Revista Franquia & Negócios - Ed. 101

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ANO 15 | Nº 101 | R$ 14,90 | FEV/MAR 2022

A CAMINHO DOS

R$ 200 BILHÕES Apesar dos efeitos econômicos da covid-19, franchising cresce 10,7% em 2021, alcança R$ 185,1 bilhões em faturamento e marcha em direção aos R$ 200 bilhões em 2022

MIRA NO QR CODE Pagamentos por código vão alcançar 2,2 bilhões de pessoas em 2025

A FORÇA DO FEMININO Conheça histórias de empreendedoras de sucesso no franchising

EQUITY CROWDFUNDING Investimento participativo ganha força no setor de franquias

LONGE DO VERMELHO Redes apostam em soluções humanizadas para reduzir inadimplência

FIDELIZAÇÃO EM ALTA Metade dos brasileiros já assina de seis a dez serviços mensais






José Carlos Semenzato, Fundador SMZTO e Investidor Shark Tank Brasil

INVESTIMENTOS EM FRANQUIAS

Gerando valor de ponta a ponta através do franchising. Há 30 anos investimos em negócios sólidos, em diversos segmentos promissores. Em 2021, atingimos o marco de 3.000 unidades abertas. Hoje, somos o maior grupo de investimentos em franquias do Brasil, e não vamos parar por aqui. Seguiremos com o objetivo de fortalecer marcas e expandir em larga escala soluções acessíveis que impactam positivamente a vida de milhões de pessoas todos os dias. Faça parte deste grupo de mais de 5 mil empresários, seja franqueado de uma de nossas 15 empresas!

+ de 100 unidades

TERÇA DA SERRA A Terça da Serra é a principal rede de Residenciais Sênior do país, oferecendo hospedagem e cuidados de alto padrão para os idosos. Possui tecnologia proprietária e exclusiva de monitoramento aos hóspedes, e um método de gestão e cuidado desenvolvido por quem tem experiência em medicina e longevidade: Dra. Joyce Duarte Caseiro Moraes.  Investimento: a partir de R$ 500.000,00  Lucratividade média: 20%  Faturamento Médio: R$ 1 milhão/ano


#PensouFranquia #PensouSMZTO  @smztofranquias | smzto | smztoholdingdefranquias  smzto.com.br

Aponte a câmera de seu celular para o QR Code ao lado e cadastre-se para receber uma apresentação.

+ de 160 unidades

INSTITUTO GOURMET O Instituto Gourmet é a maior rede de franquias especializada em cursos profissionalizantes na área da gastronomia do Brasil. Um modelo de negócio inovador e seguro, que une alta lucratividade e o propósito de transformar vidas através da educação.  Investimento: a partir de R$ 350.000,00  Lucratividade média: 30%  Faturamento médio: R$ 1.3 Milhão/ano

+ de 280 unidades

INSTITUTO EMBELLEZE O Instituto Embelleze possui mais de 18 anos de know-how e liderança no mercado, e é a maior rede de escolas profissionalizantes na área da beleza da América Latina. A rede de franquias já formou mais de 2 milhões de profissionais e está inserida nos promissores mercados de educação e beleza.  Investimento: a partir de R$ 119.000,00  Lucratividade média: 30%  Faturamento médio: R$ 1 Milhão/ano 12 vezes consecutivas!

+ de 400 unidades

ORAL SIN A Oral Sin é a rede de clínicas odontológicas Nº1 em implantes dentários do Brasil. Pioneira em odontologia digital, as clínicas Oral Sin possuem o maior faturamento médio entre as franquias odontológicas. Um modelo de negócio rentável, seguro e de qualidade, sucesso com dentistas e investidores de outros segmentos.  Investimento: a partir de R$ 535.000,00  Lucratividade média: 30%  Faturamento médio: R$ 3.4 Milhões/ano


C A R TA D O P R E S I D E N T E D A A B F

O varejo e o franchising tecnológicos mais humanizados

A

pesar da expectativa que normalmente temos do foco da NRF Retail’s Big Show ser direcionado à tecnologia e suas inovações, a edição deste ano do megaevento do varejo mundial chamou nossa atenção para as pessoas. “Gente” pode ser considerado o tema central que norteou a NRF 2022, que voltou a ser realizada presencialmente em Nova York após duas edições virtuais. Os conferencistas mostraram que, para além da tecnologia, as mudanças estão mais relacionadas às pessoas, à liderança e à empatia. Eu compartilho também dessa visão de um varejo e um franchising tecnológicos mais humanizados. Uma das lições que podemos extrair desse período de transformações aceleradas enfocado na NRF é que podemos e devemos ser mais empáticos. Em meio às inovações tecnológicas que tanto têm transformado o varejo em geral e especialmente o setor de franquias – que se torna cada dia mais eficiente, inovador e preparado para o futuro –, vemos que as redes estão exercitando mais a solidariedade e a empatia, e isso é excelente. Outro importante aprendizado que extraímos do evento varejista norte-americano é que mais do que ser obcecadas pelos clientes, as empresas precisam ter a mesma obsessão pelos problemas deles. Diversidade e propósito também são valores que tornam as empresas mais humanizadas e que foram igualmente bastante enfocados na NRF 2022. Além deles, a agenda ESG (Ambiental, Social e Governança na sigla em inglês) também tomou conta da convenção da National Retail Federation, e com toda razão. Essa agenda e esses valores têm estabelecido novas conexões entre pessoas e empresas, e sem eles muitos negócios podem sucumbir. Meu desejo é que tenhamos cada vez mais redes tecnológicas e humanizadas. Aproveite a leitura da nossa revista Franquias & Negócios.

André Friedheim Presidente da ABF

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FOTO: KEINY ANDRADE

Um forte abraço,



SUMÁRIO | EXPEDIENTE DIRETORIA ABF

40 | DESEMPENHO

52 | DIGITALIZAÇÃO

36 | EMPREENDEDORISMO

30 | ENTREVISTA

Veja o desempenho do franchising em 2021, os segmentos que mais se destacaram, o impacto da covid-19 nos negócios e a previsão para 2022.

A redução de contato físico em tempos pandêmicos impulsionou o uso do QR Code nas compras. Saiba mais sobre essa prática no franchising.

Em comemoração ao mês das mulheres, acompanhe histórias de executivas de sucesso no franchising, como superaram os obstáculos e onde almejam chegar.

Você conhece os dois lados da moeda no franchising? Quem responde é o professor e pesquisador Luiz Henrique Müller, que acaba de lançar um livro com esse tema.

Diretor-presidente: André Friedheim Diretor vice-presidente: Antonio Bento Moreira Leite Diretor Administrativo-financeiro: Jae Ho Lee Diretor Jurídico: Sidnei Amendoeira Junior Diretor Internacional: Natan Baril Diretora de Capacitação: Fabiana Estrela Diretor de Marketing e Comunicação: Rodrigo Nogueira de Abreu Diretor Institucional: Marcelo Maia Tavares de Araújo Diretor de Franqueados: Alberto Tadassi Oyama Diretora de Relacionamento, Microfranquias e Novos Formatos: Adriana Auriemo Miglorancia Diretor de Estratégia Digital: Carlos Alberto Zilli Presidente da Comissão de Ética: Bruno Eloel Arena Presidente da ABF Seccional Rio: Beto Filho Diretor ABF Regional Sul: André Belz Diretora Regional Centro-Oeste: Claudia Regina Vobeto Pinto Diretora Regional Minas Gerais: Danyelle Van Straten Diretor Regional Nordeste: Cândido Espinheira Diretor Regional Interior de São Paulo: Rogério Gabriel Conselho Fiscal: Bruno Lins Gorodicht, Sylvio Korytowski e Keuson Nilo da Silva Conselho ABF: Ricardo Figueiredo Bomeny, Maria Cristina C. da Motta Franco, Altino Cristofoletti Junior, Carlos Sadaki, Décio Pecin, Juarez Leão, Luiz Henrique Oliveira do Amaral, Fernando José Fernandes Junior EDITORA RESPONSÁVEL

C O N E C TA D A

Editora Lamonica Tels.: 55 (11) 3256-4696 / (11) 3251-3476 Publisher: José Lamônica lamonica@editoralamonica.com.br PRODUÇÃO Editora: Andréa Cordioli (MTb: 31.865) andrea@editoralamonica.com.br Repórter colaboradora: Renata Turbiani Diagramação: Marcelo Amaral marcelo@ditoralamonica.com.br Diagramador colaborador: Lucas Barone Faria

48 | FINANÇAS

Como o equity crowdfunding está avançando no franchising? Quanto custa para investir e se tornar sócio de uma rede de franquias, sem ser o sócio operador?

58 | STARTUPS Cada vez mais, as franquias se aproximam das startups. Quais são as vantagens e como fazer esse movimento sem correr riscos desnecessários?

68 | GESTÃO

Se teve uma palavrinha que aterrorizou ainda mais as franquias nos últimos anos de pandemia foi “inadimplência”. Conheça algumas soluções adotadas.

62 | TENDÊNCIA

Quatro em cada cinco consumidores aumentaram o uso de alavancas promocionais em 2021. Nesse contexto, o clube de assinaturas tem ganhado força no franchising.

E MAIS:

76 | LEGISLAÇÃO

Já ouviu falar de Visual Law? Essa tendência de tornar os documentos jurídicos compreensíveis para qualquer um já chegou ao franchising. Confira.

12 | Na Mira do Franchising • 74 | Análise 80 | Artigo • 82 | Ponto de Vista

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COMERCIAL Bruna Ribeiro: (11) 98568-2920 bruna@editoralamonica.com.br Gesner Castro: (11) 99388-8226 gesner@editoralamonica.com.br Thais Andrade: (11) 99115-3339 thais@editoralamonica.com.br ADMINISTRATIVO Logística e Mercado: Mônica Cavalcante monica@editoralamonica.com.br Administração e Financeiro: Silvia Medeiros silvia@editoralamonica.com.br Parceria:

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SEJA UM FRANQUEADO #momentosodiê I m a g e m m e ra m e n te i l u s t ra t i va . Co n tém G lúten. A l é rg i co s : co n té m fa r i n h a d e t r i g o, ovos, leite e d e r i va d o s . Po d e co n te r a m e n d o i m , nozes, ca s ta n h a d e ca j u , ave l ã , a m ê n d o a e caram elo.

sodiedoces.com.br


NA MIRA DO FRANCHISING Por Andréa Cordioli - andrea@editoralamonica.com.br

As notícias mais quentes do mercado STARTUP F360º COMPRA FFCUBE A F360º, plataforma de gestão financeira para pequenos e médios varejistas, comprou a FFCube, especializada em capacitação de empreendedores na área de gestão financeira. Com a aquisição, a empresa vai lançar um novo braço de negócio focado em educação para varejistas com a expertise de Maurício Galhardo, especialista em finanças para o varejo e criador da FFCube. O valor do negócio não foi revelado. A F360º Educa, nova plataforma de educação financeira para varejistas, incluirá cursos que vão desde conceitos à introdução de gestão financeira até a projeção de caixa e tomada de decisões. A plataforma vai abrigar também vídeos específicos sobre os produtos da F360º e como utilizá-los. O acesso será inicialmente via web e as

BURGER KING LANÇA SUA PRÓPRIA PLATAFORMA DE DELIVERY O Burger King lançou sua plataforma própria de delivery, gerido por um hub logístico que já atua em cerca de 45% dos restaurantes em 100 cidades brasileiras. A expectativa da rede de fast-food é que, até o final do primeiro trimestre deste ano, o delivery próprio cresça 40% em termos de território, contemplando 70% dos restaurantes e alcançando 140 cidades. Segundo a rede, ofertas e cupons exclusivos também estão entre os diferenciais da nova ferramenta.“Estamos capitaneando a revolução para foodtech no País. O início da nossa atuação com delivery próprio vai muito além de apresentar uma nova opção de compra para os nossos consumidores. Nós queremos oferecer preços ainda mais competitivos e as melhores experiências, desde o atendimento até a qualidade dos produtos, para que o BK siga como uma referência de atuação digital no setor de fast-food do Brasil”, diz o diretor de Vendas do Burger King do Brasil, Alexandre Cezilla. bkdelivery.com.br

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capacitações contarão com certificados. No ano passado, quando recebeu o aporte de R$ 50 milhões do fundo de venture capital HiPartners e da Henrique gestora HIX Capital, Carbonell, a F360º cresceu CEO da F360º 60%, alcançando R$ 21 milhões em faturamento. Para este ano, a previsão é chegar a dezembro com receita de R$ 45 milhões. Atualmente com 125 funcionários, a F360º atende mais de oito mil lojas.

INSTITUTO GOURMET FECHA 2021 COM R$ 90 MILHÕES EM FATURAMENTO O Instituto Gourmet, rede de franquias de ensino profissionalizante em gastronomia, fechou 2021 com crescimento de 80% em número de unidades ativas (hoje são cerca de 130) e faturamento de R$ 90 milhões. Segundo o sócio-diretor da marca, Glaucio Athayde, o sellout da rede (venda direta para o consumidor final) cresceu quase 50% no acumulado de janeiro a novembro do ano passado e, mesmo durante os fechamentos das unidades devido aos decretos estaduais, não houve nenhuma quebra de contrato. “Nós dobramos o volume de unidades”, diz. Para 2022, o Instituto Gourmet planeja um rebranding da marca, com novo logo e posicionamento, e projeta crescer 40% em faturamento, expandindo para todas as regiões do País, principalmente no Centro-Oeste e Nordeste. institutogourmet.com



NA MIRA DO FRANCHISING

ORTOPLAN VIRA ODONTOLATINA A rede de franquias de clínicas odontológicas Ortoplan passou por um processo de branding e agora é Odontolatina. De acordo com o sócio-fundador da empresa, Faisal Ismail, o objetivo é ter uma marca mais forte e uma comunicação mais simples no Brasil e na América Latina. A transição de marca deve acontecer em um período de dois a três anos e está previsto um investimento de R$ 2 milhões para a troca de fachada das clínicas, uniformes e materiais de comunicação. Outra novidade é que a rede, atualmente com 25 franquias no Brasil e cinco no Paraguai, passa a contar com a sociedade da 300 Franchising, aceleradora de franquias criada pelos irmãos Leonardo e Leandro Castelo. Todo o plano de crescimento, assim como o departamento Jurídico da Odontolatina, fica sob a responsabilidade da aceleradora. A meta é chegar à marca de 150 franquias até o final de 2024. odontolatina.com.br

APOLAR BUSCA TER 100 IMOBILIÁRIAS ATÉ 2024 A Apolar Imóveis traçou a meta de chegar a 100 imobiliárias nos próximos três anos. Hoje com cerca de 70 lojas, a rede quer aumentar sua capilaridade nos estados onde já atua – Paraná e Santa Catarina – e chegar ao interior de São Paulo, em cidades com mais de 100 mil habitantes. Para expandir, a Apolar aposta em sistemas de operação automatizada, que promovem a otimização dos processos de administração em nuvem, com controle centralizado, e conferem maior autonomia às franquias. “Em 2021, registramos um crescimento na ordem de cerca de 50% em comparação com 2020, tanto no número de imóveis comercializados quanto em valores”, diz o diretor da rede Apolar, Jean Michel Galiano. A Apolar Imóveis administra 20 mil imóveis mensalmente. apolar.com.br

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DOCTOR FEET LANÇA CREME PARA APLICAÇÃO EM CASA A Doctor Feet, rede especializada em serviços de podologia, manicure e venda de itens médicos, ortopédicos, bem-estar e saúde, desenvolveu uma nova versão do creme Hidratação Profunda para venda em todas as unidades da rede. Antes, o produto era de uso exclusivo da marca durante os tratamentos de podologia nas unidades. “Decidimos estender o benefício do Hidratação Profunda para que os nossos clientes possam levar esse tratamento também para casa, com a qualidade e a excelência profissional de quem entende de podologia”, informa o presidente da rede, Jonas Bechelli. O creme pode ser adquirido em embalagem de 30g com preço de lançamento de R$ 47,00 e, após esse período promocional limitado, será encontrado por R$ 59,00. A Doctor Feet completa 23 anos de mercado este ano com mais de 70 unidades, em 12 estados brasileiros. doctorfeet.com.br



NA MIRA DO FRANCHISING

BOB’S INICIA VENDA DE SANDUÍCHES EM CONDOMÍNIOS, HOTÉIS E CO-WORKINGS O Bob’s acaba de ampliar a venda de sua nova linha de sanduíches congelados Bob’s em Casa. A partir do final de janeiro, os novos produtos passam a ser vendidos pela startup brasileira Onii, atualmente com 350 pontos de venda. Com a tecnologia avançada e automatizada, os sanduíches pré-prontos serão vendidos em condomínios, co-workings, clubes, empresas, hotéis e outros. Serão oferecidas cinco opções de sanduíches: Cheeseburger, Double Cheese, Cheddar Australiano, Crispy Bacon e o novo Mini Cheeseburger. “Cada vez mais queremos levar a marca Bob’s para condomínios e prédios comerciais, destacando o sabor e a qualidade de nossos produtos, com conveniência e rapidez”, afirma a diretora de Marketing do Bob’s, Raquel Paternesi. Segundo ela,

em breve, a rede terá novos parceiros para comercializar os produtos, dando continuidade ao trabalho que foi iniciado em novembro com o St. Marche, em São Paulo. bobs.com.br

