número 30 | ano 08
abril/maio/jun j 20177 Publicação Publicaç ção Sinepe/ Sinepe/PR p PR P
ENSINO SUPERIOR
BUSCA NOVAS ALTERNATIVAS DE FINANCIAMENTO PARA ATRAIR NOVOS ALUNOS Enem 2018 terá mais ênfase em português e matemática (página 8) As armadilhas dos rankings educacionais (página 18)
ENTREVISTA: OS RUMOS E PANORAMA DA EDUCAÇÃO SUPERIOR PELO OLHAR DO ESTRATEGISTA WILLIAM KLEIN
vamos
aprender
de um jeito diferente? Em cada brincadeira se adquire uma habilidade diferente. E ĂŠ assim que o Sistema Positivo de Ensino desenvolve a sua metodologia. Com foco nas descobertas e na curiosidade, ĂŠ brincando e interagindo que os alunos criam o gosto pelo aprendizado e formam a base para os bons resultados do futuro.
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Sinepe/PR Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Paraná www.sinepepr.org.br / wwww.facebook.com/sinepepr
Tempo de mudança. Recebemos em abril no Sinepe/PR, a presidente do INEP, Maria Inês Fini, para conversar com os gestores sobre a reforma do ensino médio e as mudanças do Enem previstas para 2018. As mudanças no financiamento universitário também foram pauta em nosso Sindicato, pois não podemos mais depender do Fies e precisamos buscar novas formas de manter e trazer novos alunos para o ensino superior. Para debater melhor sobre o assunto, recebemos, no mês de maio, o CEO da Hoper Educação William Klein e trazemos nessa edição uma entrevista especial com ele.
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Seguimos acompanhando as mudanças do nosso setor, sem deixar de lado as iniciativas já previstas no calendário do Sinepe/PR. Lançamos a edição 2017 do Prêmio Práticas Inovadoras em Educação que está com inscrições abertas até 18 de agosto, e queremos contar com a participação massiva das instituições associadas, por isso reforçamos aqui o convite.
Boa leitura Esther Cristina Pereira Presidente Sinepe/PR
Conselho Diretor Biênio 2016 /2018 Diretoria Executiva Presidente
Esther Cristina Pereira
1º Vice-Presidente
Rosa Maria Cianci Vianna de Barros
2º Vice-Presidente
Dirley Carlos Correa
Diretor Administrativo
Douglas Oliani
Diretor Econômico/Financeiro
Gilberto Vizini Vieira
Diretor de Legislação e Normas
Nilson Izaias Pegorini
Diretor de Planejamento
Lino Afonso Jungbluth
Diretoria de Ensino Diretor de Ensino Superior
José Antonio Karam
Diretor de Ensino Médio
Paulinho Vogel
Diretor de Ensino Fundamental
Ir. Maria Zorzi
Diretor de Ensino da Educação Infantil
Dorojara da Silva Ribas
Diretor de Ensino dos Cursos Livres
Valdecir Cavalheiro
Diretor de Ensino dos Cursos de Idiomas
Magdal Justino Frigotto
Diretor de Ensino das Academias
Ana Dayse Cunha Agulham
Diretor de Marketing
Rogério Mainardes
Diretor de Ensino da Educação Profissional Técnica de Nível Médio Gilberto Paulo Zluhan Diretor dos Cursos Pré-Vestibulares
Renato Ribas Vaz
Diretor da EaD
Wilson de Matos Silva Filho
Diretor de Sistemas de Ensino
Acedriana Vicente
Diretor de Ensino de Pós-Graduação
Carmen Luiza da Silva
Conselheiros 1º Conselheiro
Ailton Renato Dörl
2º Conselheiro
Pedro Roberto Wiens
3º Conselheiro
Naura Nanci Muniz Santos
4º Conselheiro
Roberto A. Pietrobelli Mongruel
5º Conselheiro
Jorge Apóstolos Siarcos
6º Conselheiro
Leonora Maria J. Mongelós
7º Conselheiro
Eloína Helena Farias da Costa Guerios
8º Conselheiro
Gisele Mantovani Pinheiro
9º Conselheiro
José Eldir Ost
10º Conselheiro
Jaime M. Marinero Vanegas
11º Conselheiro
Volnei Jorge Sandri
12º Conselheiro
José Luis Chong
13º Conselheiro
Diogo Richartz Benke
14º Conselheiro
Fernando Luiz Fruet Ribeiro
15º Conselheiro
Wilson Picler
16º Conselheiro
Bruno Ramos Neves Branco
17º Conselheiro
Sérgio Herrero Moraes
Conselho Fiscal Efetivos Suplentes Edison Luiz Ribeiro
Ir. Anete Giordani
Armindo Vilson Angerer
Haroldo Andriguetto Junior
Raquel A. M. M de Camargo
Luiz Antônio Michaliszyn Filho
Delegados Representantes - FENEP/Confenen Ademar Batista Pereira
José Antonio Karam
Conselho de ex-presidentes do Sinepe/PR Jacir J. Venturi
Emília Guimarães Hardy
José Manoel de Macedo Caron Jr.
Maria Luiza Xavier Cordeiro
Naura Nanci Muniz Santos
Ademar Batista Pereira
Maria Alice de Araújo Lopes
Diretorias regionais SINEPE/PR - Regional Oeste (Cascavel) Diretor-Presidente
Gelson Luiz Uecker
Diretor de Ensino Superior
Lucas Renato da Silva
Diretor de Ensino da Educação Básica
Ir. Antonio Quintiliano
Diretor de Ensino da Educação Infantil
Ir. Marli de Melo Campanharo
Diretor dos Cursos Livres/Idiomas
Denise Veronesi
SINEPE/PR - Regional Cataratas (Foz do Iguaçu) Diretor-Presidente
José Elias Castro Gomes
Diretor de Ensino Superior
Fábio Hauagge do Prado
Diretor de Ensino da Educação Básica
Antonio Krefta
Diretor de Ensino da Educação Infantil
Graziela Rodrigues
e Asperti Basim Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas
Nerval Martinez Silva
e Adriana da Silva Gomes
SINEPE/PR - Regional Sudoeste (Pato Branco/Francisco Beltrão) Diretor-Presidente
Ivone Maria Pretto Guerra
Diretor de Ensino Superior
Hélio Jair dos Santos
Diretor de Ensino da Educação Básica
João Carlos Rossi Donadel
Diretor de Ensino da Educação Infantil
Amazilia Roseli de Abreu Pastorello
Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas
Vanessa Pretto Guerra Stefani
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SINEPE/PR - Regional Campos Gerais (Ponta Grossa) Diretor-Presidente
Osni Mongruel Junior
Diretor de Ensino Superior
Marco Antônio Razouk
Diretor de Ensino da Educação Básica
Irmã Edites Bet
Diretor de Ensino da Educação Infantil
Maria de Fátima
Pacheco Rodrigues Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas
Paul Chaves Watkins
SINEPE/PR - Diretoria da Regional Central (Guarapuava/União da Vitória) Diretor-Presidente Dilcemeri Padilha de Liz
Revista Escada Publicação periódica de caráter informativo com circulação dirigida e gratuita. Desenvolvida para o Sinepe/PR. Editada pela Editora Inventa Ltda - CNPJ 11.870.080/0001-52 Rua Comendador Araújo, 534, 2o andar, sala 4 – Centro - Curitiba - PR Conteúdo IEME Comunicação www.iemecomunicacao.com.br
Diretor de Ensino Superior
Rodrigo Borges de Lis
Jornalista responsável
Marília S. Bobato DRT/PR 6828
Diretor de Ensino da Educação Básica
Juelina Simão Marcondes
Projeto gráfico e ilustrações
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Críticas e sugestões
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Diretor de Ensino da Educação Infantil
Jean Felde de Liz
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Marcos Aurélio Lemos de Mattos
SINEPE/PR - Regional Litoral (Paranaguá) Diretor-Presidente
Luiz Antonio Michaliszyn Filho
Diretor de Ensino Superior
Ivan de Medeiros Petry Maciel
Diretor de Ensino da Educação Básica (Ensino Fundamental) Selma Alves Ferreira Diretor de Ensino da Educação Básica (Ensino Médio)
Mirian da Silva Ferreira Alves
Diretor de Ensino da Educação Infantil
Lilian R. M. Borba
Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas
Liliane C. Alberton Silva
A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ
Comercial jessica@iemecomunicacao.com.br marilia@iemecomunicacao.com.br (41) 3253 0553 Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião desta revista. Conselho editorial Esther Cristina Pereira Fátima Chueire Hollanda Ir. Maria Zorzi José Antonio Karam Márcio M. Mocellin Rosa Maria C. Vianna de Barros Rogério Mainardes Aprovação
Esther Cristina Pereira
Impressão e acabamento Logística e Distribuição
Maxi Gráfica e Editora Ltda Correios
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Novo Ensino Médio E ENEM 2018
Sinepe/PR recebe presidente do INEP Maria Inês Fini
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Carreira
Perguntamos a alguns educadores qual história mais marcou sua carreira
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Rankings educacionais
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Universo das associadas
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Ações da diretoria
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Giro pela educação
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Artigo
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Artigo
Entrevista
Como o Brasil pode melhorar seu desempenho nas avaliações de ensino?
