Boletim Especial 39ª Reunião Anual da SBQ

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Editorial A escolha da Diretoria e Conselho da SBQ de realizar a 39a Reunião Anual da SBQ em Goiânia foi uma decisão estratégica, pois o impacto gerado na região pela realização de um evento desse porte caberia dentre as ações que sempre nortearam a nossa Sociedade, tão brasileira, de química. O tema escolhido, “Criar e empreender” também trazia um importante desafio para a Comissão Organizadora. Durante os nove primeiros meses tudo foi organizado com muito entusiasmo e competência, sob a coordenação do nosso ex-secretário geral Luiz Fernando Silva Jr. que sempre primou pela excelência científica das RAs. Foram meses em que compartilhei com ele muitos dos sonhos e das frustrações de organizar um evento deste porte. Foram milhares de e-mails trocados, ideias fervilhando, comissão organizadora se empenhando muito para que pudéssemos ter um excelente encontro! O planejamento e execução do evento nos últimos três meses ficou sob minha coordenação. E foi uma das tarefas mais difíceis que assumi na vida. Um trabalho árduo e diário, com a ajuda da incansável Dirce Campos, que lutou comigo na linha de frente para que vencêssemos todos os desafios que o destino nos impôs. Chegar em Goiânia e, após quatro dias de evento, ver que tudo funcionou como inicialmente planejado pelo Secretário Geral e Comissão Organizadora, foi uma sensação de dever cumprido das mais prazerosas. Esta revista destaca algumas das atividades que ocorreram durante a 39a Reunião Anual. O desejo de registrar um pouco de cada um dos dias que passamos na cidade de Goiânia e no Centro de Convenções não pode ser totalmente satisfeito em função da limitação de espaço. Tivemos então a difícil tarefa de escolher entre algumas atividades, para guardarmos como recordação os momentos especiais que vivemos lá ou para termos consciência do que perdermos. Quero agradecer a todos os meus bravos colegas das Comissões Organizadora e Científica, da Comissão Local – em especial à encantadora Cecília Oliveira, aos colegas de Diretoria e Conselho que ajudaram na etapa final, Aldo Zarbin, Luiz Henrique Catalani, Adriano Andricopulo e a secretaria da SBQ em São Paulo. Agradeço também aos assessores ad hoc pela avaliação dos 1000 resumos submetidos. Sem todos esses importantes personagens, a Reunião não teria acontecido. FAPESP, CAPES, FAPEG, CRQ e CNPq foram valiosos parceiros no financiamento deste evento, além das empresas destacadas nessa revista especial. Da RA em Goiânia, só boas lembranças. Entre convidados, inscritos, alunos do ensino médio, mais de

Nova diretoria da SBQ para o biênio 2016-2018

2500 pessoas passaram por lá. Foram muitas atividades com salas lotadas, muitas discussões científicas (e políticas) de alto nível, mentes brilhantes se encontrando e se desafiando, muitas colaborações iniciadas, muitos elogios nos corredores... Além disso, muita emoção e empolgação em atividades que tocaram os presentes, como a Sessão de Homenagens – um quase encontro de família feliz, o discurso de posse do novo presidente aplaudido de pé, a atividade “SBQ na Escola”. Nesta última, mais de 1000 alunos do ensino médio de escolas públicas de Goiás colocaram “a mão na massa” e realizaram experimentos incríveis organizados pelo Alfredo Mateus e Marlon Soares. A atividade emocionou a muitos, pois despertar a alma curiosa de jovens estudantes é um dos nossos mais belos papéis. A RA de Goiânia foi o primeiro congresso na vida de vários estudantes de química e áreas correlatas e ouvir de uma estudante de IC, ao voltar para seu laboratório de pesquisa, a frase: “Por favor, por favor, posso começar a trabalhar muito duro naquele projeto novo para poder ir a IUPAC no ano que vem?” renova as esperanças e fortalece a certeza de que estamos no caminho certo. Sim, foram dias intensos de encantamento com aquilo que nos move: a paixão pela química e a obstinação de fazermos para este mundo, um futuro melhor! Que venha a IUPAC e a 40ª reunião Anual da SBQ, em 2017. Nos vemos em São Paulo, em julho do ano que vem! Salve a data. Até lá! Rossimiriam Pereira de Freitas Comissão Organizadora da 39a RA Secretária Geral da SBQ


39ª REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA | BOLETIM ESPECIAL

Secretarias regionais fazem avaliação e planos de crescimento

Carlos Alberto Filgueiras, autor de Origens da Química no Brasil

Lançamento de Livros: muitos assuntos e desconto para associados O professor Carlos Alberto Filgueiras (UFMG), ex-presidente da SBQ foi um dos autores que lançaram livros na 39ª RA. Sua obra “Origens da Química no Brasil” é uma realização da EditSBQ e pode ser adquirido aqui, com preço especial para associados da SBQ. Foram lançados também “Plantas Medicinais e a Doença de Alzheimer”, de Cristiane Mendes Feitosa (org.), “Ensino de Química Mediado pelas TICs”, de Alfredo Luis Mateus (org.), “Práticas de Química Geral para Cursos de Licenciatura”, de Jaqueline Nicolini e Keller Paulo Nicolini, “Química Orgânica – Estrutura e Propriedades de Compostos Orgânicos Série Química: Ciência e Tecnologia”, de Paulo Marcos Donate (org.), “Introdução aos Conceitos e Cálculos da Química Analítica: 5. Equilíbrio de Oxidação-Redução e Aplicações em Química Analítica”, de Orlando Fatibello Filho, “Manual do Mundo: 50 experimentos para você fazer em casa”, de Alfredo Luis Mateus e Iberê Thenório, “Materiais Mesoporosos: um caminho acessível”, de Anderson Schwanke, Adriana dos Santos, Anne Gabriella Santos, Lidiane Bieseki, Luiz Di Souza, Paulo Campos, Sibele Pergher, e “Do Sonho à Síntese Orgânica: 20 anos do Laboratório de Química Orgânica Sintética (IQ-UNICAMP)”, de Lúcia Beatriz Torres.

