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Empresas & Negócios
State Grid Brazil é a primeira empresa de energia a conquistar a certificação ISO 56002 no país
A State Grid Brazil Holding recebeu o certificado ISO 56.002, direcionado à gestão da inovação. Com isso, a empresa passa a ser a primeira, no segmento de energia brasileiro, a garantir esse selo. Essa conquista reforça o compromisso da State Grid Brazil, com a busca pela inovação no setor elétrico, onde a empresa já aportou mais de R$ 31 milhões, nos últimos cinco anos. Ao longo de aproximadamente seis meses, a companhia passou por um processo de avaliação, que levantou as suas iniciativas em inovação, bem como aquelas que ainda devem ser desenvolvidas para atender as diretrizes da norma. Nessa etapa, foram promovidos os devidos ajustes, para comprovar, mediante o processo de auditoria realizado pela certificadora australiana
QMS, a eficiência de seu sistema de gestão da inovação. Ser uma das empresas pioneiras na certificação de gestão de inovação aumenta ainda mais o foco em garantir o desenvolvimento de novas tecnologias para o setor elétrico brasileiro e, para isso, a State Grid Brazil conta com o intercâmbio tecnológico com as empresas do grupo State Grid, na China, além dos diversos parceiros no país. A consultoria PALAS realizou a implementação do processo de certificação, com a análise de tendências do mercado de energia, mapeamento de riscos inerentes ao negócio, e criação de um funil de inovação, capaz de envolver os colaboradores na busca por ideias que podem alavancar a empresa. “A conquista da ISO 56.002 demonstra a sintonia entre a State Grid Brazil e as melhores práticas do mercado em gestão da inovação. Além disso, garante uma grande vantagem competitiva à empresa, posicionando-a de forma pioneira no mercado na busca por soluções inovadoras, que possam aperfeiçoar ou ampliar a eficiência operacional e tecnológica no segmento de transmissão de energia”, destaca
Alexandre Pierro, sócio fundador da PALAS. Lançada em julho de 2019, a certificação ISO 56.002, de gestão da inovação, demonstra que a empresa está preparada para lidar com as transformações e para as novas necessidades do seu ramo de atividade. Baseada em oito pilares – abordagem por processos, liderança com foco no futuro, gestão de insights, direção estratégica, resiliência e adaptabilidade, geração de valor, cultura adaptativa e gestão das incertezas – a ISO 56.002 defende que uma inovação pode ser um produto, serviço, processo, modelo, método ou a combinação de qualquer uma delas. 20
EDP Renováveis e Vestas lançam "Keep it Local" para fomentar a capacitação e emprego
A EDP Renováveis, quarta maior produtora mundial de energias renováveis, e a Vestas lançaram ‘Keep it Local’, programa cuja missão é impulsionar a empregabilidade de moradores que vivem em zonas rurais. Ministrado pelo SENAI do Rio Grande do Norte, o programa será voltado à qualificação de estudantes em cursos de energia eólica. O foco será o município de Caiçara do Rio do Vento.
O ‘Keep it Local’ destina-se aos moradores que vivem em zonas com baixa densidade populacional, e baixos níveis de emprego, com o objetivo de aproveitar o desenvolvimento de projetos renováveis em zonas rurais, para aumentar a empregabilidade. O programa permite que, após a qualificação, estes moradores possam optar por um local de trabalho próximo dos seus locais de origem, e ao mesmo tempo, posicioná-los dinamizadores da economia local.
Oferecida de forma gratuita à população, a capacitação será com um curso de manutenção e operação de parques eólicos. Promovido no estado do Rio Grande do Norte, no município potiguar de Caiçara do Rio do Vento, as aulas serão ministradas, a partir de 4/10, pelo Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER), do SENAI-RN, para 25 residentes da região, que possui inúmeros projetos eólicos em desenvolvimento, construção e operação.
“Somos uma empresa comprometida com a sustentabilidade, e o nosso objetivo é promover o bem-estar e o desenvolvimento das comunidades em que estamos presentes”. E acrescenta: “Estamos muito satisfeitos com os resultados da primeira edição do ‘Keep it local’ (em Espanha), já que 30% dos participantes encontraram emprego no setor, incluindo na EDP Renováveis. Por isso, neste ano, decidimos continuar apoiando os moradores das comunidades próximas aos nossos parques no Rio Grande do Norte, que querem trabalhar nessa indústria do futuro, que é a energia renovável,” comentou Duarte Bello, COO da EDP Renováveis na Europa e América Latina.
Eduardo Ricotta, presidente de Vestas para a América Latina, comentou que “Nosso compromisso é incluir a sustentabilidade em tudo o que fazemos. E isso inclui nossa ambição de nos tornarmos a empresa mais segura, inclusiva e socialmente responsável do setor de energia. Ao estender o projeto ‘Keep it local’ para o Brasil, buscamos contribuir para que jovens locais possam desenvolver habilidades e conhecimentos necessários para ingressar no setor eólico, e serem agentes de mudança para um futuro mais sustentável para nosso planeta”.
