O Vale de Suicidas em Revista IV Quarto Andar

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IV QUARTO ANDAR DE

O VALE DE SUICIDAS EM REVISTA



IV QUARTO ANDAR DE

O VALE DE SUICIDAS EM REVISTA São Paulo - 2018


Copyright © 2018 by Editora Baraúna SE Ltda.

Jacilene Moraes

Capa

Diagramação Áthila Pereira Pelá Revisão

Editora Baraúna

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Andreia de Almeida CRB-8/7889

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Kenutsen, Alberto IV andar de o vale de suicidas em revista / Alberto Kenutsen. -– São Paulo : Ed. Baraúna, 2018.

134 p.

ISBN: 978-85-437-0881-2

1. Filosofia e religião 2. Religião - Filosofia I. Título 18-1206 CDD 100 ________________________________________________________________ Índices para catálogo sistemático: 1. Religião : Filosofia 201

Impresso no Brasil Printed in Brazil DIREITOS CEDIDOS PARA ESTA EDIÇÃO À EDITORA BARAÚNA www.EditoraBarauna.com.br Rua Sete de Abril, 105 – Cj. 4C, 4º andar CEP 01043-000 – Centro – São Paulo - SP Tel.: 11 3167.4261 www.EditoraBarauna.com.br Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, sem a expressa autorização da Editora e do autor. Caso deseje utilizar esta obra para outros fins, entre em contato com a Editora.


SUMÁRIO

01 - A MUTAÇÃO BIOLÓGICA ......................................... 7 02 - A IDENTIFICAÇÃO DOS DEUSES ............................ 10 03 - PERSPECTIVAS QUADRANGULARES ...................... 13 04 - O PROGRESSO DAS SOCIEDADES    COMERCIAIS ................................................................ 16 05 - A TABELA PERIÓDICA ................................................ 19 06 - A CONTESTAÇÃO DOS ROUXINOIS ...................... 22 07 - A CONDUTA SEXUAL DOS HUMANOS .................. 25 08 - A ETIOLOGIA DO INCONSCIENTE ........................ 28 09 - A GRANDE TRANSFORMAÇÃO ................................ 31 10 - NÃO MAIS CANTAREMOS ......................................... 34 11 - A PRESSÃO COLETIVA ................................................ 37 12 - COMO EMPREGAR-SE O    TEMPO LIVRE ............................................................... 40 13 - PRIVATIZAÇÃO DA OBRA CRIATIVA ....................... 42 14 - PARA QUE SERVEM AS DOENÇAS ............................ 45 15 - OS ANTECEDENTES    REVOLUCIONÁRIOS ................................................... 48 16 - A DESOBEDIÊNCIA VITAL ......................................... 50 17 - A DIALÉTICA ESPIRITUAL ......................................... 53 18 - HEGEMONIAS COMERCIAIS .................................... 56 19 - OS LIMITES DA LIBERDADE ..................................... 59 20 - E CRESCEU O IDEAL REPUBLICANO ...................... 62 21 – O SERVIÇO NACIONAL    DE INTELIGÊNCIA ..................................................... 65 22 - AS MORTES ACIDENTAIS E    AS NÃO ACIDENTAIS .................................................. 68 23 - O IMPÉRIO CERTO DAS IDÉIAS ............................... 71 24 - A MEDICINA CORTANDO ARESTAS ...................... 74 25 - A REVOLUÇÃO NO JUDICIÁRIO ............................. 77 26 - AS REFORMAS DO    BARÃO NECKER .......................................................... 80 27 - TRÊS ESTADOS EM CONFLITO ............................... 83 28 - O PRIMEIRO ABALO DO    ABSOLUTISMO ............................................................ 86 29 - A MONARQUIA É ENTRAVE    AO PROGRESSO ........................................................... 89