Workshop internacional debate ferramentas e práticas de educação Antes mesmo da abertura oficial da 39ª RA, uma importante troca de experiências reuniu químicos brasileiros e norte-americanos, especializados em diferentes aspectos da educação. “Teaching Chemistry: vision, practise and achievements”, organizada pelos professores Fernando Galembeck (Unicamp) e Bradley Miller, diretor de assuntos internacionais da American Chemical Society, foi um dos sete workshops realizados no primeiro dia do evento. O workshop teve oito apresentações e muito espaço para participação da plateia.

O tradicional workshop de integração de secretarias regionais reuniu representantes das 18 regiões para uma breve avaliação do biênio e planos para o próximo. Alguns bons exemplos foram mostrados, como o superávit da SBQ Bahia, obtido, segundo o secretário Maurício Moraes Victor, da UFBA, com engajamento e esforço: “Nós trabalhamos bastante a divulgação dos produtos da SBQ (aqui), com destaque para as tabelas periódicas e canecas. Procuramos nos comunicar intensamente e nossa página no portal da SBQ tem muitas abas com informações que consideramos importantes. Em nossa busca pelo fortalecimento da SBQ, pudemos contar com a ajuda de ‘embaixadores’ da SBQ em regiões mais remotas do estado para envolver os químicos do interior, fizemos o último encontro regional em Porto Seguro e faremos o próximo em Itabuna.”

Minicursos abrangeram temas variados Foram realizados durante a 39ª RA 10 minicursos de seis horas cada, abrangendo temas distintos como “Micro reatores de fluxo contínuo”, ministrado pelo professor Timothy Nöel, da Universidade de Eindhoven (Holanda), a “Educação inclusiva em química: materiais didáticos alternativos para alunos com deficiência visual”, pela professora Anelise Maria Regiani, da UFSC. Em 2008, na Universidade Federal do Acre, ela começou a lecionar para uma aluna cega, e, na experiência inédita, percebeu várias formas e ferramentas para possibilitar o aprendizado a esta aluna. No minicurso, falou sobre o histórico do tratamento às pessoas com deficiência, legislação, a adaptação e o uso dos materiais. Leila Teruya, pesquisadora do IQ-USP participou e gostou do que viu e ouviu: “Gostei muito, pois ele nos possibilitou conhecer diversas possibilidades de adaptação de materiais e experimentos didáticos de química para alunos com deficiência visual. Foi interessante aprender como esse trabalho de adaptação pode contribuir para o aprendizado não apenas destes alunos, mas também daqueles que enxergam.”

Material para produção e leitura em braile


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CONFERÊNCIA DE ABERTURA

Na abertura, um panorama dos metais na medicina Conferência da Professora Heloisa Beraldo descreveu contribuições da química inorgânica à descoberta de fármacos O presidente da SBQ para o biênio 2014-2016, Adriano D. Andricopulo, destacou, na abertura da 39ª Reunião Anual, o engajamento dos membros da SBQ para realizar um evento tão pujante, como este que teve aproximadamente uma centena de atividades, para todos os gostos e áreas do saber dentro da Química, mesmo em um momento de crise econômica e política. “Ao ver centenas de alunos de IC, de pós-graduação e pesquisadores juntos, fica evidente a importância deste intercâmbio científico, cultural e até mesmo social, que acontece em nossas RAs. A complexidade do momento que vivemos não é motivo para desânimo, ao contrário, é mais um estímulo para buscarmos soluções que valorizem nosso ambiente científico e educacional”, declarou. Adriano aproveitou a oportunidade para homenagear o secretário-geral Luiz Fernando Silva Jr., que participou ativamente da organização da RA, mas precisou se afastar temporariamente por questões de saúde. A conferência de abertura “O Papel da Química Inorgânica na Descoberta de Fármacos”, foi feita pela professora Heloisa de Oliveira Beraldo, da UFMG. “Ela é uma cientista brilhante e fez um panorama fantástico da química bioinorgânica na área de fármacos”, avaliou o professor Jaílson Bittencourt de Andrade, da UFBA, ex-presidente da SBQ. “Heloisa mostrou a contribuição altamente qualificada de seu grupo e da ciência brasileira.”

Heloisa Beraldo: “Ficar doente é talvez o medo mais antigo da humanidade”

Na visão de outro ex-presidente da SBQ, o professor Carlos Alberto Filgueiras, “Heloisa não é apenas uma pesquisadora eficiente e produtiva. Ela é uma grande mestra, que incentiva e inspira seus alunos, muitos dos quais, já como ex-alunos, ocupam postos de relevo no cenário científico brasileiro.” “Ficar doente é talvez o medo mais antigo da humanidade. E até os anos 30 a medicina não tinha muito a oferecer”, contou a professora Heloisa, em seu apanhado sobre a história dos metais na medicina. Ela falou sobre a evolução de fármacos baseados na cisplatina, “a molécula querida da química inorgânica”, arsênio, rutênio, gálio, ouro, entre outros metais.