Novidades das instituições de ensino associadas ao Sinepe/PR
Veja a agenda de reuniões da diretoria do Sinepe/PR
Notícias que refletem diretamente na sua instituição
Ensino Médio: Reforma necessária e urgente, por Fátima Chueire Hollanda
William Klein fala sobre o cenário político e econômico das instituições de ensino superior
Ensino Superior
Financiamento universitário no Brasil: desafios e estratégias
Prêmio
Sinepe/PR está com inscrições abertas para Prêmio Práticas Inovadoras em Educação
O papel da escola no desenvolvimento da criança, por Esther Cristina Pereira
VAI LÁ E FAZ! A justiça socioambiental.
Mais do que acreditar que outro mundo é possível, o Colégio Medianeira está comprometido na construção dele agora, neste exato momento. E provoca você a ser o protagonista dessa história, a ser um agente dessa mudança, a fazer o sonho virar realidade. A aprendizagem integral e a criação coletiva são a essência dessa proposta. E nesses 60 anos de atuação fomos guiados por valores sempre atuais e universais, respeitando diferenças e acolhendo o novo.
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T / Marília Bobato F / Reginaldo Gouvêia
Reforma Durante o encontro com gestores e diretores de instituições de ensino da rede privada no Sinepe/PR, Maria Inês destacou que a intenção da reforma do ensino médio é que o aluno possa escolher sua grade curricular e passe gradualmente mais tempo na escola. A presidente do INEP destacou que a BNCC apresenta em sua estrutura dois conceitos fundamentais: igualdade e equidade e diz que os conteúdos curriculares devem estar a serviço do desenvolvimento de competências. O Documento de Caráter Normativo traz as seguintes orientações:
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presidente do INEP em palestra sobre o Novo Ensino Médio Maria Inês Fini disse que Enem 2018 terá mais ênfase em Português e Matemática A edição de 2018 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deverá dar mais ênfase às questões das disciplinas de Português e Matemática, afirmou a presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) Maria Inês Fini, em evento realizado no Sinepe/PR, em Curitiba, no final de abril. Segundo ela, o exame deverá dialogar com o novo ensino médio em que as únicas disciplinas obrigatórias para os três anos são Matemática e Língua Portuguesa. Com a reforma desta etapa de ensino, já sancionada e à espera da aprovação e homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do ensino médio, prevista para o segundo semestre, a carga horária dos três anos estará organizada em duas etapas. Na primeira os direitos e objetivos de aprendizagem estarão definidos na BNCC. Na segunda, o estudante poderá optar pelos diferentes itinerários formativos, organizados por diferentes arranjos curriculares, em cinco áreas: linguagens e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias, ciências da natureza, ciências humanas e sociais e formação técnica e profissional. Essa organização deve também se refletir no formato do Enem 2018. Grande crítica do ensino médio como está e do atual modelo do Enem, a presidente do Inep planeja redirecionar o foco. “Nós vamos inaugurar um novo ciclo do Enem, e não apenas para o acesso ao ensino superior. Hoje, o exame não avalia competências e habilidades. Ele avalia uma lista de conteúdos à escolha de uma comissão de professores da universidade, absolutamente aleatória”, completou.
• Orienta-se pelos princípios éticos, políticos e estéticos traçados pelas DCN. • Define as aprendizagens essenciais (conhecimentos e competências) necessárias a todos os alunos ao longo da Educação Básica. • Orienta a educação escolar do país para uma formação humana integral e a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. Já dentre os principais desafios da BNCC, Maria Inês citou três itens: • Estabelecer o pacto nacional em torno da igualdade de oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento para todos durante a Educação Básica. • Promover a melhoria da qualidade da educação, garantindo a unidade e, ao mesmo tempo, preservando a autonomia dos entes federados. • Ofertar Educação Básica com equidade (garantir a todos os estudantes as oportunidades necessárias para que aprendam o previsto pela BNCC).
A Base define 10 competências gerais que todo aluno deve desenvolver na Educação Básica:
1 • Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social e cultural para entender e explicar a realidade, colaborando para a construção de uma sociedade solidária. 2 • Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e inventar soluções. 3 • Desenvolver o senso estético para reconhecer, valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais. 4 •Utilizar conhecimentos das linguagens verbal matemática, científica, tecnológica e digital para expressar-se e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos. 5 • Utilizar tecnologias digitais de comunicação e informação de forma crítica ao se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas. 6 • Valorizar a diversidade de saberes e vivên-
cias culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao seu projeto de vida.
7 •Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. 8 • Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas e com a pressão do grupo. 9 • Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos.