30 - A TOMADA DA BASTILHA ...................................... 92 31 - OS ESTADOS GERAIS ............................................... 95 32 - OS ÚLTIMOS DISCURSOS ...................................... 98 33 – A AUTORIA NA CRIAÇÃO ...................................... 101 34 - O FESTIVAL DO SER SUPREMO ............................ 104 35 - PEREGRINOS DA TRANSFORMAÇÃO ................. 107 36 - O JACOBINISMO DE ROBESPIERRE .................... 110 37 - AS CANTIGAS CARNAVALESCAS .......................... 113 38 - AS GUERRAS E A PRODUÇÃO    DE ALIMENTOS ....................................................... 116 39 - A DOUTRINA DE    SIGMUND FREUD ................................................... 119 40 - AS REFORMAS REPUBLICANAS ............................ 122 41 - UM PRIMEIRO TRIUNVIRATO .............................. 125 42 - A TRADIÇÃO COERSCITIVA .................................. 128 43 - ATIVIDADES DOS QUE SEMEIAM ........................ 131 44 - RELATOS DO FILHO DO REI ................................. 134 45 - O TRATAMENTO MAGNÉTICO ANIMAL ............ 137 46 - OS NOVOS MENTORES    DA RAZÃO .................................................................. 140 47 - O ESTALO DO VIEIRA .............................................. 143 48 - AINDA SOBRE O MAGNETISMO ........................... 146 49 - O REGIME DITATORIAL DE EL SUPREMO .......... 149 50 - O SÍNDROME DA CREDULIDADE ........................ 152 51 - COMO SE CONDUZEM OS    ANTIGOS DEUSES ..................................................... 155 52 - A SABEDORIA DE SALOMÃO .................................. 158 53 - OS ÚLTIMOS E OS PRIMEIROS ............................... 161 54 - O CATIVEIRO BABILÔNICO ................................... 164 55 - OS NASCIDOS DE MULHERES ............................... 167 56 - O IMPÉRIO DA CORRUPÇÃO ................................. 170 57 - ORAÇÃO DOS DESAMPARADOS ............................ 173 58 - CONQUISTAS E ENTREGAS .................................... 176 59 - NO COVIL DOS LEÕES ............................................ 179 60 - OS SISTEMAS DE MERCADO .................................. 182 61 - A CULTURA ÁRABE ................................................... 185


01 - A MUTAÇÃO BIOLÓGICA

Em dimensão qualquer, linear ou de massa, centímetro, quilômetro ou quilograma, a medida é original, direta e todos conhecemos. Porém, as transformações química e biológica carecem de avaliações próprias. Os minerais acompanham a isovalência periódica da química, contudo, as células biológicas não têm um padrão certo, e tudo irá depender do tipo de conduta adotado pelos que organizam a própria medição. Cada qual fará a sua avaliação. O réu estará presente no corpo de jurados e no Plenário para que a sentença seja adequada. Os indivíduos progridem todavia com acelerações diferentes e só eles podem promover o próprio ritmo e mudanças certas. Alguns páram pra pensar. Outros avançam, mas todos conduzindo um título de reportagem. Olham para a retaguarda e no entanto, dividem o próprio comportamento em perío dos anuais ou quinquenais, e ao criarem as tais medidas de avaliação, verificam que somos diferentes uns dos outros, e os erros já cometidos não serão nunca abandonados com certeza. Se os esquecermos perdemos o título de racionais, e isto escondemos de todos, não obstante 7


