REVISTA ESCADA 14

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número 14 | ano 04 abril a junho 2013 Publicação Sinepe/PR

POR QUE DORMIMOS? A importância do sono no processo de desenvolvimento de crianças e adolescentes ENTREVISTA_ O Secretário da Educação Flávio Arns conta os desafios que enfrenta em sua gestão


para sua escola continuar crescendo


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e.di.to.ri.al

ex.pe.di.en.te

adj m+f

adj m+f

Sinepe/PR

Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Paraná

O encerramento do 1º semestre letivo está próximo e durante este período o Sinepe/PR focou suas ações em prol dos associados. Estivemos nas regionais de Ponta Grossa, Guarapuava, Pato Branco, Cascavel e Foz do Iguaçu para uma série de palestras voltadas para gestores e professores. No início de maio, também nos aproximamos da comunidade em Curitiba mostrando o belo trabalho social realizado por algumas instituições associadas durante a 4ª Mostra de Responsabilidade Social da Escola Particular.

Para o próximo semestre, estão programados cursos e palestras com a finalidade de abordar tópicos da atualidade como a inclusão em sala de aula. Este, inclusive, é um dos temas que mais gerou participações nesta edição da revista. Diversos profissionais partilham aqui sua experiência de como estão lidando com a questão. Você confere também a entrevista com o nosso secretário estadual da educação, Flávio Arns e outros temas de interesse dos educadores que abordam do ensino infantil ao superior. 4

Boa leitura!

Conselho Diretor gestão 2012/2014 Diretoria Executiva Presidente 1.º Vice-Presidente 2.º Vice-Presidente Diretor Administrativo Diretor Econômico/Financeiro Diretor de Legislação e Normas Diretor de Planejamento

Jacir J. Venturi José Manoel de Macedo Caron Jr. Paulo Arns da Cunha Ailton R. Dörl Rosa Maria C. V. de Barros Maria Luiza Xavier Cordeiro Ademar Batista Pereira

Diretoria de Ensino Diretor de Ensino Superior Diretor de Ensino Médio/Técnico Diretor de Ensino Fundamental Diretor de Ensino da Educação Infantil Diretor de Ensino dos Cursos Livres Diretor de Ensino dos Cursos de Idiomas Diretor de Ensino das Academias

José Antonio Karam Gilberto Vizini Vieira Esther Cristina Pereira Noely Luiza Deschermayer Santos José Luis Chong Jaime M. Marinero Vanegas Ana Dayse Cunha Agulham

Conselheiros 1.º Conselheiro 2.º Conselheiro 3.º Conselheiro 4.º Conselheiro 5.º Conselheiro 6.º Conselheiro 7.º Conselheiro 8.º Conselheiro 9.º Conselheiro 10.º Conselheiro 11.º Conselheiro

Jorge Apóstolos Siarcos Pedro Roberto Wiens Raquel Adriano M. M. de Camargo Ir. Frederico Unterberger Eduardo Vaz da Costa Júnior Durval Antunes Filho Roberto A. Pietrobelli Mongruel Juliana Toniolo Sandrini Renato Ribas Vaz Magdal J. Frigotto Volnei Jorge Sandri

Conselho Fiscal Efetivos Orlando Serbena Carolina Batista Pereira Frizon Henrique Erich Wiens

Suplentes Fabrizzio Ferreira Ribas Edison Luiz Ribeiro Ir. Anete Giordani

Delegados Representantes - Fenep Jacir J. Venturi Ademar Batista Pereira

Jacir José Venturi

Diretorias regionais

Presidente

SINEPE/PR - Regional Oeste (Cascavel) Diretor-Presidente Adilson J. Siqueira Diretor de Ensino Superior Maria Débora Venturin Diretor de Ensino da Educação Básica Lauro Daros Irmã Mareli A. Fernandes Diretor de Ensino da Educação Infantil Ione Plazza Hilgert Diretor dos Cursos livres/Idiomas Denise Veronesi Trivelatto Revista Escada Publicação periódica de caráter informativo com circulação dirigida e gratuita. Desenvolvida para o Sinepe/PR. Editada pela Editora Inventa Ltda - CNPJ 11.870.080/0001-52 Rua Heitor Stockler de França, 356 - 1º andar - Centro Cívico - Curitiba - PR Conteúdo IEME Comunicação www.iemecomunicacao.com.br Jornalista Responsável

Taís Mainardes DRT/PR 6380

Projeto gráfico e ilustrações

D-Lab – www.dlab.com.br

Revisão

Marília Bobato

Comercialização

Editora Inventa

Críticas e sugestões

contato@revistaescada.com.br

Comercial comercial@editorainventa.com.br Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião desta revista. Conselho editorial Fátima Chueire Hollanda José Antonio Karam José Manoel de Macedo Caron Jr. Márcio M. Mocellin Noely Luiza D. Santos Aprovação

Jacir J. Venturi

Impressão e acabamento Logística e Distribuição Versão Digital

Maxi Gráfica e Editora Ltda Correios www.revistaescada.com.br

SINEPE/PR - Regional Cataratas (Foz do Iguaçu) Diretor-Presidente Artur Gustavo Rial Diretor de Ensino Superior Fouad Mohamad Fakin Diretor de Ensino da Educação Básica Antonio Neves da Costa e Antonio Krefta Diretor de Ensino da Educação Infantil Rita C. R. Camargo e Edite Larssen Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas Fabiano de Augustinho SINEPE/PR - Regional Sudoeste (Pato Branco/Francisco Beltrão) Diretor-Presidente Ivone Maria Pretto Guerra Diretor de Ensino Superior Hélio Jair dos Santos Diretor de Ensino da Educação Básica João Carlos Rossi Donadel Diretor de Ensino da Educação Infantil Amazilia Roseli de Abreu Pastorello Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas Vanessa Pretto Guerra Stefani SINEPE/PR - Regional Campos Gerais (Ponta Grossa) Diretor-Presidente Osni Mongruel Junior Diretor de Ensino Superior Marco Antônio Razouk Diretor de Ensino da Educação Básica Irmã Edites Bet Diretor de Ensino da Educação Infantil Maria de Fátima Pacheco Rodrigues Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas Paul Chaves Watkins Diretoria da Regional Central Diretor-Presidente Diretor de Ensino Superior Diretor de Ensino da Educação Básica Diretor de Ensino da Educação Infantil Diretor dos Cursos livres/Idiomas

Antonia Eliane Vezzaro Salette Silveira Azevedo Telma E. A. Leh Cristiane Siqueira de Macedo Marcos Aurélio Lemos de Mattos



o.pi.ni.ão subst.

T / Marília Bobato

Ensinar crianças e jovens com necessidades educacionais especiais ainda é um desafio. Nos últimos dez anos, período em que a inclusão se tornou realidade, o que se viu foi a escola atendendo esse novo aluno ao mesmo tempo que aprendia a fazer isso. Hoje, ainda são comuns casos de professores que recebem um ou mais alunos com deficiência ou transtorno global do desenvolvimento (TGD) e se sentem sozinhos e sem apoio, recursos ou formação para executar um bom trabalho.

Para você, qual o papel do gestor escolar na inclusão? Leomar Marchesini | Coordenadora do SIANEE (Serviço de Inclusão e Atendimento aos Alunos com Necessidades Educacionais Especiais) do UNINTER / Curitiba É fundamental que o gestor sensibilize, conscientize e incentive o professor para este trabalho, ao invés de criticar as decisões do MEC. As crianças que estão na escola não são culpadas de nenhuma das questões e merecem respeito e tratamento digno de aluno. Cabe ao gestor sensibilizar para a aceitação das diferenças; conscientizar sobre a legislação brasileira e os direitos da pessoa com deficiência; e incentivar ao enfrentamento do desafio que é a educação inclusiva, porém extremamente gratificante. Também é responsabilidade do gestor procurar adequar o ambiente físico e pedagógico de sala de aula, mediante aquisição de material de apoio e tecnologias assistivas de baixo custo e mobilizar a comunidade para a participação neste trabalho dentro da escola.

Noely Luiza D Santos | Diretora do Centro de Educação Infantil Picollo / Curitiba 6

Na Educação Infantil, o papel do gestor escolar com relação à inclusão é acolher as crianças com necessidades educacionais especiais em conjunto com os professores e propor uma parceria com as famílias, com o apoio de outros profissionais especializados para o bom atendimento e desenvolvimento dessas crianças. É muito importante que elas tenham a oportunidade de convivência social para que sejam aceitas e compreendidas pela sociedade.

Sonia Sillas | Gestora do Ensino Fundamental do Colégio Opet / Curitiba A presença de alunos que apresentam deficiências ou transtornos em salas de aula representa um grande desafio para as instituições de ensino. Sabemos que a escola deve estar pronta para atender a essa diversidade, mas para isso é necessário um processo de reflexão em todos os âmbitos escolares, onde a atuação do professor é decisiva. O gestor deve buscar estratégias para lidar com as principais questões, tais como: adaptação curricular, o dia a dia na sala de aula, o trabalho com a família e as relações que se estabelecem com os alunos em sala de aula. Como cada deficiência ou transtorno tem as suas especificidades, o professor deve ser orientado pela equipe pedagógica a utilizar diferentes métodos para responder às diferentes necessidades, capacidades e níveis de desenvolvimento individuais. A inclusão não significa tornar todos iguais, mas respeitar as diferenças.

Josemary Morastoni Coordenadora do curso de Pedagogia e da Pós-Graduação em Gestão das Organizações Educacionais da Universidade Positivo (UP) / Curitiba A primeira questão é entender o real objetivo da inclusão na educação. A inclusão não é somente “colocar” pessoas “diferentes” em um lugar que não costumavam estar, é muito mais do que isso. Ela deve auxiliar o aluno a transpor a chamada deficiência, dando lugar a possibilidades de superação. Ela precisa dar oportunidades diferentes, considerando sempre a igualdade de direitos de todos os seres humanos. E para que a escola tenha realmente uma cultura inclusiva, é preciso que o gestor atue como articulador de todo esse processo. O gestor precisa ter clareza de que a escola só será acolhedora, aberta e com uma gestão realmente democrática, quando existir um processo educativo comprometido com a inclusão e em constante construção.


