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COLETÂNEA DE MENSAGENS E PALESTRAS DE EDINALDO NOGUEIRA 2ª PARTE
Edinaldo Nogueira E-mail: nogueira.edinaldo@gmail.com (caso queira fazer alguma refutação por escrito pode enviar para e-mail) 2
Dedicatória
Dedico este livro a Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que me concedeu graça. A Ele seja a glória para todo sempre em Cristo Jesus no poder do Espírito Santo! À minha digníssima e amada esposa, Claudete Nogueira, por sua compreensão e amor e aos nossos filhos Letícia e Renan e a sua esposa Aline. Aos meus pais, Paulo e Marleide e meus queridos irmãos e irmãs: Edileuza, Fátima, Ednardo, Edvaldo, Eduardo e Paula. À todos os amados irmãos em Cristo que amam as Doutrinas Cristãs. A todos os leitores dedico este livro.
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PREFÁCIO
Esse livro é o segundo de uma série de livros que trazem minhas mensagens e palestras desde 2009 em diante. Todas estão gravadas em áudio, e agora pretendo compilá-las. Quero deixar um legado para meus descendentes: filhos(as), netos(as) e bisnetos(as). E a todos os membros, presentes e futuros, da congregação da AD/Salém-Pameiras.
Edinaldo Nogueira
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AUTOBIOGRAFIA
Deixe-me contar um pouco da minha história. Meu nome é Francisco Edinaldo do Nascimento Nogueira, nasci em setembro de 1972, em Fortaleza-CE, filho de Marleide Nascimento e Paulo Nogueira, o quarto entre sete irmãos: Edileusa (1969), Fátima (1970), Ednardo (1971), eu, Edvaldo (1973), Eduardo (1974) e Paula (1980). Nasceu uma entre o Eduardo e a Paula, mas faleceu recém-nascida. Cresci em um subúrbio da Aldeota, perto da praia do Náutico. Morávamos ao lado da minha avó, saudosa e querida Bernadete, uma mulher batalhadora e de fibra, criou, sozinha, seis filhos. Era comerciante e tinha uma pequena bodega. Morreu de infarto em 1989, diante dos meus olhos. Tive o privilégio de conhecer a minha bisavó, mãe de Bernadete, carinhosamente chamada de vó Chaguinha. Depois do falecimento dela, ganhei como herança sua Bíblia. A minha primeira Bíblia, e até hoje tenho e a leio. Pois bem. As nossas irmãs nos chamavam de Dado, Nena, Dereka e Dudu. Tinha até um refrão: ‘Dado, soldado, Dereka, peteca, Duduca, duruca e Nena, capenga’. Eu nos via como os quatro trapalhões: o Dado era o Didi, eu, o Mussum, o Dereka, o Dedé e o Dudu, o Zacarias. Uma das coisas que me marcaram nessa época foi o que aconteceu com o meu irmão Eduardo. Nós três, eu, o Dereka e o Dudu, tínhamos indo a bodega, e lá resolvermos pegar a traseira de um ônibus. Quando o ônibus vez a curva, eu gritei: ‘solta!’. Mas, o Dudu não soltou. O ônibus acelerou, ele perdeu as forças nas pernas, mas não largou as mãos da traseira, e foi arrastado. Suas perninhas entravam e saíam de debaixo do ônibus. Se tivesse largado as mãos tinha sido atropelado pelos carros. O ônibus parou no sinal, e suas pernas estavam todas ensanguentadas. Eu e o Dereka vimos toda cena, pois estávamos correndo atrás. Parecia um pesadelo. Mas, Deus poupou a vida do Eduardo. Em 1981, meus pais venderam sua casa, e se mudaram para o Conjunto Palmeiras, onde morava minha outra avó, vó Rosa, mãe de meu pai, mulher também batalhadora e incansável. Saudosa memória, tenho muitas saudades dela. Com pouco tempo fomos morar na rua campinense. Ali crescemos e estabelecemos vizinhança. Tive uma infância plena. Brincava de jogar bola, bila, pião, soltar pipa. Nunca me envolvi em drogas, muito embora tivesse muitas oportunidades, mas sempre pensava no amor dos meus pais que deram um duro danado para criar os filhos, não mereciam tal desgosto. Na infância tive que me internar duas vezes por motivo de dores reumáticas. Essa danada me persegue há anos. 5
Aos 13 anos comecei a trabalhar de empacotador na padaria do seu Gabriel, e nas madrugadas fazia entrega de pão nas ruas mal pavimentadas e escuras do Palmeiras. Nesse tempo uma voz começou a me perturbar, ela dizia: ‘Um dia você vai morrer! E deixará de existir para sempre. Como será isso? Você morto!’. Isso me dava um calar frio que às vezes me deixava tonto. Tinha muito medo da morte. Em 1988, aos 15 anos de idade, me converti ao evangelho. Foi assim: Um amigo, chamado Damião, me anunciou o evangelho e me convidou para assistir um culto na igreja Assembleia de Deus na Salmão. Fui a igreja com ele num domingo. Na hora do apelo fiquei com vergonha de ir para frente aceitar Jesus. Na segunda-feira, no dia 18 de abril de 1988, o irmão Damião me levou a uma pequena campanha na casa da irmã Diva, na rua Ismael Silva. Tinha poucas pessoas, talvez uns sete crentes. Na hora do apelo aceitei Jesus. Tempos posteriores, fiquei sabendo que a minha conversão aconteceu em resposta a oração da irmã Diva. Ela estava morando em São Paulo, e a sua casa, aqui no Palmeiras, estava sendo usado como boca de fumo. Então, o Senhor ordenou que ela voltasse para o Palmeiras e colocasse ordem em sua casa. Ela orou ao Senhor: ‘Senhor, se for da tua vontade que eu realmente volte, ao chegar lá, irei realizar um culto campal, e como prova, eu quero que o Senhor salve uma alma’. E, assim, aconteceu. Depois de sete dias fui batizado com o Espírito Santo, sem saber nem o que era isso. Doravante, comecei a me dedicar as orações. Em uma dessas orações, recebi uma profecia do irmão Auceliano dizendo que eu deveria orar três vezes por dia que Deus iria salvar minha família. E, foi o que eu fiz. No final de 1988, toda a minha família se converteu, por essa ordem: Fátima, Edileusa, Eduardo, Ednardo, Marleide, Paulo e Paula. Restou apenas o Edvaldo, que balançou, mas não caiu. A minha vida e, também, da minha família, foi sacudida, abalada e revolucionada pela presença de Deus. Influenciado pelo livro Herói da Fé, abandonei a escola e me dediquei inclusivamente as orações, jejuns, vigílias, leitura constante da Bíblia, a evangelismo de porta em porta, discipulado todos os dias e exorcismo. Assíduo frequentador dos cultos e da escola dominical. Vivi experiências profundas com Deus, mas também muita comédia cristã. Eu me lembro que a minha primeira mensagem foi em dezembro de 1988, em um culto campal, na rua Catolé, na casa da mãe da irmã Dalva. Ali, meio trêmulo, preguei sobre a história de Noé. Fui batizado nas águas em outubro de 1988, na sede em Messejana. Congregando-me na Assembleia de Deus da rua Salmão, participava do conjunto de criança Cântico Divino (e era pregador dos cultos de crianças), depois fui para o conjunto de juvenil, Heróis da Fé (sendo um dos componentes pioneiros) e da mocidade, Rosa de Sarom. Envolvi-me no departamento DANC (departamento de amparo aos novos convertidos). Fiz 6
várias pregações tanto em culto de novos convertidos como em cultos de mocidade e nas campanhas Só Jesus Cristo Salva. Tive influência de alguns irmãos, aquém muito admirava, irmãos como João de Deus, Arimatéia Batista, Freitas, Adriano e Paulo Sérgio. Apeguei-me tão rigorosamente à religião que me tornei radical nos usos e costumes. Iniciamos um grupo chamado de Vituperado Por Amor a Cristo que tinha como objetivo evangelizar e restaurar a santidade cristã na igreja. Como usávamos a cabeça quase pelada, outros crentes nos chamavam de ‘vitupelados’. Com esse grupo fizemos vários trabalhos de evangelismo em Fortaleza e fora de Fortaleza. Nessa época o campo de Messejana era pastoreada pelo Pr. Pinheiro. Em 1989, eu e os irmãos Ednardo, Damião e Ronaldo nos dedicamos a evangelizar e ajudar uma igreja da AD-Montese no Cambeba. Passávamos o final de semana nessa localidade, realizando avivamentos, estudos bíblicos, cultos campais, evangelismo, ministrava aula na escola dominial, fazíamos pequenos estudos nas casas e pregávamos nos cultos aos domingos. Nessa época essa igreja alcançou um tremendo avivamento. Pessoas eram convertidas, curadas e libertas de demônios. Havia muitos batismos no Espírito Santo. Enfrentávamos os macumbeiros e entrávamos em terrenos de macumba. Pingávamos santidade, e muitas vezes exagerávamos e sofríamos por causa disso. Havia um templo abandonado da Assembleia de Deus na rua Codó, no Palmeiras, onde costumávamos nos reunir em oração e consagração. Outrora, funcionava nesse local a Assembleia de Deus, fundada em 1981, seu primeiro dirigente foi o presbítero Bezerra (in memória), enquanto que na rua Salmão funcionava uma igreja chamada de Avivamento da Bíblia, a primeira igreja do Palmeiras, porém, 1985 essa igreja com toda a sua membresia foram cedida para Assembleia de Deus, e os membros da Codó se mudaram para rua Salmão. E, o templo na Codó ficou desativado, sendo usado esporadicamente, como lugar de reuniões, ensaios, orações vigílias e às vezes realizam-se cultos. Nesse local tive profundas experiências com Deus em oração. Lembro-me que eu e alguns irmãos tínhamos o costume de nos trancar na secretaria para buscar a Deus em oração. Levantámos clamores a Deus em que todos juntos fazia orações ao mesmo tempo até esgotar as forças físicas. O suor rolava e muitas vezes ficávamos deitados exauridos. Então, permanecíamos ali, lendo a Bíblia, em jejum, até ao meio dia ou mais tarde. O nosso desejo era que aquele local se transformasse novamente em uma congregação e sempre mantinha o desejo de me congregar ali. Pois, os irmãos mais antigos, sempre, falava da poderosa presença de Deus que se manifestava ali em tempos antigos.
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Fiz várias pregações públicas. Queria tê-las gravadas. Irei, porém, citar a partir de 1989 algumas que me lembro. Quero que isso fique registrado. Em 1989: Preguei em culto de avivamento no Cambeba em Efésios 5.18; Preguei em um culto público (domingo), no Cambeba em Isaías 57.21; Ministrei, em 06 de agosto de 1989, um estudo no Cambeba, sobre o Espírito Santo em Atos 2.1-4; Preguei no culto de libertação no Palmeiras em 1ª Coríntios 15.33; Preguei no culto de libertação na AD-Montese do Palmeiras em João 8.32,36; Preguei em uma campanha, à tarde, no Jereissate em Marcos 8.34-37, na casa do ‘profeta’ Elias; Preguei em um culto no Cambeba em Marcos 13.13; Preguei em um culto no Cambeba em Lucas 14.11; Preguei em uma campanha, num pequeno bairro próximo ao Cambeba, em Salmos 18.1,2; Preguei, em 16 de setembro de 1989 (no dia do meu aniversário), numa campanha no Cambeba em Miquéias 3.10; Preguei num culto no Cambeba em Apocalipse 3.20; Preguei, em 31 de dezembro de 1989, num culto de ano novo no Cambeba em Habacuque 3.2. Em 1990: Ministrei, em 20 de janeiro de 1990, um estudo bíblico no Cambeba sobre Escatologia em Mateus 24. Preguei num culto no Cambeba em João 5.3-4; Preguei, em 11 de fevereiro de 1990, num culto no Cambeba em Êxodo 3.2; Preguei num culto de mocidade no Cambeba em João 17.17; Preguei num culto no Cambeba em Jeremias 50.8; Preguei numa campanha no Cambeba em Jó 11.10-15; Preguei, em 22 de abril de 1990, no Cambeba em Hebreus 2.1418; Preguei, em 02 de maio de 1990, em um pequeno bairro que intitulamos Cambeba II em Efésios 2.8-10; Preguei, em 06 de maio de 1990, à tarde, numa campanha no Parque São Miguel em Atos 17.29-31; Preguei, em 06 de maio de 1990, à noite, num culto no Cambeba em Lucas 15.8-10; 8
Preguei, em 12 de maio de 1990, num culto de mocidade no Cambeba em Lucas 10.30-36; Preguei, em 20 de maio de 1990, à tarde, numa campanha no Parque São Miguel em Êxodo 15.26; Preguei, em 20 de maio de 1990, à noite, num culto no Tranquedo Neves em Ezequiel 30.2; Preguei num culto de crianças no Cambeba em Zacarias 8.1-5; Preguei, em 12 de julho de 1990, numa campanha da ADMontese no Palmeiras em Isaías 59.16; Preguei, em 02 de setembro de 1990, num culto de domingo no Cambeba em Mateus 4.1-11; Preguei, em 24 de setembro de 1990, num culto de mocidade na AD-Parque São Miguel em Mateus 21.18-22 com tema: Jesus procura fruto em nossa vida. Preguei, em 03 de outubro de 1990, no Cambeba II em João 10.10; Preguei, em 13 de outubro de 1990, num culto de mocidade no Cambeba em 1ª Coríntios 11.2; Preguei, em 14 de outubro de 1990, na tarde de domingo, numa campanha no Cambeba em Mateus 20.28-32 com tema: Três passos para a salvação; Eu acho que os irmãos tinha muita dificuldade em entender a minha pregação e às vezes irritava algumas pessoas. Tinha uma voz rouca de tanto dar gritos de “aleluias” e “glória a Deus” na igreja, orava muito em voz alta, no estilo da igreja Deus é Amor, e também, pregava num estilo metralhadora para provocar emoções nos irmãos, isso me dava uma péssima dicção, falta de fluência e péssima articulação nas palavras. Não sabia respirar pelo diafragma, e forçava muito o pulmão e a garganta, prejudicando minhas cordas vocais. Porém, nas palestras me saia melhor. Falava com mais calma, meu objetivo era mais a atenção das pessoas do que as emoções. As pessoas nunca me chamavam de pregador, mas sempre de professor. Reconheço que nunca fui um bom orador, mas mesmo assim, os irmãos insistiam que eu pregasse. Citarei algumas pregações de 1991: Em 1991: Preguei, em 03 de fevereiro de 1991, num culto de domingo no Cambeba em Mateus 24.4-14; Preguei, em 16 de março de 1991, num culto de mocidade na AD-Salmão em João 20.1-10; 9
Preguei, em 22 de abril de 1991, numa campanha da AD-Salmão em João 11.23-27 com o tema: três tipos de ressurreição. Esse ano, de 1991, foi o ano que marcou drasticamente minha vida, irrompendo o meu intenso serviço de pregação. Silenciosamente a artrite reumatoide, uma doença que seca a ‘baba’ e destrói a cartilagem dos ossos causando rigidez nas juntas e deformidades nos membros, e depois destrói o próprio osso, começou a desenvolver em meu corpo. Devido ao fato de ficar, hora à fio, debruçando sobre as Escrituras tive escoliose, causando intenso dores lombares. Orava, também, muito tempo de joelhos, imobilizando e sobrecarregando meu fêmur. Comecei a sentir fortes dores nas pernas, com tempo me prostrei. Fui levado pelos meus pais ao hospital S.O.S, encaminhado por uma clínica, e lá foi diagnosticado que os ossos do meu quadril estava desgastado pela artrite e tinha que fazer uma cirurgia imediatamente. Fiz a cirurgia no quadril esquerdo, e coloquei uma prótese de platina, depois de um mês operei o quadril direito, e coloquei, também, outra prótese de platina. A recuperação foi lenta e demorada. Em pleno vigor da minha mocidade, com 19 anos, vi os meus sonhos escorrendo pelo ralo. Nessa época tinha voltando às aulas, mas interrompi por causa da doença. Doravante, tive que iniciar um tratamento para amenizar as dores da artrite e conter seu avanço. Porém, não tomava os remédios para conter o acelerado avanço da artrite, apenas os remédios para dores que eram intensas. Em 1992 já estava andando novamente, mas não mais com a mesma agilidade, mas com dificuldade, não corria mais e não conseguia pegar uma moeda no chão. Mas toquei a minha vida confiando em Deus e esperando a sua vontade. Aos poucos, voltei as minhas atividades de evangelismo, discipulado e pregação. Dedicando-me mais ao Conjunto Rosa de Sarom na AD-Salmão. Nessa época minha mãe era um dos presidentes da mocidade. Conheci um jovem chamado Paulo César, que veio morar no Palmeiras, seus pais eram de Belém-PA. Tornando-nos amigos mui achegados, dedicamos a realizar a obra de Deus juntos, estudar e ler a Bíblia, e a debater com as testemunhas de Jeová. Vivíamos muitas experiências cristãs. Citarei algumas pregações do ano de 1992. Em 1992: Preguei, em 12 de março de 1992, num culto de mocidade na AD-Salmão em 1ª João 5.18 com o tema: O novo nascimento e a natureza adâmica; Ministrei, em março, um estudo bíblico no Cambeba II (hoje São Bernardes) em Ageu 1.14 com tema: quatro tipos de despertamento. 10
Preguei num culto de mocidade na Sede-Messejana em Daniel 11.31; 12.11; 2ª Ts 2.1-8 com o tema: A apostasia; Preguei num culto de mocidade AD-Salmão em 1ª Timóteo 6.12 com o tema: o bom combate da fé; Preguei num culto de mocidade na AD-Aerolândia em Hebreus 12.1,2; Preguei num culto na AD-Salmão em Atos 7.47-50 com tema: Deus não está restrito a uma denominação; Preguei num culto na AD-Salmão em Mateus 3.1-4 com tema: O exemplo de João Batista; Preguei em um culto na Codó em Apocalipse 1.12-18; Preguei num culto de mocidade na AD-Tranquedo Neves em João 14.18; Preguei num culto de mocidade na AD-Lagoa Redonda em Atos 3.1-9 com tema: três passos para a igreja ter poder; Preguei num culto de mocidade na AD-Itamarati em Mateus 21.18-22 com tema: Jesus procura fruto em nossas vidas. Citei o alfabeto em que cada letra consta um título de Cristo; Preguei numa campanha da AD-Salmão em Isaías 53.1-6; Preguei num culto de mocidade da AD-Bela Vista no Palmeiras em Jeremias 1.1-10 com tema: a predestinação; Ministrei, em 25 de dezembro de 1992, um estudo bíblico no Cambeba em Zacarias 3.1-7; Em 1993 liderei o departamento DANC e tornei-me o segundo secretário da EBD. Nesse ano o templo na Codó foi reativado e começou a funcionar como sub-congregação da AD-Salmão. Comecei, também, a trabalhar em uma banca de revista no terminal de Messejana. À noite me dedicava aos cultos e fiz algumas pregações, das quais pouco me lembro e não fiz registro delas. Em 1993: Preguei num culto na AD-Salmão em Lucas 10.30-35 com tema: as três filosofias de vida; Preguei num culto na sub-congregação na Codó em Isaías 40.28-31 com tema: porque Deus não se cansa; Preguei num culto de mocidade na AD-Salmão em 1º Samuel 3.1-4 com tema: a providência de Deus; Preguei na sub-congregação na Codó em Romanos 8.18-25; Preguei, em 07 de agosto de 1993, numa campanha no Parque São Miguel em 2ª Coríntios 6.2 com tema: três coisas que estão prestes a acontecerem 11
Preguei num culto de mocidade no Conjunto Ceará em Romanos 8.23-25 com tema: A esperança Em 1994 comecei a trabalhar em outra banca de revista na Av. Santos Dumont. Assinei a minha carteira. Nesse emprego sofri mais de seis assaltos. Experiências amargas. Em um desses assaltos, na semana da morte de Ayrton Senna, o assaltante colocou o revólver em minha cabeça, em outro, o meu dedo polegar da mão esquerda foi ferido por um punhal. As minhas atividades de pregações diminuíram devido fato de trabalhar no período da noite e às vezes aos domingos, perdendo, também, muitas aulas da EBD em que ministrava aulas nas classes de novos convertidos e depois lecionei na classe da mocidade. Sempre tive o desejo de fazer um seminário teológico, mas naquela época era difícil e havia muitos preconceitos. Dediquei-me ao estudo pessoal, tornando-me com tempo, autodidata em teologia. Lia e leio compulsivamente, tanto a Bíblia como livros. Talvez, no presente momento, tenho lido a Bíblia mais de 15 vezes. Por essa época, escrevi uma apostila intitulada ‘As Minhas 95 Teses’. Hoje é um livreto onde demonstro as razões porque não creio na vinda invisível de Jesus Cristo. Em 1994, registrei apenas uma pregação: Em 1994: Preguei, em dezembro de 1994, no último culto de mocidade na AD-Salmão em 1º Reis 19.8-10,15,18 com tema: o problema de Elias. Foi em 1994 que conheci uma moça do Tabuleiro do Norte que veio se congregar na AD-Salmão e começamos a namorar. Eu tinha feito um voto com Deus, quando tinha 16 anos, de me tornar eunuco até aos 21 anos de idade, em que não namoraria ninguém. Agora com 22 anos tive a minha primeira namorada. Em 1995, fui empossado como um dos presidentes da mocidade na AD-Salmão. Mas, passei pouco tempo, um ano, devido o trabalho secular. Em 1996 me casei com Edna Maia, a moça do Tabuleiro do Norte. Inicialmente moramos na casa dos meus pais, depois construímos uma casa. Em 1996, fui chamado para ser Auxiliar e tornei-me vicesuperintendente da EBD na AD-Salmão, o irmão Paulo Sérgio era o superintendente. Minha esposa era secretária da igreja e da EBD. Registrei poucas pregações no ano de 1996. Em 1996: Preguei num culto na sub-congregação na Codó em Romanos 8.18-25 som tema: a liberdade dos filhos de Deus; Preguei numa campanha da AD-Salmão em João 8.1-11 com tema: três grupos de pessoas; 12
Preguei, em 31 de maio de 1996, num culto da AD-Bela Vista na rua Cantareira em Mateus 3.1-10 com tema: o caminho da salvação; Preguei, em 10 de junho de 1996, num culto na sub-congregação na Codó em Efésios 4.8; Preguei, em 28 de agosto de 1996, num culto na subcongregação na Codó em Atos 22.20,21; Preguei num culto na sub-congregação na Codó em Atos 4.36,37 com tema: o exemplo de Barnabé. Em 1997 senti o peso e a responsabilidade de ser um jovem casado. Morando na Rua do Espírito Santo, nome este dado por mim e um amigo, estava desempregado, e sem perspectiva de arrumar emprego. Não tinha profissão e nem saúde. Tentei vender Bíblias e livros, mas fracassei. Minha esposa teve que trabalhar de faxina, e eu tomar conta da casa. Não tardou a crise matrimonial chegou! E para piorar a situação, minhas mãos começaram a se deformar. Minha esposa se afastou do evangelho, e começou a namorar. Em dezembro de 1998, a minha esposa saiu de casa, levando todos os bens em uma carroça, e foi morar com o seu amante no mesmo bairro, poucos meses ela engravidou do seu amante. Você sabe como eu estava? Estraçalhado! Juntei meus trapos e voltei à casa de meus pais. Chorei e fiquei deprimido. Mas levantei do chão, sacudi a poeira e mantive firme a fé. Esperei um ano, e dei entrada ao divórcio. A juíza determinou que eu vendesse a casa imediatamente, e repartisse com ela o valor. E, fiz isso. Vendi a casa por R$ 1.900, com a minha parte comprei um computador. Na casa de meus pais, recomecei a vida, me aposentei por invalidez, e aprendi a digitação gráfica. Fui me congregar na AD-Codó em 1999, na época supervisionada pelo meu grande amigo Cristóvão Aragão, que me conhecia da Salmão, e tinha acompanhado toda a minha trajetória. Lá me entreguei intensamente a obra de evangelismo, discipulado e ensinamento na EBD. A igreja estava no início, e tinha muita coisa para fazer. Foi na gestão do Pb. Cristóvão que a Codó construiu seu segundo. Meus pais e meus irmãos, com tempo, também, foram se congregar na AD-Codó. Eu, juntamente, com minha mãe e o irmão Luciano fundamos o DENC – Departamento de Ensino ao Novo Convertido. Pregava em cultos campais, cultos públicos, cultos evangelísticos e dava aulas na EBD, mas não fiz nenhum registro dessas pregações. Em 2000 com a vinda de um amigo meu, muito querido, Mavinier, fundamos na AD-Codó, o IBC – Instituto Bíblico Codó - que funcionou até 2003, quando houve a mudança de dirigente. Esse Instituto tinha como objetivo ensinar, gratuitamente, o básico em teologia, principalmente, para 13
os obreiros. Porém, tivemos que enfrentar duras críticas. Pois ainda prevalecia a triste mentalidade de que a teologia era letra, e a letra mata. Ainda em 2000, conheci a Claudete. Namoramos, nos juntamos, tivemos uma filha e nos casamos. Deixa eu contar um pouco a história da Claudete. Maria Claudete de Souza é o seu nome. Nasceu em Fortaleze-Ce em maio de 1969. Sua mãe tinha ficado grávida do seu namorado, que a abandonou grávida, o seu próximo namorado aceitou casar com ela, mas na condição de dar a criança recém-nascida para alguém. E a criança foi doava para um casal que não podiam ter filhos. Dona Nezinha e Seu João. Eles criaram a Claudete. Moravam no Lagamar, um bairro pobre de Fortaleza. A Claudete teve uma infância muito difícil. Teve um tempo que seu pai, saiu de casa, e dona Nezinha, tinha que trabalhar, e a Claudete, com seis aninhos ficava sozinha em casa. Quando chegava a hora do almoço, ela puxava a cadeira para puder colocar a sua comidinha que estava já feita encima do fogão. Depois ela ganhava a rua, e quando a sua mãe chegava, já de noite, a casa estava abandonada e as portas escancaradas. No final da década de 70, sua mãe veio morar no Palmeiras, ao lado da sua irmã, que era evangélica. Essa tia da Claudete, a levava para assistir os cultos na recém-fundada igreja da Assembleia de Deus na Codó. A Claudete era muito apegada essa sua tia, que também não podia ter filhos, e tinha um filho adotivo, chamado Carlos. Porém, essa mulher morreu atropelada quando a Claudete tinha 13 anos de idade. Isso foi uma dor traumática no seu coração. As necessidades financeiras da sua família, levou a Claudete a trabalhar cedo, com 12 anos de idade. Teve uma adolescência muito intensa, e curtiu muito. Com 15 anos, quis conhecer sua mãe biológica, e descobriu que tinha 3 irmãs e 3 irmãos. Sua vida nunca mais foi a mesma. Em 1989, aos 20 anos de idade, engravidou, mas o seu namorado não quis assumir nem ela e nem reconhecer a paternidade da criança. Em 1991 se converteu a Cristo na Assembleia de Deus na Rua Salmão, onde eu me congregava. Era mãe solteira, seu filho se chama Renan. Começou a servir a Deus com dedicação, criar seu filho na igreja, e sua mãe, também aceitou a Jesus. A conhecia nessa época, e tinha uma amizade relativa. A Claudete tinha uma vida muito atarefada, trabalhava, estudava, cuidava do filho e de seus pais, já idosos, e servia a Deus na igreja. Porém, sentia no coração uma solidão, e o desejo de ter ao seu lado um esposo crente. Em 2000, ela resolveu se congregar na AD-Codó, que era mais próximo da sua casa, onde eu já me congregava desde 1999. E, lá os nossos corações se redescobriram. Faltava só um empurrãozinho. A irmã Marli deu esse empurrãozinho, e começamos a namorar. Uma paixão intensa e avassaladora nos envolveu. 14
Lhe falei das minhas condições físicas, e lhe deixei ciente que poderia se agravar. Lhe propus casamento, e nos noivamos. Nessa época, ela se formou em pedagogia. A creche onde trabalhava deu as contas de todos os seus funcionários, e com essa conta, a Claudete construiu a nossa casa, no mesmo terreno da casa de sua mãe. Por essa época, fiz três cirurgias na mão esquerda, tentando melhorar a deformidade, mas não tive bons resultados, por isso desisti, e não quis fazer cirurgia na outra mão. Em 2001, me dirige ao Cartório para dar entrada nos papéis do nosso casamento, lá fui informado que deveria pagar a averbação do divórcio. O processo e a burocracia durariam um ano. Nesse ínterim decidimos morar juntos, para nossa surpresa, a Claudete engravidou. O Renan com 11 anos começou a me chamar de pai. E em 02 de outubro de 2002 nasceu a Ana Letícia. Depois nos casamos no Cartório e no religioso. Conheci o verdadeiro amor de uma mulher e o prazer de ter uma família. O nosso recurso nunca foi muito, mas nunca passamos fome, e nem Deus deixou faltar nada em casa. Tinha o meu salário garantido todo mês, e ainda fazia trabalho de digitação e arte gráfica em casa, a Claudete, sempre, foi batalhadora, de modo que criamos a Letícia no leite e no mel. Mas como nem tudo são flores, tivemos que sofrer a dura perda da mãe da Claudete, a Dona Nezinha, morreu aos 78 anos de idade, de infarto, em 2004. E, depois, o seu pai, Seu João, em 2006. Recebemos grande apoio do Pb. Osias Alves que dirigia a congregação da AD-Codó nessa época. Durante a sua gestão, eu servia como a segundo pessoa do então Dc. Júlio dos Santos na Escola Dominical nos anos de 2005 e 2006. A inauguração do segundo templo da Codó se deu nessa época. Há como os anos voam! Nessa época todos os meus irmãos já estavam casados. A Edileusa casou com o seu primeiro namorado que tinha aceitado a Jesus junto com ela, o Deassis. Tiveram duas filhas, a Kézia e a Kananda. O Deassis vem servindo na igreja como obreiro e desempenhado várias funções na congregação da AD-Codó, a Edileusa tem sido chamada para liderar o Departamento de Senhoras e dar aulas na EBD. A Kezinha, sua filha, como é carinhosamente chamada, tem se revelado uma exímia cantora. Depois casou, meu irmão Ednardo com a Rosimeire e tiveram uma filha, a Debora. Ednardo, meu querido irmão, companheiro de sangue, de fé e de pensar. Sua vida é uma luta, semelhante àquela luta de Jacó com o anjo. Quantos vezes o vi prostrado em oração, debruçado sobre as Escrituras e os livros, tentando entender e compreender as doutrinas. Seus sermões eram penetrantes. Ele é um homem talentoso e de mente brilhante. Sua intensa fé e sinceridade, o levou questionar a vida, e buscou na filosofia as respostas para seus questionamentos. Seu primeiro casamento, também, não deu certo. Com tempo, teve outro filho, Ednardo Filho, com a Clarice. Foi um relacionamento conturbado. Depois conheceu a Patrícia 15
com quem teve dois filhos, Paulinho e Victor Hugo. Juntos escrevemos um livro onde nossos pensamentos se travaram nos campos das ideais, mas o nosso amor permaneceu ligado nas estranhas do nosso ser. Logo em seguida, também, a minha irmã Fátima se casou. Seu esposo se chama Iranildo. Tiveram dois filhos, Davi e Daniel. A Fátima e sua família passou um bom tempo se congregando na AD-Valparaiso, onde serviram bastante ao Senhor, mas desde 2004, se congregam na AD-Codó. A Fátima sempre foi uma mulher dedicada ao esposo, aos filhos, ao trabalho e a igreja. Ama as Escrituras, e Deus a tem chamado para ministrar ensinos bíblicos. O Eduardo casou com a Edna Batista. Tiveram duas filhas, Eduana e Estefany. O Eduardo foi escolhido desde o ventre materno para ser servo na casa de Deus. Um ótimo profissional. Se congregou um tempo na AD-Codó, onde realizou excelente serviços nos Departamentos de Mocidade e da Escola Dominical. Foi chamado, pelo Pb. Osias, para o diaconato, e depois para o presbitério. Tem uma larga experiência evangélica, e já tem servido como presbítero em muitas congregações. Suas doutrinas são profundas, e borrifadas pelas Escrituras. Com o seu largo coração, adotou o Pedrinho, e Deus lhe deu um neto, Gabriel. Ele é o pastor da nossa grande família, portanto, responsável para nos ensinar, consolar e exortar. O meu irmão Edvaldo, teve um filho chamado Morrison e depois uma filha, Maria Elisa. Sua esposa se chama Estefania. O Dereka, como é conhecido, nunca se converteu ao Evangelho, mas a sua vida foi transformada pela influência do Evangelho. Ele era a ovelha negra da família, mas, Deus, o tornou um canal de bênção para todos nós. Do monturo tornou-se empresário. O Ednardo e a Paulinha são seus funcionários. E suas generosas mãos tem ajudado a muitos, inclusive a mim, me favorecendo com um plano de saúde. Eu nunca esqueci da cena, em 1991, quando eu estava prostrado em uma cama, sem poder andar, ele se ajoelhou ao pé da minha cama, e chorou copiosamente. Eu percebi o quando ele me ama. O meu desejo é que Deus o abençoe cada vez mais. A Paulinha, também, casou e teve uma filha chamada, Maria Alice. Minha irmã querida! Fui eu que a levei pra igreja, e cuidava dela quando meus pais trabalhavam, e minhas duas irmãos já eram casadas. Se congregou um tempo na Igreja Batista. Tornou-se uma mulher batalhadora, e apesar de muito atarefada, tem me ajudado bastante. Que Deus a abençoe ricamente em seus projetos. Louvo a Deus pela vida de meus pais! A minha mãe tem se destacado na obra de Deus como uma mulher virtuosa, pregadora, ensinadora, uma hábil líder na frente de muitos departamentos e excelente dona de casa. Ela já serviu incansavelmente nas congregações da Salmão e Codó e atualmente serve na AD-Ângela Diniz. Cuidou de mim sempre 16
quando eu precisava. Eu sou o seu confidente. O meu pai tem sido seu suporte em tudo. Quantas vezes fui carregado pelos braços fortes de meu pai! Sempre esteve comigo, e nunca me desamparou. Em 2007, eu e a Claudete resolvemos nos congregar um ano na congregação da Ângela Diniz, para ajudar o presbítero Nilton Paulo que estava iniciando a obra de Deus ali. Ali, juntamente com o Pb. Nilton, pregava, ensinava e ministrava aulas na EBD. Nessa época, fundei ali, o DINC – Departamento de Instrução ao Novo Convertido. Depois, em 2008, voltamos para a AD-Codó, e quem estava tomando posse, naquela ano para dirigir aquela congregação, era o presbítero Mário Eugênio. Conclui a escrita do meu primeiro livro sobre escatologia, iniciado em 2004, foi intensa horas gastas diante do computador, e às vezes noites a fio. Também escrevi por essa época um livro apologético refutando a seita das testemunhas de Jeová. Ainda em 2008, fui convidado a servi na congregação da Codó como secretário da igreja e assumir meu posto de professor da EBD. Nessa época informatizei a secretaria e a EBD, criando programas personificados de banco de dados para o melhor desempenho da obra de Deus nessas áreas. E em abril de 2009, comecei a gravar, via MP4, todas as minhas ministrações, tanto de palestras, como pregações e aulas. Aprendi desde a minha pré-adolescência a gostar da EBD, criei um programa para catalogar todas as lições bíblicas da revista de Jovens e Adultos desde o ano de 1981 em diante e isso facilitou muito minhas pesquisas, transformei minhas aulas em palestras e procurei aprofundar os assuntos teológicos. O Pb. Mário trouxe para a Codó um núcleo do curso básico de teologia da Igreja AD Cidade dos Funcionário. Me matriculei, e no decorrer de poucos dias, me convidaram para ser o secretário do núcleo, aceitei e ganhei uma bolsa para fazer o curso grátis. Por essa época, comecei a sentir o desgastes das minhas platinas, e as dores que aumentavam paulatinamente, me obrigavam a usar uma bengala. Em novembro de 2009, toda a igreja teve que se mudar para um galpão no Sítio São João devido a uma grande construção. A construção do nosso terceiro templo, suplantando o segundo templo. Nessa época o campo de Messejana já estava sendo liderado pelo Pr. Moacir e ele tinha um projeto de reformar todos os templos e construir novos templos. Os cultos aconteciam nesse galpão, e as aulas da EBD em um colégio. Com dificuldades, mancando e sentindo dores, desempenhei as minhas funções. Mas algo inesperado aconteceu! Houve um racha na igreja, uma parte dos membros ficaram no galpão, e outra parte saiu desnorteada, e voltaram a se reunir no local de construção, nos meios dos escombros sob a supervisão do Pb. Júlio dos Santos. Nas alturas desses acontecimentos tumultuados, tive que me recolher para fazer uma cirurgia de reparação na platina do fêmur direito que já estava desgastada. Era março de 2010. 17
Fui me recuperando aos poucos, conclui meu curso básico em teologia, vigorosamente, comecei a voltar a ministrar aulas, e fazer pregações e palestras. Atendi convites de algumas congregações. Apresentei ao Pb. Júlio um projeto chamado de Comissão Diaconal, ele concordou, reuniu os diáconos e iniciamos a Comissão Diaconal. Todas as minhas mensagens e palestras, desde abril de 2009 até novembro de 2009 estão registradas na íntegra no primeiro livro dessa série de livros em que estou compilando minhas ministrações como legado para minha geração futura. Nesse segundo livro trago as mensagens e palestras ministradas entre Agosto de 2010 a Fevereiro de 2011. Estava voando como uma águia! Mas algo terrível aconteceu. Eu conto no terceiro livro dessa série.
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ÍNDICES DAS MENSAGENS E PALESTRAS
Sobre o Aquecimento Global .......................................................... 020 Sobre os Profetas Maiores e Menores............................................ 024 Sobre o João Batista......................................................................
031
Sobre o Ministério Profético no Novo Testamento .......................´ 038 Sobre o ‘Pai Nosso’ ........................................................................ 050 Sobre a Fé no Deus Invisível ......................................................... 055 Sobre a Oração Não é Um Meio de Prosperidade Material, Mas de Dependência de Deus (I) ..........................................................
059
Sobre a Oração Não é Um Meio de Prosperidade Material, Mas de Dependência de Deus (II) ......................................................... 068 Sobre Há Esperança para os Mortos! ........................................... 080 Sobre Refutando as Testemunhas de Jeová (I) .............................. 083 Sobre Refutando as Testemunhas de Jeová (II) ............................. 094 Sobre a Oração Que Busca Prosperidade Material Visa a Vontade do Homem, Mas a Oração Que Busca a Dependência de Deus Visa a Vontade de Deus ................................................... 110 Sobre Buscar o Perdão Divino é uma Demonstração Total de Dependência de Deus ..................................................................... 119 Sobre a História de Mefibosete .....................................................
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Sobre o Buscar o Derramamento do Espírito Santo no Pentecostes.....................................................................................
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Sobre Diz o Louco: “Deus Não Existe” ........................................ 139 Sobre O Maior Homem Que Já Viveu ........................................... 143 Sobre os Sinais e Maravilhas na Igreja ......................................... 148 Sobre a Assistência Social, Um Importante Negócio .................... 157 Sobre o Caminho da Benção .......................................................... 166
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Mensagem Ministrada Numa Campanha na Rua Codó em 04 de Agosto de 2010 Sobre o Aquecimento Global
Nessa noite eu tenho boas notícias para as pessoas que nos ouvem. Notícias de boas novas! Mas antes de falar dessas boas novas, eu preciso falar das notícias ruins para que você possa valorizar as boas novas que tenho para vos transmitir. Gostaria de ler um texto da palavra de Deus que se encontra no Novo Testamento em uma das cartas escritas pelo apostolo Paulo aos irmãos que moravam em Tessalônica: 1ª Tessalonicenses 5.3: ‘Quando as pessoas começarem a dizer: “Tudo está calmo e seguro”, então é que, de repente, a destruição cairá sobre elas. As pessoas não poderão escapar, pois será como uma mulher que está sentindo as dores de parto’. Por milhares de anos as mudanças climáticas da Terra têm sido controladas por forças da natureza, mas nesses últimos 150 anos a temperatura média da Terra tem aumentado muito mais rapidamente do que nos últimos 7 mil anos. E o consenso da ciência nos diz que essa mudança, que está causando aquecimento global, é provocada por nós. Os sinais estão por todas as partes. Escute! A cada dia as nossas geleiras diminuem, os oceanos sobem causando ondas gigantescas, as tempestades estão cada vez mais devastadoras e violentas, o clima mais intenso, quente, seco e insuportável, cresce a proliferação de insetos e epidemias por todas as partes. O nosso ar, que nós transpiramos, está cada vez mais toxico. Muito embora o profeta Naum fale do avanço da tecnologia e o profeta Daniel, também, falou do avanço cientifico, mas a verdade é que o nosso estilo de vida moderna está causando a destruição do nosso próprio planeta. A nossa maneira de viver está sendo insuportável para os recursos da natureza. O planeta Terra não suporta o consumo excessivos das maiores potências mundiais. Cada vez mais os governantes querem aumentar o desenvolvimento do seu país. E esse desenvolvimento está saindo caríssimo para o mundo. Desmatamos as florestas para construirmos fábricas. E essas fábricas imitem gás carbônico para atmosfera, e porque não existem florestas suficientes, as plantas não podem transformar esse gás carbônico em oxigênio, que sustenta a vida. E por causa disso causa o que chamamos de efeito estufa sobre a terra. Quando a aumenta a população, também aumenta o consumo de energia, e aumentando o consumo de energia aumenta os gases nitrogênios 20
que trazem todo tipo de males para nossas vidas. Então a situação do nosso planeta é o caos. O mundo está fadado à destruição; está caminhando em passos largos para a destruição. Mas o que dizem as Escrituras Sagradas sobre isso! No Evangelho de Lucas no capítulo 21 e versículos 25 e 26 dizem o seguinte: ‘E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abaladas’. O profeta Malaquias, há 2.400 anos atrás, disse que haverá um dia ardente como a fornalha que abrasará os homens (Ml 4.1). O apóstolo Pedro, escrevendo há dois mil, disse que esse dia vai consumir os elementos da Terra, e as obras da Terra se queimarão (2ª Pe 3.10). No livro do Apocalipse fala de sete trombetas e de sete taças que representam pragas que virão sobre o nosso planeta. Na primeira trombeta diz que haverá uma chuva de saraiva, fogo misturado com sangue; a segunda trombeta fala de um meteoro ardente que cairá sobre o mar e a quarta taça, diz o livro do Apocalipse, que o sol se tornará abrasador. Ainda lemos em Apocalipse que Deus destruirá ‘os que destroem a terra’ (Ap 11.18). É a maneira como os homens vivem, o modo como eles consomem que está causando desgaste dos recursos da natureza e a vida de pecado levada pelos homens em rebelião e blasfêmia contra Deus e de desvalorização dos princípios morais de Deus que está atraindo a ira de Deus. Quando Noé profetizou a destruição do mundo pelas águas do dilúvio, os homens zombaram dele. Porque na época de Noé não chovia o suficiente para submergir o mundo. Mas hoje quando falamos das profecias bíblicas sobre a destruição desse planeta pelo fogo as pessoas não podem zombar de nós porque é uma realidade. O nosso planeta Terra, por exemplo, por dentro dele é formado de fogo, as nações acumulam armas nucleares que são capazes de destruírem uma nação de uma só vez. O consumo de petróleo e de energia elétrica facilitam que esse mundo seja submergido pelo fogo. Um clima quente facilita rapidamente a erosão do solo causando desmatamento da floresta. Então, a ação de Deus, digamos assim, é apenas como um palito de fosforo para que tudo voe pelo ar. Essa é a nossa realidade. Essa é a nossa situação. Então, como o homem poderá salvar-se dessa situação? Qual a esperança da raça humana para preservar o seu futuro? A educação não poderá nos salvar! Por mais que os ambientalistas e cientistas projetem meios para aliviar o aquecimento global, é impossível reverter a situação atual. Ainda que houvesse um controle de natalidade para 21
que o consumo de energia diminuísse, isso não seria viável para frear. Recentemente, houve uma reunião mundial dos governantes para firmar um acordo para que os países gastassem menos energia e investissem mais em energia sustentável. Eles não entraram em acordo, porque os países e seus governantes cada vez mais egoístas e gananciosos pensam apenas em seu próprio desenvolvimento econômico. Então, a educação, por mais que seja boa, não trará aos homens a salvação. Devemos mudar nosso estilo de vida, devemos nos educar, mudar nosso comportamento, mas isso não trará a salvação. É como vestir o lobo com a pele de ovelha. Ele está vestido de ovelha, mas a sua natureza é perversa, violenta. Assim também é com a raça humana, pois pode vestir-se de atos de bondade, mas esses atos de bondade não conseguem mudar a natureza perversa e cruel que há dentro dos homens. As notícias de criminalidade e violência nos deixam abismados. Uma mãe que tem a coragem de lançar seu próprio bebê da janela de um prédio. Pessoas que praticam as piores barbaridades que nos dá repugnância só em ouvir falar. A educação é impossível transformar a natureza humana, atraindo ainda mais a ira de Deus. A religião, também, não pode salvar os homens! Por mais que as pessoas digam: ‘todas as religiões levam a Deus’. Por mais que se diga: ‘Não importa a religião, conquanto que as pessoas sejam sinceras’. Você está se enganando. Porque as Escrituras mostram que a religião não praticada de uma maneira justa pode enganar as pessoas. É como disse certo homem: ‘a religião a vicia as pessoas’. Isso acontece quando a religião traz uma falsa esperança e uma falsa tranquilidade à consciência. A religião incentiva as pessoas praticarem seus rituais, suas cerimônias religiosas e suas boas obras, então, essas pessoas passam a pensar que com isso estão comprando o favor e a misericórdia de Deus. Por darem suas esmolas e frequentarem os templos religiosos; por batizarem seus filhos; por seguirem as regras imposta pela religião. Pensam que com isso estão comprando o direito de ter a vida eterna. Mas, a religião não salva ninguém. E, por outro lado, os homens estão recorrendo ao ateísmo. Porque eles querem tirar Deus da realidade para poderem viver de uma maneira liberal e cauterizar a sua própria consciência. Eles dizem: ‘Deus não existe’. Se Deus não existe não há valores morais para obedecer. Se Deus não existe, então a história de que a humanidade é pecadora e precisa de salvação é papo furado. Os ateus afirmam que a Bíblia que fala de Deus está carregada de mitos e lendas. Então, o ateísmo, em vez de fazer com que os homens se libertem, atola cada vez mais os homens nesse lamaçal. Então negar a Deus não nos trará a nossa libertação. Sem Deus, nada nos fará escapar da destruição que se aproxima! 22
O ocultismo, também, não nos salvará! Estamos vivendo em uma época de profunda bruxaria, feitiçaria e ocultismo. Cada vez mais as pessoas procuram ter contato com as forças invisíveis do cosmo; procuram orientar as suas vidas no que as estrelas dizem na astrologia e os gurus revelam em seus horóscopos. Uma verdadeira entrega ao demonismo de uma maneira terrível. De modo descarado as pessoas estão adorando demônios, se envolvendo com o satanismo. A aparência das pessoas está se transformando. As pessoas estão impregnando em corpos, através das tatuagens, emblemas infernais. Os homens estão se transformando em bichos, as argolas aumentando as suas orelhas e narinas. Tudo isso por causa de influência demoníaca que impera sobre a terra. A feitiçaria desonra o Senhor. Então, meus amigos, nós estamos em um mato sem cachorros; num beco sem saída. Porque as coisas deste mundo não nos trará o escape; não produz em nós a esperança. Mas, quais são as boas novas?! Diante de tanto pessimismo, de tantas notícias desanimadoras; qual é a boa nova?! É que depois da destruição haverá uma restauração. Ouça! Depois dessa destruição haverá uma renovação de todas as coisas. Para que pudéssemos erigir um novo templo, mais bonito, foi necessário destruirmos o velho templo. Para que Deus pudesse trazer um novo tempo sobre a terra, de paz, de segurança e de felicidade é necessário, primeiramente, ele destruir o que não presta. Causar uma destruição profunda que atinge a raiz e os ramos. E por meio de quem virá esse novo tempo? Por meio de Jesus Cristo, o nosso Senhor. As Escrituras dizem que ele é aquele que nos livra da ira vindoura; ele é que nos liberta da destruição iminente e repentina que cairá sobre a raça humana. Diz o profeta Joel: ‘aquele que invocar o nome do Senhor será salvo’. Então, para que a gente escape imune da destruição, precisamos invocar o nome do Senhor Jesus Cristo. E fazemos isso ao crer em seu evangelho e aceita-lo como nosso Senhor e Salvador de nossas vidas. Esse é o único meio, o único caminho, que nos trará a salvação. Só assim os homens podem olhar com esperança para o futuro. Porque está escrito: ‘Eis que crio novos céus e nova terra onde habitará a justiça’. Se você quiser herdar o novo céu e a nova terra, em que está escrito que nem mesmo o calor do sol incomodará seus habitantes, então, entregue a sua vida a Jesus o mais rápido possível, pois, também está escrito que Jesus Cristo virá de uma maneira de repente. Nós não sabemos quando virá! Nem o dia e nem a hora. É como uma mulher grávida que não sabe o dia do seu parto.
