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HORÓSCOPO

HORÓSCOPO

MONJA COEN

Cheia de bom humor e com reflexões que nos ajudam a encarar a realidade, Monja Coen é uma das maiores líderes espirituais do Brasil e faz sucesso com seus livros e vídeos na internet que ensinam os caminhos para a paz interior. Para a J.P, confessa que também tem seus vícios, que perde a paciência de vez em quando e revela que sua maior extravagância foi se casar aos 14 anos.

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por fernanda grilo

J.P: Meditar é para os fortes? MONJA COEN: É para todos, nervosos, pacientes e distraídos... J.P: Qual o grande combustível da vida? MC: Oxigênio puro e respiração consciente. J.P: E como alcançar a melhor vida que podemos ter? MC: Buscar viver com plenitude a cada instante, lembrar que é rápido e não ficar imaginando uma vida fora dessa. O melhor é onde você está. J.P: Qual a sua maior virtude? MC: Posso falar mais dos meus vícios... (risos). No budismo não falamos muito das virtudes. J.P: Um vício, então? MC: Cachorrinhos, adoro eles. J.P: O que foi mais difícil de desapegar quando virou monja? MC: Natação, eu gostava muito. J.P: Seu maior questionamento é? MC: A cura da Terra. Como fazer com que o maior número de seres acorde e aprecie a vida, tenha sabedoria e viva em uma cultura de paz e justiça. J.P: Como unir um mundo tão dividido? MC: Com respeito, ternura, compreensão. O que nos divide é a falta de olhar em profundidade. Pensar diferente é compreender que existe o diferente e isso não é mal. J.P: Quais são os atuais tabus do mundo? MC: É assustadora a falta de respeito e a discriminação. J.P: O que acha da atual situação do Brasil? MC: Uma situação e tanto. Estou observando e existem questões que discordo completamente, mas não tenho todas as informações do poder para julgar. Espero que tudo seja para o bem de todos e não de apenas um grupo. J.P: Os governantes te surpreendem? MC: Me surpreendo com falas do presidente e de ministros que estão foram do meu universo de inclusão como não usar armas, agrotóxicos, a questão dos índios. Não pode ser só a busca pelo lucro imediato. J.P: Em momentos tão difíceis, como encontrar a paz? MC: Na respiração consciente. A chave de ouro é endireitar a coluna, manter a cabeça erguida e respirar que muda quase que tudo. Oxigena o cérebro e o contato com você mesmo. J.P: Quem gostaria de ser? MC: Nunca pensei nisso, quando a gente pode procurar ser a gente mesmo é melhor. Ser o outro não dá certo, nossas experiências são únicas. J.P: Melhor conselho que já ouviu? MC: Eu tinha 35 anos e o meu vizinho de 89 falou: “Sabe qual o maior sentido da vida? Viver”. J.P: E o melhor conselho que deu? MC: Que não há nada por matar ou morrer. Não matem a si mesmos e nem queiram matar ninguém. J.P: Qual foi a grande extravagância que já fez? MC: Muitas, sabe? Casar com 14 anos foi bem extravagante e por vontade própria. J.P: Se pudesse viver à base de um alimento, qual seria? MC: Ovo, que é o mais completo alimento. J.P: E se pudesse mudar alguma coisa em você? MC: Paciência... Preciso de um pouco mais. J.P: Uma mania? MC: Ficar brava de repente, daí eu tenho que pensar: “Não, monja, não, monja.” J.P: Uma frase? MC: Somos a vida da Terra, estamos interconectados a tudo e a todos, por isso cuidamos com respeito e dignidade. J.P: Um lugar no mundo? MC: Monte Fuji, no Japão. J.P: Como gostaria de morrer? MC: Tanto faz, devagar ou rápido. J.P: A eternidade existe? MC: Sim, tudo é eterno, embora passageiro. J.P: O mundo está chato? MC: Não, está divertidíssimo. Chato é o resfriado que peguei hoje.

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