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SESSÃO COM O NOBEL

Wüthrich: “A RMN é uma das áreas em que os resultados da investigação básica desde o Século 19 estabeleceram as bases para grande avanços tecnológicos”

Esporte, ciência e pesquisa básica Kurt Wüthrich enaltece dois séculos de investigação básica que possibilitaram grandes avanços da ressonância magnética nuclear Certa vez o professor Kurt Wüthrich foi convidado pelas o Século 19 e o início do Século 20, estabeleceram as autoridades chinesas a visitar o país para contribuir com bases para grandes avanços tecnológicos nas últimas ideias de como a China poderia criar um sistema de décadas”, afirmou. avaliações de publicações científicas que fosse confiável “Sua palestra foi um libelo poderoso contra o e diminuísse a quantidade de fraudes. Wüthrich então já discurso político, ignorante, da prevalência da pesquisa havia conquistado seu prêmio Nobel pelas contribuições aplicada sobre a investigação básica”, avalia o professor ao campo da ressonância magnética Etelvino Bechara (IQ-USP), que apresentou nuclear (RMN). Também já passara – desde o Nobel à plateia. “Se você quer décadas antes – por dezenas de campos A conferência do pesquisador suíço adultos que de futebol, esporte que praticou desde a focalizou os fundamentos da ressonância saibam ganhar e nuclear magnética para a resolução da juventude. Diante do dilema chinês, o cientista perder, é preciso estrutura tridimensional de proteínas em que estimule suíço perguntou às autoridades como solução - as conformações determinantes as crianças ao de suas propriedades biológicas - o que estava a prática de esportes nos colégios. E concluiu: “Se você quer adultos que adicionou um fenomenal avanço às esporte”, saibam ganhar e perder, é preciso que técnicas cristalográficas via Raios-X que Kurt Wüthrich estimule as crianças ao esporte.” retratam a estrutura de proteínas, rígidas, Essa foi uma das lições de Wüthrich, Nobel de no estado sólido. Ele discutiu algumas proteínas e Química de 2002, para o auditório lotado com mais de ressaltou a importância da ressonância magnética para 600 químicos que viram e ouviram um apanhado sobre o diagnóstico médico de doenças por imagens. a importância de dois séculos de pesquisa básica que Antes de se dedicar à ciência, Wüthrich foi jogador possibilitaram seu prêmio maior. Wüthrich destacou o de futebol e praticante de atletismo. Ele comparou o trabalho do botânico britânico Robert Brown (a descrição sucesso do cientista com o do atleta: “Na ciência, como do ‘movimento browniano’, 1827) e de Albert Einstein, vimos, uma vitória pode demorar décadas para ser que escreveu um tratado sobre este movimento em conquistada, ou mesmo compreendida. No esporte, se 1905, como fundamentais para entender os avanços da o sarrafo está a dois metros de altura, você vai lá e salta ressonância nuclear magnética. “A RMN é uma das áreas por cima, o reconhecimento é imediato. É preciso que em que os resultados da investigação básica durante os cientistas saibam disso.”


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PRIMEIRA VEZ NA RA

Para os mais jovens, a primeira chance em um grande evento científico Grupo de alunos da UFG associou-se à SBQ para ter bons benefícios durante o ano A importância da Reunião Anual da SBQ para promover o contato de estudantes de IC com um conjunto variado de cientistas, pesquisas e ideias é reconhecida por aqueles que tiveram a primeira oportunidade de participar de um grande evento científico este ano. João Marcos, Renata, Pâmela e Geovana, alunos de graduação em química pela UFG se associaram à SBQ este ano para aproveitar os benefícios aos sócios e foram à Reunião Anual pela primeira vez. Tiveram desconto na taxa de inscrição e na compra de livros, circularam junto pela RA nos quatro dias, assistiram as Sessões Coordenadas de Produtos Naturais I, Química Verde I e Química Inorgânica II, apresentaram seus trabalhos e dois deles foram premiados. João Marcos Gonçalves Barbosa, do sétimo período de Química deve seguir na área de QPN. “A RA é um evento amplo, com muitos temas e perfis de palestras distintos. É uma ótima oportunidade para aprofundarmos em temas que conhecemos apenas superficialmente”, disse o estudante. Ele foi premiado pelo seu pôster "Chemical changes during the jabuticaba (Myrciaria cauliflora) fruit development and ripening”. Sua colega do sétimo período, Renata Cândido de Castro, pensa em seguir carreira na indústria química. “Na universidade temos pouco contato com o mundo da indústria, então temos que aproveitar as oportunidades que surgem na RA. Assisti a uma palestra com a visão da indústria sobre “Pessoas, Ciência, Inovação e Negócios” e fiquei tocada. Meu ‘plano A’ é fazer química de materiais na indústria”, contou. Pâmela Alves dos Santos, do quinto período, está interessada em química verde e pensa em buscar

Geovana, Renata e João Marcos, da UFG

oportunidades de carreira na indústria. “Penso que é importante ajudar a tornar mais verdes os processos de síntese orgânica”, afirmou a estudante. Já Geovana de Melo Mendes caminha para a bioanalítica. “Quero ficar na academia e trabalhar na identificação de patógenos”, declarou. Ela também teve seu pôster “Detecção do vírus Dengue por RT-LAMP em dispositivos descartáveis de poliéstertonner (PeT)” premiado na categoria Analítica. Além das coordenadas e dos trabalhos apresentados, eles assistiram sessões temáticas, conferências, e a sessão com o Nobel.