MAIS1 CAFÉ QUER BATER 700 UNIDADES ATÉ DEZEMBRO

PONTO FÁCIL ALCANÇA 30 FRANQUIAS EM UM ANO Com quatro anos de existência e um ano de operação no franchising, a startup de serviços digitais e financeiros Ponto Fácil alcançou 30 franquias em 2021, impulsionada pelo pagamento do Auxílio Emergencial, quando, segundo a rede, mais de 100 mil pessoas procuraram suas unidades para obter informações, preencher ou regularizar o cadastro. “Nesse período, chegamos a inaugurar dez unidades. Agora, com os sinais de retomada, vemos uma grande oportunidade para quem deseja empreender”, informa o COO e co-fundador da Ponto Fácil, Luiz Pajosse. Atualmente, a Ponto Fácil atua em quatro estados brasileiros – São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco e Rondônia –, com a oferta de mais de 400 serviços e produtos digitais e financeiros, como viabilização para emissão de certidões e documentos (CPF, RG, Título de Eleitor, CNH e outros), consulta a cadastros restritivos, negociação de dívidas e microcrédito, entre outros. pontofacil.com.br

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A rede de cafés especiais Mais1 Café quer fechar este ano com 700 unidades e faturar R$ 110 milhões. Só em janeiro, o plano de expansão da rede já previa a abertura de 15 lojas, sendo cinco na região Sudeste. A marca criada pelos empresários Alan Parise, Vinícius Delatorre, Hilston Guerim e Gare Marques em dezembro de 2019 – às vésperas do início da pandemia de covid-19 – já vendeu cerca de 400 franquias. Com conceito “to go” (para levar), a Mais1 Café conta com operações simplificadas, de 12m² e 20m², e investimento inicial de R$ 135 mil. O objetivo da rede é otimizar a experiência do cliente por meio de um atendimento personalizado e digitalizado. Além das bebidas, seu cardápio conta com salgados e doces importados da Espanha e França. mais1cafe.com.br



NA MIRA DO FRANCHISING

ICE CREAMY APOSTA EM FRANQUIA CHAVE NA MÃO A rede de sorvete na pedra Ice Creamy lançou a franquia Chave na Mão. Com ela, a rede oferece ao investidor uma operação com investimento menor – a partir de R$ 59,9 mil – e uma loja pronta para operar. “O valor do investimento contempla, basicamente, a taxa de franquia, os equipamentos e os produtos. Mensalmente, o franqueado pagará, então, um aluguel pelo uso da infraestrutura”, explica o presidente e fundador da rede, Émmerson Serandin. Segundo ele, a lucratividade média é de 28%. “O franqueado ainda poderá escolher se quer agregar à operação o Ice Café, o que potencializa os lucros e amplia as possibilidades de agradar o consumidor final”, completa. A sorveteria

REI DO MATE INAUGURA 16 LOJAS EM 2021 Em 2021, em ano ainda sob os efeitos da pandemia de covid-19, o Rei do Mate inaugurou 16 lojas no País. “[Esse desempenho] reflete o nosso foco em oferecer novas oportunidades aos franqueados e reforça a nossa conexão com o mercado nacional”, diz o CEO da rede, Antonio Carlos Nasraui. As novas lojas estão localizadas nas seguintes praças: Pernambuco (Shopping Patteo Olinda e Shopping Caruaru), Rio de Janeiro (Clube de Regatas Flamengo, Shopping Nova Iguaçu e Praia dos Cavaleiros), Mato Grosso (SINOP), Santa Catarina (Norte Shopping Blumenau e Aeroporto Internacional de Navegantes), e São Paulo (Boqueirão, em Praia Grande; Hospital Austa, em São José do Rio Preto; Bauru; Shopping Center 3, Hospital Israelita Albert Einstein, Shopping Trimais, Outlet Fernão Dias e CENESP). reidomate.com.br

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premium foi lançada em 2014 e hoje conta com 100 unidades no Brasil. icecreamy.com.br

SPOLETO LANÇA NOVA COLEÇÃO DE PRATOS DECORADOS O Spoleto lançou sua nova coleção de pratos intitulada Brasilidades, ou seja, o que representa o Brasil mais do que futebol e samba. A coleção é assinada por oito brasileiros desconhecidos do grande público, que foram finalistas em concurso realizado pela rede e escolhidos pelo voto popular e por um júri formado por personalidades de diferentes áreas e ainda por uma cliente do Spoleto. Foram cerca de 70 mil votos em todo o País. As ilustrações retratam o Bumba Meu Boi, as feiras livres e de domingo, as lendas, os indígenas e as baianas, o funk e a festa junina. A rede calcula distribuir 180 mil pratos em seus 326 restaurantes espalhados por todo o País (menos em Sergipe e Tocantins). Para ter acesso ao prato, basta comprar uma refeição com bebida e acrescentar R$ 7,90. A peça avulsa sai por R$ 29,90. spoleto.com.br



NA MIRA DO FRANCHISING

DR. SHAPE FORMATA CLUBE DE ASSINATURA E PROGRAMA DE CASHBACK A Dr. Shape, rede de franquias de suplementos alimentares e artigos esportivos, acaba de lançar dois programas de fidelização e valorização do cliente: o programa de fidelidade Shaper´s Club, com cashback de 5% nas compras acima de R$ 60 nas lojas físicas, e o Clube de Assinaturas Dr. Shape. Neste caso, pagando uma mensalidade de R$ 39,90 durante seis meses, os clientes poderão fazer dois resgates de R$ 119,70 a cada três meses em produtos das marcas exclusivas Dr. Shape ou Iconic Nutrition. Os assinantes também têm descontos em mais de cem parceiros nacionais nas áreas de vestuário, viagem, beleza e cursos e até 20% de desconto em produtos selecionados nas lojas

SUPERGEEKS CALCULA 50% DE AUMENTO NO FATURAMENTO EM 2022 A escola de programação e robótica para crianças e adolescentes SuperGeeks espera abrir 24 unidades este ano e aumentar em 50% o seu faturamento, além de avançar em seu projeto de expansão em Portugal, Estados Unidos, Japão e regiões de língua espanhola. Segundo a rede de franquias, a expansão será guiada pelo reaquecimento do mercado, pela reabertura física das unidades e pela conscientização da importância da ciência da computação neste momento. “Uma das tecnologias mais Marco Giroto e Vanessa Ban, promissoras para o futuro fundadores da SuperGeeks é a Realidade Virtual e Realidade Aumentada. Ela estará em praticamente tudo”, diz o fundador da SuperGeeks, Marco Giroto. A SuperGeeks também lança este ano o modelo “Eu Empreendo”: uma plataforma EaD, acoplada a Games de Simulação Empresarial que permite a aprendizagem do Empreendedorismo para jovens a partir do oitavo ano escolar. Fundada em 2014, SuperGeeks tem hoje cerca de 50 unidades em operação no País e quatro mil alunos. supergeeks.com.br

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físicas da rede. Com mais de 70 lojas em 18 estados brasileiros e Distrito Federal, a Dr. Shape quer abrir 30 franquias em 2022. drshape.com.br

CONVEX BRASIL INAUGURA PRIMEIRA UNIDADE EM ALAGOAS A Convex Brasil, franquia que produz e comercializa joias em aço, prata e prata revestida em ouro, inaugurou a sua primeira unidade no estado de Alagoas. No formato de quiosque, a loja está localizada no Shopping Pátio Maceió, que fica no bairro Cidade Universitária da capital do estado. “Essa é a primeira de muitas outras franquias que iremos lançar em Maceió e no estado”, afirma o CEO da Convex Brasil, Rinaldo Monaco. Segundo ele, o faturamento dos franqueados da rede pode chegar até R$ 600 mil por ano. O investimento em uma franquia da rede é de R$ 129 mil, com prazo de retorno estimado entre 18 e 36 meses. Atualmente, a Convex Brasil conta com mais de 60 franquias em todo Brasil. convexbrasil.com.br



NA MIRA DO FRANCHISING LE BRIJU ABRE A SUA PRIMEIRA FRANQUIA Fundada em 2016 e com oito lojas próprias, a rede de franquias Le Briju abriu a sua primeira franquia no Shopping Parque São Caetano, após ter iniciado no franchising em 2021. No espaço da franqueada Karina Gonçalo Pereira, de 34 anos, o público terá produtos apresentados por cores e ao alcance das mãos, podendo tocá-los, prová-los e compor looks. “Não tem como dizer que não dá um frio na barriga ao entrar em um novo ramo e trabalhar como algo totalmente novo para mim, que é o público presencial. Mas o suporte que a Le Briju me dá desde o início é o que me faz acreditar e foi o que me fez fechar o negócio”, afirma a franqueada, que começou a vender bijuterias pela internet em meio à pandemia após ter se desligado de uma editora onde trabalhou por mais de uma década. O investimento em uma unidade Le Briju, com metragem média de 35 m2, parte de R$ 390 mil, já contando com a taxa de franquia e o capital de giro. lebriju.com.br

GRUPO LFB FRANCHISING QUER VENDER 100 FRANQUIAS EM 2022

REDEORTO DOBRA DE TAMANHO EM 2021

O grupo LFB Franchising, detentor das marcas La Brasa Burger, La Fruta Açaí e F de Frango, projeta comercializar 100 franquias este ano e alcançar faturamento de R$ 160 milhões. Além disso, em 2022, a meta é inaugurar 50 unidades das 82 que estão em implantação. O grupo LFB Franchising fechou o ano passado com mais de 50 unidades inauguradas, 72 comercializadas e R$ 100 milhões em faturamento. A rede, criada em em 2018 pelos amigos Bruno Sgutt e Danilo Lopes, também avalia a possibilidade de internacionalização da marca. “Temos alguns interessados na América do Sul e outras na Europa, principalmente em Portugal. Estamos finalizando alguns ajustes em planos de negócio, e estudando as questões técnicas para dar andamento nesse projeto”, diz o sócio fundador da LFB Franchising, Bruno Sgutt. www.instagram.com/grupo_lfb

A REDEORTO abriu 80 clínicas em 2021, dobrando de tamanho em relação ao ano anterior. Segundo a rede, durante a pandemia de covid-19, os dentistas sentiram as dificuldades do mercado e optaram pelo modelo do franchising, que oferece suporte comercial, marketing, treinamento e sistemas de gestão. De 2020 para 2021 – ambos anos pandêmicos –, o faturamento da rede passou de R$ 120 milhões para R$ 200 milhões. “Nossa meta para este ano é arrojada. Pretendemos inaugurar de 100 a 150 franquias”, diz o fundador e CEO da REDEORTO, Rubens Vergani Jr. A rede também anunciu a contratação do ex-jogador de futebol Marcelinho Carioca como novo embaixador da marca. As ações envolvem postagens nas redes sociais da rede de franquias e do ex-atleta, publicidade e testemunhal em programa de rádio apresentado por Marcelinho, além da disponibilização de dezesseis ingressos para assistir a jogos do Corinthians no Campeonato Paulista de 2022, em seu camarote na Neo Química Arena. As entradas serão sorteadas e a mecânica da promoção será divulgada em breve nas redes sociais da REDEORTO. redeorto.com.br

Danilo Lopes e Bruno Sgutt

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NA MIRA DO FRANCHISING

MYLASH INVESTE NA EXPERIÊNCIA DO CLIENTE NAS LOJAS A rede de franquias MyLash Extensão de Cílios tem apostado em algumas ações diferenciadas de marketing para conquistar clientes, como o “Experimente MyLash”, no qual a cliente tem a opção de realizar o serviço e, caso não goste, não paga nada. Outra iniciativa é a campanha “Seja influenciadora MyLash”, onde a cliente acumula pontos e troca por prêmios ao indicar amigas. A rede também tem investido em novos serviços, como o MyLash Spa. Para vender essa experiência, as clientes que estão aguardando procedimentos recebem uma massagem gratuita durante 15 minutos. “O MyLash Spa entra como novo protocolo de serviços da rede. As unidades que aderirem o procedimento deverão contratar uma profissional de massoterapia a parte”, explica a CEO e

COR & UNHA MIRA EXPANSÃO PARA O INTERIOR DE SÃO PAULO A Cor & Unha Fashion Hair completa este ano dez anos de franchising com a missão de expandir de sua cidade de origem, Niterói, no Rio de Janeiro, para cidades do interior de São Paulo com mais de 50 mil habitantes. Tanto é que a marca já garantiu a primeira participação na ABF Expo Franchising, que é uma das maiores feiras de franquias do mundo e que ocorre anualmente em São Paulo. Neste ano, ela será de 22 a 25 de junho. Hoje, a Cor & Unha tem 36 unidades localizadas no Rio de Janeiro, com exceção de uma que está situada na cidade de Vila Velha, no Espírito Santo. O investimento inicial em uma unidade da rede é de R$ 120 mil para lojas de 40 metros quadrados. O faturamento bruto mensal médio está estimado em R$ 50 mil. coreunha.com.br

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co-fundadora da franquia MyLash, Carina Arruda. Mais focada no eixo Rio-SP, a franquia também tem apostado em outros estados. Recentemente, abriu operação em Dourados (MT) e Belém (PA) e, em breve, chega ao Paraná e Pernambuco. mylash.com.br

ESTETIC360 AMPLIA PORTFÓLIO DE SERVIÇOS A Estetic360 incrementou seu portfólio com mais sete serviços: Microagulhamento com Vitamina C, Microagulhamento para Acne, Microagulhamento para Melasma, Clareamento íntimo, Hidragloss, Peeling Facial e Lipo de Papada Enzimática. A rede também inaugurou no final do ano passado sua quarta unidade na capital paulista. Dessa vez, a inauguração foi no Shopping Jardim Sul e contou com a presença da apresentadora Luciana Gimenez. Com sede em Pernambuco e investimento a partir de R$ 700 mil, a rede já tem dez unidades em operação. A Estetic360 pertence ao empresário Leonardo Lamartine, ex-diretor da regional Nordeste da ABF e sócio da BHF - Branding, Hub & Franchising – holding que reúne nove marcas, entre elas a rede de restaurantes Bonaparte.

Jadir Rocha, Hugo Paiva, Vinicius Carvalho, Alberto Oyama e Paula Correia



NA MIRA DO FRANCHISING MR. CHENEY E REESE’S REALIZAM CO-BRANDING A rede de franquias de cookies Mr. Cheney realizou co-branding com a marca americana Reese’s, do grupo Hershey. As marcas desenvolveram as receitas Cookie Reese’s e Monster Cookie Shake Reese’s, feitos com o doce de chocolate recheado com manteiga de amendoim Reese’s. “Assim como nós, a Reese’s traz na sua essência o DNA americano e oferece produtos de altíssima qualidade, o que está alinhado com o nosso posicionamento de marca Mr. Cheney”, diz o fundador e CEO da rede Mr. Cheney, Lindolfo Paiva. “Essa é mais uma ótima oportunidade para o público brasileiro experimentar Reese’s, um produto tão único da Hershey no mundo e diferente de tudo o que temos no mercado nacional”, afirma a gerente-

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geral LATAM da Hershey, Larissa Diniz. Os produtos já estão disponíveis em todas as lojas da rede com preço a partir de R$ 16,50. mrcheney.com.br

HEROYS LANÇA REDE DE FRANQUIAS

LUMINOVA DESENVOLVE APP DE APRENDIZAGEM

A Heroyz, marca dos Bombeiros Voluntários de Joinville (SC) criada em 2018, lançou uma rede de franquias, que une franchising e licenciamento. Além da renda com a venda de produtos – que vão de artigos de moda, relógios, óculos de sol, tênis, obras de arte a bicicletas elétricas vintage –, as lojas on-line também irão receber um faturamento adicional com a participação na receita dos licenciamentos feitos na região nas quais estão localizadas. “Dessa forma, garantimos um ecossistema harmônico que beneficia todos envolvidos, transcendendo os padrões do mercado para potencializar o volume financeiro que retorna para todos e contribui ainda mais com os bombeiros voluntários”, diz o cofundador da Heroyz, Eduardo Borba. A operação terá a parceria da BTZ Franchising para a rede de franquias e da Destra e Stagio Marcas e Patentes para os licenciamentos. heroyz.com.br

A Luminova, rede de escolas do grupo SEB Sistema Educacional Brasileiro, lançou o aplicativo Luminova Learning para melhorar a gestão, a organização dos conteúdos e as informações para alunos, equipes e famílias. Com o app, o estudante poderá acompanhar seu desempenho, acessar o material didático digital e ver os conteúdos de aprofundamento, incluindo videoaulas a partir do quarto ano. Os pais também terão acesso a relatórios mais detalhados dos filhos. “Com este novo sistema, é possível organizar de uma forma mais estruturada todos os planos de aprendizagem, oferecer ao aluno uma experiência personalizada e acompanhar de forma mais ativa o desenvolvimento dele por meio de registros e evidências de aprendizagem”, explica o diretor acadêmico, Yan Navarro. Atualmente, a Luminova conta com cinco unidades em São Paulo: Interlagos, Vila Prudente, Bom Retiro, Barra Funda e Sorocaba, além de uma operação no Rio Grande do Norte, em Natal. escolaluminova.com.br

