Peloponeso

Page 1

Peloponeso



Adalberto Vargas Ribeiro

Peloponeso

S達o Paulo 2010


Copyright © 2010 by Editora Baraúna SE Ltda Capa Afcapas Projeto Gráfico Aline Benitez Revisão Priscila Loiola

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

________________________________________ R367p Ribeiro, Adalberto Vargas Peloponeso / Adalberto Vargas Ribeiro. - São Paulo : Baraúna, 2010. ISBN 978-85-7923-193-3 1. Ficção brasileira. I. Título. 10-4091.

CDD: 869.93 CDU: 821.134.3(81)-3

17.08.10 26.08.10

021091

________________________________________ Impresso no Brasil Printed in Brazil DIREITOS CEDIDOS PARA ESTA EDIÇÃO À EDITORA BARAÚNA www.EditoraBarauna.com.br Rua João Cachoeira, 632, cj.11 CEP 04535-002 Itaim Bibi São Paulo SP Tel.: 11 3167.4261 www.editorabarauna.com.br


À memória de meu pai, o incrível Sr. Luiz Carlos Ribeiro. Às maravilhosas Leni Vargas Ribeiro e Marília Vargas Ribeiro, minha mãe e minha irmã.



Agradeço primeiramente a Deus por me dar a graça de poder escrever sobre uma pequena parte da História desse magnífico país que é a Grécia. Ao tio Carlos, pela enorme ajuda nas horas mais difíceis. Agradecimentos especiais aos amigos que compartilharam comigo a moradia da República Universitária Luxus: Douglas Mattos, Rodrigo Santos, Luiz Ribeiro, Irapoan Bertoldo, David Gitirana, Leon Pessanha, Vitor Coelho, Diego Pimentel e Seldon Aleixo e aos agregados Renan Martins e Júlio Trindade. Juntos, estivemos desde a inauguração à despedida, passando pela ClimaXXX, o Campeonato e outras tantas façanhas, fazendo de 2008 um ano mágico para todos nós. Aos mais que especiais amigos Arthur Teixeira e Wellington Catrinque, os quais considero como irmãos, e já ouviam falar deste livro muito antes dele começar a ser escrito. À Gilmara Pereira Gonzaga, com quem passei diversas madrugadas conversando sobre os mais variados assuntos.


À frenética Carine Farias, que, se pudesse, faria com que as micaretas fossem diárias. À mulher que realmente entende de futebol, Andressa Marttorelli. À Michele Azeredo, que se Douglas é o presidente da Luxus, ela só pode ser a primeira-dama. À sensível Suelen Alvarenga, que possui uma mania “chata” de sempre nos colocar para cima. À Fernanda Fernandes, A Lora, a qual aprendi a admirar. À inesquecível Juliana Ywasaki. E a todos que de forma direta ou indireta colaboraram para a realização deste trabalho, meu muito obrigado.


“O homem é mortal por seus temores e imortal por seus desejos” Pitágoras



Notas do Autor

Atenas, cidade localizada na penテュnsula da テ》ica, e Esparta, localizada na penテュnsula do Peloponeso, travaram a mais duradoura guerra da Grテゥcia Antiga. Um conflito que durou 27 anos, de 431 a.C. a 404 a.C..



Prólogo

O dia nascia mais uma vez. Hélio parecia abençoar todos os dias aquela que era a nação que mais reverenciava os Olimpos. Da mesma forma que o deus Sol abençoava a Grécia, os demais deuses pareciam gostar de “brincar” com os habitantes, e qual maneira melhor de brincar senão fazendo com eles se matassem aos milhões? Porém, os povos gregos estavam cansados de tantas lutas. Há séculos havia uma sucessão de poder e domínio, e, há poucos anos, a guerra contra os persas havia deixado uma vontade de paz entre as cidades gregas, afinal, tiveram de se unir para não sucumbir diante do inimigo. Contudo, da mesma forma que cresceu a união entre as cidades gregas, a velha rivalidade entre Esparta e Atenas cresceu na mesma proporção. Atenas, visando a princípio proteger a Grécia contra possíveis novos ataques, aliou-se às cidades gregas da Ásia Menor, fundando a Liga de Delos. Em contra partida, Esparta — vendo que os princípios originais da Liga de Delos haviam se descaracterizado, já que Atenas tornara-se grande centro comercial e marítimo, e ainda não permitia que as cidades aliadas obtivessem autêntica independência política, somado com

13


um grande número de cidades manifestando revolta contra o poderio ateniense — fundou a Liga do Peloponeso, formada por Corinto, Mégara e Tebas, além da própria Esparta. Cidades essas que se opunham a Atenas. O clima esquentara novamente na Grécia. Temendo então um conflito armado, ambas as ligas firmaram um acordo de paz no ano de 445 a.C. e que deveria durar por 30 anos. Na verdade, era um acordo de paz entre Esparta e Atenas, que, avaliando suas chances de vitória, preferiram à paz. Esparta, temendo que a grande riqueza que Atenas possuía pudesse ser fundamental para a manutenção de um forte exército, e Atenas temendo o forte exército terrestre espartano. Com a paz, as duas cidades ganhavam tempo, e, com as alianças, ganhavam vantagens para combater umas a outras. Esparta com a Liga do Peloponeso podia obter recursos e pontos de apoio, assim gastaria menos dinheiro com a manutenção de seu exército. Atenas, com a Liga de Delos, poderia reunir um exército com poderes suficientes para combater o lendário exército terrestre espartano. Mesmo assim, as alianças já estavam formadas, e o acordo de paz de nada resolveu. Mais umas vez, o campo de batalha iria resolver o futuro da civilização grega.

14


Capítulo I

Treze anos se passaram desde a assinatura do acordo. O clima entre as cidades ficou ainda mais quente. Esparta recebia constantemente mensagens de cidades de toda Grécia, até mesmo dos aliados de Atenas, com pedidos de libertação da opressão ateniense. A cidade de Esparta ainda temia ser ela a iniciar um conflito contra Atenas. Era da sabedoria de todos os gregos que Péricles — um líder militar e político de Atenas — havia reunido uma grande quantidade de recursos para suportar uma guerra durante longos anos. Esparta temia ainda que, se fosse ela a iniciar uma armada contra Atenas, as demais cidades aliadas não lutassem a seu favor, temendo essas também a grande quantia de dinheiro ateniense. Esparta tinha então de usar uma tática para que não fosse ela a ser a primeira a declarar guerra. Assim, aproveitando que Atenas tinha intenção de formar uma aliança com Corcira, colônia de Corinto, aliada de Esparta integrante da Liga do Peloponeso, pressionou então a cidade a declarar guerra contra Atenas.

15


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.