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Erisléia, Rafaela e Lidiene trouxeram seus trabalhos sobre pimentas da Amazônia Distância entre painéis facilitou apresentação dos trabalhos

Sessão de painéis ganha mais espaço para apresentações A Sessão de Painéis deste ano teve 916 trabalhos apresentados durante os três dias da Reunião Anual. As áreas de Orgânica, Materiais, Produtos Naturais e Analítica juntas representaram cerca de metade dos trabalhos. Para o intenso trabalho de avaliação, inscreveram-se 323 pesquisadores que puderam votar com tecnologia eletrônica. Uma novidade este ano foi o maior espaço destinado para os pôsteres, de modo a facilitar a visitação e apresentação, mesmo nos muitos momentos em que a sessão permaneceu lotada. Ao contrário dos anos anteriores, os pôsteres foram montados em duas alas laterais do Centro de Convenções, em volta da feira de produtos. “Acredito que a questão do espaço foi muito bem resolvida. Era uma demanda em relação aos anos anteriores”, conta o professor Jaílson Bittencourt de Andrade, da Universidade Federal da Bahia. A professora Nelilma Correia Romeiro, da UFRJ, campus Macaé, foi uma das avaliadoras, da divisão de Química Medicinal. “Me parece cristalino que os trabalhos apresentados são mais completos do que alguns anos atrás, incorporando questões de planejamento, avaliação farmacológica, e aspectos da orgânica”, afirmou.

Lidiene Monteiro, aluna do oitavo período de Biotecnologia da Universidade Federal do Pará, participou pela primeira vez à RA e apresentou seu trabalho sobre a análise de metabólitos secundários da Piper divaricatum, uma espécie de pimenta nativa da Amazônia. Ela veio acompanhada de colegas que estudam o mesmo tema – todas com trabalhos complementares. Rafaela Cabral inoculou um fungo que causa uma doença em uma espécie de pimenta do reino, para ver como reage a Piper divaricatum. E Erisléia Meireles, doutoranda em biotecnologia, apresentou o trabalho de um colega que verificou a resistência da Piper nigrum, outra espécie importante na região, a um fitopatógeno específico da região amazônica, Fusarium solani. “Somos biólogas que trabalhamos com química dos produtos naturais”, definiu Erisléia. “Então é muito importante estar aqui, pela troca de conhecimento que um evento como a Reunião Anual nos proporciona.” As estudantes se associaram à SBQ no início do ano e já contabilizam os benefícios financeiros de fazer parte da sociedade. “Vale muito a pena, porque o custo anual é menor que os descontos para participar dos eventos científicos”, explica Lidiane.


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Aldo Zarbin assume a presidência da SBQ Professor foi ovacionado de pé ao final de seu discurso em que se comprometeu a continuar o trabalho de fortalecimento da entidade

A 39ª RA marcou a renovação da diretoria da SBQ para o próximo biênio. O presidente Adriano D. Andricopulo passa para o Conselho Consultivo e permanece na presidência do Comitê Organizador da IUPAC 2017. O professor Aldo José Gorgati Zarbin, da UFPR, assume a presidência da entidade (veja relação completa da nova diretoria na página 16). “Vamos dar sequência ao trabalho de fortalecimento da nossa sociedade por meio do maior engajamento da comunidade química em todas as regiões do Brasil”, declarou o novo presidente. Na avaliação do Professor Etelvino Bechara, ex-presidente da SBQ, o discurso de Aldo foi muito elogiado e aplaudido pela Diretoria, Conselho e participantes, em resposta às suas propostas. “Ele demonstrou contundência, realismo e otimismo frente à demandas e dificuldades atuais do País e das universidades. Vale notar, entre as propostas para o próximo biênio, a expansão de nosso quadro efetivo de associados, apoiar e aperfeiçoar a PubliSBQ, priorizar a educação e divulgação científicas, e interagir fortemente com o setor industrial, inclusive com a concretização de um novo periódico específico programado por diretorias anteriores”, afirmou Bechara. Aldo formou-se e tornou-se doutor em química pela Unicamp. Mudou-se para Curitiba em 1998 e desde então é professor e líder do Grupo de Química de Materiais (GQM) da UFPR. Membro atuante e entusiasta da SBQ desde 1988, foi diretor da Divisão de Química de Materiais (2008-2010) e secretário geral (2012-2014) da entidade. Suas principais linhas de pesquisa estão relacionadas à síntese e caracterização de materiais em escala nanométrica, em interfaces líquido/líquido, e estudo da aplicação destes nanomateriais em sensores, dispositivos fotovoltaicos, baterias, capacitores e catalisadores.