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NA MIRA DO FRANCHISING

PARK EDUCATION INAUGURA 22ª ESCOLA EM MINAS GERAIS A rede mineira especializada em educação bilíngue, criatividade e soft skills Park Education inaugurou a 22ª unidade no estado de Minas Gerais, na cidade de Contagem. “Ficamos felizes em continuar crescendo no estado que deu origem ao nosso negócio e em alcançar um número ainda maior de pessoas que buscam aprender um segundo idioma e se desenvolverem profissionalmente. Além disso, a abertura dessa operação fortalece a estratégia da franqueadora em ampliar a presença na região Sudeste”, diz o co-CEO e co-founder da Park Education, Paulo Arruda. Atualmente, a rede possui 22 unidades em Minas Gerais e o plano é abrir mais cinco até o fim de 2022. No total, a Park Education tem mais de 90 operações nos estados do Amapá, Bahia, Brasília, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Em 2021, a rede inaugurou 16 franquias e a previsão é chegar a 300 operações no Brasil nos próximos três anos. parkeducation.com.br

BUBBLE MIX QUER DOBRAR DE TAMANHO EM 2022 A Bubble Mix, rede de franquias especializada em bubble tea, pretende dobrar o número de unidades de este ano, alcançando mais de 120 em funcionamento. A expansão prioriza regiões com boa densidade demográfica, clima que favoreça o consumo de chá durante todo o ano e logística facilitada. Segundo a rede, o crescimento será impulsionado pela retomada econômica com o avanço da vacinação contra a covid-19 e pela demanda represada de empreendedores que pouparam durante o isolamento social e agora desejam investir em um negócio. O investimento em uma loja da Bubble Mix parte de R$ 117,6 mil para lojas de rua e de R$ 128,6 mil para quiosques em shoppings, galerias comerciais e supermercados. A estimativa de retorno do investimento varia de 12 a 36 meses, enquanto o faturamento médio de lojas com um ano de funcionamento é de R$ 41 mil mensais. www.bubblemixtea.com.br

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BEBIDAS ONLINE CRESCE 300% EM 2021 A rede de franquias Bebidas Online cresceu 300% em 2021, chegando a 150 franquias em 139 cidades de 22 estados brasileiros. Para este ano, o aplicativo de delivery de bebidas quer acelerar a expansão para as regiões Norte e Nordeste, apostando em sua tríade tradicional: rótulos de cervejas variados, produtos de conveniência e agilidade na entrega. Dos 16 estados que compõem essas regiões, o app já marca presença em nove, em 22 cidades. “Temos expectativas audaciosas para este ano. Triplicaremos facilmente o número de municípios, ultrapassando 100 unidades só nessas regiões turísticas, que apresentam alto consumo de bebidas e possuem uma carência natural de empresas de delivery”, diz um dos proprietários do Bebidas Online, Gabriel Medeiros Santos. Além dos rótulos de cervejas, a empresa entrega produtos como gelo, carvão, salgadinhos e carnes em até 1 hora. franquia.bebidasonline.com.br


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Brasil é a terra do empreendedorismo. Não à toa, o franchising, formado quase na sua totalidade por pequenos empreendedores vinculados a redes de franquias, é um dos setores que mais faz sucesso e a cada ano atrai mais e mais interessados – mesmo em tempos de pandemia. Contudo, apesar de este ser um modelo de negócio testado e validado e que conta com o know-how, a experiência e o suporte dos franqueadores, montar uma unidade não é garantia de sucesso. São muitos os pontos que precisam ser levados em conta para mitigar os riscos e ter bons resultados. Para ajudar os empreendedores nessa tarefa, o mestre em Administração, consultor, professor universitário e pesquisador na área de franchising Luis Henrique Müller, lançou o livro Franquias: Os dois lados da moeda moeda. Nele, o autor detalha o caminho das pedras para quem quer entrar no setor, aponta seus prós e os contras e ensina sobre gestão de pequenos negócios, contabilidade, custos e aspectos jurídicos, entre outros temas. Para saber mais sobre a obra e as oportunidades no sistema, a revista Franquias & Negócios conversou com o autor. Confira os principais trechos a seguir: Você lançou recentemente o livro Franquias: Os dois lados da moeda. Qual foi a motivação? Minha experiência no franchising iniciou em 2016, quando me tornei franqueado de uma rede de âmbito nacional. Depois, em 2018, ingressei em outra de atuação regional. Por meio de distrato amigável, saí de ambas, mas mantive a operação de uma como empreendedor, com minha marca própria, e da outra como loja independente multimarcas. À medida em que conhecia melhor as operações e me deparava com alguns problemas e dificuldades, passei a conhecer centenas de franqueados de todo o País e, não por coincidência, pude verificar que os problemas e as angústias eram idênticos. Constatei casos de sucesso e insucesso, erros e acertos semelhan-

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tes, tanto de franqueados como de franqueadores, alguns deles inclusive também cometidos por mim. Mas o que mais me chamou a atenção foram diversas experiências bem dramáticas de pessoas que se aventuraram em negócios sem o mínimo de informação e experiência e até mesmo de casos de investidores que foram literalmente lesados. Passei, então, a me aprofundar no estudo do franchising. O que você descobriu? Pesquisando a literatura, verifiquei que a maioria dos livros sobre o tema tinha abordagem exclusivamente jurídica, de marketing ou mesmo de gestão voltada ao franqueador ou ao empreendedor que pretendesse franquear o seu negócio. Senti falta de algo que suprisse as principais carências do pequeno empreendedor, franqueado ou independente, que mostrasse como pesquisar uma oportunidade, como analisar a viabilidade do investimento, que tratasse de gestão de pequenos negócios, contabilidade, custos, aspectos jurídicos, entre outros, em uma linguagem não acadêmica e de fácil compreensão e tendo em mente que existe sempre os dois lados da moeda. E quais são esses lados? Quase tudo na vida pode ser visto sob ângulos diferentes, dependendo de quem observa o fato. Na minha convivência com franqueados e nas pesquisas que fiz, percebi que, na maior parte dos casos de insucesso ou até de mera insatisfação, os empreendedores só tinham conhecimento daquilo que lhes foi passado pelas equipes de expansão do franqueador. Raros os que afirmaram ter analisado a COF (Circular de Oferta de Franquia) ou ter lido integralmente os contratos. Alguns afirmaram ter feito pesquisa superficial de mercado, poucos consultaram outros franqueados e nenhum garantiu ter conversado com algum ex-franqueado. Lembravam bem do valor do investimento, que via de regra foi ultrapassado, e do prazo de retorno do investimento que lhes haviam informado. Portanto, conheceram apenas um lado da moeda. O outro lado o empreendedor tem que correr atrás com olhar cético e sem atropelos, pesquisar, analisar, buscar assessoria de profissionais, se for o caso, afinal, é o dinheiro dele que está em jogo e não costuma ser pouco. No meu livro eu cito um artigo da advogada Melitha Novoa Prado intitulado Existem fake news no franchising? Nele, a autora resume muito bem como se dá o assédio das equipes

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de expansão que vendem um produto, têm metas para cumprir e, portanto, usam todos os argumentos possíveis para vender. Levando tudo isso em conta, você acredita que qualquer pessoa pode se tornar um franqueado? Juridicamente, toda pessoa capaz pode ter um negócio próprio e, portanto, ser um franqueado, desde que aceito pelo franqueador. Contudo, é praxe o franqueador exigir um determinado perfil dos seus franqueados e para isso faz uma seleção, podendo o interessado ser rejeitado caso não tenha os requisitos exigidos. Todavia, muitas franquias sabidamente aprovam os interessados desde que tenham recursos financeiros para arcar com o investimento. Isso é fato, inclusive tem artigo publicado com pesquisa a esse respeito. Se um candidato tem dinheiro e vontade de empreender, a franquia é a melhor opção? Eu diria que é uma boa opção a ser avaliada. Se é a melhor ou não dependerá das opções e oportunidades que o investidor tem à sua disposição. A partir de análises e estudos avaliando a viabilidade do negócio é


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que ele deve tomar a decisão. Evidentemente que as franquias têm uma considerável vantagem pelo fato de já ser um negócio formatado e testado com todo suporte agregado.

ativo no negócio é fundamental, além de manter controles internos eficientes.

Como você avalia o momento atual do ­franchising brasileiro? Acho que o franchising continua sólido, retomanCom tantas mudanças nos negócios e na sociedo aos poucos o crescimento, apesar da pandemia. dade, o que o interessado em adquirir uma franTem tudo para crescer de forma cautelosa, especialquia deve levar em conta hoje em dia? mente as microfranquias e as franquias que exigem Realmente não é uma decisão muito trivial, porinvestimentos mais baixos, isto porque o investidor que são muitos fatores que influenciam na decisão, ainda se manterá avesso a com investimentos e riscos riscos maiores por algum variados. Ele deve levar em tempo, especialmente se conta a sua aptidão para O SUCESSO DEPENDE DE considerarmos as dificuldaaquele tipo de atividade, até des econômicas que o país porque, numa franquia, o MUITOS FATORES COMO vem enfrentando como inideal é o envolvimento pesCONCORRÊNCIA, MERCADO, flação, taxa de câmbio e desoal do franqueador na opeCAPACIDADE DE GESTÃO, semprego, sem contar que o ração, bem como o valor do próximo ano será tenso em investimento. A dica, apesar ATENDIMENTO E MUITOS virtude das eleições. de óbvia, é pesquisar muito OUTROS. PESQUISAR MUITO e sem pressa. Se necessário E BUSCAR CAPACITAÇÃO Por falar em pandemia, o busque ajuda, analise com que ela significou para o algum ceticismo, faça comPARA EMPREENDER SÃO sistema? parações, certifique-se dos FUNDAMENTAIS PARA A pandemia foi trágica dados que lhe são passados. MITIGAR RISCOS. ALÉM DISSO, em todos os sentidos e para Considere sempre os dois todos. Algo que estava fora lados da moeda. SER UM FRANQUEADO ATIVO de possibilidade de planejaNO NEGÓCIO É FUNDAMENTAL, mento. Costumo dizer que o No livro, você deixa claro ALÉM DE MANTER CONTROLES único lugar que eu via a paque franquia não é galavra pandemia antes era nas rantia de sucesso. Mas INTERNOS EFICIENTES. apólices de seguro e mesmo o que se pode fazer para assim era um termo ignoramitigar os riscos e prodo. Acho que muitas redes blemas e atingir bons reforam abaladas, muitos franqueados tiveram que encersultados? rar sua operação, mas o sistema em si me parece que reNegócios são investimentos de risco, portanto, sistiu e soube enfrentar o problema. As boas franquias, nenhum tem garantia de sucesso, seja franquia ou inclusive, foram importantes no suporte prestado aos não. Mas o empreendedor menos avisado, ao ver uma franqueados nos momentos mais difíceis. loja bem montada num shopping, muitas vezes acredita que o sucesso pode estar garantido em função Hoje, qual o maior desafio para as franquias? de tudo que vem junto a uma franquia. Todavia, não Creio que os efeitos econômicos da pandemia vão é o franqueador que vai administrar o negócio e sim perdurar por algum tempo e vão exigir muito sacrifío franqueado. O sucesso depende de muitos fatores cio. Acho que, por enquanto, é o momento de as francomo concorrência, mercado, capacidade de gestão, queadoras olharem mais para a sustentabilidade ecoatendimento e muitos outros. Pesquisar muito e busnômica das suas redes de franqueados do que para a car capacitação para empreender são fundamentais expansão. para mitigar riscos. Além disso, ser um franqueado

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EMPREENDEDORISMO

Mulheres de negócios EM COMEMORAÇÃO AO MÊS DA MULHER, EM MARÇO, QUANDO É CELEBRADO O DIA INTERNACIONAL DA MULHER (8), CONHEÇA HISTÓRIAS DE EXECUTIVAS DE SUCESSO NO FRANCHISING

O

Brasil possui cerca de 52 milhões de empreendedores, de acordo com o Global Entrepreneurship Monitor 2020 (GEM), principal estudo sobre empreendedorismo do mundo. Desse total, 30 milhões (48%) são mulheres, o que coloca o País como o sétimo com o maior número de empresárias no mercado. A pesquisa Mulheres Empreendedoras, de autoria do Instituto Rede Mulher Empreendedora (IRME) e elaborada no ano passado, aponta ainda que 26% delas iniciaram seus negócios atuais durante a pandemia. Dentre as suas principais áreas de atuação, estão as de serviços (39%), venda de produtos (34%) e produção

de bens ou produtos artesanais, inclusive comida (21%). Mas um setor que particularmente tem forte participação das mulheres é o de franquias. Segundo o estudo Liderança Feminina no Franchising, elaborado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), elas representam 48% dos franqueados no Brasil. Além disso, em 12% das franqueadoras a liderança é exclusivamente feminina. Para celebrar o Mês da Mulher, em março, quando é celebrado o Dia Internacional da Mulher (8), a revista Franquias & Negócios conversou com cinco empresárias que fundaram redes de sucesso no País. Elas enfrentaram desafios, mas conseguiram vencê-los e, hoje, são verdadeiros exemplos no setor. Conheça suas histórias:


“Minha formação é como professora primária e meu primeiro emprego foi como recepcionista da União dos Bancos Suíços, no centro do Rio de Janeiro. Em 2008, quando estava com 60 anos, eu trabalhava em um salão de eventos, mas pedi demissão para cuidar da minha mãe que estava bastante doente. Depois que ela faleceu, não consegui mais arrumar trabalho, por causa da minha idade. Como as contas não paravam de chegar, resolvi fazer bolos para ajudar na renda familiar. A produção era feita no meu apartamento e eu vendia para os vizinhos. Com o sucesso, o caminho seguinte foi a mercearia de um amigo e o comércio do bairro. Cheguei a produzir 100 bolos por dia, com a ajuda de uma amiga. Tudo era feito artesanalmente e não contava com o suporte de batedeiras e nem de outros equipamentos profissionais. A primeira loja própria, batizada como Fábrica de Bolo, foi aberta no Centro do Rio, em 2008. A segunda nasceu em 2012, no bairro Vila Isabel. Eu e meu marido, então, ficamos interessados em replicar o nosso negócio. Conversamos com nosso filho e ele decidiu nos ajudar montando um plano de negócios. Depois disso crescemos gradativamente. No começo, enfrentamos os problemas iniciais que toda empresa enfrenta: burocracia, mão de obra, impostos, logísticas etc. Também tive de superar alguns obstáculos por ser mulher, mas a vontade de vencer e a necessidade de ganhar o pão de cada dia me fizeram ignorar todos os preconceitos. Isso me ajudou a transformar uma loja de bolos caseiros em uma rede. Hoje, temos 600 unidades e a meta é chegar a 1.000 lojas em 2024.” Alzira Ramos, fundadora da Fábrica de Bolo Vó Alzira

Quando descobri que devia explorar os meus pontos fortes e deixar de lado a exigência de ser excelente em tudo, as coisas passaram a fluir melhor.

FOTO: DIVULGAÇÃO

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Vontade de vencer

Visão estratégica “Enquanto cursava Administração, estagiei na empresa da minha família, o Delboni Auriemo. Naquela época, fiz um curso de franquias e me apaixonei. Conheci pessoas que tinham trazido marcas de fora para o Brasil, o que me deixou bem inspirada. Pensei: isso é o que gostaria de fazer profissionalmente. Surgiu a ideia de ter uma franquia, mas não sabia bem o que. Em 1996, conheci as castanhas glaceadas em uma viagem aos Estados Unidos. Inicialmente, minha tia, que estava comigo, foi quem quis trazer para cá. Ela comprou o equipamento e a matéria-prima para montar o primeiro quiosque da Nutty no Brasil, em Campos do Jordão (São Paulo). Foi um sucesso de vendas, mas, como ela não quis dar andamento aos negócios, fui novamente aos EUA conversar com o fundador da marca e trazê-la de vez como máster franqueada. Descobri, então, que não se tratava de uma franquia, mas de um negócio de licenciamento. Comprei a exclusividade de venda do produto no País, com a condição de abrir cinco pontos em cinco anos. Mas logo no início já começaram as dificuldades. A primeira delas foi o cheiro. O produto tem um cheiro delicioso, mas nenhum estabelecimento comercial deixava a gente entrar por causa dele. Tiveram várias outras. As pessoas não tinham hábito de comer nozes/castanhas dessa forma, e aí tivemos que apresentar os produtos, explicar o que era e contar sobre os valores nutricionais. Além disso, o desafio de montar estrutura e equipe e de abastecimento, encontrar fornecedores. Não tinha internet como hoje e eu procurava fornecedores de amêndoas nas páginas amarelas. Apesar de tudo isso, nunca senti nenhuma diferença por ser mulher nesse mundo de empreendedores, mas durante um tempo eu me cobrei por não ser muito boa na parte financeira, em organização. Porém, quando descobri que devia explorar os meus pontos fortes e deixar de lado a exigência de ser excelente em tudo, as coisas passaram a fluir melhor.” Adriana Auriemo, sócia-diretora da Nutty Bavarian

Tive de superar alguns obstáculos por ser mulher, mas a vontade de vencer e a necessidade de ganhar o pão de cada dia me fizeram ignorar todos os preconceitos.”

