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COLUNA DA JOYCE

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CÍRCULO VIRTUOSO

CÍRCULO VIRTUOSO

CABO DE GUERRA

A relação entre PAULO SKAF e

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JOSUÉ GOMES DA SILVA, o ex e o atual presidente da Fiesp respectivamente, não é das melhores. Os dois pouco se falam e agora a rusga ganhou mais um reforço: as reuniões que Skaf tem feito em sua casa com a turma da Fiesp. O assunto é dar início a uma forte oposição ao atual comandante da entidade, que termina seu mandato só em 2025.

ABISMO

A maior petroleira privada do país, que tem sede no Rio de Janeiro e mudou de nome recentemente, está em uma tremenda enrascada judicial e tenta fechar acordo não litigioso com três funcionárias. O motivo? Assédio moral e sexual. Uma delas, inclusive, tem um vídeo do ocorrido.

RAIZ

Por que o OWAMNI, o restaurante do momento nos Estados Unidos, tem sido tão falado? Simples: ele está em total sintonia com o politicamente correto. Um dos fundadores, o chef Sean Sherman, que é neto de índios sioux, não usa ingredientes introduzidos no continente americano pelos europeus. Assim, farinha de trigo, laticínios e derivados de cana-de-açúcar não fazem parte do cardápio, nem carne bovina, suína ou de frango. No lugar entram, por exemplo, carne de bisão e de pato selvagem e vegetais como favas de bordo. O Owamni fica em Minneapolis (Minnesota) e Sherman é conhecido por divulgar a culinária indígena americana.

CASULO

Ainda de luto pela morte do filho, João Paulo, em julho, ABILIO DINIZ tem saído de casa apenas para eventos pontuais. No fim de setembro, esteve em um encontro de empresários em torno de Lula e, no início deste mês, postou uma foto em Córdoba, na Argentina, para onde viajou com os filhos menores, Rafaela e Miguel, e os netos Abilinho e Eduardo, filhos de João Paulo. O grupo foi assistir ao jogo do São Paulo contra o Independiente del Valle na final da Copa Sul-Americana.

BREQUE DE MÃO

Ferramentas importantes no combate à criminalidade e na resolução de conflitos empresariais, as delações, o compliance e a arbitragem já não desfrutam da mesma unanimidade de antes – isso por conta do excesso de poder de seus protagonistas. No caso da arbitragem, por exemplo, o Tribunal de Justiça de São Paulo criou varas na primeira instância e câmaras na segunda só para julgar conflitos arbitrais.

CORREDOR

A poucos dias do segundo turno, a boataria segue forte em Brasília. Muitas suposições são improváveis, mas uma que leva jeito de virar realidade é que, caso Lula seja eleito, o ministro

RICARDO LEWANDOWSKI antecipe sua aposentadoria, prevista para maio do ano que vem. O motivo? Assumir o Ministério da Justiça. A disputa promete – só o Prerrogativas, grupo formado majoritariamente por advogados brasileiros, tem vários candidatos potenciais a cargos no Judiciário.

HALTERES

Na reta final da campanha, LULA tem seguido uma rotina espartana de exercícios físicos que começa de madrugada. Depois de duas horas de ginástica, ele encara mais uma hora com o fonoaudiólogo para melhorar a resistência de suas cordas vocais, que têm sido muito solicitadas ultimamente.

CAMINHO SUAVE

Tornar o útil bem mais do que agradável. Esse foi o mote do designer industrial Eiji Mitooka ao criar o IKEBUS, ônibus elétrico que circula por Ikebukuro, distrito comercial e de entretenimento de Tóquio, no Japão. O design, que mais parece o de um carrinho de brinquedo, foi pensado para tornar a experiência de andar de ônibus mais divertida. “Esse também é um jeito leve de fazer as crianças interagirem com a cidade”, diz Mitooka, que assina o projeto de outros meios de transporte coletivo japoneses, o do novo trem-bala incluído. E, assim como o lado de fora, o interior do Ikebus também é “lúdico”: teto colorido, assentos com forração diferente e piso que lembra tacos de madeira. Sem falar na simpática coruja no topo dos carros, a mascote do Ikebus.

O verdadeiro enigma da vida não é o que acontece depois que você morre, mas o que acontece antes de você morrer

YUVAL NOAH HARARI, HISTORIADOR E ESCRITOR

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3 PERGUNTAS PARA...

O filósofo francês LUC FERRY é colunista do jornal Le Figaro e autor de mais de 70 livros, como o best-seller Aprender a Viver, 7 Maneiras de Ser Feliz e Les Sept Écologies, sua obra mais recente que ainda não foi publicada no Brasil.

VOCÊ DEFENDE O ECOMODERNISMO, UMA DAS CORRENTES FILOSÓFICAS DA ECOLOGIA NA ATUALIDADE QUE SE BASEIA EM DOIS PILARES – A REGENERAÇÃO E A ECONOMIA CIRCULAR – PARA SALVAR O PLANETA. POR QUE ESSE MOVIMENTO É TÃO IMPORTANTE?