Claudia Zuchi | Coordenadora da Educação Infantil e Ensino Fundamental I do Centro Educacional Top Gun / São José dos Pinhais Para que a inclusão seja efetiva, é necessário o envolvimento de todos os membros da equipe escolar na rotina da criança, bem como a adequação do espaço no qual ela estará presente, que envolve desde o espaço físico, como também a quantidade de alunos em sala de aula. Todos estes itens devem ser incorporados à formação continuada da equipe, já que farão parte da vida desta criança continuamente. A família também é parte fundamental da rotina da criança com necessidades especiais, tendo em vista que escola e família caminham juntas para o melhor desenvolvimento desta criança. Construir e vivenciar a prática da inclusão compartilhando responsabilidades, significa garantir a dignidade e o direito dessas crianças em receber de forma adequada uma educação de qualidade, considerando a heterogeneidade do grupo.

Nelbina H. Bento Fachini | Diretora da Escola Viver / Curitiba Profissionais da área de educação formados antes da lei que determinou a educação inclusiva (2010), não foram preparados para assumir turmas com alunos que possuem dificuldades especiais. Nossas instituições de ensino superior formam alunos despreparados mesmo para assuntos diários e corriqueiros em sala de aula, imagina para uma situação nova que foi a inclusão. A mudança política inclui determinações legal e burocrática, não práticas. Talvez seja simples no papel, mas não na rotina diária de uma escola. Nossa instituição teve vários alunos de inclusão, mesmo antes de a lei determinar. No primeiro caso, a criança gritava tanto em sala que os outros alunos já não queriam mais vir para a escola. Em outro momento, tivemos um aluno de inclusão com Síndrome de Down e foi uma experiência fantástica. Tivemos também um cadeirante, outra situação muito tranquila. Como gestora, digo que é importante conhecer muito bem a situação do aluno que a instituição irá receber; ter consciência de nossas limitações enquanto instituição e tomar providências para que esse aluno possa ser atendido da melhor maneira possível; preparar as equipes que estarão diretamente ligadas a este aluno; além de adequar os ambientes para recebê-lo, entre outros fatores.

Marcelo Costa Benatto | Consultor Educacional do Colégio e Faculdade ENSITEC / Curitiba O ensino de crianças e jovens com ou sem necessidades especiais representa um desafio constante. As mudanças sociais, econômicas e culturais, assim como a invasão tecnológica, exigem que a escola (incluindo seus recursos humanos) esteja em constante atualização, buscando com isso atender às necessidades que os alunos e os pais depositam na instituição. A educação que deve ser oferecida para os alunos com necessidades educacionais especiais torna-se um processo um pouco mais trabalhoso, que ainda gera muitas dúvidas, e que demanda mais energia, flexibilidade, criatividade e capacidade apurada de tomar decisões rápidas, além de abertura ao diálogo por todos os envolvidos no processo de educação. Por vezes se percebe uma transferência de responsabilidades e culpabilização da escola frente aos insucessos da inclusão escolar, sem levar em conta que a inclusão antes de ser um processo escolar, possui um caráter social. Valorização da diversidade nós trazemos de casa e a escola terá por função (dentre tantas outras) aperfeiçoar aquilo que já foi herdado na família que são os valores. Para tanto, o papel do gestor escolar frente à inclusão é primeiramente ter consciência de todas essas forças que influenciam o seu ambiente. A partir dessa percepção, desenvolver ações inerentes ao seu trabalho.

A revista Escada recebeu tantas manifestações sobre este tema que colocamos neste espaço apenas um resumo dos depoimentos recebidos. Ainda este ano faremos uma matéria especial sobre o tema. Aguarde! Na edição passada da revista Escada, ouvimos a opinião dos profissionais da educação sobre a Lei da Copa que determinava o período de ‘férias escolares’ de 12 de junho a 13 de julho de 2014. O tema gerou grande debate e preocupações entre pais, professores e alunos. Diante disso, o Sinepe/PR foi uma das

entidades responsáveis pela conquista da mudança desta lei. Em março, foi publicado no Diário Oficial da União que fica a critério das escolas, públicas e privadas, estabelecer o calendário de aulas durante o período de realização da Copa do Mundo de 2014. Agora, toda escola terá autonomia para estabelecer o

seu calendário letivo em 2014 atendendo as peculiaridades de cada cidade. No site www.sinepepr.org.br é possível visualizar as opções de calendário letivo para o próximo ano.

Quer sugerir uma pergunta para esta seção ou opinar sobre os temas propostos? Envie email para contato@revistaescada.com.br e participe!

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ín.di.ce sm

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ENSINO INFANTIL Faça você mesmo

18 26 12

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ESPECIAL

Por que dormimos?

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ENSINO FUNDAMENTAL

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ENSINO SUPERIOR

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UNIVERSO DAS ESCOLAS

Recreio escolar: tempo livre ou dirigido?

A Importância da publicação científica

Confira as iniciativas das instituições associadas

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ARTIGO

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ARTIGO

Gerenciamento de riscos

Só se aprende a raciocinar com cérebro e nádegas

28/ 29 30

ENTREVISTA Flávio Arns

ARTIGO O maior legado

DIRETORIA EM AÇÃO AGENDA Cursos e palestras do Sinepe/PR

COMENTÁRIO DO LEITOR Adaptação bem feita “Nós do CMEI Canaã - Colombo/PR preparamos a sala para acolhida do Maternal I com bexigas e brinquedos. As crianças receberam pirulitos e uma estrelinha identificando o seu nome na roupa como lembrancinha de boas-vindas. Fizemos o cantinho de desenho, deixamos papel e giz de cera numa mesa e eles ficaram bem livres. Nossa acolhida foi bem legal e os pais ficaram bem seguros”. Professoras Roseli Correa Sidre e Regiane Leocádio. Comentário enviado por email referente a matéria sobre adaptação do ensino infantil na edição 13 da revista Escada.


e.du.ca.ção in.fan.til sf / adj

T / Marília Bobato F / Geísa Borrelli

Faça

você

mesmo

Aproveite as férias de julho para entreter as crianças com atividades produtivas Julho se aproxima e com ele as férias letivas. Neste período, algumas crianças

ficam em casa, enquanto outras permanecem na escola em tempo integral ou na colônia de férias. Independente do local, o que elas querem mesmo é brincar. A família ou os professores podem aproveitar esta oportunidade para ensinar brincando. A professora do Jardim II, do Colégio Sion, Francielle M. de J. Oliveira ensina duas atividades para aplicar com os pequenos.


PROJETO OUTONO/INVERNO Indicado para crianças de 4 e 5 anos. Pode ser feito individualmente.

Objetivos pedagógicos: Trabalhar a motricidade fina e a percepção da criança na hora da escolha das folhas, tamanho, textura. Materiais: Folhas secas de árvores/plantas Papel sulfite Fita crepe

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Giz de cera Tinta guache Pincel

Como brincar? 1 - Convide a criança para coletar algumas folhas secas de árvores/plantas em um ambiente ao ar livre. 2 - Cole as folhas em um papel sulfite utilizando a fita crepe. 3 - Sobrepondo outro papel sulfite utilize o giz de cera para decalcar. 4 - Pegue a tinta guache e o pincel e pinte as folhas secas da cor desejada. Em seguida pegue um novo sulfite e sobreponha na tinta para ter a impressão das folhas secas.

materiais

2-

3-

4-

resultado


CONTAÇÃO DE HISTÓRIA/ TEATRO Indicado para crianças de 4 a 7 anos. A atividade fica mais interessante se for feita em grupo.

Objetivos pedagógicos: Coordenação motora fina ao recortar a cartolina; coordenação global ao interagir com outras crianças; compreensão da linguagem oral e corporal; capacidade de transmissão da história. Materiais: Palito de churrasco Cartolina preta Fita adesiva

Tesoura Em caso de encenação do teatro: TNT branco e uma luminária/ abajur.

Como brincar? 1 – Comece fazendo o contorno dos componentes desta história na cartolina preta. Desenhe o sol, estrela, lua, ondas, grão de areia e a lágrima. 2 – Convide as crianças para fazer o recorte. 3 – Use a fita adesiva para colar os recortes no palito. 4 – Conte a lenda da estrela-do-mar para as crianças interpretando cada um dos componentes. Outra opção é fazer as crianças interpretarem esta história!

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Esta atividade pode ser uma contação de história ou uma encenação de teatro para quem desejar algo mais elaborado. Com mais crianças participando da brincadeira, é indicado que cada uma interprete um personagem e conte a lenda do seu jeito. No caso do teatro, prenda o TNT branco contra a luz do abajur deixando apenas esta iluminação no ambiente. Em seguida algumas crianças devem ficar na plateia enquanto outras interpretam a lenda. A cartolina preta tem um efeito bastante interessante contra o TNT branco. É diversão na certa!

História A lenda da estrela-do-mar Conta uma lenda que um dia um pequeno grão de areia olhou para o céu à noite e viu uma estrela tão radiosa, que por ela se apaixonou perdidamente. A estrela brilhava lá no alto e ele, tão pequeno, perdido na imensidão da praia, nada podia fazer, a não ser suspirar de amor. A distância entre ele e a estrela parecia infinita. Seus companheiros, os outros grãos de areia e também os caranguejos, conchas e conchinhas que a maré trazia para a praia, zombavam dele, dizendo: - O que você espera? Que ela desça até a terra e venha se encontrar com você?

