1 minute read

Previsão marítima para 2050

Novos pedidos de construção e projetos industriais comprovam que o setor marítimo está acelerando sua transição energética – os armadores começaram a preparar seus ativos para o futuro.

De forma encorajadora, os navios recém-construídos estão sendo cada vez mais encomendados para funcionar com combustíveis alternativos, com GNL dominante, por enquanto. Investimentos substanciais estão pesquisando alternativas seguras e economicamente viáveis, para usar outros combustíveis neutros em carbono.

O 6º relatório de Previsão Marítima para 2050, da DNV, se concentra nesta questão-chave, e descreve em que condições cada novo tipo de combustível irá proliferar; qual deles captura participações sustentáveis no mix de combustíveis para 2050 – sejam biocombustíveis, e-combustíveis, ou combustíveis fósseis, com captura e armazenamento de carbono.

A indústria marítima deve buscar consenso com outras indústrias, para garantir que os recursos energéticos sustentáveis sejam direcionados para onde podem reduzir mais as emissões de gases de efeito estufa: até 2030, 5% da energia para o transporte deve vir de combustíveis neutros em carbono, exigindo enormes investimentos em tecnologias de bordo e infraestrutura onshore. Navegar pelas opções é complexo, porque não existe um único combustível alternativo, e toda a cadeia de valor marítima – afretadores, grandes empresas de energia, combustível fornecedores, governos, financiadores, portos e armadores – deve colaborar para garantir o financiamento adequado, e aplicá-lo aos projetos certos.

Corredores verdes de transporte podem servir como plataformas de lançamento, reduzindo também o risco da infraestrutura se tornar obsoleta, à medida que o mix de combustível muda.

Se avançarmos para a descarbonização total até 2050, a infraestrutura precisa entregar cerca de 270 milhões toneladas de combustíveis alternativos, de acordo com as modelagens da DNV. E a digitalização permitirá o desbloqueio de maior potencial de eficiência energética, e apoiando a necessária colaboração e compartilhamento de informações, para acelerar a transição.

This article is from: