida. Temos que perseverar na doutrina, temos que perseverar na oração, temos que perseverar na comunhão, temos que perseverar no partir do pão, temos que perseverar na fé, no amor, na esperança e na bondade. A perseverança tem que atingir todos os setores da nossa vida: É um pai de família que precisa de perseverança para sustentar o seu lar, para proteger a sua família e para mante-se fiel a sua esposa; É uma mãe que precisa de perseverança para educar o seu filho na palavra de Deus, para guarda-los da influência perversa e maligna deste mundo e para cuidar de seus afazeres domésticos. É um jovem que precisa de perseverança para concluir os seus estudos, para cursar a faculdade, para se formar, para arrumar um emprego, para se casar e construir um lar. É um idoso que precisa de perseverança para vencer os traços da sua velhice, para vencer o preconceito desse mundo e para mante-se lúcido. É um enfermo que precisa de perseverança para suportar a dor, para conviver com suas deficiências e para nutrir o seu coração com boas perspectivas de vida. É um crente que precisa de perseverança para aguardar com paciência a vinda de Jesus Cristo, enquanto ele se debate com as intempéries desta vida. Precisamos de perseverança! Certa vez Jeremias disse ao Senhor: „Senhor, eu não suporto mais! O meu ministério profético é muito pesado; eu vou desistir, eu vou para por aqui mesmo‟. O Senhor disse a Jeremias: „Se tú não aguentas correr com aqueles que vão a pé, o que será de ti se correres contra aqueles que vão a cavalo‟. Mas irmãos como a perseverança é produzida em nós? Como a perseverança é produzida em nós? Em Romanos 15.5, a Bíblia diz que Deus nos dá perseverança. Mas o modo como Deus nos dá perseverança é de um modo especial? Você não encontra perseverança no fruto do Espírito. Você não encontra perseverança nos dons espirituais. Deus não chama um anjo: „Grabriel! Vai e derrama perseverança sobre aquele meu filho‟. Eu nunca vi um profeta profetizar dizendo: „Minha serva e meu servo receba perseverança!‟. Então, como Deus nos dá perseverança? Quantos gostariam de receber perseverança? Então, diga: „Senhor! Me dá perseverança!‟. É aqui que está o problema? Porque só há um meio de nos dá perseverança, está em Romanos 5.3: „... a tribulação produz perseverança‟. Tiago 1.4,5: „a provação da vossa fé produz perseverança‟. Não existe outro caminho,


outro meio, de Deus nos dá perseverança, a não ser através da tribulação, da perseguição, da provação. Quando o crente está ajoelhado aos pés de Deus pedindo perseverança, Jesus Cristo olha para seu Pai e diz: „Meu Pai, ele está pedindo perseverança‟. O Pai diz: „Meu Filho, então aperta o parafuso‟. E, Jesus Cristo é muito obediente ao seu Pai. De modo que Ele vai e aperta o parafuso. Mas não se preocupe que ele não vai arrochar tanto a ponta de estuprar. Ele vai até a medida certa. Em outra figura de linguagem, é a prensa que o Senhor usa para extrair de nós a perseverança. Mas, por que temos que perseverar?... Por que temos que perseverar? Entre muitas razões, irei citar quatro: Por causa da oposição de Satanás; por causa das pressões do mundo; por causa da nossa natureza pecaminosa e por causa das pessoas pessimistas e sem fé... Por causa da oposição de Satanás. Irmãos, precisamos perseverar em nossa vida cristã, em nossa caminhada cristã, porque nós temos um adversário que nos faz oposição a fim de fazer-nos desistir de nosso objetivo, nossa meta. Ele tem como objetivo nos desestimular, desmotivar, atrapalhar, para que a gente desista da nossa caminhada. Satanás lançará mão da cilada mais sutil para fazer o cristão desistir da sua fé. O diabo e seus demônios não tem nenhum outro objetivo a não ser esse: „nós vamos fazer tudo para que ele desista!‟. A gente não tem que recuar, ficar amedrontado. Pedro e Tiago disseram: „resisti o diabo na fé‟. Outro motivo de perseverança é por causa da pressão deste mundo que procura minar nossas forças espirituais... Por causa da pressão do mundo. Este mundo engloba os desejos materiais, o fascínio pelo poder, pela fama e pela riqueza, um estilo de vida pecaminosa e a corrupção na política, na igreja e no comércio. Este mundo envolve o espírito anticristão que procura negar a realidade do Reino de Deus; a influência demoníaca que inspira as ações macabras e bestiais dos homens. Mas, por outro lado também, este mundo envolve a perseguição contra o cristão; o anelo de fazer com que o cristão desista da sua caminhada. Este mundo ridiculariza as coisas santas, zomba e escarnece daqueles que procuram viver segundo o padrão divino. Mas João disse: „essa é a vitória que vence o mundo a nossa fé‟. Outro motivo porque temos que ter perseverança é porque temos que lutar contra a nossa natureza caída e depravada. Por causa da nossa natureza pecaminosa. Nossos primeiros pais não foram perseverantes para permanecer na justiça de Deus, de modo que herdamos uma natureza contrária às coisas de Deus. Assim, temos que lutar, se esforçar para que em nossos corações sentirmos o desejo para as coisas celestiais. Então, isso é uma batalha!


As Escrituras comparam a vida cristã como alguém que está lutando, em uma arena, contra animais ferozes. E, é isso que a nossa natureza representa: um animal descontrolado, um búfalo desembestado, um bicho indomável e um porco faminto. Temos que ter muita força de vontade, muita força de Deus, muita força do Espírito Santo para colocar um cabresto nessa carne e coloca-la debaixo de nossos pés. Por causa das pessoas pessimistas e sem fé. As pessoas pessimistas e sem fé querem nos fazer desistir. Elas nos dizem: „Isso não vale a pena‟; „isso não vai dá em nada‟; „desista disso!‟; „Isso não é para você‟; „você não tem capacidade‟; „você não tem chamada‟. Temos que tomar a posição de Neemias. Quando a cambada de Tobias e Sambalate chegaram para Neemias e lhe disseram: „Essa muralha que você está levantando não vai dá em nada, qualquer raposinha que passar irá derruba-la. Desce desse muro!‟. Neemias lhes respondeu: „Eu não posso descer, porque estou ocupado na obra de Deus‟. Nós não podemos parar, irmãos! Não podemos desistir! Não pare no caminho! Temos que prosseguir, temos que perseverar. Mas o que nos incentiva a perseverar?... De que a gente pode encher o coração para perseverar? Existem muitas coisas, mas eu quero apenas citar algumas. Quais são os motivos de perseverança? O Deus que prometeu é fiel e não falha; o exemplo máximo e perseverante de Cristo; o testemunho de perseverança dos mártires; a garantia do cumprimento certo das promessas de Deus; o encorajamento das Escrituras proféticas e a vindicação divina em favor dos santos. Temos esses seis motivos para perseverarmos. Primeiramente porque Deus é fiel, e Ele não falha. Se tivéssemos apenas esse motivo já seria suficiente pra gente ir com esse Deus até o final. Debaixo de paulada, de canivete, de pedrada, a gente pode ir até o final porque a corda dele não quebra. As Escrituras comparam a Deus como uma rocha, um baluarte, uma cidade fortificada, uma torre. Essas coisas descrevem a natureza de Deus como uma natureza inabalável, inquebrantável, firme. Deus não recua, não volta atrás; Deus não se dobra e nem se curva. Aquilo que ele falou, ele sustenta; aquilo que ele diz, ele não contradiz. Ele disse para o profeta Jeremias: „eu velo sobre a minha palavra para cumprir‟; ele disse para o profeta Isaías; „a minha palavra não volta atrás e nem vazia‟; ele disse para o profeta Ezequiel: „aquilo que falei, eu cumprirei‟. Que motivo tremendo, irmãos! Para a gente perseverar. Porque as promessas de Deus sobre nós são fiéis, são irrevogáveis. Outro grande motivo que nos incentiva a perseverar é o exemplo de Jesus Cristo. Segundo, o exemplo máximo e perseverante de Cristo. Estou pra ver um homem que perseverou mais do que Jesus Cristo! Na carta aos Hebreus 12, o autor exorta os cristãos a correr com perseverança a corrida que nos


está proposta. Ele cita como exemplo, Jesus Cristo. Que suportou a cruz, que suportou as oposições dos pecadores, suportou as injúrias, as calúnias, o falso testemunho, mas não desistiu da cruz. Se Jesus Cristo tivesse sido açoitado pelos judeus teria recebido apenas 40 chicotadas, mas como ele foi açoitado pelos romanos, e os romanos açoitavam sem pena e sem misericórdia, eles açoitavam a pessoa até ficar flagelada. Jesus Cristo ficou flagelado diante daqueles romanos, daqueles soldados perversos, mas ele não desistiu de carregar a cruz. A cruz pesada, não era a cruz dele, tombou e caiu muitas vezes, mas se levantou e prosseguiu na sua missão. Se você não ver exemplo de perseverança nos membros da sua igreja, olhe pra Jesus Cristo. Se você não encontra perseverança no pastor da sua igreja, olhe para Jesus Cristo. Crente nenhum tem motivos e razões para desistir. Pois Jesus Cristo terminou com os pés juntos, e pregados em cravos, mas não desistiu. Talvez você diga: „mas Jesus Cristo era Deus!‟; „Jesus Cristo contava com a plenitude do Espírito Santo, que lhe dava capacidade de resistir tudo‟. Não levando em consideração a sua tese, vamos citar o outro motivo de perseverança: o testemunho dos mártires. Terceiro, o testemunho de perseverança dos mártires. A nossa história eclesiástica está marcada e manchada de sangue de homens e mulheres que perseveraram até o fim. A lista de Hebreus capítulo 11 é uma lista suficiente, mas está incompleta. Os patriarcas, os juízes, os reis piedosos de Israel, os profetas tiveram que perseverar para manter-se fiéis a Deus. Mas não foi só eles. Os apóstolos, os primitivos cristãos, os pais da igreja, os reformadores, os valdences, os anabatistas, os morávios, os menonitas, os metodistas, os puritanos e os pentecostais tiveram também que demonstrar uma grande perseverança para manter a tocha do evangelho acessa. E, se hoje essa chama arde em nossos corações, foi porque esses homens deram sangue e suor. Depois têm crentes que considera o evangelho como coisa banal, despreza as coisas de Deus, mas ele não sabe que está pisado em sangue de mártires. Ele não sabe que essa Bíblia bonitinha que ele lê todos dias, está manchada com o sangue das testemunhas fiéis de Jesus. Poderíamos contar tantas histórias de mártires que suportaram as piores coisas que um ser humano possa sofrer. Mas deixe-me citar apenas um exemplo de Richard Wurmbrand, um pastor da Romênia. Quando a igreja da Romênia estava sendo perseguida pelos comunistas, em sua autobiografia, ele escreve que cristãos sofreram horrores debaixo do domínio dos comunistas. E, uma das torturas que os comunistas infligiam nos cristãos, era que eles cavavam um buraco, depois colocava o cristão dentro desse buraco, deixando apenas a cabeça do lá de fora. Isso em pleno sol quente. Aqueles pobres cristãos ficavam ali dois ou três dias. Seus lábios começava ressecar.


E aqueles comunistas do diabo perguntavam: „você está com sede?‟. O irmão sem forças para falar, apenas balançava a cabeça. „Tragam uma colher de sal‟, e empurrava garganta abaixo. „você ainda está com sede, cristão!‟.... „xiiiiiiiiiii‟, urinava na cabeça do cristão. Aqueles irmãos morriam aquele estado deplorável, mas não negavam a sua fé em Jesus Cristo. Eles não negavam porque estavam contemplando o reino celestial e a vida eterna. O encorajamento das Escrituras proféticas é um motivo extremo e poderoso para gente manter a nossa perseverança até o final. Quarto, O encorajamento das Escrituras proféticas. Deus escreveu as Escrituras exatamente para desenvolver em nós a perseverança isso está em Romanos 15.4. Mas não precisamos citar muitos livros, olhe apenas para o livro do Apocalipse. Ele foi escrito para incentivar a perseverança. Não foi escrito apenas para se conhecer as coisas futuras, as despertar naqueles cristãos a perseverança. Isso começa no capítulo 1 de Apocalipse, quando você se depara com um velhinho de quase cem anos de idade, foi exiliado na ilha de Patmos para serviços forçados. Mas você não o ver reclamando, murmurando da vida. Ele disse com muito orgulho: „Eu estou aqui por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus‟. Jesus Cristo aparece a João na ilha de Patmos e lhe diz: „João, não temas! Eu sou o primeiro e o último. Eu estive vivo, mas morri, mas eis aqui estou vivo para todo sempre. E, tenho autoridade sobre a morte e a sepultura‟. Nos capítulos 2 e 3 de Apocalipse, a mensagem para as igrejas é para perseverar. Éfeso – Não abandone o seu primeiro amor!; Esmirna – Seja fiel até a morte!; Pérgamo – Não renuncie a sua fé! Tiatira – Faça a minha vontade até o fim!; Sardes – Não contamine a sua veste!; Filadelfia – Guarda o que você tem!; Laodicéia – Seja um crente quente!. Nos capítulos 4 e 5 a glória de Deus se abre diante de nós. Aquilo que antes estava encoberto, agora se abre diante de nós. João entra no Santo dos santos; e o que ele contempla?: Querubins que não cessam de adorar diante do trono de Deus, noite e dia, dizendo: „Santo, santo, santo, é o Senhor Deus todo-poderoso, aquele que é, que era e que da vir‟. Não apenas os querubins, mas também os 24 anciãos diziam: „Eis o Cordeiro de Deus, o Leão da Tribo vitorioso‟. E o cântico diz: „Eis o Cordeiro de Deus que vive, porque morreu, mas venceu‟. No capítulo 6, contemplamos a gloriosa visão dos mártires debaixo do altar que preferiram morrer do que negar a sua fé. Eu fico indignado, eu fico pé da vida, quando homens renomados, teólogos bem conceituados, dizem: „Esses mártires aqui é desviados‟. É sempre assim, irmãos. Quando você padece, sofre, está debaixo de dificuldades, é porque a pessoa não tem fé, está em pecado... é sempre assim.


E, a igreja moderna em seus berços esplendidos chama os mártires de desviados, mas eles não são desviados, não! Eles são servos e nossos irmãos. No capítulo 7, nós vermos a entrada triunfal da igreja no tabernáculo eterno. Enfrentou as piores perseguições, mas não deixou as suas vestes ficarem manchadas. Nos capítulos 8 e 9, as pragas de Deus caiem sobre o mundo ímpio por causa da igreja, pois isso foi decorrente das orações perseverantes do crente. No capítulo 10, Deus estrala o seu dedo e diz: „Não haverá mais demora!‟. Ei crente, acorda! Não haverá mais demora! Aguenta mais um pouquinho porque o que há de vir, virá e não tardará. No capítulo 11, nos é contada uma história numa visão profética, em linguagem simbólica, de duas testemunhas que estão marcadas e destinadas ao massacre, mas elas não desistem. Sabe por que? Porque elas creem naquele que ressuscita os mortos. No capítulo 12, é retirada a mascara de Satanás, ele se revela como um grande e terrível dragão, raivento, sanguinolento, promotor de mortes, mas o povo de Deus é representado como uma simples mulher com seu filho, que enfrenta o dragão; que enfrenta a serpente; que enfrenta o diabo, mas permanece fiel ao testemunho de Jesus. No capítulo 13, é de arrepiar, duas bestas animalescas que explora, que impõe, que subjuga, que persegue, mas os cristãos continuam perseverando. No capítulo 14, vermos os judeus salvos. Quando falamos em judeus, nos lembramos logo do holocausto nazista, mas nós não vermos os nazistas ali, nem Hitler e nem a sua cambada, nós vermos os judeus glorificados. Eles se tornaram as primícias isso significa que a colheita restante está garantida. E, se nós fazemos parte dessa colheita restante, a nossa salvação está garantida. Porque a Escritura diz que se a primícias é santa, todo o resto da colheita também é santa. No capítulos 15 e 16, em meio as derramadas das pragas, Jesus Cristo abre o parênteses para dizer para a sua Igreja:„Eis que venho como ladrão. Bem-aventura aquele que guarda as suas vestes, para que não ande nu‟. O quinto motivo para o cristão perseverar até o fim é por causa da vindicação divina em favor dos santos. Irmãos, aquilo que o crente sofre, o santo sofre, não ficará impune. Deus não deixará passar batido, não deixará passar em branco, mas aquilo que nós sofremos, Deus vai restituir na cabeça do ímpio, do perverso, do perseguidor, aquilo que ele faz ao crente. Diz Paulo, „é justo da parte de Deus atribuir tribulação aquele que vos causa tribulação‟. Então, Deus vai vingar aqueles que nos persegue. Isso é motivo de grande perseverança. Não precisa a gente tomar a justiça no pulso, porque Deus é vingador de todas as coisas.


Apocalipse 13.10; 14.12 diz: „Aqui está a perseverança e a fidelidade dos santos...‟ aqui a onde? No fato de Deus ferir aqueles que nos fere; de Deus esbofetear aqueles que estão nos esbofeteando. Mas será que os crentes hoje sofrem perseguição ou está do mundo em sombra e água fresca? Alguns dizem que a perseguição era para os apóstolos, „eu, eu não, estou debaixo da graça, e não debaixo da lei‟. Um certo crente me disse: „Se eu for ser perseguido, então eu vou me desviar, eu vou beber cachaça, eu vou fumar, eu vou pras festas, porque esse negócio não é pra mim‟. Esse irmão enfrentou uma situação tão grande que só Jesus pra segurar ele. Será que os crentes hoje são perseguidos? Jornal Mensageiro da Paz, jornal oficial das Assembleias de Deus, fundado em 1950 pelo missionário Gunnar Vingren, pioneiro da Assembleia de Deus. O que esse jornal, deste ano (2009), diz nas páginas 14 e 15: „Perseguição aos cristãos é maior hoje do que no tempo da igreja primitiva... dados mostram que cristãos são mais perseguidos. 65 por cento dos seus mártires são do século 20 e 150 mil cristãos morrem por sua fé todo ano‟. Essa Terra está bebendo todo ano o sangue de 150 mil crentes! Deus não suporta mais! Não existe uma coisa que causa mais fúria em Deus do que o justo sendo torturado nas mãos dos homens ímpios e perversos. Diz o jornal „70 milhões de cristãos foram assassinados por causa da sua fé até o ano 2000‟. Desde que a igreja primitiva foi fundada até o ano 2 mil „70 milhões de cristãos‟ foram mortos por causa da sua fé. Destes „31 milhões morreram pelas mãos dos ateístas, 9 milhões morreram pelas mãos dos mulçumanos, 5 milhões morreram pelas mãos dos católicos, 1 milhão e 600 mil morreram pelas mãos dos budistas... 4 milhões e 700 mil morreram pelas mãos de adeptos de diversas religiões‟. Então, irmãos, a perseguição contra os cristãos continua em pleno século 20, o século da democracia, o século da descoberta da informática, das grandes tecnologias, das grandes descobertas científicas e arqueológicas; do século do iluminismo, do brilhantismo, do fascinante, das viagens extra-terrestre, planetária. Em pleno século 21, os cristãos estão sofrendo as piores torturas que se possa imaginar. Temos que perseverar! Mas, quais são as bênçãos da perseverança? Eu quero citar apenas uma bênção dentre tantas! A perseverança nos protege do esfriamento espiritual. „Por se multiplicar as iniquidades, o amor de muitos esfriará. Mas aquele que perseverar até o fim será salvo‟. Até o fim da tua tribulação, até o fim da tua angústia, até o fim deste mundo, até o fim da sua vida. Não é até o começo, não é até o meio, mas é até o fim. Qual é o perigo do esfriamento? É você ficar pra trás. Não devemos fazer como a mulher de Ló: olhar para trás. É a gente bater na porta e dizer: „Senhor, abre-nos a porta!‟. E ouvir aquela palavra: „Eu não vos conheço! Apartai-vos de mim‟. Esse é o grande perigo do esfriamento espiritual.


Vale a pena perseverar até o final. Não se deixar ser congelado com o esfriamento espiritual. Transpire se necessário for, mas não desista. Como Jó, que transpirou, que ofegou, que rolou na cinza, que se coçou com telha, mas disse: „Bendito seja o nome do Senhor!‟.

Palestra Ministrada na Congregação da Assembleia de Deus-Codó em 31 de Maio de 2009 Sobre A Importância da Santa Ceia do Senhor Todo estudo para ser bem eficiente precisa da parte prática, a aplicação. Porque o ensino bíblico, doutrinário e teológico só terá algum valor para nós, se aplicarmos em nossa vida. Iremos dividir a nossa palestra em três tópicos: primeiro tópico, o que é a santa ceia, o segundo, os elementos da santa ceia e o terceiro, lições doutrinárias da santa ceia. O Que é a Santa Ceia? Santa ceia não é apenas um ato que a igreja celebra, mas é uma doutrina bíblica. No decorrer da história da igreja, a doutrina da santa ceia tem sido uma das doutrinas mais polêmicas, e mais causadora de discórdias entre as diversas denominações cristãs. Não só as polêmicas causadas pela Igreja Católica... pelo qual foi um dos motivos que levou o rompimento. A interpretação que a Igreja Católica dava a doutrina da ceia, que eles chamam de eucaristia, foi uma das que levaram ao rompimento. Mas não só entre cristãos católicos e cristãos protestantes houve essas questões polêmicas, mas também, entre os próprios protestantes. Os próprios reformadores tiveram questões que os levaram a se dividirem. Inclusive logo no inicio da Reforma os protestantes quiseram se unir. O protestantismo estava dividido em várias bandeiras. Havia os luteranos, os calvinistas, os anabatistas, os menonitas e outros ramos. Então os irmãos sentiram a necessidade de reunir o protestantismo. E, assim em uma conferência conseguiram reunir Martinho Lutero e outro reformador chamado Ulrico Zuínglio para que eles pudessem entrar em acordo sobre as doutrinas principais para que o protestantismo pudesse segui uma linha só. Diz a história que eles dois concordaram em todas as doutrinas, mas se dividiram em uma só. E, qual foi? A definição que eles tinham da santa ceia. Então, a interpretação que os irmãos davam a doutrina da santa ceia foi o motivo que levou a permanecer esses rachas no protestantismo. Por isso que nós a consideramos como uma doutrina de sumo importância para a igreja; porque é a doutrina que vem sendo polemizada ao longo dos séculos. A igreja tem duas ordenanças: o batismo e a santa ceia. O batismo é um ato cerimonial que faz com o cristão entre em aliança com Deus. E, a participação na ceia é a renovação da aliança; uma confirmação da aliança. O batismo é um só. O cristão tem que ser batizado apenas uma única vez. A


não ser que ele receba uma forma de batismo que seja contrário a forma verdadeira do batismo. Por exemplo, os batistas começaram a rebatizar os irmãos, porque eles entendiam que a forma como os irmãos foram batizados estava errado. A Igreja Católica começou a batizar as pessoas por aspersão, apenas molhando a cabeça da pessoa. E, quando Martinho Lutero e Calvino romperam com a Igreja Católica, eles realizaram muitas mudanças, mas algumas práticas deixaram intactas. E uma delas foi a forma do batismo por aspersão, que tantos luteranos como presbiterianos praticam até hoje. A Assembleia de Deus que herdou a herança dos batistas, pois foi fundada pelos batistas, desde o principio vem adotando a forma de batismo por imersão, que é mergulhar o corpo todo na água. Os irmãos unitaristas também rebatizam. Porque já que os cristãos são batizados na fórmula trinitarista „em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo‟, e os unitaristas consideram a doutrina da Trindade uma doutrina satânica. Por isso ensinam que o batismo tem que se apenas „em nome de Jesus‟. Então quem adere ao unitarismo são rebatizados. Porém, deixando de lado essas exceções, afirmamos que o batismo é apenas um e nós o efetuamos uma única vez. Contudo, a ceia é repetitiva. Toda semana a igreja primitiva celebrava a ceia. Nós uma vez por mês. Algumas igrejas, uma vez por ano. Mas é exatamente na ceia que nós renovamos o nosso batismo. É na ceia que nós confirmamos o que aconteceu conosco no batismo. No batismo nós fomos mortos, sepultados e ressuscitados com Jesus. É exatamente na ceia que nós, não só celebramos a morte de Cristo, mas também celebramos a nossa morte em Cristo. Será que por causa disso existe algo de especial na água do batismo? Não há na água do batismo nenhuma virtude que possa conferir algum beneficio espiritual ao candidato ao batismo. Muito embora, algumas igrejas conferem às águas batismais o poder de lavar o pecado. Como por exemplo, as igrejas que defendem que o batismo tem que ser em águas correntes. Porque são as águas que levam o pecado. Parece-me que a Igreja Deus é Amor defende esse ponto de vista, pois ela é contra o batismo em tanque. Por isso que eles rebatizam pessoas que são batizadas em tanque. Até um tempo desse, eles rebatizavam, não sei agora. Contudo, a água não tem nenhum poder para nos libertar de qualquer tipo de pecado. Dizem que a Igreja Universal batiza a pessoa até a pessoa se libertar. O batismo é um ato simbólico. Há um simbolismo muito importante, que nós temos considerar, e não podemos ignorar, tanto no batismo como na ceia. Por causa da nossa falta de discernimento em relação a essas ordenanças, isso pode nos levar à condenação. Temos que entender o significado das ordenanças. Tem pessoa que diz: „tanto faz como tanto vez se eu for batizado, pois o batismo é dos homens‟. Não podemos ter essa mentalidade. Só será


salvo quem for batizado? Não! Alguém diz logo: „Olha, o ladrão da cruz!‟. Mas se a pessoa não se batizar nas águas por causa desses conceitos que afirmam que o batismo não tem valor nenhum. Essa pessoa está se privando da salvação. Porque muito embora o batismo não salve, a pessoa tem que se submeter ao batismo como um símbolo da sua salvação em Cristo. Na igreja primitiva pairava a seguinte mentalidade: a partir do batismo a pessoa iniciava seu compromisso com Cristo. Então, quando Paulo exortava os irmãos, não dizia: „vocês tem que deixar o pecado para serem batizados‟. Ele ensinava assim: „vocês tem que deixar o pecado porque vocês se batizaram‟. Primeiramente, o cristão tem que entrar em compromisso com Cristo no batismo para a partir daí ele ter uma renovação. Mas por causa disso muitas deficiências começaram a surgir, e muitas pessoas foram batizadas sem terem compromisso real com Deus. Por exemplo, Filipe batizou o mágico Simão, mas nele não se efetuou uma verdadeira conversão, que mais tarde causou muitos problemas na igreja. Para corrigir essas deficiências, a igreja começou a praticar o que se chama de catecismo, que é o discipulado. Mas qual é a definição da ceia? A santa ceia é uma ordenança da igreja, instituída por Jesus na noite em que ele foi traído. „A ceia do Senhor é conhecida pelos evangélicos como uma ordenança por constituísse uma ordem dada por Jesus Cristo aos santos apóstolos. Os católicos romanos e certas alas do protestantismo costumam denomina-la de sacramento‟. O que é um sacramento? Segundo a Igreja Católica são símbolos sagrados que confere benefícios espirituais às pessoas que se submete a eles. A Igreja Católica estabeleceu sete sacramentos. As pessoas só se salvarão se passarem por esses sete sacramentos. Martinho Lutero veio e derrubou cinco e estabeleceu dois sacramentos. Ele considera o batismo nas águas e a santa ceia como dois sacramentos. Em alguns livros teológicos da Assembleia de Deus também encontramos esse termo chamando a ceia e o batismo de sacramentos. Eu também já ouvi alguns pastores se referido a essas duas ordenanças como sacramentos. Então, como coisas sagradas, pois o termo „sacramento‟ significa literalmente isso „coisas sagradas‟, partindo dessa interpretação literal do termo o batismo e a ceia são sacramentos. Mas partindo da posição da Igreja Católica que defende que sacramento é o meio que transmite graça espiritual ao crente, a Igreja Assembleia de Deus e os evangélicos não concordam com esse ponto doutrinário de que o batismo e a ceia confira ao crente algum meio de salvação. Não existe nada na ceia que o crente ao participar receba algum meio da sua salvação. A Igreja Cristã não é uma religião ritual. Ela não pratica em sua liturgia o ritualismo. Mas a Igreja Católica com sua crença nos sacramentos se torna uma religião ritual, igual o Judaísmo.


O que é uma religião ritual? É uma religião que ensina que não importa o estado do coração, mas em praticar os atos ritualísticos. O comer do pão da ceia não se refere ao comer do pão ou da carne de Jesus que dá vida eterna em João 6. Por que? Desse modo seria fácil, pois todas as pessoas que comerem o pão e beberem o vinho iriam exigir de Jesus a salvação. Aí não importa se a pessoa tem compromisso com Deus, se é renascido, santificado, regenerado, o que importa é comer do pão e beber do vinho e está garantindo a salvação dele. Então, a Igreja Católica não quer saber se o católico se droga, se prostituí, ela quer saber se ele está ali para participar da hóstia, e assim estará recebendo um meio para se salvar. Não importa se o católico passe três dias de carnaval liberando geral, contanto, que na quarta-feira ele recebe a cinza. É essa a definição que a Igreja Católica dá a Eucaristia, quando o sacerdote está celebrando a eucaristia está realizando um sacrifício, o mesmo sacrifício que o sacerdote judaico celebrava. O sacerdote judaico literalmente sacrificava uma ovelha. Todo aquele ritual era carnal e humano. No Catolicismo literalmente comer da hóstia é comer da carne e beber do sangue de Jesus, pois, se a hóstia se transforma na carne de Jesus, ela já contém o sangue, por isso que não há necessidade do católico participar do vinho. Essas práticas católicas dava repugnância aos reformadores. Os padres apresentava a hóstia se transformava em Jesus, e quando rasgava a hóstia estava sacrificando Jesus. Eles estavam realizando um sacrifício, e não era simbólica, era literal mesmo. Jesus Cristo estava sendo literalmente sacrificado pelo sacerdote católico. Essa é chamada de doutrina da transubstanciação. A substância do pão e do vinho sendo transformado na substância do corpo e do sangue de Jesus Cristo. Diz que o padre Cícero fez um milagre quando uma mulher foi mastigar a hóstia saiu sangue, porém, aquela mulher sofria de tuberculose. O padre Cícero sabia, mas ele usava aquela beata como meio para propagar o milagre. O protestantismo começou a combater essa doutrina católica, que até hoje ela a mantém e não abre mão. Contudo, os reformadores não se diferenciaram muito. Essa foi a razão por Zuínglio não apertou a mão de Lutero. Porque Lutero muito embora não acreditasse que o pão e o vinho se transformasse literalmente no corpo e no sangue de Jesus Cristo, mas defendia que Cristo passava a habitar espiritualmente no pão e no vinho. O pão permanecia pão, mas agora com um novo ingrediente Cristo. A partir da consagração do sacerdote não era mais o simples pão, mas também não era totalmente o corpo, agora era o pão e o corpo em uma só substância. Doutrina chamada de consubstanciação. Enquanto a Igreja Católica defende a transubs-tanciação, os luteranos defendem a consubstanciação. Diz que quando Lutero estava


celebrando a ceia, um pouco do vinho caiu no chão, ele se prostrou e disse: „o sangue de Jesus‟ e lambeou o vinho que estava no chão. Lutero tinha essa visão, mas os batistas e menonitas rejeitavam totalmente isso, eles ensinavam: „o pão é o pão, o vinho é o vinho, depois da oração, o pão continua sendo pão e o vinho continua sendo vinho. É apenas um símbolo‟. Vamos agora ver os elementos da santa ceia... Quais são os elementos da santa ceia? O pão e o vinho. „Quando o pão é partido na celebração da ceia vem-nos a memória o sacrifício vicário de Cristo através do qual ele entregou a sua vida em resgate da humanidade caída e escravizada pelo diabo‟. Na verdade Cristo não está sendo sacrificado nem partido, mas o ato está simbolizando um acontecimento que ocorreu na história que Cristo foi de fato partido na cruz. Esse partido é o seu sofrimento, é a sua carne sendo dilacerada, chicoteada, esbofeteada e transpassada. Isso é simbolizado no partir do pão. Muito embora o cristão não tenha como literal e nem que naquele momento ali esteja acontecendo uma repetição do sacrifício de Jesus, mas ele tem que ter a consciência de que aquele ato está simbolizando um acontecimento de suma importância para a Igreja, que é o sacrifício do Filho de Deus. Concordo com um escritor que disse em nosso quinto livro „Liturgia e Ética Pastoral‟ estudado em janeiro de 2009 em nosso Seminário, na pág. 68: „o pão deve ser sem levedura‟, quer dizer, sem fermento. Era muito bom que em nossas igrejas celebrasse a ceia com pão sem fermento. Porque o fermento simboliza o pecado. Assim como o fermento altera a substância da massa, o pecado altera nosso comportamento. Por causa dessa associação, Deus considerou o fermento como símbolo de tudo o que é ruim, tanto de pecado como de doutrina falsa. O pão sem fermento fortalece a simbologia, não é usado como ritual. Cristo é simbolizado pelo pão sem fermento. Contudo, não iremos dizer que o pão com fermento esteja quebrando o simbolismo, pois, não está dito nas Escrituras que o pão da ceia deve ser sem fermento. Porém, iria fortalecer o simbolismo. Pão sem fermento representando o corpo de Cristo puro e sem a mancha do pecado. Assim como o vinho da ceia é sem fermentação, pois bebemos apenas o suco da uva, que é a primeira extração, considerado o liquido puro da uva, não passou pelo processo de fermentação, assim também o pão não deveria passar por esse processo de fermentação. Outra coisa que Paulo defende e que talvez para nós fosse inadequado, está em 1ª Coríntios 10.16,17: „Porventura o cálice de benção que abençoamos não é comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é, porventura, a comunhão do corpo de Cristo? Porque nós sendo muitos somos um só pão e um só corpo. Porque todos participamos do mesmo pão‟.


Então o pão nesse texto representa o corpo de Cristo, e o corpo de Cristo é a Igreja. De modo que a ceia ensina a unidade dos membros da igreja. Ao participar todos do mesmo pão significa que todos nós somos um só. E para fortalecer esse simbolismo, a igreja primitiva utilizava-se de um só pão na ceia. Naquela época eles celebravam a ceia em casas pequenas, não tinha essas grandes reuniões que a gente tem, de modo que se tornava fácil. Hoje é difícil! Tantas catedrais das Assembleias de Deus, veja aqui o nosso templo. É difícil fazer um só pão. Já imaginou que tamanho seria esse pão. A nossa ceia foge um pouco do simbolismo porque não podemos simbolizar o corpo sem pecado pois está ali um pão com fermento, não podemos simbolizar a unidade do corpo de Cristo porque está ali dois, três pães para ser partidos. Mas, em espírito e baseado na palavra de Deus é esse o sentido que temos de ter no coração: a pureza, pois todos quantos participam tem que estarem purificados. Porque não adianta também, irmãos, a gente ter pão sem levedura, se o fermento está em nós, o desmantelo, o erro e o pecado está em nós. É muito melhor a gente fraquejar no símbolo do que fraquejar na realidade. Se o fermento realmente não está em nós e participamos da ceia com pão com fermento, isso não vai levar a Deus a desconsiderar o ato. Porque senão ele iria considerar a religião cristã como a religião ritual. Porém, ele não ritualiza porque essas coisas tem valor. No Cristianismo cai por terra todo tipo e modo de ritual. De modo que quando Deus vai nos julgar na ceia, ele não vai olhar se o nosso pão está com fermento ou sem fermento, mas se nós estamos com fermento ou sem fermento. De modo semelhante também, não adianta temos um só pão, que vai do púlpito até a porta, para simbolizar a unidade se estamos divididos, em contendas, em desunião. Não terá valor nenhum. É muito melhor nossos pães estarem todos partidos e nós unidos. Então a pureza e a unidade não podem faltar na ceia do Senhor. Na igreja de Corinto, os irmãos estavam banalizando a ceia do Senhor. Eles não estavam tendo o discernimento em relação aquele ato cristão. A igreja primitiva adotou um costume de antes de iniciar celebração do pão e do vinho, fazia uma festa, chamada de ágape, a festa do amor. Enquanto, os irmãos vinham chegando havia aquela confraternização, os irmãos conversando, um banquete, comiam pão, bebiam vinho. E, depois é que eles celebravam a ceia. Separavam o pão e o vinho e celebravam a ceia. Mas isso estava causando um problema na igreja de Corinto. Porque era uma igreja pobre, mas também havia pessoas ricas. Os pobres não tinham condições de trazer pão e vinho para a festa, só quem trazia era os irmãos ricos. E, aqueles irmãos ricos não davam para os pobres. Somente eles comiam e bebiam. Por isso Paulo disse: „enquanto uns passam fome, outros se embriagam‟. Estava havendo impureza em Corinto que era embriaguez e glutonaria e havendo desunião.


As verdadeiras virtudes para se agregarem na ceia não estava havendo, que era a pureza e a harmonia. Paulo sentiu a necessidade de trazer esse conhecimento aos irmãos de que a ceia é um ato em que tem que haver intenções puras e unidade entre os membros, que são membros do corpo de Cristo. É correto consagrar o pão e o vinho na ceia? Depende dessa palavra „consagração‟. Se usarmos o termo „consagração‟ como algo que vai transformar o pão em algo especial que transmite algum meio de graça para nós, o termo está sendo usado de modo errado. Mas se for apenas no sentido de que o pão está sendo separado para simbolizar o corpo de Cristo, então a palavra está sendo usada adequadamente. As nossas igrejas defende a consagração do pão, mas o Pb. Mário, muito embora ele não ensine isso na igreja para não contradizer o costume dos irmãos, mas ele diz que é errado esse tipo de oração que consagra o pão. Que na verdade deve abençoar o pão, como Paulo diz „o pão que nós abençoamos‟. Ele defende isso que o pão deve ser abençoado, dar graças pelo pão. Irmãos, a crença de participar de refeições no templo era costume de muitas religiões, e também do judaísmo, de comer coisas santas. Tinha determinadas partes dos sacríficos que apenas os sacerdotes podiam comer. Ninguém mais podia comer, se alguém que não fosse sacerdote comesse era eliminado do povo de Israel. Muitas religiões orientais em volta de Israel acreditavam que se alguém comesse as refeições consagradas a um deus era como estivesse absolvendo as virtudes daquele deus. Crenças semelhantes dos antropófagos que comiam corpos humanos acreditando que a virtude que havia naquela pessoa era transmitida para eles. E, a parte que eles mais comiam era o cérebro. Porque a inteligência que aquela pessoa possuía iria ser transferida para ele. É daí que vêm também essas questões e essas crenças de que comer algo que represente o seu deus é como se você estivesse recebendo as virtudes daquele deus. Então, é nisso que as igrejas evangélicas não acreditam! Como se o crente estivesse literalmente comendo a carne e o sangue de Cristo e recebendo as virtudes dele. Isso não acontece no ato da ceia. Por isso que para os crentes as carnes sacrificadas aos ídolos não representa nada. No mercado eles compram do que está posto, sem perguntar se aquelas carnes foram consagradas aos deuses. Pois pela oração e pela palavra os alimentos são santificados. Há muitas superstições acerca da ceia do Senhor e, também, acerca do batismo nas águas. Por exemplo, o Pb. Luciano conta uma história que após seu batismo um certo irmão, que foi batizado junto com ele, estava triste num canto, então o Pb. Luciano perguntou o que estava acontecendo. Aquele irmão disse que tinha contraído o pecado pra dentro de si novamente, pois no ato do batismo engoliu um pouco de água do tanque batismal. Pois dentro da água foram sepultados os pecados dos outros, mas que agora ele tinha mais pecados do que os outros que foram batizados.


Têm crentes que participa da ceia igual como ele comia a hóstia. Ele não mastiga o pão, deixa o pão na boca até dissolver. Meus irmãos, o pão tem que ser mastigado! Após o pão ser consagrado, alguns irmãos não sabe o que fazer com o pão que sobra. Se deve ser jogado no rio ou enterrado no chão. Depois que finaliza a cerimonia da ceia, o pão deixa de ser consagrado, e torna-se um pão comum para as refeições. O Pb. José Moreira me disse que ele ficava atribulado porque ele levava os restantes do pão da ceia para sua casa, mas não sabia se queimava, se enterrava ou se jogava no rio. Vamos ver algumas lições doutrinárias da santa ceia... A santa ceia é um mandamento do Senhor. O Senhor Jesus ordenou por duas vezes: „...fazei isto em memória de mim...‟. Fazei! Cristo está mandando a igreja praticar. Não é uma opção da igreja, nem uma alternativa, mas é um mandamento que tem que ser obedecido e praticado. A ceia representa a comunhão entre os membros de uma mesma comunidade de fé. Se um crente não compartilha da fé doutrinal de determinada igreja não é bom que ele participe da ceia com aquela comunidade. Pois cear é comungar da mesma fé, doutrina e prática. A ceia é o memorial da morte do Cordeiro em nosso lugar. A memória da morte de Cristo é o centro da santa ceia. Por que estamos celebrando a ceia? O que estamos celebrando? A morte do Cordeiro. Qual é o significado que essa morte tem para mim? O meu resgate pelo sangue da nova aliança em Cristo. Devemos trazer à memoria a morte sacrificial do Cordeiro. Não precisa mentalizar a cena do Calvário, mas ter a consciência de que você está ceando em comemoração da morte de Jesus. A santa ceia é um prenúncio da volta de Jesus. É um ato escatológico e profético. Você celebra aqui vislumbrando aquela futura ceia no Reino de Deus com o Cordeiro. Isso também fala da validade da ceia, ela deve vigorar até o dia da vinda de Jesus. Isso é uma grande contradição para as testemunhas de Jeová, pois afirmam que Jesus Cristo voltou em 1914, contudo eles celebram até hoje o que chamam de Refeição Noturna. Jesus Cristo disse: „...não beberei mais do fruto da vide até que se cumpra no Reino de meu Pai‟. Eu acredito que literalmente iremos participar da ceia no Reino de Deus. Não é apenas no sentido espiritual. Mas de fato haverá esse banquete. Mas a onde vão arrumar pão e vinho no céu? Eu acredito que a ceia vai ser durante o Milênio, na terra. Cristo disse: „... no Reino de meu Pai...‟. e o Reino será estabelecido no Milênio. A Igreja Assembleia de Deus acredita que vai ser no céu durante sete anos, mas eu acredito que será na Terra durante o Milênio.


Mensagem Ministrada no Círculo de Oração na Congregação da Assembleia de Deus-Codó em 02 de Junho de 2009 Sobre Enfrente a Tragédia Sem Perder a Doçura Lucas 18.31-34 „Jesus levou os doze discípulos para um lado e disse: Escutem! Nós estamos indo para Jerusalém, onde vai acontecer tudo o que os profetas escreveram sobre o Filho do Homem. Ele será entregue aos não-judeus, e estes vão zombar dele, insultá-lo, cuspir ele e bater nele; e depois o matarão. Mas no terceiro dia ele ressuscitará. Os discípulos não entenderam nada do que Jesus disse. O que essas palavras queriam dizer estava escondido deles, e eles não sabiam do que Jesus estava falando‟. Quando eu leio esse texto da palavra de Deus, vejo que Jesus Cristo pretende levar seus discípulos à um nível maior de compreensão das coisas de Deus. Eu vejo que o desejo de Jesus Cristo é levar os seus discípulos à uma relação mais profunda com Deus. Eu vejo que Jesus Cristo quer que eles entendam, vejam e compreendam as coisas que Deus tem falado a muitos anos atrás e que eles precisam está preparados para o cumprimento dessas profecias. Jesus pretende levar eles para Jerusalém. Porque é exatamente na cidade de Jerusalém que iria se cumprir centenas de profecias relacionadas ao Filho de Deus. E, algo nos chama a atenção nesse texto sobre a cidade de Jerusalém, sobre os profetas que profetizaram as coisas que iriam se cumprir naquele local e sobre o próprio Jesus Cristo em que todas as profecias deveriam se cumprir nele. A cidade de Jerusalém. Jerusalém era uma cidade misteriosa. Jerusalém surge nas Escrituras de uma maneira rápida. Davi a conquista e a transforma na capital do reino de Israel. Porém não é só a partir desse momento que Jerusalém se torna notória nas Escrituras, mas muitos anos antes de Davi conquista-la, ela já aparece nas Escrituras com outros nomes, com outros títulos, que às vezes não conseguimos identifica-la. Jerusalém aparece, por exemplo, no livro de Gênesis com o nome de Salém, que significa paz. Ela aparece nos livros de Josué e Juízes com o nome de Jebus, a cidade em que habitava os jebuseus. E, há uma história muito grande por trás de Jerusalém. Por exemplo, quando Abraão se encontra com um homem chamado Melquisedeque, a Escritura diz que esse homem era rei de Salém. Esse homem era o rei de Jerusalém. E, não somente ele era rei e sacerdote em Jerusalém, como também a Escritura diz que ele era sacerdote do Deus Altíssimo. Então, Melquisedeque é considerado uma figura mais enigmática das Escrituras. Sendo ele uma personagem misteriosa, que reina em Jerusalém e serve o Deus Altíssimo, Jerusalém, também, se torna uma cidade misteriosa.


Atualmente, Jerusalém é considerada a capital das três grandes religiões mundiais, o Judaísmo, o Islamismo e o Cristianismo. Todas essas três religiões têm a sua história original em Jerusalém. Todas têm o seu coração voltado para Jerusalém. De modo que Jerusalém se torna o centro religioso de todo o mundo. Alguns comentaristas diz que Jerusalém está localizada no centro da Terra. E, a partir do momento em que Deus, através de Davi, transformou Jerusalém na capital do reino de Deus, ela tem sido alvo de ataque de vários inimigos de Deus. Nações poderosíssimas e grandiosas atacaram Jerusalém, mas não conseguiram dá fim na cidade de Jerusalém. De modo que muitas nações que atacaram Jerusalém, nações grandes e poderosas, como a Babilônia, a Assíria e a Pérsia. Reinos poderosíssimos, que governaram o mundo e atacaram Jerusalém. Hoje essas nações não existem mais. Não há mais nenhum vestígio delas. Mas Jerusalém permanece intacta no seu local. Jerusalém tem sido alvo de grandes tragédias, grandes misérias, grandes adversidades, grandes calamidades. Seus muros foram derrubados não sei quantas vezes. Seus palácios, suas casas, seus prédios e seu templo foram deitados por terra dezenas de vezes. Mas quando você visita Jerusalém está lá erguida com suas construções. Existe um mistério tão poderoso nessa cidade, que não é somente uma cidade chamada de Jerusalém, mas também, é a única cidade que está no céu e se chama Jerusalém. Você não encontra Brasília, Nova Iorque, Washington e outras cidades importantes nos céus, mas você encontra Jerusalém. Portanto, irmãos, há um mistério muito profundo em Jerusalém. E, Jesus quer que seus discípulos participem desse mistério, que eles entendam e compreendam esse mistério, ao ser levados para Jerusalém. Eles estão sendo convidados para terem uma relação maior com Deus, mais profunda, mais íntima; à um nível mais elevado com Deus. Sempre que as pessoas iam à Jerusalém, elas diziam: „Vamos subir a Jerusalém‟. Essa subida simboliza essa relação e comunhão com Deus. Na época da Páscoa, milhares e milhares de peregrinos saiam das suas casas, suas cidades para subir à Jerusalém para adorar e servir a Deus, para ter comunhão com Deus e receber a Sua presença. Nós também somos convidados à subir a Jerusalém, isto é, aprofundar a nossa relação com Deus; a compreender coisas ainda não compreendidas; a entender coisas ainda não entendidas; a compreender as revelações ainda ocultas ao nosso entendimento e ao nosso coração. Os profetas de Deus. Há também os profetas de Deus que falaram desses mistérios que envolvia Jerusalém. Antes que pudesse acontecer qualquer coisa sobre a cidade de Jerusalém, os profetas já previam; os profetas já viam com antecipação; eles já anunciavam. De modo que


Jerusalém estava preparada para as tragédias. Mas eles não viram apenas as tragédias sobre Jerusalém, como também viam a restauração de Jerusalém. Os profetas viam Jerusalém se erguendo do pó; saindo daquela situação desastrosa de um modo vitorioso. Os profetas diziam: „Aqueles que combatem contra ti, o Senhor os arrasará‟. Enquanto os homens viam Jerusalém vestida de pano e cinza, os profetas de Deus olhavam para ela e a via vestida de esmeralda, de ouro, e todo tipo de pedras preciosas. Muitas dessas pedras preciosas nem sequer é conhecida pelos homens, nem foram ainda descobertas. Grandes mistérios poderosos os profetas falaram acerca de Jerusalém. E, esses mistérios que envolvia Jerusalém estavam prestes a se cumprirem, quando Jesus convida seus discípulos: „Vamos à Jerusalém‟. As profecias que muitos desejavam ver se cumprir, que muitos anelaram. Profetas como Isaías, Daniel, Oséias anelaram ver se cumprir em Jerusalém as profecias que eles mesmos profetizaram. Os discípulos têm agora o privilégio dado por Deus para ver essas profecias e mistérios, sendo cumpridos em Jesus Cristo, o Filho de Deus. Certa vez Jesus Cristo disse aos seus apóstolos: „Muitos profetas e justos desejaram ver o que vocês estão vendo, desejaram ouvir o que vocês estão ouvindo‟. Irmãos, nós temos que ir com Jesus Cristo à Jerusalém. Temos que estar dispostos a termos uma relação mais aprofundada com Ele. A compreender e entender as coisas espirituais envolta do grande mistério que está para se cumprir em nossas vidas. Deixa-me dizer um negócio para vocês: Jerusalém não é só esse lugar misterioso, não é só esse lugar em que as profecias estão se cumprindo, não apenas na época de Jesus, como também em nossa época, mas Jerusalém, também, é o lugar em que os profetas de Deus são perseguidos, escarnecidos e zombados. Mas é exatamente em Jerusalém em que eles são ressuscitados por Deus, são honrados por Deus, são levados a um nível mais aprofundado com Deus. É aonde eles verem se cumprindo neles as profecias e a palavra de Deus. A palavra de Deus diz: „Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas aqueles que te são enviados...‟. E, foi isso o que aconteceu com o Filho de Deus. Ele foi a Jerusalém, e ali ele foi açoitado, zombado e insultado. Ele sofreu as piores humilhações, mas foi também, exatamente ali em Jerusalém que ele assumiu nossos pecados, foi ali que ele proclamou a paz, e que ele trouxe o livramento. Foi ali que ele morreu, mas foi também ali que ele ressuscitou. Então é ali que os profetas de Deus são açoitados e perseguidos, mas também é ali aonde os profetas de Deus têm uma relação mais aprofundada com Deus. Andando na cidade de Jerusalém, na época de Jesus Cristo, encontramos túmulo de profetas que foram mortos na cidade de Jerusalém.


Mas até hoje, eles são lembrados como homens de Deus. Porque foi ali no meio do vitupério que Deus os honrou. Podemos citar, por exemplo, a história de Jeremias. Jeremias tem sido um dos profetas mais perseguidos do Velho Testamento. O homem que enfrentou grandes decepções na sua vida, de seus amigos, de seus familiares, de seu próprio irmão, de sua própria mãe. Porque a mensagem que Deus lhe dava era incompatível com que aquelas pessoas esperavam. De maneira que as incomodavam. Mas Jeremias permaneceu firme na Palavra de Deus. E, por causa disso, ele foi açoitado, perseguido, lançado na prisão, no calabouço. Ele teve a sua vida na beira da morte. Então, foi em Jerusalém que esse profeta sofreu as piores humilhações. Mas certa vez, quando ele estava no calabouço, maltrapilho, sujo, barbudo e com seus pés atolado na lama, ele ouviu a voz de Deus que lhe dizia: „Jeremias! Clama a mim! E, te responder-te-ei e te anunciarei coisas grandes e ocultas que tú não sabes‟. É, irmãos, no meio das dificuldades, das tragédias que Deus quer nos revelar coisas profundas e misteriosas que não entendemos nem compreendemos. Os discípulos não compreendiam porque Jesus devia passar por aquela situação lastimável. Mas Jesus Cristo lhes queria fazer entender e compreender. Muitas vezes estando em Jerusalém, coisas nos acontecem e nós muitas vezes não entendemos. Não compreendemos porque essas coisas estão nos acontecendo. Mas o Senhor quer que a gente entenda, porque é preciso que a gente enfrente a tragédia sem perder a doçura. É necessário que a gente enfrente a tragédia sem perder a ternura. Sem deixar que a nossa alma fique maculada, envenenada e amargurada. Porque a gente não vence uma tragédia simplesmente quando damos uma volta por cima. Mas, é quando aquela tragédia não afeta o nosso coração, não amargura a nossa alma, não deixa o nosso coração azedo e não nos transforma em pessoas razinzas. A dificuldade e a calamidade vêm sobre todos, mas o modo como a gente reage a ela; o modo como aquilo afeta o nosso interior, é que vai dizer se nós fomos vencidos ou fomos vencedores. Jesus Cristo foi humilhado em Jerusalém, mas ele não deixou que aquela humilhação abatesse a sua alma; ele não deixou que aquelas coisas que lhe sucederam quebrasse a sua comunhão com Deus. A Escritura diz que ele como um cordeiro mudo foi levado ao matadouro. Porque o insulto, a calúnia, a perversidade, as palavras malignas e perversas, não atingiram a alma de Jesus Cristo, não atingiram as almas dos profetas de Deus. Porque eles passaram pelas tragédias, mas não perderam a doçura nem a ternura de servir a Deus com um coração em paz. Porque Jerusalém é lugar de paz e uma cidade santa! Eles não deixaram que a injustiça fizesse com que eles lançassem mão da impiedade. Mas eles permaneceram santos, justos e honestos diante de Deus.


