COMO SER
INFELIZ E CULTIVAR A INFELICIDADE
COMO SER
INFELIZ E CULTIVAR A INFELICIDADE
Ant么nio Walter de Andrade Nascimento
S茫o Paulo 2015
Copyright © 2015 by Editora Baraúna SE Ltda
Antônio Walter A. Nascimento / Jacilene Moraes
Capa
Diagramação Felippe Scagion Revisão
Sabrina Brito
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ ________________________________________________________________ N194c Nascimento, Antônio Walter de Andrade, 1936-2014 Como ser infeliz : e cultivar a infelicidade / Antônio Walter de Andrade Nascimento. - 1. ed. - São Paulo : Baraúna, 2015. ISBN 978-85-437-0217-9 1. Técnicas de auto-ajuda. 2. Família 3. Autoestima. II. Título. 15-20996 CDD: 158.1 CDU: 159.947 ________________________________________________________________ 04/03/2015 05/03/2015
Impresso no Brasil Printed in Brazil DIREITOS CEDIDOS PARA ESTA EDIÇÃO À EDITORA BARAÚNA www.EditoraBarauna.com.br Rua da Quitanda, 139 – 3º andar CEP 01012-010 – Centro – São Paulo - SP Tel.: 11 3167.4261 www.EditoraBarauna.com.br Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, sem a expressa autorização da Editora e do autor. Caso deseje utilizar esta obra para outros fins, entre em contato com a Editora.
“O homem se humilha Se castram seus sonhos Seu sonho é sua vida E vida é trabalho E sem o seu trabalho o homem não tem honra E sem a sua honra, se morre, se mata Não dá pra ser feliz, não dá pra ser feliz”. Gabriel O Pensador: Trecho de “Guerreiro menino (não dá pra ser feliz)”
Apresentação
A moda, hoje, é ser feliz. Ou melhor, a moda, na verdade, é buscar a felicidade. É falar sobre ela; refletir, sonhar, garimpar, dar a vida para ser feliz, que a vida sem felicidade é um inferno. Por quê? Por que as pessoas, hoje, são infelizes? Ou talvez porque, sem refletir sobre a felicidade, sem falar sobre ela e transformá-la em um objetivo maior, que precisa ser alcançado ainda que a ferro e fogo, como pode alguém ser feliz? Como pode alguém sentir-se realmente feliz sem ter a consciência de que projetou cuidadosamente sua conquista e que lutou bravamente, abrin-
do mão de tudo o mais para conquistá-la e poder exibi-la como o troféu maior, maior mesmo que a copa do mundo? Ou será simplesmente porque a sociedade (destacando aí a mídia e os papas da autoajuda) a transformou na bola da vez? Ah! Como é bom ser feliz! Vamos lá, pessoal, vamos todos ser felizes! O diabo é que, ao que parece, poucos, muito poucos, têm conseguido. Ou será mesmo que alguém, um que seja, já subiu de verdade nesse “podium”? Parece que não é fácil ser feliz. A gente luta, luta, compra todos os livros de autoajuda. e nunca chega lá. Pelo menos, nunca plenamente. Quem sabe se olharmos por outro lado, se nos marginalizarmos da sociedade e mirá-la como um alienígena não visualizaremos essa moeda por sua outra face? Pois talvez, analisando a questão por outro ponto de vista, possamos chegar a outra pergunta (muito séria, por sinal): Será que as pessoas querem realmente ser felizes? Todas elas? Todas mesmo? Se observássemos o comportamento humano, bem lá de fora, lá do alto como se extraterrestre fôssemos, provavelmente perceberíamos que algo está errado: as coisas que as pessoas fazem, os comportamentos delas, não condizem muito (ou não condizem de jeito nenhum) com a propalada busca da felicidade. Vamos, certamente, perceber (podemos até mesmo jurar) que muitos de seus comportamentos e atitu-
des (talvez até mesmo a maioria deles) estão decisivamente mais voltados para a conquista da infelicidade. Isso parece indicar que as pessoas – ou um bom número delas – estão enganando a si mesmas, contaminadas e subjugadas pelos ditames da mídia e da autoajuda, no afã de implantar novas modas, quando, na verdade verdadeira, não é isso que querem. Daí, obedecerem racional e radicalmente à moda da vez, com juras de fidelidade, e, na prática, inconscientemente, exibirem os comportamentos e as atitudes que seu coração manda. A partir dessa observação, o que podemos imaginar ou mesmo deduzir? Obviamente que as pessoas – ou, pelo menos, um grande número delas – pregam e defendem uma ideia (a felicidade), mas, no fundo, no mais íntimo de si mesmas, o que querem mesmo é serem infelizes. E vivem numa corda bamba emocional, sem alcançar plenamente a infelicidade a que realmente almejam e sem coragem de curtir abertamente os grãos de infelicidade que ainda conseguem – assim como um homossexual enclausurado num armário. Chocante, pois não? A ideia pode parecer absurda: como poderia alguém querer ser infeliz? Talvez seja difícil entender e mesmo aceitar. No entanto, convenhamos: não convivemos, hoje, em nosso dia a dia, com ideias, atitudes e comportamentos tão ou mais absurdas, inverossímeis e desconcertantes do que essa? O comportamento humano, observado atentamente, sem preconceito, parece não deixar