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Coragem para mudar “Trabalho desde muito jovem. Minha mãe sempre me ensinou a não depender de ninguém para conquistar meus sonhos e reforçou que o estudo me levaria para outro patamar. E assim eu fiz. Aos 12 anos já vendia carretéis de linha na porta do supermercado da cidade onde nasci, mas nunca deixei de estudar. Fiz faculdade de Odontologia por gostar de cuidar de gente. Para pagar as mensalidades, vendi roupas, bombons e até água para meus colegas e professores. Após me formar, fui morar de favor na casa de um tio em São Paulo. Trabalhei em duas clínicas, mas os serviços oferecidos não compactuavam com o que eu acreditava ser a verdadeira odontologia e o modelo de negócios não era o que eu enxergava como propósito. Me incomodava o fato de que todos os dentistas recebiam o mesmo valor, independentemente se trabalhassem mais ou menos, se atendessem bem ou não. No meu terceiro emprego, como o dono da clínica não era dentista, fiquei à frente do atendimento. Para criar a clientela, fazia meu marketing pessoal no trajeto até o trabalho, distribuindo cartões para os passageiros da lotação que eu pegava. Em pouco tempo, eu tinha uma agenda cheia de pacientes. Depois de um tempo, comprei o consultório. Em 1995, fiz uma reforma para oferecer a mesma estrutura de uma clínica de bairro nobre para a população pertencente às classes C e D. Surgiu, então, a primeira sede da Sorridents. Fundei a marca baseada nos pilares acesso, conforto, conveniência e qualidade. Em dez anos, já tínhamos 23 unidades próprias. Ao longo do tempo, enfrentei alguns obstáculos e quase tive de vender a empresa, mas consegui superar. De toda forma, essa situação me trouxe um grande ensinamento: nunca devemos contar com aquilo que ainda não existe, e sim realizar uma gestão consciente. Acredito que a mulher precisa ter coragem para mudar o mundo. Temos uma força interna que até nós desconhecemos. Podemos ir muito longe. Mas, para isso, temos que querer.” Carla Sarni, CEO do Grupo Salus, que agrupa as marcas das marcas Sorridents, Giolaser, Olhar Certo, Docbiz, Sorriden e Mira

Nunca devemos contar com aquilo que ainda não existe, e sim realizar uma gestão consciente. Acredito que a mulher precisa ter coragem para mudar o mundo.

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De mulheres para mulheres “Minha mãe, Glaci Van Straten, criou uma cera depilatória 100% natural e montou uma fábrica para fazer a produção. Isso foi na década de 1980, e desde pequena acompanhei tudo de perto. O objetivo dela era mudar o conceito de depilação, que naquela época era considerado ruim, nada confortável e muito doloroso. Durante anos eu a vi vendendo seu produto em supermercados, farmácias, lojas e salões de beleza. Comecei a trabalhar com ela aos 12 anos e aos 15 já estava viajando o Brasil para participar de feiras. Mas depois de algum tempo produzindo e vendendo a cera percebemos que não bastava ter um bom produto. Se quiséssemos realmente proporcionar uma experiência de depilação diferente para as clientes, precisaríamos também de um bom serviço. Então começamos a pensar em uma experiência mais completa e, em uma das feiras que participamos, vendemos a primeira franquia. A loja foi aberta em Brasília (DF), mas ainda não tínhamos um padrão, manual, contrato, nada, apenas o sonho. A segunda unidade foi inaugurada em Belém (PA) e, a terceira, em São Luis (MA). Em 2001, me mudei para Belo Horizonte (MG) para me dedicar à expansão das franquias. Atualmente, temos 102 lojas, sendo duas na Venezuela. Ao longo de seus 25 anos, a rede inovou muito. Começamos só com um produto, a cera, e hoje oferecemos todos os métodos e tecnologias para tratamento do pelo. Nesse processo, como todo empreender no Brasil, vivemos momentos difíceis e tivemos de superar obstáculos. O principal sempre foi conseguir crédito. Depois, lidar com a burocracia. Mas ainda assim tivemos êxito, e nem o fato de sermos mulheres atrapalhou, como acontece com tantas empresárias neste País. A Depyl Action é um negócio feito por mulheres e para mulheres – e que agora começa a integrar também os homens.” Danyelle Van Straten, CEO da Depyl Action

Percebemos que não bastava ter um bom produto. Se quiséssemos realmente proporcionar uma experiência de depilação diferente para as clientes, precisaríamos também de um bom serviço.

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EMPREENDEDORISMO


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Otimizando tempo “Minha trajetória profissional começou aos 16 anos quando trabalhava na empresa dos meus pais e, em paralelo, cursava Administração. Passei por todos os setores do negócio e terminei no de Comércio Exterior, após retornar de um intercâmbio na Austrália. Aos 23 anos, a partir de uma necessidade própria, criei o SPA Express. Eu estava na sala de espera de um consultório médico levei o famoso ‘chá de cadeira’. Foi quando percebi que poderia transformar esse incômodo tão recorrente a quem espera sua vez em um momento de otimizar o tempo com outras atividades. A ideia era simples: oferecer serviços de manicure e pedicure nas salas de espera de consultórios. Com a demanda das clientes, a empresa ampliou o serviço para o atendimento em domicílio e incorporou outros procedimentos ao portfólio. Estudando o mercado, percebi que havia criado um modelo de negócio Expressão utiliinovador e pioneiro no País. Então, achei que o franchising seria a proposta mais adequada zada entre as empresas para replicar, com qualidade e rapidez, a nossa marca Brasil afora. De lá para cá, foram mais inovadoras do Vale do muitos obstáculos operacionais enfrentados. A logística era um ponto complicado. Iniciei Silício que significa, em resumo, levando as manicures em meu prófalhe rápido, falhe constanteprio carro aos atendimentos em mente e falhe para frente, ou seja, domicílio. Depois, quando foquei não leve anos para mudar o que na área de estética, exigimos carnão está dando certo, erre até ro como um pré-requisito básico acertar e não repita os Iniciamos tudo de forma de contratação. Mas iniciamos tudo mesmos erros. muito empírica. Fomos de forma muito empírica. Sempre segui a teoria do fail fast, fail often and fail para cima com o que forward. Fomos para cima com o que tínhatínhamos e trocamos mos e trocamos os pneus do carro em movimento achando soluções no caminho. Por estar inserida no mercado de beleza, saúde os pneus do carro em e bem-estar não posso dizer que enfrentei obstáculos pelo fato movimento achando de ser mulher. Pelo contrário. O negócio atrai mulheres que quesoluções no caminho. rem ser empreendedoras e conquistar sua independência financeira. Tanto que hoje nossa rede de franquias é formada 100% por mulheres – são mais de 40 franqueadas e 110 terapeutas.” Luciana Piquet, fundadora e CEO do SPA Express

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DESEMPENHO

Franchising fatura

R$ 185 bilhões em 2021

DESEMPENHO RETOMA O PATAMAR ANTERIOR À PANDEMIA DE CORONAVÍRUS, EM 2019, E AVANÇA 10,7% SOBRE 2020

A

o registrar R$ 185,068 bilhões em faturamento em 2021, o franchising não apenas apurou crescimento nominal de 10,7% sobre o ano anterior, como recuperou o patamar de receita apurado antes do início da pandemia, em 2019, quando a receita do setor atingiu R$ 186,755 bilhões. Os dados são da Pesquisa de Desempenho do Franchising Brasileiro, realizada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF). No quarto trimestre de 2021 em relação a igual período de 2020, cuja comparação já se deu com um período menos impactado pela pandemia, o crescimento na receita bruta foi de 5%, alcançando R$ 56,663 bilhões, e de 3,1% sobre o mesmo período de 2019. “Esse crescimento do mercado de franquias em um período tão desafiador ratifica a força do setor, que também sofre os impactos da pandemia, porém está reagindo”, disse o presidente da ABF, André Friedheim. De 2020 para 2021, o setor de franquias também registrou expansões expressivas em número de unidades

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(+9,1% para 170.999) e em redes de franquia (+8,0% para 2.882). De acordo com Friedheim, o boom do e-commerce trouxe uma maior adesão a franquias home based e virtuais, que têm uma implantação mais rápida e com menor demanda de investimento. “Temos mais marcas aderindo ao franchising, sendo que algumas delas transformaram outros modelos de parceria em franquias.” O crescimento do número de empregos diretos também foi expressivo no setor no ano passado: +12,1%, para 1.411.319. Em 2021, em média, cada unidade de franquia gerou oito empregos diretos. “Muitos desses dos trabalhadores estão em sua primeira experiência e as redes têm o importante papel de formação. Um ambiente menos burocrático e com uma carga tributária mais equilibrada certamente ajudaria o setor a gerar ainda mais postos”, disse Friedheim. Para a ABF, entre os fatores que contribuíram para o desempenho do franchising em 2021 estão a suspensão das medidas restritivas de distanciamento social, ampliando o


funcionamento do comércio em geral; o bom desempenho de alguns setores beneficiados pela maior permanência das famílias em casa, como o de construção civil e de saúde e beleza; os ganhos de eficiência das redes de franquias, que investiram mais na digitalização de suas operações, na multicanalidade e em novos modelos de negócios (home based e virtuais); a chegada de novos players; e o aumento do movimento dos shopping centers, com a retomada gradual dos hábitos dos consumidores. “A quase totalidade das marcas reviram de cima a baixo seus planos de negócios e passaram a focar sua atenção na reformulação de processos, na consolidação de canais digitais de gestão, comunicação e vendas e na reformatação de produtos e serviços. Em muitos casos, foi até possível acelerar o crescimento ou abrir novos nichos de atuação. Foi um aprendizado profundo em um curto espaço de tempo, mas estou seguro de que o setor sai mais ágil, flexível e alinhado às demandas da transformação digital”, avaliou o presidente da ABF.

André Friedheim, presidente da ABF

Metodologia da pesquisa

SEGMENTOS Todos os 11 segmentos elencados pela ABF apresentaram crescimento em 2021 na comparação com o ano anterior. Pelo segundo ano consecutivo, os principais destaques foram Casa e Construção, com alta de 19,3% e faturamento de R$ 14,830 bilhões, e Saúde Beleza e Bem-estar, com elevação de 10,5% e receita de R$ 38,976 bilhões, sendo que esses resultados foram obtidos sob bases não depreciadas. No caso de Casa e Construção, os principais impulsionadores de acordo com a ABF foram o aquecimento da construção civil e o aumento o número de reformas e mudanças motivadas pela ressignificação dos lares, que passaram a reunir atividades de trabalho, estudo, lazer e maior tempo de convivência. Já o ramo de saúde, envolvendo redes de clínicas e farmácias, por exemplo, registrou uma demanda maior por estar diretamente ligado à pandemia. Além disso,

A Pesquisa de Desempenho do Franchising Brasileiro em 2022 reuniu 223 marcas de um universo de 2.882 redes (aproximadamente 7,7% das franquias), que respondem por 22,2% das unidades e 22,8% do faturamento do setor. Envolvendo o mercado como um todo, inclusive não associados, os números do desempenho do setor de franchising são apurados em pesquisa por amostragem, cruzados com levantamentos feitos por entidades representantes de setores correlatos ao sistema de franquias, órgãos de governo, instituições parceiras e de ensino. Auditados por empresa independente, os dados divulgados pela ABF são referência para órgãos governamentais de diversas esferas, entidades internacionais do franchising, como World Franchise Council (WFC), Federação Ibero-americana de Franquias (FIAF) e instituições financeiras.

NÚMERO DE REDES, UNIDADES E GERAÇÃO DE EMPREGO NO FRANCHISING Redes

Unidades

Empregos

Var. ano anterior

Var. ano anterior

Var. ano anterior

2021

2.882 +8,0%

170.999 +9,1%

1.411.319 +12,1%

2020

2.668 -8,6%

156.798 -2,6%

1.258.884 -7,3%

2019

2.918 +1,4%

160.958 +4,7%

1.358.139 +4,5%

2018

2.877 +1,1%

153.704 +5,2%

1.299.145 +8,8%

2017

2.845 -6,4%

146.134 +2,5%

1.193.568 +0,1%

Ano

Fonte: ABF

Fevereiro e março de 2022

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DESEMPENHO FATURAMENTO DO FRANCHISING NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS (EM BILHÕES DE REAIS)

Fonte: ABF

FATURAMENTO DO FRANCHISING EM QUARTOS TRIMESTRES (EM BILHÕES DE REAIS) +3,1%

60.000

54.966

-1,8%

53.976

56.663 +5,0%

50.000 40.000 30.000 20.000 10.000 (em milhões)

4º tri 2019

4º tri 2020

4º tri 2021

Fonte: ABF

MÉDIA DE UNIDADES DE FRANQUIAS POR REDE

Fonte: ABF

MULTIFRANQUEADOS E FRANQUEADOS MULTIMARCAS NO FRANCHISING Ano/ Indicador

2021

2020

2019

% de multifranqueados no total de franqueados

19,5%

16,6%

17,5%

% de unidades administradas por multifranqueados no total de unidades de franquias

30,1%

27,6%

32,1%

% de redes que contam com multifranqueados

82,9%

77,7%

82,0%

% de redes que contam com franqueados multimarcas

51,8%

48,2%

39,8%

Fonte: ABF

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Revista Franquia & Negócios ABF


FATURAMENTO DO FRANCHISING POR SEGMENTOS SEGMENTOS Alimentação -Comércio e Distribuição Alimentação -Foodservice Casa e Construção Comunicação, Informática e Eletrônicos Entretenimento e Lazer Hotelaria e Turismo Limpeza e Conservação Moda Saúde, Beleza e Bem-estar Serviços Automotivos Serviços e Outros Negócios Serviços Educacionais TOTAL

Fat. 4º tri 2021 Var. 4º tri 2021x2020 R$ 3,140 bilhões +8,3% R$ 10,418 bilhões +2,4% R$ 4,716 bilhões +6,5% R$ 1,895 bilhão +1,7% R$ 763 milhões +6,9% R$ 2,349 bilhões +15,8% R$ 406 milhões +2,1% R$ 8,293 bilhões +3,1% R$ 11,052 bilhões +2,4% R$ 1,535 bilhão +5,6% R$ 8,995 bilhões +9,9% R$ 3,099 bilhões +3,7% R$ 56,663 bilhões +5,0%

Fat. 2021 Var. 2021x2020 R$ 10,959 bilhões +12,5% R$ 32,776 bilhões +5,2% R$ 14,830 bilhões +19,3% R$ 6,218 bilhões +2,6% R$ 2,209 bilhões +21,2% R$ 7,938 bilhões +19,0% R$ 1,511 bilhão +14,7% R$ 22,070 bilhões +15,2% R$ 38,976 bilhões +10,5% R$ 6,505 bilhões +8,9% R$ 29,597 bilhões +11,1% R$ 11,479 bilhões +5,0% R$ 185,068 bilhões +10,7%

Fonte: ABF

o desejo de bem-estar, a procura por procedimentos estéticos e o redirecionamento de recursos que seriam utilizados para outros fins, como viagens e outras atividades sociais restritas nesse período, contribuíram para o crescimento de Saúde, Beleza e Bem-estar. Em termos absolutos, no entanto, a maior variação em 2021 foi do segmento de Entretenimento e Lazer: alta de 21,2%, com faturamento de R$ 2,209 bilhões. Um dos mais afetados pela pandemia de coronavírus, este segmento começou a se recuperar de forma mais tardia, principalmente nos últimos três trimestres de 2021, mas ainda não retomou os patamares de 2019. Hotelaria e Turismo, com R$ 7,938 bilhões em receita, teve uma recuperação mais disseminada ao longo do ano passado, fechando 2021 com alta de 19% e sendo o segmento que mais cresceu no quarto trimestre (+15,8%). A retomada das viagens, de alguns eventos e do movimento nos aeroportos, muito relacionado ao avanço da vacinação, contribuiu com este movimento. O segmento de Moda cresceu 15,2% para um faturamento de R$ 22,070 bilhões, sendo impulsionado pelo aumento do movimento nos shoppings, pela maior maturidade dos canais digitais e pela retomada gradual dos hábitos dos consumidores. Já Limpeza e Conservação registrou uma elevação de 14,7%, totalizando R$

1,511 bilhão, alavancado pela maior demanda por serviços sanitizantes e serviços de forma geral. Com uma elevação de 12,5% e faturamento de R$ 10,959 bilhões, Alimentação – Comércio e Distribuição se beneficiou pela maior demanda por itens básicos e pelos recursos injetados pelo auxílio emergencial. Da mesma forma, Alimentação – Food Service cresceu 5,2% e faturou R$ 32,776 bilhões. Por fim, ainda acima da média do setor, Serviços e Outros Negócios, com alta de 11,1% e R$ 29,597 bilhões em faturamento, foi impulsionado pelo crescimento do mercado de logística. Entre os segmentos que apresentaram crescimentos abaixo de 10% ficaram: Comunicação, Informática e Eletrônicos, com expansão de 2,6% para R$ 6,218 bilhões; Serviços Automotivos, com aumento de 8,9% para R$ 6,505 bilhões; e Serviços Educacionais, com alta de 5,0%, para R$ 11,479 bilhões.