O grãozinho nada respondia, mas nem por isso desistia de admirar sua amada. Um dia, a estrela acabou reparando nele. Era tamanha a sua dedicação, que a estrela se comoveu. Porém, deixar o céu e descer à terra era coisa que ela não conseguia. Então deixou escapar uma lágrima que, quando caiu bem perto do grãozinho, transformou-se na primeira estrela do mar. Dizem que até hoje a estrela e o grãozinho continuam namorando a distância. E sempre que a estrela deixa cair uma lágrima, imediatamente ela se transforma numa nova estrela-do-mar.

O que achou das atividades propostas? Conseguiu aplicar com seus alunos? Escreva para contato@revistaescada.com.br. Sua opinião será publicada na próxima edição da revista.


es.pe.ci.al adj

T / Priscilla Scurupa

POR QUE DORMIMOS? A importância do sono no processo de desenvolvimento de crianças e adolescentes

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Mesmo sem compreender exatamente os benefícios do sono, sabemos que ficar sem dormir por muito tempo gera cansaço e mau humor, e que uma boa noite de sono nos faz sentir mais alertas, com mais energia, mais dispostos e até mais felizes. O sono é também a oportunidade para o corpo recuperar e até mesmo rejuvenescer a si mesmo. Nos últimos anos, essa ideia pode ser comprovada com testes em humanos e animais. O mais importante deles comprovou que animais privados

de sono tiveram seus sistemas imunológicos severamente afetados e rapidamente adoeceram. Outra descoberta foi a de que muitas funções restauradoras do corpo, como crescimento muscular, reparação de tecidos, síntese de proteínas, e liberação do hormônio de crescimento ocorrem, principalmente, enquanto dormimos. Hoje, a falta de sono afeta tanta gente, que já vem sendo chamada de epidemia. Só nos EUA, a privação de descanso afeta o trabalho de 160 milhões de pessoas, vítimas da pressão cultural para reduzirem o tempo que passam na cama. Nos últimos 100 anos, o homem moderno perdeu, em média, 90 minutos de sono por noite, roubados pela difusão da luz elétrica,

pela industrialização, pelo uso das novas tecnologias e pelas longas jornadas de trabalho. Em 1910, por exemplo, dormia-se 9 horas, em média. Hoje, são 7,5 horas. O que poucas pessoas percebem, no entanto, é que a falta de sono está associada a consequências em longo prazo para a saúde, incluindo obesidade e doenças crônicas, como diabetes, pressão alta e doenças cardíacas, e que estas condições reduzem a expectativa de vida. E o sono em excesso é igualmente prejudicial. Dormir mais de nove horas por dia também pode causar problemas à saúde, dependendo da faixa etária de cada indivíduo.


No caso das crianças e adolescentes, uma noite mal dormida ou maus hábitos do sono podem afetar diretamente processos essenciais ao desenvolvimento humano: a capacidade de aprendizagem e a consolidação da memória. E a rotina escolar, consequentemente, é também prejudicada. “O que se observa é que os alunos pré-adolescentes ou adolescentes precisam de um tempo na entrada da manhã para acordar o corpo”, diz a diretora do Colégio Novo Ateneu, Vera Izabel Pugsley Julião. Até o ano passado, o colégio promovia ginástica laboral no momento de entrada dos alunos, com o objetivo de colocar seus corpos em alerta. “Nesse ano optamos pelo momento cívico como forma de iniciar o dia. Já com as crianças menores, o soninho tem seu lugar nas próprias atividades do dia-a-dia. Após o almoço ou até mesmo na chegada. O importante é analisar o quanto o corpo está alerta para que a aprendizagem aconteça”, ressalta. De acordo com ela, os jovens têm dificuldade para dormir antes das 23h e isso se reflete no estado de atenção às primeiras aulas da manhã. Os motivos estão principalmente ligados ao uso excessivo de aparelhos eletrônicos e de redes sociais, que “deixam o adolescente ‘plugado’ (como eles mesmos dizem), com dificuldades para dormir, e certamente ‘desplugado’ durante bom período das aulas da manhã”. O mesmo ocorre com os bebês e crianças menores de 10 anos, afirma a diretora do Centro Educacional Meu Futuro, Juliana Toniolo Sandrini. “Algumas crianças que deveriam dormir 12 horas, por exemplo, acabam dormindo apenas 10 horas, 8 horas por noite. Isso os deixa irritados, inquietos”.

Para Juliana, a causa principal para as noites mal dormidas dos pequenos, no entanto, é a falta de rotina dos próprios pais e alguns hábitos ruins, como deixar a televisão ligada para pegar no sono. As alterações de luminosidade da TV e o barulho acabam por não permitir o sono profundo, necessário para o descanso completo. “Cabe aos pais velarem por esse momento de descanso. A escola ajuda no sentido de comunicar aos pais quando a criança apresenta problemas para dormir, mas estabelecer a rotina do sono cabe aos pais”, ressalta. “É muito importante iniciarmos desde cedo uma rotina de sono, e criança gosta de rotina. Podemos reservar 30 minutos para alguma atividade especial (não estimulante como pular ou correr) com a criança antes dela dormir, e não deixar que esse contato conosco seja substituído por vídeos e programas de televisão”, aconselha a especialista em Medicina do Sono do Instituto Paranaense de Otorrinolaringologia, Dra. Cintia Felicio Adriano Rosa. De acordo com Juliana, os bebês têm facilidade para se adaptarem a horários fixos no dia a dia. “As crianças chegam às 7h30 ao berçário, fazem a primeira refeição e em seguida já têm a primeira soneca do dia. Cada criança fica em um berço e cada professora é responsável por fazer sete crianças dormirem. Depois almoçam, brincam, fazem lanche e podem dormir mais uma vez por 40min. Esse processo de adaptação dura cerca de 15 dias, até que todos adotam o mesmo ritmo”, conta. A partir de dois anos de idade, no entanto, a rotina das crianças volta a mudar: só há uma soneca no dia, essa no período da tarde, pois há uma redução na quantidade de sono necessária à medida que crescem. A variação no tempo que precisamos dormir de acordo com faixas etárias é natural, segundo a Dra. Cintia. “Isso depende da maturação neurológica do indivíduo”.

Consequências da privação do sono Diabetes – Sem tempo de repouso adequado, o organismo processa a glicose, carboidrato de alta energia que as células usam como combustível, mais lentamente, o que leva à predisposição ao diabetes tipo 2. Hipertensão - É durante o sono que alguns hormônios são produzidos. Alguns deles essenciais para que o coração e as artérias funcionem adequadamente. Por isso, dormir menos de cinco ou mais de nove horas por dia, aumenta o risco de hipertensão.

Stress - Pessoas que dormem menos têm maior propensão ao mau humor, porque a privação do sono inibe a produção de alguns hormônios, como serotonina, substância química responsável por gerar a sensação de prazer, calma e relaxamento. Obesidade – Durante o sono, o organismo reduz a síntese de grelina, o hormônio do apetite, e aumenta a de leptina, responsável pela saciedade. Quando a pessoa dorme pouco, a fabricação dessas substâncias fica desregulada, o que favorece o ganho de peso. Fontes: Instituto de Medicina e do Sono e Harvard School of Medicine.

Outros fatores, como a consolidação do ritmo circadiano (mecanismo biológico que controla nossos horários de dormir, acordar, comer, dentre outras atividades) e a entrada na adolescência também influenciam nessa variação de medidas entre indivíduos. “Nosso ritmo circadiano vai se estabelecendo gradualmente desde o nascimento, ou seja, a quantidade de sono noturno aumenta à medida que o diurno diminui (os cochilos). Sabe-se também, que há uma maior necessidade de sono na puberdade”, esclarece. “A quantidade que precisamos dormir é aquela considerada ótima para nos mantermos alertas e exercendo nossas funções adequadamente durante o dia. Existe uma variação individual, mas a média fica entre 7 a 8 horas de necessidade de sono para o adulto. O indivíduo que necessite de menos horas é denominado de curto dormidor; e aquele que necessite de mais horas, de longo dormidor”, complementa.

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RECÉM NASCIDOS

BEBÊS

(DE 6 MESES A 2 ANOS)

entre 18 e 20 h/dia entre 16 e 18 h/dia

CRIANÇAS

(DE 3 A 5 ANOS)

entre 10 e 12 h/dia

Fonte: Dra. Cintia Felicio Adriano Rosa - IPO.

Quantidade média de sono por faixa etária

CRIANÇAS E PRÉ-ADOLESCENTES

IDOSOS

entre 5 e 7 h/dia

(DE 6 A 15 ANOS)

entre 8 e 10 h/dia

Sono, memória e aprendizagem: intimamente ligados O sono contribui para consolidar aprendizagens e nos auxiliar na memorização das coisas de duas maneiras distintas. Primeiro, uma pessoa privada de sono é incapaz de manter foco e atenção em suas tarefas e, portanto, não consegue aprender. Em segundo lugar, o próprio sono desempenha um papel importante na consolidação da memória, o que é essencial para a absorção de novas informações.