10 • Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões, com base nos conhecimentos construídos na escola, segundo princípios éticos democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ
Palestra com Maria Inês Fini no Sinepe/PR
Avaliação Maria Inês aproveitou o encontro para destacar que não cabe ao INEP avaliar as escolas e sim ao Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) que tem os instrumentos necessários para aferir a qualidade educacional ofertada nas diferentes etapas da Educação Básica. Dessa forma, o Enem vai deixar de ‘ranquear’ as escolas por desempenho. Isso ficará a cargo do Saeb, que antes fazia o ranking por estado. O Saeb, que avaliava os alunos do 5º e 9º anos do ensino fundamental, passa a avaliar também este ano os alunos do 3º ano do ensino médio em escolas que tenham a partir de dez alunos. Os objetivos da avaliação por meio do Saeb é realizar um diagnóstico do sistema educacional brasileiro e de alguns fatores que possam interferir no desempenho do aluno, fornecendo um indicativo sobre a qualidade do ensino ofertado. É também subsidiar a formulação, reformulação e o monitoramento das políticas na área educacional nas esferas municipal, estadual e federal, contribuindo para a melhoria da qualidade da educação brasileira. A expectativa com a edição 2017 do Saeb é avaliar 7,5 milhões de estudantes; 260 mil turmas e cerca de 115 mil escolas. O período de aplicação da avaliação está previsto para 23 de outubro a 03 de novembro de 2017, englobando o Ensino Fundamental e o Ensino Médio de escolas públicas e privadas. Para a participação de escolas privadas de Ensino Médio será necessário a assinatura de termo de adesão disponibilizado pelo INEP em sistema próprio e recolhimento de taxa fixada, por meio de Guia de Recolhimento da União (GRU), de acordo com dados do Censo da Educação Básica do ano imediatamente anterior à edição vigente: a) entre 10 e 50 alunos matriculados - R$ 400,00 b) entre 51 e 99 alunos matriculados - R$ 2.000,00 c) a partir de 100 alunos matriculados - R$ 4.000,00 O período para adesão está previsto para a segunda quinzena de junho de 2017. Dessa forma, a expectativa a partir de 2018 é que haja a suspensão da divulgação do Enem por escola, que apresentava dados estatisticamente inadequados para avaliação dos sistemas e das instituições de ensino.
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ca.rrei.ra
QUAL HISTÓRIA MAIS MARCOU
subst.
SUA CARREIRA DE EDUCADOR ATÉ HOJE?
“
Nestes 33 anos de Colégio Marista Santa Maria, muitas histórias marcaram minha vida como educadora, seja nas aulas, jogos, titulância, coordenação. Todos os anos, a Pastoral faz um trabalho com os alunos do Terceirão, em que cada um deve indicar o nome de um educador que marcou sua vida escolar e este é convidado a participar de uma confraternização. No dia a dia não imaginamos a diferença que fazemos na vida desses jovens, mas
“
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Minha carreira como um todo no Bom Jesus é muito marcante. Desde que me formei em Letras, minha meta era ser professora dessa instituição, mas como estava com dificuldades de colocação na minha área, em 2008, fui contratada para ser recepcionista no Bom Jesus Santo Antônio. Esse não era exatamente o lugar que eu queria ocupar, mas eu já estava lá e isso era um grande passo. Com o decorrer do tempo, fui me agarrando às oportunidades e, já no ano seguinte, em 2009 me candidatei e fui aprovada no teste seletivo para ser professora no Espaço da Palavra. Esse projeto consiste em realizar atendimento individualizado, no contraturno, com a intenção de estimular as habilidades e a criatividade na produção de texto.
“
Há alguns anos, em 2001, decidi cursar pedagogia e sou grata ao diretor da escola em que hoje trabalho pelo incentivo. Foi na verdade um ultimato, pois eu já havia passado por vários cargos desde 1988, quando a escola era ainda um berçário. Fui babá, gerente do berçário, depois com a expansão para Educação Infantil e Ensino Fundamental fui monitora, auxiliar de biblioteca, de Xerox. Na época estava trabalhando na secretaria, mas sempre fui apaixonada pelas crianças, pelo ensino, pela atmosfera da escola e da relação entre as pessoas. Estava procurando um curso superior e a minha ideia era fazer secretariado
com certeza deixamos uma sementinha para ser germinada por eles. Todo ano quando recebo este convite, como forma de reconhecimento e carinho, tenho certeza de que cada aula valeu a pena e mais gratificante ainda é saber que contribuí positivamente na formação integral dos meus alunos.” Maria Marta Chueiri Follador, professora de Educação Física do Colégio Marista Santa Maria, Curitiba
Sempre atenta às novas possibilidades, em 2010 também assumi um lugar no Espaço de Correção, até que, em 2011, degrau a degrau, chegou a minha hora de entrar em sala de aula. Seis anos já se passaram e eu continuo com a mesma sensação. Estou onde me sinto plena e feliz. Os alunos me revigoram e têm o dom de fazer com que eu me sinta viva. Minha vida e minha trajetória fizeram dessa conquista algo muito especial. Me sinto muito honrada em auxiliar na formação pessoal e intelectual de cada um dos meus alunos. Estou onde eu sempre quis estar e sinto que me transformo junto a eles a cada dia.” Jaqueline Santos, professora de Língua Portuguesa e Produção de Texto no Bom Jesus Santo Antônio, Rolândia
executivo. Foi quando o diretor me chamou para conversar e, perplexo, perguntou os motivos pelos quais eu seguiria esse caminho, uma vez que a pedagogia combinava muito mais com o meu perfil. Ele disse, enfim, que confiava muito em mim e, que se eu estudasse e me dedicasse teria uma oportunidade de trabalhar na coordenação da escola. Assim o fiz e logo havia descoberto que esse era realmente o meu sonho, minha alegria, minha realização como profissional, e acima disso, pessoal.” Vera Kussek, coordenadora pedagógica da Escola Atuação, Curitiba
EDUCADOR, CONTE PARA NÓS QUAL FOI A HISTÓRIA QUE MARCOU SUA CARREIRA ENVIE UM EMAIL PARA jessica@iemecomunicacao.com.br E CONFIRA NA PRÓXIMA PUBLICAÇÃO.
en.tre.vis.ta s.f
T / Ari Lemos F / Etienne Todo Bom
O desafio das IES Os rumos e panorama da educação superior pelo olhar do estrategista William Klein
William Klein é o CEO da Hoper Educação - uma das mais importantes consultorias educacionais do país -, membro do conselho de administração da Faculdade União das Américas e tem atuação de mais de 15 anos nas áreas de desenvolvimento de professores, implementação de sistemas de educação à distância e gestão das instituições de terceiro setor. Em conversa com a Revista Escada durante sua passagem pelo Sinepe/PR em maio, Klein falou sobre os rumos do ensino superior e as estimativas para médio prazo e, também, deu dicas importantes para que as Instituições de Ensino Superior (IES) obtenham sucesso nesse cenário que começa a se desenhar.