Aldo: maior engajamento em todas as regiões do País


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Leia trechos do discurso de posse do professor Aldo Zarbin "Com apenas 39 anos de vida, a SBQ atingiu um patamar de excelência compatível com as grandes sociedades científicas do mundo. Somos uma das maiores do país; temos um padrão de excelência nas nossas revistas e nas nossas reuniões anuais que causam inveja a muitas sociedades co-irmãs; temos um reconhecimento internacional que nos faz líderes na América Latina, e parceiros em diversas ações com as maiores sociedades de química no planeta, como a americana, a inglesa e a alemã." "É preciso compreender que nestes quase 40 anos a química brasileira mudou... e muito. De um passado recente com uma concentração quase que absoluta no Sudeste, hoje temos uma distribuição mais igualitária por todas as regiões do Brasil. O crescimento significativo da pós-graduação, do número de doutores, do número de novas universidades e novos campi universitários nos últimos 15 anos, bem como o fortalecimento das FAPs e uma forte política de incentivos regionais, resultou na geração de infraestrutura física e intelectual e de novos grupos de pesquisa capilarizados pelo país, com anseios, necessidades e idiossincrasias próprios e urgentes. A SBQ tem a obrigação de saber olhar com olhos adequados a esta nova realidade. É preciso que nossos sócios reconheçam que o B da nossa sigla tem a mesma força que o S e que o Q. Estou me referindo a uma política inclusiva, sem jamais deixar de valorizar, enaltecer e contribuir com os que nos trouxeram até o presente, mas ampliando os horizontes daqueles que podem, em conjunto com esses, também nos levar ao futuro." "Assumo a presidência em um sério momento de crise. Crise econômica, crise política, crise institucional. Em um momento onde valores éticos daqueles que nos representam vêm sendo substituídos por fisiologismo, interesses escusos e distanciamento de projetos dignos de uma nação. Em um momento onde começamos a perceber sinais de descaso para com a Ciência e Tecnologia, com a diminuição de recursos, a extinção de programas, os cortes na Pós-Graduação e recentemente a extinção do Ministério da Ciência e Tecnologia, em absoluta dissonância com a comunidade. Sem jamais se vestir de cores políticopartidárias, a SBQ tem a obrigação de estar na frente de batalha pela normalidade democrática, pelo fortalecimento das instituições, pela manutenção do estado de direito e pela ampliação do sistema nacional de ciência e tecnologia."

Por que se associar: • Preços e condições diferenciadas para eventos científicos da SBQ, como a Reunião Anual, Encontros Regionais, ENQA, BMIC, BrazMedChem, etc. A diferença entre os valores cobrados aos sócios e não-sócios destes eventos costuma superar o valor da anuidade cobrada aos sócios; • A SBQ possui diversos acordos de colaboração com a ACS, a RSC e a SPC. Por exemplo, em congressos e eventos destas sociedades, os sócios da SBQ pagam os mesmos valores reduzidos (e têm as mesmas vantagens) oferecidos aos sócios da ACS, RSC e RPC. Há vantagens e descontos também para aquisição de material bibliográfico; • A SBQ é a única representante oficial da IUPAC no Brasil e, portanto, tem voz e voto nas importantes decisões sobre os rumos da química no planeta. • A SBQ é a representante da química na SBPC, e é a interlocutora no que se refere à química nos diferentes órgãos de fomento, ministérios, congresso nacional, ONGs, etc. E tem se destacado pelas posições claras e pela ação proativa na luta pelos direitos adquiridos, e pela melhoria da qualidade, da gestão e da quantidade de recursos do sistema de ciência e tecnologia do país; • A SBQ edita dois dos mais conceituados periódicos científicos da América Latina, o Journal of the Brazilian Chemical Society (QUALIS A2 CAPES) e a Química Nova, um dos periódicos de maior índice de impacto em língua não-inglesa. Sócios da SBQ têm descontos substanciais para publicação nas nossas revistas. Estes descontos chegam a 80% para sócios fiéis (que são sócios há 5 anos ou mais).


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CRIAR E EMPREENDER

As possibilidades do empreendedorismo para o jovem químico O Simpósio Criar e Empreender, organizado pelo presidente da SBQ para o biênio 2014-2016, Adriano D. Andricopulo, despertou a atenção de uma plateia que busca novas possibilidades profissionais. “A ideia do simpósio foi mostrar caminhos para o jovem inovador, de espírito empreendedor, que tenha um olhar diferente do tradicional e disposição para fazer negócios”, declarou Andricopulo. O professor Cândido Borges, da UFG, fez um panorama sobre o ensino do empreendedorismo e contou sobre as iniciativas da universidade neste sentido. A UFG mantém um Centro de Empreendedorismo e Inovação e um programa de formação de empreendedores. “A comunidade tem respondido bem às nossas iniciativas. Para 2016, que foi o segundo período de disciplinas voltadas para empreendedorismo, abrimos três turmas com 90 vagas, e tivemos 510 inscritos”, relatou Cândido. Para o professor Noberto Peporine Lopes, da USP de Ribeirão Preto e presidente sucessor da SBQ, o processo de aprendizado sobre o empreendedorismo é demorado e doído. “Nós da academia estamos acostumados a descobertas, mas não a inovação, que é quando se agrega valor a uma descoberta”, disse. Norberto, especializado em química dos produtos naturais (QPN) e espectrometria de massas, falou sobre sua experiência na criação de empresas no âmbito da academia. “Nos meados dos anos 2000 montamos uma empresa formada por professores universitários. A empresa nasceu e faliu em seis meses. Percebemos que é preciso mais que uma descoberta científica para transformar uma ideia em uma empresa”, contou. Ele defende que os docentes devem ajudar os jovens cientistas a perceberem oportunidades de mercado, e o ambiente da academia deve ajudar a reunir bons estudantes de ciência, de espírito empreendedor, com pessoas de conhecimentos complementares de

Norberto: “Temos que aproximar academia, incubadoras e empresas”

economia e mercado. “Temos que fazer aproximar a academia, onde está o conhecimento, a incubadora e as grandes empresas, que muitas vezes têm interesse naquilo que podemos oferecer.” Foi o que aconteceu com a Lychnoflora, experiência bem sucedida que teve a participação do professor. Criada a partir de conhecimentos inovadores na área de QPN, a empresa cresceu por encontrar meios de ajudar as grandes indústrias do setor farmacêutico, e chegou a ser tema de conferência em Harvard, sobre inovação aberta no Brasil. O simpósio teve ainda a participação do professor Fernando Albericio, da Universidade Barcelona e da Universidade Kwazulu-Natal, da África do Sul.