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Palestra Ministrada na Assembleia de Deus-Codó[Salém] Em 08 de Agosto de 2010 Sobre os Profetas Maiores e Menores
Os profetas estão classificados em três grupos: profetas antigos, profetas não literários e profetas literários. A maioria dos profetas de Israel foram escritores, inclusive as Escrituras do Antigo Testamento foram escritas por profetas com algumas exceções, mas a maior parte dos escritores do Antigo Testamento são profetas. Nem todos os profetas escreveram, mas a Bíblia foi escrita por profetas. Os profetas antigos, que são Moisés, Samuel, Natã, Gade, Isaías, Ido, Semaías e Jeú, escreveram a história de Israel. Temos, também, os profetas não literários, chamados também, de profetas pré-clássicos ou profetas orais. Que são aqueles profetas que profetizaram, mas não registraram as suas profecias, outros registraram por eles. Temos Azarias, Anani, Elias, Elizeu, Micaías, Zacarias (que não é o Zacarias dos Profetas Menores, mas outro Zacarias, aquele Zacarias que Jesus Cristo se referiu quando disse que o sangue dos justos iria ser recobrado daquela geração desde o sangue de Abel ‘até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que matastes entre o santuário e o altar’ [Mt 23.35]. Esse Zacarias foi um dos últimos profetas que profetizou no Reino do Norte), temos também, Obede, Hulda (que é uma profetisa; profetisa é o feminino de profeta; então, não existe a profeta; existe o profeta e a profetisa) e Urias (que não era o Urias, aquele soldado, que Davi mandou executar, mas um dos profetas que profetizou na época do profeta Jeremias). Esses sãos os profetas não literários. Temos, agora, os profetas literários, também, chamados de profetas clássicos. Quais são esses profetas? Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel, temos também, os Doze profetas: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. Vamos agora ver a classificação dos livros proféticos. Os livros proféticos são os livros de Isaías à Malaquias. Esses livros proféticos estão classificados em duas classes: Profetas Maiores e Profetas Menores. Profetas Maiores é ‘uma designação utilizada para identificar o primeiro conjunto de cinco livros dos profetas’ e Profetas Menores ‘são os doze livros que se segue aos profetas maiores, apesar de ser doze o número dos livros, todo o material literário dos profetas menores é considerado como um só livro no cânon judaico’ (6ª lição, do 3° Trim/2010). Então, na verdade, a nossa divisão do Antigo Testamento é diferente da divisão que os judeus faziam do Antigo Testamento. Qual é a divisão que fazemos do Antigo Testamento? Lei, Escritos, Poéticos e Profetas. Qual é a 24
divisão dos judeus? Lei, Escritos e Profetas. Os profetas, eles dividem, em duas classes: os primeiros profetas e os últimos profetas. Os primeiros profetas foram os profetas que escreveram os livros históricos: 1º e 2º Samuel, 1º e 2º Reis, 1º e 2º Crônicas, etc. e os últimos profetas foram os que escreveram os livros proféticos de Isaías à Malaquias. Porém, os livros de Oséias à Malaquias eram uma única coleção, chamado os Doze Profetas. Talvez, por serem os livros pequenos e por medo de perdê-los, eles acoplaram em um só livro. Os judeus não reconheciam a divisão que temos hoje, de profetas maiores e profetas menores. Eles conheciam os primeiros profetas e os últimos profetas. Os últimos profetas incluíam Isaías até os Doze. Agora, se os judeus não reconheciam essa divisão de profetas maiores e profetas menores; de onde surgiu isso? Quem fez essa divisão? Nem mesmo os apóstolos conheciam essa divisão. Quem fez essa divisão foi um bispo muito conhecido, chamado de Santo Agostinho. Agostinho viveu no ano 400 depois de Cristo, foi ele que dividiu os profetas em profetas maiores e menores. Quem é Agostinho? Agostinho é conhecido por sua famosa frase: ‘uma vez salvo, salvo para sempre’. Ele era um bispo latino, considerado um dos maiores teólogo da Igreja, que desenvolveu muito bem as doutrinas e dogmatizou a doutrina da Trindade. Foi quem influenciou o pensamento de Calvino acerca da predestinação. Então, Agostinho é muito conhecido no meio da teologia cristã. Foi ele que uniu a teologia com a filosofia. Ele tinha uma paixão muito grande pelos filósofos gregos, então, ele conseguiu unir a teologia cristã com a filosofia, de modo que muitas palavras que falamos hoje vêm da filosofia grega. Como por exemplo, a definição de Deus sobre a antropomorfia é uma definição da filosofia grega, ela não faz parte da teologia judaica. A teologia judaica conhecia Deus como um ser possuidor de mãos, braços, sentimentos, etc, foi a filosofia grega que trouxe essa definição de Deus como um Ser sem forma nenhuma, principalmente sem forma humana, como uma luz inacessível e cósmica acima da sua criação. Aí os teólogos cristãos, como Agostinho, tomaram a definição que os filósofos atribuíam a Deus e procuraram nas Escrituras termos teológicos que pudessem confirmar essa definição filosófica de Deus. Foi Agostinho que dividiu os profetas em duas classes. Lembrando que Agostinho não introduziu nenhum escrito na Bíblia, em sua época a Bíblia já tinha praticamente concluindo a sua canonicidade, ele interpretou a Bíblia e escreveu livros. E, foi em um desses livros, chamado a Cidade de Deus, que ele dividiu os profetas em duas classes. Agora, por que dessa divisão? Primeiro, por causa da data em que profetizou cada profeta? Agostinho fez essa divisão porque tinha em mente a data em que profetizou 25
cada profeta? Quer dizer, os que profetizaram primeiro receberam o nome de profetas maiores, e os que profetizaram por último receberam o nome de profetas menores. Será que foi por causa disso? Não! Porque alguns profetas menores foram contemporâneos dos profetas maiores e profetizaram na mesma época. Oséias, Amós, Miquéias e Isaías foram contemporâneos. Ora, se Isaías foi contemporâneo de Miquéias e Miquéias está nos profetas menores e Isaías nos profetas maiores, então a divisão não se refere a data em que eles profetizaram. Segundo, por causa do mérito ou da importância de cada profeta? Amós, por exemplo, era um boieiro, cuidava de gados e cultivava terras, e Ezequiel era um sacerdote da elite, da nobreza de Israel. Oséias, coitado, taxado como ‘corno da graça’, e já Isaías era parente de Uzias, rei de Judá. Será que era por causa disso que Amós era profeta menor e Ezequiel profeta maior? Não! Cada profeta tem seu mérito e sua importância, os livros dos profetas menores não são secundários e nem inferiores. Terceiro, por causa da inspiração verbal e plenária de cada livro? Será que os livros dos profetas maiores têm uma autoridade e inspiração mais refinadas do que os livros dos profetas menores? Será que os livros dos profetas menores só têm alguma autoridade quando estão baseados nos profetas maiores? Não! Segundo o Dr. Esequias Soares: ‘Todos são inspirados verbal e plenariamente pelo Espírito Santo. Sem eles, jamais viríamos a entender o plano de Deus para Israel, para os gentios e para a nossa vida em particular’. E que ‘Todos os profetas, tanto os pré-clássicos como os clássicos, têm a mesma autoridade divina e igualmente falaram em nome do Senhor. Os chamados clássicos são os profetas literários, divididos em dois grupos: Maiores e Menores’ (6ª lição, do 3° Trim/2010). Então, essa inspiração verbal e plenária colocava cada profeta debaixo da influência poderosa do Espírito Santo, de modo que, aquilo que eles falaram e escreveram é a Palavra de Deus. Deus não só inspirou as suas ideias para escrever como também utilizou cada palavra dos profetas para compor o texto. Entretanto, Deus fez isso baseado na cultura, no entendimento e nos costumes de cada profeta. Mas, essa inspiração verbal e plenária cessou! De modo que Malaquias foi o último profeta a receber essa inspiração verbal e plena, isso significa que, claro com exceção dos Apóstolos, essa inspiração verbal e plenária não existe mais hoje. As profecias que acontecem atualmente nas igrejas não têm essa autoridade provida da inspiração verbal e plenária. Elas não estão no mesmo patamar das profecias das Escrituras. É uma inspiração secundária em relação a inspiração verbal e plenária. Quer dizer, as profecias das Escrituras são inerrantes, não contem erros, nem nas ideias e nem nas palavras, porém, a inspiração de hoje que vem no dom de profecia, não é nem verbal e nem plenária, e está misturada entre certo e errado. Essa mensagem profética está 26
mesclada com coisas certas e coisas erradas, porque a mensagem que a pessoa recebe não é verbal e nem plenária. É chamada de inspiração comum. De modo que essa pessoa que profetiza está sujeita a cometer erros. Por isso que as Escrituras nos ordenam a julgar essas profecias. Quanto às profecias das Escrituras, não podemos julgá-las e nem podemos classificalas como certas ou erradas. São elas que nos julgam. Mas as profecias de hoje, temos que julga-las e analisa-las para sabermos se contém erros. Em 1ª Coríntios 13 diz que ‘em parte nós conhecemos e em parte profetizamos’. A nossa profecia é em parte, enquanto que a dos profetas era plena. Isso significa que eu posso me dirigir a uma pessoa e proferir uma profecia de Deus, mas ao me dirigir à outra pessoa, posso profetizar de me mesmo. Será que eu serei condenado por essa profecia? Não! Pois, o próprio dom que recebi não me concede essa capacidade plena e verbal para profetizar. Claro, que devemos diferenciar a pessoa que profetiza do falso profeta. O irmão que profetiza comete erros porque a inspiração que ele está recebendo não é uma inspiração plenária e nem verbal, mas, uma inspiração comum, por isso que está sujeito a cometer erros. Contudo, ele poderá ser julgado por aquilo que ele maquina, que é diferente de uma pessoa que está profetizando debaixo de suas fortes emoções confundidas com o mover do Espírito. Já o falso profeta, segundo Pb. Nilton Paulo, e eu concordo com ele, ‘é aquele que torce o texto bíblico e engana o povo, levando uma mensagem distorcida, uma mensagem falsa’. Esse está debaixo do juízo de Deus. Vamos citar uma quarta hipótese pelo qual os livros proféticos foram divididos: Por causa do volume do conteúdo de cada livro? Segundo o Dr. Esequias Soares ‘o primeiro conjunto de cinco livros dos profetas... são chamados de “maiores” por causa do volume do seu conteúdo literário’ (6ª lição, do 3° Trim/2010). Na verdade se analisarmos os livros de Oséias à Malaquias veremos que tem menor conteúdo do que os livros de Isaías e Jeremias juntos. Todavia, outros comentaristas, defende que a expressão profetas maiores e menores se refere a duração do ministério de cada profeta. Temos então duas questões: ou por causa do volume do livro ou por causa da duração do ministério de cada profeta. Convém salientar que essa divisão entre profetas maiores e menores não faz parte da inspiração da Bíblia, assim como há muitas outras coisas em nossas Bíblias que não fazem parte da inspiração verbal e plenária das Escrituras. Como, por exemplo: a divisão de capítulos e versículos; os títulos dos parágrafos das Bíblias; os comentários no rodapé das Bíblias de Estudos, etc. Na verdade a divisão de profetas maiores e menores baseados tantos no volume dos livros como na duração do ministério profético estão 27
equivocados. Por exemplo, o livro de Lamentações tem cinco capítulos, menor do que o livro de Amós, contudo, está entre os profetas maiores; Daniel, profeta maior, têm 12 capítulos e já Oséias, profeta menor, têm 14 capítulos. Como também a duração dos profetas, por exemplo, o profeta Oséias profetizou num período de 54 anos, e Ezequiel profetizou 20 anos. Miquéias profetizou mais de 50 anos e Jeremias profetizou 40 anos. Por que, então, a definição de Agostinho de profetas maiores e menores baseado no volume de cada livro é mais coerente? Porque na época de Agostinhos a Bíblia ainda não era dividida em capítulos. Então, ele não poderia saber que Daniel iria ter 12 capítulos e Oséias 14. Possivelmente, em volume, Daniel é maior do que Oséias. E, Lamentações não fazia parte dos livros proféticos, mas, pertencia aos Escritos. Portanto, por tradição o volume dos livros é o mais coerente para a definição de profetas maiores e menores. Veremos agora, a cronologia de cada profeta. Podemos dividir a cronologia em: conforme os dois reinos de Israel; conforme o reinado dos reis; e conforme os dois exílios. Então, os profetas de Isaías à Malaquias estão entre essa divisão cronológica. A Bíblia não traz a ordem cronológica dos profetas, como por exemplo, o livro de Joel vem depois dos livros de Isaías, Jeremias, Ezequiel e Oséias, contudo, acredita-se que Joel foi um dos primeiros profetas literários a registrar suas profecias, aproximadamente no ano 829 A.C. Acho necessário explicar que os anos antes de Cristo eram decrescentes e depois de Cristo segue uma ordem crescente. As pessoas que viviam antes de Cristo não contavam os anos desse jeito, foram nossos teólogos que estabeleceram essa contagem. Antes não! Cada povo tinha seu próprio calendário; tinha o seu modo de contar o tempo. Uns baseava na fundação da nação; outros pelo tempo do reinado de cada rei. Foi a partir de um monge chamado Dionísio, o pequeno (470-544 D.C), que começaram a contar em ordem decrescente e ordem crescente tomando como ponto central o nascimento de Jesus. De modo, que contando de Cristo e retrocedendo até Joel, temos o ano 829 A.C. Citarei a ordem cronologia dos profetas: Joel, Oseias, Jonas, Amós, Isaías, Miquéias, Naum, Sofonias, Jeremias, Habacuque, Ezequiel, Obadias, Ageu, Zacarias e Malaquias. Que não segue a ordem dos livros posto em nossas Bíblias. Temos, também, a divisão dos profetas conforme os dois reinos de Israel. A nação de Israel foi dividida, depois da morte de Salomão em 931 A.C, em reino do norte e reino do sul. O reino do norte ficou conhecido como Israel tendo como capital Samaria, e o reino do sul como Judá com a capital em Jerusalém. Então, os profetas desenvolveram os seus ministérios, 28
pregando nessas duas partes de Israel. Uns profetizaram para o reino do norte, e outros, para o reino do sul. A divisão da nação de Israel em reino do norte composto por dez tribos e reino do sul por duas tribos foi em cumprimento a profecia de Aías à Jeroboão: ‘Toma para ti os dez pedaços, porque assim diz o Senhor Deus de Israel: Eis que rasgarei o reino da mão de Salomão, e a ti darei as dez tribos. Porém ele terá uma tribo, por amor de Davi, meu servo, e por amor de Jerusalém, a cidade que escolhi de todas as tribos de Israel’ (1º Rs 11.31,32). A tribo de Benjamim, também, pertencia ao reino do sul, por ficar próxima a tribo de Judá. Os profetas que profetizaram para o reino do norte foram: Oséias, Amós, Isaías e Miquéias; e os demais profetizaram para o reino do sul; Isaías e Amós, também, foram enviados à Judá. Porém, Naum profetizou para a cidade de Nínive, igualmente, Jonas. Habacuque profetizou a queda da Babilônia e Obadias profetizou contra a nação de Edom. Temos, também, a divisão dos profetas pelo reinado dos reis. Vocês sabem que enquanto os profetas profetizavam os reis governavam. Temos os reis que governaram no reino do norte, e reis que governaram no reino do sul. O reino do norte durou até o ano 722 A.C, quando ocorreu o cativeiro da Assíria. A Assíria invadiu Samaria, e levou os israelitas cativos e os dispersou entre outros povos, e depois introduziu outros povos em Samaria. E, o reino de Judá durou até 587 A.C, quando aconteceu o cativeiro babilônico. Desse modo, os profetas, também, são divididos pelos cativeiros. Têm aqueles que profetizaram antes do cativeiro assírio: Joel, Oséias, Jonas, Amós, Isaías e Miquéias. E temos aqueles que profetizaram antes do cativeiro babilônico: Isaías, Miquéias, Naum, Sofonias, Habacuque e Jeremias. Temos os que profetizaram durante o cativeiro babilônico: Jeremias, Daniel, Ezequiel e Obadias. E, aqueles que profetizaram depois do cativeiro babilônico: Ageu, Zacarias e Malaquias. Apenas lembrando aos irmãos que o cativeiro babilônico aconteceu em três etapas: primeira deportação (606 A.C), segunda deportação (598 A.C) e a terceira deportação (587 A.C). Foram em três etapas que Nabucodonosor levou os judeus para a Babilônia. Os 70 anos de cativeiro começam a ser contados a partir da primeira deportação, e não da última, quando os babilônicos destrói o templo. O cativeiro começa em 606 A.C e termina em 536 A.C. Quero concluir dizendo que as Escrituras empregam várias figuras de linguagens para transmitir sua mensagem. Uma dessas figuras de linguagens chama-se sinédoque, temos também, metáfora, metonímia, prosopopeia, antropopatia, antropomorfia, símiles e muitos outros. Cada uma dessas figuras de linguagens tem seu significado. Sinédoque, por exemplo, é uma substituição por representação. Esse tipo de figura de 29
linguagem é abundante nos livros proféticos. Por exemplo, Oséias toma seus três filhos para representar a nação de Israel. Assim, também, Isaías e Ezequiel referem-se à Satanás utilizando-se as figuras de Nabucodonosor e do rei de Tiro. De fato, as profecias se referem a esses reis, mas, também, via sinédoque, são aplicadas à Satanás. O apóstolo Paulo, em Romanos 9.24-26, chama Israel de Gentios. Ele está utilizando uma figura de linguagem, sinédoque. Porém, Paulo não faz isso apenas seguindo seu próprio pensamento, mas baseado nas Escrituras. Porque a nação de Israel tornou-se totalmente corrompida quando praticou todo tipo de costumes pagãos que os gentios praticavam. E, quando Israel foi levada cativa, perdeu sua identidade na Assíria. E, Samaria, que era a capital de Israel, foi habitada por gentios. Então, quando Deus olhava para a terra de Israel, não via ali o seu povo, mas os gentios, por isso ele disse: ‘vós não sois meu povo’ (Os 1.9). Porém, Paulo para confirmar a vocação dos gentios cita o texto de Oséias 1.10: ‘E sucederá que no lugar em que lhes foi dito: Vós não sois meu povo; Aí serão chamados filhos do Deus vivo’ (Rm 9.26). Ora, se Israel ficou na mesma situação dos gentios, adorando deuses falsos, quebraram a aliança de Deus, e Deus os chamou novamente para ser o seu povo, isso abre as portas para os gentios serem, também, chamados por Deus. Conforme, também, outras profecias, Deus iria unir Israel e Judá em um só povo, ‘e todos eles terão um só pastor’ (Ez 37.19-27). ‘Os filhos de Judá e os filhos de Israel juntos se congregarão, e constituirão sobre si uma só cabeça, e subirão da terra’ (Os 1.11). A cabeça é Cristo. Na verdade, tratando da nação de Israel, Isaías fala da salvação do remanescente de Israel (Rm 9.27 c/ Is 10.22). Porém, quanto a salvação dos gentios será tantos como a areia da praia, inúmeros, chamado de plenitude dos gentios, mas, dentre a nação de Israel, será apenas o remanescente – ‘Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo’ (Rm 9.27). Quem são esses remanescentes? Os judeus que creram em Jesus Cristo. Cristo veio para restaurar Israel, mas apenas, aqueles que creram nele se constituíram o Israel de Deus. Esse remanescente aparece no livro do Apocalipse como 144 mil israelitas. São os remanescentes de Israel. Então, da nação de Israel, apenas esses 144 mil serão salvos, dos gentios será uma multidão incontável (Ap 7). O número 144 mil é literal ou simbólico? É literal, mas também, é um número representativo. De modo, que hoje, ainda há um restante dos 144 mil que faltam ser selados, pois, enquanto, não completar o número, os juízos de Deus não cairão sobre a Terra. Por último, o Novo Testamento faz citação de praticamente todos os profetas, atestando assim, a autoridade canônica dos livros proféticos. Se os apóstolos e Jesus Cristo ao citar os livros do Antigo Testamento estavam 30
conferindo a eles autoridade escriturística; então, por que Judas ao citar o livro de Enoque não confirma o lugar desse livro entre os canônicos? Quando Judas cita Enoque 2.1: ‘Eis que Ele vem com dezenas de milhares dos Seus santos para executar julgamento sobre os pecadores e destruir o iníquo, e reprovar toda coisa carnal e toda coisa pecaminosa e mundana que foi feita, e cometida contra Ele’ (Jd 14,15) está reconhecendo e autenticando, que apenas, essa passagem do livro de Enoque foi inspirada por Deus, e por ser inspirada por Deus, agora, faz parte das Escrituras canônicas dentro da epístola de Judas.
Palestra Ministrada na Assembleia de Deus-Codó[Salém] Em 22 de Agosto de 2010 Sobre o João Batista
Vamos iniciar nossa palestra conhecendo um pouco do fundo histórico de João Batista. João era um nome muito comum, talvez em hebraico seja Jonas que significa ‘favor de Deus’ ou ‘aquele que foi agraciado por Deus’. Quem foram os pais de João Batista? Zacarias e Isabel. Leiamos Lucas 1.5-7: ‘Existiu, no tempo de Herodes, rei da Judéia, um sacerdote chamado Zacarias, da ordem de Abias, e cuja mulher era das filhas de Arão; e o seu nome era Isabel. E eram ambos justos perante Deus, andando sem repreensão em todos os mandamentos e preceitos do Senhor. E não tinham filhos, porque Isabel era estéril, e ambos eram avançados em idade’. Temos aqui um retrato de como dever ser uma família cristã. Os pais cristãos devem temer a Deus, ser justos e guardar seus mandamentos. Os pais de João Batista viveram no tempo de Herodes. Encontramos, também, em Lucas 3.1 que João Batista iniciou seu ministério na época de Herodes, tetrarca da Galiléia, e de seu irmão Felipe, tetrarca da Ituréia. Será que o Herodes de Lucas 1.5 é o mesmo Herodes de Lucas 3.1? O Herodes de Lucas 1.5 é conhecido como o Herodes, o Grande, que dominava sobre toda Palestina, esse Herodes é o mesmo Herodes de Mateus 2. Foi ele que reconstruiu o templo e o embelezou; foi ele que mandou matar todas as crianças de Belém, no intuito de acabar o Messias. Herodes, o Grande, governou do ano 37 A.C até o ano 4 D.C. Quando ele morreu, o imperador romano dividiu o governo de Herodes entre seus filhos. Esse Herodes teve vários filhos e mais de dez mulheres. E alguns desses filhos são citados nas Escrituras. 31
Temos, por exemplo, Arquelau que aparece em Mateus 2.22. O imperador Augusto dividiu o reino de Herodes em quatro tetrarquias, e três dessas tetrarquias, ele deu aos filhos de Herodes, conforme Herodes deixou assinado em seu testamento. Dentre seus vários filhos, ele escolheu: Arquelau, Antipas e Filipe. O Herodes Antipas, filho de Herodes, o Grande, é exatamente o Herodes que aparece em Lucas 3.1. O mesmo que mandou degolar João Batista (Mt 14). Arquelau governou a Judéia e a Samaria, Herodes Antipas governou a Galiléia e a Peréia e Filipe governou a Ituréia e Traconites. Leiamos Lucas 3.1,19: ‘E no ano quinze do império de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos presidente da Judéia, e Herodes tetrarca da Galiléia, e seu irmão Filipe tetrarca da Ituréia e da província de Traconites, e Lisânias tetrarca de Abilene... Sendo, porém, o tetrarca Herodes repreendido por ele por causa de Herodias, mulher de seu irmão Filipe, e por todas as maldades que Herodes tinha feito’. Notemos que embora Filipe seja irmão de Antipas, porém, esses dois Filipes, que aparece um em Lc 3.1 e outro no versículo 19, não são o mesmo Filipe. Embora sejam ambos irmãos de Antipas. Na verdade Herodes, o Grande, teve dois filhos chamados de Filipe. O Filipe, conhecido na História, como Herodes Filipe não governou nenhuma parte da Palestina; ele, que era, o esposa de Herodias, aquém o seu irmão, Herodes Antipas, se apaixonou, e a tomou como esposa. Herodias e Filipe tiveram uma filha chamada Salomé, esse nome não parece nas Escrituras, mas nos escritos de Flávio Josefo. Devemos saber desses pequenos detalhes para não atrapalhar a nossa leitura das Escrituras. Arquelau governou até o ano sexto depois de Cristo, foi expulso do governo por conspiração, então, a Judéia foi anexada a Roma, que enviou para lá um procurador, Pôncio Pilatos. Lucas 3.1, diz que João Batista começou a ministrar na época em que Pilatos era governador da Judéia, e também, diz que foi no décimo quinto ano do reinado de Tibério, imperador de Roma, isso vai cair exatamente no ano 26 d.C. O ano 26 D.C foi o ano em que João Batista iniciou seu ministério de pregação no deserto da Judéia. Quero, nessa oportunidade, salientar que Jesus Cristo nasceu 4 anos antes do que é chamado o Ano do Senhor (Ano Domini). Por isso que quando chega no ano 26, Jesus têm 30 anos. Antigamente, os estudiosos estabeleceram a data do nascimento de Jesus como o ano 1, porém, chegaram a conclusão que Jesus realmente nasceu 4 anos antes. Por causa disso alguns acreditam que Jesus morreu no ano 30 e outros acreditam que ele morreu no ano 33. Leiamos Atos 12.1,2: ‘E por aquele mesmo tempo o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja, para os maltratar; E matou à 32
espada Tiago, irmão de João’. Quem é esse Herodes? Não era Antipas, mas Agripa I. Esse Agripa I mandou decapitar Tiago, irmão de João. No mesmo capítulo relata a morte desse Herodes que foi comido por bicho (At 12.2123). Leiamos, também, Atos 26.27,28: ‘Crês tu nos profetas, ó rei Agripa? Bem sei que crês. E disse Agripa a Paulo: Por pouco me queres persuadir a que me faça cristão!’. Esse Agripa não é o do capítulo 12. No capítulo 12 é o Agripa I (41-44 D.C.), e no capítulo 26 é o Agripa II (50-66 D.C), que é filho do Agripa I. Voltemos a Zacarias, pai de João Batista. Lucas 1 diz que ele era da ordem de Abias. Quando Davi trouxe a arca da aliança para Jerusalém, ele estabeleceu um culto para prestarem a Deus no tabernáculo, e nessa ocasião dividiu os sacerdotes em 24 ordens. Cada ano era escolhido um grupo para servir no tabernáculo. Quando serviam no tabernáculo ou no templo, era distribuído, por sorteio, à esse grupo, as várias atividades que havia no santuário. Aqui temos o gráfico do tabernáculo:
Temos o altar de bronze, também conhecido como altar do holocausto, onde era sacrificada as vítimas, a pia onde os sacerdotes se lavavam para poderem ministrar no santuário, que é dividido em dois compartimentos: Santo Lugar e o Santo dos Santos. Os sacerdotes podiam ministrar apenas no Santo Lugar, onde ficava o candelabro, a mesa e o altar de incenso. Assim, suas atividades eram acender o castiçal, colocar azeite nas lâmpadas, remover o torrão, organizar a mesa do pão da proposição, tirando os pães vencidos e colocando os pães novos, queimar incenso no altar utilizando um incensário. Então Zacarias, nesse dia, estava queimando incenso no altar, que estava diante do véu. Temos, também, o Santo dos Santos, onde estava a arca da aliança, em cima da arca havia dois querubins. Dentro da arca havia as duas tábuas da aliança, a vara de Arão que floresceu e um jarro contendo o maná. A tampa da arca se chamava propiciatório. No templo construído por Herodes, onde Zacarias ministrava, não havia mais essa arca, talvez uma réplica ou cópia da arca, mas não a arca original que se perdeu na época do cativeiro babilônico (Jr 3.16). 33
Temos os levitas, que auxiliava os sacerdotes, eles apenas serviam no átrio, não tinham acesso ao santuário. Os sacerdotes serviam no santo lugar e o sumo sacerdote era o único que podia entrar no Santo dos Santos, uma vez no ano, no Dia da Expiação. Todavia, ele não podia entrar de qualquer jeito, mas com sua vestimenta sacerdotal. Na veste sacerdotal havia umas companhias ou sinos que ficavam tocando enquanto o sumo sacerdote se movimentava dentro do santuário (Êx 28.34-35). Diz que se os sinos parassem de tocar, podiam puxa o sumo sacerdote que ele estava fulminado. Como ninguém podia entrar no Santo dos Santos até fazer a consagração de outro sumo sacerdote e o corpo não podia ficar lá, logo tinha que ser puxado. Então supõe que o sumo sacerdote tinha uma corda amarrada em suas vestes ou no seu tornozelo. Porém, tal coisa não se encontra na Bíblia, alguns afirmam que não passa de lenda surgida na Idade Média. Falando, porém, de coisas mais sublimes, o tabernáculo terreno era apenas uma cópia do tabernáculo original. De modo que o Santo dos Santos é uma representação do céu. Quando João foi arrebatado em Apocalipse 4, ele tem uma visão do verdadeiro santuário. A arca da aliança é o trono de Deus, onde estava a manifestação de Deus chamada de shekinai, os quatro animais ao redor do trono era representado pelos querubins na tampa da arca; como o trono de Deus era móvel, isso é mostrado em Ezequiel 1, era conduzido por querubins, assim, como os sacerdotes levava a arca sobre seus ombros. Os querubins conduzem o trono de Deus, chamado de carro do Altíssimo (Sl 68.17). João viu, também, o altar de incenso diante do trono, assim, como o altar de incenso estava diante da arca no tabernáculo. Leiamos Apocalipse 8.3: ‘E veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono’. Em Apocalipse 4.5, João vê, ‘diante do trono... sete lâmpadas de fogo’, que ‘ardiam’, que representava o castiçal. No versículo 4, João vê ‘vinte e quatro anciãos vestidos de vestes brancas’. Esses 24 anciãos são exatamente representados pelas 24 ordens de sacerdotes que Davi estabeleceu para servir no tabernáculo. Esses 24 anciãos são uma ordem angelical que tem como função queimar incenso na presença de Deus – Apocalipse 5.8: ‘E, havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos’. São esses 24 anciãos que queima nossas orações na presença de Deus! Apenas o Cordeiro podia se aproximar do livro que estava sobre o trono, porque ele é o sumo sacerdote (Ap 5.1-7). 34
Portanto, esses 24 anciãos não são o símbolo da Igreja, como interpretam alguns, dizendo que representam a Igreja do Velho Testamento e do Novo Testamento. Se você lê o Apocalipse vai ver que eles não têm nada a ver com a Igreja, pelo contrário, eles se diferenciam da Igreja. Eles são, na verdade, uma classe sacerdotal de anjos que estão ministrando diante do trono de Deus. Eu falei desses assuntos apenas para explicar que os 24 turnos dos sacerdotes apontam para aqueles 24 anciãos celestiais que ministram diante do trono de Deus. Agora vamos voltar para João Batista. Enquanto, Zacarias ministrava no santuário, lhe apareceu o anjo Gabriel para dizer que a sua mulher conceberá um filho, e que esse menino será o profeta do Altíssimo e cheio do Espírito Santo desde o ventre materno. Como Zacarias e Isabel eram avançados em idades, e além do mais, Isabel era estéril, então, Zacarias pediu ao anjo um sinal. Isso foi considerado como dúvida. Como sinal, o anjo travou a língua de Zacarias até o dia do nascimento da criança. Depois de nove meses, João Batista nasce e é criado na lei de Deus. Convém dizer, nessa ocasião para não confundimos os personagens bíblicos, que no Novo Testamento aparece quatro pessoas com nome de João. Primeiro João é o João Batista. Na verdade seu nome não é João Batista, mas apenas João. Batista era o apelido que recebeu por causa da sua função de batizar. Nós o chamamos de João Batista, mas no original está escrito: João, o batizador. Ele era um crente batista que anunciava o pentecostes. O segundo é o João, o apóstolo, que é o mais conhecido. Aquele que escreveu o Evangelho, chamado João, três epístolas, também, chamadas João e o Apocalipse. Esse é João filho de Zebedeu, irmão de Tiago. Sua mãe se chamava Salomé, irmã de Maria, mãe de Jesus. Esse João era primo de Jesus, na verdade, João Batista, também era primo de Jesus, porém, primo segundo, mas João, o apóstolo, era primo de primeira ordem. O terceiro João é o pai de Pedro. Jesus disse: ‘Simão, Barjonas’ que significa ‘filho de Jonas’ (Mt 16.17 c/ Jo 1.42; 21.15). Outras traduções dizem: ‘filho de João’. E, o quarto é João Marcos sobrinho de Barnabé. Aquele que escreveu o Evangelho de Marcos e participou da primeira viagem missionária de Paulo junto com seu tio. Quando chegaram na Antioquia, da Psídia, João Marcos voltou a Jerusalém. Em, outra ocasião, Barnabé queria leva-lo novamente, mas Paulo não permitiu. Mais, tarde, Marcos se juntou a Pedro, possivelmente em Roma. Pedro o discipulou, e veio a escrever um Evangelho. Talvez, João Marcos seja o jovem que na noite da prisão de Jesus, acordou atordoado, se enrolou apenas com um lençol e foi atrás do Mestre. Mas, alguém puxa o seu lençol, e ele foge nu (Mc 14.51,52). 35
Supostamente, acredita-se que é João Marcos por esse episódio ser apenas narrado em seu Evangelho. O cenáculo, onde a igreja primitiva se reunia, alguns acreditam, que era em sua casa. Sua mãe se chamava Maria (At 12.12). João Batista deveria ser um sacerdote, e substituir seu pai no santuário. Deveria compor a ordem de Abias. Porém, João Batista, renuncia tudo isso e vai morar no deserto. Com essa atitude, João Batista estava denunciando que não fazia parte desse sistema corrupto. Porque na época de Zacarias, o sistema sacerdotal estava corrompido. Quem ditava as ordens no santuário era Herodes; os sumos sacerdotes eram escolhidos por Roma. A classe sacerdotal se transformou em um sistema político e o templo em um mercado público. A ida de João Batista ao deserto era o rompimento com toda a instituição da Palestina. João Batista era nazireu, não bebia vinho nem cortava seu cabelo. O seu estilo de vida era simples. Leiamos Lucas 1.15,80: ‘Porque será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe... E o menino crescia, e se robustecia em espírito. E esteve nos desertos até ao dia em que havia de mostrar-se a Israel’. Marcos 1.6: ‘E João andava vestido de pêlos de camelo, e com um cinto de couro em redor de seus lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre’. João Batista era vegetariano (Mt 11.18), e não se vestia como um sacerdote. Pois como ele rompeu com uma instituição que estava falida, ele, também, se depôs das roupas. E, se vestia apenas com pelos de camelo e um cinto de couro. Não confunda João Batista com o João, o Apóstolo, que escreveu o Evangelho, as Epístolas e o Apocalipse. As crianças judias aprendem a ler em casa, quando completam 13 anos são levadas ao templo para serem sabatinada. E, aquelas mais abastadas ingressam no Sinédrio para se formarem em rabinos. João Batista, muito embora de uma família sacerdotal, talvez na idade de 13 anos se refugiou nos desertos onde se formou profeta. Algumas pessoas ficam intrigadas com esse gafanhoto que João Batista se alimentava. Esse gafanhoto não é algum tipo de batata. Teve uma pessoa que ensinou que esse gafanhoto é um tipo de batata. Por que ele ensinou isso? Porque ele foi pesquisar no dicionário, e encontrou que o termo gafanhoto vem de uma raiz hebraica, etc., etc., e concluiu: ‘Ah! É uma raiz! Então é uma batata’. Porém, o gafanhoto de João Batista era realmente um inseto. Ele arrancava a cabeça, as perninhas e as asas. Colocava o corpo para secar no sol, ficava bem crocante, melava no mel e comia, chega estralava na boca. Ou então, espertava em uma vareta e esquentava no fogo e comia. Têm pessoas que comem tanajura? É a mesma coisa. 36
João Batista era um eremita, vivia no deserto, e era nazireu. O seu cabelo crescido era sinal do pacto do nazireado. Era o sinal da sua consagração a Deus. Não podia cortar. Num dia que ele deixasse de ser nazireu, tinha que ofertar o cabelo no santuário. Se ele cortasse o cabelo, ou bebesse vinho ou se aproximasse de um cadáver, quebrava o seu voto de nazireu. Possivelmente, ele não participou do velório de seu pai e de sua mãe. João Batista, também, era celibatário, não se casou e nem teve relações sexuais. Ele opinou por um estilo de vida muito áspero: nazireu, vegetariano, eremita e celibatário. Era uma pessoa esquisita, todo despenteado e barbudo. Mas, foi esse homem que Deus escolheu para ser o precursor do Messias. Vamos estudar um pouco sobre o ministério de João Batista. Possivelmente João recebeu esse nome por causa dos macabeus. Os macabeus vinha de Judas Macabeu. Macabeu significa martelo. Os macabeus viveram no período interbíblico e enfrentaram os inimigos de Israel na época de Antíoco Epifânio que profanou o santuário quando erigiu ali um altar ao deus grego, e sacrificou sobre ele um animal imundo, o porco. Mandou destruir todas as cópias das Escrituras. Nesse cenário, surgem os macabeus. Eles enfrentaram Antíoco, a Síria, os Ptolomeus e purificaram o santuário, destruíram o altar que tinha sido profanada e erigiram outro altar. Em um desses macabeus se chamava João Hircano. Então, possivelmente, o nome João ficou popular por causa desse macabeu. E, talvez o anjo tenha dado esse nome João ao Batista por causa do heroísmo dos macabeus, e também, porque João significa ‘favor de Deus’. João Batista iniciou seu ministério no ano 26 D.C, no mesmo ano que Jesus Cristo foi batizado, dali, Jesus foi ao deserto onde permaneceu por 40 dias, depois ele se dirigiu a Galiléia e iniciou seu ministério. Nesse ínterim, João Batista continuou pregando na Judéia e na Peréia até o ano 27 D.C, quando ele foi degolado por Herodes Antipas. Diz que João ministrou durante o ano sabático, ano em que o povo de Israel não fazia semeadura e nem colheita. Assim, o povo tinha tempo de ouvir João durante os dias da semana. João Batista pregava o arrependimento dos pecados. A missão de João era preparar o povo para receber o Messias. João, também, anunciava a vinda do Reino de Deus. Israel deixou de representar o Reino de Deus, tornou-se reino dos homens. Por isso que João pregava que o Reino seria estabelecimento. João Batista, também, pregava o Dia do Senhor, que ele chamava de ira vindoura. Leiamos Malaquias 4.5,6: ‘Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor; E ele converterá o 37
coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição’. Os profetas anunciavam o Dia do Senhor. O que é esse Dia do Senhor? É o Dia em que o Senhor se manifestaria para destruir os inimigos de Israel e estabelecer em Jerusalém o Seu Reino. João Batista, que é o profeta Elias, anunciava o Dia do Senhor, o dia da ira. Ele esperava para aqueles dias a destruição e o estabelecimento do governo de Deus. Quando João estava preso, e viu que Cristo não manifestava essa ira, e nem tinha ainda purificado o templo conforme Malaquias 3.1-4. Então, quando ele viu que Jesus não tinha feito essas coisas ainda, e sabia que Jesus era o Messias, então, mandou mensageiros perguntarem à Jesus se ele era o Messias que havia de vir para fazer essas mudanças radicais ou se haveria outro Messias. A pergunta de João era basicamente essa: ‘Tú irás realizar essas coisas na tua vinda agora, ou haverá outra vinda pela qual tu as realizarás?’. Porque os profetas prediziam acerca da vinda do Messias, mas não, diferenciavam as duas vindas do Messias. Para eles era uma vinda só. Quando os saduceus e os fariseus ensinavam, falavam de uma vinda só. Eles não reconheciam que haveria uma vinda do Messias para sofrer e expiar os pecados do povo pelo sacrifício de si mesmo. Mas como um Messias guerreiro e vitorioso.
Palestra Ministrada na Assembleia de Deus-Codó[Salém] Em 04 de Setembro de 2010 Sobre o Ministério Profético no Novo Testamento Vamos iniciar nossa palestra falando do ministério profético do Filho de Deus. Leiamos Hebreus 1.1,2: ‘Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo’. Desde o princípio de todas as coisas, Jesus Cristo é a Palavra de Deus. Isso significa que todas as revelações, todas as profecias dadas aos profetas no Antigo Testamento foram dadas pelo Filho de Deus. O que o texto sagrado está dizendo é que agora Deus falou pessoalmente através do seu próprio Filho sem utilizar algum intermediário. A mensagem dele veio direta para o Seu Filho. Quando Cristo esteve na terra, realizando seu ministério terreno, ele desenvolveu três ofícios: Profeta, Sacerdote e Rei. Muito embora ele ainda reinará sobre a Terra, e está agora, exercendo seu ministério sacerdotal. Mas, quando esteve entre nós, realizou exclusivamente esse ministério profético. 38
Veremos que Jesus desenvolveu seu ministério profético tanto por seus atributos divinos como por obras do Espírito Santo. Segundo Esequias Soares: ‘Onisciente e onipresente, Jesus tudo sabia e tudo sabe. Ele não precisava de revelações como os profetas e apóstolos. Cristo é o Profeta por excelência’ (10ª lição, do 3° Trim/2010). Então, Jesus Cristo é o porta voz oficial de Deus. Nós somos portas vozes de Deus, mas apenas de maneira secundária. Pois recebemos a mensagem do Espírito de Deus, porém, Jesus recebe do próprio Deus, sendo a própria Palavra de Deus, o Verbo de Deus, ele é realmente o Porta Voz de Deus. Ele é o representante, aquele que tem a palavra de Deus, de modo que tudo quanto ele fala é a mais pura palavra de Deus. Quanto a nós, quando falamos, nossas palavras são misturadas, mas Jesus quando fala é a palavra de Deus jorrando, sem mistura, sem erro, pura. Ele faz isso não só pelo intermédio do Espírito, mas, também, por seus atributos divinos. Quando João escreveu seu Evangelho foi para provar que Jesus Cristo é o Filho de Deus. Esse era o objetivo de João: provar a divindade do Filho de Deus. Então, quando João fala dos prodígios e milagres, ele não está se referindo a aprovação de Deus sobre o Homem Jesus como o verdadeiro Messias. Não é essa a objetividade de João, pode ser a de Lucas e de Marcos. Mas João quando fala das maravilhas que acompanhou Cristo no seu ministério não era apenas para mostrar que ele era o Messias, mas para provar que ele é o Filho de Deus. Essa expressão ‘Filho de Deus’ prova a divindade de Cristo, assim como ‘Filho do Homem’ prova a sua humanidade. Vamos ler alguns textos bíblicos. Prever o futuro é prerrogativa divina. Somente Deus pode prever o futuro. A fim de provar que os deuses das nações são falsos, Isaías reivindica esse atributo de Deus. Leiamos Isaías 45.21: ‘Anunciai, e chegai-vos, e tomai conselho todos juntos; quem fez ouvir isto desde a antiguidade? Quem desde então o anunciou? Porventura não sou eu, o Senhor? Pois não há outro Deus senão eu; Deus justo e Salvador não há além de mim’. E, Isaías 46.9,10: ‘Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim. Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade’. Essa capacidade de prever o futuro faz parte do atributo de Deus, a Sua Onisciência, de saber de todas as coisas, e prevê-las antes que aconteçam. Não só por sua presciência, mas também, por sua predeterminação. As coisas que Deus predeterminou antes de todas as 39
coisas, irão acontecer. E, as coisas que irão acontecer no futuro, Deus já as conhece por sua presciência. E, o Evangelho de João que foi escrito para provar a divindade do Filho de Deus atribui a Jesus a prerrogativa de prever o futuro. Leiamos João 13.19: ‘Desde agora vo-lo digo, antes que aconteça, para que, quando acontecer, acrediteis que EU SOU’. E, João 14.29: ‘Eu vo-lo disse agora antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis’. Sabemos que o título “EU SOU” é um título divino dado a Deus no capítulo 3 de Êxodo, quando Moisés perguntou: ‘Quem és tú?’. Ele respondeu: ‘Eu Sou o Que Sou’. Então, essa palavra ‘Eu Sou’ veio exatamente dessa revelação de Deus à Moisés. Muito embora, seja o Pai que se revelou a Moisés, mas Ele fez isso através do Seu Anjo, o Anjo do Senhor. Que é considerado como uma teofania de Cristo; uma manifestação de Cristo na figura de um mensageiro de Deus. Então, essa capacidade de prever as coisas provam a divindade do Filho de Deus. Conforme escreveu Esequias Soares: ‘Sendo verdadeiro Deus, o conhecimento de Cristo é perfeito e absoluto; Ele sabe todas as coisas (Jo 16.30; 21.17; Cl 2.2,3). O Senhor viu Natanael debaixo da figueira (Jo 1.47,48), e sabia também que no mar havia um peixe com uma moeda na boca (Mt 17.27). Não havia necessidade que alguém lhe explicasse o que há no interior do homem, porque tudo Ele sabe (Jo 2.24,25). Ele sabia também que a mulher samaritana já fora cinco vezes casada, e que o homem com quem ela vivia não era seu marido (Jo 4.17,18)’ - (10ª lição, do 3° Trim/2010). Cristo conhecia todas essas coisas pelo fato dele ter o conhecimento divino, que não é partilhado por nenhum ser humano, nem mesmo, pelos profetas de Deus. Os profetas de Deus para poderem trazer o conhecimento oculto necessitavam da revelação de Deus. Deus trazia essas revelações através do Espírito Santo ou dos anjos. Mas, o Filho de Deus trazia à tona essas coisas ocultas porque ele já as conhecia por si mesmo. Jesus Cristo não é um semi-deus - metade homem e metade deus ele é 100% Deus e 100% Homem; ele é Deus completo tanto quanto Homem completo. Quando a Escritura diz que Cristo ‘esvaziou-se a si mesmo’ (Fl 2.7) não significa que ele deixou de ser Deus. Vermos isso no próprio Evangelho de João que foi escrito para provar a divindade do Filho de Deus, e, não podemos provar a divindade de Jesus apenas por teoria. João não podia provar para os judeus e os gnósticos que Jesus Cristo é Filho de Deus, ou seja, de natureza divina, apenas por dizer: ‘Ele é Deus ou Filho de Deus’. João tinha que dar evidências para isso. E, essas evidências são os sinais relatados no Evangelho (Jo 20.31). Por isso que ao falar do esvaziamento de Cristo, Paulo não se refere que Cristo deixou de ser Deus, conforme ensinava a doutrina conhecida 40
como ‘kenosis’. Na verdade, Cristo não deixou de ser Deus em sua encarnação, contudo, na sua obra expiatória, Cristo ao morrer como cordeiro sacrificou a sua vida humana. A Sua divindade não teve participação em seu sacrifício. Ele morreu como homem. Mas no que diz respeito a sua obra milagrosa, os sinais e os prodígio, alguns, ele tem realizado, principalmente os alistados no Evangelho de João, para provar a Sua divindade. Portanto, o termo ‘esvaziou-se a si mesmo’ se refere que Cristo não só esvaziou da sua glória e dos privilégios que gozava junto ao Pai, como, também, pelo fato de assumir a natureza humana, ele se deixou experimentar as condições humanas. É claro que em algumas ocasiões, Jesus deixou de lado seus atributos divinos. Porém, em outras ocasiões, ele demonstrou, que apesar de estar em um corpo humano, ele não deixou de ser Deus. Entrementes, o esvaziar do verbo divino permitiu que ele experimentasse a morte e desse a sua vida como sacrifício. Contudo, apesar de Cristo ser Deus, João procura mostrar a distinção do Pai e do Filho. Muito embora, Jesus Cristo seja Deus e de natureza divina, ele não é o Pai. Ele é distinto do Seu Pai como Pessoa. Leiamos alguns textos bíblicos que mostram essa distinção. João 12.49: ‘Porque eu não tenho falado de mim mesmo; mas o Pai, que me enviou, ele me deu mandamento sobre o que hei de dizer e sobre o que hei de falar’. João 14.10: ‘Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras’. Conforme Esequias Soares: ‘Jesus, por diversas vezes, falou em nome do Pai, sendo Ele mesmo verdadeiro Deus (Jo 1.1,14). Contudo, mesmo assim, observamos que Ele agia e falava segundo a vontade de seu Pai (Jo 4.34; 5.30; 6.38; 14.24). Um exemplo que deve inspirar-nos a exercer com prudência nosso ministério’ (10ª lição, do 3° Trim/2010). Embora ele seja Deus, tendo em si os atributos divinos, mesmo assim, Jesus Cristo reconhece, diante dos homens, que estava submetido a vontade do Seu Pai. Então, como Pessoa e apenas como Homem, mas como uma pessoa divina, Jesus Cristo é submisso ao seu Pai. Por duas razões: A primeira razão está João 14.28: ‘Ouvistes que eu vos disse: Vou, e venho para vós. Se me amásseis, certamente exultaríeis porque eu disse: Vou para o Pai; porque meu Pai é maior do que eu’. Quando Jesus disse que o ‘Pai é maior do que eu’, não se refere, pelo fato dele ser homem, mas por ser Filho. E, como Filho, ele é menor do que o Pai. Entenda bem, Jesus Cristo não é menor do que o Pai, simplesmente, pelo fato dele ter se tornando humano, mas como Filho de Deus, posição que ele já tinha antes de se tornar humano. Entretanto, esse menor não se refere aos seus atributos, mas ao seu oficio e autoridade. 41
Tome como exemplo, um pai humano e um filho humano. Por que um filho é menor do que seu pai, se ambos, têm a mesma natureza humana? Os dois são pecadores, mortais e limitados! Então, por que um pai é maior do que seu filho? Porque o Pai tem mais autoridade. O filho é humano como seu pai, mas se submete ao seu pai. Mas, o fato dele se submeter ao seu pai não significa que ele não seja humano. Que ele seja de uma natureza inferior ao de seu pai. Ele é humano, assim como seu pai é humano. Assim, também, é Jesus Cristo e o Seu Pai celestial. Quando ele disse: ‘o Pai é maior do que eu’, não se refere a natureza que eles compartilhavam, pois, a natureza era a mesma, como ele disse ele outra ocasião: ‘Eu e o Pai somos um’ (Jo 10.30). Mas se refere, aos ofícios que ambos desempenham dentro da divindade. Por exemplo, o Filho foi enviado pelo Pai. Em João 13.16 está escrito: ‘Na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou’. Quem enviou quem? Deus enviou Jesus - João 20.21: ‘assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós’. Quem é maior: O que envia ou o enviado? O que envia! Então, o Pai é maior do que o Filho. Leiamos Hebreus 1.5: ‘Porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, Hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, E ele me será por Filho?’. Quem gerou quem? O Pai gerou o Filho. Isso significa que o Filho é gerado, mas o Pai não é gerado e nem criado. Agora leiamos Atos 4.27: ‘Porque verdadeiramente contra o teu santo Filho Jesus, que tu ungiste, se ajuntaram, não só Herodes, mas Pôncio Pilatos, com os gentios e os povos de Israel’. Algumas traduções no lugar de ‘o teu santo Filho Jesus’, diz ‘o teu santo servo Jesus’. Portanto, além de Filho, Jesus também é servo de Deus. Ora, então, o Pai é Senhor. Quem é maior: o servo ou senhor? O senhor! De modo que o Pai não presta obediência ao Filho, mas, é o Filho que obedece o seu Pai. Quanto a filiação, foi o Pai que gerou o Filho, e não o Filho que gerou seu Pai. E o que gera é maior do que o gerado. O Filho não envia o Pai, o Filho é que foi enviado pelo Pai. Leiamos Efésios 1.3: ‘Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo’. Bendito seja quem? O Deus e Pai! Deus e Pai de quem? De nosso Senhor Jesus Cristo. Então, o Pai é o Deus de Jesus Cristo. O Pai é aquela Pessoa que Cristo presta adoração. Leiamos João 20.17: ‘Disse-lhe Jesus: Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus’. 42
O Pai não chama o Filho de ‘meu Deus’; o Pai não se refere ao Filho como sendo seu Deus. O Pai não adora o Filho. Mas, o Filho chama o Pai de ‘meu Deus’; o Filho adora o Seu Pai como o Seu Deus. Por que Jesus disse: ‘meu Pai e vosso Pai’, e não o ‘nosso Pai’? Porque há uma diferença entre a nossa paternidade com Deus e a paternidade de Jesus Cristo com Deus. Jesus Cristo é o Filho legítimo de Deus. Aquele que realmente foi gerado pelo Pai, da sua própria natureza divina. Entretanto, nós, somos filhos de Deus por sermos criaturas de Deus ou por sermos filhos adotivos de Deus por intermédio da redenção. Não somos filhos de Deus por sua natureza e essência divina, pois, não somos deuses. Se fôssemos filhos de Deus na mesma qualidade que Jesus Cristo é Filho de Deus, então, todos nós não seríamos humanos, mas divinos. Teríamos os atributos divinos; mas, como não temos os atributos divinos não compartilhamos dessa paternidade que Cristo compartilha. Então, pelo fato de Jesus Cristo ser Filho, ser Servo e ser Enviado, ele exerceu o seu ministério profético em submissão ao Seu Pai. Quando afirmo que ele está submisso ao Seu Pai, não me refiro o fato dele ser Homem. Mas, antes dele se tornar Homem, já era submisso ao Seu Pai. Ele já chamava Deus de Seu Pai. Já havia o Pai e o Filho. Ele não se tornou Filho quando se encarnou ou quando foi gerado no ventre de Maria. Ele se tornou Filho antes de todas as eras, antes da eternidade. Alguém me perguntou se: ‘Os anjos são filhos de Deus?’. São filhos de Deus por criação, eles não foram criados da natureza divina, mas do nada. Vamos ler dois textos que fala da submissão de Cristo a Deus na eternidade passada e na eternidade futura. Provérbios 8:30: ‘Então eu estava com ele, e era seu arquiteto; era cada dia as suas delícias, alegrando-me perante ele em todo o tempo’. 1ª Coríntios 15.28: ‘E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o mesmo Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos’. Quando Deus criou todas as coisas, criou-as por intermédio do Seu Arquiteto, Jesus Cristo, o Filho. O Filho produziu! Mas Ele produziu porque o Pai ordenou. O Pai disse o que Ele deveria criar, e Ele criou. Isso mostra a submissão de Cristo na eternidade passada. Como também na eternidade futura, conforme diz o texto, quando Ele reinar, entregará tudo ao Pai para que o Pai ‘seja tudo em todos’. E, o próprio Filho vai se submeter ao Pai pela eternidade futura. Portanto, quando Jesus Cristo afirmou que não sabia o Dia da Sua vinda. Ele não disse isso apenas como Homem, mas, como Filho de Deus também. Pois, quando Deus projetou o programa salvífico com o Filho na eternidade, estabeleceu, nesse programa, que o Filho não saberia o Dia da 43
Sua vinda. Vocês sabem que o plano da salvação não foi feito às pressas no Jardim do Éden, mas foi programado na eternidade. Por assim dizer, o Pai, o Filho e o Espírito Santo se reuniram, e nessa reunião não houve a participação de nenhum anjo, nem mesmo de Miguel e de Gabriel. Na verdade, não existia ninguém, apenas o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Eles projetaram a salvação da humanidade. Algumas coisas foram por predeterminação e outras por presciência. E, nesse projeto da salvação, firmou-se, já na eternidade, que o Filho não saberia o Dia da Sua segunda vinda. E, o Filho não sabe! Isso foi uma coisa que o Pai oculto do Filho, porque o Pai é maior do que o Filho. Então, o Filho se submeteu ao Pai. Portanto, quando ele disse: ‘Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai’ (Mc 13.32). Ele não falou isso porque era humano, mas, por ser Filho de Deus se submeteu ao Pai. O dia da vinda de Jesus Cristo está agendada, porém, Deus arquivou para si, conforme lemos em Atos 1.7: ‘Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade’. O Pai como pessoa reservou para si esse conhecimento, e o Filho, que é submisso ao Seu Pai, aceitou essa autoridade. Quando afirmamos que Jesus vem a qualquer momento é porque não sabemos o dia, a hora, o ano e a época em que ele vem. Mas, para o Pai não é a qualquer momento é no dia que ele estabeleceu (1ª Tm 6.14,15; At 17.31). Vamos prosseguir! Os sinóticos, que enfatizam a humanidade messiânica de Jesus, mostram Sua dependência do Espírito Santo, ou seja, Mateus, Marcos e Lucas que procuram provar que o homem Jesus é o Messias, diferente de João que queria provar a Sua divindade como Filho de Deus, eles mostram a dependência do Messias debaixo da autoridade do Espírito Santo de Deus. Leiamos Atos 10.38: ‘Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele’. Muito embora esse texto esteja no livro de Atos, mas quem escreveu-o foi Lucas e isso mostra a visão de Lucas no seu Evangelho. Esse texto mostra que Jesus foi ungido pelo Espírito para iniciar Seu ministério terreno. Porém, agregando os Sinóticos com o Evangelho de João podemos dizer que Jesus de Nazaré era profeta-Deus ou Deus-profeta. Por que Deus-profeta? Porque as previsões que ele fazia eram tanto baseadas em Seus atributos, como também, baseadas nessa revelação do Espírito Santo. Agora, o Espírito que ele recebia não era como nós recebemos. João 3.34 diz que Ele recebia o Espírito sem medida. Então, o Espírito que havia em Cristo era de maneira plena ou total. Nós, também o recebemos, mas não nessa plenitude que havia em Cristo. De modo que quando Cristo falava, suas palavras eram Palavra de Deus 44
pura. Porém, nós falamos nossas próprias palavras, e algumas vezes Deus as utiliza. Contudo, as palavras de Cristo eram todas palavra divina sem mistura. Veremos algumas previsões proféticas de Cristo: A queda de Jerusalém (Mt 24.15-20); a destruição do templo (Mt 24.1,2); a segunda diáspora dos judeus (Lc 21.24). ‘Diáspora’ é a dispersão dos judeus para as nações. A primeira diáspora ocorreu no cativeiro babilônico, e a segunda ocorreu no ano 70 D.C, quando Jerusalém foi destruída pelos imperadores romanos. Leiamos Lucas 21.24: ‘E cairão ao fio da espada, e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem’. Cristo, também, previu os sinais dos últimos tempos. Quais são esses sinais?: guerras, rumores de guerras, fome, terremotos, epidemias, etc (Mt 24.4-8). Ele, também previu a grande tribulação (Mt 24.21-26), Seu segundo advento, o arrebatamento da Igreja (Mt 24.29-31, 40-42) e a ressurreição dos mortos (João 5.28,29). Essas são algumas previsões escatológicas de Jesus Cristo; algumas já se cumpriram como a queda de Jerusalém, a destruição do templo e a dispersão dos judeus; os sinais dos tempos estão se cumprindo atualmente; e a grande tribulação, a vinda de Jesus, a ressurreição dos mortos e o arrebatamento da Igreja se cumprirão no futuro. Vamos agora ao ministério profético do Espírito Santo no Novo Testamento. O Espírito Santo vem operando desde o Antigo Testamento, porém, iremos nos concentrar no Novo Testamento. Vamos começar vendo a natureza do ministério profético do Espírito Santo no Novo Testamento. Era uma inspiração verbal e plenária (eu já falei sobre isso). O Dr. Esequias Soares escreveu: ‘O mesmo Deus que se revelou aos profetas hebreus também se deu a conhecer na plenitude dos tempos aos apóstolos: “Deus no-las revelou pelo seu Espírito”, afirma Paulo (v.10a). Assim, entendemos que a natureza da atividade profética em o Novo Testamento revela a mesma fonte divina: o Espírito Santo. Não é a expressão “veio a palavra do Senhor”, tão comum nos textos do Antigo Testamento, que caracteriza a profecia do Novo Testamento, mas a ação inspiradora e direta do Espírito Santo (At 10.19; 16.6,7; 20.23) tal como ocorria na Antiga Aliança’ (10ª lição, do 3° Trim/2010). O mesmo Espírito que estava operando no Antigo Testamento, inspirando os profeta de Deus para ditar as palavras de Deus, é o mesmo Espírito que operou no Novo Testamento. A inspiração que os profetas receberam, os apóstolos, também, receberam pelo ministério do Espírito Santo. O que é uma inspiração verbal e plenária? Significa que não apenas as ideias (pensamentos) deles foram sopradas pelo Espírito, mas, também, as palavras que eles deveriam redigir foram dadas pelo Espírito Santo. Eles 45
não receberam a ideia e utilizaram qualquer palavra para expressar. Muito embora o vocabulário deles foram utilizado, mas aquele vocabulário que eles utilizaram foi o que o Espírito Santo inspirou para compor as Escrituras. Isso aconteceu, tanto no Antigo Testamento, como no Novo Testamento. Por isso que os dois Testamentos têm a mesma autoridade. O Espírito Santo por Ser Deus tem prerrogativa divina de prever o futuro. O Esequias Soares fala sobre isso: ‘O apóstolo lembra que o Espírito Santo é Deus, dizendo que “o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus” (v.10b) e continua, afirmando que “ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus” (v.11b). Assim a Bíblia atesta de maneira inconfundível e incontestável a deidade absoluta da terceira Pessoa da Trindade (Ver 1 Pe 1.10-12)’ (10ª lição, do 3° Trim/2010). O Espírito Santo não é uma força ativa de Deus! Nem tampouco uma criatura de Deus. Ele é o Espírito de Deus, que conhece as mais profundas coisas de Deus. Então, Ele, também, compartilha essa divindade do Pai. E, por causa dessa divindade, é que ele utilizava os profetas e apóstolos para fazer conhecido aquilo que nós não tínhamos, absolutamente, nenhuma condição de conhecer, que são as coisas reveladas de Deus. Contudo, a efusão do Espírito no Novo Testamento é maior do que no Antigo Testamento. Conforme escreveu Esequias Soares: ‘A revelação que os apóstolos receberam era superior a que foi dada aos patriarcas, reis, sábios, sacerdotes e profetas do Antigo Testamento (2 Co 3.5-11). Isto porque, os apóstolos viveram o clímax da revelação em Jesus (Hb 1.1) e desfrutaram da dimensão do Espírito Santo em uma época em que sua atuação não era mais esporádica, mas plena e abundante’ (10ª lição, do 3° Trim/2010). Eu afirmei que a inspiração do Espírito Santo no Antigo Testamento era igual no Novo Testamento. O que, então, Esequias Soares quer dizer quando fala da superioridade da revelação apostólica? Preste atenção no detalhe! Ele não está dizendo a superioridade da inspiração, mas da revelação. Há uma diferença entre inspiração e revelação. A fonte da inspiração é a mesma: o Espírito Santo em ambos os Testamentos. Mas a revelação no Novo Testamento é maior. Os apóstolos falaram de coisas que os profetas não entendiam. Por que a revelação apostólica é maior do que a revelação profética? Porque os apóstolos falaram e explicaram coisas que os profetas não tinham conhecimento, muito embora, eles profetizavam. Os apóstolos viveram nos próprios dias de Jesus Cristo. Jesus disse: ‘Porque em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes, e não o viram; e ouvir o que vós ouvis, e não o ouviram’ (Mt 13.17). Os apóstolos interpretaram as palavras dos profetas; os apóstolos falaram de coisas que nos profetas ainda estavam ocultas. 46
O ministério profético do Espírito Santo no Novo Testamento se constituí na plenitude dos tempos. Mais uma vez vamos ler o que diz o Dr. Esequias Soares sobre isso: ‘Muitos foram os profetas do Antigo Testamento quando comparados ao número de apóstolos do Novo. Em relação ao período profético, o ministério apostólico foi relativamente curto. Assim como o volume da produção profética do Antigo Testamento quando comparada ao do Novo Testamento é muito maior. O importante, porém, é saber que todas as coisas ocorreram segundo o programa de Deus. Não obstante, com o nascimento de Cristo no período do Novo Testamento, deuse o cumprimento máximo das profecias do Antigo Testamento. A esse evento Paulo denomina de a “plenitude dos tempos” (Gl 4.4) - (10ª lição, do 3° Trim/2010). Ainda que os profetas produziram um volume profético maior do que os apóstolos; ainda que o período profético dos profetas foi maior do que dos apóstolos; os apóstolos foram apenas um século, os profetas muitos séculos de profecia; contudo, os apóstolos tiveram uma revelação maior, mais nítida e mais clara do que os profetas. Mas nada disso desabona a natureza da inspiração, pois, era a mesma. Tanto a fonte como as qualidades das palavras são as mesmas. Assim, como o poder e autoridade que estava investido o profeta e o apóstolo eram os mesmos. Convém dizer ainda que a manifestação do Espírito Santo no Antigo Testamento era ‘esporádica’, significando que ‘não ocorria sempre ou com frequência, de vez em quando, evento casual’. O Espírito Santo não habitava dentro do profeta, ele, vinha ao profeta quando ele deveria anunciar uma mensagem profética. Assim, também, acontecia com os reis de Israel. Recebiam o Espírito na unção real para governar a nação, mas, para que outro rei recebesse o Espírito era necessário retirá-lo do rei anterior e colocá-lo no posterior. Por exemplo, Saul tinha o Espírito de Deus, quando Davi foi ungido rei de Israel, Deus teve que tirar o Espírito de Saul e derramá-lo sobre Davi. Portanto, o ministério do Espírito era limitado. Porém, o derramamento do Espírito no Novo Testamento é mais especial. No Antigo, ele operava em algumas pessoas, como os sacerdotes, profetas, reis, juízes. Ele não estava e nem operava em todos os membros da nação. Apenas nos escolhidos e ungidos. Entretanto, no Novo Testamento, todos os crentes têm o Espírito Santo e recebem os dons do Espírito. Por isso que é chamado de ministério do Espírito. A plenitude do Espírito significa que ele está sendo derramado sobre todos. O que é a ‘plenitude dos tempos’? Leiamos Gálatas 4.4: ‘Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei’ e Efésios 1.10: ‘De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, 47
na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra’. Tudo quanto Deus tem para realizar no que diz respeito a Cristo e a Igreja, realizará nessa ‘plenitude dos tempos’. O programa de Deus é dividido em três dispensações. Os dispensacionalistas dividem em sete dispensações. A Assembleia de Deus adota o dispensacionalismo como doutrina escatológica. Portanto nós, assemblenianos, somos dispensacionalistas. Porque dividimos o programa de Deus em dispensações. Isso é o que se chama a economia de Deus, pois, o plano de Deus é dispensado aos poucos. Os dispensacionalistas nos ensinaram que são sete dispensações: ‘1ª) Dispensação da Inocência. Seu início deu-se na criação e findou-se na queda de Adão. O tempo não é revelado. 2ª) Dispensação da Consciência. Esta dispensação começou em Gn 3 e durou cerca de 1656 anos: de zero (0) a 1656 a.C., abrangendo o período desde a queda do homem até o dilúvio; Gn 7.21,22. 3ª) Dispensação do Governo Humano - Esta dispensação começou em Gn 8.20 e perdurou cerca de 427 anos. Desde o tempo do Dilúvio até a dispersão dos homens sobre a superfície da terra, sendo consolidada com a chamada de Abraão; Gn 10.15; 11.10-19;12.1. 4ª) Dispensação Patriarcal -Teve início com a Aliança de Deus com Abraão, cerca de 1963 a.C., ou seja, 427 anos depois do dilúvio. Sua duração foi de 430 anos; Gl 3.17; Hb 11.9,13. Por meio desta dispensação, Abraão e seus descendentes vieram a ser herdeiros da promessa. 5ª) Dispensação da Lei - Ela teve início em Ex 19.8, quando o povo de Israel proclamou dizendo que “tudo que o Senhor falou, faremos.” Sua extensão é de 1430 anos. Do Sinai ao Calvário; do Êxodo à cruz. 6ª) Dispensação da Graça - Esta dispensação começou com a morte e ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo e terminará em plenitude com o arrebatamento da Igreja; porém, oficialmente falando, seus efeitos continuarão até Apocalipse 8.1-4. 7ª) Dispensação do Reino - Esta dispensação terá, de acordo com a própria escritura, a duração de 1.000 anos; Ap 20.1-6. É também chamada de a dispensação do Governo Divino. Esta dispensação é algo para o futuro, logo após o julgamento das nações descrito em Mt 25.31-46, e antes do Juízo do Grande Trono Branco’ – (fonte: http://jornal-da-assembleia.blogspot.com.br/2009/11/assete- dispensacoes.html). Em cada dispensação Deus operou de modo diferente, e em cada uma sua revelação foi progressiva. Essa é a crença dispensacionalista surgida no século XIX. Em uma das conferências proféticas do pregador Edward Irving, levantou uma moça de 15 anos, chamada Margaret McDonald e profetizou: ‘Eis que a vinda do Senhor acontecerá em duas etapas’. Nessa reunião, havia um teólogo chamado John Nelson Darby que baseado nessa profecia desenvolveu a doutrina dispensacionalista. Ele é 48
considerado o pai do dispensacionalismo. Então, ele entendeu que há dispensações em relação a Igreja e Israel. De modo, que a dispensação para Israel é uma e para Igreja é outra. Quando Deus deixou de operar em Israel começou operar na Igreja, e ele só vai voltar a operar em Israel novamente, quando ele terminar de operar na Igreja. E, quando é que Deus vai terminar de operar na Igreja? Quando a Igreja for arrebatada. Aí a dispensação de Deus vai se voltar novamente para os judeus. Portanto, com todo respeito, a doutrina pré-tribulacionista adotada pela nossa Assembleia de Deus que nos ensina que a Igreja será arrebatada antes da grande tribulação é baseada em uma profecia extra bíblica! Todavia, eu como professor da Escola Dominical da Assembleia de Deus, aquém foi confiado o ensino, e que aqui não é uma seminário teológico, mas uma classe dominical fechada dentro das doutrinas da Assembleia de Deus, tenho por dever e obrigação, ensinar as doutrinas da Assembleia de Deus. Num dia que eu não quiser ensinar as doutrinas da Assembleia de Deus, deixo de ser professor. Porém, a minha obrigação na EBD é com Assembleia de Deus. Talvez alguém replique: ‘Mas você não ensina a Bíblia?’. Sim, de fato é a Bíblia, mas, dentro dos moldes que a Assembleia de Deus interpreta a Bíblia. Portanto, embora não creio na doutrina pré-tribulacionista, exponho diante dos alunos como acredita a Assembleia de Deus. Eu tenho que mostrar o que a nossa Assembleia de Deus crê, mas também, mostro a fonte de onde se originaram suas doutrinas escatológicas. O próprio professor Iltemar do seminário disse a respeito da doutrina pré-tribulacionista que o próprio apóstolo Pedro não a conhecia, ela surgiu depois. De fato, surgiu com John Nelson Darby no século XIX, e a nossa Assembleia de Deus a abraçou, doravante, seus teólogos procuram nas Escrituras base para ela. Nas minhas interpretações pessoais, eu vejo nas Escrituras apenas três dispensações: 1ª) tempos passados – De Adão a Cristo (Ef 3.5); 2ª) plenitude dos tempos (Gl 4.4) – De Cristo ao Milênio, e 3ª) tempos da restauração (At 3.21) – O Milênio. Leiamos Atos 3.21: ‘O qual convém que o céu contenha até aos tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio’. Portanto, Jesus Cristo que subiu aos céus, só voltará quando chegar os tempos da restauração de todas as coisas. E, até lá, estamos vivendo na plenitude dos tempos, também, chamados de últimos dias. Então, é dentro dessa plenitude dos tempos que Deus vai cumprir a promessa da vinda de Cristo. No tempo anterior, havia um mistério oculto (Cl 1.25-27; Ef 3.2-6). Durante a dispensação dos tempos passados, o governo deste mundo, que deveria estar sob o domínio de Adão, foi transferindo para o império de 49
Satanás. Por isso que ele é chamado de governante deste mundo, do deus deste século. Satanás tem governando esse mundo através das nações ímpias: Egito, Assíria, Babilônia, Média-Pérsia, Grécia, Roma pagã, Roma papal, Europa, Estados Unidos e do futuro reino do Anticristo. Leiamos Efésios 3.2-6: ‘Certamente vocês ouviram falar da responsabilidade imposta a mim em favor de vocês pela graça de Deus, isto é, o mistério que me foi dado a conhecer por revelação, como já lhes escrevi em poucas palavras. Ao lerem isso vocês poderão entender a minha compreensão do mistério de Cristo. Esse mistério não foi dado a conhecer aos homens doutras gerações, mas agora foi revelado pelo Espírito aos santos apóstolos e profetas de Deus, significando que, mediante o evangelho, os gentios são co-herdeiros com Israel, membros do mesmo corpo, e co-participantes da promessa em Cristo Jesus’ (NVI). Na vinda de Jesus, Deus vai restaurar o reino ao domínio de Seu povo (Israel) e do Seu Messias (At 1.6,7; Ap 11.15; Dn 7.13,14,18,22,27). Porém, o mistério oculto das gerações passadas, é que os gentios, destituídos desse Reino nos tempos passados (Ef 2:12), são agora, pelo Evangelho de Cristo, cor-herdeiros desse Reino com Israel e reinarão sobre a Terra (Ap 5.9,10). Mas, apenas aqueles gentios lavados no sangue do Cordeiro (Ap 1.5,6).