A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ
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“Estamos vivendo um momento de transição, acompanhando uma saída de recessão, e com a melhoria da renda das famílias teremos um impacto direto no número de matriculados na educação superior.” William Klein, CEO da Hoper Educação
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REVISTA ESCADA - Qual é o panorama para a educação em 2017 e o que se desenha para os próximos anos? Quais devem ser os principais entraves e, principalmente, as oportunidades? William Klein - Estamos vivendo um momento de transição, acompanhando uma saída de recessão, e com a melhoria da renda das famílias teremos um impacto direto no número de matriculados, um aumento dos ingressantes na educação superior, e essa é uma boa notícia. Por outro lado o financiamento estudantil, que é um dos principais fatores para a inclusão de alunos na educação superior, nesse caso o Fies, não voltará a ser o mesmo que tivemos até 2014. O número de contratos disponibilizados está caindo anualmente, tanto que devemos chegar em uma estabilização desses números de algo de, no máximo, uns 20% dos matriculados na Educação Presencial, o que representa uma queda de 8% em relação ao ano passado e isso faz uma diferença bastante grande. Em termos de oportunidade é preciso que as IES procurem adequar seu
portfólio de cursos, olhem quais as temáticas que hoje estão mais conectadas com o ingressante e ajustem a mensalidade pra encontrar esse aluno. É preciso, ainda, estabelecer uma sinergia cada vez maior nas duas modalidades que o Brasil opera na Educação Superior, a presencial e à distância. Essa sinergia é a condição que tem maior possibilidade de trazer mudanças disruptivas para a educação, o aumento de ingressantes e sucesso, principalmente, nesse momento que é extremante concorrencial, porque os grandes grupos de educação estão com um grande número de pólos concorrendo diretamente com a educação presencial, então é necessário fazer essa observação. RE - Os gestores da educação privada ainda devem se preocupar com o Fies? Qual deve ser o reflexo da falta de recursos para o programa nos próximos anos? WK - Como o Fies continua diminuindo o número de contratos ofertados, as instituições não podem depender deste programa para a sua sustentabilidade, precisam observá-lo em taxas de 15 a 20% do número de matriculados
na instituição e trabalhar muito mais focado no marketing de captação, naquele aluno que não utiliza o Fies. Existem hoje opções de financiamento privado que podem corresponder, às vezes, até em percentuais de 3 a 5% dos alunos de uma instituição, dependendo da região em que ela esteja, mas há regiões e instituições que não conseguem sequer um aluno com financiamento privado, então ele tem bastante restrição na forma como opera. Temos ainda opções de parcelamento, com instituições já operando, algumas inclusive trabalhando com inscrições em algumas disciplinas, de forma a estender o período de estudo do aluno para sete ou oito anos, para que o aluno, desta forma, se matricule e pague um valor mensal mais baixo e esta é uma opção muito interessante para ser estudada. RE - Investir em marketing pode ser um grande diferencial para as IES nos próximos anos? WK - As IES ficaram, de algum modo, negligentes ou amorteceram a sua estrutura de marketing frente a facilidade de matricular o aluno usando o Fies. Elas quase que desaprenderam, então as equipes de marketing, que atuam na Educação Superior não desenvolveram, por exemplo, habilidade para operar com ferramentas de CRM (Customer Relationship Management). Logo, este departamento precisa se reestruturar, ganhar força e inteligência. Já vemos que muitas instituições, principalmente as maiores, estão trazendo profissionais de outros setores, profissionais de marketing que desenvolveram habilidades para trabalhar em ambientes altamente concorrenciais. O marketing, nesse sentido, precisa ser bastante oxigenado, se atualizar, buscar ferramentas mais modernas, eminentemente aquelas que vão utilizar o ecossistema da internet, das redes sociais, dos grupos de debate, youtubers, e isso tem que ser amplamente explorado. RE- O uso da tecnologia e, consequentemente, o EAD, têm permitido o aumento de oferta e de público muito interessante. O que se desenha para o futuro e quais os desafios para a manutenção da qualidade de ensino? WK - Desde que o EAD começou a operar no Brasil ele só cresce. Cresce menos ou mais dependendo da época. E isso deve permanecer por um bom tempo. Existem estimativas mais otimistas de que em cinco anos teremos 50% dos matriculados da graduação privada na modalidade à distância, então ela é bastante promissora e vale o investimento. Toda IES deve considerar seu credenciamento no EAD, seja para expandir o número de alunos ou como um recurso de auto-defesa frente à chegada de grandes grupos educacionais e de pólos concorrentes. Dito isso é preciso considerar que as tecnologias só melhoram, o EAD no formato online permanece e tem público para isso, que não deve cessar. Ainda há a questão da sinergia com o presencial, então você pode inserir cada vez mais atividades presenciais, de forma a tornar o EAD ainda mais acessível ao perfil do aluno que procura atividade presencial, o encontro com as pessoas e as atividades sociais na instituição. Por todos os ângulos que possamos olhar o EAD no Brasil, todos levam a mesma conclusão: ele é fundamental, cresce, melhora em qualidade e deve se igualar, no futuro, ao número de alunos estudando no presencial. RE - Já não é raro vermos a utilização dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) até nos cursos presenciais. Caminhamos para um modelo de educação híbrido?
A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ
WK - O Brasil tem cometido um erro, algumas instituições, e quando não algumas assessorias, de esquecer que a modalidade EAD e a modalidade presencial não se misturam enquanto estrutura legal e de operação, elas não podem legalmente ter a operação misturada. Mas, dito isso, fica evidente essa sinergia que pode se estabelecer, migrando insumos de uma modalidade para outra. Já existem instituições no Brasil utilizando dessa estratégia como sendo a principal para trazer o aluno que antes ia se matricular na educação presencial para o EAD. E há um benefício enorme para a instituição, inclusive financeiro, porque ela [instituição] pode promover diversas atividades educacionais, em sua estrutura, que não necessitam da presença de um professor, que podem ser feitas com tutores, monitores e algumas até sem a presença de nenhuma dessas orientações pedagógicas humanas, mas sim por tecnologia, por grupos de trabalho, com startups e uma série de atividades que têm um grande apelo junto ao público que entra na universidade. Em síntese, essa é uma modalidade muito promissora e a entrada da presencialidade no EAD, essa sinergia de insumos, deve ser uma das principais causas de mudanças na educação superior no Brasil nos próximos anos.
“Desde que o EAD começou a operar no Brasil ele só cresce. Existem estimativas mais otimistas de que em cinco anos teremos 50% dos matriculados da graduação privada na modalidade à distância.”
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en.si.no su.pe.ri.or
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T / Jéssica Amaral F / Istock
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Autoparcelamento
universitário Ensino superior busca novas alternativas de financiamento para atrair novos alunos
O desafio do Ensino Superior está lançado: superar a crise econômica e as mudanças nas regras do FIES (Fundo de financiamento estudantil) para continuar atraindo alunos. A cada ano, as instituições de ensino superior perdem 10% de seus estudantes e a falta de crédito estudantil é uma das principais causas da evasão. Novas alternativas de financiamento universitário já estão aparecendo como opção para melhorar esse cenário. Para o presidente da CM Consultoria Carlos A. Monteiro - que atua no cenário das IES há mais de 25 anos, com foco nos serviços de reestruturação administrativa/ financeira/ acadêmica e gestão -, as instituições chegaram a um ponto que precisam ser mais proativas se quiserem se manter competitivas. “Trata-se de um mercado composto em maior número pela classe média, representando mais de 60% da população. E, hoje, para classe média a educação é um dos valores mais importantes. É essencial fidelizar o aluno que agora vai se tornar cliente. Eles procuram qualidade, preço, prazo, marca, imagem e reputação”, explicou Monteiro durante o Seminário Financiamento Universitário Privado – Desafios e Estratégias, promovido pelo Sinepe/PR em abril.
Cenário As recentes mudanças nas regras do FIES pelo MEC (Ministério da Educação) - registram uma taxa de inadimplência que ultrapassa os 50% e uma solução para este problema ainda está longe de ser encontrada pelo governo. Como já acontece nos Estados Unidos, no qual 70% dos alunos usam o crédito educativo para custear o ensino superior, o Brasil começa a fazer o autoparcelamento universitário e a previsão é reduzir em até 5% o índice de perda de alunos e aumentar os lucros das instituições entre 25% e 85%.
