Revista Escada ed.29

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número 29 | ano 08

JJan a março ç de 20177 Publicação Publicaç ção Sinepe/ Sinepe/PR p PR P

FILOSOFIA

PARA O COTIDIANO O FILÓSOFO PARANAENSE MARIO SERGIO CORTELLA FALA DA IMPORTÂNCIA DE TER UM PROPÓSITO DE VIDA

SINEPE/PR LANÇA MANUAL DE ORIENTAÇÕES SOBRE EDUCAÇÃO ESPECIAL




e.di.to.ri.al adj m+f

ex.pe.di.en.te ex.pe.di.en.te adj m+f adj m+f

Sinepe/PR Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Paraná www.sinepepr.org.br / wwww.facebook.com/sinepepr

O ano de 2017 já está a todo vapor. No Sinepe/PR tivemos um grande evento sobre Educação Especial com a distribuição de um manual de orientações e palestra sobre o tema com a mestre em Educação e especialista em Psicanálise, Jane Patricia Haddad. Nesta edição, você pode conferir mais detalhes a partir da página 16. Outro nome de peso que está em nossa revista é do filósofo, professor e educador Mario Sergio Cortella. Com uma linguagem simples, mas de mensagem profunda ele fala sobre educação, motivação, hábitos modernos e sobre a crise pela qual nós brasileiros estamos atravessando.

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A revista Escada está recheada de bons conteúdos e traz ainda as atividades desenvolvidas pelo Sindicato. Você também pode acompanhar o nosso dia a dia pelo Boletim Online que é enviado por email para a base de contatos cadastrados, de segunda a sexta, com as principais notícias educacionais do Paraná e do país que são de interesse dos gestores e educadores. Além disso, é mais um espaço para divulgar as notícias das nossas instituições associadas. Se você ainda não recebe o Boletim Online, solicite a sua inscrição pelo email ana@sinepepr.org.br.

Boa leitura Esther Cristina Pereira Presidente Sinepe/PR

Conselho Diretor Biênio 2016 /2018 Diretoria Executiva Presidente

Esther Cristina Pereira

1º Vice-Presidente

Rosa Maria Cianci Vianna de Barros

2º Vice-Presidente

Dirley Carlos Correa

Diretor Administrativo

Douglas Oliani

Diretor Econômico/Financeiro

Gilberto Vizini Vieira

Diretor de Legislação e Normas

Nilson Izaias Pegorini

Diretor de Planejamento

Lino Afonso Jungbluth

Diretoria de Ensino Diretor de Ensino Superior

José Antonio Karam

Diretor de Ensino Médio

Paulinho Vogel

Diretor de Ensino Fundamental

Ir. Maria Zorzi

Diretor de Ensino da Educação Infantil

Dorojara da Silva Ribas

Diretor de Ensino dos Cursos Livres

Valdecir Cavalheiro

Diretor de Ensino dos Cursos de Idiomas

Magdal Justino Frigotto

Diretor de Ensino das Academias

Ana Dayse Cunha Agulham

Diretor de Marketing

Rogério Mainardes

Diretor de Ensino da Educação Profissional Técnica de Nível Médio Gilberto Paulo Zluhan Diretor dos Cursos Pré-Vestibulares

Renato Ribas Vaz

Diretor da EaD

Wilson de Matos Silva Filho

Diretor de Sistemas de Ensino

Acedriana Vicente

Diretor de Ensino de Pós-Graduação

Carmen Luiza da Silva

Conselheiros 1º Conselheiro

Ailton Renato Dörl

2º Conselheiro

Pedro Roberto Wiens

3º Conselheiro

Naura Nanci Muniz Santos

4º Conselheiro

Roberto A. Pietrobelli Mongruel

5º Conselheiro

Jorge Apóstolos Siarcos

6º Conselheiro

Leonora Maria J. Mongelós

7º Conselheiro

Eloína Helena Farias da Costa Guerios

8º Conselheiro

Gisele Mantovani Pinheiro

9º Conselheiro

José Eldir Ost

10º Conselheiro

Jaime M. Marinero Vanegas

11º Conselheiro

Volnei Jorge Sandri

12º Conselheiro

José Luis Chong

13º Conselheiro

Diogo Richartz Benke

14º Conselheiro

Fernando Luiz Fruet Ribeiro

15º Conselheiro

Wilson Picler

16º Conselheiro

Bruno Ramos Neves Branco

17º Conselheiro

Sérgio Herrero Moraes

Conselho Fiscal Efetivos Suplentes Edison Luiz Ribeiro

Ir. Anete Giordani

Armindo Vilson Angerer

Haroldo Andriguetto Junior

Raquel A. M. M de Camargo

Luiz Antônio Michaliszyn Filho

Delegados Representantes - FENEP/Confenen Ademar Batista Pereira

José Antonio Karam

Conselho de ex-presidentes do Sinepe/PR Jacir J. Venturi

Emília Guimarães Hardy

José Manoel de Macedo Caron Jr.

Maria Luiza Xavier Cordeiro

Naura Nanci Muniz Santos

Ademar Batista Pereira

Maria Alice de Araújo Lopes


Diretorias regionais SINEPE/PR - Regional Oeste (Cascavel) Diretor-Presidente

Gelson Luiz Uecker

Diretor de Ensino Superior

Lucas Renato da Silva

Diretor de Ensino da Educação Básica

Ir. Antonio Quintiliano

Diretor de Ensino da Educação Infantil

Ir. Marli de Melo Campanharo

Diretor dos Cursos Livres/Idiomas

Denise Veronesi

SINEPE/PR - Regional Cataratas (Foz do Iguaçu) Diretor-Presidente

José Elias Castro Gomes

Diretor de Ensino Superior

Fábio Hauagge do Prado

Diretor de Ensino da Educação Básica

Antonio Krefta

Diretor de Ensino da Educação Infantil

Graziela Rodrigues

e Asperti Basim Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas

Nerval Martinez Silva

e Adriana da Silva Gomes

SINEPE/PR - Regional Sudoeste (Pato Branco/Francisco Beltrão) Diretor-Presidente

Ivone Maria Pretto Guerra

Diretor de Ensino Superior

Hélio Jair dos Santos

Diretor de Ensino da Educação Básica

João Carlos Rossi Donadel

Diretor de Ensino da Educação Infantil

Amazilia Roseli de Abreu Pastorello

Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas

Vanessa Pretto Guerra Stefani

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SINEPE/PR - Regional Campos Gerais (Ponta Grossa) Diretor-Presidente

Osni Mongruel Junior

Diretor de Ensino Superior

Marco Antônio Razouk

Diretor de Ensino da Educação Básica

Irmã Edites Bet

Diretor de Ensino da Educação Infantil

Maria de Fátima

Pacheco Rodrigues Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas

Paul Chaves Watkins

SINEPE/PR - Diretoria da Regional Central (Guarapuava/União da Vitória) Diretor-Presidente Dilcemeri Padilha de Liz

Revista Escada Publicação periódica de caráter informativo com circulação dirigida e gratuita. Desenvolvida para o Sinepe/PR. Editada pela Editora Inventa Ltda - CNPJ 11.870.080/0001-52 Rua Comendador Araújo, 534, 2o andar, sala 4 – Centro - Curitiba - PR Conteúdo IEME Comunicação www.iemecomunicacao.com.br

Diretor de Ensino Superior

Rodrigo Borges de Lis

Jornalista responsável

Marília S. Bobato DRT/PR 6828

Diretor de Ensino da Educação Básica

Juelina Simão Marcondes

Projeto gráfico e ilustrações

D-Lab - www.dlab.com.br

Comercialização

Editora Inventa

Críticas e sugestões

contato@revistaescada.com.br

Diretor de Ensino da Educação Infantil

Jean Felde de Liz

Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas

Marcos Aurélio Lemos de Mattos

SINEPE/PR - Regional Litoral (Paranaguá) Diretor-Presidente

Luiz Antonio Michaliszyn Filho

Diretor de Ensino Superior

Ivan de Medeiros Petry Maciel

Diretor de Ensino da Educação Básica (Ensino Fundamental) Selma Alves Ferreira Diretor de Ensino da Educação Básica (Ensino Médio)

Mirian da Silva Ferreira Alves

Diretor de Ensino da Educação Infantil

Lilian R. M. Borba

Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas

Liliane C. Alberton Silva

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

Comercial jessica@iemecomunicacao.com.br marilia@iemecomunicacao.com.br (41) 3253 0553 Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião desta revista. Conselho editorial Esther Cristina Pereira Fátima Chueire Hollanda Ir. Maria Zorzi José Antonio Karam Márcio M. Mocellin Rosa Maria C. Vianna de Barros Rogério Mainardes Aprovação

Esther Cristina Pereira

Impressão e acabamento Logística e Distribuição

Maxi Gráfica e Editora Ltda Correios


ín.di.ce sm

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opinião

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Vida de Educador

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Carreira

Ouvimos alguns educadores para saber como eles pretendem se manter atualizados profissionalmentes esse ano

Conheça a nova sede do Grupo Educacional Amplação, em Curitiba

Conheça duas histórias que mais marcaram a carreira de professores

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Entrevista

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História

Mario Sergio Cortella fala de filosofia para o nosso cotidiano

Colégio Medianeira completa 60 anos

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Inclusão

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Giro pela Educação

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Universo das associadas

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Ações da diretoria

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ARTIGO

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Agenda

Jane Patricia Haddad fala sobre Educação Especial

Notícias educacionais de destaque

Novidades das instituições de ensino associadas ao Sinepe/PR

Veja a agenda de reuniões da diretoria do Sinepe/PR

Recursos da Contribuição Sindical retornam às instituições de ensino como benefícios, por Esther Cristina Pereira

Cursos e palestras ofertados pelo Sinepe/PR para o 1º semestre de 2017


o.pi.ni.ão subst.

Educador, como você pretende se manter atualizado profissionalmente em 2017? Também queremos saber qual a modalidade de sua preferência: presencial ou EAD?

