ANO 12 | Nº 77 | R$ 15,00 | FEV / MAR 2018 | IMPRESSO WEB TABLETS SMARTPHONES | WWW.FRANQUIAENEGOCIOS.COM.BR
O FRANCHISING DE
R$
SEM MEDO DE RECOMEÇAR
Eles construíram negócios, quebraram e se reergueram
Faturamento do setor em 2017 cresceu 8% com inovação e diversificação de canais
MEIOS DE PAGAMENTO
Franchising vê carteira digital como opção para cartões
FUTURO DO VAREJO
Tudo sobre 109ª edição da NRF’s Big Show!
EXPEDIENTE
DIRETORIA DA ABF
Parceria:
Presidente Vice-Presidente Dir. Administrativo Financeiro Dir. Adjunto de Tecnologia Dir. de Franqueados Dir. de Marketing Dir. de Microfranquias Dir. de Capacitação Dir. Institucional Dir. Internacional Dir. Jurídico Dir. Presidente Seccional ABF Rio de Janeiro Dir. Regional Minas Gerais Dir. Regional Nordeste Dir. Regional Sul Dir. Regional Centro-Oeste Dir. Interior de São Paulo Conselho Fiscal
Altino Cristofoletti Junior Alexandre Guerra Carlos Sadaki Kaidei Erik Cavalheri Alberto Tadassi Oyama Jae Ho Lee Adriana Auriemo Miglorancia Décio Casarejos Pecin Junior Juarez Augusto Barbosa Leão André Friedheim Fernando Tardioli Lúcio de Lima Eliane Bernardino Danyelle Van Straten Leonardo Lamartine Fabiana Estrela Claudia Regina Vobeto Ricardo José Alves Delfino Golfeto, Fernando José Fernandes Júnior e Luiz Filipe de Souza Sisson Presidente da Comissão de Etica Gustavo Schifino Conselho da ABF Artur Noemio Grynbaum, , Altino Cristofoletti Junior, Carlos Alberto Zilli, Claudio Luiz Miccieli dos Santos, Juarez Leão, Luiz Henrique Oliveira do Amaral, Maria Cristina C. da Motta Franco e Ricardo Bomeny Av. das Nações Unidas, 10.989 • Conj. 112 • 11º andar • 04578-000 São Paulo • SP • Tel./Fax: (11) 3020-8800 • diretores@abf.com.br
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Revista Franquia & Negócios ABF
NAS VERSÕES: IMPRESSO WEB TABLET SMARTPHONE WWW.FRANQUIAENEGOCIOS.COM.BR BAIXE O APLICATIVO EM SEU TABLET OU SMARTPHONE
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C A R TA D O P R E S I D E N T E
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#ABF #Indicadores #Crescimento #Empreendedorismo
S
onhos concretizados em resultados. O franchising se mostra capaz de fazer isso, graças a muito trabalho colaborativo em rede, planejamento, estratégia e controle de gestão, e à resiliência desse setor no País. Esse é em síntese o sistema de franquias ao observarmos os dados apresentados pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) na sua primeira coletiva de imprensa do ano, em que divulgamos o balanço prévio de 2017 e as principais projeções do setor de franquias para este ano de 2018. Os dados preliminares indicam que o franchising brasileiro cresceu 8% no ano passado, somando R$ 163 bilhões de receita, e deve faturar de 9% a 10% mais em 2018. O setor alcançou a marca de 1,2 milhão de trabalhadores diretos em 2017 e a projeção é aumentar em 3% as contratações este ano. São resultados animadores e que refletem também a melhora do desempenho da economia brasileira após três anos em retração. Felizmente, a economia demonstra estar se descolando da política, o que não nos exime, como empreendedores e cidadãos brasileiros, de continuar lutando para que o Brasil de fato ingresse em um novo e sustentável ciclo de desenvolvimento, que passa, inclusive, pelo empreendedorismo. Porém, o desafio de empreender em nosso País passa por vencer a burocracia, como mostra uma das reportagens desta primeira edição do ano da Revista Franquia & Negócios. Um dos desafios que, aliás, não impediram que empreendedores como Diego Castro, da PremiaPão, e o casal Mauricio Valente e Valéria Ramosa, da Dagosto Bistrô, entre outros, levassem adiante o sonho de ter o próprio negócio. Mesmo tendo quebrado inicialmente, eles não desistiram e nos mostram como re-
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Revista Franquia & Negócios ABF
construíram seus sonhos e alcançaram o sucesso em seus negócios. Inovar e colocar em prática novas estratégias podem ser também fatores que contribuem para alavancar o sucesso dos negócios. É o que você verá na reportagem sobre a recente pesquisa feita pela ABF em parceria com a Confederação Nacional de Serviços e metodologia da Fundação Dom Cabral (FDC) e CNS, que radiografa a Inovação nas Franquias Brasileiras. Ainda sobre o tema, leia também as matérias sobre os novos meios de pagamento que as franquias estão utilizando, as diferenciadas experiências de consumo oferecidas por algumas redes e muito mais. Estamos iniciando um ano em que as eleições são consideradas por especialistas as mais importantes do período pós-redemocratização do Brasil. Para analisar o panorama político-eleitoral e sua influência na economia, entrevistamos o cientista político e professor Marcus André Mello, que nos prestigiou com sua palestra na 17ª Convenção ABF do Franchising. Meu desejo é que continuemos a fazer a nossa parte para que 2018 seja mais um ano bem-sucedido para o franchising, com seus sonhos transformados em realidade. Aproveite a leitura. Um forte abraço, Altino Cristofoletti Junior Presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF)
Foto: Keiny Andrade
O franchising, sonhos e realidade
Publieditorial
TENHA O SEU PRÓPRIO NEGÓCIO EM 2018 Sonhar, planejar, realizar. Quando estes três verbos andam juntos, os projetos de fato saem do papel e ganham vida. Se até hoje você só sonhou com um negócio próprio, que tal fazer diferente em 2018?
As franquias são uma boa oportunidade de negócio para quem nunca teve um negócio próprio
(ou
mesmo
não
teve
sucesso
sucesso no mercado, elas replicam esta receita a quem quer ingressar na rede e desfrutar dos mesmos números.
Uma das áreas que tem se destacado no franchising brasileiro é a área de saúde e bem-estar. Ela cresce acima da média nacional e atrai empreendedores que estão de olho na lucratividade e no se
Fluxo de caixa é fundamental em qualquer negócio. No caso da ortodontia, há um grande diferencial que conta a favor de quem investe nesta área: a perenidade da carteira de recebíveis.
EMPREENDEDORES VEEM NA ODONTOLOGIA UMA OPORTUNIDADE DE NEGÓCIOS
a
DA ORTODONTIA
na
empreitada). Com modelos já formatados e de
mercado
CARTEIRA DE RECEBÍVEIS, PONTO FORTE
explorar.
A
odontologia, por exemplo, é uma
Quem presta serviços ortodônticos tem um cliente fixo pelo período que dura o tratamento, ou seja, tem um valor certo para entrar no caixa
“Vi que poderia conciliar as nossas duas áreas, a minha e a dela. O negócio era muito bom e seria não apenas uma clínica para ela, mas um negócio para nós dois” Eduardo Fonseca Franqueado OrthoDontic.
das áreas do setor com demanda reprimida e, com isso, vem faturando alto no segmento das franquias. E duardo Fonseca, administrador de empresas
todos os meses. Na Orthodontic, a média de duração do tratamento é de 36 meses, ou seja, cada paciente gera o recebível mensal para este período. Segurança,
clareza
dos
números
financeiros e estabilidade entram como pontos fortes do negócio. São 15 anos de experiência no
mercado, várias premiações como melhor franquia e Selo de Excelência no Franchising.
em Juiz de Fora, é proprietário de uma unidade da Orthodontic há 6 anos. Ele conta que estava pesquisando oportunidades de negócio no site da Associação Brasileira de Franchising (ABF) e por
SAIBA MAIS SOBRE A NOSSA REDE E JUNTE-SE A ELA EM 2018!
ter uma esposa dentista virou os olhos para este segmento:
“Vi que poderia conciliar as nossas
duas áreas, a minha e a dela. O negócio era muito bom e seria não apenas uma clínica para ela, mas um negócio para nós dois”.
WWW.ORTHODONTICBRASIL.COM.BR/FRANQUIA F R A N Q U I A @ O R T H O D O N T I C B R A S I L .CO M . B R
SUMÁRIO
Sumário
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BUROCRACIA
Quanto tempo leva para abrir empresas em todos os estados brasileiros? Conheça as cidades mais amigáveis do mundo para empreender e saiba mais sobre o Empreenda Fácil
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ESPECIAL
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EMPREENDEDORISMO
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ESTRATÉGIA
Quando e como promover descontos e campanhas de liquidação? A marca deve ser consultada ou cada franqueado faz a sua política de preços? Acompanhe
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Revista Franquia & Negócios ABF
FOTO: DIVULGAÇÃO
Eles construíram negócios, quebraram e se reergueram. Veja histórias inspiradoras de empreendedores que não desistiram do sonho de ter um negócio próprio
Foto: Andy Hone/LAT Images
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Veja o desempenho do franchising em 2017, os segmentos que mais se destacaram, as regiões que apresentaram as maiores expansões e a previsão para 2018 no balanço detalhado do setor
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ENTREVISTA
Em ano de eleições, o cientista político Marcus André Mello fala sobre como deverá ser o panorama para a economia nacional, diante das possibilidades
FOTO: ©WASHINGTON COSTA
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GESTÃO
O coworking funciona para franquias? Quais são os melhores modelos e os cuidados necessários? Veja exemplos de franquias que utilizam o sistema
FOTO: DIVULGAÇÃO
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INTERNACIONAL
Em parceria com a BTR & Varese, ABF promove conectividade, troca de experiências e networking na NRF, o maior evento de varejo do mundo. Confira!
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Proteja sua marca e suas ideias. Quais os riscos de não registrar uma patente? Como realizar esse processo e quanto tempo leva? O que fazer se sua ideia for copiada?
Franquias geram experiências diferenciadas de consumo para os clientes com a missão de conquistá-los e fidelizálos. Veja algumas dessas ações
LEGISLAÇÃO
OPORTUNIDADE
56 E MAIS: 18 | Na mira do Franco Franquia 82 | Aspectos legais do franchising 90 | Ponto de vista
TECNOLOGIA
Pagamento em dinheiro, cheque ou cartão? Agora, o cliente já tem outras possibilidades para efetuar um pagamento e elas já estão chegando ao franchising
Fevereiro e março de 2018
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NA MIRA DO FRANCO FRANQUIA por Andréa Cordioli (envie sugestões para andrea@editoralamonica.com.br)
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CARLOS WIZARD ADQUIRE OPERAÇÕES DA PIZZA HUT E DO KFC NO BRASIL
ÓTRIS ABRE QUATRO UNIDADES HOME-BASED A rede de franquias de recuperação de crédito especializada em pequenas e médias empresas Ótris é uma das marcas que oferece a modalidade nanofranquia, em sistema homebased. Nesse formato, a rede abriu quatro unidades recentemente. No total, a marca conta hoje com oito operações, sendo três no estado de São Paulo, uma no Rio de Janeiro e mais duas em fase de implementação. www.otrisfranquias.com.br
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JANI-KING BRASIL REFORÇA PRESENÇA DIGITAL
Foto: Fabiano Accorsi
A rede de franquias de limpeza comercial Jani-King lançou recentemente o seu blog, com o objetivo de compartilhar informações sobre diversos temas relacionados à oferta do seu modelo de negócios e serviços. A iniciativa se junta às páginas da empresa nas redes sociais, Facebook, LinkedIn e Twitter, consolidando a presença da marca no ambiente digital. janikingbrasil.com.br/blog/
Foto: Divulgação
O empresário Carlos Wizard Martins comprou as operações das marcas Pizza Hut e KFC no Brasil, pertencentes à gigante do mercado de restaurantes no mundo, Yum! Brands. A partir do primeiro trimestre deste ano, a família do executivo responderá como máster franqueada das redes no País e será a responsável pela gestão das marcas, pelo relacionamento com os atuais franqueados e pela expansão. O empresário, à frente da Sforza Holding e atualmente no comando das redes Mundo Verde e Taco Bell Brasil, entre outras, deve investir nos próximos cinco anos cerca de R$ 60 milhões na abertura de 20 lojas próprias da KFC e de R$ 75 milhões na abertura de 35 unidades da Pizza Hut. O KFC conta com 47 unidades no Brasil, sendo 33 franquias e 14 lojas próprias, enquanto a rede Pizza Hut reúne 180 unidades franqueadas. O valor da aquisição não foi informado, mas a família divulgou que a compra será feita com recursos próprios. www.sforza.com.br/
ÁGUA DOCE SABORES DO BRASIL LANÇA NOVA FRANQUIA: REI DO ESCONDIDINHO A Água Doce Sabores do Brasil lançou nova marca no mercado: Rei do Escondidinho, que oferecerá o prato por meio de quiosques instalados em shoppings, centros comerciais, supermercados e outros pontos com grande circulação de pessoas. “Estamos no mercado há mais de 25 anos. Desde que o escondidinho entrou no cardápio da Água Doce, conquistou definitivamente os nossos clientes. São milhares de unidades vendidas todos os meses”, explica o presidente da rede, Delfino Golfeto. Para abrir um quiosque do Rei do Escondidinho são necessários cerca de R$ 168,5 mil. www.aguadoce.com.br
DIVERSÃO É O MELHOR NEGÓCIO! A Puket nasceu em 1988 com o sonho de levar irreverência e alegria para os seus consumidores. • São 160 lojas nos principais shoppings do Brasil e países como Bolívia, Peru, Paraguai, Emirados Árabes e Qatar; • Uma franquia rentável: 35% de nossos franqueados possuem mais de uma loja Puket; franquia • Investimento inicial a partir de R$ 350 mil; s sucesso!de • Oportunidades em todo o Brasil.
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Seja um franqueado. franquias@puket.com.br [11] 3838.0800 www.puket.com.br
NA MIRA DO FRANCO FRANQUIA por Andréa Cordioli (envie sugestões para andrea@editoralamonica.com.br)
MONTANA GRILL ABRE TRÊS UNIDADES
Fotos: Divulgação
A rede Montana Grill inaugurou recentemente três unidades: no Catarina Fashion Outlet, em São Roque (SP), no Morumbi Town Shopping, na capital paulista, e outra no Porto Belo Outlet Premium, em Porto Belo (SC). A expectativa da rede, para 2018, é faturar R$ 180 milhões e vender 7,8 milhões de pratos. www.montanagrill.com.br
ACADEMIA DE FUTEBOL PALMEIRAS CHEGA AO PARANÁ O Palmeiras inaugurou no início de fevereiro em Maringá (PR) sua segunda Academia de Futebol, por meio de uma parceria do clube com ProSports, empresa do Grupo Sforza Holding, especializado na gestão e expansão de franquias. A ProSports, do empresário Carlos Wizard Martins, espera abrir, em parceria com o clube, mais 15 unidades até o final de 2018, com previsão de investimentos de R$ 5 milhões. A primeira unidade foi inaugurada em setembro de 2017 no bairro do Panamby, em São Paulo, capital. Outra está prevista para o Butantã, zona Oeste de São Paulo. www.academiapalmeiraspanamby.com.br
SÓBRANCELHAS LANÇA MODELO ENXUTO A Sóbrancelhas conta agora com um novo modelo de negócio com investimento inicial de R$ 70 mil e voltado para cidades que não comportam uma unidade padrão ou mesmo um quiosque da rede. “A nova modalidade traz rentabilidade e praticidade aos empreendedores com unidades padrões de 15m²”, afirma o diretor da Sóbrancelhas, Jonathan Bernardes. Segundo o diretor da rede, a expectativa é abrir 100 unidades com o novo formato. A rede estima um faturamento de R$ 65 milhões em 2017 e, para 2018, pretende chegar a 350 operações e dobrar seu faturamento. www.sobrancelhas.com.br
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GRACOM AVANÇA NO SUDESTE E ESPERA CRESCER 30% EM 2018 A rede de escolas de efeitos visuais Gracom mira sua expansão no Sudeste ao longo deste ano. A marca projeta um crescimento de 50%, com a abertura de, ao menos, 12 unidades e espera atingir um total de 20 mil alunos em todo o Brasil. O faturamento previsto para 2017 é de R$ 26 milhões, com um crescimento de 30% em comparação a 2016, quando faturou R$ 20 milhões. Em 2018, a rede espera crescer 30% em relação ao ano passado. www.gracomonline.com.br
CAMPINAS RECEBE NOVA LOJA DA MARISOL A Marisol S.A. abriu mais uma unidade da marca, agora no Parque D. Pedro Shopping, em Campinas (SP). A inauguração é parte do processo de expansão da companhia, que já conta com lojas da marca em Curitiba e Maringá, no Paraná; Bauru e Presidente Prudente, em São Paulo; Belo Horizonte, em Minas Gerais; Campo Grande, em Mato Grosso do Sul; Canoas, no Rio Grande do Sul, e Campina Grande, na Paraíba. Fundada em 1964, a Marisol S.A. é detentora das marcas Marisol, Lilica Ripilica, Tigor T. Tigre e Mineral Kids.