Presidente da CM Consultoria, Carlos A. Monteiro em palestra no Sinepe/PR
“Recebíveis é o novo nome na educação. Ao invés de financiamento, agora será substituído por parcelamento sem juros. Com o financiamento próprio a instituição dobra o tempo de relacionamento entre instituição e aluno”, comentou Carlos A. Monteiro. De acordo com ele, em até cinco anos grande parte das instituições de ensino superior vai oferecer crédito educativo próprio. “Instituições que já oferecem o crédito tiveram um crescimento de 25% na captação de novos alunos. O ensino superior tem que encarar o aluno como cliente, valorizar o professor, internacionalizar e digitalizar a educação”, complementa. No Brasil, a previsão é que até 2023 o ensino superior aposte no EAD Ensino à distância, que será um grande aliado do autoparcelamento e uma boa alternativa para a retenção de alunos. Atualmente, o Paraná concentra 54,5% dos alunos matriculados no EAD e 45,5% no presencial.
Parcelamento x financiamento O crédito estudantil pode ser dividido em financiamento e parcelamento. O financiamento tem juros e pode ser público (como é o FIES), ou privado, com crédito direto dos bancos ou pelo Pravaler. Já o parcelamento é sem juros e negociado direto com as instituições de ensino ou por terceiros, como, por exemplo, o Fundacred. Para implementar uma nova forma de crédito estudantil nas instituições de ensino superior, o Creduc (crédito educativo de atuação nacional com antecipação de recebíveis) é uma plataforma de gestão do programa de parcelamento próprio que possibilita que o aluno pague parte da mensalidade no período que está estudando e uma outra parte após este tempo. Informações pelo site http://creduc.com.br/.
A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ
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o.por.tu.ni.da.de s.f
T / Marília Bobato
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Sinepe/PR está com inscrições abertas para Prêmio Práticas Inovadoras em Educação – edição 2017 Podem participar instituições de ensino particulares com projetos que contemplem os subtemas: Inovação em Sustentabilidade, Inovação em Inclusão ou Inovação Pedagógica
O Sinepe/PR acaba de lançar a edição 2017 do Prêmio Práticas Inovadoras em Educação. O regulamento está disponível no site do Sinepe/PR (www.sinepepr.org.br) e as inscrições seguem até 18 de agosto. Podem concorrer ao Prêmio as instituições de ensino associadas ao Sindicato (inseridas na sua base territorial) e que apresentem projetos cuja proposta contemple um dos três subtemas: Inovação em Sustentabilidade, Inovação em Inclusão ou Inovação Pedagógica. Serão aceitos somente projetos que foram iniciados a partir de janeiro de 2014 e que comprovem resultados até 2016 - descrevendo um ciclo de implantação de, no mínimo, um ano letivo.
As instituições de ensino podem concorrer em cinco categorias: • Educação Infantil e Ensino Fundamental I; • Ensino Fundamental II e Ensino Médio; • Educação Profissional; • Educação Superior; • Cursos Livres (escolas de idiomas, dança, música, de artes e academias). Em cada uma das categorias haverá a premiação para 1.º, 2.º e 3.º lugar, totalizando 15 premiações. Não é permitida a inscrição de mais de um projeto do mesmo grupo, programa ou serviço na mesma categoria. “Essa premiação foi criada com o objetivo de divulgar e reconhecer as boas experiências das instituições de ensino particular que estão interessadas em transformar a educação no Paraná. No Estado existem 1.781 instituições privadas de ensino regular que atendem 667 mil alunos da Educação Infantil ao Superior. Além destas, existem as academias, cursos livres e escolas de idiomas, que, juntas, contabilizam cerca de 2.800 instituições no Paraná, o que é um número bastante significativo”, informa a presidente do Sinepe/PR, Esther Cristina Pereira. Os projetos serão avaliados por uma Comissão Julgadora que vai indicar três projetos finalistas de cada categoria, que atingirão as maiores pontuações, de acordo com a tabela de critérios de avaliação (consulte o regulamento).
As instituições vencedoras serão anunciadas durante o evento de entrega das premiações marcado para o dia 10 de novembro, no Espaço Torres (Curitiba). As instituições particulares interessadas em participar do Prêmio e que ainda não são associadas ao Sinepe/PR podem fazer a filiação entrando em contato pelo telefone (41) 3078-6933.
Serviço Prêmio Sinepe/PR Práticas Inovadoras em Educação - Edição 2017 Inscrições: até 18 de agosto de 2017 Informações e regulamento: www.sinepepr.org.br
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As armadilhas dos rankings educacionais
O Brasil pode melhorar seu desempenho nas avaliações de ensino investindo em políticas públicas e na valorização do professor
Existem muitas formas de avaliar a educação no país. As principais, e mais conhecidas, são o Pisa, o Enade, o Ideb, o Enem e o Saeb. Quase sempre, e infelizmente, os números não são animadores para a educação do país, afinal é difícil comparar o Brasil com toda a diversidade e extensão territorial, com países da Ásia, por exemplo, que são considerados os melhores do mundo quando a pauta é a educação. Mas o que os países primeiros colocados têm em comum? A cultura da valorização e o respeito ao professor. De acordo com a presidente do Sinepe/PR, Esther Cristina Pereira, “os países asiáticos acabam sendo melhores posicionados pois são pequenos em território e a gestão da educação não se mistura com a política. Ela é separada e continua independente de quem estiver no poder”, explica.
do que precisamos”, diz. Os resultados das avaliações, principalmente do Pisa, permitem uma base de comparação para a educação brasileira e o estabelecimento de algumas referências, como os resultados de estudantes de nível avançado e em nível abaixo do básico de aprendizado nos países desenvolvidos, conforme explica Caio Callegari, economista e coordenador de projetos do movimento Todos Pela Educação. Ele explica que o “Pisa serve mais como diagnóstico do que como objetivo e os investimentos não devem ser feitos como foco na melhoria da média em
“Os resultados do Pisa e de outras avaliações de larga escala nacionais nos alertam para a necessidade de colocarmos a educação pública como política prioritária para o desenvolvimento do país”
No final de 2016, foi divulgado o resultado do Brasil no Pisa (Programa Internacional de Avaliação), uma das mais importantes avaliações de ensino, e o país ficou em 64o posição, sendo 63o lugar em ciências, na 59a posição em leitura e em 66o em matemática. Da lista dos 70 participantes, mais uma vez os sete primeiros colocados são os asiáticos. Mas não foi apenas no Pisa que o Brasil teve baixo desempenho. O último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), realizado em 2015, apontou que o ensino médio segue desde 2011 estagnado nas redes privadas e públicas e as médias das escolas do país teve índice de 3,7 (a meta era de 4,3). O Ideb é realizado pelo MEC – Ministério da Educação e calcula a relação entre rendimento escolar e desempenho em Português e Matemática na Prova Brasil, aplicada para crianças do 5º e 9º ano do fundamental e do 3º ano do Ensino Médio. Segundo a presidente Esther Cristina, as avaliações não podem ser consideradas desanimadoras, pois o Brasil tem ensino de qualidade e não se deve apenas olhar os números e sim “levar em consideração que é possível ver que existe uma briga pelo primeiro lugar e que temos ensino de qualidade em nosso país, mas são alguns oásis que não conseguem mover e dar o resulta-
Caio Callegari, economista e coordenador de projetos do movimento Todos Pela Educação
nenhuma avaliação. A melhora de resultado deve ser uma consequência”. De acordo com Callegari existem inúmeros fatores que impactam para que os resultados do Pisa sejam insatisfatórios e o de maior relevância é o nível socioeconômico, que não é apenas a pobreza, mas a capacidade de uma
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família em oferecer acesso ao universo letrado, bens culturais e esportivos. “Os resultados do Pisa e de outras avaliações de larga escala nacionais nos alertam para a necessidade de colocarmos a educação pública como política prioritária para o desenvolvimento do país”, afirma o economista. Para melhorar os resultados das avaliações educacionais e a qualidade da educação, o Brasil precisa urgentemente melhorar a formação inicial e continuada dos professores, de forma que eles tenham melhores condições para enfrentar os inúmeros desafios de sala de aula, bem como na carreira e remuneração, para tornar a profissão de educador mais atraente. “Precisamos investir de fato e forma focalizada na infraestrutura das escolas. É preciso que as pastas de educação municipal, estadual e federal se articulem em outras áreas como forma de garantir que os alunos tenham acesso a uma melhor qualidade de vida, saúde, transporte, segurança, cultura e esporte”, explica Callegari. Os países que melhoraram seus desempenhos nas avaliações priorizaram algumas políticas como o reconhecimento da profissão de docente, recursos para crianças com nível socioeconômico mais baixo, e a maioria dos alunos de pré-escolas estão em instituições de alta qualidade. Ajudaram, ainda, a estabelecer uma cultura de melhoria constante e adotaram expectativas de aprendizagem rigorosas para todos os alunos. Na opinião da presidente do Sinepe/PR, Esther Cristina Pereira, as escolas particulares ainda são as mais preparadas, mas a educação deve ser repensada, não somente com a nova medida do ensino médio, trabalhando de maneira que o educando seja motivado e que as coisas sejam aprendidas por curiosidade, pelo cativar do professor, contando com uma família participativa e disciplinada para o verdadeiro objetivo da educação.