Então, é essa a lição preciosa, irmãos, que temos que extrair dessa caminhada de Jesus Cristo à Jerusalém. Que ele vai para padecer, mas esse padecimento não vai afetar a sua alma. Não vai deixa-lo amargurado e chateado com Deus. Os discípulos precisariam compreender isso. Porque eles também iriam passar pela mesma situação. Porque eles também iriam enfrentar. Jesus Cristo disse-lhes, certa vez, que eles iriam beber o cálice que ele bebeu, e „vocês irão ser batizados no batismo do sofrimento, que eu fui batizado‟. Então, eles precisam está com a alma preparada e o espírito pronto. Jesus Cristo disse: „a carne é fraca, mas o espírito está pronto‟. Nós não podemos perder a paz de espírito, nem a doçura e a ternura de servir a Deus no meio da dificuldade e da tragédia. Essas coisas não podem afetar a nossa alma. Porque temos que confiar no Deus que ressuscita os mortos; no Deus que dá livramento aos seus filhos; no Deus que protege os seus profetas. Por que os discípulos não entenderam esses mistérios de Jerusalém? Por que eles não compreendiam que Jesus Cristo tinha que padecer em Jerusalém? Por três razões, conforme está em nosso texto inicial: Lucas 18.31-34. Jesus disse: „Escutem!‟ (v.31). Essa era a primeira razão porque eles não compreenderam: Porque eles não queriam escutar. Escutar não é apenas ouvir. Escutar é captar a mensagem de Deus. É estar atento ao que o Senhor está falando. Porque muitas vezes Ele fala, e passa despercebido aos nossos sentidos. Ele está trazendo a solução, mas não estamos entendendo e nem compreendendo. Está trazendo a mensagem, mas essa mensagem não está sendo entendida por nós. Se nós escutarmos a palavra de advertência, de exortação e de conselho, pouparemos as nossas almas de grandes prejuízos. Então, a gente precisa escutar, irmãos, aquilo que Deus está nos falando. Precisamos atinar os nossos ouvidos àquilo que Deus está sussurrando à nós. Certa vez, o profeta Isaías disse: „Senhor, dá-me um ouvido de erudito para que eu possa compreender a palavra‟. É isso que nós temos que pedir. Esse era o problema dos discípulos. Eles não escutaram com atenção àquilo que Jesus Cristo estava falando. De modo que quando veio a tragédia, a adversidade, eles não estavam preparados, fugiram e abandonaram o Mestre. Um o negou, outro o traiu e os demais voltaram para suas casas. A segunda razão porque às vezes não entendemos os mistérios envolta de Jerusalém, as coisas que nos acontecem é: porque a palavra de Deus está escondida. É o diz o versículo 34: „O que essas palavras queriam dizer estava escondido deles‟. A palavra de Deus está escondida. De modo que para a entendermos, temos que cavar. Temos que fazer o trabalho de garimpeiro que cava para encontrar pedras preciosas. Assim, a palavra de Deus não está


na superfície. Não é algo artificial. Mas está escondida como o ouro, por baixo da rocha. Por isso que não são todas as pessoas que a compreendem, e nem todas as pessoas recebem a revelação. Porque não são todas as pessoas que estão dispostas a buscar a palavra de Deus. A palavra de Deus é algo precioso que não brota em qualquer terreno, nem se encontra em qualquer esquina. Temos que saber a onde está escondida a palavra de Deus; a onde está esse manancial de águas vivas. É fácil encontrar lama (em todo lugar tem lama), mas é difícil encontrar água potável, água que produz vida. Essa água muita vezes está escondida. Não porque Deus seja mesquinho com suas coisas preciosas. Mas é porque Ele não quer que os homens as desprezem. É porque Ele quer que apenas aqueles que são dedicados e que desejam as encontrem. Isso significa que nós precisamos fazer um esforço maior para entender as coisas de Deus, e extrair lições das coisas que nos sucedem. Às vezes não entendemos o que nos acontecem hoje, mas no futuro compreenderemos porque tivermos que enfrentar determinadas situações difíceis. Mas quando a gente entender, que possamos está com a alma livre de qualquer amargura e decepção. Tem muitos crentes decepcionados „com Deus‟ – „porque eu passei por isso! Não compreendi nada! Por que tive que passar?!‟. A Escritura Sagrada diz: „todas as coisas cooperam para o bem daqueles que são chamados por Deus‟. Muito embora não entendermos certas coisas, mas precisamos saber que essas coisas estão cooperando para o nosso bem, para aprofundar a nossa comunhão com Deus. A Escritura diz que „Deus não entristece de bom grado os filhos dos homens‟. Quando enfrentamos uma provação é porque o Senhor quer ternos mais próximo dele. Porque é na escuridão do Getsêmani que ele quer falar conosco. Porque é na beira da cruz que ele quer revelar-se a nós. Muitas coisas estão ocultas aos nossos olhos. Muitas vezes perguntamos: „Senhor! Por que isso!? Por que aquilo!?‟. Porque está vedado a nós, mas por trás há um mistério precioso e grandioso. E a terceira e última razão porque os discípulos não entenderam nada do que deveria se cumprir em Cristo e neles é: porque a mente deles estava em outro lugar. Eles pensaram uma coisa totalmente diferente. Eles encheram as suas mentes de abobrinhas de modo que não compreenderam os mistérios que estava por trás da cruz de Cristo. Eles se deixaram ser influenciados pelos fariseus, saduceus e mestres da lei, que diziam que o Messias era um cavaleiro, guerreiro valente, que viria a Jerusalém, destruiria o poder de Roma, estabeleceria o seu governo em Jerusalém e dominaria o mundo inteiro. Então, eles estavam fascinados e iludidos com isso. De modo que quando eles viram Jesus, transferiram para ele todas essas esperanças enganosas. E, quando Jesus disse: „Eu vou morrer‟. Eles não aceitaram, não


queriam que isso fosse verdade. Pedro disse: „Senhor, de modo algum te acontecerá isso. Tú estais delirando, não sabes o que estais falando‟. Mas era eles que não compreendiam, porque suas mentes estavam voltadas para as coisas terrenas. Jesus Cristo disse: „entendeis as coisas dos homens, mas não compreendem as coisas de Deus‟. Nós vivemos na época em que os pregadores estão prometendo coisas e mais coisas aos cristãos. Estão transformando os crentes em supercrentes, em pop star, em pessoas que estão por cima das circunstâncias e situações. Certo rapaz crente me disse: „nem uma gripe me atinge‟. Aquele rapaz estava totalmente enganado, porque um cristão está sujeito a qualquer tragédia que qualquer outra pessoa do mundo está sujeita. O justo é vulnerável assim como o ímpio. Seja fome, desemprego, doença, seja o que for. Porém, a grande diferença é porque esses ímpios saem da situação amargurados e chateados com Deus, dizendo: „Deus não existe. Porque se ele existisse não permitiria que isso acontecesse comigo‟. Mas o cristão sai da situação vitorioso com o seu coração limpo e sua consciência tranquila. Sabendo que Cristo está produzindo para ele „um eterno peso de glória mui excelente‟. Sabendo que mais tarde ou mais cedo haverá a compensação e a recompensa. A minha palavra para você nessa tarde é essa: enfrente a tragédia, a calamidade e a adversidade, mas não perda a doçura e a ternura da alma. Não deixe essas coisas tornar a sua alma amarga, azeda e com gosto de absinto. Mas deixe-a tornar o que disse Davi: „Bendiz, ó minha alma, ao Senhor! E tudo o que há em mim, bendiga o seu santo nome‟.

Palestra Ministrada na Congregação da Assembleia de Deus-Codó em 14 de Junho de 2009 Sobre a Ressurreição de Cristo Iremos iniciar essa palestra dando uma definição da palavra ressurreição. O que é ressureição? Definição etimológica. O termo ressurreição vem de duas palavras gregas: anastasis e egeiro. A palavra „anastasis‟ – significa „tornar à vida‟ „levantar-se‟. Vamos ler apenas dois textos bíblicos onde aparece essa palavra: At 17.18: „Ora, alguns filósofos epicureus e estóicos disputavam com ele. Uns diziam: Que quer dizer este paroleiro? E outros: Parece ser pregador de deuses estranhos; pois anunciava a boa nova de Jesus e a ressurreição‟. Essa palavra „ressurreição‟ é anastasis, de onde vem nossa palavra portuguesa, usada em nome próprio, „Anastácio‟. Então, quando os gregos ouvindo Paulo pregar sobre Jesus e anastasis, eles pensavam que fossem


dois deuses. Jesus e a mulher dele, chamada de Anastasis. É por isso que eles disseram: „pregador de deuses estranhos‟. Mas a partir do momento que eles compreenderam que Paulo não estava se referindo a dois deuses, mas a doutrina da ressurreição, eles rejeitaram a pregação de Paulo. No final do discurso de Paulo, está escrito „mas quando ouviram falar em ressurreição de mortos, uns escarneciam, e outros diziam: Acerca disso te ouviremos ainda outra vez‟ (At 17.32). Então, eles ignoravam a ressurreição dos mortos. Nós temos que compreender isso, irmãos, para podermos entender porque Paulo escreveu para os coríntios acerca da ressureição em vários versículos bíblicos. Nós já ouvimos em uma das minhas palestras anteriores que a cidade de Corinto ficava localizada perto da cidade de Atenas. Atenas é a cidade onde Paulo está pregando essa mensagem. Atenas era o centro cultural de toda Grécia. Era onde estava localizada a faculdade em que as pessoas se formavam. Era de uma grande influência em toda aquela região da Grécia. E, Corinto, que ficava próxima de Atenas, recebia toda aquela influência. Então, as pessoas que moravam em Corinto iam se formar nas escolas filosóficas de Atenas. E a doutrina acerca dos mortos era que o corpo físico não ressuscitava. O homem tinha a alma imortal e que a salvação se constituía em libertar essa alma do seu corpo físico. Então, as almas, acreditavam os gregos, eram pré-existentes. Elas viviam em um estado celestial que alguma coisa aconteceu que elas vieram ficar aprisionadas em um corpo humano. Por isso que a salvação era se libertar desse corpo humano e voltar a esse estado anterior que elas tinham antes de cair em que eles chamam de „prisão da alma‟. Os gregos não acreditavam que o corpo iria ressuscitar. Porque o corpo é matéria. E tudo quanto é material, os filósofos consideravam como algo mal, pervertido, algo que impedia os homens de alcançar o conhecimento pleno e desenvolver virtudes superiores. Então, a salvação se constituía nisso. E, como eles se libertavam? Através do que eles chamavam de „gnose‟, „o conhecimento‟. Através do conhecimento eles iriam se libertar do corpo e da matéria. No momento da morte, se o espírito estava desenvolvido, ele voltava ao seu estado original. Essas doutrinas e ensinamentos filosóficos penetraram na igreja de Corinto. De modo que os irmãos tinham ignorância acerca da ressurreição do corpo. Acreditavam apenas na imortalidade da alma e na sua libertação desse estado físico ou prisão física. Em Mateus 12.41,42 aparecem os dois termos gregos: anastasis e egeiro. „Egeiro‟ significa „acordar, despertar‟. Paulo usou essa palavra em Efésios 5.14: „Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará‟. Leiamos Mateus 12.41,42: „Os ninivitas se levantarão no juízo com esta geração, e a condenarão; porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis aqui quem é maior do que Jonas. A rainha do sul se levantará


no juízo com esta geração, e a condenará; porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E eis aqui quem é maior do que Salomão‟. Jesus Cristo usou a palavra „anastasis‟ no versículo 41 e „egeiro‟ no versículo 42. Todavia nossas Bíblias portuguesas traduzem os dois termos pelo mesmo verbo „levantará‟. Nossas Bíblias traduzem de uma maneira figurada. „Levantar‟ aí tem o sentido de se „opor‟. É como você diz: „o irmão se levantou contra mim; se opôs contra mim‟. Mas também, se fomos seguir a tradução literal dos termos gregos, significa que no dia do juízo os ninivitas e a rainha de Sabá ressuscitarão e testemunharão contra a geração de Jesus. Vejamos agora a definição teológica... Ressurreição é o ato de fazer voltar à vida o que estava sepultado‟ ou „‟retorno à vida de modo sobrenatural‟. Esse é o sentido literal de ressurreição „tornar à vida‟, „erguer-se da sepultura‟, „acordar o corpo que está dormindo no pó‟. Na nossa definição teológica, citaremos três tipos de ressurreição: a ressurreição temporária e natural, a ressurreição imortal e sobrenatural e a ressurreição espiritual. Na ressurreição temporária e natural, encontramos oito relatos desse tipo de ressurreição nas Escrituras: o filho da viúva de Sarepta (1 Rs 17.1723); o filho da sunamita (2 Rs 4.18-36); o homem que foi lançado no sepulcro do profeta Eliseu (2 Rs 13.20,21); a filha de Jairo (Mc 5.35-42); o filho da viúva de Naim (Lc 7.11-15); a ressurreição de Lázaro (Jo 11.2544); de Dorcas (At 9.36-42) e de Êutico (At 20.9-12). Todas essas ressurreições foram temporais e naturais. Natural porque eles voltaram à vida física e temporal porque todos morreram novamente. Já me perguntaram se eu conheço alguém que foi ressuscitado. Conheço o Dc. Vulpiano, pois clinicamente ele estava morto, e também a irmã Dalva, pois clinicamente esteve também morta. Inclusive os médicos queriam até desligar os aparelhos porque não tinha mais jeito, mas ela tornou à vida. Porém a ressurreição imortal e sobrenatural, a que nós estamos estudando, aconteceu quando Cristo ressuscitou. Jesus Cristo foi o único homem que experimentou a ressurreição imortal e sobrenatural. Ele é o único ser humano que passou por esse processo de ser transferido de natural para sobrenatural, de mortal para imortal. A Escritura o chama de o primogênito dentre os mortos, quer dizer, o primeiro que ressuscitou para a imortalidade. Antes dele, ressuscitaram oito pessoas, mas nenhum deles se tornou o primogênito, porque não passaram do natural para o sobrenatural. Então como ressurreição imortal e sobrenatural, temos como exemplo a ressurreição de Cristo e a ressurreição futura da humanidade (1ª Co 15.4,21,22).


Outro tipo de ressurreição é a ressurreição espiritual. Aquela que está em Efésios 2.1: „e vos deu vida estando vós mortos em vossos delitos e pecados‟. Portanto, a ressurreição espiritual acontece quando o pecador se converte a Cristo (Cl 3.1). Temos também três classes de ressurreição. A primeira classe é a ressurreição de Cristo, que tornou-se as primícias dos que dormem, quer dizer, ele foi o primeiro fruto colhido para Deus. As primícias simbolizava também a garantia de que o restante da colheita iria ressuscitar (1 Co 15.20). A segunda classe de ressuscitados, que são os justos (Lc 14.14). Os justos ressuscitarão antes dos ímpios, e os ímpios se constituem a nossa terceira classe de ressurreição (At 24.15). Os ímpios ressuscitarão no final do Milênio. Vamos o nosso segundo tópico... A ressurreição de Cristo. Sobre a ressureição de Cristo, nós temos as profecias acerca da ressurreição... As profecias acerca da ressurreição. Quer dizer antes de Jesus Cristo falar sobre a ressurreição para os seus apóstolos, nas páginas das Escrituras hebraicas já encontramos a doutrina da ressurreição. Então, não era um ensinamento novo que surgiu com o cristianismo, mas é um ensinamento que têm as suas raízes já no judaísmo. Parece-me que a nação de Israel era a única nação que acreditava na ressurreição do corpo. A maioria daquelas nações, o Egito, a Babilônia, a Grécia, a Média, a Pérsia, a Grécia e a Índia, acreditavam na imortalidade da alma e que essa alma iria se reencarnar passando pelo processo de transmissão e nasceria novamente. Os antigos egípcios tinham que conservar os corpos dos faraós para que o espírito deles pudesse vir novamente para seus corpos. Então, o que prevalecia era essa doutrina da reencarnação do espírito. Mas a doutrina da ressurreição, a crença de que o morto tornará à vida, era apenas crido pelos hebreus. Muito embora, no período interbíblico eles sofreram uma certa influência da Grécia acerca da imortalidade da alma, de modo que essa influência também nos atinge hoje. Nós encontramos no Velho Testamento algumas profecias acerca da ressurreição. Temos em Moisés, citada pelo Senhor Jesus Cristo, quando Deus disse a Moisés: „Eu sou o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó (Êx 3.15)‟. Aparentemente a gente lendo esse texto não ver nada referente a ressurreição, mas Jesus Cristo cita esse texto em Lucas 20.37,38, a fim de provar aos saduceus que a ressurreição era uma doutrina bíblica e já encontrava o seu apoio nas Escrituras dos profetas. Por que Cristo citou apenas o texto do Pentateuco em vez de citar outras profecias, que são mais claras, para refutar os saduceus? Porque os saduceus acreditavam apenas no Pentateuco, os primeiros cinco livros da Bíblia, no resto eles não acreditavam. Por isso Jesus cita esse texto. Por qual princípio? Deus falou isso a Moisés. Nessa época Abraão, Isaque e Jacó já haviam morrido, mas ele não diz: „Eu era o Deus‟, mas ele diz: „Eu sou o


Deus‟. Deus pode dizer isso, porque para ele os mortos é como estivessem vivos. Porque ele pode trazer os mortos de volta à vida. Temos outra profecia acerca da ressurreição no livro de Jó 19.25-27, no Salmo 16.10, citado pelo rei Davi, que era um dos versículos que os apóstolos utilizavam para provar a ressurreição de Jesus, quando eles disseram: „Não deixará a minha alma no seol, nem permitirás que o teu santo veja a corrupção‟ (At 2.27; 13.35). Eles compreendiam que Davi morreu e permaneceu na sepultura, ele viu a corrupção e seu corpo se decompôs em lama e pó. Porém, quando Jesus Cristo ressuscitou, eles compreenderam que a profecia referia ao Cristo, que a alma dele não foi deixada na sepultura (At 2.29-32; 13.34-37). Temos também no Salmo uma citação dos filhos de Coré: „Deus remirá a minha alma do poder da sepultura‟ (Sl 49.15). Encontramos também no profeta Isaías 26.19, em Oséias 13.14: „Eu os remirei da violência do seol e o resgatarei do poder da morte. Onde está, ó morte, as tuas pragas? Onde está, ó seol, a tua perdição?‟. Esse texto foi citado inclusive por Paulo em 1ª Coríntios 15.35. Temos também uma profecia no profeta Ezequiel 37.12,13. Muito embora essa profecia seja utilizada pelos teólogos de uma maneira simbólica, representado a restauração nacional de Israel no futuro, que eles afirmam que aconteceu em 1948 e a restauração espiritual que ocorrerá na volta de Jesus, quer dizer, uma restauração de Israel como nação e povo de Deus. O texto também se refere a ressurreição física. Porque se Israel há de ser restaurada como povo de Deus, então isso significa que os judeus que morreram têm que voltar à vida. Temos também outra profecia no livro de Daniel 12.2: „E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno‟. Então, irmãos, nós vimos permeado em todo Antigo Testamento acerca da doutrina da ressurreição. Você a encontra nos livros da Lei, que é o Pentateuco, nos livros poéticos, que são Jó e Salmos e nos livros proféticos que são os profetas. E há também nos livros históricos, uma referência em 1º Samuel 2.6, acerca do cântico de Ana, quando ela disse: „O Senhor faz descer à sepultura e faz subir‟. Isso também é uma referência a ressurreição. Portanto, nas quatro divisões do Antigo Testamento nós encontramos o ensinamento da ressurreição. Então é uma doutrina bíblia cujas raízes estão no Judaísmo. Vamos ver agora o fato sobre a ressurreição de Cristo. A ressurreição de Cristo é um fato histórico. Ela encontra os seus anais na história. A história que narra a ressurreição de Cristo é comprovada pelo testemunho dos quatro Evangelhos. Os quatro Evangelhos são história. Mas não são apenas os evangelistas que comprovam a historicidade de Jesus, mas até mesmo algumas pessoas que viveram no primeiro e segundo séculos, escritores seculares, falaram acerca de Cristo. Em seus escritos, eles fazem citações acerca de Jesus.


Nós encontramos algumas provas da ressurreição de Cristo citadas pelos evangelistas. A primeira prova é que o túmulo em que Cristo foi sepultado ficou vazio (Lc 24.1-3). No terceiro dia, no domingo, quando as mulheres foram visitar o corpo com o objetivo de apenas conservá-lo, encontraram o túmulo vazio. Alguém lhes disse: „Veja o local onde foi colocado‟. Elas olharam e não viram nada. O túmulo estava vazio! Isso logo de manhã bem cedo de domingo. Quando falamos do túmulo vazio, nos vêm à mente três possibilidades desse túmulo estar vazio. Qual é a primeira possibilidade: Os discípulos terem furtado o corpo de Jesus (Mt 28.11-15). Os líderes judaicos já contavam com essa possibilidade e suspeita de que os discípulos poderiam roubar o corpo de Jesus para depois dizerem que ele ressuscitou. Eles tinham dito: „esse impostor havia dito que ressuscitaria‟. Mateus que escreveu o seu Evangelho talvez no ano 60 ou 62 A.D., disse: „e essa é a crença dos judeus até hoje de que os seus discípulos roubaram o seu corpo‟. Irmãos, era impossível os discípulos roubarem o corpo de Jesus! Porque os próprios líderes dos judeus já haviam tomado essa precaução, colocando guardas para vigiar o túmulo. Não era costume colocar guardas para proteger defunto. Porque aqueles guardas estavam ali? Para impedir os discípulos de roubarem o corpo de Cristo. Além dos guardas, temos também a pedra na boca do túmulo. Era uma grande pedra que foi rolada para ser colocada no túmulo, pois os homens não tinham condições de carrega-la. Uma vez que ela caiu na boca do túmulo se encaixada. Então, para removeram aquela pedra dali, seria com muita dificuldade. Além disso, também, a pedra estava lacrada com o selo de Roma. Mateus deixou isso bem claro. Aquele selo representava uma autoridade suprema. De modo que ninguém podia rompê-lo, a não ser com autorização de Roma. Os discípulos não estavam em condições psicológicas de enfrentar os guardas romanos, de remover aquela pedra e adulterar o selo de Roma. Porque eles estavam amedrontados e apavorados. E, vocês sabem que os discípulos não esperavam Jesus ressuscitar. Por isso que a possibilidade dos discípulos terem roubado o corpo de Jesus é zero. A segunda possibilidade é que os judeus roubaram o corpo de Jesus. Mas será que os judeus fariam isso? Se eles tivessem feito isso, teriam contribuído com os discípulos na sua invenção. Teriam cooperado na superstição dos discípulos de que Jesus iria ressuscitar. Outra coisa também, quando os discípulos começaram a pregar sobre a ressurreição de Jesus na cidade de Jerusalém, onde tudo aconteceu, esses judeus, inimigos, teriam apresentado o corpo morto de Jesus. Porque se eles roubaram, tinham o corpo guardado.


Além do mais, os judeus não iriam enfrentar os guardas romanos que estavam ali para proteger o corpo de ser furtado. Portanto, essa possibilidade também é zero. Restam-nos a terceira possibilidade do túmulo vazio. Qual é essa possibilidade? Que Jesus ressuscitou! Só há essa possibilidade! Túmulo encontrou-se vazio! Então Jesus ressuscitou. E essa ressurreição não foi apenas testemunhada pelos discípulos, mas também pelos guardas. Diz o texto de Mateus que os guardas apavorados e pasmados foram até os principais líderes de Israel para contarem toda a história. „Veio um anjo, removeu a pedra, tal, tal... e o túmulo ficou vazio...‟. Contaram tudo isso. E o que foi que os líderes religiosos fizeram com esses guardas? Silenciaram a boca deles através do suborno. Ofereceram-lhes paupina para ficarem calados. E, eles se corromperam, e receberam uma grande soma de dinheiro. Mas se eles não tivessem se corrompidos por causa do dinheiro, eles também iriam testemunhar acerca da ressurreição de Jesus Cristo. Portanto uma das coisas que prova a ressurreição de Jesus era o túmulo vazio. Há outra prova também: as mortalhas de Cristo ficaram intactas Lucas 24.12. Quer dizer, Jesus Cristo não se levantou com mortalhas e tudo como aconteceu com Lázaro. Lázaro quando ressuscitou, levantou-se com as mortalhas. Estava todo enrolado com lençóis. Por isso que alguém foi lá e o desenrolou. Cristo não! O seu corpo teve a capacidade de sair dos lençóis deixando-os intactos encima da pedra. Isso era uma coisa impossível de acontecer. Porque o lençol era envolvido no corpo de tal modo. Era colocadas mirra e várias outras especiarias no corpo que grudava, como uma atadura que você coloca no ferimento com alguma pomada e gruda. Então, as mortalhas estavam grudadas no corpo de Cristo. Ele tinha que se desenrolar para poder sair livremente. Mas não, ele saiu deixando as mortalhas intactas. Vejam bem! O lençol era feito de linho conforme o texto de João, e era muito grande de modo que envolvia a pessoa por completo, de modo que o lençol dava a volta em todo o cadáver. Começava nos pés, vinha por cima atingindo a cabeça e descendo por trás até chegar aos pés novamente. A pessoa ficava todo enrolado. Uma jovem da mocidade me disse: „Irmão, eu peguei esse livro emprestado para ler, porém, eu gostaria que o senhor o examinasse para ver se tem alguma heresia para que eu possa lê-lo ou não‟. Então eu peguei o livro: „A verdade sobre o Sudário‟. O sudário era o nome da mortalha que envolveu o corpo de Cristo. Comecei examinando os autores do livro. Porque se fossem padres, eu já sabia que eles iriam puxar sardinha pra lata deles. Se fossem teólogos católicos também iriam buscar argumentos para corroborar a crença no sudário. Se fossem escritos por protestantes, iriam rebater essa superstição.


Mas quem foram os escritores? Dois cientistas que não tinham nada a ver com a religião católica. Eles faziam faculdades em tal país, se interessaram pelo assunto do sudário e resolveram pesquisa-lo. Conseguiram reunir uma junta de médicos, cientistas e arqueólogos para examinar o sudário. Tiveram acesso ao sudário que está no Vaticano. Irmãos! Eu vou dizer um negócio pra vocês: o sudário não é falsificado. Ninguém chegou lá e desenhou o corpo de Cristo. Eles tiraram a foto do sudário, literalmente a gente ver o desenho de um homem no pano. O pano que envolvia por cima saiu o retrato da frente da pessoa, o pano de baixo saiu o desenho das costas. Os cientistas examinaram o pano com recursos científicos que tinham a sua disposição. Descobrindo que nele não havia nenhum tipo de tinta; as marcas de sangue que aparecem no sudário, eles testificaram que realmente era sangue. De modo que a pesquisa aprofundada que fizeram no sudário, relatado no livro (infelizmente não deu para lê-lo por completo, pois a pessoa teve que devolvê-lo para a biblioteca), por sinal um livro muito rico, que prova, e não podemos contestar com os cientistas, que a imagem no sudário era de uma pessoa que foi enrolada no pano. Agora se a imagem era de Jesus ou não! Não dá para saber. Como a imagem ficou impressa no pano? Diz os cientistas que foi como se alguém tivesse tirado um raio-X. Houve uma luz muito forte que penetrou no sepulcro e deixou uma imagem perfeita de um homem imprimida no pano. Como a luz solar pôde penetrar em um túmulo fechado? Para os escritores do livro essa luz foi causada pelo poder de Deus que penetrou no túmulo e ressuscitou Jesus. Os cientistas identificaram que na cabeça do homem que aparece no pano havia marcas como tivesse recebido alguma coroa pontiaguda na cabeça. Sua costa estava toda esfacelada de chicotadas. No lado dele, uma marca como tivesse penetrado alguma lança. Portanto, o sudário pode constituir-se como uma testemunha muito forte da ressurreição de Cristo. Outra prova que dá testemunho da ressurreição de Jesus é a pregação dos apóstolos e o silêncio dos judeus. O silêncio dos judeus é tanto uma prova da ressureição de Jesus Cristo como a própria pregação dos apóstolos. Porque os apóstolos começaram a pregar sobre a ressurreição de Jesus após dez dias da ressurreição. Eles pregaram pra quem? Será que viajaram para outro país e começaram a dizer: „Olha, lá em Jerusalém aconteceu...‟. Não! Eles pregaram na própria cidade de Jerusalém. Os apóstolos diziam: „O Cristo, que vocês crucificaram e mataram, Deus o ressuscitou‟. E ninguém contestava contra eles. Ninguém apresentava provas contra as suas pregações. O silêncio dos judeus prova que Jesus ressuscitou! Os inimigos não tinham como provar que Jesus não ressuscitou. Eles não podiam apresentar o corpo de Cristo. Eles não podiam dizer: „O cadáver


dele está lá na sepultura, podem lá e remover‟. Depois de dez dias, o corpo ainda era para está lá. Porém, os judeus não tinham condições de contestar e negar a pregação dos apóstolos. A pregação dos apóstolos é um grande testemunho da ressurreição de Jesus e o silêncio dos judeus. Não há nenhum livro escrito por algum judeu que vivia na época dos apóstolos negando a ressurreição. Não há nenhum registro. Veremos agora... Os registros das testemunhas da ressurreição de Cristo. Encontramos esses registros no Novo Testamento. Estão nos Evangelhos (Lucas 1.1-4), no Livro Ato dos Apóstolos (At 1.1-3) e nas Epístolas Cristãs (Paulo, At 25.19; 1 Co 15.8). Nos Evangelhos temos o testemunho muito forte de Lucas. Lucas não fazia parte dos apóstolos nem dos discípulos que viviam na época do ministério terreno de Jesus. Lucas não conheceu Jesus, não teve contato físico com Jesus Cristo. Então, para ele poder escrever o seu Evangelho precisou fazer uma pesquisa meticulosa, minuciosa. Ele registrou sobre a ressurreição de Cristo. Quinhentas pessoas viram Jesus após sua ressurreição. Paulo, que escreveu as epístolas, foi também, uma testemunha ocular da ressurreição de Jesus, porque ele disse que viu Jesus. „E, por último apareceu a mim‟, disse o apóstolo. Leiamos um texto que eu acho muito engraçado em Atos 25.19: „tinham, porém, contra ele algumas questões acerca da sua superstição e de um tal Jesus defunto, que Paulo afirmava estar vivo‟. Quem era esse homem? Que passou a ser chamado de Paulo. Era considerado um dos piores e terríveis perseguidores da Igreja. Ele queria acabar com a Igreja, dar fim a essa crença. Considerava os seguidores de Jesus como hereges. Uma seita perniciosa. Ele se tornou um caçador de cristãos. Ele caçava crentes em Jerusalém. Quando não encontrou mais crentes em Jerusalém, disse: „Eu vou caça-los lá em Damasco!‟. Esse homem se encontrou com Jesus! Esse homem viu Jesus! Esse homem dá agora testemunho de que esse Cristo está vivo. Paulo é uma testemunha valorosa da ressurreição de Cristo. Vamos falar rapidamente da ressurreição dos crentes e dos descrentes (At 24.14). A ressurreição do crente é uma remissão do poder da sepultura. No Salmo 49.15 está dito: „Deus remirá a minha alma do poder da sepultura‟. Essa palavra „sepultura‟ no hebraico é „sheol‟, no grego é „hades‟. Cristo usa essa palavra em Mateus 16.18, um texto muito conhecido por nós, mas interpretado erroneamente. Jesus disse: „Sobre essa pedra edificarei a minha Igreja e as portas do Hades não prevalecerão contra ela‟. Em nossas Bíblias portuguesas está escrito: „as portas do inferno‟. Então, a gente tem a impressão que o inferno nesse texto é o diabo e os demônios que habitam no inferno. E, que esses demônios se reúnem para


arquitetar planos para atacar a Igreja. Uma batalha é trava entre demônios e a Igreja. E que nessa batalha a Igreja vai prevalecer. Podemos encontrar a doutrina sobre a batalha espiritual em outros textos da Palavra de Deus. Mas em Mateus 16.18, a gente não pode fundamentar essa doutrina. Por que? Porque „Hades‟ não é lugar de demônios. O diabo não habita no Hades. Quem habita no Hades? Os mortos. „Não deixará minha alma no Hades‟ (At 2.27). Quando o crente morre, o seu corpo vai para sepultura. Então, vai para o Hades. Essa palavra Hades recebeu outra conotação no período interbíblico. Mas segundo o Antigo Testamento Sheol é sepultura. Quando morremos, o nosso corpo fica na sepultura, fica no Sheol. As portas do Sheol estão prevalecendo sobre nós, porque estamos ali mortos. Mas o que Jesus Cristo diz? „Não prevalecerão‟. De que ele está falando? Da ressurreição. „Eu vou edificar minha Igreja, muitos vão morrer, mas não vão continuar mortos‟. „Portas‟ significa „autoridades‟. Em Apocalipse 1.18, Jesus disse: „Eu tenho as chaves do Hades‟. „Eu tenho as chaves que abrem as portas do Hades‟. „Eu tenho as chaves que abrem as portas da sepultura‟. A ressurreição dos santos, a nossa Igreja, divide em três estágios: Os santos que ressuscitaram com Cristo em sua ressurreição, depois os santos que ressuscitarão na vinda de Cristo e os santos que ressuscitarão depois da grande tribulação. Esse grupo que ressuscitou na ressurreição de Cristo, que aparece em Mateus 27.52,53, a nossa Igreja entende que são os santos do Antigo Testamento que ressuscitaram e estão no céu com Jesus. Mas há outra interpretação que ensina que é apenas uma ressurreição física de pessoas piedosas que tinham morrido naquela época. Ressuscitaram e testemunharam da ressurreição de Jesus, depois viveram e morreram novamente. Eu particularmente, não acredito nesses três estágios da ressurreição dos santos, mas apenas na primeira ressurreição que será antes do Milênio (Ap 20.5,6)... (Infelizmente o tempo não permitiu concluir essa palestra, porém deixarei registrado o restante do manuscrito usado nessa palestra. O restante da mensagem que se segue, é o esboço utilizado pelo irmão Edinaldo durante essa palestra)  A ressurreição dos crentes é chamada de uma „ressurreição dentre os mortos‟ (Fl 3.11-14), e a „primeira ressurreição‟ (Ap 20.6), „ressurreição da vida‟ (Jo 5.29) e „ressurreição dos justos‟ (Lc 14.14).  Ocorrerá por ocasião da vinda de Jesus antes do Milênio (1 Co 15.23; 1 Ts 4.16,17);


 Será em um milésimo de segundo (1 Co 15.52). O termo grego traduzido por „num momento‟ é „átomo‟ que se refere algo „indivisível‟. A ressurreição dos descrentes  A ressurreição dos descrentes é uma chamada para prestação de contas (Ap 20.13);  É chamada de „ressurreição dos mortos‟ (Hb 6.2), e a „segunda ressurreição‟ (Ap 20.5), „ressurreição da condenação‟ (Jo 5.29) e „ressurreição dos injustos‟ (At 24.14).  Ocorrerá depois do milênio (Ap 20.5);  Todos os ímpios ressuscitarão desde a época de Adão (Jo 5.28). Como será o corpo da ressurreição? Um corpo físico, mas não terreno (1 Co 15.46-49); um corpo espiritual, mas não incorpóreo (1 Co 15.44); um corpo glorioso, mas não endeusado (1 Co 15.42-43); um corpo transformado, mas não trocado (1 Co 15.50,51); um corpo humano, mas não mortal (1 Co 15.45,53); um corpo igual ao de Cristo após sua ressurreição (Fl 3.20,21; 1 Jo 3.2; Lc 24.39; Jo 20.19,20,24-28).

Mensagem Ministrada no Círculo de Oração na Congregação da Assembleia de Deus-Codó em 23 de Junho de 2009 Sobre Os Instrumentos Divinos de Provação Evangelho de Mateus 25.34-40 „Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: Venham, benditos de meu Pai! Recebam o Reino que o meu Pai preparou para vocês desde a criação do mundo. Pois eu estava com fome, e vocês me deram comida; estava com sede, e me deram água. Era estrangeiro, e me receberam na sua casa. Estava sem roupa, e me vestiram; estava doente, e cuidaram de mim. Estava na cadeia, e foram me visitar. Então os justos perguntarão: Senhor, quando foi que o vimos com fome e lhe demos comida ou com sede e lhe demos água? Quando foi que vimos o senhor como estrangeiro e o recebemos na nossa casa ou sem roupa e o vestimos? Quando foi que vimos o senhor doente ou na cadeia e fomos visitá-lo? Aí o Rei responderá: Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quando vocês fizeram isso ao mais humilde dos meus irmãos, foi a mim que fizeram‟. A última vez que eu preguei aqui no círculo de oração falei sobre „enfrentando a tragédia, sem perder a doçura‟. Hoje quero falar sobre „os instrumentos divinos de provação‟. São instrumentos que Deus utiliza para nos provar. Porque as tragédias que acontecem com uma pessoa não servem


apenas para provar aquela pessoa, mas também para nos provar, que apenas estamos assistindo o que aquela pessoa está passando. Deus usa a provação que uma pessoa está passando para nos provar! É a maneira como nós iremos lidar com aquela pessoa provada que nos fará diante de Deus pessoas aprovadas ou reprovadas. A provação de uma pessoa não é apenas para dá-lhe experiência, mas também, para nos dá a oportunidade de poder mostra-lhe o nosso amor cristão e a nossa atitude que agrada a Deus. E isso é visto nas páginas das Escrituras. Deus irá retribuir-nos segundo a nossa atitude para com os inválidos, os que sofrem, os que estão passando por uma angústia, aflição, por momentos difíceis. É como se aquilo ali fosse um teste não simplesmente para aquela pessoa, mas nós também estamos sendo testados. A angústia de Israel foi uma provação para seu irmão Edom. Quando a nação de Israel foi castigada por Deus em 586 A.C., os babilônicos invadiram a cidade de Jerusalém e causaram um massacre ao povo de Israel. Foi tão terrível a angústia que eles passaram que a Bíblia chama de „dia de angústia de Jacó‟. Realmente foi um dia de angústia e de tristeza para Israel. Porém, o modo como as nações gentílicas ao redor de Israel reagiram ao massacre daquela nação, fez com que Deus chamasse a atenção delas. O profeta Obadias em seu livro exorta duramente a nação de Edom. Porque o profeta disse que enquanto os judeus estavam sendo massacrados e sofrendo uma dor terrível, os edomitas estavam rindo e satisfeitos por estarem vendo a desgraça de seu irmão. O profeta disse: „...em vez de estender as mãos para seu irmão, você se alegrou pela adversidade e calamidade que se abateu sobre ele‟. Isso significa, irmãos, que nós não devemos nos alegrar com a calamidade que caí e se abate encima das pessoas, mas devemos demonstrar um coração gentil. Devemos demonstrar a nossa ajuda, o nosso auxílio, a nossa solidariedade para com aquela pessoa que está sofrendo uma tragédia, uma calamidade, uma aflição e uma desventura. Mas existem pessoas, sem nenhum sentimento, que diz: „aquela pessoa está passando por aquilo porque não tem fé‟; „porque está em pecado‟; „porque Deus está lhe castigando‟. Contudo, é o modo como agirmos que vai determinar a maneira de Deus agir conosco. O modo como lidamos com a pessoa que está aflita, se a ajudamos ou a desprezamos, é que seremos julgados por Deus. Encontramos na estrada da vida pessoas desfavorecidas, doentes, pobres e aflitas. São instrumentos para nos provar! São os pobres que provam os ricos; os doentes são uma prova para aqueles que são saudáveis; os desfavorecidos são uma prova para os favorecidos. São os aflitos, angustiados e tristes uma prova para aqueles que estão alegres e felizes. A enfermidade de Paulo foi uma provação para os gálatas. Em Gálatas capítulo 4, Paulo disse aos irmãos: „Quando eu preguei o evangelho a vocês, preguei-o em fraqueza, eu estava fisicamente debilitado e doente,


aquela doença foi para vocês uma provação, contudo, não me demonstraste desprezo nem desgosto, mas refrigeraram o meu coração. Vocês seriam até capazes de doarem seus órgãos para me darem‟ (Gl 4.13-15). A enfermidade que Paulo estava sofrendo foi considerada uma provação para os irmãos gálatas. E os gálatas não desprezaram e nem rejeitaram o apóstolo, antes, o acolheram e o serviram com muita alegria „como se fosse o próprio Cristo‟. As calamidades de Jó foi uma provação para seus amigos. Quando Jó passou por aquelas calamidades, aquelas aflições, aquelas tragédias terríveis, não foram apenas para provar a Jó, mas também para provar os seus amigos. Como aqueles homens iriam lidar com aquela tribulação de Jó?! Porque muitas vezes não estamos prontos para lidar com a dor do nosso próximo. Aqueles homens outrora tinham visto Jó na sua abundância em sua riqueza, agora estavam vendo-lhe em uma situação triste e lastimável. Ele estava pobre, doente, tinha perdido seus filhos e suas riquezas. E qual foi a atitude daqueles homens? Aqueles quatro amigos lançaram em rosto os pecados de Jó. Disseram que ele estava passando por aquilo porque queria ser justo demais, mas que na verdade ele estava escondendo o seu pecado diante de Deus. E, Deus agora estava descascando e trazendo à tona os seus pecados. No livro de Jó capítulo 42, o Senhor se revela a Jó e a seus amigos. Deus repreende duramente os amigos de Jó! Porque eles não demonstraram um coração quebrantado diante da miséria do patriarca Jó. Porque eles não falaram a Jó palavras de Deus que viesse trazer ânimo, de revigorar, de trazer forças, pelo contrário, trouxeram uma palavra perniciosa, azeda que veio amargar mais ainda o coração de Jó, aumentar a sua tribulação e angústia. Porque tem pessoas que não têm palavras carinhosas pra dizer, palavras consoladoras, palavras animadoras, apenas palavras pessimistas, palavras de críticas destrutivas, de repreensão severa, que não traz nenhum refrigério à alma que está abatida. Aqueles homens foram julgados pelas suas atitudes para com Jó. Nós também seremos julgados por nossas atitudes para com os que estão sofrendo, estão aflitos. A lastimável situação de Mefibosete foi uma provação para o rei Davi. A Bíblia fala do caso de um rapaz chamado Mefibosete. Mefibosete era filho de Jonatas, e Jonatas era filho do rei Saul. Então, o futuro de Mefibosete era ser o rei de Israel. Até que a tragédia e a desgraça caiu sobre a casa de Saul. Não apenas Saul morreu na batalha, mas também os seus três filhos morreram. E, uma criada de Saul para salvar a vida de Mefibosete, neto de Saul, colocou-o no braço apressadamente para fugir com ele, por causa da guerra que estava sendo abatida sobre a casa de Saul. Aquela mulher apressada


deixou a criança de cinco anos cair, suas duas pernas foram quebradas e ficaram aleijadas. Mefibosete que tinha apenas cinco anos teve que lidar com essa deficiência em suas duas pernas pelo resto da sua vida. Sem poder andar e fazer aquilo que ele desejava fazer como qualquer pessoa normal. Até que Davi assumiu o trono de Israel, e depois de muitos anos governando, em uma certa ocasião perguntou: „Será que existe algum descendente de Saul para que eu possa fazê-lo algum beneficio‟. Alguém disse: „Há o filho de Jonatas, neto de Saul, chamado Mefibosete‟. Então, Davi ordenou que o trouxesse. Quando Mefibosete chegou na presença de Davi, ele pensou que Davi iria vingar todas as injustiças e perversidades que Saul tinha causado a Davi. Mefibosete se prostrou diante de Davi e pediu misericórdia e clemência. Mas Davi lhe disse: „Se levante! Porque você é filho de um grande amigo meu. Eu não posso deixa-lo viver nessa situação triste e lamentável. A partir de agora você vai morar comigo no meu palácio, vai sentar comigo na minha mesa e vai comer do meu pão‟. Davi demonstrou um coração bondoso e generoso para com aquele jovem aleijado, deficiente e sem nenhuma perspectiva de vida. Quantas pessoas são desprezadas e rejeitadas neste mundo! Quantas pessoas porque não tem nada, ninguém não dá nada por elas. Ninguém conversa com elas, ninguém compartilha nada com elas. Quantas pessoas estão esperando a morte nas calçadas, jogadas, sujas, moribundas e ninguém dá uma palavra, ninguém estende a mão, ninguém diz nada. O homem moribundo foi uma provação para o sacerdote, o levita e o samaritano. A Escritura fala de um homem que descia de Jerusalém para Jericó. Caiu nas mãos de assaltantes que lhe roubaram, lhe massacraram, lhe feriram e lhe deixaram quase morto a beira do caminho. Esperando alguma ajuda, esperando alguém que lhe estendesse as mãos, alguém que lhe dissesse: „Vamos caminhar porque o caminho é longo!‟. Diz a Escritura que por aquele mesmo caminho vinha um sacerdote. Aquele sacerdote subia de Jericó para Jerusalém a fim de cumprir seus rituais no templo. Era um homem religioso, um sacerdote sagrado para ensinar a lei e fazer cumprir a lei. Quando aquele sacerdote viu o pobre moribundo, jogado, desprezado e ferido, desviou o caminho e passou longe daquele homem. O sacerdote religioso que devia demonstrar compaixão, misericórdia e amor, desprezou uma vítima que sofria. Evidentemente que a lei proibia um sacerdote se aproximar de um cadáver, mas quando alguém está disposto ajudar seu próximo está decidido até mesmo ultrapassar a própria lei para salvar uma vida. Pois a vida vale mais do que a lei. Temos que estender as nossas mãos a qualquer pessoa independentemente do seu credo, de seus dogmas e de sua religião. Depois por aquele caminho passou um levita. Ajudante do sacerdote. Também um homem religioso e piedoso. Mas quando viu aquele pobre


homem deitado e desprezado não fez nada por ele. Estava apegado a sua religião, estava abitolado em suas crenças. Estava tão fechado na sua religião que desenvolveu um coração duro que não estava nem sequer disposto a oferecer aquele homem um copo d‟água, de pelo menos erguer aquele pobre e arrasta-lo para sombra. Ele apenas virou o rosto e passou. Talvez ele disse: „Ora, se o sacerdote não fez nada, quem sou eu para fazer‟. Tem muitas pessoas que falam assim: „Se o pastor não fez nada, se pastor não visitou, se o pastor não consolou quem sou eu para visitar e consolar‟. São pessoas que estão tão apegadas à sua religião que não tem o coração voltado para ajudar o necessitado, o pobre e o aflito. Mas Jesus Cristo naquela parábola estava ensinando a coluna básica do serviço a Deus, da verdadeira adoração a Deus. Ele estava demonstrando a onde residia o verdadeiro ato de devoção a Deus; a onde estava o verdadeiro amor a Deus e ao próximo. E, passou também um samaritano, que não era judeu, que não convivia bem com judeu, que não tinha roupas religiosas e que não tinha as leis sagradas. Mas foi exatamente esse homem que acudiu aquele miserável que estava aflito e angustiado. A nossa verdadeira adoração a Deus não são os atos religiosos que praticamos no templo; não é o fato de participamos de algum departamento; de fazermos pregação, canção ou oração. A manifestação da nossa religiosidade, da nossa piedade cristã, é ajudar aquele que está aflito. Tiago falou sobre isso quando escreveu que „a verdadeira religião é visitar os órfãos, as viúvas e ajudar aqueles que estão passando por necessidades e aflição‟. A verdadeira religião não se constitui em demonstrar grandes dons, grandes sensacionalismos, se constitui em ajudar as pessoas necessitadas, aflitas e doentes. A verdadeira religião se constitui em agregar valores às pessoas, em dá crédito às pessoas, em acrescentar à vida da pessoa algo de bom, algo que venha dá aquela pessoa ânimo para prosseguir, consolo para sustentar-se na aflição. As pessoas desfavorecidas neste mundo é uma provação de Deus para cada um de nós. O capítulo 25 de Mateus, descreve o grande dia do juízo. Todos nós estamos nos preparando para esse dia. Todos nós estamos vivendo a nossa fé da melhor maneira possível para poder receber de Deus aquelas palavras maravilhosas: „Venham benditos de meu Pai e possui o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo‟. Longe de nós ouvirmos: „apartai-vos de mim malditos para o fogo eterno‟. Mas interessante é que quando Deus nos colocar na balança para torna-nos dignos do seu Reino, Ele não dirá: „porque você cantou bem‟; „porque você pregou bem‟; „porque você orou bem‟. Mas ele dirá: „Porque você acudiu aquele que estava com fome‟; „porque você acudiu aquele que estava com sede‟; „porque você vestiu aquele que estava nú e com frio‟; „porque você visitou o que estava doente e o aflito em uma cela fria‟.


E os justos responderão sem nenhum interesse: „Quando foi, Senhor, que nós fizemos isso?!‟. „Quando você faz isso a qualquer pessoa que encontra na beira do caminho, jogada na estrada da vida‟; „Quando você atende alguém, dá um sorriso, demonstra gentiliza, estende a mão, dá uma palavra de consolo, não está apenas fazendo aquilo àquela pessoa, você está fazendo aquilo a mim. Aquela pessoa foi uma provação diante de você e você passou no teste. Por isso agora você tem o direito à vida eterna‟. Cada um de nós estamos sendo provado por Deus através de pessoas aflitas e angustiadas! Então vamos ajudar, vamos entender a mão. Não vamos dizer palavras que destrua, palavras que fere. Não vamos desprezar as pessoas rejeitadas, vamos estender as nossas mãos e ajudar. Porque é essa a atitude que nos provará que de fato somos crentes fiéis.