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Foto: Humberto Veloso
A rede especializada em consórcios e financiamentos Banneg – Banco de Negócios inaugurou ontem em Curitiba (PR) sua primeira unidade física. O bacharel em Sistemas de Informação, Cícero José Breda, e o engenheiro cartógrafo, Vinícius Henrique de Moura Breda, estarão à frente da nova operação. Pai e filho também serão máster-franqueados da rede, ou seja, trabalharão em atividades voltadas para sua expansão. A expectativa da empresa é encerrar o ano com faturamento bruto mensal para consignados de R$ 300 mil; consórcios R$ 500 mil e capital de giro de R$ 100 mil ao mês e, até dezembro, abrir ao menos seis novas lojas na região. www.banneg.com.br
RESTAURA JEANS INAUGURA MEGA FRANQUIA A rede de franquias especializada em limpeza e conservação de vestuário Restaura Jeans inaugurou recentemente, no bairro do Cambuci, centro da capital paulista, sua terceira mega franquia. Esse modelo contempla as duas marcas do Grupo Restaura em um mesmo ambiente: a Restaura Jeans e a Minha Lavanderia. Portanto, além dos serviços de tingimento profissional, customização, costura e renovação de couro, a unidade também oferecerá serviços de lavanderia com tecnologia de última geração. www.restaurajeans.com.br
O Bradesco anunciou no início de janeiro a abertura de uma linha de crédito de R$ 300 milhões com foco em redes de franquias. Esse crédito será voltado tanto para clientes franqueados de marcas parceiras do banco quanto para aqueles que estão constituindo uma nova operação. Os recursos poderão ser investidos de diferentes maneiras: podem ser destinados ao repasse de uma franquia já existente para um novo proprietário, na abertura de um novo negócio franqueado, ou na conversão de uma empresa para uma rede de franquia. O financiamento poderá cobrir, ainda, a taxa de franquia, que inclui despesas com o ponto comercial, tecnologia e infraestrutura, além de outras exigências da rede. O banco irá financiar até 90% do projeto econômico financeiro, com prazo de até 60 meses e carência de, no máximo, 12 meses. www.bradesco.com.br
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Foto: Michelle Gallantti
BRADESCO LANÇA LINHA DE CRÉDITO DE R$ 300 MILHÕES PARA FRANQUIAS
HOSPITAL DO IPHONE CHEGA A NOVE UNIDADES EM 2017 O Hospital do iPhone (HDI), rede de franquias especializada em assistência técnica e venda de acessórios da Apple, encerrou 2017 – ano que entrou para o franchising – com nove pontos em São Paulo e no ABC, além de uma loja em Diadema. “Em 2017 aumentamos o nosso faturamento em mais de 50% em relação a 2016. Esse resultado nos deixa com mais foco para o próximo ano. A meta é abrirmos mais de 30 lojas em 2018”, diz o diretor de expansão da rede, Fabio Reis. www.hospitaldoiphone.com
Foto: Divulgação
BANNEG ABRE PRIMEIRA UNIDADE EM CURITIBA
SEJA UM FRANQUEADO SODIÊ, A MAIOR REDE DE BOLOS ARTESANAIS DO BRASIL COM
IMAGENS MERAMENTE ILUSTRATIVAS.
MAIS DE 300 LOJAS PELO PAÍS.
PARA MAIS INFORMAÇÕES ACESSE SODIE.COM.BR
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A rede de franquias de piscinas iGUi acaba de abrir sua primeira unidade em Dubai, maior cidade dos Emirados Árabes Unidos. A entrada da marca no Oriente Médio é um importante avanço da expansão global da iGUi, segundo o CEO da rede, Filipe Sisson. Com mais de 2,8 milhões de habitantes, rica em petróleo e com um PIB superior a US$ 105 bilhões (2015), Dubai é o principal emirado dos sete que compõem o país localizado na costa do Golfo Pérsico. O primeiro carregamento de piscinas já chegou à loja do franqueado Atul Shah. A unidade de Dubai soma-se às mais de 800 franquias da iGUi Worldwide ao redor do mundo, entre lojas de piscinas iGUi, lojas e home-offices Trata Bem e lojas Splash. www.igui.com/br
ARENA BABY CHEGA A MACEIÓ A rede de franquias especializada na comercialização de itens e roupas infantis novas e seminovas Arena Baby abriu sua primeira unidade em Maceió (AL). Fundada em 2015 pelos irmãos Flavio Thenório e Giovanna Domiciano, a marca permite que o cliente troque peças que as crianças não utilizem mais por créditos que valem como dinheiro, para a compra de outros itens – estimulando, dessa forma, o consumo consciente. Os preços chegam a custar até 70% mais baixos do que numa loja tradicional, com peças por R$ 15, R$ 20 e até R$ 25. www.arenababy.com.br
Fotos: Divulgação
IGUI INAUGURA SUA PRIMEIRA FRANQUIA EM DUBAI
MUNDO CHEFF BUSCA EXPANDIR PELO PAÍS Criada em 2015, a rede de utensílios culinários Mundo Cheff busca expandir por todo o País por meio de um formato compacto de franquias voltados para os apaixonados pela culinária. A rede, que tem como um dos sócios Raul Lemos, finalista da segunda edição do MasterChef Brasil, conta hoje com oito franquias em funcionamento em quatro estados do Brasil e seu modelo compacto, de cerca de 50 m², é organizado de forma a ajudar o franqueado. Dentre os cerca de 1,2 mil itens da loja, que tem 15 fornecedores, há desde churrasqueiras, panelas de cerâmica, afiadores, eletroportáteis, aventais, frigideiras, facas de titânio, coolers e temperos. www.mundocheff.com.br
MARY HELP FECHA 2017 COM FATURAMENTO DE R$ 24 MILHÕES A Mary Help, rede de franquias de diaristas e mensalistas, registrou crescimento de 25,8% em 2017, com a abertura de 16 operações e faturamento de R$ 24 milhões no período. A expectativa da marca para 2018 é conquistar mais dez unidades ainda no primeiro semestre. O investimento inicial para abrir uma franquia da marca varia de R$ 40 mil a R$ 60 mil, com retorno de 12 a 14 meses, o faturamento médio mensal gira em torno de R$ 60 mil. www.maryhelp.com.br
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NA MIRA DO FRANCO FRANQUIA por Andréa Cordioli (envie sugestões para andrea@editoralamonica.com.br)
A rede de franquias Quinta Valentina encerrou 2017 com um crescimento de 35%, além de ter faturado R$ 13 milhões e atingido um total de 306 unidades. A previsão para este ano é comercializar 120 franquias e atender a todas as regiões brasileiras. Os franqueados da marca não atuam em pontos físicos, mas sim, por meio da venda direta: os produtos previamente selecionados são levados à casa do cliente. quintavalentina.com.br/
FRANQUIA PROTECT INAUGURA PRIMEIRA UNIDADE FRANQUEADA
Fotos: Divulgação
PITICAS QUER ABRIR MAIS DE 100 LOJAS ESTE ANO A Piticas, rede de franquias especializada em camisetas licenciadas de bandas e personagens que permeiam a cultura pop, registrou crescimento de 25% em 2017. A empresa encerrou o ano com 314 lojas e quiosques espalhados pelo País, além de uma nova fábrica em Guarulhos (SP), com 11 mil m², 500 funcionários e capacidade de produção de 17 mil peças diariamente. “Nosso plano de expansão prevê inauguração de 100 lojas no próximo ano, entre lojas físicas e quiosques. Sendo assim, nosso maior desejo é chegar em 2020 com 600 lojas abertas, incluindo 50 no exterior”, explica Felipe Rossetti, um dos fundadores da Piticas. franquia.piticas.com.br
REI DO MATE MODERNIZA MEIO DE PAGAMENTO O Rei do Mate está modernizando o método de pagamento para seus clientes e irá permitir que os pedidos sejam pagos pelo celular, através do sistema de pagamento digital móvel do Google, o Android Pay. “Acredito que o Android Pay é um meio de pagamento que veio para ficar e aumentar o leque de opções como uma alternativa rápida e segura para o público”, afirma o diretor comercial de marketing do Rei do Mate, Antônio Carlos Nasraui. As lojas que disponibilizam o serviço estão identificadas com um adesivo próximo ao caixa. www.reidomate.com.br
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Fotos: Xavier Neto
QUINTA VALENTINA CRESCE 35% EM 2017
A Protect, microfranquia home based especializada em seguros e soluções administrativas para micro, pequenas e médias empresas, comemora a inauguração de sua primeira unidade franqueada. O especialista em seguros de vida, Renato Augusto Gonçalves, estará à frente da nova operação que atenderá as cidades de São Paulo e da Baixada Santista. Criada a partir de um projeto da American Life, seguradora brasileira, a operação da microfranquia é totalmente on-line, o que facilita tanto a retirada de dúvidas quanto o atendimento e geração de orçamentos aos clientes. www.protectsolucoes.com.br
BIDON CORRETORA DE SEGUROS CRESCE 550% NO ANO A rede Bidon Corretora de Seguros encerrou seu primeiro ano no franchising com um crescimento de 550% e 110 novos franqueados. O foco da marca em 2018, além da expansão da rede, é o investimento em suporte para os investidores, como a criação de uma nova plataforma de ensino, com o objetivo de buscar maior riqueza em conteúdo e controle para capacitação dos franqueados. Hoje a empresa conta com um total de 130 franqueados em operação trabalhando exclusivamente com o modelo home office. bidon.com.br
VOCÊ JÁ FOI ENGANADO POR UM CONTEÚDO FALSO? REVISTAS
Eu acredito!
Os jovens estão preocupados em buscar informações confiáveis, revela a pesquisa Trust in News, realizada em 2017 pelo Kantar Ibope Media. E 72% dos entrevistados confiam mais em revistas que em outras mídias. As revistas impressas, online, no celular ou em vídeo, fornecem conteúdo relevante, investigativo e em um ambiente seguro. AssociAção NAcioNAl de editores de revistAs #revistAeuAcredito i www.ANer.org.br
E N T R E V I S TA
#Politica #Eleicoes #Economia
O que esperar das eleições 2018? DEPOIS DE ANOS ATÍPICOS, O BRASILEIRO VOLTARÁ ÀS URNAS EM 2018 COM OUTRA CONSCIÊNCIA DO QUE É FAZER POLÍTICA E COMO ISSO SE REFLETE EM SUA VIDA Compartilhe este conteúdo
Paulo Gratão
epois de anos turbulentos na política e economia nacional, o Brasil chega a 2018 cheio de incertezas. Após a Copa do Mundo, que acontece em junho, na Rússia, os olhos do País se voltarão para os pleiteantes ao Palácio do Planalto pela primeira vez depois do impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 2016. Os acontecimentos dos últimos anos fizeram com que o brasileiro acrescentasse novos significados à palavra “política”. E nenhum deles é bom. O Ph.D em Ciência Política, Marcus André Melo, lembra que essa também será a primeira eleição presidencial sem financiamento empresarial, desde 1994. Na avaliação do especialista, isso tende a pesar a favor de grandes coligações, que se beneficiem do fundo partidário, e de quem controla mais máquinas públicas. Uma notícia mais animadora, no entanto, é que a crise política, que ainda persiste, tem se descolado dos índices econômicos. Isso não quer dizer que um não dependa mais do outro, no
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Revista Franquia & Negócios ABF
entanto. Saiba mais sobre isso na entrevista de Melo à revista Franquia & Negócios ABF: Como esses anos mudaram a forma que o brasileiro se relaciona com política? Nunca houve tanta demanda por renovação política, por novas caras. Isso só existiu na redemocratização.
Hoje as pessoas não confiam mais, recebem politica de uma maneira negativa. Mas, por outro lado, os detentores de cargos nunca estiveram tão fortalecidos na história. Não há no mundo nenhum fundo partidário que chegue a bilhões, como o nosso. Nunca se colocou tanto dinheiro nas mãos de partidos políticos com taxas inéditas de rejeição. Se a cabeça do
“SÓ QUANDO O CENTRO POLÍTICO ENTRA EM COLAPSO VOCÊ VIABILIZA ELEITORALMENTE CANDIDATURAS QUE SE ENCONTRAM NOS POLOS” Marcus André Melo, Ph.D em Ciência Política
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eleitor pende para um lado, o dinheiro e o controle pendem para o outro. A economia brasileira finalmente conseguiu se descolar da política? Teremos riscos de novas crises? É preciso entender do início. Quando a economia se autonomiza, a dimensão política passa a ser fundamental. Até agora, no downgrade do Brasil, tem a ver com um governo muito fraco. O governo Temer tinha como principal elemento de força o controle no Congresso. Ele conseguiu aprovar a Reforma Trabalhista, Teto de Gastos e diversas medidas que têm repercussões econômicas muito grandes. Mas, ao mesmo tempo, com o episodio do Joesley, lá em maio, vulnerabilizou a Presidência de tal maneira que afetou o desenlace da agenda reformista. A Previdência, que estava encaminhada, desandou.
A economia parou de piorar há alguns meses e há sinais de franca recuperação em vários setores. A natureza cíclica do campo econômico é universal, existem ajustes automáticos. Quando o desemprego se torna elevado, como se tornou, reflete de maneira automática na economia e a recuperação é natural. A robustez da recuperação, no entanto, tem a ver com variáveis politicas. A agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) tirou grau de investimento do Brasil para avaliações de crédito, em meados de janeiro.
E quando as variáveis devem começar a ficar mais claras? Temos muitas incertezas, mas nesse primeiro semestre elas se dissiparão, pois teremos as candidaturas
* A entrevista aconteceu dias antes do julgamento do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.
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definidas. Mesmo que o ex-presidente Lula seja condenado * já se terá ideia do que vai acontecer em eventuais Tribunais Superiores, a aplicabilidade da lei da ficha limpa e eventuais recursos ao Supremo. O cenário do fim de julho é o que aponta para o que vai acontecer. As definições das candidaturas são muito relevantes para saber se haverá disputa nesse campo centro-direita ou não. A mesma coisa vale para a esquerda, que está partindo de forma fragmentada. E mesmo para além dessas formalidades, teremos ideia de quem são esses candidatos. O elemento mais incerto é em que medida uma candidatura que possa se assentar nesse ideal de renovação possa de fato despertar vastas emoções na sociedade brasileira e de forma a compensar resultados muito grandes, mesmo sendo de partidos pequenos e com acesso mínimo ao fundo partidário.