Pretendo manter minha atualização a partir de leituras teóricas e de materiais disponíveis em plataformas como o Veduca e o Coursera, uma vez que o processo de Blended Learning, no mundo em que vivemos, é fundamental. Aliar a possibilidade da aprendizagem presencial com os cursos disponibilizados no modelo EAD é a saída para que estejamos sempre atentos aos novos desafios,

Manter-se atualizado profissionalmente é de extrema importância para a vida de todo educador que deseja melhorar suas aulas e crescer como profissional. Cada uma das metodologias de ensino, presencial e EAD, tem suas vantagens e o educador precisa saber reconhecer qual é a ideal de acordo com seu perfil. Sou especialista e mestre, e para o ano de 2017 estabeleci algumas metas e projetos para aprimorar minha formação fora da universidade. Criei uma lista de livros para a leitura e defini uma meta mínima e uma meta ideal de livros para serem lidos por mês. Acho importante a criação de um

Em 2017, estou cursando o Programa de Liderança Integral na FAE Business School, um curso voltado para o desenvolvimento das habilidades de liderança e gestão. Procuro estar sempre me desenvolvendo, pois a educação é um ramo de atuação muito dinâmico e o curso está surpreendendo minhas expectativas, pois, por meio dele, consegui compreender e enxergar meus talentos e aprendi a detectar, corrigir e transformar minhas falhas. Sobre uma viagem educacional, o próprio curso vai me proporcionar isso, pois o penúltimo módulo de aprendizado será

os quais se delineiam em nossas vidas de educadores. Além disso, obviamente, centro-me numa busca por um equilíbrio espiritual e por um olhar atento e constante à vivência dos valores cristãos a fim de que me torne um melhor esposo, pai e educador.” Cezar Roberto Versa Professor de Literatura do Ensino Médio do Colégio Marista de Cascavel

objetivo mínimo e um ideal, pois evita a frustração e a desistência do projeto. Também irei fazer um curso EAD no site Veduca que disponibiliza excelentes cursos gratuitos para diversas áreas do conhecimento. E o último projeto que estipulei foi o de melhorar meu inglês através de aulas presenciais. A formação continuada requer investimento de tempo, energia e muitas vezes dinheiro, mas é vital para a vida de qualquer profissional.” Fábio Cruz Professor de História e Geografia do International School of Curitiba

em Portugal, na Universidade Nova de Lisboa. Estou com grandes expectativas para esse momento, tenho certeza de que o aprendizado será valioso. Sobre a modalidade presencial ou EAD, acredito que ambas são boas propostas, mas cada uma exige uma dedicação diferente do aluno. Já cursei nas duas modalidades e não tenho uma preferida, penso somente que é preciso ter resiliência para se adequar às diferentes propostas.” Tiago Simões Gestor do Bom Jesus Mãe do Divino Amor (Arapongas/ PR)

QUER SUGERIR UMA PERGUNTA PARA ESTA SEÇÃO OU OPINAR SOBRE OS TEMAS PROPOSTOS?

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DOUM PARANÁ ENVIE EMAIL PARA jessica@iemecomunicacao.com.br E PARTICIPE!

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vi.da de edu.ca.dor s.f

T / Marília Bobato com assessoria de imprensa F / Miguel Verzignassi

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Grupo Educacional Amplação INAUGURA nova sede no bairro Neoville Instituição tem 20 anos de história em Curitiba; na nova sede pretende atender cerca de 1.500 estudantes da Educação Infantil ao Ensino Médio

O Grupo Educacional Amplação – que atende da Educação Infantil ao Ensino Médio – inaugurou no final de setembro de 2016 sua nova sede no bairro Neoville, em Curitiba. Com 20 anos de história, a nova sede tem capacidade para atender cerca de 1.500 estudantes em 6 mil m² de inovações que prometem transformar o mundo da educação. A instituição oferece ensino integral da Educação Infantil ao 6º ano e tem também um projeto bilíngue diferenciado

com cinco aulas de inglês, além de um projeto bônus class para os alunos que têm interesse em fazer vivências focadas na conversação no contraturno. Para compreender os detalhes desse empreendimento e saber mais sobre o funcionamento da escola, a revista Escada conversou com Gisele Mantovani Pinheiro, diretora da escola e empreendedora (ao lado de Marcelo Pinheiro) deste projeto.


Gisele Mantovani Pinheiro

Revista Escada - O que o Amplação busca com a nova escola? Gisele M. Pinheiro - A nova escola desperta atenção porque inspira o futuro. Queremos promover uma maior conexão e integração do aluno com a escola, quebrando esses paradigmas já ultrapassados em relação ao espaço escolar. Diversos conceitos educacionais são debatidos pela sociedade, mas, na prática, muitas características de uma educação do século XIX ainda continuam enraizadas, como o aluno entediado, a estrutura das salas de aula que inibem qualquer situação que fuja da rotina, os professores programados para atender somente uma possibilidade de interação – permanecendo como uma espécie de “relíquia” que sobrou da Revolução Industrial. Sabemos que o espaço escolar pode influenciar diretamente o aprendizado do aluno, por isso, se faz necessário que as escolas inovem, principalmente nos que diz respeito aos espaços de sala de aula, pois, se a escola não proporcionar um espaço apropriado que atenda as condições mínimas de claridade natural, o aprendizado pode ser afetado. RE – Quais as novidades implantadas na nova sede? GP - O Amplação segue as tendências e as inspirações de escolas que são referências mundiais, sendo

que um dos maiores diferenciais é a inovação na sala de aula. Existem estudos que afirmam que não faz sentido os móveis serem todos iguais em todas as salas, pois é preciso respeitar a individualidade de cada aluno e a maneira com que ele aprende. Pensando nisto, lançamos a sala 360°, com mobiliários que se transformam de carteiras em tablado, para a realização de assembleias estudantis, permitido que alunos e professores tenham a possibilidade de alterar este ambiente. Esta sala de aula também contempla telas e internet para a comunicação com estudantes de outras cidades e até de outros países, incentivando o uso da língua inglesa. A escola ainda seguirá as tendências do Maker Moviment (uma extensão mais tecnológica do ‘’faça você mesmo’’ ou ‘’Do-It-yourserf’’). Esta cultura tem em sua base a ideia de que pessoas comuns, como eu e você, podem construir, consertar, modificar e fabricar diversos tipos de objetos e projetos com as próprias mãos. RE – Há quanto tempo o grupo começou a pensar neste novo espaço? GP - O investimento nesta proposta não é recente. Há dez anos pesquiso referências educacionais em todo o mundo, pois sempre acreditei que podíamos fazer mais do que sempre nos foi proposto no quesito escola. Ao observar o novo perfil de aluno que começamos a receber no ambiente escolar, percebi que algo precisava ser transformado, pois aquele aluno estava, cada dia mais, ansioso por algo que realmente tivesse significado para ele, que fizesse uma conexão com a vida e com a sociedade que ele está inserido. RE – Sobre os ambientes, quais são os diferenciais? GP - Começamos pela fachada da escola. A ideia foi afastar qualquer semelhança com prédios estáticos, criando o conceito de movimento e agilidade. Acreditamos que, remodelando os ambientes, representamos um projeto com verdadeira identidade e funcionalidade no estímulo da aprendizagem, atendendo com excelência e prioridade os nossos alunos e as demais pessoas que forem

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usufruir dos nossos espaços. Dessa forma, a inspiração para a criação dos ambientes foi a renovação do conceito da educação. O projeto teve como referência as escolas inovadoras na Itália, onde as salas de aula, o mobiliário e os espaços de convivência são projetados de forma a estimular a liberdade, a interação, o uso da tecnologia aliada à educação e a participação efetiva do aluno na construção e na busca do conhecimento. As salas de Educação Infantil, por exemplo, tem total integração com a área externa, onde, além de termos a luz natural abundante, será um lugar perfeito para aulas ao ar livre. Nestas salas o mobiliário apresenta dimensões adequadas aos pequenos, com tatame e pufes ao chão para fazer uma roda, trocar experiências, ouvir uma história, deixar a imaginação fluir, criar vínculos com os colegas e professoras. As formas e cores usadas na sala são convidativas, acolhedoras e ao mesmo tempo estimulantes. RE – Qual será o papel do professor neste novo contexto de escola e de educar? GP - O nosso professor é o mediador. Não é aquele que transfere o conhecimento, mas o que se preocupa com o resultado e, principalmente, com o processo da aprendizagem. Proporciona a aprendizagem por meio da experimentação, do debate, da construção e também da desconstrução, além de estimular um aluno pensante, protagonista e disposto à realização. Para inspirar os professores, desenvolvemos uma série de atividade que estimula a reflexão constante sobre ações e práticas de ensino dentro e fora da sala de aula. São oficinas práticas, com vivências significativas dentro das novas tendências de ensino que o Grupo Amplação está assumindo. Para a nova sede as formações já ultrapassaram a barreira do conhecimento para atingir níveis de preparação para novos desafios, como a estrutura, o ambiente e as inúmeras possibilidades de práticas de ensino que seguem a trilha de uma educação transformadora.

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ca.rrei.ra subst.

QUAL HISTÓRIA MAIS MARCOU

SUA CARREIRA DE EDUCADOR ATÉ HOJE?