Mensagem Ministrada Num Culto de Missão Na Assembleia de Deus da Rua Codó[Salém] em 11 de Setembro de 2010 Sobre o ‘Pai Nosso’
Vamos fazer menção da palavra de Deus no Evangelho de Mateus 6.9,10: ‘Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu’. Nesse exemplo de oração ensinada por Jesus Cristo nos mostra que a nossa relação com Deus, em oração, é uma relação filial. Não é de um súdito e um rei; nem tampouco de um discípulo e um mestre; não é de uma criatura e um criador; não é de um adepto e uma deidade; mas, de um pai e um filho. E como filhos de Deus nós gozamos de grande e gloriosos privilégios. Fico pensando como nós, pecadores abomináveis, pecadores cruéis, pecadores nojentos, pecadores fedorentos, viemos atingir uma relação tão íntima, tão privilegiada de sermos chamados ‘filhos de Deus’. Mas espera aí! Pecador fedorento!? Sim de fato! Pois quando éramos do mundo fedíamos a cachaça, a maconha, a droga, a prostituição. Mas, agora, salvos em Cristo, temos o bom cheiro de Cristo. Nós inalamos a 50
fragrância desse perfume celestial. Agora você está aí, na casa de Deus! Bonitinho, arrumadinho e cheirosinho! Entretanto, você pode está na casa de Deus usando o pior dos perfumes, com cheiro de defumador, mas se você é filho de Deus tem o bom cheiro de Cristo Jesus. Mas como viemos a ter esse privilégio? A palavra de Deus diz: ‘Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome’ (Jo 1.12). Também está escrito: ‘E, porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai’ (Gl 4.6). O apóstolo Paulo disse que não recebemos espírito de escravidão para estarmos outra vez atemorizados, mas recebemos esse Espírito que nos mantém em uma relação íntima com Deus (Rm 8.15). Assim está escrito: ‘E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo’ (Rm 8.17 c/ Gl 4.7). Isso significa que a herança de Cristo como Filho de Deus nos é transferida por direito de adoção. Eu fico maravilhado com o Evangelho e com a graça de Deus. Porque Deus não apenas nos absolveu de nossos pecados, como também nos recebeu em Sua família como filho. Nós que éramos criminosos e praticávamos todo tipo de delito. Os juízes deste mundo pode até absolver um criminoso, mas jamais, receberão aquele criminoso como seu filho, e torna-lo herdeiro de seus bens. Mas, o nosso Deus que é misericordioso, não só nos absolveu de nosso crimes, não só nos justificou de nossos pecados, como também, nos recebeu em Sua casa como Seus filhos. Somos co-participantes dEle na Sua herança, irmãos! A herança de Deus é imensa, imensurável, insondável! Ele disse que: ‘ao que vencer dar-lhe-ei de comer da árvore da vida’; ‘ao que vencer não sofrerá o dano da segunda morte; ‘ao que vencer lhe darei de comer do maná escondido’; ‘ao que vencer eu lhe darei poder sobre as nações’; ‘ao que vencer eu lhe farei coluna no santuário de Deus e dali jamais sairá’; ‘ao que vencer eu lhe concederei que se assente comigo no meu trono’; ‘ao que vencer herdará todas as coisas, e eu lhe serei seu Deus e ele será meu filho’. Essa é uma pequena parte da herança de Cristo que temos direito como filhos e filhas de Deus. As Escrituras, também, diz: ‘O Espírito de Deus testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus (Rm 8.16). Meus irmãos! O que nos convence da nossa filiação com Deus e da nossa fraternidade com Cristo, não é nenhum homem dessa Terra, mas o Espírito de Deus que habita dentro de nós. Ele é uma parte da herança de Deus em nós. Ele é o testemunho convicto que habita em nós. Alguém pode duvidar que você é crente, que você é um salvo, que você é não filho de Deus, mas, você pode ter a plena certeza e convicção disso, porque é o próprio Espírito de Deus que dá esse testemunho. Ele é 51
nossa garantia, nosso selo. Deus nos selou, nos autenticou e nos lacrou e Satanás não pode tocar na propriedade de Deus. E, para ele tocar num servo de Deus, tem que pedir permissão ao Deus todo-poderoso. O Espírito é as primícias dentro de nós; é a garantia e certeza de que iremos herdar as promessas de Deus, porque uma parte dessa herança e dessas promessas já nos foram outorgadas quando Ele derramou sobre nós o Seu Espírito Santo. É por isso que está escrito: ‘se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele’ (Rm 8.9). Mas, se alguém tem o Espírito de Cristo, esse pertence a Deus; esse está selado para o Dia da Redenção. Que coisa maravilhosa sermos filhos e filhas de Deus. O Apóstolo João disse: ‘agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos’ (1ª Jo 3.2). Agora estamos buscando sermos semelhantes ao Filho de Deus em seus atos morais, mas um dia, seremos semelhantes a Ele em seu corpo glorioso, santo e celestial. Seguimos o seu ensinamento hoje, mas um dia, iremos beneficiar e usufruir das bênçãos eternas que Deus tem prometido ao Seu povo. Ele é um Deus que promete, não mente e nem volta atrás! Jesus Cristo ensinou: ‘bem-aventurados os humildes, porque eles herdarão o reino dos céus; bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados; bem-aventurados os que tem fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a Terra; bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão a misericórdia; bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus; bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus’. Então, procuremos entrar nesse caminho, nesse ensinamento de Cristo, na esperança de que seremos semelhantes a Ele; que seremos conformados à Sua imagem, a sua verdadeira imagem. Agora, tem um porém! É bom sermos filhos de Deus; é bom gozarmos de todos esses privilégios que Deus nos deu. Mas, tem um pequeno problema! Está escrito em Hebreu 12 que Deus corrige a todos quanto ama e açoite a todos quanto recebe por filho. Por sermos filhos de Deus, também, iremos experimentar a disciplina do Senhor, o açoite do Senhor, a correção de Deus. Ele disse: ‘Qual filho que o pai não castiça?’. E, se nós não somos castigados e nem disciplinados por Deus não somos filhos, mas bastardos. Mas, se de fato, somos filhos, somos provados por Ele. As aflições, as tribulações, as adversidades, os contratempos, as atrapalhações e os tropeços em nosso caminho, que nos sobrevêm são formas de Deus nos disciplinar e corrigir. Porém, ele faz isso porque quer que sejamos participantes dEle e de Sua santidade. 52
Ele não entristece de bom grado os filhos dos homens, mas, quando ele nos prova e nos castiga tem os seus motivos. Está escrito em Romanos que a tribulação produz paciência. Está escrito em Tiago que a tribulação produz perseverança. Está escrito em Coríntios que a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um eterno peso de glória. Está escrito em Pedro que a provação é para tornar a nossa fé preciosa como ouro. Então, Deus tem seus grandes motivos. É a coroa da vida, coroa de glória, coroa de justiça e a coroa incorruptível! Que estão sendo aguardadas para aqueles que permanecem fiéis no meio da aflição, da dor, da angústia e da tristeza. Provérbios 3.11 diz: ‘Não se irrite quando pelo Senhor for provado [corrigido, castigado]’. Tem muitos crentes que querem ‘venha nós o teu reino’, mas não querem passar pela vontade de Deus. Deus disse para o povo de Israel: ‘Do Egito, chamei o meu filho’. Mas no Egito eles foram provados, massacrados. Sofreram uma grande aflição, mas era Deus purificando o Seu povo para serem participantes do Seu reino. Está escrito que por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus. Mas tem muitos crentes se queixando, murmurando. ‘Será possível que essa provação não passa’; ‘Será que eu tenho que continuar comendo o pão que o diabo amassou a minha vida toda’; ‘tantos irmãos contando a benção de Deus, e eu estou aqui carregando essa cruz pesada’. Não se queixe! Não murmure! Porque Deus está provendo o melhor para você! Porque o Deus poderoso está providenciando uma benção para você! O caminho é estreito, mas é glorioso; a porta é apertada, mas é maravilhosa. Ela nos conduz a campos verdejantes como diz as Escrituras. ‘Pai nosso’ esse é o nosso privilégio de chamar Deus de Pai, mas tem outra parte da mensagem que diz ‘santificado seja o teu nome’. Deus é santo! Deus é santíssimo! A santidade de Deus não é progressiva, ela não passar por algum processo. Deus é santo por Sua própria natureza, sua própria essência. Ele nunca será mais santo amanhã do que é hoje. Nós somos santos, mas a nossa santidade é um progresso; é dia após dia. Mas Deus não. Deus é santo. Ele não precisa de se santificar. Mas, então, por que é que Jesus Cristo nos ensina a orar para que Deus santifique o Seu nome? Qual é o significado dessa expressão ‘santificado seja o teu nome’? É porque, muito embora, Deus seja santo, o seu nome está sendo profanado por essa geração. As pessoas estão pisando no nome de Deus; estão escarnecendo e zombando do Seu nome. Deus está vendo tudo de uma maneira tolerável. Mas Cristo nos ensina a orar: ‘até quando vai durar essa blasfêmia contra o teu nome’; ‘Senhor até quando os homens irão pisar a santidade do teu nome’. 53
Porque vai chegar o tempo, e não está longe, quando Deus se levantará do Seu tono e dirá: ‘Basta! Basta de tanta zombaria, de tanto escarneio, feito ao meu nome’. Os homens da atualidade não respeitam a Deus. Um ateu chamado Friedrich Nietzsche, em seus escritos ateus, disse: ‘Onde está Deus! Eu devo dizer-lhes: nós o matamos – você e eu. Todos somos assassinos... Deus está morto. Deus continua morto. E nós o matamos...’ (Gaia Ciência, pág. 125). Mas cadê Friedrich Nietzsche? Morreu doido. E, até hoje o nome de Deus continua sendo exaltando e glorificado. De Deus não se zomba! Outro ateu chamado Voltaire disse: ‘...dentro de 100 anos, a Bíblia e o Cristianismo serão varridos da existência e passarão à história’. Aonde está esse ateu francês? A Sociedade Bíblica de Genebra usou a casa de Voltaire e sua editora para imprimir e distribuir milhares de Bíblias. Os construtores do Titanic disse: ‘Aqui nem Deus afunda’. E na primeira viagem o Titanic afundou. Os chineses construíram uma mega ponte e disseram: ‘aqui nem Deus destrói’. E no primeiro terremoto a ponte rachou. Não se pode zombar de Deus! Vai chegar o momento em que Ele se levantará do Seu trono, e diz o livro de Provérbios que a Sabedoria vai rir daqueles que riem de Deus, vai zombar daqueles que zombam de Deus. A Sabedoria vai escarnecer daqueles que escarnecem de Deus. Não zombe de Deus! Não brinque com Deus! Não brinque de ser crente, meu irmão! Não desrespeite a palavra de Deus! Porque vai chegar o tempo em que Deus irá julgar essa humanidade. Deus não terá o culpado por inocente. Os zombadores irão tremer diante de Deus como uma mulher em trabalho de parto. Diz o profeta Ezequiel: ‘Eu me engradecerei, diz o Senhor, e me santificarei, e me farei conhecido diante de todas as nações. E, todos saberão que eu sou o Senhor’. Está escrito no Salmo 46: ‘Vinde e contemplai as obras do Senhor, que desolações tem feito na terra. Ele faz cessar as guerras até os confins da terra. Quebra o arco, corta a lança e queima os carros no fogo. Aquietai-vos! E sabeis que eu sou Deus. Serei exaltado entre as nações, serei exaltado sobre a terra. O Senhor dos Exércitos está conosco, o Deus de Jacó é o nosso refúgio’. Diz o profeta Isaías: ‘Assim diz o Senhor: Diante de mim todos os joelhos se dobrará, e por mim toda língua jurará. Porque todo aqueles que se irritarem contra mim serão envergonhados’. Apocalipse capítulo 15: ‘Grandes e maravilhosas são as tuas obras, ó Senhor Deus Todo-poderoso, justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei Santo. Quem não te temerá, ó Senhor? Quem não magnificará o teu 54
nome? Porque só tú és santo. Todas as nações virão a ti, e se prostrarão diante de ti, porque os teus atos de justiça se farão manifestos’. O Salmo 24 diz: ‘Levantai-vos, ó portas, as vossas cabeças, levantai, ó portais eternos, que entrará o Rei da glória. Quem é esse Rei da glória? O Senhor forte e poderoso. Levantai, ó portas, as vossas cabeças, levantai, ó portais eternos, que entrará o Rei da glória. Quem é esse Rei da glória? O Senhor dos Exércitos, esse é o Rei da glória’. Venha o teu Reino, ó Senhor, e seja feita a tua vontade! Filho de Deus ou zombador de Deus! Você decide! Como filho, você será herdeiro de Deus e compartilhará da vida eterna, como zombador, você sofrerá o pior juízo. Toda a ira de Deus será derramada sobre essa pessoa. Mas hoje é dia de salvação.
Mensagem Ministrada Num Culto Público Na Assembleia de Deus da Rua Codó em 21 de Setembro de 2010 Sobre a Fé no Deus Invisível Hebreus 11.27: ‘Pela fé [Moisés] deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível’. Gostaria de extrair desse texto três lições preciosas: primeira, os olhos da fé contempla as coisas invisíveis. A Escritura diz, aqui nesse mesmo capítulo, no versículo um: ‘Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem’. É através dos olhos da nossa fé que contemplamos as coisas de Deus. Ainda que não estejam materializadas diante de nós; ainda que não conseguimos ver; que tudo esteja contrário; ainda que a gente não esteja sentindo nada; ainda que os nossos corações estejam gelados; mas é através da nossa fé que contemplamos coisas invisíveis de Deus. Foi assim com os homens de Deus do passado; eles acreditaram, sem ver nada; confiavam apenas na palavra de Deus. O salmista disse: ‘ainda que um exército inteiro me cercasse, Ele eu confiaria’. Diz o profeta Miquéias: ‘Ainda que eu habite nas trevas, o Senhor será a minha luz’. Diz o profeta Isaías: ‘Quem é o meu servo? Senão aquele que mesmo andando na escuridão, confia em mim’. Não fomos chamados para firmar a nossa esperança e fé nas coisas provisórias e visíveis deste mundo, mas nas coisas eternas, espirituais e celestiais. Diz o apóstolo Paulo: ‘não atentando nós para as coisas que se 55
vê, porque as coisas que se vê são temporais, provisórias, mas, atentamos para as coisas que não veem, porque as coisas que não vê são eternas’. Também, ele disse escrevendo para os irmãos de Roma: ‘pela esperança somos salvos; e a esperança que se vê, não é esperança. Por que como vamos esperar algo que estamos vendo? Mas se esperamos o que não vermos, com paciência esperamos’. Irmãos, a nossa salvação é pela fé. Pode tudo está contrário, mas, nós, seguimos a Cristo e acreditamos em Deus pela nossa fé. Não vermos para crer, mas cremos para ver. Pode a nossa panela está vazia, mas cremos que Deus vai prover o nosso alimento. Pode o mar está fechado diante de nós, mas acreditamos que ele vai se abrir. O profeta Elias foi enviado à uma viúva, uma viúva pobre e sem recursos, mas foi Deus que tinha enviado Elias para essa viúva, e lhe tinha dito: ‘Elias essa viúva vai lhe sustentar’. Quando chegou lá, era uma viúva pobre, o profeta Elias lhe disse: ‘Me dê um copo d’água’. Quando a mulher foi lhe buscar um copo d’água, ele disse: ‘aproveite, também, e faça um bolo para mim’. Então, a mulher parou e disse: ‘água eu posso até dar, mas bolo não! Porque estou ajuntando aqui esses pequenos gravetos para fazer um fogo e preparar um bolo pra mim e outro para meu filho, e depois morreremos, pois não tem mais nada para comermos’. Então, o profeta lhe disse: ‘Assim diz o Senhor: Prepara primeiro um bolo para mim, porque jamais faltará farinha na panela, nem azeite na botija’. E aquela mulher com um pouco de azeite e um pouco de farinha, confiou na palavra de Deus, pelos olhos da fé contemplou a abundância. Fez o que o profeta de Deus lhe ordenou, e jamais, durante todo o tempo que durou a seca naquele país, nunca lhe faltou farinha e azeite. Irmãos, a fé contempla as coisas invisíveis! Podemos está passando por tribulação, aflição e dor, mas acreditamos no Deus da providência, no Deus da cura, no Deus que promete e faz, no Deus que diz e cumpre. Porque contemplamos, pela fé, o invisível. Moisés enfrentou Faraó, rompeu com o Egito, com aquela vida de sucesso que ele poderia ter tido no Egito. Ele rompeu com tudo aquilo que estava vendo para seguir o Deus do invisível. Porque ele sabia que o Deus do invisível era muito mais maior do que qualquer outra coisa que ele pudesse usufruir nesse mundo. Assim, também nós, abondamos as coisas mundanas porque seguimos a Deus pela fé. Essa é a nossa primeira lição que aprendemos nessa noite: contemplamos as coisas invisíveis pelos olhos da nossa fé. E, a segunda coisa é que a fé se agarra no Deus dos impossíveis. A nossa fé está agarrada em Deus; a nossa fé está firme em Deus, como mostra o texto, Moisés teve uma firme fé em Deus. Então, é nesse Deus que nós 56
nos agarramos. Esse Deus dos impossíveis! Esse Deus que não falha, que quando ele promete, ele sustenta. Como Ele disse para o profeta Jeremias: ‘eu velo sobre a minha palavra para cumprir’. Jeremias foi chamado para servir a Deus no meio de uma situação difícil. A nação de Israel estava enfrentando uma crise terrível, tanto politicamente como religiosamente e economicamente. O país estava entregue totalmente a miséria. O profeta Jeremias foi chamado para anunciar uma mensagem de juízo àquela nação. Porque a nação tinha virado às costas para Deus. Então, ele sabia que tinha que enfrentar muitas dificuldades em sua vida, mas ele serviu a Deus porque ele confiava; e se agarrou no Deus do impossível. Durante o seu ministério, Jeremias foi lançado na prisão, depois num calabouço, foi desprezado pelos seus irmãos, foi rejeitado pela sua própria mãe, foi abandonado por seus compatriotas que lhe considerava um traidor. Ele viveu se escondendo; os oficiais queriam destruir a sua vida; o rei Zedequias queria ver o diabo, mas não queria ver Jeremias. O profeta Jeremias era impopular. Mas, ele sobreviveu a todas essas misérias, oposições e perseguições porque acreditava e confiava no Deus do impossível. Certa vez ele disse: ‘Senhor, tu me deste uma missão muito difícil; eu não suporto tanta angústia, e desejaria um aborto. Amaldiçoo o dia do meu nascimento e o homem que trouxe a notícia que nasceu um varão; mas, todas as vezes que estou pensando em desistir do meu ministério, sinto, como que um fogo, ardendo na minha alma e queimando o meu coração e me dizendo que eu não devo desistir’. Quando Nabucodonosor mandou seu comandante destruir a cidade de Jerusalém e arrasar com o templo, antes dele cumprir as ordens do rei da Babilônia, perguntou: ‘Quem é o profeta Jeremias?’. Jeremias estava preso no calabouço, pensando que a sua vida iria acabar ali. Então, procuraram o profeta, e lhe disseram: ‘Esse aqui é o profeta Jeremias’. O comandante lhe disse: ‘Nabucodonosor muito ouviu falar de você, coisas boas ao seu respeito. Ele sabe que tudo quanto aconteceu na sua vida, foi profetizado por você. Então, você é um homem livre. Nabucodonosor vai destruir toda essa cidade, mas você é um homem livre. Se você quiser ir comigo pra Babilônia, lá você será bem sustentando, lá terá uma casa para você morar, lá você vai viver bem. Mas se você não quiser ir pra Babilônia, aqui está toda a terra pra você escolher pra onde você quer ir’. Então, enquanto os inimigos de Jeremias foram escravizados, Zedequias teve seus olhos furados, a cidade foi arrasada e o templo derrubado, Jeremias teve vitória, porque ele confiou em Deus mesmo quando tudo estava perdido. 57
Irmãos, a nossa fé se agarra no Deus do impossível! Pode a terra mudar de lugar, pode o mar invadir a terra, nós continuamos confiando em nosso Deus todo-poderoso. Não tem nada nesse mudo que vai fazer a gente voltar atrás; não tem nada nesse mundo que vai fazer a gente desistir da nossa fé. Porque o Deus, que nós servimos, é o Deus do impossível. A nossa vida está nas mãos dele. Se ele quiser revolver nossos problemas, ele resolve! Se ele não quiser resolver nossos problemas, não tem problema! Nós vamos continuar acreditando nele; vamos continuar seguindo-o com alegria em nosso coração como disse Hananias, Misael e Azarias: ‘Rei Nabucodonosor, tu podes nos lançar na fornalha ardente, a fornalha pode nos pulverizar, mas não iremos negar o Deus que nós servimos. Porque temos a plena certeza em nosso coração que se ele quiser nos livrar, ele nos livra, mas, se ele não quiser nos livrar, a fornalha pode nos consumir, mas não iremos negar o nosso Deus’. Irmãos, isso é ter fé no Deus do impossível! No Deus que pode resolver todas as coisas. Pode fechar boca de leão, pode apagar a força do fogo, pode fazer em retirada um exército inteiro. Ele pode fazer todas as coisas! Então, não temos nada a temer, nada para ficarmos sustados. A nossa terceira e última lição desse texto da palavra de Deus é que aqueles que tem uma firme fé no Deus invisível e do impossível, estão dispostos a obedece-lo em qualquer circunstâncias; aconteça o que acontecer; acima de qualquer coisa, eles estão dispostos a obedecer a Deus. A fé não é apenas algo teórico nem sentimental e tampouco intelectual. A fé tem que leva-nos a atitudes concretas diante de Deus, à obediência restrita a Deus. Abraão ficou conhecido como pai da fé porque ele obedeceu a palavra de Deus. Quando Deus mandou que ele saísse da sua terra, ele obedeceu, mesmo sem sabe para onde deveria ir. Quando Deus mandou ele sacrificar seu próprio filho, sem questionar com Deus, sem reclamar, sem murmurar, ele subiu no monte para sacrificar o filho. Ele estava disposto a entregar aquilo que Deus tinha lhe prometido. Por que? Porque a razão de Abraão não era a lógica humana, mas fé em Deus. O que ele raciocinava? Deus me prometeu esse menino; Deus me disse que a minha bênção e a minha descendência viriam através deste menino, e agora ele estar pedindo para eu sacrifica-lo, e, eu vou sacrificá-lo porque o Deus que prometeu é capaz de ressuscitar essa criança. É por isso que se diz que em esperança Abraão creu contra toda e qualquer esperança de que ele seria pai de uma grande multidão. As Escrituras dizem que ele não enfraqueceu na fé, nem atentou para seu próprio corpo amortecido, e nem tampouco para o amortecimento do ventre de Sara, nem duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas se fortaleceu dando glória a Deus, sabendo que aquele que tinha prometido era poderoso para cumprir. 58
Então, se Deus, meu irmão, lhe mandou fazer alguma coisa, faça sem questionar! Porque ele é o Deus que cumpre as suas promessas. Não precisa a gente temer, temos que obedecer a Deus pela fé. Os discípulos e os apóstolos serviram e obedeceram a Deus pela fé. Paulo disse: ‘nós andamos por fé, e não por vista’. Em Hebreus 12.1 está escrito: ‘olhando para Jesus, autor e consumador da nossa fé’. Aquele que suportou a afronta, aquele que suportou a vergonha da cruz, ele suportou com alegria porque estava acreditando e confiando no Seu Pai que podia lhe livrar daquela situação. Por isso que podemos servir e obedecer a Deus, pois, ele pode nos livrar de qualquer tribulação. Se ele não nos livrar da fornalha, nos livra do fogo; se ele não nos livrar da tempestade, nos livra do naufrágio; se ele não nos livrar da cova, nos livra dos leões. Mas, contudo, ele está conosco! É o nosso capitão! E, nada pode nos deter.
Palestra Ministrada na Assembleia de Deus-Codó[Salém] Em 10 de Outubro de 2010 Sobre a Oração Não é Um Meio de Prosperidade Material, Mas de Dependência de Deus (I)
A oração não tem como objetivo a prosperidade material, mas o crente aprender a depender de Deus, não importa em que circunstâncias e situações, ele é submetido. Ele pode estar na prosperidade, na escassez, na fartura, na fome, na doença e na saúde, tem que aprender a depender de Deus. Essa dependência, ele encontra através da sua vida de oração. Os patriarcas, que fundaram a nação de Israel, foram chamados para peregrinar até que Deus lhes desse a posse da terra prometida. Desde Abraão, passando por Isaque, por Jacó e pelos doze filhos de Israel, peregrinaram por muitos anos na terra de Canaã, que Deus iria dar-lhes como possessão conforme a promessa e como habitação definitiva dos hebreus. Então, os patriarcas, que eram pouco em números, habitavam em tendas e em terras emprestadas. Quando Abraão morreu, a única possessão que tinha na terra de Canaã era um cemitério que ele comprara. Eles não tinha terras, eram nômades; se estabeleciam aqui, acolá; estavam sujeitos a serem esmagados pelas nações hostis que habitavam em Canaã. Eles tinham que aprender a depender de Deus. Quando eles entraram no Egito, onde Deus providenciou para eles alimentos para sustenta-los durante o período de seca que se abateu, não só no Egito, como também em toda aquela região, eles entraram por 59
providência de Deus. Não foi porque eles confiaram no Egito, nem buscaram no Egito dependência, mas foi porque Deus providenciou, mandando de antemão José, para preparar um local para eles. Porém, quando Israel começou a habitar no Egito, esse grande e poderoso império, dominado pelos Faraós, terra da fartura e da prosperidade, onde o ouro era encontrado nas roupas dos Faraós, nas coroas e tiaras que eles usavam e nos palácios que eles erigiam. Israel viu ali, um meio de prosperar. Todavia, Israel fora enviado ao Egito apenas para peregrinar, e passar esse período de seca e fome, sendo sustentados, não pelos Faraós, mas por Deus. Leiamos Gênesis 47.4-6: ‘Disseram mais a Faraó: Viemos para peregrinar nesta terra; porque não há pasto para as ovelhas de teus servos, porquanto a fome é grave na terra de Canaã; agora, pois, rogamos-te que teus servos habitem na terra de Gósen. Então falou Faraó a José, dizendo: Teu pai e teus irmãos vieram a ti; A terra do Egito está diante de ti; no melhor da terra faze habitar teu pai e teus irmãos; habitem na terra de Gósen, e se sabes que entre eles há homens valentes, os porás por maiorais do gado, sobre o que eu tenho’. Êxodo 1.6-9: ‘Faleceu José, e todos os seus irmãos, e toda aquela geração. E os filhos de Israel frutificaram, aumentaram muito, e multiplicaram-se, e foram fortalecidos grandemente; de maneira que a terra se encheu deles. E levantou-se um novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José; O qual disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é muito, e mais poderoso do que nós’. Por causa da prosperidade material de Israel, acomodaram-se no Egito. Eles habitavam na melhor terra do Egito, terra de pastos e fartura. Eles comiam do pão fornecido pela casa de Faraó. Eram sustentados pelo próprio José, que era um dos governantes do Egito. A civilização iniciou-se na Babilônia, onde havia os rios Tigres e Eufrates, mas rapidamente, essa civilização com seu poder imperial, se estabeleceu, também, no Egito, por causa do rio Nilo. Esse rio proporcionava à terra do Egito um solo fértil e abundante para a plantação. E, a cidade do Gosén ficava exatamente próximo ao rio Nilo. Foi nesse local onde Israel prosperou de uma maneira vertiginosa, e multiplicou-se grandemente, a ponto de causar nos Faraós o temor dos israelitas tomarem conta do governo do Egito. Então, os israelitas passaram a confiar em sua prosperidade. Porém, isso levou o povo de Israel esquecer do seu Deus. A nação de Israel ficou tão seduzida pela sua prosperidade que acabou se esquecendo do seu Deus. Toda as terras do Egito foram vendidas para os Faraós. A fome era tão terrível, por um período de sete anos, que os egípcios venderam todas as suas terras, gados, a sua própria vida como escravo, ao Egito, para 60
que eles pudessem ter apenas a provisão do pão fornecido pelos depósitos dos Faraós, mas os israelitas não se desfizeram de suas terras, porque Faraó lhes dera. Eles não precisaram vender suas terras, seus gados nem seus filhos como escravos para o Egito. De modo que enquanto os egípcios desfilhavam, Israel aumentava e se fortificava. Então, isso causou medo aos Faraós. Mas, por causa dessa prosperidade material, Israel esqueceu do Deus de Abraão, Deus de Isaque e Deus de Jacó. Leiamos Êxodo 3.14,15, onde mostra que Israel esqueceu-se do nome do seu Deus: ‘Então disse Moisés a Deus: Eis que quando eu for aos filhos de Israel, e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós; e eles me disserem: Qual é o seu nome? Que lhes direi? E disse Deus a Moisés: Eu Sou o Que Sou. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: Eu Sou me enviou a vós’. Moisés teve essa preocupação porque o tempo que ele conviveu no Egito por 40 anos, sabia que a nação hebreia tinha se esquecido do Deus que seus pais serviam. Não só se esqueceram do seu Deus, como também eles passaram a adorar e a servir os deuses do Egito. Israel atribuiu a prosperidade do Egito a provisão dos deuses egípcios. Todas as nações pagãs como os egípcios, cananeus, filisteus, sírios, babilônios, caldeus, assírios, prestavam culto aos deuses pagãos com a única finalidade de prosperar, de ter proteção e segurança; de poderem sair a guerra e conquistar mais territórios para seus domínios. Então a finalidade dos povos pagão adorar os deuses falsos eram para prosperar. Israel vendo a prosperidade do império egípcio, e sabendo do culto que os egípcios prestavam aquelas divindades pagãs, e como Israel não tinha mais o conhecimento de Deus, atribuíram essa prosperidade dos egípcios a esses deuses pagãos. Desse modo passaram a adorar esses deuses dos egípcios. Leiamos Ezequiel 20.5-10: ‘E dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: No dia em que escolhi a Israel, levantei a minha mão para a descendência da casa de Jacó, e me dei a conhecer a eles na terra do Egito, e levantei a minha mão para eles, dizendo: Eu sou o Senhor vosso Deus; Naquele dia levantei a minha mão para eles, para os tirar da terra do Egito, para uma terra que já tinha previsto para eles, a qual mana leite e mel, e é a glória de todas as terras. Então lhes disse: Cada um lance de si as abominações dos seus olhos, e não vos contamineis com os ídolos do Egito; eu sou o Senhor vosso Deus. Mas rebelaram-se contra mim, e não me quiseram ouvir; ninguém lançava de si as abominações dos seus olhos, nem deixava os ídolos do Egito; então eu disse que derramaria sobre eles o meu furor, para cumprir a minha ira contra eles no meio da terra do Egito. O que fiz, porém, foi por amor do meu nome, para que não fosse profanado diante dos olhos dos gentios, no meio dos quais estavam, a cujos olhos eu me dei a 61
conhecer a eles, para os tirar da terra do Egito. E os tirei da terra do Egito, e os levei ao deserto’. Deus não destruiu os hebreus lá no Egito, porque ele se lembrou do juramento que fez aos patriarcas de que iria conduzi-los a uma terra que mana leite e mel. E, Ezequiel 23.3: ‘Estas se prostituíram no Egito; prostituíram-se na sua mocidade; ali foram apertados os seus seios, e ali foram apalpados os seios da sua virgindade’. Os hebreus praticaram as mesmas aberrações e os mesmos cultos idólatras e abomináveis que os egípcios praticavam no Egito. Para que Deus despertasse o seu povo, ou seja, para que o povo se voltasse para Deus, viesse conhecer, adorar e depender unicamente de Deus, e deixar de adorar os deuses pagãos, o Senhor os conduziu ao deserto. De modo que as pragas que Deus enviou ao Egito foram para desafiar e desmascarar os deuses falsos dos egípcios, assim, Deus quis se mostrar a Israel como o Deus todopoderoso. Antes, porém, de tirá-los do Egito, Deus permitiu Israel ser escravizado no Egito a fim de levar o povo a si voltar para Ele. Veja que Israel estava próspero, adorando os deuses egípcios, e não queriam mais nada na vida. Eles estavam iguais aos judeus cristãos em Jerusalém que estavam servindo a Deus, tinham sido batizados com o Espírito Santo, para eles ali já era a restauração da tenda de Davi que estava caída, já estavam vivendo o período do qual Deus havia prometido a todos profetas de restaurar os judeus. Estavam ali muito bem. Eles não se importavam com os gentios, se conformavam em saber que representavam o povo restaurado de Deus. O que Deus enviou para despertar os cristãos daquela acomodação? A perseguição! O que Deus enviou aos hebreus no Egito para despertá-los daquele situação? A escravidão! De repente, os Faraós mudaram os seus pensamentos em relação ao povo de Israel. Leiamos Salmos 105.23-26: ‘Então Israel entrou no Egito, e Jacó peregrinou na terra de Cão. E aumentou o seu povo em grande maneira, e o fez mais poderoso do que os seus inimigos. Virou o coração deles para que odiassem o seu povo, para que tratassem astutamente aos seus servos. Enviou Moisés, seu servo, e Arão, a quem escolhera’. Israel se tornou mais poderoso do que o Egito, porém Deus mudou o coração dos Faraós, porque a terra prometida não era o Egito. A terra da possessão, a terra que mana leite e mel, não era o Egito. Leiamos Êxodo 1:13,14: ‘E os egípcios faziam servir os filhos de Israel com dureza; Assim que lhes fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro e em tijolos, e com todo o trabalho no campo; com todo o seu serviço, em que os obrigavam com dureza’. 62
Quando Israel entrou na terra do Egito, quem dominava o Egito era um povo semita, vindo da Ásia, chamados de hicsos. Eles penetraram no Egito, destituíram os Faraós e governaram o Egito. Quando José desceu ao Egito, os hicsos já dominava o país. Porém, com tempo os Faraós egípcios recobraram seus poderes. E, desses Faraós, um chamado Amósis (15701546 A.C), foi um dos tais, que conseguiu derrotar os hicsos, retomar o poder e fundar uma nova dinastia egípcia. Depois dele, lhe sucedeu seu filho Amenófis I, também chamado de Amenotepe I (1546-1526 A.C), mas foi durante o império de Tutmés I (1526-1508 A.C) que os hebreus foram subjugados a escravidão. Israel que apenas cuidava de suas ovelhas e gados, começaram a serem chamados para construir cidades para os Faraós, era um serviço pesado, um trabalho escravo, subjugados por oficiais ou capatazes. Os Faraós tomaram essas atitudes para acabar com a boa vida dos hebreus. Essa escravidão, opressão, cativeiro e aflição sobre o povo de Israel, o levou a se voltar para Deus. Leiamos Êxodo 2.23,24: ‘E aconteceu, depois de muitos dias, que morrendo o rei do Egito, os filhos de Israel suspiraram por causa da servidão, e clamaram; e o seu clamor subiu a Deus por causa de sua servidão. E ouviu Deus o seu gemido, e lembrou-se Deus da sua aliança com Abraão, com Isaque, e com Jacó’. Êxodo 3.7-9: ‘E disse o Senhor: Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores. Portanto desci para livrá-lo da mão dos egípcios, e para fazê-lo subir daquela terra, a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel; ao lugar do cananeu, e do heteu, e do amorreu, e do perizeu, e do heveu, e do jebuseu. E agora, eis que o clamor dos filhos de Israel é vindo a mim, e também tenho visto a opressão com que os egípcios os oprimem’. Essa é uma experiência humana. Quando estamos bem, relaxamos a nossa vida espiritual, mas quando estamos no aperto, recorremos para Deus. Foi isso que aconteceu com os hebreus. Quando estavam bem, se esqueceram de Deus, no aperto, na chibata, no chicote, na peia, se voltaram para Deus. A aflição no Egito era tão terrível que as Escrituras a chama de fornalha ou forno de ferro, não forno de barro, mas forno de ferro. Os hebreus cozinhavam tijolos para os egípcios em forno de barro, mas os egípcios estavam cozinhando os hebreus em forno de ferro. Vamos ler alguns textos que falam dessa situação, dessa aflição tão angustiante, tão penosa, que esfolava o couro dos hebreus, por assim dizer. Leiamos Deuteronômio 4.20: ‘Mas o Senhor vos tomou, e vos tirou da fornalha de ferro do Egito, para que lhe sejais por povo hereditário, como neste dia se vê’. 63
1º Reis 8.51: ‘Porque são o teu povo e a tua herança que tiraste da terra do Egito, do meio do forno de ferro’. Jeremias 11.4: ‘Que ordenei a vossos pais no dia em que os tirei da terra do Egito, da fornalha de ferro, dizendo: Dai ouvidos à minha voz, e fazei conforme a tudo quanto vos mando; e vós sereis o meu povo, e eu serei o vosso Deus’. Forno de ferro ou fornalha de ferro servia para purificar os metais como o ouro e a prata, desse modo, Israel estava sendo purificado e provado por Deus para extrair dos hebreus toda a escória e impureza através da perseguição de seus inimigos. Pedro, em sua carta, também, fala da perseguição como se fosse um fogo ardente – ‘Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse’ (1ª Pe 4.12). É esse fogo da perseguição que nos conduz à uma vida de santidade e temor a Deus. Deus sabe muito bem qual é o meio que ele deve usar para nos purificar e nos despertar. Não nos enganemos, meus irmãos! Porque se nos acomodarmos em nossa vida cristã, e arrefecemos em nossa fé, a gente já sabe que o que tem preparado para nós é um fornozinho de ferro queimando como uma brasa. Leiamos 1º Pedro 1.6,7: ‘Em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações, para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo’. A nova Jerusalém é feita de pedras preciosas e ouro, então, para compormos essas pedrinhas preciosas de Jerusalém temos que passar por essa fornalha de fogo, que é a perseguição. Para que Deus transformasse Israel no Seu povo santo e em uma nação sacerdotal deveria passa-la por essa fornalha. Portanto, meus irmãos, nesse Egito, para nós, não haverá só prosperidade! Haverá, também, essa fornalha! Mas o Deus que esteve com Azarias, Misael e Hananias naquela fornalha, também, está conosco, se confiarmos nele. Toda aquela riqueza e prosperidade de Israel acabou do dia pra noite; de próspero tornaram-se escravos; aquela dependência que tinham de Faraó se transformou em uma opressão terrível; mas, se eles se voltassem para Deus, se dessem atenção aos profetas de Deus, Moisés e Arão; se eles ouvissem as palavras daqueles homens, e seguissem com eles ao deserto, Deus iria prover todas as coisas para eles. Leiamos Salmos 81.8-16: ‘Ouve-me, povo meu, e eu te atestarei: Ah, Israel, se me ouvires! Não haverá entre ti deus alheio, nem te prostrarás ante um deus estranho. Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito; abre bem a tua boca, e ta encherei. Mas o meu povo não quis ouvir a minha voz, e Israel não me quis. Portanto eu os entreguei aos desejos dos 64
seus corações, e andaram nos seus próprios conselhos. Oh! se o meu povo me tivesse ouvido! se Israel andasse nos meus caminhos! Em breve abateria os seus inimigos, e viraria a minha mão contra os seus adversários. Os que odeiam ao Senhor ter-se-lhe-iam sujeitado, e o seu tempo seria eterno. E o sustentaria com o trigo mais fino, e o fartaria com o mel saído da rocha’. As bênçãos e a prosperidade de Deus são proporcional a capacidade que temos de abrir a boca. Deus disse a Israel: ‘abre bem a tua boca, e ta encherei’. É por essa proporção ou dedicação a Deus que a benção vem sobre nós. Deus é ilimitado, as provisões de Deus são ilimitadas, mas, nós somos limitados. Por isso que é pela nossa dedicação e a capacidade de servimos a Deus que vem as bênçãos de Deus. Como já diziam nossos pioneiros: ‘Mais oração, mais poder, e menos oração menos poder’. O povo de Israel tiveram que aprender a depender de Deus através da oração. A oração tem muitos significados para o povo de Deus, e um desses significados é que a oração é um ato de inconformação com a situação desse mundo. De modo, que quando as situações começam a nos incomodar, nós oramos. Quando com Israel ia tudo bem, eles não oravam a Deus, mas, quando o cinto foi apertado, eles começaram a orar e servir a Deus. Portanto, a oração, também, é isso a inconformação com a situação reinante desse mundo. Porque é na oração que os santos encontram refúgio. Eles não deveriam procurar refúgio, fortaleça ou escape no Egito ou em qualquer outra nação, mas em Deus. De modo, que o escape da Igreja não em uma política eclesiástica eficiente; o refúgio da Igreja não está na política secular eficiente; não é termos no congresso deputados evangélicos ou até mesmo um presidente evangélico ou um governador evangélico. A nossa segurança é ter Deus como nosso Rei e Senhor. Diz a Escritura que ‘feliz é a nação cujo Deus é o Senhor’. A nossa nação pode está entregue aos anticristos, aos ateus ou a quem for, temos que confiar em Deus. ‘Irmãos, nós temos que mandar representantes para o congresso a fim de que eles votem contra a lei da homofobia, a lei do aborto e a lei da liberação da maconha’. Nada disso! Não temos que no preocupar com isso! Porque se for vir a perseguição contra nós, não tem Lula, não tem Dilma ou quem for, que possa impedir. Se a Igreja estiver acomodada: ‘temos poder religioso, temos poder político, temos poder econômico, temos grandes catedrais, vamos agora, dominar esse país’. Se estivermos acomodados com essas coisas e continuarmos buscando a prosperidade nesse mundo, que já está fadado a destruição, a igreja, também, irá ser destruída com ele. A libertação de Israel foi fruto das suas orações a Deus! Veja bem, para Deus sustentar o seu povo no Egito, usou governadores, mas, para libertar Israel do Egito, ele operou com sua mão forte e com seu braço estendido. Leiamos Deuteronômio 26.6-8: ‘Mas os egípcios nos 65
maltrataram e nos afligiram, e sobre nós impuseram uma dura servidão. Então clamamos ao Senhor Deus de nossos pais; e o Senhor ouviu a nossa voz, e atentou para a nossa miséria, e para o nosso trabalho, e para a nossa opressão. E o Senhor nos tirou do Egito com mão forte, e com braço estendido, e com grande espanto, e com sinais, e com milagres’. Israel teve que aprender a andar no caminho estreito da oração. Deus sabia que eles estavam oprimidos, mas, tinham que alçar as suas vozes a Deus; tinham que reconhecer que Deus era o único que poderia tirá-los daquela situação. A situação era tão terrível e cruel que as Escrituras comparam o Egito como um monstro, um monstro terrível que mantinha Israel preso nas suas garras. No Salmo 89.10: ‘Tu quebraste a Raabe como se fora ferida de morte; espalhaste os teus inimigos com o teu braço forte’. ‘Raabe’ foi o nome que os hebreus deram ao Egito, porque Raabe era um monstro mitológico que vivia nas águas e mares que mantinha preso os marinheiros. Sabemos que o Egito é banhado pelo mar mediterrâneo, e também pelo rio Nilo, então, para os hebreus havia ali um monstro terrível que os mantinha preso em suas garras. Deus, porém, quebrou as garras do monstro e libertou o seu povo. Leiamos Isaías 51.9-11: ‘Desperta, desperta, veste-te de força, ó braço do Senhor; desperta como nos dias passados, como nas gerações antigas. Não és tu aquele que cortou em pedaços a Raabe, o que feriu ao dragão? Não és tu aquele que secou o mar, as águas do grande abismo? O que fez o caminho no fundo do mar, para que passassem os remidos? Assim voltarão os resgatados do Senhor, e virão a Sião com júbilo, e perpétua alegria haverá sobre as suas cabeças; gozo e alegria alcançarão, a tristeza e o gemido fugirão’. O texto fala de Raabe e o Dragão. A Raabe é o Egito. E o Dragão? Satanás. Os nossos inimigos são retratados, simbolicamente, como grandes animais terríveis. Quem estava por trás dos Faraós era esse dragão chamado de Satanás, a antiga serpente. No Apocalipse, os inimigos da Igreja aparecem como animais terríveis e cruéis, e um dragão por trás deles, manipulando-os. Daniel, também, fala desses diversos animais, no capítulo 7, os impérios mundiais são representados por figuras de animais. Portanto, esses animais representam os impérios que perseguem o povo de Deus. É interessante que quem tem que enfrentar esses animais terríveis e cruéis é um Cordeiro, mas, esse Cordeiro, também, é um Leão. Foi através das orações de Israel que Deus destruiu o monstro Raabe, assim também, para Deus destruir os inimigos da Igreja, ele fará em respostas as orações dos santos. As orações são uma das armas para combater as nações, inimigas do Cordeiro, que como monstros terríveis querem nos manter presos em suas garras e nos devorar. Leiamos Apocalipse 8.3-6: ‘E veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr 66
com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono. E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de Deus. E o anjo tomou o incensário, e o encheu do fogo do altar, e o lançou sobre a terra; e houve depois vozes, e trovões, e relâmpagos e terremotos. E os sete anjos, que tinham as sete trombetas, prepararam-se para tocá-las’. Aquela oração do capítulo 6: ‘Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?’ (Ap 6.10). Ao longo da usa história a Igreja tem sofrido perseguições terríveis, e não apenas em épocas passadas, mas ainda hoje, nessa exato momento, enquanto estamos aqui em sombra e água fresca, cristãos ao redor do mundo estão sofrendo coisas terríveis e cruéis nos países mulçumanos e comunistas, nos países como Egito, Sudão, Indonésia, Afeganistão. Portanto, temos que unir as nossas vozes a esses santos e dizer: ‘Até quando Senhor?’. Pois é através das orações que Deus vai acudir o seu povo. A prosperidade da Igreja tem que depender de Deus através da oração. Não temos que depender das nações, porque as nações são vistas, nas Escrituras, como monstros querendo nos destruir, e se em alguns países não há perseguição, a tática do inimigo é outra, ele pretende nos acalentar, fazendo-os mamar nas tetas dos governos. Do Egito, Israel foi conduzido ao deserto, e ali os hebreus tiveram que aprender a dependerem unicamente de Deus. Leiamos Deuteronômio 8.2-5: ‘E te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o Senhor teu Deus te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, e te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos, ou não. E te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram; para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor viverá o homem. Nunca se envelheceu a tua roupa sobre ti, nem se inchou o teu pé nestes quarenta anos. Sabes, pois, no teu coração que, como um homem castiga a seu filho, assim te castiga o Senhor teu Deus’. Salmos 105.40,41: ‘Oraram, e ele fez vir codornizes, e os fartou de pão do céu. Abriu a penha, e dela correram águas; correram pelos lugares secos, como um rio’. Era uma multidão de pessoas caminhando no deserto, Moisés chamou-o de deserto terrível, de dia era um sol causticante que derretia a pele, e de noite um frio tão intenso que petrificava o corpo. Portanto, Israel tinha que depender de Deus. Porém, quando Moisés subiu ao monte Sinai para receber as leis religiosas e civis para formar a nação, com apenas 40 dias, o povo desfaleceu o coração. Eles diziam: ‘Vixi! O que aconteceu com esse Moisés?’; ‘Rapaz! Ele puxou o beco’; ‘Ele viu que o negócio tava ruim pra 67
ele, saiu fora, e nós agora vamos ficar aqui! Se voltarmos para o Egito, Faraó vai nos esmagar. Se ficarmos aqui, o que será de nós? Aqui não tem comida, não tem água, não tem nada. O que vamos fazer? Vamos invocar os deuses que dava prosperidade aos egípcios’. Então, fundiram o bezerro de ouro no pé do monte Sinai e o cultuaram com festividades pagãs, e disseram: ‘Ó Israel, esses são os teus deuses que tiraram da terra do Egito’. Quanto ingratidão! Atribuir a prosperidade de Deus aos outros deuses. Esse culto ao bezerro era uma prática comum no Egito, como culto ao touro Ápis, símbolo de força da natureza e fertilidade, era adorado como aquele que provia fartura ao Egito. Mas não apenas isso, os hebreus tiveram saudades da comida do Egito, até mesmo a cebola e o alho se tornaram apetitosos para eles. No Egito comiam carnes apressados debaixo de muito sufoco, agora, estavam com saudades. Desprezaram o maná celestial e tentaram a Deus. Por 40 anos, Deus suportou essa nação, mas lhes ensinou, através da disciplina, o caminho da dependência à Deus.