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E N T R E V I S TA Os empresários devem se preocupar com o cenário político em 2018? A probabilidade de o Lula vir a ser condenado pelo TRF4 é grande. Isso não quer dizer que a chance de ele participar seja zero, mas é pequena. Assumindo-se que isso seja um dado de partida, as chances de uma candidatura que ocupe o espaço de centro-direita ser bem-sucedida são muito grandes. O único fator que poderia colocar esse cenário seria uma competição predatória desse meio campo. Duas ou três competições pelo mesmo campo político. Poderia eventualmente levar a uma candidatura extrema que represente os extremos do espectro político. Uma candidatura extremista de direita ou de esquerda. Só quando o centro político entra em colapso você viabiliza eleitoralmente candidaturas que se encontram nos polos. Aí você viabiliza uma competição entre os extremos, como o Marcelo Freixo (PSOL/RJ) contra o Marcelo Crivella (PRB/RJ), no Rio de Janeiro. Essa competição por um meio campo começou a se definir em torno do Geraldo Alckmin (PSDB/SP). Há riscos de salvadores da pátria, ou outsiders, aparecerem nesse momento? Não está totalmente descartada, fica como uma bala de prata para quem ocupa esse meio político. Salvo entre competição entre Alckmin e Luciano Huck, em que ambos disputem o mesmo eleitorado, um candidato que saia desse campo terá muito mais sucesso do que uma candidatura de direita ou esquerda. O Jair Bolsonaro (PSL/RJ) como candidato antipetista, na ausência do Lula, se enfraqueceria. Ele precisaria migrar um pouco para alcançar um público fora dessa faixa francamente conservadora e que está muito mais à direita do Alckmin. Ele precisaria tentar migrar um pouco em relação ao centro,
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mas não seria muito bem-sucedido. Se a gente assume que o Lula está fora, não há muita incerteza. Em termos de politica econômica, as reformas teriam continuidade razoável. O cenário ficaria complicado se inviabilizasse essa candidatura de centro. Esse seria um cenário que não poderíamos descartar. A bala de prata seria o Huck, se a candidatura tivesse sido definida.
SE O CONTROLE DA MÁQUINA REFORÇA QUEM ESTÁ NO PODER, A CULTURA POLÍTICA É MUITO MARCADA POR UM DESEJO DE RENOVAÇÃO. SÃO FORÇAS QUE OPERAM EM DIREÇÕES CONTRÁRIAS Quem pode se aproveitar desse sentimento de renovação? Os falsos outsiders seriam a Marina Silva, da Rede e o Bolsonaro. Ele tem uma fala marcada pela autenticidade e isso é algo que está presente sempre no discurso populista. Ele diz o que pensa e rejeita “tudo que está aí”. Isso é um valor que em conjunturas de crise política é muito valorizado universalmente, basta ver o Donald Trump. Mesmo quando ele diz bobagem, não perde apoio, porque ele nunca quis parecer inteligente ou elaborado. As imperfeições são parte dessa autenticidade. Há uma nova força política de direita no Brasil, na sua visão? É a primeira vez que os setores mais conservadores da direita brasilei-
ra aparecem. Eles não tinham voz nos últimos 30 anos e o Bolsonaro dá voz a isso. Nos países europeus existem partidos super-nacionalistas que capturam uma boa fatia dos votos, não há nada essencialmente brasileiro nisso. Todas as democracias do mundo têm isso. O Brasil se tornou normal, digamos assim. O Bolsonaro aparece como uma novidade, embora esteja há anos na política. No entanto, ele opera dentro de um nicho que dificilmente ultrapassa mais de 20% do eleitorado, que tem o Ensino Fundamental e Médio completo. Esse setor só se identifica com o Bolsonaro no que se refere à segurança pública. Ele não tem nada a dizer em outros setores. Essas eleições devem ser muito diferentes das anteriores, então? A principal vulnerabilidade em uma candidatura dessa natureza é que essa eleição será a primeira sem financiamento empresarial, desde 1994. Na ausência disso, cria um fundo partidário bilionário e fortalece muito os atuais detentores do Poder Executivo e Legislativo. Quem está no poder tem uma vantagem corporativa muito grande, porque tem a máquina. Juntos, o PSDB e o PMDB terão algo como um bilhão do fundo partidário, além do controle das máquinas, e isso pesará nas eleições. A imagem reversa disso é o que afetaria uma chapa Marina Silva e Joaquim Barbosa, por exemplo, mas os partidos são muito pequenos. A Rede tem poucos deputados federais, e não controla máquina alguma. Mas, ao mesmo tempo, podem contar com entusiasmo de muitos setores da população que estão rejeitando “tudo que está aí”. Tem muitos elementos que são difíceis de mensurar, sobretudo o impacto. Se o controle da máquina reforça quem está no poder, a cultura política é muito marcada por um desejo de renovação. São forças que operam em direções contrarias.
BUROCRACIA
#empreendedorismo #empreendafacil #ambienteregulatorio
DE ACORDO COM ÍNDICE DE CIDADES EMPREENDEDORAS, DA ENDEAVOR, MÉDIA ATUAL É DE 62 DIAS. EM 2016 ERA DE 117 Compartilhe este conteúdo
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Revista Franquia & Negócios ABF
meta da Prefeitura de São Paulo era reduzir o prazo de abertura de empresas de cem para sete dias, até o fim de 2017. O secretário municipal de inovação e tecnologia, Daniel Annemberg, comemora o fato de que as empresas já são abertas em cinco dias. “Não tem mais deslocamento presencial, é 100% eletrônico, tudo pela internet, autodeclaratório, e depois nós fiscalizamos”, explica.
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Prazo médio de abertura de empresas cai em 2017
As empresas elegíveis ao programa Empreenda Fácil são as de baixo risco, que representam 80% do total, segundo a Prefeitura. Eles vêm trabalhando para diminuir esse prazo ainda mais, incluir a regularização tributária, fechamento e abertura de empresas de alto risco em prazos menores. “Queremos fazer a cidade de São Paulo ser mais competitiva para o ambiente de negócios. Já tivemos 99 mil análises de viabilidade e 30 mil empresas abertas”, afirma. O programa foi lançado em maio do ano passado.
Você Sabia? Saiba Mais: São considerados empreendimentos de baixo risco os que estão em edificações com área construída inferior a 1,5 mil m² ou em área de até 500 m², independentemente do porte da edificação, desde que não demandem licenciamentos específicos como o ambiental.
A previsão é que ainda no começo de 2018 seja possível realizar regularização de empresas em um prazo menor, por meio de um sistema próprio. Ao longo do ano, as demais modalidades devem ser inclusas. “Até o fim do primeiro semestre, queremos chegar aos dois dias para uma empresa ser aberta”, anuncia. O grande beneficio da medida, na visão do secretário, é atrair ainda mais empresas para São Paulo. “O estado responde por 32% de todos as aberturas e fechamentos do País. O ranking Doing Business se baseia por São Paulo e Rio de Janeiro. Fazendo com que a capital paulista seja competitiva, gere mais empregos, atraia investimentos, gere mais impostos e atraia capital empreendedor”, aposta.
“QUEREMOS FAZER A CIDADE DE SÃO PAULO SER MAIS COMPETITIVA PARA O AMBIENTE DE NEGÓCIOS. JÁ TIVEMOS 99 MIL ANÁLISES DE VIABILIDADE E 30 MIL EMPRESAS ABERTAS” Daniel Annemberg, secretário municipal de inovação e tecnologia de São Paulo
A Prefeitura, no entanto, não tem expectativa de que os novos prazos aumentem significativamente o número de empreendedores da capital. Outras cidades brasileiras também conseguiram reduzir prazos e se mostraram mais eficientes, mas não com mais companhias. “Cidades em várias partes do País já conseguiram prazos semelhantes. Nenhuma delas tem o volume de São Paulo”, diz o secretário.
O Programa Empreenda Fácil é uma iniciativa da Prefeitura de São Paulo, em parceria com diversos órgãos, como Receita Federal, Secretaria Especial da Micro e Pequena Empresa, Serpro e Sebrae.
CIDADE É INSPIRAÇÃO O Programa Empreenda Fácil é um dos destaques da última edição do Índice de Cidades Empreendedoras, divulgado pela Endeavour. O estudo veio a público no fim de 2017 e revela que 86% das empresas não conseguem cumprir todas as normas existentes por causa da burocracia. A pesquisa analisou 32 cidades brasileiras, sob sete pilares: Ambiente Regulatório, Infraestrutura, Mercado, Acesso a Capital, Inovação, Capital Humano e Cultura Empreendedora.
Saiba Mais: O relatório Doing Business é elaborado pelo Banco Mundial. O Brasil ocupa a 176ª posição E é um dos 15 piores países do mundo para se empreender, de acordo com a última pesquisa.
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BUROCRACIA
O QUE EMPERRA
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Ambiente Regulatório é a grande trava para o crescimento de empresas no Brasil atualmente. A Endeavour analisou, dentro desse quesito, aspectos como Tempo de Abertura; Tempo para Regularização de Imóveis; Taxa de Congestionamento em Tribunais Estaduais; Alíquotas (ICMS, ISS, IPTU) e Obrigações Acessórias. Nesse critério, as cidades que se destacam no País são Joinville (SC), Fortaleza (CE), Blumenau (SC), Cuiabá (MT) e Brasília (DF). São Paulo aparece na 25ª posição e o Rio de Janeiro em 32º, último colocado. A média é de 62 dias para abrir uma empresa no Brasil, de acordo com o levantamento. Na edição anterior do estudo, esse número era de 117 dias. Cuiabá tem o menor período, estimado em 20 dias. Já Porto Alegre (RS) aparece na outra ponta da
Hamilton Marcondes, diretor-presidente da HM Consultoria
Saiba mais sobre o programa Empreenda Fácil. Acesse:
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lista, com 163 dias. A capital gaúcha tinha tido ganhos de prazo com o Projeto Simplificar, da Prefeitura, Governo e da própria Endeavour, mas voltou à morosidade em 2017, de acordo com o estudo. O Programa Empreenda Fácil, da Prefeitura de São Paulo, foi mencionado pela Endeavor como uma atitude inspiradora para outras cidades. Principalmente a agilidade com que ele vem sendo implementado em uma metrópole com a proporção da capital paulista. O desafio, no entanto, fica em incorporar normas que cabem ao Governo do Estado, como o alvará de Bombeiros, por exemplo.
FORTALEZA DECOLA No quesito Tempo de Processos, das dez cidades mais bem colocadas, seis são capitais do Nordeste. Fortaleza (CE) saiu do último lugar, em 2016, e agora figura na segunda posição, atrás de Aracaju (SE), que mantém o primeiro lugar. “Fortaleza ganhou muitos shoppings centers nos últimos anos, o que tem contribuído para o aumento da abertura de empresas e potencializou o varejo local. Além disso, tem um comércio forte de rua, como Aracaju”, avalia o diretor-presidente da consultoria HM Consultoria, Hamilton Marcondes. O especialista cita, ainda, que a cidade é uma porta de entrada e vitrine para empresas que queiram expandir para o Norte do País.
POTENCIAL SULISTA Entre as cinco cidades com maior índice empreendedor, na listagem geral da Endeavor, três são do Sul. “Na região há foco muito grande em tecnologia e cidades inteligentes, como Curitiba (PR). Há muitas incubadoras e isso ajuda a viabilizar o
Daniel Bernard, diretor-geral da consultoria Netplan
empreendedorismo. Estamos formatando franquias que eram empresas incubadas nesses lugares”, avalia o diretor-geral da consultoria Netplan, Daniel Bernard. Ele comenta que diversos esforços públicos têm sido feitos para o estímulo ao empreendedorismo local.
Índice de Cidades Empreendedoras 2017 De acordo com os quesitos considerados pela Endeavor, as cidades listadas abaixo são as que apresentam o maior potencial empreendedor no Brasil, atualmente. 1. São Paulo 2. Florianópolis 3. Vitória 4. Curitiba 5. Joinville 6. Rio de Janeiro 7. Campinas 8. Maringá 9. Belo Horizonte 10. São José dos Campos
E S T R AT É G I A
#Descontos #Promocoes #Campanhas #Consumo
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Cupons norteiam jornada do cliente SHOPPING CENTERS IMPORTAM ESTRATÉGICA DE CUPONS DE DESCONTO PARA INCENTIVAR A VISITA AS LOJAS E O AUMENTO NO FATURAMENTO 38
Revista Franquia & Negócios ABF
O
s cupons de desconto já fazem parte dos roteiros de viagens internacionais há alguns anos. Seja com a coleta prévia, ainda em solo nacional, ou com a obtenção de uma cartela distribuída em pontos específicos de outlets e malls. A mesma prática
tem sido disseminada em shopping centers nacionais. “O consumidor brasileiro já é próximo desses cupons, sempre procura antes de viajar. Por ser reconhecido, reforçou a campanha que temos aqui”, explica a sócia-fundadora da Cuponeria, Nara Iachan. O modelo utilizado pela empresa é inspirado nas estratégias internacionais. A administradora de shopping centers BRMalls iniciou a campanha no Shopping Santa Cruz, em São Paulo, e já estendeu para ou-
tros centros de compras. De acordo com o superintendente do Mooca Plaza Shopping, um dos empreendimentos que participa da campanha, Marcelo Baialuna, a ação visa estreitar o relacionamento com os clientes e também com os lojistas.
ATRATIVO
Foto: Divulgação
A administração do shopping procura pelos varejistas para reunir as informações sobre descontos e montar o material de divulgação. São alinhados os períodos da campanha, mas cada operador pode avaliar o percentual do desconto concedido. “Hoje o nosso foco está na cuponagem das operações de alimentação, já que tradicionalmente as operações de consumo realizam suas próprias liquidações durante o ano”, explica Baialuna. Na visão do executivo, a ação
ajuda a divulgar e alavancar resultados principalmente de marcas estreantes no centro de compras, que ainda não atraem tanto movimento. “O cupom de desconto é um atrativo para o cliente conhecer uma nova operação ou mesmo para que experimente um novo produto de uma loja em que ele já tem o hábito de comprar”, afirma. A diretora de conteúdo da Academia de Varejo & diretora vogal do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar), Patrícia Cotti, concorda com a visão do executivo. A prática ajuda a apresentar produtos e marcas para clientes que poderiam não entrar nas lojas. “O consumidor brasileiro é norteado pelas palavras desconto, promoção e saldão. Sabe-se que cerca de 70% das mulheres entram no ponto de venda
quando veem, na vitrine, uma menção à promoção ou saldão acima de 40%”, afirma.
DESAFIOS E CUIDADOS Apesar de benéfica, a prática requer cuidados, tanto dos lojistas, quanto dos shopping centers. “Há quem diga que o cupom, para o brasileiro, ainda é um grande tabu, diferentemente do que ocorre no mercado norte-americano, já que muitos têm vergonha de usá-lo na hora da compra por questões de status. Para alguns públicos, entretanto, esse tipo de ação é visto de maneira benéfica”, alerta a especialista.