Tive uma aluna que chegara ao Ensino Médio como tantas outras. Como já estudava no Marista fazia tempo, estava em casa. Temperamental, gênio difícil, frequentemente de mau humor, mas como todos a conheciam com esse perfil, iam levando. Eu não conhecia a turma, não conhecia, portanto, o temperamento de ninguém. Logo nas primeiras aulas, ela foi se mostrando provocadora. Tom de desafio, marcando território. Até que um dia passou dos limites e eu, muito naturalmente, disse:

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– Menina, eu venho aqui uma vez por semana, tenho pena da sua mãe, dos seus amigos que convivem com você todos os dias… você já parou para se ver, se ouvir? Reclama de tudo, tom sempre alterado, mau humor contagiante. Ela respondeu quase me fuzilando com o olhar: “Nem minha mãe fala comigo

Quando acordo de manhã e organizo o meu dia como educadora, tenho a certeza de que é possível programar os conteúdos a serem trabalhados e os materiais a serem utilizados, menos as surpresas e as emoções que serão vivenciadas. Até porque lidamos com vidas e crianças incríveis. Este ano, 2017, tenho uma turma de terceiro ano que já foi minha no primeiro ano. Pude perceber como eles mudaram, cresceram, aprimoraram o idioma, estão mais desinibidos para falar e interagir e consigo identificar muitos frutos de algo que semeei há dois anos. Por exemplo, uma aluna muito gentilmente me disse pela manhã que teria uma surpresa na minha aula,

assim! E eu respondi: “É por isso que você continua tratando as pessoas dessa maneira…” Chamei a mãe para uma conversa, ela não apareceu. Fui falar com a aluna. Pode parecer duro, mas lhe disse: “Até sua mãe desistiu de você. Pense nisso”. Esse episódio foi no primeiro ano, mas nada como o tempo e a convivência de três anos – com firmeza, carinho e afeto – para a transformação ocorrer. No terceiro ano, no dia da formatura, durante a entrega de placas em homenagem aos professores, ela veio com a placa, um olhar de gratidão e um abraço inesquecível e me disse: Obrigada ‘profe’, você me ensinou a ser gente.”

Mariah Ceschini Professora de Literatura do Ensino Médio do Colégio Marista Paranaense

que é ministrada no período da tarde. Quando entrei e começamos a rezar, ela me entregou um livrinho dos Baby Animals que tínhamos feito dois anos atrás com dedicatória e tudo. Disse que tinha guardado com muito carinho seu portfólio e que nunca mais tinha esquecido aquelas palavrinhas. Senti uma grande felicidade em perceber que nas atividades e atitudes mais simples podemos aflorar uma vontade de aprender inglês em uma criança.”

Francineide Cordeiro Professora de Inglês no Bom Jesus Internacional Aldeia

EDUCADOR, CONTE PARA NÓS QUAL FOI A HISTÓRIA QUE MARCOU SUA CARREIRA ENVIE UM EMAIL PARA jessica@iemecomunicacao.com.br E CONFIRA NA PRÓXIMA PUBLICAÇÃO.


en.tre.vis.ta Mario Sergio Cortella s.f

T / Marília Bobato F / Nana Higa

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Filosofia

para o cotidiano Com uma linguagem leve e descomplicada, Mario Sergio Cortella consegue levantar questões que são de uma simplicidade e grandiosidade ao mesmo tempo e nos fazem refletir sobre a vida

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Paranaense de Londrina, Mario Sergio Cortella, é filósofo, professor e educador há mais de 30 anos e faz mais de 300 palestras anuais. Escritor e conferencista, é autor de 31 livros, sendo muitos deles específicos sobre educação. Em seu mais recente livro Por que fazemos o que fazemos?, Cortella aborda questões como ter um propósito de vida. Com uma linguagem leve e descomplicada, ele traz à tona a filosofia para debater temas do nosso cotidiano. Ele diz que na vida cada um pode deixar suas marcas, independente de ser famoso. Para ele, o sentido da vida é ser importante. E importante é aquela pessoa que faz falta. Em conversa com a revista Escada, Cortella falou sobre educação, motivação, hábitos modernos e sobre a crise que os brasileiros atravessam.

Revista Escada – O senhor foi o primeiro da sua família a fazer uma faculdade. Hoje, sendo professor, filósofo e escritor, como olha a sua trajetória? Mario Sergio Cortella - Filho de bancário e professora, pessoas que apreciavam a leitura e a partilha de conhecimentos, desde a primeira infância fui colocado no território do estudo como um território de esforço e prazer, dedicação e alegria, compreensão e compromisso; minhas memórias desse período são impregnadas de recordações amorosas e também de admoestações severas sobre o que, de fato, significava chamar a si mesmo de “estudante”. RE – O senhor foi Secretário Municipal de Educação de São Paulo, tendo trabalhado ao lado de Paulo Freire. Como foi essa época? Quais foram as principais realizações e desafios que esse trabalho lhe trouxe? MC - Paulo Freire, quando assumiu o cargo em 1989, disse para a equipe por ele formada que ficaria nos dois primeiros anos da gestão, de modo a aumentar a democratização do acesso e da permanência, a democratização da gestão, nova qualidade de ensino (com a estruturação de um Estatuto do Magistério que ainda não existia e também trilhas para a Formação Permanente) e, especialmente, a Educação de Jovens e Adultos. O fez, liderando a equipe, com denso êxito e, ao final desse biênio, decidiu que iria deixar o cargo para escrever mais e poder visitar e apoiar outros projetos; eu, que era o Secretário Adjunto, fiquei os dois anos subsequentes como titular, após decisão e pedido da equipe à prefeita Luiza Erundina. No meu caso, assumir depois de toda a inteligência e expertise firmada por Paulo Freire, foi tarefa coletiva extremamente facilitada,


“A existência se faz no cotidiano; a história individual e coletiva é essa sucessão de cotidianos. Por isso, é no cotidiano que devemos encontrar sentido (como significado e direção) para a nossa conduta” cujo maior desafio foi honrar o legado e fazê-lo mais elevado. RE – O senhor acredita que o caminho para uma sociedade melhor está na educação? Como envolver todos os responsáveis (professores, alunos, familiares) nesse processo? MC - Uma educação com qualidade social, para todas e todos, que não se constitua em privilégio e nem se restrinja ao espaço escolar, é decisiva para a proteção da Cidadania. Como a Escola é uma das formas de Educação (e não toda ela), a articulação entre as variadas instâncias, como Família, Poder Público, Empresários e Entidades, precisa resultar em Educação como projeto de Nação, no lugar de ser somente projeto de Governo. Por isso, a escolha verdadeira (e não cínica) da Educação como prioridade de fato é rota exitosa. RE – Antigamente, a sociedade tinha instituições que consideravam sólidas para se apoiar, como na religião, e na própria família. Hoje, vivemos em outro cenário. O peso de formar a sociedade para a vida passou para a educação e para a filosofia? MC - A Filosofia enquanto área do Saber, e a Escola enquanto área da Educação deliberada e intencional, ganharam maior relevância para que não nos deixemos mergulhar em uma vida banal, fútil, superficial, egoísta; ambas não são suficientes mas são necessárias para que possamos ajudar a afastar o biocídio. Contudo, não é qualquer Filosofia e nem qualquer Escola, pois tanto uma como outra também as ditaduras as tem; precisam ser edificadoras de um

conhecimento como ferramenta para a Liberdade e a Partilha. RE – Em suas palestras, você costuma citar a frase de Benjamin Disraeli: “A vida é muito curta para ser pequena”. Como sair do automático e dar sentido à vida para não deixá-la pequena? Onde buscar a motivação para as atividades cotidianas? MC - A existência se faz no cotidiano; a história individual e coletiva é essa sucessão de cotidianos. Por isso, é no cotidiano que devemos encontrar sentido (como significado e direção) para a nossa conduta, lembrando que nossa mortalidade é sinal de que não se pode perder tempo na semeadura de uma vida que não afaste três trilhas virtuosas: generosidade mental, coerência ética e humildade intelectual. RE – Sua filosofia levanta questões que são de uma simplicidade e grandiosidade ao mesmo tempo. Podemos dizer que “hábitos modernos” como o excesso de trabalho, de tecnologia e a falta de tempo estão deixando as pessoas mais infelizes e menos questionadoras sobre suas próprias vidas? Ou as pessoas estão mais questionadoras que antigamente? MC - Nossa vida hoje está muito mais apressada e repleta de conexões, o que nos deixa menos tempo para refletir e permite uma existência robótica e automatizada; há um certo fastio pelo uso excessivo de tecnologia, marcado também pelo desespero da dependência em relação à ela, o que favorece queixas e angústias que só poderão ser restringidas se formos capazes de, metodicamente, fazer um Pare, Olhe, Escute! RE – Seu mais recente livro “Por que fazemos o que fazemos?” aborda questões como ter um propósito de vida. Hoje vemos as pessoas produzindo as suas vidas nas mídias sociais, postando somente momentos de glamour, felicidade, mesa farta, etc. São poucos os que mostram sua rotina verdadeira, os altos e baixos. Estamos buscando uma vida artificial? MC - Nossa concentração em grandes aglomerados humanos fez com

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que despontasse o anonimato e a desimportância do indivíduo no cotidiano; para poder se destacar e deixar de ser “apenas mais um”, muita gente escolheu o caminho da exibição de si mesma e das suas ações comezinhas (o que está comendo, assistindo, ouvindo, visitando), sempre com a intenção de tentar esvaziar a futilidade daquilo que, realmente, é fútil por ser corriqueiro. Daí, inclusive, utilizar o próprio corpo como “outdoor” de imagens que chamem a atenção e possam parecer exclusivas. A busca maior é por ofertar o banal como extraordinário, em vez de fazer o contrário. RE – O Brasil atravessa um momento delicado no cenário político e existe uma crise econômica que atingiu muitos brasileiros. Em meio a isso, vemos mudanças na forma de trabalhar, a chegada da economia colaborativa. Estamos passando por uma crise de valores? Os princípios éticos vão sobreviver a essa crise ou vão se transformar? MC - A palavra crise tem origem no sânscrito “cria”, indicando purificação, depuração; assim, uma crise como a que temos, permitirá proteger o que serve e descartar o que precisa ser abandonado, desde que o protegido seja a Decência e o descartado seja a Patifaria. É decisão de todos e de cada um optar pelo percurso honroso ou diminuir-se na cumplicidade silente e acovardada.