@Divulgação
Rede inteligente oferece suporte ao gerenciamento de gás eficiente e preciso
Monitoramento de uma rede de fornecimento de gás natural com terminais EtherCAT projetados para proteção contra explosão – no oeste da Suíça, as estações operadas pela Gaznat para a gestão do fornecimento de gás natural estão sendo gradualmente equipadas com novos equipamentos de monitoramento. O fornecedor de energia está trabalhando com a Beckhoff Suíça, para obter maior eficiência e precisão, principalmente usando terminais ELX para a conexão direta de dispositivos de campo intrinsecamente seguros. Além disso, esta abordagem simplifica os processos necessários para extração de dados, minimiza o esforço de instalação, e reduz consideravelmente os custos.
A Gaznat SA, com sede em Vevey, opera estações onde é realizado um processo essencial na indústria do gás: a chamada despressurização do gás refere-se à redução de pressão necessária, para que o gás natural seja encaminhado aos consumidores. Isso reduz a pressão do gás de aprox. 38 bar para um valor abaixo do limite prescrito de 5 bar. Posteriormente, o gás natural é entregue à concessionária local, que assume a responsabilidade pela posterior entrega aos moradores locais, demais usuários finais e consumidores industriais.
Atuando como intermediário entre os fornecedores de gás natural e as diversas concessionárias municipais e entidades regionais responsáveis pelas redes locais, a Gaznat transporta uma energia equivalente anual de mais de 13 TWh. A principal tarefa da empresa é estabelecer, manter e operar a rede de transmissão de alta pressão, no oeste da Suíça – cerca de 600 km de gasodutos, bem como 50 estações de redução e medição de pressão.
Para proteger, gerenciar e controlar remotamente sua rede, a Gaznat necessita de soluções digitais e eletrônicas, adaptadas às especificidades técnicas de suas diversas plantas. A infraestrutura das estações inclui grande parte de equipamentos mecânicos, porém, também está equipada com eletrônica de última geração, o que é um pré-requisito para a digitalização da rede de abastecimento de gás. A infraestrutura de gás – a mesma que a rede de energia elétrica – está atualmente tendendo à adoção generalizada de sistemas e dispositivos de rede inteligente. De acordo com a experiência da Gaznat, a digitalização da infraestrutura de gás é muito facilitada pelos produtos Beckhoff: nos gabinetes de controle do sistema de controle de pressão de gás, a força inovadora da empresa de automação é evidente, na ampla gama de componentes EtherCAT I/O, particularmente os terminais ELX, para aplicações de proteção contraexplosão. A linha ELX utilizada é
composta por terminais digitais e analógicos de 12 mm e 24 mm, respectivamente, que podem ser usados para adquirir diretamente os sinais de dispositivos de campo, instalados em seções de estações por onde circula o gás. Isso significa que todos os pontos de dados dentro da planta podem ser conectados diretamente aos terminais EtherCAT, tanto em áreas padrão quanto em áreas perigosas. Isso simplifica muito a instalação e a fiação geral, e dispositivos intermediários, como barreiras intrinsecamente seguras ou outros conversores de sinal, são dispensados completamente. Como resultado da grande variedade de terminais EtherCAT da série EL disponíveis, a Gaznat diz que encontrou todas as opções de conectividade necessárias, por exemplo, para monitorar o consumo de energia com os transformadores de corrente EL3443 e SCT, o status da iluminação na estação, e os dados de controle para aquecimento do gás. Todos esses dados são então transmitidos através do acoplador Modbus para o sistema de controle para processamento posterior. Do ponto de vista da Gaznat, agora são necessários menos dispositivos eletrônicos, porque a necessidade de barreiras de segurança tradicionais foi eliminada. Em termos de espaço, tudo agora cabe em um grande gabinete de controle, enquanto costumava levar de dois a três. Em termos de eficiência econômica, o uso de terminais EtherCAT, da Beckhoff, e o ELX1058, em particular, leva a reduções de custos significativas, de acordo com Bertrand Luisier (à esquerda), gerente de automação Gaznat. Por exemplo, as estações adapda Gaznat, e Vincent Hauert (à direita), gerente de tadas mostram uma economia de cerca filial da Beckhoff Yverdon, discutem as vantagens da de 50% em comparação com os sistemas infraestrutura digitalizada de fornecimento de gás. convencionais, o que equivale a muitos milhares de francos suíços. Além disso, a solução de problemas também é simplificada. O terminal de entrada digital ELX1058 permite a conexão direta de dispositivos de campo NAMUR, intrinsecamente seguros, instalados em áreas de zona perigosa 0/20 e 1/21, e adquire seus sinais de acordo com a IEC 60947-5-6. Os sensores são alimentados com uma tensão de 8,2 V, e retornam um sinal de corrente diagnosticável. Isso significa que a ruptura do fio e os curtos-circuitos podem ser detectados além do estado de comutação atual. Os LEDs indicam os estados do sinal, bem como quaisquer estados de erro. Do lado do software, é possível definir se um sensor de comutação, positivo ou negativo, está conectado para cada canal. Isso significa que, tanto os contatos de abertura, quanto os contatos de fechamento NAMUR, podem ser integrados ao sistema de controle, sem nenhuma alteração. Além disso, os LEDs de erro podem ser desligados.
Motul celebra 30 anos de operação no Brasil
Multinacional francesa especializada em lubrificantes e fluidos de alta tecnologia, a Motul completa 30 anos de operação no Brasil. A marca, que está presente no país desde 1992, trouxe inovação e tecnologia ao mercado, por meio de seus lubrificantes sintéticos e produtos, para as mais diversas aplicações, como óleos para veículos de alta performance, aditivos e produtos, para o cuidado com a moto e a segurança do motociclista.