“SE OS CUPONS NÃO FOREM BEM TRABALHADOS, PODEM LEVAR O CONSUMIDOR A BUSCAR SOMENTE POR PREÇO. E QUANDO TODOS BUSCAM APENAS PREÇO, AS EMPRESAS COMEÇAM A SE VER REFÉNS DESSA CONDIÇÃO” Patrícia Cotti, diretora de conteúdo da Academia de Varejo & diretora vogal do Ibevar
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Foto: Divulgação
E S T R AT É G I A “AS MARCAS DE ALIMENTAÇÃO QUE PARTICIPAM VEEM UM AUMENTO DE VENDAS EM TORNO DE 50%, PARA OUTROS SETORES É 30%” Nara Iachan, sócia-fundadora da Cuponeria
No entanto, o maior risco é reforçar o lado racional do consumidor, ligado majoritariamente ao preço, quebrando vínculos emocionais com as marcas. Patrícia explica que campanhas em curto prazo são positivas, mas precisam ser pensadas. “Se os cupons não forem bem trabalhados, podem levar o consumidor a buscar somente por preço. E quando todos buscam apenas preço, as empresas começam a se ver reféns dessa condição”.
COMO É FEITO Muito dessa relação é intermediado por empresas como a Cuponeria. Elas prestam consultoria para que as lojas saibam escolher os
produtos que chamarão atenção em uma cartela compartilhada, ou um aplicativo. “Temos uma equipe dentro da Cuponeria que faz o acompanhamento e a partir daí são definidas as campanhas”, explica Nara. A empresa recomenda que os descontos partam de 30%, para que sejam suficientemente chamativos. “As marcas de alimentação que participam veem um aumento de vendas em torno de 50%, para outros setores é 30%”, garante a executiva. Invariavelmente, uma cartela com descontos tende a nortear a jornada do consumidor dentro do centro de compras. No entanto, Patricia acredita que isso não deve trazer prejuízos significativos para quem não aderir. “O consumidor de shopping centers é uma pessoa que gosta de circular e dificilmente está focado em uma única loja. Isso gera espaço para outros tipos de atratividade, como a vitrine, por exemplo”, afirma.
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E S T R AT É G I A
QUEM FAZ? DIVERSAS MARCAS DE FRANQUIA JÁ EMBARCARAM NA ONDA DA CUPONAGEM. SAIBA ALGUMAS QUE UTILIZAM O RECURSO PARA ATRAIR MAIS CLIENTES E QUAIS TÊM SIDO SEUS RESULTADOS COM A PRÁTICA:
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Atualmente, duas lojas da Mr. Beer participam de ações com cupom de desconto. De acordo com o CEO da marca, Daniel Nery, até 2016 as iniciativas partiam de outras marcas direto com as franquias. A partir deste ano, os shopping centers passaram a incentivar. “Existe um incremento (de vendas), porém baixo ainda. A mensuração é feita de forma mecânica, na contagem dos cupons”, afirma. Diante disso, Nery considera que ainda não seja possível estabelecer a prática como um novo comportamento. “É normal vermos isso na cultura americana, por exemplo, onde as pessoas juntam cupons de descontos e, de fato, se deslocam para comprar utilizando as vantagens. Vamos acompanhar os números para entender se esse tipo de promoção se consolidará”, diz.
A tendência tem despertado um novo comportamento no consumidor, na visão do CEO da rede de pizzas customizadas, Oven Pizza, Rafael Soares. “O mercado de alimentação em geral está trazendo esta `filosofia` para o dia a dia das pessoas”, afirma. A marca opera com campanhas próprias de desconto, como o chope em dobro, que rendeu bons resultados, de acordo com Soares, ou promovidas pelos centros de compras. “Quando vem dos shoppings centers, as promoções geralmente são mais compactas. E quando as ações são estipuladas pela Oven, vem com uma estrutura mais ampla e completa”, detalha.
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O diretor de expansão da Hope, Sylvio Korytowski, conta que cerca de 15% das franquias participam de ações dessa natureza. “A maioria dessas parcerias surge dos franqueados com os shoppings, e até com outras marcas de outros segmentos”, explica. A própria área de marketing da Hope orienta as ações dos franqueados, pois há um calendário semestral de campanhas. De acordo com o executivo, a maioria das parcerias gera um aumento de vendas de mais de 10%. “Essas parcerias vêm agradando bastante, aumentando as adesões entre os shoppings e as marcas. Percebemos que muitos consumidores já perguntam nas lojas se existe alguma parceria”, afirma.
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Os restaurantes Montana e Griletto, do Grupo Halipar, são algumas das marcas que estão presentes na cartela de descontos do Mooca Plaza Shopping. “Atualmente, estamos com cinco lojas participando de ações como essa”, afirma o diretor do grupo, Christiano Evers. Já houve casos em que o franqueado recebeu o convite do próprio shopping center ou em que ele próprio procurou a administração do empreendimento. “Normalmente, acabam tendo um bom resultado, mas isso depende muito da oferta. A mensuração do sucesso da ação é feita por meio da troca de cupons ou com outras formas de controle”, afirma o executivo.
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Diversificação de canais ajuda franchising a crescer INOVAÇÃO FOI UM DOS DIFERENCIAIS PARA QUE O SETOR DE FRANQUIAS CONSEGUISSE CRESCER 8% NO FATURAMENTO, EM 2017. O VALOR CHEGOU A R$ 163 BILHÕES
por Paulo Gratão Compartilhe este conteúdo
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Revista Franquia & Negócios ABF
N
o início de janeiro, a ABF reuniu a imprensa para divulgar estudo inédito sobre inovação no franchising, o ranking das 50 maiores franquias do País e a prévia do balanço de 2017. De acordo com este último estudo, o franchising faturou R$ 163 bilhões no ano passado, o que representa um crescimento de 8% em
relação ao período anterior. Confira o balanço completo no quadro ao lado. Mesmo em um ano desafiador, o franchising conseguiu aumentar o número de contratações. No total, 1,2 milhão de pessoas trabalham diretamente para o setor. “As redes fizeram um grande trabalho interno no período para melhorar sua performance.
UNIDADES Crescimento:
+ 2%
Total:
145 MIL
MARCAS Queda:
- 6%
Total:
2,8 MIL
EMPREGOS Crescimento:
+ 1%
Total:
1,2 MILHÃO
Foto: Divulgação
Franqueadores em 2017
“AS REDES FIZERAM UM GRANDE TRABALHO INTERNO NO PERÍODO PARA MELHORAR SUA PERFORMANCE. ISSO EXPLICA O CRESCIMENTO EXPRESSIVO” Altino Cristofoletti Junior, presidente da ABF
Isso explica o crescimento expressivo”, informa o presidente da ABF, Altino Cristofoletti Junior. O número de redes caiu para 2,8 mil, mas, segundo a entidade, isso demonstra o amadurecimento do setor no Brasil. “Em países mais desenvolvidos, a média de unidades por marca é muito maior. Estamos caminhando para isso”, explica a gestora de BI da ABF, Vanessa Bretas. Cristofoletti Junior observa, também, que o período fez com que o franchising deixasse de ser apenas um canal de distribuição para se tornar um gestor de múltiplos canais, uma vez que as franquias
diversificaram seu foco de atuação para outros meios como e-commerce ou venda direta. Para 2018, a expectativa é que o crescimento seja ainda maior, entre 9% e 10% e avanço de 3% em expansão de unidades. A quantidade de marcas deve ser a mesma, na visão da entidade. O presidente da ABF considera que o cenário macroeconômico foi desafiador, mas acredita que o ano tenha sido marcado por três movimentos importantes: a progressiva diversificação de canais, modelos e localização; a interiorização do franchising; e o crescimento de franqueados multiunidade.
Foto: Divulgação
Fonte: ABF
Vanessa Bretas, gerente de inteligência de mercado da ABF
Conheça as maiores franquias do Brasil ESTUDO TEVE COMO BASE AS MARCAS ASSOCIADAS À ABF QUE PREENCHERAM O SISTEMA DE AUDITORIA INTERNA DA ENTIDADE As 50 maiores franquias do Brasil foram reveladas pela ABF no início de janeiro. Dentro do universo de associados, que já passam dos 1,1 mil, a entidade coletou e auditou as informações registradas pelas próprias marcas no banco de dados implantado em 2016.
Nesta edição, o destaque ficou para as redes localizadas em postos de gasolina ou ligadas a serviços automotivos. Várias estão entre as dez maiores. Alimentação (34%) continua predominante, seguido por Serviços Educacionais (18%). O destaque de 2017, no entanto, foi o segmento de
Saúde, Beleza e Bem-Estar, que passou de 12% para 16%. “Houve um aumento na penetração em outras regiões e outros formatos. Isso fez com as redes mantivessem o faturamento, mesmo em meio as dificuldades”, observa o presidente da ABF, Altino Cristofoletti Junior.
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ESPECIAL
10 Curiosidades sobre as 50 maiores franquias do Brasil
Tempo de atuação como franqueadora 2%
82% são geridas por homens, 18% por mulheres 88% são de origem brasileira 34% são de Alimentação 54% das unidades estão na região Sudeste 91% atuam com lojas físicas 9% atuam com pontos alternativos. No ano passado eram 6%. 66% estão há mais de 10 anos no franchising 72% possuem Selo de Excelência em Franchising 56% possuem acima de 10 chancelas
8% 10% 12%
Casa de Bolos, Spa das Sobrancelhas e Não + Pêlo aparecem pela primeira vez no ranking.
“Ficamos felizes e satisfeitos por estarmos entre as melhores oportunidades oferecidas no segmento do franchising brasileiro. Nosso plano de expansão prevê a inauguração de outras 50 lojas em todo Brasil até o final deste ano”, afirma Rafael Ramos, diretor de marketing da Casa de Bolos “Iniciamos 2018 celebrando oito anos de atuação no Brasil e dez anos de franchising global com essa honraria motivacional para este ano que, em princípio, pode ser muito melhor que os dois anos anteriores. Acreditamos que vamos continuar a expansão por todo o Brasil, pois o brasileiro que consome Beleza, Estética, Bem-Estar e Saúde está preconizando serviços e produtos multifuncionais”, afirma Janete Cozer, máster-franqueada da Não+Pêlo no Rio de Janeiro “Ficamos muito felizes com a divulgação da lista. Essa informação mostra que nosso trabalho está sendo bem-feito e que nossos franqueados podem contar com uma rede sólida e reconhecida. O reconhecimento é de toda nossa rede, cada franqueado nosso faz parte dessa linda história de sucesso”, afirma Marko Porto, fundador do SPA das Sobrancelhas.
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Revista Franquia & Negócios ABF
Participação das redes por segmento 2% 2%
2%
66%
66% Acima de 10 anos 12% De 7 a 8 anos 10% De 9 a 10 anos
8% De 5 a 6 anos 2% De 1 a 2 anos 2% De 3 a 4 anos
Fonte: ABF
2%
Possui Selo de Excelência em Franchising?
2%
2%
34%
2%
28% Não
Número de chancelas 2%
Fonte: ABF
Distribuição Geográfica das Unidades 8% Centro-Oeste 16% Nordeste 5% Norte 54% Sudeste 17% Sul
4%
2%
34% Alimentação 18% Serviços Educacionais 16% Saúde, Beleza e Bem-Estar 14% Moda 6% Serviços automotivos 4% Serviços e outros negócios 2% Casa e Construção 2% Comunicação, Informática e Eletrônicos 2% Hotelaria e Turismo 2% Limpeza e Conservação
Fonte: ABF
2%
72% Sim
2% 2% 2%
34% 2%
6% de 5 a 6 6% de 1 a 2 8% de 9 a 10
8% de 7 a 8 17% de 3 a 4 56% acima de 10
Fonte: ABF
34%
34% 34% 34%
34%
Marketing Savoy Estação Tamanduateí Linha verde do metrô
Interligação com a
Linha 10 Turquesa - CPTM
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Saúde, Beleza e Bem-Estar
3762
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Alimentação
2415
CACAU SHOW
Alimentação
2081
MCDONALD´S Alimentação
2009
JET OIL
Serviços automotivos
1735
LUBRAX +
Serviços automotivos
1617
KUMON
Serviços educacionais
1400
BR MANIA
Alimentação
1311
WIZARD BY PEARSON
Serviços educacionais
1195
DIA%
Alimentação 1145
CVC BRASIL
Hotelaria e Turismo
1097
BOB´S Alimentação 1054 ÓTICAS CAROL
Saúde, Beleza e Bem-Estar
1048
CORREIOS
Serviços e outros negócios
1002
Saúde, Beleza e Bem-Estar
994
ÓTICAS DINIZ
Saúde, Beleza e Bem-Estar
991
SEGURALTA – BOLSA DE SEGUROS
Serviços e outros negócios
912
FISK CENTRO DE ENSINO
Serviços educacionais
806
CCAA
Serviços educacionais
723
CHILLI BEANS
Moda
722
ACQIO
Comunicação, Informática e Eletrônicos
672
NOSSO BAR
Alimentação
670
HERING STORE
Moda
623
CNA
Serviços educacionais
579
LOCALIZA RENT A CAR
Serviços automotivos
574
5ÀSEC
Limpeza e Conservação
457
Serviços educacionais
452
FARMÁCIAS FTB A FARMÁCIA DO TRABALHADOR DO BRASIL
PREPARA CURSOS PROFISSIONALIZANTES
HAVAIANAS Moda
439
DROGARIAS FARMAIS
Saúde, Beleza e Bem-Estar
432
CHIQUINHO SORVETES
Alimentação
425
CARMEN STEFFENS
Moda
421
MICROLINS
Serviços educacionais
408
AREZZO Moda
395
GIRAFFAS Alimentação 394 CHOCOLATES BRASIL CACAU
Alimentação
393
MUNDO VERDE
Alimentação
386
SPOLETO Alimentação 371 KOPENHAGEN Alimentação
352
INSTITUTO EMBELLEZE
319
Serviços educacionais
HABIB´S Alimentação 318 IGUI
Casa e Construção
315
CASA DE BOLOS
Alimentação
305
SPA DAS SOBRANCELHAS
Saúde, Beleza e Bem-Estar
304
PITICAS MODA CRIATIVA
Moda
304
REI DO MATE
Alimentação
302
SOBRANCELHAS DESIGN
Saúde, Beleza e Bem-Estar
302
NÃO+PÊLO
Saúde, Beleza e Bem-Estar
299
SODIÊ DOCES
Alimentação
294
YÁZIGI
Serviços educacionais
286
MORANA Moda
278
92% das franquias nacionais inovaram nos últimos anos MESMO SEM ESTRUTURA PARA CRIAR, FRANQUIAS CONSEGUIRAM MOBILIZAR TIMES PARA TRAZER NOVAS IDEIAS PARA O NEGÓCIO
U
m dos fatores determinantes para os resultados do franchising nos últimos anos foi a inovação. Seja nos processos internos, canais de atendimento e vendas ou em produtos e serviços, as redes precisaram se reinventar para alcançar resultados melhores. A 1ª Pesquisa de Inovação nas Franquias Brasileiras, desenvolvida pela Fundação Dom Cabral (FDC) e Confederação Nacional dos Serviços (CNS) identificou que 91,8% das redes pesquisadas investiram em atividades inovadoras. Metade das redes respondentes (50,7%) afirma que ampliaram sua participação no mercado com as ações inovadoras e 43,1% chegaram a aumentar a rentabilidade. “Nos mais diversos segmentos, constatamos iniciativas que levaram à inovação, seja em novos modelos de negócios, no e-commerce, no uso de novas tecnologias, como no caso da realidade virtual, da internet das coisas
etc”, observa o presidente da ABF, Altino Cristofoletti Junior. O presidente da CNS, Luigi Nese, observa que o franchising é um dos últimos setores a entrar em crise e o primeiro a sair, justamente pela capacidade de inovação constante, inerente ao modelo de negócio. “São empresas que franqueiam produtos e serviços de alta qualidade, custos relativamente baixos e essenciais às famílias e empresas do País. Assim, pesquisar como se deu o processo de inovação nas franquias e quais foram os resultados obtidos por elas nos últimos anos é fundamental para pensarmos o futuro e para desenvolver nossas bases tecnológicas de forma mais ampla e rápida”, afirma.