O reformismo, que está presente nas Conferências das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas (COPs) não está à altura do problema atual. Evitar pegar avião para curtas distâncias, por exemplo, não resolve os efeitos do aquecimento global, a poluição marítima e a perda da biodiversidade. Isso é apenas um milésimo da questão. Assim como a evolução dos carros elétricos também não. A extração de terras raras, usadas na produção desses veículos, é uma das atividades mais poluentes. Além disso, não sabemos reciclar baterias e íons de lítio, que são poluentes. Estamos nos deixando levar por soluções falsas. O ecomodernismo, defendido nos Estados Unidos, tem algumas ideias geniais, como a dissociação entre cidade e natureza. Na prática, somos 4 bilhões de pessoas vivendo em 3% do território do planeta. Se nos contentarmos com 10%, poderemos usar os 90% restantes para fazer uma reserva de natureza selvagem que pode absorver os gases de efeito estufa e recriar biodiversidade e biomassa.

COMO IMPULSIONAR ESSE MOVIMENTO?

O principal papel é o dos governantes, que devem criar políticas públicas. Mas não que impõem o decrescimento, a exemplo de ações defendidas por teóricos da área, como “precisamos dividir o salário das pessoas por três”. Isso só geraria revolta. Se eu fosse presidente, criaria uma dezena de reservas naturais na França, por exemplo. É algo fácil de fazer e que agradaria à população. Outro ponto é incentivar (e conscientizar) os empresários sobre a reciclagem, já que as companhias são as que mais poluem.

E QUAL O PAPEL DAS PESSOAS NO ECOMODERNISMO?

De um lado, é importante educar os empresários sobre economia circular. De outro, lembrar as pessoas que a reciclagem também é responsabilidade delas e uma atividade individual. Na Alemanha e na Suíça, quem não recicla o lixo é considerado criminoso. Isso é urgente. A poluição marítima está em vias de se tornar irreversível, e precisamos dos oceanos para viver. Se continuarmos poluindo haverá uma catástrofe global.

DREAM TEAM CESAR CARVALHO (esq.) e TIAGO DALVI, fundadores de dois unicórnios (Gympass e Olist, respectivamente), são os novos conselheiros da Endeavor, organização sem fins lucrativos de fomento ao empreendedorismo. Com a chegada da dupla, 40% da composição do Conselho da entidade, que tem dez membros, passa a ser formada por criadores de startups que valem US$ 1 bilhão cada. Carvalho e Dalvi vão se juntar a outros dois conselheiros da Endeavor: Sergio Furio, da Creditas, e Robson Privado, da MadeiraMadeira.

Criado pelas empresárias paulistanas SOPHIE CARELLI WAJNGARTEN (esq.) e sua cunhada BIANCA WAJNGARTEN, o Which é um aplicativo interativo de enquetes que entrega respostas a todo tipo de dúvida, seguindo a tendência de compartilhamento – no caso, o de opiniões. “O usuário posta para descobrir o que outras pessoas do mesmo grupo temático pensam sobre o assunto”, explica Bianca. Por enquanto, as enquetes são binárias, ou seja, só permitem a escolha de uma dentre as duas opções propostas. A primeira versão foi lançada em agosto e a segunda sai até o final de novembro. “A novidade é o Ranking Which com as cinco alternativas mais clicadas pelos usuários em vários temas”, conta Sophie, revelando que o aporte financeiro de investidores interessados e a internacionalização estão nos planos da dupla.

ESTE MÊS A MULHER E O HOMEM DE PODER VÃO...

ASSINAR o canal de conteúdo MasterClass para ter “professores” como Madeleine Albright e Condoleezza Rice falando sobre diplomacia; ou saber mais sobre filmes independentes com Spike Lee

COMPARAR os dois lados de uma das mais famosas universidades da Ivy League lendo estes dois livros: What They Teach You at Harvard Business School, de Philip Delvis Broughton; e What They Don’t Teach You at Harvard Business School, de Marc H. McCormack

REUNIR a família para decidir onde passar juntos os mais aguardados dez dias de 2022: os das férias de fim de ano. Que tal Madagascar, Atacama ou mesmo Salvador?

LERUma Breve História da Igualdade, de Thomas Piketty, que mostra os grandes movimentos que moldaram o mundo moderno – para melhor e pior

ENTRAR no clima da Copa vendo o documentário Brasil 2002: Os Bastidores do Penta, da Netflix

OUVIR o podcast Hard Fork do jornal americano The New York Times que estreou este mês e conta o que está por trás das inovações tecnológicas que vêm transformando o planeta

ACESSAR o tour virtual da exposição Portinari para Todos, do MIS Experience, que fica até 23 de dezembro no site do museu

TESTAR a receita de pelo menos um prato novo que deve ser a estrela do jantar de Natal – se for na linha vegetariana vai ser mais sucesso ainda SINTONIZAR na Apple TV para maratonar Gutsy, série documental que acompanha Hillary Clinton e sua filha Chelsea em conversas com personalidades como Jane Goodall, Goldie Hawn e até Kim Kardashian

CRIAR uma playlist própria, muito autoral e que conte uma história para compartilhar com os amigos mais próximos

COMPRAR uma prancha de surfe vintage – nem que seja apenas para pendurar na parede. Sonho não tem idade

PROGRAMAR uma viagem para Chicago, nos Estados Unidos, para visitar o Art Institute of Chicago, museu que abriga mais de 260 mil obras de 5 mil anos de história, que vão de impressões japonesas iniciais até a arte americana contemporânea

COM REPORTAGEM DE CAROLINE MARINO, MÁRCIA ROCHA E PAULO VIEIRA

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