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ADULTOS

entre 7 e 8 h/dia

Ainda não há consenso sobre como exatamente o sono torna esses processos possíveis, mas estudiosos consideram que algumas características específicas de nossas ondas cerebrais durante o sono, estão associadas a determinados tipos de memorização. Ou seja, cada etapa do sono é usada pelo cérebro para estocar diferentes tipos de informação. “O sono é divido em duas fases: sono não REM (NREM) e sono REM (sigla de Rapid Eye Movement – Movimento Rápido dos Olhos). O sono NREM ainda pode ser dividido em três estágios (N1, N2 e N3, este último conhecido por sono de ondas lentas). Exceto pelo estágio do sono N1, todas as outras fases do sono parecem ter importância na consolidação da memória”, esclarece a especialista em Medicina do Sono, Dra. Cintia Felicio Adriano Rosa. No sono REM, por exemplo, o cérebro reorganiza as informações colhidas ao longo do dia, transforma-as em memória química e ocorre, assim, a consolidação da memória. A quantidade de informações que recebemos em apenas um dia é bastante grande, sejam elas visuais, táteis, auditivas ou de qualquer outro gênero. Uma das funções do sono é reorganizar no cérebro esse armazenamento de informações. É cada vez mais evidente também que o sono REM desempenha um papel fundamental no desenvolvimento cerebral de bebês e crianças pequenas. Isso porque, estes passam em torno de 13 a 14 horas por dia dormindo, e cerca de metade desse tempo é gasto no sono REM. Uma hipótese é que isto ocorre porque o cérebro está em um processo de amadurecimento e crescimento muito mais rápido que um adulto. A maior quantidade de sono REM, portanto, serviria para organizar todos esses novos conhecimentos sobre o mundo.

Na fase de ondas lentas do sono (SWS), por sua vez, há o processo de limpeza da memória antiga, que não está em uso. É a partir daí que o cérebro ‘exclui’ o que é desnecessário e ‘guarda’ aquilo que é importante, em uma seleção feita racionalmente ou emocionalmente. Portanto, ambos os processos que ocorrem durante o sono (armazenamento e esquecimento) são vitais à nossa existência e essenciais à formação neurológica de crianças e adolescentes. Afinal, sem suficientes horas dormidas, nosso cérebro ficaria sobrecarregado e entraria em colapso. Por isso cabe a pais e instituições de ensino manter e incentivar a chamada higiene do sono, ou seja, os bons hábitos que influenciam positivamente o momento de descanso. “Para bem cumprir o papel de ensinar (que é o real papel da escola) é preciso orientar tanto o aluno quanto sua família na organização das rotinas diárias entre as quais está o sono. Pela própria conformação que a vida das cidades ganhou nos últimos tempos, acabamos por deixar em segundo plano os horários de refeição e seus bons hábitos, assim como também deixamos de lado os bons hábitos do sono. Porém, é preciso alertar aos pais que este fator (sono) determina humor, atenção e consequentemente tem influência direta nas ações de aprendizagem”, afirma a diretora do Colégio Novo Ateneu. “É muito importante que os pais estabeleçam uma rotina para si mesmos e, a partir disso, adaptem o sono da criança a ela”, complementa a diretora do Centro Educacional Meu Futuro.


DICAS PARA O SONO IDEAL

EVITAR PENSAMENTOS QUE PROVOQUEM ANSIEDADE ANTES DE DORMIR;

ESTABELECER UMA ROTINA RELAXANTE ANTES DA HORA DE DORMIR (BANHO MORNO, LEITURA RÁPIDA). CRIANÇAS TAMBÉM PODEM OUVIR HISTÓRIAS CONTADAS PELOS PAIS, ISSO AJUDA A RELAXAR E AINDA ESTIMULA O HÁBITO DE LEITURA;

DEIXAR PARA RESOLVER OS COMPROMISSOS E PROBLEMAS NO DIA SEGUINTE;

TENTAR SEGUIR UMA ROTINA DE HORÁRIO DURANTE OS DIAS DA SEMANA E INCLUSIVE NOS FINAIS DE SEMANA;

PROCURAR FAZER REFEIÇÕES LEVES À NOITE E EVITAR SE ALIMENTAR PERTO DA HORA DE DORMIR;

PARA OS PAIS É IMPORTANTE LEMBRAR QUE A CRIANÇA GOSTA DE ROTINA E QUANTO MAIS ADAPTADA ELA FOR À ROTINA ESCOLAR, MELHOR;

EVITAR O CONSUMO DE ALIMENTOS ESTIMULANTES (CAFEINADOS) E NICOTINA, PRINCIPALMENTE APÓS AS 17H, POIS PODEM DIFICULTAR O INÍCIO DO SONO;

PRATICAR ATIVIDADE FÍSICA REGULARMENTE (EVITAR MUITO PRÓXIMO DA HORA DE DORMIR);

EVITAR TELEVISÃO E COMPUTADOR PRÓXIMO DA HORA DE DORMIR;

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en.si.no in.fan.til sm / adj

T / Priscilla Scurupa

Recreio escolar:

tempo livre ou dirigido?

Como as escolas interferem ou não nesse momento de descanso dos alunos 16

O intervalo ou recreio escolar é um momento especial para estudantes de qualquer faixa etária. Tempo de lanchar, descansar, relaxar, distrair e, mais importante que tudo, conviver.

A diretora da Escola Atuação, Esther Cristina Pereira, destaca o fator inter-relacional desse tempo livre. “Conseguir perceber o limite, a fragilidade ou empoderamento do outro, é um dos grandes exercícios vividos nesses intervalos”, diz. P Pois se a escola é uma “mini-sociedade protegida”, como descreve a diretora do Colégio Projeto 21, Yara Faria do Amaral, é no recreio escolar que os pequenos enriquecem o aprendizado que tiveram em sala de aula, aplicando-o nas relações que estabelecem com outros colegas. “Por meio desta socialização os alunos aprendem a ser e a conviver, desenvolvendo habilidades sociais para a vida toda”, explica a Coordenadora de Educação Infantil e Ensino Fundamental I do Colégio Expoente, Simone Machado. Apesar do consenso sobre a importância do recreio escolar para as crianças, há divergências entre as instituições de ensino e especialistas quanto às estratégias a adotar nesse tempo livre. Para uns, é importante a liberdade total, enquanto para outros, o recreio deve ser um momento dirigido, com atividades específicas promovidas pelos professores com o intuito de evitar comportamentos indisciplinares e conflitos.

apenas a escola como reduto de brincadeiras sadias”, relata a diretora. Para promover a socialização positiva, a Escola Atuação optou pelo chamado recreio monitorado. “O recreio monitorado não boicota a criatividade, a leveza do momento e o brincar. Mas sim organiza para que todos consigam descansar e ser felizes”, explica a diretora. Separados por faixas etárias em horários distintos, os alunos têm acesso a caixas de brinquedo personalizadas por dia, podem aproveitar “o dia do brinquedo”, quando são autorizados a trazer objetos de casa ou, ainda, podem optar por jogos como ping-pong, pebolim e futsal. Aos que preferem menos movimentação, disponibilizam uma bancada com jornais e revistas, de modo a incentivar a leitura.

O principal questionamento é sobre a autonomia dos alunos. Dirigir seria abolir esse desenvolvimento necessário? “Dirigir pode ser podar, controlar, anular. Mas pode também ser organizar, amenizar, socializar com qualidade, fazendo do recreio um momento de aprendizagem para a vida”, pondera Esther.

A mesma estratégia é adotada pelo Colégio Expoente. “O recreio é de 30 minutos e é livre na medida em que o aluno escolhe o que vai fazer. Acredito que se possa disponibilizar materiais, livros e jogos, mas dar a opção da escolha é uma forma de respeitar o aluno”, ressalta Simone.

Ela conta que na Escola Atuação, uma das grandes preocupações hoje é a euforia com o recreio. Em casa, as crianças têm estado passivas fisicamente. Ficam na internet, assistem televisão, fazem uso de jogos eletrônicos. Quando chegam à escola, estão desesperados por correr, brincar e conversar com os amigos. “A sensação que temos, é que eles podem correr somente dentro da escola, como se o espaço para isso tivesse sido tolido em casa, sobrando

Na Escola Projeto 21, a participação de professores no horário de intervalo é considerada fundamental. “Para construir autonomia, o aluno precisa de situações favoráveis e amparo. Nos recreios, o professor observa


comportamentos e atua de forma modelar, criando aproximação, afeto” explica Yara. As interferências, de acordo com ela, são no sentido de colocar limites e estimular a participação, a individualidade de cada criança, de modo que todos possam participar ativamente do momento. “Estimulamos os laços entre os alunos. Eles precisam aprender a construir outras relações, com colegas de outras turmas para que ao olhar o outro, percebam a si mesmos”, complementa. Mas, além da diversão e interação, o recreio proporciona o contato entre diferentes. Surgem, então, os conflitos gerados pela convivência. “Os alunos testam limites e esse exercício faz parte, justamente, do reconhecimento desses limites”, explica Yara. Entretanto evitar essas transgressões, concordam as educadoras, não é a melhor saída. “Sem conflitos, como aprenderão a conviver com ele no cotidiano da vida adulta?”, questiona Esther. “Os conflitos são inerentes às relações humanas, a reflexão e o diálogo é a melhor maneira de compreender o problema e resolvê-lo”, diz Simone. Assim, apesar das sutis diferenças entre as estratégias adotadas pelas escolas na hora do recreio, é evidente que este é encarado como um momento de intensa aprendizagem. “Nessa alternância entre a pouca movimentação na sala de aula e a vibração do recreio, podemos perceber aspectos e detalhes sobre os alunos”, ressalta Yara. Com cuidado e sensibilidade, e respeitando o projeto pedagógico de sua escola, o educador pode, então, trabalhar uma intervenção apropriada, seja através de dinâmicas, exercícios ou reflexões, enriquecendo dessa forma o processo educacional. E NA SUA ESCOLA, COMO É A HORA DO RECREIO? CONTE PARA NÓS: contato@revistaescada.com.br. SEU RELATO SERÁ PUBLICADO NA PRÓXIMA EDIÇÃO DA ESCADA.


en.tre.vis.ta / Flávio Arns sf T / Marília Bobato F / Divulgação SEED

Mobilização pela educação 18

O vice-governador eleito e Secretário da Educação do Estado do Paraná, Flávio Arns, sempre esteve envolvido com a causa da educação. Formado em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), é Mestre em Letras pela UFPR e Ph.D. em Linguística, pela Universidade Northwestern (EUA). Foi na carreira política que encontrou uma forma de defender sua causa, inicialmente como deputado federal em 1991, cargo para o qual foi reeleito também em 1994 e 1998. Em 2002, elegeu-se senador e presidiu a Comissão de Educação, Cultura e Esporte e da Subcomissão da Pessoa com Deficiência no Senado. A frente da Secretaria Estadual da Educação (SEED) tem se dedicado a valorizar os profissionais da área e a infraestrutura das escolas. Em conversa por email com a revista Escada, ele conta os desafios que enfrenta em sua gestão.

