ANO 06 - Nº 15 - 2O SEMESTRE 2020 - R$ 9,00 ISSN 2317-7675
Nós cuidamos de quem você ama.
Para todas as
HORAS
Home Angels lança serviço gratuito e personalizado de orientação médica 24 horas do dia e atendimento pré-hospitalar domiciliar. Conheça o Home Angels Help
CORAÇÃO PARTIDO
Eventos traumáticos podem causar a síndrome de Takotsubo
HÁBITOS DE CONSUMO Pandemia de Covid-19 modifica comportamento dos maduros
CUIDADO PARA NÃO ESCAPAR
Incontinência urinária afeta três em cada dez pessoas com 60+
Para todo cliente Home Angels, sem custo adicional.
Todos os nossos assistidos têm orientação médica 24h por dia. Para mais informações sobre Emergências Médicas, consulte a unidade mais próxima.
Acesse www.homeangels.com.br e saiba mais.
SUMÁRIO 10
06
Tem novidade na área: rede de franquias Home Angels lança o Home Angels Help: serviço único, gratuito e personalizado de orientação médica 24 horas e atendimento pré-hospitalar domiciliar.
Conheça a síndrome do coração partido na entrevista com o presidente do Departamento de Insuficiência Cardíaca e coordenador da Universidade do Coração da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Evandro Tinoco Mesquita
ESPECIAL PARA VOCÊ
14 FIQUE DE OLHO Diante da necessidade de
isolamento social, cresce a adesão dos maduros aos bancos digitais. Como lidar com essa nova realidade?
16 HISTÓRIAS
PARA ACORDAR
Ele começou a escrever aos 60 anos e hoje, aos 81, prepara o lançamento do quinto livro. Conheça o publicitário e cineasta Valdi Ercolani
20
AÇÕES & HÁBITOS
Brasileiros com mais de 60 anos mudam os hábitos comportamentais e de consumo durante a pandemia de Covid-19. Entenda as mudanças
EDITORA RESPONSÁVEL
COMERCIAL PROJETOS E VENDAS DE PUBLICIDADE Sede 55 (11) 3256-4696 - 3214-5938 Gerente Comercial Thais Andrade - (11) 99115-3339 thais@editoralamonica.com.br Gerentes de Contas Bruna Ribeiro - (11) 98568-2920 bruna@editoralamonica.com.br Luzia Rodrigues - (11) 97014-2726 luzia@editoralamonica.com.br
Editora Lamonica Tels.: (11) 3256-4696 - 3214-5938
Logística e Mercado Mônica Cavalcante - monica@ editoralamonica.com.br
A Revista Home Angels é uma publicação semestral produzida, distribuída e comercializada pela Editora Lamonica Multiplataforma. Disponível nas versões digital e impressa
Publisher: José Lamônica - lamonica@editoralamonica.com.br Edição: Andréa Cordioli (MTb: 31.865) andrea@editoralamonica.com.br Repórter Colaboradora: Renata Turbiani Diagramação: Marcelo Amaral - marcelo@editoralamonica.com.br Diagramador Colaborador: Lucas Barone Faria
Administração e Financeiro Silvia Medeiros silvia@editoralamonica.com.br Assinaturas: (11) 3256-4696 - 3214-5938
PING-PONG
18 SAÚDE EM DIA
Embora possa ocorrer em qualquer fase da vida, a incontinência urinária afeta, pelo menos, três em cada dez pessoas com mais de 60 anos. Como tratar?
E MAIS: 04 De Tudo um Pouco 09 Pergunte à Home Angels 23 Artigo 24 Encontre a Home Angels
www.revistahomeangels.com.br
DE TUDO UM POUCO CELLERA FARMA TRAZ PROBIÓTICO CULTURELLE® PARA O BRASIL
Acaba de chegar ao Brasil o Culturelle®, um dos probiótico mais vendidos do mundo. Para quem não conhece, os probióticos são produtos à base de microrganismos vivos que interagem com a microbiota intestinal e ajudam a prevenir a multiplicação de microrganismos patogênicos. A novidade, lançada pela Cellera Farma, traz como componente o Lactobacillus rhamnosus GG (LGG®), que, apontam os estudos, contribui com a saúde digestiva e gastrointestinal, o fortalecimento do sistema imunológico e o bem-estar diário. Apesar de não ser um medicamento, é importante conversar com o médico antes de iniciar o uso. Preço sob consulta. Informações: www.cellerafarma.com.br.
PESSOAS COM INTERESSES CULTURAIS VIVEM MAIS, REVELA PESQUISA
Quer viver mais? Então invista em cultura. De acordo com um estudo realizado por pesquisadores da University College London, do Reino Unido, e publicado pelo jornal científico British Medical Journal, o contato com experiências culturais de forma regular, como visitas a museus, teatros, galerias de arte e concertos de música, reduz o risco de morte precoce em até 31% – para quem frequenta espaços culturais uma ou duas vezes por ano, a diminuição é de até 14% em comparação com aqueles que não se envolvem com as artes. A pesquisa foi feita com mais de 6,7 mil pessoas, com idade média de 66 anos, e variáveis como o estado de saúde, a condição sócio econômica, o comportamento pessoal e o estado civil foram considerados, mas, segundo os especialistas, não influenciaram nos resultados.
BRASILEIRO NÃO SE ORGANIZA PARA O FUTURO
Levantamento sobre o preparo para a aposentadoria feito em 15 países e coordenado no Brasil pelo Instituto de Longevidade Mongeral Aegon, revela que o brasileiro espera viver, em média, até os 87 anos, sete anos a mais do que a média global das nações pesquisadas e 11 anos a mais do que a média de vida nacional calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar do otimismo em relação à longevidade, 46% dos entrevistados afirmaram que têm consciência da necessidade de se planejar financeiramente para a aposentadoria, mas apenas 18% acreditam que estão poupando o suficiente. A expectativa da população em viver o presente sem pensar no futuro também foi analisada: 48% dos respondentes estimam que conseguirão metade da sua renda proveniente do governo, sob a dependência da previdência social. Quando questionados sobre a preocupação em manter o estilo de vida ao se aposentar, 37% pontuaram estar pouco confiantes em preservar a realidade que têm hoje e 59% acham que conseguirão custear seus planos de saúde.