RECORTES O levantamento da ABF apurou que a taxa de mortalidade no franchising caiu de 9,2%, em 2020, para 5,5% em 2021, retornando a patamares próximos ao período pré-pandemia. O número de unidades abertas também aumentou de 6,6% para 14,6% na comparação dos períodos, fazendo com que o saldo de unidades passasse de um déficit de 2,6% para um excedente de Fevereiro e março de 2022

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DESEMPENHO PROJEÇÕES PARA O FRANCHISING EM 2021 E RESULTADOS APURADOS NO PERÍODO Indicadores

Faturamento Redes Unidades Empregos

Projeções divulgadas no 1º tri para 2021

Projeções divulgadas no 3º tri para 2021

Resultado apurado no ano de 2021

+8%

+9%

+10,7%

+2% +5% +5%

+4% +5% +5%

+8,0% +9,1% +12,1%

Fonte: ABF

ABERTURA, FECHAMENTO E REPASSE DE UNIDADES DE FRANQUIAS Indicador/Ano

2021

2020

Unidades abertas

14,6%

6,6%

Unidades fechadas

5,5%

9,2%

Saldo

+9,1%

-2,6%

Unidades repassadas

2,8%

2,5%

Fonte: ABF

9,1%. Quanto ao número de repasses, o levantamento indicou ligeiro aumento de 2,5%, em 2020, para 2,8% no ano passado. Seguindo a tendência dos últimos anos, a média de unidades de franquias por rede se manteve em alta. O levantamento da ABF apontou um avanço de 1% nesse indicador sobre 2020 e de 7,6% em relação a 2019 para uma média de 59,3 unidades de franquias por rede, o que, segundo a entidade, demonstra ganho de escala e capilaridade. O levantamento também identificou aumento no número de multifranqueados e de franqueados multimarcas no franchising. O percentual de multifranqueados aumentou de 16,6%, em 2020, para 19,5%, em 2021. Na mesma comparação de período, o percentual de unidades administradas por multifranqueados subiu de 27,6% para 30,1%. Segundo a ABF, oito em cada dez redes de franquias já contam com multifranqueados e cinco em cada dez redes têm franqueados multimarcas. A ABF também apurou o impacto da inflação nos custos diretos e indiretos das operações de franquias, o que foi sentido por 87% das marcas participantes. A maioria das marcas, 67% delas, repassaram esse impacto através do ajuste de preços, mas na média de apenas 30% do impacto total recebido. Readequação das operações (58%) e troca de fornecedores (44%) foram outras medidas tomadas para administrar os reflexos da inflação.

50 MAIORES A ABF também divulgou o ranking das 50 maiores franquias em número de unidades. As dez maiores são: O Boticário, Cacau Show, Mc Donald’s, Gazin Semijoias, Or-

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Revista Franquias & Negócios ABF

tobom, Pit Stop Skol, Subway, AM/PM, Seguralta – Bolsa de Seguros e Lubrax +. A maior variação foi da +Ágil, com crescimento de 259,7%, para 554 unidades, seguida por Splash, do Grupo iGUi, com aumento de 364,2%, para 506 unidades. Outros crescimentos expressivos foram de Solar Prime (+68,4%, para 443 unidades), OdontoCompany (+63,6%, para 1.631 unidades) e Acquazero (+62,9%, para 632 unidades). Segundo o levantamento da ABF, o número total de unidades das 50 Maiores Marcas em 2021 aumentou 23% em relação ao total de 2020, passando de 45.024 para 55.322. No ano de 2020, o aumento havia sido de 5% em relação a 2019, de 43.024 para 45.024 unidades. O estudo também apontou que o número mínimo de unidades aumentou de 315, em 2020, para 406 em 2021 – um aumento de 29%. Além disso, das 52 marcas integrantes do ranking, oito possuem capital aberto: Mc Donald's, Pit Stop Skol, Burger King Brasil, CVC Brasil, Espaço Laser, Localiza, Hering Store e Arezzo. Das 50 maiores, 25% são do segmento de Alimentação, 15% de Serviços e Outros Negócios, 13%, cada, são dos segmentos de Saúde, Beleza e Bem-estar e de Moda e 12% são de Serviços Educacionais. Abaixo de 10%, aparecem com 8% cada um os segmentos de Serviços Automotivos e de Casa e Construção, 4% são de redes de Hotelaria e Turismo e 2%, de Limpeza e Conservação. Considerando unidades em operação, 82% delas operam com lojas (ante 90% de 2020) e 18% (ante 10% do ano anterior) operam com outros modelos, como quiosques, home based, unidades móveis e formatos digitais.


Em relação à localização, 46 delas (mesmo patamar de 2020) têm sede na região Sudeste, quatro são do Sul, uma é do Centro-Oeste e uma é do Nordeste. Por país de origem da franquia, 43 são do Brasil, cinco são dos Estados Unidos e uma, cada, é da Espanha, França, Inglaterra e Japão. Quando se trata de tempo como franqueadoras, 71% delas (mesmo patamar de 2020) tem mais de dez anos, 8% entre nove e dez anos, 4% entre sete e oito anos, 12% entre cinco e seis anos, 2% entre três e quatro anos, mesmo percentual entre um e dois anos e novamente 2% de redes com menos de um ano.

PROJEÇÕES A ABF projeta para o franchising em 2022 um crescimento de 9% do faturamento (superando R$ 200 bilhões), de 5% das redes (rompendo a marca de 3 mil), de 7% em unidades (para quase 183 mil) e de 5% no número de empregos diretos gerados pelo setor (para perto de 1,5 milhão). “Quando analisamos o desempenho trimestral das franquias, notamos a formação de uma curva de recuperação que esperamos que vá se manter em 2022”, avaliou o presidente da ABF.

Projeções para o franchising em 2022

Faturamento: +9% Redes: +5% Unidades: +7% Empregos: +5% Fonte: ABF

De acordo com ele, os aprendizados da pandemia irão auxiliar principalmente nas áreas de digitalização e inovação. “Além disso, os reflexos do crescimento expressivo da base instalada em 2021 devem aparecer com mais força em 2022, dado que, de forma geral, as unidades demoram alguns meses para chegar a seu desempenho pleno”, acrescentou. Para ele, a manutenção da trajetória positiva do setor também dependerá da manutenção da vacinação em massa da população e de medidas de estímulo ao consumo, que gerem empregos e movimentem a economia.


DESEMPENHO RANKING DAS 50 MAIORES FRANQUIAS NO BRASIL POR NÚMERO DE UNIDADES Posição 2020 1 3 2 NF** 4 5 9 6 17 8 10 14 13 7 12 15 11 18 16 20 19 22 21 28 26 23 27 24 25 43 31 37 35 30 29 147 42 32 33 39 36 34 52 41 44

Posição 2021 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 46 47 48 49 50

Marca O BOTICÁRIO CACAU SHOW MCDONALD´S GAZIN SEMIJOIAS*** ORTOBOM PIT STOP SKOL SUBWAY AM/PM SEGURALTA - BOLSA DE SEGUROS LUBRAX + PRUDENTIAL*** ODONTOCOMPANY KUMON ÓTICAS CAROL BURGER KING BRASIL SHELL SELECT BR MANIA CVC BRASIL JET OIL ÓTICAS DINIZ WIZARD BY PEARSON CORREIOS BOB´S CHILLI BEANS HELP! LOJA DE CRÉDITO ACQIO FISK CENTRO DE ENSINO DIA% OGGI SORVETES ESPAÇOLASER CCAA CHIQUINHO SORVETES HERING STORE CNA ACQUAZERO NUTRIMAIS KNN IDIOMAS +ÁGIL REMAX LOCALIZA CLUBE TURISMO SPLASH (GRUPO IGUI) MERCADÃO DOS ÓCULOS 5ÀSEC HAVAIANAS KOPENHAGEN SOLARPRIME AREZZO PITICAS SORRIDENTS CARMEN STEFFENS CASA DE BOLOS

Fonte: ABF * Marcas associadas à ABF em 2021 / Unidades no Brasil ** Não fornecido na pesquisa das 50 maiores de 2021 *** Associada em 2021

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Revista Franquias & Negócios ABF

Unidades 2021 3652 2827 2585 2083 2078 1880 1862 1841 1682 1668 1646 1631 1563 1460 1242 1197 1184 1165 1149 1117 1102 979 977 966 876 869 765 750 745 717 710 665 640 632 632 575 564 554 549 548 540 506 505 501 490 446 443 443 439 420 419 406

Unidades 2020 3620 2371 2567 NF** 1866 1863 1804 1325 1665 997 1585 1394 1302 1109 1132 1425 1172 1107 1258 994 1017 847 855 1036 767 778 554 587 725 566 664 629 388 524 427 154 444 528 546 109 396 468 467 406 263 436 453 310 400 385

Variação 0,9% 19,2% 0,7% 0,8% -0,1% 2,1% 26,9% 0,2% 63,6% -1,4% 4,7% -4,6% 7,9% 4,6% -18,2% -2,0% 0,9% -12,4% -1,5% -3,9% 14,0% 2,5% -16,1% -0,3% -3,6% 34,5% 22,1% -2,1% 17,5% -3,6% 0,5% 62,9% 9,7% 32,1% 259,7% 23,6% 3,8% -1,1% 364,2% 27,5% 7,1% 4,9% 9,9% 68,4% 1,6% -3,1% 35,5% 4,8% 5,5%



FINANÇAS

A vez do equity

crowdfunding MODALIDADE PERMITE O FINANCIAMENTO COLETIVO PARA EMPRESAS EM TROCA DE PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA

S

e tem uma coisa que todas as franquias, de qualquer segmento, estão pensando neste momento é em formas para expandir suas operações. Uma dessas opções, ainda pouco difundidas ou usuais no setor, é via equity crowdfunding ou crowdfunding de investimento participativo, ou seja, uma espécie de financiamento coletivo para empresas em troca de participação societária.

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Revista Franquias & Negócios ABF

Segundo o diretor Jurídico da Associação Brasileira de Franchising (ABF) e sócio-fundador do escritório Melchior, Micheletti e Amendoeira Advogados, Sidnei Amendoeira Junior, trata-se de uma operação diferente do crowfunding tradicional – a chamada vaquinha on-line, quando o retorno de capital se dá por meio de brinde ou bens e serviços.


§ O valor máximo de captação é de R$ 5 milhões e o prazo não pode ser superior a 180 dias. Ademais, uma nova rodada somente pode ser feita 120 dias após o encerramento da anterior. § Os recursos não podem ser usados para fusão, incorporação ou aquisição de outras sociedades, para a compra de títulos e valores mobiliários de outras sociedades e para a concessão de créditos a terceiros. § O investidor tem sete dias para desistir, sem a incidência de qualquer multa ou penalidade e o investimento individual não pode ser superior a R$ 10 mil (salvo as exceções legais). Também é necessário assinar o termo de adesão e ciência do risco que estão assumindo com o investimento. § O investidor tem direito a receber informações, claras e precisas sobre o investimento captado, seu sucesso ou não e seu encerramento quando este ocorrer. § Os investidores podem se unir em grupos com um investidor líder. § A CVM não realizará o registro da oferta, mas sempre poderá suspender ou cancelar a oferta se a tiver por ilícita ou irregular. Fonte: Sidnei Amendoeira Junior, diretor Jurídico da Associação Brasileira de Franchising (ABF) e sócio-fundador do escritório Melchior, Micheletti e Amendoeira Advogados

“A oferta é feita por meio de uma plataforma de investimentos que deve possuir autorização prévia e expressa da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para operar”, explica. Segundo ele, quando há respeito aos marcos legais e regulatórios, o crowdfunding de investimento participativo é visto com bons olhos pela ABF, pois esses recursos, em troca de participação societária, são usados no desenvolvimento do projeto de franquia ou como forma de viabilizar o investimento na montagem da operação, renovação ou ampliação. “A Associação entende que esse pode ser um mecanismo positivo para o setor, que sempre se caracterizou por ser altamente dinâmico e inovativo”. Apesar disso, Amendoeira Junior faz um adendo em relação aos empreendedores: geralmente, os contratos de franquia são firmados intuitu personae, isto é, exigem que um ou mais sócios da franquia a operem diretamente e até que tenham um certo percentual acionário na empresa franqueada. “Ademais, os contratos costumam prever que o franqueado não pode ceder ações ou quotas de sua empresa sem consentimento da franqueadora e até dando-lhe a

preferência, de modo que este ponto deve ser levado em consideração caso queira se valer do equity crowdfunding, podendo até, dependendo do contrato de franquia, não ser possível”, completa.

INVESTIMENTO PARTICIPATIVO A Oral Brasil, fundada em 2014, é uma das redes de franquias que tem apostado no equity crowdfunding. A estimativa da clínica odontológica premium é abrir até 12 lojas este ano só com essa modalidade de investimento participativo. Hoje, a rede tem 20 unidades ativas nos estados de Santa Catarina, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. “Os recursos servirão para financiar a instalação da clínica e, ao mesmo tempo, promover o fortalecimento da franqueadora para investimentos de estrutura e promoção”, conta o diretor-executivo da Oral Brasil, Dionatan Marchi. No primeiro momento, o investidor interessado poderá alocar dinheiro na clínica de Gravataí (RS). Nesta ação específica, a modalidade ofertada é a do tipo Dívida (debt), na qual o investidor emprestará capital aos empreendedores em troca de uma taxa de juros e período pré-definido em contrato. “Esse investidor receberá seu capital investido acrescido da taxa de juros de 1,51% ao mês em parcelas semestrais; o contrato foi definido em 36 meses”, relata o CEO da Immo Invest, Diego Scalvi. A empresa é a primeira plataforma de investimentos com foco em franquias do País e foi a escolhida pela Ora Brasil para cuidar da operação.

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Regras sobre o equity crowdfunding

Dionatan Marchi, diretor-executivo da Oral Brasil Fevereiro e março de 2022

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FINANÇAS

Vantagens da captação de recursos através de financiamento coletivo Para os investidores: § Investir em empresas consolidadas no mercado de franquias, com grande potencial de rentabilidade § Ser sócio da marca ou operação § Contar com garantias contratuais atreladas a operação e aos empreendedores § Diversificar a carteira de investimentos § Investir em uma modalidade regulamentada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) Para os empreendedores: § Acesso ao mercado de capitais e a seus investidores (networking) § Aceleração dos planos de expansão, através de funding externo § Possibilidade de múltiplas captações de investimentos § Divulgação do projeto aos investidores interessados em seu nicho de atuação § Associação da marca/projeto a inovação, dando visibilidade e agregando valor § Segurança por apostar em um modelo de negócios registrado na CVM. Fonte: IMMO Invest

O equity crowdfunding ainda é uma prática recente no franchising, mas, para Scalvi, tem tudo para se consolidar. De acordo com o empresário, o investimento no setor entra na classe de ativos ligados diretamente à economia real, o que significa que tem resultados já previstos e não sofre com a volatilidade da bolsa de valores, sendo, portanto, mais seguro e rentável. “Essa alternativa é ideal para quem está em busca de diversificar sua carteira. O risco para os investidores acaba sendo menor em função do sistema de franquias ser sólido, possuir um modelo de negócios testado, validado, com público e contar com o suporte da franqueadora. Além disso, existe o investimento direto por parte do empreendedor/operador, que assume o risco junto com os investidores”, reforça. Operando desde o final de 2021, a IMMO Invest oferece dois modelos de participação societária, ambos com aporte mínimo inicial de R$ 1 mil: Operações do tipo Dívida (debt) e Operações do tipo Equity (participação societária). A companhia teve 450 investidores cadastrados em cerca de 30 dias e esperar fechar este ano com, pelo menos, 1,5 mil cadastros e 20 captações em diferentes segmentos do franchising, em especial Saúde, Beleza e Bemestar; Alimentação e Educação.

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Revista Franquias & Negócios ABF

Diego Scalvi, CEO da Immo Invest

Conheça as modelos de participação societária oferecidas pela IMMO Invest § Operações do tipo Dívida (debt): nesse tipo de investimento coletivo, os investidores assumem o papel do banco e emprestam diretamente recursos a empreendedores pré-selecionados em troca de uma remuneração na forma de juros. Por ser uma operação de crédito, os juros e as condições de pagamento são definidas em contrato, podendo variar de dois a quatro anos, recebendo amortizações trimestrais, semestrais ou anuais. Ao final, recebe uma remuneração fixa, pré-estabelecida, com os juros da operação. Os juros também podem ser pagos com as parcelas das amortizações. As garantias aos investidores podem abranger, entre outras ações, penhor das cotas sociais da sociedade investida e fiança dos sócios na pessoa física. § Operações do tipo Equity (participação societária): nessa modalidade, os investidores se tornam sócios do projeto e têm direito a uma remuneração sobre os resultados da empresa, nos prazos acordados. Como é o caso da Equity Indireto, onde o investidor não precisa entrar no quadro societário da empresa, recebendo remunerações periódicas e tendo o direito de converter em ações, caso ocorra a venda dos ativos ou em janelas pré-definidas em contrato.



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D I G I TA L I Z A Ç Ã O

A vez do QR Code A

A REDUÇÃO DE

CONTATO FÍSICO DEVIDO AO CORONAVÍRUS

IMPULSIONOU O USO DA SOLUÇÃO PARA

PAGAMENTOS, MAS AS POSSIBILIDADES DE USO VÃO ALÉM, E SÃO MUITOS OS BENEFÍCIOS PARA OS NEGÓCIOS

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Revista Franquias & Negócios ABF

digitalização dos meios de pagamentos já era uma tendência antes mesmo da pandemia de covid-19, mas foi acelerada devido à necessidade de isolamento social fundamental para controlar a propagação do vírus. Esse contexto acabou impulsionando soluções que reduzem o compartilhamento de objetos, sendo que uma em especial se destacou: o QR Code (Quick Response Code ou código de resposta rápida, em tradução literal). Evolução do tradicional código de barras, essa tecnologia, que possui alta capacidade de armazenamento de dados, foi inventada na década de 1990. Inicialmente, era usada pela indústria automotiva, tendo sido adotada por outros setores somente 15 anos depois, sobretudo após os lançamentos do smartphones. “O QR Code começou a aparecer nas embalagens dos produtos para direcionar a links de páginas promocionais e portais de atendimento. Mas, hoje, sua utilização vai muito além e chegou, inclusive, aos meios de pagamentos”, diz o fundador e CEO da Eyemobile, empresa que desenvolve tecnologias para vendas físicas e digitais, João Gustavo Pompeo.