RESULTADOS POSITIVOS Na visão do assessor econômico da Fundação Dom Cabral, Fernando Garcia de Freitas, o principal resultado que a inovação precisa trazer é o econômico, pois isso gera a sus-
R E S U LTA D O S INTRODUÇÃO DE INOVAÇÕES Não introduziu inovações
11,1%
7,6%
Sim, para a empresa 6,4%
25,7% 43,9% 57,3%
45,0%
32,7%
8,2%
32,2%
5,8%
28,7%
28,1%
56,1%
53,2%
Sim, para o mercado mundial 5,3%
7,6%
6,9%
36,8%
36,3%
37,4%
49,7%
39,8%
40,9% 15,8% Produtos ou serviço adaptado
Sistema logistico
14,0%
9,9%
12,9%
8,2%
Equipamentos Software e técnicas novas
Novas técnicas de gestão
Novos métodos de organização do trabalho
Mudanças significativas nas estratégias de marketing
16,4% Mudanças significativas na estética e desenho
91,8% das franqueadoras introduziram inovações em suas empresas, seja internamente ou para o mercado. 43,1% aumentaram a rentabilidade com inovações 50,7% ampliaram a participação da empresa no mercado 56,7% melhoraram a qualidade dos serviços prestados 52% ampliaram a gama de serviços ofertados 52,1% conseguiram abrir novos mercados 54,4% aumentaram a capacidade de prestação de serviços 46,5% aumentaram a flexibilidade da prestação de serviços.
Formas de Inovação P&D Interno Desenvolveu .......................77% Não desenvolveu............. 23% Aquisição de P&D Externo Desenvolveu .................. 63,6% Não desenvolveu............. 36% Aquisição de conhecimento externo, exceto software Desenvolveu ..................81, 2% Não desenvolveu..............19% Aquisição de tecnologias Desenvolveu ..................88,5% Não desenvolveu..............12%
26,9%
23,4%
Produtos ou serviço novos
8,8%
Sim, para o mercado nacional 5,3%
Saiba como a inovação fez a diferença no resultado do franchising:
28,2%
27,6% Mudanças significativas no modelo de negócio
Aquisição de software Desenvolveu ..................90,3% Não desenvolveu..............10% Atividades relacionadas a introdução de inovações no mercado Desenvolveu ..................88,5% Não desenvolveu..............12% Treinamento Desenvolveu .................. 97,6% Não desenvolveu................2%
Fevereiro e março de 2018
49
ESPECIAL
do franqueado que ouve a solicitação do consumidor e traz para dentro da rede”, observa. Freitas comenta que os principais investimentos em tecnologia seguiram a ordem da redução de custos. As franquias ainda não apostam fortemente em ferramentas de gestão, coleta de dados ou atendimento, mas o armazenamento na nuvem e cloud computing saíram à frente justamente para redução de gastos com arquivos físicos.
tentabilidade para o processo, e o franchising conseguiu isso. “Mesmo com a crise, as franquias se mostraram dispostas a investir”, comenta. A pesquisa identificou que as franquias de serviços são as que mais possuem pessoas responsáveis pela inovação, com 53,2%. No entanto, no geral, as franquias ainda não possuem estrutura para inovar, o que torna as ações ainda mais significativas. “A vantagem do franchising é a figura
R E S U LTA D O S Discordo plenamente
Discordo parcialmente
Concordo parcialmente
29,5%
43,1%
Concordo plenamente
23,7%
24,7%
34,4%
36,3%
29,8%
24,0%
41,8%
28,7%
9,8% 3,3%
14,7% 3,3%
7,5%
9,2%
12,3%
Aumentou a rentabilidade da empresa
Ampliou a participação da empresa no mercado
Reduziu os custos do trabalho
Reduziu o consumo de materias-primas
Reduziu os custos dos serviços prestados
27,4%
INTERNOS, CANAIS DE ATENDIMENTO E VENDAS OU EM PRODUTOS E SERVIÇOS, AS REDES PRECISARAM SE REINVENTAR RESULTADOS MELHORES”
50,7% 33,6%
PROCESSOS
PARA ALCANÇAR
DA INOVAÇÃO
Não concordo nem discordo
“SEJA NOS
R E S U LTA D O S COLETA DE IDEIAS NUMERO DE IDEIAS COLETADAS EM 2016 De 51 a 100 Ideias 7,1%
Mais de 100 Ideias 8,6%
R E S U LTA D O S PARCERIAS ESTRATÉGICAS Nunca ou raramente
Eventualmente
19,2%
19,2%
50,8%
25,4%
71,8% 51,4%
23,2%
23,7%
7,3% Startaps
Fornecedores
Concorrentes
De 11 a 50 ideias 41,4%
25,4%
26,6%
29,4%
30,5%
45,2%
42,9%
Institutos de pesquisa e universidades
Centro de capacitação e assistência tècnica
Até 10 ideias 42,9%
52,0%
52,0%
69,5%
29,4%
Consumidores
Com frequência ou sempre
9,0%
22,6%
29,4%
25,4%
18,6%
Outras emprtesas do grupo
Consultorias
Outras estratégia adotada com franqueador das redes. A coleta de informação com parceiros, fornecedores e clientes foi menos frequente
42,2%
57,8%
R E S U LTA D O S INVESTIMENTOS EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Nunca ou raramente
11,0%
23,8%
22,0% 18,3% 11,7%
31,1% Online-to-Offline
50
28,0%
7,9% 12,2% 18,3% 18,3%
18,9% 12,8%
43,3%
16,5% Serviço de Computação cognitiva Armazenamento de Informações em nuvem
Revista Franquia & Negócios ABF
Eventualmente
20,7% 23,2% 18,3% 17,1%
Com franqueados
Com frequência ou sempre
9,1% 9,1% 20,7% 20,1%
Com parceiros, fornecedores ou clientes
3,7 4,3
8,5% 7,3%
23,7%
16,5%
25,4%
Não
20,7% 23,7%
40,9%
47,0%
20,7% Cloud computing
57,8%
42,2%
Internet das coisas
Machine learning
Robótica avançada
Confira o estudo completo da e-bit no site da Editora Lamonica
Sim
EMPREENDEDORISMO
#comecardenovo #desemprego #deuavoltaporcima
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Sem medo de
recomeçar EMPRESÁRIOS QUE JÁ FRACASSARAM ENCONTRAM SEU CAMINHO NO FRANCHISING E APRENDEM COM ERROS DO PASSADO AO GERIR NOVOS NEGÓCIOS
Paulo Gratão
inheiro, o produto comercializado por André Oliveira, 38 anos, parecia que teria horizonte azul para sempre. Em 2004 ele iniciou uma empresa de empréstimos e em três anos já tinha 20 lojas. Tudo ia bem até que a crise dos Estados Unidos, em 2008, veio como um vendaval e levou 18 unidades, deixando apenas duas. “No fim de 2009 eu pensei se procurava um emprego ou fechava esse ne-
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Revista Franquia & Negócios ABF
gócio. A palavra ‘franquia’ surgiu na minha cabeça, mas não sabia como funcionava”, comenta. Oliveira foi buscar informações com o Sebrae. Apresentou o modelo de negócios e eles o ajudaram o formatar a CredFácil. Quando o mercado voltou a responder positivamente, ele já tinha a empresa preparada para expandir. “Comecei em 2009 vendendo para amigos, por valor abaixo do mercado. Um foi indicando para outro e foi crescendo regionalmente”. Hoje são 80 lojas abertas. A crise que assolou o Brasil nos últimos anos ajudou Oliveira a cres-
cer, pois seu produto ficou em alta novamente. “Em 2017 cresci 32%. A venda de franquia triplicou, as pessoas estão enxergando que o negócio prospera, ganhamos um novo público”. Ele olha para trás e diz que aprendeu com os erros. Não esperava o que aconteceu e não havia pensado em alternativas. Agora, ele tem um leque de produtos além dos principais para que o negócio se sustente, independentemente das movimentações do mercado.
É FUNDAMENTAL ERRAR Todo franqueador de sucesso já teve, pelo menos, um fracasso, na visão do sócio da consultoria Loja de Franquia, Lucien Newton. “Alguns têm vergonha de falar, não gostam de relembrar esse passado de não tanto sucesso, outros falam e até usam em palestras, lidam muito bem”, explica. O erro é saudável e necessário. Muitas vezes, é o fator que impulsiona novas decisões do empreendedor, que culminam em grandes acertos. “Franqueadores que já quebraram aprenderam como não fazer, esses são melhores ainda. Em rede de franquia o papel do franqueador é reduzir o erro do franqueado, fornecer experiência para que ele erre o mínimo possível”, observa o consultor. Isso faz com que o franqueado consiga se entregar à operação sem tanto medo de errar, pois é um negócio testado.
Foto: Rafael Tavares
Certa manhã, Claudinei dos Anjos, 49 anos, acordou e descobriu que havia perdido toda sua fábrica em um incêndio. O evento o pegou completamente desprevenido e fez com que seus planos fossem por água abaixo. Precisou alugar barracões para acomodar a nova estrutura e fazer outros projetos. “Tínhamos muitos pedidos dos clientes e mostramos a todos os fornecedores que aquilo que devíamos a eles tinha pegado fogo, pedimos parcelamento e que eles nos fornecessem no prazo normal”, explica. Anjos conseguiu reparcelar o pagamento de toda a matéria-prima, recuperou o capital em 20 meses e reconstruiu a fábrica. Depois
Nunca desista Antes de fundar a PremiaPão, Diego Castro iniciou sua carreira empreendedora apostando em mídia nos postes indicadores de vias públicas. “Formatei todo o modelo de negócio, iniciei as vendas com clientes locais e implantei os postes de propaganda nas esquinas das vias da cidade de Jaboatão dos Guararapes (PE)”, explica. Logo no segundo mês de atividade, Castro recebeu uma liminar notificando que a atividade deveria ser regularizada pela Prefeitura, por meio de licitação. “As autoridades decidiram retirar as placas por falta de licença, o que inviabilizou o desenvolvimento do meu negócio próprio”. Mesmo tendo fechado as portas com apenas dois meses de mercado, Castro fez contatos de mídia, o que o ajudou a já pensar em seu próximo empreendimento.
Lucien Newton, sócio da consultoria Loja de Franquia
disso, sua visão de negócios mudou completamente. “O incêndio nos ensinou que não podíamos mais errar em nada. Todo gasto precisaria ser muito bem pensado e planejado. Toda venda precisava ser muito bem calculada. Quando a empresa vai bem, não tem os controles, não administra, deixa de cuidar. De repente, acorda com uma dívida enorme e não tem o que fazer”, comenta.
Foto: Romy Tanaka Fotografia
Foto: Divulgação
André Oliveira, CEO da CredFacil
DA NOITE PARA O DIA
Claudinei dos Anjos, fundador da Anjos Colchões
Fevereiro e março de 2018
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EMPREENDEDORISMO
#comecardenovo #desemprego #deuavoltaporcima de experiência para o nosso negócio. Em 2012 criamos a nossa marca própria”, explica Valente. A Dagosto Bristrô une tudo que eles aprenderam com as marcas que comandaram, iniciou a expansão em 2017 e já contabiliza três franquias no Rio de Janeiro. A primeira unidade paulista deve inaugurar depois do carnaval.
EU, EMPREENDEDOR? Mauricio Valente e Valéria Ramos, fundadores da Dagosto Bistrô
FIM DE UMA ERA O casal Mauricio Valente, 54 e Valéria Ramos, 44, chegou a ter 30 lojas de CDs e DVDs, no Rio de Janeiro. Com o tempo, eles tentaram diversificar com livrarias, mas não deslanchou. As mudanças no mercado fizeram com que a outrora próspera rede se diluísse. Dentro das lojas havia dois cafés, que foram a introdução do casal ao mundo da alimentação. Quando o negócio fechou as portas, eles resolveram se tornar franqueados de diversas marcas do ramo. “Erramos porque abrimos quatro marcas de uma vez e cada uma tinha um jeito de trabalho, ficou muito diversificado. Umas foram boas, outras nem tanto, mas serviram
A ALTA NO DESEMPREGO TAMBÉM FOI UM NOVO GATILHO QUE DESPERTOU ANSEIOS EMPREENDEDORES QUE ESTAVAM ADORMECIDOS.
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Revista Franquia & Negócios ABF
A alta no desemprego também foi um novo gatilho que despertou anseios empreendedores que estavam adormecidos. Newton avalia que muitos empresários já tinham a vontade de ter o negócio próprio, mas o emprego fixo os distanciava disso. Agora é hora de fazer uma análise intrapessoal para verificar se tem o perfil. “Há pessoas que estão em empresas e ficam discordando demais, como um pássaro preso na gaiola, sentindo vontade de voar. É nesse momento que tem que refletir”, aconselha. O sonho de empreender sempre esteve em Sandra Marostica, 47 anos, mas enquanto havia emprego, ele permanecia em segundo plano. Quando ela foi desligada de uma grande montadora de veículos, participou do Plano de Demissão Voluntária (PDV), estudou o mercado e entendeu que era hora. Sandra fez cursos na ABF e conheceu a Límpidus em uma das feiras da entidade. “Eu queria algo que fosse primordial no mercado, que nunca vai deixar de ter demanda. Limpeza foi um dos primeiros segmentos em que pensei. Por mais crise que tenha, o mercado nunca se fecha totalmente”. Ela iniciou a empresa no começo do ano passado, e muitos de seus colegas que foram demitidos abriram empresas na região e hoje são seus clientes. Os irmãos Nivaldo, 50 anos, e Guto Covizzi, 47 anos, nasceram em uma família empreendedora, com
Nivaldo e Guto Covizzi, fundadores da Bella Capri
uma extensa história de aprendizados. O pai dos dois tinha uma fábrica de doces, que faliu em 1981, e a família abriu outra similar, em 1988, que foi dragada pelo Plano Collor. Nivaldo passou a ser funcionário de grandes empresas até que conseguisse capital suficiente para empreender novamente. Isso ocorreu em 1998, quando vendeu sua casa para montar uma pequena pizzaria chamada Bella Capri, em Mirassol (SP). Em paralelo, Guto continuava trabalhando em outras empresas, até que a distância da família e a oportunidade de ter o próprio negócio o levaram a entrar na sociedade com o irmão. Em 2007, a Bella Capri tornou-se franquia e hoje conta com 18 unidades. A projeção de faturamento em 2017 é de R$ 30 milhões e para 2018, R$ 45 milhões. Newton alerta que o franchising reduz os riscos, mas não elimina as possibilidades de erros. “Não existe garantia de sucesso, você sabe como o mês começa, mas não sabe como termina. As pessoas precisam estar preparadas também para quebrar a cara”, afirma.
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TECNOLOGIA
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É no celular? Débito ou crédito? FRANQUIAS BRASILEIRAS COMEÇAM A ACEITAR PAGAMENTO COM CARTEIRA DIGITAL. SAIBA COMO TEM SIDO FEITO E PREPARE-SE PARA IMPLEMENTAR EM SUA REDE Compartilhe este conteúdo
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Revista Franquia & Negócios ABF
S
e hoje em dia é cada vez mais raro alguém andar com dinheiro vivo, o mesmo pode acontecer com os cartões, em alguns anos. O smartphone já se tornou praticamente uma extensão natural do ser humano, com aplicativos que resolvem problemas complexos a poucos cliques de distância.