LIBBS LANÇA MEDICAMENTO DE APLICAÇÃO ÚNICA PARA OSTEOPOROSE
A Libbs, indústria farmacêutica 100% nacional, lançou recentemente o Teoro (ácido zoledrônico), medicamento voltado para a prevenção e tratamento da osteoporose. Desenvolvido com o objetivo de otimizar a jornada do paciente, o grande diferencial do produto, segundo a fabricante, é o formato de infusão, de dose única, aplicada anualmente, o que promete aumentar a taxa de adesão. O produto age de forma preventiva, reduzindo as chances de fraturas, e elimina a necessidade de adicionar mais um fármaco de uso contínuo à rotina. Mas, atenção: seu uso tem de ser devidamente prescrito por médico especialista, e a aplicação feita em ambiente clínico-hospitalar. Outras informações no site www.libbs.com.br. 4 | Revista Home Angels | 2º semestre | 2020
PANDEMIA AUMENTA PREOCUPAÇÃO COM SAÚDE E ALIMENTAÇÃO
A pandemia do novo coronavírus aumentou a preocupação do público 50+ com a saúde e a alimentação, de acordo com uma pesquisa realizada pelo C Lab, laboratório interno de pesquisa da Nestlé Brasil, em parceria com Nutren Senior, complemento alimentar da marca desenvolvido especialmente para pessoas acima de 50 anos. Pelos resultados do estudo, 84% dos entrevistados afirmaram que estão mais atentos a esses aspectos e 62% aderiram a uma alimentação mais saudável e equilibrada. Além disso, 35% aumentaram o consumo de suplementos alimentares e 34%, a frequência na prática de atividades físicas (34%). E por falar em Nutren Senior, tem novidade no mercado: a versão zero lactose e a em pó do sabor chocolate no formato ‘latão’ (com 740g). Preços sob consulta. Mais informações: www.nutren.com.br.
DEFINIÇÃO DE DOR É ALTERADA APÓS 41 ANOS
As definições sobre a dor mudaram. Agora, segundo a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP), a principal referência no mundo em pesquisas e políticas para o tema, a condição passa a ser descrita da seguinte forma: “experiência sensorial e emocional desagradável associada, ou semelhante àquela associada, a um dano real ou potencial ao tecido”. Em relação à designação anterior, de 1979, foram duas as mudanças. A primeira é que foi retirado o trecho que dizia que a dor poderia ser “descrita” e, em seu lugar, acrescentado o termo “semelhante” sobre as associações às experiências sensoriais. O segundo ponto é que foram acrescentadas seis notas que ajudam a explicar a nova definição. São elas: 1. A dor sempre é uma experiência pessoal influenciada em vários graus por fatores biológicos psicológicos e sociais. 2. Dor e nocicepção (componente fisiológico da dor) são diferentes fenômenos. Isso é, a dor não pode se limitar apenas à atividade dos neurônios sensoriais. 3. O conceito de dor é aprendido ao longo da vida.
4. O indivíduo que relata uma experiência de dor deve ser respeitado. 5. Embora a dor, normalmente, sirva como adaptativa (fisiológica), ela pode apresentar efeitos adversos na função e no bemestar social e psicológico. 6. A descrição verbal é apenas um de vários comportamentos para expressar a dor. A incapacidade de se comunicar não nega a possibilidade de um animal humano ou não humano sentir dor.
LIVRO SOBRE MENOPAUSA TRAZ SOLUÇÕES PARA ALIVIAR SINTOMAS
Lidar com os sintomas da menopausa pode ser um desafio para muitas mulheres e gera dúvidas e medos. Para ajudar nessa questão, a Editora Senac lançou o livro Menopausa Bem Vivida: o guia definitivo para se sentir bem e radiante na pré-menopausa, na menopausa e depois dela. De autoria da britânica Liz Earle, é organizado em duas partes. A primeira é um guia explicativo que traz definições, estudos, dicas, mitos e verdades sobre a Terapia de Reposição Hormonal (TRH), além de informações sobre as principais disfunções que podem ocorrer antes, durante e depois da interrupção do ciclo menstrual. A segunda parte conta com 60 opções de receitas que ajudam a mulher nesse período, e ainda podem ser apreciadas por toda a família. A obra tem 240 páginas e custa R$ 57,40. Informações e compra: www.livrariasenac.com.br. 2020 | 2º semestre | Revista Home Angels | 5
PING-PONG
Coração partido A SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA (SBC) INICIA ESTUDO INÉDITO NO PAÍS PARA ENTENDER MELHOR A CARDIOMIOPATIA POR ESTRESSE
V
ocê já ouviu falar da síndrome do coração partido? Pode parecer coisa de filme ou novela, mas essa doença, também conhecida como síndrome de Takotsubo e cardiomiopatia por estresse, é bem real e pode até matar. Facilmente confundida com o infarto agudo do miocárdio, por ter os mesmos sintomas (dor no peito, falta de ar e cansaço), 6 | Revista Home Angels | 2º semestre | 2020
é desencadeada por eventos estressantes, como a perda de um ente querido ou uma decepção muito grande. Para entender melhor essa condição, já que ainda existem poucos dados sobre ela, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) realiza um estudo inédito no País. O objetivo é criar um registro nacional da enfermidade
e conhecer seu perfil epidemiológico, a fim de melhorar o diagnóstico e proporcionar tratamentos mais eficazes e políticas públicas de prevenção. Na entrevista abaixo, o presidente do Departamento de Insuficiência Cardíaca e coordenador da Universidade do Coração da entidade, Evandro Tinoco Mesquita, revela o que já se sabe sobre a síndrome, cuja primeira descrição foi registrada em 1991, no Japão, e conta em que fase está o levantamento brasileiro.