margem a dúvidas: podem não ser todos, mas tem muita gente por aí tentando de tudo para ser infeliz, embora não confessem de jeito nenhum. Por quê? Sei lá! Cada um tem seu jeito de viver e, principalmente, de pensar. Razões podem haver muitas, que podemos nem sequer imaginar. Quer um exemplo? Pois vá lá, vamos dar asas à imaginação, embora sem tirar os pés do chão (pelo menos não muito): já reparou como as religiões mais antigas – exceção, talvez, à muçulmana – estão se estrangulando, dando lugar a cada vez mais seitas? E já reparou no que mais defendem as novas seitas para angariar seus crentes? Observe que navegam de certa forma contra a corrente: vida na terra? Bobagem. O que importa, de verdade, é a vida eterna, a vida depois da morte. É a reencarnação, quando os ricos e os felizes não terão vez, pois já gozaram de sua cota aqui e agora; na outra, será a vez de vivenciarem o outro lado da moeda. E os que sofrem na vivência atual? Esses serão os felizes na outra vida. E na vida eterna. Portanto, quanto mais infelizes agora, mais chances terão depois... Logo, seria melhor buscar ser mais infeliz agora, para garantir espaço no reino de Deus, no futuro que aguarda cada um de nós? Absurdo? Pode ser. Mas há que reconhecer que razões as mais diversas e mesmo inconcebíveis agora podem haver, concordando com elas ou não ou que nossa mente seja incapaz de perceber sua profundidade.
O fato, na verdade, é que muitas pessoas querem, por tudo que demonstram, ser infelizes e curtirem em paz e à luz do dia sua infelicidade. E não estão conseguindo isso. Eis, portanto a razão deste livro: apoiar e ajudar aquelas pessoas que realmente queiram ser infelizes e curtir a infelicidade, a conseguirem seu intento com plenitude, objetividade e garantia de sucesso. A elas, com todo respeito, as lições que passaremos a seguir, para que sejam realmente, aberta e absolutamente infelizes. E curtam, de fato e de direito, a infelicidade.
Sumário PRIMEIRA PARTE - Amargura 1ª Lição - Reclame sempre!......................................... 18 2ª Lição - Cultive razões para reclamar!...................... 22 3ª Lição - Curta os fracassos!...................................... 25 4ª Lição - Critique!..................................................... 28 5ª Lição - Deseje........................................................ 31 6ª Lição - Preocupe-se!............................................... 35 7ª Lição - As leis de murphy: acredite!........................ 39 8ª Lição - Pérolas aos porcos: atire!............................. 42 9ª Lição - Negativismo: seja negativo!......................... 45 10ª Lição - Amor, sublime (?) Amor. Pratique!........... 48
SEGUNDA PARTE - Solidão
11ª Lição - Prepotência: cultive-a!.............................. 55 12ª Lição - Preconceitos: assuma!............................... 58 13ª Lição - Egoísmo: agarre tudo para si!.................... 61 14ª Lição - Mau humor.............................................. 64 15ª Lição - Grosseria: cultive o animal que vive em você....67 16ª Lição - Manipulação: exerça!................................ 70 17º Lição - Perfeccionismo: seja obsessivo!................. 73 18ª Lição - Trabalho................................................... 75 19ª Lição - Tempo de lazer: evite!............................... 77 20ª Lição - Compromissos: não cumpra!.................... 79
TERCEIRA PARTE - Qualidade de vida
21ª Lição - Esportes................................................... 83 22ª Lição - O tédio.................................................... 86 23ª Lição - O estresse................................................. 89 24ª Lição - Obesidade................................................ 92 25ª Lição - Autocontrole............................................ 94
EM RESUMO COMO SER INFELIZ E CULTIVAR A INFELICIDADE......................................................... 97
Mas, e se…............................................................ 103 COMO SER FELIZ E CULTIVAR A FELICIDADE.....105 Livros do Autor.............................................. 111