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“Estes países (os asiáticos) são pequenos em território e a gestão da educação não se mistura com a política. Ela é separada e continua independente de quem estiver no poder” Esther Cristina Pereira, presidente do Sinepe/PR
Incentivar o aprendizado Jogos, feiras e concursos podem ser uma maneira de incentivar o aprendizado entre os alunos. Algumas instituições de ensino privado do Paraná já utilizam estas ferramentas como parte do desenvolvimento dos alunos, nas áreas que o Pisa e outros sistemas avaliam. Listamos alguns exemplos de acordo com as disciplinas selecionadas pela avaliação do Pisa, confira:
LEITURA
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O Colégio Positivo desenvolve com os alunos o projeto Palavra e Palavrinha Viva, que são concursos literários que permitem que os alunos produzam textos individuais e coletivos. Depois são publicados em livros e, em alguns casos, até premiados pela Academia Paranaense de Letras. O concurso faz parte de um dos eventos do Posiarte.
CIÊNCIAS No Bom Jesus, a Mostra do Conhecimento faz com que os alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio se dediquem a diversos projetos, sob a mentoria dos professores. Os melhores projetos, produzidos no decorrer do ano, são apresentados em um evento para a comunidade acadêmica.
MATEMÁTICA No Colégio Dom Bosco, o EducaCross é uma plataforma digital exclusiva onde os alunos jogam e vão passando as etapas através de desafios de matemática. O público-alvo são os alunos do Ensino Fundamental I que podem acessar a plataforma de casa, de qualquer dispositivo (celular, tablet ou computador). Mais informações no link > www.educacross.com.br.
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as.so.ci.a.das adj
Universo
das associadas Confira as novidades das instituições de ensino associadas ao Sinepe/PR Programa Marista High School Este ano, o Colégio Marista Santa Maria (Curitiba), passou a oferecer o Programa Marista High School de dupla certificação no Ensino Médio por meio de uma parceria da Rede de Colégios do Grupo Marista com a Way American School. Os alunos que optarem por esta formação vão cursar de forma simultânea os currículos brasileiro e estadunidense e receberão diploma de High School acreditado pela AdvancedEd ampliando as oportunidades de ingressos em universidades dos Estados Unidos e em mais 67 países.
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Páscoa Solidária Em abril, as unidades do SEB Dom Bosco receberam 817 caixas de bombons que foram destinadas a entidades assistenciais. As instituições beneficadas foram: CMEI José Wanderley Dias, Escola Municipal Prefeito Linneu Ferreira do Amaral, Organização de Desenvolvimento do Potencial Humano, Casa do Pai, Instituto Ícaro e Casa da Irmã Diva.
Inovação no mercado educacional O Grupo Expoente apresenta cinco projetos que otimizam a relação de ensino e aprendizagem com uma abordagem tecnológica e colaborativa, que vão além de materiais didáticos. Os projetos são: Google for Education, com ferramentas que auxiliam na produção de atividades escolares, com as infinitas possibilidades do Google; O eduColaborativo, uma plataforma educativa que conecta pais, professores e alunos num ambiente intuitivo e de colaboração; e o Ensino Bilíngue, que apresenta materiais para aulas curriculares do Ensino Fundamental. Tem ainda a Robótica, que trabalha a linguagem de programação e projetos de iniciação científica e o Aprova+, que dá suporte personalizado e ferramentas para preparar melhor os alunos para o Enem e os vestibulares.
Bolsas para professores da rede pública O International School of Curitiba (ISC) promove o “Reader’s and Writer’s Workshop” e disponibilizará 20 bolsas para professores de escolas públicas. O foco do curso é a escrita e a leitura para professores da América do Sul e acontece entre os dias 22 e 26 de agosto, das 8h às 17h. Toda as atividades serão ministradas em inglês pela consultora internacional de alfabetização, Erin Kent, que atua em colégios do Brasil, China, Cingapura, Coréia, Emirados Árabes, Filipinas, Indonésia, Hong Kong, Japão e Vietnã. O encontro contará com a participação de educadores de países da América do Sul.
Visita internacional O Colégio Sepam (Ponta Grossa) recebeu a visita da pesquisadora Úrsula Maschette, que veio especialmente ao Brasil para conhecer o projeto Menarca, desenvolvido por alunas do colégio, e também para coletar dados para sua pesquisa de mestrado. A pesquisadora procurou projetos que tratassem do tema e encontrou uma fonte de informações no Menarca, que aborda a saúde de meninas em idade escolar. A psicóloga é brasileira e mora há três anos em Londres onde concluirá o mestrado em Educação, Promoção da Saúde e Desenvolvimento Internacional pela UCL Institute of Education.
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Páscoa da Partilha Para celebrar o verdadeiro sentido da Páscoa, o Bom Jesus São Vicente, Unidade Araucária, promoveu a Páscoa da Partilha. A gestora Lucineia Appel reuniu os alunos e os convidou para transformar a Páscoa em uma data ainda mais comemorativa para os estudantes da Escola Municipal Ambrósio Iantas, localizada na mesma cidade. Os alunos escolheram os chocolates que haviam ganhado para partilhar e montaram 12 cestas de Páscoa, que foram entregues por 12 voluntários do Ensino Médio, o coelhinho da Páscoa e o professor de Educação Física, Diego Mosson.
Estudantes premiados A Escola Atuação conquistou dois prêmios durante o intercâmbio World English Experience (WEE), uma série de competições entre alunos de escolas internacionais que ocorre anualmente em Londres (Inglaterra), em parceria com a University of Oxford. Os estudantes ganharam os troféus do “Tourist Board”, pela performance sobre a história do Paraguai, e o “Fairplay Award”, que valoriza a conduta do grupo em quesitos como organização, respeito e solidariedade. Participaram do programa 20 alunos do Atuação, com idade entre 11 e 14 anos. Eles ficaram 15 dias no país e, além da capital, conheceram as cidades de Cambridge, Gloucester e Norwich.