O que é a síndrome de Takotsubo ou síndrome do coração partido? É uma condição que, frente a um estresse psíquico-emocional, e às vezes até físico, muito grande, como perda de uma pessoa querida, acidente, dor intensa ou pós-operatório, a pessoa sofre uma descarga adrenérgica (de adrenalina). Isso provoca o enfraquecimento dos músculos do coração e a dilatação do ventrículo esquerdo do órgão, que adquire um formato semelhante ao vaso japonês takotsubo, utilizado para capturar polvos, daí o nome da síndrome. Os sintomas são parecidos com o do infarto: dor no peito e falta de ar ou cansaço. E o que diferencia os dois problemas? Na síndrome de Takotsubo, as artérias estão livres de bloqueios e obstruções por coágulo de sangue ou aterosclerose (placas de gordura, colesterol e outras substâncias), como acontece no infarto. Há risco de morte? No geral, a recuperação é completa entre 3 e 7 dias, mas há a possibilidade, apesar de rara, do quadro se agravar, provocando falência do coração, edema de pulmão ou arritmia, e levar à morte. Qual o público mais atingido pela doença? Ela acomete majoritariamente, em 90% dos casos, mulheres no pós-menopausa, e pode gerar recorrência em cerca de 10% a 15%. Por que as mulheres mais velhas são as mais afetadas?
Ainda não temos uma resposta exata, mas tudo leva a crer que está relacionado com a perda hormonal, de estrogênio, que a mulher sofre nessa fase da vida. E uma das funções desse hormônio é estimular a dilatação dos vasos, facilitando o fluxo sanguíneo.
Como se dá o diagnóstico? Para o diagnóstico consideramos os dados obtidos no exame físico e no levantamento da história do paciente, assim como o resultado de exames laboratoriais de sangue, eletrocardiograma, ecocardiograma, raios-X de tórax, ressonância magnética, angiograma coronariano e até cateterismo. E como é feito o tratamento? Ainda não existe um tratamento específico. Normalmente, o paciente fica de dois a quatro dias na UTI e recebe medidas de 2020 | 2º semestre | Revista Home Angels | 7
PING-PONG suporte. Os medicamentos utilizados nessa fase são praticamente os mesmos indicados nos casos de insuficiência cardíaca grave associada ao infarto do miocárdio, como inibidores ECA para controle da pressão arterial, betabloqueadores para diminuir a frequência cardíaca, diuréticos para reduzir a concentração de líquidos no organismo e drogas para alívio do estresse.
entre outubro de 2010 e outubro de 2017, com 169 pacientes internados com diagnóstico de Takotsubo ou que desenvolveram essa condição durante a internação. Essa análise mostra que a média dos pacientes acometidos tinha 71 anos, eram em sua maioria mulheres, com prevalência de dor torácica e histórico de estresse emocional considerável. Agora, a SBC até fazendo um mapeamento mais abrangente sobre a síndrome.
É possível se prevenir dessa síndrome? Assim como ainda não há tratamento esE em que fase ele está? Foi iniciado em jupecífico, também não nho e, até o momento, existe nenhuma fór32 centros que atenmula comprovada para dem pacientes com prevenir a síndrome do Assim como ainda problemas cardíacos coração partido. O que não há tratamento em todo o País esrecomendamos é adoespecífico, também não tão cadastrados na tar hábitos saudáveis e plataforma de banco praticar atividade física existe nenhuma fórmula de dados organizado regulamente, ao menos comprovada para pela SBC, por meio 150 minutos por semaprevenir a síndrome do dos departamentos na. Junto a isso, é funcoração partido. O que de Cardiologia Clínidamental controlar o ca, de Imagem Carestresse. recomendamos é adotar diovascular e de Inhábitos saudáveis e Um estudo feito nos suficiência Cardíaca. praticar atividade física Estados Unidos indicou A estimativa é ter, regulamente, ao menos 150 aumento no número ao fim do registro, os de casos de síndrome dados analisados de minutos por semana. do coração partido mais de 400 pacienEvandro Tinoco Mesquita durante a pandemia tes, acompanhados de Covid-19 entre as durante um ano, o que pessoas não afetadas representará um dos pelo novo coronavírus. Qual a razão disso? maiores arquivos mundiais sobre a síndrome A pandemia tem provocado muito medo feito por um único país. O estudo completo e um grande estresse psíquico-emocional e será divulgado em 2021. econômico nas pessoas, como acontece tamQual a importância desse levantamento? bém em situação de guerra, e isso é um gatilho Ele nos ajudará a conhecer a variabilidade para o desenvolvimento da doença. das características dos pacientes, a frequênIsso também pode estar acontecendo cia e a mortalidade da doença e as chances de no Brasil? recidiva. Com ele, teremos uma visão plena e Pode ser que muita gente tenha tido a oficial, o que é fundamental para se ter bases doença durante a pandemia e ficado em casa para melhores entendimento e diagnóstico e ou ter ido a óbito por morte súbita. Por enquanpara a criação de protocolos e padronização to, o único levantamento disponível no País é dos cuidados, a fim de termos um tratamento um estudo regional, realizado no Rio de Janeiro mais efetivo.
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TEM DÚVIDAS? Escreva para nós: canaldoleitor@editoralamonica.com.br
OS CUIDADORES UTILIZAM EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIS)? Sim, os profissionais da Home Angels utilizam EPIs o tempo todo para a sua própria segurança, a dos assistidos e, consequentemente, de toda a família. Na Home Angels, nos preocupamos com a adequada capacitação dos cuidadores, além de agregar serviços que vão além dos atendimentos propriamente ditos.
QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES DO CUIDADOR DE IDOSOS? Esse profissional deve promover o bem-estar do idoso, cuidando de sua higiene, aparência, alimentação e saúde. O cuidador de idoso não é responsável pelos serviços domésticos de uma residência, como faxina e o preparo da refeição de toda a família. Ele deve se atentar à alimentação, vestuário e medicamentos apenas de seu assistido.
POR QUE UTILIZAR O DIÁRIO DO CUIDADOR? Esse é um material de suma importância, porque é nele que são relatadas todas as ocorrências técnicas praticadas pelos cuidadores. A partir das informações contidas no diário, a supervisora analisa as planilhas de relatório e acompanha a evolução dos cuidados.
OS CUIDADORES PODEM REALIZAR PROCEDIMENTOS INVASIVOS? Procedimentos como injeções, vacinações e aplicações de soro só devem ser realizados por profissionais da saúde. O cuidador tem o papel de auxiliar e cuidar do assistido, promovendo o seu bem-estar, mas ele não indica tratamentos e nem receita remédios.