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SETOR PRODUTIVO

Indústrias trazem sua visão à academia Pesquisa e desenvolvimento com base em biotecnologia deve crescer

Alessandro Rizatto, da Rhodia-Solvay

Em 1950 um químico entrou segurando uma garrafa de plástico, na sala do principal executivo da Solvay, multinacional química de origem belga, fundada em 1863. Ele queria mostrar ao chefe a novidade, que acreditava ser útil para facilitar o transporte de água e outros líquidos. O executivo não se convenceu com a conversa e o químico jogou a garrafa na direção do chefe. Quando este percebeu a leveza e a resistência do material, se convenceu. Eram os primeiros passos da garrafa pet. A história foi contada por Alessandro Rizzato, gerente de inovação da Rhodia-Solvay e representante da Comissão de Tecnologia da Abiquim, na Sessão Temática “A Reinvenção da Química Através da Biotecnologia Industrial”. Rizzato contou que a vocação brasileira para a biotecnologia começa a se refletir na indústria química, e tende a aumentar. “Hoje, segundo o BNDES, 15% da produção química é ‘bio-based’, ou seja, baseada em fontes renováveis. Empresas como a nossa estão investindo em centros de pesquisa porque a biotecnologia oferece inúmeras oportunidades. Ele explicou que a Rhodia-Solvay tem 21 centros de

Ana Cláudia Barboza, da Dow

pesquisa, 2,4 mil funcionários em pesquisa e inovação, e depositou 264 patentes em 2015. Foram feitas também apresentações de representantes da Braskem, da Fibria e do Instituto Senai de Inovação. Cerca de cem químicos estavam na plateia. Samuel Rodrigo Waechter, mestrando em Química Analítica pela Universidade Federal de Santa Maria, considerou importante o fato deste e outros eventos da 39ª RA reunirem químicos de áreas diversas. “A proposta de ser interdisciplinar é muito interessante. É minha primeira RA e percebo que o investimento compensa porque aqui tomamos contato com um conhecimento que não tem valor, que não está na sala de aula”, afirmou. A participação das indústrias na RA também aconteceu na conferência “People, Science, Innovation and Business: a multinational company view”, proferida pela executiva da Dow, Ana Cláudia Barboza, e na sessão sobre Desenvolvimento de Novos Fármacos, que contou com a palestra da executiva da Eurofarma, Gabriela Barreiro.


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SESSÃO ESPECIAL

Lotação esgotada Com todos os lugares tomados, comunidade química debate os desafios ao desenvolvimento científico e tecnológico

Eliezer Barreiro, UFRJ

Fernando Galembeck, Unicamp

Hernan Chaimovitvh, CNPq

A Sessão Especial “Desafios Atuais no Desenvolvimento Científico e Tecnológico”, concebida pela diretoria da SBQ para trazer a discussão para um contexto sócio-econômico mais amplo, foi um dos eventos da 39ª RA que tiverem lotação esgotada. Com mediação de Eliezer de Jesus Barreiro (UFRJ) e a participação de Fernando Galembeck (Unicamp) e Hernan Chaimovitch, presidente do CNPq, a Sessão Especial atraiu a atenção dos diversos perfis de participantes, de alunos de IC a pesquisadores. “Foi um acerto sensacional da SBQ a escolha do tema. Isso ficou evidenciado não só pela presença maciça das pessoas, como pela qualidade dos debates. Fica claro que tínhamos um espaço para propor esta reflexão sobre a função social de cada um”, declarou o professor Eliezer. “Acredito que esses debates que não são somente técnico-científicos devem ter um espaço regular nos nossos encontros.” Para Galembeck, que foi presidente da SBQ e dirigente de diversas sociedades científicas, um dos desafios é que se consiga uma convergência de esforços de partes interessadas no desenvolvimento da pesquisa no Brasil. Ele deu como exemplo o experimento global “pH do Planeta”, realizado em 2011 pela IUPAC. No Brasil, 1,4 milhão de crianças participaram do experimento que colheu água de centenas de cursos d’água, com um custo baixo de 200 mil reais, com participação dos CRQs, secretarias de educação e muitos químicos e educadores. “Para muitas daquelas crianças, aquele foi o primeiro experimento de suas vidas. Então é muito importante um ambiente de cooperação”, disse Galembeck. O professor da Unicamp citou também a falta de planejamento e desafios econômicos como obstáculos ao progresso da ciência. “No Brasil o ministério do Planejamento existe para acomodar os orçamentos seguintes, mas é incapaz de realizar um planejamento de médio e longo prazo”, afirmou. Chaimovitch descreveu o cenário da pesquisa científica no Brasil: investimento de 1% a 1,5% do PIB em pesquisa e desenvolvimento, poucos cientistas por milhão de habitantes, contribuição “modesta” do setor privado, que banca apenas 30% da pesquisa no País, uma produção científica em aumento gradual desde os anos 80, porém baixa produção de tecnologia média e alta, um dos poucos países no mundo em que a produção de patentes é menor nas empresas do que nas universidades.


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SESSÃO DE HOMENAGENS

Nossas homenagens! A tradicional sessão de prêmios e homenagens da Reunião Anual da SBQ teve este ano como novidade o prêmio “QNInt Jailson Bittencourt de Andrade” para reconhecer contribuição original e criativa para a formação do Químico, sob a forma de experimento, vídeo, música ou imagem, compreendendo todas as áreas da química.