Sua instituição é associada ao Sinepe/PR? Então, envie as novidades que estão acontecendo na sua escola com foto para jessica@iemecomunicacao.com.br que publicaremos na próxima edição da revista. A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ
a.ções da di.re.to.ri.a
sf / prep / sf
Confira as ações
da diretoria do Sinepe/PR SinePE/PR realiza ciclo de palestras nas Regionais
Regional Cataratas – Foz do Iguaçu
Regional Campos Gerais – Ponta Grossa
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O Sinepe/PR convidou gestores, professores e educadores para participar da Semana da Inclusão nas regionais do interior do Estado, que ocorreu em cinco cidades: Foz do Iguaçu, Cascavel, Pato Branco, Guarapuava e Ponta Grossa, entre os dias 02 e 06 de maio. Na programação, ocorreram três palestras, além do lançamento do Manual de Orientações sobre Educação Especial. Os participantes receberam um exemplar do manual que foi desenvolvido pela equipe de assessores do Sindicato com o intuito de auxiliar as instituições de ensino no desafio de fazer a inclusão conforme determina a lei.
Programação
Regional Central – Guarapuava
Regional Sudoeste - Pato Branco
A primeira palestra foi sobre “O impacto dos transtornos do neurodesenvolvimento e de aprendizagem na sala de aula e as intervenções para a promoção da aprendizagem”, com a pedagoga e mestre em Saúde da Criança e do Adolescente, Jaqueline Gnata de Freitas. Em seguida, aconteceu a palestra “Comunicação e linguagem: entender para compreender”, com a fonoaudióloga e mestranda em Distúrbios da Comunicação pela UTP, Giselle Kubrusly Sypczuk. Após o coffee break, a última palestra foi sobre “O impacto da baixa autoestima no processo de aprendizagem em sala de aula”, com a psicóloga e especialista em Recursos Humanos pela UFPR, Giovana Maria da Silva Campos. Em todas as cidades citadas, estiveram presentes a presidente do Sinepe/PR, Esther Cristina Pereira, que fez a abertura de cada evento e reuniões com diversos gestores de instituições de ensino de cada regional, juntamente com o superintendente do Sinepe/PR, Márcio Mocellin.
Regional Oeste - Cascavel
VIII Mostra de Responsabilidade Social da Escola Particular O Sinepe/PR promoveu a VIII Mostra de Responsabilidade Social da Escola Particular junto ao tradicional Churrasco do Pequeno Cotolengo, em Curitiba, no último dia 07 de maio. O evento teve início com a Santa Missa, seguida do churrasco. A Mostra contou com apresentações do coral dos alunos da Escola Atuação e do Coral de Angola do Uninter.
1ª Mostra sobre Reciclagem de Resíduos Sólidos em Foz do Iguaçu Com o objetivo de divulgar o conceito e as práticas de sustentabilidade, com ênfase na reciclagem do Poliestireno Expandido – EPS, mais conhecido como Isopor®, o Sinepe/PR promoveu nos dias 12 e 13 de maio, no Shopping Catuaí Palladium, a 1ª Mostra da Escola Particular sobre Reciclagem de Resíduos Sólidos em Foz do Iguaçu. Participaram alunos do 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental, que ao longo do ano desenvolveram trabalhos sobre a reciclagem do Isopor®. As instituições de ensino participantes foram: Colégio Monjolo, COC Semeador, Colégio Aquarela, Colégio Betta, Colégio Iguaçu, Colégio Vicentino São José e Escola Bom Pastor.
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edu.ca.ção subst.
GIRO
PELA EDUCAÇÃO
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`Baleia Azul` reforça necessidade de educação digital
O que os EUA podem ensinar ao Brasil sobre a base curricular
Em meados de abril, o desafio da Baleia Azul - jogo que dissemina nas mídias sociais 50 tarefas a serem cumpridas pelos participantes, sendo a última o suicídio chamou a atenção de toda a sociedade em várias partes do Brasil, inclusive com casos relatados no Paraná.
O atual cenário da educação brasileira lembra o dos Estados Unidos de 2010. Naquele ano, o então presidente Barack Obama investiria cerca de US$ 1 bilhão num padrão curricular nacional rigoroso e inédito que colocaria os estudantes do país entre os melhores do mundo nas avaliações internacionais de aprendizagem.
Para combater fenômenos como o “Baleia Azul”, o deputado federal Odorico Monteiro (Pros-CE) apresentou projeto de lei que inclui no Marco Civil da Internet a previsão de retirada da internet de conteúdos que induzam, instiguem ou auxiliem o suicídio. No entanto, especialistas recomendam cuidado com alterações na lei. De acordo com o presidente da organização não governamental SaferNet, Thiago Tavares, “se reagirmos emocionalmente a partir do pânico, provavelmente vamos produzir uma regulação que não vai resolver o problema e vai criar novos problemas, como a censura prévia envolvendo conteúdos na internet.” Com o intuito de provar que a internet pode ser usada para viralizar o bem, nasceu a Baleia Rosa com os desafios do bem para contrapor a Baleia Azul. Saiba mais: http://www.baleiarosa.com.br/
Sete anos após o lançamento, o sucesso imaginado ainda não se tornou realidade e a situação serve de alerta para o Brasil, que se prepara para adotar a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O documento americano, chamado Common Core (núcleo comum), estabelece o conjunto de habilidades que os alunos devem ter a cada série, da pré-escola ao ensino médio. Ao menos na teoria, uniformizar a educação permite maior colaboração entre os Estados e facilita comparações entre eles. São objetivos parecidos com os do Brasil, porém nos EUA o otimismo transformou-se em ceticismo. Dos 45 Estados que adotaram o Common Core, 9 desistiram. A aprovação popular à medida, que chegou a 90% em 2012, agora é de 50%. Entre professores, o apoio caiu de 80% para cerca de 40% no mesmo período. Erros na implementação e disputas políticas foram apontados como os maiores problemas por lá. Mas há esperança: no Brasil, uma lei federal determina a adoção da base, ainda que não exista punição explícita para quem desobedecer à norma. Nos EUA, o processo é optativo. Os governadores decidem tanto se adotam ou não a padronização quanto a forma como os conteúdos devem ser ensinados.
Com informações da Agência Câmara Notícias Com informações do Uol Educação
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T / Fátima Chueire Hollanda – Assessora Pedagógica do Sinepe/PR
Ensino Médio:
Reforma Necessária e Urgente
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Ensino Médio não podia esperar mais. Justificada a MP, determinante para a reforma que abre uma agenda afirmativa em torno da discussão sobre um novo modelo, necessário e urgente, para essa etapa de ensino. Não fosse a Medida Provisória, agora Lei, o Projeto de Lei n.º 6840/2013 que também propõe a jornada em tempo integral; a organização do currículo em áreas do conhecimento; mil e quatrocentas horas e na última série do ensino médio a organização a partir de opções formativas, a critério dos alunos, inclusive a formação profissional, entre outras providências, ainda estaria tramitando na Câmara dos Deputados sabe-se lá por quanto tempo mais. À época do PL foram realizadas dezenas de Audiências Públicas, Seminários Estaduais e um Seminário Nacional quando foram debatidas as razões para a falta de interesse dos jovens no ensino médio e os resultados nada animadores nesse nível de ensino.