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E nesse universo as expectativas são cada vez mais altas. Um estudo realizado em 2021 pela consultoria britânica Juniper Research aponta que, no mundo, o número de pessoas que realizam pagamento por meio dessa solução excederá 2,2 bilhões em 2025 (contra 1,5 bilhão em 2020). Isso equivale a 29% de todos os usuários globais de telefones celulares. O relatório prevê ainda que grande parte desse crescimento ocorrerá em mercados emergentes, como o Brasil, e que a capacidade do QR Code de combinar pagamentos e fidelidade o torna ideal para varejistas que buscam alavancar dados transacionais valiosos. Pelo documento, a natureza de baixo custo desse tipo de tecnologia permitirá que o crescimento dos pagamentos por código alcance mais de US$ 2,7 trilhões globalmente em 2025.

NOVOS USOS E BENEFÍCIOS PARA OS NEGÓCIOS Com a popularização do recurso, as marcas o estão explorando ainda mais, partindo para outros usos além do pagamento. “A tecnologia pode ser antiga, mas é extremamente versátil e agora, mais do que nunca, tende a ganhar novas funcionalidades e espaço no varejo. Isso porque é uma ferramenta que democratiza o acesso à informação e dá mais liberdade ao consumidor. Cada vez mais produtos e experiências vão ser criados em torno dela”, ressalta Pompeo. Entre os usos inovadores do QR Code, o executivo destaca acesso a promoções ou produtos diferenciados, cardápio digital, honest market (mini loja de conveniência de auto-atendimento baseada na confiança) e loja de parede. No franchising, várias empresas já perceberam os benefícios e têm apostado nessas modalidades. Caso da Pormade Portas, do segmento de Casa e Construção.

João Gustavo Pompeo, fundador e CEO da Eyemobile

“Intensificamos o investimento em QR Code para trazer mais conveniência aos consumidores, transformando a experiência de compra em algo ainda mais imersivo. Os ­smartphones e tablets produzidos de cinco anos para cá já contam com câmeras dedicadas à leitura de QR Code. Portanto, o aparelho em consulta não precisa ser mais fornecido. Ele é o celular que praticamente está sempre anexado ao corpo humano”, conta o diretor comercial da franquia, Daniel Zini. Com a tecnologia, os clientes têm acesso à diversas funcionalidades. Por exemplo: escolha da porta, cores, showroom virtual, visita à fábrica, contato com vendedores, geração de proposta e fechamento do pedido, localização de lojas e instaladores treinados, tour virtual e simulador de ambientes. Showroom Pormade Portas em União da Vitória (PR)

Daniel Zini, diretor comercial da Pormade Portas

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FOTOS: DIVULGAÇÃO

D I G I TA L I Z A Ç Ã O

Ana Moraes, Gustavo Sartott e Murilo Specchio, sócios da Honest Market Brasil

Para Zini, são muitas as vantagens desse processo. “Além de ser um investimento barato, o principal benefício ao consumidor, atualmente, diz respeito à proteção ao vírus da covid-19, pois não é preciso tocar em outros objetos. Além disso, o cliente poder levar com ele toda a experiência”, pontua. Outra empresa que tem grande foco no QR Code é a Honest Market Brasil, de minimercados 100% autônomos para condomínios e empresas. “Nossa operação já nasceu com essa solução nos pontos de venda, justamente por entendermos que sua aplicação é fácil e os consumidores têm uma boa experiência com ela”, afirma o sócio e head de Expansão da rede, Murilo Specchio. Segundo ele, o código é usado para que o cliente possa fazer o reconhecimento de qual ponto de venda ele está, destravar as geladeiras de bebidas alcoólicas, evitando o consumo por menores de idade e, claro, fazer pagamentos, inclusive via PIX e pelo app PicPay. “O QR Code facilita muito o acesso ao site, aplicativo e demais funcionalidades, sendo quase autoexplicativo, reduzindo a necessidade de comunicação visual”, acrescenta. Apesar disso, uma possível desvantagem, na sua opinião, é que, por se tratar de um material que fica impresso em cada ponto de venda e redireciona para um site ou arquivo específico, ao realizar qualquer atualização de URL, por exemplo, é necessário renovar os QR Codes e fazer a substituição de toda a comunicação aplicada. Zini, da Pormade Portas, também indica um ponto negativo da ferramenta: “É a possível perda de leads de mentalidade não digital, ou seja, de clientes que ainda preferem ter um catálogo físico em mãos” E tem mais rede de olho nesse mercado, a Água Doce Sabores do Brasil, de restaurantes de comida bra-

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sileira. Em um primeiro momento, ela promoveu uma transformação digital no atendimento, trazendo tecnologias aos seus cardápios, com QR Code para conteúdos extras e traduções, interatividade nas páginas, vídeos e sugestões. Agora, por conta do crescimento expressivo nas vendas de delivery, investiu na criação de uma embalagem padronizada, com a inserção de um código que garante ao

7 Dicas para usar QR codes com segurança 1 - No caso de pagamentos com QR e operações financeiras, verifique sempre se a transação foi realizada com sucesso. 2 - Se você tiver QR codes disponíveis ao público, verifique regularmente se eles não foram adulterados. 3 - Ao gerar um QR code, use um serviço confiável para isso. Além disso, verifique se o QR obtido pelo serviço está correto e se ele realiza a ação desejada. 4 - Desative a opção de realizar ações automáticas ao ler um QR code, como acessar um site, baixar um arquivo ou conectar-se a uma rede Wi-Fi. 5 - Sempre verifique a ação antes de executá-la. Verifique se o URL está correto, se o arquivo baixado, os dados obtidos ou a ação realizada estão conforme o esperado. 6 - Não compartilhe QR code com informações confidenciais, como aquelas usadas para acessar aplicativos ou aquelas incluídas em documentos e atestados de saúde. Evite tirar fotos deles, não os compartilhe e guarde-os com segurança. 7 - Mantenha sempre os dispositivos protegidos, tenha ferramentas de segurança e atualize os aplicativos. Fonte: ESET®, desenvolvedora de soluções de segurança



D I G I TA L I Z A Ç Ã O

promove mais flexibilidade e dinamismo ao negócio, pois os vídeos e conteúdos podem ser atualizados em qualquer momento sem que seja necessário reimprimir um novo código, e permitem que ela esteja sempre atualizada com o assunto do momento ou atenda às novas necessidades de informação ao cliente. FOTOS: DIVULGAÇÃO

cliente acesso a um vídeo mostrando a preocupação da empresa com os protocolos de segurança e às novidades gastronômicas que fazem parte do seu cardápio. “A embalagem com QR Code, além de ser funcional, se torna um novo recurso para aprimorarmos as vendas e turbinar o delivery, aumentando o tíquete médio das entregas por meio de combos em até 15%. Queremos mostrar aos nossos clientes que nos preocupamos com a qualidade e o sabor da sua refeição, mas também com a saúde e segurança de todos”, relata o diretor de franquias da Água Doce, Julio Bertolucci. Um segundo ponto interessante dos QR Codes é que eles não estão em URL engessadas. Isso significa que há um direcionamento para links dentro do site da rede e que é possível alterar o conteúdo. Para a franquia, essa ação

Julio Bertolucci, diretor de franquias da Água Doce

Como é o uso do QR Code no Brasil? No Brasil, uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), mostra que 18% dos consumidores mencionaram o costume de usar o pagamento por QR Code. Para 63% deles, as principais razões são a rapidez e a praticidade. Além disso, 31% indicaram a alta aceitação nos estabelecimentos e mais 31% mencionaram a possibilidade de evitar a digitação na maquininha de cartão. Evitar o contato com o dinheiro (26%) e, mais especificamente, evitar a contaminação pela covid-19 (22%) também foram motivos destacados. Os que não costumam pagar através de QR Code também elencaram os porquês: 25% acreditam que a maioria dos estabelecimentos ainda não aceita este tipo de pagamento e 20% têm dificuldades de saber como funciona. A pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box – Comércio

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móvel no Brasil, produzida em parceria entre o site de notícias Mobile Time e a empresa de soluções de pesquisas Opinion Box, indica ainda que a proporção de brasileiros com smartphone que já realizou pagamento com QR Code subiu de 53% para 58% entre março e setembro do ano passado – nos mesmos meses de 2020, esses índices eram de 35% e 48%, respectivamente. Pelo levantamento, foi observada uma proporção maior entre homens – esse tipo de pagamento já foi experimentado por 64% dos homens contra 53% das mulheres –, jovens de 16 a 29 anos, e pessoas das classes A e B. Em se tratando dos estabelecimentos, outro estudo, este encomendado ao Instituto Locomotiva pela VR Benefícios, empresa da categoria de vale-alimentação e vale-refeição, mostra que 69% dos restaurantes, lanchonetes, padarias e mercados consultados adotaram a utilização de QR Code para pagamento a partir da pandemia, como uma das estratégicas de sobrevivência.



S TA R T U P S

Inovar ou inovar, eis a questão SAIBA QUAIS SÃO AS VANTAGENS E COMO ESTREITAR O RELACIONAMENTO COM AS STARTUPS SEM CORRER RISCOS DESNECESSÁRIOS

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os últimos anos, o ecossistema de empreendedorismo tecnológico e de inovação se tornou um dos setores mais pujantes e dinâmicos da economia mundial e, cada vez mais, tem atraído a atenção de investidores e organizações, inclusive as que fazem parte do sistema de franquias. A própria Associação Brasileira de Franchising (ABF) firmou recentemente uma parceria com a Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE) com o objetivo de fazer o “match” entre redes com demandas e startups com soluções aplicáveis e inovadoras (leia mais no box). Outro exemplo é a SMZTO, investidora do mercado de franquias. No final do ano passado, a companhia anunciou que investirá até R$ 50 milhões em startups com soluções voltadas para o setor. A primeira delas é a Yungas, retailtech de sistema de gestão e comunicação para redes. Pelos planos do private equity, serão realizados aportes em outros cinco negócios até o final de 2022, com foco em fintechs e fornecedores de softwares

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STARTUP Empresa que nasce a partir de um modelo de negócio ágil e enxuto, capaz de gerar valor para seu cliente resolvendo um problema real, do mundo real, e que oferece uma solução escalável para o mercado, usando a tecnologia como ferramenta principal.

de gestão (ERPs). A partir de 2023, a companhia ainda espera ter um programa de inovação mais estruturado. “Além dos investimentos que realizamos em empresas franqueadoras, estamos construindo um hub de inovação para o sistema de franquias”, explica o líder da área de Inovação do grupo SMZTO, João Vicente Conte. “Vamos trazer empresas de tecnologia com alto potencial de escala para atender nossas investidas e seus franqueados, otimizando a gestão e a comunicação entre todos os elos da cadeia, além de facilitar nossa aproximação com a ponta.” Segundo o TEDx speaker, especialista em Tecnologia, Inovação e Tendências e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Arthur Igreja, a junção entre startups e as demais companhias é bastante interessante, e a razão é por se tratarem de negócios complementares. “As startups são pequenas, ágeis e estão em busca constante de inovação, de encontrar algo que empresas tradicionais ainda não enxergaram. E não é por falta de inteligência ou estratégia, mas é que a tendência de uma empresa ao encontrar o seu rumo é focar em eficiência FOTO: DIVULGAÇÃO

ABF firma parceria para impulsionar inovação no franchising

João Vicente Conte, líder da área de Inovação do grupo SMZTO

Para impulsionar o ecossistema de inovação no mercado de franquias, a Associação Brasileira de Franchising (ABF) firmou uma parceria com a Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE). O objetivo é fazer o “match” entre redes com demandas e startups com soluções aplicáveis e inovadoras. “A inovação já faz parte da agenda das franquias brasileiras, mas há muito campo a ser explorado. Com esta parceria com a ACATE, queremos acelerar e potencializar esse processo. Já existem muitas startups com soluções inovadoras e até disruptivas no mercado, o que precisamos é colocar isso em prática no franchising de forma economicamente viável. Além disso, tenho certeza de que esse intercâmbio mais próximo irá gerar ainda mais ideias e oportunidades, abrindo assim um novo caminho para o desenvolvimento do setor”, afirma o presidente da ABF, André Friedheim. A primeira iniciativa conjunta das entidades é o LinkLab. O programa tem cinco etapas principais: mapeamento dos desafios e oportunidades com os envolvidos, divulgação dos desafios e oportunidades das redes, seguido da captação de startups aderentes ao desafio, apresentação das soluções das startups e definição do escopo do projeto e conexão com a startup e desenvolvimento da solução. “Um dos grandes benefícios da inovação aberta é que ambas as partes são favorecidas: as grandes empresas avançam com uma maior agilidade e as startups têm a oportunidade de aprender e ampliar mercado. E acreditamos que essa parceria com a ABF irá representar um avanço importante para a inovação e desenvolvimento do segmento como um todo”, completa o presidente da ACATE, Iomani Engelmann.

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FOTO: FERNANDO WILLADINO

Fonte: Associação Brasileira de Startups (ABStartups)

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S TA R T U P S Relacionamentos reais Veja, a seguir, franquias que estão envolvidas com as startups, seja por meio de aquisições, mudanças de posicionamento ou porque jánasceram dentro desse ecossistema. § Grande aprendizado: “nos aproximamos das startups há três anos. No início, fomos chamados para sermos investidores, mas vimos que, para que crescessem, elas precisariam da nossa estrutura de franquia. Neste período, compramos três negócios: um de contratação de mão de obra, um de marketplace e outro de facilities de gestão de serviços. O investimento, somado à adequação dos sistemas e desenvolvimento de layouts e branding, já soma R$ 5 milhões. Lidar com esse tipo de negócio é um grande aprendizado. Trata-se de um outro mundo e nos mostra que através destas startups podemos escalar muito mais.” - Renato Ticoulat, presidente da Limpeza com Zelo

§ Negócio remodelado: “remodelamos nosso negócio e nos tornamos uma edtech com o propósito de acompanhar as transformações da sociedade e oferecer o que há de mais atual ao consumidor. Hoje, somos uma plataforma que apresenta soluções pedagógicas, comerciais, financeiras, entre outras, integradas e que simplificam radicalmente a vida de todos que fazem parte desse ecossistema e promovem ganho extraordinário de eficiência, uma vez que tudo está conectado. Para o futuro, estamos trazendo uma plataforma de tecnologia para o setor de educação que permitirá a transformação digital de redes deste segmento.” - Paulo Arruda, coCEO e co-founder da Park Education

e não mais na descoberta. Então, por vezes, ela fica um pouco distante do mundo das mudanças”, diz. Mas, para que esse movimento seja vantajoso, alguns cuidados são necessários. Igreja aponta que a abordagem sugerida é que a organização tenha muita clareza do que está procurando e qual a interface que ela tem com essas startups. “É importante que ela informe e detalhe seus reais interesses. Precisa estar explícito qual a área que quer o apoio, seja tecnologia, inovação, modelo de negócio. Além disso, é fundamental participar dos ecossistemas onde se encontram essas startups.”

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FOTO: DIVULGAÇÃO

§ Bons aliados: “todos os produtos que criamos nascem como uma ideia de negócio e no formato startup. É um conceito que carregamos desde 2015: cada produto é um negócio com centro de custo exclusivo, seguindo métodos ágeis até que ele ganhe maturidade para deixar de ser startup. Os benefícios desse ecossistema são correções de erros, validações e aprendizado mais rápidos e menores custos. O franchising e as startups, apesar de também poderem caminhar separados, são bons aliados. A vantagem está na união dos modelos comerciais e expansão.” Amanda Pinatti, diretora comercial de operações do Dot Bank

Arthur Igreja, TEDx speaker, especialista em Tecnologia, Inovação e Tendências e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV)



TENDÊNCIA

Fidelização em alta SERVIÇOS DE ASSINATURAS GANHAM FORÇA NO FRANCHISING: METADE DOS BRASILEIROS JÁ ASSINA DE SEIS A DEZ SERVIÇOS MENSAIS

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ebidas, comidas, livros, flores, roupas, cosméticos, manicure e até atendimento veterinário. Os serviços por assinatura – modelos de negócios baseados na venda recorrente de produtos e serviços para o cliente, seja por meio de entregas em casa ou comercialização do acesso – já são parte da vida moderna, e se tornaram ainda mais relevantes nos últimos dois anos. O ponto é que a pandemia revolucionou o modo de consumo da população por conta das medidas de restrição e isolamento que visavam conter a propagação do coronavírus, causador da covid-19. Um levantamento realizado pela Betalabs, empresa de tecnologia com soluções para clubes de assinatura,


revela que o setor cresceu 19,12% em faturamento no País em 2021 na comparação com 2020, e ganhou cerca de 2,2 mil novos clubes, incluindo companhias que foram criadas com essa finalidade e outras já estabelecidas que passaram a adotar a modalidade para alavancar a receita. Outra pesquisa, esta realizada pela plataforma de recorrência VIndi, revela outros dados interessantes sobre o mercado: metade dos brasileiros assina de seis a dez serviços, 24,8% mais de dez e 23,7%, entre dois e cinco. Além disso, 90% gastam entre R$ 100 e R$ 300 com esse tipo de serviço por mês. Segundo a análise, os itens preferenciais pagos mensalmente são digitais, como aplicativos, recomendação de investimentos, jogos, streaming de música e filmes, informação e sites, digitais + produtos (ração, cosméticos, comida, roupa, farmácia, café, vinho, produtos geek, revistas, livros etc.) e produtos – em porcentagem, representam 74%, 22% e 4%, respectivamente. O estudo também aponta que, em 2020, os clientes da VIndi que utilizam modelo de negócios recorrente cadastraram 35% mais assinaturas do que em 2019 e cresceram 65% em volume de vendas. “Se antes a assinatura era uma solução voltada a poucos nichos, a pandemia de covid-19 tratou de colocar esse canal em evidência nos mais diferentes segmentos. Com as atividades comerciais suspensas como forma de prevenção contra a doença, a saída para muitos consumidores e lojistas foi apostar na venda recorrente”, diz o sócio-diretor da Betalabs, Luan Gabellini.