Palestra Ministrada na Congregação da Assembleia de Deus-Codó em 05 de Julho de 2009 Sobre a Introdução a Primeira Epístola de João

Iremos iniciar pelo autor da epístola que leva o nome de Primeira João. A epístola é anônima. Porque na verdade ela não traz o nome do escritor. Inclusive não é nem considerada uma epístola, pois nem sequer ela traz saudações comum a uma carta. É mais considerada como um tratado. Também não sabemos aquém foi endereçado esse tratado. A tradição ensina que foi escrita para os crentes de Éfeso. Porém, a tradição acredita que a epistola foi escrita por João, o apóstolo. Alguns bispos que viveram no segundo século atribuem esse escrito sagrado à João, o apóstolo. Mas será que há base escriturística e no próprio testemunho da epístola para que possamos defender a autoria de João, um dos apóstolos de Cristo? Nos primeiros versículos do capítulo um, a gente nota que a epístola foi escrita por uma testemunha ocular, uma pessoa que de fato teve contato com Jesus Cristo. Então, nós temos um ponto de partida: essa pessoa é um apóstolo. E, conforme as semelhanças de temas, assuntos e enfatização de algumas doutrinas dessa epístola com o Evangelho de João levam-nos a crer que são os mesmos autores. E quem escreveu o Evangelho de João? O Evangelho também não traz o nome de quem o escreveu. Quando lemos o Evangelho não descobrindo o seu autor, pois não cita o seu nome. A não ser no final do Evangelho de João, o autor se identifica como o discípulo a quem Jesus amava. Esse autor diz: „e, foi esse discípulo que escreveu esse testemunho‟. Então, quem é esse discípulo? Em momento algum diz quem é esse discípulo. Porém, é aceito sem questionar que esse discípulo é João. Por exemplo, Policarpo que viveu no


século I, e conheceu João pessoalmente, afirmava que João era o discípulo do amor a quem o Evangelho se referia. Então, daí parte-se o ponto pelo qual podemos desvendar o autor do Evangelho de João, e consequentemente o autor da primeira epístola de João, da segunda, da terceira e do Apocalipse. Mas, irmãos, como podemos saber que realmente a epístola de João era uma carta escrita por um apóstolo no primeiro século? Porque não temos nenhum escrito original da Bíblia. Os chamados autógrafos foram todos perdidos. Não temos nenhum escrito em qualquer parte do mundo que se possa dizer: „Esse manuscrito aqui foi escrito pela pena de João ou de Paulo...‟. Não há esse escrito! Todos os manuscritos que se tem das Escrituras são cópias e mais cópias escritas de cópias. E, as cópias mais antigas são datadas do século terceiro. Então, João escreveu a sua epístola no primeiro século, entre os anos 95 e 98 A.D. Ora, se a gente não tem nenhum registro original do primeiro século, como podemos provar que a epístola de João foi escrita naquele período? É aí que entra a autoridade dos Pais da Igreja. Por que esses homens são tão importantes? Porque foram esses homens que fizeram a ligação entre os apóstolos e nós. Os apóstolos viveram no primeiro século, e esses homens, chamados de Pais da Igreja, viveram no segundo século em diante. Então, muitos deles conheceram pessoalmente alguns dos apóstolos ou pessoas muito achegada aos apóstolos. Esses homens, os Pais da Igreja, quando começaram, também, a escrever os seus tratados teológicos, faziam alusão às epístolas escritas pelos apóstolos. Muito embora, não temos manuscritos dos séculos um e dois, todavia, possuímos citações dos escritos dos Pais da Igreja que comprovam que havia os escritos originais. Então, antes dos arqueólogos encontrarem os manuscritos mais antigos, os Pais da Igreja já havia citados porções e mais porções das Escrituras do Novo Testamento e, já haviam feito interpretações dos escritos dos apóstolos. De modo, que eles confirmam que antes deles, já existiam esses escritos originais. E, muitos desses homens, como Papias, Policarpo, Inácio, Justino Mártir e Irineu, atribuem ao apóstolo João as Epístolas, o Evangelho e o Apocalipse. Portanto, são os pais da igreja que dão um testemunho muito eficaz sobre os registros sagrados. De modo que é considerado como livro canônico o registro escrito no século I. E, a única maneira de sabermos quais foram os registros escritos no século I são aqueles citados por homens de Deus no século II. Quem era João. Esse João era filho de Zebedeu e irmão de Tiago, este Tiago não é o Tiago que escreveu a epístola de Tiago. O Tiago que escreveu a epístola de Tiago é o Tiago irmão de Jesus. O Tiago irmão de João foi aquele que foi decapitado por Herodes Antipas no capítulo 12 de Atos. João era o irmão mais novo de Tiago, filhos de Zebedeu e também de


Salomé. Quem ela Salomé? Salomé era a irmã de Maria, a mãe de Jesus. Então, João, o apóstolo, era primo de Jesus. Ele e seu irmão Tiago eram pescadores (Mt 4.21). Conforme o texto de João 1.35-39, o autor que não se revela é considerado como esse discípulo à quem João Batista apresenta o Cordeiro: „Eis o Cordeiro de Deus‟. Então dois discípulos de João Batista o seguiram. Um desses discípulos é André irmão de Simão Pedro e o outro discípulo acredita-se ser o próprio João. André levou Simão à Jesus, e João levou seu irmão Tiago à Cristo. Jesus chama tanto João como Tiago de „filhos do trovão‟, revelando que eles tinham um temperamento forte, uma personalidade intempestiva (Mc 3.17). João nem sempre foi o discípulo do amor, ele tinha uma personalidade impetuosa, fácil de irar-se, como se diz „o nervo a flor da pele‟. Ele é um daqueles que pede que Jesus mande fogo do céu para destruir os samaritanos. Simplesmente, porque os samaritanos não permitiu Jesus passar por seu território. Porém „João consegue demonstrar em suas cartas que foi transformado pelo amor de Deus, o Pai e de seu Filho, Jesus Cristo‟ (1ª lição, do 3° Trim/2009). Como já foi dito esse João é o autor de cinco escritos canônicos: o Evangelho de João, das três epístolas que levam o seu nome e do Apocalipse. Citarei algumas peculiaridades de João: Ele compartilhou dos momentos mais difíceis de Jesus (Mc 14.33,34); Foi o único dos discípulos que permaneceu, até ao fim, ao pé da cruz (Jo 19.25,26); Três dias após o sepultamento do Mestre ele foi ao sepulcro em busca do corpo de Jesus (Jo 20.2); Era considerado como uma das colunas da igreja (Gl 2.6). Foi bispo de Éfeso, após ter trabalhado inicialmente com Pedro em Jerusalém (At 3.1-4.22; 8.14-17). A tradição diz que João viveu em Éfeso até uma idade bem avançada. Foi escrita entre o ano 85 e 95 D.C, e seu tema é: A Verdade Cristológica e a Conduta Cristã. No início a igreja, os cristãos tiveram que enfrentar a oposição dos judaizantes, judeus que defendiam que a lei de Moisés tinha que ser guardada acima de qualquer outra coisa. Então, a Igreja enfrentou um combate com esses legalistas do judaísmo que se infiltraram na igreja primitiva. Mas, no final do século I, quando todos os apóstolos já haviam morrido, e apenas João era vivo, começou a surgir uma heresia mais perniciosa chamada de gnosticismo. Então, muitas das epístolas do Novo Testamento, principalmente as últimas, foram escrita, primordialmente, para combater as heresias dessa seita gnóstica que já estava avançando. No segundo século ela atinge o seu ápice, sua culminância, quando ela se revela totalmente todas as suas doutrinas heréticas contra o cristianismo.


Então, para que se compreenda porque João usa certos termos e fala certas coisas é necessário que entendamos que tipo de seita, ele estava combatendo, e em que essa seita acreditava. A seita do gnosticismo surgiu na Ásia Menor, e era dividida em várias ramificações com vários ensinamentos até mesmo conflitantes. Em cada cidade o gnosticismo se desenvolveu com roupagens diferentes. Por exemplo, na cidade de Colossos, para quem Paulo escreveu sua carta aos Colossenses, havia um tipo de gnosticismo diferente do gnosticismo que João combateu em Éfeso. Sabemos que João viveu na Palestina, algum tempo, pastoreando a Igreja de Jerusalém, depois foi designado bispo da cidade de Éfeso, de onde ele pastoreava as sete igrejas da Ásia, e permaneceu em Éfeso até sua morte com 98 ou 100 anos de idade. Então, ele conseguiu ver essa mudança doutrinária do século I ao século II, e teve a responsabilidade de fazer com que o Evangelho passasse para a segunda geração sem a contaminação dos ensinamentos dos gnósticos que estavam proliferando em muitas regiões da Ásia Menor. O gnosticismo que Paulo combateu em Colossos era um gnosticismo legalista, que ensinava que para salvar-se era necessário recorrer algumas práticas rigorosas ou ascéticas. Entretanto, o gnosticismo que surgiu em Éfeso era um gnosticismo liberal, licencioso e libertino. Inclusive morava um sujeito em Éfeso chamado Cerinto que vivia na época do apóstolo João, e muitas coisas que João escreve em sua epístola era combatendo o que esse Cerinto ensinava. Dizem até os pais da igreja que João recusa está em lugares públicos onde estava Cerinto. Por exemplo, havia um lugar chamado de banhos públicos, que quando João estava lá, e chegava Cerinto, ele se retirava. João não queria ficar num ambiente onde se encontrava esse falso profeta. Então, quando ele disse, em sua epístola, „não recebais em casa‟ ao se referir aos falsos profetas, João realmente levava ao pé da letra. O que ensinava os gnósticos acerca da divindade e humanidade de Cristo? Os gnósticos negavam a humanidade como a divindade de Cristo. Eles diziam que Jesus não era a encarnação de Deus, era um homem comum, filho de José e de Maria. Eles ensinavam que quando o homem Jesus foi batizado nas águas, o Cristo se apossou desse homem, e só o abandonou quando ele estava perto de ser crucificado. Quando Jesus disse: „Eloí, Eloí, lamá sabactâni?‟, os gnósticos traduzem: „Meu poder, meu poder, por que me abandonaste?‟. Então, é essa a retirada de Cristo. Eles ensinavam que o Cristo veio apenas por água do batismo. Mas João em sua epístola disse: „Ele não veio apenas por água, mas também por sangue‟. Eles negavam que houve uma encarnação, e também para eles o Cristo não era o Logos. O que é o Logos? O Logos era um ser divino, um agente de Deus, através do qual Deus se comunicava com suas criaturas.


Mas os gnósticos ensinavam que este Cristo, que veio sobre Jesus, não era esse Logos. Porque Deus está tão distante do mundo material, o deus deísta, que era impossível esse ser divino se encarnar num corpo. Pois, eles consideravam o corpo e toda a matéria desse mundo como algo mau, criado pelo deus falso, chamado demiurgo. O que o gnosticismo ensinava acerca de Deus? Ensinava que o ser divino emitiu várias emanações, e essas emanações foram se transformando em seres espirituais intermediários e corpos celestes. De modo que esse Universo físico com todas as suas galáxias e astros surgiram das emanações desse Deus impessoal supremo, que deram também origem a seres espirituais, que as Escrituras, os chamam de anjos. Eles os identificam como seres intermediários chamados de „aeons‟. E, foi um desses „aeons‟ que veio habitar no homem Jesus. Então, para eles Cristo não era considerado nem como um ser principal dos seres intermediários, mas apenas como um desses seres. Essa era apenas uma das definições gnósticas chamada de gnosticismo temporário. O „aeon‟ apenas veio habitar em Jesus temporariamente, mas depois o abandonou na cruz. Havia outra definição dos gnósticos chamado gnosticismo docético, uma palavra grega que significa aparentar, parecer. Porque eles diziam que Jesus era apenas um corpo fantasma, não era uma pessoa real, que esse „aeon‟ utilizava para poder cumprir a sua missão. Quando não precisou mais do corpo, morreu e desapareceu. Da sepultura, apenas o Cristo foi elevado aos céus. Atualmente, algumas dessas crenças esotéricas e filosóficas do gnosticismo encontram-se não só nas religiões orientais e delas oriundas, mas também em ramos heréticos do Cristianismo, como as testemunhas de Jeová, que ensinam que Cristo não é Deus, mas apenas uma criatura espiritual poderosa, que além de Jesus há outras criaturas espirituais. E, que Cristo para se encarnar deixou de ser uma criatura espiritual e se tornou um humano. Os russelistas não acreditam que em Jesus há duas naturezas existindo e habitando em um mesmo ser. Para eles Jesus era apenas um homem, e nada mais do que um homem. Quando Jesus morreu, diz o russelita, ele deixou de ser humano e voltou a ser uma criatura espiritual. De modo, que eles não acreditavam que Jesus ressuscitou no corpo físico. E o que aconteceu com o corpo de Jesus? Se evaporou! Pois ele não ressuscitou mais como homem, mas como uma criatura espiritual. Do mesmo modo, os gnósticos também acreditavam que o Cristo foi assunto aos céus como um ser espiritual, e àquele Jesus que, ele veio habitar, era apenas um corpo fantasma que desapareceu ou então um simples homem que foi abandonado na cruz e morreu. Porém, é a Nova Era que está totalmente baseado em todo o sistema filosófico do gnosticismo, tanto o que ela ensina sobre Cristo como sobre a salvação. De onde vem essa palavra gnosticismo? Vem do grego „gnose‟


que significa „conhecimento‟. Segundo esse sistema esotérico e filosófico a salvação é atingida através do conhecimento, e não através da expiação do sangue por meio da fé. Então, esses seres intermediários tem que vir aqui para nos revelar os conhecimentos secretos e misteriosos a fim de nos livrar da matéria e do corpo físico. Porque a salvação gnóstica se constitui em libertar-nos do corpo físico. Todos nós, segundo os gnósticos, vivíamos entre os seres celestiais. Cada um de nós era um „aeon‟ (eles acreditavam na préexistência da alma). E, de alguma maneira a gente veio e nos aprisionamos nesse corpo. E, nós não sabemos disso. Então, o gnosticismo tem que vir a nós e nos dizer: „você é um aeon que está aprisionado nesse corpo e precisa voltar a sua fonte original‟. Como eu tenho que entrar nesse processo de libertação da matéria? Aí é que vem todo o sistema gnóstico com seus rituais, magias, práticas ascéticas de mortificação do corpo, pois se o corpo é mau tem que ser mortificado ou a doutrina liberal que diz que o corpo é mau, então você tem que satisfaze-lo até não ter mais nenhum desejo. A doutrina da salvação gnóstica era basicamente essa: nos livrar do corpo físico. Porque o corpo físico é a nossa prisão. É aquilo que nos impede de ter comunhão com o Cosmo. Então, aqueles conseguem atingir esse conhecimento e praticar seus rituais podem atingir essa libertação do corpo. E, assim quando ele morrer, o seu espírito está livre do corpo. Mas, aqueles que não conseguem, na morte são extintos ou terão que voltar novamente em outro estágio para poderem alcançar a perfeição espiritualista. A doutrina da pré-existência da alma é defendida, atualmente, pelos mórmons, os profeta da confissão positiva, cujo representante aqui no Brasil é a pastora Valnice Milhomens, e até mesmo a igreja do pastor Carlos Magno. Quem conhece o pastor Carlos Mango? Quem já ouviu falar dele? Era um pastor da Igreja Universal, genro de Edir Macedo. Ele rompeu com Edir Macedo, fundou algumas igrejas com o mesmo estilo das igrejas de Edir Macedo, depois conheceu o pastor Miguel Ângelo e adotou suas doutrinas que defende (um tipo de) predestinação dos salvos e a préexistência das almas. Que antes de você nascer já existia como uma alma salva. E, assim quando você nasce já nasce salvo. Já está predestinado. Enquanto, aqueles que não são salvos são demônios que tomaram forma humana. Então, nos escritos de João, o virmos combatendo esses conceitos gnósticos acerca de Cristo. Quando ele escreve seu Evangelho defende a divindade de Jesus. Ele quer provar que Jesus não é apenas um ser celestial, mas é o próprio Logos, o próprio Agente de Deus. Ele revela a humanidade de Jesus, mas quer provar a divindade do Filho de Deus. De modo que eu questiono pessoas que afirmam que quando Jesus operou seus milagres, operou não como Deus, mas como um homem cheio do Espírito Santo. Eu questiono isso baseado em João. Porque João cita os


milagres de Jesus para provar que Jesus é o Filho de Deus, e não apenas um enviado de Deus ou um profeta de Deus nem tampouco um homem cheio do Espírito de Deus. Mas para provar que Jesus é o Filho de Deus. E, essa expressão „Filho de Deus‟ prova a divindade de Jesus Cristo. Portanto, os milagres ele operou como Filho de Deus, e não apenas como homem cheio do Espírito Santo de Deus. Porque se não fosse assim, os profetas também teriam esse título de „Filho de Deus‟. Profetas como Elias, Elizeu e Moisés, que operaram maravilhas e milagres, se forem na mesma autoridade de Jesus Cristo, então, também eles tem essa qualidade divina. Porém, os milagres que Jesus Cristo operou foi com uma autoridade mais suprema do que esses profetas. Foi na qualidade de Filho de Deus. Isso prova a Sua divindade. Quando João escreveu seu Evangelho teve esse intuito de provar que Jesus é Deus, sendo Ele Filho de Deus. Todavia, quando João escreveu a sua primeira epístola teve como objetivo provar a humanidade do Filho de Deus. Que o Cristo não é apenas Deus, mas se tornou homem ao assumir o corpo físico. No capítulo 4, da sua primeira epístola, ele fala sobre isso: „aquele que não confessa que Jesus Cristo veio em carne é um falso profeta, um espírito enganador‟. Porque era exatamente isso que os gnósticos negavam. Uma vez que eles consideravam o corpo como algo mau, então, um ser celestial nunca iria assumir esse corpo. Não podia se encarnar. Isso estava longe que qualquer possibilidade. Mas, a epístola de João defende que Jesus Cristo se encarnou. E, ele não se encarnou como um anjo, um ser angelical, mas como Filho de Deus. Essa foi a primeira defesa de João: defender a doutrina de Cristo sobre as aberrações doutrinárias dos gnósticos. A sua segunda defesa é... Defender a Moral Cristã da Anomia dos Gnósticos. „Anomia‟ é uma palavra grega formada pelo prefixo „a‟ mais „nomia‟. „Nomia‟ é lei e o „a‟ é um „a‟ de negação. Significando „sem-lei‟ ou „os que negam a lei‟ que vivem uma vida „desregrada‟. Por isso, que „ateu‟ significa „sem-deus‟, pois teou é deus e o „a‟ é de negação. Outro termo parecido com gnosticismo é agnosticismo (sem-conhecimento), que é uma forma de ateísmo. Enquanto o gnosticismo ensina que a salvação é por intermédio do conhecimento de mistérios ocultos, o agnosticismo ensina que é impossível conhecer a Deus. Porque não tem como alguém provar de modo empírico a existência de Deus. Então, uma vez que Deus não pode ser provado de um modo racional é um conhecimento agnóstico. O agnosticismo, muito em voga nas escolas e faculdades, é também, um ensinamento ateísta. O que os gnósticos ensinavam acerca da moral? Eles ensinavam que a matéria e o corpo eram maus. Não havia remissão para o corpo. O corpo não se salvaria. Pelo contrário, era a prisão da alma que a impende de transcender ao espiritual. Então, esse corpo não tem nenhum valor. Uma vez que esse corpo não vale nada, tudo o que alguém pratica no corpo não afeta o seu espírito.


De modo que o espírito não pode ser contaminado pelos atos do corpo e o corpo, por sua vez, não em nenhuma influência sobre o espírito. Assim, a pessoa pode praticar todo tipo de pecado que não vai ofender e nem macular o seu espírito. Porque o espírito, muito embora esteja preso no corpo, está acima da matéria. Ele é impecável. Não tem pecado. Por isso que João escreveu: „aquele que diz que não tem pecado é mentiroso‟. Do mesmo modo, qualquer ato de bondade e de amor, os gnósticos descriminavam. Eles viviam do modo que quisessem. Sem amar os irmãos, orgulhosos. O importante era o conhecimento que iriam preparar e elevar o espírito para o seu estado primitivo. Esse conhecimento foi trazido por Cristo, não está nas Escrituras. E, Ele deu ocultamente aos seus apóstolos, e os apóstolos passaram para os gnósticos. Então, os gnósticos eram os únicos que tinham esse conhecimento secreto pelo qual nos trazia a salvação. Eles falavam de visões, revelações secretas, experiência com anjos, e muitas outras práticas esotéricas, além de práticas rituais. Como por exemplo, o mitraísmo que era uma seita que também prevalecia naquela época ensinava o batismo no sangue do touro, rituais de magia negra, contato com astros, contato a natureza. Os gnósticos acreditam no panteísmo e ensinava o animismo que tudo quanto é material tem um espírito, um aeon, uma energia que devemos entrar em contato através da invocação de espíritos, que são os duendes, as fadas, os gnomos. De modo que os nossos filmes infantis estão recheados desses ensinamentos gnósticos. Esses super-heróis com seus poderes e magias. Tudo é baseado nesse conhecimento gnóstico. João combate essa questão da libertinagem, e afirma que aqueles que praticam o pecado são do diabo. Aqueles que permanecem no vício do pecado ou adquirem o hábito de pecar e pecar e nunca deixar. João diz que esses são filhos do diabo. João fala também da questão do ódio. Que aqueles que não amam seus irmãos são filhos do Maligno. João ainda fala da semente incorruptível que veio habitar no crente, e, portanto, quem tem a semente de Deus não pode continuar na prática do pecado. E, que não devemos amar o mundo nem as coisas que há no mundo. Porque se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele. Pois, tudo quanto há no mundo, a concupiscência, a soberba, a cobiça são do mundo, e não do Pai. Então, em todas essas doutrinas acerca da moralidade cristã, João estava combatendo os conceitos errôneos e perniciosos dos gnósticos que diziam que o que a pessoa praticar não afeta o seu espírito. Indiretamente as testemunhas de Jeová também ensinam esse conceito. Eles dizem que o pecado que alguém pratica hoje não irá afetar a sua situação no Dia do Juízo Final. Deus não levará em conta. Quando alguém morre todos esses pecados morrem. Porém, no Milênio essa pessoa terá uma chance de voltar à vida, e, então, a partir dali os atos praticados é


que irão valer pra alcançar a perfeição ou não. Eles baseiam essa doutrina em Romanos 6.7: „...quem morreu está justificado do pecado‟. Havia, porém, os gnósticos ascéticos que ensinava que a pessoa tinha que ter um trato rigoroso com o corpo. A pessoa não pode satisfazer os desejos do corpo, pois é ele que está aprisionando a alma. São esses desejos que os impede de ter uma comunicação melhor com o misterioso. Para isso é necessário mortificar o corpo. Aí entra as seitas da Índia, dos budistas, dos mosteiros que ensinam uma depreciativa com o corpo físico. Irmãos, as Escrituras Sagradas não ensinam essa depreciativa com o corpo físico. Pelo contrário, diz que o corpo tem que ser bem tratado, bem cuidado. É uma mordomia pelo qual iremos prestar contas com Deus. Quando as Escrituras falam da „carne‟ não se refere ao corpo físico, mas a natureza pecaminosa que habita em nosso coração, nossos desejos mais secretos, as nossas cobiças. Muito embora as nossas cobiças usem o corpo físico como veículo para se manifestarem, todavia, não é o corpo físico que as Escrituras ordenam a gente combater. Mas devemos combater é o desejo carnal que está dentro de nós. Assim como a gente utilizava o corpo para imundície, agora temos que usá-lo como instrumento de justiça. Quando Jesus Cristo disse: „se a tua mão te escandalizar, corta e lança fora‟. Não está se referindo ao corpo físico, mas a mão cobiçosa que há dentro de todos nós. Quando diz „arranca o teu olho‟ é o olho cobiçoso. Portanto, as orações, os jejuns e as vigílias não têm como objetivo massacrar o nosso corpo físico, mas mortificar os desejos pecaminosos que operam nesse corpo. Essa é a definição das Escrituras acerca do corpo físico. Para concluir, os métodos de prevenção contra as heresias são: a sólida instrução bíblica; embasar-se na verdade da palavra de Deus e não nas “novas verdades doutrinárias” e cada cristão individualmente deve estar em contato permanente com a palavra de Deus, manter-se fiel, permanecer na luz e cultivar o seu amor uns aos outros.

Palestra Ministrada na Congregação da Assembleia de Deus-Codó em 19 de Julho de 2009 Sobre Jesus a Luz do Crente Leiamos 1ª João 1.5-7: „E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e nele não há trevas nenhumas. Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos nas trevas, mentimos, e não praticamos a verdade; mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado‟.


João escreveu: „esta é a mensagem que dele ouvimos e vos anunciamos...‟ „Dele‟ quem? De Jesus. Mas quem é Jesus? A correta definição da pessoa de Jesus Cristo é a coluna principal da Igreja. É essa definição que nos fará uma igreja verdadeira ou uma seita herética. Vai nos ligar às doutrinas apostólicas como cristãos genuínos ou nos afastará das doutrinas apostólicas nos transformando em heréticos. Então qual é a definição, que João defende, acerca de Jesus Cristo? É a sua divindade e humanidade. Nós sabemos que ao longo da história eclesiástica surgiram várias definições teológicas acerca de Jesus Cristo, conflitantes. E, muitas dessas definições surgiram dentro da Igreja de homens que eram bispos e presbíteros das congregações. Citarei algumas dessas definições:  Arianismo – Acreditava que embora Jesus fosse plenamente humano, não era plenamente divino, pois só existe um único Deus verdadeiro;  Sabelianismo – Acreditava que Jesus não era uma pessoa distinta do Pai, mas o próprio Pai encarnado;  Apolinarismo – Acreditava que Cristo, em sua encarnação, assumiu corpo e alma humanos, mas não espírito (mente) humano, isto é, tinha alma sem sua razão;  Eunomismo – Acreditava que Cristo tinha carne, mas não tinha sentidos humanos, isto é, carne sem alma; quer dizer, Cristo tinha apenas a aparência física de um homem, por isso que dentro dele não havia alma humana, mas o Espírito de Deus.  Nestorianismo – Acreditava que em Cristo existiam duas pessoas – a humana e a divina. Note que é diferente da definição ortodoxia que crê que Jesus tem duas naturezas, a humana e a divina. Porém, Nestor ensinava que em Cristo habitava duas pessoas: o Cristo humano e o Cristo divino.  Monofisismo – Acreditava que em Cristo só há uma natureza: a divina;  Monotelismo – em Cristo havia duas naturezas, mas uma só vontade: a divina. São essas algumas das definições que surgiram nos séculos II, III e IV acerca do Filho de Deus. Foi por causa disso que a Igreja sentiu a necessidade de estabelecer os seus dogmas cristológicos trinitaristas que defendiam a verdadeira definição acerca de Deus e de Seu Filho. Porém, João já no século um escreveu para refutar, especialmente, os chamados gnósticos, que foram os primeiros a terem uma definição errada sobre o Filho de Deus. Em nossa palestra anterior, trouxemos uma introdução acerca desse grupo herético. E, acredito que os irmãos estão cônscios das definições deles acerca do Filho de Deus. Por causa disso, João, em seu Evangelho e em suas epístolas, defende que Jesus é o Filho de Deus. Mas Jesus não é o Filho de Deus por


criação, como ensina os russelitas, nem é filho de Deus por adoção, como acreditava uma seita chamada adocionismo; nem tampouco Jesus é filho de Deus por favor especial. Ele é Filho de Deus por geração. Não uma geração no tempo e do nada, mas uma geração eterna e da própria essência de Deus. Leiamos João 1.18: „Ninguém jamais viu a Deus. O Deus unigênito, que está no seio do Pai, esse o deu a conhecer‟. „o Deus Unigênito‟ em outras traduções bíblicas diz „o Filho unigênito‟. O que significa a palavra „unigênito‟? O único gerado. Jesus Cristo foi o único gerado por Deus da Sua natureza divina. Isso não aconteceu no tempo e no espaço, mas na eternidade, onde não há tempo definido. Assim como o Pai não teve principio, o Filho também não teve principio. Mas como a Escritura refere-se a geração eterna do Verbo, afirmamos que ele foi gerado na eternidade. Esse título „Filho de Deus‟ comprova a natureza divina de Jesus, assim como, o título „Filho do Homem‟ comprova a sua natureza humana. Jesus Cristo não é filho na mesma qualidade dos anjos e homens são filhos de Deus. Os anjos e homens são filhos de Deus porque foram criados por Deus, mas Jesus é Filho de Deus porque foi gerado por Deus. Então, nesse tipo e nessa qualidade, Ele é o único, que de fato, é Filho de Deus de verdade. E, assim como um filho homem traz a natureza humana de seu pai, assim também, o Filho de Deus traz a natureza divina de Seu Pai. O Pai é divino, o Filho também é divino. O Seu Pai é Deus, Ele também é Deus. Assim como define o nosso credo: „Deus de Deus; e, Luz de Luz...‟. Como Filho de Deus, Jesus Cristo exerce várias funções privilegiadas. Iremos, porém, citar apenas três dessas funções: Primeira função: Mediador – por quem temos „a comunhão com o Pai‟. Jesus veio a este mundo para nos elevar a Deus. Veio para nos abrir o caminho de acesso ao Pai celestial. Ele veio trazer-nos Deus para nós, e nos elevar para Deus. Como Jesus fez isso? Tornando-se humano. Ele trouxe Deus para nós quando se tornou humano, pois, o verbo, sendo Deus, se encarnou. E, ele nos elevou para Deus quando, estando na carne humana, se glorificou e assentou-se a direita de Deus. Então, Jesus Cristo é o único homem que está nos representando diante de Deus. A Escritura diz que „há... um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem‟ (1 Tm 2.5). Ele é a ponte que nos liga a Deus. Na Sua divindade, ele segura a mão do Pai, na sua humanidade, ele segura em nossas mãos, e nos une em uma só comunhão. Jesus Cristo é o único que pode nos elevar a Deus. Ele é o único que faz diante de Deus a mediação. Nenhum de nós, temos o direito de nos aproximarmos diretamente de Deus, a não ser, por intermédio de Jesus Cristo. Nenhum de nós, temos a dignidade de adorar e glorificar diretamente a Deus, a não ser, por intermédio de Jesus Cristo.


De modo que todas as nossas ações e atos de piedade só tem algum valor se forem feitas em Jesus. Jesus é o único meio, pelo qual, torna válido qualquer ato de adoração. A segunda função: Redentor – por quem temos a „purificação de todo o pecado‟. O que é um redentor? É aquele que paga um resgate para libertar alguém da escravidão. Jesus pagou o nosso resgate. Com que preço, ele pagou o nosso resgate? Com o seu sangue, com a sua vida. Por que a vida teve que ser o preço para nos livrar da escravidão do pecado? Por que o sangue dos animais não era suficiente para atar a nossa relação com Deus? Por que o Seu Filho teve que morrer e derramar o seu sangue? A lei exigia que a vida devesse compensar a vida. Quer dizer, se alguém matasse um inocente, aquela pessoa deveria morrer para compensar a vida do inocente. Quem pecou no Jardim do Éden? Uma vida humana. Então, apenas uma vida humana podia fazer a compensação e pagar a Deus o prejuízo da Queda. Mas, por que não podia ser qualquer humano? Porque não foi qualquer humano que pecou no Éden. Quem pecou no Éden? Um humano perfeito. Foi uma pessoa que não tinha pecado. Então, apenas uma pessoa que não tinha pecado, poderia fazer a devida substituição, a devida compensação e o devido pagamento. E, como nenhum de nós somos perfeitos, somente Deus poderia trazer para nós o resgate. Não adiantaria sacrificar a nós mesmos ou vários animais, pois não iria compensar e reparar a justiça divina que foi prejudicada. Por isso que Jesus Cristo para se tornar nosso Redentor teve que oferecer a sua própria vida humana e perfeita como sacrifício no altar de Deus. A terceira função: Advogado – em quem temos „defensa diante do Senhor‟. Em 1ª João 2.1, diz que „se alguém pecar, temos um Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo‟. Não é junto ao Juiz, mas „junto ao Pai‟. Isso significa que Jesus não nos defende do Pai, mas das acusações de Satanás diante do Pai. Foi o próprio Pai que constituiu Jesus como nosso Advogado (Ap 12.10 Rm 8.33,34). Iremos agora falar sobre três testemunhos que comprovam a filiação divina de Jesus. Primeiro - as Escrituras proféticas. Há alguns textos que atribuem ao Messias uma natureza divina. Por exemplo, Isaías 9.6, chama Jesus de „Deus Forte‟ e „Pai da Eternidade ou Pai Eterno‟. Quando Isaías chama de „Pai Eterno‟ não está querendo dizer que Jesus é o Pai. Ele não está fazendo essa confusão de Pessoas. Ele quer dizer que Jesus existiu antes da eternidade, que ele é o originador da eternidade. Esse título refere-se a eternidade do Verbo. O segundo testemunho da filiação divina de Cristo é - a própria voz audível de Deus por ocasião do batismo de Jesus, quando disse: „Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo‟ (Lc 3.21,22).


O terceiro testemunho - as próprias palavras de Jesus em várias ocasiões referindo-se a si mesmo como Filho de Deus. Os judeus entendiam com essa expressão que Jesus estava se igualando ao próprio Pai em Sua natureza e essência divina (Jo 5.18). Quando Jesus estava diante do Sinédrio, o tribunal supremo dos judeus, o sumo sacerdote interrogou: „És tu o Cristo, Filho do Deus Bendito?‟ E Jesus respondeu: „Eu o sou...‟ (Mc 14.61,62). Entretanto, sendo Jesus divino, é também, plenamente humano, por isso que Jesus tem um corpo humano, uma alma humana e um espírito humano. Para concluir esse ponto sobre a divindade de Jesus, quero dizer que escrevi um livro sobre „É Jesus um deus poderoso? Deve-se crê Nisso?‟ para refutar as testemunhas de Jeová. Se alguém tiver interessado pode acessar meu facebook e baixa-lo. João escreveu: „que Deus é luz e não há nele trevas nenhumas‟ (1ª Jo 1.7b). O nosso texto começa dizendo que Deus é Luz, porém, em João 8.12, Jesus disse: „Eu sou a luz do mundo‟ (Jo 8.12). Quando as Escrituras chamam Jesus de Luz e Deus de Luz está colocando-os em justa posição, na mesma igualdade. Significando que essa Luz que é Deus brilha em Jesus Cristo. Isso é um termo metafórico, uma figura de linguagem, que a Escritura utiliza, para dizer que Deus é santo, perfeito, justo e sábio. Se lermos vários textos bíblicos encontraremos essas qualidades e atributos em Deus (1º Sm 2.2; Dt 32.4; Sf 3.5; Jó 9.2-4). Tiago disse: „Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação‟ (Tg 1.17). Deus é imutável. A luz solar sofre variações, porém, em Deus há uma luz que não sofre variações e mudanças. Significando que Deus é perfeito em sua natureza. Isto é, Deus não se torna mais santo, nem mais bom. Ele é santo e bom. Não há em Deus melhoramento ou um processo de aperfeiçoamento. Ele já é o que Ele é. Ele disse para Moisés: „Eu sou o que sou‟. A luz divina tanto é inacessível como invisível aos homens (1 Tm 6.16). O homem não pode habitar com o Todo-Poderoso. Ele disse para Moisés: „Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá‟ (Êx 33.20). É impossível ao homem conviver com essa luz. Em 1ª Tm 6.16, diz: „aquele que tem, ele só, a imortalidade e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver‟. Porém, o reflexo dessa luz divina tem se revelado e brilhado, aparentemente, através das coisas criadas. Em Romanos 1.20 diz que „... as coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas‟. A natureza dá testemunho de que há um Deus todo-poderoso, que há um Senhor que criou todas as coisas. Então, a natureza é apenas um pequeno facho de luz que revela o conhecimento de Deus e dá ao homem


uma noção de que existe alguém superior que criou tudo isso. Pois se não foi o homem que criou. Quem criou um universo tão complexo desse, formado por tantas coisas complexas? A vida! De onde se originou? Apenas um mente perfeita pode ter criado o universo e o mantido em sua ordem. Todavia, essa luz, que é invisível e inacessível aos homens, tornouse acessível e visível quando Deus enviou o Seu Filho para lhe representar. Quando o próprio Filho de Deus se encarnou e tornou-se homem, essa luz, que outrora estava longe de nós, se aproximou de nós. João disse: „nós tocamos nela e tivemos comunhão com ela‟. Jesus Cristo é a principal e verdadeira revelação de Deus. Está escrito que Cristo é „a expressão exata‟ do Ser de Deus. Paulo disse que Cristo é a „imagem do Deus invisível‟. O Filho de Deus revelou pessoalmente - não de um modo figurado e simbólico - mas pessoalmente, em sua vida, palavras e obras o próprio Deus. Por que Jesus é a Luz do mundo? Primeiramente, é porque, de fato, Jesus revela as qualidades de Deus para os homens. Mas, nós também somos chamados de luz do mundo? Qual é a diferença da nossa luz e da luz de Jesus? Porque se Jesus Cristo é chamado de luz e afirmamos que ele é Deus, pois Deus é luz, a Escritura também nos chama de luz. Isso significa que nós também somos deuses? De modo nenhum! Então, qual é a diferença da nossa luz pra luz de Jesus? É que nós apenas recebemos o reflexo da sua luz. Mas Jesus é a própria luz. Nós recebemos as qualidades de Deus, mas apenas aquelas qualidades que se chamam atributos comunicáveis. Aqueles atributos que há em Deus e que ele nos comunicou. Quais são esses atributos comunicáveis de Deus? Santidade, bondade, amor, justiça, retidão. Esses são atributos morais que Deus comunicou às suas criaturas racionais. Porém, há em Jesus atributos de Deus que são incomunicáveis aos homens. Os homens não participam desses atributos que fazem de Jesus a luz divina que não há em nós. Quais são esses atributos incomunicáveis de Deus? São atributos que pertencem a natureza divina de Jesus e faz dele Deus. Onisciência, onipotência, onipresença, eternidade. Essas qualidades divinas fazem de Jesus Cristo Deus e que não há em nenhuma outra criatura, seja humana ou angelical. A segunda razão porque Jesus Cristo é luz é porque Jesus traz o verdadeiro conhecimento de Deu Pai para os homens. Por exemplo, agora nós lemos o Antigo Testamento com a luz que Jesus Cristo trouxe. Ele trouxe a verdadeira revelação do Velho Testamento. Por que Deus aboliu todo o sistema de sacrifícios? Porque Jesus Cristo substituiu esses sacrifícios. Por que a Lei não é mais suficiente para nos conduzir em um bom relacionamento com Deus? Porque Jesus Cristo nos trouxe uma nova lei que iria partir não do exterior para o interior, mas do interior para o exterior. Não mais a Lei inscritas em tábuas de pedra, mas uma lei que surgiria no coração.


Em João 17.2, Jesus Cristo disse: „e, a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste‟. A vida eterna começa no conhecimento que temos de Deus e de Jesus Cristo. Esse conhecimento nos torna filhos de Deus. Em terceiro lugar como luz, Jesus Cristo nos trouxe vários benefícios. Nós sabemos que a luz solar traz vários benefícios à humanidade. Por exemplo, sem luz não há vida. A vida biológica é mantida pela luz solar. Por isso é importante os vegetais para os homens, pois eles transformam a luz solar em energia para o nosso organismo. Assim, também Jesus como a luz da vida nos traz vários benefícios. Algumas desses benefícios são: verdades ainda não reveladas, que é o evangelho, chamado de „a luz do evangelho da glória de Cristo‟ (2ª Co 4.4). Então, os ensinamentos do evangelho que Cristo trouxe, e que os apóstolos desenvolveram, são luzes brilhando sobre nós. Essa luz de Deus clareando e iluminando o nosso entendimento para compreendermos as verdades acerca de Deus. E, essas verdades nos liberta da religião falsa e das informações falsas; nos liberta do império das trevas; nos liberta das obras de Satanás. Outros benefícios da luz de Cristo são acontecimentos ainda não cumpridos – como, por exemplo, a ressurreição para vida imortal. Está escrito que „Jesus Cristo... trouxe à luz a vida e a imortalidade pelo evangelho‟ (2ª Tm 1.10). A Bíblia considera a ressurreição dos mortos como a terra dando à luz (Is 26.19). A ressurreição para imortalidade é um benefício que encontramos unicamente em Jesus Cristo. A lei trazida por Moisés era impossível produzir no homem a vida. Paulo disse que „o mandamento que me fora dado para produzir vida, produziu em mim a morte‟ (Rm 7.10). Então, foi Jesus Cristo que veio e nos trouxe a vida eterna. Outros benefícios são experiências ainda não vivenciadas – o novo nascimento é um deles. Jesus disse: „Quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida‟ (Jo 8.12). Essa luz da vida é essa nova vida que experimentamos agora em Cristo. O novo nascimento, a regeneração, a participação na vida do próprio Deus. A Bíblia compara os homens sem Deus como pessoas mortas em seus delitos e pecados, mas as pessoas cristãs como aqueles que ressuscitaram dentre os mortos; como aqueles que receberam uma nova vida de Deus; como aqueles que receberam o sopro do Espírito e reviveram. A comunhão é outra experiência cristã. Deus, em Cristo, veio reunir o seu povo em um só corpo. Jesus Cristo disse „...para que eles sejam um, assim como nós somos um‟ (Jo 17.11). Essa mesma comunhão que existe entre o Pai e o Filho deve existir entre nós. Assim como entre o Pai e o Filho não nenhuma treva, mas a sua relação é transparente e perfeita, assim também, entre os filhos de Deus essa relação tem que ser transparente e perfeita. Mas quando há intrigas, confusão e fofocas entre nós, será que estamos refletindo essa luz de Deus, essa comunhão que há entre o Pai e o


Filho? De modo nenhum! Nós estamos falhando! João disse: „Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros‟ (1ª João 1.7). João escreveu: „Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade‟ (1ª João 1.6) Nós temos, irmãos, terríveis inimigos tenebrosos que procuram apagar a luz que brilha em nós. As Escrituras os acham de „trevas‟. Quem são essas trevas? Metaforicamente, as trevas é um dos nomes do pecado (1 Jo 1.7). Também, os demônios são chamados de „príncipes das trevas deste século‟ (Ef 6.11,12). Há uma escuridão que cobre a face da terra. Está escrito em Isaías 60.1,2: „...a luz... do Senhor nasce sobre ti... eis que as trevas cobrem a terra, e a escuridão os povos‟. Essa escuridão é todo o engano de Satanás. A Bíblia diz que ele seduz o mundo todo para o engano (Ap 12.9). A escuridão é toda essa sedução maligna; toda essa fascinação pelo pecado; esse sistema de estrutura complexa formada por homens e anjos encabeçada e dirigida por Satanás que fazem oposição a Deus nas pessoas de seus filhos, que são a luz deste mundo. Então nós, cristãos, temos que tomar consciência disso! Alguém já me perguntou por que Satanás é chamado de „príncipe das trevas‟ e não „rei das trevas‟? Realmente, Satanás é chamado de „príncipe da potestade do ar‟ (Ef 2.2), também é chamado de „governador deste mundo‟ e „deus deste século‟. Esses termos são sinônimos de rei. Porém, a Bíblia reserva tal expressão para Deus como o Rei Soberano do Universo, de modo que Deus domina até sobre o reino das trevas, pois, Satanás está debaixo do Seu domínio. Isso, porém não significa que Deus originou as trevas. As trevas espirituais são a maldade, a perversidade, a crueldade e tiveram sua origem na rebelião de Satanás. A Bíblia diz que ele peca desde o principio, e nunca se firmou na verdade, ele é o pai da mentira e homicida. Toda a rebelião iniciou-se no diabo. Está escrito: „Oh! como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva‟ (Is 14.12). Anteriormente, ele brilhava entre os anjos de Deus, mas caiu desta posição porque quis seguir o seu próprio coração, montar o seu próprio reino e governo. E como esse reino é uma oposição ao governo de Deus, e o governo de Deus é um reino de luz, então, o reino de Satanás é um reino das trevas. Porém, Satanás é tão astuto, que Paulo diz que ele pode até se transformar em anjo de luz (2ª Co 11.14). Então, veja que ele na sua missão de fazer oposição a luz utiliza-se de vários meios. E, um desses meios é se transfigurar em algo bom; em borrifar a verdade com mentira; é usar a palavra de Deus, que é luz, de um modo errado, dando à ela uma interpretação errada; é usar igrejas, que aparentemente são cristãs, mas em sua base tem doutrinas perniciosas e mentirosas. É desse modo que ele se transforma em anjo de luz para tentar nos gambelar após si. Não pensem, irmãos, que por ser o reino de Satanás um reino de trevas é um reino desorganizado. Não! É um reino muito bem estruturado e organizado para fazer uma frente de combate aos filhos de Deus. Por isso


que a Escritura nos ordena a se revestir das armas da luz (Rm 13.12). É apenas com essas armas que podemos fazer resistência ao diabo e todo o seu governo mentiroso. As Escrituras nos chamam de „filhos da luz‟ (Ef 5.8). E o modo como essa luz deve brilhar em nós é através das nossas ações e atitudes. As nossas ações e atitudes devem revelar a luz do Senhor. A Bíblia diz que somos participantes da natureza divina. De modo que quando somos chamados de luz significa que nós participamos, compartilharmos e temos comunhão com a natureza divina. Isso não significa que transformamo-nos em deuses ou que nós nos deificamos. Isso significa que participamos daquelas qualidades que há em Deus que são comunicáveis a nós como a bondade, a justiça, a santidade e o amor, isto é, participamos da imagem moral de Cristo (2ª Pe 1.4 c/ Hb 12.10; Rm 8.29). E, assim nos tornamos „luz no Senhor‟ (Ef 5.8). Para que essa luz continue brilhando em nós devemos proteger nossos olhos. Porque a Escritura diz que os olhos são a lâmpada do corpo. Jesus Cristo disse: „A lâmpada do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo teu corpo terá luz; se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será trevas. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes são tais trevas!‟ (Mt 6.22,23). Essa luz que deve brilhar em nossos olhos é a luz do nosso entendimento. Pois o evangelho ilumina o nosso entendimento através do Espírito Santo para que possamos compreender as verdades trazidas por Jesus Cristo. Nós só conseguimos enxergar essas verdades quando o nosso entendimento é iluminado. Se o nosso entendimento não for iluminado pelo Espírito de Deus não conseguimos discernir essas verdades. A Bíblia diz que o diabo cegou o entendimento dos incrédulos para que sobre eles não resplandeça a luz do evangelho (2ª Co 4.4). Irmãos, devemos ser muito gratos a Deus por podermos estar na verdade. Porque Ele por sua grande compaixão iluminou o nosso entendimento para compreendermos a verdade. Coisa que é impossível a nós, humanos, e que o poder das trevas, que é muito maior que o poder humano, estava sobre nós. Mas assim como ele arrancou as escamas dos olhos do apóstolo Paulo, também arrancou as escamas dos nossos olhos pelo qual agora nós enxergamos a verdade e podemos andar na verdade sem tropeçar em algum erro. Outro modo também para que a luz continue nos iluminando é vestindo-se das armas da luz. Como está escrito: „A noite é passada, e o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas e vistamo-nos das armas da luz‟ (Rm 13.12,13). E, também, vigiando e se preparando para a vinda do Senhor. Nós não podemos esquecer-nos de manter as nossas lâmpadas acessas! Paulo disse: „Vós não estais nas trevas, mas na luz, para que aquele Dia não vos surpreenda como um ladrão‟ (1 Ts 5.4,5). Por que aquele dia surpreendeu as cinco néscias? Porque nas suas lâmpadas a luz já


tinha se apagando a muito tempo. Então o que é a luz nesse contexto? É a vigilância e a preparação. A Bíblia diz que bem-aventurados são os servos que quando vier o seu senhor estão com as suas lamparinas acessas prontos para servir (Lc 12.35-37). Ele não encontra seus servos dormindo, mas acordados. É como você que está esperando alguém chegar em sua casa, um filho seu ou sua esposa. Ele chega tarde da noite, mas você mantém a luz acessa para quando ele entrar em casa não tropeçasse em algum bregueço. Assim somos nós, temos que manter a nossa luz acessa esperando o retorno do Filho de Deus. Nós também mantemos a nossa luz acessa buscando o entendimento da palavra de Deus a „exposição das tuas palavras me dá luz‟(Sl 119.130). E, também amando os irmãos, como está escrito: „aquele que aborrece a seu irmão está nas trevas, mas aquele que ama a seu irmão a luz do Senhor permanece sobre ele‟ (1ª Jo 2.9-11).

Palestra Ministrada na Congregação da Assembleia de Deus Filomena II em 26 de Julho de 2009 Sobre Jesus, o Perdoador e o Redentor A paz do Senhor Jesus, Para mim é motivo de muita alegria poder está aqui com os irmãos. Conhecer mais uma pequena parcela do povo de Deus. Sinto-me muito grato em poder ministrar na igreja de um amigo e irmão em Cristo, Pb. Freitas. E, poder juntos com os irmãos estudar esse assunto tão precioso, tão profundo e tão maravilhoso. É sobre a pessoa de Jesus Cristo. E, dentre tantas funções que ele desempenha, iremos ver duas: Jesus, o Perdoador e o Redentor. Iremos dividir a nossa palestra em quatro tópicos: A realidade do pecado; o perdão ao nosso alcance; a participação da justiça divina e livres do pecado. Nessa manhã pretendo introduzir algumas perguntas para incentivar o nosso raciocínio, e também para que eu possa sondar como vocês estão assimilando esse estudo. A primeira pergunta é bem simples: Que livro do Novo Testamento estamos estudando? Primeira Epístola de João. Quem escreveu essa Epístola? O apóstolo João, irmão de Tiago. E, a quem João escreveu a sua Primeira Epístola? A Igreja de Éfeso. João escreveu com o objetivo de instruir os irmãos sobre vários assuntos, mas também para combater uma seita, refutar suas doutrinas e defender a igreja contra suas heresias. Que seita é essa? Essa seita começou a surgir no final do século um, e no século dois tornou-se uma grande inimiga do cristianismo, e até hoje ela sobrevive em outras formas. Essa seita é o gnosticismo. Portanto, é importante que conhecermos as doutrinas dos gnósticos para compreendermos os argumentos utilizados por João. Porém, o tempo


não nos permite discorrer sobre todos os assuntos. Todavia, quero ressaltar que eles negavam a divindade de Cristo e a humanidade de Jesus. Eles não acreditavam que o Cristo fosse humano e nem que Jesus fosse divino, e ensinam várias aberrações absurdas acerca do Filho de Deus. E, também, o ensinamento gnóstico da moralidade cristã. Eles negavam que o crente precisava ter uma vida santa e moral. Pois eles ensinavam que o corpo era mau e perverso. E, tudo quanto alguém praticasse no corpo não contaminava o espírito. Tanto faz pecar como não pecar, não irá fazer diferença alguma. Eles diziam até que o espírito do homem é comparado como o ouro. Você pode lançar o ouro na lama, que ele não se contamina. Assim também, é o espírito do homem. Pode lança-lo no pecado, ele não é contaminado pelo pecado. Por isso que João utiliza-se de vários argumentos para defender a divindade do Filho de Deus e a prática moral do cristão. A Responsabilidade Humana. O que é livre-arbítrio? É a faculdade humana dada por Deus em que o homem tem a capacidade de fazer, por sua livre vontade, as suas escolhas. O homem foi criado com uma natureza que não era coagida e nem forçada a fazer a vontade de Deus. Ele foi criado com uma natureza em que tinha a capacidade de decidir se iria fazer a vontade de Deus ou não. Foi criado com a capacidade de tomar decisões na sua vida. Onde ele iria morar... o que ele iria fazer da sua vida... que local iria estudar... Então foi criado com essa capacidade. Deus deu essa capacidade a todas as suas criaturas racionais. Tantos os anjos como os homens foram criados com essa faculdade. E essa faculdade de tomar decisão chamamos de livre-arbítrio. Quer dizer, os homens julgam suas próprias decisões e escolhe que caminha irá seguir para a sua vida. Quando Adão foi criado, foi criado um ser livre para tomar decisões. Adão não criado como um robô, uma máquina. Foi criado com a capacidade de raciocinar. Quando Deus disse a Adão: „De toda árvore do jardim comerás livremente‟, estava enfatizando esse livre-arbítrio. Ele poderia escolhe qualquer árvore que quisesse comer. Deus não precisa dizer: „hoje você vai comer maçã‟. Não! Ele tinha a capacidade dado por Deus de decidir qual era o seu alimento e da sua esposa. O que ele iria fazer naquele dia; que tipo de planta iria plantar naquele dia. Ele não precisa está constantemente policiado por Deus. Porém, com essa capacidade que Adão tinha de tomar suas decisões, Deus também lhe deu a responsabilidade de arcar com os prejuízos ou benefícios das suas decisões. De modo que Deus disse: „mas da árvore que está no meio do jardim não comerás, porque no dia em que dela comeres certamente morrerás‟ (Gn 2.16,17). Então, a Adão tinha a capacidade de escolhe se iria comer ou não daquele fruto. Deus não travou a mente dele de um modo que quando ele chegasse naquela árvore voltasse atrás. Ele tinha a liberdade de se aproximar da árvore e decidir se deveria ou não comer aquele fruto. Deus


deu o livre-arbítrio ao homem com a grande responsabilidade de arcar com suas decisões. Mas, o que foi que aconteceu com o livre-arbítrio do homem? Adão decidiu comer do fruto que lhe foi proibido por Deus, pelo seu ato livre, pela sua própria vontade, não sendo coagido e nem forçado por ninguém. A serpente não lhe forçou, muito menos a Eva, mas por livre vontade ele comeu, sabendo que lhe era proibido comer do fruto, mas mesmo assim ele comeu do fruto. A Bíblia diz que a mulher foi enganada, mas o homem não foi enganado (1ª Tm 2.14). Ele estava consciente do que estava fazendo. Então, o que foi que aconteceu quando Adão comeu desse fruto? Vamos ler alguns textos bíblicos da palavra de Deus que nos mostram que quando Adão comeu do fruto proibido o seu livre-arbítrio se tornou escravo do pecado. A liberdade que Adão gozava, a disposição de praticar o bem e o poder de evitar o mal foram escravizados pelo pecado. Leiamos João 8.34: „...todo aquele que comete pecado é escravo do pecado‟. Em Romanos 6.16: „Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis‟. Se Adão não tivesse comido por fruto tinha continuado sendo servo de Deus, mas quando ele decidiu comer do fruto e desobedecer a Deus tornou-se escravo da sua desobediência. Ele se tornou escravo do seu próprio pecado. De modo que aquela capacidade que ele tinha, de tomar decisões por seu próprio raciocínio, foi aprisionada pelo pecado. Iremos ver isso com mais clareza em Romanos 7.14-20, o apóstolo Paulo começa a descrever esse aprisionamento em que a nossa faculdade de decisão está submetida. Iremos entender como o homem, por causa de Adão, tornou-se escravo em suas decisões. Paulo disse o seguinte: „...eu sou carnal, vendido à escravidão do pecado. Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço... De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim... Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim‟. Então, o „eu‟ humano ficou aprisionado pelo poder do pecado. De modo que, ainda que os homens não queiram pecar, eles pecam. O homem já nasce com essa inclinação, com essa tendência, com esse desejo, para pecar. Ainda que você diga para seu filho: „Meu filho não faça isso!‟. Ele acaba fazendo. Ainda que você diga: „Hoje eu não vou fazer isso!‟. Você acaba praticando. Porque a vontade do homem está aprisionada ao desejo que habita no seu coração, que é indomável, que ele não tem a capacidade de dominar. Então, o homem é escravo do pecado. Foi essa a herança que Adão transferiu aos homens. De modo que hoje o homem toma decisões em sua vida, mas a decisão de não pecar e de obedecer a Deus tornou-se inoperante, pois ele está aprisionado pelo poder do pecado. De modo que o homem que foi criado livre e com uma disposição para fazer o bem, tornou-se escravo do pecado e com uma inclinação para fazer o mal.