Hanz Viertler entregou o prêmio que leva seu nome a Rodrigo Alejandro Abarza Muñoz

A Medalha Simão Mathias, mais alta honraria da SBQ, foi entregue por Adriano D. Andricopulo a Heloisa de Oliveira Beraldo, da UFMG

Etelvino Bechara, do IQ-USP, recebe o “Prêmio Revista Virtual de Química” das mãos de Vitor Francisco Ferreira

O Prêmio QNInt “Jailson Bittencourt de Andrade” foi entregue pelo professor Jaílson a Claudia Moraes de Rezende, da UFRJ

Homenagem JBCS foi entregue por Roberto Manoel Torresi a Jailson Bittencourt de Andrade, da UFBA


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CONFERÊRENCIA CONVIDADA

Entusiasta da colaboração fala sobre peptídeos terapêuticos O professor Fernando Albericio é um entusiasta da colaboração entre químicos de diferentes regiões. Ele mantém seu laboratório na Universidade de Barcelona, já aceitou o desafio de montar um curso de Química no Equador, leciona e pesquisa na África do Sul e pretende estabelecer cooperação com químicos de produtos naturais no Brasil. Na 39ª Reunião Anual, Albericio participou de um simpósio e proferiu uma conferência, sobre “Peptídeos Terapêuticos”. “Acredito muito nos conhecimentos complementares e na vocação de cada região para a química dos produtos naturais”, disse o professor. “Penso que o papel de cada ser humano é fazer coisas úteis para a sociedade. Em termos da ciência, é preciso que nós levemos nossos projetos e pesquisas mais para dentro da sociedade, de forma a responder suas necessidades.” Albericio estuda há quatro décadas a síntese de peptídeos naturais e como melhorar sua estabilidade e propriedades farmacocinéticas. Segundo ele, 27% dos 1.562 novos fármacos aprovados entre 1981 e 2014 são sintéticos. “Os peptídeos naturais apresentam características terapêuticas interessantes, mas também algumas propriedades farmacocinéticas desfavoráveis”, afirmou. Andrezza Ramos, aluna de pós-graduação em Química de Frutos da Amazônia, na Universidade Federal do Amazonas, assistiu à conferência. “Frutas são ricas em peptídeos. Então vim para entender como funciona essa síntese. Achei muito útil”, declarou. É a terceira vez que Andrezza participa da RA. “Quando me associei à SBQ, foi para colaborar com os debates, participar dos encontros e obter as vantagens que os sócios têm.” Além da conferência de Albericio, foram realizadas outras 12, sendo que cinco por palestrantes estrangeiros. O escocês Ian Gilbert, que faria conferência sobre Farmácos para Doenças Neglicenciadas, acabou perdendo seu vôo por motivo de mau tempo e cancelou a apresentação.

Albericio: “Acredito muito nos conhecimentos complementares e na vocação de cada região para a química dos produtos naturais”

Andrezza Ramos, da UFAM: vantagens da participação na SBQ


39ª REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA | BOLETIM ESPECIAL

Grupo do colégio estadual Novo Horizonte

Jovens manipulam moléculas de garrafas pet

Mais de mil adolescentes visitam SBQ na Escola Atividade teve experimentos, manipulação de modelos de moléculas e painéis Mais de mil alunos de 31 escolas das redes públicas estadual e municipal visitaram a 39ª RA e participaram de uma sessão que reuniu experimentos, manipulação de moléculas em modelos feitos com garrafas pet e painéis em pôsteres sobre Química de Alimentos. O movimento dos adolescentes durou os três dias e demandou intenso esforço dos organizadores Márlon Soares, da UFG, e Alfredo Luis Mateus, do Colégio Técnico da UFMG, ambos especializados em ensino de química e divulgação científica. Dezenas de alunos da UFG participaram como monitores, tirando dúvidas e demonstrando os experimentos. A professora Flávia Luísa de Morais, do Colégio Estadual Novo Horizonte levou três salas de em média 40 alunos de cada ano do ensino médio. Ela conta que a escola teve que sortear as classes que iriam, tamanho foi o interesse dos estudantes. “Eu sinto que o pessoal do terceiro ano gosta mais de química do que nos primeiros anos. Talvez porque vão se acostumando depois da novidade que é o primeiro contato com a disciplina”, declarou Flávia. Ela conta que a escola tem um laboratório de ciências, mas carece dos materiais necessários às aulas práticas. “Este ano ainda não pudemos usá-lo”, lamenta a professora. “É por isso que fizemos questão de comparecer ao SBQ na Escola. Certamente ajuda tanto no estímulo quanto na compreensão dos alunos.” Honhnerly de Oliveira gostou da exposição. Para ele “a química está envolvida em tudo. Por isso é importante conhecê-la melhor.” Sua colega Luciana Tolentino, que decidiu cursar pedagogia acredita que “é importante conhecer a química e saber lidar com ela, pois ela pode ajudar as pessoas.” A SBQ agradece a participação dos monitores: Murilo Viana de Souza, Alan Jones da Silva Santos, Mariana Ferreira Herculano, Regina Nobre Vargas, Gustavo Nobre Vargas, Gustavo Augusto Assis Faustino, Morgana Abranches, Adriano José de Oliveira, Marysson Jonas Rodrigues Camargo, Thaynara de Oliveira Faria, Maria Aparecida da Silva Leite, Felipe Augusto de Melllo Rezende, Leonardo Cassiano Balmat, Geiza Louise Mariz Lima, Rodrigo Soares e Guthierry Fernandes.