QUAL É A FUNÇÃO DA SUPERVISORA TÉCNICA HOME ANGELS? A supervisora técnica realiza, no primeiro momento da contratação, avaliações diagnósticas nas residências dos clientes para levantar as necessidades dos assistidos. Na sequência, elabora os planos de atendimentos e as orientações aos cuidadores. Essa profissional visita os assistidos semanalmente, para se certificar de sua satisfação e bem-estar. Além disso, orienta e instrui tecnicamente os cuidadores, já que ajustes podem ser necessários. Esse trabalho está consolidado e faz parte da cultura da empresa.
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Especial Para Você
Home Angels Help:
orientação médica 24 horas do dia SERVIÇO É A NOVIDADE DA HOME ANGELS PARA SEUS ASSISTIDOS DE TODO O PAÍS
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dia e sete dias por semana. Esse profissional é capacitado para esclarecer dúvidas e dar instruções sobre ocorrência de urgência e emergência. Além disso, a empresa oferece, quando o especialista responsável pelo primeiro contato entender como necessário, o serviço de atendimento médico pré-hospitalar na residência do assistido. E mais: se o médico que foi ao local achar que o paciente tem de ir até o hospital, uma UTI móvel estará a postos para realizar a sua remoção com rapidez e eficiência. “Com o Home Angels Help, os assistidos e seus acompanhantes terão ao seu lado um atendimento médico personalizado para quaisquer necessidades, desde uma simples orientação sobre a dosagem de um medicamento até mesmo uma situação grave de saúde”, pontua o sócio-diretor da Home Angels Brasil, Artur Hipólito.
Artur Hipólito, sócio-diretor da Home Angels Brasil
S
empre em busca de inovação para garantir o melhor para seus clientes, a Home Angels, maior rede de franquia de cuidadores da América Latina, acaba de lançar um serviço único, gratuito e personalizado de orientação médica 24 horas e atendimento pré-hospitalar domiciliar. Batizado de Home Angels Help, ele foi pensado e desenvolvido para agregar mais valor ao trabalho prestado aos assistidos, principalmente nesse novo cenário mundial de pandemia, em que as famílias estão precisando de segurança, tranquilidade e um acolhimento mais humanitário. A novidade possibilita que os acompanhantes (parentes ou cuidadores) dos assistidos solicitem orientação médica por telefone para qualquer necessidade de saúde. Ao ligar para a central 0800 exclusiva Home Angels Help, os cuidadores ou acompanhantes dos assistidos são atendidos diretamente por um médico, disponível 24 horas por
Quando usar? § Sempre que houver dúvida sobre alguma doença § Para aconselhamento de medicação (dosagens e reações adversas) § Para tirar dúvidas de natureza geriátrica § Em caso de mal-estar § Para esclarecer dúvidas sobre especialidades médicas e doenças crônicas (diabetes e hipertensão, por exemplo) § Em situações como intoxicações, quedas, traumas, queimaduras, reações alérgicas graves, condições cardiológicas graves, como infarto, hemorragias digestivas, acidente vascular cerebral (AVC), derrame e quadro asmático e/ou falta de ar.
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Especial Para Você BOA RELAÇÃO COM FRANQUEADOS Para a Home Angels, o bem-estar e a qualidade de vida de seus assistidos são condições indispensáveis. Por isso, a empresa está sempre de olho no que de melhor existe no mercado para agregar novidades aos serviços prestados. “Somos uma empresa diferenciada porque temos responsabilidade e compromisso com a sociedade e com o nosso público. Cabe a nós a principal incumbência de melhorar a vida de quem recebe nossos atendimentos”, avalia Hipólito. Outra preocupação da marca é estar sempre perto de sua rede. E foi justamente dessa relação de proximidade e confiança que nasceu o Home Angels Help. “Eu e outros franqueados fazemos parte, junto com a diretoria da franqueadora, de um grupo de Transformação, e estamos constantemente pensando em novidades para nos diferenciar da concorrência e continuar sendo a rede de cuidadores número um do Brasil”, diz a franqueada Melina Castilho Primo Probaos, das unidades Morumbi e Vila Andrade, de São Paulo. A partir dessa troca de ideias, eles pensaram no serviço de atendimento médico por telefone e, em março, já começaram a tirá-lo do papel. O primeiro passo, segundo Melina, foi encontrar o parceiro certo. E assim surgiu a Medicar – Emergências Médicas. “Precisávamos de uma empresa sólida, experiente, com cobertura nacional e que soubesse lidar com o nosso perfil de assistido”, comenta a franqueada. Hipólito acrescenta:
“a Medicar é uma empresa que está há 27 anos no mercado e tem totais condições de garantir o melhor atendimento médico préhospitalar aos nossos assistidos, com muita eficiência e agilidade”. O serviço de atendimento médico por telefone já está disponível para todos os clientes Home Angels e de forma gratuita. Já o serviço de atendimento médico pré-hospitalar residencial e remoção é opcional e o cliente deve consultar a unidade Home Angels mais próxima para obter informações.
Nada de idas desnecessárias ao hospital § Uma das principais vantagens do Home Angels Help é evitar idas desnecessárias ao pronto-socorro, sobretudo em época de pandemia de Covid-19. Segundo a diretora-médica da Medicar Emergências Médicas Vaina Isabelle Rodrigues Marcondes Pena Pereira, Pereira, 70% dos casos podem ser facilmente solucionados nos atendimentos médicos por telefone. “As pessoas estão acostumadas a procurar um hospital por qualquer coisa, mas muitas vezes apenas a conversa com o especialista resolve”, afirma. “E em tempos de pandemia de Covid-19, em que é preciso evitar exposições, especialmente os idosos, contar com esse tipo de orientação se torna ainda mais importante”, complementa.
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Conheça os benefícios do Home Angels Help O Home Angels Help está disponível para os clientes de cuidados da Home Angels. O atendimento deve ser solicitado pelo telefone 0800 940 0001, sendo necessário somente mencionar o CPF do assistido, o número do contrato e o nome da unidade franqueada. O serviço de atendimento médico por telefone está disponível para todos os clientes Home Angels. Já para o serviço de atendimento médico pré-hospitalar residencial e remoção, o cliente deve consultar as condições na unidade Home Angels mais próxima.