Revista Escada - Qual é o papel da educação e da escola?

Flávio Arns - Muito mais do que

transmitir conhecimento, a escola assume papel fundamental na formação do indivíduo, em todos os aspectos. Cada vez mais, o ambiente escolar influencia a construção da identidade do aluno. Por isso, é desafiadora a missão da escola de preparar o cidadão para a vida em sociedade, sempre ao lado da família, transmitindo valores, fortalecendo vínculos e estimulando as boas relações.

R E - Quais foram os maiores avanços da educação em dois anos de secretaria e quais os desafios para este ano? F A - Desde o início da gestão temos tratado a Educação como prioridade absoluta. Isso se reflete em avanços importantes em todas as áreas, com ênfase para a valorização dos profissionais e para a melhoria da infraestrutura das escolas. Em dois anos de governo, os professores e trabalhadores da Educação tiveram aumentos salariais que somam 34,85% e estão tendo seus salários equiparados ao dos demais servidores com nível superior, uma reivindicação antiga da categoria.

Ao mesmo tempo, contratamos mais de 30 mil profissionais aprovados no concurso de 2007, 17 mil funcionários, e lançamos um novo concurso em 2013 para contratação de mais 13.771 professores e pedagogos. Também estamos colocando em dia o pagamento de promoções e progressões de carreira. Além da valorização salarial, investimos ainda em formação continuada e liberamos professores para cursos de mestrado e doutorado, sem prejuízo dos vencimentos. Mais de R$ 220 milhões estão sendo investidos na melhoria da infraestrutura das escolas e criamos o programa de Descentralização de Recursos, que possibilita que a comunidade escolar gerencie obras com recursos repassados via Fundo Rotativo. A área de ensino profissionalizante vem igualmente recebendo grande investimento. Em parceria com o Governo Federal, estamos construindo 18 novos centros de Educação Profissional e outras 22 unidades. Conquistamos ainda avanços importantes na área da alimentação escolar, com o aumento de aquisição de produtos da agricultura familiar, e no transporte escolar, com investimentos que quase triplicaram neste período.


“Desde o início da gestão temos tratado a Educação como prioridade absoluta”. R E - Dentre os desafios do setor, fala-

-se muito em inclusão nas escolas. O senhor acha que existe um progresso nesta área? É possível encaixar o aluno especial em turmas regulares?

F A – Já temos importantes conquistas nessa área, mas precisamos avançar em muitos aspectos para termos um sistema educacional verdadeiramente inclusivo. No Paraná, as escolas comuns estão ofertando educação para alunos com deficiência intelectual, múltipla, deficiência física neuromotora, visual, surdez, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/ superdotação. Em paralelo, o trabalho desenvolvido pelas escolas especiais continua sendo fundamental. Seja por meio da escola comum ou em parceria com segmentos da sociedade civil organizada e outras instituições públicas, temos construído alternativas de escolarização. Destas alternativas, podemos citar a manutenção de escolas especializadas, agora em funcionamento como Escolas de Educação Básica na Modalidade de Educação Especial, Salas de Recursos Multifuncionais, Centros de Atendimento Especializado, Professor de Apoio em Sala de Aula, Professor de Apoio à Comunicação Alternativa e Intérprete de Libras. Existem ainda ações em processo de implementação e construção de Centros de Atendimento aos Alunos com Altas Habilidades/Superdotação e o Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar. Estamos fazendo também um grande investimento na formação continuada de professores da rede pública estadual e da rede conveniada, buscando a qualificação profissional e melhoria na educação, com a oferta de cursos presenciais, educação à distância, webconferências, orientações técnicas, dentre outros eventos que contemplam temas da educação especial.

R E - Existe uma grande preocupação com a finalidade do Ensino Médio. Como o Paraná está preparando o jovem estudante para o mercado de trabalho? F A - O Ensino Médio apresenta grandes

desafios, principalmente em relação à evasão escolar, que é muito intensa nesse nível de ensino. Várias políticas estão sendo estruturadas para ampliar a presença do aluno na escola e a educação profissional tem sido uma grande aliada neste sentido. A profissionalização é hoje um grande desafio para o crescimento do país, e no Paraná a situação não é diferente. O mercado de trabalho exige pessoas qualificadas. Neste sentido, temos intensificado a oferta de cursos profissionalizantes nas escolas da rede estadual e construindo ainda, em parceria com o MEC, centros de Educação Profissional em todo o Estado, atendendo as demandas de qualificação dos arranjos produtivos locais e contribuindo para o desenvolvimento das regiões.

R E - A SEED quer estabelecer um limite de alunos por sala de aula. Quais os benefícios desta medida para a escola pública e para a privada? F A - Em 2011, fizemos uma consulta

pública com o objetivo de discutir o porte das escolas, ou seja, a distribuição de recursos humanos e composição de turmas das escolas de acordo com a realidade de cada estabelecimento. Depois de ouvir as escolas, estabelecemos novos critérios para a composição de turmas, criando parâmetros de acordo com cada nível de ensino. Desde então, temos limitado o número de alunos por sala, com base nos seguintes parâmetros: de 25 a 30 alunos para o 6º e 7º anos do Ensino Fundamental; de 30 a 35 estudantes para o 8º e 9º anos do Ensino Fundamental; de 35 a 40 alunos para o Ensino Médio. Acreditamos que, com essas mudanças, estamos facilitando o trabalho pedagógi-

co dos profissionais, oferecendo melhores condições de trabalho e aperfeiçoando o atendimento aos nossos estudantes.

R E - Como o senhor vê as avaliações nacionais da educação brasileira como IDEB, Enem? É preciso uma avaliação para os professores também? F A - Esses indicadores são importantes,

porém, são divulgados a cada dois anos, demorando muito para chegar às mãos dos professores e pedagogos. Essa lacuna de tempo nos motivou a desenvolver, no Paraná, o Sistema de Avaliação da Educação Básica do Paraná (SAEP), realizado para medir a aprendizagem dos estudantes, na formulação de ações de educação e para subsidiar os professores na prática docente. Em 2013, serão duas avaliações, uma em cada semestre. Acreditamos que um sistema próprio permite ações mais rápidas e pontuais, além de ser mais fiel à nossa realidade. O SAEP também possibilita análise dos desempenhos de forma regional, municipal, por escola, turmas e por aluno. Esse detalhamento permite que cada escola trabalhe com dados específicos da sua realidade e informações para que possa desenvolver metodologias de ensino diferenciadas, que atendam as necessidades identificadas no sistema. É importante destacar que o nosso objetivo não é incentivar a competição e sim que cada escola conheça seus resultados para corrigir problemas e avançar.

R E - Como a iniciativa privada pode atuar em parceria com a pública em termos de educação? Existe um interesse por parte do governo em parcerias como esta? F A - Essa parceria é fundamental. Toda a sociedade deve se envolver a favor de uma educação de qualidade. Temos desenvolvido parcerias importantes, a partir de princípios estabelecidos pelo Governo Federal, com as estabelecidas com o Sistema S no Paraná para a oferta de cursos profissionalizantes e atividades de contraturno.

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en.si.no su.pe.rior sm / adj

T / Priscilla Scurupa

A importância da

publicação científica Circulação de conhecimentos e aumento do prestígio da instituição de ensino estão entre vantagens da chamada “arte de publicar”

O Brasil ocupa hoje a 13ª posição no ranking dos países com a maior produção científica do mundo, de acordo com dados divulgados pelo Governo Federal, em 2010. Apesar de otimista, a estatística traz com ela novos desafios: a difusão desses conhecimentos por meio da publicação científica e a transformação desse conhecimento em inovação e novas tecnologias. Nestes quesitos, no entanto, o país ainda carece de aperfeiçoamento.

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“No momento entendo que a pesquisa no Brasil vem crescendo em quantidade. Precisamos melhorar a qualidade e relevância desta produção. De nada adianta ter uma produção extensa que não tem impacto na comunidade científica internacional. Isso se reflete através de patentes e de transferência de tecnologia. Quando a pesquisa chega neste ponto, não estamos mais só produzindo conhecimento, mas estamos também fornecendo conhecimento ao resto do mundo, e ganhando dinheiro com isso”, explica o editor-chefe da Revista Ânima – publicação científica do curso de Direito das Faculdades OPET, Prof. Dr. Érico Hack. Cada uma dessas etapas, portanto, - a produção, a publicação e a aplicação dos conhecimentos - tem uma função e importância específicas no processo de desenvolvimento de uma sociedade. A iniciação científica (IC), de acordo com o Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da PUCPR, Waldemiro Gremski, tem várias finalidades, todas relacionadas. Primeiramente, coloca o aluno de graduação em contato com a pesquisa, fazendo-o entender esta realidade. “Ele acaba entendendo o que é ciência, o que é uma universidade e passa a se conhecer e reconhecer qualidades e deficiências pessoais”, explica. Além disso, o aluno entende fundamentos de Metodologia Científica; aprende a manusear equipamentos e laboratórios de sua área de atuação em benefício da pesquisa que pretende desenvolver; e, por fim, adquire habilidade para “escrever os resultados em forma de trabalho científico para publicá-lo, fazer relatórios para o CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico], preparar o trabalho para apresentar no evento da IC ou então para apresentar num congresso da sua área”. Segundo a supervisora do Núcleo de Pesquisa e Extensão Acadêmica do UNICURITIBA, Cintia Rubim de Souza Netto, a publicação científica contribui para diversos atores sociais. “Para o autor irá agregar ao seu currículo acadêmico, pois quanto mais publicação de qualidade este autor tiver, mais reconhecido será no meio acadêmico. Já as vantagens para a instituição de ensino são muitas, dentre elas, a de ser referência em áreas específicas, atrair alunos com potencial para pesquisa e corpo docente altamente qualificado, o que agrega valor científico à instituição”. Desta forma, diz, produz-se para provocar melhorias no ambiente interno das instituições de ensino, mas também no meio em que a mesma está inserida.