FOTO: DIVULGAÇÃO

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Luan Gabellini, sócio-diretor da Betalabs

Além da nova forma de entregar e consumir produtos e serviços, o executivo aponta que mais alguns fatores que explicam a alta no setor: a necessidade de se ter um fluxo de caixa mais estável, com receitas garantidas todos os meses em um cenário de incerteza econômica, e a estratégia de fidelização de clientes, uma vez que ele sempre volta a comprar da marca e, se a experiência for positiva, ainda passa a indicá-la para a sua rede de contatos. “As empresas que adotaram esse modelo de negócios em 2020 rapidamente perceberam a importância para o faturamento e a rentabilidade. As vantagens financeiras e operacionais oferecem segurança ao dia a dia e ampliam o leque de atuação da companhia. Afinal, a incerteza da movimentação financeira do e-commerce dá lugar à melhor previsão todos os meses, uma vez que é possível estimar de forma confiável o fluxo de receita com as assinaturas”, diz Gabellini. Segundo ele, o gerenciamento de estoque também fica mais preciso com a facilidade de mensurar quantos produtos serão comercializados todos os meses. “O risco de inadimplência e de pedidos não efetuados é muito menor, e o próprio relacionamento com o consumidor torna-se mais duradouro do que aquele contato esporádico para um item específico”, complementa. Apesar de tantas vantagens, a advogada especialista em franchising e professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), Jaqueline Garcia, pondera que, por não gerar um vínculo obrigatório e não existir fidelidade, os clubes de assinatura podem ser cancelados a qualquer momento. “Para manter o cliente, é necessário inovação constante e integração de vantagens. Veja o exemplo da Netflix, que é um clube de assinatura que constantemente tem lançamentos de séries e filmes para manter o interesse do assinante”, afirma. Ela acrescenta que qualquer empresa que tenha a possibilidade de recorrência pode propor a

Jaqueline Garcia, advogada especialista em franchising e professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) Fevereiro e março de 2022

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FOTOS: EGLE SALVADOR

TENDÊNCIA

Luis Lanaro, sócio do belle.club

assinatura. “Uma empresa de produtos, por exemplo, pode oferecer para assistência técnica. Uma clínica de estética, para tratamento estético. Elas só precisam levar em conta que a recorrência do cliente será utilizada e há a necessidade de uma reserva de capital ou produto para que consigam arcar com o combinado”, enfatiza.

SERVIÇO DE ASSINATURA NO FRANCHISING No franchising, já tem muita rede de olho no mercado de assinaturas. Caso do belle.club, que, inclusive, nasceu focado na modalidade antes mesmo da pandemia. “Abrimos as portas em 2017 para solucionar um problema do setor da beleza: a incerteza financeira. Um dos fundadores, já falecido, tinha um salão, e sua grande dor era não saber como seria o faturamento no mês seguinte. Em uma conversa, pensamos que a assinatura seria o ideal, afinal, os serviços de manicure, pedicure e cabeleireiro estão entre os mais recorrentes para as mulheres”, conta o sócio Luis Lanaro. Os atendimentos são realizados por meio de três planos mensais: belle go (a partir de R$ 29,90 por mês), belly infinity (a partir de R$ 237 por mês) e belle premium (a partir de R$ 387 por mês) – eles dão direito à lavagem, hidratação, escova, manicure e pedicure ilimitados, dependendo da escolha. Com os clientes fixos mensais, segundo Lanaro, a rede consegue padronizar a qualidade, fazer a gestão do tempo e controlar os recursos necessários, tanto de material quanto de pessoal.

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“Este modelo de negócio gera previsibilidade para todos os envolvidos: o franqueado, a profissional e a assinante. Nosso grande tempero é trazer conveniência e facilidade para todos”, afirma o sócio do belle-club. A empresa conta, atualmente, com seis unidades, e sua meta é fechar 2022 com 38. Outra marca que aposta nos serviços de assinatura é a Clinicão. Em 2020, lançou o Clinicão Plus (preço sob consulta), que oferece assessoria virtual com uma equipe de vete-


Somamos tradição e modernidade em serviços jurídicos empresariais prestados há mais de 45 anos nos setores de varejo e franchising.


TENDÊNCIA Vantagens dos clubes de assinatura

Para empresas:

- Fidelização de clientes por ser um contrato com longevidade e grandes chances de renovação, diferente de uma venda pontual - Melhora no relacionamento com o cliente graças à geração de valor contínua - Previsibilidade de receita por ser um recebimento de forma contínua - Taxas baixas de inadimplência (quando associado ao pagamento com cartão de crédito) - Otimização da gestão financeira graças às ferramentas de automação e processos padronizados - Maior potencial de escalabilidade devido à receita recorrente e padronização operacional - Gerenciamento de estoque facilitado por saber quais produtos os assinantes vão consumir - Controle de custos por saber o que e quanto vai vender, por períodos, e ter o pagamento antecipado.

Para os consumidores: -

Conforto e comodidade de receber os produtos preferidos sem sair de casa Exclusividade na experiência de compra e seleção dos produtos Ótima relação custo-benefício Entregas programadas para maior conveniência Acesso a descontos, produtos e condições exclusivos.

FOTO: OSEIAS BARBOSA

Fonte: VIndi

rinários, valores diferenciados nos atendimentos nas unidades físicas e conteúdos exclusivos sobre o universo pet. De acordo com a CEO da rede, Monique Rodrigues, o serviço foi idealizado devido à alta demanda dos clientes. “Em muitas situações, como em uma viagem com os animais, os tutores precisam de um suporte especializado e não encontram. O Clinicão Plus chegou para corrigir esse gargalo”. O projeto foi inicialmente testado na unidade de Guaratinguetá e, devido ao sucesso, foi ampliado para todas os consultórios. Hoje, conta com 140 assinantes. “Houve uma participação efetiva desse modelo no aumento do faturamento bruto, de cerca de 8%”, celebra a franqueadora.

Monique Rodrigues, CEO da Clinicão

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GESTÃO

A meta é sair do vermelho

INADIMPLÊNCIA BATE NA PORTA DAS FRANQUIAS NOS ÚLTIMOS DOIS ANOS E REDES BUSCAM SOLUÇÕES HUMANIZADAS PARA LIDAR COM O PROBLEMA

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E

FOTO: DIVULGAÇÃO

m março, o mundo completa dois anos de pandemia. Nesse período, praticamente todos os setores da economia sofreram impactos negativos, inclusive o franchising. E neste cenário de incertezas e preocupações, um tema em particular aterrorizou ainda mais as redes: a inadimplência. De acordo com uma pesquisa realizada pela Serasa Experian em 2021, cinco em cada dez micro, pequenas e médias empresas brasileiras disseram que a falta de pagamento por parte dos clientes cresceu durante a crise provocada pela covid-19 – e para 45,2% delas, a alta desse índice foi superior a 50%. Entre os segmentos que mais passaram apuros, destaque para o comércio, que reportou aumento de 52,7%. A análise mostra ainda que as próprias PMEs também tiveram dificuldades para honrar com seus compromissos financeiros: 21% ficaram inadimplentes no período. A primeira posição no levantamento, mais uma vez, ficou com o comércio (23,5%) – a taxa na indústria foi de 11,3% e no setor de serviços, de 21,1%. Para lidar com o problema, as organizações tiveram de lançar mão de um novo modelo de gestão, mais focado, eficiente e adequado às necessidades específicas de cada cliente. A diretora Jurídica da Associação Brasileira de Franchising do Rio de Janeiro (ABF Rio), Hannah Fernandes, diz que, no caso das franquias, esse movimento resultou em uma maior aproximação entre franqueador e franqueado. “O que vimos foi um acompanhamento mais humanizado e personalizado, próximo da realidade individual do empreendedor. Desde o início da pandemia, os franqueadores se envolveram até nos números das operações, mas não de forma a punir e controlar, e sim para poder propor uma solução para cada uma delas”, diz a executiva.

Hannah Fernandes, diretora Jurídica da Associação Brasileira de Franchising do Rio de Janeiro (ABF Rio)

No hall de soluções apresentadas, as mais usuais foram a redução ou a postergação do pagamento de ­royalties, com prazos mais elásticos, parcelamento de dívidas, concessão de descontos e isenções de penalidades, sempre em linha com a situação financeira do franqueado e com os seus planos de recuperação. “As franqueadoras foram mais benevolentes desde o início da pandemia. Entenderam as dificuldades enfrentadas e promoveram todo o tipo de negociação para auxiliar a rede e, ao mesmo tempo, continuar recebendo. Foi uma via de mão dupla, afinal, todos têm as suas obrigações”, aponta a sócia-fundadora do escritório NB Advogados, Marina Nascimbem Bechtejew Richter. “Graças ao apoio que receberam, os franqueados puderam se manter.

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Dicas para evitar a inadimplência

Marina Nascimbem Bechtejew Richter, sócia-fundadora do escritório NB Advogados

§ Automatize os processos e adote ferramentas de análise de crédito § Mapeie todo o processo de cobrança § Acompanhe os números do negócio diariamente § Estreite a relação com o cliente e seja amigável ao fazer a cobrança § Proporcione um atendimento rápido e eficiente § Informe-se sobre o melhor canal de contato com cada consumidor § Diversifique os meios de pagamento § Realize uma cobrança preventiva § Ofereça benefícios para quem paga em dia § Negocie com o cliente inadimplente § Se necessário, contrate uma assessoria de cobrança

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FOTO: DIVULGAÇÃO

GESTÃO

“AVALIAMOS CADA CASO E PROMOVEMOS REDUÇÃO DA MENSALIDADE E ATÉ MESMO ISENÇÕES. ALÉM DISSO, FIZEMOS UMA AÇÃO DE INTRODUÇÃO DIGITAL, ONDE DISPONIBILIZAMOS UM TREINAMENTO E UMA PLATAFORMA DE CATÁLOGO VIRTUAL PARA O CLIENTE COMEÇAR A VENDER ON-LINE.” Victor Ruiz, diretor comercial da rede Gigatron

Nesse período, outra medida importante foi conhecer a carteira de clientes e entender qual o melhor canal de contato com cada um – afinal, estabelecer um processo de cobrança funcional pode ser bastante desafiador. Diante disso, a maneira de tentar recuperar os valores em aberto passou por mudanças. Pelos resultados da pesquisa da Serasa Experian, antes da pandemia, 66,8% das empresas de menor porte costumavam cobrar as dívidas em aberto presencialmente. Atualmente, elas têm preferido tentar o resgate através de carta ou telefone (52,1%) e via plataformas digitais (13,2%).

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Se não fosse isso, um número bem maior de lojas teriam fechado as portas”, acrescenta. Em se tratando da relação do dono da franquia com seus clientes, sejam eles pessoas física ou jurídica, a inadimplência também se fez presente e exigiu que novas estratégias fossem traçadas. Muitos empreendedores adotaram ferramentas que ajudam a avaliar o grau de confiança em determinada companhia ou consumidor, como plataformas de score de crédito, a fim de identificar a probabilidade de pagamento com mais segurança e, assim, evitar problemas e prejuízos financeiros aos negócios.

Isabela Vilela, diretora-geral da Sóbrancelhas

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São Paulo, 11 de setembro de 2020

CERTIFICADO DE NEUTRALIZAÇÃO DE EMISSÕES ANTILHAS GRÁFICA E EMBALAGENS LTDA. Este certificado atesta a Neutralização de 1.236 toneladas de CO2 equivalentes em Reduções Verificadas de Emissões pelo selo Verified Carbon Standard para neutralização referente ao Inventário de emissões de 2019

A aposentadoria destas Reduções Verificadas de Emissões, as quais são intransferíveis e exclusivas da Antilhas Gráfica e Embalagens Ltda., foi realizada na plataforma Verra Registry, e pode ser localizada por meio do número de série e link público:

8663-37766613-37767848-VCS-VCU-262-VER-BR-14-1811-08072016-22102017-0

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GESTÃO

l de ceitáve A taxa a ncia é de 5%, ções lê ra inadimp dados das ope o segund do Sistema N), ito d de cré o Nacional (SF co n ir Finance izadas pelo Ba to, il an disponib Brasil. Entret fluxo o d Central resa possui um p se cada em e, portanto, es e t diferen e variar. od índice p

“Os franqueados foram obrigados a se reinventar, mudando a forma de vender, com a adoção de novos canais e parcelamentos, e a de cobrar. Nesse sentido, vimos que ele também optou por uma gestão mais humanizada e de confiança com os consumidores. Com isso, uma relação mais próxima foi se desenhando ao longo dos meses e fez toda a diferença para a continuidade das operações”, analisa Marina.

EXEMPLOS NA PRÁTICA A rede Gigatron, que oferece soluções de gestão com foco no pequeno e médio varejo, restaurantes e prestadores de serviço, tem sofrido na pele com a inadimplência. O diretor comercial da empresa, Victor Ruiz, conta que, atualmente, a taxa é de 20%, mas no início da pandemia chegou a 60%. Para amenizar a situação, a solução foi se aproximar do comprador e entender o seu cenário financeiro: “avaliamos cada caso e promovemos redução da mensalidade e até mesmo isenções. Além disso, fizemos uma ação de introdução digital, onde disponibilizamos um treinamento e uma plataforma de catálogo virtual para o cliente começar a vender on-line”. Outra medida adotada pela franqueadora foi o investimento em tecnologia. Em outubro de 2020, ela implementou um processo robotizado, através do qual os boletos de cobranças são enviados diretamente por

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e-mail e ficam disponíveis no sistema do cliente – ele ainda é notificado próximo ao vencimento. “E temos também um processo automático que, caso não seja efetuado o pagamento após 15 dias, o sistema é suspenso e liberado apenas após a negociação”, complementa o diretor comercial. Em se tratando especificamente dos franqueados, a empresa ofereceu com exclusividade para os adimplentes a isenção de custo do sistema por um período determinado. “Com essa ação, tivemos um aumento significativo de franqueados liquidando as faturas em aberto para ter acesso ao benefício”, celebra Ruiz. A Sóbrancelhas, marca de estética facial, foi outra que apostou na humanização para lidar com a crise provocada pela pandemia. “Fomos criando estratégias conforme o cenário da rede. Convertemos os valores de ­royalties em produtos e treinamentos e, em outros momentos, postergamos parte do pagamento para datas futuras e utilizamos da estratégia do desconto diferenciado para aqueles que, mesmo em tempos difíceis, se mantiveram em dia com os valores junto à franqueadora”, comenta a diretora-geral da empresa, Isabela Vilela. Ela acrescenta que, no período, a arrecadação foi menor, mas necessária para que as unidades seguissem operando. “Quando a pandemia começou, as pessoas ficaram mais sensíveis a qualquer apontamento, principalmente no que diz respeito a cobranças. Por isso, fizemos um trabalho junto aos consultores de negócio para gerar proximidade com os franqueados e trazer clareza a eles de que todos os pontos (positivos e negativos) de cada operação estavam sendo analisados no contexto geral do negócio. Foi um momento de mútua empatia e de análise diária”, afirmou. Na Associação Brasileira de Franchising (ABF), o trabalho não foi diferente. A entidade conseguiu reverter índices crescentes de inadimplência durante a maior crise sanitária dos últimos cem anos aproximando-se ainda mais do associado, flexibilizando a política de cobranças e abandonando a velha prática de, por meio de uma carta, informar o corte de benefícios ou a exclusão do associado após determinado tempo de inadimplência. “Desde o início da pandemia, adotamos um trabalho mais humanizado, receptivo, ligando e mandando mensagem para cada associado com a cota em aberto e evidenciando o quanto cada um deles é importante para a Associação. Promovemos descontos de 10% a 50% nos débitos pendentes e, com isso, blindamos o caixa da ABF, fazendo com que o impacto financeiro fosse menor”, disse a diretora-executiva da entidade, Silvana Buzzi. Segundo a ABF, com esse trabalho, a atual adimplência está em 98%.