Agora a pergunta, irmãos, é a seguinte: Como nós herdarmos essa natureza pecaminosa e subjugada ao pecado que não temos nada haver com o pecado de Adão? Adão estava lá e decidiu por conta própria pecar contra Deus. O quê é que nós temos haver com isso que hoje estamos debaixo dessa condenação e desse poder cruel do pecado que não conseguimos nos libertar dele. Adão foi criado como o cabeça da raça humana. Ele foi posto por Deus como representante natural da raça humana. De modo que assim como um pai toma decisões por sua família, e a decisão que ele toma vai trazer ou benefício ou prejuízo para sua família, assim também foi a decisão que Adão tomou. Adão sendo o representante federal da raça humana, a Escritura o chama de „o primeiro homem‟. E, diz que desse homem descenderam todos os demais homens. Está escrito em Romanos 5.19: „...pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores‟. Isso é chamado de teoria da imputação. Deus imputou, atribuiu, colocou na conta, de todos os seres humanos o pecado de Adão. De modo que nós não somos pecadores porque pecamos, mas pecamos por somos pecadores. Uma criança para ser tornar uma pecadora não precisar atingir a faixa da consciência para conhecer o pecado e torna-la uma pecadora, ela já nasce pecadora. A criança já nasce debaixo de condenação, do juízo; já nasce destinada à morte. Assim nascemos apenas com uma certeza que vamos morrer. Essa é a nossa herança adâmica. Mas, irmãos, será que foi justo da parte de Deus imputar sobre nós o pecado de Adão no qual não tomamos nenhuma participação? Não tivermos nenhum direito de dizer a Adão: „Adão, por amor de Deus, não coma desse fruto, porque se você comer todos nós vamos nos ferrar‟. Será que Deus não foi injusto em atribuir-nos uma natureza pecaminosa, sendo que não tomamos nenhuma decisão junto com Adão? De modo nenhum. Pois pelo fato de Deus imputar o pecado de Adão a toda raça humana, lhe dará o direito de poder atribuir, também, a justiça de Jesus Cristo a todos os homens. Porque se ele não atribuísse aos homens o pecado de Adão, também, ele não poderia atribuir aos homens a justiça de Jesus Cristo. Se Deus não nos condenar em Adão, também, não poderá nos salvar em Cristo. Se não morrermos em Adão, não podemos viver em Cristo. Esses dois homens estabeleceram o destino da humanidade. Foi a decisão desses dois homens que estabeleceu o nosso destino. De modo que não somos condenados por nossas obras, nem somos salvos por nossas obras. Somos condenados pelas obras de Adão, pela decisão que ele tomou diante de Deus. E, somos salvos pelas obras de Jesus Cristo, pela decisão que ele tomou diante de Deus. Isso também é chamado da teoria da imputação. Assim como Deus nos imputou o pecado de Adão, ele também, agora, nos imputa, atribui, coloca em nossa conta, a justiça de Jesus Cristo.


Vamos fazer mais uma pergunta. Diante desse estado em que o homem se encontra – escravo do pecado – é possível o crente tomar a decisão de manter-se fiel até o fim? Sim! Primeiro, por causa do novo nascimento. O que é o novo nascimento? É a participação do homem na natureza divina. De modo que ele recebe de Deus uma nova vida que lhe dá a capacidade de seguir fiel até o fim no seu caminho. Quando afirmo que o crente participa da natureza divina, não estou dizendo aquilo que Satanás disse para Adão: „comerás do fruto e tornarás deus‟. Nem o que se prega pelos profetas da confissão positiva que ensina que o crente é um pequeno deus, muito menos o que ensinava os gnósticos que a salvação é ser absolvido no ser de Deus, voltar ao estado original e se tornar deus. Quando falo que o renascido participa da natureza divina, tenho como base aquelas qualidades que há em Deus e que foram comunicáveis aos homens. Há em Deus dois tipos de atributos: atributos incomunicáveis e atributos comunicáveis. Também chamados de atributos amorais e atributos morais. Quais são esses atributos que Deus não comunica aos homens, que faz dele Deus e de Seu Filho Deus? São a eternidade, onipresença, onisciência, onipotência e a soberania. São qualidades que há em Deus e ninguém participa, por isso são chamados de atributos incomunicáveis. Mas há atributos em Deus que ele nos comunicou. Então como nós participamos desses atributos somos participantes da natureza divina. Quais são esses atributos? Justiça, amor, retidão e bondade. São atributos que o homem perdeu na Queda. Por mais que ele procure ser uma pessoa reta e honesta, sempre vai errar e fraquejar. São atributos que o homem não traz mais na sua natureza, de modo que ele precisa receber da divindade. E, ele começa receber esses atributos quando nasce de novo. No novo nascimento, ele recebe essas qualidades como fruto do Espírito para desenvolver. Algo que foi implantado nele pelo Espírito Santo. Por essa capacidade, o crente pode-se manter fiel a Deus. João disse que aquele que é nascido de Deus não continua na pratica do pecado, porque a semente divina está nele, e não pode mais viver na velha vida do pecado (1ª Jo 3.9). Então, através do novo nascimento recebemos um poder sobre nós que faz com que subjuguemos essa natureza perversa que subsiste em nós ainda. Em João 1.12,13 diz que a todos quantos creram em Jesus recebeu o poder de serem feitos filhos de Deus. E, essas pessoas não nasceram segundo a vontade do homem, mas segundo a vontade de Deus. Então, a vontade de Deus é estabelecida nessa pessoa. Assim na regeneração, o crente volta ao seu estado primitivo, e é restaurado nele aquele livre-arbítrio que Adão tinha. Enquanto que o velho homem não consegue prosseguir porque está debaixo do poder do pecado, o novo homem tem o poder e a capacidade dada por Deus de decidir permanecer fiel a Deus até o fim. A segunda razão é por causa da exortação da Palavra de Deus. A palavra de Deus que é dirigida aos crentes não lhes dá conselhos, ordens e


mandamentos que não conseguem obedecer. João diz que os mandamentos de Deus não são pesados ou difíceis (1ª Jo 5.3). O homem quando está dominado pelo pecado não consegue guardar a lei, mas quando ele é liberto do pecado consegue guardar a palavra de Deus. De modo que a Escritura nos diz: „Sede fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida‟ (Ap 2.10). Isso é um mandamento: „sede‟. Se Deus está nos dando esse mandamento significa que nós temos a capacidade de sermos fiéis. A terceira razão porque o crente pode tomar a decisão de manter-se fiel até o fim é por causa do poder de Deus. Leiamos Judas 24: „Deus é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória‟. O crente além de ter o novo nascimento e a palavra de Deus que lhe orienta, ele ainda tem ao seu auxílio, o poder de Deus, que é a capacidade e o domínio que Deus tem de manter todas as coisas de pé! Paulo diz que para o seu Senhor ele estará em pé ou ele cai porque Deus é poderoso para fazêlo ficar de pé (Rm 14.4). Está escrito em Filipenses 2.13: „Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade‟. Então, o crente tem esse poder dado por Deus de querer fazer o bem e pratica-lo. Não existe esse negócio de dizer: „esse é o meu jeito‟; „é a minha índole‟; „é o meu gênio‟. Porque o cristão tem o poder dado por Deus de subjugar a sua velha natureza. Paulo disse: „esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão para que, tendo pregado aos outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado‟ (1ª Co 9.27). Isso significa que se nós não tivéssemos a capacidade dada por Deus de manter-nos fiéis até o fim, ninguém teria a capacidade e a dignidade de pregar o evangelho e a moralidade cristã para esse mundo. Pois, como a gente iria pregar uma coisa que não tinha a capacidade de praticar? Mas Deus nos dar a capacidade de pregar sobre o amor, e de viver esse amor. O crente não é largado ao léu para viver na sua própria vontade humana, mas ele está amparado pelas mãos poderosas de Deus. Qual é o ideal do cristão? Evitar a transgressão deve ser o propósito de todo crente. Esse é o ideal do cristão. A Escritura diz que devemos avançar até chegar à perfeição. A caminha cristã, conforme diz Provérbios, é como a luz da aurora que vai brilhando cada vez mais até ser dia perfeito (Pv 4.18). Ou como diz Davi: „... de força em força‟ (Sl 84.7). Ou como diz Paulo: „... de fé em fé‟ (Rm 1.17) ou então, „de glória em glória‟ (2ª Co 3.18). Esse é o nosso ideal: atingir a maturidade e a perfeição. O texto de 1ª João 2.1: „...estas coisas vos escrevo para que não pequeis‟ era de suma importância para João, principalmente, porque ele estava combatendo os falsos profetas do gnosticismo que ensinavam que não precisava vencer o pecado. E, havia também, outros discípulos, que viviam na época dos apóstolos, e ensinavam uma contradição dos ensinamentos dos apóstolos. Os apóstolos de Deus ensinavam a graça –


„onde abundou o pecado superabundou a graça de Deus‟ (Rm 5.20). Você poder ser o pior dos pecadores, o amor de Deus lhe alcança. Deus veio buscar os perdidos. Deus ama os pecadores. Então, por causa desse evangelho, esses falsos discípulos interpretavam as palavras dos apóstolos, dizendo: „Quanto mais você peca, mais Deus lhe ama. Porque se a graça de Deus abunda no pecado, então, iremos pecar mais ainda para termos mais da graça de Deus‟. Paulo dá uma resposta a essa questão em Romanos 6.1,2: „Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele‟. Então, de que o crente é salvo? Ora, ele é salvo de seus pecados. Se ele é salvo de seus pecados, como agora ele irá se submeter à escravidão do pecado. Todavia, temos a consciência de que não iremos atingir esse ideal cem por cento em nossa vida. Entretanto, o crente deve prosseguir em atingir esse ideal e combater o pecado. Irei citar alguns motivos. Primeiro, a fidelidade ao Senhor. Em suas epístolas Paulo fala sempre em manter a boa consciência, não apenas diante dos homens, mas também, diante de Deus. Quando renascemos de novo foi clareado em nós a nossa consciência. Anteriormente, essa consciência estava morta, escravizada pelo pecado. Porém, Deus acendeu uma lâmpada em nossa consciência, um sinal de alerta. De modo, que quando iremos praticar um erro, as nossas consciências nos acusam. Por isso que a Escritura nos adverte do perigo de cauterizar a consciência. De tornar a consciência petrificada de um modo que ela não venha nos alertar. Torna-la tão rígida como um ferro que perde a sensibilidade. As Escrituras nos exortam a manter a boa consciência; a manter a consciência limpa. E, como a pessoa faz isso? Não alimentando o erro em seu coração. O cristão não pode se expor a prática constante do pecado. Quer dizer, ele não pode emprestar o seu ouvido e sua visão a contemplar e apreciar os pecados dos homens. Porque senão o seu coração acaba se acomodando com essas coisas e achando que são normais. Alguns de nós jamais iremos trair as nossas esposas. Temos até repugnância! Porém, alguns cristãos se expõem assistir novelas em que os casais estão constantemente se traindo. Essas práticas podem se estalar no coração e criar uma crosta tão terrível, que se tornam normais. E, essa pessoa corre o perigo de trair o seu cônjuge ou então aprovar como normal a pessoa que traí. O objetivo da mídia é fazer com que algumas práticas erradas sejam normais. É fazer com que o homossexualismo seja uma prática normal. Quando a gente diz: „Isso não tem nada haver‟. Já é a consciência que perdeu a sensibilidade. Porém, para atingimos o nosso ideal temos que manter a nossa consciência pura através da nossa fidelidade a Deus.


Segundo, a obediência às Escrituras Sagradas. Nós nos tornamos escravos daquilo que obedecemos. Paulo falou sobre isso. Ou somos escravos do pecado que nos leva a morte ou somos escravos da justiça que nos leva a vida (Rm 6.16-23). De modo que nós somos ou escravos de Adão ou escravos de Jesus Cristo. Pois o homem não tem condições de estabelecer a sua própria salvação. Ele não consegue se libertar de Adão sem Cristo. E ele não pode seguir a Cristo sendo servo de Adão. O homem ou está em Adão ou está em Cristo. Então, para ele ser de Cristo tem que obedecer as Escrituras. Para ser servo de Cristo tem que se tornar servo das Escrituras. Como diz os apologistas: „A Igreja é serva das Escrituras, e não as Escrituras é serva da Igreja‟. Leiamos Romanos 6.17: „Mas graças a Deus que, tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que foste entregues; e, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça‟. Essa decisão de se submeter à doutrina cristã que nos dará a capacidade de atingir o nosso ideal de não pecar. Está escrito: „Escondi a tua palavra no meu coração, para não pecar contra ti‟ (Sl 119.11). Quando a palavra de Deus penetra em nossos corações começa a fazer parte do nosso ser, e, assim quando queremos errar vem um texto bíblico à nossa mente; nos lembramos de uma doutrina, de uma mensagem, de uma palavra, de um versículo. É essa palavra de Deus que nos conduz. A Escritura é nosso manual de fé e regra. Por isso que não podemos negligenciar a leitura das Escrituras. Um cristão não pode deixar de ler as Escrituras. Porque quando ele ler as Escrituras estar treinando a sua mente. Ele está se munindo de subsídios, de armas e de ferramentas que lhe protegerão no terreno da tentação. Foi no deserto que Jesus Cristo utilizou a palavra de Deus para vencer o diabo. A palavra de Deus é a única arma que temos de ataque! Todas as outras armas são de defesa. Mas a palavra de Deus é a nossa espada de atacar. É com ela que vencermos o desejo ao pecado através da obediência às Escrituras (1ª Pe 1.22). O terceiro motivo que nos leva a atingir o nosso ideal é: a determinação de não pecar. O cristão pode dizer pra si mesmo: „eu não vou pecar contra Deus‟. O homem carnal não tem essa capacidade. Mas o crente renascido tem essa determinação. Se eu sou uma pessoa chata, posso decidir a não ser uma pessoa chata. Tem pessoa que tem uma natureza insuportável. Insuportável para a esposa, para os filhos, para os amigos. Porém, ela tem a capacidade de suplantar essa pessoa insuportável. Os cristãos vivem em um estado de: „Posso não pecar‟. Era o estado que Adão vivia. Se Adão não tivesse comido do fruto esse estado „posso não pecar‟ iria se transformar em outro estado que seria: „Não posso pecar‟. Veja que são dois estados: „posso não pecar‟ e „não posso pecar‟. Então, nós cristãos vivemos nesse estado: „posso não pecar‟, quer dizer, podemos tomar a decisão de não pecar. Porém, quando Jesus Cristo voltar, o cristão irá atingir o estado: „não posso mais pecar‟.


De modo que João escreveu: „filhinhos não pequeis, mas se alguém pecar...‟ isso significa que estamos sujeitos a pecar, todavia temos a capacidade de não pecar. Mas, quando entrarmos na glória celestial não poderemos mais pecar. Não seremos mais tentando. Não sentiremos mais desejos pelo pecado. Porque estaremos no estado de „não posso pecar‟. A salvação é desenvolvida em três estágios: a justificação, que é ser salvos da condenação do pecado; a santificação, em que somos salvos do poder do pecado; e por último, a glorificação, em que seremos salvos da presença do pecado. Ali não haverá coisa alguma que contamine (Ap 21.27). O quarto motivo é: o Espírito Santo que habita em nós. O Espírito Santo produz em nós as virtudes do Seu fruto, que é o caráter de Cristo em nós. E uma dessas virtudes é o domínio próprio. E Se Pecarmos? Antes, porém, temos que saber por que o crente peca? O crente tem duas naturezas: a nova natureza em Cristo e a velha natureza em Adão. O que é a velha natureza? É a nossa herança adâmica. As Escrituras a chama de velho homem em Romanos 6.6: „Sabendo isto, que o nosso velho homem foi com ele crucificado‟, em Efésios 4.22: „quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem‟ e em Colossenses 3.9: „...vocês já se despiram do velho homem com suas práticas‟. No novo nascimento a velha natureza não é eliminada, nem removida e nem extirpada. Por isso que o crente ainda peca. Esse velho homem está em constante conflito com o Espírito Santo que habita em nosso novo homem. Assim lemos em Gálatas 5.17: „Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário a carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam‟. A natureza pecaminosa não é o corpo! Alguns cristãos pensam que quando a Bíblia fala em mortificar a „carne‟ refere-se ao corpo. Alguns cristãos dizem: „eu tenho que jejuar três ou quatro dias para matar essa carne‟, enquanto beliscam o corpo. Mas, o corpo é apenas um instrumento. Paulo disse que assim como vocês usaram o corpo como instrumento para as impurezas, assim devem usar, agora, como instrumento para santificação (Rm 6.13,19). Todavia, em alguns textos bíblicos, de modo figurado, a velha natureza é chamada de corpo. Por exemplo, Paulo quando disse „esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão‟. Não significava que Paulo praticasse algum tipo de punição ritualística e ascética sobre o seu corpo. Esse corpo que ele está se referindo é a natureza pecaminosa. Essa natureza que lhe escravizava, agora é ele que a escraviza. Do mesmo modo, quando Jesus Cristo disse: „se a tua mão direita te escandalizar, corta-a e lança fora‟ (Mt 18.8,9), não estava falando do corpo físico, mas da natureza pecaminosa. Portanto, o conflito de Gálatas 5.17 está dentro de nós. O Espírito querendo nos levar às práticas cristãs corretas e a carne tentando nos levar


às práticas antigas, aqueles velhos hábitos. Por exemplo, a pessoa que tinha o hábito de mentir; qualquer coisinha mentia. Quando essa pessoa vem para Cristo, o evangelho lhe diz: „você deve agora falar a verdade‟. Mas, como essa pessoa tinha o hábito de mentir, vai sentir tentada a mentir, quando se encontrar nas mesmas situações em que costumava mentir. Agora, você tem quem que matar esse hábito através do Espírito Santo. Como o Espírito faz isso? Ele conduz a pessoa às mesmas circunstâncias em que ela mentia. E, agora ela terá que enfrentar e falar a verdade. Todavia, o fato de o cristão mentir, não significa que ele não nasceu de novo, mas que está voltando às práticas do seu velho homem. Porém, ele tem a capacidade de não praticar a mentira. A batalha do cristão não é apenas contra o diabo, mas também contra a carne. Temos um combate tanto externo como interno. Eu, penso, que o combate interno é o pior. Porque ele está com o cristão a todo o momento. O diabo não conhece os nossos pensamentos, mas o velho homem conhece. Ele sabe muito bem aquilo que poveia a nossa mente. Veremos algumas práticas que nos ajudam a vencer a batalha contra a velha natureza. Temos a vigilância e o hábito de orar. Leiamos Mateus 26.41:„Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca‟. Esse espírito é exatamente a nova natureza. A nova personalidade que o cristão tem que desenvolver. Muito embora, essa natureza esteja pronta, porque ela nasceu de Deus. Assim, é que a pessoa que se converte no leito da morte, está salva. Entretanto, a carne permanece sujeita às paixões mundanas. Por isso que o cristão tem que está alerta, vigilante. Porém, quero deixar bem claro, que o cristão não se abdica da sua velha natureza quando morre, mas quando ressuscita. Porque é na ressurreição que o corpo é redimido e a natureza adâmica é destruída (1ª Co 15.42-49). Não é a morte que nos livra da natureza pecaminosa, pelo contrário, a morte é a consequência da natureza pecaminosa. Mesmo estando morto, e seu espírito no paraíso, o corpo ainda precisa se livrar da consequência do pecado. A consumação da salvação não acontece na morte, mas na ressurreição. Ainda que o crente entre na glória no momento da sua morte, é apenas um antegozo, uma salvação incompleta. Paulo disse que não queria ser „despido, mas absorvido pela vida‟ (2ª Co 5.4). Paulo considerava essa desencarnação do corpo na morte como se ele estivesse despido, mas ele desejava na verdade era ser revestido da habitação celestial. Portanto, o clímax da nossa pregação é a ressurreição. Porém, até a ressurreição o cristão tem que está alerta e em constante oração contra o pecado que lhe rodeia e permeia em todo lugar. A oração é importante para fortalecer o homem interior. A alimentação adequada também nos fortalece contra a carne. Assim como o corpo precisa de alimentos saudáveis para se manter, assim também a nossa natureza espiritual precisa de alimentos saudáveis. Por outro lado, para matar a velha natureza temos que retirar dela os alimentos prejudiciais


que lhe fortalece. Conforme disse Paulo em Romanos 13.14: „revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências‟. E, Gálatas 5.24: „os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências‟. E, por último ser cheio do Espírito Santo, ou seja, ser dominado pelo Espírito. Leiamos Gálatas 5.16: „Andai em Espírito, e não cumpríeis a concupiscência da carne‟ e Romanos 8.13: „... pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.‟ O perdão ao nosso alcance. Neste ponto ficaremos com as palavras do Dr. Eliezer de Lira e Silva: „Ninguém que diz seguidor de Cristo e da sua Palavra vive contando com perdão antecipadamente e mantendo uma conduta de vida pecaminosa. Entretanto, todo crente que, pecando, arrepender-se de seus pecados de coração, tem um Advogado junto a Deus que é fiel, justo e o conhece completamente, Jesus Cristo, Filho de Deus. O crente que por fraqueza, falta de vigilância e desobediência, cometeu algum pecado, não pode e nem deve duvidar do amor de Deus e do poder restaurador do Evangelho por meio de Jesus Cristo. Por que Jesus pode perdoar? A santidade de Deus requer a punição para o pecado. Mas Cristo, amorosa e voluntariamente, sofreu em nosso lugar, tomando sobre si a pena do pecado. Assim, toda exigência da lei divina quanto ao culpado, foi satisfeita plenamente na cruz quando Ele efetuou a nossa redenção pelo seu sangue. Por esse ato de amor, obtivemos o perdão dos pecados; assim, fomos salvos da perdição eterna‟ (4ª lição, do 3° Trim/2009). A satisfação da justiça divina. Além de nosso Advogado Jesus é também a nossa „propiciação pelos nossos pecados‟. O que é propiciação? Vem do verbo “propiciar” que significa “satisfazer a lei divina violada pelo transgressor”. Era um sacrifício vicário e expiador com derramamento de sangue para aplacar a ira da divindade. No antigo Israel esse sacrifício era realizado no Dia da Expiação. Quando o Sumo sacerdote entrava no Santo dos santos e aspergia o sangue sobre a tampa da arca da aliança, e essa tampa se chamava propiciatório (Hb 9.2-7). Por que Cristo se tornou propiciação? Primeiro, porque Cristo pagou a pena do pecado ao morrer por nós. Leiamos 2ª Coríntios 5.21: „Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós‟; e Romanos 8.3: „Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne‟. Segundo, porque toda exigência da lei divina quanto ao culpado, foi satisfeita plenamente na cruz quando Cristo efetuou a nossa redenção pelo seu sangue. Assim lemos em Romanos 1.16: „Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens‟ e Romanos 3.24-26: „Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue para demonstrar a sua justiça... neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus‟.


Terceiro, porque Jesus Cristo era o único homem que podia fazer isso. De acordo com Romanos 5.14: „...Adão...era a figura daquele que havia de vir‟ e 1ª Coríntios 15.45, chama Jesus de „último Adão‟ e o versículo 47 diz: „O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu‟. Como Cristo se tornou propiciação? Cristo é o Cordeiro escolhido por Deus desde a fundação do mundo para morrer em nosso lugar (Ap 13.8). Porém a sua morte foi injusta. Lemos em 1ª Pedro 3.18: „... Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus‟. Assim a lei de Deus condenou um homem justo, então a lei de Deus tinha que fazer a compensação ou indenização. Veja o que está escrito em João 19.7: „Os judeus insistiram: Temos uma lei e, de acordo com essa lei, ele deve morrer, porque se declarou Filho de Deus‟. Jesus foi julgado pelo Sinédrio e condenado a morte como blasfemador pelo Sumo sacerdote, representante de Deus na terra, por todos os membros do Sinédrio, que eram representantes da lei de Deus (Mc 14.61-64). Se como justo, Jesus foi condenado a morte injustamente, a sua morte torna-se vicária. Atos 3.14 confirma isso: „...vós negastes o Santo e o Justo, e pediste que se vos desse um homem homicida‟. E, também a sua morte serviu de expiação. Porque uma vez que Jesus não tinha pecado, ele morreu como vítima do pecado. Então o seu sangue vertido tem valor de resgate. Leiamos em 1ª Pedro 1.18,19: „Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata e ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver... mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado‟.

Palestra Ministrada na Congregação da Assembleia de Deus- Ancuri em 09 de Agosto de 2009 Sobre a Chegada do Anticristo

Quem é o Anticristo? Geralmente nossos teólogos afirma que o Anticristo é a „personificação do diabo‟. Porém, não podemos entender como se fosse uma encarnação. Porque na verdade o Anticristo é um homem. Não é um espírito que vai se encarnar em alguém. Não! Ele é um ser humano normal. Quando nossos teólogos dizem que o Anticristo é a personificação do diabo, eles querem dizer, que ele trará em seu caráter toda a perversidade, crueldade, artimanha de Satanás com seus projetos satânicos que o diabo pretende implantar nos últimos dias que antecede a vinda de Jesus Cristo. O Anticristo é personificação do diabo porque ele é o personagem principal que o diabo usará para dá o seu último golpe final sobre o mundo e sobre Israel. Portanto, ele é o representante principal do diabo. Aquele


governante que Satanás está mantendo em segredo para usá-lo na última hora, no momento certo. Porém, pelas Escrituras Sagradas podemos saber e conhecer: como o Anticristo será, como ele agirá, como será suas ações malignas. A Bíblia nos dá toda a revelação. De modo que não corremos o risco de sermos enganados. A não ser se negligenciarmos as advertências que as Escrituras nos fazem. O Anticristo é um líder mundial de habilidades e capacidades desconhecidas. Quer dizer, para que ele possa atrair as nações e ter o controle sobre o mundo deverá ser um líder altamente gabaritado. Seu carisma, sua oratória, seus projetos e suas soluções para os conflitos mundiais o destacarão como esperança deste mundo globalizado. Em 2ª Tessalonicenses 2.8, Paulo chama o Anticristo de „iníquo‟. Iníquo é aquele que não tem respeito pela Lei, que é contra a Lei. Não a Lei do mundo, mas a Lei de Deus. O Anticristo é aquele que vai impor conceitos que encontrarão em choque com a Palavra de Deus. Trará novidades que vão infligir a Palavra de Deus. E, para que ele possa ter esse espaço, o mundo já está sendo preparado para que essas leis, esses novos conceitos, sejam implantados. Mudanças estão surgindo, seja na família, nas nações, na economia, na política, na religião, nas instituições e outros setores, chamadas de Nova Ordem Mundial. O Apocalipse descreve o Anticristo como a besta (Ap 13.2-10,18; 19.20), e em Daniel, ele aparece como o chifre pequeno (Dn 7.8). Porém, João é o único escritor bíblico que o chama de Anticristo. O apóstolo João revela todo poder de Satanás em uma besta. Essa besta tem sete cabeças e dez chifres. Nessa besta, João, contempla todo o governo que existiu no mundo e existirá até o último que haverá por ocasião da vinda de Jesus Cristo. Veja aí, a sabedoria da palavra de Deus em juntar em uma só besta todos esses governos para que entendermos que o nosso inimigo é um só, e seu objetivo é um só. Em Daniel temos uma estátua, vista em sonho por Nabucodonosor, que é composta de várias partes feitas de ouro, prata, bronze, ferro e barro, que também representam os governos mundiais. Ao serem mostrados em uma só estátua significa também que o inimigo é um só. Em Apocalipse 12, João vê um grande dragão vermelho que o identifica como Satanás. Então, por trás da besta e da estátua está o governante deste mundo, o príncipe das trevas. Como Satanás governa este mundo? Através da besta animalesca e da estátua. Alguns cristãos têm a impressão que a obra de Satanás diz respeito apenas a macumba, a bruxaria e a feitiçaria. E, que a obra da igreja em relação ao diabo se compõe em exorcismo. Todavia, o diabo está agindo e operando, principalmente, através desses poderes políticos, econômicos e religiosos. Então, quando identificamos quem são esses governos mundiais


temos uma ideia de onde o Anticristo surgirá, como ele agirá e aonde ele se estabelecerá. João diz que a besta tinha sete cabeças, e o anjo lhe explicou que cada cabeça representa um reino. E, para que João pudesse identificar quem são esses reinos, o anjo lhe disse: „Desses reinos, cinco já caíram, um existe e o outro ainda não veio, mas quando vier durará pouco tempo‟. Quem são os reinos mundiais que caíram antes de João? Iremos entender quem são esses reinos quando lermos a revelação de Daniel. Pois, Daniel fala desses reinos que caíram. Não apenas Nabucodonosor teve um sonho acerca desses reinos, como também, o próprio Daniel teve visões acerca desses reinos em figuras de animais no capítulo 7 do seu livro. Por exemplo, o primeiro animal é um leão com asas de águia, o segundo animal é um urso, o terceiro um leopardo com quatro asas e quatro cabeças e o quarto animal, Daniel não conseguiu identifica-lo com nenhum animal da terra, apenas disse que era um animal terrível e espantoso com dez chifres. Então as revelações de João, Daniel e o sonho de Nabucodonosor se completam. No sonho de Nabucodonosor a estátua tem dez dedos, Daniel fala de dez chifres, João viu na besta dez chifres e o dragão, que aparece no capítulo 12 de Apocalipse, tem, também, dez chifres. Isso nos mostra a unidade de assunto e a referência ao mesmo governo. Quais são esses cinco reinos que caíram antes de João? O Egito, a Assíria, a Babilônia, Média-Pérsia e a Grécia. Esses impérios dominaram o mundo antes do surgimento do Cristianismo. E, todos eles perseguiram o povo de Deus. O Egito escravizou Israel por 400 anos, a Assíria destruiu todo o reino norte de Israel em 722 A.C, a Babilônia se pôs como grande inimiga de Judá, levou os judeus cativos para Babilônia, onde ficaram 70 anos, destruiu totalmente a cidade de Jerusalém e o templo, local de adoração dos judeus, trazendo um grande infortúnio sobre aquela nação. De modo que as profecias de Isaías, Jeremias e Habacuque descrevem a invasão da Babilônia em Israel com visões terríveis e espantosas, tonando-se em símbolo das coisas que irão acontecer no futuro. Há também a Média-Pérsia que inicialmente beneficiou o povo de Deus, quando Ciro proclamou um edito dando permissão aos judeus retornarem a sua pátria e edificarem o seu templo. Contudo, sabemos que durante o governo de um determinado monarca, chamado Assuero, o povo de Deus, aos cuidados de Hamã, quase iriam ser destruídos, quando Satanás pôs no coração de Hamã um projeto maligno e perverso para acabar com o restante do povo de Israel que ficaram naquele local. Temos também a Grécia, que é um império que não aparece nas Escrituras. A Pérsia encontramos nos livros de Neemias, Esdras e Ester. Mas a Grécia não aparece como governo, é apenas citada nas profecias. Ela governou durante o período chamado de Interbíblico. Alexandre, o Grande, imperador da Grécia, beneficiou os judeus. Inclusive foi a Grécia que


traduziu a Bíblia Hebraica para o grego chamada de Septuaginta, e isso favoreceu que a palavra de Deus se expandisse em muitas nações que falava o grego. Daniel representa a Grécia como um leopardo de quatro asas e quatro cabeças significando que esse império iria ser dividido em quatro partes. De fato isso aconteceu. Quando Alexandre morreu, seus generais dividiram o seu império. E, dois desses generais, o do Egito e o da Síria, tentaram dominar a Palestina e entraram em conflito. Esse conflito é citado detalhadamente na profecia do capítulo 11 de Daniel. Daniel fala de dois reis, um chamado de rei do Sul, o Egito, e o outro de rei do Norte, a Síria, que são os Ptolomeus e Selêucidas. E, é através do governo dos Selêucidas que surgirá uma personagem terrível que se tornará uma figura profética do Anticristo. Toda a revelação do Novo Testamento acerca do Anticristo é inspirada nesse personagem terrível. Quem é ele? Ele é conhecido como Antíoco Epifânio. Esse nome Epifânio, foi que ele mesmo se autodenominou, que significa a manifestação de deus. Esse terrível rei da Síria cria um ódio muito grande contra os judeus. Ele arquiteta em seu coração um projeto maligno de dá cabo da nação judaica. Ele invade Jerusalém, profana o templo dos judeus ao destruir o altar sagrado e erigir um altar dedicado ao deus Zeus, um deus da Grécia, e sacrifica um porco nesse altar, animal imundo segundo a lei dos judeus. E, não apenas isso, mas também, mandou caçar todas as cópias existentes das escrituras hebraicas, e ordenou queimá-las e destruí-las. E, é por isso, que hoje, há poucas cópias das Escrituras Hebraicas nas grandes bibliotecas do mundo. Nós só temos o rico tesouro das Escrituras Hebraicas porque foram escondidas em cavernas e descobertas em 1948. Antes desse achado, a única cópia que tínhamos das Escrituras Hebraicas era um manuscrito do ano 900 da era cristã. Isso dava margem para os críticos dizerem: „Como vocês sabem que a Escritura está correta se a única cópia que vocês têm, que não é original, é do século IX depois de Cristo, se a Bíblia foi escrita, conforme vocês afirmam, há milênios atrás‟. Então, essa extinção das Escrituras do Antigo Testamento foi por motivo desse ataque dos inimigos dos judeus. Essa perseguição de Antíoco Epifânio contra os judeus durou três anos e meio. Após isso, se levantou os macabeus resistiu esse Anticristo, o venceram e purificaram o santuário de Israel. Esse rei tornou-se um personagem profético citado no Apocalipse. Os comentaristas o consideram como o Anticristo do Antigo Testamento. As mesmas ações que ele teve, o Anticristo futuro também terá. Portanto, esses reinos foram os cinco reinos que existiram antes de João e que faziam parte dessa besta que João viu no capítulo 13 de Apocalipse. Por isso que a besta, que é descrita na profecia como „era, e não é, mas surgirá‟ (Ap 17.8), representa reinos que vão surgindo no decorrer da


história da humanidade. Então, o Anticristo não representa apenas um homem que surgirá em um futuro próximo ou distante. Mas, são governos que já trazem esse espírito anticristão. Ele operou no Antigo Testamento, operava na época de João, opera em nossa época e vai se manifestar de uma maneira terrível no futuro. Temos que atentar para isso! Vivemos em uma época em que o governo anticristão já domina. Qual era o governo que existia na época de João? O Império Romano. O império romano era a sexta cabeça da besta, pois, se cinco já caíram e um existe, então, é a sexta. Esse sexto governo, que na visão de Daniel aparece como um animal terrível e espantoso, era o império romano. Talvez tenha sido um dos mais terríveis inimigos do povo de Deus. Porque os romanos não só causaram a destruição do ano 70 A.D., quando os judeus foram dispersos e a sua pátria destruída, como também, mandou crucificar o Filho de Deus, perseguiu e matou muitos cristãos. Porém, a profecia revela que esse governo iria sofrer uma ferida mortal. Em Apocalipse 13.3,14 diz: „vi uma de suas cabeças com uma ferida mortal... como se fosse ferida à espada‟. O império romano iria sofrer uma ferida mortal. Mas diz a profecia também que essa ferida seria curada. Quando foi que o império romano sofreu essa ferida mortal ou esse golpe à espada que causou arruína do império romano? O império romano governou toda a Europa por muitos anos, uns 500 anos. Porém, os romanos se esqueceram de que ao redor deles havia alguns povos, chamados de povos bárbaros, que não respeitavam as leis romanas e nem se submetiam às exigências dos imperadores de Roma. Então, de uma maneira despercebida, enquanto o governo romano ia se enfraquecendo, eles se fortaleciam. E foram exatamente esses povos bárbaros, que não tinham governo, nem nação e nem estrutura, eram apenas povos nômades, que conseguiram penetrar na Europa e destruir o império romano. No ano 467 D.C., foi o ano que marcou a queda do império romano do ocidente. E, foram esses povos bárbaros que se tornaram as nações europeias: França. Inglaterra, Holanda, etc. Na profecia essas nações europeias representam os dez chifres que iriam surgir do quarto reino (Dn 7.23,24). O império romano, segundo a profecia, iria ser desintegrado, e no lugar dele, em seu território, iria surgir dez nações. Evidentemente que esse número dez, não é literal, mas simbólico, e representa a totalidade de todas as nações que surgiram na Europa. Com a desintegração do império romano surgiram as nações europeias. Porém, o surgimento das nações europeias não se constitui na cura de Roma. Porque foram elas que causaram a ferida mortal. Então, qual é essa cura? Desde que a Roma dos césares caiu, nunca mais se ergueu. Qual foi a Roma que se ergueu, substituiu os imperadores e tornou-se a cura? A Roma Papal! Assim, os papas também estão incluídos no instrumento anticristão de Satanás. Eles também representam esse Anticristo. Portanto, o papismo é


considerado como a cura da ferida mortal causado no império romano pelas nações bárbaras. Porque foram exatamente os papas que assumiram o governo onde os césares reinavam, em Roma. Eles sentaram no trono dos imperadores e governaram sobre o povo que os imperadores governavam. Daniel disse que entre os dez chifres iria surgir um chifre pequeno e que derrubaria três chifres e se estabeleceria como um reino (Dn 7.8). Esse chifre pequeno é o papismo. Porque os papas assumiram poder político depois da desintegração do império romano e combateram os povos bárbaros e venceram algumas deles outros levaram à conversão ao catolicismo. De modo que os papas surgiram como um reino e tornaram-se governantes. A Escritura diz que esse governante iria perseguir o povo de Deus (Dn 7.21). Foi exatamente isso que os papas fizeram, perseguiram terrivelmente os crentes. Esse governo papal torna-se símbolo e figura do último governo que surgirá. Infelizmente, irmãos, que o governo papal passa despercebido pelos cristãos [da AD]. Porque nós temos uma visão do Anticristo totalmente distanciada desse governo do Papa. E não está distanciado. Pois, os papas fazem parte do mesmo governo anticristão que está vindo. O Papa também está atrelado a esta besta que representa o Anticristo. Os papas de Roma não são personagens soltos na profecia. Pelo contrário, as revelações proféticas nos levam exatamente a esse local. De modo que a Escritura o identifica como um „chifre pequeno‟. E, qual é o governo pequeno na Europa, que praticamente, governa o mundo todo? O Vaticano, onde está estabelecido o papado. As perseguições dos papas contra os cristãos estão nas profecias. Porque, muito embora, o Anticristo há de perseguir o Israel e alguns cristãos. Contudo, as perseguições de que fala a Bíblia é vista como um todo. Temos que dividir a figura profética para entender a revelação, mas na visão profética é uma coisa só. Então, quando o Egito perseguiu Israel estava perseguindo o povo de Deus, pelo qual nós fazemos parte. Do mesmo modo, quando a Babilônia destruiu os judeus, não foram apenas os judeus que foram destruídos, mas o povo de Deus. O povo de Deus é uma só unidade, assim como o inimigo é apenas um nas mãos de Satanás. Portanto, é muito pretensioso da parte da igreja dizer que „irmãos, nós vamos subir e a desgraçada de Deus vai cair sobre Israel‟. Mas a desgraça que vai cair sobre eles, é como, também, estivesse caído sobre nós. Porque o Nome que será vituperado será o nome de Deus, o mesmo nome que nós invocamos e adoramos. Tem cristão que diz: „eu não tô nem aí pra isso, eu não estarei aqui‟. De modo nenhum! Temos que nos interessar. Porque tanto judeus como cristãos estão combatendo o mesmo inimigo. E, se nós não iremos enfrentar o futuro personagem que trará a manifestação do Anticristo, contudo, estamos enfrentando o Anticristo por intermédio de outros governos.


O Jornal Mensageiro da Paz publicou uma reportagem, no mês passado [julho/2009], sobre uma reunião do G8 (os oito países mais rico do mundo) arquitetando e planejando projetos para um governo unificado. Porque o mundo está ciente que a solução é a globalização. Essa nova ordem era impossível na época de Daniel, na época de João, mas na época atual não é impossível. Pois o mundo já está reunido em bloco de nações. Há a União Européia, na Ásia temos os tigres asiáticos, na América Latina, temos o Mercosul. O passo para unir esses blocos de nações é pequeno. Nesse mês, [setembro/2009], o Jornal Mensageiro da Paz traz uma reportagem em que o papa Bento XVI defendeu a unificação global, e ele disse mais: „...a única solução é uma autoridade única. De haver um político único que velha unir todas as nações e implantar o novo sistema econômico-religioso‟. Então, veja que o papismo não é algo que passa despercebido. Nesse trimestre a nossa revista da EBD fala uma coisa interessante, que comentarista nenhum de todas as revistas da Assembleia de Deus tenha falado. Até então, o Dr. Antônio Gilberto dizia que a Igreja não precisava se preocupar com o Anticristo porque quando ele surgir, a Igreja terá sido arrebatada há muitos anos atrás. Mas veja o que o Dr. Eliezer de Lira e Silva diz: „seu surgimento ocorrerá antes do arrebatamento da igreja‟(7º Lição do 3° Trim/2009)...

Mensagem Ministrada na Congregação da Assembleia de Deus-Ancuri No Culto de Missão em 09 de Agosto de 2009 Sobre o Preço do Resgate dos Pecadores A Paz do Senhor, Nesta noite, eu pretendo trazer uma mensagem bem básica. E, começar com uma verdade fundamental, mas também terrível. Contudo, é a verdade que abre os céus para nós. É uma verdade que incomoda. Entretanto, é exatamente a verdade que nos põem em sintonia com Deus. É uma verdade que nos dá um impulso de subir ao monte Calvário e ser lavado no sangue de Jesus. É uma verdade que está engasgada neste mundo, mas os homens terão que engoli-la seca. Entretanto, aqueles que a engole seca sente o frescor da água da vida. Mas que verdade é essa? É que nós somos pecadores! É uma verdade que incomoda a muitos, mas foi essa verdade que nos resgatou das trevas para a sua maravilhosa luz. As pessoas que entram em relação com Deus são exatamente aquelas pessoas que vem ao altar de Deus e reconhece de peito aberto, sem máscara e com véu rasgado: „eu sou um pecador!‟. O apóstolo João diz que aquele que diz que não tem pecado é um mentiroso, e os mentirosos não são filhos de Deus, mas filhos do diabo.


Então, a grande verdade para nos tornar em filhos de Deus é exatamente reconhecer àquilo que os fariseus não quiseram reconhecer que somos todos pecadores. Mas Paulo, se abriu diante de Deus, e disse: „eu sou o pior dos pecadores‟. Por isso que a graça de Deus fluiu poderosamente na vida aquele homem, porque reconheceu a verdade fundamental que nos põem de pé na presença de Deus. Temos que reconhecer que somos pecadores e que temos uma carência imensa da graça de Deus, que precisamos da sua misericórdia e da sua compaixão. Os profetas proclamaram em cada esquina sobre essa verdade suprema de que todos os homens sem distinção são pecadores e não passam de meros pecadores. Essa verdade incomoda. Porque a mensagem hoje é que os homens não são pecadores. De que o pecado é uma invenção da religião. Mas a verdade das Escrituras, a palavra de Deus é essa: nós somos pecadores. Não somos pecadores apenas porque pecamos. Os pecados são apenas agravantes. Mas, somos pecadores porque trazemos em nossa natureza íntima essa tendência para o pecado, essa pecaminosidade, essa natureza perversa. Que não se consegue servir a Deus de maneira reta, digna e fiel. Quando nos chegamos a Deus de cabeça erguida e dizendo: „Deus, eu não sou como os demais homens‟. Desse modo a graça de Deus nunca vai nos atingir. Mas a graça de Deus nos alcança, quando nos aproximamos de Deus, sem ousar olhar para cima, mas com a cabeça baixa, batendo no peito, dizemos: „Tem misericórdia de mim que sou um pecador‟. É, quando reconhecermos essa verdade que a graça de Deus nos atinge de uma maneira maravilhosa e tremenda, nos erguendo e colocando-nos diante da presença do Pai celestial e supremo. Irmãos, já nascemos pecadores! Os homens não se tornam pecadores, eles já nascem pecadores. Davi reconheceu isso quando disse: „eu nasci em pecado, e em iniquidade me concebeu minha mãe‟. Então, é uma herança que trazemos do berço. Uma herança terrível e já nascemos com ela. Nascemos pecadores, vivemos pecadores e morremos pecadores. É uma desgraça que está em nós e não temos condições e nem a capacidade de nos livrar dela. Mas louvado seja Deus! Porque Ele amou os pecadores. Jesus disse uma coisa tremenda: „Eu não vi buscar justos, mas pecadores e leva-los ao arrependimento‟. E, onde abundou o pecado, superabundou a graça de Deus! Mas, por que nascemos pecadores? Deus criou todas as coisas. E, acerca das coisas que Deus criou no principio, está registrado: „Viu Deus que era muito bom‟. Um ser perfeito não cria nada imperfeito. Como, então, a raça humana, que é a coroa da criação, que são representantes de Deus, que foram criados a imagem e semelhança de Deus, podem ter nascidos pecadores?


Iremos agora ler um texto da palavra de Deus em Romanos 5.17 e iremos conhecer a origem dessa coisa e de como essa coisa se apegou no mais intimo do nosso ser e não nos larga com toda a nossa resistência. Está escrito: „É verdade que, por causa de um só homem e por meio do seu pecado, a morte começou a dominar a raça humana‟ (BHL). Por causa do pecado de um só homem, todos se tornaram-se pecadores. Mas, como pode ser isso? Quem é esse homem? Adão! Mas como pode ser isso de o pecado de Adão atingir a todos nós? Nós não consentimos com ele na sua desobediência. Nós não seguimos o seu caminho. Nós nem se quer existíamos. Adão não vez uma reunião conosco dizendo: „Nós agora vamos tomar do fruto proibido‟. Não tivemos nem quiser o direito de poder contestar com ele, e dizer: „Não iremos participar com você dessa rebelião‟. Como, então, a sua decisão de desobedecer a Deus nos afetou? De modo que toda a natureza da criação veio está debaixo da condenação, da fatalidade, da inutilidade e da vaidade. De modo irrecuperável para o homem. Uma maldição que caiu sobre nós pelo qual não tivemos nenhuma participação com Adão no Éden. Porque Adão foi posto como a cabeça de todos nós; porque Adão foi criado como representante federal da raça humana. Foi criado como representante de todos nós. De modo que a sua decisão dizia a respeito a nós todos. Aquilo que ele decidiu diante de Deus foi o que Deus depositou na conta de todos nós. É como um pai de família que toma as suas decisões, e as decisões que ele toma vai ter uma consequência sobre a sua família. Se ele trabalhar o mês todo, e no final do mês receber o seu salário, e resolver gastá-lo todinho no primeiro bar que encontrar. Toda a família vai sofrer a consequência dessa decisão que ele tomou. Então, Adão foi criado como nosso representante, como nosso pai, como a nossa cabeça natural. E, aquilo que ele decidiu diante de Deus, ele não decidiu apenas por ele mesmo. Ele decidiu por todos nós. Mas será, irmãos, que é justo da parte de Deus imputar em nós o pecado de Adão? Será que Deus foi honesto, correto e fiel quando ele decretou que todos são pecadores porque Adão pecou? De modo que nascemos pecadores, porque herdamos dele essa natureza, pela qual a chamado de natureza adâmica. Será que Deus foi justo em nos chamar de pecadores porque Adão decidiu comer do fruto proibido? Deus é muito mais do que justo! Por que razões? Porque se Deus não depositasse em nossa conta o pecado, a maldição e a condenação de Adão, ele também, não poderia depositar em nossa conta a graça, a justificação, o amor e a vida eterna trazidos por Jesus Cristo, o nosso Senhor. É por isso que a Escritura diz que por um só homem entrou o pecado no mundo, mas, por um homem, também, veio a graça e a salvação de Deus para todos homens.


