Espectro Vermelho O segredo de Akkerman
Francesco Rossi
Espectro Vermelho O segredo de Akkerman
S達o Paulo 2011
Copyright © 2011 by Editora Baraúna SE Ltda Capa Fábio Souza Projeto Gráfico Aline Benitez Revisão Priscila Loiola
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ ________________________________________________________________
R741e
Rossi, Francesco Espectro vermelho : o segredo de Akkerman / Francesco Rossi. - São Paulo : Baraúna, 2010. ISBN 978-85-7923-270-1 1. Ficção brasileira. I. Título. 10-6635. 28.12.10 29.12.10
CDD: 869.93 CDU: 821.134.3(81)-3
023591
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Para Fabio e Rosana
Agradecimentos especiais
Alfredo e Regina — Pelas opiniões, sugestões e o constante apoio.
“A imaginação é mais importante que o conhecimento“ Albert Einstein
“A ficção faz com que o mundo não se limite ao infinito” Arthur Hisoka
Espectro Vermelho - O segredo de Akkerman
Prefácio Com o fim da Segunda Guerra Mundial, um conflito ideológico, conhecido como Guerra Fria, foi travado entre Estados Unidos e União Soviética. Os dois países tentavam mostrar ao mundo qual modelo político, econômico e militar era o mais eficiente: o Capitalismo ou o Socialismo? Para os dois países, a corrida espacial foi uma das maneiras de acirrar essa competição. A União Soviética partiu na frente, com o lançamento do satélite artificial Sputnik, em 1957. No mesmo ano, o primeiro ser vivo foi ao espaço, a bordo do Sputnik II: trata-se da cadela Laika, a qual, antes de fazer parte da missão, passeava livremente nas ruas de Moscou com o nome original de Kudriavka (Crespinha). O animal teria sobrevivido quatro dias no espaço, conforme divulgado na época. Porém, muitos anos mais tarde, foi revelado que a cadela morreu de calor e medo, depois de cinco a sete horas após o lançamento. Com o projeto Vostok (leste, em russo), o soviético Yuri Gagarin fez o primeiro voo ao redor da Terra, em 1961, que durou 108 minutos, a bordo do Vostok 13
Francesco Rossi
I. O astronauta não passou de mero passageiro em sua nave, pois todos os controles foram deixados travados, por segurança. Após dizer a famosa frase “A Terra é azul”, Yuri passou por um grande susto, pois o módulo de equipamentos não se separou da cápsula onde se encontrava e o conjunto queimou inteiro ao reentrar na atmosfera terrestre. O astronauta foi ejetado a 7000 metros do solo, seu paraquedas abriu, e, finalmente, desceu são e salvo. Os Estados Unidos entraram na corrida espacial em 1958, com a criação da NASA, que culminou com a chegada do homem à Lua no dia 20 de Julho de 1969, com o cumprimento da missão Apollo 11. Ao pisar na Lua, o astronauta Neil Armstrong disse a frase que ficou para a história: “Um pequeno passo para o homem, mas um grande salto para a humanidade”. Posteriormente, muito se falou de uma missão tripulada a Marte, mas nada de concreto foi exibido. Se fizermos um balanço da exploração espacial, 54 anos após o lançamento do Sputnik, veremos que os fatos mais marcantes sucederam nos seus primeiros doze anos. Por que razão os dois países perderam o interesse pela conquista do espaço? Será que nada de novo e importante realmente ocorreu depois de 1969? É provável que, nos dias hoje, a população do planeta já não esteja mais interessada em discutir qual o melhor modelo de governo. Ou será que nossos cientistas chegaram à conclusão que ocultar é mais sábio que difundir? Segue, nas próximas páginas, uma história que poderá ocorrer nos próximos anos, ou que já pode ter ocorrido há algum tempo... Por que não? 14
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CAPÍTULO 1 Quinta feira, 30 de Junho de 2016. Cidade de São Paulo, Brasil, durante uma palestra de Física na Universidade de São Paulo: — Professor Akkerman, o senhor está afirmando que Albert Einstein estava equivocado em sua Teoria da Relatividade? — pergunta um aluno, com olhar incrédulo. — De certa forma sim, meu rapaz. Segundo Einstein, viagens no tempo seriam possíveis se alguém alcançasse a velocidade da luz. Voltar no tempo ou ir adiante nele pode causar vários paradoxos entre tempo e espaço, que muitos de vocês já conhecem. Suponho que já tenham ouvido falar no famoso “paradoxo do avô”... — O que é o paradoxo do avô? — interrompe outro aluno menos informado, no centro do recinto. Seus óculos recobertos de pó de giz foram deixados sobre a pequena mesa de madeira do recinto, diante do quadro negro. Apontando seu indicador em direção ao rapaz, e, quase fechando totalmente as pálpebras para poder enxergá-lo melhor, o idoso e extremamente carismático professor explica, com sua calma peculiar: 15