Palestra Ministrada na Assembleia de Deus-Codó[Salém] Em 24 de Outubro de 2010 Sobre a Oração Não é Um Meio de Prosperidade Material, Mas de Dependência de Deus (II) Mateus 16.15-19: ‘Disse-lhes Jesus: E vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus’. A Igreja não é um povo estranho, é o povo escolhido de Deus. Nesse texto, em poucas palavras, está registrado o fundamento da Igreja, não é em Pedro e em nenhum dos apóstolos, mas na confissão de Pedro quando disse: ‘Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo’. É em cima dessa rocha, pedra, que a Igreja foi edificada. Ela não foi edificada pelos homens, mas pelo próprio Cristo quando disse: ‘sobre esta pedra, [eu] edificarei a minha igreja’. A Igreja, também, não é uma propriedade dos homens, mas de Cristo, ele disse: ‘minha’. Ela está investida de uma autoridade de Deus, de poder ligar e desligar as coisas nos céus e na terra, porque ela é uma representante de Cristo. 68
Iremos ver alguns textos da palavra de Deus que monstra que a Igreja foi escolhida antes da fundação do mundo. Efésios 1.4: ‘Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor’. O apóstolo Paulo escrevendo uma carta a igreja de Éfeso, ele diz que fomos escolhidos em Cristo ‘antes da fundação do mundo’. Antes de haver Adão e Eva, antes de haver Abraão e Israel, antes de existir qualquer outra coisa, Deus escolheu um povo para lhe servir durante todas as eras da humanidade e da eternidade futura. Esse povo não é apenas formado por Israel, mas também por Gentios. Esse povo é a Igreja. Deus não escolheu a Igreja quando Israel rejeitou a Cristo; ele não decidiu fundar uma Igreja quando Israel rejeitou a Cristo. Deus escolheu a Igreja antes de escolher Israel. Deus escolheu Israel para cumprir seu propósito em relação a Igreja. Portanto, Deus escolheu Sua Igreja na eternidade, e para iniciar seu propósito para com o povo santo que deveria lhe servir, ele começa chamando Abraão. Leiamos Gênesis 12.1-4: ‘Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra. Assim partiu Abrão como o Senhor lhe tinha dito, e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de setenta e cinco anos quando saiu de Harã’. E Atos 3.25,26: ‘Vós sois os filhos dos profetas e da aliança que Deus fez com nossos pais, dizendo a Abraão: Na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra. Ressuscitando Deus a seu Filho Jesus, primeiro o enviou a vós, para que nisso vos abençoasse, no apartar, a cada um de vós, das vossas maldades’. Deus promete a Abraão uma terra, um povo e um descendente. E que através desse povo e desse descendente, Deus iria abençoar todas as nações da terra. E a cidade que Deus escolheu para habitação de Abraão, tornar-se-ia a capital que governaria todo globo terrestre. Essas promessas de Deus dada a Abraão serão cumpridas literalmente em Jesus Cristo. Porque Jesus Cristo é o descendente de Abraão e dos demais patriarcas, e que através de Cristo, Deus abençoaria não apenas a nação de Israel, como também, as demais nações. Então, o Messias, que é o descendente de Abraão e o Cristo de Israel, foi constituindo como Cabeça e Rocha da Igreja. Portanto o Rei de Israel é o mesmo Senhor da Igreja. Os apóstolos inicialmente não entenderam o propósito de Deus, assim, como a própria nação de Israel não entendia o seu propósito como até hoje algumas pessoas não entendem os propósitos de Deus. O propósito de Deus é derrubar toda barreira entre as nações, e desmanchar tudo aquilo que 69
causa divisão entre os povos, e formar um único povo que o adore em espírito e em verdade. Esse povo deveria ser constituído de judeus e gentios. Nunca passou na cabeça de Deus que houvesse dois povos, um apenas formado de judeus e outro apenas formado de gentios separados por leis, costumes e tradições de homens. O propósito de Deus na eternidade e que vem cumprindo paulatinamente na história começando por Abraão, passando por toda a história de Israel chegando em Cristo e indo para a Igreja é que Deus deveria ter apenas um único povo. Para que os apóstolos pudessem entender e compreender isso, pois até então, eles pensavam que a Igreja era apenas Israel, e se algum gentio quisesse fazer parte da Igreja, deveria, primeiramente, tornar-se judeu para depois se tornar cristão. Eles não entendiam que os gentios podiam ingressar na Igreja sem passar pelo judaísmo. Por isso para que os apóstolos pudessem entender e compreender isso, foi revelado a Paulo o entendimento dessas coisas. Leiamos Efésios 3.1-6: ‘Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus Cristo por vós, os gentios; Se é que tendes ouvido a dispensação da graça de Deus, que para convosco me foi dada; Como me foi este mistério manifestado pela revelação, como antes um pouco vos escrevi; Por isso, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo, o qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas; A saber, que os gentios são co-herdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho’. A herança que Deus deu a Abraão e todas as promessas que lhe fez no que diz respeito ele ser herdeiro e governante do mundo são herdadas por Cristo como descendente de Abraão e primogênito de Israel, e toda aquele que crer nele, sem distinção, seja brasileiro, americano, alemão, judeus, se crer nele, também é um participante das promessas. De modo que todo aquele que crer em Cristo é enxertado no povo escolhido de Deus. Para concluir essa introdução, iremos ler um texto que mostra que o Messias deveria construir um templo. Leiamos Zacarias 6.12,13: ‘E fala-lhe, dizendo: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eis aqui o homem cujo nome é Renovo; ele brotará do seu lugar, e edificará o templo do Senhor. Ele mesmo edificará o templo do Senhor, e ele levará a glória; assentar-se-á no seu trono e dominará, e será sacerdote no seu trono, e conselho de paz haverá entre ambos os ofícios’. A nação de Israel era dividida entre poder político e poder religioso, ou seja, os reis que governavam no trono em Jerusalém e os sacerdotes que ministravam no templo sagrado. Os sacerdotes não poderiam exercer as funções de rei, e nem os reis deveriam exercer as funções dos sacerdotes. Teve um rei chamado de Urias que tentou exercer funções sacerdotais 70
quando entrou no templo para queimar incenso coisa permitida apenas aos sacerdotes, imediatamente Deus o amaldiçoou com lepra. Porém, com a vinda do Messias, o texto de Zacarias diz, que Deus iria unir esses dois poderes, o reinado e o sacerdócio. Ele deveria ser em seu trono rei e sacerdote. Quando ele se tornou Rei e Sacerdote em sua ascensão, ele eliminou os descendentes reais de Davi e a linhagem dos sacerdotes de Arão, de modo que hoje, não há mais reis que governem em Israel e nem sacerdotes que ofereçam sacrifícios no templo, e ainda que houvesse, Deus não receberia mais. Cristo é Rei e Sacerdote, e que deveria construir um templo. Quando Cristo esteve na terra, qual foi o templo que ele construiu? Mateus 16.18: ‘sobre essa pedra edificarei [construirei] a minha igreja’. Então, esse templo, que o Messias, iria construir, não é o templo material, mas o templo espiritual, composto por crentes judeus e gentios. O livro de Zacarias, também, diz que ele iria construir esse templo em Sião, por isso que o Messias é a Rocha [Pedra] de Sião. Quando ele disse aos seus apóstolos: ‘... ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder’ (Lc 24:49), onde iria iniciar a Igreja, ali era Sião. A cidade de Jerusalém ficava dentro dos termos de Sião. Então, o templo que o Messias iria construir é esse templo espiritual, não aquele templo judaico, em que eles se gloriavam-se da sua opulência, mas o que Jesus disse acerca desse templo: ‘...não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada’ (Mt 24:2). Porque para erigir um novo templo, o velho templo tinha que ser destruído. Então, o templo judaico foi derrubado, e o novo templo de Cristo foi erguido. A igreja deveria esperar a ‘promessa do Pai’ em oração. Qual é essa promessa do Pai? O derramamento do Espírito. A onde se encontra essa promessa no Antigo Testamento? Em Joel, Isaías, Jeremias, Provérbios, etc. Leiamos um comentário do Dr. Eliezer de Lira e Silva: ‘Antes de ascender aos céus, Jesus reuniu-se com os seus discípulos no monte das Oliveiras. Jesus deu as últimas orientações e ordenou-lhes que “não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (At 1.4,12-14; 2.1-3). Deus também tem um trabalho glorioso para realizarmos, porém, não podemos fazer a obra dEle de qualquer maneira; precisamos do poder do Espírito Santo. Necessitamos do revestimento de poder do alto (Lc 24.49)’ - (4ª lição, do 4° Trim/2010). A Igreja é uma instituição divina, não é uma organização, simplesmente, humana, é uma organização divina estabelecida pelo próprio Deus. Então, se a Igreja é uma instituição e uma organização divina, ela 71
deveria operar pelo poder divino, e não pelo poder humano. Seus membros não deveriam servir apenas pela capacidade humana, mas pela capacidade do Espírito Santo. Por causa disso, eles deveriam esperar esse revestimento vindo do alto para que pudessem estar aptos, idôneos e capazes para efetuarem e realizarem a obra que foi posta sobre a responsabilidade da igreja de Cristo. Lemos nos primeiros versículos do livro de Atos ‘acerca de tudo que Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar’, porém ele não concluiu, porque quem deveria concluir e completar a sua missão era o Seu povo. Esse povo deveria ser guiado pelo Espírito. Então, os discípulos quando ouviram isso - ‘... ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder’ (Lc 24:49) – se dirigiram ao cenáculo. Eles não foram ao templo judaico; eles não se reuniram no templo judaico, o cenáculo não era no templo, talvez, fosse na casa de alguma pessoa em Jerusalém. O cenáculo era uma parte superior da casa, foi ali que eles se reuniram em oração para esperarem de Deus esse poder para os capacitar para sua missão. Supõem que era na casa de Maria, mãe de João Marcos ou no local onde Jesus celebrou a ceia com seus apóstolos e lhes falou da vinda do Espírito Santo. Segundo o Dr. Eliezer de Lira e Silva, essa ‘foi a primeira reunião de oração. Após a ascensão de Jesus, os discípulos se reuniram no cenáculo em oração (At 1.13,14). Podemos dizer que esta foi a primeira reunião de oração da igreja. Os discípulos aguardaram, em oração, a promessa de Jesus até que do alto todos foram revestidos de poder; ninguém foi excluído. Aprendemos com isso que as bênçãos de Deus, assim como a oração, são para todos. O resultado deste derramamento do Espírito Santo, que era aguardado com oração, foi a conversão de várias pessoas, a multiplicação dos milagres, a unidade da igreja e a comunhão entre os irmãos (At 2.40-43)’ - (4ª lição, do 4° Trim/2010). Já me perguntaram se esse ‘poder do alto’ é o batismo com o Espírito Santo?’. No Dia de Pentecostes aconteceram, basicamente, três coisas: a vinda do Espírito Santo para a Igreja, o revestimento de poder e o batismo com Espírito Santo com evidência do falar em línguas. De modo que o batismo com Espírito Santo é diferente do revestimento do poder do Espírito Santo. Porque o batismo com Espírito Santo é uma experiência única em cada cristão, enquanto que o revestimento de poder é uma busca constante. Quem capacita o crente a fazer a obra de Deus não é o batismo com Espírito Santo, mas a virtude [poder] do Espírito que vem sobre os crentes. Até alguns tempos, a igreja pensava que essa virtude vinha apenas sobre aqueles que eram batizados com Espírito Santo, mas não, essa virtude vem sobre todo aquele que busca. Vamos ver a diferença entre o poder [ou enchimento] do Espírito e o batismo com Espírito Santo comparando Atos 2.4: ‘E todos foram cheios do 72
Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem’ com Atos 4.31: ‘E, tendo orado, moveuse o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus’. O batismo com Espírito Santo é uma experiência dada a todos os crentes tendo como sinal o falar em línguas, mas o enchimento do Espírito Santo é um poder dado ao crente em várias manifestações. Então, veja que no primeiro texto [At 2.4] todos foram cheios do Espírito Santo e falaram em línguas, quer dizer, receberam o enchimento de poder do Espírito e em seguida o batismo com Espírito Santo evidenciado nas línguas, mas em Atos 4.31, foram novamente cheios do poder do Espírito Santo, mas não foram batizados novamente com Espírito Santo, pois, já tinham sido, mas receberam poder para anunciar ‘com ousadia a palavra de Deus’. Essa autoridade de anunciar a palavra de Deus com ousadia vem sobre o crente que está cheio do poder do Espírito, independentemente, que ele seja batizado com Espírito Santo ou não. Mesmo o crente que é batizado com Espírito Santo e fala em línguas tem que continuar buscando esse enchimento do poder para ter ousadia e intrepidez para anunciar a palavra de Deus, e também, a pessoa que não é batizada com Espírito Santo tem acesso a esse poder. O Senhor Jesus disse: ‘Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra’ (At 1.8). Todo crente que recebe essa virtude [poder] do Espírito se torna uma testemunha de Jesus Cristo. Portanto, se você não é batizado com Espírito Santo e não fala em línguas, isso não vai lhe impedir de ser uma testemunha ousada e intrépida do Senhor porque o poder está acessível a todos. No Dia de Pentecostes aconteceu a inauguração da Igreja, não fomos apenas batizados com Espírito Santo naquele dia, mas fomos, também, batizados no Corpo de Cristo, e iniciou-se o novo templo espiritual de Deus. Quando Moisés ergueu e inaugurou o tabernáculo veio a shekiná de Deus e encheu o tabernáculo da glória de Deus, de modo, que o próprio Moisés não conseguia entrar no tabernáculo (Êx 40.33-35), do mesmo modo, quando Salomão inaugurou o templo que tinha construído desceu fogo de Deus e a glória do Senhor encheu o templo de modo que os sacerdotes não conseguiam ministrar (2ª Cr 5.13,14). Assim, também, a glória de Deus se manifestou no dia de pentecoste para inaugurar a igreja que estava surgindo. Note que eles não estavam reunidos no templo judaico, mas em uma casa comum. A glória de Deus deveria vir para o templo, a onde os judeus estavam reunidos celebrando a festa de pentecostes, mas não foi para lá, foi para onde estava reunido os discípulos em oração. O que Deus estava dizendo com isso? Que ele estava 73
rejeitando aquele templo, e erigindo um novo templo e constituindo um novo povo que deveria agora representar a Deus e a Cristo. Aqueles judeus, que estavam celebrando a cerimônia de pentecostes, de modo bem ritualístico e formal, ficaram espantados quando ouviram o barulho de ‘glória a Deus’ e ‘aleluia’ de pessoas magnificando a Deus, e então, correram para lá, para ver o que estava acontecendo, e viram que era a manifestação de Deus sobre aqueles outros judeus. Quando Ageu disse: ‘a glória desta última casa será maior do que a da primeira’ e que pra lá iria correr ‘as riquezas das nações’, ele estava profetizando o dia de pentecostes (Ag 2.7-9). Porque no Dia de Pentecostes estava reunido os judeus de várias partes do mundo, eles se constituíam as riquezas das nações, e aqueles judeus quando ouviram o barulho da glória de Deus enchendo o segundo templo, que é a Igreja, correram para lá, para ver que negócio era esse. E, foi exatamente esses judeus que vieram e se converteram mais de três mil, agregando-se aos discípulos de Cristo, que era um punhado de 120 pessoas. Então, aqueles 120 discípulos, que poderiam ser esmagados pelo poder dos sacerdotes e saduceus e pelo poder de Roma, em pouco tempo, se constituíram em uma grande multidão de mais de 3 mil pessoas. Porque Deus disse que iria enriquecer Seu povo. Esses 120 discípulos estavam na dependência de Deus! Eles iriam iniciar uma missão difícil para eles; eles iriam anunciar a ressurreição de um homem que a nação de Israel dizia que ele estava morto, então, eles deveriam ter poder e ousadia em suas vidas para comprovar que Cristo estava vivo e presente entre eles. Leiamos alguns textos bíblicos que irá mostrar o crescimento e a expansão da Igreja. A Igreja expandiu-se rapidamente, mas ‘não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos’ (Zc 4.6). Essas palavras foram ditas a Zorobabel, quando ele estava incumbido de construir o templo de Deus. Deus disse pra ele: ‘Zorobabel, o templo deverá ser construindo não por violência nem por força. O templo será construindo pelo meu Espírito’. Então, aqui no livro de Atos, o Espírito começa a construir o templo de Deus. Leiamos Atos 2.41: ‘De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas’. E, Atos 4.4: ‘Muitos, porém, dos que ouviram a palavra creram, e chegou o número desses homens a quase cinco mil’. A força poderosa por trás da Igreja era divina! De modo, que o estado dos discípulos, antes do revestimento do poder do Espírito Santo, era, comparada a visão de Ezequiel no capítulo 38, um exército morto, cujos ossos estavam sequíssimos, mas, quando o Espírito veio sobre aqueles ossos secos, a Bíblia diz, que de repente surgiu um enorme exército de homens de 74
pé. Essa visão se cumpriu na Igreja primitiva! Pois, a Igreja estava seca, mas quando o Espírito veio sobre a Igreja, aos 120 discípulos, agregaram-se 3 mil, e depois 5 mil pessoas vivas, salvas e cheias do Espírito Santo. Em Atos 21.20, Tiago irá dizer que agora são milhões de judeus salvos. Então, um grande exército se formou para servir a Deus. Com o crescimento e a expansão do povo de Deus, o poder constituído ficou amedrontado; os saduceus, os fariseus e os escribas ficaram amedrontados com o crescimento da Igreja. E, começaram sentir inveja da obra dos apóstolos. Leiamos At 4.1-3,18-21: ‘E, estando eles falando ao povo, sobrevieram os sacerdotes, e o capitão do templo, e os saduceus, doendo-se muito de que ensinassem o povo, e anunciassem em Jesus a ressurreição dentre os mortos. E lançaram mão deles, e os encerraram na prisão até ao dia seguinte, pois já era tarde. E, chamando-os, disseram-lhes que absolutamente não falassem, nem ensinassem, no nome de Jesus. Respondendo, porém, Pedro e João, lhes disseram: Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus; porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido. Mas eles ainda os ameaçaram mais e, não achando motivo para os castigar, deixaram-nos ir, por causa do povo; porque todos glorificavam a Deus pelo que acontecera’. O poder religioso dos judeus tentou amordaçar a boca dos apóstolos, tentou restringir a obra deles, tentaram paralisar e amedrontar aqueles homens – ‘vocês não ensinem nem preguem em nome de Jesus, senão vocês serão açoitados, presos e castigados’ – mas os apóstolos não se deixaram abater e esfriar por essas ameaças, porque a fonte do poder deles estava em Deus; a dependência deles estava em Deus; eles não dependeram de nenhum poder humano. Eles não recorreram a Roma – ‘Vamos ajuntar aqui os apóstolos Pedro e João, vamos fazer uma comitiva, e vamos ao imperador e pedir para resolver nossos problemas’. Não! Eles não fizeram isso! – ‘Vamos enviar um delegado para nos representar!’ – ‘Vamos escolher uns cabras bons e vamos elege-los a deputados e vereadores, para eles impedir essa perseguição, porque senão vão acabar com a gente. Pois, nós começamos agora, e esse povo aí, que tem a assinatura de Roma, vai nos esmiuçar’. Não! Eles não fizeram isso! O que foi que eles fizeram? E, é o que a Igreja atual deve fazer. Leiamos Atos 4.23-31: ‘E, soltos eles, foram para os seus, e contaram tudo o que lhes disseram os principais dos sacerdotes e os anciãos. E, ouvindo eles isto, unânimes levantaram a voz a Deus, e disseram: Senhor, tu és o Deus que fizeste o céu, e a terra, e o mar e tudo o que neles há; Que disseste pela boca de Davi, teu servo: Por que bramaram os gentios, e os povos pensaram coisas vãs? Levantaram-se os reis da terra, E os príncipes se ajuntaram à uma, Contra o Senhor e contra o seu Ungido. Porque verdadeiramente contra o teu santo Filho Jesus, que tu ungiste, se 75
ajuntaram, não só Herodes, mas Pôncio Pilatos, com os gentios e os povos de Israel; Para fazerem tudo o que a tua mão e o teu conselho tinham anteriormente determinado que se havia de fazer. Agora, pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças, e concede aos teus servos que falem com toda a ousadia a tua palavra; Enquanto estendes a tua mão para curar, e para que se façam sinais e prodígios pelo nome de teu santo Filho Jesus. E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus’. Os apóstolos foram buscar a força, o escape e a dependência em Deus através da oração! Os apóstolos estavam cercados de todos os lados, estavam em um beco sem saída; eram as autoridades, as nações e até a própria nação de Israel, que deveria crer em Cristo, estavam contra os apóstolos, mas eles disseram: ‘Não iremos desistir! Não vamos calar a nossa boca’. E, foram buscar em oração essa força poderosa. Irmãos, em nosso país, estamos vivendo uma situação, que para alguns líderes religiosos é uma situação alarmante, parece que vai acabar o mundo, parece que estamos debaixo de uma perseguição tão atroz e cruel que estamos quase sem esperança de sobreviver. De modo que nossos pastores estão se reunindo com padres para poderem unir a voz e combater o que vem por lá ir. Porém, a Igreja não precisa recorrer ao ecumenismo para fortalecer a sua força. A nossa força está em Deus. Os apóstolos sabiam disso, e eles não desistiram, todavia, a perseguição piorou. Em Atos capítulo 5, os apóstolos foram levados ao tribunal judaico – ‘o que vamos fazer com esses homens? Eles não param de falar! Temos que acabar com essa obra’. Então, interrogaram os apóstolos, e eles responderam: ‘Mais importa obedecer a Deus do que aos homens’. ‘E, ouvindo eles isto, se enfureciam, e deliberaram matá-los’ Então, um rabino chamado Gamaliel disse: ‘Dai de mão a estes homens, e deixai-os, porque, se este conselho ou esta obra é de homens, se desfará, mas, se é de Deus, não podereis desfazê-la; para que não aconteça serdes também achados combatendo contra Deus. E concordaram com ele. E, chamando os apóstolos, e tendo-os açoitado, mandaram que não falassem no nome de Jesus, e os deixaram ir’. Diz o texto que os apóstolos ficaram alegres por terem sido dignos de sofrer pelo nome de Jesus. Por exemplo, muito embora os homossexuais precisam ser respeitados, mas se a lei da homofobia for aprovada, será proibido pregar contra as práticas homossexuais. Porém, essas práticas são pecados, e a Igreja não pode deixar de denuncia-las. Nós temos que depender de Deus. A nossa confiança não está em nenhum político evangélico. Os nossos deputados evangélicos podem derrubar essa lei umas 500 vezes, para nós não há problema nenhum, a nossa confiança tem que está em Deus. A Igreja não pode cessar e nem parar a sua obra, pois estamos na dependência de Deus. Se o Senhor quiser que a igreja seja perseguida aqui 76
no Brasil, a igreja será perseguida. E, não vai ter governantes que impeça a perseguição contra a igreja. A perseguição produz efeitos benéficos na igreja. Pode a lei liberar o casamento de gays, mas, a Igreja de Cristo não irá celebrar cerimônia de casamento de gays. E, se mandar fechar, feche! Mas nós não celebraremos! Vão prender? Prendam! Mas nós não celebraremos! Leiamos Apocalipse 6.11: ‘E foram dadas a cada um compridas vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos como eles foram’. Até que completasse o quê? O número de mártires da Igreja. Se há crentes brasileiros que farão parte desse número, então irmãos, não tem pra onde correr. O número tem que ser completado. Deus disse pra Jeremias: ‘Jeremias não se preocupe, porque o que for para espada, irá para espada, o que for para fome, vai para fome, o que for para cova, vai para cova e o que for pro cativeiro, irá pro cativeiro’. Se há crentes que irão morrer porque pregam contra a homossexualidade, então, vão morrer. Os nossos queridos pastores podem fazer manifestações e reuniões para derrubar as leis homofóbicas no congresso, mas, se eles forem escolhidos para morrerem como mártires pregando essas verdades, eles irão morrer. Não se engane! Jesus Cristo pode até vir antes da grande tribulação, conforme ensinado pela Assembleia de Deus, mas, a grande tribulação não é a perseguição contra a Igreja. Perseguição, a Igreja vem sofrendo desde o começo. A grande tribulação são as pragas e juízos de Deus sobre a terra. Mas, quanto a perseguição, quem está determinado sofrer perseguição, irá sofrer. Infelizmente, os crentes brasileiros querem apenas sombra e água fresca. Retomando a nossa história no livro de Atos, quero dizer que a perseguição piorou, a ponto deles mandar prender Pedro e executar Tiago. A igreja foi expulsa de Jerusalém, mas os irmãos não deixaram que isso esfriasse a fé deles. Leiamos Atos 8.3-5: ‘E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão. Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte, anunciando a palavra. E, descendo Filipe à cidade de Samaria lhes pregava a Cristo’. E, Atos 11.19-22: ‘E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra, senão somente aos judeus. E havia entre eles alguns homens cíprios e cirenenses, os quais entrando em Antioquia falaram aos gregos, anunciando o Senhor Jesus. E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor. E chegou a fama destas coisas aos ouvidos da igreja que estava em Jerusalém; e enviaram Barnabé a Antioquia’. 77
Vermos nesses textos que houve benefícios quando Deus permitiu que a sua igreja fosse perseguida. Deus não é um Deus carrasco, mas, ele sabe que por trás da perseguição e oposição há benefícios para a própria igreja. Os discípulos estavam acomodados em Jerusalém, mas, a perseguição os despertou para romperem as barreiras raciais e alcançarem outras nações para Cristo cumprindo a missão que receberam. De modo semelhante, se a igreja no Brasil estiver acomodada, haverá um despertamento de Deus. E, o despertamento de Deus, também, acontece por meio da perseguição. Veja só um crente acomodado, passo o mês todinho sem vir a congregação, é só trabalho, fadiga, cansaço, mas quando vem o aperto, ele correr para igreja. E, Deus sabe disso. Então, vem a perseguição, a tribulação contra o povo de Deus para nos despertar e avivar a nossa fé. Mas, no meio da perseguição, a igreja orava. Quando Pedro estava preso, a igreja não ficou se lamentando, mas orava, e Deus libertou Pedro. Com certeza a igreja orava por Saulo. Eles não deliberaram: ‘Vamos falar com João, pois ele conhece o sacerdote, e irá pedi-lo para Saulo deixar de nos perseguir’. Não fizeram nada disso. Eles oraram por seus perseguidores. Jesus disse: ‘Orai pelos que vos perseguem’. Eles oraram, e Saulo, na sua fúria, na sua ira e sede de sangue para acabar com os cristãos, se encontrou com Cristo – ‘Saulo, Saulo, por que me persegues?’. Deus não disse: ‘Por que persegues a Igreja?’. Mas, ‘por que me persegues?’. – ‘Dura coisa é para ti recalcitrar contra os aguilhões’. Então, irmãos, perseguir a igreja é dar murros em ponta de faca. Então, ele todo amedrontado perguntou: ‘Quem és tu, Senhor?’. Jesus disse: ‘Eu sou Jesus, a quem tu persegues’. - ‘Senhor, que queres que eu faça?’. A partir dali, ele se tornou um grande apóstolo e foi responsável de expandir a igreja entre as nações gentílicas. Paulo se tornou um apóstolo das nações e um doutrinador da Igreja. Ele que trouxe as grandes revelações das doutrinas e sua compreensão. Tornou-se, também, um organizador das igrejas. Organizou a parte eclesiástica, dizendo como deveria ser os bispos e os diáconos, como deveria ser a manutenção das viúvas, como deveria ser as ministrações dos dons, como deveria ser a participação das mulheres na igreja, etc. e além disso, foi um servo dedicado de Deus, um homem de oração, consagrado e temente a Deus. Quero concluir falando, rapidamente, sobre a fundação da Assembleia de Deus no Brasil. Assim como a igreja primitiva teve que depender de Deus para crescer e progredir, assim também, a Assembleia de Deus para ser fundada aqui no Brasil, seus fundadores, Gunnar Vingren e Daniel Berg, dependeram de Deus. Eles não vieram ao Brasil atrás de emprego, de uma vida melhor, mas vieram ao Brasil por chamado de Deus Eles nem quiser conheciam o estado chamado Pará. Quando Gunnar Vingren orava em sua igreja nos Estados Unidos, um irmão, chamado Adolf 78
Uldin, profetizou para ele: ‘És que tu irás para o Pará levar a mensagem pentecostal’. Quando acabou a oração, Gunnar Vingren perguntou: ‘Irmão, onde fica o Pará?’. O irmão lhe disse: ‘Eu nunca ouvi falar’. Vingren descobriu num mapa na biblioteca de sua cidade que Pará era um Estado do Norte do Brasil. Então, Vingren e Daniel resolveram vir ao Brasil, tinham apenas 90 dólares, e Deus lhes mandou doar essa quantia para uma igreja que eles visitaram antes de viajar, porém, ao visitar outra igreja, ganharam uma oferta de 400 dólares. Então, viajaram para o Brasil em um navio de classe baixa. Chegando aqui, sofreram, tiveram que morar em um porão de uma Igreja Batista, depois, se mudaram para um quartinho emprestado que só tinha uma cama, passaram fome. Tiveram que aprender o português. Eles não tinha intenção de fundar uma igreja, mas, apenas transmitir a mensagem pentecostal. Diz que Daniel Berg pegou malária. O cantor Jotinha diz que uma vez visitou Daniel Berg, ele estava todo se tremendo, dizendo: ‘Dá não! Vou voltar pra Suécia, senão eu vou morrer de malária’. Diz que o Jotinha orou por ele e compôs o hino 84: ‘Não perturbeis o coração...’. Os nossos missionários sofreram, mas oraram, buscaram a Deus e fundaram a igreja. Foram expulsos da Igreja Batista, forma discriminados, humilhados e perseguidos, mas, eram homens de oração, homens que dependiam de Deus. Então, Deus batizou a primeira pessoa com Espírito Santo, a irmã Celina Albuquerque. Depois, batizou outra irmã, chamada de Maria de Nazaré. A irmã Nazaré disse: ‘Estou sentindo um fogo no meu coração. Tenho que anunciar aos meus parentes esse fogo pentecostal que eles não conhecem’. Então, ela veio para o Ceará em 1914, pregou para seus parentes, eles rejeitaram, foi acolhida pela Igreja Presbiteriana, lá anunciou a palavra de Deus, disse que o evangelho que estava pregando era o evangelho completo: Jesus Cristo salva, cura e batiza com Espírito Santo. Toda a Igreja Presbiteriana creu na mensagem da irmã Maria de Nazaré, e tornou-se a primeira Assembleia de Deus do Estado do Ceará. Meus irmãos, vamos depender de Deus! Aconteça o que acontecer, vamos buscar a Deus em oração.
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Mensagem Ministrada Numa Campanha na Rua Catolé Em 27 de Outubro de 2010 Sobre Há Esperança para os Mortos! Isaías 26.19: ‘Os teus mortos... ressuscitarão; despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o teu orvalho será como o orvalho das ervas, e a terra lançará de si os mortos’. A Palavra de Deus é uma palavra de esperança! Uma esperança tão viva, eficaz e poderosa que atinge até mesmo aqueles que já morreram. A palavra de Deus sendo a mais pura verdade traz a solução para o pior inimigo dos homens; nos traz esperança para o nosso maior terror, aquilo que nos deixa horripilante. Não existe nada nesse mundo que possa trazer os mortos à vida, mas a palavra de Deus, que foi inspirada pelo Deus vivo e poderoso, dá a certeza para aqueles que estão vivos e vierem a morrer, eles ressuscitarão. Sabemos que nascemos nesse mundo apenas com uma certeza; uma certeza fria e terrível; uma certeza que ninguém gosta de pensar e nem imaginar. Nascemos nesse mundo, mas não sabemos aonde iremos morar, com quem iremos nos casar e qual será a nossa profissão. Nascemos apenas com uma certeza: é que iremos morrer. Mas o que é a morte? É o que está escrito nas Escrituras de uma maneira mais nua e crua: ‘tu és pó e ao pó tornarás’ (Gn 3.19). É algo que está entranhado em nossa estrutura física. É quando os elementos do qual somos compostos retornam às suas origens. O nosso corpo volta ao pó de onde veio, e o nosso espírito [fôlego] volta a Deus, que nos deu (Ec 12.7). Mas como pode uma coisa, tão inaceitável e perversa, que deixa as famílias em profunda tristeza e desespero, veio fazer parte da raça humana, sendo que nós fomos criados a imagem e semelhança de Deus? E Deus é um ser vivo, eterno e que jamais experimentará à morte. Então, como pode o homem, que veio das mãos de Deus, morrer? Isso aconteceu porque o nosso primeiro pai, que nos representava diante de Deus e que deveria tomar uma decisão, importantíssima para nós, de gozar uma vida no paraíso para sempre com Deus, decidiu, por livre escolha, desobedecer a Deus e quebrar as palavras de Deus, e as consequências disso nos trouxe à morte. Está escrito: ‘por um homem entrou [a morte] no mundo’ (Rm 5.12). Ele não era inocente. Deus tinha lhe dito: ‘No dia em que tu desobedeceres, morrerás’. Essa foi a origem da morte. Não fomos criados para morrer, mas por causa de Adão, todos nós morrermos. A morte se constitui um mistério para os homens! A morte não respeita idade e nem posição social; não respeita ninguém. Entra num lar de uma maneira mais desesperada possível; a pessoa não sabe o dia da sua 80
morte, pode ser a qualquer momento. As pessoas acordam de manhã e não sabe que a morte está no caminho da sua vida, espreitando na esquina. As Escrituras compara a morte como uma fornalha que nunca cessa de consumir as suas vítimas. A pessoa amanhece, toma seu café da manhã e se prepara para ir ao trabalho; a morte pode surgir a qualquer momento durante a sua trajetória para ir ao trabalho. Ela pode aparecer no ônibus, alguns até mesmo tirando uma soneca, de repente a morte pode invadir aquele ônibus. Pode ser quando alguém está no trabalho, e a esposa em casa recebe a notícia. E, a partir daquela notícia, a vida daquela família muda drasticamente, sem sequer ter sido planejado. A morte é fria e calculista. Ela mata o traficante, e mata a criança; ela alcança o pobre, mas, também, não dispensa o rico. A morte é, o que a Escritura diz, o inimigo dos homens. E por causa desse mistério que há por trás da morte, as religiões propõem respostas para acalentar o coração de seus adeptos. Inventa crenças e crendices a fim de dar aos homens alguma esperança diante da morte. E muitas pessoas para lidar com esse sentimento temeroso, começam a acreditar nessas crendices. São muitas, posso citar algumas: Tem a doutrina do purgatório, que ensina que quando a pessoa morre, a sua alma entra num processo de purificação para repurgar os seus pecados no fogo do purgatório. Durante esse processo, o morto deverá receber orações e missas para amenizar o fogo do purgatório, até a pessoa pagar os pecados que cometeu durante a sua vida. Então, esses adeptos e fiéis que servem nessa religião têm a única esperança de que um dia após a morte o seu espírito será atormentado e purgado para que o seu pecado, que cometeu durante toda a sua vida, possa ser despregado do seu ser. Mas essa é a mais pura ilusão! Que foi criada durante o período de ignorância da raça humana, cujo período, a História, chama de Idade das Trevas, com único objetivo dos líderes religiosos arrancarem das pessoas dinheiro. Há, também, a crença na reencarnação, que ensina que os homens após a sua morte, seu espírito entra em um processo de sucessivas reencarnações até atingirem uma vida perfeita e libertarem-se de seus carmas. Essa é uma das piores mentiras de Satanás. Os espíritos não se reencarnam. A Escritura diz que após a morte segue-se o juízo (Hb 9.27). Não existe reencarnação! Não existe alma penada! Não existe espírito iluminado que médiuns recebem em seus centros espíritas. A Palavra de Deus nos garante que não existe nada disso, pelo contrário, ela nos exorta a não consultar os espíritas e feiticeiros; a não invocar os mortos e nem acender velas para eles. Porque os mortos não podem ouvir os vivos! A Escritura diz que os mortos não sabem absolutamente de nada do que se passa sobre a terra. 81
Tem também outra crença que ensina que quando os homens morrem, entram na inexistência. Na sepultara morre o seu corpo, a sua alma e o seu espírito, de modo que, ele não existe mais em parte nenhuma. Isso também é uma doutrina falsa. Porque na Escritura se subentende que o homem foi criado com um espírito imortal, vindo de Deus (Mt 10.28). E, na morte, o espírito entra em um estado intermediário, onde aguarda o julgamento de Deus. Alguns estão no paraíso e outros no inferno [hades]. Porém, é apenas uma sala de espera, pois todos que morreram ainda deverão ressuscitarem, conforme lemos: ‘os mortos ressuscitarão’. Também encontramos escrito em outros textos bíblicos. O profeta Daniel disse: ‘E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno’ (Dn 12.2). O próprio Jesus Cristo disse: ‘Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação’ (Jo 5.28,29). Também está escrito: ‘Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor’ (Rm 6.23). Jesus Cristo tem as chaves que abre as cadeias da morte! Ele tem em suas mãos autoridade e o poder de vencer esse nosso terrível inimigo! Quando ele esteve nessa terra deu prova disso; quando ele ressuscitou Lázaro depois de quatro dias de morto; quando ele ressuscitou o filho de uma viúva que morava em uma da cidade chamada Naim; quando ele ressuscitou a filha de Jairo; Jesus Cristo disse que tinha o poder de dar vida aos homens, porque ‘recebi de meu Pai essa autoridade’. O próprio Jesus que sofreu a morte por todos nós; sofreu a morte exatamente para nos libertar do medo da morte. Ele morreu! Esteve sepultado por três dias. Mas no terceiro dia, a morte não pôde mais lhe segurar, os grilhões da morte não pode mais lhe prender. Ele saiu vitorioso daquele túmulo frio; saiu para nunca mais morrer. E nos trouxe, através do evangelho e da sua vitória sobre a morte, a esperança de ressurreição e de vida eterna para todos. Pois ele disse: ‘Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá’ (Jo 11.25). Então, meu amigo, nessa noite, queremos pregar a vida em Jesus; queremos pregar a ressurreição em Jesus Cristo; queremos pregar a esperança nele. Ele é o caminho, ele é a verdade e ele é a vida. Se você vier a Cristo, você recebe a certeza de vida eterna; você recebe essa certeza de ressurreição para a vida eterna. Deixa-me dizer mais alguma coisa antes de terminar. Haverá duas ressurreições. A ressurreição daqueles que pertencem a Cristo, daqueles que aceitaram a Cristo, daqueles que servem a Cristo. Esses ressuscitarão para a vida eterna. Assim como ele prometeu aquele ladrão, que estava ao seu lado, 82
suspirando para morrer por causa de sua vida de criminalidade. Na beira da morte aquele homem disse: ‘Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu Reino’. Jesus lhe deu a certeza da ressureição para a vida, quando lhe disse: ‘Em verdade te digo: tu estarás comigo no paraíso’. Todo aquele que morre com Cristo e vão ao paraíso, tem a esperança de ressuscitarem para a vida eterna. Mas aqueles que morrem sem Cristo, que morrem afogado em seus pecados e na vida de delitos pecaminosos, aqueles que não deram atenção a palavra de Deus, que desprezou e rejeitou o evangelho de Cristo. Esses também ressuscitarão, mas não para a vida eterna, não para o paraíso, não para o reino de Deus que será estabelecido, mas para o tormento eterno, para o distanciamento de Deus por toda a eternidade. As Escrituras chama isso de segunda morte. A primeiro morte comparada com a segunda morte não é nada. Na segunda morte, os homens serão lançados no lago de fogo que queima por toda a eternidade. Será um sofrimento jamais imaginável. Não digo isso para lhe amedrontar, mas porque é uma verdade da palavra de Deus, e você tem a oportunidade de escapar desse tormento eterno. Portanto, meu amigo, não se detenha, mas entregue a sua vida a Cristo, pois ele lhe dá a certeza de vida eterna. Não rejeite! Porque você poderá ter um futuro sombrio, triste e agonizante pelo resto da sua vida.
Palestra Ministrada na Assembleia de Deus-Filomena I Em 15 de Novembro de 2010 Sobre Refutando as Testemunhas de Jeová (I) 2ª Pedro 2.1-3: ‘E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita’. Nessa tarde iremos nos levantar como arautos do Senhor Jesus Cristo para combater as heresias e proclamar a verdade. A palavra de Deus diz que ‘as nossas armas não carnais, mas poderosas em Deus para destruir toda fortaleza, todo sofismo e todo conhecimento que se levanta contra o conhecimento de Cristo’ (2ª Co 10.4,5). Deus estabeleceu a Sua Igreja nesse mundo como coluna e firmeza da verdade para destruir as fortalezas inimigas que se erguem contra a palavra de Deus. 83
Vamos começar estudando o termo Trindade. A fim de negar a doutrina da Trindade, as testemunhas de Jeová afirmam que a palavra ‘Trindade’ não se encontra na Bíblia. Evidentemente que os teólogos cristãos têm plena consciência disso. O termo surgiu exatamente para trazer uma definição da fé da Igreja acerca das Pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo. É um termo dogmático que surgiu para rebater as heresias. Essas heresias surgiram logo no início da Igreja com a ascensão do gnosticismo e de vários outros grupos heréticos que tentavam denegrir a imagem de Jesus Cristo. Tanto os apóstolos como os discípulos dos apóstolos, chamados de pais da igreja, escreveram acerca de verdades que combatiam esses conceitos falsos sobre Jesus Cristo. Então, a doutrina que os pais da igreja chamaram de Trindade foi exatamente para trazer uma definição correta da divindade de Jesus Cristo e da pessoa do Espírito Santo. A primeira pessoa a cunhar esse termo foi Tertuliano (160-220 AD), no segundo século do cristianismo. Então, o termo Trindade não é um termo que está distante da origem do cristianismo, mas, é um termo que surgiu logo, na segunda geração de cristãos. Muitos dos cristãos que conheceram pessoalmente os apóstolos, como por exemplo, Policarpo (69-155 AD), já falava acerca da Pessoa do Pai, da Pessoa do Filho e da Pessoa do Espírito Santo. Muito embora a palavra Trindade não consta em nossas Bíblias, mas o conteúdo e a base doutrinária do termo, de onde foi extraído a doutrina, encontra-se na Palavra de Deus. Desde o Antigo Testamento e, muito mais, na revelação do Novo Testamento. Na verdade a doutrina da Trindade é uma definição mais correta com o monoteísmo. O monoteísmo é a crença em um único Deus. Há somente ‘um só Deus’ (Ef 4.6). Isso é tanto defendido pelo Antigo Testamento como pelo Novo Testamento. Existem quatro definições para Deus: O monoteísmo que é a crença em um único Deus; o politeísmo que é a crença em mais de um deus ou em vários deuses; o unitarismo que acredita que Deus é uma só pessoa, também chamado de modalismo, pois, acreditam que o Pai, Filho e Espírito Santo são apenas manifestações dessa única pessoa; e, por último, o panteísmo, uma crença esotérica que acredita que Deus é tudo e tudo é Deus, quer dizer, Deus não é uma pessoa, mas uma energia cósmica presenta na natureza. Então, ou nós somos monoteístas, politeístas, unitaristas ou panteístas. Têm muitos crentes que creem no unitarismo e pensam que é uma definição do trinitarismo. Unitarismo e trinitarismo são duas doutrinas totalmente diferentes uma da outra. Iremos ver quem são as testemunhas de Jeová. Se eles são realmente monoteístas como afirmam que são ou se são politeístas, unitaristas ou panteístas. Em seu livro ‘O Que a Bíblia Realmente Ensina’, na pág. 203, acerca de João 1.1, eles ensinam o seguinte: ‘João disse: “O Verbo estava com Deus”. Mas como pode uma pessoa está com alguém e ao mesmo 84
tempo ser essa pessoa?’. Eles estão questionando o unitarismo. Então, evidentemente as testemunhas de Jeová não são unitaristas. Eles não acreditam que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são a mesma Pessoa. Então, o que as testemunhas de Jeová são? Eles escreveram: ‘Isaías 9.6 descreve profeticamente Jesus como Deus Forte, mas não como Deus Todo-Poderoso’. Quando eles dizem que Jesus Cristo é o Deus Forte, o Deus Poderoso, mas não o Deus Todo-Poderoso, em que eles estão crendo? Quando eles reconhece que Jesus é um Deus, mas não o Deus TodoPoderoso, em quantos deuses, eles estão acreditando? Em dois deuses. Eles escreveram dizendo: ‘Jesus é Deus, mas não é o Deus TodoPoderoso’. Então, eles estão se definindo, não como monoteístas, que creem na existência de um único Deus, mas como politeístas, que acreditam na existência de mais de um deus. Muito embora um seja superior e o outro inferior; um seja poderoso e outro todo-poderoso, mas não deixam de serem dois deuses. E, os cristãos o que são? Somos monoteístas, pois, acreditamos em um único Deus. E, os trinitaristas definem esse único Deus como três pessoas subsistentes nesse único Deus. Isso significa que a definição que os trinitaristas dão acerca de Deus não fere, não agride e não viola o monoteísmo. Porque quando Deus reivindica para Si o monoteísmo, dizendo: ‘Eu sou o único Deus, e além de mim não há outro deus’, ele não diz em parte alguma das Escrituras que é uma única Pessoa. Ele se define como o único Deus, e uma vez que as Escrituras chamam Jesus Cristo de Deus, chamam o Pai de Deus e chamam o Espírito Santo de Deus, e também, nos proíbe em crer em outro deus além do único Deus, isso só pode levar-nos à uma definição que o Pai, o Filho e o Espírito Santo fazem parte da mesma natureza divina e subsistem em único Deus verdadeiro. Se chamar a Deus de único Deus verdadeiro exclui Jesus Cristo da divindade, então chamar Jesus Cristo de único Senhor vai excluir Deus desse Senhorio, quer dizer, Deus não é Senhor. Mas, como isso não é verdade, então chamar o Pai de único Deus não significa que o Filho não seja Deus. Leiamos João 17.3: ‘E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste’. E, Judas 4: ‘Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus, e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo’. Então as Escrituras chamam o Pai de único Deus verdadeiro e Jesus Cristo de único Senhor. Pelo fato da Escritura chamar o Pai de único Deus nos proíbe de chamar Jesus Cristo de Deus, então isso significa que o fato de chamar Jesus Cristo de único Senhor, também, irá nos proibir de chamar o Pai de Senhor. Mas, o Pai é Senhor? Sim! Então existem dois Senhores? 85
Não! Só existe um Senhor. Efésios 4.4,5 diz: ‘Há...Um só Senhor’. O Pai é chamado de Deus, Jesus Cristo é também chamado de Deus. Isso significa que existem dois deuses? Não! Há apenas um único Deus. Então, meus irmãos, pelo fato da Escritura chamar Jesus Cristo de Deus e chamar o Pai de Deus não devemos concluir que há dois deuses, mas temos que concluir que eles compartilham da mesma natureza divina, que eles são coiguais, coeternos e consubstanciais na mesma natureza divina. Isso é uma coisa que as testemunhas de Jeová não compreenderam, e pelo fato delas não compreenderem, pela sua maneira racional de lerem as Escrituras, concluem que há dois deuses. Mas a crença em dois deuses viola a crença no monoteísmo bíblico e quebra o mandamento que diz: ‘Não terás outros deuses diante de mim’ (Êx 20.3). Se as testemunhas de Jeová acreditam que Jeová Deus está em seu trono e que ao seu lado há um Senhor chamado Jesus, e que eles o chamam de um deus inferior a Jeová Deus, então, eles estão colocando diante do Deus único, outro deus. E, isso é terminantemente proibido pelas Escrituras. Eles dizem: ‘Trindade é um termo que não se encontra na Bíblia’. É verdade! O termo não está lá! Mas a doutrina está! As testemunhas de Jeová inventaram termos que não se encontram nas Escrituras originais. Por exemplo, eles chamam o Espírito Santo de ‘força ativa’. Isso se encontra na tradução da Bíblia feita pelas testemunhas de Jeová em Gênesis 1.2. E, quando foi que eles começaram a chamar o Espírito Santo de força ativa? Quase 19 séculos depois dos apóstolos! Nenhum dos apóstolos chamaram o Espírito Santo de força ativa. Nem os profetas se referiram ao Espírito Santo como força ativa. Nem mesmos os cristãos que viveram nas gerações posteriores aos apóstolos se referiram ao Espírito Santo como uma força ativa. Então, eles não podem nos acusar que utilizarmos um termo que não está nas Escrituras, pois, eles, também usam o termo ‘a força ativa de Deus’ que não se encontra na Escritura. A palavra hebraica em Gênesis 1.2, que eles traduzem por ‘força ativa’ é ‘ruach’. Esse termo é traduzido por ‘espírito’, mas também pode ser traduzido por ‘vento, fôlego’, mas nunca se traduz por ‘força ativa’. Porém, se o termo ‘ruach’ deve ser traduzido por ‘força ativa’, dando a entender que o Espírito de Deus é impessoal, então, João 4.24 que diz: ‘Deus é espírito’ (o mesmo termo que se encontra no hebraico estando escrito em grego ‘pneuma’), deve-se ser traduzido por: ‘Deus é força ativa’. Assim estaremos chamando Deus de um ser impessoal. O termo ‘espírito’, muito embora seja um termo neutro, também, é aplicado para seres pessoais. Assim os demônios e anjos são chamados de espíritos, o próprio Deus é chamado de espírito e Deus é um ser pessoal. Em 2ª Coríntios 3.17 o Senhor é chamado de espírito – ‘o Senhor é Espírito’ – e o Senhor é um ser pessoal. Então quando o termo é aplicado ao Espírito de 86
Deus não significa que ele é algo impessoal, uma energia cósmica, um poder dinâmico. O Espírito Santo, também, é um ser pessoal. Outro termo que as testemunhas de Jeová utilizam, que não se encontra na Palavra de Deus, é o fato de definirem Jesus Cristo, o Filho de Deus, como uma ‘criatura espiritual poderosa’. Eles usam esse termo em vários livros, mas tal termo não se encontra na Bíblia. Desse modo percebemos que as testemunhas de Jeová são inescrupulosas e tendenciosas, pois, inseriram na Palavra de Deus termos que não se encontram nos manuscritos originais da Bíblia. Enquanto que nós, cristãos, falamos de Trindade, mas não colocamos esse termo na Bíblia. Muito embora, a própria Escritura nos permitem, se nós quiséssemos ter colocado esse termo nas Escrituras, sem sequer ferir os padrões da Palavra de Deus. Por exemplo, se quiséssemos ter colocado a palavra Trindade em Gênesis 1.1 que diz: ‘No princípio criou Deus os céus e a terra’, se fôssemos inescrupulosos como as testemunhas de Jeová, nossos tradutores poderiam ter transcrito: ‘No princípio criou Deus triuno os céus e a terra’. Por três razões. A primeira razão é porque a palavra ‘Deus’ no hebraico está escrito no plural, que literalmente seria: ‘No princípio criou Deuses os céus e a terra’, mas como o verbo ‘criou’ está no singular não nos permitem traduzir ‘Eloim’ no plural por ‘Deuses’. Não diz ‘criaram’, mas ‘criou’. Se Moisés chama Deus utilizando um termo no plural, isso só pode nos levar à uma definição de que Moisés está reconhecendo que em Deus há uma pluralidade de pessoas. Segunda razão, em Gênesis 1.26 Deus disse: ‘Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança’. Note que Deus está se referindo a outra pessoa quando disse: ‘façamos’. E essa pessoa tem a mesma imagem e semelhança dEle, pois disse: ‘nossa imagem... nossa semelhança’. Aquém Deus estava se referindo? Ele estava se referindo ao Verbo, pois em João 1.2 lemos: ‘Ele [o Verbo] estava no princípio com Deus’, e também, diz: ‘Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez’ (Jo 1.3). Então, o Verbo criou, também, todas as coisas. E a terceira razão porque a tradução ‘Deus triuno’ não feri as Escrituras é porque em Gênesis 1.2 aparece mais uma pessoa – ‘E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas’. Assim, o Espírito Santo aparece no princípio da criação, e o patriarca Jó disse: ‘O Espírito de Deus me fez; e a inspiração do Todo-Poderoso me deu vida’ (Jó 33.4). Isso significa que o Espirito foi, também, um agente da criação.