Conheça alguns livros de Mario Sergio Cortella sobre educação: Educação, Escola e Docência (Cortez Editora) Educação, Convivência e Ética (Cortez Editora) A Escola e o Conhecimento (Cortez Editora) Pensatas Pedagógicas: Nós e a Escola/Agonias e Alegrias (Editora Vozes)

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his.tó.ria s.f

T / Jonatan Silva F / Paulinha Kozlowski / Arquivo

O dia 24 de fevereiro marcou os 60 anos de fundação do Colégio Medianeira. Idealizada pelo P. Oswaldo Gomes, após pedido do governador do Paraná, Bento Munhoz da Rocha, no início da década de 1950, a instituição nasceu com o objetivo de ser uma presença pedagógica marcante e a garantia de um ensino de qualidade no estado.

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Colégio Medianeira 60 anos de excelência humana e acadêmica A instituição jesuíta de educação é reconhecida pela sua formação ampla, crítica e com um importante olhar para a justiça social

Nessas seis décadas de dedicação à excelência humana e acadêmica, mais de 60 mil alunos e alunas passaram pelo Medianeira. Ao longo dos anos, muitas foram as propostas educativas, entretanto, todas formulavam uma só reposta: a formação ampla, crítica e humana. Na visão de Carlos Alberto Jahn, Diretor Geral da instituição, o sentimento que simboliza esse momento é o de gratidão. “É a hora de agradecermos às famílias e ao povo curitibano por acreditar na educação da Companhia de Jesus e do Medianeira”, reflete. Para o Diretor Acadêmico do Colégio, Fernando Guidini, o Projeto Político-Pedagógico (PPP) da Companhia de Jesus – pautado na tradição, mas com um importante olhar investigativo para o futuro – é responsável por dar identidade e propriedade à instituição. “O PPP está situado no chão da cultura, em um contexto específico, composto por pessoas com vidas, vontades, com aquilo que é próprio da existência humana”, comenta o educador, que completa relembrando que o Medianeira é um projeto de vanguarda “por responder às várias dimensões do formar integral.”


e justiça social. “O Medianeira tem algo muito singular: se preocupar com cada aluno, individualmente”, explica e arremata: “a instituição me direcionou e direcionou meus filhos, que ficaram da Educação Infantil ao Ensino Médio”.

Consciência

A proposta educativa do Medianeira, alicerçada na pedagogia jesuíta, segue os desafios dos tempos, se mantendo atualizada aos questionamentos e colocando em evidência a educação humanizadora e o desenvolvimento pleno do sujeito. Em outras palavras, o currículo que o aluno vê em sala de aula precisa estar em consonância com os apelos do dia a dia, do mercado de trabalho, da justiça social e, claro, do seu crescimento pessoal. “Em termos de presente e futuro, nós estamos trazendo habilidades, competências, aprendizagens e conhecimentos que respondem aos desafios da educação hoje e para os próximos anos”, revela Guidini. Em toda a sua história, o Medianeira sempre prezou pela formação humana, social e política, ensino crítico, criativo e reflexivo, possibilizando que alunos e alunas lessem e interpresassem as diferentes realidades segundo o contexto em que estavam inseridos e inseridas. Segundo Gilberto Vieira, Diretor Acadêmico, uma instituição de ensino é instigada a formar homens e mulheres atentos aos demais, envolvidos com a casa comum, e com a consciência de seu papel de protagonista por acreditar que outro mundo é possível. A prática de uma postura proativa é necessária para uma sociedade mais justa e fraterna. De acordo com a sempre-aluna e arquiteta Marcelle Borges, os conhecimentos adquiridos e as aprendizagens vivenciadas em seus anos de Medianeira foram fundamentais para o despertar de um raciocínio crítico e de preocupação com o outro. “Uma das coisas mais importantes que aprendi dentro do Colégio foi ter um posicionamento, não ficar esperando, e saber que temos de fazer com as próprias mãos”, conta Marcelle que, atualmente, é Diretora Operativa da ONG Teto, responsável pela defesa do direito de moradores de áreas com vulnerabilidade social. De acordo com ela, o desejo de mudar surgiu da vontade de usar o que aprendeu na escola e na faculdade em favor do bem-estar dos demais.

Para toda a vida

Estudar no Medianeira é fazer parte da comunidade educativa para toda a vida. Muitos grupos de sempre-alunos se reúnem para relembrar os dias em que foram alunos. Não são raros os casos em que estudar no Medianeira faz parte da tradição familiar. O empresário e sempre-aluno Mauro Piazzetta afirma: “sou o que sou graças ao Medianeira”. Na sua opinião, frequentar o Colégio foi imprescindível para criar em si uma base sólida de fé, fraternidade A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

Essa relação acontece, antes de tudo, devido à confiança depositada na proposta pedagógica do Colégio. Fernando Guidini, por esse prisma, reitera que a Aprendizagem Integral e a preparação de sujeitos competentes, conscientes, compassivos e comprometidos. “Quando falamos em uma educação para os Direitos Humanos, para a sustentabilidade, para a globalização, para as tecnologias e para o pensar complexo são justamente as aprendizagens que se relacionam com o presente e futuro. Entretanto, só é possível trabalhar nessa perspectiva quando há um mapeamento de realidade e uma história solidificada”, ratifica.

Vida universitária

As aprendizagens, as vivências e as experiências partilhadas durante os anos de Medianeira são a preparação para o vestibular e também o ambiente universitário, fomentando o exercício acadêmico por meio dos trabalhos de pesquisa nas Unidade de Ensino e das parcerias com universidades. O médico Sílvio Miranda, que estudou no Colégio durante toda a escolarização básica e escolheu o Medianeira como escola para seus filhos, observa na instituição uma inspiração para a carreira que optou. “Nunca vou esquecer as aulas de biologia que me influenciaram a ser médico”, revela Sílvio, que se dedica aos cuidados dos mais necessitados em uma Unidade Básica de Saúde em Curitiba. Miranda pontua ainda a importância da instituição em seu ingresso na faculdade de medicina. “O Medianeira sempre teve uma estrutura voltada à universidade, com seu conteúdo e abordagem” e completa: “fui guiado na minha vocação profissional, social e de fé”.

Rede Jesuíta

No final de 2014, a Companhia de Jesus criou a Rede Jesuíta de Educação (RJE), responsável por gerir os colégios jesuítas em todo o mundo. Somente no Brasil são 18 escolas, colégios e creches, 6 universidades e 14 instituições de educação popular, somando mais de 30 mil alunos. Para Jahn, integrar a RJE significa comungar de iniciativas e parcerias que nascem localmente mas reverberam ao redor do mundo. Em outras palavras, o Medianeira é unidade da RJE sem deixar de contribuir com os sonhos e anseios de Curitiba. Nesse sentido, o diretor relembra que várias lideranças de Curitiba e do Paraná foram alunos do Colégio e atualmente protagonizam mudanças em prol de um mundo mais fraterno. No decorrer destes 60 anos, o Colégio Medianeira se manteve atento ao seu tempo, ressignificando os processos de aprendizagem e fortalecendo a relação entre os diferentes membros da comunidade por meio de uma educação para a cidadania e da construção coletiva do conhecimento.

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in.clu.são por Jane Patricia Haddad s.f

T / Marília Bobato F / Reginaldo Gouvea

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Inclusão

além da lei


A Mestre em Educação Jane Patricia Haddad fala sobre o desafio de fazer a inclusão em um sistema educacional excludente que, pela primeira vez na história moderna, quer reconhecer que os seres humanos são diferentes

“Aonde fica a saída?”, Perguntou Alice ao gato que ria. ”Depende”, respondeu o gato. ”De quê?”, replicou Alice; ”Depende de para onde você quer ir...” (Alice no País das Maravilhas) Lewis Carroll

O conhecido trecho do livro Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, levanta um questionamento com mais de uma opção de resposta. Quando não apenas uma alternativa é a correta, as possibilidades tornam-se mais viáveis e interessantes. No Brasil, a recente Lei da Inclusão também chamada de Estatuto da Pessoa com Deficiência, desafia a sociedade e as instituições de ensino a praticarem um novo olhar e comportamento. São 45 milhões de brasileiros com algum grau de deficiência, que, pela lei, devem ter a autonomia e a capacidade de exercerem atos da vida civil em condições de igualdade com as demais pessoas. Para tornar esse cenário uma realidade, o Sinepe/PR vem realizando uma série de eventos e palestras sobre o tema inclusão. No dia 07 de março, o Sinepe/PR promoveu o lançamento do Manual de Orientação. Na oportunidade, a mestre em Educação e especialista em Psicanálise, Jane Patricia Haddad teve uma conversa franca e aberta com os educadores paranaenses, afinal, eles são os grandes responsáveis em introduzir as crianças na vida pública por meio da escola. Jane também conversou com a revista Escada, conforme você pode conferir na entrevista a seguir.

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

Revista Escada - Há por parte da sociedade, uma busca por um padrão aceito como ideal. Como mudar esse pensamento para trabalhar a inclusão de forma verdadeira, independente da existência da lei? Jane Patricia Haddad - Com certeza, temos diversos e reais desafios pela frente, quando o tema em debate é a inclusão e principalmente a inclusão de crianças e jovens com necessidades especiais. Historicamente tanto a sociedade como o sistema educacional tentaram normalizar as pessoas, tornando-as cada vez mais parecidas umas com as outras. Tentamos por décadas e décadas encaixar as crianças dentro de modelos de normalidade e com isso acabamos criando um sistema educacional excludente onde alunos diferentes ou mesmo deficientes eram encaminhados para instituições preparadas para eles. Pela primeira vez na história moderna, reconhecemos que não há mais um modelo universal de educação, seres humanos são diferentes. Nosso saudoso Bauman dizia: “Não se trata mais de ser tolerante, pois tolerância é a outra face da discriminação; o desafio está num nível mais elevado e significa criar um sentimento de solidariedade”. Incluir não é simplesmente seguir a lei, é ir além dela, é provocar nos gestores, professores, famílias, faxineiros, porteiros, alunos a noção real de conscientização política de que todos devem ser agentes e, portanto, sujeitos do ato educativo, independente da limitação física, psíquica ou emocional; independente da religião, etnia, gênero, sexualidade, configuração familiar...Uma escola inclusiva é reconstruída por todos e não apenas por alguns. RE - Você que acompanha experiências de inclusão em escolas, como tem observado as reações de alunos e professores? JH - A escola foi uma invenção da modernidade e sempre sustentou um modelo cartesiano/positivista de aluno o que influencia até hoje nas práticas escolares.