“Não existe conhecimento se o resultado que o gera ficar na gaveta. Ele só se completa com a publicação, pois será aí que o pesquisador irá saber se os seus resultados tem validade e importância para a ciência”, afirma Gremski. “O pesquisador, em muitos casos, trabalha sozinho por muito tempo e precisa divulgar seu trabalho a fim de verificar se aquele trabalho realmente está correto ou se não passa de um exercício intelectual incorreto ou inútil”, complementa Hack.

Regras de publicação Antes, porém, de medir a relevância de seu projeto, o pesquisador precisa adaptar seu trabalho aos rigores das revistas científicas. O processo de seleção de periódicos especializados pode variar conforme a área do conhecimento ao qual se dedica. No entanto, as regras básicas, explicam os professores, são praticamente as mesmas. “A produção é selecionada pelo seu conteúdo, pelo método como é realizada e pelo ineditismo”, lista Hack. Cintia cita também a coerência das ideias propostas com o referencial teórico abordado, a utilização adequada de fontes bibliográficas, e a análise de se o artigo apresenta contribuição para a área de estudo. “As exigências aumentam à medida que o periódico é de maior impacto. Nessa área não existe compadrio, não existem amigos – o que existe é qualidade sendo avaliada”, ressalta Gremski.


O papel da instituição de ensino A iniciação e a publicação científica são importantes passos para a maturidade científica, técnica e cultural de qualquer instituição de Ensino Superior. É por meio delas que a instituição se torna, mais do que uma escola, uma academia, onde corpo docente e alunos assumem papel ativo no desenvolvimento de conhecimentos. “Uma produção científica constante e de qualidade indica uma instituição de ensino em plena atividade e que busca desempenhar em sua plenitude o seu papel, combinando ensino e pesquisa para fornecer aos alunos todas as possibilidades que a formação superior deve fornecer”, afirma o professor do curso de Direito das Faculdades OPET, Prof. Dr. Érico Hack. Ele explica que nas Faculdades OPET, o fomento à pesquisa ocorre através dos NICs – Núcleos de Iniciação Científica. “Os NICs são coordenados por um professor, que define um tema de trabalho e a metodologia a ser utilizada. São grupos de 10 alunos para cada professor, que trabalha não só com

aula expositiva, mas também com textos e discussão com os alunos. Os alunos são estimulados a escrever um artigo científico simples com a orientação do professor. Os melhores trabalhos são direcionados para publicação na revista do curso ou em periódicos científicos externos”. No UNICURITIBA, a circulação do conhecimento científico também é incentivada por meio de revistas internas. “Possuímos atualmente quatro revistas qualificadas no sistema Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior]: Revista Jurídica, Revista Relações Internacionais no Mundo Atual, Revista Percurso e Administração em Revista”, lista a supervisora do Núcleo de Pesquisa e Extensão Acadêmica da instituição, Profª Cintia Rubim de Souza Netto. “Além disso, possuímos um programa de gratificação à produção científica docente, premiando as produções, com um pagamento de horas, de acordo com a categoria da produção”, complementa. Há mais de duas décadas também a PUCPR investe na pesquisa científica e na formação de pesquisadores. A instituição oferece bônus salariais aos

professores para cada artigo publicado em periódicos de impacto, percentuais adicionais sobre o valor da captação de recursos feita pelo pesquisador, bem como “amplo apoio para a participação do pesquisador e do aluno orientado em congressos no país e no exterior”, explica o Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação. A PUCPR publica ainda 13 revistas científicas, de níveis de impacto variáveis. A avaliação da qualidade dos trabalhos e medição do impacto destes na comunidade científica e sociedade são feitas por meio de repositórios acadêmicos de cada instituição, disponíveis na internet, simpósios e mostras de pesquisas, onde projetos inovadores são expostos aos visitantes. Deste modo, a sociedade pode ter conhecimento do que está sendo feito pelos pesquisadores, e seus pares podem, futuramente, utilizar o conhecimento divulgado em trabalhos posteriores. “Disso é que resulta o progresso, a geração de riqueza e o desenvolvimento sustentável de um país”, diz Gremski.

COMO VOCÊ AVALIA A IMPORTÂNCIA DO ESTÍMULO À PRODUÇÃO CIENTÍFICA? ESCREVA SUA OPINIÃO PARA: CONTATO@REVISTAESCADA.COM.BR. ELA SERÁ PUBLICADA NA PRÓXIMA EDIÇÃO DA REVISTA.

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Prof. Dr. Clóvis de Barros Filho

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as.so.ci.a.das adj

T / Marília Bobato F / Divulgação

UNIVERSO DAS ESCOLAS ASSOCIADAS Positivo lança Colégio internacional e sustentável

Crédito: Daniel Derevecki

No dia 26 de março, foi lançado o Colégio Positivo Internacional, com sede em Curitiba, que oferece ensino bilíngue (português e inglês) para alunos da Educação Infantil até o 5.º ano do Ensino Fundamental. Além do conteúdo diferenciado, a instituição oferece estrutura inovadora, totalmente voltada ao consumo consciente de recursos naturais. A ventilação e iluminação naturais foram priorizadas nas salas de aula, biblioteca e pátio. Outra novidade implementada foram os sensores nas luminárias das salas que controlam a quantidade de luz artificial com base na quantidade de luz natural que entra, evitando o alto consumo de energia.

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Um dia de alegria, criatividade e integração para as famílias

O Dia da Família proporcionou a pais, alunos e equipe pedagógica da Escola Terra Firme, de Curitiba, um encontro divertido e lúdico, com esportes, artes e muita alegria. No dia 09 de março, todos se reuniram na sede da escola para brincar e jogar futebol, pingue-pongue, xadrez e capoeira, com a participação do grupo Tribus, do professor Charada. Além disso, teve pintura, contação de histórias, oficina de música, muita interação e a clara satisfação de compartilhar a alegria de um dia entre amigos. César Augusto Tavares Pereir, pai de Luna, do 1º C, aprovou a iniciativa. Segundo ele, escola não é apenas para estudar, mas também para proporcionar, em um ambiente acolhedor, a integração criativa com o meio social. O Dia da Família foi criado há 5 anos na Terra Firme e é realizado no começo do ano letivo, proporcionando aos pais um melhor conhecimento do ambiente pedagógico e incentivando um vínculo mais estreito entre pais, alunos, professores e coordenação.

Zombie Walk nas Faculdades Opet

Os acadêmicos do curso de Jornalismo das Faculdades Opet, de Curitiba, assistiram a palestra “A produção e organização do carnaval alternativo Zombie Walk Curitiba”, ministrada pelo professor de Produção Multimídia, Wellington Soares, ou Docca,como prefere ser chamado. Ele é o idealizador deste evento que começou em 2009, com 50 integrantes, e em 2013 recebeu 6 mil participantes, mesmo com chuva.


Novo berçário em Curitiba No ano em que completa 78 anos de atuação em Curitiba, a Escola Israelita Brasileira Salomão Guelmann, inaugurou seu primeiro berçário para atender as famílias cuja vida profissional exige a entrada das crianças na escola cada vez mais cedo. O espaço foi preparado para atender os pequenos oferecendo, acima de tudo, um atendimento de excelência, que possibilite às famílias a tranquilidade e a certeza de que seus filhos estão em um ambiente saudável, com acolhimento afetivo e estímulos adequados ao desenvolvimento físico, motor e cognitivo.

Cultura invade o Centro de Educação Infantil Picollo

23 Elis Regina, Carmem Miranda, Chico Buarque, Tom Jobim, Tim Maia, entre outros destaques da Música Popular Brasileira, foram tema de projeto trabalhado nas salas de aula do Centro de Educação Infantil Picollo, de Curitiba. As crianças confeccionaram instrumentos musicais e fizeram apresentações internas com muito entusiasmo. Ao final do projeto, eles também fizeram uma apresentação para os pais com uma exposição de tudo que foi trabalhado no período.

Outro tema abordado pela instituição foi a cultura japonesa. A professora Silvana Lourenço e seus alunos exploraram as “escolas de outros lugares” por meio de músicas, culinária, costumes e vestimentas. O tema também gerou atividade relacionada na aula de teatro e deu origem a uma peça sobre a cultura japonesa que foi apresentada para os pais.

Soroban x Calculadora Cerca de 200 pessoas prestigiaram no dia 20 de fevereiro os membros da equipe SuperCérebro, empresa do Grupo Top Gun, que foram à São José dos Pinhais fazer uma demonstração do método e falar sobre a sua eficiência. Na ocasião, os presentes puderam conhecer a ferramenta e ver de perto o duelo entre a calculadora e o Soroban, o ábaco japonês. O Centro Educacional Top Gun é o primeiro colégio do Sul do Brasil a aplicar o Soroban em seu método de ensino. Durante o encontro, o público pode conhecer a Sensei Yoneko Mizuma, profissional que atua há mais de 32 anos no ensino do ábaco japonês, responsável pela formação de 23 dos 27 campeões brasileiros de Soroban. Ela é a supervisora da equipe do SuperCérebro e no evento propôs aos presentes um desafio entre o ábaco japonês e a calculadora. A reação do público foi impressionante, pois poucos conseguiram acompanhar a realização de contas com mais de cinco dígitos, confirmando a eficiência da ferramenta no estímulo do raciocínio lógico e cognitivo.