Tendo como grande marco a introdução, informação e divulgação das especificações japonesas JASO, a Motul conquistou espaço no meio automotivo, e trilhou um caminho bem-sucedido de lançamentos e novidades. Ficou reconhecida, por ser a primeira marca a apresentar lubrificantes de motor e de transmissão com homologações nas principais montadoras. Em 2016, com o início da hibridização, em um momento pré-eletrificação, foi a primeira companhia a produzir óleos especialmente fabricados para motores híbridos. Pouco tempo depois, trouxe lubrificantes para as transmissões dos veículos híbridos.
Instituída no mercado como uma marca premium, e idealizada por especialistas e apaixonados pelo universo do esporte a motor, a Motul tem as pistas como seu principal laboratório. “Para a celebração dos 30 anos da operação brasileira, nós queremos aproximar-nos ainda mais do nosso consumidor”, diz Mariano Perez, General Manager da Motul Brasil. “Graças ao trabalho dos nossos distribuidores oficiais, em todo o Brasil, conquistamos um espaço bastante positivo no mercado nacional, e agora entendemos que é chegada a hora de conhecermos melhor quem são os clientes, para oferecer-lhes uma experiência única com a nossa marca.” Neste importante marco de 30 anos de história no país, a Motul reflete sobre o momento atual, que é de crescimento em volume de vendas e relevância da operação local. A marca está diversificando o portfólio de produtos, e ampliando a aproximação com o consumidor.
Em 2021, a Motul lançou a sua primeira produção local, com o lubrificante 3000+, para motos de baixa cilindrada, e iniciou a diversificação de portfólio com o lançamento da linha de aditivos, além de ter inaugurado o primeiro espaço conceito, no Brasil, em uma loja de motocicletas premium, para alcançar, no varejo, o posicionamento de impacto que a marca já tem nas competições.
Neste ano de 2022, a marca já conta com mais produtos de produção local, como o 5000+, lubrificante semissintético para motos de baixa e média cilindrada, e o X-Tech, lubrificante 100% sintético para carros. Com o alcance das metas estipuladas, a empresa prevê um fechamento anual produtivo. O desafio para os próximos meses é consolidar a operação brasileira, e aumentar a quantidade de produtos fabricados no Brasil, para garantir um crescimento exponencial no mercado nacional, e elevar a produção para 50% no próximo ano.
VejaoMundodeumaNovaManeira
A HIKMICRO é líder de equipamentos e soluções de imagem térmica. Especializada em design, desenvolvimento e fabricação de SoC e MEMS, a empresa oferece detectores térmicos, núcleos, módulos, câmeras e soluções completas para seus clientes, presente em mais de 100 países.
produtos e soluções em tecnologia térmica, a HIKMICRO investe em larga escala em pesquisa e desenvolvimento possuindo mais de 73 patentes. A empresa obteve a HIKMICRO atendem constantemente às diversas necessidades de clientes individuais, comerciais, industriais e de serviços públicos em todo o mundo.
HIKMICRO, construindo um mundo
Com quase 70 anos e importantes obras executadas, Tenenge marca presença no segmento de óleo e gás
Ao longo de sua história, a empresa realizou 18 usinas termelétricas, responsáveis pela geração de mais de 6 mil MW de energia, para todo o Brasil, 16 plantas químicas e petroquímicas, mais de 5 mil quilômetros de gasodutos, além de obras marítimas, plataformas e serviços offshore, e usinas de bioenergia. A subsidiária ainda tem uma tecnologia proprietária para planejamento e execução, o SGP (Sistema de Gerenciamento de Projetos).
A Tenenge é reconhecida por sua capacidade técnica e excelência na gestão ambiental e de segurança do trabalho, na execução de obras industriais nos setores de óleo e gás, química e petroquímica, papel e celulose e energia, cuja complexidade dos projetos demandam alta especialização para garantir previsibilidade e eficiência, a exemplo do Complexo Enseada, empreendimento do Grupo Novonor, que atua como um hub de soluções em atividades navais, industriais e logístico-portuá-
rias, localizado em Maragogipe, no recôncavo Baiano. “Temos um amplo portfólio de soluções para esse mercado, com os diferenciais de inovação, robustez, eficiência, e toda a expertise que a Tenenge acumulou, ao longo dos 67 anos de história, contribuindo com projetos estratégicos para o crescimento do Brasil”, afirma Mauricio Almeida, diretor de Plantas Industriais na Tenenge. Atualmente, a Tenenge executa trabalhos de manutenção industrial para a Braskem, nos estados de Alagoas, Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul; o fechamento do ciclo combinado da Usina Termelétrica de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, para Furnas; e a construção do Terminal Gás Sul para a New Fortress Energy, em Santa Catarina. Além disso, atua na aquisição de insumos para a construção do Terminal Oceânico de Barra do Dande, em Angola, empreendimento da Sonangol. Relatório de Responsabilidade Social Corporativa da Sinopec destaca energia limpa, sustentabilidade e o compartilhamento dos frutos do desenvolvimento com a sociedade
A China Petroleum & Chemical Corporation (Sinopec) divulgou seu Relatório de Responsabilidade Corporativa de 2021, destacando seu desenvolvimento de energia limpa, sendo que 104 das suas subsidiárias foram reconhecidas como Green Enterprise, e uma redução anual de emissão de carbono, de 2,38 milhões de toneladas.