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Portanto, na criação encontramos o Pai, o Filho e o Espírito Santo, atuando na criação dos céus e da terra, e eles se definem como Deus, o único Deus verdadeiro. As testemunhas de Jeová dizem que o ‘shemá do Velho Testamento contradiz a doutrina da Trindade’. Leiamos Deuteronômio 6.4: ‘Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor’. Essa palavra hebraica “shemá” significa “ouve”. Esse é um texto que defende o monoteísmo bíblico que diz que o Senhor é o único Deus. Então, baseado nisso, as testemunhas de Jeová dizem que o shemá hebraico contradiz a doutrina da Trindade. Pois Deus não pode ser chamado de único se a doutrina da Trindade ensina que ele é três. Eles ensinam que esse texto viola, quebra a doutrina da Trindade. Porém, iremos ver que na verdade esse texto bíblico corrobora com a doutrina da Trindade. E, que na verdade ele está contradizendo é a doutrinas das testemunhas de Jeová. O hebraico utiliza algumas palavras para único. Tem um termo hebraico que permite uma unidade composta e outro termo que significa unidade absoluta. A unidade composta fala-se de uma unidade diversificada, e unidade absoluta fala-se de uma unidade única. Em Deuteronômio 6.4 o termo hebraico que Moisés usa para ‘único’ é ‘ehad’ e permite uma unidade composta. As Escrituras utiliza esse termo em vários textos bíblicos, iremos ver apenas três: Gênesis 2.24: ‘Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne’. No casamento, a mulher e o homem tornam-se ‘uma carne’. Esse termo ‘uma’ é ‘ehad’ e significa uma unidade composta, pois são duas pessoas, mas estão unidas, de modo que se tornam uma carne. Em Mateus 19.6, Jesus disse: ‘Assim não são mais dois, mas uma só carne’. Outro texto é Gênesis 41.25: ‘Então disse José a Faraó: O sonho de Faraó é um só; o que Deus há de fazer, mostrou-o a Faraó’. Faraó teve dois sonhos. Sonhou sobre as vacas gordas e sobre as espigas gordas. Mas, quando José trouxe a interpretação para Faraó, ele disse: ‘O sonho de Faraó é um só’. Muito embora sejam dois sonhos, mas a interpretação é uma só, pois é uma unidade composta. Outro texto está em Êxodo 36.13: ‘Também fez cinqüenta colchetes de ouro, e com estes colchetes uniu as cortinas uma com a outra; e assim foi feito um tabernáculo’. Nesse texto, Moisés diz que as cortinas do tabernáculo deveriam ser unidas de tal modo que se tornassem um só tabernáculo. Esse termo ‘um tabernáculo’ é ‘ehad’, mesmo termo utilizado em D 6.4, que permite uma unidade composta. Então, baseado nisso definimos que essa palavra que Moisés usa em Dt 6.4 não nega o fato de Deus ser único e trino. Quer dizer, em vez do texto contradizer a doutrina da Trindade, está reafirmando. Porque mostra 88
que Deus é uma unidade composta. Deus é único, mas ao mesmo tempo se manifesta em três pessoas distintas: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Portanto, o shemá, na verdade, contradiz a doutrina das testemunhas de Jeová, porque são elas que afirmam que existem dois deuses, sendo o Pai um Deus superior e o Filho um Deus inferior. Então, aí são dois deuses! Aí eles estão quebrando o monoteísmo bíblico e a unidade de Deus. Porque não há dois deuses! Mas, há apenas um único Deus. E esse Deus tem se revelado no decorrer da história bíblica em três pessoas distintas. Leiamos Isaías 46.9: ‘Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim’. Esse texto elimina o fato de existir outro deus. Na Tradução Novo Mundo, a Bíblia das testemunhas de Jeová, diz o seguinte: ‘Eu sou divino, e não há outro deus nem alguém semelhante a mim’. Esse texto que reafirma Dt 6.4, nega absolutamente a existência de outro deus, e que Deus é categórico em dizer que não aceita diante Dele outro deus, e que não há outro ser divino além dEle. Então, não podemos colocar Jesus Cristo como um deus junto do Deus Todo-Poderoso, pois, o texto bíblico elimina qualquer possibilidade. Mas, quando as testemunhas de Jeová leem esse texto, sabendo que está contradizendo a definição deles sobre Deus, eles dizem o seguinte: ‘ele não quer dizer que jamais causasse que existisse alguém que fosse corretamente mencionado como sendo um deus’ (Livro Raciocínio às Bases das Escrituras, pág. 214). Deus está dizendo claramente que não há outro deus! Que não há ninguém que seja divino igual a ele! Mas eles descaradamente negam que Deus esteja dizendo isso. Portanto, a crença das testemunhas de Jeová em dois deuses é contraditória com Escrituras e se constitui uma violação ao Deus único e verdadeiro. Outra coisa que as testemunhas de Jeová dizem afim de negar a doutrina da Trindade é chama-la de uma doutrina de origem pagã. Temos visto que os argumentos das testemunhas de Jeová contradizem a eles mesmos. Veja o que eles escreveram: ‘Os babilônios adoravam trindades ou tríades de deuses. Hoje a doutrina de muitas religiões é a trindade. Mas a Bíblia ensina claramente que há apenas um só Deus verdadeiro, Jeová, e que Jesus Cristo é seu Filho’. Desse modo, as testemunhas de Jeová acusam os cristãos de adorarem três deuses. Ora, se é verdade que nós cremos em três deuses, então, eles não estão muito longe de nós, pois, eles creem em dois deuses. Em nenhum momento, o cristão diz que crer em três deuses, pelo contrário, defendemos a crença no único Deus verdadeiro, porém, eles são descarados em reafirmar que há outro deus além de Jeová Deus. Quem são pagãs? São eles ou somos nós? São eles! Porque era assim que as religiões pagãs acreditavam em um deus superior e vários deuses 89
inferiores. Porventura não é isso que eles dizem! Jeová Deus é o Deus superior, mas Jesus Cristo é um deus inferior. Assim eles escreveram: ‘Fala-se de Jesus na Bíblia como um deus poderoso, e as Escrituras se refere a ele como um deus’. Se Jeová é chamado de Deus e Jesus Cristo, também, é chamado de Deus, coisa que as testemunhas de Jeová não podem negar, e também o Espírito Santo é chamado de Deus, e por outro lado, a palavra de Deus diz que há um único Deus verdadeiro e nos proíbe de cremos em outro deus, então, só podemos chegar a conclusão bíblica que o Deus verdadeiro se revela em três pessoas distintas. Isso significa que o Pai, o Filho e o Espírito Santo subsistem em uma única natureza divina. Isso é fácil de compreendemos! Os falsos profetas diziam que Jesus Cristo era um deus semelhante ao Pai, mas não era da mesma natureza que o Pai. A primeira pessoa a ensinar isso foi Ário (256-336 A.D), um presbítero de Alexandria que viveu no terceiro século. Ário ensinava que o Pai era o único Deus, e Jesus era deus semelhante ao Pai, mas não da mesma natureza do Pai. Porém, os cristãos verdadeiros acreditam que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são da mesma natureza divina. Podemos, grotescamente, comparar isso a três cadeiras feita de uma única substância (natureza ou essência), o plástico. Se pintarmos essas cadeiras de cores diferentes – azul, vermelho e branco – serão distintas uma da outra pelas cores, mas continuarão sendo formada pela mesma substância, o plástico. É mais ou menos essa a definição da doutrina da Trindade. O Pai, o Filho e o Espirito Santo são três pessoas distintas, mas compostos pela única natureza, a natureza divina. Então, assim como o plástico está substancialmente presente nessas três cadeiras, assim, também, a natureza divina está consubstancialmente nas três pessoas da Trindade. Agora, se colocarmos uma cadeira de madeira, teremos duas substâncias: madeira e plástico. E, é isso que as testemunhas de Jeová fazem. Jesus Cristo é um deus feito de uma substância diferente, mas o Pai é de outra substancia, a divina. Porém, isso é um testemunho falso acerca do único Deus. Pois, querendo defender a unicidade de Deus, criam dois deuses quebrando o monoteísmo. Portanto, eles creem em duas pessoas de naturezas diferentes, enquanto que nós cremos em três pessoas da mesma natureza. Pois, a natureza divina é indivisível! Por isso que a natureza divina subsiste tanto no Pai como no Filho e no Espírito Santo. Os russelitas também ensinam que a doutrina da Trindade é uma doutrina confusa. Todavia, eles afirmam isso porque não compreendem a verdadeira definição da doutrina. Eles dizem, por exemplo, acerca de João 1.1: ‘Como pode uma pessoa está com outra e essa pessoa ser a mesma pessoa?’. Então dizem: ‘a própria revelação divina não permite tal conceito 90
sobre Deus. Deus não é Deus de confusão. A doutrina da Trindade é além da compreensão da razão humana. Uma doutrina confusa’. Mas será que acreditar que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são três pessoas distintas, cada uma com suas características inerentes, mas que possuem a mesma natureza se constitui um ensinamento confuso? Por exemplo, nós somos pessoas distintas uma das outras, contudo temos a mesma natureza – a natureza humana. Então todos nós estamos unidos em uma única natureza. Falando de pessoas, existem três naturezas: a natureza humana, a natureza angelical e a natureza divina. Os anjos, muito embora sejam milhões de anjos, possuem uma única natureza – a natureza angelical. É desse modo que definimos o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Eles são três pessoas distintas, mas possuem uma única natureza – a natureza divina. Por que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são de natureza divina? Porque eles têm os mesmos atributos, isto é, têm as mesmas qualidades divinas. Por exemplo, o Pai é eterno, o Filho é eterno e o Espírito Santo é eterno. Contudo, não são três eternos, mas o único Eterno. O Pai é onipotente, o Filho é onipotente e o Espírito Santo é onipotente, porém, não há três onipotentes, mas o único Onipotente. Isso não se constitui uma confusão! Constituiu-se uma confusão é acreditar como as testemunhas de Jeová acreditam. Pois eles confessam que Jesus Cristo é de natureza divina, e ao mesmo tempo, acreditam que essa natureza divina é separada da natureza divina de Deus. A fim de corroborar com essa tese, eles ensinam: ‘os humanos, embora todos tem uma mesma natureza, mas isso não quer dizer que eles são iguais’. Porém esse ensinamento é uma tremenda aberração. Porque todos nós somos iguais, pois temos a mesma natureza. Somos mortais, pecadores e limitados. De modo que ninguém pode dizer que é superior um a outro. Todos nós somos iguais no que diz respeito a nossa natureza, mas somos diferentes no que diz respeito a nossa personalidade. Somos distintos como pessoas, mas somos um em natureza humana. Isso também é aplicado ao Pai, o Filho e o Espírito Santo. São distintos como pessoas – o Pai é o Pai, o Filho é o Filho e o Espírito Santo é o Espírito Santo. Não podemos chamar o Filho de Pai, nem o Pai de Filho e muito menos chamar o Espírito Santo de Filho e nem de Pai. Entrementes, os três tem a mesma natureza divina. Por que as testemunhas de Jeová conseguem enganar muitas pessoas, principalmente cristãos? Porque muitos cristãos em vez de acreditarem em um único Deus em três pessoas distintas, acreditam que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são uma única Pessoa, e acham que é esse o ensinamento da Trindade. Porém, esses cristãos estão confundido a doutrina da Trindade com a doutrina dos unitaristas. Realmente o unitarismo é uma 91
doutrina confusa! O Pai, o Filho e o Espírito Santo não são uma única Pessoa. Eles são um único Deus! Mas três pessoas distintas. Então, se uma testemunha de Jeová lhe dizer: ‘Como é que pode Jesus ser a mesma pessoa do Pai se ele ora ao Seu Pai?’. Você não vai ficar titubeando. Você vai responder: ‘É evidente que Jesus não é o Pai, mas ele é da mesma natureza do Seu Pai’. E isso faz dele um único Deus com o Pai. Porque não podem existir dois deuses. Se confessarmos dois deuses estaremos violando a Palavra de Deus como eles violam. Então, só existe uma única alternativa para nós: é cremos que Jesus Cristo está unido em natureza a esse único Deus, que faz dele, também, o Deus verdadeiro. Leiamos Colossenses 2.9: ‘Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade’. Nele quem? Em Jesus Cristo. Na época em que Paulo escreveu esse texto, a doutrina dos gnósticos ensinava Jesus era uma parte da divindade, assim, como também existiam muitos outros seres divinos. Eles acreditavam que Deus era o Cosmos de modo que os vários elementos do Cosmos são imitidos de Deus e se transformam em uma cadeia de seres celestiais, e Jesus Cristo apenas fazia parte desses seres celestiais que veio ao planeta Terra salvar a humanidade. E em que se constituía essa salvação trazida por esse Jesus? Era que nós também fazíamos parte desse Cosmos, sendo-nos também, deuses aprisionados em corpos humanos, e que devemos nos libertar desse corpo humano afim de voltarmos a nossa fonte original, tornando-os em espíritos iluminados e divinos. Eles não reconheciam Jesus como a Divindade, mas apenas como uma parte da Divindade. É praticamente isso que as testemunhas de Jeová ensinam. Eles dizem: ‘Jesus Cristo é um ser divino, mas não é o Deus todo-poderoso’. Mas, Paulo está negando qualquer outro ser que faça parte da divindade sem ser Deus. Quando, ele disse que em Cristo ‘habita corporalmente toda a plenitude da divindade’, ao utilizar esse termo ‘corporalmente’, ele quer dizer, que em Cristo habita totalmente, cabalmente toda a plenitude da divindade, não uma parte da divindade. Em Cristo habita toda a divindade. Cristo não é um ser endeusado, nem um semideus, tampouco, um segundo deus e muito menos um deus inferior. Nele habita toda a plenitude de Deus. Em Cristo está toda a natureza divina. Então, Cristo é totalmente divino. Cristo não é divino porque Deus lhe deu a permissão, ele não é divino porque foi escolhido para ser filho de Deus, ele não é divino porque faz parte dos seres superiores. Não! Cristo é divino porque nele habita toda a plenitude divina de Deus. De modo que Jesus é Deus assim como Seu Pai é Deus. Leiamos Isaías 6.1-10. O profeta Isaías em todo o seu livro defende a unicidade de Deus, porém, aqui no capítulo 6, ele recebe uma revelação de Deus. No capítulo 9, Isaías disse: ‘Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu 92
nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz’ (Is 9.6). Veja que Isaías apresenta o Filho como Deus ao chama-lo de ‘Deus Forte’ e ‘Pai da Eternidade’. No capítulo 6, Isaías tem uma revelação de Deus, e nessa revelação nos permite acreditarmos na pluralidade de pessoas no Ser de Deus. Muito embora em seu livro defenda que Deus é único, aqui, no capítulo 6, o profeta nos permite acreditar que nesse único Deus subsistem três pessoas divinas, que compartilham da mesma natureza divina e indivisível. O profeta Isaías começa dizendo: ‘No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas; com duas cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus pés, e com duas voavam. E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. E os umbrais das portas se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, Jeová dos Exércitos. Porém um dos serafins voou para mim, trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; e com a brasa tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e expiado o teu pecado. Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim. Então disse ele: Vai, e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis. Engorda o coração deste povo, e faze-lhe pesados os ouvidos, e fecha-lhe os olhos; para que ele não veja com os seus olhos, e não ouça com os seus ouvidos, nem entenda com o seu coração, nem se converta e seja sarado’ (Is 6.1-10). Veja o pronome no plural – ‘quem há de ir por nós?’ – por isso que os serafins clamam: ‘Santo, Santo, Santo’. Isso nos permite ver nesse texto a revelação do Deus trino. Três pessoas distintas que ele chama pelo pronome ‘nós’. Por que três e quem são essas pessoas distintas? A primeira Pessoa é Jeová, o Pai. Pois diz o versículo 1: ‘eu vi... o Senhor’. Mas ele não vê só o Pai, ele vê, também, Jesus. Leiamos João 12.39-41: ‘Por isso não podiam crer [em Jesus], então Isaías disse outra vez: Cegou-lhes os olhos, e endureceu-lhes o coração, A fim de que não vejam com os olhos, e compreendam no coração, E se convertam, E eu os cure. Isaías disse isto quando viu a sua glória e falou dele’. A glória de quem? A glória de Jesus! Quando Deus falou isso à Isaías? No capítulo 6.10: ‘Engorda o coração deste povo, e faze-lhe pesados os ouvidos, e fecha-lhe os olhos; para que ele não veja com os seus olhos, e não ouça com os seus ouvidos, nem entenda com o seu coração, nem se converta e seja sarado’. Quem disse isso a Isaías foi o Pai, mas em João quem falou foi Jesus e em Atos 28.25-27, o apóstolo 93
Paulo disse que quem falou isso foi o Espírito Santo – ‘Bem falou o Espírito Santo a nossos pais pelo profeta Isaías’. Então, na visão do profeta Isaías, quando os serafins clamam: ‘Santo, Santo, Santo é o Senhor’, está reconhecendo o Pai, o Filho e o Espírito Santo, pois, o próprio Deus se revela pelo pronome ‘nós’. Porém, isso não indica que há três deuses, mas que na revelação desse único Deus está o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Muito embora, eles sejam o único Deus, não são a única Pessoa, mas três pessoas, pois, falam no pronome plural – ‘quem há de ir por nós?’. Irmãos, adoramos a Trindade na Unidade e a Unidade na Trindade, não confundimos as Pessoas, mas também não separamos a substância divina. Não caímos no erro de Sabélio que ensinava que Deus era uma só Pessoa, mas também, não caímos no erro de Ário que dizia que o Pai e Jesus eram dois deuses, mas permanecemos na doutrina ortodoxo da Trindade que diz que há um único Deus verdadeiro que se revela nas Escrituras através do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Em Mateus 28.19, Jesus nos ensinou a batizar ‘em Nome’ (no singular), dizendo que há um só Deus, mas o artigo definido nos permite acreditarmos em três Pessoas nesse único Deus, quando disse: ‘Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo’. Não está escrito ‘em nome do Pai, Filho e Espírito Santo’. Mas escrito ‘Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo’. Três artigos definidos que mostram que há distinção de Pessoas, mas que recebem o mesmo Nome, porque são da mesma natureza divina.
Palestra Ministrada na Assembleia de Deus-Filomena I Em 16 de Novembro de 2010 Sobre Refutando as Testemunhas de Jeová (II)
As testemunhas de Jeová não se constitui uma denominação evangélica; eles são uma seita, mais do que uma seita, são um parasita, e que quer destruir o cristianismo e as doutrinas da Palavra de Deus. No seu livro Raciocínio à Base das Escrituras trazem uma distorção total e completa de todas as doutrinas que defendemos e proclamamos. Eles se autodenominam como organização de Jeová para desmascarar as mentiras de Satanás. E, para eles as mentiras de Satanás são as doutrinas básicas da fé cristã, principalmente a doutrina da Trindade, a crença na imortalidade da alma e a crença na condenação ao inferno de fogo. Eles têm aversões a essas doutrinas e querem através de seus escritos mostrar que essa doutrinas são 94
erradas. Principalmente, querem denegrir e manchar a Pessoa de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. As testemunhas de Jeová já profetizaram por três vezes a destruição das igrejas evangélicas. Disseram que as igrejas evangélicas fazem parte do sistema de Satanás, e que seriam destruídas em 1914, mas não se cumpriu, depois disseram que nós seríamos destruídos na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), também não se cumpriu e agora por último profetizaram que as igrejas evangélicas serão destruídas em 1975, porém, não se cumpriu. Desse modo, eles provam que são falsos profetas! E, mais interessante foi que eles disseram para seus adeptos que o mundo e a organização das igrejas evangélicas seriam destruídos dentro de poucos prazos. Pois afirmavam que a geração que presenciou a Primeira Guerra Mundial em 1914, não passará sem que antes vejam a organização religiosa de Satanás e o sistema mundano serem destruídos no Armagedom. Incialmente, eles diziam que a geração que não passará contava-se a partir daqueles que na época tinham 15 anos de idade. Algumas dessas pessoas não morreriam sem que antes vejam o fim do mundo. Se houver alguém ainda vivo atualmente, essa pessoa já têm mais de 100 anos, e dificilmente há na população do mundo pessoas com essa idade. Então, como eles viram que essa geração de 15 anos estava passando, começaram a ensinar que a geração contava-se daqueles que tinham nascido 1914. As pessoas que nasceram em 1914, completarão em 2014, 100 anos de idade. E, ainda não se cumpriu a profecia do fim do mundo. Então, eles estão próximos de mais uma vez serem desmascarados como falsos profetas. Sem mais delongas, leiamos Isaías 44.6-8: ‘Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus. E quem proclamará como eu, e anunciará isto, e o porá em ordem perante mim, desde que ordenei um povo eterno? E anuncie-lhes as coisas vindouras, e as que ainda hão de vir. Não vos assombreis, nem temais; porventura desde então não vo-lo fiz ouvir, e não vo-lo anunciei? Porque vós sois as minhas testemunhas. Porventura há outro Deus fora de mim? Não, não há outra Rocha que eu conheça’. Baseado nesse texto, em 1931, os russelitas se autodenominaram como Testemunhas de Jeová. Mas, as verdadeiras testemunhas do Senhor são aqueles que afirmam que não há outro Deus além do único Deus. Temos visto em nossa palestra anterior que os russelitas não defendem essa verdade bíblica. Pois, dizem que além de Jeová Deus há outro deus menor e inferior chamado de Jesus Cristo. Ontem estudamos sobre a Trindade, hoje estaremos estudando sobre o nome: “Jeová”. Os russelitas dizem que o nome de Deus está sendo vituperado pelas igrejas evangélicas. E, eles dizem que o nome de Deus precisa ser santificado, que eles são o único povo que proclama o nome de 95
Deus. Enquanto, que as igrejas evangélicas retiraram o nome de Deus da Bíblia, eles recolocaram no seu devido lugar. Iremos estudar se de fato o nome de Deus é Jeová. Em um de seus livros, os russelitas escreveram: ‘Jeová o nome pessoal do único Deus verdadeiro’. Jeová é a tradução do tetragrama hebraico YHWH. Na realidade, tantos os cristãos como os russelitas chamam Deus de ‘Jeová’, porém, esse não é o nome original de Deus. Todas as vezes que encontramos na Bíblia Sagrada, principalmente nas Escrituras do Antigo Testamento, a palavra ‘SENHOR’ escrita em uma grafia maiúscula, ali contém o tetragrama divino. Por que tetragrama? Porque é composto por quatro consoante: Y (ypsilon), H (hagar), W (vê dáblio) e H (hagar). Esse era o nome de Deus pronunciado por Moisés, pelos profetas de Deus e escrito nas Escrituras antigas dos judeus. Sabemos que o Antigo Testamento da Bíblia foi escrito originalmente em hebraico, e escrito em um hebraico antigo, chamado de hebraico consonantal, um hebraico que não era composto por vogais, apenas por consoantes. De modo que se os judeus quisessem ler as Escrituras Sagradas deveriam lê não apenas pelo que estava escrito, mas também, por tradição oral. Eles só poderiam pronunciar uma palavra se conhecesse pela tradição oral o significado daquelas consoantes. Nós, por exemplo, usamos siglas e conhecemos determinadas coisas por suas siglas. Assim, o Antigo Testamento era escrito por apenas siglas, e as vogais eram pronunciada durante a leitura das Escrituras. Então, os judeus decoravam aquelas palavras. O hebraico era considerada uma língua sagrada pelos hebreus, de modo que quando eles foram levados cativos para Babilônia em 587 A.C., deixaram de falar o hebraico em Babilônia. Porque diziam que não convém falar a língua hebraica, a língua sagrada, em uma terra estranha. Então deixaram de falar o hebraico e começaram a falar o aramaico. E, assim de muitas palavras hebraicas perderam-se a pronúncia, e principalmente do nome de Deus. Quando os judeus voltaram do cativeiro babilônico em 536 A.C. já não conheciam o hebraico e muito menos a pronúncia do tetragrama divino. Nem mesmo o sumo sacerdote ousava falar no seu dia a dia o nome de Deus, ele apenas o pronunciava uma vez no ano, no Dia da Expiação. E, quando os escribas faziam cópias das Escrituras e chegavam no tetragrama, eles paravam de escrever, lavavam as mãos e molhavam a pena para poderem escrever o tetragrama divino. Então, os judeus adquiriram essa honra extremista pelo nome de Deus. A Bíblia diz que quando Esdras lia as Escrituras hebraicas para os judeus que retornaram da Babilônia, ele as lia e explicava. Porque ele lia as Escrituras em hebraico e como o povo não entendiam mais o hebraico, então, ele as traduziam para o aramaico para que o povo pudessem entender a leitura. Os rabinos ensinaram aos judeus que quando eles lessem as 96
Escrituras hebraicas e todas as vezes que chegassem no tetragrama divino pronunciassem ‘adonai’. O que significa ‘adonai’? Significa ‘Senhor’. Iremos fazer algumas perguntas às testemunhas de Jeová acerca do nome ‘Jeová’, já que eles afirmam que Jeová é o nome do único Deus e que as pessoas têm que invocar esse nome para serem salvas. A primeira coisa que iremos perguntar é: Por que eles chamam Deus de ‘Jeová’ se eles mesmos reconheceram em seu livro ‘O Nome Que Durará Para Sempre’, pág. 7 o seguinte: ‘É evidente que a pronúncia original do nome de Deus não mais é reconhecida’? Assim as próprias testemunhas de Jeová reconhecem que o tetragrama divino, a pronúncia do nome de Deus, não é mais conhecida. Então, se essa pronúncia do nome não é mais reconhecida, como passamos a traduzir o tetragrama por ‘Jeová’? Vamos ler a resposta que eles escreveram no livro Raciocínio à Base das Escrituras, pág.203: ‘Alguns modernistas formularam o nome Jeová desconhecida dos antigos, que judeus, que cristãos, pois a verdadeira pronúncia do nome que consta no texto hebraico pelo desuso já foi praticamente perdida’. Desse modo as testemunhas de Jeová, que enfatizam o nome ‘Jeová’ reconhecem que esse nome não era conhecido pelos judeus da época de Jesus e nem tampouco era conhecido pelos próprios apóstolos e nem por qualquer outro cristão. É uma pronúncia moderna que surgiu no século XVI da nossa era cristã, quer dizer, depois de 16 séculos de Cristo ter vindo ao mundo, foi que as pessoas começaram a chamar Deus de ‘Jeová’. Quem foi esses ‘modernistas’? Foram os padres católicos e rabinos judaicos. E, como eles chegaram a essa definição de que o tetragrama poderia ser pronunciado por ‘Jeová’? Eles pegaram as vogais do nome ‘adonai’ e inseriram no tetragrama, vindo a surgir os nomes Yaveh, Javé e Jeová. Como ‘Jeová’ é a pronúncia mais costumeira para a língua portuguesa foi adotado. Porém, Javé é a que mais se aproxima da pronúncia original. Vamos agora fazer a segunda pergunta: Por que Deus deixou a verdadeira pronúncia do Seu nome se perder? É realmente importante a pronúncia do nome de Deus? Iremos ler o que as testemunhas de Jeová responderam. No seu livro ‘O Nome Que Durará Para Sempre’, pág. 7, eles disseram: ‘Não é realmente importante chamar Deus de Jeová. Porque se fosse importante o próprio Deus se teria certificado de que fosse preservado para o nosso uso’. Jesus Cristo veio a esse mundo para revelar o Deus invisível e proclamar o nome de Deus. Em sua época ninguém mais conhecia a pronúncia do tetragrama, mas Jesus Cristo conhecia. Se fosse realmente importante a pronúncia do tetragrama, uma das missões prioritária de Cristo seria revelar para os judeus a verdadeira pronúncia do tetragrama. Mas em 97
nenhuma parte do Novo Testamento encontramos Jesus Cristo falando: ‘O nome do meu Pai é Jeová’ ou ‘o nome do Deus verdadeiro é Jeová’ ou ‘o nome pelo qual vocês devem invocar a Deus é Jeová’. Nunca se ler isso no Novo Testamento! Porque Jesus Cristo não veio revelar a verdadeira pronúncia do tetragrama divino. Pois o que está por trás do tetragrama não é tanto a denominação do nome, mas o que aquele nome representa; é o verdadeiro significado da revelação do nome de Deus. A primeira pessoa que recebeu o significado do nome de Deus foi Moisés em Êxodo 3, quando ele perguntou a Deus: ‘Qual é o teu nome?’. Deus respondeu: ‘Eu Sou o Que Sou’. Essa é a verdadeira raiz do nome de Deus e o significado do tetragrama divino. Quando Jesus Cristo se revelou não citou a pronúncia do tetragrama, mas o significado do tetragrama quando disse: ‘Se vós não credes que Eu Sou morrereis em vossos pecados’. Ele tomou para Si o significado do tetragrama como Filho de Deus e Herdeiro do Nome de Deus. Irmãos, quando as testemunhas de Jeová dizem que a pronúncia do nome de Deus não é importante, pois se fosse Deus tinha preservado a pronúncia desse nome nos escritos sagrados, eles estão cometendo dois erros gravíssimos contra a própria doutrina que eles defendem. Eles afirmam que o nome de Deus é Jeová e que Deus deve ser reconhecido por esse nome, mas em contrapartida afirmam que Deus não achou importante deixar esse nome conhecido. Além dessa contradição, eles cometem mais duas contradições na própria doutrina que eles defendem. A primeira contradição: Deus dificultou nosso entendimento das Escrituras. Ora se Deus não preservou a pronúncia exata do Seu nome, então segundo as testemunhas de Jeová, Deus está dificultando os homens de entenderem as Escrituras a fim de serem salvos. No livro ‘O Nome Que Durará Para Sempre’, pág.26, eles escreveram: ‘Sem o nome de Deus algumas partes das Escrituras gregas cristãs são dificílima de entender corretamente’. Ora, se não podemos entender determinados textos das Escrituras do Novo Testamento porque não contém o nome de Deus, e que segundo eles, foi o próprio Deus que não preservou a pronúncia do seu Nome, então, eles estão acusando o próprio Deus de ter dificultado para nós o entendimento das Escrituras. Há textos das Escrituras do Novo Testamento em que os apóstolos citam as Escrituras do Antigo Testamento onde continha o tetragrama divino, e em vez dos apóstolos pronunciar o nome de Deus, eles pronunciavam o termo grego equivalente ao hebraico ‘adonai’ que é ‘kirios’ traduzido em português para ‘Senhor’. Era, assim também, que Jesus Cristo pronunciava o nome de Deus no tetragrama. Eles chamavam Deus de ‘kirios’, de ‘Senhor’. Então, os apóstolos quando se referiam a Jesus Cristo não faziam nenhuma cerimônia de chama-lo, também, de ‘kirios’, de ‘Senhor’. O 98
mesmo termo que eles utilizavam para traduzir o nome sagrado de Deus no Antigo Testamento. Eles liam as Escrituras do Antigo Testamento onde havia o tetragrama e aplicavam a Jesus Cristo traduzindo por ‘Senhor’. Assim, as testemunhas de Jeová para evitar essa semelhança de Jesus Cristo com o Deus do Antigo Testamento colocaram no Novo Testamento o nome ‘Jeová’ sem sequer esse nome conter nos manuscritos originais do Novo Testamento. Então, eles citam um exemplo para mostrar que algumas partes do Novo Testamento são difícil de compreender se não for colocado ali o nome ‘Jeová’. O texto que eles citam é Romanos 10.13: ‘porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo’. Esse texto é uma Escritura que Paulo cita do Antigo Testamento e nesse texto contém o tetragrama, em algumas Bíblia está escrito em uma grafia de letras maiúsculas, significando que ali contém o nome sagrado e divino de Deus. O texto está em Joel 2.32: ‘E há de ser que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo’. As testemunhas de Jeová dizem o seguinte acerca desse texto em Romanos 10.13: ‘O nome de quem devemos invocar a fim de sermos salvos?’. Eles continuam: ‘Devemos concluir que Paulo ali falava a respeito de Jesus? Não! Não devemos. Paulo quer dizer ali que devemos invocar o nome de Jeová’. Quer dizer, o nome que nos salva não é o nome de Jesus, mas o nome de Jeová. Mas será que de fato Paulo queria dizer que temos que invocar o nome de Jeová para sermos salvos? Será que nesse texto Paulo realmente está se referindo a Jeová? Eles dizem que Sim. Mas leiamos o contexto todo que vai dos versículos 9 até 14 para vermos a quem Paulo está chamando de ‘kirios’, isto é, Senhor; a quem Paulo está aplicando o tetragrama divino. Romanos 10.9-14: ‘A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação. Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido. Porquanto não há diferença entre judeu e grego; porque um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?’. Qual é a invocação? ‘Senhor Jesus’ ou ‘Jesus é o Senhor’, ou seja, ‘Jesus é o Kirios’, ‘Jesus é o Adonai’, ‘Jesus é a Revelação do Deus do Antigo Testamento’. Então, para evitar essa verdade suprema de que em Jesus está a revelação do Deus que se manifestou a Moisés; de Jesus Cristo é o herdeiro do tetragrama divino, e de que se quisermos glorificar a Deus teremos que reconhecer que Jesus Cristo é o Kirios (Senhor), as 99
testemunhas de Jeová colocaram no texto de Romanos 10.13, nas suas Bíblias, o nome ‘Jeová’. Mas pelo versículo 9 e comparando com a citação das Escrituras no versículo 13, Paulo está dizendo que as Escrituras nos ordena chamar Jesus de Senhor - ‘A saber: Se com a tua boca confessares que Jesus é o Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo’ (v.9) - . Por que? ‘Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo’ (v.13). Então, esses dois textos colocados em comparação está comprovando que Paulo tem em mente o nome de Jesus, e não o nome de Jeová. Quando Paulo diz no versículo 11: ‘Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido’. Quem é esse? Paulo está citando a Escritura de Isaías 28.16: ‘Portanto assim diz o Senhor Deus: Eis que eu assentei em Sião uma pedra, uma pedra já provada, pedra preciosa de esquina, que está bem firme e fundada; aquele que crer não se apresse’. Os argumentos de Paulo gira em torno de uma Pessoa só; de uma Pessoa que é o centro das Escrituras; de uma Pessoa que Deus tem posto como a salvação da raça humana. Essa Pedra que Deus escolheu, provou e colocou como fundamento da nossa salvação é o Messias, o Cristo. Portanto todo aquele que crer em Jesus Cristo ‘não se apresse’, ‘não seja envergonhado’ ‘não se confunda’, ‘porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo’. No texto de Romanos, onde eles pensam que Paulo está nos mandando invocar o nome de Jeová, está na verdade nos mandando invocar o nome de Jesus. Por dois motivos: Primeiro motivo, o nome de Deus não é Jeová. Se o nome de Deus fosse Jeová iria aparecer nas Escrituras do Novo Testamento. Nos textos em que aparece o tetragrama, não é pronunciado, os apóstolos utilizam o termo ‘Senhor’. Segundo motivo, Paulo não conhecia esse nome ‘Jeová’. Pois as próprias testemunhas de Jeová tem consciência de que esse nome surgiu no século XVI. Ora se esse nome surgiu no século XVI, como é que Paulo poderia ensinar as pessoas de sua época a invocar a Deus chamando-o de ‘Jeová’? Agora veremos o segundo erro gravíssimo que põem em contradição a sua própria doutrina e que mais uma vez mostra que Deus está dificultando a nossa salvação ao não ter preservado a pronúncia do seu nome. Segundo as testemunhas de Jeová a ‘nossa salvação está ligada intimamente a uma correta apreciação e pronunciação do nome de Deus, pois, temos que invocar o nome de Jeová a fim de sermos salvos’. Que contradição! Se o nome ‘Jeová’ é realmente o nome que temos que pronunciar para sermos salvos, então, por que Deus não preservou esse nome? Por que Jesus Cristo não falou nada acerca desse nome? Por que os apóstolos não citava esse nome em suas pregações? Por que quando Paulo 100
chegou em Atenas e viu lá um altar em que estava escrito ‘ao Deus Desconhecido’ não disse: ‘Esse Deus desconhecido é Jeová’? Porque é obvio que o nome de Deus não é Jeová! A salvação não está em invocar o nome ‘Jeová’, pois esse não é a verdadeira pronúncia do tetragrama divino, mas em invocar o nome de Jesus como Senhor. Leiamos Atos 4.10-12: ‘Seja conhecido de vós todos, e de todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, em nome desse é que este está são diante de vós. Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina. E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos’. E, 1ª Coríntios 1.2: ‘À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em todo o lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso’. As testemunhas de Jeová procuram destruir aquilo que os apóstolos querem nos ensinar. Os apóstolos querem nos ensinar que o nome de Deus é invocado através do nome de Jesus; que Jesus Cristo é o herdeiro do tetragrama divino; que o nome divino impronunciável é pronunciado agora no nome de Jesus. Quando alguém diz: ‘Senhor Jesus’, está invocando o Deus do Antigo Testamento revelado em Jesus Cristo. Segundo a leitura de Atos não existe outro nome dado pelo qual seremos salvos, a não ser o nome de Jesus Cristo. A salvação está em invocar o nome de Jesus, e não ‘Jeová’. Portanto, aprendemos que quando os apóstolos chamam Jesus de Senhor, eles têm em mente o tetragrama divino. Agora me digam uma coisa: quando os apóstolos chamam Jesus de Senhor (Kirios), eles queriam dizer que Jesus é a mesma pessoa do Deus de Moisés? Não! O Pai e o Filho não são a mesma Pessoa, mas eles compartilham da mesma natureza divina, e porque eles compartilham da mesma natureza divina são o Criador dos céus e da terra, são o Redentor da humanidade, são o Senhor Soberano de todo o Universo. Então, assim como ao Pai merece o título de único Deus verdadeiro e único Senhor Soberano, a Jesus Cristo, Seu Filho, também é merecido esses títulos. Assim como um filho acaba herdando o nome do seu pai, e é o herdeiro e dono majoritário de toda a herança e riqueza de seu pai, assim também, Jesus Cristo é o Herdeiro majoritário toda a herança do Deus do Antigo Testamento, de modo que o Nome desse Deus é colocado em Jesus Cristo, o nosso Senhor. Se queremos ser salvos, somos salvos em reconhecer que o Deus do Antigo Testamento é revelado em Jesus Cristo, o nosso Senhor. E, quando as testemunhas de Jeová não reconhecem isso, simplesmente, estão se distanciando da salvação prometida no Antigo Testamento e executada no Novo Testamento. 101
Leiamos Filipenses 2.10,11: ‘Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai’. Jesus Cristo é o Adonai! Jesus Cristo é o Kirios! Em Jesus Cristo está manifestado o tetragrama divino. Jesus Cristo é o Senhor revelado a Moisés e aos profetas. E, quando reconhecemos isso estamos dando toda a glória ao Pai, o Deus todo-poderoso. A terceira pergunta que iremos fazer as testemunhas de Jeová é a seguinte: O tetragrama é citado no Novo Testamento? Encontramos nas Escrituras hebraicas e nos manuscritos hebraicos o tetragrama, muito embora os judeus não soubessem mais pronuncia-lo, mas eles deixaram lá, preservado, e o pronunciavam como ‘Senhor’. Mas será que nas Escrituras originais do Novo Testamento os apóstolos deixaram preservado o tetragrama? Iremos ler o que as próprias testemunhas de Jeová disseram acerca disso. Novamente em seu livro ‘O Nome Que Durará Para Sempre’, pág.23, eles escreveram: ‘Nenhum vestígios nos manuscritos gregos dos livros de Mateus à Revelação [Apocalipse] contém o nome de Deus’. São mais de 5 mil manuscritos gregos espalhados nas bibliotecas do mundo inteiro, e em nenhum desses manuscritos encontramos o tetragrama, não se encontra o nome de Deus. Mesmo nos textos citados pelos apóstolos do Antigo Testamento não tem ali preservado o tetragrama. Vamos perguntar as testemunhas de Jeová: Por que o tetragrama não está no Novo Testamento? Por que o tetragrama não está nos manuscritos originais do Novo Testamento? Já que a Bíblia deles, traduzida em 1950, encontramos 237 vezes o nome ‘Jeová’ no Novo Testamento. Por que esse nome não se encontra nos manuscritos gregos!? Vamos ler o que as testemunhas de Jeová vão dizer acerca disso: ‘A igreja apostata cuidou de remover completamente dos manuscritos de língua grega de ambas as partes da Bíblia o nome de Deus’. Então veja que ao acusarem os cristãos de tirarem o nome de Deus dos manuscritos gregos estão colocando em dúvidas a preservação dos manuscritos gregos e a inerrância da Palavra de Deus. Eles estão dizendo que os manuscritos gregos originais do Novo Testamento foram adulterados e alterados! E ao dizerem isso estão mais uma vez se contradizendo. Em seu livro ‘Toda a Escritura é Inspirada por Deus e Proveitosa’, pág. 308, eles escreveram sobre a preservação do texto original do Novo Testamento: ‘Foram as cópias dos manuscritos gregos originais preservadas para nós com o mesmo cuidado que foram os manuscritos do Antigo Testamento? Sim. O texto grego original foi preservado até o dia de hoje’. Ora se os manuscritos gregos foram preservados, então como eles estão afirmando que os apostatas tiraram o nome de Deus dos manuscritos 102
gregos. Isso é contradição! Ora se o nome de Deus não consta nos manuscritos gregos, então não foram os apostatas que tiraram, pois as Escrituras foram preservadas. Se o nome de Deus não consta ali foi porque Deus não colocou ali esse nome; se o nome ‘Jeová’ não consta nas Escrituras originais foi porque Deus não preservou esse nome nos escritos do Novo Testamento. Deus não preservou esse nome no Novo Testamento por única razão: Porque Deus quis que o tetragrama fosse invocado por intermédio do nome de Jesus Cristo. Então não foi a Igreja que tirou o nome de Deus do Novo Testamento e não foi a superstição dos judeus que deixou o nome de Deus impronunciável, mas foi propósito de Deus que o Seu nome não fosse preservado e nem pronunciado no decorrer das era após os escritos sagrados para que o tetragrama divino, o nome eterno de Deus, o Eu Sou, o Eterno, fosse agora invocado e pronunciado por intermédio do Nome de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. De modo que Deus é invocado, glorificado e adorado por intermédio do nome de Jesus! O nome de Jesus é maior do que o nome ‘Jeová’ que surgiu no século XVI. Somos salvos pelo nome de Jesus! Somos perdoados pelo nome de Jesus! Somos purificados e santificados pelo nome de Jesus! Somos filhos de Deus pelo nome de Jesus! Somos curados pelo nome de Jesus! Somos atendidos em nossa orações pelo nome de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo! Leiamos Efésios 1.21: ‘Acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro’. O nome de Jesus está acima de todo nome que se nomeie não só neste século, mas também no século vindouro. Em que século Paulo estava escrevendo? No século primeiro. Quando surgiu o nome ‘Jeová’? No século XVI. Meus irmãos, o nome de Jesus é superior ao nome de Jeová. O nome ‘Jeová’ está subordinado ao nome de Jesus Cristo, nosso Senhor. É nesse nome Jesus que nós somos salvos. É nesse nome Jesus que o Deus Eterno é invocado e glorificado. Então se o nome de Deus não é ‘Jeová’ como eu devo me dirigir a Ele? Como o Senhor Jesus Cristo se dirigia a Deus? Na oração dominical, Jesus nos ensinou: ‘Pai nosso que estás no céus’. Em Romanos está escrito que não recebemos um espírito de escravidão para estarmos outra vez atemorizados [atemorizados também significa que os judeus tinham medo de chamar o nome de Deus], mas nós não recebemos esse espírito de medo, mas o Espírito do Seu Filho que clama: ‘Aba Pai’. A nossa relação com Deus não é apenas uma relação de servo e o Senhor, mas uma relação de filho e Pai; é uma intimidade que temos com Deus. Por isso que não nos preocupamos com a pronúncia do tetragrama pois já nos dirigimos a Deus diretamente chamando-O de Pai, assim como 103
Jesus chamava-O: ‘Meu Pai’. Esse mesmo Espírito que estava em Cristo, agora habita em nós por isso que também chamamos Deus de ‘Nosso Pai’. É errado chamar Deus de ‘Senhor’ em lugar do tetragrama como faz as nossas traduções da Bíblia? No Antigo Testamento o tetragrama divino foi citado mais de 5 mil vezes e as nossas Bíblia o traduz por SENHOR. Raramente em alguma parte é traduzido por ‘Jeová’, e às vezes são traduções antigas da Corrigida, mas atualmente a maioria das traduções da Bíblia retiram esse nome e preferem colocar o nome ‘SENHOR’ em letras maiúsculas. Será que é errado pronunciarmos ‘Senhor’ em vez de ‘Jeová’? As testemunhas de Jeová dizem que é errado, e que temos de chamar Deus de ‘Jeová’. Mas quero dizer que não somos obrigados chamar Deus de ‘Jeová’ por duas razões: Primeira razão, ninguém sabe qual é a pronúncia do tetragrama. Essa pronúncia não foi preservada, não foi citada por Jesus e nem pelos seus apóstolos, e talvez nem mesmo os pais da igreja conheciam essa palavra ‘Jeová’. Segunda razão, os manuscritos do Novo Testamento não chamam Deus de ‘Jeová’, mas de ‘Kirios’, isto é, ‘Senhor’. E se o Novo Testamento não chama Deus de ‘Jeová’ e é uma inspiração divina, nós também não temos a obrigação e nem o dever de chamar Deus de ‘Jeová’. A quarta pergunta que iremos fazer é essa: Se ‘Jeová’ é o único Deus verdadeiro que espécie de Deus é Jesus? As testemunhas de Jeová citam muito João 17.3: ‘E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste’. Aqui é um dos pontos em que as testemunhas de Jeová ficam todo enrolados! Pois eles dizem que ‘Jeová’ é o único Deus verdadeiro, e que não existe outro Deus verdadeiro que não seja ‘Jeová’. Por outro lado, eles acreditam em vários deuses. Eles acreditam que Satanás é um deus, que os anjos são deuses e que Jesus Cristo é um deus. Só aí temos um panteão de deuses. Então, para eles não se contradizerem, afirmam o seguinte: ‘Jeová é o único Deus verdadeiro e quando essa palavra deus é aplicado a outros seres só pode significa duas coisas: primeiro, um deus falso, segundo: meramente um reflexo do Deus verdadeiro’. Então, quando eles dizem isso estão simplesmente se contradizendo. Veja bem! Satanás é um deus está escrito em 2ª Coríntios 4.4: ‘o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos’ para que não entendem o Evangelho. Mas que tipo de deus é Satanás? Um deus falso. Por que Satanás é um deus falso? Leiamos Gálatas 4.8: ‘Mas, quando não conhecíeis a Deus, servíeis aos que por natureza não são deuses’. O que significa ‘por natureza’? Quem é Deus tem natureza divina. E, qual é a natureza de Satanás? Natureza angelical. Satanás é um anjo, então, a sua natureza é angelical. Ora, se Satanás é chamado de deus, mas não tem natureza divina, então, ele é um deus falso. Para ser Deus realmente tem que ter natureza divina, tem que ter os atributos divinos. 104
Como Satanás não tem esses atributos divinos, ele é um deus falso. As testemunhas de Jeová dizem que os anjos são deuses. Se os anjos são deuses, então temos que coloca-los, segundo as testemunhas de Jeová, nessas duas categorias: deus falso ou reflexo do Deus verdadeiro. Se os anjos não são deuses falsos, então segundo as testemunhas de Jeová, os anjos são o reflexo do Deus verdadeiro. Desse modo eles colocam Jesus no mesmo nível dos anjos, pois Jesus, também, é chamado de Deus, mas Jesus não é um deus falso, é um deus que meramente reflete as qualidades de Deus. Quando eles colocam Jesus e os anjos no mesmo nível, estão cometendo várias aberrações. Primeiro, estão contradizendo a Palavra de Deus, porque em Hebreus 1.3 diz que Jesus Cristo é a expressão exata do Ser de Deus. Se Jesus é a expressão exata, não é meramente um reflexo de Deus. Lendo todo o capítulo 1 de Hebreus, veremos que o autor faz uma distinção entre Jesus e os anjos, e coloca Jesus muito superior os anjos. Diz também que Jesus herdou um nome superior aos anjos. Então, Jesus não está na mesma categoria dos anjos. Para o autor aos Hebreus os anjos são servos (v.7), mas Jesus é Senhor, versículo 10 – ‘E: Tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, E os céus são obra de tuas mãos’. Esse texto é uma citação do Antigo Testamento chamando Jesus de ‘Jeová’ – ‘Tu, Senhor’, ‘Tu, Kirios’, ‘Tu Adonai’ ‘no princípio fundaste a terra e os céus’. Mas as testemunhas de Jeová são tão descaradas que traduziram o termo ‘Kirios’ por 237 vezes por ‘Jeová’, mas quando chegam aqui, em Hebreus 1.10, eles não traduzem por ‘Jeová’, mas por ‘Senhor’. Por que eles fazem isso? Porque o autor está chamando claramente Jesus de ‘Jeová’. Enquanto que os anjos são seres criados e servos, Jesus é Deus, como está em Hebreus 1. 8: ‘Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos’. Então, Jesus não pode estar no mesmo nível dos anjos. Pois se colocarmos Jesus no mesmo nível dos anjos, teremos que rebaixar Jesus de sua posição ou elevar os anjos na mesma posição de Jesus. Jesus Cristo é a imagem do Deus invisível, assim, estaremos, também, dizendo que os anjos são a imagem do Deus invisível. Portanto, irmãos, Jesus não cabe dentro dessas duas categorias: nem de deus falso e nem de um deus que reflete meramente o Deus todopoderoso. Jesus só pode ser definido como o Deus verdadeiro no verdadeiro sentido da palavra, sem nenhum outro adjetivo como chama-lo de deus inferior, deus de segunda categoria, um semi-deus, um segundo deus. Ele é o Deus, o Deus que falou com Moisés, o Deus que se revelou aos profetas. Quando Tomé se prostrou diante dEle, após a Sua ressurreição, disse: ‘Senhor meu, e Deus meu’. Então, Jesus se revela como Deus, e não como um anjo. 105
Quinta pergunta: Se Jesus é Deus como Jeová é Deus, então, por que ele disse: ‘Vou para o Pai; porque meu Pai é maior do que eu’ (Jo 14.28). As testemunhas de Jeová gostam desse texto. Se Jesus é Deus, por que ele disse: ‘Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai’ (Mc 13.32). Há um texto em 1ª Coríntios 11.3 que diz: ‘Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo’. Baseado nesse texto as testemunhas de Jeová querem provar que Jesus é um deus inferior a Jeová Deus. Deus é a cabeça de Cristo. No livro ‘Raciocínio à Base das Escrituras, pág. 412 eles escreveram acerca desse versículo: ‘Claramente Cristo não é Deus, e Deus é superior a Cristo’. Prestem bem atenção, irmãos, o que o texto está dizendo. O homem é a cabeça da mulher, assim como Deus é a cabeça de Cristo. Agora me respondam: Pelo fato do homem ser a cabeça da mulher isso significa que a mulher não é humana? A mulher não tem a natureza humana? Em hipótese alguma! Então, nesse texto Paulo não está falando de natureza, mas de posição e relação. Isso significa que o homem é o líder, o chefe. O homem que orienta. E, por outro lado, Paulo, também, está falando da unidade. Pois, se o homem é a cabeça e a mulher o corpo, então, é uma só carne. Quando diz que Deus é o cabeça de Cristo não se refere a natureza, mas a relação e a posição. Na relação, como pessoas, o Pai é maior do que o Filho. Mas, isso não significa que ambos sejam de naturezas diferentes. É dentro dessa relação que interpretamos o texto de João 14.28: ‘o Pai é maior do que eu’, não se refere a natureza, mas se refere a posição e relação entre o Pai e o Filho. Por que o Pai é maior do que o Filho? Por causa da posição. Ele é o Pai! Jesus é o Filho! Os pais são superiores aos filhos, contudo, são da mesma natureza. O fato de um pai ser maior do que seu filho, não faz do filho um ser de natureza inferior ao seu pai. Ambos são humanos. Assim também, o fato de Deus ser o Pai de Jesus, faz de Deus, como Pessoa, maior do que o Filho, mas não o faz de natureza diferente. Ambos têm a natureza divina. Na relação o Pai é maior do que o Filho, mas na natureza ambos são divino. É similar a um presidente e o embaixador. O presidente envia o embaixador, mas ambos tem a mesma natureza. Assim o Pai enviou o Filho, e Jesus disse aquele que envia é maior do que o enviado (Jo 13:16), mas isso não faz do Filho ser de uma natureza inferior a natureza de Seu Pai. Então, a relação entre o Pai e o Filho não ofende e nem afeta a divindade de Jesus. A salvação da raça humana foi planejada antes da fundação dos séculos. Antes de haver céus e terra, antes de existir Adão, antes de haver os anjos, o cosmo, antes de Deus dizer: ‘Haja luz’, antes de qualquer outra coisa, Deus planejou a salvação da raça humana. Em uma reunião secreta, o 106
Pai, o Filho e o Espírito Santo, sem a participação de mais ninguém, estabeleceram como seria a salvação da raça humana. O Pai planejou tudo! Ele sabia que Adão iria cair e vender a herança para Satanás. Sabendo isso, o Pai fez um plano secreto, e nesse plano secreto, Ele colocou o Filho como aquele que iria morrer, por isso que a Escritura diz que ele é o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo, pois, no projeto de Deus e na mente de Deus o Cordeiro deveria ser imolado por nossos pecados. E, ninguém iria impedir esse projeto de Deus. Então, Jesus como a segunda Pessoa da Trindade se submeteu ao plano e projeto de Deus. E, nesse projeto de Deus, ele disse para o Filho: ‘Tu não saberás o dia da tua vinda, isso será um segredo reservado só a mim’. De modo que Jesus Cristo não sabe o dia da Sua vinda, não é simplesmente porque ele era um homem encarnado, mas como Pessoa junto ao Pai. O Pai reservou isso para si. Isso estava dentro do plano e propósito de Deus como Pessoa distinta de Seu Filho. Mas isso não tira de Cristo a sua participação na natureza divina. Isso não afeta Cristo em nada! Pelo contrário, o coloca como alguém submisso e obediente ao Seu Pai. Muita pessoa pensa que Jesus não sabia o dia da sua vinda apenas como homem, mas logo, após a ressurreição ele ficou sabendo. Leiamos Atos 1.6,7: ‘Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel? E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo sua exclusiva autoridade’. A data da vinda de Cristo foi reservada unicamente ao Pai, isso antes da fundação do mundo, quando Ele estavam planejando a salvação da raça humana. Assim Cristo como Pessoa e Filho, e não apenas como Humano, não iria saber o dia do segundo advento. Isso faz do Filho pessoa distinta de Seu Pai, mas não tira de Cristo a Sua consubstancia na natureza divina de Seu Pai. Isso não faz de Cristo um deus inferior, isso comprova a distinção de Pessoas. Pois a doutrina da Trindade não apenas defende a unidade substancial na mesma natureza divina como também defende a distinção de Pessoas. Então, como Pessoas distintas, o Pai planejou, o Filho executou e o Espírito Santo aplicou. Desse modo, o Pai não morreu na cruz, quem morreu na cruz foi o Filho. Mas o Pai planejou, e o Filho executou. Eles são distintos como Pessoas. Se, dissermos que Jesus não sabia o dia da Sua vinda porque estava encarnado como homem, é a mesma coisa que dizer que Jesus não era Deus quando estava encarnado. Porém, a encarnação não anulou a divindade de Jesus. Jesus em carne era 100% Deus e 100% Homem. Após a ressurreição, Ele continuo sendo o mesmo Deus, apenas a Sua natureza humana foi glorificada. 107
Vamos agora partir para outro ponto. As testemunhas de Jeová afirma que Jesus é o arcanjo Miguel. Mas isso não é comprovado nas Escrituras em parte nenhuma. Nenhum texto das Escrituras dize que Jesus é o arcanjo Miguel. Sabemos que os anjos estão divididos em várias classes angelicais. Temos arcanjos, serafins, querubins e anjos. Diz que Miguel era um dos arcanjos. Existem vários arcanjos. Quem são os arcanjos? Arcanjos são os generais, os príncipes, dos exércitos de Deus. Os anjos guerreiros são divididos em várias companhias (exércitos). E sobre esses exércitos, o Senhor colocou chefes (generais) para liderar esses anjos. Esses generais são chamados de arcanjos, isto é, chefe de anjos. Quando os anjos vem para a batalha contra o império das trevas, os generais vem com eles. Quem são os querubins? São os guarda-costas de Deus, são aqueles que conduzem o carro do Altíssimo. São os choferes de Deus, a guarda particular do Altíssimo. Vocês sabem que o Altíssimo tem um trono, e esse trono é móvel, é um trono e um carro ao mesmo tempo. Assim como a arca da aliança era conduzida nos ombros dos sacerdotes, e a arca da aliança representava a presença de Deus, onde ele se manifestava entre os querubins, assim também, o trono de Deus é carregado nos ombros dos querubins. De modo que quando Deus quer se mover dos céus à terra, ele vem conduzido e carregado pelos querubins. Encontramos uma cena dessa em Ezequiel capítulo 1. Aquela visão esquisita é o trono de Deus sendo conduzido pelos querubins. O Senhor utilizou esse carro por duas vezes: a primeira vez foi quando ele desceu no monte Sinai, ele foi conduzido pelos querubins. Quando esse carro pousou sobre o monte Sinai, o monte estremeceu e fumegou. A segunda vez foi quando o Senhor veio destruir Judá por intermédio de Babilônia, Ezequiel mostra Deus vindo em Seu carro sendo conduzido por querubins. Os serafins são anjos que tem como função trabalhar no tabernáculo celestial. São como anjos sacerdotais. São eles que queimam o incenso das orações dos santos diante de Deus. Quando Isaías contemplou Deus no Seu trono, quem colocou uma brasa do altar nos lábios de Isaías foi um serafim. Os serafins são responsáveis pelo serviço no tabernáculo celestial. Aqueles 24 anciãos que estão ao redor de Deus em Apocalipse 4 são 24 serafins que tem como função queimar incenso das orações dos santos. E aos anjos são seres que servem a Deus em várias funções. Eles são soldados, são mensageiros, e outras funções. O arcanjo Miguel é um desses generais, mas ele não é o único, há outros generais, isso prova que Miguel não é Cristo. Em Daniel 10.13: ‘Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu vinte e um dias, e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu fiquei ali com os reis da Pérsia’. 108
‘Miguel, um dos primeiros príncipes’. O que significa? Que além de Miguel há outros príncipes. Que são outros arcanjos. Essa hierarquia foi estabelecida por Deus, e em cada nação há um arcanjo que lidera grupos de anjos para guerrear naquela nação. Não nos é revelado o nome de outros arcanjos. É apenas revelado o nome de um arcanjo, Miguel. Miguel é um chefe guerreiro que luta em favor da nação de Israel. Mas, aqui no Brasil, por exemplo, há outro arcanjo, assim como nos Estados Unidos, Alemanha e todas as outras nações, há arcanjos que lideram os anjos de Deus para guerrear contra as potestades das trevas. Então, se você acredita, assim como as testemunhas de Jeová e os adventistas, de que Jesus é Miguel, e Miguel é um deus, então, você está acreditando em um panteão de deuses. Pois além de Miguel há outros arcanjos que fazem parte do grupo ‘dos primeiros príncipes’. Portanto, isso é uma aberração. No capítulo 10 de Daniel, além de Daniel aparecem três personagens. Um dos personagens é o homem vestido de linho, o outro é o anjo Gabriel que entrega a mensagem a Daniel e o arcanjo Miguel que vem guerrear em favor de Gabriel. Leiamos Daniel 10.5,6: ‘E levantei os meus olhos, e olhei, e eis um homem vestido de linho, e os seus lombos cingidos com ouro fino de Ufaz; E o seu corpo era como berilo, e o seu rosto parecia um relâmpago, e os seus olhos como tochas de fogo, e os seus braços e os seus pés brilhavam como bronze polido; e a voz das suas palavras era como a voz de uma multidão’. Quem é esse ‘homem vestido de linho’? no versículo 18, ele é chamado de ‘um semelhante aos filhos dos homens’. Quem na Bíblia é chamado de ‘semelhante ao filho do homem’? Daniel 7.13: ‘Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um semelhante ao filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele’. E Apocalipse 1.13: ‘E no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro’. Esse homem vestido de linho que se revela a Daniel é o mesmo homem que se revela a João. Em Daniel esse homem ou filho do homem é distinto de Miguel. Miguel é um anjo, mas Jesus que se revela a nós como Filho do Homem, é na verdade, Filho de Deus. Gostaria de encerrar dizendo que nesses dois dias me dediquei apenas na definição da doutrina da Trindade e da Pessoa de Jesus Cristo, que são exatamente essas duas doutrinas que as testemunhas de Jeová procuram mais atacar. Aprendemos que a doutrina da Trindade é mais correta do que a definição que eles dão acerca do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e também, aprendemos que Jesus Cristo não é uma criatura, nem um anjo, nem Miguel, nem um segundo deus, nem um semi-deus e nem um deus inferior. 109
Jesus Cristo é o Filho de Deus! É o único que pode ser chamado de Unigênito Filho de Deus, de modo que ao ser assim chamado, estar sendo chamado de Deus, tendo a mesma natureza de Deus. E como Filho de Deus é Senhor dos céus e da terra, é aquele que foi constituído como nosso Salvador e o único meio que nos conduz ao Pai, porque ele disse: ‘Eu sou o caminho, a verdade e a vida e ninguém vem ai Pai a não ser por mim’. As testemunhas de Jeová ensinam que a salvação é por intermédio da organização deles. Isso é um engano, pois a salvação da raça humana é por intermédio de Jesus Cristo reconhecendo que Ele é o Senhor, o Salvador e o Filho de Deus.