estarmos abraçando a diplomação dos deuses. Tal modificação que esteve sempre e sempre estará ao nosso dispor já fazia parte das anotações de Heródoto (séc. V a. Cesar) entre as observações produzidas e colocadas em provérbios pelos antigos, como o “Cré com Cré e Lé com Lé” posto ao lado da influência coletiva unindo a multidão ao indivíduo em troca de influências. Os grupos que se fazem e lembram logo as palavras de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778): “Podemos lutar pela liberdade. E caso não soubermos o que fazer com ela, estaremos presos por to do lado”. Vemos agora uma lei social conhecida por todos. A de causas e efeitos, tira da da física como ação e reação. A lei de retorno que inclui e exclui os valores usufruidos no alcance da liberdade conquistada e não monitorada convenientemente. O provérbio “Cré com Cré e Lé com Lé” só deve referir-se às atividades familiares onde as pessoas se reunem para a cobrança das dívidas e favores antigos em uma contabilidade singular. O saldo devedor sempre estará sendo escriturado pelo próprio debênture, longe dos códigos penais coletivos, e irracionais, nas falas de Freud, de Arthur Conan Doyle, de Miguel de Cervantes e ao que parece de José Alencar (1829-1877), com a publicação de “O Guarani”, onde se encontram fatos ligados ao comportamento sexual afetivo entre as filhas do fidalgo Antônio de Mariz, que recebeu terra do governador geral Mem de Sá na região de Nova Friburgo na serra dos Órgãos. Eram Cecília e Isabel em franca permuta de afetos que denunciava um amor incontido entre elas, muito além do fato de terem como pai comum o fidalgo, a despeito de terem mães diferentes. A 8


literatura empregada pelo autor no entanto dificultou a interpretação transformista dos atrativos que prendiam as duas irmãs. Ambas descrevendo caminhos sexuais diferentes ao mostrado em seus cartões de nascimento, cuja transformação apenas começou a ser observada depois de Sigismundo Freud (1856-1939) demonstrar o fundo patológico entre o Ego e o Id. E pode-se dizer sem sobresaltos que a mutação biológica é permanente e universal, restando acrescentar que não há como estabelecer-se a tabela periódica dos elementos.

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02 - A IDENTIFICAÇÃO DOS DEUSES

Depois de Moisés surgiu na área legislativa a figura de Dario (550-486 a.C.). Rei e organizador do Império Persa era obediente à doutrina de Zoroastro e tinha por hábito consultar as pitonisas antes das campanhas militares. Foi assim que no ano 490 a.C., estando à frente de 50 mil homens e uma poderosa esquadra, ouviu a seguinte mensagem: “Irás. Voltarás. Não morrerás na guerra.” Dario invadiu a Grécia pela longa planície de Maratona onde os gregos só tinham uma defesa de nove mil homens comandados por Milcíades (550-489 a.C.). O istmo de Corinto foi tomado pela esquadra persa enquanto as estradas de Maratona eram atulhadas pelas cavalarias de Dario. Ao pequeno exército de Milcíades sobraram e foram muito bem exploradas as matas para os deslocamentos noturnos e lutas de guerrilhas no estilo de Moisés. Como os persas desembarcassem em pontos isolados, não foram difíceis as operações noturnas para os gregos. Observando que o rei persa ocupava sempre a última belonave e esta ficara fundeada em Corinto, o general grego 10


tomou de assalto o navio de comando persa utilizando-se de “homens rãs”, enquanto os batalhões de infantaria dos gregos martelavam os esquadrões persas. Este era o clima da guerra quando o navio de comando retirou-se da zona de conflito, levando o rei ferido no corpo e na alma por tão expressiva derrota. Voltando à pitonisa, esta logo retificou a mensagem: “Irás. Voltarás? Não. Morrerás na guerra.” Por algum motivo político, religioso e ideológico ficou no esquecimento identificar-se as vozes que falavam pelas pitonisas, tanto quanto ignorou-se a personalidade de Elohin, de Jeová, de El Elyon, de Sabaoth e de El Shadday. Somente com Miguel de Cervantes (1547-1616) e Arthur Conan Doyle (1859-1930) foi levantada a identificação dos deuses que culminou com Sigismundo Freud (1856-1930), o médico que no trabalho de descobrir a causa das doenças nervosas e mentais, acabou por denunciar a região do inconsciente como área favorável para a comunicação dos desencarnados; os deuses antigos. Enquanto Paris assistia os espetáculos das mesas girantes e Nova Yorque escutava as batidas na porta e nas paredes de Hideswille, os escravos vindos da África para o Brasil dançavam capoeira e cantavam os pontos para a incorporação dos guias no Candomblé, no Catimbó e na Umbanda. Apresentava-se nos terreiros uma certa multidão que se incorporava nas linhas de baianos, boiadeiros, caboclos, ciganos, Marias Padilha, malandros, marinheiros, ocidentais, orientais, pombagiras e José Pilintras, sem a necessidade de identificação. Com efeito, a mediunidade descrita por Cláudio Galeno (130-200) nos biliosos, coléricos, sanguíneos e fleumáticos, mostrou-nos as várias 11