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Mudar isso é um longo processo. O que as escolas vêm fazendo é um repensar constante sobre esse modelo, já que os alunos “ideais” deverão ser olhados como alunos “reais” com possibilidades e também com suas limitações. A educação terá que levar em conta a subjetividade humana que não poderá ser reduzida apenas ao aspecto cognitivo.

A desvalorização do professor vem de fora. Mas o que tenho os questionado é: Quais são os valores que você tem para si? Qual é a causa maior da sua profissão? Como bem diz o meu amigo educador Bernard Charlot: “O professor não é herói e nem coitadinho”, acho que nessa frase, encontramos uma chave para abrirmos esse debate.

O que venho acompanhando em algumas escolas é essa mudança de olhar, considerando o primeiro passo a ser debatido junto a comunidade educativa: Qual a concepção de inclusão que será contemplado no Projeto Político Pedagógico. O que deverá constar nele? Quais as flexibilizações curriculares serão contempladas? Qual será a sala multifuncional e quem exercerá a função de Profissional de apoio escolar e etc. (No caso do Paraná, vocês poderão consultar o manual de Educação Especial – adaptado pelo SINEPE/PR).

Os professores são sujeitos, como qualquer um: sujeitos humanos e portanto incompletos, sempre lhes faltará algo, já não cabe mais pensar o professor de-

RE - A carga de educar é delegada cada vez mais ao professor. Com a Lei da Inclusão essa responsabilidade aumenta? Quem pretende seguir essa carreira vai ter que buscar uma formação mais específica para atender as novas demandas? JH - O professor já foi mais valorizado como tantos outros profissionais também já foram e hoje não o são. Estamos vivendo uma transição de valores, antes tido como universais e hoje sem uma referência muito clara, o que é um valor para uma escola já não é para outra e assim seguimos buscando novos modelos, novos referenciais, novos reconhecimentos e outras formações. Acredito particularmente, que o valor deverá vir de dentro para fora, cada um terá que se rever, inclusive nos seus melindres, angústias e saberes. Defendo que os professores brasileiros estão passando por um momento muito rico, um momento de transformação, os professores mais ou menos não irão sobreviver, sinto muito em estar sendo muito direta. Há um convite convocatório de conscientização política, cada um em sua escola, em sua comunidade é um agente e portanto sujeito do ato educativo a que se propôs. Não se consegue mais, responsabilizar o outro por aquilo que não se faz. O momento é de corresponsabilidade.

“Tentamos por décadas e décadas encaixar as crianças dentro de modelos de normalidade e com isso acabamos criando um sistema educacional excludente”

tentor de todos os saberes. O momento educacional é de mútuo desentendimento, onde família e escola terão que suportar o mal entendido. Não adianta mais os velhos clichês onde cada um a sua maneira busca por culpados. Estamos diante de diversos distúrbios, transtornos e normalidades que nem os cientistas mais renomados encontram respostas. Nesse mal entendido, crianças normais e especiais estão ficando a margem do sistema educacional. O que fazer agora? Os professores são frutos de uma sociedade “doente” que acreditou até ontem em modelos pré-estabelecidos de beleza, inteligência, riqueza, desempenho, família. Não estaríamos diante de um NÓ? O NÓ do IDEAL. O professor ideal, o filho ideal, o aluno ideal, o salário ideal, a escola ideal e etc... Sinto muito, o faz de contas acabou e todos em suas singularidades terão que buscar uma boa base teórica em que se reconheça a pedagogia da diversidade que considere o um a um com suas potencialidades e também com suas limitações. Despeçam-se da educação onipotente, que pode tudo e sabe de

tudo, não temos todos às respostas. Os processos de inclusão REAL exige uma despedida com todos os lutos necessários. A escola é um ambiente que deve refletir a sociedade como ela é, é desse ponto que construiremos uma sociedade mais comprometida, é de dentro da escola e não mais só de dentro da família. É a educação “formal” que está convidando e convocando as famílias a acolher os alunos com necessidades especiais, que deverão ser atendidos em suas potencialidades e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades educacionais. É essa Escola que acredito, uma escola que tenha cheiro e cara de mais um LUGAR de VIDA. RE - A Lei da Inclusão é realista ao determinar que todos os estudantes tenham acesso à mesma experiência de aprendizagem? JH - Eu particularmente não acredito que eles irão atrapalhar a rotina das salas de aula, muito pelo contrario, eles irão nos ajudar a reconhecer que não há uma concepção cronológica do desenvolvimento humano, com o privilegiamento sobretudo do desenvolvimento físico “normal”. As crianças vão muito além disso quando se fazem escutadas e olhadas. Muitos alunos “especiais” encontram-se em uma posição passiva já que o que mais eles escutam é sobre o que eles não dão conta. Um dos grandes desafios da experiência de aprendizagem é tirálos dessa posição e fazer com que eles possam APARECER em uma posição ativa. Vale lembrar que as crianças internalizam a palavra dos adultos que convivem com ela. A criança UNIVERSAL e IDEAL, não existe! Aprendizagem é um a um, é experienciar suas próprias características, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem única para cada sujeito, independente do seu diagnóstico. As diversidades são reais e elas sim é que deverão ser contempladas nas salas de aula regular, dentro de uma Pedagogia da diversidade que contemple uma sala acolhedora, construindo uma escola inclusiva.


Jane Patricia Haddad atuou por mais de 22 anos em escolas como professora, coordenadora pedagógica e diretora. Consultora educacional e conferencista, é também autora dos seguintes livros: • Educação e Psicanálise: Vazio existencial • O Que Quer a Escola: Novos Olhares resultam em Outras Práticas • Cabeça nas Nuvens: orientando Pais e Educadores sobre o Transtorno do Déficit de Atenção (Editora WAK)

A lei da inclusão, deve ser olhada como um convite a inovação e a humanização da educação. Ela nos possibilitará a um estudo profundo das adequações dos espaços, dos materiais e principalmente dos processos de constituição da criança e ela não poderá mais ser reduzida a “alguém” que não aprende ou aprende cognitivamente. Os tais estágios de desenvolvimento do processo ensino aprendizagem normal deverão ser aprofundados e debatidos à luz de outras teorias. Acredito que possamos abrir discussões com o corpo docente sobre a concepção de inclusão. Construir um projeto “piloto” de inclusão, contendo o profissional designado a ser o “tutor”, das parcerias (profissionais) e também do atendimento individualizado. O momento é de abandonar certezas prontas e construir novas concepções e práticas pedagógicas pautadas no caso a caso. Os docentes deverão receber esclarecimentos e suas inter-relações entre a patologia, paralisação cerebral, deficiência visual, autismo, altas habilidades e etc. aprendizagem desse(s) sujeito(s) com deficiência. A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

“Incluir não é simplesmente seguir a lei, é ir além dela, é provocar nos gestores, professores, famílias, faxineiros, porteiros, alunos a noção real de conscientização política de que todos devem ser agentes e, portanto, sujeitos do ato educativo, independente da limitação física, psíquica ou emocional”

Termos que oferecer formação aos docentes a cerca de algumas patologias e sua relação na forma de ensinar e de aprender, isso exigirá uma releitura e compreensão dos contextos sociais, políticos e pedagógicos. A formação dos docentes não poderá se restringir apenas ao fazer pedagógico ou mesmo ao mero conhecimento das leis. É necessário que o caso a caso do cotidiano da sala de aula dialogue com as produções teóricas. E cabe a cada um de nós, rever nosso lugar narcísico de ser, onde acreditamos por anos e anos que o professor era o centro de tudo. Passamos séculos contemplando fascinados nossa própria imagem esquecendo , contemplamos tanto a nós que esquecemos de olhar aquele que pare diferente de nós. Inclusão é para poucos, é preciso acordar e ultrapassar a imposição da lei e lembrar: “Há muitas pessoas de visão perfeita que nada veem... O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido”. Já nos alertava o saudoso Rubem Alves.

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edu.ca.ção

GIRO

subst.

PELA EDUCAÇÃO Bett Educar 2017 em maio O Congresso Bett Educar está marcado para os dias 10 a 13 de maio de 2017 e apresenta uma proposta inovadora para esse ano. A intenção é propiciar aos educadores mais do que uma oportunidade de informação, uma possibilidade de formação. Dentre os palestrantes, estão nomes de peso, como o psiquiatra Augusto Cury e o filósofo Mario Sergio Cortella. O objetivo é que o educador saia do congresso, e leve para sua escola, pelo menos uma ideia para pôr em prática. Por isso, os conteúdos estão estruturados em blocos, cada um deles com duas atividades sobre um mesmo tema. Confira a programação e a tabela de investimentos em: www.bettbrasileducar.com.br

Biênio da Matemática no Brasil Em 2017 e 2018 os eventos mais importantes do mundo da Matemática acontecerão no Brasil. Dois anos de eventos e ações que colocarão a Matemática, Ciência e Tecnologia no foco da comunicação. Nesse período, o país sediará pela primeira vez a Olimpíada Internacional da Matemática IMO 2017 e o Congresso Internacional de Matemáticos ICM 2018, o mais importante evento do mundo voltado à disciplina – ambos serão realizados no Rio de Janeiro. Um movimento em prol da educação que se propõe a criar, produzir e trazer para o país múltiplas experiências que gerem novas descobertas e estimulem o aprendizado da Matemática de forma geral.

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Agende-se: IMO 2017 – será entre os dias 12 a 23 de julho. A cerimônia de abertura será no dia 17 de julho e os dias das provas são 18 e 19 de julho. ICM – será nos dias 01 a 09 de agosto de 2018. Mais detalhes: www.imo2017.org.br / www.icm2018.org www.bieniodamatematica.org.br

Oficina de Poesia para as escolas A Oficina de Poesia comandada pelo poeta, jornalista e escritor Aluísio de Paula tem como objetivo
estimular as crianças a aguçarem o olhar, soltarem criatividade e a interagirem entre si ao se familiarizarem com o processo de criação de poesia e prosa minimalistas.