“A Sinopec cumpre sua responsabilidade como cidadã corporativa global. Nós nos alinhamos com a tendência de desenvolvimento de globalização econômica e a abertura da China, servindo à iniciativa do Cinturão e Rota, e dando atenção plena à exploração e ao desenvolvimento de petróleo e gás, aos serviços de engenharia de petróleo e petroquímica, aos produtos químicos, ao comércio de equipamentos e materiais, ao investimento em armazenamento e muito mais, a fim de promover uma cooperação mutuamente benéfica, com muitos países e regiões no intuito de servir ao desenvolvimento sustentável global da economia e da sociedade”, afirmou Ma Yongsheng, presidente da Sinopec.
O desenvolvimento constante da Sinopec em energia limpa está ancorado no objetivo de tornar-se a “empresa de energia de hidrogênio nº 1 da China”. A sua capacidade anual de produção de hidrogênio já ultrapassou 3,5 milhões de toneladas, o que correspondeu a 14% do total nacional. O campo de gás de xisto Fuling da Sinopec tem uma produção acumulada de gás de 45,4 bilhões de metros cúbicos, e a capacidade de aquecimento geotérmico da empresa é agora superior a 80 milhões de metros quadrados.
A Sinopec também está se esforçando para se tornar praticante da proteção ambiental, promotora da civilização ecológica, e construtora de uma bela China, com pesquisa ativa da pegada de carbono, e participação contínua no comércio de carbono. Em 2021, a empresa registrou 9,7 milhões de toneladas em volume de negociação de carbono, com valor de transação de 414 milhões de yuans (US$ 61 milhões), e estabeleceu de forma inovadora as fábricas verdes “Niukouyu Wetland” e “Egret Garden”. Ao apoiar a revitalização rural, a Sinopec ofereceu assistência aos parceiros, para promover o desenvolvimento sustentável em oito condados e 616 vilarejos, investindo um total de 192 milhões de yuans (US$ 28,29 milhões), com 940 funcionários localizados nos vilarejos. Até o momento, o programa Lifeline Express da Sinopec já ajudou mais de 50 mil pacientes com catarata, enquanto o programa Drivers’ Home estabeleceu 2.178 casas para motoristas de caminhões e 3.520 “estações de atendimento”. A Sinopec também está ativamente envolvida na redução da pobreza, e investiu um total de 192 milhões de yuans (US$ 28,29 milhões), em 2021, para apoiar as áreas afetadas pela pobreza.
Diesel de etanol
Aeletrificação de veículos comerciais prevê atingir a meta de metade da frota eletrificada, somente em 2047 (DNVGL Det Norske Veritas - Germanisches Loyd). A maioria dos veículos comerciais a diesel têm potência até 300 CV, já a eletrificação de veículos pesados, treminhões, colheitadeiras, trens, navios e geradores continua sendo um enorme desafio. Mas, segundo a DUO Automation e a Quadra, esta é uma grande oportunidade.
As duas empresas trabalham na substituição do diesel por um combustível derivado do Etanol, com as mesmas características técnicas de combustão destes motores. E, por acreditar neste mercado, desenvolveram o QDiesel Verde, um combustível substituto do diesel, e feito de Etanol.
Uma nova tecnologia de combustível renovável, o diesel verde à base de etanol, chamado QDiesel Verde, capaz de substituir o diesel fóssil, desenvolvido pelas brasileiras Duo e Quadra, é composto por 96,8% de bioetanol e 3,2% de aditivos, que permitem a ignição do veículo por compressão (ciclo diesel), conferindo a mesma lubricidade do óleo diesel fóssil. O QDiesel Verde ainda não tem autorização da ANP – Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – para ser comercializado, mas já foi testado de forma experimental, em diversos tipos de motores de caminhões a colheitadeiras, e em ônibus do transporte coletivo de São Paulo. O novo combustível segue para testes de homologação pelas montadoras. A produção de diesel renovável, a partir do alongamento da molécula do etanol, é uma rota promissora, e pode ser incorporada para transporte terrestre e marítimo, geradores elétricos e indústrias.
Maurício Guedes fala sobre inovação no Coppe-I
@Coppe/Faperj
O Coppe-I abriu o seu ciclo de palestras “Inovação em Pauta”, no dia 1º de setembro, com o diretor de Tecnologia da Fundação Carlos Chagas de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), Maurício Guedes. Diante de alunos de graduação e pós-graduação, não apenas da Engenharia, como de outras áreas do conhecimento, Guedes discorreu sobre sua trajetória no fomento à inovação, e sobre os projetos da Faperj no apoio ao empreendedorismo no estado.
O ex-coordenador da Incubadora de Empresas da Coppe iniciou sua conversa com os pesquisadores, pontuando que o Brasil tem a 14º maior produção científica do mundo, mas apresenta uma baixa capacidade de inovação tecnológica. “A gente não aprendeu como transformar conhecimento em emprego e renda. Temos esse, e isso não significa atrelar a universidade às demandas das empresas, não significa inibir a pesquisa básica. Isso é fundamental no ser humano, como a arte e a cultura. Comunidade científica faz pesquisa para desenvolver conhecimento, atender demandas da curiosidade humana, faz parte, e tem de ser assim”.