tendências apresentadas pelos indivíduos nas doenças observadas por Freud e nos discursos reconhecidos por Allan Kardec (1803-1869). Pelos discursos e pelas doenças poderemos i dentificar os deuses ocultos na multidão com a mesma facilidade com que os bombeiros apagam os incêndios guiados pela fumaça. O coletivo irracional levado à psicanálise revela-se favorável à identificação das entidades que se sentam conosco nos terreiros de Umbanda e Candomblé, sem a necessidade de identificar-se os deuses que se comunicam conosco.

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03 - PERSPECTIVAS QUADRANGULARES

Com muitos ângulos a comentar-se, vemos que depois de Moisés sobressaiu-se na área legislativa também Dario, o grande rei persa (550-486 a. C.). Obediente à doutrina de Zoroastro, o rei tinha por habitual consultar pitonisas antes das campanhas militares. Assim foi que no ano de 490 a. C. estando a frente de cinquenta mil homens e uma poderosa esquadra para o transporte, contra um diminuto exército de nove mil gregos, teria já mobilizado um grande efetivo quando recebeu uma mensagem: “Irás. Voltarás. Não morrerás na guerra”. La se foram os persas para o istmo de Corinto com os problemas de uma grande tropa e o desembarque no grande litoral de Maratona, a planície junto ao mar. Com todas as estradas ocupadas pelos persas, ao pequeno exército de Milcía desrestaram as matas por onde transitou durante a noite, só atacando de surpresa e não fazendo prisioneiros, matando a todos na velha tática de David (1055-1015 a. C) ou ataques laterais, 13


recomendados também por Moisés. Com a orientação de Calímaco a vitória grega foi certa. A fuga da belonave de comando persa levando alguns feridos reais foi assistida com sorrisos, e a mensagem foi corrigida: “Irás. Voltarás? Não. Morrerás na guerra”. A estratégia de Calímaco e Milcíades no entanto foi retirada de um sistema urbanístico do próprio Dario; a comunicação. Uma rede de emissários ligando as satrápias. Os olhos e os ouvidos do rei. Contudo, nota-se que os discursos de Moisés produzidos na fronteira de Canaã no século XIII a.C. só chegaram aos gregos sete séculos depois e a produção de alimentos parece ter sido corrigida após a denúncia de Thomas Malthus (1766-1834) acusando estar a produção de alimentos, na Inglaterra, abaixo do crescimento demográfico, além das palavras de Elizabeth I (1533-1603) e Elizabeth II (1926-/////), ambas constatando a presença dos pobres por toda parte. As transformações sociais tornaram-se muito irregulares. Ora rápidas ora lentas. O poder criativo resultante da teoria do conhecimento não tem medida certa. O cimento inventado em 1867 teria de adaptar-se às leis vibratórias. A utilização do ferro nas espadas pediu a incorporação de metalúrgicos que fabricassem suas armas. O vapor demorou-se a ser aplicado na navegação por Robert Fulton (1765-1815). A pólvora como energia industrial só foi conseguida depois de muitos danos com exercícios pirotécnicos. Os carros e as locomotivas do século XIX esperaram pelo maior conhecimento dos gases. O avanço da terapêutica radiológica 14


na medicina foi lento. O telégrafo e o telefone arrastaram-se entre 1844 com Samuel Morse e 1876 com Graham Bell. A Indústria de Conservas Alimentícias só poderia ser alavancada depois de Malthus. Todavia, a conduta orgânica pareceu desco nhecer mudanças. Não são só os alimentos que conduzem o sexo. Como, pois, este se muda a ponto da Jurisprudência reconhecer como uniões estáveis os casamentos de homosexuais? Ausência procriativa não é vista pelo I.B.G.E.?

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