Benefícios do Home Angels Help Atendimento médico 24 horas Os assistidos Home Angels contam com o serviço de orientação médica por telefone para qualquer necessidade de saúde. Seus acompanhantes (cuidadores e familiares) são atendidos diretamente por um médico, que esclarece dúvidas e dá instruções sobre ocorrência de urgência e emergência. Esse atendimento está disponível para todos os clientes da rede sete dias por semana e 24 horas por dia. Emergência médica Durante o primeiro atendimento por telefone, o médico vai orientar o paciente e sanar as suas dúvidas. Além disso, o Home Angels Help disponibiliza o serviço de atendimento médico pré-hospitalar na residência do assistido, caso necessário. E se o médico que fizer o atendimento presencial entender a necessidade de remoção, uma UTI Móvel estará a postos para fazê-la
Chame o Home Angels Help sempre que: § O idoso estiver passando mal § Desejar saber se deve ou não procurar atendimento médico § Surgirem dúvidas relacionadas à uma doença crônica do idoso § Precisar de orientação quanto a dosagem de medicamentos § Desejar esclarecimentos sobre uma especialidade médica § Houve um acidente doméstico
"Estamos muito felizes e honrados com essa parceria. Sabemos da força da Home Angels e é motivo de orgulho para nós fazermos parte e podermos agregar ainda mais valor ao excelente atendimento que a empresa já presta”, disse Cristiano Alessandro Leite de Freitas, diretor de Negócios da Medicar Emergências Médicas, parceira da Home Angels no serviço Home Angels Help.
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Fique de Olho
Sem medo do digital PANDEMIA DE COVID-19 AUMENTA A ADESÃO DO PÚBLICO 60+ AOS BANCOS ON-LINE
A
pandemia da Covid-19, que obrigou muita gente a ficar em casa e fechou o comércio e diversos serviços, fez o coach Alberto Centurião, de 69 anos, antecipar uma ação que ele já havia planejado há algum tempo: abrir uma conta em um banco digital. As razões, segundo ele, foram a praticidade, as tarifas mais baixas e a facilidade de uso. “A crise do coronavírus não foi o motivador da minha decisão, mas ela adiantou o processo. Mesmo antes disso acontecer, eu já quase não ia à agência e praticamente só usava o internet banking, então migrar para algo 100% on-line, e que ainda me permite economizar, acabou sendo algo natural”, conta ele, que entre todas as opções escolheu o Nubank. Quem também seguiu esse caminho foi o empresário Domingos Guimarães, de 67 anos. “Foi mais por uma necessidade financeira. Por causa da pandemia tive de fazer reajus-
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tes na empresa e isso me levou a procurar taxas mais baixas. O Dot Bank ofereceu melhores valores para emissão de boleto e TED, comparado a outros bancos que já usei, e ainda não cobra cesta de serviços”, relata. Os casos de Centurião e Guimarães ilustram bem a mudança de comportamento que ocorreu no País de março para cá, com a população 60+ se inserindo cada vez mais no mundo virtual e engrossando fortemente a lista de clientes dos bancos digitais. Para se ter uma ideia, no Nubank, entre abril e junho, o volume de novos usuários nessa faixa etária foi 50% superior ao mesmo período do ano passado – atualmente, eles somam 630 mil. Já no Dot Bank, correspondiam a 15% da cartela total antes da Covid-19. Agora, representam 26%. Outra instituição financeira on-line que teve aumento no número de clientes sêniores a partir de 51 anos foi o C6 Bank. Em julho, a alta foi de 160% na comparação com o mês anterior. “Na verdade, esse era um processo que já vinha ocorrendo, mas que se acelerou durante a pandemia, na medida em que as pessoas, mesmo entre esse público, passaram a depender mais de serviços digitais. Além disso, a queda na renda levou muita gente a fazer contas e buscar formas de reduzir os gastos, e as tarifas bancárias entram nisso”, comenta o head de Produtos e Pessoa Física do banco Maxnaun Gutierrez. O executivo aponta que esses consumidores chegam ao banco digital depois de terem alguma familiaridade com as re-
Maxnaun Gutierrez, head de Produtos e Pessoa Física do C6 Bank
des sociais e, em seguida, com o e-commerce. “Eles buscam segurança e facilidade de uso e são, em geral, clientes fiéis, que acabam estabelecendo uma relação de longo prazo. O desafio agora é identificar se os que vieram no período da pandemia irão se adaptar ao nosso modelo e ao que planejamos como experiência de usuário.” Mais um banco digital que viu crescer o número de clientes maduros foi o Agibank. Por lá, a alta foi de 58% no total de abertura de contas pela população com mais idade desde o
início da crise do novo coronavírus, na comparação com o mesmo período do ano anterior. “Já tínhamos nossa estratégia voltada para o público 50+, e o motivo que nos fez tomar essa decisão é que a maioria dos bancos não quer esse perfil de cliente. Com isso, ele acaba sendo carente de atendimento bancário, especialmente onde se sinta acolhido e perceba que suas necessidades específicas são respeitadas”, aponta o diretor de Negócios da instituição Glauber Correa. Na sua visão, os principais desafios que o cliente bancário sênior enfrenta hoje são a digitalização e a alfabetização financeira. “A digitalização vem do fato que eles são o que chamamos de ‘imigrantes digitais’, porque não são ‘nativos’ desse mundo conectado e precisam aprender a usar a tecnologia. Mas isso é um cenário possível de superar quando se tem atenção e respeito. Quanto à alfabetização financeira, no Agibank, nosso objetivo são as pessoas com renda média de R$ 4 mil, e historicamen-
te essa fatia sempre esteve à margem do sistema financeiro, por isso demanda um atendimento que basicamente a pegue pela mão e trate com a atenção que precisa.” Para atrair os mais velhos, os especialistas dizem que é fundamental oferecer serviços e produtos específicos e customizados, apresentar uma interface simples e fácil, garantir a segurança, falar uma linguagem acessível, investir em ferramentas que eles já possuam familiaridade e contar com uma equipe altamente treinada.