Então são esses dois homens, Adão e Cristo, que decide o destino de toda a raça humana. Todas as decisões que eles tomaram diante de Deus nos afeta. Assim como Deus imputou em nós o pecado de Adão, ele agora imputa em nós a justiça de seu Filho. De modo que somos condenados porque não fizemos nada, Adão fez por nós, também somos salvos porque não fazemos nada, pois Cristo fez por nós. Essa é a razão porque dizemos que os homens são salvos simplesmente pela graça de Deus. Louve ao Senhor! Porque esse projeto que ele arquitetou de que seremos salvos em Jesus Cristo, não foi planejado às pressas no jardim do Éden quando Adão pecou, mas muito antes de Adão ter vindo a esse mundo, antes da criação dos céus, da terra e dos anjos, Deus já havia planejado na eternidade a nossa salvação. Está escrito: „o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo‟ (Ap 13.8). Na eternidade distante, Deus fez uma reunião secreta. Não teve participação de anjos. Gabriel não esteve presente e nem Miguel. Apenas a Trindade. Decidiram esse segredo: qual seria o destino da raça humana. Nenhum anjo nem demônio tomaram participação nesse propósito secreto de Deus estabelecido em Cristo. A Escritura diz que „multiforme sabedoria de Deus, agora, é revelada aos principados e potestades nos ares‟ (Ef 3.10). Quando Satanás tentou Adão e Eva, ele pensou que estava atingido o projeto de Deus. Não! Ele estava colocando o projeto de Deus em andamento. Ele estava abrindo a porta pela qual Deus iria revelar a sua verdade. Então, quando ele estava dando gargalhadas ao ver Adão e Eva comendo do fruto, Deus disse: „Da semente da mulher...‟, até então Satanás nunca imaginou que haveria isso, „da semente da mulher, nascerá um que pisará a cabeça da serpente‟. Eu acho infeliz e uma colocação muito triste, quando alguns mensageiros de Deus dizem que Deus chamou Gabriel e perguntou: „Gabriel, você quer morrer pela humanidade‟. E, Gabriel disse: „Senhor, eu não‟. „Miguel, você quer ir morrer pela humanidade?‟. ‟Eu não‟, disse Miguel. Os anjos não têm autoridade de poder decidir nada diante de Deus. Eles são servos, e tem que obedecer a ordem do Deu supremo. Irmãos, veja só o valor que Deus determinou para cada um de nós. Porque se um objeto tem valor do preço pelo qual nós o determinamos, então a humanidade tem um valor imenso diante de Deus, que foi o valor do sangue precioso de Jesus Cristo, o Filho de Deus. De modo que ouro e prata não poderiam quitar diante de Deus o preço do nosso resgate a não ser o sangue vivo de Jesus Cristo. A Escritura diz que: „Àquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus‟ (2ª Co 5.21). Então, veja irmãos, que troca maravilhosa: Deus rasgou o nosso trapo velho que recebemos de Adão, e nos vestiu com a justiça de Jesus Cristo. Deus arrancou aquele espírito de escravidão que havia em nosso coração, e derramou o Espírito de abundância que há em Cristo Jesus. Pelo qual


podemos nos dirigir a Deus e chama-lo de nosso Pai celestial, na maior das intimidades. Os judeus nem sequer ousava citar o Nome de Deus. Diz que o sumo sacerdote pronunciava o Nome de Deus apenas uma vez por ano, no dia da expiação. Os escribas quando faziam cópias das Escrituras Hebraicas, lavavam as mãos várias vezes quando chegavam no Nome de Deus. Enquanto os judeus não ousava citar o Nome de Deus, mas, em Jesus Cristo, o Filho de Deus, nós chamamos Deus é de nosso Pai em uma intimidade tremenda, gloriosa e maravilhosa. Nós que éramos meros pecadores, destinados à condenação do inferno, agora fomos adotados por Deus em Cristo. Então, a condenação está em Adão, mas a salvação está em Cristo. Mas, como Cristo se tornou a nossa salvação? Por que Cristo teve condições de nos ligar a Deus, de desfazer todas as maldições que pesava sobre nós? Porque ele se tornou homem. Ele não nos podia salvar como um ser divino. Ele tinha que nos salvar como homem. Entenda o preço que Deus começou a pagar. Ele não poderia escolher qualquer humano para pagar o preço do resgate da escravidão ao pecado que Adão nos vendeu. Porque todos eram pecadores sem condições e sem capacidades. O Filho de Deus assumiu o preço do resgate. Mas não podia nos salvar como Deus. Porque não foi Deus que pecou no jardim do Éden, mas o homem. Então, para que o preço fosse justo tinha que ser um homem para morrer em nosso lugar. O preço começou a ser pago, quando o Filho de Deus desceu da Sua glória, deixou de lado todas as suas prerrogativas divinas e se tornou um homem, um homem perfeito, para agora diante de Deus poder tomar a decisão por nós. E, Ele foi colocado em uma situação pior do que a de Adão. Porque Adão estava no jardim do Éden arrodeado de belezas, mas Jesus Cristo foi posto no deserto, onde não havia pão, e possivelmente também não havia água. Era terrível o local. Mas, foi ali que ele decidiu por nós. Quando Satanás disse: „Coma do pão‟. Ele respondeu: „Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que saí da boca de Deus‟. Entenda o preço do resgate: Jesus Cristo tonou-se um homem justo e fiel, enfrentou as piores provações, mas não desobedeceu a palavra de Deus, não quebrou a sua integridade e a sua fidelidade, até mesmo, quando esteve no Getsêmani em que sua alma foi angustiada profundamente, derramou suor em gotas de sangue, sentiu a agonia da morte, aceitou a vontade do Pai e bebeu o cálice da morte. Jesus foi preso naquela noite e levado ao tribunal supremo dos judeus para ser condenado. Foi julgado pelos representantes da Lei de Deus, os sacerdotes, escribas e fariseus, isto é, o Sinédrio. Eles tinham recebido a Lei e eram responsáveis de aplicar a Lei. Esses homens condenaram Jesus Cristo à morte, muito embora, não tivesse transgredido a Lei. Não havia nada que constava contra ele, mas mesmo assim, foi réu de morte. E, como


ele morreu como justo, a sua morte tornou-se como um valor de resgate para todos nós. Então, para terminar, preste bem atenção no que eu vou dizer: a Lei de Deus quando condenou Jesus Cristo à morte, ela cometeu uma injustiça. Porque não se pode condenar um inocente. Porque a Lei de Deus cometeu uma injustiça estava obrigada a indenizar e fazer a compensação pelo prejuízo. Quando alguém é preso inocentemente, sofre e é condenado. Depois, se descobre que aquele homem era inocente. O Estado tem por obrigação de fazer a indenização daquele homem. Assim aconteceu com Jesus Cristo, pelo fato dele ter morrido injustamente, a Lei de Deus ficou obrigada de fazer a indenização. E, qual foi a indenização? Foi essa: „Pai eu te peço que todo aquele que creem em mim, não pereça, mas tenha a vida eterna‟. „Eu te peço que todo aquele que tenha fé em mim, nenhum deles se percam, mas que eu o ressuscite no último dia‟. É essa a indenização, irmãos! Por ter a Lei condenado um justo, agora tem que nos indenizar e fazer a compensação nos dando a justiça de Jesus e a vida eterna em Jesus Cristo. Portanto, você que nessa noite está conosco e ainda não teve um encontro com Deus, eu quero dizer que o único meio que você tem de se reconciliar com Deus e receber dele a vida eterna é entrar pelo Caminho chamado Jesus Cristo, o Filho de Deus. Porque Ele foi o único que morreu injustamente, inocentemente, então, é o único que pode nos justificar e nos absolver diante de Deus. Não perca essa oportunidade de entregar a sua vida ao Senhor Jesus Cristo. Amém.

Palestra Ministrada na Congregação da Assembleia de DeusCodó em 17 de Agosto de 2009 Sobre a Chegada do Anticristo O apóstolo João foi o primeiro e único que usou essa expressão: Anticristo. Muito embora seja um personagem muito citado nas profecias bíblicas tanto do Antigo Testamento como do Novo Testamento. Mas, João foi o que o identificou como o mais terrível perseguidor do povo de Deus dos últimos dias. Irei dividir a nossa palestra em dois tópicos: primeiro, Quem é o Anticristo? e segundo, Os Anticristos. João não só fala do Anticristo, como também ele fala dos anticristos. Isso significa que assim como Jesus Cristo teve o seu precursor ou porque não dizer os precursores, incluindo todos os profetas e João Batista, assim também, o Anticristo tem os seus precursores, incluindo os falsos cristos, os falsos profetas, falsos pastores e tudo quanto é contrário a Cristo e Sua palavra. Então essa palavra „anti+cristo‟ o prefixo „anti‟ é um termo grego que tanto pode significar „aquele que é contra Cristo‟ ou „aquele que


procura substituir Cristo‟. O termo não significa antes de Cristo, mas aquele que se opõem ou substitui a Cristo. O anticristo procura tomar o lugar de Cristo na Igreja. Quem é o Anticristo? Quando o Anticristo se manifestará publicamente? O que o Anticristo fará? E qual é o destino do Anticristo? Iremos tentar responder essas questões intrigantes. O mundo está sendo montado como um palco ou uma plataforma para receber o último Anticristo e principal de todos os anticristos. O representante principal do diabo. Ele não é o diabo. Ele também não é a encarnação do diabo. Os nossos comentaristas dizem que o Anticristo será uma personificação do diabo. Mas isso não significa que ele será uma encarnação do diabo, e nem que ele será um homem sobre-humano ou sobrenatural. Não! Ele será um homem comum, nascido de uma mulher e um homem, mas dotado com grandes habilidades e capacidades para solucionar, conforme acreditam, os conflitos mundiais. Quando falamos do espírito do Anticristo não significa uma entidade espiritual que vai se encarnar, mas é exatamente essa influência, essa atmosfera anticristã, que está reinando e governando às nações. Essa influência diabólica anticristã que está influenciando o mundo para uma grande oposição contra Deus e ao seu povo, e, que tem como cabeça o homem principal. Essa influência também aparece em alguns pastores que querem se promover a custa do evangelho, que querem projeção usando o nome de Cristo. Estes estão vestindo a carapuça de falsos profetas, e assim, como o Anticristo, querem tomar o lugar de Cristo. Esses falsos profetas são reflexo do Anticristo e estão nos revelando como serão essas qualidades perniciosas do Anticristo. Esse espírito anticristão está preparando as nações, religiosamente, politicamente e economicamente para receber o Anticristo. Alguns governantes como Nero, Hitler e Papas, que se opuseram a fé judaico-cristã, são prefiguras do Anticristo. Todos trazem esse espírito anticristão. A Bíblia quando fala do Anticristo não se refere apenas a um homem, mas um sistema anticristão que tem se oposto ao povo de Deus. O Apocalipse revela esse sistema na figura de uma besta terrível. Essa besta não é apenas um homem, mas um sistema mundial que vem governando o mundo desde muitos anos atrás. Apocalipse 13 revela que essa besta tem sete cabeças e dez chifres. No capítulo 17 de Apocalipse, o anjo interpreta a João que essas sete cabeças representam sete reinos mundiais que governariam a terra. Em todos esses sete governos mundiais representam esse sistema anticristão. De modo que esses governos, esses impérios mundiais, podem ser chamados também de anticristo. Muito embora, as profecias falam de um personagem principal que vai fazer guerra contra o Cordeiro. Porém, os anteriores apontam para esse Anticristo principal.


Assim os faraós que governaram no Egito, e que se autodenominaram deuses e exigiam do povo adoração são símbolo e representantes do Anticristo. As sete cabeças da besta, no capítulo 17, a fim de que João pudesse identificar quem era essa besta, o anjo começa dizendo: „Das sete cabeças, cinco já caíram, um existe e outro ainda virá‟. Antes de João, houve cinco governos mundiais, e todos esses governos mundiais perseguiram o povo de Deus. Quem são esses governos mundiais? O Egito, a Assíria, a Babilônia, a Pérsia-Média e a Grécia. Esses cinco impérios mundiais, na época de João, já não governavam mais sobre o mundo, mas anteriormente, haviam governado. Os egípcios, na época de Abraão, José, Moisés e Josué, governavam o mundo. Era uma potência mundial. Portanto, o Egito faz parte desse sistema anticristão que é esse grande instrumento de Satanás, por meio do qual ele governa o mundo, os povos e as nações, e que procura destruir da terra o Nome de Deus e o povo que adora esse Nome. Temos também, a Assíria que tentou destruir o povo de Deus, destruindo dez tribos de Israel. Era um império muito cruel e perverso. E, também faz parte dessa besta que está a serviço de Satanás para governar o mundo e o povo de Deus. Satanás está por trás desses governos, por isso que ele aparece no Apocalipse 12 como um grande dragão vermelho com sete cabeças e dez chifres. Então, essas sete cabeças e dez chifres representam esses mesmos impérios da besta. Portanto, por traz de cada um desses impérios mundiais está o diabo, tentando através deles, dominar o mundo. O profeta Daniel, também, teve revelações semelhantes as de João. No capítulo 2, Nabucodonosor tem um sonho de uma grande estátua que foi interpretado por Daniel. Essa estátua era dividida em vários metais: cabeça de ouro, braços e peito de prata, o ventre e o quadril de bronze e as pernas de ferro e os pés com seus dez dedos em parte de ferro e parte de barro. Esses mentais representam os mesmos governos mundiais da besta do Apocalipse. No capítulo 7 de Daniel, ele viu esses reinos representados por quatro animais: um leão, um urso, um leopardo e um animal terrível e espantoso com dez chifres. Entenda que tanto a estátua unificada, como a besta unificada representam esses governos mundiais. Muito embora essas nações tenham uma cultura e uma política diferente uma da outra, todas compõem um único governo, cujo líder é o diabo. Dentro da visão profética, o inimigo do povo de Deus é um só. As três últimas das cinco cabeças da besta: Babilônia, Pérsio-Média e Grécia são apresentadas na estátua simbolizando a Babilônia como a cabeça de ouro, Pérsio-Média representando os braços e peito de prata e a Grécia representando o ventre e o quadril de bronze. O mesmo simbolismo é


representado em Daniel 7, a Babilônia na figura do leão, a Pérsio-Média na figura do urso e a Grécia na figura do leopardo. Então esses cinco impérios: Egito, Assíria, Babilônia (606-536 A.C), Pérsio-Média (536-331 A.C) e a Grécia (331-146 A.C), na época do apóstolo João todos já haviam governado. A Grécia foi dividida em quatro partes, por isso que o leopardo tinha quatro asas e quatro cabeças, simbolizando que esse império iria ser dividido em quatro governos: Síria (Nicátor Seleuco I), Egito (Ptolomeu Lagos I), Macedônia (Cassandro) e Troácia (Lisímaco). Dentre esses governos, na Síria, surgiu um personagem chamado Antíoco Epifânio no período conhecido como interbíblico, que fica entre Malaquias e Mateus. Muitas profecias de Daniel faziam referência a esse governante. Esse governante é considerado como o Anticristo do Antigo Testamento. Porque as profecias que foram faladas acerca dele são, também, aplicadas, no livro do Apocalipse, ao Anticristo futuro. Em Daniel 8, é dito que ele iria se levantar contra o povo de Deus, deitar a verdade por terra e profanar o santuário em Jerusalém pelo período de 3 anos e meio, que em Daniel aparece como 1.290 dias (Dn 12.11) ou um tempo, dois tempos e metade de um tempo (Dn 12.7) ou ainda 2.300 tardes e manhãs (Dn 8.14). Em todos esses períodos foi o tempo em que Antíoco Epifânio profanou o templo sagrado de Israel, quando ele erigiu um altar profano no templo, colocou ali uma estátua do deus da Grécia, Zeus, e sacrificou no templo um porco. Esse homem perseguiu os judeus para destruí-los, perseguiu também as Escrituras destruindo muitos das cópias das Escrituras Hebraicas. Flávio Josefo, em seu livro da Antiguidade, fala desse homem, aplicando nele as profecias de Daniel. Então, Antíoco Epifânio é o primeiro personagem das profecias de Daniel. Irmãos, algumas profecias não têm apenas um sentido, elas podem ter dois ou três sentidos. Quando fala de um personagem, àquele personagem pode representar personagens futuros, um tipo e o seu antítipo. Por exemplo, Salomão foi um rei que governou em Israel. As profecias referente a Salomão e seu reino são também aplicadas à Cristo e seu Reino. Muitas profecias do livro de Daniel acerca de Antíoco Epifânio são, também, aplicadas ao Anticristo. Temos o quarto animal terrível e espantoso representado, também, pelas duas pernas longas da estátua, que é, também, uma das cabeças da besta. O anjo disse à João „que um existe‟. Qual era o governo que existia na época de João? O Império Romano. Ora, se as cinco cabeças representam: o Egito, a Assíria,, a Babilônia, a Pérsio-Média e a Grécia, então, a sexta cabeça representa o império romano. O império romano é representado pelas duas pernas da estátua. São duas pernas simbolizando duas fases no governo romano. A Escritura diz que uma das cabeças da besta seria ferida com uma espada mortal. Essa cabeça é a sexta cabeça, o império romano, que sofreu um duro golpe de


espada. Mas, diz também, a profecia que essa cabeça seria curada e toda a terra iria adorar a besta. Qual foi essa espada mortal que arruinou e derrubou o império romano? Ao redor do império romano surgiram alguns povos, que não falavam o latim e nem estavam debaixo do governo de Roma, por isso eram considerados como povos bárbaros. Esses povos não tinham territórios fixos, não eram nações estabelecidas. De modo que eles começaram a tentar invadir o império romano. Na época em que começou surgir os povos bárbaros, o império romano estava enfrentando várias crises políticas e econômicas. Então, ele estava enfraquecido. Enquanto que o império romano enfraquecia, os povos bárbaros se fortaleciam. Foram exatamente esses povos bárbaros que invadiram o império romano e o golpearam com as suas espadas mortais. Portanto, a sexta cabeça foi ferida quando os povos bárbaros conseguiram deitar por terra esse grande e terrível governo romano. A data da queda de Roma foi em 476 D.C. Porém, a profecia diz que essa cabeça iria ser curada. Quando o império romano caiu, o que foi que surgiu das cinzas desse império? Quem começou a governa na cidade onde o império romano tinha sua capital? Quem surgiu das ruínas do império romano? O império romano é representado pelo animal terrível e espantoso. Esse animal tem dez chifres. Esses dez chifres iriam surgir depois da desintegração do império romano. Quando o império romano fosse destruído, iriam surge dez reinos. Esse número dez não é literal, mas simbólico, representando a plenitude, a totalidade. Quando o império romano se desintegrou surgiram as nações europeias através da civilização dos povos bárbaros, isto é, esses povos bárbaros se transformaram nas nações europeias, como a Alemanha, Inglaterra, Holanda e todos os países do continente europeu do ocidente. Essas nações tiveram suas origens nesses povos bárbaros. Porém, as nações europeias não representando a cura do império romano, porque foram elas que causaram essa ferida. Essa cura da cabeça ferida do império romano é o papado. Foi o papado que ressurgiu o império romano. Foram os papas que substituíram os imperadores. Foram eles que se assentaram no trono dos imperadores em Roma. Foram eles que conseguiram manter toda cultura de Roma e governar sobre as nações bárbaras. Muito embora as nações bárbaras conseguiram vence os cesáres não venceram os papas. Os imperadores caíram diante do poder dos bárbaros, mas os bárbaros caíram diante do poder dos papas. Então, os papas representam a cura da cabeça da besta. As duas pernas da estátua representa a Roma pagã e a Roma papal. A cabeça ferida representa a Roma pagã e a cabeça curada representa a Roma papal. Em Daniel 7.7 diz: „Depois disto eu continuei olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava


aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres‟. Que animal é esse? O império romano. Quem são os dez chifres? Leiamos Daniel 7.24: „E, quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino [do império romano] se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis‟. Veja que Daniel fala de dez reinos que surgirão do império romano, e que entre esses dez reinos surgiria um que iria abater três desses reinos. Essa profecia tem duplo sentido. Tanto ela se refere ao papado como também ao Anticristo futuro. Porque tudo que diz acerca desse chifre tem uma aplicação no papado. A profecia o chama de „chifre pequeno‟ (Dn 7.8) – os papas governam no menor país do mundo, o Vaticano. Ele é pequeno em seu território, mas governa o mundo todo. Diz também que esse chifre pequeno iria abater alguns desses reinos (Dn 7.24) – de fato, os papas para poderem assumir o seu poder temporal ou político, pois, até então, quando os imperadores eram vivos, os papas tinham apenas o poder religioso, para que eles pudessem assumir o poder político, depois que o império romano caiu, os papas tiveram que vencer muitos dos povos bárbaros que destruíram o império romano. A profecia também diz que o chifre pequeno iria mudar a lei e os tempos (Dn 7.25). Os papas mudaram os dez mandamentos. O segundo mandamento que proíbe a adoração de escultura, no catecismo da Igreja Católica não existe esse mandamento. O quarto mandamento que diz: „Lembra-te do dia de sábado para santificá-lo‟. Os papas substituíram por „guardai domingos e feriados‟. Os papas deitaram a Escritura por terra, proibiram a leitura das Escrituras e a publicação das Escrituras. Eles mantinham as Escrituras presas em suas bibliotecas fechadas ao público. Os papas mudaram as doutrinas cristãs e acrescentaram outras doutrinas. Diz também a profecia da Daniel que o chifre pequeno iria perseguir os santos (Dn 7.21) – e, os papas, de fato, perseguiram e mataram muitos servos de Deus taxados de hereges. Eles foram terríveis perseguidores dos cristãos. Assim como Antíoco Epifânio tornou-se símbolo do Anticristo, assim, também os papas aparecem nas profecias bíblicas como representantes do Anticristo futuro. Já me perguntaram se o Anticristo pode surgir dentre os papas do Vaticano? Sim! A primeira besta do Apocalipse representa a Europa, e é dela que surgirá esse terrível e futuro Anticristo, que aparece no Apocalipse como a oitava cabeça. Leiamos Apocalipse 17. 8: „A besta que viste era e já não é, e há de subir do abismo...‟. Veja as fases em que a besta passará. A besta que „era‟ representada todos os impérios antigos que passaram do Egito à Grécia. A besta que „já não é‟ refere-se a queda que o império romano iria sofrer, e a besta que „há de subir do abismo‟ ou „aparecerá‟ representa essa cura trazida pelos papas.


Em Apocalipse 17.11 diz: „E a besta que era e já não é, é ela também o oitavo, e é dos sete, e vai à perdição‟. Essa outra fase da besta, „o oitavo‟ é o futuro Anticristo e surgirá na Europa e terá o apoio das nações europeias (Ap 17.12,13). Se não for um futuro papa terá também o apoio do papa de Roma. As nações europeias estão unificadas na União Europeia. Essas nações fazem reuniões anuais com objetivo de arquitetar planos e projetos para trazer soluções para os conflitos e crises mundiais. O Papa Bento XVI disse em uma das reuniões que a única solução do mundo seria uma autoridade única e mundial em que todos deve se submeter. Essa reportagem saiu no Jornal Mensageiro da Paz em Agosto/2009. Se o Anticristo futuro não for o papa, terá o apoio do papa de Roma. Por que o Papa tem interesse na unificação do governo mundial? Porque ele sabe que vai se beneficiar. Porque só pode existir uma política mundial com uma economia mundial se existir uma religião mundial. Pois, a maioria dos conflitas das nações são em nome da religião. Por exemplo, os conflitos no Oriente Médio em nome da religião. Os ataques terroristas são também em nome da religião. As guerras que surgem no mundo são em nome da religião. Então, o Papa sabe que se houver uma união da política e da economia também haverá uma unificação mundial das religiões. Na verdade, o Papa já está promovendo isso através do Ecumenismo. E, já existe a Igreja Mundial formada por protestantes, budistas, católicos e outras religiões. Em Apocalipse 17. 10: „E são também sete reis; cinco já caíram, e um existe; outro ainda não é vindo; e, quando vier, convém que dure um pouco de tempo‟. Entenda, „cinco já caíram‟: Egito, Assíria, Babilônia, Persio-Média e Grécia. „um existe‟: Roma pagã e Roma papal. Pois os papas representam a cura ferida na sexta cabeça, que é o sexto reino. „outro ainda não é vindo‟, o sétimo reino que ainda iria se formar são os dez chifres, os dez dedos e os dez reinos: as nações europeias, a Europa. Essas nações europeias „ainda não receberam o reino, mas receberão poder como reis por uma hora, juntamente com a besta‟ (Ap 17.12). Essa besta é a oitava cabeça que surgirá quando as nações europeias entregar ao Anticristo o poder e autoridade que elas possuem (Ap 17.13), em outras palavras, e „darão à besta o seu reino‟ (Ap 17.17). A primeira besta, que é a União Europeia e o Anticristo-Papal, irá dominar o mundo. E, o Catolicismo é a religião do Anticristo. Em Apocalipse 17, João vê a mesma besta do capítulo 13. E, assentada sobre essa besta, ele viu uma mulher luxuoso, embriagada com o sangue dos santos e chamada de Grande Babilônia. Essa mulher representa duas coisas: a cidade de Roma e a Igreja Católica. Por que a cidade de Roma? Porque é a cidade que está edificada sobre sete montes. A profecia diz „a mulher que viste é a grande cidade‟ edificada sobre „sete montes, sobre os quais a mulher está assentada‟ e que


governa „povos, multidões, nações e línguas‟ (Ap 17.9,15,18). Então, a cidade que está edificada sobre sete montes é a cidade de Roma. Lá foi a sede dos imperadores, e é a sede dos papas, onde está localizado o Vaticano, dentro do território de Roma. E também é a sede da Igreja Católica Romana. A Igreja Católica é a religião do Anticristo. O futuro Anticristo será a oitava cabeça que surgirá na besta. O comentarista da EBD, Dr. Eliezer de Lira e Silva diz uma coisa interessante: „o surgimento [do Anticristo] ocorrerá antes do arrebatamento da igreja‟(7º Lição do 3° Trim/2009). Muito embora, nessa lição, ele diga que a sua „manifestação‟ ocorrerá depois do arrebatamento. Isso significa que a Igreja poderá conhecer esse Anticristo. Mas, o fato é que já o conhecemos, não como pessoa, mas como sistema. A Europa é o Anticristo. Porém, para que a Europa assuma o controle do governo mundial precisará do apoio de uma grande potência. E, qual é a superpotência mundial que „governa‟ o mundo? Os Estados Unidos. Irmãos, prestem bem atenção, no que vou dizer: todos os governos mundiais aparecem no livro do Apocalipse. Será que os Estados Unidos, que é uma superpotência mundial, que podemos dizer que governa o mundo capitalista, não está no livro do Apocalipse? Claro que está! E quem é os Estados Unidos na Bíblia? Os Estados Unidos é a segunda besta do Apocalipse 13.11-18. A nossa Igreja Assembleia de Deus não afirma isso! Mas, se lermos as profecias que diz respeito a segunda besta, chamada de falso profeta, concorrem para que seja os Estados Unidos. Em Apocalipse 13.11 diz que a segunda besta surgiu da terra. Enquanto que o império europeu surge do mar, onde estavam concentradas as nações, os Estados Unidos surge em um território onde não havia nações e nem civilização. Diz que a segunda besta tem o poder de fazer descer fogo do céu à terra, à vista dos homens (Ap 13.13). Os Estados Unidos fez descer fogo do céu quando destruiu duas cidades do Japão: Hiroshima e Nagasaki. Diz, também o Apocalipse, que a segunda besta tem aparência de um cordeiro, mas fala como um dragão (Ap 13.11). Os Estados Unidos prega os direitos humanos e a liberdade religiosa, essa é a sua aparência de cordeiro, mas por detrás é um dragão, porque aqueles que não se submetem ao capitalismo, ele mata, destrói e dá fim, como deu fim ao Iraque e pretende dar fim a outras nações. Diz ainda a profecia que a segunda besta tem dois chifres representando as duas formas de governo que há nos Estados Unidos: os republicanos e os democratas (Ap 13.11). Essa besta americana vai promover a adoração da Europa (Ap 13.12) e implantará, também, um único sistema econômico, que é o capitalismo (Ap 13.16-18). Os Estados Unidos vai implantar o capitalismo, no final dos tempos, através da força e da guerra. Nos Estados Unidos está surgindo um cartão, o Modex, em que as pessoas substituirão pelo dinheiro e que no futuro será substituído por um chip (Ap 13.16,17).


Portanto, a segunda besta do Apocalipse tem um potencial de ser os Estados Unidos e, a primeira besta a Europa, de onde, surgirá o Anticristo.

Palestra Ministrada na Congregação da Assembleia de DeusCodó em 25 de Agosto de 2009 Sobre a Nossa Eterna Salvação O assunto dessa palestra é a Nossa Eterna Salvação, irei dividi-lo em três tópicos: primeiro, Deus, o provedor da salvação; segundo, Jesus, o autor da salvação; e terceiro, o Espírito Santo, o mantenedor da salvação. A salvação é uma obra do Deus trino. Toda a Trindade está envolvida na salvação da raça humana. O Pai é aquele que planejou a salvação. Foi Ele que arquitetou todo projeto salvífico. O Filho é aquele que executa e põem em prática o projeto que o Pai estabeleceu. E o Espírito Santo, a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, é aquele que aplica o projeto da salvação, efetuado por Jesus Cristo, aos nossos corações. É Ele que faz com que o evangelho objetivo se torne em evangelho subjetivo. A experiência que Cristo teve, o Espírito faz com que essa experiência, também, seja a nossa experiência. O nosso primeiro tópico, Deus - o provedor da salvação, iremos analisa-lo em três pontos: a salvação na eternidade passada: o planejamento do Pai; a salvação no presente: o processamento; a salvação na eternidade futura: acabamento. A nossa salvação passa por esses três tempos. Ela foi planejada na eternidade passada, antes de todas as coisas. Ela foi processada e realizada na cruz por Jesus Cristo. E, ela vai ser concluída. Somos salvos, segundo a palavra de Deus, em esperança e pela fé, mas a nossa salvação ainda vai ser consumada, terminada, totalmente completada, acabada. Na eternidade passada, o Pai estabeleceu um plano secreto em Cristo. Ninguém sabia desse plano. Esse plano secreto não foi revelado à Adão. Nenhum anjo e nem demônio sabia deste plano secreto de Deus. As únicas pessoas que conheciam esse plano secreto eram: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. No decorrer da história salvífica, Deus passou a revelar aos seus profetas esse plano e através de seus apóstolos trouxe a interpretação desse plano secreto. Iremos ler algumas referências bíblicas: Efésios 1.11; 3.11: „Nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados, conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade‟ e „Segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor‟. O plano é secreto e eterno. Quando Deus criou Adão, revelou-lhe o plano para raça humana. Que plano era esse? Que os descendentes de Adão iriam viver uma vida maravilhosa no paraíso de Deus como humanos


perfeitos e obedientes a Deus. Esse foi o plano de Deus a Adão. Cresçam, multipliquem e dominem toda a Terra (Gn 1.26-28). O paraíso que Adão tinha ao seu redor deveria ser estendido à toda a terra, e aquela vida perfeita que Adão tinha juntamente com Eva deveria ser transmitido aos seus descendentes. Porém, Adão deveria passar por uma provação para que pudesse ser confirmado nesse plano de Deus. Esse plano de Deus foi quebrado por Adão. Ao desobedecer a Deus, ele derrubou por terra o projeto de Deus para a raça humana. Todavia, Deus que é sabedor de todas as coisas, antes da queda de Adão, antes da criação dos céus e da Terra e antes da criação dos anjos, estabeleceu um plano secreto. De modo que aquilo que Deus projetou para Adão, Deus sabia que Adão se tornaria incapaz de cumprir, então ele estabeleceu um plano secreto para cumprir, não mais através de Adão, mas, agora, através de Seu Filho Jesus, aquilo que ele estabelecera para os descendentes de Adão. Esse plano secreto de Deus entrou em ação quando Adão pecou (Gn 3.15). Satanás pensou que havia destruído o propósito de Deus para com Adão e a sua raça. Mas, ele estava redondamente enganado. Pelo contrário, ele estava dando à Deus a oportunidade de colocar em andamento o seu plano secreto. É exatamente aqui em que entra um dos assuntos mais polêmicos das Escrituras Sagradas. Esses assuntos doutrinários parecem que estão em choque. É sobre a presciência de Deus e a predeterminação de Deus. Por que? Porque aqueles que creem na presciência de Deus dizem que Deus determina todas as coisas porque Deus sabe, de antemão, o que vai acontecer. Por exemplo, por que Deus determinou um plano secreto? Porque Deus sabia que Adão iria pecar contra Ele. Essa é a crença na presciência de Deus, isto é, Deus conhece todas as coisas de antemão, e baseado nesse conhecimento, ele estabelece a Sua vontade soberana. Quem acredita assim, segue o ensinamento arminiano. Esse ensinamento vem de um teólogo chamado Jacó Armínio (1560-1609): os decretos de Deus são baseados em sua presciência ou pré-conhecimento. De modo que Deus, na eternidade, conhece os salvos e os perdidos. E, baseado nesse conhecimento é que Ele escolhe os salvos para a salvação. Jacó Armínio quando desenvolveu essa doutrina, o fez, para refutar outra doutrina que se opõem a essa doutrina, que é, a doutrina da predeterminação de Deus. Deus conhece todas as coisas porque Ele determinou todas as coisas e Deus determinou todas as coisas porque Ele conhece todas as coisas. Não sei se você percebe a sutileza e a diferença entre essas duas afirmações. Na presciência, o conhecimento de Deus vem antes da determinação, e na predeterminação, a determinação de Deus vem antes do conhecimento. Por exemplo, na predeterminação, Deus não sabia que Adão iria pecar, Ele determinou que Adão pecasse. Deus não sabia que Satanás iria cair, Ele determinou que Satanás caísse. De modo que os salvos são salvos


porque Deus predeterminou e predestinou os salvos antes de todas as eras, e os perdidos são perdidos porque Deus determinou que tais pessoas sejam perdidas. Essa definição teológica é chamada de calvinismo. Uma doutrina desenvolvida por João Calvino (1509-1564) que Armínio fazia refutação. A nossa Igreja Assembleia de Deus segue o pensamento de Armínio, acreditando que a eleição e a predestinação é baseada no pré-conhecimento de Deus. Esse assunto sobre a presciência de Deus e a determinação de Deus é um dos assuntos mais polêmicos das Escrituras e dos homens. Pois, entra a questão da soberana vontade de Deus e da responsabilidade moral e vontade humana. Alguém me perguntou: „Deus determinou que Judas iria trair Jesus?‟. No Seu plano secreto, Deus determinou tudo o que iria acontecer com Jesus. Então, para que Jesus morresse por nós, ele deveria ser traído. Os profetas falaram dessa traição. Assim, a traição de Cristo era algo que estava determinado por Deus. Pedro disse que Deus predeterminou que Seu Filho fosse traído e morto por esta geração (At 4.27,28). Portanto, a traição foi determinada, mas será que Judas foi determinado para ser o traidor? Aí entra a questão da presciência, Deus sabia quem seria o traidor (At 2.23). Deus predeterminou o acontecimento e já sabia quem seria o traidor. Tanto a predeterminação como a presciência são duas doutrinas bíblicas que os homens querem que elas se choquem, mas é através delas que Deus opera. Deus opera tanto baseado no seu pré-conhecimento como também na sua predeterminação. Assim, aquilo que Deus determina acontece, e muitas coisas ele determina baseado em seu pré-conhecimento. Vamos ver o que estava incluído nesse plano secreto de Deus. Primeiro, restaurar e livrar da condenação do pecado alguns dos descendentes de Adão. Por que alguns e não todos? Porque Deus conhecia de antemão que haveria pessoas que não iria crer em Seu Filho e iria rejeitálo. Leiamos Romanos 8.28-30: „E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porque os que de antemão conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou‟. Era nesse texto que Jacó Armínio baseava a sua tese. „Aqueles que Ele de antemão conheceu também os predestinou‟. Jacó Armínio dizia que o pré-conhecimento de Deus vinha antes da Sua predestinação. Deus sabia... quando afirmamos que Deus sabia não significa que Deus adquiriu esse conhecimento, mas que Deus sabe todas as coisas antes da eternidade, se é que posso usar esse termo „antes da eternidade‟ ou na eternidade passada. Na eternidade, Deus já conhecia e sabia de todas as coisas. Então, como Deus já conhecia os salvos, Ele antecipadamente escreveu seus nomes no livro da vida e fez isso antes da fundação do mundo


(Ap 17.8). E fez isso não baseado em sua predeterminação, mas no seu conhecimento prévio. Segundo, a morte de Jesus Cristo, Filho de Deus, como o sacrifício vicário em favor da humanidade perdida para salvar aqueles que nele crerem, estava incluída no plano secreto de Deus. Leiamos 1ª Pedro 1.19,20: „Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado, o qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós‟. E Apocalipse 13.8: „...esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo‟. Há uma figura de linguagem chamada de antecipação e aparece nesse versículo „...foi morto...‟. a morte de Cristo não foi decidida às pressas no jardim do Éden quando Adão pecou. A morte de Cristo foi projetada por Deus antes de todas as coisas e, era tão certo que isso iria se cumprir que Deus fala com antecipação „Cordeiro que foi morto antes a fundação do mundo‟. Deus tem o poder de fazer as coisas acontecerem por sua livre vontade e ninguém pode impedir o plano e o projeto de Deus. Ele pode préordenar qualquer coisa que Ele quiser. Se, Ele, por exemplo, quisesse préordenar antes da eternidade os salvos e os perdidos ele poderia. Porque Ele é onipotente, todo-poderoso. Então, ninguém iria impedir isso. Todavia, Deus escolheu pré-determinar os salvos pelo seu conhecimento do que iria acontecer no futuro. Do mesmo modo, como Ele sabia que Adão iria pecar, Ele não predeterminou que Adão pecasse, mas sabia, na eternidade, que Adão iria pecar, que Eva iria ouvir a voz do diabo, que ambos iriam comer do fruto e quebrariam a palavra de Deus, Ele arquitetou a morte do Seu Filho Jesus. Terceiro, eleger e predestinar os crentes para serem filhos de adoção e santos. Está em Efésios 1.3-5: „Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo; como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade‟. „Segundo o beneplácito de sua vontade‟ é uma expressão paulina para o plano secreto de Deus. Quando foi que os crentes foram escolhidos para serem filhos de Deus? Antes da fundação do mundo. Quando Deus fez o Seu plano secreta com o Seu Filho já incluiu nesse plano os salvos. Alguns comentaristas de nossa Igreja dizem algo acerca da predestinação que é incoerente. Alguns dizem que Deus predestinou a todos para salvação. Mas, Deus não predestinou a todos! Porque se Deus tivesse predestinado a todos para serem salvos, e se toda a humanidade não ser salva, então, Deus se frustrará em seu projeto.


Quer dizer, Deus mostraria que não era capaz de cumprir aquilo que Ele predestinou. Por que o que é predestinar? É estabelecer de antemão o destino de alguém. Por isso que Deus não predestinou a toda a raça humana para salvação, mas predestinou alguns da raça humana para serem salvos. E, esses alguns que Ele predestinou o fez baseado na Sua presciência. Um irmão levantou o seguinte questionamento: „Digamos que eu tenha dez irmãos, Deus predestinou cinco para serem salvos, isso significa que os outros cinco estão excluídos da salvação ou eles podem optar pela salvação?‟. Deus predestinou os cinco não por determinação. Se ele tivesse predestinados por determinação, os outros estavam excluídos. Mas, como Deus predestinou pelo Seu conhecimento em saber que os outros cinco jamais iriam crer, então eles assim mesmo se excluíram. O nosso entendimento vai depender aonde baseamos a predestinação de Deus: na Sua presciência ou na Sua predeterminação. O irmão replicou: „Eles não creem, foi por que Deus fez com que eles não cressem!?‟. Não! De modo algum! Deus sabia que eles não iriam crer de jeito nenhum! Outro irmão questionou: „Quer dizer, que Deus já sabe os que serão salvos e os que não serão salvos. Aqueles que são predestinados para não serem salvos mesmo que estejam dentro da igreja não serão salvos‟. Nesse caso você está baseando seu entendimento sobre a predestinação na predeterminação de Deus. Mas, na verdade, Deus não predeterminou que ninguém fosse perdido. Adão foi que decidiu. Toda a raça humana está perdida em Adão, até mesmo, aqueles que Deus sabia iriam creem. Porém, Deus pelo seu eterno amor em Cristo trouxe a salvação. Contudo, Ele sabia que a sua salvação não irá salvar a todos, vai alcançar alguns. Por que não vai alcançar a todos? Porque o homem pela sua livre vontade humana quer permanecer no pecado de Adão. E, Deus não vai obrigar a esse pecador que quer permanecer no pecado de Adão a ser salvo. Ele está se perdendo porque quer, por sua livre vontade. Deus trabalha na vontade do homem. Por que? Porque Deus conhece a vontade do homem antes de todas as eras. Quarto, Deus escolheu o povo de Israel como nação santa para abençoar a humanidade através do descendente prometido. Em Gênesis 3.15 Deus disse que da semente da mulher iria nascer um descendente para frustrar os projetos de Satanás, iria esmagar a cabeça da serpente. Para que esse descendente pudesse nascer de uma mulher, Deus tinha que escolher de que povo esse descendente viria. E, ele escolheu a nação de Israel. A escolha da nação de Israel não foi baseada no pré-conhecimento de Deus, mas, foi, realmente, baseada na sua predeterminação. Ele quis desde o princípio que fosse Israel. Porque Israel sempre falhou contra Deus. Chegou a adorar até deuses falsos. Não permaneceu fiel a aliança. Foi pela livre escolha de Deus, sem nenhum pré-conhecimento de que Israel seria um povo fiel, pois, Israel não foi um povo fiel.


Então, o Messias iria vir de Israel, acontecesse o que acontecesse com essa nação. Quando Satanás ouviu no Éden que iria nascer um descendente da semente da mulher e, quando ele soube que esse descendente iria partir de Abraão (Gn 12.1-4), ele concentrou toda a sua fúria contra a nação de Israel. Assim, Satanás usou as nações contra Israel com o objetivo de exterminar Israel para que o plano de Deus não se cumprisse. Em Apocalipse 12, o grande dragão se pôs enfrente da mulher que estava grávida. Essa mulher é Israel e esse dragão é o diabo. Desde o principio do povo de Israel, o diabo se opõem contra ela para tentar destruir o descendente da mulher. Quinto, no projeto de Deus, também, estava incluído que Deus iria salvar primeiro o remanescente de Israel através do Messias. O primeiro povo que seria abençoado pelo Messias seria o povo de Israel; o primeiro povo que iria experimentar a salvação seria o povo de Israel; o primeiro povo que receberia o derramamento do Espírito Santo seria o povo de Israel; o primeiro povo que iria abençoar os demais povos seria o povo de Israel. Então, a salvação vem dos judeus. Leiamos Romanos 9.27: „Também Isaías clama acerca de Israel: Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo‟. A salvação de Israel não se constitui uma salvação geral de todos os judeus, mas apenas a salvação do remanescente. Deus escolheu Israel para trazer a salvação às outras nações. A salvação dos gentios não foi algo projetado por Deus porque os judeus rejeitaram a Cristo. Quer dizer, a Igreja não é um produto da frustração de Deus. „Ah! O meu povo me rejeitou, agora, eu vou voltar-me para os gentios‟. Não! Era algo que já estava dentro desse plano secreto. Deus tinha dito a Abraão: „Tu serás uma benção; os teus descendentes serão uma benção; e todas as famílias da terra serão abençoadas por teu intermédio‟. Deus já estava incluindo aí a salvação dos gentios. O povo de Israel foi um povo especial que iria conservar a palavra de Deus e, por meio de quem, Deus iria se revelar para a humanidade através do Seu Filho Jesus. Então, os judeus que não creem em Cristo serão condenados como qualquer outro gentio que não crer em Jesus (Rm 2.9-11). Para o judeu ser salvo tem, que agora, está em Cristo e na nova aliança que Deus estabeleceu em Cristo. Paulo fala que „ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo‟. Esse remanescente na nova aliança aparece em Apocalipse 14.1-5 em que Deus estabelece o seu número: 144 mil de todas as tribos de Israel. Então, é esse remanescente do povo de Israel que será salvo e, que irão participar da nova aliança em Cristo. Os demais serão condenados.


Já me perguntaram: „Se os santos do Antigo Testamento, como Abraão, Isaque, Jacó, os profetas, etc. fazem parte desses 144 mil que serão salvos‟. Não! Os santos do Antigo Testamento serão salvos fora parte desse remanescente. Esse remanescente é da nova aliança. Também já me perguntaram: „Se os 144 mil judeus serão arrebatados com a Igreja ou se eles irão ficar na grande tribulação‟. Alguns acreditam que os 144 mil serão salvos na grande tribulação; eu, porém, ensino que a contagem dos 144 mil começou com os apóstolos. Por que? Porque Apocalipse 14.4 chama-os de „primícias para Deus e para o Cordeiro‟. E, se eles forem salvos depois que a Igreja ser salva, então não são as primícias. Então, eles já fazem parte da contagem inicial. Portanto, fazem parte da Igreja e serão arrebatados junto com ela. Muito embora, essa não seja a definição escatológica da Assembleia de Deus. Sexto, também fazia parte do plano de Deus incluir entre esses salvos judeus uma plenitude de pessoas de outras nações. Esse é o segredo de Cristo. Segredo esse, que os apóstolos passaram a conhecer depois. Mas, no início, quando Cristo estava ministrando a eles, eles não sabiam desse segredo de que os gentios iriam ser incluídos entre o povo de Israel. Paulo vai falar desse mistério que estava oculto em Deus desde a eternidade em Efésios 3.5,6: „O qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas; a saber, que mediante o evangelho, os gentios são co-herdeiros com Israel, membros do mesmo corpo, e co-participantes da promessa em Cristo Jesus‟ (NVI). Os gentios foram incluídos na promessa de Deus dada ao povo de Israel. A salvação que participamos e gozamos é a mesma salvação que Deus deu ao povo de Israel. Os textos anteriores à esse texto, Paulo desenrola esse mistério e diz que Deus uniu Israel e Gentios em um só Corpo. De modo que agora não são mais dois povos, mas um só povo em Cristo. Esse mistério não foi compreendido pela nação de Israel. Esse mistério não era compreendido pelos apóstolos no início da Igreja. Paulo foi que recebeu, posteriormente, essa revelação de que os gentios são salvos em Cristo, sem necessariamente, se tornarem judeus. O gentio não precisa se tornar judeu para ser incluído no povo de Israel. Os gentios são incluídos no povo de Israel quando eles creem em Cristo. Veja que Paulo diz: „como agora tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas‟. Quem são esses profetas? São os profetas do Antigo Testamento. Foi revelado a eles, mas os líderes religiosos de Israel não conseguiram enxergar que essa salvação, também, era destinada aos gentios. Quando lermos as profecias de Israel ditas por Jeremias, Isaías e os demais profetas, veremos que está incluída a salvação dos gentios. Sétimo, faz parte do projeto secreto de Deus, estabelecer o Reino eterno e condenar aqueles que rejeitam Seu Filho.


Então, esse é, resumidamente, o projeto da nossa salvação arquitetada por Deus antes de todas as eras e que entrou em vigor em Jesus Cristo, autor da salvação. Segundo tópico: Jesus, o autor da salvação. Por que Jesus é o autor da salvação? Com o pecado de Adão, a humanidade ficou debaixo da garra e do domínio de Satanás. Por que? Porque Adão ouviu a voz do diabo, e assim se submeteu a vontade do diabo. E, uma vez que ele se submeteu a vontade do diabo se tornou-se escravo do diabo e do pecado. Então, por causa disto, o diabo teve o direito sobre toda a raça humana. Porque Adão se vendeu. Quando o diabo disse a Cristo na tentação: „Estás vendo todos esses reinos e poderes do mundo. Eu dou aquém eu quero, pois a mim me foram dados‟ (Lc 4.5,6). Ele não estava mentido. Pois, quem deu a ele o domínio sobre o mundo? Foi Adão. Adão num foi criado para dominar a Terra, então, ele passou esse domínio para Satanás quando pecou contra Deus. Assim, podemos dizer que o diabo tem domínio sobre essa Terra legalmente, pois Adão passou para ele. A Bíblia diz que Cristo pagou um alto preço para nos resgatar de volta. Ele pagou esse alto preço a quem? A Satanás? Não! A Deus! E, por que não foi pago a Satanás? Porque quando Adão pecou, ele contraiu a sua dívida contra Deus. E, Deus subjugou a raça humana debaixo da condenação do pecado. Então, o diabo é apenas um carcereiro. Por exemplo, as pessoas que estão presas no presídio, estão presas não para pagar uma dívida aos policiais, mas ao Estado e a comunidade. Então, o diabo é esse carcereiro, ele mantém as vítimas presas, mas o pagamento da dívida não é paga à ele, é paga à Deus. Porque foi contra a palavra de Deus que o homem pecou. Deus é o Juiz. Algumas pessoas pensam que Cristo pagou esse preço a Satanás. Alguns pais da Igreja, quando desenvolveram a doutrina da redenção, diziam isso que Cristo pagou o preço de resgate a Satanás para que ele pudesse soltar os pecadores. Mas, Cristo pagou esse preço a Deus. Inclusive, os profetas da prosperidade e da confissão positiva ensinam que Jesus Cristo morreu duas vezes. A primeira vez, ele morreu na cruz para nos redimir, e a segunda vez, ele morreu no inferno. Pois, se Satanás tinha o domínio sobre as almas que estavam no inferno, então, Jesus Cristo tinha que morrer pelas aquelas almas no inferno. Durante os três dias de sepultamento, o espírito de Jesus ficou nas mãos dos demônios no inferno, a mercê de Satanás e o diabo fez com ele o que bem quis. Esse é o absurdo ensino dos profetas da prosperidade. Orígenes (185-254), um dos pais da Igreja, ensinava que Jesus Cristo foi usado como uma isca. Deus disse a Satanás: „Tu me dás todas as almas que tens presas, que eu te dou o meu Filho no lugar delas‟. Aí, o diabo disse: „O Filho de Deus vale muito! Eu aceito a troca‟. Então, Satanás tomou Cristo na morte e liberou as almas. Mas Deus disse ao diabo: „Tu não


podes ficar com ele preso, pois ele é justo e inocente. Como, então, a morte pode prendê-lo?‟. Aí o diabo disse: „Deus me enganou. Eu fui tapeado‟. Deus barganhou com o diabo, e lhe vendeu uma mercadoria pelo qual ele não tinha nenhum domínio e nenhum poder. Isso era o que ensinava Orígenes, porém, sem base bíblica. Irmãos, por que o preço da salvação foi o sangue de Jesus? Por que não poderia, apenas, se as suas obras de justiça? Por que Jesus teve que derramar o seu sangue? Porque Deus estabeleceu que somente a vida poderia fazer restituição pela vida (Êx 21:23). A Lei ordenava que quem pecasse deveria morrer (Ez 18:4). Então, era a vida que fazia a restituição, a redenção e o pagamento diante de Deus. Leiamos Levítico 17.11: „Porque a vida da carne está no sangue; pelo que vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas; porquanto é o sangue que fará expiação pela alma‟. Por isso que Jesus Cristo teve que derramar o seu sangue. Pois, o sangue é vida, e „sem derramamento de sangue não há remissão‟ (Hb 9.22). Muito embora, Jesus Cristo tenha sido escolhido antes de todas as épocas para morrer pela raça humana, mas até que ele se revelasse, os homens teriam que ter um meio para expiar seus pecados e se relacionar com Deus. O único meio de purificar seus pecados era pelo sangue de uma vítima. Então, Deus estabeleceu os animais como uma prefigura da morte futura de seu Filho. Mas, aqueles pecados não eram, de fato, perdoados, eram apenas acumulados no céu. Assim, a comunhão que o povo da antiga aliança gozava com Deus era apenas uma comunhão aparente, artificial. Deus os aceitava por consideração. Mas, a verdadeira comunhão é a da nova aliança, pois, é baseada no verdadeiro sacrifício de Jesus Cristo. Mas, como eles tinham que ser salvos, a morte de Cristo teve um efeito chamado retroativo ou retrocesso, isto é, Jesus Cristo não apenas morreu por aqueles que iriam crer nele, mas também, morreu por aqueles que creram nele através dos sacrifícios que ofertavam a Deus. Então, a morte de Cristo, também, cobriu os pecados daquelas pessoas que se arrependeram no Antigo Testamento. Assim, as pessoas da antiga aliança só foram perdoadas e salvas, de fato e de verdade, quando Cristo apresentou seu sacrifício diante de Deus e fez a purificação do santuário celestial que acumulava esses pecados. Outra pergunta: Uma vez purificados pelo sangue de Jesus, não importa o que fazemos, somos salvos para sempre? A salvação tem três estágios. Quando Cristo nos justifica, essa justificação significa absolvição diante do tribunal divino. Deus está nos inocentando. A nossa dívida que tínhamos contra Deus, ele apagou totalmente. De modo que não consta mais em seus registros nenhum de nossos pecados. Então, o crente é um salvo. Ele foi salvo da penalidade do pecado.


Todavia, a salvação é um processo, e como disse somos salvos em três estágios: fomos salvos, estamos sendo salvos e seremos salvos. Fomos salvos quando formos totalmente perdoados. Não consta mais nos registros divinos os nossos pecados antigos, foram totalmente apagados. Estamos sendo salvos agora, quando Cristo nos santifica e nos prepara para a Sua vinda. Estamos sendo salvos do poder do pecado. E seremos salvos no futuro, quando na ressurreição teremos nossos corpos transformados e glorificados. Assim, que se o crente não perseverar em seguir a Cristo fielmente, poderá decair da graça de Deus e não atingir os estágios completos da salvação. Palestra Ministrada na Congregação da Assembleia de DeusCodó Para os Novos Convertidos Em 01 de Setembro de 2009 Sobre o Batismo nas Águas Esses dias, estamos estudando sobre “Eu aceitei a Jesus. E, Agora?‟. O irmão Geó ministrou sobre „Tenho que me Congregar?‟. Ele enfatizou com bastante clareza que temos que nos congregar e apresentou as razões para isso. E, agora estaremos estudando sobre: „Eu tenho que me batizar nas águas? Por que?‟. Irei dividir o nosso assunto em dois tópicos: primeiro, o batismo é o segundo passo após a conversão; segundo tópico: o batismo não é apenas uma cerimônia religiosa, mas um ato espiritual com profundos significados espirituais. Então, o batismo nas águas é o nosso segundo passo depois da conversão. Entre a nossa conversão e o nosso batismo, passamos pelo estágio chamado de discipulado. Somos ensinados e esclarecidos para que possamos a decisão de descer as águas batismais de uma maneira consciente. Mas, depois da gente aceitar a Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador, o nosso segundo passo, nessa caminhada, é se batizar nas águas. O que é que envolve a conversão? A conversão envolve duas coisas: arrependimento de pecados e a fé em Jesus Cristo. Se você se arrependeu de seus pecados e tem fé em Jesus Cristo, então, você se converteu a Deus. O que é arrependimento? A palavra vem dos originais da Bíblia que significa a „mudança de mente‟. Dá uma meia volta no caminho que a gente está seguindo‟. Esse é o arrependimento. O arrependimento produzir em nós uma tristeza no coração por termos ofendido a Deus por nossos pecados e uma decisão firme para abandonar os pecados. E, a fé em Cristo implica em duas coisas: confiar nele de que nos salvará naquele grande dia e aceitar os seus ensinamentos como verdades puras e regras de vida.