Segundo Guedes, o Brasil tem um estoque ainda baixo de doutores, cerca de 800 para cada milhão de habitantes. “Os países desenvolvidos têm 3.500, 4.000... Israel tem sete mil doutores por milhão de habitantes. Temos estoque baixo e estamos crescendo vagarosamente, a duras penas. Nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), 65% dos pesquisadores trabalham em empresas. Na Coreia do Sul, 80%. No Brasil, 70% trabalham em universidades. É uma distorção”.
Na avaliação do ex-diretor do Parque Tecnológico da UFRJ, a universidade precisa fazer um “mea culpa”, porque não forma alunos para ter uma mentalidade diferente, os forma para serem acadêmicos. “Ele entra no doutorado pensando em publicar artigos. Se a gente de alguma forma não abrir esse caminho, vamos continuar formando alunos para que publiquem artigos”.
A diretora-adjunta de Empreendedorismo da Coppe, professora Marysilvia Costa, destacou que a universidade reúne competências e recursos, para propor soluções para os mais diversos problemas. “Falta conectar as pessoas para propor soluções inovadoras, catalisar esse processo, juntar alunos, professores, técnicos. Pensamos, por isso, no formato deste
evento, para compartilhar experiências, fazer brainstorm, e precisamos de pessoas com experiência e conhecimento, nesse mundo da inovação”.
“De que maneira estimulamos os alunos desde a graduação? Acho que temos de mexer na grade curricular, e estimular interação com outras áreas do conhecimento”, questionou a diretora de Tecnologia e Inovação da Coppe, professora Angela Uller. “Alguns cursos já têm disciplinas de empreendedorismo ou gestão. Poderíamos oferecer disciplinas eletivas, pois, não demandaria grandes mudanças curriculares”, refletiu professora Marysilvia.
Na avaliação do diretor da Coppe, professor Romildo Toledo, essa discussão deve estar associada a um projeto de desenvolvimento do país. “Cerca de 30% dos profissionais com doutorado está desempregada. É uma questão preocupante, e quando se pensa em um país para o futuro, precisa-se chamar atenção para isso. Qual a expectativa, por exemplo, da cidade do Rio de Janeiro, de geração de empregos de alto valor agregado para esses mestres e doutores que estamos formando? Onde eles vão trabalhar, que polos de inovação, social, cultural, tecnológica, vão existir?”.
“Uma ideia é criar esses ambientes de inovação. Temos visto isso no mundo todo, e a atratividade que algumas áreas têm, para negócios que não requerem investimento inicial muito elevado. A gente precisa fazer um ambiente de empreendedorismo, que possa desaguar em empresas ou se associar às empresas já existentes”, refletiu professor Romildo.
Durante a palestra, Maurício Guedes elogiou a recém aprovada Lei 9809/2022, que institui o Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação do estado do Rio de Janeiro. “Uma das novidades dessa lei é que ela vai fazer o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (Fatec) funcionar. Em seu artigo 63, a lei obriga a Faperj a executar pelo menos 30% do seu orçamento, por meio do Fatec. O que dá mais de 200 milhões de reais”, celebrou o diretor de Tecnologia da Fundação.
Guedes destacou programas da Faperj, como o Startup Rio, “uma espécie de incubadora, aceleradora de empresas para o mundo digital”, que, “em breve, chegará a 20 localidades, incluindo a Rocinha”, e o programa Doutor Empreendedor, “que é uma bolsa de pós-doutorado durante dois anos para doutor, que desista de concurso público e abra uma empresa. Tem que criar um CNPJ em seis meses, aplicado em ambiente que incentive inovação e apoie startups; o qual pode ser uma incubadora, aceleradora, e recebe também 50 mil reais, para investir na sua empresa”.
O ex-diretor do Parque Tecnológico da UFRJ ponderou que abrir uma empresa é uma possibilidade para os pesquisadores, embora não seja a única. “Existe um certo modismo, até com startups, há risco de dar errado e custa dinheiro também, então, sonhem, mas sejam realistas. Outro caminho é que as empresas contratem. Temos um programa chamado Pesquisador na Empresa. A Faperj paga, durante um ano, uma bolsa. A empresa participa do edital com um projeto de P,D&I, e pode complementar o valor da bolsa, e inclusive contratar o pesquisador no decorrer do projeto, que não perde a bolsa. É um programa com características especiais”, explicou Maurício Guedes.
Conversão de etanol em hidrogênio renovável
Acordo inédito no país prevê a construção de duas plantas, dedicadas à produção de hidrogênio a partir do etanol, e um posto de abastecimento veicular para ônibus que circula na Cidade Universitária da USP, em São Paulo
A Shell Brasil, Raízen, Hytron, Universidade de São Paulo (USP) e o SENAI CETIQT assinaram um acordo de cooperação, para desenvolvimento de plantas de produção de hidrogênio renovável (H2) a partir do etanol. A parceria tem como foco a validação da tecnologia, através da construção de duas plantas dimensionadas para produzir 5 kg/h de hidrogênio e, posteriormente, a implementação de uma planta 10 vezes maior, de 44,5 kg/h.