Passamos dessa parte, então, a nova organização para o Ensino Médio já é Lei. Pela frente, tem-se um longo caminhar. A segunda etapa da Base Nacional Comum Curricular, para o Ensino Médio, deve ser entregue para o Conselho Nacional de Educação, “provavelmente em novembro”, segundo o Ministro Mendonça Filho, em entrevista do dia 3 de maio de 2017. Depois de aprovada pelo Conselho volta para homologação do Ministro. Aí já adentramos o ano de 2018. O esperado é de que entre em vigor a partir do ano de 2019. Um longo trabalho pela frente. A intenção é de que a Base Nacional Comum Curricular assegure a organização curricular garantindo direitos e objetivos de aprendizagem definindo “itinerários formativos que deverão ser organizados por meio da oferta de diferentes arranjos curriculares, conforme relevância para o contexto local e a possibilidade dos sistemas de ensino” (Lei 13.415/2017, art.36). E está bem claro que “a BNCC não é currículo”, é referência para a organização do currículo. Não deixa de ser um desafio para os sistemas de ensino e para as instituições que deverão se reestruturar seguindo sua vocação educacional demonstrada no Projeto Político-Pedagógico. Nessa organização não existe a intenção da oferta de todos os itinerários. O veio vocacional dos estudantes já deve ser trabalhado ao longo do Ensino Fundamental e início do Ensino Médio. O itinerário formativo optado
pela instituição deve ser amplamente dialogado com sua comunidade escolar. Aliás, essa nova organização exige o envolvimento de todos. Perguntas: Instituições de pequeno porte, com apenas uma turma para cada série, como deverão articular esse novo modelo? E o Ensino Médio noturno? Como atender ao aumento da carga horária? Os Conselhos de Educação deverão apontar novos caminhos para atender a todas essas demandas. O que não se podia adiar é uma realidade estampada a olhos nus. Jovens de 15 a 17 anos fora da escola. Esse número é alarmante: para mais de 1,7 milhão. A reforma é estrutural e esperar é excluir cada vez mais aqueles que já são excluídos. Não haverá tempo para eles, uma vez que esses adolescentes de 15 a 17 anos em 2025 serão adultos que não concluíram nem uma educação profissional nem o ensino médio. Em um estudo, publicado pela UNICEF no ano de 2014 - “10 Desafios do Ensino Médio no Brasil para garantir o direito de aprender de adolescentes de 15 a 17 anos”, as pesquisas traduzem através de análises, levantamentos estatísticos e entrevistas, o perfil dos jovens e o cenário desse nível de ensino. Fica evidenciado um fosso quase que intransponível entre a expectativa dos adolescentes sobre a escola e a realidade dessa escola completamente descompassada com a expectativa
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desses jovens, além de outros fatores que motivam a evasão escolar. Os estudantes relatam não ver utilidade prática no conteúdo das aulas. O currículo é inchado, “que nem abre perspectivas profissionais nem prepara para o vestibular”. A organização do Ensino Médio é complexa e extremamente burocratizada. Tudo é tão fora do contexto dos estudantes que provoca um sentimento de desânimo ao se depararem com o cotidiano da sala de aula. Como consequência a escola convive a todo o momento com a indisciplina. Excesso de disciplinas aliado ao excesso de conteúdos. Nesse mesmo estudo publicado pela UNICEF, fica evidente em alguns depoimentos dos jovens o interesse em ficar na escola por mais “1 hora e meia extra tendo um curso técnico na escola.”. O Ensino Médio vem de um histórico de acertos e erros desde 1998 com a aprovação das Diretrizes Curriculares Nacionais. Grupos de Trabalho estão sempre envolvidos na discussão da Reforma do Ensino Médio. E atender a meta 3.1 e meta 6 do PNE deve ser encarado como prioridade. Esse é um dos grandes desafios do Brasil para avançar no desenvolvimento social e econômico: a educação e a universalização do Ensino Médio com investimento em um ensino de qualidade. E esse contingente de 1,7 milhão jovens que estão fora da escola exige uma resposta imediata.
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T / Esther Cristina Pereira – presidente do Sinepe/PR
O papel da escola
no desenvolvimento da criança
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A escola é um lugar de socialização e, assim como eu, muitos educadores consideram a primeira idade – de 0 a 3 anos – uma das fases mais importantes para o desenvolvimento social das crianças. O espaço escolar possibilita ao educando participar de projetos e escolhas que irão contribuir para o seu futuro e crescimento como cidadão.
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Por meio deste processo, a criança começa a entender seu papel na sociedade e a enxergar formas de interagir e aprender junto com os colegas. Os pequenos que iniciam cedo esse convívio possuem mais facilidade para entender e se colocar no lugar do outro, criando um sentimento de empatia. Isso pode ser constatado quando pensamos nos inúmeros conflitos que existem atualmente entre crianças desta faixa etária. Precisamos ressaltar a importância da escola e dos educadores neste processo. Juntamente com a família, a instituição de ensino auxilia para que os pequenos aprendam a propagar a filosofia do respeito, do diálogo e da compreensão. No entanto, para desenvolver a socialização com qualidade, é necessário que tanto o poder público quanto os profissionais ligados a essa faixa etária estejam verdadeiramente preparados para trabalhar com ética e responsabilidade. A escola é um lugar de múltiplas escolhas, de novidades e de vários projetos acontecendo ao mesmo
tempo. Tudo isso contribui para que os educandos possam ser felizes e realizar verdadeiramente seu papel de aprendiz. Mas não podemos esquecer de mencionar que as crianças devem ser tratadas como tal, com respeito e cuidado. A estimulação precoce é um processo divertido que pode ser desenvolvido pela instituição com o auxílio de brincadeiras condizentes com a idade das crianças envolvidas. A socialização precisa ser ensinada para que, desde pequenas, as crianças consigam conviver com outros seres humanos em harmonia. Dentro desse cenário, o papel da escola tem mudado muito ao longo dos anos. Antes, restrita somente ao ensino de matemática, português, geografia e demais disciplinas, agora ela precisa ainda dar conta da educação como prática social e isso envolve disciplina e limites, além de questões cognitivas e afetivas. É na instituição escolar que que as crianças têm vivido as suas primeiras experiências de negação, contrariedade e regras impostas para um bem comum.
Eu pude acompanhar de perto essa mudança no desenrolar dos meus mais de 30 anos na área da educação. Percebi – preocupada – uma perda da essência das famílias, de valores importantes que fazem a diferença para crianças, como amor, atenção e limites. Infelizmente, essas tarefas têm sido passadas pelos pais para a escola. Algumas famílias têm se perdido com relação ao seu real papel na sociedade e isso tem feito com que as escolas sejam a última trincheira da educação formal e informal. É claro que a instituição escolar tem seu papel no desenvolvimento dos pequenos e não se exime dele em momento algum, apesar de que estamos perdendo muito tempo educando – o que é tarefa das famílias. Esse tempo poderia ser utilizado, por exemplo, para novas aprendizagens pedagógicas. A saída desse dilema é estreitar o relacionamento e a parceria famíliaescola. O núcleo familiar precisa voltar a cobrar, ser presente e entender que somente pela educação e instrução a criança e a sociedade crescem e se desenvolvem.
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