Palestra Ministrada na Assembleia de Deus-Codó[Salém] Em 28 de Novembro de 2010 Sobre a Oração Que Busca Prosperidade Material Visa a Vontade do Homem, Mas a Oração Que Busca a Dependência de Deus Visa a Vontade de Deus Temos estudado nas minhas últimas palestras aqui na Codó [Salém] sobre a oração, de que ela não é um meio de buscar apenas a prosperidade material, mas principalmente, de depender de Deus e estar submisso ao Senhor. Então seguindo o mesmo pensamento, iremos falar sobre a oração que busca prosperidade material visa a vontade do homem, mas a oração que busca a dependência de Deus visa a vontade de Deus. Estamos discorrendo sobre esse assunto, mas não quero que os irmãos entenda que buscar as coisas materiais seja algo errado, pelo contrário, é algo de subsistência para nossa vida. De fato, precisamos e devemos buscar a prosperidade em todas as áreas da nossa vida. Mas quando enfatizo esse tema, tenho em mente aquelas pessoas que buscam os bens materiais independentemente de Deus, confiando apenas em sua própria força física, capacidade intelectual e recursos humanos. Quero dizer que toda a nossa vida, seja material, física e espiritual tem que estar submetida e totalmente dependente do Senhor. De modo que se Ele não nos quiser conceder algum bem em nossa vida, mesmo assim, O serviremos com a mesma disposição, com o mesmo amor e com a mesma dedicação. Iremos começar definindo a vontade de Deus. O que é a vontade de Deus? O termo ‘vontade’, não é uma palavra hebraica e nem grega, mas latim, e significa ‘amorosa disposição de Deus com base em seus decretos e desígnios manifesta em relação ao ser humano’. A vontade de Deus é a ‘amorosa disposição de Deus’ isso significa que nós não coagimos Deus a agir, não subornamos Deus a agir, não conseguimos fazer Deus agir 110
utilizando algum tipo de barganha. É uma disposição amorosa do Senhor em fazer a Sua vontade. E, por causa disso a nossa oração tem que estar fundamentada na vontade de Deus, e não em nossa própria vontade. Então, quando o crente ora a Deus, não está submetendo Deus à sua vontade humana, pelo contrário, quando o crente se dispõe a orar, está orando para se submeter a vontade de Deus. Alguém já me perguntou: ‘a vontade de Deus estar determinada?’. Sim! A vontade de Deus está determinada nas Escrituras. Deus não é o gênio da lâmpada que está a sua disposição para que todas as vezes que você queira fazer algum pedindo é só esfregar a lâmpada, que ele prontamente lhe atende. Não! A nossa oração nos leva a submeter a vontade do Senhor, seja qual for em nossa vida. Com essa simples definição veremos que a vontade de Deus está intrínseca ao caráter de Deus, ou seja, a vontade de Deus está em harmonia ao seu caráter. E qual é o caráter de Deus? Amor, misericórdia, longanimidade, bondade, fidelidade e justiça. Isso significa que o Senhor jamais vai agir contrário aos seus atributos morais. Deus jamais vai realizar alguma coisa que venha de encontro a sua própria natureza divina. E, sabendo que Deus é amoroso, misericordioso, bondoso e justo, a sua vontade, também, é amorosa, bondosa e justa. Segundo o Dr. Eliezer de Lira e Silva ‘o conhecimento de tais atributos divinos é imprescindível para orarmos a Deus com entendimento e sermos respondidos em nossas súplicas. Quanto mais conhecermos a Deus, melhor compreenderemos, aceitaremos e identificaremos a sua vontade para nós’ (9ª lição, do 4° Trim/2010). Então, orar é nos submeter a vontade de Deus. Leiamos dois textos da Palavra de Deus: Romanos 12.2: ‘E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus’. Lemos que temos que renovar nosso entendimento para podermos nos harmonizarmos com vontade de Deus. ‘Não vos conformeis com este mundo’ – sabemos que o espírito deste mundo é um espírito materialista que está apenas buscando prazeres terrenos para satisfação da sua própria alma. Como disse aquele rico insensato: ‘Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga’ (Lc 12.19). Não devemos nos conformar com este espírito, mas buscar a vontade de Deus. Efésios 5.17: ‘Por isso não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor’. Em Romanos 12.12, Paulo diz que devemos renovar nosso entendimento para compreender a vontade de Deus, e em Efésios 5.17, ele está dizendo que não devemos ser insensatos. Esse termo é muito usado nos 111
livros de Provérbios e Eclesiastes que considera o insensato, o tolo, o louco e o ímpio dentro da mesma categoria. O crente não deve ser conduzido por essa insensatez, por essa tolice que existe no mundo, mas deve compreender qual é a vontade de Deus. Podemos dividir a vontade de Deus em vontade geral e vontade particular. O que é a vontade geral de Deus? É o propósito soberano de Deus para com o Cristo, a Criação, as Nações e o Seu Povo. E esse propósito tem como finalidade a glória de Deus. Leiamos Apocalipse 4.11: ‘Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas’. Deus não foi coagido a criar nada, ele criou por sua vontade! A criação não é um ato necessário de Deus, como se Ele tivesse criado porque precisava ter criado e ser adorado. Não! Deus criou por sua livre vontade. Ele criou porque ele quis criar sem nenhuma necessidade. Todavia, diz João Calvino que o propósito final da vontade de Deus é a glória de Deus. Isso significa que todas as coisas que acontecem no mundo estão convergindo e contribuindo para glória de Deus. Significando que no final de todas as coisas, Deus será eternamente glorificado nos santos que estão céu e do mesmo modo como também ele será eternamente glorificado nos injustos que estão no inferno. Nos santos que estão no céu, Ele manifestou o seu amor e aos profanos que estão no inferno, ele manifestará a sua justiça. Então, pelo Amor dele e pela justiça dele, ele é eternamente glorificado. Portanto, não pense que a multidão de pessoas que serão lançadas no inferno foi como se Deus tivesse perdido a batalha e Satanás tivesse sido vitorioso – ‘Óh, rapaz! Satanás foi vitorioso, ele conseguiu arrastar para inferno mais gente do que o Senhor conseguiu arrastar para o céu’. Não, senhor! A multidão que será lançada no inferno, será lançada, também, para glória de Deus, porque nela, Deus vai cumprir a sua justiça. Então, Deus tem um propósito geral, isto é, uma vontade geral, mas tem, também, uma vontade particular, que eu chamo de propósito secundário de Deus para cada indivíduo seja crente ou descrente em relação a vida secular e espiritual. Eu quero dizer que a vontade geral de Deus não deixará de se cumprir, isto é, os seus propósitos que ele estabeleceu de modo geral irão se cumprir, agora, a sua vontade particular para cada indivíduo se cumprirá baseado, também, na vontade do indivíduo. Assim chamo a vontade geral de Deus de vontade incondicional de Deus, independentemente que ela tenha qualquer contribuição humana, Deus a cumprirá. Talvez alguém pergunte: Como Deus vai realizar a sua vontade geral independentemente dos homens? Deus irá conduzir o homem a fazer a Sua vontade, sem prejudicar o livre arbítrio e a responsabilidade moral do homem. De modo que os homens não dirão: ‘Eu fiz porque o Senhor me 112
obrigou’; ‘Eu fiz porque fui forçado’. Não! O homem vai cumprir a vontade de Deus por sua livre vontade, sendo que essa sua livre vontade é a vontade de Deus. Entretanto, a Sua vontade particular, que é a vontade condicional de Deus, ele a cumprirá em nossa vida, mas baseado nas condições que ele estabelecera para cada pessoa. Se cumprirmos as condições, Deus realizará a sua vontade, mas se não as cumprirmos, tampouco, o Senhor a realizará. Como conhecermos a vontade geral de Deus? Temos que conhecer os aspectos da vontade geral de Deus. Assim a vontade geral de Deus é dividida em uma vontade revelada e uma vontade secreta. A vontade revelada, também, chamada de vontade prospectiva ou normativa porque normalmente contém mandamentos e preceitos para a nossa conduta moral, é uma vontade declarada de Deus a respeito do que devemos fazer ou o que Deus ordena que façamos. A vontade revelada de Deus é conhecida por todos, pois o Senhor a revelou, ela está baseada nas normas e preceitos de Deus, mas mesmo que o Senhor não tivesse estabelecido qualquer tipo de lei para nos orientar, mesmo assim, os homens, como criaturas de Deus, feitos a Sua imagem e semelhança, trazem em sua consciência uma certa noção do certo e do errado. De modo que antes de Moisés trazer os mandamentos de Deus, as nações anteriores já tinham os seus códigos morais, e alguns dizem até que Moisés baseou seu código moral no código de um homem chamado Hamurabi, que foi o fundador da civilização da Babilônia, pois, esse é o primeiro código moral que se tenha notícia na História. Assim, as nações antes de Moisés já tinham as suas regras, suas normas e condutas, e seus códigos morais, porque o homem já traz em si essa noção de certo e de errado. Antes de Deus dar a Lei à Moisés, que veio 400 anos depois de Abraão, a Bíblia diz, no livro de Gênesis, que Abraão andava nos preceitos e mandamentos do Senhor (Gn 26.5; 18.19). Que preceitos e mandamentos eram esses que Abraão andava se não existia Escritura nenhuma? Era aquilo que ele recebia de Deus na sua consciência. Portanto, a vontade revelada de Deus é aquilo que Ele requer de cada um de nós e que já está explicitamente revelado nas Sagradas Escrituras, de modo que não chegamos a presença de Deus para pergunta-lO: ‘Senhor, tu queres que eu seja honesto ou desonesto?’. Porque já sabemos que a sua vontade é que todos os homens sejam honestos – ‘Senhor, devo furtar ou não furtar?’. Pois já sabemos que não devemos furtar. O quê então pedimos a Deus? Pedimos para que nos submeta a essa vontade de Deus. A pessoa que tem o vício da desonestidade, tem que pedir a Deus que arranque dele esse vício, e aprenda a se submeter a Deus. De modo que as questões morais já estão reveladas nas Escrituras. Porém, a vontade secreta de Deus, também chamada de vontade decretória de Deus, inclui os seus decretos ocultos pelos quais governa o universo e 113
determina tudo o que vai acontecer. Não descobrimos o que Deus decretou secretamente até que os eventos aconteçam. Leiamos Deuteronômio 29.29: ‘As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei’. As coisas reveladas estão nas leis morais do Senhor, e assim, sabemos qual é a vontade revelada de Deus, e como ele quer que vivamos moralmente nesse mundo. Contudo, há coisas que acontecem que fogem da nossa compreensão, mas não devemos discutir com Deus, pois está dentro da vontade secreta do Senhor. Veja por exemplo a história de Esaú e Jacó. Esaú era o primogênito e Jacó o caçula. Assim a autoridade sobre o clã pertencia a Esaú. Ele seria o herdeiro maior. O cajado que Isaque conduzia, que por sua fez recebera de Abraão, iria passar para Esaú. Esaú que seria o chefe da tribo. Então, as bênçãos de Deus deveria estar sobre Esaú. O que Esaú tinha que fazer? Se submeter a vontade de Deus. Porém, Deus escolheu Jacó contra os direitos de primogenitura de Esaú. Deus, na verdade, era para ter escolhido Esaú, e não Jacó. Porque se Deus quisesse escolher Jacó, poderia, muito bem, fazer com que Jacó nascesse primeiro, mas quem nasceu primeiro foi Esaú. Muito embora, eles fossem gêmeos, mas por ter Esaú saído primeiro do ventre de Rebeca, ele era o primogênito. Todavia, apesar dos direitos de primogenitura, Deus escolheu a Jacó. E, de uma maneira secreta, que nós não entendemos e nem compreendemos, Deus permitiu Jacó enganar Esaú e depois, mais tarde, ter mentido para seu pai, e a sua própria mãe, Rebeca, lhe ajudou a mentir. De modo que a benção que era de Esaú, por direito, se transferiu para Jacó através da trapaça, do engano e da mentira. Mas dentro dessa trapaça, engano e mentira estava se cumprindo o propósito secreto de Deus que ninguém entende. Quer dizer, que Deus usou Rebeca pra mentir? Não! Deus não usou Rebeca pra mentir. Mas de uma maneira que não entendemos, a mentira de Rebeca beneficiou os propósitos de Deus para com Jacó. É isso que chamamos de vontade secreta de Deus. A vontade revelada de Deus era que Rebeca e Jacó não mentissem; era que Esaú não se deixasse ser profano e nem vender seu direito de primogenitura por um ensopado. Também, não era da vontade de Deus que Jacó se aproveitasse dos momentos de fragilidades e fraquezas de seu irmão para compra-lhe sua primogenitura por um ensopado de lentilhas. Pois se seu irmão estava fraco e morrendo, o certo seria era ele ter socorrido seu irmão, e ter-lhe dado pão e sopa. Mas, como trapaceiro, conforme seu próprio nome Jacó indica (que significa enganador ou usurpador), aproveitou da situação para arrancar de seu irmão a primogenitura. Apesar 114
de todas essas confusões, o propósito de Deus, de uma maneira secreta, se concretizou. Veremos o exemplo de José e seus irmãos. Leiamos Gênesis 45.7,8: ‘Pelo que Deus me enviou adiante de vós, para conservar vossa sucessão na terra, e para guardar-vos em vida por um grande livramento. Assim não fostes vós que me enviastes para cá, senão Deus, que me tem posto por pai de Faraó, e por senhor de toda a sua casa, e como regente em toda a terra do Egito’. E Gênesis 50.20: ‘Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida’. Qual era a vontade de Deus revelada para os irmãos de José? Que eles amassem seu irmão. Pois, os irmãos devem amar uns aos outros. Deus não queria que eles tivessem ciúmes e nem inveja de José, mas que eles o amassem. Essa era a vontade revelada de Deus. Deus não poderia simplesmente dizer a José: ‘Vá para o Egito, pois lá eu tenho uma grande obra para realizar em sua vida’. Mas, não disse! Contudo Deus tinha um propósito secreto com José que Jacó e seus filhos não conheciam, de levar José ao Egito, e lá conservar os descendentes de Jacó com vida. Como esse propósito de Deus se cumpriu na vida de José? Pelas práticas injustas, odiosas e perversas de seus irmãos. Mas era da vontade de Deus que eles tivessem esse ódio contra José? Não era! Entretanto, dentro desse ódio, inveja e ciúmes, dentro da injustiça e calúnia que José sofreu na casa de Potifar, dentro do fato dele ter descido ao calabouço e ter ficado lá mais de dois anos esquecidos, dentro de tudo isso, cumpriu-se a vontade de Deus. Alguém perguntou: ‘O lado ruim dos irmãos de José não significa que o demônio estava trabalhando, também, ali junto com Deus? Deus com o seu propósito e usando o demônio para provocar ódio nos irmãos de José? Não! Deus não estava usando o demônio, mas Ele conhece as ações de Satanás, e sabe que ele vai agir daquele modo. Martinho Lutero disse uma coisa que nos deixa perplexo, ‘o Diabo é o diabo de Deus’. Nós não podemos discutir com Deus! Como seus servos devemos nos submeter a Sua vontade. Leiamos Romanos 3.4-8: ‘De maneira nenhuma; sempre seja Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso; como está escrito: Para que sejas justificado em tuas palavras, E venças quando fores julgado. E, se a nossa injustiça for causa da justiça de Deus, que diremos? Porventura será Deus injusto, trazendo ira sobre nós? (Falo como homem.). De maneira nenhuma; de outro modo, como julgará Deus o mundo? Mas, se pela minha mentira abundou mais a verdade de Deus para glória sua, por que sou eu ainda julgado também como pecador? E por que 115
não dizemos (como somos blasfemados, e como alguns dizem que dizemos): Façamos males, para que venham bens? A condenação desses é justa’. A Escritura diz que Deus é verdadeiro e o homem é mentiroso. Se a minha mentira manifesta a verdade da palavra de Deus; então, por que Deus vai me condenar pela minha mentira? Isso significa que ainda que o pecado seja a causa para cumprir o propósito de Deus, como no caso do ódio dos irmãos de José, não isentará o pecador de ser condenado por Deus. Os irmãos de José não poderá dizer: ‘Mas, Senhor, não foi por causa do nosso erro, injustiça e inveja que tu cumpristes o teu propósito na vida de José! Por que, então, nos condenar?’. Portanto, a responsabilidade moral do homem não será dispensada mesmo que com os seus pecados cumpram a vontade de Deus! E, assim, irmãos, as ruindades, as perversidades, as injustiças e as desonestidades que nos acontecem, de algum modo, vão cumprir o propósito de Deus em nossas vidas. Pois ‘todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito’ (Rm 8.28). Nesse mesmo entendimento, afirmo que Adão é o propósito revelado de Deus, mas Cristo o propósito secreto de Deus. Talvez alguém pergunte: ‘Se Deus sabia que Adão iria pecar, porque Ele criou Adão?’. Porque por trás da Queda de Adão, havia uma vontade secreta de Deus, e essa vontade secreta só iria se cumprir se Adão pecasse. Do mesmo modo, Israel e os Gentios. Israel é a vontade revelada de Deus, e os Gentios é a vontade secreta de Deus, que iriam também fazer parte do povo de Deus. A vontade revelada de Deus está expressa nas Escrituras Sagradas, e, também, hoje, podemos conhecer uma boa parte da vontade secreta de Deus, pois, tem-se cumprindo ao longo da história. Porém, antes do seu cumprimento, ninguém conhecia. Israel, por exemplo, não conhecia a participação dos Gentios nas promessas de Abraão. Assim, também, José quando sofria toda aquelas tragédias, não conhecia o propósito de Deus, pois tudo o que acontecia com ele estava em desacordo com os seus sonhos, tudo estava dando errado em sua vida, ele não compreendia. Mas depois que ele chegou ao cargo de governador, entendeu que por trás de tudo aquilo estava a vontade secreta de Deus. Deus é totalmente livre para fazer toda a sua vontade, e tem todo poder para realizar o que Ele quiser e desejar. Leiamos Salmos 115.3: ‘Mas o nosso Deus está nos céus; e faz tudo que lhe apraz’. E, Gênesis 18.14: ‘Haveria coisa alguma difícil ao Senhor? Ao tempo determinado tornarei a ti por este tempo da vida, e Sara terá um filho’. Jeremias 32.17,27: ‘Ah Senhor Deus! Eis que tu fizeste os céus e a terra com o teu grande poder, e com o teu braço estendido; nada há que te 116
seja demasiado difícil. Eis que eu sou o Senhor, o Deus de toda a carne; acaso haveria alguma coisa demasiado difícil para mim?’. Mateus 19.26: ‘E Jesus, olhando para eles, disse-lhes: Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível’. Existe alguma coisa difícil para Deus? Existe alguma coisa impossível para o Senhor? Será que os planos de Deus podem ser contrariados, frustrados e impedidos? Tudo aquilo que Deus quiser e desejar pode fazer! Deus não é coagido, não recebe presente, nem suborno, nem propina e muito menos simonia para fazer alguma coisa. Ele faz quilo que ele quer fazer. Leiamos 1ª Timóteo 2.4: ‘Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade’. E, 2ª Pedro 3.9: ‘O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se’. Deus não quer que ninguém se perca e deseja que todos sejam salvos! Deus não pode ser contrariado e realiza a Sua vontade. Se Ele quer que todos sejam salvos; então, por que Ele não salva? Deus tem meios de conduzir os homens a fazerem a Sua vontade sem obriga-lo. Então, por que Ele não conduz todos à salvação? Sabemos, que muito embora, Deus deseja que todos sejam salvos, nem todos serão salvos. Então, digamos, Deus quer que todos sejam salvos, essa é a sua vontade revelada, mas o fato, de que nem todos serão salvos, é a sua vontade secreta. Portanto, somente Deus sabe porque Ele não salva a todos. E, assim a vontade revelada de Deus é que ele salve a todos, porém, a vontade secreta de Deus é que ele vai salvar apenas alguns, ainda que esses alguns seja uma multidão incontáveis. Leiamos Romanos 9.14-21: ‘Que diremos pois? que há injustiça da parte de Deus? De maneira nenhuma. Pois diz a Moisés: Compadecer-meei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia. Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece. Porque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei; para em ti mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra. Logo, pois, compadece-se de quem quer, e endurece a quem quer. Dir-me-ás então: Por que se queixa ele ainda? Porquanto, quem tem resistido à sua vontade? Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?’. Não podemos replicar a Deus em nada! Não devemos culpar Deus de injusto porque em uma casa ele salva um e deixa o outro perecer. Não é Ele que quebranta!? Não é Ele que usa de misericórdia!? Não é Ele que produz a fé!? Então, por que não produziu a fé no outro? O irmão salvo 117
tanto orou por seu irmão; por que Deus não salvou o seu irmão? Há uma vontade secreta de Deus, que não conhecemos, mas temos que nos submetela e aceita-la. Porque Deus é o Oleiro, e nós, somos os vasos; Ele é Deus e nós somos homens. Vamos estudar um pouco sobre a vontade particular de Deus. A vontade particular é aquilo que Deus quer realizar na vida de cada um de nós. Também chamamos essa vontade particular de vontade secundária porque será realizada segundo as decisões dos homens, contudo, tais decisões não atrapalham Deus cumprir seus propósitos soberanos. Cada cristão deve buscar a Deus para conhecer qual é a Sua vontade particular em sua vida. Estudamos sobre a vontade geral de Deus e virmos que ela é dividida em vontade revelada e vontade secreta. E, assim, sabemos o que devemos praticar para agradar a Deus, e também, sabemos que pode acontecer coisas em nossas vidas que aparentemente estão contrárias à vontade de Deus. E, agora, estamos, vendo, que Deus tem um propósito particular para cada um de nós, e porque não sabemos que proposito é esse, devemos buscar a Deus em oração. A vontade particular de Deus aborda várias áreas da nossa vida: casamento, prosperidade, profissão, habitação, denominação, cargos eclesiásticos, saúde e etc. Por exemplo, o casamento. Com quem eu devo me casar? Devemos começar essa decisão analisando a vontade revelada de Deus para o casamento. O casamento é monogâmico significando que cada um tem que ter apenas um cônjuge. Também, o casamento é dissolúvel até que a morte os separe. O casamento é heterogêneo um homem casa com uma mulher, e uma mulher casa com um homem. Um casamento que se constitui em um jugo desigual não é da vontade de Deus, ou seja, um crente não deve se casar com uma descrente ou vice-versa. O cristão precisa manter uma escala de valores. Alguns pensam que as atividades da igreja vem antes da sua responsabilidade na família. A escala de valores é: Deus em primeiro lugar, depois a família e então a igreja. Alguns confunde Deus com a Igreja. Alguns dizem: ‘Eu tenho que fazer a vontade de Deus, por isso tenho que estar na igreja todos os dias, a minha esposa se incomoda, mas eu não quero nem saber. Se o meu trabalho me impedir de vir a igreja, eu deixo o trabalho’. Não! Em primeiro lugar para agradar a Deus temos que fazer a sua vontade em relação a família, e cumpri o nosso papel de pai e esposo. E a sua vontade é que o pai cuide de sua casa, que eduque o seu filho, que ame sua esposa. Esses valores vem antes das atividades da igreja. E, se a igreja está atrapalhando a pessoa educar seu filho, amar sua esposa e ser um trabalhador para sustentar o seu lar, então, dispense as atividades da igreja para fazer a vontade de Deus em relação a família. 118
Palestra Ministrada na Assembleia de Deus-Codó[Salém] Em 12 de Dezembro de 2010 Sobre Buscar o Perdão Divino é uma Demonstração Total de Dependência de Deus Há muitas definição para ‘pecado’. O pecado é uma afronta contra Deus. Todos os pecados que se acometa, em primeiro lugar, são contra Deus. Davi, por exemplo, em seu pecado de adultério, pecou contra o seu amigo Urias, pecou contra seus soldados e pecou contra a sua nação. Mas em primeiro lugar, o pecado de Davi foi contra Deus. É por isso que ele diz no Salmo 51.4: ‘Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que é mal à tua vista’. Não importa que tipo de pecado cometemos. Se foi contra nossa esposa, nossos filhos, nossos irmãos, esses pecados, em primeiro lugar, são uma afronta contra Deus. Quando ofendemos um irmão, não apenas pecamos contra o nosso irmão, mas naquela afronta contra o irmão, também, pecamos contra Deus. Leiamos Mateus 5.23,24: ‘Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta’. Esse texto mostra as recomendações do Senhor a um adorador que vai diante do altar buscar benefícios. Para que alguém possa tributar a Deus uma adoração verdadeira tem que estar em paz com seus irmãos. Porque se ele ofender seu irmão, ou tiver em falta com irmão, ele não pense que Deus vai desconsiderar aquela situação. Pois, a sua ofensa contra o seu irmão é, também, uma ofensa contra Deus. De modo que ele é impedido de oferecer a Deus a sua oferta – ‘deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai [depressa] reconciliar-te com teu irmão’. Isso vale para todas as áreas da nossa vida, até mesmo, dentro do matrimônio. Leiamos 1ª Pedro 3.7: ‘Igualmente vós, maridos, coabitai com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações’. A nossa convivência com as nossas esposas e nossos filhos podem broquear ou não broquear nossas orações a Deus. A vontade de Deus não é que a gente seja religioso. O que é um religioso? É aquele que cumpre seus deveres religiosos independentemente em que estado esteja suas condições morais. Porém, o propósito de Deus é mudar nossas condições morais, transformar nosso caráter. Não pense que agrada a Deus estar na igreja orando, cultuando, servindo, e em casa brigando e discutindo com a esposa, abusando de sua autoridade com os filhos e em contenta com irmão. 119
Tem pessoa que diz: ‘eu não vou pra escola dominical porque não vou com a cara do irmão que está ensinando na sala’. ‘Quem vai dar a doutrina hoje?’ – ‘O Pb. Fulano’ – ‘Então, eu não vou porque não vou com cara daquele presbítero’ – ‘Eu não vou pro círculo de oração porque não gosto daquela irmã’. Uma pessoa desse tipo está em pecado contra Deus. As suas orações, seus louvores e seus serviços estão sendo broqueados. Pois o mandamento bíblico é que amemos nossos inimigos, quanto mais, nossos irmãos. Como está escrito em Romanos – ‘se depender de vós tendes paz com todos os homens’. Não gostar de uma pregação ou de um ensino é diferente de não gostar da pessoa que está ministrando ou pregando. Não podemos criar um preconceito ou uma antipatia contra o irmão. Esse tipo de comportamento é uma afronta contra Deus. Dizermos que todos os pecados, não importa contra quem seja dirigido, até mesmo um maltrato contra um animal, são, em primeiro lugar, pecados contra Deus, porém, veremos o que Eliú diz sobre os pecados humanos. Leiamos Jó 35.6,7: ‘Se pecares, que efetuarás contra ele? Se as tuas transgressões se multiplicarem, que lhe farás? Se fores justo, que lhe darás, ou que receberá ele da tua mão?’. Eliú está dizendo que o pecado de Jó não atinge a Deus! Qual é o sentido desse texto? Já que aparentemente está em contradição com que afirmamos de que todos os pecados são contra Deus. Todos os pecados tem suas consequências, porém, o pecado não causa nenhuma consequência em Deus, ou seja, Deus não sofre nenhum prejuízo em seu Ser por causa do pecado do homem. Toda consequência e prejuízo do pecado recaem contra a próprias pessoas envolvidas, e não contra Deus, é isso que Eliú quer dizer, pois, no versículo 8, ele prossegue: ‘A tua impiedade faria mal a outro tal como tu’. Quando falo que Deus é afrontado pelos pecados dos homens, refiro-me no sentido de que a justiça de Deus está sendo desobedecida, porém, isso não macula ou causa prejuízo ao Ser santo de Deus. Outra definição de pecado: o pecado é a transgressão liberal e consciente das leis estabelecidas por Deus. Isto é, o pecado se constitui em uma quebra das leis e dos mandamentos de Deus. De modo que só pode existir pecado onde há uma lei estabelecida. Deus estabeleceu, exatamente, as suas leis e seus mandamentos para caracterizar o pecado. Desde que Adão pecou, havia pecados no mundo, porém, Deus precisa tornar esses pecados em crimes e delitos. E, quem tornou o pecado um crime e um delito contra Deus foi a Lei de Deus. Leiamos Romanos 5.13: ‘Porque até à lei estava o pecado no mundo, mas o pecado não é imputado, não havendo lei’. 120
E, Romanos 7.7,8,13: ‘Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás. Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, operou em mim toda a concupiscência; porquanto sem a lei estava morto o pecado. Logo tornouse-me o bom em morte? De modo nenhum; mas o pecado, para que se mostrasse pecado, operou em mim a morte pelo bem; a fim de que pelo mandamento o pecado se fizesse excessivamente maligno’. Pelo mandamento de Deus o pecado revelou sua verdadeira face – ‘excessivamente maligno’. E, assim, por causa da Lei, quem peca é réu de morte. Ezequiel disse: ‘A alma que pecar, essa morrerá’. Porque pecar é cometer um crime ou um delito contra Deus. De modo que a Lei em vez de trazer algum benefício para os homens, trouxe a condenação do gênero humano, pois, demonstrou que o homem é um pecador e digno de morte. Mas qual é o problema? A lei não é boa, santa e espiritual? Então, como pode a Lei que é boa e santa produzir em mim a condenação? A onde está o problema? Está em nós! A Lei veio revelar o que nós, de fato, somos, transgressores. Leiamos 1ª Coríntios 15.56: ‘Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei’. O pecado é o ferrão da morte! O que é aguilhão? Literalmente, é a ponta de ferro, fixada na extremidade de um bastão, para picar os bois, e, também, refere-se ao ferrão na calda de um escorpião. Quer dizer, o pecado vai nos ferrando até sermos destruído pela morte. E o que nos impulsiona cada vez mais para essa morte? É a Lei, pois a lei é a ‘força do pecado’. Quanto mais conhecemos as leis, as normas, os preceitos e as condutas, mais quebramos e transgredimos. Pois a lei se torna uma força para o pecado. Paulo vai dizer que não conhecia a cobiça, se não estivesse escrito: ‘não cobiçarás. Mas o pecado aproveitando o mandamento operou em mim toda sorte de cobiça’. Ele não teve forças para frear os seus desejos em cumprimento a lei. Pelo, contrário, a lei despertou nele esses desejos. De modo, que agora, o pecador peca sabendo que está pecando. É igual quando você diz ao seu filho: ‘não mexa nisso aqui’. Aquilo se torna uma tentação para a criança. Ela vai, vai até mexer naquilo. Você entrega um brinquedo a uma criança e diz: ‘Não quebre!’. Ela vai, vai até quebrar o brinquedo. Onde está o problema? Na própria natureza da criança. E, assim, também, Deus nos deu as suas leis sabendo que não iriamos obedece-la, sabendo que iriamos quebra-la, mas, nos deu, simplesmente, para nos conscientizarmos de que somos pecadores e, de que iríamos necessitar de uma provisão futura que pudesse reverter essa situação. O pecado, também, é uma rebelião contra a Lei moral de Deus. Pecar é exatamente isso, se envolver na rebelião que Satanás iniciou. É 121
tomar o partido contra Deus. É adotar uma estilo de vida independente de Deus; é viver contra a justiça, a moralidade e o governo de Deus. É uma rebelião contra os princípios santos e bíblicos! Leiamos 1ª João 3.8: ‘Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo’. Satanás foi o primeiro que se rebelou contra Deus, e conseguiu seduzir e induzir Adão e Eva à essa rebelião. E doravante, todos nós, como pecadores, estamos envolvidos nessa rebelião contra Deus. O mundo é um local de rebeldes, e está em rebeldia contra Deus. É por isso que se diz que aqueles que são amigos do mundo, se constitui inimigos de Deus. Leiamos Efésios 2.1-3, onde Paulo descreve a natureza dessa rebelião: ‘E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também’. Como são descritos as pessoas do mundo? Como ‘filhos da desobediência’, como ‘por natureza filhos da ira’. Existe uma influência atmosférica, por assim dizer, que conduz esse mundo a um curso de rebelião contra Deus, de modo que os desejos e pensamentos das pessoas são voltados para essa influência demoníaca. De modo, que fazer a vontade de Deus é como nadar contra a maré, isto é, há uma dificuldade muita grande em se submeter a vontade de Deus. Pois somos filhos deste mundo, e para nos voltarmos para Deus é preciso uma operação poderosa do Espírito Santo dentro do interior das pessoas. Está escrito em Romanos que aqueles que estão na carne não podem agradar a Deus. Este estado na carne é este estado de vivência nessa rebelião. As pessoas não podem simplesmente praticar algum tipo de religião ou cerimônia religiosa para atar a sua relação com Deus. Até mesmo algum bem que se pretende fazer, esse bem não será levado em consideração alguma, por causa do estado em que as pessoas se encontram. Todos precisam passar por uma transformação poderosa, e, não há na pessoa nenhuma condição para si transformar a si mesmo. Portanto, não há nenhum recurso humano que nos leve a nos comungar com Deus. Por isso que o texto posterior diz ‘Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou’ (v.4). Então, foi Deus que teve que vir até nós para que pudéssemos mudar nosso estado de ‘filhos da desobediência’ e ‘filhos da ira’ para ‘filhos de Deus’ (1ª Jo 3.1). O pecado é uma ofensa ao caráter e santidade de Deus. De modo que é a própria natureza divina e justa de Deus que exige a morte do pecador. Não que Deus seja carrasco, mas é porque a natureza santa de Deus não 122
pode conviver com a imundícia. Para que Deus pudesse comungar com os ímpios, isto é, atar novamente essa relação com as pessoas pecadoras, sem ofender sua santidade, isso lhe custou um preço altíssimo. Pois alguém santo e justo satisfez a santidade de Deus; ele pagou aquilo que a Lei exigia contra os pecadores. Assim, os pecadores encontraram guarida na presença de Deus. Leiamos Hebreus 10.19: ‘Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus’. Apenas o sangue de Cristo nos possibilitou essa ousadia de podermos nos aproximar do Deus santo e justo. O pecado é uma prática ímpia que distância a pessoa da comunhão com Deus – ‘vossos pecados fazem divisão entre vós e o vosso Deus’. O pecado é como uma barreira que nos separa de Deus. Veremos agora algumas consequências do pecado. O pecado entristece o Espírito Santo. Foi isso que Davi se referiu quando disse no Salmos 51.11: ‘... e não retires de mim o teu Espírito Santo’. O Espirito Santo habita dentro do crente, por isso que o crente não pode alimentar em seu coração a prática do pecado. Essa prática entristece o Espírito Santo. Assim lemos em Efésios: ‘Não entristeçais o Espírito Santo pelo qual fostes selados para o Dia da Redenção’. O Espírito nos foi dado como um selo em que Deus nos lacrou, por assim dizer, para que nós, como a mercadoria, pudesse chegar no dia da redenção sem nenhuma alteração, adulteração no nosso lacre. Mas quando o cristão peca contra Deus e permanece nesse pecado, está quebrando o lacre ou o selo. É como uma pessoa que vai comprar alguma coisa na mercearia, ela não compra nada que não esteja lacrado, porque senão, a pessoa vai achar que o produto foi falsificado. Ora, se você comprar um pote de manteiga, e ao retirar a tampa, e não ver aquele lacre, você fica desconfiado. Assim, também, acontece conosco. Somos uma mercadoria selada, e não podemos chegar lá sem esse selo. Não podemos adulterar o selo. Esse selo é o Espírito Santo. Davi pediu para que esse selo não fosse retirado de sua vida! Sabemos que Davi cometeu um adultério com Bate-Seba e, também, um assassinato contra o esposo dela. E, sabemos que Davi permaneceu nesse estado de pecado aproximadamente um ano. E isso lhe causou muitas consequências, e uma delas foi que Davi entristeceu o Espírito de Deus. E, ele foi separado da sua comunhão com Deus. Davi disse no Salmo 51.11: Não me lances fora da tua presença’. Ele sabia que o pecado fazia isso com a pessoa. Outra consequência, o pecado produz um estado de impureza moral. Foi assim que Davi se sentiu. Ele se sentiu moralmente impuro diante de Deus, como se fosse uma pessoa leprosa. O pecado causa impureza, e a 123
pessoa sente um peso na consciência e uma tristeza muito profundo se estala no coração. Sente-se como uma pessoa imundo diante do Senhor. Desse modo muitas pessoas que vivem uma vida de pecado, evitam a oração, esconde-se de Deus, como Adão e Eva. Quando eles pecaram, a primeira atitude que tomaram, ao ouvir a voz de Deus, foi se esconder de Deus. Porém, essa não é a atitude correta. A atitude correta do pecador ao transgredir a vontade de Deus é correr para Deus, e buscar a purificação. Portanto, o pecado causa uma impureza moral. O pecado destrói a paz com Deus. Paulo, em Colossenses, disse que a paz de Deus é o árbitro em nosso coração. É a paz que vai nos indicar se estamos bem ou mal com Deus. A falta de paz no coração provoca um vazio existencial no interior das pessoas. Às vezes pecamos, e ignoramos que pecamos. Quem, então, vai confrontar o crente em seu estado de pecado contra Deus? A mensagem da palavra de Deus! Essa mensagem vai nos despertar e levar-nos a reconhecer nosso estado caído diante do Senhor. Assim aconteceu com Davi. Ele só reconheceu o seu pecado, depois que o profeta Natã lhe trouxe a mensagem da palavra de Deus. Até então, Davi tinha ocultado o seu pecado, e estava vivendo naturalmente como se nada tivesse acontecido. Mas foi a mensagem de Natã que acordou Davi! Que tocou na consciência do rei Davi. Essa é a importância da mensagem bíblica, da pregação sobre o arrependimento, das mensagens que denúncia os pecados. O que levará o pecador ao arrependimento, não é apenas as pregações sobre as bênçãos de Deus ou o amor de Deus, não será apenas você dizer ao pecador: ‘Jesus te ama’. O pregador precisa mostrar o estado caído e depravado do pecador, e convence-lo de que é um pecador, e que naquele estado de pecado, ele está debaixo da ira de Deus e réu de condenação, para que ele possa se despertar e buscar socorro em Deus. Enquanto a igreja estiver mudando essa mensagem do evangelho do arrependimento para o evangelho da prosperidade, estarão enchendo os templos, mas não povoando o céu.
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Mensagem Ministrada no Culto de Missão na Assembleia de DeusCodó[Salém] Em 19 de Dezembro de 2010 Sobre a História de Mefibosete Leiamos 2º Samuel 19.28, aqui são palavras de Mefibosete: ‘Porque toda a casa de meu pai não era senão de homens dignos de morte diante do rei meu senhor; e contudo puseste a teu servo entre os que comem à tua mesa; e que mais direito tenho eu de reivindicar ao rei?’. Gostaria de falar sobre a vida de Mefibosete. E, quero começar dizendo que Mefibosete perdeu tudo na vida, menos a sua fé em Deus. Mas para isso temos que voltar alguns anos da história e nos localizarmos na época do rei Saul. Saul foi escolhido por Israel pera governar a nação, pertencia a tribo de Benjamim, porém, com o tempo começou praticar vários atos injustos e de desobediência a Deus, foi rejeitado pelo Senhor. Davi, nessa época, começou a ganhar notoriedade diante da nação de Israel, e Jonatas que era filho de Saul, percebeu que Deus estava tomando o reino de seu pai e dando para Davi. Ambos eram muito amigo, e em uma conversa particular, Jonatas disse a Davi: ‘Eu sei que meu pai quer lhe destruir, mas eu quero fazer uma aliança com você. Eu promete-lhe defender e proteger de meu pai, mas você vai me prometer, que quando se tornar rei de Israel, usará de benevolência para com os meus descendentes. Você não vai esquecer de abençoar os meus filhos’. E, Davi, então, fez essa promessa diante de Deus a Jonatas: ‘Se você me proteger, eu prometo que não vou me esquecer de seus descendentes’. Então, os anos foram se passando, e a desgraça foi se aproximando da casa de Saul. E um dia, quando os israelitas resolveram travar batalha com os filisteus (esse dia foi um dia mau para Israel, um dia triste para nação). Porque naquele dia morreram em batalha Saul e três de seus filhos, Jônatas, Abinadabe, e Malquisua. A notícia repercutiu rapidamente e chegou na residência de Saul. E uma mulher que cuidava de Mefibosete, que na época era uma criança de 5 anos de idade, ficou tão agoniada e desesperada com a notícia da derrota de Israel e da desgraça que se abateu sobre Saul e seus filhos, que pensou: ‘rapidamente irão invadir a casa e destruir tudo’. Ela pegou Mefibosete, às pressas, nos braços para fugir. E na sua pressa, ela deixou o menino cair no chão, e daquela queda o menino quebrou suas duas pernas. Ambas as pernas ficaram aleijadas! E, mesmo assim, aquela mulher fugiu com a criança e desapareceu da história de Israel. Os anos foram se passando, e guerras foram travadas entre a casa de Saul e a casa de Davi para a possessão do trono. Até que Davi prevaleceu e conseguiu governar Israel. Todos os descendentes de Saul foram 125
eliminados. Depois do Reino estabelecido, talvez uns vinte anos de governo, Davi se lembra da promessa que fez a Jonatas. Mas durante todo esse tempo a vida de Mefibosete não foi fácil! Ele teve que lidar com a dor; ele teve que lidar com o desespero, a fatalidade e a adversidade. Quando ele completou seus 15 ou 20 anos não sabia qual era aparência de seu pai e nem de seu avô. Teve que conviver com sua deficiência; teve que suportar a discriminação, o desprezo, o preconceito e o vitupério; teve que lutar para sobreviver. A sorte que encontrou na vida, foi um homem chamado Maquir, que se compadeceu dele e o levou para morar em sua casa lá em Lo-Debar, uma cidade depois do rio Jordão, muito longe de Jerusalém. E ali ele ficou. Perdeu tudo! Deveria ser o terceiro descendente que iria sentar no trono da dinastia de Saul. Mas agora vivia de favor na casa dos outros. Dependendo de alguém para carrega-lo e leva-lo para fazer suas necessidades. Foi difícil a vida desse rapaz! Porém, em um belo dia, Davi em seu palácio, depois de ter estabelecido o seu governo e o centro religioso de Israel em Jerusalém, veio à sua mente a promessa que ele fez ao filho de Saul. Veja que Mefibosete não apenas perdeu tudo, mas, também, foi esquecido e desprezado por todos, de modo, que nem mesmo o próprio rei Davi tinha a noção da existência deste descendente de Jonatas. Então, ele perguntou: ‘Será que existe alguém da família de Saul pelo qual posso usar de bondade assim como eu prometi a Deus’. Alguém lhe respondeu: ‘Não conhecemos ninguém, mas talvez um rapaz de nome Ziba pode lhe dar alguma informação’. Quem era Ziba? Ziba era um servo de Saul que apoderou-se de todos os bens e propriedades de Saul, e vivia ali comandando aqueles imóveis como se fosse seus. Davi mandou chamar Ziba, e lhe perguntou: ‘Você conhece alguém da família de Jonatas para qual eu posso usar de misericórdia’. Ziba já temeu o que poderia acontecer, ele respondeu: ‘Existe uma pessoa que mora muito longe, e que será muito difícil de encontra-lo, e além do mais, ele é aleijados dos pés’ – ‘pois vá buscar esse rapaz!’. De fato, Flávio Josefo conta que tiveram que procurar muito Mefibosete. Até que o encontraram, e quando alguém lhe disse: ‘O rei Davi está lhe chamando à sua presença’, ele temeu muito em seu coração, porque era costume que quando um rei assumia um trono mandava executar todos os descendentes do rei anterior para que não viesse tornar no futuro uma ameaça de golpe no governo. Então, Mefibosete temeu muito por isso. Ele achou que Davi iria lhe executar. Quando ele foi levado à presença do rei Davi, ele lhe disse: ‘Mefibosete não tenha medo porque eu quero usar de bondade para com você conforme aquilo que eu me comprometi diante de Deus e diante de 126
Jonatas, seu pai. Eu quero restitui-lo todos os bens e propriedades que eram de Saul e não somente isso, eu quero que Ziba, seus filhos e empregados sejam seus servos e trabalhem para você, mas irei fazer mais do que isso, eu quero lhe convidar para sentar comigo na minha mesa e comer do meu pão, quero que você seja como um dos filhos do rei’. Até aquele momento, Mefibosete se considerava uma pessoa inútil e inválida. Ele não via perspectiva de futuro, mas Deus estava olhando para aquele homem. Deus estava lhe dizendo que a sua vida não iria terminar ali no poço, na miséria, na desgraça e no esquecimento, pois, ele tinha um futuro glorioso. Quando Jonatas teve seu filho, ergueu-o para cima e disse: ‘Seu nome será Meribar-baal’, que significa o ‘herói do Senhor’; àquele que vai destruir os inimigos de Deus’, mas quando a desgraça abateu sobre aquela criança, começaram a lhe chamar Mefibosete que significa ‘vergonha, destruição’. Mas a partir do momento que ele teve um encontro com o rei Davi, sua vida foi mudada e transformada, porque de miserável ele tornouse agora um dos filhos do rei. Aquele que a vida toda se arrastou no chão, iria agora se assentar na cadeira junto com o rei; aquele que foi esquecido e morava em uma cidade longe, mas agora iria morar em Jerusalém. É difícil ouvir música sobre a vida de Mefibosete, é difícil ouvir pregação acerca desse rapaz, é difícil encontrar comentários sobre ele. Muitas pessoas chamam seus filhos de Davi, de Jonatas e até de Saul, mas ninguém coloca o nome de seu filho de Mefibosete. Eu sei que muito embora, nessa noite, ninguém aqui seja chamado por esse nome, há muitas mefibosetes aqui nessa noite. Muitas pessoas que perderam tudo na vida, sofreram fatalidades, adversidades, passaram por angústias profundas e tristezas intermináveis. Mas Deus não se esqueceu de você. A vida de Mefibosete mudou porque encima daquele homem havia uma aliança de Deus. Em nossa vida, também, há uma aliança de Deus. E sua aliança conosco não está baseada nas promessas feitas a Jonatas, mas nas promessas feitas em Jesus Cristo, o nosso Senhor. Jesus Cristo disse: ‘Quem vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora!’. Em sua oração, ele pediu ao Pai: ‘Pai uma coisa eu te peço que todo aquele que crer em mim, nenhum se perca, mas que possam estar comigo no meu Reino e vejam a minha glória; que possam sentar comigo no meu trono, assim como eu venci e me sentei contigo no teu trono’. Mas agora tem um grande segredo na vida de Mefibosete, que apesar da desgraça, da miséria, da deficiência, ele não perdeu a esperança, não se deixou ser abatido e nem vencido, não entregou os pontos, ele disse: ‘Eu vou vencer na vida’ ‘eu vou triunfar’. Então, ele conheceu uma mulher e se cansou com ela, teve uma filho e lhe chamou de Mica que significa ‘quem é semelhante a Deus’. Ele disse: 127
‘aquilo que não consegui, esse rapaz vai conseguir’; ‘aquilo que eu não obtive na vida, esse rapaz vai obter’; ‘fui chamado para ser um herói, mas se eu não me tornar um herói, eu sei que o filho vai se tornar um herói’. De modo que da linhagem de Mica surgiram homens valentes chamados de heróis que conquistaram muitas terras para Israel. Os nossos sonhos podem ser frustrados, e não alcançarmos tudo quanto desejamos nessa vida, mas se Deus fizer uma aliança conosco, nossos filhos irão alcançar e contemplar as bênçãos de Deus. E, irão reconhecer que aquilo que estar acontecendo com eles é em virtude da aliança de Deus sobre nós. Então Mefibosete se encontrava, agora, no palácio de Davi, na casa do rei, comendo do bom e do melhor, e se vestindo bem, sendo servindo e paparicado, mas como nem mundo na vida são flores, sempre vem a provação. Mefibosete foi acusado de desleal, mas ele sempre foi fiel a Deus. Lhe caluniaram! Como aconteceu isso? Depois de muito tempo, um dos filhos de Davi deu um golpe de estado, Absalão, e tomou de seu pai o reino, e Davi saiu como um foragido e fugitivo da cidade de Jerusalém, e algumas pessoas lhe acompanharam. Então, Mefibosete chamou Ziba e lhe disse: ‘Prepara para mim dois jumentos, em um tu coloca mantimentos, e o outro é para que eu vá montado, pois, não vou abandonar Davi nessas horas mais difíceis. Ele foi muito bondoso para comigo, eu não posso agora lhe deixar’. Mas Ziba que era malicioso, e um amigo da onça, daqueles amigos que se você tem não precisa de inimigos; aquele que tem abraço de tamanduá; aquele que na frente é flor, mas por trás é tesoura. Ziba guardava uma mágoa de Mefibosete, ele pensava: ‘Esse cara tomou tudo que eu tinha. Tudo era meu, e Davi meramente lhe deu. Isso não pode continuar assim. Eu vou agora puxar o tapete dele. Essa é a oportunidade’. Têm pessoas que pensam que para subir na vida, precisa puxar o tapete de alguém; precisa pisar em cima de alguém. Esse tipo de pessoa inventa calúnia, difamação para puder conseguir alguma coisa. Ziba preparou os jumentos, e Mefibosete, estava ali, sentado no chão, esperando. Na hora dele ajudar o pobre para montar no jumento, quem subiu foi ele. E, Mefibosete disse: ‘Ei Ziba! O que você está fazendo, meu filho?! Quem deve montar sou eu’. Ziba olhou para ele e disse: ‘Você é um traidor!’. E, pernas pra que te quero. E, ali ficou Mefibosete no chão. A partir daquele momento, Mefibosete entrou em uma tristeza profunda. Diz a Escritura que ele não mais se barbeou, não mais tomou banho e nem mais trocou de vestes. Permaneceu desse modo em humilhação. Quanto a Ziba, seguiu o seu caminho, chegou lá na frente, se encontrou com o rei Davi. Quando Davi viu Ziba, lhe perguntou: ‘Que é isso que trazes?’. Ele respondeu: ‘Estou trazendo jumento para o rei se montar e mantimentos para o rei e seus companheiros’. E, Davi indagou: 128
‘Cadê Mefibosete?’. ‘Mefibosete resolveu ficar em Jerusalém’, respondeu Ziba, ‘pois ele disse que agora o reino seria transferindo para a sua casa novamente, e que ele iria se tornar rei em Jerusalém’. Davi disse: ‘Mas que sujeito mal-agradecido. Ziba! A partir de agora todos os bens que dei a Mefibosete estou transferindo para você novamente’. E, Ziba com aquela cara lavada, aquela cara de pau. Pois é assim a cara de um caluniador e fofoqueiro - uma cara de pau - que se você tivesse um óleo de peroba, passaria na cara dele. Falou mal de você, lhe caluniou, lhe cortou até dizer chega, e agora, vem com a cara bem bonitinha dizendo: ‘A paz do Senhor, irmão! Tudo bem?’. Mas quando Davi retornou novamente ao reino, pois Absalão fora morto e seus homens derrotados, ele se encontrou com Mefibosete. Ali estava o pobre, todo sujo, fedorento, barbudo, tinha sofrido a deslealdade, a calúnia, mas não deixou de ser fiel a Deus e a Davi. Eu quero dizer a todos vocês que a tribulação, a enfermidade, a dor, a miséria, a desgraça, a fatalidade, a tragédia não nos impede de sermos fiéis a Deus! A calúnia e a mentira contra nós, não nos impede de sermos fiéis a Deus! Quando Davi lhe viu disse-lhe: ‘Por que você não foi comigo?’. Ele respondeu: ‘Meu rei! Veja que eu sou aleijado dos pés! Propus no meu coração segui-lo, apesar das minhas deficiências, e servi-lo, mas Ziba me traiu e me enganou, e sei que ele inventou calúnias acerca de mim, contudo, quem sou eu e quem é a casa de meu pai. Todos nós somos dignos de morte, mesmo assim, o rei se compadeceu de mim. Não importa se você tenha dado tudo para Ziba, o que importa é que agora eu posso estar junto do senhor e que o rei voltou em paz’. Ele demonstrou a sua fidelidade e revelou que não estava interessado apenas nos bens materiais, mas estava interessado em ser companheiro e amigo fiel de Davi. Todos nós éramos um mefibosete também. Ninguém dava nada por nós. Vivíamos num mundo totalmente distante das bênçãos de Deus. Éramos aleijados, pois não podíamos andar na presença de Deus. Éramos cegos, pois não poderíamos contemplar as bênçãos do Senhor. Vivíamos longe dEle. Éramos dignos de morte e dignos da fúria e da ira do Rei. Mas Ele se compadeceu de nós e teve misericórdia. Ele nos chamou para estarmos em sua presença. Nós que comíamos aquelas bolotas de Satanás, agora, comemos o pão trazido por Deus, bebemos a água que está na Rocha do Senhor. Água viva! Que produz em nós uma fonte inesgotável! E jorra para a vida eterna! Eu sei que iremos encontrar muitos zibas em nosso caminho, mas iremos permanecer fiéis ao nosso Rei e Senhor Jesus Cristo que demonstrou um amor infinito para conosco ao dar a sua própria vida por nosso resgate. 129
Palestra Ministrada na Assembleia de Deus-Codó[Salém] Em 16 de Janeiro de 2011 Sobre o Buscar o Derramamento do Espírito Santo no Pentecostes
Estamos nesse trimestre estudando o livro de Atos dos Apóstolos em virtude de que esse ano de 2011 é um ano muito especial para as Assembleias de Deus haja visto que estamos completando 100 anos de fundação da Assembleia de Deus no Brasil. E como o livro de Atos é um livro que marcou a história do movimento pentecostal, então, a Assembleia de Deus resolveu iniciar por esse livro a comemoração do aniversário do seu centenário. Qual é a definição teológica do batismo com o Espírito Santo? Segundo muitos comentaristas, é um revestimento de poder que introduz o crente em uma nova dimensão espiritual. Temos que fazer uma distinção entre o derramamento do Espírito Santo com o batismo com o Espírito Santo. O derramamento do Espírito é caracterizado por várias manifestações espirituais, enquanto que o batismo com o Espírito Santo é evidenciado por único sinal. O derramamento do Espírito é constante e repetitivo na vida do crente e na comunidade cristã, mas o batismo com o Espírito Santo é um evento único na vida do crente e não se repete mais. O crente que uma vez foi batizado com o Espírito Santo não terá mais essa experiência, contudo, o derramamento do Espírito, ele poderá experimentar todas as vezes que buscar a Deus com o coração quebrantado. O derramamento do Espírito traz vários resultados, mas o batismo com o Espírito Santo é um desses resultados do derramamento do Espírito Santo. Quando o Espírito Santo é derramado sobre a igreja acontece várias manifestações, alguém profetiza, alguém canta hinos espirituais, alguém estremece, porém, no batismo com o Espírito Santo acontece uma única coisa que iremos ver daqui a pouco. A evidência do batismo com o Espírito Santo é um sinal único, enquanto que as evidências que o crente está cheio do Espírito Santo são demonstrados através da sua vida pelo fruto que ele produz, pelo seu fervor espiritual, pelo ministério que desenvolve na igreja, pelo prazer e desejo que sente em servir a Deus. No Dia de Pentecostes aconteceram essas duas coisas: o Espírito foi derramado sobre os crentes (120 discípulos), e todos eles, nessa ocasião, foram batizados com o Espírito Santo. Nem sempre acontece isso. O Espírito Santo pode ser derramado, hoje a noite, sobre a igreja, mas talvez não acontece o batismo com o Espírito Santo. Podemos dizer que hoje o culto foi cheio do Espírito, que houve várias manifestações do Espírito, mas 130
não houve batismo com o Espírito Santo. Pode acontecer de todos serem cheios do Espírito Santo, mas nem todos serem batizados com o Espírito Santo. Mas no dia de pentecostes aconteceu o derramamento do Espírito e o batismo com o Espírito Santo. Todos foram cheios e todos foram batizados! Alguns comentaristas diz que o batismo com o Espirito Santo habilita o crente a proclamar o Evangelho com mais eficácia, e também, a devotar a Deus um amor mais ardente e sacrifical. Na verdade esses comentaristas estão um pouco equivocados. Pois o crente não precisa ser batizado com o Espírito Santo para ser habilitado a proclamar o Evangelho com mais eficácia e nem devotar a Deus um amor mais ardente e sacrifical. Repito: O crente não precisa ser batizado com Espírito Santo para estar capacitado para pregar o Evangelho e nem precisa ser batizado para demonstrar a Deus um amor mais dedicado. Ele precisa receber o enchimento ou derramamento do Espírito para poder ter essa eficácia e ter esse amor de dedicação a Deus. Não podemos confundir o resultado da regeneração e da santificação com o batismo com o Espírito Santo. O que produz no crente esse amor por Deus é a transformação que recebeu ao se converter, a regeneração. E o que faz ele se dedicar a Deus é a santificação. O batismo com Espírito Santo não é a santificação. O crente, independentemente, que seja batizado ou não, tem que ser um crente santo e dedicado. De onde surgiu essa ideia de confundir o batismo com o Espírito Santo com a santificação? A origem do Movimento Pentecostal sofreu várias influências. E uma dessas influências chama-se Movimento da Santidade. Antes de surgir o Movimento Pentecostal em 1900, havia um movimento chamado de Movimento de Santidade. Esse movimento foi encabeçado por João Wesley. O que João Wesley ensinava? Ensinava que o crente deveria receber uma segunda bênção após a sua conversão. A conversão é a primeira bênção, mas para que o crente pudesse se dedicar a Deus, renunciar o pecado e viver uma vida de vitória tinha que receber uma segunda bênção que era subsequente a salvação. E qual era essa segunda bênção conforme ensinava João Wesley, os metodistas e os irmãos do Movimento da Santidade? Era a santificação. O crente aceitava a Cristo, mas para que ele pudesse se dedicar plenamente a Deus, tinha que receber a santificação sobre a sua vida. Enquanto, o cristão não recebesse a santificação não tinha poder para vencer o pecado e poder para proclamar a palavra de Deus. João Wesley ensinava isso, chamando de santificação total, que é a repugnância pelo pecado, a eliminação dos desejos pecaminosos e uma afeição voltada para as coisas espirituais. Quando o crente recebia essa santificação? Quando ele passava por algumas experiências. Por exemplo, em algum culto do movimento da santidade, alguém experimentava uma alegria extrema ou estremecesse, 131
outros rolavam no chão, gritavam desesperado clamando por perdão e etc. Quando acontecia essas coisas nas comunidades de João Wesley, era entendido que aquela pessoa recebeu essa segunda bênção, que era a santificação. A influência dos metodistas ou movimento da santidade foi muito forte sobre o movimento pentecostal sobre a segunda bênção, é por isso, que muitos comentaristas pentecostais influenciados, ainda hoje, por esses pensamentos de João Wesley afirmam que o batismo com Espírito Santo ajuda o crente a se santificar. Porém, devemos distinguir o batismo com o Espírito Santo da santificação. A santificação é um processo contínuo na vida do crente. É uma obra inacabada. João Wesley ensinava que o crente podia alcançar nessa vida a perfeição, mas, na verdade, ninguém pode alcançar a perfeição nessa vida. Ninguém pode alcançar o clímax da maturidade nessa vida. É um processo que você atinge no dia-a-dia caminhando com Deus. Você pode estar mais santo hoje do que amanhã. Amanhã, você pode pecar e vacilar. Hoje, você estar bem, se sentido santificado. Não há essa santificação total ou essa segunda bênção que ao receber o crente não irá mais pecar. Como, também, o batismo com o Espírito Santo não confere ao crente esse poder de santificação. Porque senão os crentes que são batizados com o Espírito Santo não pecavam. Porém, eles pecam, do mesmo modo, que pecam os que não são batizados. O poder da santificação é recebido através do Espírito que habita dentro do crente independentemente que seja batizado ou não. E ele recebe esse Espírito na regeneração. E esse Espírito dentro dele vai operar a santificação e lhe dar a capacidade de produzir o fruto do Espírito. Também alguns comentaristas pentecostais ensinam que o batismo com o Espírito Santo confere ao crente a eficácia de pregar o Evangelho com poder. Mas, os crentes que não são batizados com o Espírito Santo, também, podem pregar o Evangelho de Cristo com poder. Pois o que é que nos possibilita a pregar o Evangelho de Cristo com poder e eficácia? É o derramamento do Espírito Santo sobre o crente. O crente que é cheio do Espírito, independentemente, se ele fala língua ou não, pode pregar o Evangelho. Por que o pentecostalismo sofreu essa influência de dizer que para pregarmos o Evangelho temos que ser batizados com o Espírito Santo? Houve um homem chamado Charles Fox Parham que começou a compreender que o crente só poderia pregar o Evangelho e fazer missões se for batizado com o Espírito Santo. Todavia, isso causa um desmotivo nos outros crentes, que não são batizados com o Espírito Santo, de pregar o Evangelho. Pois ele irá dizer: ‘Há eu não sou batizado com o Espírito Santo, então, também, não estou 132
capacitado para falar de Cristo a ninguém’; ‘Enquanto Deus não me batizar com o Espírito Santo, eu não vou sair para lugar nenhum para pregar o Evangelho’. No dia de Pentecoste, havia essa urgência de esperar a descida do Espírito Santo, pois, eles não tinham nenhum derramamento do Espírito, nem batismo, não tinham nada. Não tinham nenhum poder, nenhuma manifestação espiritual no meio deles. Mas quando eles receberam o revestimento através do derramamento do Espírito ficaram habilitados a pregarem o Evangelho, pois agora, eles tinham o Espírito. Leiamos em Atos 2.1-4: ‘Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo...’ Vamos parar a leitura aqui! Nesse momento os apóstolos foram habilitados para pregarem o Evangelho de Cristo com poder. Mas aconteceu mais alguma coisa ‘....e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem’. Então na ocasião em que eles receberam o enchimento do Espírito para se tornarem missionários, também, foram batizados com o Espírito Santo, pois falaram em línguas estranhas. Contudo, depois daqui, eles tinham que continuar buscando esse enchimento do Espírito para continuarem a pregar o Evangelho com poder e eficácia. O crente, mesmo que seja batizado com o Espírito Santo e fale em línguas, tem que continuar buscando o enchimento do Espírito para poder pregar o Evangelho com ousadia. Leiamos Atos 4.29,31: ‘Agora, pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças, e concede aos teus servos que falem com toda a ousadia a tua palavra. E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus’. Eles não já tinham recebido a ousadia e o batismo com o Espírito Santo em Atos capítulo 2? E, por que em Atos 4, eles pedem novamente essa ousadia? Porque os que nos concede ousadia para pregarmos é esse enchimento do Espírito. E esse enchimento temos que buscar constantemente, independentemente, se falamos em línguas ou não. Antes do Movimento Pentecostal, muitos pregadores, conhecidos, pregavam o Evangelho com poder sem serem batizados com o Espírito Santo. Temos como exemplo, João Wesley. Ele pregava, e em suas pregações muita gente eram comovidas. Havia cultos em que pessoas caíam no chão de poder, outros estremeciam e sentiam profundo arrependimento, e muitos se convertiam. Havia aquela manifestação poderosa, mas ele não era batizado com o Espírito Santo. 133