O acordo inclui também uma estação de abastecimento veicular (HRS - Hydrogen Refuelling Station) no campus da USP, na cidade de São Paulo. Um dos ônibus utilizados pelos estudantes e visitantes da Cidade Universitária deixará de utilizar diesel, e os tradicionais motores a combustão interna, para começar a utilizar hidrogênio, produzido a partir do etanol e motores equipados com células a combustível (Fuell Cell). Com início da operação prevista para 2023, a iniciativa surge como uma solução de baixo carbono
para transporte pesado, incluindo caminhões e ônibus, com o primeiro posto a hidrogênio de etanol do Brasil e no mundo.
O hidrogênio a partir de etanol será produzido de forma inovadora, com o biocombustível fornecido pela Raízen, e tecnologia desenvolvida e fabricada pela Hytron, que atualmente pertence ao grupo alemão Neuman & Esser Group (NEA Group), com suporte do Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras do SENAI CETIQT, com financiamento da Shell Brasil.
“Estamos empolgados em ver que um projeto que se iniciou como um sonho de estudantes dentro da universidade, agora, se torna uma solução de alto impacto para a transição energética do País e do mundo”, aponta o CEO da Hytron, Marcelo Veneroso.
Atualmente, o hidrogênio tem uso predominante na indústria química, e é produzido em unidades industriais próximas a refinarias, a partir do gás natural. No futuro, existe a expetativa que o H2 produzido a partir de energia elétrica renovável, como solar e eólica, terá um papel importante para a descarbonização de vários setores industriais e de transporte pesado. Porém, o transporte deste produto é complexo, pois, exige a compressão ou liquefação para armazenamento em cilindros ou em carretas, encarecendo a logística. Neste cenário, a produção do hidrogênio via conversão do etanol representa um avanço, na disponibilidade de combustíveis renováveis, por meio de uma nova rota tecnológica para expansão de soluções sustentáveis, no País e no mundo. “Esta iniciativa é pioneira na produção de hidrogênio renovável, em grande escala, a partir do etanol” sintetiza Julio Romano Meneghini, diretorexecutivo e científico do Research Centre for Greenhouse Gas Innovation (RCGI), da USP.
“A produção local, descentralizada e de baixo investimento de hidrogênio renovável, por meio da reforma do etanol, é uma alternativa interessante para setores como o de transporte pesado, que tem uma perspectiva de crescimento expressiva na utilização dessa solução, cuja disponibilidade e escalabilidade são essenciais. Além de transporte pesado, neste momento, estamos buscando por parceiros que possuem interesse em aplicar esta tecnologia para a descarbonização de outros setores”, aponta Mateus Lopes, diretor de Transição Energética e Investimentos da Raízen. A empresa será, ao lado da Shell, a responsável pela liderança do desenvolvimento do mercado de H2, a partir de etanol.
Por meio deste acordo para a produção de hidrogênio verde, as empresas iniciam uma nova etapa na produção de renováveis, contribuindo com a descarbonização da economia, e ampliando seus portfólios de produtos.
“A tecnologia pode ser facilmente instalada em postos de combustíveis convencionais, o que não exigiria mudanças na infraestrutura de distribuição, garantindo que o hidrogênio estará pronto para abastecer os veículos de forma rápida e segura”, explica Alexandre Breda, gerente de Tecnologia em Baixo Carbono da Shell Brasil, e vice-diretor executivo do RCGI. “O uso do hidrogênio não está restrito ao setor de transporte, e beneficiará outros segmentos no país, no que diz respeito à substituição de fontes de energia fóssil”, afirma. O projeto será financiado pela Shell Brasil, por meio da cláusula de Pesquisa e Desenvolvimento da ANP, com investimento de aproximadamente R$ 50 milhões.
Com a produção de hidrogênio a partir de etanol, as empresas e instituições parceiras iniciam uma nova etapa na produção de combustíveis renováveis, contribuindo com a descarbonização, não só no setor de transportes, como também na siderurgia, mineração e agronegócio. “A trajetória do etanol no Brasil começa na década de 1950, mas tem um grande incentivo entre os anos 1980 e 2000, quando diminuímos nossa dependência da gasolina”, aponta Marcos Buckeridge, pesquisador do RCGI, considerado uma autoridade internacional em bioenergia. “Entre 2000 e 2020, começamos a produzir o etanol de segunda geração, e entramos em uma segunda fase. Agora, devemos iniciar uma nova fase dessa história de sucesso”.
“A USP se transformará em um grande laboratório de pesquisa na área de energias renováveis e no desenvolvimento sustentável. Nesse projeto, estudaremos a viabilidade energética da extração do hidrogênio a partir do etanol, e seu uso em ônibus circulares, e as soluções encontradas poderão ser transferidas para nossas cidades. Tem sido fundamental para a USP, a parceria com empresas que valorizem a pesquisa científica como modo de transformação social”, aponta
Carlos Gilberto Carlotti Ju-
nior, reitor da USP.
Inovação redesenha o futuro, hoje Inovação redesenha o futuro, hoje
Ameta global de emissões líquidas zero, até 2050, se tem mostrado o maior impulsionador para pesquisas e inovação: o mundo alcançou um ponto crítico, em relação às mudanças climáticas, e muitas empresas estão esforçando-se para construir um futuro mais verde.