Quer ver sua instituição de ensino neste espaço da revista? Escreva para a gente contando os acontecimentos dos últimos meses e também envie fotos para: contato@revistaEscada.com.br


ar.ti.go sm

T / Gelson F. Massuqueto - Gestor de Riscos, oficial da Polícia Militar RNR e Professor da PUCPR em Segurança Patrimonial

Gerenciamento de riscos: atividade essencial ao seu empreendimento

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As atividades de gerenciamento de riscos muitas vezes são vistas como custos. Infelizmente, muitos empreendedores têm esta visão, mas quando temos sinistros como o da boate de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, nos perguntamos: como será que está nossa empresa? Seja ela uma boate, escola ou qualquer outro negócio, normalmente só nos questionamos logo que acontecem tais tragédias, mas passados alguns dias tudo volta ao normal, cai no esquecimento e a questão da segurança novamente é colocada em segundo, terceiro e até em último plano na cadeia de investimentos. Citamos como exemplo o sinistro na boate de Santa Maria, mas é importante destacar que em nenhum momento estamos criticando as autoridades do Rio Grande do Sul, pois com certeza na maioria dos Estados não seria diferente, haja vista existirem vistorias e exigências de acordo com normas, porém nem sempre estas são cumpridas. Nas empresas em que atuamos sempre procuramos melhorar tais situações, por isso a importância das gerências de cada estabelecimento em abraçar esta causa. Citamos alguns itens de suma importância tendo como referência o sinistro ocorrido e que devemos atentar: Alvará – Devemos sempre estar atentos ao vencimento do alvará do Corpo de Bombeiros, lembrando que muitas vezes o empreendimento sofre alterações nas suas características iniciais após a vistoria. Plano de prevenção de incêndios – Alguns estados estão bem adiantados com procedimentos e obrigações nas prevenções de incêndios, entre eles o Paraná, com a Norma de Instrução Técnica que exige este plano, o qual retrata um sinistro e como

se deve proceder nestes casos. Todo empreendimento deve ter o seu próprio plano. Sirene ou alarme – Todo empreendimento deve ter sirene para avisar que está ocorrendo um sinistro no interior do estabelecimento. Além das sirenes, de acordo com o risco da edificação e tamanho, podem-se ter sprinklers, detectores de fumaça entre outros equipamentos que ajudam a salvar vidas. Extintor/Hidrante –Todo estabelecimento deve realizar testes de hidrantes ou de extintores, simulações simples que garantem o funcionamento destes equipamentos. Portas de saída – Todo estabelecimento deve se preocupar com as saídas de emergências, haja vista que uma vez existindo a necessidade de evacuação deve-se manter sempre desobstruídas. Treinamento – Temos que saber que gastos com manutenção e treinamentos, não é prejuízo e sim lucro. Pois em casos de sinistros, se não cumprirmos normas obrigatórias, as seguradoras não pagam e o empreendimento arcará com ações de danos, entre outras agravantes. Sinalização – Temos que nos preocupar com as placas de advertência, deixá-las aparentes. Devemos ter rotas de fugas, mapeamento de segurança, avisos e orientações aos usuários do estabelecimento, bem como a iluminação de emergência adequada ao estabelecimento. Brefing de segurança – Devemos ter normas de procedimentos em caso de sinistros, antes de começar qualquer tipo de evento.

Como está a segurança na sua instituição? Conte para a gente pelo email contato@revistaescada.com.br


ar.ti.go sm

T / Jacir J. Venturi - Presidente do Sinepe/PR

SÓ SE APRENDE A RACIOCINAR COM CÉREBRO E NÁDEGAS Raciocinar exige esforço. “Pensar dói” – declama Brecht. Não importa a área, sempre encanta uma apresentação oral ou escrita com bom encadeamento lógico. Temos uma geração que tem preguiça de pensar. Entretanto, nunca se valorizou tanto a pessoa ou o profissional com boa capacidade de raciocínio, enfim o resolvedor de problemas. Hoje o jovem aprende rápido e esquece rápido, não mergulha fundo e, assim, o aprendizado é fugaz ou fruto de um clique. Uma das mais profícuas maneiras para desenvolver o pensamento lógico e o poder de síntese, é a dedicação às disciplinas da área de exatas ou a um texto com dificuldade média ou elevada. Mas isso requer muita organização pessoal. Só se aprende a raciocinar com o cérebro e com as nádegas. Ou seja, galhofa à parte, aluno sentado numa cadeira, uma mesa com folhas de rascunhos, para resolver exercícios ou resenhar a matéria, estudo diário, um ambiente silente e prioritariamente muita disposição para o aprendizado. Um texto profundo ou exercício mais complexo é um desafio e faz bem aos neurônios. Há muito mais sinapses em 15 minutos dedicados a um problema difícil, mesmo não resolvido, do que na solução de três outros exercícios bastante acessíveis. Sendo

uma atividade solitária, o aluno brasileiro não é atraído pois culturalmente é pouco valorizada, quando não motivo de pilhérias ou bullying. “Não menospreze os nerds da sua escola. Você ainda irá trabalhar para um deles” – aconselha Bill Gates, que juntamente com Steve Jobs foram proeminentes nas disciplinas de Ciências Exatas. Desenvolver na criança e no adolescente a inteligência lógico-matemática, uma das nove inteligências de Gardner, é das incumbências mais relevantes dos professores e dos pais. No Brasil, não temos uma cultura de valorização das Ciências Exatas e as estatísticas corroboram essa assertiva: apenas 11% dos concluintes do Ensino Médio em escolas públicas têm capacidade tida internacionalmente como mínima em Matemática. Com os avanços tecnológicos, inovações e registro de patentes, há uma valorização inédita em pesquisas. E aqui também perdemos de goleada: um pesquisador para cada mil pessoas ocupadas; nos EUA, são 9,5; na Coreia do Sul,11. É imperiosa a necessidade mais formação técnica para amainar os gargalos da nossa precária infraestrutura. O México forma 114 mil engenheiros por ano; com quase o dobro da população mexicana, o Brasil forma 41 mil, metade do necessário.

De todas as ciências, a Matemática é serva e rainha. Serva, pois não há ciência sem o rigor de seus fundamentos, e rainha, pois Sua Majestade enseja o apanágio da lógica e da estética, numa linguagem precisa, universal e sincopada. É bem verdade que também é considerada uma ciência abstrata, provocadora das maiores humilhações. Em resumo, é têmpera racional da mente ou bicho-papão. É paraíso ou inferno, que não contempla purgatório, nem indiferença. O paradoxo é que os cientistas estão desenvolvendo tanto os computadores, que eles ainda nos ensinarão a pensar. Blague à parte, o desenvolvimento tecnológico exige cada vez mais elevado tirocínio mental e autodidatismo para o entendimento de textos ou elaboração de algoritmos sem um professor para auxiliar. É o raciocínio lógico, que promove a autoconfiança para descobrir e pesquisar outros temas da vida prática e das ciências.

Como seus alunos encaram as ciências exatas em sua escola? Envie seu comentário para contato@revistaEscada.com.br

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ar.ti.go sm

T / Eloi Zanetti - consultor de marketing e escritor

O maior legado

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A diferença entre herança e legado é que a primeira normalmente representa valores materiais, dinheiro ou bens imóveis que se transferem entre pessoas, geralmente parentes. Legado é a transmissão de valores, quase sempre subjetivos, que se passa de uma geração a outra. Está ligado a causas maiores: humanísticas, educativas, comportamentais e culturais. Quem recebe um legado tem a obrigação de retrabalhá-lo e repassá-lo de forma enriquecida aos seus descendentes. Entre os maiores valores que pais e professores podem legar às nossas crianças está, sem dúvida, o gosto pela leitura, a porta de entrada para as principais aptidões de que uma criança precisará no futuro. O hábito da boa leitura, ao longo do tempo, trará formação humanística, conhecimento sobre outros povos, culturas e costumes e com isso maior capacidade de entender o mundo que nos cerca e todas as suas diferenças. Com isso os jovens ficarão mais tolerantes e comunicativos e, com certeza, mais criativos, pois a criatividade nada mais é senão ligar uma informação sobre aquilo que sabemos a outra.

A diferença entre uma criança se tornar, no futuro, apenas um bom técnico e um profissional de grande respeito será o somatório de livros que leu. A carência de um bom vocabulário faz a estagnação de carreiras promissoras. Elas crescem à medida que aumenta o vocabulário que o profissional tem para se comunicar. Para os cargos de maior relevância, é preciso ir além do conhecimento da técnica: é necessário saber se exprimir com clareza e de maneira lógica. Diretores e presidentes de grandes empresas dominam mais palavras do que seus subordinados, em média de sete a oito vezes. Digo sempre aos meus alunos quando dou aulas ou palestras: “Querem fazer diferença nas suas carreiras, comecem a ler.” E acrescento: “Não esperem resultados imediatos, pois eles serão cumulativos, isto é, demoram a aparecer, mas uma vez adquiridos, são para a vida toda.” Pais devem começar, desde a primeira infância, a acostumar seus filhos ao mundo dos livros, revistas e jornais. Uma das maneiras é deixá-los perto dos mesmos, ao alcance das suas mãos, em prateleiras baixas, sofás e até no chão. Se possível monte uma pequena

estante para incentivá-los a ter suas próprias bibliotecas. E ao passear por shoppings, deve-se acostumar a entrar com eles em livrarias, levando-os aos livros infantis. Grandes livrarias oferecem atrações como áreas especiais para crianças e algumas promovem de tempos, em tempos, rodas de contação de histórias e debates com escritores. Nesta fase vale de tudo para acostumá-los a ler. As histórias em quadrinhos, por exemplo, são ótimas para iniciá-los no mundo da leitura. Livros como “Harry Porter”, “Senhor dos Anéis” ou “Diário de um Banana” têm contribuído, em muito, para que jovens se acostumem a ler e descubram o prazer de soltar a imaginação e viajar com o escritor. Acostumados, buscarão outros títulos e em breve poderão estar lendo Machado de Assis, sem reclamar. Professores e pais devem ler à exaustão histórias para os pequenos, pois o hábito de ouvi-las fará descobrir que aquele maravilhoso mundo do faz de conta, que tanto os excita, está nos livros. Ouvir histórias dá significado à vida das crianças, senso de pertencimento à família e, principalmente, segurança. Criança que ouve histórias certamente aprenderá a gostar de ler. Educador, qual o maior legado você quer ensinar a seus alunos? Escreva para contato@revistaescada.com.br. Sua opinião será publicada na próxima edição.


di.re.to.ri.a em a.ção sf / prep / sf

T / Marília Bobato F / Patrícia Lion

Entre outras atribuições, o Insaes poderá autorizar e renovar o reconhecimento de cursos de graduação e sequenciais. Poderá também decretar intervenção em instituições de educação superior, além de advertir, suspender e inabilitar dirigentes.