Pesquisa mostra os hábitos financeiros dos brasileiros acima de 55 anos durante a pandemia O C6 Bank encomendou, em maio, uma pesquisa ao Ibope Inteligência para entender melhor os hábitos financeiros dos brasileiros durante a pandemia. Entre os com 55 anos ou mais, alguns dos principais resultados obtidos foram os seguintes: § 80% mudaram seus hábitos financeiros § 45% pararam de ir às agências físicas § 42% aumentaram o uso de serviços digitais em seus bancos § 40% diminuíram o uso do dinheiro em espécie e 38% a frequência com que usam cartão de débito/crédito § 36% não têm nenhuma resistência em trocar de banco e 19% têm pouca resistência § 30% consideraram que existe pouca diferença entre bancos digitais e bancos tradicionais
§ 23% passaram a fazer a maior parte das suas compras de forma virtual § 23% acreditam que o sistema financeiro do País é robusto e protege o cliente, tanto de banco digital quanto de banco tradicional, de riscos § 17% começaram a prestar mais atenção em tarifas e taxas cobradas pelo banco § 8% trocaram os produtos que usavam (como conta corrente e cartão de crédito) por outros com taxas mais baratas ou isentos de taxas § 7% cancelaram produtos financeiros que tinham 2020 | 2º 1º semestre | Revista Home Angels | 15
HISTÓRIAS PARA ACORDAR
Nova profissão na maturidade O PUBLICITÁRIO E CINEASTA VALDI ERCOLANI, HOJE COM 81 ANOS, SE TORNOU ESCRITOR HÁ 20 ANOS E JÁ TEM QUATRO OBRAS LANÇADAS
Q
uando estava prestes a completar 60 anos, o publicitário e cineasta Valdi Ercolani, hoje com 81 anos, acrescentou mais uma profissão ao seu currículo: a de escritor. O desejo surgiu durante uma visita ao local onde nasceu, Nova Esperança do Sul, uma comunidade rural no Rio Grande do Sul. Lá, encontrou muitas paisagens conhecidas, mas outras diferentes, e isso o fez refletir sobre a vida, a busca pela felicidade, o progresso, a humanidade e o desequilíbrio. Quando parou em frente ao pé de tangerina que havia sido seu companheiro na infância, e o viu carregado mesmo depois de tantos anos “trabalhando”, decidiu que, assim como ele compartilha os frutos que produz, queria dividir com o mundo a sua vivência. Ercolani passou, então, os próximos anos criando a saga do Inocêncio. Os primeiros volumes, Inocêncio e a Criança Divina e O Despertar do Inocêncio, foram lançados em 2008. Em 2011, publicou Inocêncio e o Início da Jornada e, no ano passado, Inocêncio em Busca do Grande Homem. Segundo o autor, os livros retratam a história de aprendizado e autodescoberta do personagem, cheia de incertezas, imprevistos e aventuras. “Simbolicamente, podemos dizer que é a jornada da alma humana, transitando pelos cinco ciclos da vida: infância, juventude, maturidade, maturidade profunda e colheita”, relata. “O primeiro aborda a infância do personagem e sua vivência com o avô, o segundo, a etapa da juventude. O terceiro se refere à maturidade, enquanto o quarto discorre sobre a maturidade profunda”, acrescenta.
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Inspirada na mitologia e na jornada do herói e seus três estágios (preparação, jornada e retorno), a trama também traz bastante da vida do próprio escritor. Tanto Inocêncio quanto ele cortaram os laços que o prendiam ao lugar onde cresceram, deixaram a segurança da família e rumaram para a cidade grande. No caso de Ercolani, filho de pais agricultores, ele viveu até os sete anos em Nova Esperança do Sul. Depois, mudou-se para São Borja, também no Rio Grande do Sul. Lá, foi engraxate, jornaleiro e trabalhou como projecionista no cinema local. Aos 14 anos, foi morar na casa da família Goulart Macedo – parentes do ex-presidente do Brasil João Goulart –, em Porto Alegre, onde recebeu treinamento nas artes gráficas. Aos 22, viajou para Los Angeles, nos Estados Unidos, a fim de buscar conhecimento na área da criação publicitária. Retornou ao Brasil um ano depois e fixou residência em São Paulo, atuando como diretor de arte na MPM Propaganda. Em 1966, decidiu ir para a Europa, passando por Espanha, onde traba-
lhou como roteirista de filmes publicitários nos Estúdios Moro; Londres, onde estudou arte cinematográfica na London School of Film Technique; e França, onde trabalhou na agência de publicidade Havas Conseil como diretor de arte criativo. Também visitou a Argélia, o Marrocos e a Tunísia. Retornou ao País em 1972 e fundou sua produtora de filmes publicitários. Três anos depois, produziu e dirigiu seu filme de longa-metragem, escolhido para representar o cinema latino-americano no Festival de Teerã, no Irã. A vontade de explorar o mundo falou mais alto novamente em 1990, e ele se mudou para Barcelona.
NOVA CARREIRA AOS 60 ANOS Para o autor, iniciar na literatura aos 60 anos não foi tardio. Pelo contrário: “Com essa idade eu já havia viajado muito, percorrido boa parte do mundo. Convivi com diferentes povos, me sujeitei às suas leis, compartilhei da mesma língua, das mesmas tradições, dos mesmos valores e costumes. E algo extraordinário me aconteceu: percebi que, na essência, somos todos iguais. Todos possuímos o mesmo DNA universal, viemos da mesma fonte, do mesmo
Criador, da mesma causa primeira. O que nos diferencia são as escolhas que fazemos durante a nossa existência, e os livros mostram um pouco disso”. Hoje, ele vive novamente na capital paulista e, agora, dedica-se a escrever o quinto volume da saga, que será sobre a última etapa da realização humana, a colheita. “Após sofrer provações, se deparar com desafios, superar obstáculos, experimentar desilusões, lutar contra seus ‘dragões’ internos e vencê-los, Inocêncio, por fim, encontra a si mesmo e retorna da jornada transformado”, adianta Ercolani, revelando ainda que tem se dedicado ao estudo de temas como a honestidade, a empatia, a humildade e o respeito. “Busco me aperfeiçoar, me tornar uma pessoa melhor e deixar esta existência com o diploma de ser humano”, finaliza.