Desde abelhas robóticas para polinização, como a BDroid – plataforma de gerenciamento e enxames de robôs autônomos e semi-autônomos, que teriam a capacidade de identificar e polinizar culturas, de forma eficaz, da Universidade de Varsóvia –, até a Roosegaarde Smog Free Tower – estrutura que suga o ar poluído, limpando-o, através de um processo de ionização, antes de liberá-lo, e que produz condensados que viram anéis – ou o Aircarbon, desenvolvido pela Newlight Technologies, feito de emissões de carbono. As inovações são muitas. Já estão no nosso dia a dia, também sob a forma de produtos de cuidados pessoais, ou combustíveis menos poluentes e bioplásticos.
“A indústria química foi uma das primeiras indústrias a ter laboratórios internos de pesquisa e desenvolvimento, e a utilizar conhecimentos científicos em aplicações industriais de produtos e processos. Isso nos levou a ver a inovação como uma ferramenta indispensável para a sobrevivência, perpetuidade e desenvolvimento da empresa. Importante mencionar que, na Braskem, o desenvolvimento sustentável e a inovação são o centro de nossa estratégia, e estão constantemente atrelados um ao outro. Acreditamos que investir no avanço da pesquisa, tecnologia e inovação é essencial, para termos sucesso na transição para o que chamamos de economia circular de carbono neutro. Mas, Inovação, para nós, não se restringe às áreas de Pesquisa e Desenvolvimento. Temos cada vez mais promovido a cultura de Inovação na Braskem, e com diversas iniciativas internas, buscamos o engajamento de cada um de nossos integrantes, em iniciativas inovadoras, focadas em desenvolver, desde novos produtos, a novos modelos de negócio, processos internos, tecnologias e ferramentas digitais, ou qualquer outro tema que nos ajude a manter a Braskem numa posição de destaque no mercado”, conta Celso Procknor Filho, Diretor do escritório de Transformação e Gestão da Inovação da Braskem. Inovação é uma forma de pensar e agir. É uma função que deve estar presente em todas as áreas de uma empresa. E a química está presente em todas as indústrias, logo, inovações da indústria química alimentam inovações, numa imensa diversidade de indústrias que consomem seus produtos.
As crescentes necessidades de energia e as mudanças climáticas aumentaram os desafios para a sociedade global. E as indústrias química e petroquímica vêm respondendo a esses desafios, com investimentos, pesquisas e inovação.
Há muita inovação global que nasce aqui no Brasil!
As áreas de Inovação e Tecnologia da Braskem, por exemplo, são responsáveis pelo desenvolvimento dos produtos e os processos industriais que a empresa utiliza para produzi-los. Em 2021, a Braskem fechou o ano com R$ 315 milhões, investidos em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D). Deste total, aproximadamente R$ 190 milhões foram aplicados no Brasil. E a tendência para 2022 é finalizar o ano com investimentos de cerca de 50% acima de 2021. Segundo Celso, “além de atender as necessidades de nossos clientes no dia-a-dia, esses investimentos pensam no futuro, e nossos projetos transformacionais estão invariavelmente alinhados a 5 plataformas de Inovação e Tecnologia, que definem o foco de nossos esforços”.
A Braskem foca em Reciclagem – tecnologias para a conversão de resíduos plásticos em produtos de valor agregado. Inclui tecnologias e processos de reciclagem química e mecânica; Biomassa para químicos – tecnologias para a conversão de matérias-primas renováveis em produtos químicos, materiais e outros produtos de valor agregado;CO2 para químicos – tecnologias de captura, armazenamento e conversão de CO2 em outros produtos de valor agregado; Processos de Próxima Geração – novos processos e tecnologias para ativos existentes e futuros, que melhoram os rendimentos de carbono e energia; Soluções de Performance – desenvolvimento de novos produtos, que se enderecem aos desafios da indústria, impulsionados por sustentabilidade, alavancando o portfólio da empresa, e gerando soluções de maior valor agregado para a sociedade.
Os centros de pesquisa da Braskem têm muita interação com universidades e start-ups. Essa colaboração é coordenada pelo time de Open Innovation, que atua conectando as necessidades de negócios com as oportunidades que aparecem no mercado. “Temos trabalho em Inovação aberta, que vai além dos centros de pesquisa. Um exemplo é o programa de aceleração de startups Braskem Labs, que está na sua oitava edição, e tem abrangência nacional com as modalidades Ignition, voltada para startups em fase de refinamento do modelo de negócio, e Scale, voltada àquelas que já estão em fase de tração ou escala. A iniciativa tem como objetivo acelerar negócios com impacto socioambiental positivo, e que utilizem a química e/ou o plástico para gerar impacto positivo na sociedade, com destaque para diversos segmentos, como agronegócio, biotecnologia, economia circular, embalagens, infraestrutura e construção civil, mobilidade, saúde e química sustentável. Desde 2015, quando foi criado, mais de 110 startups foram aceleradas pelos dois programas do Labs, Scale e Ignition, e cerca de 30% fizeram alguma parceria de negócio com a Braskem ou algum dos co-sponsors. Já no ano passado, 45% das soluções aceleradas pelo Braskem Labs foram voltadas para economia circular, e mais 15 parcerias estão em negociação”, conta Celso.