E, alguns dos ensinamentos que ele nos deu foi se congregar e se batizar nas águas. Em Mateus 28.19,20 (para quem não sabe esses números maiores na Bíblia são os capítulos e esses menores são os versículos): „Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos‟. Essa é a ordenança de Jesus Cristo para os seus apóstolos cerca do batismo nas águas. O que o batismo nas águas? É uma prática bíblica e cristã efetuada em adulto por imersão do corpo inteiro e de uma só vez nas águas em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo conforme Jesus Cristo ordenou. Por que é uma prática bíblica? Porque é uma prática encontrada nas páginas do Novo Testamento. Jesus Cristo ordenou, nos Evangelhos, que seus discípulos fossem batizados nas águas. Os apóstolos praticaram essa ordenança em Atos dos Apóstolos. E, as epístolas dos apóstolos nos trazem grandes ensinamentos acerca do batismo nas águas. E, também, é uma prática cristã. Depois dos apóstolos, desde o século II até o nosso século atual, século XXI, a Igreja mantém essa praticar de batizar em águas todos aqueles que se convertem a Cristo. Qual é o modo do batismo? Segundo as Escrituras do Novo Testamento, a maneira correta em que a pessoa deve ser batizada é por imersão. Deve ser mergulhada por completo nas águas batismais. O próprio termo da palavra batismo, que é uma palavra grega, significa imergir, mergulhar. Se a palavra de Deus nos ensina que o batismo deve ser por imersão, isso significa que todo batismo praticado que não são por imersão, mas por aspersão, isto é, derramar água sobre alguém, é inválido, não tem valor bíblico. Então, para que seu batismo tenha valor bíblico e cristão tem que ser por imersão nas águas. Na nossa Igreja, rebatizamos todas as pessoas que vieram de outras igrejas que não foram batizadas por mergulho, mas por aspersão. Qual é a fórmula batismal? É em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Alguns pastores ensinam que o batismo tem que ser efetuado apenas em nome de Jesus, e que o batismo em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo é uma maneira errada de se realizar. Porém, esses pastores, que a maioria é contra a doutrina da Trindade, procuram desviar a fé dos crentes. Quem pode se batizar? Todos aqueles que se arrependeram de seus pecados e que mantém uma fé viva no Senhor Jesus Cristo. Isso significa que as únicas pessoas que podem receber o batismo são pessoas adultas. Pois, podem se arrepender de seus pecados e exercer fé em Jesus Cristo. Porque se arrepender de seus pecados e ter fé em Jesus Cristo são dois atos que envolvem o raciocínio, a consciência e a mentalidade. De modo que uma criança pequena não está ainda apta para se batizar. Porque ela não pode se arrepender de seus pecados e nem exercer fé em Jesus Cristo. Portanto, o batismo infantil, também, é um batismo inválido. Alguém me perguntou: „Em quanto tempo um novo convertido está apto para se batizar?‟. Normalmente a pessoa deve passar pelo discipulado


para conhecer as doutrinas bíblicas e estar bastante consciente de sua decisão. Todavia, o tempo é a própria pessoa que estabelece. Geralmente as nossas igrejas batizam de três em três meses. Se em três meses, a pessoa achar que está convicta da sua decisão, então, nada impede que ela seja batizada. Porém, há alguns casos em que as pessoas devem esperar um pouco mais. Por exemplo, há pessoas que aceitam a Cristo, mas continuam fumando por algum tempo, essas pessoas devem se batizar após largarem esse mau hábito. Pois, o batismo nas águas não lhe dará nenhum poder para largar o vício. Não há nas águas do batismo nenhuma mágica ou poderes libertadores. Quem irá libertar a pessoa do vício é o poder de Jesus Cristo, e o modo como ela se apropria desse poder. Há pessoas que ainda não são casadas legalmente, mas vivem maritalmente. Essas pessoas, também, deve esperar legalizar sua situação para depois serem batizadas nas águas. Agora, coisas como falhas de personalidades, pouca assiduidade aos cultos, pouca compreensão das doutrinas, analfabetismo e desemprego não podem tornar empecilhos para a pessoa se batizar. Apenas pecados grosseiros e situações ilegais devem fazer com que as pessoas esperem um pouco mais. O batismo nas águas não é apenas uma cerimônia religiosa, mas é um ato espiritual de profundos significados espirituais. É o que nós veremos agora baseado na palavra de Deus que irá estabelecer a importância de se batizar nas águas. Por que você pode perguntar: „Irmão, se eu não me batizar, não serei salvo?‟. As pessoas que não se batizam nas águas porque não querem, estão demonstrando uma falta de confiança, de consciência e de fé. E, essas coisas são essenciais para a salvação. „Não irei me batizar, porque o batismo é dos homens!‟ Não senhores! O batismo é de Deus! O batismo é bíblico e cristão. É uma ordenança de Cristo. Ele ordenou que todo aquele que tenha fé seja batizado nas águas. Iremos ler alguns textos bíblicos que nos confirmam e ensinam os significados espirituais que estão por trás do batismo nas águas. O batismo é uma confirmação da fé que professamos. Você aceitou a Jesus Cristo através da fé em Jesus Cristo. Porém, é submetendo ao batismo que você confirmará a sua fé. Jesus disse: „aquele que crer e for batizado será salvo‟ (Mc 16.16). Então, é através do batismo que você confirma, que de fato, tem fé em Jesus Cristo, e está disposto a segui-lo pelo resto da sua vida. É aceitação do batismo que vai externar essa fé. A fé, você tem no coração. A Escritura diz: „aquele que crer em seu coração‟. Para seguir a Cristo, você tem que crer de todo o coração. Mas, você só vai publicar e externar sua fé quando se batizar nas águas. Leiamos Atos 2.37,38: „E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos? Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo‟. Certa pessoa perguntou aquém lhe evangelizava: „O que me impede que seja batizado?‟. A pessoa respondeu: „É licito se creres de todo o teu coração‟.


Ele só poderia ser batizado depois de ter feito a profissão de fé, e uma vez feito essa profissão de fé, poderia externar isso através do batismo público diante de Deus e das testemunhas ali presentes. Tiago ensina, em sua epístola, que a fé sem obras é morta. Se a pessoa diz que tem fé, mas não quer se batizar, porque está insegura, titubeando, a fé dessa pessoa está sendo uma fé morta. O batismo nas águas é um testemunho de nossa confissão publica. É no batismo nas águas que você vai publicar a confissão que você fez diante do altar. E, qual é a confissão que a pessoa faz quando aceita a Jesus? Está em Romanos 10.9,10: „a saber, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo; pois é com o coração que se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação‟. A pessoa tem que confessar que Jesus Cristo, dali em diante, vai liderar, comandar e guiar sua vida. Ela se submeterá aos ensinamentos de Cristo. „A partir de hoje eu não mais me domino, quem me domina, quem é meu Senhor é Cristo‟. A confissão é: „Senhor Jesus!‟ ou „Jesus é meu Senhor!‟. Você faz essa confissão diante do altar, e então deve tornar essa confissão pública. E tornamo-la pública quando nos batismo nas águas. Em 1ª Coríntios 10.2, quando os israelitas saíram do Egito, e resolveram seguir a Moisés como seu líder, tiveram que passar pelo Mar Vermelho. E, o Mar Vermelho simbolizava o batismo dos israelitas que estavam recebendo Moisés como líder. Assim, também, é no batismo. O nosso batismo é o Mar Vermelho em que estamos rompendo com o mundo e recebendo a Cristo como nosso Senhor e Líder. Porém, temos que ter muito cuidado ao tomar essa decisão, pois, muitos israelitas, depois, se rebelarão contra Moisés. Ao se batizarem, vocês estarão se submetendo as ordenanças de Cristo. E, as ordenanças de Cristo estão sob a responsabilidade da Igreja e seus ministros. Isso significa que você se submete a Cristo ao se submeter a igreja onde se congrega e ao pastor como representante de Cristo. O batismo nas águas, também, é uma representação da nossa purificação pelo sangue de Jesus Cristo. Todos que se arrependerem de seus pecados e receberam a Cristo como Salvador foram lavados no sangue de Jesus e purificados de todos os pecados, e não constam mais nos registros de Deus. E, não tem demônio nem pessoa alguma que possam acusa-lo de qualquer coisa. Porque vocês estão limpos e lavados! E, como se dá essa lavagem? Essa lavagem acontece espiritualmente. Você não vê Cristo lavando. Mas, quando você se batiza nas águas, aquelas águas representam essa lavagem; esse banho que você recebe no sangue de Jesus. Então, você está mergulhando literalmente nas águas, mas espiritualmente você está sendo mergulhado no sangue de Jesus Cristo. E, por isso que o crente pode dizer com muita convicção: „eu fui lavado no sangue de Jesus!‟. Isso foi representado pelo batismo nas águas. Em Atos 2.38: „Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados‟. Muito embora, as


águas não tem o poder de remir nossos pecados, mas representa essa purificação do nosso velho eu. O batismo, também, tem o simbolismo da nossa regeneração pela palavra de Deus. O que é a regeneração? É ser gerado de novo. As pessoas que se converteram a Cristo, foram geradas de novo. Só poderão participar do novo mundo que vem, e do Reino de Deus que será estabelecido sobre o novo mundo, aquelas pessoas que nasceram de novo. Quem não nascer de novo está fora do Reino de Deus. Nascemos com uma natureza pecaminosa, uma natureza que recebemos de Adão, uma natureza que tem uma inclinação para o pecado. Essa natureza não pode herdar o Reino de Cristo. Temos que passar por uma transformação, uma mudança. E, só quem pode realizar essa transformação é o Espírito Santo de Deus. E, Ele só realiza essa transformação em nossos corações, quando nos arrependemos de nossos pecados e temos fé em Jesus Cristo. Aí! É que nascemos de novo! Quem está em Cristo é nova criatura. Fomos gerados pelo Espírito Santo mediante a palavra de Deus! João disse que a semente que está em nós é uma semente incorruptível, que jamais será destruída. Uma semente que está nos transformando e nos conduzindo para a vida eterna. Só herdará a vida eterna quem traz em si essa semente incorruptível, essa semente imortal. Através da regeneração recebemos o Espírito Santo de Deus. O Espírito de Deus é a nossa garantia de que herdaremos a vida eterna. Então, o batismo representa essa regeneração. Essa recriação. Veja que quando Deus recriou o mundo em Gênesis 1.1,2, o mundo estava no caos, na desordem, na bagunça, submerso em trevas. Porém, havia águas ali. Assim lemos: „O Espírito de Deus pairava sobre as águas‟. E, Pedro disse: „a terra surgiu da água e através da água pela palavra de Deus‟ (2ª Pe 3.5). Assim era a nova vida. Vivíamos no caos, na desordem. Uma vida desorganizada, desorientada, sem Deus, sem salvação. Andando conforme os nossos pensamentos, sendo guiado pelo príncipe das trevas. Sem nenhum destino e certeza de vida eterna. Mas, o Senhor colocou a nossa vida em ordem. Agora, vocês estão salvos, perdoados, pertencentes e congregados a um povo que é santo e tem a certeza de vida eterna. Então, o batismo nas águas representa toda essa mudança. Ao mergulhar nas águas, você mergulha uma velha criatura, mas, quando você se ergue, ali se ergue uma nova pessoa para viver uma nova vida em Cristo, disposta a seguir até o fim, não importa as consequências.


Palestra Ministrada na Congregação da Assembleia de DeusCodó Para os Novos Convertidos Em 15 de Setembro de 2009 Sobre a Depressão

Salmos 42.1-11 Nessa noite iremos falar sobre um assunto que os especialistas consideram como o „mal do século‟. Está entre a segunda doença do mundo. Iremos falar sobre a depressão. E, queremos dividir o nosso assunto em seis tópicos: primeiro, o que é depressão; segundo, quais são os sintomas da depressão; terceiro, o crente pode sofrer depressão; quarto, a investida de Satanás para deprimir o povo de Deus; quinto, como vencer a depressão; sexto, como ajudar alguém com depressão. Então, realmente é de sumo importância iniciar com a definição do que é depressão, pois, tem se constituído algo vivenciado por muitas pessoas ao redor do mundo. Depressão é mais do que uma tristeza, é uma sensação profunda de desespero. Diz que 5% da população sofre de depressão. Sendo uma das doenças graves. É quando a tristeza se aprofunda de tal maneira que causa um distúrbio na alma, na mente, deixando a pessoa psicologicamente desestruturada. De modo que isso pode causar vários sintomas na vida das pessoas. Porque desorganiza a mente, abala o ser interior das pessoas. É mais uma doença que atinge a alma do que algo físico. Porém, é tão profunda que chega a causar, o que os especialistas chamam, de doença psicossomática. O que é isso? É quando a mente da pessoa tem uma certa influência sobre o corpo, quer dizer, a mente está tão debilidade, a alma tão profundamente desesperada, sem estrutura, sem base firme, sem nenhum tipo de força, que aquilo atinge até mesmo a sua saúde física. É o estado mental atingindo o corpo físico da pessoa. A Escritura diz que o espírito do homem o sustém na sua enfermidade. Então, o espírito é a vida que nos mantém de pé, firme, nas piores situações da vida. Mas a depressão atinge exatamente a alma e o espirito das pessoas. E aquilo que deveria ser o seu sustento está enfraquecido. É como uma casa, cuja estrutura, colunas, estão comprometidas. Toda a casa está preste a cair. Quando a nossa alma/espírito, está abatida, desestruturada, toda a nossa vida, emocional, sentimental, física, está comprometida de sofrer, também, um profundo abalo. A Escritura diz que o espírito alegre dá beleza ao rosto, mas a alma amargurada, o espírito abatido, até o doce se transforma em amargo (Pv 27.7). Portanto, a depressão é uma doença grave e terrível. Considerada como uma doença da alma. Existem dois tipos de depressão. A depressão exógena é uma depressão causada por fatores externos. É uma situação


externa que atinge o ser interior da pessoa. Como por exemplo, um divórcio, uma infidelidade conjugal, morte de um ente querido, uma doença grave, etc. Esse tipo de depressão é reativa. A alma da pessoa reage diante da tragédia. Contudo, é uma depressão normal. Porque todas as pessoas sofrem quando enfrentam uma grande perda, uma frustração na vida e um fracasso nos negócios. A pessoa está bem sucedida em seu emprego, de repente é despedida, vêm as dívidas, e um fatores de coisas sucedem, que desestrutura a vida financeira e chega a atingir a sua alma. Esse estado de depressão da alma, essa tristeza, essa depressão exógena é normal. Mas, quando a depressão passa por um período prologando, e a pessoa não consegue supera-la, vai entrando semanas e meses e a pessoa ainda está no mesmo estado, caído, deprimido, triste, abatido, sem forças, então, a depressão começa a se transformar em um tipo de depressão que precisa ser tratada e acompanhada. Há outro tipo de depressão chamada de depressão endógena. É um tipo de depressão que não tem uma causa aparente. A pessoa está deprimida, mas não existe uma razão pelo qual a levou ficar deprimida. Não sofreu nenhum problema financeiro, problema de saúde, problema social. Sua vida tem-se transcorrido normalmente, mas de repente, entra um estado profundo de depressão. Esse tipo de depressão é um dos casos mais difíceis porque não há como dá apoio e oferecer ajuda, pois as pessoas não sabem o que aquela pessoa sofreu. E, aparentemente não há uma razão para está passando por aquela tristeza profunda. Podem ter acontecido com ela alguns casos internos, como fatores hormonais, cerebrais e espirituais. As mudanças de hormônios, principalmente nas mulheres, na questão do ciclo menstrual, no pós-parto, na menopausa, podem causar uma certa depressão na mulher. É uma depressão que aparentemente não tem um fator real, mas fatores internos. Por exemplo, a pessoa que sofre algum problema mental ou cerebral, como por exemplo, esquizofrenia ou personalidade bipolar, também, causa esse tipo de tristeza profunda que a pessoa fica desesperada e desanimada para tocar a sua vida para frente. Ou então, um estado espiritual causado por alguma força sobrehumana na pessoa, talvez, algum tipo de opressão maligna, que nem mesmo os médicos consegue diagnosticar a causa física, e nem tampouco os psicólogos e terapeutas conseguem detectar alguma causa psicológica. Apenas Deus pode trazer um tratamento para uma depressão espiritual produzida por demônios. Convém salientar que há opressão demoníaca e possessão demoníaca. Na opressão, o diabo age na mente da pessoa, e na possessão, ele apodera-se do corpo e a pessoa perde a consciência. Na opressão, a pessoa não perde a consciência, mas fica tão psicologicamente debilitada, que acaba variando e se alienando, e alguns chegam até praticar o suicídio.


Vamos ver alguns sintomas da depressão. Na verdade são vários sintomas que uma pessoa deprimida sofre. Ao conhecer esses sintomas, podemos saber se estamos nesse estado profundo de tristeza. Isso não significa que se a pessoa sentir um ou dois desses sintomas esteja deprimida, mas se sentir vários desses sintomas, e se prolongar por muitos dias, a pessoa precisa buscar ajuda. Tristeza constante, ansiedade ou ociosidade. A pessoa está profundamente e constantemente sentindo uma tristeza profunda. Sentimento de desesperança, pessimismo, baixa autoestima e sentimentos negativos constantemente. A pessoa perde o otimismo pela vida. Para esse tipo de pessoa nada mais vai da certo, não há mais expectativa para o seu caso. Enche-se de pensamentos pessimistas e derrotistas. Sentimento de culpa, impotência e inutilidade. Perda de interesse e prazer em hobbies e em atividades que antes lhe dava prazer e eram apreciadas. Falta de apetite sexual, podendo até mesmo destruir o casamento. A pessoa que vai se aprofundando na depressão vai chamando cada vez mais abismo sobre a sua alma. Vai-se atolando cada vez mais e causando outros distúrbios emocionais profundamente amargos que vai aumentando o estado deprimente da sua alma. E, como se a pessoa estivesse em uma areia movediça. Insônia. Ou acorda muito cedo ou dorme muito tarde. A pessoa fica desequilibrada. Não consegue dormir ou então dorme demais. Falta de apetite e perda de peso ou então comer demais e ganha peso. As pessoas deprimidas tende a comer muito chocolates. Porque o chocolate ativa no cérebro uma substância chamada melatonina, que é o hormônio do prazer. Devido o baixo teor de melatonina durante a depressão, o cérebro fica pedindo reposição desse hormônio levando a pessoa a consumir chocolate, mas com o chocolate vem também a gordura. Falta de energia, fatiga ou então uma agitação incontrolada. Sente-se dificuldade nas atividades mais simples. A vida de uma pessoa em um estado profundo de depressão é uma sobrecarga emocional muito pesada. De modo que vai-se perdendo as forças vitais que mantém o ser humano firme. A Bíblia diz, através de Tiago, que „o corpo sem o espírito está morto‟. Quer dizer, o que sustenta a vida no corpo é uma alma sadia. Se você tem uma alma sadia, você pode, ainda que com tristeza e grande aflição, vencer os problemas. Uma alma sadia, fortificada, pode enfrentar qualquer tragédia! O que torna uma alma sadia? A oração, a palavra de Deus e as coisas espirituais. Outros sintomas: pensamentos de mortes e suicídios; tentativas de suicídios. A pessoa acha que o seu estado deprimente não tem mais jeito, então, a única válvula de escape é destruir o que está lhe destruindo; acabar com aquilo que está acabando com ele; então, enche a mente de


pensamentos suicidas de que o jeito é dar fim a própria vida. Desse modo, pensa-se, que estará destruindo aquilo que está causando o seu sofrimento. Evidentemente que alguns pensamentos suicidas são de origem maligna, mas há outros casos que são questões psicológicas causadas pela depressão. Inquietação, irritabilidade e mau humor. Alguns se sentem relaxados, outros dispostos. A depressão é produzida por uma causa, mas é, também, um efeito que produz outras causas. Muito embora, em alguns casos de depressão não se consegue detectar a causa que está produzindo a depressão, contudo, os seus efeitos produzem sintomas. Desse modo, a depressão atinge até o humor das pessoas. A pessoa não consegue mais sorrir para a vida, entra em um estado de irritação e isolamento, isso reflete nos seus relacionamentos com os filhos e cônjuge. Quem convive com uma pessoa deprimida, precisa está preparada para servir de suporte, apoio e ajuda. Precisa entender que o deprimido está agindo sob a influência da depressão. É preciso ter bastante paciência. Dificuldade de concentração, dificuldade de lembrar-se das coisas, dificuldade de tomar decisões, pois sua mente está constantemente ocupada com pensamentos negativos. A pessoa se sente tão incapaz de resolver os seus problemas que esquece até de trabalhar e realizar suas funções normais e domésticas do cotidiano. Relaxa no cuidado da sua família, da sua aparência estética. Torna-se uma pessoa totalmente inutilizada, encostada, sem forças para tomar as rédeas e tocar a vida para frente, aprisionada em seu mundo de fantasias. Sintomas físicos, que são doenças psicossomáticas, o estado psicológico da pessoa atingido o seu corpo. São sintomas físicos que não respondem aos medicamentos, como dores de cabeça, problemas digestivos e dores crônicas. Síndrome do pânico, fobias e nervosismo. Isolamento social por dificuldade de manter uma simples conversa. A depressão, também, pode ter uma causa hereditária, ser produzida, também, por alcoolismo e colapso nervoso. Às vezes, também, o deprimido torna-se dependente do álcool para esquecer seus problemas. Vejam irmãos, que é uma lista quase infindável de sintomas que atinge uma pessoa que está num estado de depressão. São sintomas que atinge o interior das pessoas que deveria ser a fonte de força, de onde a pessoa extrai condições psicológicas e espirituais para enfrentar as situações de calamidades e tragédias. Iremos ver se um crente pode sofrer de depressão. Na nossa revista da Escola Dominical, no 3º Trimestre de 2008, estudamos sobre as doenças dos séculos, como estresse, ansiedade e outras mais. E, entre essas doenças está a depressão, considerada como o conflito da alma. E, essa lição afirma que o crente pode sofrer depressão em algum momento da sua vida. O Dr. Wagner dos Santos Gaby, comentarista da lição, diz o seguinte: „A despeito de alguns pensarem que o crente jamais se deprime, a


própria Bíblia menciona diversos casos de servos de Deus que passaram por diversas crises dessa doença, que se mostra cada vez mais ativa nesses últimos dias‟ (4ª lição, do 3° Trim/2008). Então, o autor defende que o crente está, também, vulnerável a sofrer depressão. Inclusive o Salmo 42, que lemos, foi escrito por uma pessoa que passou pelo estado de depressão. Já me perguntaram: „Se Jesus no Getsêmani ficou com depressão‟. Não! Jesus sentiu uma profunda tristeza, mas aquela tristeza não se transformou em desespero. Ao se levantar dali, ele estava confiante no Pai e segurou da sua decisão. Sua alma estava firme. Um dos casos típicos que a Bíblia menciona em que um servo de Deus passou por um estado profundo de depressão é o caso do profeta Elias. Iremos ver em 1º Reis 19 em que alguns textos registram sintomas em que podemos identificar que Elias sofreu depressão. Nos versículos 3 e 4, diz: „[Elias] deixou ali o seu ajudante. E foi para o deserto, andando o dia inteiro...‟. Isso aqui é um dos primeiros sintomas: o isolamento social. Segundo, „...e foi sentar-se debaixo de um zimbro...‟. Ele perdeu o seu ânimo de prossegui; ele desistiu. A pessoa sofre esse sentimento de desistência. A pessoa diz: „acabou, não tem mais jeito. A minha vida não tem mais sentido‟. É um tipo de frustração. O terceiro sintoma: „... e pediu para si a morte, dizendo: Já basta, ó Senhor; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais‟. Esse é um sentimento de auto-piedade; a pessoa tem pena de si mesmo. De modo que a pessoa pede a Deus que tire a sua vida para que aquele sofrimento acabe. Veja que houve uma prostração em Elias. „E deitando-se debaixo do zimbro, dormiu... (v.5)‟. Elias também ficou sonolento, dormiu fora de hora. Não é normal a pessoa passar o dia dormindo. Qual foi a causa que produziu essa depressão no profeta Elias. Elias não era qualquer um. É considerado como um dos maiores profetas do Antigo Testamento. Quando Jesus Cristo esteve no monte da transfiguração, Elias foi um dos profetas que apareceu a Jesus Cristo. O primeiro foi Moisés e o outro foi o profeta Elias. Representando a Lei e os Profetas. Dando à Cristo autoridade suprema sobre o Antigo Testamento. Elias não era qualquer um. Era um grande homem de Deus. Uma pessoa de uma forte fibra, forte estrutura. Mas, era uma pessoa que também estava sujeito a sofrer depressão. Tiago disse que Elias, muito embora tenha realizado feitos poderosíssimos, mas era um homem sujeito aos mesmos sentimentos que qualquer um de nós. Mas como pode um crente salvo sofrer depressão? A salvação produzida por Deus em nós têm três estágios: a salvação do espírito, a salvação da alma e a salvação do corpo. A salvação do espírito é produzida em nós de uma maneira instantânea. Quando você aceita Jesus de todo o seu coração, o seu espírito renasce, é regenerado. Você recebe uma nova vida de Deus. Porém, a salvação da alma é um processo. É na sua caminhada cristã


que você vai salvando a sua alma, sarando suas feridas emocionais, como a depressão, a tristeza, a frustração, etc. Essa salvação é efetuada através do alimento da palavra de Deus, fortificando a fé e através da oração. E, nosso terceiro estágio da salvação é a salvação do corpo. Só iremos atingir essa salvação no último dia, na glorificação do corpo. Quando Jesus voltar e formos ressuscitados ou transformados é que atingiremos a nossa salvação completa. Então, o grande profeta de Deus, Elias, sofreu uma exaustão mental pelo estresse do povo de Deus. De tanto ele querer estabelecer um culto verdadeiro, convencer o povo da falsa adoração a Baal, de tanto lutar, de ser perseguido, maltratado e incompreendido. Todas essas coisas foram atingindo a sua alma. Muito embora, o seu espírito estava forte, mas a sua alma começou a sofrer esses ataques psicológicos. De modo quando a Jezabel disse: „Vamos perseguir esse profeta, e acabar com a vida dele‟. Essa palavra de Jezabel foi apenas uma gota d‟agua nos problemas em que Elias já vinha enfrentando. Há essa gota d‟agua! A nossa alma está carregada de problemas, aí há o momento que vem essa gota d‟agua que nos arrastam de uma vez. O profeta vinha lutando, e quando, ele achou que venceu os profetas de Baal e que agora, Acabe e Jezabel iria se levantar e iria dizer: „Nós fomos vencidos, e o Deus verdadeiro é o Deus Javé, então, agora, vamos estabelecer o culto verdadeiro‟. Elias estava esperando por essa decisão do rei e da rainha. Mas, quando a decisão do rei e da rainha foi totalmente diferente do que ele esperava, isso causou uma frustração tão forte que o desestruturou de uma vez. De modo que o profeta guerreiro, valente, que enfrentou 800 homens em uma batalha no monte Carmelo, estava agora dentro de uma caverna, escondido, isolado, com sentimento de fracasso e desejando a morte. Todavia, o Deus todo-poderoso que conhece o espírito, a alma e o corpo, inicia um tratamento no profeta Elias. E, qual foi o primeiro tratamento? Deus enviou um anjo para trazer alivio ao profeta e restaurar suas energias. O anjo lhe serviu pão e água. Elias comeu um pouco e dormiu novamente. Mas, o anjo lhe disse: „Levante-te e come e bebe, porque longo te será o caminho!‟. O anjo estava lhe dizendo: „Você não pode desistir agora, porque ainda têm muitas coisas para realizares nessa vida‟. Então, o problema por mais trágico que seja não pode nos paralisar! Não pode produzir em nós esse sentimento de que tudo acabou! Porque o Senhor está dizendo que ainda tem muitas coisas pra gente realizar nessa vida. Tai que um dia quando essas coisas chegarem ao fim, o Senhor vai preparará a nossa alma e a levará para o seu paraíso. Mas se, ainda estamos vivos isso significa que a nossa missão não acabou, nem parou nem tampouco terminou. Então, temos que recobrar forças! A luta é grande, a tribulação e aflição também; esse mundo, muitas vezes, nos deixa deprimidos e tristes; ficamos pensando o que será de nossos filhos; tememos pelas nossas


próprias vidas; há tantos casos de bala perdida e tantas coisas que isso nos querem abater. Mas, não podemos deixar essas coisas nos enfraquecer. O apóstolo Paulo disse: „atribulados, mas não abatidos, perseguidos, mas não destruídos‟, „tristes, mas alegrando a muitos‟. Então, recebemos de Deus essa força, assim como o profeta Elias. Foi visitado pelo anjo de Deus que lhe trouxe fortalecimento para que pudesse prosseguir na sua jornada. Elias prosseguiu, caminhou até o monte de Deus, o monte Horebe. Ele caminhou para o melhor local onde poderia estar, no monte Horebe, onde está a presença de Deus. O melhor local em que o depressivo possa estar é na presença de Deus. Não ainda se isolar das orações, dos cultos, dos trabalhos do Senhor. Não! Tem que frequentar mais ainda. Tem que recobrar forças, como o profeta Elias, e caminhar para a presença de Deus. E, quando ele estava lá monte Horebe dentro de uma caverna escura e solitária, ouviu a voz suave de Deus, dizendo: „O que fazes aqui, Elias?‟. O que o Senhor estava esperando de Elias? Estava esperando ele verbalizar os seus problemas. Ele colocar pra fora, expor. Essa é a grande ajuda de um terapeuta para a pessoa deprimida. O que o terapeuta faz? Apenas escuta a pessoa, incentivando-a a jogar pra fora. Porque se a pessoa acumular dentro de si essas energias negativas, vai ser pior. Conta o teu problema! Expõem a tua causa! Esse foi o tratamento de Deus para Elias. Então, o profeta veio com várias queijas: „Senhor, acabou os teus profetas, só tem eu, tal, tal e tal‟. Deus percebeu que só havia imaginações em Elias, apenas sua mente estava turbada, e não conseguia enxergar a realidade. No caso do profeta Elias, vermos uma investida de Satanás que procura deprimir o povo de Deus. Veja que Elias passou por um estado profundo de depressão. Inclusive, a maioria dos escritores bíblicos, quando falam sobre depressão, tomam a figura de Elias como um exemplo de pessoa deprimida. Antes de o profeta passar por esse estado de depressão, de onde ele vinha? Ele vinha de uma grande vitória; de uma grande bênção. Ele tinha, irmãos, derrotado o reino de Satanás. Ele tinha mexido com o diabo; tinha derrotado os sacerdotes do diabo; tinha acabado com o culto do diabo; ele fez com que o povo, que adorava o diabo na imagem de Baal, reconhecesse que o Senhor Javé é o único Deus. Essas coisas foram um fracasso e uma derrotada muito grande para o reino das trevas. E, você pensa que quando Satanás sofre uma grande perda se dá por satisfeito, por vencido. Não! Ele procura recobrar o ataque. Satanás procura ofuscar a força de Deus em nossa vida. Sempre, depois de uma grande vitória, vem uma grande luta, aflição, provação. Isso é uma investida de Satanás. Aquilo que o Pr. Mário, pregou na doutrina, quando atacamos o reino das trevas, Satanás não vai se dá por derrotado, ele vai reunir mais demônios ainda para tentar recuperar aquilo que está perdendo.


Assim, o homem de Deus profetizou que devemos está preparado para as investidas de Satanás nesses últimos dias, porque o diabo está com raiva da igreja da Codó, porque a igreja está alcançando grandes vitórias, está recebendo grandes bênçãos e está ganhando muitas almas para o Senhor Jesus. Agora, tem um porém, o diabo procura atacar os mais vulneráveis. Ele não vai atacar os mais fortes. Ele procura atingir o povo de Deus atacando os mais fracos. Quando ele derrubou o casal Adão e Eva, ele não foi à Adão, o homem que estava com a palavra, mas foi ao vaso mais vulnerável, a mulher. Quando os amalequitas atacaram o povo de Israel na sua caminhada no deserto, não atacaram o povo que ia à frente com Josué e Josué, atacou o povo vinha atrás. Vinham cansados, em fatigados. A Bíblia diz que eles atacaram os mais vulneráveis. E, a Bíblia diz que essa luta contra os amalequitas nunca iria acabar. Sempre o povo de Deus vai enfrentar os amalequitas. Pedro disse que o diabo anda a derredor como leão procurando aquém possa tragar. Quando um leão vê um grande rebanho; quem ele procura atacar? Não são aqueles mais fortes, mas os mais fracos, despercebidos. O diabo, que é uma serpente astuciosa e um leão cheio de artimanhas, vai procurar atacar os mais vulneráveis entre nós. Temos que nos fortalecer. Se a gente ficar nessa cantiga do capote: „tó fraco, tó fraco e tó fraco‟. Você vai se tornar uma vítima, em potencial, para o diabo. De modo que o profeta Joel disse: „Diga o fraco: eu sou forte!‟. Quando você está na presença de Deus, você diz: „Senhor, eu sou fraco, não tenho nada, me ajuda‟. Mas quando você está na presença do diabo, você diz: „Eu sou forte‟. „Porque quando eu estou fraco, aí é que eu estou forte‟. Num foi isso que disse o apóstolo Paulo. Vamos está alertas contra os ataques e a fúria de Satanás. Satanás está furioso, e se você é forte, ele vai tentar ataque seus familiares, os crentes mais fracos da igreja. Vamos está em vigilância. Por isso que Satanás é considerado, também, como um dos grandes causadores de depressão entre o povo de Deus. Tem coisas que acontecem que não temos como explicar, então, Satanás aproveita a oportunidade para encher a cabeça da gente de abobrinhas para questionar a soberania de Deus. Massa não podemos questionar a soberania de Deus. Um certo pastor, chamado de Kennent Hangi, um pastor muito conhecido nos Estados Unidos, tendo um ministério de curas e libertação, ele disse que certa vez, um de seus parentes, parece-me que seu pai, tinha falecido por causa de uma doença; então, o Pr. Kennent Hagi disse que se sentiu impotente diante daquela situação, e pensou: „Senhor, tu me usa em curas para curar tantas pessoas, e tu não curaste o meu pai, que tanto orei e busquei. Tanto ministrei sobre ele a cura, e o seu caso clínico agravou e morreu. Então, não tem mais sentido o meu ministério; eu vou terminar aqui a minha missão de pastor‟.


Então, o Senhor disse para ele, citando um texto bíblico: „as coisas ocultas são para o Senhor nosso Deus, e as coisas reveladas são para nós‟. Têm coisas, irmãos, que acontecem na nossa vida, que não compreendemos, são coisas ocultas. Não podemos questionar e nem se irritar com Deus. Mas, entregar em suas mãos e confiar. O pastor que sofreu uma grande derrota em seu ministério, e passou por um momento muito difícil da sua vida, talvez já se recuperou, mas na época chegou a negar algumas doutrinas básicas da fé cristã, foi o pastor Ricardo Gondim. Ele enfrentou a mesma situação do Pr. Kennent Hagi. A sua mãe adoeceu e morreu. E, o pastor achou que não teve condições suficientes de poder trazer a cura para sua mãe, muito embora, tenha feito campanhas e campanhas de oração, jejum. Levantou a igreja para orar. Mas nada disso trouxe recuperação para sua mãe. Então ele questionou a soberania de Deus, a onipotência de Deus. Ele chegou a ponto de dizer que Deus não era tão poderoso como estava escrito na Bíblia. E, isso foi tão forte que casou uma divisão muito grande na Igreja Betesda. Pois muitos pastores não concordaram com as definições do Pr. Ricardo Godim. Temos que ter uma estrutura muito forte e espiritual para aceitar a vontade de Deus, ainda que seja uma grande bênção ou uma grande derrota. O apostolo Paulo, em Romanos 8, disse: „todas as coisas contribuem para o bem daqueles que são chamados segundo o propósito de Deus e daqueles que amam a Deus‟. Se temos fé que fomos chamados segundo a vontade decretiva de Deus e o amamos profundamente não devemos questionar aquilo que acontecem conosco, porque sem entender e nem compreender, de alguma maneira está contribuindo para o nosso bem. Vamos ver alguns passos que a pessoa deprimida pode tomar na vida para vencer a depressão. A alma/espirito é o que nos mantém ativo e forte para prosseguir. Quando a alma é atingida, sofremos grande abalo. Por isso que a nossa alma precisa está forte em Deus. Em alguns casos de depressão devemos buscar tratamento clínico, e tomar antidepressivos receitados pelo médico; temos que acabar com esse preconceito e tabu de que o crente não pode procurar a ajuda de psiquiatras, terapeutas. Mas esses profissionais são médicos como quaisquer outros. Assim como têm médicos que cuidam do coração, pulmão e joelhos, há médicos que cuidam da mente. Nos casos que em a depressão é causada por distúrbios hormonais deve-se tomar medicamentos receitado por bom especialista. Se psicólogo fosse uma profissão errada não haveria crentes e pastores psicólogos. Outro passo, procurar aconselhamento pastoral. O pastor é um verdadeiro terapeuta, pois, cuida de muitas ovelhas feridas, doentes e enfraquecidas. O pastor, como homem de Deus, sempre tem aquela palavra de encorajamento e ânimo. E, uma vez que a depressão é um abatimento da alma, um bom conselho pastoral pode revigorar a nossa alma.


O líder Josué recebeu uma grande missão de substituir Moisés, um grande homem de Deus, general, legislador e profeta sem igual. Josué teve que substituir esse homem. Moisés havia morrido, e Josué muito apegado a Moisés, sofreu essa grande perda e tinha que tomar a grande responsabilidade que havia sobre Moisés. Então, a sua alma estava como que abatida. E, qual foi o conselho pastoral de Deus, pois, Deus é o nosso Pastor. „Esforça-te e tem bom ânimo! Não fique apavorado e nem desanimado. Leia a minha palavra, de onde você vai extrair forças espirituais para continuar a missão. Eu não estou lhe mandando? Pois vai nessa tua força‟. São essas palavras fortificadores e encorajadoras que nos dá ânimo para vencermos o desânimo. E o pastor tem essa palavra. Encher o coração de esperança também nos ajuda a vencer a depressão. Jó sofreu uma grande depressão, e em alguns momentos, ele desejou morrer, mas não perdeu a esperança. Ele disse: „eu sei que o meu Redentor vive‟ e disse mais: „ainda que ele me mate, nele esperarei‟. A esperança é fortificadora para sustentar a nossa alma e nos tirar da cova. Buscar o poder de Cristo. Paulo buscou o poder de Cristo. Ele estava fraco, debilitado, sofrendo, angustiado e aflito, e diz a Bíblia que ele ourou por três vezes para que Deus afastasse um demônio que estava lhe esbofeteando. Ninguém sabe que tipo de aflição era essa. Mas era algo tão profundo e angustiante que ele considerou como um demônio que estava esmurrando o seu corpo. Ora, se um murro de uma pessoa causa grandes lesões, quanto mais bofetes de demônios. Ele orou a Deus incessantemente. Mas ouviu a voz do Senhor Jesus dizendo: „a minha graça te basta. Porque o meu poder se aperfeiçoa na tua fraqueza‟. Pelo que Paulo disse: „Por isso tenho grande prazer nas injúrias, perseguições e nas coisas que acontecem comigo. Porque eu sei que essas coisas estão trazendo o poder de Cristo‟. O autor aos Hebreus disse que aqueles que têm fé „da fraqueza tiram forças‟. Encontrem em Cristo, irmãos, essa força. Em suas debilidades, fraquezas e vontade de desistir, procure a força de Cristo. Não remoer o passado, mas esquecer das coisas ruins. A gente passa muita coisa ruim nessa vida, coisas que marcam, que trazem traumas, que nos ferem profundamente, que nos deixa por baixo, mas existe uma receita muito forte, que é a receita do patriarca José, que é esquecer a mágoa do passado. Não adianta remoer, trazer à lembrança, porque essas coisas não vão resolver o problema. Como se diz: „Não adianta chorar o leite derramado‟. José esqueceu o mal que lhe fizeram. José era uma pessoa que deveria passar o resto da vida deprimido. Pois foi desprezado pelos seus próprios irmãos, foi vendido como escravo, chegando ao Egito foi denunciado como traidor, viveu dois anos dentro do calabouço, sem ver a luz do sol. Foi um homem que sofreu profundamente. Mas Deus lhe visitou, ele saiu daquela situação e tornou-se um governador.


Mas tarde, quando seus irmãos, causadores de toda desgraça na vida de José, chegaram para ele e disseram: „José nos perdoe, e não nos matem!‟. José disse: „Eu esqueci de tudo o que vocês me fizeram. Porque eu entendi que a desgraça que fizeram comigo, Deus a tornou em bênção. E, o mal que vocês intentaram contra mim, Deus transformou em bem‟. Então, esse também é um dos segredos para vencer a depressão: esquecer as coisas ruins e olhar com esperança para o futuro. Irei terminar citando as palavras do apóstolo Paulo: „esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo pelo prêmio da vocação celestial de Deus em Cristo Jesus‟ (Fl 3.13,14).

Palestra Ministrada na Congregação da Assembleia de DeusCodó em 20 de Setembro de 2009 Sobre o Testemunho Interior do Cristão O que é o testemunho interior do cristão? O Espírito Santo. „Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele‟. O Espírito testifica que nós somos propriedade exclusiva de Deus. Paulo chama-o de o penhor e a garantia da nossa ressurreição para vida eterna. Isso significa que só ressuscitarão para a vida eterna quem tem o Espírito de Deus. Alguém já me perguntou: Para o Espírito Santo habitar no crente, ele precisa está totalmente sem pecado? Não! Pelo contrário, o Espírito Santo habita dentro da pessoa para ela abandonar o pecado. O Espírito está dentro de você para lhe transformar; para lhe purificar e renovar. O crente pode, ainda, fraquejar durante toda a sua caminhada cristã. Mas ele tem o Espírito para exatamente lhe fortalecer. João, em sua epístola, disse: „aqueles que são nascidos de Deus não continuam na prática do pecado. Porque o que permanece nele é a divina semente, e não pode continuar na prática do pecado‟. É o Espírito Santo que no dá força e repugnância contra o pecado. O que é o novo nascimento? É regeneração; é ser gerado de novo. E como se dá o novo nascimento? Ou melhor, qual é o meio ou o elemento que possibilita o novo nascimento? É mediante a fé em Jesus Cristo. Leiamos 1ª João 5.1: „Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou, ama também ao que dele é nascido‟. Através da fé em Jesus Cristo a pessoa recebe o Espírito Santo que passa a operar nele o novo nascimento. O novo nascimento não é um processo gradual, é instantâneo. Quando alguém crer em Cristo, instantaneamente nasce de novo e se torna um filho de Deus. Agora, a santificação é um processo. Alguém me indagou: „Eu aceitei Jesus e continuei um bom tempo fumando. Eu nasci de novo?‟ Quando uma criança nasce, ela nasce falando, correndo, pulando e usando suas faculdades de


raciocínio? Não! Mas ela nasceu um ser humano integral, potencial e completo. Essas sementes estão nelas, mas serão desenvolvidas. O cristão nasceu de novo, mas deverá agora caminhar para a maturidade, o crescimento cristão, a santificação. Portanto, o processo da santificação é gradual, mas a regeneração é instantânea. Leiamos João 1.12,13: „Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus‟. Essa palavra „poder‟ em algumas traduções é „autoridade‟. Isso significa que você recebeu essa autoridade, e o diabo não pode negar que em você aconteceu o novo nascimento. Esse poder de Deus passa a operar dentro do renascido. É o Espírito poderoso que operar em você até o final da sua caminhada cristã e lhe apresentará diante de Deus uma pessoa irrepreensível e inculpável. Qual é a origem dessa nova natureza espiritual? Nós tínhamos uma natureza terrena e carnal, e através do novo nascimento recebemos, agora, uma natureza espiritual, uma natureza celestial. Isso não significa que sua natureza carnal foi substituída pela espiritual, e que a espiritual suplantou a sua natureza carnal. Isso significa que o crente, após ter nascido de novo, passa a ter dento de si duas naturezas: a natureza carnal e a natureza espiritual. Doutrina conhecida como as duas naturezas do crente. Sabemos muito bem, a origem da nossa natureza carnal. Mas, qual é a origem da natureza espiritual? Nós vimos que o novo nascimento nos torna acessível quando depositamos fé em Cristo, independentemente, de praticarmos qualquer boa obra para tornamos merecedores. O novo nascimento vem sobre a pessoa antes de praticar qualquer ato cristão. À não ser, simplesmente, você exercer fé em Cristo, confiança nele. De onde brota o novo nascimento? Como ele é operado em nós? Em João 3, Jesus disse: „aquele que não nascer de novo não pode entrar no Reino de Deus‟. Outras traduções dizem: „...aquele que não nascer do alto‟. Então, de fato, o novo nascimento tem origem do alto, do celestial, vem de Deus. Agora, por intermédio de que canal o novo nascimento desce à nós? Através de Jesus. Digamos que Jesus Cristo tornou-se possível a operação do novo nascimento em nós. Há dois elementos básicos que produz a regeneração em nós. Leiamos 1ª Pedro 1.23: „Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre‟. Esse é o primeiro elemento que origina em nós a nova natureza. Em 1ª Coríntios 4.15 está escrito: „...pelo evangelho vos gerei em Jesus Cristo‟. Leiamos João 3.8: „O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito‟. O Pai, o Filho e o Espírito interagem para produzir em nós essa nova natureza. E, eles utilizam a palavra de Deus. Porque a palavra


produz em nós o segundo elemento: a fé. E, através da fé em Cristo experimentamos a regeneração. Assim, irmãos, como Deus criou os céus, a Terra e todas as coisas por intermédio da palavra e do Espírito, assim, também, ele recria a nova criação através do Espírito e da palavra mediante a fé. Não há novo nascimento se não houver a pregação da palavra de Deus pela qual a pessoa venha a crer. Paulo disse: „como crerão... se não há quem pregue‟ (Rm 10.14). Quando a pessoa ouve a palavra, o Espírito começa a produzir o convencimento e o arrependimento até a pessoa abrir o coração e crer. E, assim acontece a conversão. Alguém me perguntou o que é conversão? É abandonar a confiança em seu próprio conhecimento e em sua própria obra, e aí, vem o arrependimento e a fé em Deus. A Bíblia diz: „não te estribes em teu próprio conhecimento, mas confia no Senhor‟ (Pv 3.5). A salvação é essa: a pessoa se convencer que não há nada nela que garantirá algum mérito diante de Deus, e despojar do seu conhecimento e de qualquer obra, por mais religiosa que seja, ou por mais boa que ela acha que é, e receber a Cristo como o único que pode lhe salvar. Por que a natureza humana é incapaz de produzir a natureza espiritual? É impossível o homem gerar nele essa natureza celestial. Alguém me perguntou: „Adão tinha a natureza espiritual?‟. Adão perdeu o privilégio de adquirir a natureza espiritual. Muito embora, ele tenha sido criado com uma natureza perfeita e santa, mas não no sentido dele ser santo, mas ser uma pessoa inocente. Se Adão tivesse comido da árvore da vida teria confirmado nele a natureza espiritual, o novo nascimento, e tinha transferido para seus filhos essa natureza espiritual. Mas, como ele decidiu obedecer ao diabo e desobedecer a Deus e comer o fruto proibido, desenvolveu nele a natureza carnal. Então, Adão não foi criado nem com a natureza carnal e nem com a natureza espiritual, mas ele iria adquirir. Leiamos 1ª Coríntios 15.45-50: „Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em espírito vivificante. Mas não é primeiro o espiritual, senão o natural; depois o espiritual. O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu. Qual o terreno, tais são também os terrestres; e, qual o celestial, tais também os celestiais. E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do celestial. E agora digo isto, irmãos: que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção‟. Adão não foi criado com o espírito vivificante, o espírito que iria produzir vida aos seus descendentes. Mas, foi criado com uma alma biológica, sujeito a velhice e a morte. Por isso que quando ele comeu do fruto não precisou passar por nenhuma transformação no seu corpo, pois o seu corpo já estava preparado para receber a morte ou a vida. Para que ele pudesse permanecer vivo tinha que comer da árvore da vida, mas como ele


não comeu da árvore da vida, mas da árvore da morte, então ele foi subjugado a morte física, espiritual e eterna. O novo nascimento não é possível ser produzido pelo homem natural, mas apenas, pelo homem celestial, que é Cristo. Então, nós não temos essa capacidade, porque não recebemos de Adão isso. Se estamos em Adão estamos em uma natureza carnal sujeita à morte. E, para que a gente experimente a nova natureza temos que está em Cristo. Quais são os resultados do novo nascimento? Libertação da escravidão do pecado. Está em Romanos 8.15: „Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai‟. Ter o desejo e a disposição espiritual de obedecer ao Senhor e andar sob a direção do Espírito Santo. Se a pessoa não se libertar da escravidão do pecado, não aconteceu nela o novo nascimento. Porque um dos objetivos do novo nascimento é levar a pessoa à uma libertação da escravidão do pecado. Porque o Espírito Santo passa a habitar no coração do pecador, mas ele faz uma limpeza, uma lavagem, de modo que o novo nascimento, também, é chamado de uma renovação do Espírito Santo, uma lavagem mediante a palavra de Deus (Tt 3.5; Ef 5.26). A pessoa passa por uma renovação espiritual, de modo que quando uma pessoa decaí dessa graça é dito que „O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao poço de lama‟ (2ª Pe 2.22). Leiamos Romanos 8.15-17: „Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados‟. O novo nascimento produz a libertação do pecado. O texto diz: „... vós não recebestes o espírito de escravidão para estares, outra vez, debaixo do temor [medo], mas o Espírito de adoção que clama: Aba, Pai‟. Então, veja que a salvação é muito mais do que simplesmente a absolvição de nossos pecados, a salvação é muito mais do que a justificação que nos torna inocente diante do tribunal de Deus. Você vê que um juiz absolve um criminoso, ele inocenta um criminoso, mas ele não adota aquele criminoso como seu filho. Mas, Deus não só nos absolve, sendo nós pessoas criminosas que cometemos delitos, como também, ele nos adota como seus filhos. Esse é o processo da salvação. É muito mais do que perdão e justificação, ela também é adoção e regeneração. Muito embora, chamamos Deus de Senhor, mas não mais naquele sentido de que nós somos escravos e que servimos por obrigação, mas agora, é como aquela relação entre pai e filho.