O sistema bancário já tem estimulado os clientes a migrarem cada vez mais para a internet e o mesmo deve acontecer com o mercado de pagamentos. Enquanto no exterior as carteiras digitais já se tornam cada vez mais presentes na vida do consumidor, no Brasil ainda está nos primeiros passos, mas não deve demorar a chegar.
Existem duas formas de carteira digital já adotadas por empresas como Google, Apple, Samsung e varejistas internacionais. Em ambas, o cliente configura os seus cartões de débito e crédito no aparelho. Confira: • NFC (Near Field Communication) ou pagamento por aproximação: se comunica por meio de radiofrequência com o POS da varejista. • Código de barras (QR Code): consiste na leitura do código e posterior pagamento. Precisa de conexão à internet.
PIONEIRISMO Ele acredita que o volume, no início, seja pequeno, mas considera relevante que a rede participe desde o princípio. “Sabemos que ainda é um processo inicial, de mudança de cultura e estamos aptos para oferecer isso. Obviamente não é todo o consumidor que vai se sentir confortável”, explica. Assim como o Rei do Mate, outra rede de franquias também passou a oferecer essa possibilidade no fim do ano passado. As lojas das marcas Hering Store, Hering Kids, PUC e DZARM, da Cia. Hering, passaram a fazer parte do pequeno grupo que já aceita m-payment com a mesma solução da Google. De acordo com a rede, eles são os primeiros varejistas de vestuário a colocar a moeda digital para jogo no mercado brasileiro.
Foto:divulgação
Saiba Mais:
NO FRANCHISING NA PRÁTICA Cerca de 80% das lojas do Rei do Mate já aceitam pagamento via Android Pay, a solução de pagamentos móveis da Google. “Essa tecnologia é interessante porque usa equipamentos que já temos na loja, eles são compatíveis”, explica o diretor de franquias e expansão da rede, João Baptista da Silva. Ele aposta que a tecnologia deva fazer sucesso por aqui, pois o Brasil é um dos países que mais adere a novidades. No entanto, o processo ainda pode passar por ajustes tanto de tecnologia, quanto de cultura do consumidor e dos franqueados. “O projeto não é apenas uma opção de pagamento que está lá, é um trabalho de conscientização. Na ponta tem uma complexidade maior. Como é um processo que o consumidor também está descobrindo, estamos tendo tempo de ajustar”, explica.
Na visão do consultor Pedro Almeida, diretor da Franchise Solutions, franquias são pioneiras em diversas searas no varejo brasileiro e essa é
“ESSA TECNOLOGIA É INTERESSANTE PORQUE USA EQUIPAMENTOS
Como foi feito? Para disseminar a novidade na rede franqueada, o Rei do Mate disponibilizou treinamentos na extranet, enviou comunicados e vídeos explicando como a tecnologia deve funcionar e como os funcionários devem ser treinados. De acordo com o executivo do Rei do Mate, não houve necessidade de investimento dos franqueados. A rede precisou modificar apenas alguns aparelhos, pois a maioria já era compatível. “Não houve resistência, pois todos entenderam que é criar facilidade para o consumidor, não pode ter atrito”, afirma.
QUE JÁ TEMOS NA LOJA, ELES SÃO COMPATÍVEIS” João Baptista da Silva, diretor de franquias e expansão do Rei do Mate
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Foto: divulgação
Você Sabia? Um instituto de pesquisa norteamericano, Forrester Research, estima que em 2019 o dinheiro gasto por meio de mobile payment seja em torno de U$ 34 bilhões em 2019, uma evolução de US$ 30 bilhões, em apenas cinco anos.
“MOEDA DIGITAL
AJUSTE, REFORMA E CUSTOMIZAÇÃO DE ROUPAS Diferenciais Arranjos Express: • Baixo investimento / Alta rentabilidade • Posicionamento único no mercado • Apoio total na abertura da loja • Ausência de estoque • Simples gestão
SEJA FRANQUEADO franquias@arranjosexpress.com.br www.arranjosexpress.com.br
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Revista Franquia & Negócios ABF
mais uma das tecnologias que devem chegar ao mercado nacional por meio do setor. “Moeda digital ainda não é um mercado latente, mas as franquias estão atentas a isso”, comenta. No início, as redes terão dificuldades para entender como funciona e Almeida acredita que isso seja absolutamente normal. “Franquia demora cinco minutos para decidir e replica em outros cinco minutos, diferente de demais setores. Mas precisa ter o papel do convencimento, que demanda mais tempo”. Esse talvez seja o maior desafio, pois a rede lida com franqueados de diferentes perfis e experiências, que terão percepções diferentes sobre a novidade. Almeida aposta que o setor de Alimentação deva ser o primeiro a aderir, e influenciar os demais. “O franqueado está disposto a aderir porque recebe mais fluxo diário, é onde a demanda aparecerá primeiro”, aconselha.
PARA VENDA DE FRANQUIA Não é só no B2C que o pagamento digital tem feito a cabeça das franquias. No B2B também já existem algumas iniciativas. A CredFácil comemora a venda da primeira franquia por meio de bitcoins, que é uma moeda criptografada. De acordo com o diretor da rede, André Oliveira, a ideia surgiu ao
AINDA NÃO É UM MERCADO LATENTE, MAS AS FRANQUIAS ESTÃO ATENTAS A ISSO” Pedro Almeida, diretor da Franchise Solutions
prospectar candidatos à franquia que haviam investido na moeda digital criptografada e se sentiram inseguros de realizar outro investimento no período. “Resolvemos aceitar bitcoin. Começamos há 60 dias e já recebemos uma franquia”, explica. Para se preparar, Oliveira fez um curso que o ajudou a explorar esse novo mundo e acompanhar as transações. “É a moeda do futuro e vai ter muita procura. Vou chamar a atenção do investidor com isso. Vão começar a transicionar em um curto espaço de tempo”, aposta.
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OPORTUNIDADE
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Revista Franquia & Negócios ABF
MARCAS DE FRANQUIA INVESTEM PARA ATRAIR CONSUMIDORES PARA SUAS LOJAS. SAIBA QUAIS AÇÕES JÁ FORAM FEITAS E INSPIRE-SE
Fotos: Ricardo Cardoso
om um investimento de R$ 130 milhões, a Cacau Show se lançou em um novo desafio no fim de 2017: uma espécie de “parque temático do cacau”. O espaço de 52 mil m² fica dentro do novo complexo fabril da marca, na Rodovia Castello Branco, em Itapevi (SP). A nova sede administrativa também será lá. O complexo abriga uma megaloja, com diversas atrações, entre elas a Estrufa, que consiste em uma estufa de vidro em forma de geodesia com pés de cacau; e um tobogã gigante, que dá aos colaboradores um acesso diferente do escritório à megaloja. Dentro do espaço ainda é possível conhecer o Cacau Parque, com atrações para as crianças, como passeio de trem e ursos gigantes; Cacau Bar, destinado destinado à degustação e encomenda de produtos; e Bendito Cacao Bean To Bar, que dá a oportunidade de presenciar o processo de produção da fábrica, por meio de um vidro. Em breve, haverá a possibilidade de agendar festas de aniversário no local. Há também um mural com a história do cacau, desenvolvido pelo artista Eduardo Kobra. A obra tem 5.728 m² e anseia ser a maior do mundo. “A inauguração do novo complexo é fruto de um trabalho intenso, de uma equipe comprometida e a paixonada
Novo parque temático da Cacau Show conta com atrações para crianças e espaço para degustação
Saiba Mais: De acordo com a rede, o lucro da megaloja será todo revertido para o Instituto Cacau Show, que atende cerca de 2,5 mil crianças atualmente.
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Fotos: divulgação
OPORTUNIDADE
Ana Vecchi, especialista em gestão de negócios e franchising
pelo que faz. Espero que todos se encantem, como me encantei em cada etapa dessa construção”, afirma o presidente da rede, Alexandre Costa. O movimento da Cacau Show mostra uma tendência que tem tomado o varejo mundial e chegou com força ao franchising brasileiro em 2017: transformar as lojas em verdadeiros polos de experiência.
Espaço de conveniência do Habib’s é nova aposta para se aproximar do consumidor: modelo será franqueado
Parte disso é pela competição cada vez mais voraz com o comércio eletrônico, que desestimula a visita aos pontos físicos. Na visão da especialista em gestão de negócios e franchising, Ana Vecchi, o movimento é positivo e ajudará as franquias a estreitaram ainda mais os laços com o consumidor brasileiro. “Sempre tem o beneficio de va-
RESTAURANTE TECNOLÓGICO O consumidor do McDonald’s agora pode fazer pedidos personalizados por meio de um totem, na loja da Avenida Henrique Schaumann, em São Paulo. O novo formato tem a proposta de entregar mais interatividade para o público que visita o espaço. Além do menu, o restaurante conta com a Magic Table, com jogos acionados por sensores de movimento e projeção, e a Interactive Wall, que projeta imagens das pessoas em movimento e permite o uso de filtros com realidade aumentada. De acordo com a rede, funcionários de todo o País estão sendo treinados para receber as novidades.
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Revista Franquia & Negócios ABF
lorização da marca diante do consumidor final, que remete em lembrança e de percepção de marca”, comenta.
APARENTE MOROSIDADE Trazer novas experiências para o ponto de venda não é um movimento recente, e dá a impressão de ter chegado às franquias brasileiras com um ligeiro delay. De acordo com Ana, a aparente morosidade se dá porque em uma rede é preciso trabalhar, acima de tudo, o convencimento dos empresários que operam cada unidade. Os franqueadores estão atentos às tendências, mas é preciso que saibam como replicar isso na rede. “Envolve uma série de questões, se vai haver investimento, se vai ser usado algo do fundo de propaganda, se vai ser 100% da franqueadora e qual será o impacto que essas ações causarão na rede franqueada”, explica.
FRANQUEAR A EXPERIÊNCIA Outra rede que investiu fortemente na experiência do consumidor, nos últimos meses, foi o Grupo Habib’s. A rede lançou um complexo de conveniências na zona leste de São Paulo com investimento de R$ 2,5 milhões.
OPORTUNIDADE
mil litros de combustível por mês”, explica o diretor-executivo do grupo, Sérgio Iunis. O modelo será formatado para franquia ainda em 2018.
INSPIRAÇÃO NA PRÓPRIA HISTÓRIA Para se aproximar do cliente, O Boticário resolveu trazer a essência de sua primeira loja para um novo forma-
Fotos: divulgação
Dentro do espaço há um posto de gasolina, o Posto H’, um restaurante do Ragazzo e uma loja de conveniência do Habib’s. “Atuaremos somente no varejo alimentício e na operação dos postos, sempre dentro de um modelo de centro comercial. No caso do Posto H’, a nossa estimativa, para essa primeira unidade, é a comercialização de 600
Novo espaço pretende trazer fluxo para os shopping centers
Loja conceito de O Boticário tenta recriar a primeira botica da marca, do início de tudo
LOJA INTELIGENTE O Bob’s colocou no mercado uma loja 100% digital, no ano passado. O conceito promove um momento de compra mais inteligente para o consumidor, onde os pedidos são realizados nos totens de atendimento ou pelo aplicativo da rede. Os clientes também conseguem customizar os produtos por esses canais.
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to de negócio. No final do ano passado, a rede inaugurou um ponto de venda baseado em uma botica, como a primeira da marca, há mais de 40 anos, no BarraShopping, no Rio de Janeiro. O objetivo é permitir que os consumidores experimentem os produtos da marca e tenham acesso a ainda mais informações sobre cada um deles. “Além de um ponto de
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O Pier X, também conhecido como Pier Experience, abriu as portas em novembro do ano passado no Shopping Iguatemi, em Porto Alegre (RS). De acordo com o fundador da plataforma, Gustavo Schifino, o objetivo foi reunir varejo, serviços, entretenimento, indústria e experiência em um só espaço de 530 m2. A cada três meses, 14 marcas da indústria poderão expor seus produtos e permitir que os clientes interajam e busquem informações. Quem quiser adquirir na hora, pode fazê-lo pela leitura do QR Code do produto. No espaço são aceitos somente cartões e pagamentos criptografados. Além disso, há um espaço com restaurantes diferenciados e a parte de serviços é dedicada a escolas de yoga e de rock, além de uma agência de viagens para destinos inusitados. O espaço também recebe grandes eventos. “Os shoppings têm interesse nesse ‘refresh’ para trazer o público que está pensando duas vezes antes de sair de casa”, comenta Schifino. O modelo deve chegar a São Paulo ainda no primeiro trimestre e ao Rio de Janeiro, no segundo. A 4All e o grupo Ancar Ivanhoé são parceiros do empresário na novidade.
OPORTUNIDADE
JANTAR COM A MÁFIA A Patroni inaugurou recentemente a Casa do Don, em São Paulo. A proposta é oferecer uma experiência diferenciada, com garçons trajando figurinos que lembram a máfia italiana, cenários inspirados no tema e um cardápio com pratos elaborados, além de uma extensa carta de vinhos. A rede inaugurará a primeira unidade internacional do restaurante neste primeiro semestre, em Orlando, nos Estados Unidos.
vendas e de contato com o consumidor, queremos que nossas lojas revelem a alma do Boticário. Que elas expressem a essência característica da marca – a relação emocional com o consumidor e suas histórias. Para que cada um que passar por ela possa sair muito melhor do que quando entrou”, explica o vice-presidente de Franquias do Boticário, André Farber. Nesse formato, os caixas convencionais deixam de existir e dão lugar a mesas de experimentação. As próprias vendedoras da loja serão responsáveis pela interação com o consumidor e o recebimento de valores.
NÃO É SÓ COISA DAS GRANDES
CONCEITO REFORMULADO Depois de iniciar seus trabalhos nos Estados Unidos, o Spoleto entendeu que precisaria se readequar para se aproximar do consumidor. Agora, a cozinha veio para a frente do balcão e o quadro de funcionários foi readequado para priorizar a cozinha do estabelecimento. Atualmente, 20% das lojas no Brasil já converteram os gerentes em chefs de cozinha, para aproximar a gestão do negócio. A expectativa é converter 100 lojas em 2018 e toda a rede até 2020.
Mesmo as franquias menores podem buscar ações similares para atrair clientes para as lojas. Ana Vecchi comenta que traçar estratégias com fornecedores é uma das opções que podem ajudar a reduzir os custos. “É uma grande oportunidade e o cliente vai cobrar isso das lojas. Quem não tem o dinheiro para fazer agora, pode buscar parcerias com fornecedores homologados, vai ser bom para as duas”, sugere. A especialista avalia que esse movimento tende a trazer frutos para o franchising e deve ganhar ainda mais as redes nos próximos anos. As franqueadoras que já implementaram tornam-se cases de benchmark para as que ainda estão receosas ou enfrentam resistências internas. “É preciso trabalhar a rede sob a perspectiva de benefícios das ações”, aconselha.