A Braskem possui, ainda, um Digital Center, estrutura que busca oportunidades para implementação de tecnologias digitais, em cada uma das etapas de nossos processos industriais ou de negócio. “Esse time, inclusive, é responsável pelo Digital Challenge, uma competição envolvendo colaboradores da Braskem em todo o mundo, e dedicada a identificar desafios e encontrar possíveis soluções digitais, que, quando selecionadas, entram num programa de incubação de ventures digitais na Braskem. Em 2021, durante sua segunda edição, foram capturadas 117 ideias, das quais cinco foram aprovadas pela liderança da companhia, a se tornarem startups internas.”
Na frente de economia circular, também estimulando a construção de um ecossistema de inovação, a Braskem inaugurou, em agosto deste ano, seu primeiro Centro de Desenvolvimento de Embalagens para Economia Circular, o Cazoolo, um hub de inovação, onde serão estabelecidas parcerias com clientes, brand owners, designers, startups e universidades, para criação de soluções mais sustentáveis, por meio de melhorias em toda a jornada de embalagens, desde sua concepção até o pós-consumo, baseada nos conceitos de Design for Environment (DfE) e Análise de Ciclo de Vida (ACV). No espaço, empresas de diversos portes e setores da economia poderão co-criar e colaborar em projetos, que visam ao cumprimento de compromissos com a circularidade de suas embalagens. E há a parceria com o AgTech Garage, na qual a Braskem tem o objetivo de facilitar e acelerar o desenvolvimento de soluções tecnológicas e inovadoras para o agronegócio – neste caso, a companhia pretende conectar-se a startups e demais parceiros do AgTech Garage para, por meio da inovação aberta, promover o desenvolvimento de soluções plásticas sustentáveis, a serem aplicadas no agronegócio.
Se o assunto é inovação e sustentabilidade, impossível não destacar a unidade de eteno verde, localizada em Triunfo/RS, existente desde setembro de 2010. Isso fez da Braskem líder de mercado, e pioneira na produção de biopolímeros em escala industrial. Essas soluções são produzidas a partir do etanol da cana-de-açúcar, em que,
através do processo de desidratação dessa matéria-prima, se obtém o eteno verde. A partir dessa fase, o eteno verde segue para unidades convencionais de polimerização, onde são transformadas em polietileno (PE) e EVA renováveis. Desde então, a demanda da sociedade por produtos sustentáveis tem aumentado, refletindo no crescimento desse setor. Como consequência, em 2018, em parceria com a empresa norte-americana Allbirds, a Braskem lançou o EVA renovável (copolímeros de etileno e acetato de vinila), como mais um produto integrante do portfólio de resinas renováveis e, em 2021, a primeira cera de polietileno (PE) de fonte renovável do mundo, direcionada para a produção de adesivos, cosméticos, tintas e compostos utilizados em processos de transformação das resinas termoplásticas.
Em 2021, a Braskem investiu US$ 61 milhões, na expansão da capacidade produtiva de eteno verde em 30%, que passou, de 200 mil toneladas anuais, para 260 mil toneladas – projeto que deve ser finalizado, no final de 2022. Atualmente o portfólio de resinas renováveis é exportado para mais de 30 países, e já é utilizado em produtos de mais de 250 grandes marcas, como Allbirds, DUO UK, Grupo Boticário, Join The Pipe, Johnson&Johnson, Natura & Co, Nissin, Shiseido e Tetra Pak.
“A Braskem está no mercado há 20 anos, e é orientada para as pessoas e para a sustentabilidade, possui DNA inovador, e está engajada em contribuir com a cadeia de valor, melhorando a vida das pessoas, por meio da criação de soluções sustentáveis da química e do plástico. Mais do que isso, temos trabalhado, não somente como uma empresa preocupada em oferecer produtos de
Tecnologia garantindo a produção
Para garantir toda e qualquer produção, lá estão a TA – Tecnologia de Automação e a TO – Tecnologia de Operação, que, há algum tempo, trabalham juntas com a TI – Tecnologia de Informação. No coração do controle dos milhares de instrumentos e equipamentos das plantas da Braskem, estão seus DCSs que, depois de considerados o ciclo de vida dos ativos, disponibilidade de spare parts, e nível de tecnologia disponível com respectivo potencial de agregação de valor, foram atualizados.
Rogério Kirst, gerente de automação da Braskem no Rio Grande do Sul, conta que foram analisados o TCO – Total Cost of Ownership – ou seja, o OPEX foi analisado em conjunto com o CAPEX, para a tomada de decisão. Foram convidados, para participar das propostas para a migração, os principais parceiros estratégicos de tecnologias de automação, sendo a Honeywell a proposta vencedora. Foi utilizada a metodologia MAC – Main Automation Contractor –, onde a Honeywell se responsabilizou, não só pelo fornecimento dos equipamentos e configuração, mas também pela engenharia, documentação e montagem.
“Temos, em Triunfo, 18 plantas industriais, em 8 salas de controle. Foi migrado o sistema de Olefinas 1, a maior planta do site. Seguindo nossa estratégia de reduzir a diversificação de fornecedores (tínhamos 5, passamos a ter somente 4), conquistamos uma redução importante no OPEX, graças à sinergia em contratos de suporte, licenciamento e sobressalentes. Nossa estratégia de automação é trabalharmos com mais de um parceiro estratégico. No caso de DCSs, trabalhamos com 4. Isso se tem demonstrado importante, pois, nos permite acessar as melhores tecnologias desenvolvidas no