DIRETORIA & CONSELHO (2016-2018) Presidente: Aldo J. G. Zarbin (UFPR) Presidente Sucessor: Norberto Peporine Lopes (FCFRP-USP) Vice-Presidente: Marília Oliveira F. Goulart (UFAL) Secretário Geral: Rossimiriam Pereira de Freitas (UFMG) Secretário Adjunto: Silvio do Desterro Cunha (UFBA) Tesoureiro: Andre Galembeck (CETENE) Tesoureiro Adjunto: Fernando de Carvalho Silva (UFF) Conselho Consultivo: Adriano D. Andricopulo (IFSC-USP) Conselho Consultivo: Etelvino José Henriques Bechara (UNIFESP-Diadema) Conselho Consultivo: Fernando Galembeck (UNICAMP) Conselho Consultivo: Maria Domingues Vargas (UFF) Conselho Consultivo: Ronaldo Aloise Pilli (UNICAMP) Conselho Consultivo: Vanderlan da Silva Bolzani (IQAr-UNESP) Conselho Consultivo: Vitor Francisco Ferreira (UFF) Conselho Fiscal: Glaura Goulart Silva (UFMG) Conselho Fiscal: Roberto de Barros Faria (UFRJ) Conselho Fiscal: Romeu Cardozo Rocha Filho (UFSCar) COMISSÃO ORGANIZADORA Luiz F. Silva Jr – Secretário Geral SBQ, Presidente da Comissão Organizadora Adriano D. Andricopulo – Presidente SBQ Rossimiriam Pereira de Freitas – Tesoureira SBQ Dirce Maria Fernandes Campos – Diretora Executiva SBQ Douglas Wagner Franco – Diretor da Divisão de Alimentos e Bebidas Dalmo Mandelli – Diretor da Divisão de Catálise Carlos Alberto Marques – Diretor da Divisão de Ensino de Química Pedro de Lima Neto – Diretor da Divisão de Eletroquímica e Eletrolítica Hamilton Varela – Diretor da Divisão de Física-Química Carla Cristina S. Cavalheiro – Diretora da Divisão de Fotoquímica João Henrique Ghilardi Lago – Diretor da Divisão de Produtos Naturais Anne Helene Fostier – Diretora da Divisão de Química Ambiental Maria das Graças A. Korn – Diretora da Divisão de Química Analítica Roselena Faez – Diretora da Divisão de Química de Materiais Shirley Nakagaki Bastos – Diretora da Divisão de Química Inorgânica Carlos Mauricio R. de Sant ´Anna – Diretor da Divisão de Química Medicinal Rodrigo Octavio M. A. de Souza – Diretor da Divisão de Química Orgânica Silvio do Desterro Cunha – Secretário Adjunto da SBQ COMISSÃO CIENTÍFICA Adriano D. Andricopulo – Presidente SBQ Aldo José Gorgatti Zarbin – Presidente Sucessor SBQ Luiz Henrique Catalani – Vice-Presidente SBQ Luiz Fernando da Silva Jr. – Secretário Geral SBQ Silvio do Desterro Cunha – Secretário Adjunto SBQ Rossimiriam Pereira de Freitas – Tesoureira SBQ José Daniel Figueroa Villar – Tesoureiro Adjunto SBQ Antonio Luiz Braga – Conselho Consultivo SBQ Fernando Galembeck – Conselho Consultivo SBQ Maria Domingues Vargas – Conselho Consultivo SBQ Marília Oliveira Fonseca Goulart – Conselho Consultivo SBQ Vanderlan da Silva Bolzani – Conselho Consultivo SBQ Vitor Francisco Ferreira – Conselho Consultivo SBQ Douglas Wagner Franco – Diretor - Alimentos e Bebidas Dalmo Mandelli – Diretor SBQ - Catálise Carlos Alberto Marques – Diretor SBQ - Ensino de Química Pedro de Lima Neto – Diretor SBQ - Eletroquímica e Eletroanálitica Hamilton Varela – Diretor SBQ - Físico-Química Carla Cristina S. Cavalheiro – Diretor SBQ - Fotoquímica João Henrique Ghilardi Lago – Diretor SBQ - Produtos Naturais Anne Helene Fostier – Diretora SBQ - Química Ambiental Maria das Graças A. Korn – Diretora SBQ - Química Analítica Roselena Faez – Diretora SBQ - Química de Materiais Shirley Nakagaki Bastos – Diretora SBQ - Química Inorgânica Carlos Mauricio R. de Sant´Anna – Diretor SBQ - Química Medicinal Rodrigo Octavio M. A. de Souza – Diretor SBQ - Química Orgânica Javier Alcides Ellena – Seção de Química Estrutural - IFSC-USP Hans Viertler – Seção de Química Tecnológica - IQUSP Reinaldo Camino Bazito – Seção de Química Tecnológica - IQUSP Vânia Gomes Zuin – Seção de Química Verde - UFSCar Nito Angelo Debacher – Departamento de Química - UFSC COMISSÃO LOCAL Flavio Colmati – Coordenador – Secretário Regional da SBQ-GO (UFG) Cecília Maria Alves de Oliveira (UFG) Luciano Lião – Vice-Diretor da Divisão de QPN (UFG) Carolina Horta Andrade – Tesoureira da Divisão MED (UFG) Wendell Karlos Tomazelli Coltro (UFG)

EXPEDIENTE Editora: Rossimiriam Pereira de Freitas Reportagem e Textos: Mario Henrique Viana Fotografia: Marcus de Melo Projeto Gráfico e Layout: Editora Cubo


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