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Saúde em Dia
Ops, o xixi escapou EMBORA POSSA OCORRER EM QUALQUER FASE DA VIDA, A INCONTINÊNCIA URINÁRIA AFETA MAIS IDOSOS E MULHERES NA MENOPAUSA
P
erda involuntária da urina, urgência em urinar, sensação constante de querer fazer xixi (mesmo a bexiga não estando cheia), aumento da frequência das micções durante o dia ou à noite e enfraquecimento do jato urinário. Esses são os principais sintomas da incontinência urinária, condição caracterizada pela perda involuntária de xixi, não importando se apenas uma gota ou um descontrole maior, e que, embora possa ocorrer em qualquer fase da vida, é mais comum nos idosos – estima-se que afete cerca de 30% das pessoas acima de 65 anos. “O público que mais sofre com esse problema é realmente o mais maduro, notadamente a partir dos 50 anos. O que acontece é que, com a passagem do tempo e o envelhecimento, as fibras musculares da região pélvica diminuem sua
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força e elasticidade, o músculo não responde mais como antes, e a bexiga perde capacidade de armazenar urina. O resultado disso é a eliminação involuntária do líquido”, explica a fisioterapeuta pélvica Lelah Monteiro, membro da Associação Brasileira de Fisioterapia Pélvica e Saúde da Mulher (Abrafism). Outros fatores de risco para a enfermidade são: ser do sexo feminino (as mulheres sofrem duas vezes mais que aos homens por conta da formatação do seu assoalho pélvico e função reprodutiva, que sobrecarrega a região), menopausa (a redução hormonal contribui para a queda do tônus muscular), intestino preso (pode influenciar de maneira negativa o funcionamento da bexiga), sobrepeso e obesidade (pela pressão e sobrecarga na área pélvica) e uso de certos medicamentos (diuréticos, por exemplo). “Praticantes de esportes com movimentos repetitivos e de impacto, como pular e correr, pessoas que costumam segurar muito o xixi e portadores de algumas doenças crônicas como Mal de Parkinson e diabetes também têm mais chances de ter incontinência urinária”, acrescenta Lelah.
TEM CURA?
Dependendo do tipo, estágio em que se encontra, gravidade e causa, dá para reverter com algumas medidas simples: eliminando os desencadeantes, controlando as doenças associadas e promovendo mudanças de hábito, como controlar a ingesta hídrica (horários e volumes) e programar idas frequentes ao banheiro (não esperar a sensação de bexiga cheia ou urgência). Em boa parte dos casos, a fisioterapia pélvica é a principal indicação. “Ela consiste em exercícios de fortalecimento e reabilitação dos músculos do assoalho pélvico, não tem efeitos colaterais e pode e deve ser feita em consórcio com outras técnicas terapêuticas”, diz a especialista.
Lelah Monteiro, fisioterapeuta pélvica membro da Abrafism
Quando essas medidas não resolvem, a solução, pontua o geriatra da Unidade Vergueiro do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Omar Jaluul, é o uso de medicamentos ou até intervenção cirúrgica. “A base do tratamento depende da causa e pode ser simples, por exemplo, tratar uma infecção urinária, aumentar a lubrificação vaginal ou suspender o diurético. No entanto, alguns casos podem ser mais complexos.” O médico salienta que, se não cuidada adequadamente, a incontinência urinaria pode levar a pessoa ao isolamento social, baixa autoestima, depressão, infecções urinárias de repetição, aumento de risco de quedas e alteração do sono. “Não podemos achar que perder urina é normal e devemos sempre procurar ajuda de um profissional habilitado para resolver o problema.”
PREVENÇÃO
A prevenção da incontinência urinária passa por uma vida mais saudável, o que se consegue com uma alimentação equilibrada e rica em fibras; prática regular de exercícios físicos, tendo cuidado com os de alto impacto e os que incluem contração abdominal máxima de forma repetitiva; controle do diabetes e do peso corporal e abandono do tabagismo e do consumo de bebidas alcoólicas.
TIPOS DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA § Incontinência urinária de esforço: a perda de urina ocorre quando a pessoa tosse, ri, faz exercício, pula, anda ou muda de posição § Incontinência urinária de urgência: caracteriza-se pela vontade súbita de urinar, acarretando na perda do líquido antes mesmo de chegar ao banheiro § Incontinência mista: neste caso, a perda urinária está associada ao esforço e à urgência.
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Ações & Hábitos
Pandemia provoca mudanças comportamentais PESQUISA DA EMPRESA DE TECNOLOGIA MINDMINERS, EM PARCERIA COM A CONSULTORIA HYPE50+ E A AGETECH JANNO, APONTA QUE OS BRASILEIROS COM MAIS DE 60 ANOS ALTERARAM SEUS HÁBITOS DE CONSUMO POR CONTA DO NOVO CORONAVÍRUS
C
onsiderados parte do grupo de risco do novo coronavírus, por normalmente serem mais vulneráveis às doenças infectocontagiosas, os maduros, que já ultrapassaram os 30 milhões no Brasil, tiveram seus hábitos comportamentais e de consumo fortemente alterados pela pandemia. Para entender melhor essas mudanças, a empresa de tecnologia especializada em desvendar o consumidor MindMiners, em parceria com a consultoria Hype50+ e a agetech Janno, conduziram o estudo Monitoramento Covid-19: 60+. O levantamento foi realizado em todas as regiões do País e contou com 520 entrevistas, entre homens e mulheres, com mais de 60 anos e de todas as classes sociais. “A pandemia teve um efeito muito grande para os sêniores. O primeiro foi social. Desde o início, a Covid-19 foi chamada de doença de velho. Na forma de memes, sátiras ou piadas, o preconceito com a idade ficou ainda mais evidente. O segundo foi o ‘ficar em casa’. Isso acabou com a rotina dessas pessoas, e foi muito doloroso. O
único lado positivo foi a aceleração da digitalização, o que facilitou a comunicação com amigos e parentes, fazer compras, estudar... O terceiro foi a queda na renda, já que as demissões atingiram com força os mais velhos”, relata a coordenadora do levantamento e cofundadora da Hype50+ e da Janno, Layla Vallias. 2020 | 2º semestre | Revista Home Angels | 21
Ações & Hábitos
Para a especialista, entre os dados mais impactantes da pesquisa estão os relacionados ao medo, seja do presente ou do futuro: 71% dos participantes relataram que estão refletindo mais sobre a finitude da vida, 94% estão preocupados com o bem-estar da família e dos amigos e quatro em cada dez estão com medo de morrer. Apesar disso, poucos têm se movimentado para fazer algo a respeito. “Só 2% estão tomando alguma atitude, fazendo, por exemplo, planejamento sucessório, testamento e organizando documentos. Houve um aumento significativo de buscas por esses termos no Google e nos cartórios nos últimos meses”, aponta a especialista, que também é a coordenadora do Monitoramento Covid-19: 60+. O estudo mostra ainda que 89% dos brasileiros com mais de 60 anos estão preocupados com uma possível contaminação pelo novo coronavírus, 83% com o impacto na economia do País e 50% em perder o emprego ou a fonte de renda. Em relação à doença, 98% sabem o que é a Covid-19, 50% conhecem parte dos sintomas, 84% acreditam que o vírus seja muito perigoso para quem tem 60 anos ou mais e 96% estão acompanhando o aumento no número de infectados. Quando o assunto é a pandemia em si, seis em cada dez entrevistados acreditam nas informações passadas pelas autoridades (governo), cinco em cada dez nas passadas por amigos e familiares e seis em cada dez nas passadas por jornalistas. Entre os canais preferidos para consumir notícias, 68% afirmam ser televisão aberta; 51%, sites; 48%, canais fechados; 39%, redes sociais, e 24%, WhatsApp. Além disso, 75% concordam com o isolamento social e 98% seguem as orientações da quarentena e saem somente quando necessário (ou nem saem de casa).