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GESTÃO
Coworking vira tendência entre franquias ESPAÇOS COMPARTILHADOS AJUDAM A REDUZIR CUSTOS FIXOS DA OPERAÇÃO E PROPORCIONAM OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS COM FORNECEDORES E POTENCIAIS CLIENTES
C
ada vez que um novo franqueado entra na rede Maria Brasileira, ele é convidado a passar alguns dias em uma operação já ativa na região para conhecer a rotina. Foi durante essa experiência que nasceu o primeiro coworking da rede. Quando a franqueada de Curitiba (PR), Marina Cristina Domingues Pitta, 35 anos, recebeu a primeira colega para treinamento, há dois anos, elas pensaram em se juntar para economizar. De lá para cá, mais duas unidades se juntaram a elas. “Eu só ganhei com isso, sempre uma cabeça a mais pensando encontra novas opções. Às vezes, sozinho, não enxerga a saída que o colega consegue ver. O nosso casamento está dando muito certo”, comemora. Compartilhe este conteúdo
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Com isso, as franquias da Maria Brasileira que atendem aos bairros Portão, Batel, Cabral e Centro, em Curitiba (PR), dividem o mesmo espaço de 140m2. “Um dos maiores benefícios é a redução dos custos fixos. Dividem um aluguel, uma secretária, uma conta de internet e ganham escala. Além das questões financeiras, existem questões operacionais que nos ajudam bastante”, explica o sócio-proprietário da rede, Felipe Buranello. Esse é o único caso dentro da rede e partiu por iniciativa das próprias franqueadas. A equipe que trabalha para as quatro é a mesma, passa pelos mesmos treinamentos e ajuda a manter a padronização da rede. Os custos fixos caem para cerca de 30% do que seria gasto se elas operassem isoladamente.
Foto: Divulgação
#Compartilhamento #PontoFisico #CustoFixo
Felipe Buranello, sócioproprietário da Maria Brasileira
Buranello acredita que o modelo possa se disseminar pela rede e por outras marcas também, uma vez que ajuda a baixar os custos fixos e aumenta a sinergia entre os franqueados.
PANORAMA Os coworkings têm ganhado as ruas do Brasil nos últimos anos. De acordo com o Censo Coworking Brasil 2017, 810 espaços estavam ativos até o começo do ano passado, totalizando 56 mil estações de trabalho, que recebem mais de 210 mil pessoas. Um crescimento de 114% em relação a 2016, quando o faturamento estimado
Foto: Divulgação
foi de R$ 82 milhões. A cidade de São Paulo lidera com 217 endereços. Os espaços compartilhados ganharam o mercado principalmente durante a alta de preços dos espaços comerciais. “A principal vantagem do coworking é que as pessoas vão a um único endereço e falam com todo mundo que é do ramo”, explica o fundador do Espaço 949, Julio Barros. O espaço atende empresas de varejo e tem profissionais de diversas áreas no mesmo ambiente, como advogados, imobiliária e comunicação.
TENDÊNCIA PARA O FRANCHISING
Foto: Divulgação
Além do networking e das oportunidades de conquista de novos negócios, o coworking propicia redução de custos fixos, que pode ajudar franquias iniciantes a deslanchar. “Dividir uma equipe é muito saudável, principalmente no início, até
Luis Henrique Stockler, sócio da consultoria ba} stockler
a franquia começar a ganhar dinheiro de fato”, observa o sócio da consultoria ba}stockler, Luis Henrique Stockler. O especialista comenta que as franquias podem tirar muito proveito da experiência em espaços compartilhados. Fornecedores de todos os tipos podem ser encontrados por meio do networking, bem como bons contatos para negociação em shopping centers, por exemplo.
CUIDADOS E DESAFIOS Antes de escolher o coworking é fundamental checar quem serão os profissionais que dividirão bancada com sua marca. “É interessante olhar quais empresas estão lá. Para ter sinergia de contato e melhores práticas, tem que tentar buscar contatos que possam complementar a atividade”, aconselha Stockler. As microfranquias são o nicho com mais oportunidade de expansão por esses espaços, na visão do especialista. No modelo, a escala é mais complexa e qualquer economia sempre é bem-vinda. Além disso, a gestão do modelo de negócio é similar em todos os segmentos. A especialista em coworking e CEO da CWK Coworking, Bruna Lofego, acredita que o principal empecilho para o que o varejo tradicional migre para o coworking é a dificuldade para showroom. “O comércio depende de
Bruna Lofego, CEO da CWK Coworking
visibilidade, de rua e muitos coworking estão em escritórios”, explica.
JANELA DE OPORTUNIDADE A procura pelos espaços compartilhados pode ter começado por conta da crise, mas continua por terem se mostrado eficazes e práticos. “Existem muitos espaços com custo reduzido, está na hora de se estruturar, pois não vão ficar nessas condições e vazios por muito mais tempo. Precisa alguém assumir essa liderança. Um franqueador poderia aglutinar outras redes, esse é o momento”, sugere Stockler. Bruna, da CWK Coworking, observa que a visão do negócio no Brasil ainda é limitada, mas as oportunidades são grandes. “As pessoas não entendem que o coworking serve para alavancar os negócios e não simplesmente para quem quer tirar a ideia do papel. Não é para startup somente, é uma fonte para negócios”, afirma.
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GESTÃO
AlphaGraphics projeta economia de até 30%
Foto: Foto Keiny Andrade
Depois de ocupar o mesmo escritório há mais de 18 anos, em São Paulo, a AlphaGraphics Brasil virou a página. Nos últimos tempos, o CEO, Rodrigo Abreu, começou a notar quanto tempo de seu dia, e também de seus colaboradores, era investido em atividades inerentes à administração do espaço, que não contemplavam o core business da companhia. Desde manutenção de ar-condicionado à compra de cadeiras e suprimentos. “Fazemos webinars para toda a rede constantemente, tínhamos que nos preocupar com qualidade de internet. Tínhamos muita perda de tempo com coisas que não fazem parte do nosso negócio”, explica. Ele começou a olhar espaços de coworking, mas não queria sair de perto da loja modelo da marca, pois resolveria alguns problemas e criaria outros. Quando a WeWork abriu um espaço no mesmo complexo da AlphaGraphics, ele não pensou duas vezes. Já faz dois meses que toda a equipe da franqueadora está alocada lá. “Nesse primeiro ano teremos uma economia de 20% a 30%, e não é só de aluguel e condomínio. Internet, telefone, equipe de limpeza e compra de suprimentos em geral”, explica. Além disso, ele enumera os benefícios de relacionamento, pois é possível estabelecer networking com empresas de diversos ramos e portes. Abreu afirma que a ideia, inclusive, pode ser replicada nas franquias da rede, principalmente para atendimento comercial.
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Modelo de expansão contempla coworking A maior parte dos franqueados da AGQ Brasil atuam em coworking. O franqueador, Evandro Ribeiro, explica que eles passaram a adotar esse modelo em 2011, ao colocar no papel e ver que os custos poderiam ser minimizados com a iniciativa. “Meu custo fixo era em torno de cinco mil reais e hoje caiu para menos de 5% disso, por endereço. Temos 15 franquias e sempre recomendo que eles atuem em coworking. Se ele montar escritório eu não consigo atingir os 75% de lucratividade prometidos”, explica. A equipe do coworking atende a todas as empresas que utilizam o espaço, o que ajuda a economizar também com estrutura. “A pessoa liga e em menos de dois minutos o cliente recebe o recado”, exemplifica Ribeiro.
Dentro de casa A ERA – Expense Reduction Analysts criou seu próprio coworking para receber os 17 franqueados da rede. “O nosso objetivo principal é incentivar e encorajar a trabalhar cada vez mais em conjunto e trocar experiências, cada um com seus próprios clientes”, explica o country manager da ERA, no Brasil, Fernando Macedo. O espaço conta com uma mesa ampla para que todos os franqueados possam utilizar, quando quiserem. Há duas salas de reunião que podem ser agendadas e utilizadas para encontros com clientes. O espaço é cortesia da franqueadora à rede, de acordo com Macedo. O franqueador comenta que os benefícios se refletem nos números. Quanto maior a assiduidade dos franqueados, maior o faturamento. “Tem um franqueado de Piracicaba (SP) que se colocou uma meta de vir uma vez por semana. Com isso, o faturamento dele subiu vertiginosamente”, afirma.
Franqueador investe em seu próprio coworking O conselheiro do Giraffas, Alexandre Guerra, e a sócia-diretora do Lide Futuro, braço de fomento a liderança e empreendedorismo do LIDE, Laís Macedo Ribeiro, anunciaram o lançamento do COPA Networks, um modelo de coworking que será inaugurado em Brasília e já tem previsão de chegar a São Paulo. O empreendimento tem investimento inicial realizado pela A5 Capital Partners. “Entendemos que as relações de trabalho estão se transformando, tanto no espaço físico, quanto na flexibilidade”, afirma. A rede planeja ter 70 unidades em 10 anos, somando 80 mil m2 e uma comunidade de 40 mil pessoas. Guerra defende que o espaço seja utilizado até mesmo por quem já tem unidade física de sua empresa, pois propicia troca de conhecimento e networking qualificado. “É para os franqueadores saírem da zona corporativa e irem para o nosso espaço. É uma alternativa para o home office, para empresas pequenas e também para grandes que queiram se envolver em uma comunidade conectada”, afirma.
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Otimismo que inspira VAREJO NORTE-AMERICANO VIVE RECUPERAÇÃO E VENDAS ATINGEM NOVOS PATAMARES. LOJA FÍSICA AINDA TEM PAPEL DETERMINANTE NA ESTRATÉGIA DAS MARCAS
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setor norte-americano deve crescer 4,7% em 2018. O período de feriados, que contempla os meses de novembro e dezembro, do ano passado, foram o melhor do varejo
norte-americano desde 2010. De acordo com a NRF, os consumidores gastaram cerca de US$ 690 bilhões, uma alta de 5,5% em relação ao mesmo período de 2016. Foto: Divulgação
A
109ª edição da NRF’s Big Show, tradicional evento do varejo mundial, que recebeu mais de 35 mil pessoas de 95 países, em Nova Iorque, contou com representantes do franchising brasileiro, capitaneados pela ABF, para analisar o varejo de hoje e do futuro. Essa foi a primeira missão internacional da entidade em 2018. Os curadores do grupo foram o presidente da entidade, Altino Cristofoletti Junior, Jae Ho Lee, diretor de comunicação e marketing, Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Alberto Serrentino, seu vice-presidente, Julio Takano, CEO da Kawahara Takano Retailing, Regiane Relva, CEO da Vip-Systems e Adir Ribeiro, fundador e presidente da Praxis Business O evento foi marcado principalmente pelo otimismo dos norteamericanos em relação ao varejo. O
A delegação da ABF participou de uma visita guiada exclusiva à Feira de Tecnologia, com mentoria de Regiane Relva, CEO da VIP-Systems.
Altino Cristofoletti Junior conversa com o Grupo durante as aterrissagens feitas para troca de experiências entre os membros da delegação
Fotos: Divulgação
Ribeiro, um dos curadores do grupo, analisa que a força do varejo para a economia norte-americana é evidente e o evento apresentou diversos cases e dicas práticas, além de estratégicas, para lidar com as transformações que têm atingido as lojas físicas em todo o mundo. “Outro fato relevante é o momento positivo da economia americana, o que lhes mantêm animados e com relativo baixo nível de desemprego, se comparado a outras edições, onde o humor estava mais baixo”, avalia.
O Grupo ABF foi composto por representantes do franchising e varejo brasileiros.
ABF realiza imersão no Harvard Club A IMPORTÂNCIA DA REINVENÇÃO A Levi’s é uma marca com mais de 150 anos e se tornou sinônimo de jeans. Só isso já poderia fazer com que ela congelasse no tempo e continuasse a ganhar seus milhões sem muito esforço. Mas por quanto tempo ela conseguiria se manter relevante em um cenário cada vez mais efêmero? O presidente da marca, James Curleigh, mostrou em sua plenária que a inovação precisa fazer parte de todos os negócios. Ele foi emblemático, ao entrar no palco com uma bicicleta, com uma jaqueta conectada à internet e um GPS. “Foi uma
A delegação brasileira participou do Seminário Internacional de Varejo, no Harvard Club, com a presença de especialistas e grandes nomes internacionais, como Seth Godin, autor de best sellers e guru de marketing; John Thompson, presidente do conselho da Microsoft; Todd Pollak, head de varejo do Google nos Estados Unidos e Ravi Bagal, head global de varejo da Amazon Web Services.
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TENDÊNCIAS Já apresentado há alguns anos na NRF, o Bopis (Buy on-line and pick up in store – algo como comprar on-line e retirar na loja) tem crescido ainda mais, fazendo com que
as lojas físicas remodelem seus espaços e consigam atrair um fluxo ainda maior de potenciais consumidores. Isso é apontado como uma grande tendência, que deve levar a novos investimentos dos varejistas. Apesar de toda a tecnologia que foi apresentada no Innovation Lab, que estão revolucionando o varejo ao redor do mundo, como realidade aumentada (algo como o jogo Pokémon GO, mas aplicado ao varejo), inteligência artificial, robótica e
Grupo participa de visitas técnicas exclusivas Um dos diferenciais da delegação da ABF à NRF são as visitas técnicas exclusivas. A atividade permite conhecer operações norte-americanas in loco e estabelecer networking com as maiores marcas mundiais. O CEO da Kawahara Takano Soluções para o Varejo, Julio Takano, guiou o grupo. A primeira parada do trajeto foi a sucursal do Facebook em Nova Iorque. Os executivos brasileiros tiveram acesso a dados e informações sobre a maior rede social do mundo. Atualmente são mais de dois bilhões de usuários e cerca de 23 mil colaboradores ao redor do globo. O segundo destino foi o centro gastronômico Le District, que é apontado como a versão francesa do Eataly, que já tem unidade em São Paulo. O espaço contempla três restaurantes, diferentes ambientações e estilos gastronômicos, patisserie, rotisserie, boulangerie, café e empório. A ABF também passou pela flagship da Sonos, que é considerada a reinventora do sistema de sonorização residencial; pela Samsung 837, loja de tecnologia e inovação que reúne teatro, estúdio multimídia, entre outros espaços; e pela Devialet, loja conceito da empresa francesa de tecnologia de áudio.
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O BOPIS (COMPRAR ON-LINE E RETIRAR NA LOJA) TEM CRESCIDO, FAZENDO COM QUE AS LOJAS FÍSICAS REMODELEM SEUS ESPAÇOS E CONSIGAM ATRAIR UM FLUXO AINDA MAIOR DE POTENCIAIS CONSUMIDORES Fotos: Divulgação
verdadeira aula de estratégia de um negócio que não parou no tempo, apesar dos inúmeros concorrentes nos mercados globais onde atua, e que mesmo assim mantém a liderança”, analisa Ribeiro.
A inFlux é a rede mais premiada do franchising brasileiro na última década. Em 9 anos como associada da ABF, é a única rede de franquias a vencer por 7 vezes o “Destaque do Selo de Excelência”, prêmio que reflete a satisfação dos franqueados em todo o Brasil em relação ao modelo de negócio e ao suporte oferecido pela franqueadora.
Em 2O17, a inFlux recebeu o prêmio máximo concedido pela ABF, o Troféu Franqueador do Ano. Se você deseja investir em um negócio sólido, rentável e reconhecido, venha fazer parte da família inFlux.
Fotos: Divulgação
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Logo no primeiro dia, o presidente da ABF, Altino Cristofoletti Junior, representou o setor nacional na reunião do Forum International Retail Association Executives (FIRAE), que faz parte da National Retail Federation (NRF)
machine learning, o básico ainda se mostra muito importante. De acordo com Lee McCabe, vice-presidente executivo do Grupo Alibaba nos Estados Unidos, metade das vendas globais do e-commerce acontecerão na China em 2019. O conceito de fisital (físico + digital) está na estratégia da empresa, pois o grupo atua em várias áreas de negócios, desde shopping centers, supermercados, pequenos varejos, mídias, tecnologia e e-commerce. Moeda digital Ainda nos primeiros passos no mercado brasileiro, o pagamento criptografado vem ganhando cada vez mais contornos no varejo norte-americano. A executiva Jennifer Bailey, vice-presidente de serviços e internet da Apple, falou sobre o Apple Pay, que é a carteira digital da empresa. Na visão da empresa, e-commerce será o maior canal de compras em 2021 e aplicativos serão responsáveis por 87% do tráfego.