POESIA, PROSA E MINICONTOS ALUÍSIO DE PAULA

Oferece as ferramentas necessárias para a produção de minilivros artesanais produzidos com papel reaproveitado ou reciclado. São realizados bate-papos sobre poesia e leitura de poemas. Voltado para alunos do Ensino Fundamental ao Médio, os benefícios conquistados são a melhora do desempenho em matérias correlatas (como português, inglês e artes). Quer levar o projeto para a sua escola? Outras informações: (41) 99644-8888 ou (41) 3267-1902 / www.parafrasear.com.br


Nota do Enem para cursar uma universidade em Portugal Para quem deseja estudar fora do Brasil, Portugal pode ser um bom destino principalmente pela facilidade com a língua. Os estudantes brasileiros podem usar o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) para se candidatar a graduações e mestrados integrados em instituições de ensino portuguesas, em que o aluno cursa uma graduação de menor duração (em geral de três anos) e segue diretamente para um mestrado de dois anos. Não existe uma regra unificada para a seleção dos alunos, cabendo à cada instituição decidir sobre o acesso a cada um dos seus cursos. Mas, geralmente, é preciso ter prestado o Enem há no máximo três anos e ter alcançado uma nota de pelos menos 500 pontos. É importante notar que número de vagas aos estudantes internacionais é limitado. E, no caso do curso de Medicina, não é possível usar o ENEM, pois uma lei portuguesa obriga que o acesso a esse curso seja feito pelos exames nacionais. Outro ponto que os interessados devem verificar é a validação do curso em uma universidade pública brasileira, requisito necessário para que o diploma português seja reconhecido no Brasil. (Fonte: BBC Brasil)

Inep no Facebook e Instagram Em fevereiro, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) lançou sua página oficial no Facebook e seu perfil no Instagram. Os novos canais de comunicação são direcionados ao público externo e têm como objetivo favorecer a interação com o instituto. Outra finalidade é mostrar as atribuições do Inep à sociedade, já que as ações do instituto chegam a todas as instituições de ensino e estudantes brasileiros. A maior participação na rede social vai ampliar a forma de o Inep se comunicar com seus públicos de interesse, que englobam alunos do Ensino Básico e Superior; pesquisadores institucionais dos censos educacionais; gestores federais, estaduais e municipais da educação; reitores e coordenadores de cursos das Instituições de Ensino Superior; pesquisadores; acadêmicos e membros de entidades da área de educação; além da imprensa. Facebook (@Inep.oficial) / Instagram (@inepcomunicacao) O INEP também está no Twitter (@Inep_Imprensa) (Fonte: INEP)

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

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as.so.ci.a.das adj

Universo

das associadas Semana Pedagógica Para marcar o início do ano letivo, a ESI – Escola São Carlos Borromeo (Curitiba) promoveu a “1ª Semana Pedagógica de 2017”. Durante a Semana foram realizados o planejamento das ações que serão desenvolvidas ao longo do ano com os alunos e a formação dos docentes, através de estudos e palestras com as especialistas em legislação do contexto escolar Ângela Mendonça e Sílvia Práguas.

Ensino bilíngue A partir deste ano, o Colégio Expoente (Curitiba) oferece o ensino bilíngue para os alunos do 1° e 2° ano do Ensino Fundamental I. Com metodologia própria - que possibilita que o ensino das demais disciplinas também aconteça na língua inglesa no horário regular de aula, foram construídas salas de aulas personalizadas, que utilizam o caráter lúdico para prender a atenção e encantar os alunos no contato com o segundo idioma.

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Nove décadas No dia 15 de janeiro o Colégio Marista Santa Maria (Curitiba) completou 92 anos de atuação. Desde a fundação, a instituição oferece uma educação pautada na excelência acadêmica e nos valores institucionais. Além de ser conhecido por ser um colégio tradicional, também é reconhecido pela inovacão, por uma pedagogia de vanguarda e pela proposta pedagógica consistente e que prepara o aluno para todas as provas da vida, formando gerações e cidadãos humanos, éticos, justos e solidários.

Mural de arte Há 10 anos, o Colégio Novo Ateneu (Curitiba) desenvolve um projeto de arte que envolve toda a escola, da Educação Infantil ao Ensino Médio. Os alunos estudam a vida e a obra de grandes artistas plásticos - como Poty Lazzarotto, Joan Miró, Romero Britto, Rogério Dias e muitos outros, contextualizando com o momento histórico e artístico que viveram e desenvolvem o projeto fazendo esboços e criando o trabalho final que é a obra de arte coletiva. Os materiais e técnicas utilizados são os mais variados e definidos em conjunto com os alunos. Os painéis ficam expostos pelo Colégio e a visitação é aberta ao público.

Contra a dengue As estudantes do Colégio Positivo (Curitiba) Cindy Maureen Rossoni Honjo e Júlia Beatriz Vaz de Oliveira, ambas com 15 anos, criaram uma solução simples e barata para evitar a proliferação do mosquito da dengue. Com a utilização de uma substância encontrada em lojas de jardinagem, elas utilizaram um polímero superabsorvente que, quando em contato com a água, cria uma espécie de gel, impedindo que as larvas do Aedes Aegypti se desenvolvam. O projeto foi elaborado em 2016, para a Mostra de Soluções do Colégio, com o auxílio do professor de Biologia, Guilherme Rodrigo Teitge.


Novo playground O International School of Curitiba (ISC) buscou métodos desenvolvidos em colégios da Europa e construiu um novo playground, a partir da arrecadação das doações do ISC Annual Fund. Com o objetivo de aproximar as crianças com a natureza e explorar as sensações proporcionadas no contato com o verde, a nova estrutura conta com espaço sensorial e caixa de areia, casa na árvore, palco de madeira e fonte.

Super cérebro O Núcleo de Atividades Complementares – NAC, do Colégio Marista Pio XII (Ponta Grossa), está implementando uma nova atividade chamada SUPER CÉREBRO. Ofertada para crianças da Educação Infantil 5 aos adolescentes do Ensino Médio, pais, professores e comunidade, cada turma tem capacidade para 25 alunos e as aulas contam com 80 minutos, sendo quarenta de manuseio do Soroban e quarenta de jogos estratégicos. O SUPER CÉREBRO tem o foco no desenvolvimento das competências cognitivas como raciocínio lógico, cálculo mental, memória e concentração; e competências sociais como liderança, estratégia, sociabilidade e cooperativismo.

Plataforma de inglês O Colégio do Bosque Mananciais (Curitiba) abriu a primeira turma do High School e, ainda, adotou uma plataforma de inglês inovadora para alunos a partir do 2º ano do Ensino Fundamental – o DynEd – que permite o aprendizado personalizado, por nivelamento. Os alunos já chegam ao Ensino Fundamental com uma base sólida de Inglês adquirida com o método Magic Dragon, que prevê o ensino diário da língua durante a Educação Infantil. Ao final do Ensino Fundamental, os alunos estão aptos às tradicionais certificações Toefl e Cambridge. O Dual Diploma Program, iniciado em 2017 com o FlexHigh School, garante a formação no Ensino Médio simultânea ao High School dos Estados Unidos. O programa pode ser iniciado já a partir do 8º ano do Fundamental, para melhor adequação à carga horária de estudos. Além disso, os formandos do Colégio que obtiverem média igual ou acima de 8,5 têm ingresso garantido na Universidade de Nevada, referência mundial na área de formação profissional, com mais de 145 cursos e 20 mil alunos.

Bom Jesus Social Em 2016, o Bom Jesus criou um novo programa: o Bom Jesus Social. O projeto envolve todas as Unidades, nos cinco estados em que atua, e o foco é disseminar valores humanos e promover a inclusão social, por meio de atividades de cunho pedagógico. Entre as atividades desempenhadas estão aulas de reforço de Redação, Matemática, Inglês e aulão preparatório para o Enem. Todas as Unidades têm a liberdade de idealizar seus próprios projetos, pensando na necessidade local e no envolvimento da comunidade acadêmica. O grande destaque, mais recente, ficou para a Ação de Natal intitulada “Um presente de coração”, que uniu todos os alunos de todas as Unidades, em prol da arrecadação de brinquedos para crianças atendidas pelo Bom Jesus Social. A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

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a.ções da di.re.to.ri.a

sf / prep / sf

Confira as ações

da diretoria do Sinepe/PR Pacto Universitário pela Promoção do Respeito à Diversidade

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Em fevereiro aconteceu a reunião técnica de apresentação sobre o Pacto Universitário pela Promoção do Respeito à Diversidade, da Cultura de Paz e dos Direitos Humanos para instituições de ensino superior do estado do Paraná, na sede do Sinepe/PR. A reunião foi realizada pelo Prof. Daniel de Aquino Ximenes, Diretor de Políticas de Educação em Direitos Humanos e Cidadania, e pela Profa. Patrícia Laundry Mollo Vieira, CoordenadoraGeral de Direitos Humanos, ambos do Ministério da Educação e contou com a presença de 75 pessoas representando instituições de ensino universitárias e entidades apoiadoras, entre elas o Ministério Público Federal, a Ordem dos Advogados do Brasil e o Ministério Público do Paraná. O evento foi realizado em três momentos, inicialmente com a composição da mesa por autoridades representando diferentes segmentos

Novos dados disponíveis na página de estatísticas do Sinepe/PR O Sinepe/PR está continuamente atualizando sua página de estatísticas (http://sinepepr.org.br/estatisticas) para disponibilizar sempre os dados mais recentes disponíveis.

que estão apoiando este pacto no estado, entre elas a presidente do Sinepe/PR, Esther Cristina Pereira, Dr. Olympio de Sá Sotto Maior, procurador de justiça do Ministério Público do Paraná, professor Aldo Bona, presidente da ABRUEM e reitor da Unicentro, professor Décio Sperandio, diretor-geral da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), representando o secretário, o Governo do Estado do Paraná e o Conselho Estadual de Educação. Em seguida os professores Daniel Ximenes e Patricia Mollo apresentaram a proposta do Pacto