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NOVOS HÁBITOS Durante a pandemia, os maduros mudaram muitos de seus hábitos: 62% têm assistido mais TV, 61% estão cozinhando mais, 52% têm lido, 46% estão ficando mais tempo nas redes sociais, 41% começaram a consumir mais conteúdo on-line, 40% passaram a conviver mais com familiares e amigos (mesmo a distância), 38% resolveram utilizar mais serviços de delivery e 37% decidiram comprar mais itens online – na lista dos principais consumidos digitalmente estão ingredientes para cozinhar em casa (68%), medicamentos (58%) e refeições (56%).
“Essa questão do digital é um caminho sem volta. Neste momento de pandemia, fez com que os maduros se mantivessem ativos socialmente, consumissem, aprendessem, passassem por tele consultas. Muitas das resistências foram quebradas, e isso será fundamental para o surgimento de novos projetos e produtos para esse público”, avalia Layla. Apesar de todas essas mudanças, a especialista em economia prateada não acredita que o on-line substituirá o off-line. “Grande parte dos maduros ainda prefere o contato presencial, o olho no olho. Mas não dá para negar as suas facilidades, em especial a ampliação dos horizontes e a democratização do acesso aos mais variados serviços e produtos”, completa.
ARTIGO Foto: Divulgação
Terceira idade e tecnologia: a necessidade de inclusão e a adaptação do mercado Por Nicolle Perico*
O
s sexagenários de 2020 trabalham, consomem bastante, utilizam o transporte público e estão cada vez mais conectados e adaptados às novas tecnologias. Quando pensamos no contexto atual que estamos vivendo, com a pandemia de Covid-19 e essa faixa etária sendo um dos principais grupos de risco de contaminação, a utilização de tecnologias para as mais diversas tarefas torna-se ainda mais essencial, seja para a atuação no mercado de trabalho ou para minimizar o distanciamento físico exigido. Assim, métodos de trabalho remoto e para manter contato com amigos e familiares passaram a fazer parte dos novos hábitos de todos. Somando a esse novo cenário, especialistas em geriatria já apontavam que o uso de smartphones e outros aparelhos geram aprendizado e estimulam a manutenção do sistema cognitivo, sendo extremamente benéfico. Agora, cabe às empresas pensarem em soluções que facilitem o uso da tecnologia para esse crescente público e estimulem a sua utilização. Os profissionais à frente de soluções na experiência do usuário, criação e solução de produtos de tecnologia, sejam eles físicos ou digitais, têm a possibilidade (e o dever) de se atentar a isso. Assim como no design inclusivo e no design universal, há a necessidade de conscientização pelos diversos públicos durante o processo projetual – sendo a terceira idade, mais do que nunca, parte desse contexto. Fontes e áreas de clique maiores, calibre no contraste de cores, atenção no uso demasiado de elementos em tela e informações claras são alguns poucos exemplos que podem facilitar a utilização de produtos digitais para os idosos. Além disso, muitas soluções podem, mais que incluir usuários seniores, ajudá-los a levar a vida mais facilmente. Bancos e soluções financeiras: é possível facilitar o uso de aplicativos e soluções digitais de bancos e empresas do ramo financeiro, tornando o sênior hábil para fazer suas transações e pagamentos sem ter que se deslocar até uma agência. Esse público também é o mais vulnerável a fraudes, portanto pensar em ferramentas que os protejam mais é algo que precisa ser olhado.
*Nicolle Perico, é UX Designer na ilegra, empresa global de design, inovação e software
Serviços de entrega: assim como soluções bancárias, aplicativos de entregas também podem aumentar a autonomia do sênior frente a atividades corriqueiras. Relatórios de tendências de todo o mundo apontam um aumento de retiradas e entregas em domicílio. Portanto, atentar para essa experiência é fundamental. Auxílio saúde: dispositivos e aplicativos de monitoramento, alertas e lembretes já têm sido usados para a manutenção e controle da saúde do sênior. Contudo, há espaço para que haja uma maior adoção, incluindo planos de saúde mais adaptados e customizados à realidade dessa faixa etária. Muito se fala da ampliação do “e-health” e do “home care” nesse novo contexto que vivemos. Comunicação e inclusão social: já sendo os mais utilizados por esse público, os aplicativos de troca de mensagens reduzem a sensação de isolamento que atingem muitos idosos, e os aproximam de seus familiares. Entretenimento: atividades recreacionais distraem e possibilitam um passatempo extra a eles, como também podem estimular as capacidades motora e cognitiva, e até prover interações sociais. Estes são apenas alguns exemplos de como podemos facilitar a vida da população da terceira idade, tanto frente ao contexto atual, quanto para o futuro, e algumas tendências, tornam-se ainda mais fortes. Entre elas, a ausência de contato físico e de papeis. Novos hábitos a partir dessa virada de chave precisarão ser incorporados e, portanto, a inclusão digital desse grupo mais vulnerável torna-se iminente. E a sua empresa, já está pensando neste público? 2020 | 2º semestre | Revista Home Angels | 23
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