Outro exemplo, Jonathas Edwards que pregou o famoso sermão ‘Pecadores na mão do Deus Irado’ e aconteceram coisas extraordinárias durante o momento que ministrava esse sermão, e ele não era batizado com o Espírito Santo, mas era cheio do Espírito. Durante o sermão, ele não precisou, também, estar naquela eloquência de tentar provocar emoções no público. Qual era a sua posição? Nessa época não existia energia elétrica, e muito menos caixa de som, os cultos eram na lamparina, e todos os pregadores só pregavam com manuscritos. E como ele sofria de miopia, e a noite à luz de lamparina piorava, então em uma mão ele segurava o manuscrito próximo aos olhos e em outra mão segurava a lamparina, e simplesmente, leu o seu manuscrito. E, enquanto ele lia o seu sermão, coisas poderosas aconteciam na congregação. Pessoas caíam desesperadas, e se segurando nas pernas das cadeiras, suplicavam por misericórdia e perdão. O Espírito caiu sobre aquela comunidade. Por que Jonathas Edwards estava cheio do Espírito Santo? Porque ele passou três dias em jejum e oração. E, naquele culto houve a manifestação poderosa do Espírito Santo. Alguém teve que transferir as pessoas para outro local, pois, já havia terminado o horário do culto, e estava amanhecendo, e aquele ambiente deveria ser ocupado com outro evento. E tiveram que levar aqueles pessoas, que estavam chorando copiosamente debaixo do poder de Deus, para outro local. E naquela ocasião ninguém falou em línguas, mas foram cheios do Espírito Santo. Então, quem dar esse poder ao crente é essa manifestação do enchimento do Espírito. Você pode ver um crente batizado com o Espírito Santo, mas mofino, sem nenhuma ousadia para pregar, seco e sem nenhuma atividade na igreja, enquanto, há, também, pessoas que não são batizadas com o Espírito Santo cheia de desejo e vontade de fazer e realizar. Isso acontece porque essas pessoas recebem constantemente o enchimento do Espírito, enquanto que aquela pessoa batizada com o Espírito Santo, só foi enchida no dia do seu batismo, e depois, parou de buscar o enchimento do Espírito, que deve ser constante na vida do crente. Por exemplo, segundo as suas qualidades descritas em Atos 18.24,25, podemos dizer, que Apolo era um crente cheio do Espírito, mas que não tinha experimentado o batismo com o Espírito Santo. E assim, como Apolo, o João Wesley, Jonathas Edwards, George Whitefield, Moody, Charles Spurgeon e Charles Finney, todos esses homens eram pregadores eloquentes, eram pessoas que pregavam e havia manifestação do poder de Deus, mas não eram batizados com o Espírito Santo. Charles Finney que foi um dos mentores do grande avivamento nos Estados Unidos, no livro Os Heróis da Fé, em sua autobiografia, ele disse que foi batizado com o Espírito Santo. Mas qual era o batismo que ele acreditava ter sido batizado? Era essa manifestação que leva as pessoas a caírem nos pés de Deus, a chorarem e sentirem a presença de Deus, mas ele 134
não disse que falou em línguas. Então, Charles Finney não falava línguas estranhas, mas disse que fora batizado com o Espírito Santo, hoje, sabemos que ele estava equivocado, mas para ele o batismo era isso, esse enchimento do Espírito. Estava, na verdade, confundido, o enchimento com o batismo. Hoje, os pentecostais distingui o enchimento do Espírito com o batismo com o Espírito Santo. O que evidência que a pessoa foi batizada com o Espírito Santo? As línguas estranhas. Isso é um consenso das Assembleias de Deus e o fundamento da doutrina pentecostal. Temos dois tipos de línguas: a glossolalia e a xenolalia. Quando a pessoa é batizada com o Espírito Santo pode manifestar um desses dois fenômenos das línguas: ou a glossolalia ou a xenolalia. Leiamos 1ª Coríntios 13.1: ‘Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine’. Existem esses dois tipos de línguas: línguas dos homens e línguas dos anjos. É aí que entre a questão entre os pentecostais e os tradicionais. Os tradicionais dizem que as línguas que falaram no dia de Pentecostes eram idiomas e não essas línguas que se falam nas igrejas pentecostais. De fato, no dia de Pentecostes, os discípulos falaram as línguas das nações, mas no movimento pentecostal a língua que se fala é uma língua estranha ou extática. Esse é o motivo porque os pentecostais preferem a Bíblia Corrigida e os tradicionais tenha preferência a Bíblia Atualizada. Leiamos 1ª Coríntios 14.4 nas duas Bíblias e veremos a diferença. Bíblia Corrigida: ‘O que fala em língua estranha edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja’. Bíblia Atualizada: ‘O que fala em outra língua a si mesmo se edifica, mas o que profetiza edifica a igreja’. Na Bíblia Atualizada não consta a palavra ‘estranha’, mas na Corrigida consta, porém na Corrigida a palavra está em itálico, isso significa que esse termo não se encontra nos originais, mas os pentecostais colocaram essa palavra ‘estranha’ para dar a entender que essas línguas que se falavam em Corinto são diferentes das línguas que se falou no dia de Pentecostes. No dia de Pentecostes, eles falaram as línguas que se chama xenolalia, as línguas das nações ou dos homens, mas na igreja de Corinto, falavam as línguas que se chama glossolalia, as línguas dos anjos. Que não são as línguas que os anjos falam, pois, na verdade, anjos não possuem idiomas, eles falam as línguas que quiserem. Mas quando diz ‘as línguas dos anjos’, Paulo quer dizer, línguas celestiais, que não há aqui na terra. A crença fundamental do pentecostalismo é esse: que no batismo com o Espírito Santo, o crente pode falar ou as línguas dos homens ou as línguas dos anjos, ou seja, a xenolalia ou a glossolalia. 135
Para alguns pentecostais no dia de Pentecostes aconteceram dois milagres: o milagre de audição e o milagre de dicção, ou seja, os discípulos falaram as línguas dos anjos, mas as pessoas que estavam ali, ouviram conforme os seus próprios idiomas. Eu, particularmente, creio que de fato os discípulos falaram as línguas das nações. Vamos agora entrar em um assunto mais polêmico: A onde estar escrito na Bíblia que as línguas são evidência do batismo com o Espírito Santo? Quem foi o apóstolo que disse: ‘as línguas são evidência do batismo com o Espírito Santo’?. Ninguém na Bíblia disse isso. Então, teve que existir a primeira pessoa que disse isso para que os demais acreditassem. Quem foi essa pessoa? Charles Fox Parham (18731929). Ele foi a primeira pessoa que disse que a evidência do batismo com o Espírito Santo são as línguas. Por que ele afirmou isso? Na verdade, conforme, os pentecostais, houve, no decorrer da história, várias manifestações das línguas, desde a era patrística até nossos dias. Quer dizer, as igrejas não deixaram de falar em línguas desde a época dos apóstolos. Há duas linhas da história da Igreja. Há uma linha que corre por cima, que é a linha da Igreja Católica e do Protestantismo. E há outra linha que corre por baixo, que são os anabatistas, batistas, metodistas até chegar nos pentecostais. A Igreja Católica e o Protestantismo não falavam em línguas, mas os movimentos que surgiram à margem dessas igrejas oficiais aqui e acolá falavam em línguas. Mas ninguém dizia que essas línguas eram evidência do batismo com o Espírito Santo. Por ser, Charles Fox Parham, a primeira pessoa a dizer isso foi considerado como o pai do movimento pentecostal. Essa afirmação foi o que tornou o movimento pentecostal diferente de todos os demais movimentos. Por exemplo, o movimento da santidade dizia que a evidência era a santificação outros movimentos creditava a evidência a qualquer manifestação espiritual. Mas para o pentecostal, que os caracterizou como pentecostais, foi afirmar que a evidência do batismo com o Espírito Santo era falar em línguas. Porém, Charles Fox Parham ensinava apenas xenolalia como evidência do batismo, e não a glossolalia. Ele dizia que para o crente ser um missionário tinha que buscar o batismo com o Espírito Santo, e receber uma língua de qualquer nação, e ser enviado para essa nação. Ele ensinava que o crente que quer ser missionário não precisa cursar uma faculdade para aprender idioma e depois ser enviado, basta buscar o batismo com o Espírito Santo. Tudo começou quando Charles Fox Parham visitou um movimento chamado restauracionista, e lá viu pela primeira vez, as manifestações das línguas, então, começou a estudar a Bíblia para relacionar essas línguas com a evidência do batismo, então, encontrou no livro dos Atos dos Apóstolos que todas as vezes que alguém era batizado com o Espírito Sato falava em 136
línguas. Foi a partir daí que ele começou a ensinar que a evidência do batismo com o Espírito Santo era o falar em línguas. Ele fundou uma escola bíblica, que teve uma participação de 40 alunos, e ensinava isso aos seus alunos. E um desses alunos, a irmã Agnes Ozman (1870-1937), pediu para que ele orasse por ela a fim de receber esse batismo. Então Parham orou por ela, e ela recebeu o batismo com o Espírito Santo e falou em um idioma (em 01 de janeiro de 1901), que Parham dizia que era o chinês. E, diz que ela passou três dias sem conseguir falar o inglês, e apenas falava em chinês. De modo que essa mulher, Agnes Ozman, é considerada oficialmente como a primeira pessoas a ser batizada com o Espírito Santo com evidência em falar em línguas. Logo após, Parham abriu outra escola em outro local para divulgar esse ensinamento. Ele chamava seu ministério de Missão da Fé Apostólica. E em uma dessas escolas um irmão chamado William Seymour (1870-1922) se matriculou, por ser negro, não lhe permitiram entrar na sala de aula, mas ficar do lá de fora. Seymour recebeu o ensinamento de Parham, e acreditou no que ele disse, e se dirigiu a Los Angeles e começou a pregar sobre essa evidência do batismo com o Espírito Santo. Certa ocasião, ele estava pregando em um das igrejas do movimento da santidade, e quando houve ali uma manifestação do batismo com o Espírito Santo, ele foi expulso daquela comunidade. Pois aqueles irmãos acreditavam que a evidência do batismo era a santificação total, enquanto, que Seymour ensinava que a evidência era o falar em línguas. Então, por causa disso o expulsaram. Então, ele começou a pregar nas casas de alguns irmãos, e como houve a participação de muita gente, se mudou para a Rua Azuza, onde havia um depósito abandonado, e se estabeleceu ali, e ensinava e pregava sobre essas coisas. Foi a partir desse local na Rua Azuza que o movimento pentecostal explodiu. A popularidade de Seymour foi maior do que a de Parham, devido ao fato de Pahram ter sido acusado de se envolver com alguns pecados. Então, era para a Rua Azuza que as pessoas corriam ao ouvir falar da manifestação poderosa do Espírito Santo. Muito embora Seymour fosse uma pessoa negra, semianalfabeta, caolho, sem eloquência, suas mensagens se constitui mais em exortação para as pessoas se arrependerem, depois, parava de pregar, e começava a orar. Durante a sua oração, era que começava acontecer várias manifestações do Espírito Santo, principalmente, o do falar em línguas estranhas. Esse movimento na Rua Azuza duraram três anos, mas durante esse curso espaço de tempo, muitas igrejas influenciadas pelos acontecimentos na Rua Azuza se tornaram pentecostais. E um desses irmãos que frequentou a Rua Azuza, chamado de Alfred Gar, foi batizado com o Espírito Santo, e se convenceu que recebeu um idioma que se falava na Índia, em Calcutá, então pediu para ser enviado à Calcutá. Chegando lá, não conseguiu falar a 137
língua dos indianos, e as línguas que recebeu no batismo os indianos não compreendiam. Então, ele pensou: ‘tem alguma coisa errada nesse negócio, pois, me ensinaram que eu iria receber as línguas das nações, e ninguém entende a minha língua’. Então foi Alfred Gar que fez a modificação no ensinamento de Charles Parham ensinando que as línguas não são apenas os idiomas das nações, mas também, línguas desconhecidas deste mundo, e que apenas Deus conhece. Portanto, hoje, as igrejas pentecostais entende que há esses dois fenômenos nas línguas: xenolalia e glossolalia. Assim, o crente ao ser batizado com o Espírito Santo pode receber as línguas dos homens ou línguas desconhecidas que não se falam aqui na terra. Qual é a importância de se falar em línguas? Pois já falamos que o crente não precisa ser batizado com o Espírito Santo para pregar o Evangelho, e que não precisa ser batizado para se santificar. Então, qual é a importância do batismo com o Espírito Santo? O crente que é batizado com o Espírito Santo tem a possibilidade de receber os dons de línguas! E quais são as vantagens dos dons de línguas? Primeiro, falar em mistério com Deus através da oração, portanto, ele se dirige a Deus em um idioma que apenas Deus conhece, o Espírito ora por ele. Por isso que os pentecostais incentivam os crentes orarem em línguas. Assim, ao orar em línguas, o Espírito ora ao seu favor, de modo que ele está falando a Deus coisas que eram impossível falar com suas próprias palavras; está expressando pra Deus o real sentido do seu coração. Muitas de nossas palavras em oração são hipócritas, mas quando o Espírito estar orando em nós, estão, o Espírito, de fato, expõe o nosso coração diante de Deus. Até mesmo pecados, que não confessamos, o Espírito confessa por nós. Segundo, o crente que fala em línguas recebe uma edificação espiritual, isto é, um fortalecimento que uma pessoa que não fala em línguas não recebe. Pois está escrito: ‘aquele que fala em línguas edifica a si mesmos’. Esse crente recebe uma injeção de ânimo. Terceiro, o crente que fala em língua traz uma mensagem para a igreja quando interpretada. Quarto, o crente que fala em línguas estar glorificando a Deus do fundo do seu coração. Esses são uns dos benefícios do batismo com o Espírito Santo. Outro benefício é que o batismo com o Espírito Santo possibilita o crente receber os demais dons do Espírito. E ainda outro benefício, o crente batizado está possibilitado a ingressar no ministério pastoral, haja vista, que os pentecostais não chama para o ministério de pastor quem não fala em línguas. Outro benefício, o crente que fala em línguas desempenha com maior eficácia o ministério de oração, e, também, expressa com maior entusiasmo a presença de Deus. 138
Esses são os motivos que os crentes devem buscar o batismo com o Espírito Santo, pois lhes possibilita maior eficácia em sua vida de oração e adoração a Deus.
Mensagem Ministrada Numa Campanha no Palmeiras Em 18 de Janeiro de 2011 Sobre Diz o Louco: “Deus Não Existe”
Gostaria de fazer menção da Palavra de Deus no Salmo 14, um versículo muito pequeno e conhecido, mas de um significado, atual, muito poderoso. Salmos 14.1: ‘Diz o louco no seu coração: Não existe Deus’. Texto escrito há milhares de anos trás, mas é como se fosse uma notícia que saiu hoje nos jornais; uma realidade que vermos todos os dias na vida das pessoas que querem criar subterfúgios para não acreditarem em Deus. As mentes mais brilhantes que a História pode nos apresentar tem concebido em seus corações essa triste conclusão. Mas veja que as Escrituras, que são patentes e categorias, considera o homem que não acredita na existência de Deus como uma pessoa louca, insensata, néscia, que perdeu todo o bom senso e lançou de mão todo o seu juízo. A Escritura compara o louco, que diz uma coisa infeliz dessa, pior do que um animal irracional. Porque até mesmo os animais acreditam em Deus, pois o louvam. Mas homens que foram criados a imagem e semelhança de Deus tem a petulância e arrogância de dizerem: ‘Deus não existe’. E a História está marcado de loucos desse tipo. Pessoas que abertamente e descaradamente declararam que Deus não existe e procuram provar a inexistência de Deus. Estamos vivendo em uma época de ateísmo, e há vários tipos de ateus. Há o ateu deísta que até reconhece que se há um Ser supremo, esse tal Ser abandonou a sua criação e deixou os homens entreguem aos seus próprios conflitos e caos. Deus criou os homens, mas virou as costas para a sua criação. Esses ateus dizem: ‘Se Deus existe, então, por que acontecem desgraças no mundo e o mal prevalece? Por que há tantas injustiças e corrupções, e esse Deus não interfere?’; ‘Como o mundo de Deus pode ser tão contaminado de coisas ruins? Então, Deus não existe’. Outros ateus deístas dizem: ‘Se Deus existe, Ele não é todo-poderoso para acabar com o mal’. Há, também, os ateus panteístas. Para eles tudo é Deus e Deus é tudo. Eles não acreditam em um Deus pessoal que se relaciona com os homens. Eles acreditam em um energia cósmica e 139
impessoal que emana na natureza, mas não acreditam no Deus pessoal revelado nas Escrituras. Há o ateu evolucionista, eu o considero como o pior dos ateus. Porque prefere acreditar no absurdo, em coisas totalmente ridículas baseadas em especulações; em teorias e hipóteses totalmente falsas do que atestar a realidade de que Deus existe. Os ateus evolucionistas preferem acreditar que a criação surgiu do acaso, que se originou de matéria inanimada do acreditarem na existência de Deus. Eles preferem acreditarem que a vida se originou de micróbios e amebas do que acreditar que Deus produziu a vida. Mas qualquer cristão, e até mesmo uma criança, que abre a sua Bíblia em Gênesis, capítulo 1 e versículo primeiro, se depara com uma verdade gloriosa que diz: ‘No princípio criou Deus os céus e a terra’. E esse pequeno versículo da palavra de Deus derruba por terra qualquer falácia humana, qualquer teoria científica falsa e qualquer especulação filosófica dos homens que tentam negar a existência de Deus. As Escrituras entram sem nenhuma preocupação de provar a existência de Deus porque ela já vem com o postulado de que Deus existe. E agora os homens tem que sambar e se rebolar, e dormir com essa voz no coração. Homens como Charles Darwin, Friedrich Nietzsche, Richard Dawkins, homens de mente brilhantes, não são capazes de enxergar Deus, mas a Palavra de Deus, na maior simplicidade possível, diz: ‘No princípio criou Deus os céus e a terra’. E toda lucubração cai diante dessa afirmação! Mas se você procura evidências da existência de Deus, posso citar algumas. A primeira evidência de que Deus existe é a fé. Pois está escrito: ‘Sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam’ (Hb 11.6). A fé é firme fundamento das coisas que não se veem, e a convicção das coisas que se esperam. Essa fé é a prova autêntica e verdadeira de que Deus de fato existe. Pois não se pode provar a existência de Deus em laboratório, não se pode colocar o Onipotente dentro de um tubo de ensaio, e depois de várias experiências empíricas, chegar a conclusão que Deus existe. Porque se Deus algum dia se submeter a essas experiências empíricas dos homens, Ele deixa de ser Deus. Então, você não pode com seu raciocínio humano provar a existência de Deus, mas, onde o raciocínio para, a fé ultrapassa. É através da fé que a pessoa acredita em Deus. Está escrito: ‘Pela fé entendemos que o universo foi criado pela palavra de Deus; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é visível’ (Hb 11.3). Isso é fé! Mas se a fé não é suficiente para você, eu invoco os céus e a terra como evidência da existência de Deus. 140
A origem do cosmo, universo, planetas, galáxias. Essas coisas não podem ter surgindo do Big Bang, de uma explosão casual. Não podem vir do caos. Essas coisas atestam que Deus existe. Diz o Salmo 19.1: ‘Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos’. Claro! Pois os homens não podem produzir o universo! Então, apenas um Ser poderoso e inteligente criou todas as coisas. Tem, também, a origem da vida! De onde surgiu a vida? Quando estamos no jardim da infância nos ensinam que o sapo se transformando em um príncipe é um conto, uma lenda, mas quando chegamos na universidade, isso se torna um fato. Porque as pessoas preferem acreditar que o homem veio do angu, da ameba, do que acreditar que veio das mãos de Deus. Contudo, eu quero afirmar que matéria inanimada, sem vida, não pode produzir vida, a não ser o Deus que é vivo e todo-poderoso pode dar origem a vida. A complexidade do universo, a ordem do cosmo, a posição da Terra, do sol e das estrelas. Todas essas coisas provam que existe um projetista, uma mente inteligente que mantém em ordem todas essas coisas, que não são leis cegas que regem o mundo, mas leis imutáveis e inteligentes, criadas por um Ser inteligente e imutável, que é o Deus todo-poderoso. Mas nessa noite, eu quero lhe dizer, que se de fato Deus existe, temos que nos deparar com algumas verdades, das quais não podemos fugir e nem negá-las. Pois certa vez, um crente disse para um ateu: ‘eu tenho fé em Deus, mas se Deus não existir, não irei perder nada com isso! Mas você que não acredita em Deus, e se esse Deus existir de fato, você estar em uma situação difícil’. Sem Deus, toda a tua vida perde o sentido, e não há como encontrar prazer para preencher o vazio da tua alma. Os pensamentos diabólicos que perturbam a tua mente não podem ser expelidos, se você não colocar em seu coração a fé na existência de Deus. Mas para concluir, quero falar de três verdades porque Deus existe. A primeira é que Deus se comunicou com a raça humana. Muito embora, os homens pecaram contra Deus, se distanciaram de Deus, quebraram os mandamentos de Deus, mas Deus encontrou um meio para se comunicar com os homens, não deixou os homens entreguem a sua própria sorte infeliz, caos e confusão. Mas Deus se revelou através da Sua Palavra. Muito tempo atrás, Deus falou por intermédio dos profetas e de seus apóstolos, e esses registros verídicos e verdadeiros foram preservados na Bíblia Sagrada. De modo que você não tem o pretexto de dizer: ‘Se Deus existe porque, então, ele não fala comigo’. Pois, Deus tem um meio de falar com todas as pessoas ao deixar registrado na Bíblia Sagrada a palavra de Deus. Não são palavras de homens, mas Deus usou homens para falar a Sua palavra. Esse é o testemunho fidedigno de que Deus se comunica com os homens. Os homens podem encontrar respostas para seus problemas, para 141
suas perguntas mais filosóficas e teológicas, e até mesmo, para suas especulações, na Palavra de Deus. E a preservação das Escrituras é a prova de que Deus está velando sobre a Sua palavra para a cumprir, muito embora, ao longo dos séculos, homens perversos, cruéis e malvados tentaram destruir as Escrituras. Porém a preservação das Escrituras é um testemunho confiável da evidência do nosso Criador. A segunda verdade, é que se Deus existe, os homens terão de prestar contas de seus atos a Ele. Todas as suas ações, atitudes, seu estilo de vida, e suas decisões serão que ser apresentadas diante de Deus. Como você gastou o seu tempo? Como você administrou o seu corpo? Você ignorou os princípios de Deus? Você estará diante de Deus para prestar contas com Ele! E uma coisa que Deus não tolera é o pecado, e não aceita que os homens vivam de uma maneira alienada dEle, como se Ele não existisse, e desprezem o seu amor e a sua justiça. Você vai se encontrar com Deus! Aquele pecado que você comete, e ninguém ver, Deus está vendo; aquele pensamento perverso e odioso que você guarda no seu coração, ninguém sabe, mas Deus que penetra todas as coisas, conhece os corações dos homens; aquele assassinato que você cometeu, e ninguém viu, Deus viu! E, você terá que prestar contas por isso. Pois Ele é o único que pode dar a vida e tira-la; aquele ato que você praticou, escondido, você diz: ‘ninguém viu’, mas Deus, meu amigo, viu. Deus vê todas as coisas. E, a terceira verdade, é que Deus, que é terrível em sua justiça e não tolera o pecado e a transgressão dos homens, providenciou um meio para salvar a raça humana. Ele sabia que os homens não podiam se chegar a Ele, mas Ele se chegou aos homens; Ele sabia que a justiça dos homens são como trapos de imundícias e que eles eram impossível de serem salvos, então Ele providenciou um meio para alcançar o homem, perdoar os seus pecados e colocá-lo de pé diante dEle naquele grande dia. Esse meio, esse escape, esse caminho, essa verdade, essa vida, é Jesus Cristo de Nazaré, o Filho de Deus. Não existe outro meio, nem outro caminho. Não há religião, nem guia, nem guru e nem ninguém. Só existe Ele! Somente Ele pode te salvar, libertar, perdoar! Onde Ele está? Para que eu possa aceita-lo! Ele está aqui nessa noite lhe chamando: ‘Vem, vem, pecador! Venha arrependido de seus pecados! Vem! E confessa o meu Nome, que eu te aceito’. E aquele que Ele aceita, Ele garante a vida eterna.
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Mensagem Ministrada no 1º Culto de Senhores Na Assembleia de Deus-Codó [Salém] Em 25 de Janeiro de 2011 Sobre O Maior Homem Que Já Viveu Mateus 12.6,41,42: ‘... Eis aqui está quem é maior...’ Baseado nessa palavra, e também, por hoje ser o primeiro culto dos senhores da AD-Codó, logicamente, dos homens, gostaria de falar do Maior Homem que já viveu. O que faz uma pessoa ser um grande homem? Não é a sua capacidade intelectual; não é o seu porte físico; não é o seu recurso monetário; mas o que faz um grande homem é aquele que introduz uma nova mentalidade; aquele que é o divisor de águas; aquele que consegue mudar o curso da história; aquele que se torna o centro da história; de modo que todas as coisas são convergidas nele e se centralizaram nele. E esse Homem é Jesus. Antes dEle, a história é Antes de Cristo, e depois dEle, a história é depois de Cristo. Porque Ele é o centro de todas coisas. Ele é o maior homem que já viveu. Ele é maior do que todos os personagens bíblicos. Ele é maior do que Adão. Adão era uma cópia, mas Ele é o original. Ele é maior do que Enoque. Enoque foi transladado para não ver a morte, mas Ele viu a morte, enfrentou a morte e venceu a morte. Ele é maior do que Noé. Noé construiu uma grande arca e salvou apenas oito pessoas, e Ele com a gota do seu sangue tem salvado milhões e milhões de pessoas. Ele é maior do que Matusalém. Matusalém viveu 969 anos, mas Ele vive pelos séculos dos séculos. Ele é maior do que Abraão. Abraão tornou-se exemplo de fé, mas Ele é o autor da fé. Ele é maior do que Moisés. Moisés aparentemente viu a face de Deus, mas Ele é a expressão exata do Ser de Deus e na Sua face brilha a glória do Deus Altíssimo. Ele é maior do que Josué. Josué era o general do exército de Israel, mas Ele é o Príncipe do Exército do Senhor, diante de quem Josué teve que tirar suas sandálias, se prostrar e adorar. Ele é maior do que Davi, o grande rei de Israel. Porque o próprio Davi teve que reconhecê-lo, quando disse: ‘Senhor meu’. Ele é maior do que Salomão. Salomão pediu sabedoria a Deus, mas Ele é a própria Sabedoria de Deus personificada. Ele é maior do que todos os sacerdotes. Os sacerdotes ministravam em um templo terreno, mas Ele ministra no templo celestial. 143
Ele é maior do que todos os profetas. Os profetas falaram a palavra de Deus, mas Ele é a Palavra de Deus encarnada. Ele é maior do que todos os homens. Todos estão em Suas mãos, todos dependem dEle, tem que comer em Suas mãos. Mas Ele não é apenas maior do que os profetas e os personagens bíblicos. Ele, também, é maior do que os homens da História, maior do que os personagens seculares. Ele é maior do que Sócrates, Ele é maior do que Platão, Ele é maior do Aristóteles, Ele é maior do que Friedrich Nietzsche, Ele é maior do Nabucodonosor, Ele é maior do Alexandre, o Grande, Ele é maior do Ciro, o Persa, Ele é maior do Antíoco Epifânio, Ele é maior do Herodes Antipas, Ele é maior do Pôncio Pilatos, Ele é maior do que o imperador Nero, Ele é maior do Carlos Magno, Ele é maior do Napoleão Bonaparte, Ele é maior do Aldof Hitler, Ele é maior do Osama bin Laden, Ele é maior do Stalin, Ele é maior do Barack Obama, Ele é maior do que Inácio Lula da Silva. Inácio Lula da Silva é considerado como o maior presidente do Brasil, saiu da metalúrgica para governar o País, mas Ele saiu da manjedoura para governar as nações do mundo inteiro. Ele é maior do que todos, meus irmãos! Ele é o maior homem que já viveu neste mundo. Quem é Ele? Esta é a pergunta que todos nós devemos responder! Quem é Ele? Os discípulos tiveram que se deparar com essa pergunta. Foi lá no mar da Galileia, quando a tempestade balançou o barco dos discípulos, eles entraram em desespero. Homens experientes, acostumados com o mar, entraram em desespero. Não tinham a capacidade de dominar aquela situação. Mas Ele estava no barco dormindo. Os discípulos clamaram: ‘Mestre! Ajuda-nos, pois estamos perecendo’. Ele acordou e disse: ‘Não temais! Homens de pequena fé!’. E disse ao vento: ‘Aquieta-te’. E ao mar: ‘Acalma-te’. E houve uma grande bonança. E os discípulos admirados disseram: ‘Quem é este que até o mar e o vento lhe obedecem?’. Naquele momento Jesus deixou de ser o Mestre e o Profeta que os discípulos conheciam, para Ser alguém que eles tinham que decifrar. O Homem que está acima da natureza, e que a natureza tem que se submeter a Sua palavra. Hoje o nosso País está sendo castigado por chuvas, os recursos dos homens de saneamento básico não conseguem deter a chuva. Todos os projetos arquitetônico não conseguem salvar as cidades das tempestades, mas Ele que é maior do que todas as coisas, Ele que maior do que todos os recursos humanos, apenas com uma palavra, Ele pode deter a fúria da chuva, Ele pode deter o tufão, Ele pode deter a tsunami. Os discípulos tinham que resolver essa questão: ‘Quem é este homem?’. Foi em Cesaréia de Filipe, quando Jesus perguntou aos seus discípulos: ‘O que dizem os homens ser o Filho do Homem?’. Eles 144
respondeu: ‘Uns dizem que tu és João Batista, outros dizem que tu és Elias, outros dizem que tu és Jeremias e outros dizem que tu és um dos profetas’. Jesus olhou para seus discípulos, encarou-os e colocou diante deles a questão: ‘Mas vós que dizeis que eu sou?’. Pedro tomou a palavra, naquela hora, e disse: ‘Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo!’. Porque nós temos que ter uma resposta para o homem extraordinário, homem tremendo, homem glorioso, e não há outra, senão que ele é o Filho do Deus vivo, o Cristo prometido, o Messias de Israel! Então, essa é uma pergunta feita a nós nessa noite: ‘Quem é Ele para você?’. O que as Escrituras dizem acerca dele? Em João está escrito: ‘No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. E todas as coisas foram criadas por intermédio dEle, de modo que tudo que existe não teria sido feito senão fosse Ele’. Também está escrito em Colossenses: ‘Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda criação, porque nele foram criadas todas as coisas, as que estão no céu e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam dominação, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado para Ele e por meio dEle. Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por intermédio dEle. Ele é o cabeça da Igreja. É o princípio e o primogênito dentre os mortos. Nele tudo subsiste. Porque foi do agrado do Pai que nEle habitasse toda plenitude da Divindade’. Estamos diante de um homem tremendo e poderoso! As Escrituras não se calam por aí, elas dizem, também, em Filipenses capítulo 2 que: 'Ele subsistindo em forma de Deus, não teve por usurpação, ser igual a Deus. Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de homem, e estando na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, assumindo a forma de servo, e como servo foi obediente até a morte, e morte de cruz. Pelo que Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que está acima de todos os nomes para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor para glória de Deus, o Pai’. Quem é Ele para você?! Para mim Ele é muita coisa! Ele preenche a minha vida! Ele preenche o meu ser! Eu conseguido dizer o que Ele é em cada letra do meu alfabeto: Porque na letra A, Ele é o Alfa; na letra B, Ele é o Bom Pastor; na letra C, Ele é o Cordeiro de Deus; na letra D, Ele é o Deus Forte; na letra E, Ele é a Estrela da Manhã; na letra F, Ele é a Fiel Testemunha; na letra G, Ele é a Geração de Davi; na letra H, Ele é o Homem de Dores; na letra I, Ele é o Intercessor Diante do Pai; na letra J, Ele é Jesus de Nazaré; na letra L, Ele é o Leão da Tribo de Judá; na letra M, Ele é o Mediador; na letra N, Ele é o Nazareno; na letra O, Ele é o Ômega; na letra P, Ele é o Príncipe da Paz; na letra Q, Ele é o Quarto Homem da Fornalha; na letra R, Ele é o Rei dos 145
reis; na letra S, Ele é o Senhor dos senhores; na letra T, Ele é o Tabernáculo de Davi; na letra U, Ele é o Unigênito do Pai; na letra V, Ele é a Videira Verdadeira; na letra X, Ele é o Xerox de Deus; e na letra Z, Ele é o Zelo de Deus. Se você está passando por necessidades, Ele é o Senhor-Jiré que provê todas as suas necessidades; se você está enfermo, Ele é o Senhor-Rafá que cura todas as tuas enfermidades; se você está se sentindo sem paz, Ele é o Senhor-Shalom, a nossa paz; se você está perdendo a batalha, Ele é o Senhor-Nissi, o Senhor é a nossa vitória; se você está sem destino, Ele é o Senhor-Samá, o Senhor está aqui; se você perdeu uma causa na justiça, Ele é o Senhor-Tizequenu, o Senhor é a Nossa Justiça. Ele é todas as coisas por nós! De modo que Ele preenche todo o nosso ser. Ele é o maior Homem que já viveu! Ninguém chega aos seus pés. Ele está cima de todos, e domina sobre todos. O seu modo de vida impactou a raça humana. Ele nasceu em uma pequena cidade, viveu em um bairro pobre, teve uma profissão humilde. Não estudou com os rabinos, mas o seu modo de vida impactou, porque nunca ninguém viveu como Ele. As histórias que estão narradas nos Evangelhos são histórias maravilhosas. De modo que a crítica dos céticos, quando dizem que: ‘Jesus é uma farsa’; ‘Jesus é um mito’; ‘Jesus foi apenas um homem qualquer’. Eles estão produzindo um milagre maior ainda! Porque eles estão tentando nos convencer que pescadores humildes e analfabeto conseguiram produzir uma história tão tremenda, tão gloriosa, que nunca ninguém conseguiu superar uma história dessa. Essa história tem impactado a vida de muitas pessoas, e transforma o estilo de vida de muita gente. De modo que cientistas, arqueólogos e historiadores só podem chegar a uma conclusão que Ele de fato existiu e que as histórias narradas no Evangelho acerca dEle é a mais pura verdade. E toda glória e todo louvor seja tributo a Ele. Os seus ensinamentos tem influenciado, de uma maneira poderosíssima, as pessoas. Os seus sermões belíssimos. Nunca ninguém conseguiu pregar como Ele. Suas palavras tão tocantes, tão penetrantes, tão marcantes na mente e no coração, que os discípulos após 30 anos depois ou 50 anos, foram capazes de reproduzir em detalhes. Suas mensagens têm erguido pessoas do pó, da lama, da sarjeta, da miséria. Os seus sermões são os mais famosos, que melhores pregadores, eloquentes, com suas técnicas de homilética, não podem se comparados aos sermões de Cristo. Ele não pregava para aparecer, Ele pregava com a alma e coração. Tanto faz ser um multidão como uma simples pessoa, o seu sermão, a sua mensagem, a sua pregação, era a mesma. Certa ocasião, os fariseus e sacerdotes enviaram uns soldados para prenderem a Jesus. Ele diziam: ‘Temos que calar a boca desse nazareno. 146
Temos que colocar uma mordaça nesse galileu que diz ser o Messias. Mas o Messias, nós sabemos, vem de Belém. Mas esse aí, ninguém sabe de onde ele veio. Apareceu do nada, e quantas pessoas estão lhe seguindo’. Então os saduceus e fariseus enviaram os guardas para prenderem a Jesus. Aqueles homens foram prender a Jesus, mas não conseguiram, eles voltaram com as mão abanadas. Então, os fariseus e os saduceus lhes perguntaram: ‘Onde está o homem? Por que vocês não o trouxeram?’. Os guardas admirados e de bocas-abertas, queixo caído, disseram: ‘Nunca ninguém falou como este homem’. A Sua voz conquista os inimigos! Não tem coração duro que aguente a palavra de Cristo. Quantos de nós, que estamos aqui, detestávamos o Evangelho; queríamos ver o cão, mas não queríamos entrar em uma igreja evangélica. E hoje, estamos caídos aos pés de Cristo. Porque a palavra de Cristo quebrou esses corações duros. Nunca ninguém falou como ele fala. Eu quero dizer a todos vocês, essa noite, que Ele continua falando até hoje. Está escrito que o testemunho de Jesus Cristo é a voz da profecia. Ele continua usando seus profetas, seus mensageiros, seus pregadores, para falar por intermédio deles. Sejam cultos ou sejam indoutos, Cristo fala por intermédio deles, conquanto que estejam com o coração humilde para receber a Sua palavra. Porque Ele é o Mensageiro Original de Deus. Deus antigamente falava por meio dos profetas, de vários modos e várias maneiras, mas agora, Ele resolveu falar de um só modo, por intermédio do Seu Filho Jesus. De modo que no monte da transfiguração, Deus disse acerca dEle: ‘Este é o meu Filho amado, e é Ele que deve ser ouvido’. Irmãos! É a Ele somente que nós temos que ouvir. E estamos aqui por causa dEle. Sentamos nessas cadeiras para ouvir a palavra dEle. Não tememos os homens, porque ouvimos Ele. Enfrentamos as dificuldades, porque Ele tem falado aos nossos corações. E, para terminar, eu quero dizer que Ele está vivo e voltará. Ele está vivo e prometeu voltar, e Ele há de voltar! Foi o apóstolo João que teve essa grande experiência, quando estava exilado na ilha de Patmos, debaixo de trabalho pesado e forçado, um velho de quase 90 anos, com certeza amarrado em uma corrente, e o seu corpo queimado devido a um óleo quente, onde havia sido lançado, antes de ser preso na ilha de Patmos, diz que ouvi por trás dele uma voz, como de uma grande trombeta. E, diz ele: ‘virando-me para ver quem falava comigo. Eu vi alguém semelhante ao Filho do Homem com as vestes cumpridas, e um cinto de ouro sobre o sua cintura, os seus olhos eram como chamas de fogo, a sua cabeça e o seu cabelo eram branco como a lã e como a neve, a sua voz era como a voz de muitas águas, da sua boca saía uma afiada espada de dois gomes, na sua mão estava sete estrelas, e o seu rosto brilhava como o sol ao meio-dia, quando eu o vi, caí aos seus pés como morto, mas Ele estendeu as 147
mãos para mim e disse: Não temas! Eu sou o Primeiro e o Último. Estou vivo, mas já estive morto, mas aqui estou vivo pelos séculos dos séculos, e tenho as chaves da morte e do inferno’.
Palestra Ministrada na Assembleia de Deus-Codó[Salém] Em 29 de Janeiro de 2011 Sobre os Sinais e Maravilhas na Igreja O que são sinais e maravilhas? ‘São operações extraordinários e sobrenatural de Deus no âmbito das coisas naturais’. São uma suspensão das leis naturais. Isso é milagre, prodígio. Não são fenômeno naturais. São coisas além do natural, são sobrenatural. São fenômenos extraordinários. Sinais, maravilhas, prodígios, milagres são, praticamente, quase que sinônimos para se referir a acontecimentos extraordinários. A Escritura sempre vai usar esses termos. Ela fala de prodígios, de maravilhas, de sinais e de milagres, todos são interferência de Deus nesse mundo natural. Quando o Altíssimo resolve alterar as coisas aqui em baixo usando o Seu poder extraordinário. Quais são os objetivos do milagre? Cito quatro objetivos: primeiro, glorificar a Deus, isso é definido como maravilhas; segundo, expandir o Reino de Deus, são prodígios; terceiro, confirmar a mensagem e o mensageiro de Deus, são sinais; e quarto, beneficiar o ser humano, é milagre de Deus. Um dos objetivos do milagre é glorificar a Deus. Leiamos em Lucas 5.25,26: ‘E, levantando-se logo diante deles, e tomando a cama em que estava deitado, foi para sua casa, glorificando a Deus. E todos ficaram maravilhados, e glorificaram a Deus; e ficaram cheios de temor, dizendo: Hoje vimos prodígios’. Essa é a primeira reação quando há prodígios, e nós ficarmos maravilhados, pasmados e admirados com o poder de Deus, e isso nos leva a glorificar ao Senhor. Deus não opera milagres com o objetivo de promover alguém ou alguma denominação evangélica, nem tampouco transformar o culto em espetáculo ou em show. O milagre tem como objetivo trazer glória para Deus e Seu Filho Jesus. Quando Lázaro adoeceu, o que Jesus disse para seus apóstolos: ‘Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela’ (Jo 11.4). O que virmos em muitas concentrações de curas realizadas por igrejas são pessoas buscarem a glória para si. E pensam que o milagre é 148
realizado por causa do homem. Muitas propagandas dessas concentrações de curas dizem: ‘Venham o ouvir o grande e consagrado homem de Deus’. Mas não é esse o objetivo. O objetivo é glorificar o grande Deus, e não a figura humana para massagear o ego humano. Quando Pedro e João curaram o coxo no nome do Senhor Jesus; o que eles disseram? Isso não aconteceu nem por nossa santidade e nem por nossa virtude, mas por causa do nome do Senhor Jesus. Portanto, toda glória deve estar concentrada em Deus. O segundo objetivo, é expandir o Reino de Deus. É fazer o Reino de Deus crescer, aumentar e prevalecer. Leiamos em Atos 19.20: ‘Assim a palavra do Senhor crescia poderosamente e prevalecia’. E Atos 6.7: ‘E crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé’. E também Atos 12.24: ‘E a palavra de Deus crescia e se multiplicava’. Leiamos também Mateus 12.28: ‘Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, logo é chegado a vós o reino de Deus’. A palavra de Deus crescia através dos milagres, prodígios e maravilhas e prevalecia sobre o reino de Satanás. Pois quando o Reino de Deus está se expandindo e avançando está tomando terreno do reino do diabo. Outra expressão diz ‘crescia e se multiplicava’, esse era o efeito do poder que havia na vida da Igreja. As manifestações de exorcismo e expulsão de demônios no ministério de Jesus Cristo era uma prova de o Reino de Deus estava sendo implantado. A expressão ‘a palavra de Deus crescia e se multiplicava’ é a mesma coisa que dizer que o Reino de Deus estava crescendo e se expandindo através da pregação poderosa dos apóstolos e dos milagres e prodígios que aconteciam na igreja primitiva. Milagres e maravilhas são atos de Deus contra o reino de Satanás. É um saque que a Igreja faz ao reino das trevas. Pois Jesus disse que não se pode tomar os bens do valente se primeiro não maniatar o valente. Então, a Igreja consegue amarrar o valente através do poder, dos prodígios e das maravilhas. Vamos ver nosso terceiro objetivo: confirmar a mensagem e o mensageiro de Deus. Leiamos Atos 2.22: ‘Homens israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, homem aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis’. E também 2ª Coríntios 12.12: ‘Os sinais do meu apostolado foram manifestados entre vós com toda a paciência, por sinais, prodígios e maravilhas’. Essas manifestações de Deus está colocando um selo no ministério do mensageiro do Senhor. Jesus Cristo demonstrou que era enviado e aprovado por Deus através das coisas que Ele realizava. Haja vista que os saduceus, os fariseus e os escribas não operavam esse tipo de maravilhas que Jesus Cristo operava. 149
Em 2ª Coríntios 12.12, Paulo cita as credenciais de um apóstolo. Sabemos que o apóstolo Paulo não fazia parte do grupo dos Doze, mas ele era um apóstolo enviado aos gentios, e a sua autoridade apostólica estava sendo questionada na igreja de Corinto – ‘Paulo não é um dos apóstolos. Paulo nem sequer esteve com Jesus, e nem fazia parte dos apóstolos originais. Ele não tem autoridade apostólica’. Então, Paulo, em 2ª Coríntios, reivindica sua autoridade apostólica. E uma das coisas que ele cita como confirmação do seu apostolado são sinais, prodígios e maravilhas que ele realizava em nome do Senhor Jesus. Irmãos, os milagres e prodígios vem para confirmar a mensagem e o mensageiro de Deus. Porém, temos que levar em consideração algumas coisas: primeiro, hoje não precisa mais realizar milagres para provar que Jesus é o Cristo. Porque os milagres que Jesus Cristo realizou, e ficaram registrados nas Escrituras, já são provas suficientes para comprovar que Ele é o Messias enviado de Deus. Segundo, também, não precisamos mais de milagres para provar que a Igreja Cristã é o povo de Deus porque os apóstolos já provaram, registrado em Atos do Apóstolos, através dos sinais que Deus estava operando naquela Igreja. Terceiro, não tampouco, precisamos realizar milagres para provar que Deus está vivo. Pois tudo quanto prova que Deus está vivo está registrado nas Escrituras. Agora temos que acreditar no que está nas Escrituras para obedecermos a Deus. Muitas pessoas, quando estão pregando, querem desafiar. Essa semana mesmo, eu ouvi um pastor dizendo: ‘você venha pra igreja porque se o meu Deus não operar em sua vida é porque esse meu Deus está morto’. Mas não precisa mais de nenhum milagre para autenticar Deus e Jesus e a identidade da Igreja. Contudo, o servo de Deus precisa dos milagres e prodígios para autenticar o seu ministério cristão. Todavia, temos que levar em consideração que nem todos os crentes operam milagres. Leiamos 1ª Coríntios 12.29,30: ‘Porventura são todos apóstolos? são todos profetas? são todos doutores? são todos operadores de milagres? Têm todos o dom de curar? falam todos diversas línguas? interpretam todos?’. Qual seria a resposta dessas perguntas? Um sim ou um não? Um não! Porque a construção grega desses versículos exigisse uma resposta negativa. É como uma pergunta retórica que a resposta está na própria pergunta. Portanto, nem todas as pessoas irão realizar milagres ou prodígios durante a sua vida cristã. Mas, alguns ministros, em casos especiais, quando são enviados a determinados locais, eles precisam realmente da confirmação e aprovação de Deus, de que de fato, ele foi enviado por Deus. E, por último objetivo, é beneficiar o ser humano. Leiamos Atos 4.22: ‘Pois tinha mais de quarenta anos o homem em quem se operara aquele milagre de saúde’. 150
Veja que foi um grande benefício na vida daquele pobre mendigo que há 40 anos vivia se arrastando até o Templo para esmolar. Então, o milagre produziu um grande impacto de transformação em todas as áreas da vida daquele homem. Por ser um benefício podemos dizer que o milagre é um favor imerecido. De modo, que nenhum de nós merecemos o milagre, tanto como também não merecemos a salvação. Então, o crente não pode reivindicar de Deus algum benefício baseado em sua própria justiça – Senhor! Sou teu servo, eu faço a tua obra, eu temo o teu nome’. Não devemos basear a nossa reivindicação do milagre, do prodígio ou qualquer outra manifestação de Deus, nessas coisas, mas unicamente em Jesus Cristo, em Seu sacrífico e na Sua graça. Quando o crente resolver desenvolver esse ministério de milagres e prodígios, ele tem que ter em mente, em primeiro lugar, a glória de Deu e o benefício das pessoas. Leiamos Mateus 20.34 que vai mostrar que Jesus Cristo procurava o benefício das pessoas quando realizava seus milagres. Quer dizer, veremos a motivação de Jesus ao curar as pessoas, e que deve ser, também a nossa motivação ao pedir a Deus para nos usar. Mateus 20.34: ‘Então Jesus, movido de íntima compaixão, tocoulhes nos olhos, e logo viram; e eles o seguiram’. Nós iremos sempre encontrar essa expressão nos Evangelhos: ‘Jesus movido de íntima compaixão’. E algumas pessoas que Ele curou até mandou que não dissessem a ninguém. Porque o objetivo de Jesus era o benefício das pessoas. Quando Ele curou aquele homem que estava no tanque de Betesda, o texto diz: ‘E Jesus, vendo este deitado, e sabendo que estava neste estado havia muito tempo, disse-lhe: Queres ficar são?’ (Jo 5.6). Portanto, esse é um dos objetivos de Deus operar no meio do Seu povo, beneficiar o ser humano. O poder de realizar milagres é prerrogativa divina. O que é prerrogativa divina? É o direito que cabe unicamente a Deus. Isso significa que mais ninguém realiza milagres a não ser o Deus Todo-Poderoso. O Deus que criou todas as coisas, e também, criou as leis naturais, é o único que pode alterá-las, modificá-las para alcançar seus objetivos especiais. Algumas pessoas dizem: ‘Mas que Deus é esse que Ele próprio quebra suas leis’. Mas, leiamos Deuteronômio 32.39: ‘Vede agora que eu, eu o sou, e mais nenhum deus há além de mim; eu mato, e eu faço viver; eu firo, e eu saro, e ninguém há que escape da minha mão’. Deus pode fazer todas as coisas! Ele pode alterar as leis naturais. Ele pode intervir no próprio curso das coisas naturais. O Pai realiza milagres, o Filho realiza milagres e o Espírito Santo realiza milagres. Veremos alguns textos. 151
Daniel 6.26,27: ‘Da minha parte é feito um decreto, pelo qual em todo o domínio do meu reino os homens tremam e temam perante o Deus de Daniel; porque ele é o Deus vivo e que permanece para sempre, e o seu reino não se pode destruir, e o seu domínio durará até o fim. Ele salva, livra, e opera sinais e maravilhas no céu e na terra; ele salvou e livrou Daniel do poder dos leões’. Mateus 4.23: ‘E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo’. Atos 10.38: ‘Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele’. E Hebreus 2.4: ‘Testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade’. Quando Jesus esteve ministrando por três anos e meio, Ele operava maravilhas pelo Seu poder divino, e também, pelo poder do Espírito Santo; algumas vezes Ele agia por Seu próprio direito e prerrogativa divina, e outras vezes, Ele deixava o Espírito Santo usar a Sua humanidade para operar milagres e prodígios. Agora surge a seguinte pergunta: Satanás tem o poder de realizar milagres? Leiamos 2ª Tessalonicenses 2.9: ‘A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira’. Então, vejam irmãos, que Satanás é um criatura espiritual poderosa, isso significa, que ele está acima das coisas naturais. Ele tem poder maior dos que os homens e do que qualquer projeto tecnológico humano. Pelo fato do espírito está sobre a matéria, ele pode exercer certa influência sobre a matéria. Muito embora, seja um poder limitado, e ele não tem a capacidade de fazer tudo quando Deus faz, pois Deus é Todo-Poderoso, mesmo assim, ele pode realizar alguns ‘milagres’ que a Bíblia chama de ‘prodígios de mentira’. Leiamos Mateus 24.24: ‘Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos’. Satanás vai inspirar os seus servos e conferi-lhes poder para realizar esses sinais e prodígios para se possível enganar e confundir os santos. Por isso que a casos em há milagres e manifestações espirituais não significa que Deus esteja operando, pode ser a operação de um espírito mentiroso. Por isso que temos que ter o dom de discernir os espíritos. Satanás pode operar coisas espantosas. Agora por que é que Deus permite o diabo realizar esses ‘milagres’? Em primeiro lugar, Deuteronômio 13.1-3, diz que é para provar o povo de Deus – ‘Quando profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti, e 152
te der um sinal ou prodígio, e suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los; Não ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos; porquanto o Senhor vosso Deus vos prova, para saber se amais o Senhor vosso Deus com todo o vosso coração, e com toda a vossa alma’. O que é que tem que estar acima das manifestação? Os princípios cristãos. A moralidade cristã tem que estar acima dos milagres, tanto como também, a doutrina ortodoxa da palavra de Deus. De modo que se você ver um local realizando milagres e prodígios, em que as pessoas não tem temor a Deus e nem lá se prega a genuína palavra de Deus, você pode reprovar aquele movimento. Esses movimentos são para nos provar, por isso que não podemos nos deixar seduzir – ‘Ah, eu vou sair da minha igreja, e vou pra li, porque Deus está operando ali, porque ali tem milagres, tem prodígios e aqui não tem nada’. E às vezes o pastor daquele movimento é um desmantelado, ganancioso e avarento, não ensina a salvação e nem a palavra de Deus às suas ovelhas, mas apenas esses movimentos. Temos que ter cuidado! Em segundo lugar porque Deus permite o ‘milagre’ por parte de Satanás é para reprovar os que não são seu povo. Quando a pessoa quer permanecer no erro e não quer seguir a verdade, irá acontecer cada vez mais prodígio para que essa pessoa acredite cada vez mais na mentira. Leiamos novamente 2ª Tessalonicenses 2.9 até 13: ‘A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira. E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. Por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade. Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade’. Eleitos e não-eleitos! Os eleitos são advertidos para não crerem na operação satânica, e os não-eleitos são cada vez mais influenciados para mergulharem cada vez mais na lama da imundícia, da mentira e do engano de Satanás. Veremos agora que quando acontece um fenômeno há cinco fontes que deram origem aquele fenômeno. Primeira, a mágica. A mágica é uma habilidade manual produzida pelo homem. Então, é uma fonte humana, cuja características são truque, ilusionismo e controle humano. Exemplo: o coelho na cartola. Mágica não é milagre e nem um evento sobrenatural, mas uma manipulação humana. O mágico não é um milagreiro, mas uma pessoa que tem muita habilidade para fazer truques. Segunda fonte, psicossomática, isto é, a mente sobre a matéria. Suas características são hipnose e ‘exige fé’, seu poder é limitado. Por exemplo: 153
curas psicossomáticas. Essas coisas acontecem muito em movimentos que enfatizam muito o poder positivo da mente. Principalmente nas religiões orientais como o budismo e hinduísmo. Que ensinam sobre essa questão da mente controlando o corpo através de técnicas de meditação, levitação e yoga. Sabemos que há um certo poder da mente sobre o corpo que pode chegar a curar algumas enfermidades, porém, essas doenças são, também, psicossomáticas. Assim também, muitas das curas que acontecem nos movimentos da confissão positiva ou palavra da fé são baseadas no poder da mente. A maioria dos ensinamentos desses profetas da confissão positiva, como Kenneth Hange, Beny Hinn e outros são sobre o poder da mente – ‘você pensa em algo, confessa-o e acontecerá’. Os representantes desse movimento aqui no Brasil é o R.R. Soares, Valnice Milhomens e alguns outros pastores. Há um livro muito antigo que fala sobre isso, o livro a Quarta Dimensão, do pastor David Young Cho ou Paul Young Cho. E, muitas dessas curas produzidas pelo poder da mente, também, envolve a hipnose. Já foi feito pesquisas em depoimentos de pessoas ditas curadas nesses movimentos, que de fato, confessaram que não foram realmente curadas, mas apenas naquele momento sentiram-se curadas. Quando diz ‘exige fé’ essa fé não é a fé em Deus, mas a fé na fé. É a pessoa acreditar que vai acontecer, independentemente, que seja da vontade de Deus ou não. Pois essa fé mental tem o poder de fazer o próprio Deus se submeter a sua determinação porque você está determinando na fé. E a fé para eles é uma lei que está acima de Deus. O próprio Deus precisou da fé para criar todas as coisas. De modo que se você tem fé, você tem o controle sobre o mundo espiritual e Deus é controlado por essa fé. Esses ensinamentos místicos da fé vieram da ciência cristã (Mary Baker Eddy [16/07/1821-03/12/1910]), do teosofismo (Helena Petrovna Blavatskaya [30/07/1831-08/05/1891]) e da nova era. Então, através da confissão positiva essas teorias se misturaram com a fé cristã, de modo que os ensinamentos do pensamento positivo é muito parecido com a fé cristã, inclusive os profetas da confissão positiva citam muitos textos da Palavra de Deus, mas não é a fé em Deus, mas a fé no poder da mente sobre a matéria que eles, de fato, ensinam. A terceira fonte é de origem satânica. Já falamos sobre isso que Satanás realiza sinais e prodígios de mentira. A quarta fonte é a providência divina. Temos que diferenciar a providência divina de milagre divino. Assim como o milagre, a providência divina provém de Deus, porém, é uma ação indireta de Deus, porque Ele usa as leis naturais para beneficiar alguém ou alcançar seus objetivos. Tem muita coisa que acontecem na vida das pessoas que não foi um milagre sobrenatural, mas uma providência divina que aconteceu de uma maneira natural, porém, a pessoa sabe que foi Deus agindo. 154
Por exemplo, aqueles 185 mil soldados assírios que planejavam invadir Jerusalém, mas amanheceram mortos, foi uma providência divina, e não um milagre. Muito embora, as Escrituras descrevem que foi um anjo que os feriu, porém, sabemos, pela História, que houve ali uma epidemia da peste bubônica causada por ratos envenenados. Então, o anjo operou! Mas como ele operou? Por meios naturais usando ratos para infestar aqueles soldados assírios com peste que os levou ao óbito. E, por última, o milagre, que são atos divinos operados diretamente por Deus de modo sobrenatural, que rompem as leis naturais e interverem no curso natural das coisas, e realiza coisas inexplicáveis. Vamos ver, rapidamente, algumas objeções aos milagres, pois, alguns afirmam que não há mais milagres. Veremos os argumentos dos céticos e dos tradicionais. Os céticos dizem que os milagres nunca aconteceram e os tradicionais dizem que os milagres cessaram. Citarei dois céticos: Espinoza e David Hume. O que Espinoza ensinava que o levava a não acreditar em milagres? Os seus argumentos antimilagres diziam: primeiro, os milagres são violação das leis naturais; segundo, as leis naturais são imutáveis e terceiro, é impossível violar leis imutáveis. Portanto, os milagres não são possíveis de acontecerem. Espinoza enfatizava que as leis naturais são imutáveis, elas não podem ser violadas, então, como o milagre é uma interferência nessas leis naturais, torna-se algo impossível de acontecer. Será que essas leis naturais podem ser violadas? Hoje a ciência não acredita mais no pensamento de Espinoza, pois, a ciência tem comprovado que os homens podem manipular as leis da natureza. Ora se os homens tem a capacidade de alterar as leis da natureza, quanto mais Deus que as criou. Por exemplo, todos os dias os homens quebram a lei da gravidade através das suas máquinas pesadas voadoras. O cético David Hume tem modificado todo pensamento da Universidade de Harvard, uma universidade muito famosa nos Estados Unidos que inicialmente era uma faculdade cristã que ensinava a teologia ortodoxo, hoje se ensina a teologia liberal em que os milagres não acontecem, e que os milagres narrados na Bíblia são apenas mitos e lendas contados pelos judeus. O que David Hume ensinava? Seus argumentos eram os seguintes: A lei natural é por definição uma descrição de uma ocorrência regular (quer dizer, a lei natural acontece todos os dias); o milagre é por definição uma coisa rara, isto é, dificilmente acontece; a evidência em favor do regular é sempre maior do que a evidência em favor do raro. Quer dizer, você tem mais como provar uma coisa que acontece diariamente, do que provar uma coisa que acontece raramente. ‘Quem é sábio’, diz Hume, ‘sempre baseia sua crença na evidência mais convincente. Portanto, o sábio não deveria acreditar em milagre’. 155
Qual é o problema nos argumentos de David Hume? É que para ele coisa que acontece raramente não se deve acreditar. Mas isso seria o cúmulo do absurdo. Que coisas raramente acontecem? Vou citar um exemplo bem simples: uma pessoa escalar o monte Everest. Mas será que nunca ninguém escalou? Já escalaram! Outro exemplo, um eclipse solar. Será que iremos deixar de acreditar em eclipse porque raramente acontece? Tem eventos da natureza que acontecem em centenas de anos como a passagem de alguns cometas. Não devemos acreditar que o homem foi à Lua, só porque não se vai à Lua todos os dias. Sim, de fato, o milagre é uma coisa rara! Mas só o fato de ter acontecido um, já é o suficiente para acreditarmos que milagre acontece. Porém, veremos os argumentos dos tradicionais, pois, esses nos interessam mais! Por que os pentecostais revolucionaram o cristianismo? Porque eles começaram a enfatizar os milagres, as manifestações e o poder de Deus, enquanto que os tradicionais, preferiram acreditar que essas coisas não aconteciam mais. Agora baseando em que e aonde, eles ensinavam que os milagres cessaram? Leiamos o texto que se baseiam todos quantos não creem mais em milagres na atualidade: 1ª Coríntios 13.8-11: ‘O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos; Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino’. Os tradicionais ensinam que os milagres tinham como objetivo autenticar o ministério de Jesus e dos apóstolos (nós, também, falamos isso), mas uma vez que já foi provado que Jesus é o Cristo e que a Igreja Cristã é o povo de Deus, então, não há mais necessidade de milagres. E, quando o cânon das Escrituras foi fechado, baseando em ‘quando vier o que é perfeito (ou completo)’, isto é, quando as Escrituras se completaram, cessaram os milagres. Mas será que é isso que o texto está dizendo? Uma vez um tradicional me citou esse texto para provar que os milagres cessaram. Então, eu lhe perguntei se a ciência desapareceu. Ele respondeu que não. Eu lhe repliquei dizendo: ‘Então pronto! Se a ciência não cessou, então as línguas e a profecia, também, não cessaram’. ‘Quando vier o que é perfeito’ é o Reino de Deus que quando vier irá estabelecer o estado perfeito, aí, então, o que é em parte cessará.