Os últimos dados atualizados são de matrículas na Educação Superior em 2015, nas modalidades presencial e EaD, para o Paraná e todos os municípios que abrigam as sedes regionais do Sinepe/PR. As informações são apresentadas em duas tabelas, uma com os valores absolutos e a segunda em percentuais, seguidas das respectivas representações gráficas. Também foi adicionado à página o link de acesso ao anuário de 2016. Em breve, serão publicados novos dados também

e como participar. Finalizando a reunião, foi aberta a oportunidade dos participantes esclarecerem dúvidas e partilharem a compreensão do projeto que está sendo proposto, em preparação para a Solenidade de Adesão do Pacto no Paraná, marcada para o dia 16 de março de 2017, na Assembleia Legislativa do Paraná. Para as IES que desejarem mais informações sobre o Pacto e como aderir ao mesmo, é possível acessar: http://educacaoemdireitoshumanos. mec.gov.br/index.html.

baseados no Censo da Educação Superior de 2015, cujos microdados foram divulgados em dezembro pelo INEP/MEC. O Departamento de Informação Educacional do Sinepe/PR está à disposição das instituições de ensino associadas, para o levantamento de outros dados necessários, podendo ser contatado pelo e-mail jeanfrank@sinepepr.org.br ou pelo telefone (41) 3078-6933.


Diretoria se reúne com o prefeito de Curitiba No dia 10 de março, membros da diretoria do Sinepe/PR estiveram em reunião com o Prefeito de Curitiba, Rafael Greca, para tratar de diversos assuntos de interesse do segmento privado de ensino. Confira os assuntos elencados:

1. Atuação frente à Vigilância Sanitária

com relação à vistoria para liberação de Laudo da Vigilância Sanitária;

3. Aprimoramento na relação

público-privado, especialmente no que concerne à burocracia estatal, por exemplo, a renovação da autorização de funcionamento;

4. Ampliação do trato democrático da utilização dos espaços públicos;

5. Parceria do poder público municipal na implementação dos projetos de conscientização da preservação do meio ambiente com o projeto do Sinepe/PR “Planeta Reciclável®”; 6. Vale do Pinhão (colaboração das

escolas e faculdades privadas para o sucesso desta ideia);

7. Centros Comunitários de Educação

2. Melhoria na sinalização em frente

Infantil e Serviços Socioeducativos – ACCEIS –cadastradas/credenciadas para atendimento de crianças de 0 (zero) a 5 (cinco) anos.

VIII Mostra de Responsabilidade Social da Escola Particular

grande evento que já tem data marcada para 2017. A sétima edição da Mostra de Responsabilidade Social da Escola Particular será no dia 07 de maio. Além de expor seus projetos sociais, as instituições podem inscrever apresentação cultural, animação, dança, teatro, contação de histórias, entre outros projetos. “Em 2016 tivemos 14 instituições com mostra de trabalhos e atividades, para 2017 pretendemos chegar a 20 ou até 25 instituições”, conta a presidente do Sinepe/PR, Esther Cristina Pereira.

às escolas particulares (Centros de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio);

Desde 2010, o Sinepe/PR realiza a Mostra de Responsabilidade Social da Escola Particular, com apoio do Pequeno Cotolengo, em Curitiba. O evento tem uma programação cultural voltada para toda a família com a participação de instituições de ensino, associações e ONGs que expõem seus trabalhos de responsabilidade social e ambiental, junto a realização do tradicional Churrasco do Pequeno Cotolengo. A renda arrecadada nestes churrascos é direcionada integralmente ao Pequeno Cotolengo que acolhe pessoas de zero a 60 anos, com deficiências múltiplas, abandonadas por suas famílias, ou vindas de famílias em situação de risco. O público de cada evento é de aproximadamente 6 mil pessoas. Se a sua instituição tem algum projeto de cunho social ou ambiental para apresentar, aproveite para fazer parte deste A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

O evento é inteiramente custeado pelo Sinepe/PR e voltado para instituições de ensino associadas. Cada instituição participante tem direito a um espaço para divulgar seus projetos e sua marca, seguindo o regulamento proposto pelo Sinepe/PR, desde que não tenha cunho comercial, pois o objetivo do evento é exclusivamente social. Instituições de ensino interessadas em participar da edição 2017 podem enviar uma breve descrição do projeto, logomarca e atividades a serem realizadas, até o dia 30/03/2017 para gisele@sinepepr.org.br. Mais informações: 41 3078-6933.

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Projeto Planeta Reciclável® acontece em Curitiba, Ponta Grossa e, pela primeira vez, em Foz do Iguaçu 26

Curitiba

O Isopor® é uma matéria-prima nobre para ser jogada no lixo. E de olho nesse potencial, é que o material tem sido reciclado para voltar à cadeia produtiva e também colaborar com a proteção do meio ambiente. O Sinepe/PR defende essa ideia e por isso promove mais uma edição do projeto Planeta Reciclável®, nas cidades de Curitiba, Ponta Grossa e, pela primeira vez, em Foz do Iguaçu. O objetivo é disseminar o conceito de sustentabilidade, com ênfase na reciclagem do Poliestireno Expandido – EPS, mais conhecido como Isopor®, entre os alunos das instituições particulares de ensino. O projeto é realizado em parceria com a Meiwa Indústria e Comércio Ltda (SP), e inclui um ciclo de palestras com o coordenador do projeto “Amigo da Natureza” – Meiwa, Ivam Michaltchuk sobre educação ambiental e noções de reciclagem de resíduos sólidos nas escolas inscritas. Participam alunos do 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental das escolas associadas ao Sindicato, que também serão convidadas a participar de um concurso cultural para desenvolver trabalhos sobre a reciclagem do Isopor®. O resultado dos trabalhos será conhecido na Mostra da Escola Particular sobre Reciclagem de Resíduos Sólidos, nas três cidades participantes.

VIII Mostra da Escola Particular sobre Reciclagem de Resíduos Sólidos: 02 e 03/06/2017, no Palladium Shopping Center Instituições de ensino participantes: Centro Educacional Evangélico; Colégio Acesso (Portão); Colégio Energia Ativa; Colégio OPET; Colégio Saint Germain; Escola Amplação; Escola Atuação (Santa Quitéria + Boqueirão); Escola Bambinata e Escola Interativa

Ponta Grossa

III Mostra da Escola Particular sobre Reciclagem de Resíduos Sólidos: 02/06/2017, no Palladium Shopping Center Instituições de ensino participantes: Colégio Marista; Colégio Neo Master; Colégio Sagrada Família; Colégio Sagrado Coração; Colégio São Francisco; Colégio SEPAM; Escola Prisma Arco Íris; Escola Santo Ângelo e Escola São Jorge

Foz do Iguaçu

I Mostra da Escola Particular sobre Reciclagem de Resíduos Sólidos: 12 e 13/05/2017, no Shopping Catuaí Palladium Instituições de ensino participantes: COC Semeador; Colégio Aquarela; Colégio Betta; Colégio Iguaçu; Colégio Vicentino São José; Escola Bom Pastor; Escola Libanesa Brasileira; Escola Monjolo e Escola Peter Pan



ar.ti.go s.m

T / Esther Cristina Pereira - Presidente do Sinepe/PR

Recursos da Contribuição

Sindical retornam às instituições de ensino como benefícios

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Taxa de Reversão Patronal

Sinepe/PR conta atualmente com cerca de 600 instituições associadas. Com 68 anos de existência, o Sindicato congrega instituições da Educação Infantil ao Ensino Superior , além de cursos livres e escolas de idiomas. O Sinepe/PR é o sindicato da escola particular e luta em defesa dos interesses econômicos, profissionais, sociais e políticos de seus associados. O poder do sindicato está na união de todos, na busca da qualidade e organização da educação particular paranaense. A participação se dá através da filiação e contribuição mensal, o que ajuda e fortalece o sindicato. Entenda cada contribuição:

A Reversão Patronal está prevista no artigo 513, alínea “e” da CLT, destinada a custear despesas inerentes às negociações coletivas. A contribuição, nas CCTs atuais, é no importe de 4% sobre o total da folha de pagamento do corpo docente e administrativo do mês fixado por Assembleia Geral, sendo extensiva a todos os integrantes da categoria representada, independentemente de serem ou não sindicalizados.

Contribuição Sindical

Contribuição Associativa

Anualmente, em janeiro, todas as escolas pagam a contribuição sindical que é um tributo devido por todos que participam de determinada categoria profissional ou econômica, em favor do sindicato representativo da categoria ou profissão, independentemente de serem ou não associados.

Apesar de não ser compulsória, a adesão reflete a consciência da classe representada, fundamental para o fortalecimento da entidade sindical. Os associados têm à sua disposição importantes serviços como esclarecimentos das assessorias jurídica, contábil e pedagógica sobre dúvidas nas áreas trabalhista, sindical, cível e empresarial. Têm também benefícios como a participação em eventos do Sinepe/PR, com custo reduzido ou gratuito; Descontos com empresas parceiras na área de saúde odontológica; saúde ocupacional e seguro educacional. Além disso, os associados têm isenção da Taxa de Reversão Patronal (instituída nas convenções coletivas de trabalho).

Conforme o artigo 580 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a contribuição consiste em um valor proporcional ao capital social da empresa, e tem por finalidade o custeio de atividades essenciais do sindicato. Além disso, do valor pago pelas escolas apenas 60% fica no sindicato, o restante é dividido entre a federação, a confederação e o Ministério do Trabalho. Por isso a importância de estar associado e contribuindo mensalmente com o sindicato, pois o valor pago como tributo é insuficiente para manter os serviços e a força do Sinepe/PR.