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ANÁLISE

NRF 2022: o varejo pós-pandemia Juarez Leão

A

110ª edição do grande congresso do varejo foi surpreendente, pois, se por um lado recebeu menos congressistas em função da nova ameaça da cepa Ômicron, por outro foi muito esclarecedor e repleto de novos temas que já impactam o varejo global. Com o mote “Accelerate”, todo o conteúdo foi orientado no sentido de apoiar, instruir e incentivar os varejistas a buscarem novamente a aceleração do crescimento de suas empresas, mesmo no atual ambiente de instabilidade e incertezas. É sempre um grande desafio resumir o conteúdo do congresso NRF em um artigo, especialmente nesta edição tão rica de conteúdo e diante de um momento ainda delicado do varejo, com inúmeros desafios impostos além do coronavírus. Entretanto, os principais pontos destacados nesta edição do congresso foram: Ruptura da cadeia de abastecimento: segundo os especialistas, esse grave problema está longe de acabar. Nós o enfrentaremos, no mínimo, ao longo deste ano, o que potencializará o aumento da inflação, pelo aumento do valor do frete, escassez de matéria-prima e fechamento de fábricas, principalmente na China. Geração Z e Alpha: nunca se discutiu tanto as mudanças do comportamento de compra das novas gerações como ocorre agora, com as chamadas gerações Z e Alpha. A geração Z, que são os nascidos de 1995 a 2009, hoje já soma mais de dois bilhões em todo o mundo, e a geração Alpha, os nascidos de 2009 até hoje, também já representam parcela significativa de consumo e de formação de opinião. Se por um lado nos assusta a necessidade de entendimento dos hábitos dessas novas gerações, esse conhecimento pode ser grande aliado na difícil missão de

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No passado recente,

descoberta sobre como agrausávamos a expressão D&I dar e cair no gosto dos novos e (Diversidade e Inclusão) para descrever os esforços de futuros consumidores ao redor uma organização e para criar do mundo. um ambiente mais acolhedor ESG do discurso para para pessoas de identidades prática + DEI (Diversidade, diversas. Agora, foi integrada Equidade e Inclusão): o disa letra “E”, de Equidade, curso sobre ESG (boas prápois não podemos criar um ambiente de trabalho ticas ambientais, sociais e de inclusivo se não praticarmos governança) ganhou o dia-aa equidade primeiro. dia das empresas. A utilização dessas bandeiras como discurso vazio acabou; o momento é de ações práticas, demonstradas pelas empresas palestrantes no congresso e cada vez mais exigida pelos clientes, principalmente os das novas gerações. Varejo local: os consumidores cada vez mais valorizam o consumo de vizinhança e as marcas se esforçam para oferecer não só a proximidade física, mas também conhecimento dos hábitos e necessidades locais dos consumidores, integrando-se verdadeiramente na comunidade, abrindo dark stores ou lojas pop up em bairros. Marcas globais estão se esforçando cada vez mais para pensar global, mas agir local, o que deu origem ao termo GLOCAL. Metaverso: um dos temas mais discutidos no momento certamente trará grande impacto no varejo, seja do ponto de vista de novo canal de venda ou mesmo de divulgação e aproximação da marca com os consumidores. A definição mais simples de metaverso refere-se a um espaço on-line compartilhado por pessoas que utilizam tecnologias como realidade virtual e realidade aumentada para interagir com o próprio espaço, com conteúdos e com outras pessoas por meio de avatares.


FOTO: DIVULGAÇÃO

“O NOVO VAREJO FLEXÍVEL E IMERSIVO DEPENDE, CADA VEZ MAIS, DA INTEGRAÇÃO ENTRE TECNOLOGIA E PESSOAS, DE ESTAR DISPONÍVEL PARA O CLIENTE ONDE, QUANDO E NO CANAL QUE ELE ESCOLHER, E DE ENTREGAR SEM ATRITO TUDO O QUE ELE NECESSITA OU AINDA QUE ELE NEM SABE QUE PRECISA” Juarez Leão, CEO Leão Group e conselheiro de Administração de diversas empresas e entidades. Linkedin: br.linkedin.com/in/juarezleao

Embora apenas 38% dos consumidores globais possam ter ouvido falar do termo metaverso, o digital está redefinindo as relações consumo/marca: 62% dos consumidores dizem se sentir mais próximos ao interagir com uma marca digitalmente; 66% preferem se envolver com marcas digitalmente; 73% acham mais fácil interagir com marcas com presença digital; e 85% acreditam que a presença digital será essencial para que uma marca seja bem-sucedida no futuro. Juntamente com o metaverso surgem também os NFT’s: Non-fungible Token, ou token não fungível, um tipo de certificado criptográfico ligado a um produto digital que garante a sua autenticidade, podendo ser desde roupas e acessórios para os avatares, como também obras de artes e diversos outros bens. Varejo imersivo e o novo papel da loja física: seja por meio da realidade aumentada e realidade virtual, da internet das coisas, da quinta geração de telefonia móvel ou da inteligência artificial, o varejo caminha em direção à integração do mundo físico ao digital. As lojas físicas são cada vez mais extensões do posicionamento das marcas no mundo digital, surpreendendo o consumidor com muitas experiências impossíveis de serem ofertadas só no mundo digital. Espera-se que as lojas físicas se tornem cada vez mais digital e o digital se torne cada vez mais experiência de compra, aproximando e fundindo esses dois mundos. Outro importante papel da loja física é o de fulfillment, reduzindo o custo da entrega para o cliente a partir da retirada na loja, eliminando assim o alto custo da última milha na entrega ao consumidor. Esse novo varejo flexível e imersivo depende, cada vez mais, da integração entre tecnologia e pessoas, de estar disponível para o cliente onde, quando e no canal que ele escolher, e de entregar sem atrito tudo o que ele necessita ou ainda que ele nem sabe que precisa!

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LEGISLAÇÃO

Simplificando o

“juridiquês” TENDÊNCIA NOS ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA, CONCEITO VISUAL LAW COMBINA ELEMENTOS VISUAIS E TEXTUAIS PARA FACILITAR A COMPREENSÃO DE DOCUMENTOS

S

e você não é estudante de Direito ou advogado formado, muito provavelmente tem ou já teve dificuldade para entender os termos jurídicos dos contratos e demais documentos relacionados ao seu negócio, incluindo as franquias. A boa notícia é que um novo conceito começa a ser adotado pelos escritórios de advocacia e empresas nacionais para facilitar o entendimento das informações.

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FOTO: DIVULGAÇÃO

Por que Visual Law é tendência? 1 - Uma imagem vale mais que mil palavras 2 - Os seres humanos têm uma capacidade notável de lembrar de imagens 3 - Apresentações com recursos visuais são mais persuasivas 4 - Textos com imagens geram mais credibilidade 5 - Uma linguagem simples pode ser acessível a todos 6 - Documentos com infografia são mais compreendidos 7 - Ser fora da caixa proporciona mais vantagens competitivas Fonte: Future Law

VISUAL LAW NO FRANCHISING

Trata-se do Visual Law, que, ao que tudo indica, surgiu nos Estados Unidos, no final da década de 2010, em uma iniciativa de algumas universidades renomadas, como a Stanford Law School. Ele é uma forma de argumentação jurídica que combina elementos visuais e textuais e utiliza ferramentas próprias e elementos de Design. “O objetivo é transmitir de forma mais clara e simples informações que normalmente são maçantes e difíceis de entender. O Visual Law serve para simplificar o ‘juridiquês’, ou seja, facilitar e transformar a comunicação jurídica em linguagem de fácil acesso e rápida compreensão”, explica o advogado Alexandre David, sócio-fundador do escritório Alexandre David Advogados. “Era esperado que, com a evolução tecnológica e a difusão do conhecimento através das redes sociais, a forma de comunicação também fosse impactada”, acrescenta. Essa nova ferramenta do Direito se utiliza de imagens, vídeos, ícones, mapas, tabelas, artes, infográficos, fluxogramas e bullet points, entre outros elementos visuais, para tornar a mensagem mais clara para o destinatário e garantir maior efetividade nas negociações. “O Visual Law é bastante confundido com design gráfico. Tem gente que acha que, ao empregá-lo, vamos substituir todo o texto por desenhos, figurinhas. Mas não é isso. Nele, usamos sim itens visuais e uma linguagem diferente, mais amigável, mas apenas quando faz sentindo e com moderação e propósito. A finalidade é diminuir a distância entre quem está propondo e quem está recebendo os documentos”, diz a advogada Thais Kurita, sócia do escritório Novoa Prado Advogados.

FOTO: PAULA KOROSUE

Alexandre David, sócio-fundador do escritório Alexandre David Advogados

O franchising começou a adotar o Visual Law há pouco tempo. Mas, segundo David, essa é uma ferramenta muito interessante para o setor. “Ela tem potencial para facilitar a comunicação da franqueadora com seus franqueados, desde o momento da apresentação da Circular de Oferta de Franquias (COF), com a explicação em detalhes do negócio, até a transmissão de informações através de comunicados e circulares para toda a rede.” Thais complementa que a Lei de Franquias preconiza a apresentação de uma linguagem clara e acessível, o que vai totalmente ao encontro deste recurso. “Muitas vezes, o candidato a franqueado recebe documentos com 30, 40, 50 páginas, e quase sempre com linguagem rebuscada, dificultando a compreensão. O ideal é oferecer um texto com informações claras, assim os interessados poderão tomar uma decisão mais consciente.”

Thais Kurita, sócia do escritório Novoa Prado Advogados Fevereiro e março de 2022

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LEGISLAÇÃO FOTO: PAULA KOROSUE

Exemplos:

Laura Lópes e Claudia Kiriyama, sócias da Turquesa Esmalteria

Para a advogada, faz todo o sentido facilitar a forma como os futuros ou atuais franqueados entendem o que lhes está sendo proposto. “Isso deixa a pessoa menos assustada e mais confortável para tirar dúvidas. Também faz com que ela não tenha preguiça de ler. No final das contas, com o Visual Law conseguimos eliminar atritos, mitigar dúvidas e evitar brigas na justiça no futuro.” Uma marca nacional que já enxergou essas vantagens é a Turquesa Esmalteria. “Nosso parceiro Alexandre David Advogados nos apresentou a metodologia e achamos interessante implementar, pois facilitaria nosso entendimento sobre os processos dentro da rede, que hoje conta com 85 unidades em operação. Com o crescimento, vimos que era preciso ter este olhar para manter a empresa saudável e eficiente a longo prazo”, conta a fundadora Laura López. A adoção do Visual Law ocorreu na franqueadora há cerca de um ano e, neste período, a empresária revela que as análises de processos, contratos e outros documentos ficaram mais ágeis e simples e que houve aumento da produtividade. “Quando temos essas conquistas, fica mais fácil pensar em inovações para o negócio”, complementa. Apesar de ainda não ter abraçado a ferramenta, o Grupo Trigo, dono das marcas Spoleto, China in Box, Gendai, LeBonTon, Koni e Gurumê, está estudando o assunto. De acordo com o diretor de CX e Branding da empresa, Michel Jager, a proposta foi apresentada pelo escritório Novoa Prado Advogados. “Estamos tateando para entender melhor. Mas vemos com bons olhos e somos a favor desse movimento. Tudo o que puder facilitar a leitura e tornar a comunicação mais clara, é positivo”, afirma. “Muitas vezes, o candidato a franquia ou outra pessoa que não trafegue em termos jurídicos acaba tendo dúvidas sobre o que está nos documentos, e isso gera eventuais retrabalhos, novas conversas... o Visual Law acaba diminuindo esses problemas”, finaliza.

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A RT I G O

Novas formas de franquia e representação comercial

O

mercado de franquia tem passado por profundas alterações nos últimos anos, não só em função de fatores econômicos, mas também por conta de avanços tecnológicos e de comportamento do consumidor. Infelizmente, porém, nem sempre a legislação acompanha as inovações e as transformações sociais. Em função disso, novas formas de franquias ditas “não tradicionais” têm e/ou podem enfrentar resistência junto ao Poder Judiciário, devendo advogados, consultores e, principalmente, franqueadores estar muito atentos a esse fenômeno. Nos termos da Lei 13.966/19, o sistema de franquia possui três pilares básicos: (i) cessão de uso de marca; (ii) transferência de know-how; e (iii) distribuição de produtos e serviços. E é neste último pilar que “mora o perigo”. O conceito tradicional de distribuição envolvia a compra e revenda de produtos, ou seja, o franqueado adquire um produto e revende ao consumidor final ou adquire produtos e insumos para prestar diretamente um serviço ao consumidor final. Hoje, porém, vemos franqueados, valendo-se de uma marca e de um sistema mercadológico ancorado em know how específico, que acabam por intermediar a prestação de serviços ou a venda de produtos direto da franqueadora para o consumidor final, sem ter uma loja física e até atuando em escritórios ou em home office. Em alguns desses casos, inclusive, não há pagamento de royalties pelo franqueado à franqueadora, mas uma comissão por esta última ao franqueado (o que muitos chamam, impropriamente, de royalties reversos). Por conta disso, há quem diga, que esse tipo de relação, ainda que contratada sob a égide de uma franquia, seria caracterizável, na verdade, como representação comercial ou agência, prevista no art. 710 do CC e na Lei 4886/65 porque aqui, tipicamente, o representante intermedia negócios mercantis para o representado. Ora, os dois tipos contratuais têm semelhanças: a distribuição lato sensu de produtos e serviços, mediante a participação de um terceiro em uma relação vertical (ambos são contratos empresariais de venda indireta). A grande diferença reside no fato que na representação, diferentemente do que ocorre na franquia, não haveria uma licença de uso de

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FOTO: DIVULGAÇÃO

Por Sidnei Amendoeira Jr.

marca e nem a transmissão de know how pelo agente econômico a este terceiro. Assim, para nós, a intermediação nos contratos de franquia não é aquela dos contratos de representação comercial, justamente porque ancorada na marca e Sidnei Amendoeira Jr., diretor Jurídico no método de trabalho da Associação Brasileira de Franchising (ABF) oriundo do know how da franqueadora, especialmente se essa intermediação não vier de forma isolada porque, muitas vezes, o franqueado atua como uma espécie de consultor do consumidor final, apresentando todas as diferenças, semelhanças, vantagens e desvantagens, de produtos e serviços para, ao final, orientar o consumidor sobre qual produto ou serviço efetivamente adquirir. Mas qual o risco se um contrato de franquia for considerado judicialmente como de representação? Dentre várias, uma das mais importantes está no art. 27, alínea “j” da lei da representação comercial que determina o pagamento de indenização ao representante pela rescisão do contrato fora dos casos previstos no art. 35 (rescisão por justa causa pelo representado), cujo montante não poderá ser inferior a 1/12 (um doze avos) do total da retribuição auferida durante o tempo em que exerceu a representação. Somente essa consequência, que pode, na prática, ser muito expressiva e inviabilizar a estrutura do modelo de negócio, já vale um olhar atento de todos quando da formatação de franquias com esse perfil. Entendemos que a Lei de Franquia – muito mais moderna e adequada ao mercado de hoje (a lei de representação tem um viés forte estatal e trabalhista da época da ditadura) – deve prevalecer aqui, desde que seus três pilares sejam atendidos, mas, como dito acima, nem sempre o Judiciário assim atuará e tal descaracterização pode ocorrer .


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P O N T O D E V I S TA

Resoluções de ano novo Por Luciano Pires*

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im de ano. De repente, faz-se a luz, você tem um lampejo e toma suas decisões para o ano novo. Vou emagrecer, vou retomar um projeto, vou viajar, vou mudar um relacionamento, vou retomar uma amizade, vou terminar o meu livro…Você estabelece uma série de objetivos e invoca sua força de vontade para fazer acontecer. E quase nada acontece. E fica alucinado quando vê alguém que consegue! Qual é a diferença entre as resoluções que não vão acontecer e aquelas que provocam mudanças sustentáveis? Será algo mágico que só as outras pessoas têm? Olha, talvez tenha a ver com a forma com que você se conecta com seu futuro. Se sua conexão é “vou emagrecer” e pronto, é provável que nada aconteça. Mas se você elabora o cenário no qual quer chegar, se vê nele, aprecia os benefícios, constrói uma visão completa, capaz de contaminar todos os dias de sua vida, talvez haja chance de sucesso. Procure ouvir o Café Brasil 518 – Fator Merlin. Nele eu faço uma provocação fascinante: “já pensou se você pudesse viajar no tempo, ir lá para o futuro, ver como a sua vida se desenvolveu, voltar para o presente e fazer novas escolhas? O que você mudaria hoje?” Quando você faz uma resolução para o ano novo baseada no medo e no desespero, a chance de que ela dure por alguns dias ou semanas é muito grande. Se você não se apaixonar pelos resultados da mudança proposta, se não se apaixonar pelo futuro idealizado, provavelmente nada vai andar. É por

* Luciano Pires www.lucianopires.com.br isso que os arquitetos e projetistas fazem questão de mostrar a seus clientes uma versão em 3D, se possível uma maquete da nova casa. Eles sabem da força que tem essa tangibilização no presente, que será o futuro. Você precisa visualizar o futuro, ter a real dimensão dos benefícios da mudança, compreender os impactos em todas as dimensões de sua vida. Apaixonado pelo futuro idealizado, você então tem de lidar com seus medos e limitações. O que é preciso fazer para chegar lá? E se for inteligente o suficiente, quebrará os grandes obstáculos em pedacinhos e os vencerá um a um, aos poucos, sem grandes saltos, sem grandes arroubos, sem grandes fracassos que o farão voltar atrás. Quem fez meus cursos de produtividade conheceu a Matriz Vhirpa, um guia para avaliar o que fazer para chegar lá. Visualize os domínios físico, emocional, financeiro, relacionamentos, carreira, vida social e espiritual. Veja o que afasta você daquele futuro pelo qual se apaixonou. O que é que você tem de começar a fazer agora para chegar lá? E amanhã? E daqui a uma semana? Um mês? E aí você começa a fazer o que pode. Sacou? Fazer o que pode. Aos poucos, de forma contínua e sistemática. O que deixa você em forma não é ir à academia e levantar 100 quilos. É ir à academia sempre, e levantar alguns quilos. Só tem um jeito de mudar seu futuro. É começando hoje.


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