O filho tem uma relação íntima com seu pai, mesmo assim, o chama de senhor. Mas ele é muito mais do que o senhor, ele é o seu pai. Então, Deus é muito mais do que o nosso Senhor, Dono e Patrão, Ele é o nosso Pai. Assim, como o filho se aproxima do seu pai sem nenhuma cerimônia, assim também, nós nos aproximamos de Deus sem nenhuma cerimônia. Leiamos Ezequiel 36.26,27: „Também vos darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. Ainda porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis as minhas ordenanças, e as observeis‟. Esse texto mostra que o novo nascimento produz em nós o desejo, a disposição e a afeição pelas coisas santas e espirituais. O cristão passa por uma transformação interior. Essa mudança interior é produzida na pessoa que se converte a Cristo. Antigamente, a lei estava escrita no livro como regras, decretos, para serem obedecidos pelo devoto, porém, em Cristo, a lei, que é santa e espiritual, agora, é implantada dentro de nossos corações. A mudança, agora, não é mais externa, de você ser um religioso, praticar seus sacramentos, para ser salvo. A salvação, agora, é colocada dentro, chamamos isso de imputação. Deus coloca dento de nós a justiça, a santificação, a pureza que há em Cristo. Essa é a verdadeira transformação. Foi o que Cristo disse para Nicodemos. Quem era Nicodemos? Era o príncipe dos judeus, um homem altamente religioso, praticante da lei, servia a Deus na religião mais severa de Israel, que era o farisaísmo. Então, ele tinha a lei na ponta da língua. Conduzia em pequenas caixinhas versículos da lei atadas no corpo, e frequentemente lia esses versículos, memorizava e decorava. Escrevia as leis nos umbrais de sua casa, expunhas nas paredes. Era uma aflição angustiante do espírito para puder nunca se esquecer das leis e praticá-las. Cristo disse a Nicodemos: „se você não nascer de novo, jamais verá o Reino de Deus, mesmo com toda essa religiosidade‟. Cristo não disse isso apenas para Nicodemos, mas para toda nação de Israel. Para que os judeus pudessem, agora, entrar no Reino de Deus, no Reino de Davi, tinham quer experimentar o novo nascimento em Cristo. Leiamos, também, Colossenses 3.1,2: „Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra‟. O termo „ressuscitastes com Cristo‟, também é uma expressão para novo nascimento. Deus colocou dentro de nós um desejo espiritual, uma afeição ou disposição pelas coisas espirituais. Antigamente, a gente não tinha esse desejo pelas coisas santas, de agradar a Deus. A gente servia na nossa religião, mas o nosso coração estava bem longe. Nosso pensamento era: „tomara que termine logo esse negócio, porque eu quero já já ir pra festa, farrear um pouquinho‟. A gente


não servia de coração. Aquilo era só uma fachada para a gente puder garantir a nossa salvação depois da morte. Mas, Deus, agora, coloca dentro de nós esse desejo. De modo que quando não praticamos, ficamos com a consciência pesada, algo nos incomodando. Deus atou as leis dentro de nós por intermédio do Espírito. Assim, andamos no Espírito. O que é andar ou viver no Espírito? É produzir o fruto do Espírito. Qual é o fruto do Espírito? Quais são as virtudes que compõem esse fruto? „amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança‟ (Gl 5.22). Paulo disse: „contra essas coisas não há lei‟. Então, o cristão não precisa consultar as leis constantemente, porque já é produzido nele, pelo Espírito, tudo aquilo que constitui o coração da lei, que são as verdadeiras virtudes espirituais. Vamos agora, falar das três testemunhas da salvação operada dentro de nós. João, na sua epístola, cita três testemunhas (1 João 5.8). Quais são? O Espírito, a água e o sangue. Por que o Espírito, a água e o sangue são essas três testemunhas, que confirmam, que de fato, nós somos crentes salvos? O texto diz que os três são unânimes, concordam num só propósito. O que dizemos acerca do Espírito vale para a água, para o sangue. Por exemplo, o Espírito purifica, a água purifica, o sangue purifica etc. Os três estão realizando em nós o processo salvífico trazido por Cristo e arquitetado por Deus. O que é essa água? É a Palavra. É um símbolo da palavra representada no batismo nas águas. João, indiretamente, está refutando os gnósticos. Pois, os gnósticos ensinavam que Cristo era apenas um espírito que tomou um corpo emprestado, e que passou habitar nesse corpo, quando se batizou nas águas. Os gnósticos negavam a união entre o espírito e a carne. Eles negavam o testemunho do sangue. Nessas três coisas temos as doutrinas básicas do cristianismo. Referente a Cristo, temos o seu nascimento virginal produzido pelo Espírito, a água é o batismo de Cristo, quando foi ungido por Deus e iniciou o seu ministério de pregação da palavra, que é também, a água. Temos o sangue que é a sua obra expiatória na cruz onde ele produziu a nossa redenção. Por isso que essas são as testemunhas da salvação. E, essas mesmas testemunhas que operou em Cristo, também operam em nós. É o Espírito que produz em nós a regeneração. Ele produz através da palavra de Deus. Aqueles que não nascerem da água e do Espírito não podem entrar no Reino de Deus. É, também, por intermédio do sangue de Jesus que somos purificados, renovados. Essas três testemunhas, digamos assim, são o selo da nossa salvação. Irmãos, quero enfatizar isso, fomos nascidos para praticar o amor. Qual é a importância do amor cristão? Por que temos que amar? Por que é um mandamento!? Por que Cristo nos amou!? Sim! E, por muitas outras razões. Irei citar apenas três.


Primeiro, porque o amor é a essência do cristianismo. Em Romanos 13.8, Paulo disse: „quem ama aos outros cumpriu a lei‟. E disse mais: „se há algum outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo‟ (v.9). Muito embora, Israel praticasse a lei de Deus, mas no coração sentiam ódio pelas outras pessoas que não eram judeus. Sentiam ódio pelos seus irmãos que não praticavam a lei. Eles guardavam a lei de um modo hipócrita, aparente; observavam a cerimônia da lei apenas para cumpri o ritual. Quando Deus transformou o judaísmo no cristianismo colocou o amor como a essência, quer dizer, como a coluna básica, a natureza íntima, dessa religião. Assim, Tiago disse: „A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo‟ (Tg 1.27). Ele não disse: „guardar o código da lei‟. Mas cuidar dos necessitados. Sentir compaixão e misericórdia das pessoas desfavorecidas. Quando Tiago fala da prova da fé operante não cita as obras da lei, mas coisas simples como ajudar aos necessitados. Então, é o amor que torna a sua fé genuína e verdadeira. Se não tivermos esse amor a nossa fé é fingida, a nossa religião é hipócrita. Quando João falou em amar de fato e de verdade, ele citou atos simples, quando disse: „vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus?‟ (1ª Jo 3.17,18). O amor não se expressar em estarmos religiosamente nos templos sagrados, em cumprirmos, à risca, os dogmas de nossas igrejas, mas, está no fato de amamos as pessoas. Cristo disse: „Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros‟ (Jo 13.35). Segunda razão: sem o amor não conhecemos a Deus verdadeiramente. Leiamos 1ª João 4.8: „Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor‟. O amor é mais do que o conhecimento. Paulo disse, em 1ª Coríntios 8.1, que „o conhecimento incha, mas o amor edifica‟. O verdadeiro conhecimento de Deus não é conhecer as Escrituras decor e salteado, mas é amar, de todo o coração, a Deus. O amor é vínculo da perfeição. É o que nos unirá ao estado perfeito. Paulo disse: „permanecem estes três, a fé, a esperança e o amor, mas o maior destes é o amor‟ (1ª Co 13.13). Porque sem o amor não há fé verdadeira, e sem o amor a nossa esperança é uma esperança falsa. É o amor que sustenta todas as coisas. E, a terceira razão da importância do amor é que o amor é a prova do novo nascimento. Leiamos 1ª João 4.7: „Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus‟. É o amor que irá exteriorizar a espiritualidade interior. O amor é estampa que vai mostrar ao mundo que somos novas criaturas. Antes éramos pessoas que detestavam e éramos detestados. Irritávamos com facilidade, ficávamos aborrecidos, mas é o amor, a gentiliza, a docilidade, que confirmará que operou em nós a transformação.


Qual é a fonte do amor cristão? Cristo, sempre, é visto como o canal, o intermediário, a ponte que nos traz os benefícios espirituais, mas existe a fonte original, de onde, manam todas as coisas, mas essas coisas emanam através de Cristo. É através de Cristo que o amor emana para nós, mas a fonte do amor é o Pai. A operação divina age assim: O Pai é a fonte, Cristo é o canal por onde jorra o Seu Espírito. 1ª João 4.8,16: „Deus é amor‟. E, 1ª João 4.19 diz: „Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro‟. Qual é a essência do amor cristão? A essência do amor cristão está representada no emblema da cruz de Cristo. Através da cruz, Deus, demonstrou o seu amor. Em Romanos 5.8: „Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores‟. A cruz é o símbolo do amor de Deus. A cruz é formada por duas estacas, uma horizontal e outra vertical. A estaca vertical representa o amor à Deus, e a estaca horizontal representa o amor ao próximo. Essa é essência do amor cristão: é amar a Deus (vertical) e amar o próximo (horizontal). Nas laterais da cruz de Cristo havia duas cruzes, e nessas cruzes estavam um amigo e um inimigo de Cristo. Ambos eram ladrões, mas um demonstrou amizade, e o outro a inimizade. Isso significa que o amor cristão ama o amigo e o inimigo. O amor abraça os dois. Muito embora, Cristo prometeu o paraíso ao ladrão arrependido, ele não condenou o outro que estava lhe provocando. Cristo não disse nada contra essa pessoa. Irmãos, o amor cristão ama a Deus, ama o amigo e o inimigo. Essa é a essência do amor, amamos a Deus, mas também amamos nossos amigos e os nossos inimigos. Está escrito: „se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber‟ (Romanos 12.20). O amor ao inimigo é considerado como o ponto máximo do amor cristão. A Escritura diz que „se amardes os que vos amam, que galardão tereis‟ (Mt 5.46). Se amamos apenas nossos familiares, parentes e amigos, o que fizemos demais? Mas, quando amamos nossos inimigos estamos demonstrando o verdadeiro e puro amor. Alguém me perguntou: O diabo entra nessa categoria de inimigos? Não! O diabo teve ser odiado e detestado. Qual é a procedência do amor? O amor brota em Deus, nos torna acessível através de Cristo e é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo – „o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi outorgado‟ (Rm 5.5). Então, veja que em todo o processo da salvação está o Espírito, por isso que o Espírito é o testemunho interior do cristão.


Palestra Ministrada na Congregação da Assembleia de DeusFilomena III em 22 de Setembro de 2009 Sobre o Batismo nas Águas Atos 2.37,38: „E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos? Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo. Porque a promessa vos pertence a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe: a quantos o Senhor nosso Deus chamar. E com muitas outras palavras dava testemunho, e os exortava, dizendo: salvai-vos desta geração perversa. De sorte que foram batizados os que receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas; e perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.‟ O batismo cristão é o segundo passo na caminhada cristã. Qual é o primeiro passo? O primeiro passo é a conversão. É quando nós nos arrependemos de nossos pecados e aceitamos a Jesus como nosso único e suficiente Salvador. Esse passo é de suma importância para cada pessoa que quer participar do reino celestial e gozar da salvação que está presente entre nós, mas que irá se revelar de uma maneira mais plena e completa quando Jesus Cristo voltar. Todas as pessoas que queira participar desses benefícios eternos tem que tomar essa decisão. Após essa decisão a nossa vida nunca será a mesma, pelo contrário, nós somos totalmente transformados pelo poder do Espírito de Deus. De modo que hoje nós usufruímos de benefícios que jamais imaginaríamos; que nós jamais um dia usufruiríamos. Porque agora tomamos parte nas bênçãos que acompanham a salvação. E, esse poder transformador de Cristo é tão impactante em nosso coração que apenas o nosso testemunho já é uma grande atração para esse mundo perdido; apenas a nossa caminhada neste mundo já reflete uma grande luz que brilhou sobre cada um de nós e sobre o nosso lar. Sem mesmo responder qualquer palavra, a nossa vida já reflete a vida de Jesus Cristo, o nosso Senhor. Então arrependimento e fé em Jesus foram o primeiro passo rumo a salvação. O que é que implica a fé em Jesus? Duas coisas: confiar em Cristo e seguir os seus ensinamentos. Então ser cristão é exatamente isso é seguir a Cristo e confiar em tudo quanto ele nos ensinou. E uma das ordenanças de Jesus Cristo aos seus apóstolos foi: „ide por todas as nações e fazei discípulos de todos os povos, ensinando-os a guardar tudo quanto eu vos


tenho ordenado‟. Então isso é ser cristão; isso é ter fé em Jesus Cristo; isso é seguir no caminho de Jesus Cristo. Após essa decisão, o nosso segundo passo é se batizar nas águas. O que é o batismo nas águas? Está escrito em Mateus 28.19,20: „...batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. O batismo nas águas é uma prática bíblica e cristã efetuado em adulto por imersão do corpo inteiro de uma só vez em águas em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo conforme Jesus Cristo ordenou. O batismo é uma prática bíblica e cristã. Isso significa que essa prática nós encontramos nas páginas das Escrituras do Novo Testamento. Os apóstolos desde o inicio da Igreja praticaram o batismo. Por isso que o batismo é uma doutrina bíblica. E é também uma doutrina cristã porque vem sendo praticada e efetuada durante toda a história da igreja cristã. Desde o primeiro século, passando pelo século dois até o século atual a Igreja continua perseverando e praticando esse ato bíblico e cristão. Então quando a gente se submete a essa prática de batismo nas águas, nós estamos nos submetendo a um ensinamento bíblico e cristão. O modo do batismo é por imersão. O que é isso? É um mergulho. Esse é o modo bíblico. Porque a própria palavra „batismo‟, que é um termo grego, significa „mergulhar‟. Por essa definição bíblica torna-se inválido qualquer outro batismo que não seja por imersão do corpo inteiro na água. Isso significa que aquele batismo por aspersão, quando alguém derrama apenas a água em nossa cabeça é um batismo inválido. Se alguém se batizou por aspersão, precisa ser rebatizado para que esse batismo tenha validade. Esse é o modo do batismo que deve ser efetuado em pessoas adultas. Dois passos são exigidos para aqueles que querem se batizar: arrependimento dos pecados e fé em Jesus Cristo. E, apenas pessoas que tenha consciência para se arrepender e exerce fé em Jesus Cristo são aptas para o batismo. Isso significa que o batismo infantil, batismo realizado em criança, é um batismo inválido porque a criança não pode exercer fé e nem se arrepender de seus pecados. Pois ainda não tem consciência para tomar esse passo. O batismo é algo pessoal. Os pais não podem decidir pelos seus filhos; os pais não podem levar seus filhos crianças para se batizarem quando eles ainda não tomaram uma decisão. Por isso que nós dizemos que o batismo é o segundo passo, porque o primeiro passo é a conversão. Uma vez que a criança não está habilitada e nem capacitada para tomar o primeiro passo, que é a sua conversão, ela também não está apta para tomar o segundo passo, que é o batismo nas águas. Se alguns de nós temos sido batizados quando éramos criança esse batismo não é bíblico e nem cristão; é um batismo inválido e antibíblico. Por isso que tais pessoas têm que se batizarem outra vez. Qual é a fórmula do batismo? Está em Mateus 28.19,20: „... em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo...‟. Essa é a forma correta do batismo. Muitas igrejas heréticas ensinam que esse batismo é inválido e que o


batismo tem que ser apenas em nome de Jesus Cristo. Eles dizem isso baseado em alguns textos isolados na Palavra de Deus que não compreendem. Como por exemplo, o texto de Atos 2.38, e alguns outros também no livro de Atos. Mas nesses textos está apenas sendo mencionado o batismo, mas não a fórmula do batismo. A verdadeira fórmula é „... em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo...‟. Quem pode se batizar nas águas? Todos aqueles que creem de todo o coração em Jesus Cristo. Atos 8.36ss. Esses versículos narram a história de um homem, que morava na Etiópia, e vinha das festividades religiosas dos judeus em Jerusalém. Na sua carruagem, passando por uma estrada deserta, ele lia em voz alta as Escrituras Sagradas no texto do profeta Isaías no capítulo 53, que fala do sofrimento do Messias; que ele tomaria nossas enfermidades, que carregaria nossos pecados, que daria a sua alma como nosso resgate. Quando então um homem chamado Felipe, correndo, se aproxima da carruagem, e grita: „entendes tú o que lê?‟. Aquele homem, rico e funcionária da rainha da Etiópia, respondeu: „como eu poderei entender! Se não há quem me explique‟. Veja que ele vinha do templo, das festividades religiosas dos judeus, pois ele era um convertido ao judaísmo, porém, no templo judaico, ele não recebeu a explicação das profecias acerca do Messias. Pois os fariseus não tinham esse entendimento de que o Messias deveria sofrer pelo seu povo. De modo, que o eunuco etíope convida Felipe, que era um diácono da igreja nascente, para subir em sua carruagem e lhe desse a explicação acerca dessa profecia de Isaías. Então, Felipe começou a lhe explicar as Escrituras, a partir daquele texto Felipe lhe anunciou a fé em Jesus Cristo. Enquanto Felipe lhe transmitia a Palavra de Deus, o eunuco sentiu o desejo para se batizar nas águas. Assim, está escrito em Atos 8.36-38: „E indo eles caminhando, chegaram a um lugar onde havia água, e disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que eu seja batizado? E disse Felipe: é lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus. Mandou parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e Filipe o batizou‟. De modo que esse é o passo para que seja necessário para que a pessoa se torne apta ao batismo: é crer de todo coração que Jesus Cristo é o Filho de Deus, que veio a esse mundo para nos salvar de nossos pecados. Se temos essa fé, estamos apto para o batismo. O batismo não é apenas uma cerimônia religiosa, mas também um ato espiritual de profundo significado. Não é apenas um ritual, uma cerimônia religiosa; não é realizado apenas por fazer parte dos dogmas da igreja. Por trás do batismo há grande significado espiritual. Há profundo sentido que devemos entender e compreender para que possamos tomar essa decisão séria com muita consciência. Quando Jesus Cristo foi interrogado pelos fariseus acerca da sua autoridade para realizar os sinais. Jesus lhes disse que responderia sua


interrogação, se eles lhe respondessem a seguinte pergunta: o batismo de João era do céu ou dos homens. Os fariseus ficaram intrigados com aquela pergunta, e raciocinaram entre si dizendo: se dizemos que é do céu, ele nos responderá porque então vocês não foram batizados por João, mas se dizermos que é dos homens, aqui tem muita gente que crer no batismo de João e vão querer nos apedrejar. Então eles se dirigiram a Jesus e disseram: Senhor, nós não sabemos acerca desse assunto. Então, Jesus lhes disse que tampouco lhes responderia a sua interrogação. Qual era a origem do batismo de João? Não era dos homens! Era de Deus. João dizia: „Aquele que me mandou batizar‟. O batismo não é algo realizado pelos homens e nem adotado pelas igrejas, mas é algo que Jesus Cristo ordenou; algo que Deus mandou. Quando nos submetemos ao batismo, estamos nos submetendo as ordens de Jesus Cristo; as ordenanças de Deus. E, por trás desse ato há vários significados espirituais que irei expor. O batismo é a confirmação da fé que professamos em Jesus Cristo. É através do batismo que tornamos pública a nossa fé. Na conversão cremos em Jesus Cristo com o coração, mas confirmamos essa fé no batismo. Se a pessoa se „converteu‟, mas está titubeando em seu coração se se batiza ou não, essa pessoa na verdade não teve uma fé genuína; não está demonstrando uma convicção real. Pois ainda está em dúvidas. Se nada impede que essa pessoa seja batizada, mas mesmo assim era recusa o batismo, está demonstrando uma falta de fé. O ato batismal é uma confirmação, uma convicção, da fé que professamos diante de Deus, o Pai. Quando você aceita a Jesus está confessando diante de Deus, mas é no batismo que você torna isso público diante dos homens. Romanos 10.10 diz que nós cremos com o coração, mas Tiago 2.26 diz que se a fé não for acompanhada de obras verdadeiras é uma fé morta. Para que a nossa fé seja uma fé viva, temos que prosseguir tomando o passo seguinte, que é o nosso batismo, publicando a nossa fé em Cristo. O batismo é um testemunho da nossa confissão pública. Você está dando testemunho de que a decisão que tomou diante de Deus é verdadeira. Você está plenamente convicto da decisão que tomaste diante de Deus. Em atos 22.16, um discípulo chamado Ananias foi enviado a Paulo que havia se convertido pouco tempo naquele encontro que teve com Jesus no caminho de Damasco. Quando Ananias se encontra com Paulo, que estava acamado e cego, esperando uma visitação de Jesus Cristo, ele diz o seguinte a Saulo: „Levanta-te! Não te detenhas, e seja batizado, lava os teus pecados e invoca o nome de Jesus Cristo‟. O ato batismal é um ato de invocação ao nome de Jesus Cristo. É quando você reconhece que Jesus Cristo é Senhor da sua vida. Em 1ª Coríntias 10, diz que quando os israelitas passaram no mar vermelho, esse ato representava o batismo em Moisés, „todos foram batizados em Moisés‟, significando que a partir dali, eles consideraram Moisés como o líder deles.


Assim também, a partir do batismo, nós estamos testemunhando a todos que Jesus Cristo é o nosso Senhor. Está escrito em Romanos: 'a saber, que com a tua boca confessares a Jesus como Senhor‟. Então, que confissão é essa? Senhor Jesus! Quando estamos se batizando, estamos fazendo essa invocação, essa confissão. Diz a Escritura que „todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo‟. O batismo representa a purificação pelo sangue de Jesus Cristo. O ato batismal não é apenas algo exterior, mas um ato que traz grandes significados; que têm grandes representações. De modo que uma das representações é a purificação no sangue de Jesus Cristo. Quando nos voltamos a Jesus somos purificados de todos os nossos pecados. Mas essa purificação é espiritual, de modo que não vermos, todavia, acreditamos que fomos purificados, que fomos limpos, que fomos lavados e que agora somos novas criaturas para seguir e servir a Deus com o coração limpo. Essa purificação é representada nas águas do batismo. Então, quando você está sendo mergulhado nas águas, não está simplesmente mergulhando em águas, mas, de um modo simbólico e espiritual, você está sendo mergulhado no sangue de Jesus Cristo, o Filho de Deus. O texto de Hebreus 10.22 fala de lavar o corpo com água limpa. Isso é uma linguagem espiritual, mas que de fato, é representado no batismo. A água não tem nenhum poder de purificação. Por isso que o batismo não é um sacramento como crer a Igreja Católica, que através do batismo nas águas a pessoa recebe alguma graça, que realmente está lavando os seus pecados. Seguindo essa mesma crendice, algumas igrejas batizam pessoas ainda em seus pecados, pessoas ainda viciadas em entorpecentes. Algumas pessoas dizem: „não posso me batizar porque ainda fumo‟. Então pastores mal informados dizem: „você se batiza que a água lhe dá esse poder para libertar-se do cigarro‟. Mas na verdade a água não tem nenhum tipo de poder; nenhum tipo de graça que possa conceder ao candidato poder para libertar de qualquer coisa. A água não tem esse sacramento, porém, ela representa essa purificação no sangue de Jesus Cristo. Assim para que a prática de se batizar nas águas, que é um símbolo, tenha um significa real para os candidatos ao batismo, eles têm que já estarem limpos e libertos de seus pecados. Para que o batismo represente essa purificação, a pessoa tem que de fato ter purificado os seus pecados no sangue precioso de Jesus Cristo. É por isso que em Atos 2.38, está dito pelo apóstolo Pedro: „arrependem-se e cada um de vós sejam batizados em nome de Jesus Cristo para remissão dos pecados‟. Simbolizando que esse batismo representa essa remissão, esse perdão, essa purificação. De modo que, o crente pode dizer com muita convicção: „eu fui lavado no sangue de Jesus Cristo‟. Porque indiretamente ele realmente foi lavado nas águas do batismo. O batismo é uma simbolização da regeneração pela Palavra de Deus. O que é a regeneração? É um ato instantâneo em que todo aquele que crer


em Jesus Cristo se torna nova criatura; é gerado de novo. Nós somos gerados de novo quando nos convertemos a Cristo. A Escritura diz que aqueles que estão em Cristo são novas criaturas, então nós somos criados novamente, somos gerados novamente. Chamamos isso de novo nascimento. Em João 3 está escrito que se alguém não nascer da água e do Espírito não pode participar com Deus no seu Reino eterno. Então, é necessário torna-nos uma nova criatura. Esse ato de regeneração é representado no batismo nas águas. Pedro, em sua epístola, diz que fomos gerados pela palavra de Deus. A água representa a Palavra de Deus. Em 2ª Pedro 3.5 diz que Deus criou todas as coisas por intermédio da palavra de Deus, que a terra foi tirada da água. Então a criação surgiu da água, ela estava mergulhada em água, e Deus a fez surgir da água. Porque a água tem essa representação da vida. Então essa nova recriação, nos é representada também nas águas. Quando você sobe das águas batismais é como uma criança que está saindo do ventre. A criança quando está no ventre está envolta de uma placenta cheia de água, por assim dizer; uma bolsa d‟água. Quando essa placenta é rompida, a criança nasce, assim também é representado o batismo. Quando nós sairmos da água, estamos rompendo essa „placenta‟, e nós nascemos de novo, de uma maneira figurada. Atente bem para as representações do batismo, de modo que o cristão que renuncia ser batizado está tendo uma caminhada cristã incompleta. Porque o batismo cristão é carregado desse simbolismo, dessas realidades vivas que aconteceram em nós de fato e de verdade, e que agora são certificadas e comprovadas nas águas batismais. Há outros textos bíblicos que confirmam essa lavagem da água pela palavra de Deus. Por exemplo, Efésios 5.26: „...para santificar, tendo-a purificado com a lavagem da água, pela palavra [de Deus]...‟. Pedro, em sua epístola, representa o dilúvio como o batismo nas águas. Ele diz que àquelas águas que cobriram a terra em que muitas pessoas foram submergidas e morreram, foram também o meio, o canal, que salvou a família de Noé. Eles foram salvos através da água. Então Pedro disse: „de modo figurativo também o batismo vos salva‟ (1ª Pe 3.20,21), não simplesmente esse mergulho nas águas, mas essa representação espiritual de uma lavagem interior que houve em vosso coração, em vosso espírito, e que agora é representado pelas águas batismais. Quando Pedro em Atos 2.40,41, disse: „salvai-vos desta geração perversa‟, se refere que quando o cristão é batizado nas águas está fazendo esse rompimento com essa geração corrupta. Assim, como Noé, a partir dali, iria iniciar uma nova vida, em uma nova terra, com a sua família porque o pecado e o mal foram submergidos nas águas, assim também, o cristão quando aceita o batismo, ele está representando esse rompimento com o mundo. O cristão está cortando esse cordão umbilical que nos prendia a esse mundo. Estamos abandonando ali a nossa velha vida, nosso velho trapo,


nossa velha maneira de viver para seguir a Cristo com outro modo de vida, porque fomos lavados em água limpa. De modo que aqueles cristãos que retrocedem, a Escritura, usando uma expressão muito forte, diz que aqueles que conheceram o mandamento, e voltaram atrás é comparado a uma porca que foi lavada, mas depois voltou ao poço de lama (2ª Pe 2.21,22). A pessoa que aceita o batismo nas águas, não com uma fé genuína, mas com segundas intenções, porque está sendo pressionada pelos pais ou pelos líderes dos grupos de novos convertidos, ou essa pessoa está apenas com interesse de entrar no conjunto, ou apenas com o desejo de participar da ceia, mas se não houve uma verdadeira confirmação no interior, mas cedo ou mais tarde, essas pessoas irão retornar a sua velha maneira de vida, vão retornar ao lamaçal do pecado. Para que essa lavagem interior tenha um significado real e verdadeiro, temos que de fato ter experimentado essa purificação pela palavra de Deus. Jesus Cristo disse para seus discípulos: „vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado‟ (Jo 15.3). Portanto, se você ouviu a palavra e creu na palavra, você foi lavado nessa palavra. Tonando agora essa lavagem invisível simbólica no batismo nas águas. O batismo é uma identificação figurativa na morte, no sepultamento e na ressurreição de Jesus Cristo. Note a seriedade do batismo. O significado espiritual que ele representa. O batismo nos identifica com a morte, o sepultamento e a ressurreição de Jesus Cristo. Em Romanos 6.3,4 diz que todos quantos foram batizados foram sepultados com Cristo pelo batismo na morte. Quando você é mergulhado nas águas, você está sendo sepultado. Por isso que o batismo é um mergulho, pois representa um sepultamento. Quem nós sepultamento? Pessoas mortas! Nós não sepultamos os vivos. Nós sepultamos pessoas mortas. Então, quando nós mergulhamos nas águas batismais estamos sendo sepultados. Mas, só podemos ser de fato sepultados, se estivermos mortos para esse mundo e para o pecado. Portanto, quando somos mergulhados somos sepultados e quando somos erguidos somos ressuscitados. Veja a importância do batismo. O mergulho é o sepultamento e a subida das águas representa a ressurreição. Se já ressuscitamos com Cristo, temos que andar em novidade de vida. A sua velha vida é deixada nas águas batismais, seus velhos vícios, hábitos e costumes são ali abandonados e rompidos de uma vez para agora viver uma vida em Jesus Cristo. De modo simbólico e figurativo, Deus traz para o batismo a morte, o sepultamento e a ressurreição de Jesus Cristo. O que aconteceu com Cristo há dois mil anos atrás é repetido na vida daquele que crê nele. A Bíblia diz que nós temos participação na sua morte, sepultamento e ressurreição. Isso é representado de modo exterior no batismo nas águas. A partir dali, nós vivemos uma nova vida em Cristo.


Está escrito em Colossenses 2.12: „tendo sido sepultados com ele no batismo, no qual também fostes ressuscitados pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos‟. A mortificação que acontece em nosso interior pelo Espírito de Deus se torna tangível na vida de cada um de nós quando realizamos esse ato batismal. O batismo representa uma incorporação no Corpo de Jesus Cristo. O que é o corpo de Cristo? É a igreja. Quando você se batiza nas águas está sendo incorporado à membresia da igreja. Isso significa que você deve se submeter aos bons costumes e a doutrina da igreja. Quando os primeiros discípulos foram batizados, diz que eles „perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações‟ (At 2.41,42). Quer dizer que agora vocês irão fazer parte do corpo local de Jesus Cristo. De modo que onde vocês estiverem estão representando esse corpo. Assim, se o crente viver de modo relaxado e dando escândalo, as pessoas não irão dizer: „fulano de tal não é crente‟, mas „as pessoas daquela igreja não são crentes de verdade‟. Porque aquele membro está prejudicando uma comunidade inteira. Quando o crente inflige os mandamentos de Deus está causando uma ferida no corpo de Cristo. Uma vez que ele feriu o corpo de Cristo, tal pessoa tem que passar por um tratamento. O tratamento está em Gálatas 6.1: „Meus irmãos, se alguém for apanhado em alguma falta, vocês que são espirituais devem ajudar essa pessoa a se corrigir‟. Se cometeram uma falta que traga escândalo a igreja, devem passar por uma correção, por uma disciplina. Essa é a correção dada aos membros do corpo de Cristo. Por que a igreja inflige essa correção? Não é para matar o membro, mas para trazer cura, recuperação e restauração. Como membro da igreja o crente também deve contribuir com os dízimos e as ofertas para que haja manutenção do patrimônio, sustentação dos pastores, ajuda aos necessitados e pagamento das despesas da igreja local. Assim como há deveres, há também direitos. Quais são os direitos que assistem os membros da igreja? São muitos privilégios! Assumir cargos eclesiásticos, administrativos e ministeriais na igreja; participar do pão e do vinho que é uma renovação do batismo. No batismo entramos em uma aliança com Cristo. Assim como a circuncisão era o sinal da antiga aliança em Moisés, o batismo é o sinal da nova aliança em Cristo (Cl 2.11,12). É na ceia que renovamos essa aliança quando participamos do corpo e do sangue do Senhor. E só podemos participar desses emblemas sagrados quando nos tornamos membro da igreja local, e só nos tornamos membros da igreja local quando submetermos ao batismo cristão. Mas, não é apenas na membresia da igreja local que somos incorporados, mas também no corpo espiritual de Jesus Cristo, Filho de Deus. Somos agora membros do seu corpo! E assim, como o seu corpo não será deixado para condenação, isso garante a salvação de todos aqueles que são membros do corpo de Cristo. Não só a nossa salvação está assegurada


por sermos membros desse corpo, mas também temos na era presente, a participação no Espírito de Cristo. O mesmo Espírito que há em Cristo é derramado sobre nós que somos parte integrante desse corpo. É algo tão profundo, tão tremendo, tão glorioso que Paulo afirma: „...serão os dois uma só carne. Grande é este mistério, mas eu falo em referência a Cristo e à igreja‟ (Ef 5.31,32). A relação é tão profunda, a comunhão é tão estreita, que a Escritura diz que Cristo é a nossa cabeça, e nós membros do seu corpo (Ef 5.23,30). Assim como o corpo e guiado e orientado pela cabeça, assim também nós, quando aceitamos o batismo, sendo integrados ao corpo de Cristo, somo guiados, somos orientados pela cabeça, que é Cristo. De modo que não andamos mais conforme nós andávamos, segundo aquilo que vinha em nossas mentes, mas segundo aquilo que Cristo nos orienta e nos guia. Cristo nos orienta através do Seu Espírito e dos seus representantes que colocou nesta terra, que são os pastores.

Mensagem Ministrada na Congregação da Assembleia de DeusFilomena II Em 27 de Setembro de 2009 Sobre o Conhecimento de Deus

A paz do Senhor, João, um dos doze apóstolos de Cristo, pastoreava a igreja de Éfeso, quando resolveu escrever sua primeira epístola. Ele também foi autor do Evangelho que leva o seu nome, mais duas epístolas e do livro do Apocalipse. Um dos objetivos ao escrever sua primeira epístola, entre vários assuntos, foi refutar uma seita perniciosa, que estava surgindo no final do primeiro século, para resguardar a igreja daqueles ensinamentos heréticos e revelar aos irmãos o verdadeiro sentido do cristianismo. Os ensinamentos dessa seita até hoje são divulgados, ensinados, por muitas seitas pseudocristãs, e religiões orientais, que trazem ensinamentos essencialmente espírita com o objetivo de ludibriar e nos enganar. Muito embora, a epístola tenha sido escrita no século primeiro, mais ou menos, no ano 92 a 98 A.D., mas traz assuntos bastante atuais para as igrejas que querem seguir as verdades cristãs. Essa seita chamada de gnosticismo baseava a salvação no conhecimento secreto. Ensinava que para a pessoa alcançar a salvação tinha que desenvolver um conhecimento secreto que vinha através dos mestres iluminados e por seres extraterrestres. Espíritos iluminados dava a esses mestres um conhecimento secreto que não estava acessível a todas as pessoas, assim, o evangelho pregado por Jesus e os apóstolos não era suficiente para transmitir aos cristãos a salvação.


Então, João conhecendo todo esse conjunto de ensinamentos resolve refutá-los. E a sua refutação girava em torno do verdadeiro conhecimento de Deus. Lendo a epístola de João vemos três pontos em que João desenvolveu esse verdadeiro conhecimento de Deus: Primeiro, o verdadeiro conhecimento de Deus é ter comunhão com o Pai por intermédio de Jesus Cristo; Segundo, ter o verdadeiro conhecimento de Deus é poder usufruir de uma comunhão perfeita com os irmãos por intermédio de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo; Terceiro, o conhecimento verdadeiro de Deus é ter um discernimento espiritual das verdades de Deus por intermédio do Espírito Santo. É nesses três pontos que João desenvolve toda a sua epístola em que temos, hoje, acesso por intermédio das Escrituras Sagradas. O que é ter comunhão com Deus por intermédio de Jesus Cristo? É ter uma fé viva em Jesus Cristo. O gnosticismo reputava Cristo a simplesmente a um espírito ou anjo como outro qualquer, mas o cristianismo coloca Jesus Cristo como o centro, o alicerce, o fundamento real e verdadeiro da nossa fé. De modo que para sermos cristãos verdadeiros temos que ter uma comunhão viva e real com o Senhor Jesus Cristo, porque ele é o único caminho que nos conduz a Deus e que nos leva a gozar dessa comunhão viva e real com o Pai celestial. Os gnósticos diziam que havia vários seres intermediários para nos achegar a Deus, mas João e os apóstolos afirmavam que havia um único intermediário, um único mediador, um único caminho que nos conduzia ao Pai celestial. De modo que aqueles que não se rendem ao Senhor Jesus Cristo e não se submetem ao seu senhorio jamais poderão gozar da comunhão viva e real com Deus. E, essa comunhão com Deus por intermédio de Jesus Cristo não é apenas uma participação superficial em uma religião qualquer, mas é poder ter uma relação pessoal com Deus e entender que Jesus Cristo é a encarnação de Deus entre nós. É por isso que João disse: „nós contemplamos a palavra da vida‟. Essa palavra que esteve no princípio com Deus antes de todas as coisas, de todas as eras, antes de toda a criação, oculta aos homens, um ser totalmente transcendental de qualquer conhecimento e entendimento humano, mas que esse ser divino, que é eterno, grandioso e maravilhoso, se fez presente, se encarnou e nós contemplamos a sua glória, usufruímos da sua presença real. João disse: „nós tocamos nele e atestamos que ele é o próprio Filho de Deus encarnado e dizemos isso a vocês para que saibam que assim como nós usufruímos dessa comunhão com ele, vocês também podem usufruir dessa comunhão‟. Então, o fato dele ser Deus não nos impede de receber a sua presença aqui e agora, sem nenhuma mediação de anjos, homens, santos e imagens. Temos livre acesso Deus! Todas as barreiras foram derrubadas, eliminadas,


para que agora por intermédio do único Nome, Jesus Cristo, adentramos ao templo celestial. João disse que essa comunhão nos propulsiona o perdão de nossos pecados. A seita do gnosticismo negava a realidade do pecado. Ensinava que os homens não eram pecadores e não tinham seu espírito manchado pelo pecado, simplesmente, eles estavam aprisionados num corpo terreno, mas que poderiam se libertar através do conhecimento secreto. Eles negavam a realidade da Queda, negavam a realidade do pecado, negavam a realidade da tentação. Eles diziam que o espirito do homem é como o ouro, e o ouro ainda que seja imerso na lama não é contaminado. Mas não é isso que a Escritura ensina. Ela ensina que o homem é pecador desde o seu nascimento, que tem o coração perverso, e é inclinado para o pecado desde os primeiros dias da sua consciência, e não tem a capacidade de libertar-se a si mesmo, e se ele continuar nas práticas do seu pecado irá para a condenação eterna. Porém, a Escritura não deixa o homem sem esperança! Ela apresenta a Jesus Cristo como aquele que nos perdoa, nos purifica, nos santifica, nos justifica e nos inocenta diante de Deus. O seu sangue é tão eficaz e poderoso que torna o homem vil, miserável e pecador em uma criatura limpa e santa diante de Deus. Quando éramos pecadores estávamos distanciados de Deus, não tínhamos esperança, caminhávamos para condenação eterna, mas agora, temos vida eterna em Deus, alcançamos o perdão e a paz de Jesus Cristo. A Bíblia diz que ele é o Redentor de todos os homens. O Redentor justo. Como Jesus sendo justo aceita os pecadores? Já que segundo a justiça da lei divina os que pecam merecem a morte – „porque o salário do pecado é a morte‟ (Rm 6.23). A morte é uma sentença justa para todo aquele que peca. Então, se todos nós somos pecadores como Cristo tornou-se o Redentor justo? Porque ele deu a sua alma como resgate por nós! Porque as nossas dívidas para com Deus foram perdoadas, pagas, quitadas por Cristo Jesus, o Filho de Deus. Sendo ele justo, santo e inocente tomou sobre si os nossos pecados, as nossas transgressões, as nossas iniquidades e nos substituiu na cruz, tornando-se vicário por nós. Estando na cruz, ele disse: „Pai, perdoa todo aquele que crê em mim‟. Não com essas palavras, mas nesse sentido. Os seus pecados lhe leva a condenação, mas se você correr aos pés de Jesus, você recebe o perdão. Disse o profeta Isaías: „ainda que vossos pecados sejam vermelhos como escarlate se tornarão limpos e brancos como a neve‟. Isso acontece somente através do perdão no sangue eficaz de Jesus Cristo. Em 1ª João 2.1, o apóstolo apresenta Jesus como nosso advogado junto do Pai. Essa expressão de João deve encher o nosso coração de muita alegria. Porque João não disse que ele é o advogado diante do juiz, pois Deus é o juiz de toda a terra. Mas, ele disse temos um advogado junto ao Pai. Isso significa que Jesus não está ali para nos defender do Pai, mas para


nos defender das acusações de Satanás. Foi o Pai que o constituiu como advogado da família celestial. De modo que Satanás não nos pode mais acusar. Fomos perdoados e justificados por Deus, e Jesus está à Sua destra para advogar as nossas causas junto do Pai. Ele faz essa ligação entre nós e o Pai. Ele se põe ali como nosso defensor. A Escritura diz: „Quem os condenará?‟. Pois se é Cristo que nos justifica. Ele não só morreu por nós como ele também está a direita de Deus intercedendo por nós. Então quem nos separará do amor do Pai? Será a tribulação, a angústia, a nudez, a perseguição, a espada, a aflição? Nada! Nem os principados, nem as potestades, nem a profundidade, nem a altura, nem a largura, nem nenhuma outra criatura, nem demônio e nem anjo podem nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, o nosso Senhor. Então, ninguém nesse mundo nos pode arrancar dessa comunhão de Deus. Ninguém nesse mundo pode nos acusar diante do Pai. Por isso que se Satanás chegar para você e cochichar em seu ouvido alguma falha, algum erro, lembre-se do sangue de Jesus Cristo. A Escritura diz: „se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar de todos os pecados e nos purificar de todas as injustiças‟. Também está escrito: „Filhinhos não pequeis! Mas se alguém pecar temos um advogado junto ao Pai, o qual é a propiciação, expiação e o perdão, para os nossos pecados, e não somente para os nossos pecados, mas para o pecado da humanidade inteira‟. O sacrifício de Jesus é tão eficaz, tão poderoso, tão eterno que é suficiente para trazer salvação, libertação e justificação a toda a humanidade. Ele é uma fonte inesgotável! O profeta Isaías disse: „vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação‟ (Is 12.3). É como águas trasbordantes que sacia a sede daqueles que andam moribundo no deserto da perdição. Em Jesus encontramos a verdadeira paz, o verdadeiro perdão, a verdadeira alegria. João, também defende em sua epístola a filiação divina. Tornamonos filhos de Deus por intermédio de Jesus Cristo. No capítulo 3, ele disse: „Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus‟. Éramos criaturas, mas agora somos filhos de Deus. Nós que somos descendentes de Adão condenados a perdição eterna, mas agora recebemos a filiação divina. Fomos adotados por Deus em sua família. Recebemos o privilégio maior do que os anjos. Muito embora os anjos sejam criaturas espirituais e habitam nas mansões celestiais, mas não gozam desse privilégio que nós gozamos. Não tiveram o direito a remissão dos pecados quando se rebelaram contra Deus. Foram lançados fora do Reino. Mas nós somos criaturas feitas a imagem e semelhança de Deus. Não fomos largados à nossa própria sorte infeliz. Mas, Deus interveio trazendo esse privilégio de sermos chamados de filhos de Deus. Muito embora, as Escrituras falam dos filhos do diabo, mas esses filhos do diabo não são seus filhos por natureza, mas, simplesmente por


seguem as práticas do diabo e têm prazerem nos desígnios do maligno, podem se tornarem os filhos de Deus por intermédio de Jesus. Através da filiação divina, nos tornamos novas criaturas. Nascemos de novo! Somos regenerados! Fomos recriados! Recebemos o Espírito de adoção, que segundo o apóstolo Paulo em Romanos 8.15 e Gálatas 4.6 clama: „Meu papai querido‟. Então Deus não é só o nosso Senhor e o nosso Deus, Ele, também, é o nosso Pai. O Soberano do Universo é o nosso Pai! E, assim como uma criança goza do privilégio diante de seu pai e tem a liberdade de se aproximar dele sem nenhuma cerimônia, de falar com ele e usufruir de suas bênçãos, assim, também, nós, sem nenhuma cerimônia, sem nenhum tutor ou intermediário humano, podemos gozar da comunhão e da intimidade com Deus. Mas João, também, disse que é incompatível que os filhos de Deus permaneçam na prática do pecado. Porque a semente incorruptível está nele, e não pode mais pecar (1ª Jo 3.9). Porque habita em nós o Espírito Santo de Deus que nos orienta o caminho, que nos guia na luz. O profeta Isaías, há muitos anos atrás, falou sobre isso. Quando vocês estiverem desorientados na vida, e não saberem qual o rumo tomar, se ficarem indecisos sem saberem se devem ir para direito ou para a esquerda, „vocês ouviram uma voz por trás de vocês, dizendo: este é o caminho andai por ele‟ (Is 30.21). Óh! Essa voz é a voz do Espírito de Deus que habita em nós! E, João diz mais: „ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos‟ (1ª Jo 3.2). Ele é imortal, e nós, também, seremos imortais; ele é santo, e nós seremos para sempre santos; e quem „tem esta esperança‟, diz o apóstolo João: „purifica-se a si mesmo, como também ele é puro‟ (1ª Jo 3.3). Então, o cristão vive neste mundo, mas ele olha com grande perspectiva e esperança para o futuro. O mundo está desorientado, desorganizado, sem esperança. Os governantes, os ambientalistas e os cientistas estão totalmente desesperados. Eles não sabem qual será o futuro do mundo. A humanidade está desacreditada. Um certo cientista disse: „nós temos que encontrar uma saída para a humanidade‟. Porque a junta cientifica já está consciente de que este mundo está chegando ao seu fim. Independentemente de que sobrevenha qualquer acontecimento catastrófico, apocalíptico e escatológico, este mundo já está caminhando para perdição. Então, „o que é que temos que fazer para salvar a humanidade!?‟. Esta é a pergunta dos cientistas. Eles disseram: „nós temos que descobrir um planeta que dê condições habitáveis para os homens‟. Pois segundo eles os recursos naturais da terra estão se esgotando. A água potável está se acabando, a camada de ozônio está se destruído, o ar está poluído. O avanço tecnológico e cientifico, que é a glória do homem moderno, está trazendo grandes prejuízos à natureza.


Há os chamados G8 que são os oitos países mais ricos do mundo, país de primeiro mundo, superdesenvolvidos. O estilo de vida desses países está causando um desequilíbrio na terra. Meus queridos irmãos, meus queridos visitantes, a terra está chegando ao seu fim! O globo terrestre não suporta mais o nosso estilo de vida. Nossos objetos modernos estão causando a nossa destruição. Depois que descobrir um planeta quem que há água potável e oxigênio, o outro desafio dos cientistas é: „descobrir um meio de transportar a humanidade para esse planeta‟. Mas, os filhos de Deus não estão sem esperança! Os filhos de Deus não estão colocando a sua confiança na falência da ciência e da religião. Porque a nossa esperança está em Jesus Cristo! Que segundo as Escrituras ele está vivo; ele é real e ele voltará! Deus providenciou para nós o escape! É por isso que João fala da certeza da vida eterna, assim ele escreveu: „Quem tem o Filho tem a vida‟(1ª Jo 5.12). João não disse: „terá a vida‟ ou „possivelmente terá a vida‟. Ele falou com plena certeza e convicção: „tem a vida eterna‟. Nós vivemos neste mundo no Espírito, na comunhão com o Pai por intermédio da Palavra de Deus. Nele nós temos a certeza plena, a convicção certa. João também disse que nos temos a vitória – „e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé‟ (1ª Jo 5.4). Através dessa fé em Cristo que nos prevalecemos, que venceremos, que prosseguiremos em nossa caminhada. Que segundo Davi é de „força em força‟, e segundo Paulo é de „glória em glória‟. João disse: „pais [sois vitoriosos] porque já conhecestes aquele que é desde o princípio... jovens, sois fortes, e a palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno‟ (1ª Jo 2.14). Têm muitos jovens destruídos, acabados pelas drogas, pela criminalidade, pela prostituição, mas os jovens que estão em Deus são vitoriosos porque têm a fé viva em Cristo, e a palavra de Deus está neles e o Espírito inabalável e fortificador habita neles. Então, a família cristã está guardada, protegida. A família que se estabelece no altar da palavra de Deus; a família que goza dessa comunhão com Cristo está edificada sobre uma rocha inabalável. É como aquela cidade de Isaías 26, que está guardada pelos muros da salvação; está protegida contra todos os dardos inflamados do maligno. Os pais que estabelecem o altar de Deus em seu lar, cuja chama do Espírito queima noite e dia como o altar do holocausto, é uma família fortificada, feliz e abençoada por Deus. João que nos transmitir a certeza viva e convicção plena de que o caminho que estamos andando é certo. Não é um túnel sem saída, nem uma estrada que vai parar em uma encruzilhada qualquer. Podemos seguir porque é algo certo! Por isso que ele fala desse testemunho interior que está dentro de nós (1ª Jo 5.10). Não existe capeta nenhum que possa arranca-lo! Podem tocar em nosso corpo, podem tocar em nossos bens, mas não podem tocar no que está


dentro de nós. Não podem destruir a nossa fé; não podem arrancar o Espírito de Deus que está dentro de nós. Porque está escrito: „vocês não receberam o espírito de escravidão para estarem outra vez debaixo do medo, mas recebeste o Espírito de Deus... o Espírito de Deus testifica com nosso espirito que somos filhos de Deus... Ele nos guia a toda verdade...‟ Ele nos traz „consolação e exortação‟ (Rm 8.15,16; Jo 16.13; 1ª Co 14.3). Nós temos esse testemunho interior dentro de nós. Diz que um certo cristão de mais 90 anos de idade, chamado de Policarpo, que conhecia o apóstolo João; que compartilhava dessas verdades que João ensinava nas congregações, e que chegaram à nós através da sua epístola. Policarpo vivia debaixo de uma corrente de perseguição infligida pelo império romano, mas permanecia firme. Nada abalava a fé daqueles homens. Então, Policarpo foi preso pelas autoridades romanas. Esses homens infligiram naquele ancião de 90 anos de idade todo tipo de torturas para que ele negasse o nome de Jesus. Até que eles o amarraram em uma estaca, colocaram vários gravetos, e disseram: „Nós vamos incendiar se você não negar o nome de Jesus‟. Policarpo disse: „Fazem muitos anos que eu sirvo o Senhor Jesus Cristo, e ele nunca me fez mal nenhum, nunca me trouxe nenhum prejuízo, então, como posso eu agora, nessa altura da vida, negar o nome dele. Jamais! Eu irei com ele até o fim! Podeis acender essa fogueira, porque ainda hoje eu estarei com ele‟. Essa é uma certeza firme! Uma certeza inabalável! Diferente de muitos crentes hoje, que não podem passar por uma aflição na vida que negam o Senhor Jesus. Não podem ter o parafuso um pouco mais acochado que se desestruturam todo. Qualquer besteira na vida está renunciando a fé e largando a cruz. Irmãos, temos que ir com Jesus até o final. Pois não temos motivos para abandonar a fé. Temos que ter dentro de nós uma certeza plena, uma convicção inabalável. Temos o Espírito da verdade. Esse Espírito não está apenas nos pastores e nos ministros, mas, está em todo aquele que confessa Jesus como Filho de Deus. O Espírito está em nossos jovens, nos nossos adolescentes, nas nossas crianças e nos nossos anciões. Segundo o profeta Joel o Espírito será derramado sobre todo aquele que invoca o nome do Senhor. João prossegue em sua epístola e mostra, também, que o verdadeiro conhecimento de Deus se constitui em amarmos uns aos outros; que o amor é a prova máxima da nossa fé em Deus. Não ainda dizermos que temos fé e não praticamos o amor. Essa fé se torna inútil. João disse: „Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?. E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também a seu irmão‟ (1ª Jo 4.20). A prova da nossa fé, do nosso cristianismo verdadeiro, da nossa religião verdadeira é amar uns aos outros. O amor não maltrata seu irmão, o


amor não trata as pessoas com indiferença. A expressão de João é muito forte quando fala sobre o amor. Ele diz aqueles que não amam seu irmão são filhos de Caim, filhos do diabo, filhos do maligno. Assim como Caim era do maligno, e teve inveja do seu irmão Abel e o matou, assim também, todos aqueles que não amam seu irmão são homicidas, e nenhum homicida tem nele a vida eterna (1ª Jo 3.10-16). Aquele que não ama seu irmão, segundo João, anda nas trevas, vive nas trevas e não sabe para onde vai (1ª Jo 2.9-11). Você pode se batizar nas águas, pode cantar no conjunto, pode participar do ministério, pode ser o que for, mas se não amar o seu irmão, o seu próximo, você está nas trevas, não conhece a Deus nem tem a vida eterna. Porque o amor dá valor às pessoas; o amor agrega valores às pessoas; ele acrescenta algo de valor à vida das pessoas. Quando nos relacionamos uns com outros ou somos prejudicados ou beneficiados. Diz o Senhor Jesus „vocês serão conhecidos que são meus discípulos, se vocês amarem uns aos outros‟. O amor é o fundamento do cristianismo; sua pedra principal. A essência do amor é aquele que ama deve amar como Jesus amou. Como Jesus nos amou? Doando a sua vida por nós. „Ele deu a sua vida por nós‟, diz João, „e nós devemos dar a vida pelos irmãos‟ (1ª Jo 3.16). Esse é o verdadeiro amor. Para ilustrar o verdadeiro amor, o Senhor Jesus contou uma parábola, conhecida como o bom samaritano. Diz a Escritura que um homem descia de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos de salteadores. Esses salteadores acabaram com a vida dele, roubando todos os seus bens e deixando-lhe quase morto à beira do caminho, jogado ao léu, ao lixo. E, diz que por aquele mesmo caminho passou um sacerdote, um homem religioso, conhecedor da lei, que foi incumbido de ajudar os caídos, mas aquele homem estava tão ocupado com a sua religião, e quando viu o pobre do homem jogado, desviou o seu caminho e seguiu a sua viagem, deixando aquele miserável entregue à sua infeliz sorte. Pelo mesmo caminho descia, também, um levita, um ajudante de um sacerdote, um homem, também, religioso, e viu aquele pobre homem e ignorou a sua situação, e seguiu viagem. Jesus Cristo estava querendo ilustrar o verdadeiro amor. Então, muitas vezes o verdadeiro amor não está na religião, pelo contrário, a religião muitas vezes deixa o coração endurecido. Então, por aquele mesmo caminho passava um samaritano. Um homem que não era religioso, que não seguia as práticas da religião judaica, não visitava o templo dos judeus. Mas, ao ver aquele miserável, estendeu a mão, ajudou, colocou-o em sua carruagem e o levou para uma hospedaria mais próxima, cuidou daquele homem e ergueu-o daquela situação. Ali, além de ilustrar, a missão de Jesus de salvar aqueles que estavam mortos e perdidos à beira do caminho, também, nos ensina três filosofias de vida.