Ao sindicalizar-se, você assume o papel de protagonista nas lutas e conquistas da categoria. A unidade é o que nos torna fortes e o sindicato é o nosso principal elo de união e transformação. O fortalecimento da representação sindical é uma das metas da nossa gestão. Queremos ampliar o rol de associados para ampliar também a discussão crítica dos temas relacionados à educação em nosso país. Cabe ao Sindicato atuar como interlocutor das instituições de ensino ante aos órgãos da administração pública, à opinião pública e demais poderes políticos e sociais. Temos a convicção de que a educação é propulsora do progresso e do desenvolvimento do país. Contamos com sua adesão. Para se tornar uma instituição associada, entre em contato com o Sinepe/PR: 41 3078-6933.


cur.sos s.m

AGENDA REGIONAIS

CURITIBA

Palestras: O impacto dos transtornos do neurodesenvolvimento e de aprendizagem na sala de aula – Giovana Maria da Silva Campos (psicóloga), Giselle Kubrusly Sypczuk (fonoaudióloga) e Jaqueline Gnata de Freitas (psicopedagoga)

MARÇO

Confira calendário de cursos e palestras do Sinepe/PR

CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA SECRETÁRIOS Data: 15/03 | Horário: 09h Palestrante: Técnicos da SEED Público-alvo: Secretários escolares Local: Plenário SINEPE/PR

02/05 : Regional Cataratas (Foz do Iguaçu) Local a definir 03/05 : Regional Oeste (Cascavel) Auditório do Colégio Marista 04/05 : Regional Sudoeste (Pato Branco) Auditório do Colégio Mater Dei. 05/05 : Regional Central (Guarapuava) Auditório do Colégio Aliança 06/05 : Regional Campos Gerais (Ponta Grossa) Anfiteatro do Colégio Marista Horário: 18h30 (exceto no dia 06/05, em que o horário será 13h)

Inscrições: Cortesia para instituições associadas e R$ 60 para instituições não–associadas

13/03 : A emoção e a escola: como ensinar com emoção – Estudos sobre inteligência emocional em suas diversas dimensões - Julio Cesar Luchmann 14/03 : Educação Ambiental – a (re)ligação necessária – Leny Toniolo 15/03 : Educação para o “conviver” Ilza Bittencourt 16/03 : Criatividade em sala de aula Carmem Oliveira

PACTO UNIVERSITÁRIO PELA PROMOÇÃO DO RESPEITO À DIVERSIDADE, DA CULTURA DA PAZ E DOS DIREITOS HUMANOS

17/03 : O fortalecimento do trabalho coletivo e as inter-relações em sala de aula Magda Branco

Data: 16/03 | Horário: 09h Local: Assembleia Legislativa do Paraná

Horário: 19h

Praça Nossa Senhora do Salete, s/n - Curitiba/PR

Público alvo: Gestores, coordenadores, professores e demais interessados

Inscrições: Cortesia para instituições associadas e não-associadas

Público alvo: Gestores, coordenadores, professores e demais interessados Inscrições: R$ 20 para instituições associadas e R$ 40 para não-associadas

SEMANA DA SENSIBILIZAÇÃO – FUNDAMENTAL I

Inscrições: R$ 20 para instituições associadas e R$ 40 para não-associadas

E-SOCIAL – CONCEITO E EXIGÊNCIAS PARA ATENDIMENTO LEGAL

HOMENAGEM AO DIA MUNDIAL DA ÁGUA

Data: 16/03 | Horário: 14h

Data: 22/03 | Horário: 09h

Palestrante: Luciano Aparecido de Mattos.

Palestrante: Instituto Chico Mendes

Público-alvo: Diretores, secretários escolares

Público-alvo: Gestores, coordenadores do ensino superior

Local: Plenário SINEPE/PR Inscrições: Cortesia para instituições associadas e R$ 40 para instituições não–associadas

ENCONTRO ENSINO SUPERIOR Data: 29/03 | Horário: 14h Palestrante: Dr. Luis Cesar Esmanhotto Público-alvo: Gestores, coordenadores do ensino superior Local: Plenário SINEPE/PR. Inscrições: Cortesia para instituições associadas e R$ 40 para instituições não–associadas

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

Local: Plenário SINEPE/PR Inscrições: Cortesia para instituições associadas e R$ 40 para instituições não–associadas

ENCONTRO: BIÊNIO DE MATEMÁTICA 2017/2018 Data: 24/03 | Horário: 09h Palestrante: Jacir J. Venturi Público-alvo: Professores de matemática e engenharias Local: Plenário SINEPE/PR Inscrições: R$ 20 para instituições associadas e R$ 40 para instituições não–associadas

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ABRIL

MAIO / JUNHO

SEMANA ENSINO SUPERIOR – FINANCIAMENTO UNIVERSITÁRIO NO BRASIL: DESAFIOS & ESTRATÉGIAS

CENÁRIO POLÍTICO E ECONÔMICO DAS IES

Data: 27/04 | Horário: 09h Palestrante: Dr. Carlos Monteiro, Ligia Pimenta e Juliano Cornacchia Público-alvo: Gestores, coordenadores e demais interessados Local: Plenário SINEPE/PR.

Data: 17/05 | Horário: 14h

III MOSTRA SOBRE RECICLAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA ESCOLA PARTICULAR

Palestrante: William Klein

Data: 02/06 | Horário: a partir das 10h

Público-alvo: Gestores, coordenadores e demais interessados

Público-alvo: Associados e parceiros

Local: Plenário SINEPE/PR Inscrições: R$ 20 para instituições associadas e R$ 40 para instituições não–associadas

Local: Palladium Ponta Grossa Rua Ermelino de Leão, 703 bairro Olarias – Ponta Grossa/PR Inscrições: Gratuito

Inscrições: Cortesia para instituições associadas e R$ 100 para instituições não–associadas

103º CURSO SOBRE CONTROLE E REGISTRO ACADÊMICO DE INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR Data: 26, 27 e 28/04 | Horário: 09h Palestrante: Consae Público-alvo: Secretarios acadêmicos Local: Slaviero Executive Curitiba Batel Av. Visconde de Guarapuava, 4069 bairro Batel – Curitiba/PR Inscrições: Associados tem 35% de desconto e as inscrições são pelo site: http://consae.net.br/

30 SEMINÁRIO PARA GESTORES: ESPAÇO E GESTÃO PARA ESCOLAS Data: 29/04 | Horário: 08h30 Palestrante: Maria Claudia Puga, Nicole Schwab, Denis Drago, Jary de Carvalho e Castro e Fabrizzio Ribas Público-alvo: Gestores e mantenedores de escolas particulares e ensino superior Local: Unicesumar Curitiba – Rua Itajubá, 673 bairro Portão – Curitiba/PR Inscrições: R$ 20 para instituições associadas e R$ 40 para instituições não–associadas

LANÇAMENTO DO ÍNDICE DE CULTURA EMPREENDEDORA NAS ESCOLAS

VIII MOSTRA SOBRE RECICLAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA ESCOLA PARTICULAR

Data: 06/06 | Horário: 19h

Data: 02 e 03/06 | Horário: a partir das 10h

Palestrante: Gustavo Fanaya

Público-alvo: Associados e parceiros

Público-alvo: Gestores, coordenadores e demais interessados

Local: Palladium Curitiba – Av. Pres. Kennedy, 4121 – bairro Portão – Curitiba/PR.

Local: Plenário SINEPE/PR

Inscrições: Gratuito

Inscrições: Cortesia para instituições associadas e R$ 40 para instituições não–associadas SEMANA DO MEIO AMBIENTE 29/05 : Jardim das Sensações – Maria Goreti VIII MOSTRA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL DA ESCOLA PARTICULAR

30/05 : Projeto Vila Sustentável – Leny Toniolo

Data: 07/05 | Horário: das 11h às 16h

31/05 : Oficina de reciclagem – aprendendo a reciclar e aproveitar os materiais – João do Lixo

Público-alvo: Associados e parceiros

01/06 : Sustentabilidade – Ivam Michaltchuk

Local: Pequeno Cotolengo - Rua José Gonçalves Júnior, 140 – bairro Campo Comprido. Curitiba/PR

Horário: 19h

Inscrições: 1kg de alimento que será doado ao Pequeno Cotolengo

Público alvo: Gestores, coordenadores, professores e demais interessados Inscrições: R$ 20 para instituições associadas e R$ 40 para não-associadas

I MOSTRA SOBRE RECICLAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA ESCOLA PARTICULAR Data: 12 e 13/05 | Horário: a partir das 10h Público-alvo: Associados e parceiros.

ENCONTRO DO ENSINO MÉDIO – NOVO ENSINO MÉDIO

Local: Palladium Foz do Iguaçu Av. das Cataratas, 3570 – Vila Yolanda Foz do Iguaçu/PR.

Data: A definir | Horário: 08h30

Inscrições: Gratuito

Palestrante: A definir Público-alvo: Gestores, coordenadores, professores e demais interessados. Local: Plenário SINEPE/PR Inscrições: Cortesia para instituições associadas e R$ 40 para instituições não–associadas

SINEPE/PR - R. Guararapes, 2028, Vila Izabel - Curitiba/PR. Mais informações e inscrições: 41 3078-6933 – www.sinepepr.org.br


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VAI LÁ E FAZ! Um mundo mais igualitário.

Mais do que acreditar que outro mundo é possível, o Colégio Medianeira está comprometido na construção dele agora, neste exato momento. E provoca você a ser o protagonista dessa história, a ser um agente dessa mudança, a fazer o sonho virar realidade. A aprendizagem integral e a criação coletiva são a essência dessa proposta. E nesses 60 anos de atuação fomos guiados por valores sempre atuais e universais, respeitando diferenças e acolhendo o novo.

Vai lá e faz representa a nossa fé nos valores humanos Confira o vídeo e as

transformados em atitudes mais conscientes, competentes,

atividades de 60 anos

compassivas e comprometidas, onde cada um tem um papel

do Colégio Medianeira

importante para a construção de um mundo melhor para todos.

(41) 3218-8000 f colmedianeira www.colegiomedianeira.g12.br


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