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Palestra Ministrada na Assembleia de Deus-Codó[Salém] Em 13 de Fevereiro de 2011 Sobre a Assistência Social, Um Importante Negócio O que é assistência social? Segundo o teólogo Claudionor de Andrade ‘é o serviço que promove a mudança social, buscando a resolução de problemas nas relações humanas, bem como promoção do bem-estar das pessoas’. Com esse objetivo foi criado a assistência social para ajudar aqueles que precisam; para tentar trazer uma mudança social na vida daqueles que estão na margem da sociedade; e a igreja entra com um papel predominante porque os seus olhos são voltado inclusivamente a essa classe marginalizada, conforme assegurou Jesus, ‘o evangelho é pregado aos pobres’; para essa classe que o governo do Estado e as grandes organizações humanas não valorizam. São pessoas desprezadas e jogadas para viverem igual a ratos no lixo. Nem mesmo os Direitos Humanos desenvolve com eficiência a sua tarefa. Então, a igreja entra como um instrumento poderoso, junto ao Governo, para recuperar vidas que estão na margem da sociedade. Evidentemente que nas Escrituras encontraremos outros termos para assistência social, haja visto, que essa palavra não se encontra nas Escrituras Sagradas por ser um termo de cunho moderno. Todavia há outros termos, tais como ‘socorrer os necessitados’, ‘obras de misericórdias’, ‘boas obras’, ‘ministério cotidiano’ e ‘trabalho assistencial’. E há outros termos registrado nas Escrituras. A assistência social não é apenas uma obra humana, mas, também, uma obra divina, pois assistência social é um dom dado por Deus para a Sua Igreja. Deus equipou a Igreja para ajudar as pessoas. Ajudar as pessoas não é um talento natural adquirido no nascimento, isso mesmo, não é uma aptidão natural que trazemos do berço, mas uma carisma (dom) do Espírito Santo que os cristãos devem buscar em oração. Leiamos dois textos bíblicos da Palavra de Deus que vai nos mostrar que assistência social, também, é um dom de Deus dado a Sua Igreja. Romanos 12.8: ‘Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria’. Encontramos o dom da assistência social em duas expressões usadas pelo apóstolo Paulo ‘o que reparte, faça-o com liberalidade’ e ‘o que exercita misericórdia, com alegria’. Esse dom deve ser exercido com liberalidade e com alegria. E 1ª Coríntios 12.28: ‘E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas’. 157
A onde está o dom da assistência social nesse texto? ‘Socorros’! Aí está irmãos! A assistência social é socorrer as pessoas! E isso é um dom de Deus que a igreja deve buscar e exercer. Por que a Igreja que é espiritual deve ser preocupar com a assistência social? Normalmente temos a impressão que assistência social fazem parte, apenas, das atribuições do Governo Federal, Governo Estadual e Governo Municipal, esses órgãos que estão responsáveis de socorrer seus cidadãos. Mas a igreja, também, é uma cidadania, uma sociedade e uma comunidade, por isso que os seus líderes devem tomar sobre si a responsabilidade de cuidar dos membros que compõem essa sociedade. E, nós, como igreja, temos que servir de modelo, de padrão e de paradigma, para a sociedade em relação ao desenvolvimento da assistência social. Veremos alguns pontos que nos mostrará que a igreja, mesmo sendo integrante do Reino espiritual, deve, também cuidar das coisas materiais. Primeiro, porque a igreja trabalha na recuperação integral do ser humano. Quer dizer, nós não visamos, simplesmente, a salvação da alma, mas também, a salvação do corpo. Não queremos apenas recuperar a pessoa que está presa em seus pecados, mas também, recuperar a família dessa pessoa. De modo que a igreja tem que exercer o serviço cristão na sua plenitude. Essa plenitude envolve ministrar o pão celestial que é a Palavra de Deus, mas também, ministrar o pão material que é a ajudar os santos nas suas necessidades. A igreja tem que trabalhar com todos esses parâmetros, visando todos esses ângulos, tanto o homem espiritual como também o homem terreno. É muito comum as pessoas pregarem, e que é uma pregação equivocada, dizendo: ‘Deus ama a sua alma, Deus quer salvar a sua alma, esse corpo não vale pra nada, mas a sua alma geme dentro de você querendo a salvação’. Essa é uma pregação gnóstica, e por isso herética, que visa apenas a salvação da alma da pessoa, que é a entidade espiritual. Não! A salvação é integral! Deus salva a alma, o espírito e também o corpo. Não é apenas a alma que geme pela salvação, o corpo, também, geme. Paulo disse: ‘também gememos em nós mesmos, esperando a redenção do nosso corpo’. Assim a pessoa precisa ser recuperada em sua integridade completa: corpo, alma e espírito. A salvação não é após a morte! ‘Olha quando você morrer para onde você vai: para o céu ou para o inferno?’. A salvação é após a ressurreição, quando o corpo se unirá ao espírito para junto herdar o reino de Deus. Essa mentalidade, apenas espiritual, deve ser eliminada do nosso meio, e passarmos a ver a pessoa como um ser integral que precisa não só ser integrado no Reino de Deus, mas também ser integrado na família e na 158
sociedade. Portanto a igreja servindo ao Senhor-Jiré tem que entrar com a missão de recuperação da pessoa. Segundo, socorrer os necessitados não é uma tarefa secundária da igreja, mas uma missão prioritária. Segundo Claudionor de Andrade ‘na Igreja de Cristo o socorro aos necessitados, também é visto, como prioridade’. Não é uma obra secundária que se deve fazer quando houver uma boa oportunidade para isso, pelo contrário, é uma tarefa prioritária que a igreja deve se dedicar tanto quanto se dedica a evangelização. A nossa evangelização e o nosso discipulado não estarão completos se não integrarmo-nos à eles a nossa assistência social. Lemos nas Escrituras Jesus ordenando: ‘Dá-lhes vós de comer’. Essa ordem aconteceu por ocasião da multiplicação dos pães, quando por três dias a multidão estava seguindo a Cristo, e não havia comido nada durante todo esse período. E os discípulos preocupados com aquela situação disseram: ‘Mestre, despede o povo para irem as suas casas e possam se alimentarem, pois fazem três dias que eles não comem e essa grande multidão vai desfalecer’. Jesus, porém, lhes disse: ‘Dá-lhes vós de comer’. Isso, também, faz parte da missão da igreja. Queremos ver o nosso templo superlotado de gente, mas a igreja tem a responsabilidade de prover as necessidades dessas pessoas. Terceiro, a assistência social não é apenas uma tarefa prioritária da igreja, mas também uma tarefa urgente. A igreja não é uma empresa, o seu objetivo não é dar uma vida de regalia para a sua liderança, o trabalho da igreja é ajudar-se a si mesmo, isto é, socorrer os seus próprios membros. A igreja primitiva, logo no início, se conscientizou dessa responsabilidade. Desse modo a nossa liderança tem que se conscientizar que quanto mais o povo cresce, aumenta a responsabilidade, dada por Deus, para sustentar essa multidão de pessoas que estão se convertendo. Nós vemos no início da igreja primitiva que os apóstolos eram os responsáveis pela administração das finanças da igreja. Está escrito que o dinheiro era depositado ‘aos pés dos apóstolos’ que faziam as distribuições conforme a necessidade de cada um (At 4.34,35). Os apóstolos não viam na igreja uma possibilidade de se darem bem na vida, de terem sucesso, enriquecerem e encherem o bolso de dinheiro. Pois no capítulo dois de Atos, eles recebem o dinheiro da igreja (2.45), mas no capítulo três, eles não tem um tostão furado (3.6) para oferecer ao pobre do mendigo que estava na porta do Templo, mendigando. Por que os apóstolos não tinham dinheiro? Porque eles fizeram toda a destruição do dinheiro. O dinheiro da igreja, a finança da igreja, a riqueza da igreja, não são para custear a vida de pastores empresários, mas para sustentar os necessitados, as viúvas, os órfãos, os doentes e os desempregados. São para eles que servem a riquezas de nossas igrejas. 159
E isso é um trabalho de urgência! Pois as pessoas não irão servir bem a Deus se as suas dispensas estiverem vazias. Como uma pessoa vai se alegrar, quando ela sabe que a igreja tem para lhe dar e sonega-lhe o bem? Quarto, a igreja não deve discriminar ninguém. Principalmente os desfavorecidos. O preconceito, a discriminação, a acepção de pessoas e o racismo não podem existir no meio do povo de Deus. Os nossos líderes não podem bajular os ricos e desprezar os pobres, pelo contrário, os pobres têm que ser os primeiros a serem assistidos pela nossa liderança. No Dia de Pentecostes haviam judeus de toda parte do mundo e a maioria desses judeus eram judeus helenistas que tinham outras culturas, mas eram judeus. E nesse dia em que se comemorava a festa das primícias, muitos judeus saíam das suas regiões para irem a Jerusalém oferecer a Deus as primícias de suas plantações. Quando muitos deles, naquele dia, se converteram ao evangelho com a pregação de Pedro (quase três mil pessoas), elas não quiseram mais voltar para suas terras de origens. Elas disseram: ‘A bênção de Deus está aqui! Deus visitou o Seu povo! E em breve o Seu Messias vai retornar para implantar o Seu Reino. Então, daqui não sairemos mais’. Esse pessoal deixaram os seus empregos, seus sustentos, deixaram tudo para viverem em Jerusalém. E a igreja teve que agora encontrar um meio para suprir as necessidades desses irmãos. Foram, então, que começaram a vender suas propriedades para poderem sustentar esses irmãos que vieram dessas terras distantes. Porém, como se diz, a corda arrebenta no mais fraco, as viúvas que não tinham ninguém para reivindicar por elas, estavam sendo esquecidas na distribuição dos alimentos. Os apóstolos imediatamente procuraram um meio de resolver essa situação e favorecer aqueles que estavam desfavorecidos. A igreja deve ministrar a todas as pessoas, mas seus olhos devem estar, principalmente, sobre a classe desfavorecida que são as viúvas, os órfãos, os pobres, os estrangeiros, etc. Essas pessoas não podem ser esquecidas pela igreja. O grande império, irei usar esse termo, de Israel veio abaixo porque ele se esqueceu das suas obrigações para com os pobres, necessitados, órfãos e viúvas. Os profetas de Deus, não só denunciaram a mornidão espiritual, a apostasia do povo, mas também, denunciaram a negligência da nação para com a assistência de seus cidadãos mais carentes. Leiamos Tiago 2.1-9 que nos vai falar sobre o preconceito, a discriminação e o racismo que existe no meio do povo de Deus, e que foi praticado ao longo da história da igreja. A ‘Igreja’ rejeitou os judeus, ajudou na escravidão contra os negros, e etc. Até mesmo hoje, temos que ter cuidado com a homofobia para não discriminarmos os homossexuais e nem os drogados, não chamarmos as pessoas de demônios, e nem mandarmos as 160
pessoas irem para o quinto dos infernos. Precisamos ter cuidado com esse tipo de preconceito. Tiago 2.1-9: ‘Meus irmãos, não tenhais a fé de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas. Porque, se no vosso ajuntamento entrar algum homem com anel de ouro no dedo, com trajes preciosos, e entrar também algum pobre com sórdido traje, e atentardes para o que traz o traje precioso, e lhe disserdes: Assenta-te tu aqui num lugar de honra, e disserdes ao pobre: Tu, fica aí em pé, ou assenta-te abaixo do meu estrado, porventura não fizestes distinção entre vós mesmos, e não vos fizestes juízes de maus pensamentos? Ouvi, meus amados irmãos: Porventura não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé, e herdeiros do reino que prometeu aos que o amam? Mas vós desonrastes o pobre. Porventura não vos oprimem os ricos, e não vos arrastam aos tribunais? Porventura não blasfemam eles o bom nome que sobre vós foi invocado? Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis. Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, e sois redargüidos pela lei como transgressores’. Não podemos favorecer o rico em detrimento do pobre. Não podemos bajular aqueles que têm riquezas, e desprezar aqueles que são pobres. Um grande julgamento pesa sobre a igreja. Pois muitas vezes é isso que se ver todos os dias. Por exemplo, se entrar um deputado em nossos templos, não precisa em ser evangélico, basta ser deputado, ele tem um maior destaque e a melhor posição, mas se entrar um mendigo e sentar perto de alguém, é capaz até daquela pessoa se levantar. A igreja vai sofrer uma dura cobrança. Porque muitas vezes estamos pregando a espiritualidade, o fogo e o poder e estamos nos esquecendo dos pobres. Por exemplo, a onde aquele mendigo de Atos 3 estava sentado? Na porta formosa do templo! Aquela porta formosa era toda coberta de bronze, mais de vinte homens eram necessários para abri-la. Quando o sol subia e brilhava sobre aquela porta, seu esplendor atingia toda aquele local, ficava uma coisa linda, esplendorosa e maravilhosa. As pessoas tinham prazer de entrarem naquela porta, de verem a grandeza do templo. Aquela porta representava toda a riqueza da religião judaica. Quando abria-se a porta ouvia-se de longe o rugir daquela porta. Mas quem estava ali? Um pobre mendigo, aleijado, sem ter o que comer, todos os dias mendigando ali, e aquele templo judaico, rico, não supriu a necessidade daquele homem. Assim acontece conosco e com nossos templos revestidos de marfim! A assistência social é mais importante do que a construção de templos! Enquanto que nossos templos estão revestidos de marfim, dentro deles há pessoas morrendo de fome, sofrendo, padecendo e sem ter nem sequer uma ajuda. A nossa prioridade não é construção de templos, mas 161
socorrer pessoas que estão sofrendo e padecendo necessidades. Só podemos colocar algum revestimento nessas paredes quando sabermos que não há mais nenhuma pessoa necessitada dentro da igreja. Quando Cristo voltar não irá se impressionar com nossos arranhacéus, mas se acudimos e ajudamos os pobres – ‘Olha! Aquele pastor construiu um grande templo! Um templo gigantesco!’. Não! Essas coisas não irá impressionar a Deus. Essas coisas nos impressionam. Mas o que vai impressionar a Deus e chamar a sua atenção é se entre nós os pobres e os necessitados foram atendidos. Ao contrário disso, há igrejas que são semelhantes as duas filhas da sanguessuga: Dá, Dá. Quinto, o trabalho de assistência social foi considerado pelos apóstolos um importante negócio. Mas não era um negócio para enriquecêlos, mas para ajudar os irmãos. Esse importante negócio iria trazer alívio para a igreja, assistir as pessoas e igualá-las. No mundo temos várias posições, mas na igreja há uma só posição, a de irmãos. Quem é responsável pela assistência social na igreja? A comissão diaconal. Os apóstolos instituíram o ministério diaconal para velar pelo socorro dos pobres. A igreja primitiva tinha uma grande responsabilidade de manter-se pura, pois esperava, para aqueles dias, o retorno de Jesus. Em Atos 5, Ananias e Safira se levantam para contaminar o Corpo de Cristo, e são fulminados. Mas em Atos 6 surge outra questão. Uma questão que iria corroer a base da comunidade cristã. Pois a nossa comunhão está alicerçada no amor. E o amor, para os apóstolos, era aquele que recebeu de graça der de graça; aquele que foi abençoado por Deus, abençoe o seu próximo. Porém, algo estava tentando destruir aquele comunidade que levaram as pessoas se queixarem e murmurarem. Um dirigente congregacional, um líder de igreja, tem que ser mais do que um pastor, ele tem que ser um médico. Pois quando o povo está se queixando é porque há algum problema, tem alguma doença. Quando nos consultamos, a primeira coisa que o médico pergunta é: ‘Qual é o seu problema? Onde está doendo? Quais os sintomas?’. Para que ele possa dar um diagnóstico. Então, quando o povo está murmurando e se queixando, o líder não deve ver isso como uma crítica ao seu ministério e nem considerar como algo pessoal para lhe atingir. Mas ver essas coisas como sintomas pelos quais ele tem que buscar a onde está o problema para resolver. Foi isso que os apóstolos viram, se há murmuração, então há problemas. Contudo, eles disseram: ‘Estamos sobrecarregados, e não podemos negligenciar a palavra e nem a oração’. Então, instituíram, exatamente, os diáconos para tomarem sobre si esse encargo de trazer auxílio as viúvas e aos necessitados. De modo que o diaconato, meus irmãos, não é uma transição para o presbitério. Tem pessoa que quer ser um diácono para se tornar um 162
presbítero. Mas não é essa a finalidade de se tornar um diácono. Quando um dirigente vai escolher um diácono, ele não deve escolher porque a pessoa prega bem ou ensina bem, mas porque a pessoa manifestou os dotes de ajudar o outro; a pessoa demonstrou interesse pelo bem-estar da congregação; a pessoa tem no coração o quebrantamento de poder ver a dor do irmão, e ajuda-lo. Esse é o verdadeiro diácono. Os apóstolos instituíram o ministério diaconal para lhes auxiliar no ministério do pastorado. Os apóstolos sabiam que o ministério pastoral não era apenas pregar e orar, mas, também ajudar as pessoas. Porém, eles não estavam com condições de cumprir essa tarefa. Desse modo, instituíram os diáconos exatamente para folga-los. Leiamos Atos 4.34,35: ‘Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido, e o depositavam aos pés dos apóstolos. E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha’. Essa era uma prática comum e corriqueira da igreja no início da sua história. Veja que os irmãos faziam isso divinamente orientado por Deus, porque Jerusalém estava debaixo do juízo de Deus, e em breve seria destruída. E, as pessoas que possuíam muitas riquezas em Jerusalém, iriam sofrer uma grande falência. Então, os irmãos pensaram: ‘Se Jerusalém vai ser destruída, dois terrenos não irão me servir para nada, então, eu vou doar, não para enriquecer a igreja, mas para ajudar os irmãos necessitados da igreja’. Foi essa visão do Reino de Deus e despojamento das coisas terrenas que motivaram os irmãos a doarem. Se Deus nos dar riquezas, nesse mundo fadado à destruição, é exatamente para ajudarmos os necessitados. Não há outro motivo pelo qual Deus nos faz se dar bem na vida, a não ser para estender as mãos para aqueles que estão necessitados. As pessoas necessitadas, doentes, moribundas, sofridas e desfavorecidas estão aqui para nos provar. Quando Deus permite a calamidade sobre alguém de perder tudo e cair na miséria, não foi apenas para provar aquela pessoa, mas, também, para provar as pessoas que estão ao redor dela. Como iremos agir diante da calamidade de nosso irmão!? A igreja primitiva entendeu isso muito bem! ‘Logo Jesus está vindo, Jerusalém vai ser destruída, então, vamos ajudar nossos irmãos’. Nós pregamos a vinda de Cristo, mas muitas vezes só em palavras, porque as nossas ações e atitudes estão dizendo: ‘Senhor, não venha ainda não, porque eu ainda quero comprar aquele carro, construir aquela casa, quero conquistar aquela posição na empresa, etc.’. Porém, quando digo isso não significa que devemos deixar de buscar o sucesso financeiro, profissional, e etc., mas priorizar o Reino de Deus acima dessas coisas. De modo que o meu desejo de ficar rico deve incluir 163
não apenas o meu bem-estar, mas também, o interesse de ajudar os pobres. O crente deve e pode enriquecer, mas na visão do Reino de Deus. Os apóstolos instituíram o ministério diaconal para servir a igreja. Tem pessoas que pensam que a igreja é um quartel general. A pessoa era auxiliar, tornou-se diácono, subiu de patente. Agora, ele está por cima da carne seca. Não é nada disso! O diácono foi instituído para descer do púlpito e servir a multidão. Ele precisa conhecer os irmãos, suas necessidades e trazer a solução. É o diácono que faz a ligação entre o membro e o pastor. Ele é o servente da igreja, e tem que servir a igreja. Portanto, diácono não é uma patente militar, mas um servo da igreja. Não deve ficar bajulando o pastor com intuito de subir de cargo, mas servir a igreja do Senhor, independentemente se o pastor veja ou não. Os diáconos têm uma responsabilidade muito importante na igreja; eles desempenham uma tarefa que os apóstolos consideraram um importante negócio. Eles podem perder a visão dessa missão. Essa é a sua missão prioritária: trazer ajuda aos necessitados da igreja. Quando os diáconos fazem isso, estão se envolvendo no ministério pastoral, estão ajudando o seu pastor. Ele não deve ter aquele pensamento: ‘Ixi! Só o pastor quer pregar! Eu sou diácono há tanto tempo, e ele nem sequer olha pra mim, não me dá nem sequer uma oportunidade no domingo’. Ele não deve se preocupar com isso! Porque a sua missão, em primeiro lugar, é socorrer os pobres. Ao socorrer um pobre, ele ganhará muito mais de Deus, do que pregar um sermão no domingo à noite. O diácono tem que estar disposto, se possível, perder um culto de domingo para acudir alguém que está precisando dele. Os apóstolos instituíram o ministério diaconal para se encarregarem da assistência material e social aos santos. Não apenas responsáveis em suprir as necessidades básicas da alimentação, mas também de cunho social. Como por exemplo, os diáconos procurarem uma formação acadêmica na medicina visando atender os carentes e os doentes. Assim é que muitos missionários se formam visando o campo missionário. E às vezes esses missionários, em seus países, têm a oportunidade de terem sucesso profissional, mas preferem ir a um campo estrangeiro, mesmo sabendo das privações que enfrentarão. Os apóstolos instituíram o ministério diaconal para lidarem com o povo de Deus. Isso requeria homens de alto gabarito. Quais foram as qualidades que os apóstolos exigiram? Boa reputação, sabedoria, cheios de fé e do Espírito Santo. É de suma importância para aqueles que são escolhidos para o diaconato terem qualidades excelentes para poderem servir no meio do povo de Deus sem serem reprovados por ninguém; para poderem ser homens dignos e íntegros de confiança em que a igreja pode depositar neles as suas finanças que serão bem administradas. 164
Dessemelhantes de uns sujeitos, que serviam na igreja como diáconos, e resolveram sair nas casas para recolherem mantimentos dizendo ser para os necessitados, mas que na verdade, era para eles. Porque eram dois vagabundos preguiçosos que não tinham coragem de trabalhar, então resolveram colher mantimentos nas casas dos irmãos, dizendo: ‘Irmão, um mantimentozinho aí pra igreja ajudar os pobres’. E que na verdade esses dois sem-vergonhas estavam colhendo mantimentos pra sustentar eles e suas famílias. Qual é a importância da assistência social na igreja? A assistência social possibilita à igreja suporte para lidar com os problemas causados pelo crescimento de sua membresia. Temos que estar preparados para o crescimento. Se a igreja não estiver preparada para o crescimento era deve fechar suas portas e colocar um outdoor bem grande dizendo: ‘Aqui não aceita mais almas’. Pois irmãos! Seremos muito mais julgados pelos abortos que praticamos do que pelas vidas que geramos. Seremos mais julgados pelas pessoas que deixamos se perder do que pelas que permanecem. De modo que só devemos encher um templo evangélico se temos condições de cuidar dessas pessoas. Pois a salvação não se constitui apenas numa pessoa se aproximar do púlpito querendo aceitar Jesus. A salvação é um processo até chegar na eternidade. E, até essa pessoa chegar na eternidade, a igreja, tem a responsabilidade, de conduzi-la até lá. A assistência social é mais importante do que construções de templos. Os apóstolos não construíram templos; não lhes doaram terrenos para construírem alguma coisa. É errado construir templos? Não! Mas, primeiramente, temos que cuidar dos pobres e dos necessitados. No livro de Ageu, o Senhor julgou os líderes porque estavam se preocupando em edificar suas casas, mas negligenciando a construção da casa de Deus. Hoje a exortação é diferente! Estamos deixando de construir as casas de nosso irmãos necessitados, para construirmos grandes e monumentais templos que não terão nenhuma valor para nós na eternidade. Deus não irá chegar a um pastor e dizer: ‘Estou muito satisfeito com você, pois construístes grandes templos’. Mas, é isso que Ele quer dizer a cada pastor: ‘Estou muito satisfeito com você, pois acudistes e ajudastes os necessitados’. A assistência social é mais importante do que o ministério diaconal. Ainda que não tenha diáconos na igreja, a igreja tem que continuar atendendo seus pobres. Antes de surgir os diáconos no capítulo 6, mesmo assim, a igreja ajudava os necessitados. A doutrina cristã sem assistência social é morta! Podemos ter a melhor ortodoxia, compreender bem a trindade, a encarnação de Cristo, as duas naturezas de Cristo, a escatologia, a pneumatologia, e etc. Mas se nós não atendermos as pessoas carentes, nada disso tem valor. A definição 165
bíblica da trindade não irá acudir ninguém em suas necessidades. Então, não adianta temos uma teologia refinada se não ajudarmos aqueles que estão precisando de comida, bebida, esparadrapo, etc. A assistência social revela que amamos não só de palavras, mas de fato e de verdade. A assistência social prioriza pessoas em vez de estatísticas. Não devemos nos preocupar com quantas pessoas se converteram a Cristo anualmente, mas se essas pessoas encontraram entre nós um bom ambiente.
Mensagem Ministrada no Círculo de Oração na Assembleia de DeusCodó[Salém] / Em 15 de Fevereiro de 2011 Sobre o Caminho da Benção
Gostaria de fazer menção da palavra de Deus no primeiro livro da Bíblia, Gênesis 12.2: ‘... e tu serás uma bênção’. Essas palavras foram ditas por Deus ao patriarca Abraão, e nessa tarde, eu gostaria, de toma-lo como exemplo para nossas vidas, e poder ver, junto com os irmãos, na palavra de Deus, o caminho que esse homem trilhou para poder se tornar uma bênção, conforme Deus tinha prometido - o caminho da bênção. E baseado na sua vida e na sua história, nós iremos em direção a ele, e assim, como ele se tornou uma bênção para si mesmo, para sua família e para o seu povo, assim, também, se nós trilharmos o mesmo caminho que ele trilhou, seremos, uma bênção na nossa igreja, na nossa família e na nossa sociedade. Mas o que é a bênção de Deus? São todos aqueles benefícios que o Senhor nos concede pelo seu imenso amor e pelo seu imenso favor. Aquilo que recebemos dEle, sem sequer pagarmos nada em troca, porque Ele nos dar, de uma maneira gratuita, por meio do seu imenso amor. A bênção de Abraão, hoje é acessível! Chamado de ‘pacote da salvação’, porque nele está tudo quanto necessitamos para podermos viver a vida cristã vitoriosa, de fé em fé, de glória em glória e de força em força. De modo que o termo ‘a bênção de Abraão’ tornou-se até um termo técnico, de modo que quando Isaque ao abençoar Jacó, seu filho, disse: ‘Que a bênção de Abraão esteja contigo’ (Gn 28.4). Paulo, também, escrevendo a igreja de Gálatas, disse que por intermédio da fé em Cristo Jesus, nós, os gentios, recebemos a bênção de Abraão (Gl 3.14). Então, qual é essa bênção de Abraão? É que ele seria pai de um descendente que traria bênção sobre toda humanidade; que ele iria morar em 166
uma terra abençoada, iria vencer os seus inimigos e ter um reino próspero. Essas eram, praticamente, as bênçãos de Abraão. Mas, o patriarca Davi, no Salmo 103, fala de uma maneira mais detalhada acerca das bênçãos de Deus, chamadas de benefícios. Ele disse: ‘Bendiz ó minha alma ao Senhor! E tudo o que há em mim, bendiga o seu santo nome. Bendiz ó minha alma ao Senhor! E não se esqueça de nenhum de seus benefícios. Porque é Ele que perdoa todos os teus pecados, e sara todas as tuas enfermidades. Que redime a tua vida da perdição; e te coroa de benignidade e de misericórdia. É ele que enche a tua boca de bens, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia’. Essas são as bênçãos de Deus para o Seu povo! Mas para alcançarmos as bênçãos de Deus, temos que trilhar o caminho da bênção. Mas antes de falar como trilhar o caminho da bênção, deixa-me citar alguns obstáculos que encontraremos na nossa jornada, no nosso caminho, na nossa caminhada. Irmãos! A bênção de Deus não nos vêm sem obstáculos e sem dificuldades. Não! Sempre iremos encontrar no caminho algo que vai tentar nos impedir de alcançar as bênçãos de Deus, e não foi diferente com a vida de Abraão. Ele recebeu preciosas promessas de Deus, foi alvo do amor divino, mas deve que trilhar o caminho, e nesse caminho encontrou muitos obstáculos. Mas, de antemão, quero dizer, que ele conseguiu vencer esses obstáculos; conseguiu superar essas obstáculos; conseguiu ultrapassar esses obstáculos e alcançou as bênçãos de Deus. E se ele conseguiu vencer os obstáculos, nós, também, iremos conseguir e receberemos as bênçãos que Deus tem prometido aqueles que Ele tem chamado através do Seu Filho. O primeiro obstáculo que Abraão enfrentou e que algumas pessoas enfrentam, é que ele teve que lidar com o mala, o mala sem alças. Quando Deus lhe disse: ‘Abraão, sai da tua terra, da tua parentela e casa do teu pai’. Deus estava mandando ele romper com todos os laços paternais e familiares. Mas diz a Escritura que Ló foi com ele. E quem era Ló? Era o sobrinho de Abraão, que trouxe consequências desastrosas para a vida de Abraão. De modo que quando Deus falou com ele no capítulo 12, só tornou a falar com ele novamente, quando ele se desfez de Ló. Porque Ló estava impedindo a bênção de Deus sobre a vida de Abraão. E quantas vezes também, em nossas vidas surge um mala sem alças. Você já viu aquela mala sem alças, feita de papelão, cheia de pedras, no dia de chuva e você tem que carregar, assim, são algumas pessoas que são agregas em nossa vida que em vez de trazerem valores, trazem prejuízos para nós. Em Hebreus 13, a Escritura nos manda praticar a hospitalidade, porque algumas pessoas praticando hospedaram anjos sem saberem. Mas 167
muitas vezes queremos praticar a hospitalidade, e estamos hospedando em nossas casas demônios, pessoas que irão prejudicar nossa vida. Ás vezes uma moça servindo a Deus na igreja se apaixona por um rapaz que não é um crente verdadeiro, se casa com ele, e a sua vida se torna uma angústia, amargura e tribulação. E, assim a bênção de Deus fugiu bem longe da sua vida. São malas sem alças que surgem para trazer atrapalhações, por isso que temos que ter cuidado com eles. Abraão enfrentou uma grande contenda com Ló, e então teve que despedir esse mala para poder receber a bênção de Deus. Abraão teve que enfrentar outra dificuldade. Foi a sua idade avançada. Quando Deus o chamou no capítulo 12 de Gênesis, Abraão já tinha 75 anos de idade. E a promessa era para que ele tivesse um descendente. E ele começa ver a sua idade como uma dificuldade – ‘eu já estou velho, a minha esposa, também, já está com a idade avançada. Como a bênção de Deus vai nos alcançar? Como a promessa de Deus vai se concretizar em nossa vida?’. Muitas vezes a idade avançada nos impede de servir a Deus de uma maneira que gostaríamos de servir. A pessoa que não tem aquele vigor, aquela força, que gostaria de ter. Mas quantos jovens estão na casa de Deus, e tem o privilégio de se dedicar plenamente ao Senhor, de se consagrar a Deus, mas simplesmente estão deixando passar essa fase importante na vida, e gastando-a com coisas banais e inúteis. E como diz Eclesiastes 12.1: ‘Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venha a velhice, e os dias em que irá dizer: Eu não tenho mais nenhum vigor e prazer para servir a Deus’. Todavia, eu quero dizer para os irmãos que os obstáculos são para serem vencidos! As coisas que se opõem em nosso caminho são para serem ultrapassadas! Não são para deixarmos ser vencidos. Abraão sabia que estava velho, sabia que isso seria uma dificuldade para ele caminhar no caminho e seguir a sua jornada. Mas ele não deixou a velhice lhe abater. Quantos pessoas há na casa de Deus que mesmo na velhice servem a Deus e produzem frutos! Conforme diz um salmo: ‘Na velhice ainda darão frutos; serão viçosos e vigorosos’ (Sl 92.14). Porque Deus é aquele que nos fortalece. Como disse por intermédio do profeta Isaías: ‘E até à vossa velhice eu serei o mesmo, e ainda até às cãs eu vos carregarei; eu vos fiz, e eu vos levarei, e eu vos trarei, e vos livrarei’ (Is 46.4). Quando estamos sem força, ele é a nossa força! Ele é o nosso renovo! Ele é a nossa fortaleza! Por isso que Calebe com 85 anos de idade disse: ‘a minha força é a mesma quando eu tinha 40 anos’ (Js 14.10,11). O Senhor é quem me nutre e me fortalece. O Senhor é a minha fonte e o meu vigor. 168
Temos outro obstáculo na vida de Abraão que ele teve que vencer: as condições financeiras. Quando ele saiu de Harã, conforme Deus mandou, para uma terra que Deus iria lhe mostrar. Quando ele chegou em Canaã, Deus lhe disse: ‘Esta é a terra que eu darei a tua semente para sempre’. Mas diz a Escritura que na terra estava prevalecendo uma fome extrema. As condições financeiras muitas vezes nos impede de servir a Deus. O padecimento de necessidades, a falta de bens dentro de casa, a falta de recursos financeiros, deixam a alma abatida, o coração amargurado. Quando um pai olha para seus filhos, e os veem padecendo necessidades, com fome, sem ter recursos para suprir, ele se sente frustrado, pois não está realizando seu papel como provedor do seu lar. Mas as vezes não são apenas a falta de condições financeiras que nos abate, mas, muitas vezes, também, a riqueza e a abundância deixa as pessoas distantes de Deus. Pensando apenas no materialismo e nas coisas terrenas, e deixando de lado as coisas espirituais de Deus. Abraão estava no centro da vontade de Deus em Canaã, ainda que a fome ali estivesse prevalecendo. Mas o que foi que ele fez? Ele saiu da vontade de Deus e desceu para o Egito atrás de recursos financeiros. Mas, Deus não mandou-o ir para o Egito, porém, ficar em Canaã. Irmãos! A falta de recursos, muitas vezes, nos faz perder a direção e duvidar da vontade de Deus – ‘Será que realmente Deus está comigo? Por que as portas estão fechadas? Por que há uma necessidade tão grande na minha casa? Será que realmente, Deus quer que eu esteja nessa igreja? Será que estou servindo a Deus da maneira correta?’. Essas coisas são obstáculos para tentar nos impedir de alcançar as bênçãos de Deus! Quando Abraão desceu ao Egito, quase colocou tudo à perder. Porque ele saiu da direção de Deus. Não deixe que as necessidades financeiras tire você da presença de Deus! Pois Ele é aquele que prover todas as coisas, e se ele permite o fiel trilhar o caminho da necessidade, é porque Ele tem um negócio conosco; é porque mais tarde, Ele vai nos abençoar de uma maneira maravilhosa. Como Ele diz através do profeta Jeremias: ‘O Senhor não entristece e nem abate de bom grado os filhos dos homens’. Quando Ele faz isso, faz sempre, com um objetivo. Outro obstáculo na vida de Abraão: a imaturidade. Quando ele esteve lá, no Egito, ele foi imaturo. E essa sua imaturidade quase lhe levou a perder a bênção que Deus tinha lhe prometido por intermédio de Sara, a sua esposa. Sim! Porque lá, temendo Faraó e os egípcios, ele pediu que Sara se identificasse, não como sua esposa, mas como sua irmã. E, por causa disso, Faraó, sentiu atração por ela, e a quase a tomou como sua mulher, se Deus não tivesse intervindo. Mas isso aconteceu por causa da imaturidade de Abraão. E nós, também, irmãos! Por nos faltar experiência e maturidade, podemos tomar 169
rumo diferente em nossa vida. Podemos entrar no caminho, que não é o caminho da bênção, mas o caminho da maldição. Podemos entrar em labirinto sem saída e sem porta. A imaturidade é quando uma pessoa não toma decisões corretas e pautadas, mas age pela sua própria emoção e sentimento, e se deixa levar por sua inexperiência. O livro de Provérbios sempre está advertindo o inexperiente através da sabedoria. Diz que a Sabedoria que coloca em cada esquina, vai as praças da cidade e clama: ‘Oh inexperientes! Vós que não sabeis tomar decisões na vida, ouvi o meu conselho’. E diz, também, Tiago: ‘Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto’. Não perda a benção de Deus, não tome o caminho errado, por falta de maturidade. Diz Paulo que não devemos ser ‘criança inconstante, levada por qualquer vento de doutrina’. Quantas pessoas se deixam ser levadas por qualquer novidade que ouve por aí; quantas pessoas saem de sua igreja, onde estar servindo a Deus há tanto tempo, junto com a sua família, para ir à uma outra igreja, achando que lá é melhor, que o amor lá é maior, que a bênção de Deus lá é maior, e quando chegam lá são decepcionadas. Porque tudo aquilo era apenas uma ilusão. E em vez de receber a bênção de Deus, perde a bênção de Deus; perde a família, o filho se desvia, a esposa se desvia, e ele acaba se desviando. Vamos buscar de Deus a experiência, a maturidade, através da Sua palavra e dos conselhos infalíveis do Seu Espírito Santo. Outro obstáculo na vida de Abraão, que veio para tentar roubar as bênçãos de Deus, que veio para atrapalhar a promessa de Deus que diz que ele seria uma bênção, foram os problemas de saúde. Os problemas de saúde, muitas vezes, nos impede de servir a Deus de uma maneira abundante. Abraão sabia que as promessas de Deus dependia da sua esposa. Mas a sua esposa era uma mulher estéril. Não tinha condições de lhe dar filhos. E Abraão orava a Deus, dizendo: ‘Mas, Senhor, como eu irei ter filhos? Se a minha esposa é estéril’. Então aquilo foi um obstáculo que Abraão e Sara deveriam vencer. A doença nos abate; a doença nos deixa aflitos, deprimidos e angustiados. A falta de saúde abate um homem, pois é um dos maiores bens que uma pessoa possui. Mas ao enfrentarmos esse obstáculo não podemos ser vencidos por ele. Pois servimos o Deus todo-poderoso, Criador dos céus e da terra, e conforme diz o Salmo 115: ‘O nosso Deus está no céu e faz tudo que lhe apraz’. Os profetas de Deus e os apóstolos do Senhor não deixaram que a dor e a doença lhes atrapalhassem de servir a Deus. Não encheram coração de murmuração, mas de gratidão a Deus. Porque todas as coisas vem por permissão do Senhor. 170
Paulo é um exemplo disso, que teve que lidar com um espinho na carne. Ele dizia que aquela tribulação era tão angustiante, cruel, maligna e perversa, que a dor crucial que sentia na alma era comparada como um mensageiro de Satanás que lhe esbofeteava. Se o bofete de um humano dói, quanto mais, um bofete de demônio. Aquilo angustiava o apóstolo Paulo, e lhe deixava frustrado, e ele disse na segunda carta que escreveu aos coríntios no capítulo 12 que havia orado por três vezes ao Senhor para que apartasse dele aquele espinho. Mas o que lhe disse a voz de Deus? Qual foi a resposta de Deus ao apóstolo Paulo? ‘Paulo, a minha graça te basta. Porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza’. Aquilo foi o suficiente para ergue-lo da cinza e da dor, e poder dizer: ‘De modo que me alegro na tristeza, na angústia, nas necessidades e na aflição. Porque quando estou fraco então sou forte’. Essa é a vantagem de uma pessoa sofrer uma dor, é que ela põem em Deus sua total esperança e confiança. Espera que um dia, Deus vai nutrir sua fraqueza com força. Abraão teve que lidar com esse problema da sua esposa, mas Deus atendeu a sua oração. Outro problema que Abraão enfrentou, mais um obstáculo que teve que vencer, foi as oposições. Durante a sua caminhada, Abraão enfrentou muitas oposições de inimigos cruéis querendo ver o fim da sua jornada. Essas oposições são muito bem retratadas no capítulo 15 de Gênesis. Quando Deus se revela a Abraão e lhe diz: ‘Eu sou o teu escudo e o teu grandioso galardão. Não temas! Porque eu vou multiplicar a tua descendência como as estrelas do céu, e como a areia do mar. Sobe ao monte, e me oferece sacrifícios, pois irei fazer uma aliança contigo’. Então, Abraão subiu ao monte, levando os animais para sacrificar. Enquanto, ele preparava os animais para o sacrifício em forma de aliança com o Senhor, a Escritura diz que as aves de rapina vinham sobre os cadáveres dos animais. E durante toda aquela noite, que ele ficou na presença de Deus, até Deus responder a sua oração com fogo, teve que lutar ou enxotar essas aves de rapina que tentavam roupar a sua bênção. E assim também acontece conosco. Estamos diante da bênção de Deus, mas as aves de rapina, demoníacas, diabólicas e infernais querem roubar, atrapalhar e impedir de alcançarmos as bênçãos de Deus e apossarmos delas. E quando o diabo não vem, ele manda os seus para dizer coisas contra nós, para nos difamar e inflamar a alma, nos criticar e denegrir a nossa imagem. Pessoas para nos dizer: ‘Isso não vai dar certo! É besteira! Para com isso! Você não ver que é todo mundo contra você, e ninguém lhe dá atenção. Ninguém liga pra você’. Não dê atenção a essas mensagens diabólicas que querem impedir de você alcançar as bênçãos de Deus. Mas faça como Abraão que expulsava as 171
aves de rapina e diga: ‘Vai-te, Satanás! Porque ao Senhor teu Deus adorarás, e somente a ele servirás’. Outro obstáculo na vida de Abraão que ele teve que vencer: as decisões precipitadas, as decisões impensadas. Foi um conluio entre ele e Sara. Sara disse a Abraão: ‘Deus prometeu nos abençoar se tivermos um filho. Então o que está nos faltando para receber a bênção de Deus é um filho. Então, se é esse o problema, vamos resolver esse problema. Tem Hagar, a minha serva, você a toma como mulher, tenha um filho por intermédio dela, eu o crio, ele se torna nosso descendente e herdeiro, e então iremos receber as bênçãos de Deus’. Abraão foi na conversa de Sara, e tomou uma decisão precipitada que mais tarde, se tornou como um vergão em sua carne que quase destruiu a sua família. E a própria Sara, que induziu o esposo a tomar essa decisão, teve uma angústia profunda no coração. Irmãos! Podemos colocar tudo a perder com decisões impensadas e precipitadas que tomamos na vida. Eu louvo a Deus porque Ele é aquele que conserta os nossos erros, e aplaina os nossos caminhos tortuosos. Porque muitas vezes entramos em uma porta errada, mas o Senhor nos guia na porta certa. Pois conforme diz o salmista: ‘Ele conhece a nossa estrutura, e lembra que nós somos pó’. Que somos humanos falhos e podemos tomar decisões erradas. Mas mesmo nas decisões erradas, Deus faz-nos atinar no caminho certo. Abraão tomou a decisão errada, mas Deus foi tão misericordioso que não permitiu que ele perdesse por completo a sua bênção. Então esses são os obstáculos que enfrentamos. E para não fugir do tema da campanha de oração das irmãs, Neemias também teve que enfrentar muitos obstáculos e muitas dificuldades para desvia-lo do propósito e da obra de Deus. Mas ele disse: ‘Eu não posso me desviar daquilo que Deus colocou no meu coração’. E nem nós também! Eu vou ultrapassar os obstáculos! Quando a maré vir pequena, eu pulo por cima, quando ela vir alta, eu passo por baixo. Mas não vou me desviar do meu caminho, não vou perder a minha rota, porque eu vou contemplar Aquele que é invisível e vou ver a minha bênção. Como diz o autor aos Hebreus: ‘Olhando para Jesus, Autor e Consumador da nossa fé’. Mas rapidamente, vamos conhecer o caminho que Abraão trilhou para poder alcançar as bênçãos de Deus, e que nós, também devemos trilhar esse caminho. Primeiramente, Abraão ouviu e atendeu a voz de Deus. Quando Deus disse: ‘Saí da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai’. Abraão não questionou. Ele sabia que onde ele estava era um local de prosperidade, 172
onde estava florescendo a civilização humana, as construções das grandes cidades. Mas ele deixou o conforto para ouvir e atender a voz de Deus. Muitas vezes ficamos obcecados querendo ouvir a voz de Deus, mas não estamos dispostos obedecer a Sua voz. Queremos que Deus fale conosco, mas quando Ele fala, não estamos dispostos a tomar o rumo de Deus. Mas Abraão para herdar as promessas e as bênçãos de Deus, obedeceu. Deus lhe disse: ‘Vai-te a uma terra que não sabes qual é, mas eu vou te guiar’. Ele foi! Ele acreditou, ele confiou. E por isso foi chamado de pai da fé. Vamos ouvir a voz de Deus, mas também vamos atendê-la para que as bênçãos de Deus possam nos ser acessíveis. Outro caminho que Abraão trilhou para alcançar as bênçãos de Deus foi a renúncia de si mesmo. Ele viveu uma vida de renúncia. Teve que trilhar um caminho estreito, apertado e dificultoso. Teve que deixar o conforto de sua terra, o conforto de seus parentes e o conforto do seu pai para trilhar no caminho da bênção. É um caminho que vai ficando cada vez mais apertado, estreitando cada vez mais: é a terra, é a parentela e é a casa. Irmãos! O caminho da vida é apertado, estreito, espinhoso e dificultoso! Para alcançarmos as bênçãos de Deus, temos que renunciar, muitas vezes, a nossa própria vontade. Jesus Cristo, falou de um modo tal radical acerca disso, que afirmou: ‘aquele que não aborrecer a sua própria vida, não é digno de ser chamado de meu discípulo’. A vida cristã é uma vida de renúncia e de abnegação. É, às vezes, largar o conforto, a sua própria vontade para fazer a vontade de outra pessoa. Mas no fim dessa renúncia estar a bênção de Deus, estar a exaltação do Senhor e estar a concretização das promessas de Deus. De fato, a renúncia, mais profunda na vida de Abraão foi quando ele teve que sacrificar o seu próprio filho a Deus –‘Senhor! Eu deixo a minha terra, eu deixo a minha parentela, eu deixo até a casa de meu pai, mas sacrificar o meu filho, isso é muito angustiante. Porque nele está depositada toda a minha esperança. Tudo quanto tu tens prometido a mim, irá se cumpri nele. Como, então, agora eu vou sacrificar e matar a bênção que me deste?’. Mesmo assim, Abraão tomou sobre si aquela ordem de Deus, e tomando a palavra a peito, por assim dizer, renunciou o seu próprio filho para agradar a Deus e realizar a Sua vontade. E vocês sabem que grande foi a vitória. Porque Deus estava provando aquele homem até os últimos momentos e até as últimas consequências. Deus estava provando a sua fé, e ele se mostrou fiel e íntegro a Deus. Irmãos! Nada acontece na vida de um justo e um santo se não for a provação de Deus para dar aquela pessoa uma bênção maior. A aflição pode ser angustiante, mas é porque Deus que nos abençoar com grande alegria. 173
Um pastor chamado Enéas Tognini, era um batista, que ouviu falar da bênção de Deus, o batismo com o Espírito Santo. E sentiu no coração um forte desejo de ser batizado com o Espírito Santo. Então, começou a buscar em oração de todo o seu coração e alma, pedindo a Deus que lhe batizasse com o Espírito Santo. Em uma certa ocasião, enquanto ele orava em seu escritório, Deus lhe disse: ‘Enéas! Só irei lhe batizar depois que você se desfazer de três ídolos que está no seu coração, você precisa renuncia-lo para que eu lhe visite com a minha bênção’. ‘Quais são esses ídolos, Senhor!’ – Deus lhe disse: ‘o primeiro ídolo é a faculdade que você é o reitor, você se sente muito orgulhoso por ser reitor dessa grande faculdade’. Enéas disse: ‘Senhor, estou disposto a renunciar meu cargo na faculdade batista para recebe a tua bênção. Agora, qual é o outro ídolo?’. ‘O outro ídolo é o pastorado da igreja batista’, disse o Senhor, ‘você se sente muito soberbo em ser pastor de uma grande igreja que lhe dar conforto, e não lhe deixa faltar nada’. O pastor Enéas Tognini era muito apegado com aqueles irmãos, mas disse: ‘Senhor, estou disposto a jogar aos teus pés o meu pastorado, mas eu quero receber a tua bênção. Diga-me qual é o terceiro ídolo que preciso me desfazer’. ‘O terceiro ídolo é a tua biblioteca, com essa quantidade imensa de livros, tu se sentes intelectualmente superior. Quero que você me entregue essa biblioteca’. E quando Enéas arrancou o último ídolo do seu coração, diz a sua autobiografia, que naquele momento o Espírito do Senhor caiu sobre ele e foi batizado com o Espírito Santo. Temos que renunciar, irmãos! Seja o que for! Pelo amor a Deus, temos que renunciar! Para alcançarmos a bênção do Senhor e a bênção de Deus. O terceiro caminho que Abraão teve que trilhar, e que nós temos que trilhar também, é o caminho de erigir altar ao Senhor. Aonde Abraão chegava levanta altar a Deus de oração, consagração e dedicação. Se queremos ver a bênção de Deus em nossa família, temos que levantar um altar de adoração a Deus. Quantos pais não leem a palavra de Deus para os seus filhos, e querem que seus filhos sejam bênção de Deus. Quantos casais não se chegam ao altar do Senhor em oração e querem que Deus lhes abençoem. Para alcançarmos as bênçãos de Deus, temos que levantar altar em nossas casas, em nossos colégios, em nossas sociedades e em nossas igrejas. E assim, o fogo de Deus vai cair sobre o nosso altar se estiver erguido diante de Deus. 174
E, último caminho que Abraão trilhou para torna-se uma bênção, e que temos que trilhar também, é o caminho da fé. Abraão teve que ter uma fé firme, uma fé inabalável, uma fé que não cedia diante de qualquer dificuldade e obstáculo. Conforme, muito bem, disse o apóstolo Paulo: ‘[Abraão], em esperança, creu contra a esperança, que seria feito pai de uma grande multidão. Ele não enfraqueceu na fé, e nem atentou para o amortecimento do seu próprio corpo, e nem para o amortecimento do ventre de Sara. Não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas se fortaleceu na fé dando glória a Deus, sabendo que o Deus que prometeu era poderoso para cumprir’. A fé é o nosso fundamento firme que nos vai atrair as bênçãos de Deus! É como uma âncora que lançamos e puxamos a esperança que está distante para perto de nós! É estar disposto a crer contra a própria esperança. É olhar e ver que não tem mais jeito e que não há mais saída, mas mesmo assim, você diz: ‘Eu vou permanecer aqui! Porque eu creio no Deus TodoPoderoso!’. Edinaldo Nogueira Março/2014
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