A filosofia de vida dos salteadores: o que é teu é meu, vou toma-lo; têm pessoas que só querem ser beneficiadas, mas não querem beneficiar a ninguém; temos também, a filosofia de vida do sacerdote e do levita: o que é meu é só meu, vou guarda-lo; são pessoas egoístas que têm, mas não querem compartilhar com ninguém. E, por último, temos o estilo de vida do bom samaritano: o que é meu é teu, vou reparti-lo; essa é a nossa filosofia de vida; devemos compartilhar o que temos com as pessoas. Diz o apóstolo Pedro: „Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda‟ (At 3.6). É isso que vos oferecemos nessa noite: Jesus Cristo, a vida eterna que Deus nos ofereceu.

Palestra Ministrada na Congregação da Assembleia de Deus-Codó Em 18 de Outubro de 2009 A Preparação e Qualificação dos Obreiros do Senhor

Baseado na história de Davi, iremos dividir a nossa palestra em cinco tópicos: primeiro, qualidades naturais; segundo, qualidades éticas; terceiro, qualidades estéticas; quarto, qualidades profissionais, e quinto, qualidades espirituais. Eram qualidades que havia em Davi e que devem, também, haver em nós para servimos a Deus de um modo correto. A gente fica imaginando porque Deus escolheu a Davi e não a seus irmãos. Já que os irmãos de Davi eram soldados e serviam no exército militar de Israel. Sendo soldados, poderiam se tornarem comandantes, generais e futuros reis. Mas na verdade é que Deus escolheu Davi porque Ele viu em Davi mais capacidades do que nos seus irmãos. Às vezes, a gente pensa que é diferente. Que Deus escolheu um incapacitado, por ser Davi um jovem inexperiente. Porém, Deus escolheu Davi para ser o rei de Israel porque Ele viu em Davi muito mais potencialidades do que nos seus irmãos. Isso significa que a boa aparência e a força física não são sinônimos de capacidades para assumir determinadas funções. Mas, o que dizia respeito eram as qualidades que Davi tinha e que seus irmãos não tinham. Vamos começar vendo as qualidades naturais ou talentos naturais de Davi. Davi tinha três talentos naturais: músico, orador e escritor. O que são talentos naturais? São habilidades que nascem com a pessoa ou se desenvolve no decorrer da vida. Existe uma diferença entre talento e dom. Ao passo que o talento é inato ou desenvolvido, o dom é recebido de um modo sobrenatural, instantâneo e divino. O dom vem sobre a pessoa. Você detém o talento, usa-o quando quer, onde quer e como quer. Já o dom não. Não é a pessoa que usa os dons, não é na hora que quer e nem da maneira que quer. É quando o Espírito vem sobre a pessoa que o dom se manifesta.


Esse negócio que a pessoa diz que tem o dom de profecia, e agora deve profetizar toda vez que alguém lhe visita ou consulta na sua casa ou quando participa de oração. Não! Ele não tem tal domínio sobre o dom. Do mesmo modo é com os dons de línguas. Você não fala quando quer e nem onde quer, é quando o Espírito vem sobre você. Se alguém falar em línguas quando quer, então, está falando por si mesmo. Porque aquele que fala, fala em mistérios com Deus. É quando o Espírito quer transmitir alguma mensagem de você à Deus que ele o usa em línguas. Os talentos podem ser aperfeiçoados, desenvolvidos e habilitados, mas os dons, não. Os dons são perfeitos. Eles vêm sobre o crente de um modo perfeito. Muito embora, estejam em vasos de barro, vasos imperfeitos, mas os dons de Deus são dons perfeitos. Alguém me perguntou: „Por que têm pessoas que só falam em línguas no dia que foram batizadas com Espírito Santo e depois não falam mais?‟. Porque tais pessoas receberam os dons de línguas, apenas as línguas como evidência do batismo. Existem a evidência do batismo e os dons de línguas. São duas coisas diferentes. Nem todo pessoa que é batizada com Espírito Santo e fala em línguas, recebe os dons de línguas. Então, Davi tinha três talentos, ele era músico, orador e escritor. Não são dons. Não existe o dom da pregação, dom da música e nem o dom de escritor. São talentos naturais. Evidentemente dados por Deus. Essa é a similaridade entre os dons e os talentos. Ambos são dados por Deus. Contudo, os talentos são dados de uma maneira natural. Ou você nasce com eles ou desenvolvi-os. E, os dons são dados por Deus também, mas de uma maneira sobrenatural. Ele vem sobre a pessoa independentemente de sua capacidade de desenvolver aquele dom. Davi era músico. Foi chamado para servir na corte de Saul como músico, muito antes de lutar contra Golias (1º Sm 16.17,18). Davi teve acesso a corte de Saul e foi contratado para trabalhar no palácio do rei (1º Sm 16.19-23). Davi só atingiu essa posição por causa de seus dotes e capacidades. Então, Deus não escolhe ninguém para lhe servir se a pessoa não estiver capacitada para desempenhar aquele serviço. Havia muitos pastores na época de Davi, mas apenas Davi foi citado – „Respondeu um dos mancebos: Eis que tenho visto um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar bem...‟ (1º Sm 16.18). Porque ele já manifestou seus dotes e talentos desde cedo. Davi era orador. Algumas traduções da Bíblia diz que Davi sabia falar bem. Davi por ser músico e saber salmodiar belos salmos a Bíblia o chama de poeta (poeta é a pessoa que recebe ideias inspiradas; uma pessoa que tem muita facilidade em argumentar, criar versos e poemas). Então, uma pessoa dessa tem muita facilidade de articular bem em suas palavras, tem boa fluência e dicção. Davi possuía esses talentos naturais. Por exemplo, o que levou Saul permitir Davi ir à batalha contra Golias. Foi o argumento de Davi. Muito embora, Davi trabalhasse para o rei tocando a sua lira, Saul não conhecia realmente quem era Davi pessoalmente. Não foi o conhecimento que Saul tinha de Davi que o levou a permiti-lo ir à guerra. Mas, foi algo que convenceu Saul. O texto de 1º Samuel 17.32-37 mostra o diálogo de Davi com Saul. Inicialmente, Saul não permite que Davi vá à guerra. O que levou Saul mudar de opinião? No versículo 33, Saul diz: „contra este filisteu não poderás ir para pelejar com ele; pois tu ainda és moço, e ele homem de guerra desde a sua mocidade‟.


Leiamos 1º Samuel 17.34-37: „Então disse Davi a Saul: Teu servo apascentava as ovelhas de seu pai; e quando vinha um leão e um urso, e tomava uma ovelha do rebanho, eu saía após ele e o feria, e livrava-a da sua boca; e, quando ele se levantava contra mim, lançava-lhe mão da barba, e o feria e o matava. Assim feria o teu servo o leão, como o urso; assim será este incircunciso filisteu como um deles; porquanto afrontou os exércitos do Deus vivo. Disse mais Davi: O Senhor me livrou das garras do leão, e das do urso; ele me livrará da mão deste filisteu. Então disse Saul a Davi: Vai, e o Senhor seja contigo‟. Insisto na pergunta: o que foi que convenceu Saul a deixar Davi lutar contra o gigante Golias? O seu discurso, a sua fala, a sua maneira de introduzir a conversa. Ele conseguiu convencer Saul pelos seus argumentos. Lendo, também, o Salmo 45.2, que é dirigido a Davi: „Tu és mais formoso do que os filhos dos homens; a graça se derramou em teus lábios; por isso Deus te abençoou para sempre‟. O versículo diz: „a graça se derramou em teus lábios‟. Há outra tradução que diga diferente? A Linguagem de Hoje diz: „...e sabes fazer belos discursos‟. A „graça derramou sobre seus lábios‟ é realmente isso. A pessoa que sabe falar com graça; a pessoa que tem a facilidade de expressão. Vimos isso na vida de Davi, nos seus salmos e nas suas orações. Davi, de fato, era um orador. Outro talento natural de Davi, escritor. Dos 150 salmos, Davi escreveu 73. Todos esses talentos, músico, orador e escritor, não se recebem de modo sobrenatural de Deus, mas é algo que a pessoa tem que desenvolver ou já nasce com ela e vai se manifestando no decorrer da vida. E é o que faz com que o ministro seja completo. O pregador precisa ter o talento da oratória para que possa transmitir uma mensagem com clareza e assim alcançar os ouvintes. Assim, os pregadores que não nascem com o talento natural da oratória, precisam desenvolvêlo. Todo ministro cristão tem que desenvolver a oratória. Qual é a responsabilidade do ministro? Transmitir a palavra de Deus. Ele tem que transmitila com uma boa dicção, boa articulação, suas palavras têm que fluir para que as pessoas possam entender e compreender. Não recebemos de modo sobrenatural essas coisas. Recebemos a autoridade de pregar, mas as técnicas de oratória não. Por isso que precisamos desenvolvê-las. Foi o que Davi fez. Davi não só cantava, mas era um músico magistral. Diz o Pr. José Gonçalves: „Davi sabia tocar magistralmente. Era exímio músico e poeta. Isso muito contribuía para ele ser o homem espiritual, metódico, organizado e sensível as questões divinas. Basta lermos seus muitos salmos para constatarmos essa realidade‟ (3ª lição, do 4° Trim/2009).

Então, Davi desenvolveu e aperfeiçoou esse talento que tinha para música. Ele não só cantava, mas sabia compor hinos, sabia tocar instrumentos e fazia seus próprios instrumentos. Ele atingiu, o que o Pr. José Gonçalves, chama de „exímio‟ quer dizer, a excelência. Davi não era apenas um tocadorzinho, era um músico que atingiu a excelência na música. Foi ele que organizou todo o cântico da religião judaica; ele que estabeleceu os levitas para o cântico; organizou os cantores; formulou os cânticos congregacionais; sabia compor hinos, cantar, tocar, reger. Era uma pessoa que tinha o talento musical e desenvolveu-o, e desenvolveu muito bem. Nós para alcançarmos a excelência em nosso ministério, seja o ministério da música, ou o ministério da pregação ou ministério do ensino


ou o ministério da escrita, temos que desenvolver esses talentos dados por Deus. Desenvolvemos esses talentos através de técnicas, de treinamentos, de capacitações e qualificações. Assim iremos cultivar e aprimorar os talentos. A Escritura fala da parábola dos talentos. Que o Senhor deu os talentos conforme a capacidade de cada um. E, uma daquelas pessoas que recebeu o talento enterrou-o. Quer dizer, ele não produziu, não desenvolveu, não se qualificou naquilo que Deus lhe concedeu. Por exemplo, um aluno não aprende, simplesmente, por ouvir. Mas, ele aprende, de fato, quando resolve praticar e pôr em ação os ensinamentos que está recebendo. Ele não aprende, simplesmente, manusear as Escrituras quando ele ouve um pregador que manuseia bem as Escrituras, ele vai aprender manusear bem as Escrituras quando, ele, de fato, resolver manusear as Escrituras. A vida crista é um processo de aprendizagem! Não devemos parar nunca de nos aperfeiçoar e nos aprimorar nos talentos que Deus nos deu. Há pessoas que já nasce com o talento da oratória. Já fala com facilidade desde criança; já tem uma fluência melhor. Esse tipo de pessoa se torna um excelente orador ou pregador. Ao desenvolver o que já é nato dele, ele atinge essa excelência. Já as pessoas que não nascem com a oratória, digamos assim, com esse dom natural da palavra, haverá maior dificuldade, mas isso não quer dizer que a pessoa não possa desenvolver. Nós temos a capacidade de desenvolver qualquer talento. Seja o musical, a oratória e o ensino; são talentos que todos temos a capacidade de desenvolvê-los. Muito embora, a pessoa que tem uma inclinação natural para um desses talentos, sentirá maior facilidade do que a que não tem. A pessoa que não tem uma boa fluência, não articula bem as suas palavras e não tem uma boa dicção passará por um processo mais difícil para poder desenvolver esses talentos. Submeter-se-á a técnicas e treinamentos. E, uma pessoa que já tem não precisará se esforçar tanto. Um filósofo chamado Demóstenes (384-322 A.C.), foi considerado o pai da oratória, era gago, tinha muita dificuldade para falar, mas ele começou a treinar, a desenvolver, dominou seus cacoetes e se tornou um dos maiores oradores da Grécia antiga. Isso demonstra que cada um de nós podemos desenvolver a oratória. Não podemos confundir o sermão com a pregação. A pregação e o sermão são diferentes. A pregação é uma autoridade que você recebe de Deus. Você prega a onde estiver, nas ruas, nas pragas, no ônibus, etc., independentemente da capacidade de oratória ou técnicas de oratória. A pregação está aberta a todos os cristãos. Todos são chamados para pregar o evangelho. Agora, o ministro, além de ter essa autoridade para pregar o evangelho, é bom que ele detenha as técnicas de oratória, para ele poder falar com clareza, articular bem as suas palavras e ter o controle do volume da voz. É importante aprender respirar pelo diafragma. Às vezes os pregadores usam muito o pulmão, e se cansam rapidamente e forçam a


garganta. A palavra é o ar. Por isso temos que aprender a usar o diafragma. O diafragma é um músculo, num formato de uma cúpula, que fica na parte da frente do tórax, logo abaixo das costelas. O diafragma detém melhor o ar. Os cantores são muito treinados a usar o diafragma. Eles mantêm o ar no diafragma e vão soltando aos pouco. A voz sai com mais força. E, assim, também, o pregador precisa aprender a respirar pelo diafragma. E, como se faz isso? Através de exercícios de respiração. Puxa o ar pelo nariz até encher a barriga de ar, como se fosse uma bexiga, prende e solta pela boca. Esse exercício ajuda a desenvolver a respiração pelo diafragma. É importante ler em voz alta porque utilizamos o diafragma sem perceber. Temos que treinar a nossa articulação facial também para podemos articular as palavras com facilidade. Há vários exercícios. Um dos tais é ler em voz alta com a caneta na boca. Assim, a pessoa coloca dificuldade na fala, e ao falar normal sentirá mais facilidade. Falar salmodiando é outro exercício para a articulação das palavras. Você respira e diz: „seguuuuuunda-feeeeeeiraaaa‟. Até soltar todo o ar. Há muitos exercícios para as pessoas que tem dificuldade para expressar suas palavras com fluência. Há também a questão do vocabulário. É muito importante que o ministro enriqueça o seu vocabulário. Porque quando ele estiver pregando ou ensinando e lhe faltar uma palavra, rapidamente o cérebro pode substituila por outra. Agora, se o pregador é pobre no vocabulário, se lhe dê o branco daquela única palavra, acabou não tem outra para substitui-la. O nosso cérebro e raciocínio são ferramentas muito poderosas na pregação. Ler e reler não só treina nosso cérebro como também enriquece nosso vocabulário. Vamos agora, ver as qualidades éticas que Davi tinha e que nós, como ministros de Deus, também devemos tê-las. Davi era humilde, fiel, prudente e sábio. A humildade é exatamente esse trampolim que nos fará chegar ao lugar que Deus quer. Davi foi humilde, não se exibiu. Há um texto em 1º Samuel em que alguém informa a Davi que o rei Saul queria que ele fosse o seu genro, Davi disse: „Quem sou eu e quem é a minha família para que eu me torne um genro do rei‟ (1º Sm 18.22,23). E em seus salmos, ele fala sempre sobre a humildade. O que é ser humilde? A humildade nada tem haver com a aparência da pessoa, mas com a mentalidade. Existem, por exemplo, pessoas que são pobres e são orgulhosas, e pessoas ricas que são humildes. A humildade é um estado de espírito. A humildade não se encontra entre os dons e nem entre o fruto do Espírito. É uma condição que a pessoa tem que desenvolver. Você tem que aprender a ser humilde. A humildade não é uma questão de pobreza, mas de atitude. Davi sempre foi um rei humilde; ele sempre olhou para os desfavorecidos e os necessitados; ele próprio se considerava uma pessoa necessitada. Ele dizia: „sou pobre e necessitado‟ (Sl 40.17), mesmo sendo ele rei. Ele não se


vangloriou do seu poder e do seu reinado. Ele sempre reconheceu a sua submissão diante de Deus. A humildade é reconhecer as suas condições e considerar o seu irmão superior a si mesmo. Uma pessoa, por exemplo, pode ser inteligente, mas se é humilde, sentará para ouvir o ensinamento de alguém que é inferior em inteligência do que ele. Ele não dirá: „Eu já conheço tudo isso aí, não preciso perder meu tempo ouvindo esse irmão‟. Ele é humilde para escutar e aprender seja quem for que estiver ensinando. A humildade tem que abrir o nosso coração para aprendizagem. Leiamos Romanos 12.3: „Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um‟. A Bíblia Linguagem de Hoje diz: „Por causa da bondade de Deus para comigo, me chamando para ser apóstolo, eu digo a todos vocês que não se achem melhores do que realmente são. Pelo contrário, pensem com humildade a respeito de vocês mesmos, e cada um julgue a si mesmo conforme a fé que Deus lhe deu‟. Ninguém pode se achar que é autossuficiente. „Eu não preciso que ninguém de mande fazer algo; eu não preciso que alguém me ensine‟. Não! Temos que pensar que cada dia mais precisamos aprender; não somos completos em nós mesmo; precisamos do outro. O evangelho colhe as pessoas que são marginalizadas e as coloca em pé de igualdade com um cidadão. Quando os saduceus ouviram os apóstolos se admirarão da inteligência e do conhecimento daqueles homens. „Como eles podem saber essas palavras? Se são pessoas sem instrução!‟. Essa é a capacidade que o evangelho nos dá. Mesmo sendo pessoas de pouca instrução, até mesmo analfabetas, podemos nos tornar pessoas inteligentes através de Jesus Cristo e do cristianismo. Podemos nos aperfeiçoar de tal modo que podemos até pregar para um doutor e ensina-lo. E ele ficar admirado com o discurso ou ensino. Outra qualidade excelente de Davi, fidelidade. Davi era fiel ao Senhor, fiel a Palavra de Deus. Ele sabia se conduzir, se posicionar em qualquer situação em que se encontrava; Davi aprendeu fazer as coisas simples buscando ao Senhor e, também, sabia executar as tarefas mais difíceis. A fidelidade é um das qualidades éticas que não pode faltar no ministro. Paulo disse: „requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel‟ (1ª Co 4.2). Porque o ministro não ministra suas próprias coisas, mas as coisas divinas; coisas pelas quais iremos prestar contas; então, devemos ser pessoas fiéis. A prudência era outra qualidade ética de Davi. O texto diz que Davi era „sisudo em palavra‟. Quer dizer, ele sabia medir as suas palavras; ele não era tagarela; ele sabia falar na hora certa e no momento certo; ele sabia o que falar. Davi não era apenas prudente em suas palavras, mas também,


em sua conduta. Ele convivia no palácio do rei Saul, entre os funcionários do rei, com prudência. Ele tocava a sua lira para acalmar Saul, mas fazia isso com prudência. Saul ficava com sua lança, e atormentado da cabeça, Davi sabia que a qualquer hora ele podia explodir. Cristo disse: „sede prudentes como as serpentes‟ (Mt 10.16). A serpente não andar dando bote ao réu, ela se prepara para atacar a sua vítima. Assim o crente tem que saber como se conduzir e quando falar. Davi, também, era um homem sábio. Davi manifestou a sua sabedoria para cumprir as suas tarefas com competência. Em 1ª Samuel 18.5 diz que o que Saul mandava Davi fazer, ele fazia bem. Os ministros de Deus e obreiros do Senhor devem cumprir com competência as tarefas que lhes foram confiadas. Eles não podem ser relaxados! „Eu sou auxiliar, mas eu não pedi para ser auxiliar‟. Devemos saber quais são as nossas atribuições. A igreja, às vezes, comente o erro de chamar a pessoa para desempenhar alguma tarefa, mas não informa as implicações daquela tarefa. E, às vezes, a pessoa não sabe quais são as obrigações e os deveres daquela determinada função. Para que a igreja cobre mais tarde alguma coisa, ela precisa primeiro deixar bem claro quais são atribuições da pessoa. Quais são as atribuições de um diácono? Servir a igreja. E, as atribuições de um auxiliar? Ajudar o diácono em seu serviço. Se eles não querem mais servir, então se exonere do cargo. Se eles disserem: „esse negócio de levar cadeira, púlpito e caixa de som não é comigo, meu negócio é tá sentado no púlpito e receber a oportunidade para pregar‟. Davi tinha habilidade para administrar conflitos. Ele enfrentou muitos conflitos com o seu próprio sogro. Saul sentiu inveja e ciúme de Davi; ele via Davi como uma ameaça. Os obreiros precisam aprender a administrar esses tipos de conflitos. Saul queria que Jonatas, seu filho, fosse o seu herdeiro no trono e assumisse o governo após sua morte. Porém, Saul percebeu que Davi estava crescendo e ganhando fama em Israel. Davi era um homem hábil e guerreiro. Até mesmo nos cânticos das mulheres, Saul estava em desvantagens. Elas diziam: „Saul matou os seus milhares, mas Davi matou os seus dez milhares‟. Essas coisas causaram no rei a inveja e o ciúme. Saul até mesmo fomentou Jonatas dizendo que enquanto Davi estivesse vivo, ele jamais seria rei, e que ele não deveria apoiar Davi. Isso é uma questão de competição ministerial. E, existe muito desse conflito entre os obreiros. „o pastor consagrou o irmão, mas não me consagrou. Estou aqui há mais tempo, sou melhor do que ele‟; „o fulano de tal está pregando mais do que eu, tem mais oportunidades. Já teve no sei quantas oportunidades, e eu não ganhei nenhuma ainda‟; „só eu carrego a caixa, e ele fica bem bonitinho no púlpito‟. Há todas essas questões! Em 1º Crônicas 11.9 diz que „Davi crescia e aumentava cada vez mais‟. Davi começou como um camponês, se tornou um escudeiro do rei, depois um comandante de tropa e então rei de Israel. Ele foi crescendo, mas


não perdeu o essencial, que é a humildade, a fidelidade, a prudência e a sabedoria. Nunca perdeu essas qualidades excelentes que são as bases do nosso ministério. Todos os ministros devem querer melhorar, mas isso não significa ser melhor do que o outro irmão. Significa ser melhor do que você mesmo. „Eu quero melhorar a minha maneira de pregar; eu quero melhorar a minha maneira de ensinar; eu quero melhorar a minha maneira de servir‟. Melhorar é você quebrar seus próprios recordes! Não devemos competir com ninguém, devemos competir com nós mesmo! Não devemos nos comparar uns com os outros. Acontece muito isso, principalmente nos eventos, como a semana pentecostal. „O pregador de segunda, pregou melhor do que o de terça‟. Isso não pode! Você tem que comparar você com você mesmo. A Escritura diz: „Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos‟ (2ª Co 13.5). Para concluir quero falar sobre a piedade. Davi apesar de ter todos esses talentos naturais era um homem piedoso. Ele usou a sua música para expulsar o demônio de Saul, então, a sua música era ungida. De onde vinha essa unção na vida de Davi? Da piedade. Há dois tipos de piedades. A piedade moral e a piedade devocional. Esse poder e essa unção vêm dessa piedade devocional. Muito embora, a piedade moral seja importante para andar com Deus e ir para o céu, mas essa piedade moral não traz essa autoridade espiritual, o que vai trazer é a piedade devocional, que inclui uma vida de oração, jejum e consagração. E essas coisas que faz com que o poder venha sobre o crente. Você se resguardar da prostituição, da mentira, viver de modo sábio, inteligente, amando seu irmão são qualidades excelentes e essenciais, mas o poder de Deus só cai se obreiro se entregar à uma vida devocional de oração. Se lermos os salmos de Davi vamos ver que ele era um homem que orava, tinha prazer na leitura da palavra de Deus, tinha uma devoção particular e íntima com Deus. Esse é o segredo da autoridade espiritual do obreiro.

Palestra Ministrada na Congregação da Assembleia de Deus-Codó Em 08 de Novembro de 2009 Sobre A Vontade Soberana e a Vontade Secundária Baseado na história de Davi, iremos dividir a nossa palestra em quatro tópicos: primeiro, definição da vontade de Deus; segundo, vontade secundária de Deus: Saul; terceiro, a não vontade de Deus: Isbosete; quarto, vontade soberana de Deus: Davi.


Para definir a vontade de Deus, podemos afirmar que Deus têm duas vontades, além da sua não vontade de realizar determinados propósitos. Podemos chamar essas duas vontades de Deus de vontade soberana de Deus e vontade permissiva de Deus. Também, podemos chamar de propósito original de Deus e propósito secundário de Deus; ou ainda, propósito incondicional de Deus e propósito condicional de Deus. Deus, por causa das suas duas vontades, age por meio de dois planos. O plano que ele determina baseado em sua vontade soberana. Aquilo que Deus decretou por sua soberania. Isso significa que essa vontade soberana de Deus, Deus não se arrepende dela e nem muda; aquilo que ele pretende realizar, ninguém impedirá. Iremos ler alguns textos bíblicos da Palavra de Deus. Jó 11.10: „Se ele passar, aprisionar, ou chamar a juízo, quem o impedirá?‟. Ninguém impede o propósito soberano de Deus! Jó 42.2: „Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido‟. Os planos que Deus estabelecem, ninguém podem frustrar a sua realização. Nem as nações, nem os homens e nem os demônios; nenhum poder pode impedir a Deus de concretizar a vontade que ele determinou. Isaías 43.13: „Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá?‟. Chamamos isso de vontade soberana de Deus, que é o seu plano original; aquilo que ele estabeleceu desde o princípio de todas as coisas; que ele já escreveu; e que vai se cumprir guiado pelo próprio poder de Deus. No Salmo 115.3, diz: „O nosso Deus está nos céus; e faz tudo o que lhe apraz‟. Deus não age de uma maneira aleatória. Ele age baseado em um plano que estabeleceu antes de todas as coisas. Mas há também, o que eu chamo de plano B de Deus que é a Sua vontade presciente. Essa presciência de Deus é baseada na vontade livre de suas criaturas. Isso significa que Deus pode se arrepender e mudar o que pretende realizar conforme as ações das suas criaturas. Então, veja que Deus é um Deus soberano, age de uma maneira soberana, mas também, ele age pela sua presciência, quer dizer, pelo seu pré-conhecimento; pelas coisas que ele sabe que vão acontecer; pelas ações que ele sabe que as pessoas irão tomar; pelas decisões que as pessoas terão em suas vidas. Baseado nessas decisões que Deus já sabe de antemão, ele age; ele vai realizando essa sua vontade, que é a vontade secundária de Deus. Vamos compreender mais isso no decorrer da nossa palestra. O importante é compreendermos que Deus que não se contradiz opera nessas duas vontades. Martinho Lutero chamava de vontade secreta de Deus e vontade revelada de Deus. Que Deus, em sua vontade secreta, age de um modo que às vezes não entendemos, mas ele acaba fazendo a sua vontade.


Iremos ler alguns textos bíblicos que fala acerca dessa vontade presciente de Deus, isto é, da vontade de Deus baseado no livre-arbítrio das suas criaturas humanas. Jeremias 15.6: „Tu me deixaste, diz o Senhor, e tornaste-te para trás; por isso estenderei a minha mão contra ti, e te destruirei; já estou cansado de me arrepender‟. O texto diz que Deus se arrepende! Muda os seus propósitos. Jeremias 18:8-10: „Se a tal nação, porém, contra a qual falar se converter da sua maldade, também eu me arrependerei do mal que pensava fazer-lhe. No momento em que falar de uma nação e de um reino, para edificar e para plantar, se fizer o mal diante dos meus olhos, não dando ouvidos à minha voz, então me arrependerei do bem que tinha falado que lhe faria‟. Note que retribuir com o mal ou com o bem está baseado na sua presciência de que Deus sabe se a pessoa irá fazer o bem ou o mal. Então baseado nisso dá a permissão a Deus de se arrepender, de mudar, seu propósito em relação àquela pessoa, por causa da decisão que ela irá tomar na vida. Vamos entender, o propósito soberano de Deus não muda e nem se arrepende, porém, os seus propósitos secundários estão sujeitos a mudança e o arrependimento de Deus conforme as ações das criaturas que Deus criou com livre-arbítrio para decidirem. Jeremias 26.13: „Agora, pois, melhorai os vossos caminhos e as vossas ações, e ouvi a voz do Senhor vosso Deus, e arrepender-se-á o Senhor do mal que falou contra vós‟. Se a nação ouvir a voz de Deus e lhe obedecer, Deus tem uma atitude diferente, isto é, Deus modifica a sua atitude relação àquela nação. Ezequiel 18.25: „Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é direito. Ouvi agora, ó casa de Israel: Porventura não é o meu caminho direito? Não são os vossos caminhos tortuosos?‟. Os israelitas estavam acusando a Deus de não agir de um modo certo pelo fato de Deus retribuir ou agir conforme às ações daquele povo. Isto é, Deus deveria cumprir às suas promessas aos patriarcas independentemente das ações ímpias da nação. Porém, Deus afirma que são os caminhos tortuosos deles que estão bloqueando os cumprimentos das promessas aos patriarcas. Então, quais são as duas vontades de Deus? Há uma vontade que Deus modifica e há outra vontade que ninguém impede ele realizar, principalmente as ações dos homens. Quais são essas duas vontades? Vontade original e vontade secundária; vontade soberana de Deus e vontade permissiva de Deus; vontade incondicional de Deus e vontade condicional. O que vocês entendem por vontade condicional de Deus? A vontade incondicional não depende das ações dos homens, Deus age e opera conforme ele quer, e na vontade condicional, Deus age segundo as condições que os homens lhe proporcionam.


Podemos dizer que Deus é imutável na sua soberania, mas também, ele é mutável na sua presciência. Por que Deus, que é soberano e todo poderoso, age por meio de dois planos? Por que ele precisa de um plano A e um plano B? Primeiro razão, por causa do livre-arbítrio que Deus dotou os seres humanos. Por causa disso Deus considera a decisão de cada um. O que é livre-arbítrio? É o poder de decidir. Cada pessoa tem a sua livre escolha. De modo que se Deus quiser que você tome alguma decisão na vida, ele tem, que primeiramente, vir e agir no centro da sua vontade, que é o coração. Mas, a decisão quem toma é você. O homem não foi criado como uma máquina ou um robô, mas foi criado com uma mente que raciocina e tem inteligência para tomar as suas próprias decisões. Isso é uma das razões porque Deus age por meio da sua presciência. Segunda razão, é porque Deus respeita a responsabilidade moral das pessoas. Cada um de nós temos a responsabilidade moral pela qual iremos prestar contas com Deus. Se Deus não respeitasse a responsabilidade moral, então, as pessoas iriam dizer: „Eu fiz isso porque tú me deixaste fazer‟. Não! A pessoa fez por sua própria escolha; por sua própria responsabilidade; pela sua própria moralidade. O homem desde o princípio tem uma noção do que é certo e do que é errado; e ele pode escolher o certo e rejeitar o errado ou vice-versa. Por causa dessas duas dotações dos seres humanos, o livre-arbítrio e a responsabilidade moral, é que Deus resolveu agir por meio de dois planos. No plano A é o plano original, aquele plano que Deus vai cumprir independentemente do livre-arbítrio e da responsabilidade moral do homem. Deus vai agir e está agindo; chamado de História da Salvação. O homem não intervém e nem se mete. Deus está operando. Mas, tem, também, o plano B que é a vontade permissiva ou secundária de Deus em que Deus vai agindo e operando na vida do homem conforme ele vai respondendo a vontade de Deus. Assim, como aconteceu com o profeta Jonas, os acontecimentos nos pressiona a tomar o rumo da vontade de Deus. Em Provérbios 29.1 está escrito: „O homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz, de repente será quebrantado sem que haja remédio‟. Àqueles que estão resistindo a vontade soberana de Deus, mas Deus quer que a pessoa faça a Sua vontade, Ele criará uma situação em que levará a pessoa a mudar a sua vontade em relação à vontade de Deus. Eu fiz essa introdução para poder entrar no assunto da nossa palestra que fala sobre Saul, Davi e as decisões que esses homens tomaram e o propósito que Deus tinha em relação a eles. Vamos começar vendo qual é o propósito de Deus em relação ao reino de Israel. Iremos ler alguns textos bíblicos. No monte Sinai, Javé se tornou Rei da nação de Israel. Deuteronômio 33.5: „E foi rei em Jesurum, quando se congregaram os cabeças do povo com as tribos de Israel‟.


Quando Deus congregou o povo no monte Sinai, estabeleceu as suas leis e se revelou diante dos anciãos; o que estava acontecendo ali? Deus estava se tornando Rei da nação de Israel. Agora Israel não era mais um povozinho escravizado, mas uma nação eleita, cujo Deus e o Rei era o Senhor Javé. Êxodo 19.4-8: „Vós tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a mim; Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é minha. E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel. E veio Moisés, e chamou os anciãos do povo, e expôs diante deles todas estas palavras, que o Senhor lhe tinha ordenado. Então todo o povo respondeu a uma voz, e disse: Tudo o que o Senhor tem falado, faremos. E relatou Moisés ao Senhor as palavras do povo‟. O Senhor tomou os israelitas do Egito para se tornarem uma nação peculiar de Deus; uma nação especial de Deus; uma nação que era uma propriedade exclusiva de Deus. Essa era a vontade soberana de Deus ou a sua vontade secundária de Deus em relação ao reino de Israel? A vontade soberana! Porque esse povo que saiu do Egito pecaram contra Deus, mas isso não impediu que Israel se tornasse sua nação e o seu reino. Deus exterminou toda aquela geração e fez que surgisse outra por intermédio de seus próprios filhos. Ele continuou operando na nação de Israel. Ele não abandonou o Seu povo. Deus não foi atrás de outra nação. Se essa fosse uma vontade secundária de Deus em que eles falharam, Deus, de fato, teria escolhido outra nação, mas, como era a vontade soberana de Deus e eles falharam, todavia Deus não falha. A vontade soberana de Deus não é baseada na vontade do homem; porque o homem falha. Porém, Deus não falha! Por isso que Deus se baseia em Si mesmo. Então, Deus se tornou Rei de Israel no monte Sinai. „Vocês agora são o meu povo e eu sou o Rei de vocês, e lhes darei leis para obedecerem‟. No devido tempo o Reino de Javé seria representado pelos descendentes da tribo de Judá. Havia doze tribos em Israel, dentre dessas doze tribos Deus escolheu uma para governar as demais. Essa tribo era Judá. Gênesis 49.10: „O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos‟. „O cetro não se arredará de Judá‟; vocês sabem que o cetro era uma vara ou bastão que os reis usavam; era um bastão real. De que tribo era Saul? A tribo de Benjamim. E, se Saul era da tribo de Benjamim, e Deus pela sua soberania escolheu os reis da tribo de Judá; então, por que Saul se tornou o rei de Israel? Pela vontade secundária de Deus. A tribo eleita para extrair os reis de Israel seria Judá. Dentre a tribo de Judá, Deus escolheu a linhagem de Davi para governar sobre a nação de


Israel como rei ungido de Javé. Havia na tribo várias famílias, e dentre essas famílias, Deus escolheu uma família para extrair os reis da tribo de Judá que iria governar sobre a nação de Israel. Assim, a família de Davi foi escolhida para ser a família real. O texto de Gênesis 49.10, também, diz que o bastão real não iria arredar de Judá „até que venha Siló‟. Quem é Siló? O Messias! Depois que ele veio, muito embora fosse da tribo de Judá, o governo não passou mais para outros descendentes. Leiamos Salmos 89.20-29: „Achei a Davi, meu servo; com santo óleo o ungi, com o qual a minha mão ficará firme, e o meu braço o fortalecerá. O inimigo não o importunará, nem o filho da perversidade o afligirá. E eu derrubarei os seus inimigos perante a sua face, e ferirei aos que o odeiam. E a minha fidelidade e a minha benignidade estarão com ele; e em meu nome será exaltado o seu poder. Porei também a sua mão no mar, e a sua direita nos rios. Ele me chamará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, e a rocha da minha salvação. Também o farei meu primogênito mais elevado do que os reis da terra. A minha benignidade lhe conservarei eu para sempre, e a minha aliança lhe será firme, e conservarei para sempre a sua semente, e o seu trono como os dias do céu‟. Essa é a vontade soberana de Deus para com Davi. Tudo isso de fato se cumpriu. Davi seria o cabeça pela qual veria todos os reis de Judá. Então, para que os reis pudesse realmente serem reis legítimos e empossados pela vontade de Deus deveria vir da linhagem do rei Davi. Mas, isso iria acontecer dentro do tempo previsto. Quando a nação de Israel pediu um rei a Samuel, Davi ainda não estava pronto, nem sequer havia nascido. Então, ainda não tinha chegado o momento de Deus cumprir a sua vontade soberana. Mas, mesmo assim, Deus deu um rei à nação. Assim, a eleição de Saul não se constituía uma eleição dentro do propósito soberano de Deus, mas uma eleição baseada na vontade secundária de Deus. E, essa vontade secundária de Deus sempre é em resposta as decisões e vontade das pessoas. Segundo o Pr. José Gonçalves: „o primeiro rei de Israel dado por Deus segundo a vontade popular e conforme o modelo prescrito pelo povo que queria algo semelhante ao governo das nações incrédulas e idolatras à sua volta, certamente não terminou o seu reinado conforme eles idealizaram... fora da vontade de Deus não há garantia que sonhe algum se realize‟(3ª lição, do 4° Trim/2009). Qual era o sonho do povo? Ter um rei como as demais nações. Esse sonho, também, era, realmente, o sonho de Deus. A nação de Israel teria um rei como representante de Deus. Mas ainda não tinha chegado o tempo estabelecido por Deus. Todavia, como o povo estava pressionando Samuel, Deus simplesmente deixou que a vontade do povo fosse realizada. Por que Deus permitiu que a vontade do povo fosse realizada? Porque isso não iria interferir nos propósitos soberanos de Deus. Pois, Deus sabia muito bem qual seria o fim dessa decisão tomada pelo povo fora da


vontade soberana de Deus, muito embora, não estivesse fora da vontade secundária de Deus. Nós podemos tomar decisões em nossas vidas que não fazem parte da vontade soberana de Deus. Porque, às vezes, dizemos: „Se for a vontade de Deus vai se cumprir, mas se não for a vontade de Deus não vai se cumprir‟. Nem sempre é assim! Às vezes coisas acontecem em nossas vidas que não está dentro da vontade de Deus, mas que ele permite que aconteçam baseados em sua vontade secundária. A vontade do povo de Israel de consagrar Saul da tribo de Benjamim como seu rei, muito embora, não fosse a vontade original de Deus, de alguma maneira contribuiu para Deus realizar a sua vontade. Por que? Porque as atitudes de Saul levaram Deus a decidir pela consagração de outro rei. Se Saul era o rei de Israel; então, quem deveria ser o próximo rei? O filho de Saul. Mas, as atitudes de Saul, como cabeça da sua linhagem real, levaram com que os seus filhos fossem também desqualificados para assumirem o reino (1º Sm 13.13,14). As decisões de Saul levaram com que Deus „escolhesse‟ outra pessoa para governar sobre a nação de Israel. Não só isso, mas o próprio povo, também, reconheceu, pelo fracasso do reinado de Saul, que quem deveria ser rei era Davi, assim, o povo foi inclinado à vontade de Deus. Deus permite que tomemos decisões em nossas vidas, muito embora, ele sabe que aquelas decisões não fazem parte do seu propósito para conosco, e às vezes, o fim é trágico. Mas, Ele permite exatamente para aprendemos a lição. O povo de Israel pediu um rei a Deus. Eles não disseram a Deus que esse rei seria Saul, eles pediram apenas um rei. Quem foi que deu Saul como rei para o povo? Quem indicou para Samuel que Saul deveria ser ungido como rei? Deus! Então, Saul foi escolhido por Deus. Leiamos 1º Samuel 10.23,24: „E correram, e tomaram Saul dali, e pôs-se no meio do povo; e era mais alto do que todo o povo desde o ombro para cima. Então disse Samuel a todo o povo: Vedes já a quem o Senhor escolheu? Pois em todo o povo não há nenhum semelhante a ele. Então jubilou todo o povo, e disse: Viva o rei!‟. Essa escolha foi baseado em que vontade de Deus? Na vontade secundária de Deus. Isso significa que Deus poderia se arrepender dessa escolha. Quando Deus escolhe baseado em sua vontade secundária, ele pode se arrepender; quando Deus escolhe na sua vontade soberana, Deus jamais se arrepende. Leiamos 1º Samuel 15.35: „E nunca mais viu Samuel a Saul até ao dia da sua morte; porque Samuel teve dó de Saul. E o Senhor se arrependeu de haver posto a Saul rei sobre Israel‟. „O Senhor se arrependeu‟! Por que ele se arrependeu? Por causa das atitudes do rei Saul. Muito embora, Saul fosse escolhido segundo a vontade secundária de Deus, não sendo essa a sua vontade original, poderia dá certo


como rei. E, mesmo dando certo como rei, Deus poderia cumprir a sua soberania em escolher Davi? Sim! Saul não impediria em nada. Será que na atualidade, alguém pode se tornar pastor pela vontade secundária de Deus? Ou só se tornar pastor aqueles que Deus chama de modo soberano? De fato, alguém pode se tornar pastor pela vontade secundária de Deus. Isso significa, também, que Deus pode se arrepender de ter escolhido aquela pessoa como pastor conforme as suas ações. Assim, também, tomamos decisões em nossas vidas que não fazem parte da vontade soberana de Deus. Mas, essa vontade secundária de Deus pode dá certo, se formos obedientes a Deus. Antes, de estudarmos sobre a vontade soberana de Deus para com Davi, iremos estudar um pouco sobre a não vontade de Deus. Porque existe a vontade secundária e a vontade soberana, mas também, a não vontade de Deus. Aquilo que Deus diz: „Não quero que aconteça‟. Há acontecimentos que não fazem parte da vontade de Deus, nem mesmo da sua vontade secundária, mas mesmo assim, Deus permite que aconteçam, porém, outros, Deus não deixa acontecerem. Por exemplo, um pai que estrupa sua filha de cinco anos de idade. Sabemos que isso não é a vontade de Deus. Então, por que acontece? Sabemos, também, que se Deus quiser impedir que aconteça, ele impede. Mas, por que Deus deixou acontecer? Portanto, há coisas que acontecem no mundo que não é a vontade de Deus, mas, mesmo assim, ele permite que aconteçam por questões que desconhecemos totalmente. Há, porém, outros acontecimentos que Deus interfere em suas realizações. Assim, é que Isbosete se tornou rei das onze tribos de Israel fora da vontade de Deus. Vamos recapitular a história. O rei Saul travou uma guerra contra os filisteus. Nessa guerra, Saul suicidou-se, e os seus três filhos, Jônatas, Abinadabe e Malquisua, morreram em batalha; e, o reino de Israel foi dividido; a tribo de Judá apoiou Davi, se desligando das demais tribos, pois, Davi nessa época era considerado um inimigo do Estado de Israel e vivia foragido. E, as onze tribos apoiaram Isbosete. Quem era Isbosete? Isbosete era o filho caçula de Saul. Em 1º Samuel 14.49, ele aparece com o nome de Isvi, e em 1º Crônicas 8.33 é chamado de Esbaal. Foi feito rei de Israel em Maanaim, fora do alcance dos filisteus, por Abner, comandante do exército de Saul. Conforme o poder de Davi foi crescendo, Abner começou a formar intrigas contra ele ao lado de Isbosete. Porém, Joabe, comandante do rei Davi, assassinou traiçoeiramente Abner. Os apoiadores de Isbosete perderam a coragem, e dois de seus oficiais, os irmãos Baaná e Recabe, assassinaram Isbosete. A morte de Isbosete capacitou Davi a obter controle de todo a nação israelita (citações do Novo Dicionário da Bíblia, vol. I). Quando o rei Saul morreu, e a nação de Israel ficou sem rei, e escapou apenas Isbosete. Então, Abner, que era chefe do exército de Saul,


reuniu as tribos e decidiram consagrar Isbosete como rei das onze tribos. Isso durou um período de sete anos. Isbosete passou sete anos no governo de Israel sem ser da vontade de Deus. Tornou-se rei sem ser da vontade de Deus. Então, irmãos, a gente pode assumir cargos na igreja, se tornar pastor e assumir congregação, sem ser da vontade de Deus. Qual é a diferença em se tornar rei, pastor, seja o que for, segundo a vontade secundária de Deus ou se tornar pastor e etc., segundo a não vontade de Deus? A vontade secundária de Deus tem a possibilidade de dar certo, enquanto, que a não vontade de Deus não dá certo. A pessoa pode se rebolar, dançar, pular, sapatear, estrebuchar e transpirar, não dá certo! Porque não é a vontade de Deus. Têm muitas pessoas se autoproclamando profetas, apóstolos e pastores sem ser da vontade de Deus. O final é o fracasso. Veremos agora, a vontade soberana de Deus. Leiamos 1º Samuel 15.28,29,35: „Então Samuel lhe disse: O Senhor tem rasgado de ti hoje o reino de Israel, e o tem dado ao teu próximo, melhor do que tu. E também aquele que é a Força de Israel não mente nem se arrepende; porquanto não é um homem para que se arrependa. E nunca mais viu Samuel a Saul até ao dia da sua morte; porque Samuel teve dó de Saul. E o Senhor se arrependeu de haver posto a Saul rei sobre Israel‟. No verso 28, Samuel diz que Deus não se arrepende, e logo abaixo, no verso 35 diz que Deus se arrependeu. Como pode ser isso? A nossa compreensão de Deus é baseado em dois conhecimentos. A definição que os judeus tinham de Deus (teologia) e a definição que os gregos tinham de Deus (filosofia). Os judeus compreendiam Deus como um ser que compartilha dos sentimentos humanos; um Deus que está presente na vida dos homens; um Deus que se relaciona intimamente com os homens; por causa disso, eles descrevem Deus com sentimentos e formas humanas. Já os filósofos gregos, via Deus como um ser transcendental, totalmente longe das suas criaturas; Deus não tinha nenhuma forma, não tinha como descrever Deus; e Deus não tinha nenhum tipo sentimentos e paixões. Os judeus diziam que Deus tinha ciúme, zelo, os gregos diziam que Deus não era passível desses tipos de sentimentos. Então, esses dois conhecimentos entraram na teologia cristã. Assim, a teologia cristã para poder ficar com os gregos e interpretar o que os judeus diziam começaram a criar termos teológicos e filosóficos para definir Deus. Então, veremos alguém dizer sobre esse arrependimento de Deus que se trata de antropopatia, quer dizer, um termo grego, que os filósofos aplicavam ao seu deus, que eles conceberam dentro da sua filosofia, e que os cristãos, agora, queriam interpretar o Deus dos judeus. Antropopatia são sentimentos humanos que são aplicados a Deus.


Deus está sentindo uma coisa que ninguém sabe o que é, e como não sabemos o que é, dizermos que ele se arrependeu, porque á a única linguagem concebível que temos para poder descrever essa atitude de Deus. Mas, os judeus não tinha esse problema. Outro termo que a teologia cristã usou para definir Deus é chamado de antropomorfismo. Assim é que os judeus descrevem Deus possuindo mãos, os gregos afirmavam que Deus não tinha mãos. Então, o cristão vem e diz: „Isso é apenas uma linguagem antropomórfica que dá a Deus formas humanas, mas que Deus não tem essa forma‟. Desse modo a teologia cristã absolveu os dois conceitos acerca de Deus. Desse modo, o cristianismo pende mais para o deus grego e interpreta o Deus dos judeus. Muito embora, seja inconcebível imaginar Deus com um corpo humano, uma forma humana, contudo, não é inconcebível virmos Deus como um ser que tenha sentimentos, que pode mudar em seus propósitos e vontades. Deus realmente se arrepende, porque o texto de 1º Sm 15.35 diz que ele se arrependeu, mas, quando suas decisões são tomadas dentro da sua vontade secundária e segundo as decisões que as pessoas vão tomando. Podemos assumir cargos, tornar pastor, missionário, segundo a vontade secundária de Deus, mas, se não cumprirmos os requisitos que Ele estabeleceu, para um missionário, por exemplo, fraquejamos, e, Deus, então, pode se arrepender, e nos tirar daquele cargo. Quando Deus escolheu Saul para ser rei, não segundo a sua vontade soberana, porque por sua vontade soberana quem deveria ser rei era Davi, mas segundo a sua vontade secundária, o que ele disse a Samuel: „agora diga ao povo quais são as obrigações de um rei e quais são as obrigações do povo para com o rei‟. Portanto, todos quantos são chamados segundo a vontade secundária de Deus têm que se submeterem aos requisitos de Deus. Agora, o infeliz da não vontade de Deus é que ainda que o sujeito se submeta aos requisitos de Deus não vai dá certo. A pessoa pode começar o ministério com 40 dias de jejum, não vai dá certo. Será que é da vontade de Deus que todos recebam os dons de línguas? Não! Essa pessoa pode jejuar, jejuar e não recebe. O outro, não jejua, não faz vigília, está em sua casa, ocupando em atividades domésticas, e é batizado com o Espírito Santo e recebe os dons de línguas. Vejamos o rei Davi. Davi foi ungido por Samuel para ser rei de Israel, uma pessoa que aparentemente era desqualificado, pois, não época não tinha nenhuma relação no palácio de Saul, não era general, comandante nem chefe de exercito, era apenas um rapaz de 16 anos e que cuidava de ovelhas. Então, aparentemente, Davi não tinha as qualidades. Mas, mesmo assim, foi ungido e consagrado por Deus, e sabemos que isso estava dentro da vontade soberana de Deus. Aquilo não foi a vontade secundária. Mas, desde o princípio foi a vontade de Deus, ele disse: „achei a Davi‟. E, outro texto diz: „homem segundo o coração de Deus‟.


Contudo, quando as coisas são de Deus, aí, vêm as dificuldades, as pressões, as tribulações. Foi o que aconteceu com Davi. Quando foi reconhecido rei em Hebrom; de onde ele voltava? Da peregrinação, do exílio. Davi estava sendo perseguido; foi acusado de traidor pelo seu próprio povo; em terras estranhas se disfarçava de doido para poder sobreviver; seu sogro, o rei Saul, lhe perseguia, queria ver o capeta, mas não queria ver Davi no palácio. Davi sofreu muito. Em certa ocasião, Davi chegou em uma cidade de sacerdotes, Nabote, e estava com muita fome e também seus homens. Só porque o sacerdote lhe deu pão, Saul mandou um exercito lá e exterminou toda a cidade, e mataram 80 sacerdotes. Davi estava sendo perseguido terrivelmente e implacavelmente. Era o diabo que estava por trás dessa perseguição. O diabo não conhece os propósitos soberanos e secretos de Deus, mas, ele tem suas suspeitas. Portanto, mesmo que seja a vontade soberana de Deus, e ninguém impede, mesmo assim, haverá dificuldade. Você pode ver na Bíblia que a vontade de Deus na vida de seus servos é realizada com muitas dificuldades envolvidas. Tome por exemplo Abraão, escolhido para ser pai da raça prometida, Sara, sua esposa era estéril. Depois de sete anos reinando sobre a tribo de Judá, os anciãos de Israel reconheceram e elegeram Davi como rei sobre todo o Israel. O povo agora reconhece a unção que havia sobre Davi. Anteriormente, nenhum ancião apoiou Davi quando estava jogado no exílio; ele andava como um vagabundo, e tendo como seus companheiros aqueles rejeitados que viviam na margem da sociedade; Davi reuniu esses homens, montou um pequeno exército e treinou-os. Eles viviam fora das fronteiras de Israel. Não tinham apoio de ancião, de chefe, de nada e de ninguém. Mas, a vontade de Deus estava sobre Davi. Então, irmãos, quando Deus tem um propósito conosco, independentemente que as pessoas reconheçam ou apoiem, Deus cumprirá seu propósito. Edinaldo Nogueira Março/2013


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