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Walmart ainda é o maior do mundo A tradicional pesquisa que elenca os 250 maiores varejistas do mundo, apresentada pela Deloitte, trouxe poucas diferenças em relação as edições anteriores. Walmart continua na liderança, com faturamento anual de US$ 485 bilhões, seguido pela Costco, com US$ 118 bilhões. O executivo Ira Kalish observou que as grandes economias mundiais estão crescendo menos. A única marca brasileira no ranking é a Lojas Americanas, que aparece em 185º, com faturamento de US$ 5 bilhões. Ano passado a empresa figurava em 170º, com valores semelhantes.
Ela acredita que o cliente vai substituir os meios de pagamentos tradicionais pelo NFC (pagamento por aproximação), em breve. A justificativa para isso é que
como o celular se tornou objeto utilizado durante todo o dia, para a maioria das atividades, ele ganhará um papel cada vez mais importante no varejo.
LEGISLAÇÃO
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Registro de marca, produtos e ideias. O que pode ou não? SAIBA COMO PROTEGER SUA MARCA E QUAIS SÃO OS LIMITES DE REGISTRO. NEM TUDO PODE SER REGISTRADO E SUA EMPRESA PRECISA SE PREPARAR PARA ISSO
ma ex-funcionária de uma franqueadora brasileira aprendeu o know-how do negócio e decidiu que queria empreender naquele modelo, mas sob outra bandeira. Ela contatou uma exfranqueada para comprarem equipamentos próprios da rede, desenvolveram uma marca bem parecida com a original e abriram a empresa
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no nome do irmão. Parecia o plano perfeito! O escritório advocatício contratado pela marca original ouviu falar sobre a nova operação, foi visitar e fez um trabalho investigativo, coletando provas de que a loja era, na verdade, um clone da empresa original. “O juiz mandou retirar a marca, descaracterizar a loja, desinstalar o software, devolver o maquinário e cumprir a
cláusula de não concorrência”, relembra o sócio do escritório Villarreal Advogados, Gabriel Villarreal. Após a decisão, em cinco dias, a loja foi fechada. O inusitado aconteceu depois disso. “A empresa da ex-funcionária e do irmão fez um acordo conosco, pagou integralmente a taxa de franquia, assinou o contrato e virou uma unidade franqueada. Acabou sendo, com o tempo, uma excelente unidade e uma das que mais respeitou as cláusulas contratuais”, afirma Villarreal. O final feliz só foi possível porque a rede original tinha todos os registros da marca e da patente corretamente feitos. Além, é claro, da cláusula de não concorrência no contrato de franquia. Ela protege o know-how e o negócio criado pelo empreendedor. “Conforme entendimento do Conselho Administrativo
“CONFORME ENTENDIMENTO DO CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA (CADE), A LIMITAÇÃO À CONCORRÊNCIA SERÁ VÁLIDA DESDE QUE TAL RESTRIÇÃO SEJA DELIMITADA Foto: Divulgação
PARA DETERMINADO TERRITÓRIO E DURANTE
de Defesa Econômica (Cade), a limitação à concorrência será válida desde que tal restrição seja delimitada para determinado território e durante determinado prazo”, orienta o especialista.
COMO PROTEGER? Registrar a marca é proteger o nome da empresa ou produto. “Marca é sempre o sinal distintivo de produto/serviço”, explica a sócia da Neves Amaral Advogados, Flávia Amaral. A especialista esclarece que o termo “patentear” é usado erroneamente e o correto é registrar patente de algo, de alguma inovação, como um protótipo de equipamento, por exemplo, que preencha os requisitos de novidade, atividade inventiva (não pode ser algo óbvio) e produção industrial. Compartilhe este conteúdo
DETERMINADO PRAZO” Gabriel Villarreal, sócio da Villarreal Advogados
Seja qual for o registro, o órgão que deve ser buscado é o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). “Primeiro apresentamos pedido de registro de patente ou de registro de desenho industrial. Tem algumas fases lá dentro e, ao final, o INPI diz se vai conceder ou não”, explica. Modelo de negócio não tem proteção, até porque é preciso criar concorrência. Se não fosse assim, o Snapchat nunca teria visto sua galinha dos ovos de ouro fazendo sucesso na granja de Mark Zuckerberg, e ainda teria se mantido relevante. Nesse caso, Flávia explica que, se ninguém mais soubesse fazer a tecnologia, aplicar-se-ia a proteção ao segredo do negócio.
CAPRICHE NA BUSCA Antes de sair divulgando para o mundo a sua marca e seus produtos ou serviços, faça uma busca de anterioridade: alguém já teve a mesma ideia que você?
Saiba Mais: Formatos ornamentais podem ser protegidos por meio do Desenho Industrial, no INPl.
“Se eu apresento a marca com algum logotipo, a proteção vai ser para aquele logotipo. Para marcas muito famosas não vou conseguir princípio da especialidade. Coca-Cola cadeiras, por exemplo não consigo registrar”, explica Flávia.
Saiba Mais: Marcas com nomes muito específicos, como Loja das Cadeiras, por exemplo, têm mais dificuldade para obter o registro. Flávia Amaral comenta que esses nomes são ótimos para o marketing, mas péssimos para o jurídico.
Proteja suas ideias A especialista Flavia Amaral explica que se a ideia for compartilhada com outra pessoa antes de ser posta em prática, a única forma de se proteger, caso o receptor resolva desenvolvê-la sem o autor, é com um contrato de confidencialidade. “No entanto, se um terceiro que eu nem o receptor tivemos contato chegar à ideia e desenvolver, não tem nada que possamos fazer contra”, alerta.
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LEGISLAÇÃO
DÁ PARA TRABALHAR SEM REGISTRAR?
“NÃO BASTA SÓ DEPOSITAR A MARCA, É PRECISO ACOMPANHAR TODA SEMANA, POIS PODE TER UM DESPACHO E É PRECISO CHECAR SE CONCORRENTES ESTÃO DEPOSITANDO A MARCA LÁ TAMBÉM” Flávia Amaral, sócia da Neves Amaral Advogados
O franqueador não é impedido de começar um negócio se não registrar o nome, mas se coloca diante de um risco: se algum concorrente depositar o pedido de registro no INPI antes dele, tem a preferência na aprovação. “Não basta só depositar a marca, é preciso acompanhar toda semana, pois pode ter um despacho e é preciso checar se concorrentes estão depositando a marca lá também. Se eu já tenho um pedido de registro, posso impugnar as que vêm depois de mim”, aconselha Flávia. Ela orienta que um especialista seja designado para acompanhar esse pedido. O não registro da marca acaba criando um mercado paralelo de venda de registros, segundo Villarreal. “Existem pessoas de má-fé que se dedicam exclusivamente a registrar marcas usadas por terceiros que não promoveram o devido registro, para depois negociar a venda da marca
por elevado valor ou obrigar juridicamente o empreendedor a mudar”. O especialista explica que a mesma situação pode acontecer em domínios de internet, na prática conhecida como cybersquatting.
O que pode ser protegido? Marca - Nome de um negócio ou produto. Patente - Alguma inovação que preencha os requisitos novidade, atividade inventiva (não pode ser óbvio) e produção industrial. Nome empresarial - Nome da sociedade pode ser diferente da marca. Formato Ornamental - o formato do produto (garrafa ou embalagem, por exemplo) pode ser registrado no Desenho Industrial
Alerta: O franqueado também corre riscos ao trabalhar com uma marca não registrada, pois ele também comete o ilícito, na prática.
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ASPECTOS LEGAIS DO FRANCHISING #Consumo #Reformas #Impostos #Trabalho
O que franchising deve esperar das reformas? Por Fernando Tardioli*
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epois de três anos de queda, o varejo comemorou um crescimento de 6% nas vendas do último Natal. Segundo a Serasa Experian, que divulgou o índice, o desempenho foi o melhor desde 2011, o que pode mostrar um cenário de maior confiança do consumidor na economia e uma leve retomada no crescimento brasileiro – apesar da instabilidade político-econômica. Os fatores que influenciam o consumo, como a menor taxa de desemprego e queda no índice de endividamento das famílias, estão favoráveis, então, a retomada do otimismo no varejo é gradual, mas, concreta. Diante das reformas da Previdência e Trabalhista, o que o setor de franchising – representado basicamente pelo varejo de produtos e serviços – pode esperar? É possível ser otimista, num ano em que as eleições são uma verdadeira incógnita e, ainda, há uma série de feriados e uma Copa do Mundo, para embolar, com uso de trocadilho, o meio de campo? Em primeiro lugar, as reformas – Fiscal, Previdenciária, Trabalhista, Tributária – são extremamente necessárias ao Brasil. São essas medidas que permitirão que o País controle melhor seus gastos públicos, enxugue a máquina e, de maneira geral, ‘profissionalize’ a burocrática e ineficiente atividade pública, da qual os empresários dependem e, da maneira que está, não podem se beneficiar para ver suas empresas crescendo. Depois, cada uma
*Fernando Tardioli é Diretor Jurídico da Associação Brasileira de Franchising (ABF), do World Franchise Council (WFC), da Federação Ibero-Americana de Franquias (FIAF) e sócio do escritório Tardioli Lima Advogados
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das reformas traz benefícios específicos para o varejo, setor fundamental da economia. A Reforma Trabalhista, por exemplo, flexibilizará as relações de trabalho, podendo melhorar as condições para lojistas e seus funcionários, ao mesmo tempo em que coibirá ações infundadas na Justiça do Trabalho. A aprovação da reforma da Previdência, por si só, já iniciaria o ajuste fiscal, permitindo que o Governo gaste proporcionalmente ao que arrecada – ao menos, no que tange às aposentadorias. Essa questão está diretamente ligada ao varejo, porque a simples confiança de uma economia mais centrada em rever os gastos públicos já atrairia mais investimentos, poderia controlar os juros e reacender o consumo, propiciando uma alta nas vendas. Para que o varejo se beneficie, porém, as reformas precisam acontecer antes das eleições. Isso porque nenhum parlamentar desejará ver sua imagem, à beira das eleições, vinculada a uma pauta pouco popular, e a tendência será, portanto, enviar todas as pendências para 2019. Assumindo um presidente com perfil conservador – e não reformista, o que seria ideal para o varejo –, o crescimento pode ser bem mais lento do que o desejado. Por fim, se pensarmos nos juros, que influenciam diretamente no comportamento do consumidor, vale lembrar que a taxa básica tem caído, mas, se a inflação subir, ela sobe proporcionalmente. Com os juros mais altos em cheque especial e cartão de crédito, o consumidor fica novamente endividado e seu orçamento volta a ser comprometido, com inadimplência e queda no consumo. É um ciclo perigoso, que afeta os novos negócios – em franquia, traduz-se como pausa na expansão – e também a inovação e os investimentos na marca. Os parlamentares acreditam que as reformas acontecerão. Tomara mesmo. Pelo bem do governo, da população brasileira e das franquias.
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ARTIGO
Franquia Pública,
a Parceria Público-Privada da pequena e média empresa
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Por Luiz Felizardo Barroso*
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criação da Franquia Pública é uma inovação alvissareira, contida no bojo do projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional, fruto de um anteprojeto elaborado pela Comissão de Franquias Públicas e Empresariais (que presido no Instituto dos Advogados Brasileiros); projeto de lei aquele que objetiva proporcionar valiosos aperfeiçoamentos à Lei vigente (Lei nº 8,955/94), hauridos da doutrina, da jurisprudência e da vivência empresarial.
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Revista Franquia & Negócios ABF
O conceito embora inusitado possibilitará às empresas públicas, às sociedades de economia mista e às entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios adotar o sistema de franquia empresarial nos planos de expansão de suas atividades. Serão autênticas parcerias público-privadas, porém, destinadas às pequenas e médias empresas. A franquia pública pode ser um relevante instrumento de incentivo à expansão da economia formal, de geração de novas oportunidades de emprego, trabalho e renda para a população. Tal como as parcerias público-privadas, que o governo federal tenta implantar, a franquia pública também desonerará a administração central da alocação de recursos próprios, sempre escassos, e da contratação de mão-de-obra, em geral complicada, na implementação e operação de atividades que podem ser perfeitamente desempenhadas pela iniciativa privada. A franquia pública está, pois, para a pequena e média empresa, assim como as parcerias público-privadas estão para as grandes. A franquia pública apresenta-se para o Estado muito mais interessante e convincente do que a concessão ou a permissão, porque só a franquia
permite, debaixo de um sistema de parceria e cooperação recíproca entre o franqueador e o franqueado, que aquele tenha maior controle e fiscalização sobre este, quanto ao fornecimento ao consumidor de seus produtos e serviços. A escolha de franqueados, baseada na análise das aptidões dos interessados, não é inaplicável às fórmulas de seleção de contratados, previstas na atual legislação sobre licitações, pois são baseadas na análise de propostas, sejam elas econômicas ou técnicas. Na franquia, as propostas são feitas ao revés, pelo franqueador A, B ou C, sendo, então, escolhidas por um candidato à franquia, que, após habilitar-se, se submeterá ao processo de seleção. Para implantar as franquias públicas é preciso, portanto, um processo próprio de seleção de franqueados, aliás, previsto no Projeto de Lei em tramitação no Congresso Nacional. Poderá o Estado “privatizar” apenas o contato direto com o cidadão, o consumidor, tarefa por natureza atomizada, só desempenhada satisfatoriamente pelo microempresário privado, no caso, o franqueado. Que venha, pois, a franquia pública, para o bem do Estado e de toda a Nação brasileira!
* Presidente da COBRART Gestão de Ativos Financeiros
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maioria absoluta das informações às quais temos acesso hoje sempre esteve por aí, disponível. O que a “sociedade da informação” e a internet fizeram foi popularizar as ferramentas de acesso às ideias e obras de Platão, Einstein, Picasso, Sinatra, Spielberg ou Pabllo Vittar. Mas de que vale tanto acesso à informação para quem não tem repertório para interpretá-la? Filtrar tudo a que temos acesso para escolher a informação relevante é o maior desafio para quem quer não apenas sobreviver, mas vencer na sociedade da informação. Estamos na era dos filtros. É possível comprar ou emprestar filtros. É assim que muitos fazemos quando escolhemos aquilo que todo mundo está usando, a música que todo mundo está ouvindo, o livro que todo mundo está lendo: usamos os filtros dos outros. Quando escolhemos um jornal ou revista para ler, usamos um filtro. É através dos olhos dos editores que veremos o mundo. E a maioria das pessoas, com preguiça ou por pura ignorância, passa a vida vendo o mundo pelos filtros dos outros. Dá para viver assim? Dá. Dá até para ter algum sucesso. Mas seremos sempre nada mais que previsíveis e, se bobear, massa de mano-
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Por Luciano Pires*
* Luciano Pires é jornalista, escritor, palestrante e cartunista contato@lucianopires.com.br www.lucianopires.com.br
bra. Minha recomendação para este novo ano é que você invista no desenvolvimento de seus próprios filtros, permanentemente atento para refletir sobre suas experiências e as consequências de suas escolhas. Valorize seu tempo de vida e questione muito para quem você vai dá-lo. O dedo e a tecla que você usa para gastar dez minutos de vida assistindo um youtuber comendo uma minhoca é o mesmo que você usa para acessar um curso online que pode mudar sua vida. Ou ouvir um podcast. Selecione muito bem quem merece receber seu tempo de vida. Filtre 2018. E faça dele um ano feliz.
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