Segundo o presidente da Federação dos Estabelecimentos Particulares de Ensino da Região Sul (FEPEsul), Ademar Batista Pereira, o PL é um grande risco para a democracia brasileira, pois intervém de maneira “abusiva, inconstitucional e autoritária” na atividade da iniciativa privada. “O projeto de lei gasta a maioria dos seus artigos para definir os cargos e o plano de carreira dos seus, mas reserva à escola privada uma verdadeira estatização”, alega. “Não vejo urgência na tramitação de uma lei dessa natureza, pois neste momento, em que o país aguarda uma nova regulamentação da educação, especialmente em razão da proposta de uma reforma universitária e do Plano Nacional de Educação, a ideia da criação do Insaes nem sequer é pertinente, muito menos necessária”, complementa. educação na defesa dos nossos legítimos interesses. É indispensável um movimento de mão dupla: que a estrutura do Sindicato chegue às escolas e que as escolas sejam proativas em prol da categoria e das boas causas da educação”, afirmou o presidente do Sinepe/PR.

Sinepe/PR promove palestras sobre educação nas

Como sanção aos infratores da lei, poderá desativar cursos, reduzir o número de vagas, suspender a autonomia ou descredenciar instituições. Depois de avaliadas, as faculdades poderão receber advertência ou multas de R$ 5 mil a R$ 500 mil.

regionais

De acordo com a presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), Amábile Pácios, o projeto é questionável em Em abril, o presidente do Sinepe/PR Jacir J. Venturi visitou as diversos pontos e precisa ser melhorado no sentido de tornar mais regionais de Ponta Grossa, Guarapuava, Pato Branco, Cascavel claros, por exemplo, os critérios para multas e punições. “O PL é nee Foz do Iguaçu juntamente com palestrantes da área educacessário, mas foi criado sem que houvesse diálogo com a categoria. cional. Cerca de 100 profissionais do setor participaram dos enNo texto, constam previsões que não caberiam ao Instituto, como o contros cada município. os temas emde debate esteve a controleem de fusões e aquisiçõesDentre de escolas privadas Educação Sugestão educacional, confl itos na escola, TDAH e educação conperior”, critica. Em sua opinião, isso gera insegurança no setor que, temporânea, além de rotina escolar,perdendo como calendário inserido em sistema detemas regrasda frágeis, acabaria investidoletivo para 2014, projeto Marfin (Módulo de Arquivamento res, prejudicando o desenvolvimento da educação no país. do Relatório Final), participação nos Fóruns Municipais, legislação escolar, entre outros.

Durante as palestras, a pedagoga Jane Haddad discutiu o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) e como as práticas educacionais podem contribuir para diminuir a angústia de pais, professores, crianças e jovens. Já o coordenador pedagógico Flávio Fernando de Souza buscou provocar professoO QUE VOCÊ ACHOU DA PROPOSTA DE CRIAÇÃO DO INSAES? ESCREVA PARA res, coordenadores e gestores escolares ao enfrentamento deste Venturi destacou a intensa participação de pedagogos, profesCONTATO@REVISTAESCADA.COM.BR SUA OPINIÃO SERÁ PUBLICADA NA PRÓXIMA EDIÇÃO DA REVISTA. momento de crise enquanto um desafio para a inovação. sores e gestores e agradeceu a presença dos diretores regionais. “É fundamental a participação de todos os profissionais da

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IV Mostra de Responsabilidade Social da Escola Particular O Sinepe/PR realizou no 05 de maio a IV Mostra de Responsabilidade Social da Escola Particular. Durante o evento, instituições de ensino particulares associadas ao Sindicato, associações e ONGs puderam mostrar seus trabalhos de responsabilidade social e ambiental. O evento aconteceu junto ao tradicional churrasco do Pequeno Cotolengo, que tem toda a renda arrecadada direcionada integralmente para a instituição que acolhe pessoas de zero a 60 anos com deficiências múltiplas, abandonadas por suas famílias, ou vindas de famílias em situação de risco.

Sinepe/PR

sedia reunião da FENEP

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A Federação Nacional das Escolas Particulares (FENEP) representa 75% das instituições particulares de ensino do Brasil, incluindo desde creches e pré-escolas, até institutos de pós-graduação. A entidade é a voz da classe patronal da educação privada nas mais diversas esferas, inclusive governamental.

A fim de debater os temas que envolvem o setor, a presidente da FENEP, Amábile Pacios, reuniu-se em março, na sede do Sinepe/PR em Curitiba (PR), com representantes dos Sindicatos das Escolas Particulares de 19 estados brasileiros. Os seguintes

temas estiveram em debate na pauta do dia: a desoneração da folha para as escolas, a Lei da Copa, o Novo Ensino Médio e o Pronatec. O deputado federal Alex Canziani (PTB-PR), relator revisor da medida provisória que trata da desoneração da folha para as escolas fez sua participação na reunião e comentou que a desoneração resulta em maior disponibilidade financeira para as escolas que investirem em melhorias de salários aos professores, bem como sua capacitação. Para o presidente do Sinepe/PR, Jacir J. Venturi, o encontro gerou reflexões importantes no que se refere à educação brasileira. “É importante a união dos Sindicatos em defesa da classe”, comentou. As reuniões da FENEP acontecem mensalmente, sempre na sede dos Sindicatos Estaduais.


IV Mostra da Escola Particular sobre

Reciclagem de Resíduos Sólidos

Durante a Semana Nacional do Meio Ambiente, de 1 a 5 de junho, acontece a IV Mostra da Escola Particular sobre Reciclagem

de Resíduos Sólidos, no Shopping Palladium, em Curitiba. A atividade faz parte do Projeto Planeta Reciclável®, desenvolvido pelo Sinepe/PR, em que os estudantes são convidados a participar de um concurso cultural para desenvolver trabalhos sobre a reciclagem do isopor, a partir de palestras com o especialista Ivam Michaltchuk, da Meiwa Indústria e Comércio Ltda. Durante as palestras, aproximadamente 3.200 estudantes aprendem sobre a reciclagem do Poliestireno Expandido - EPS (mais conhecido como Isopor®) e conhecem a máquina usada para retirar o ar do Isopor®, parte importante no processo de reciclagem. Na Mostra, o público poderá ver a exposição dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos. Participe! Instituições de ensino participantes: Escola Atuação (unidades: Boqueirão e Santa Quitéria), Centro de Educação Tecnológica Tupy, Colégio Acesso (unidades: Boqueirão, Almirante Tamandaré, Santa Felicidade, Hauer, Fazenda Rio Grande e Campo Largo), Colégio Madalena Sofia, Escola Amplação, Colégio Energia Ativa, Colégio OPET, Escola Interativa, Colégio Saint Germain, Centro Educacional Evangélico, Colégio Técnico de Curitiba, Escola Pedro Apóstolo, Colégio Bagozzi e Colégio Bom Jesus (unidades: Internacional, São José dos Pinhais, Divina Providência e SESC São José).

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cur.sos sm

T / Marília Bobato

AGENDA Evento

Semana de Inclusão

O cotidiano de uma escola inclusiva: como transformar dificuldades em possibilidades

TemaS

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A educação inclusiva pressupõe a formação docente e a organização das escolas para garantia do direito de todos à educação. Nas últimas décadas, a incorporação das diretrizes da Educação para todos se efetivou, com vistas à universalização do acesso à educação. Este contexto gerou novas demandas para a gestão e outras necessidades para os professores, advindas da presença de grupos sociais diversificados em sala de aula e, ao mesmo tempo, se colocou o desafio da inclusão de crianças e adolescentes com deficiência nas classes comuns do ensino regular. Apesar da demanda significativa de alunos com necessidades educativas especiais, ainda é possível perceber que muitos professores não dominam a classificação das alterações de desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem, gerando equívocos no encaminhamento do trabalho junto aos mesmos. A partir dessa realidade, será estabelecido um quadro comparativo entre dificuldades, problemas, distúrbios de aprendizagem e deficiência intelectual, como forma de possibilitar ao professor a identificação da situação real de seu aluno. Na sequência, serão detalhadas as atuais determinações do MEC em relação à Inclusão dos alunos especiais nas classes comuns do ensino regular e, ainda, quais os cuidados que se deve ter no trabalho cotidiano com cada tipo de deficiência ou forma diferente de aprender.

DATA

LOCAL

ENCERRAMENTO DAS INSCRIÇÕES

INVESTIMENTO

18/06/2013, das 19h às 21h

13/06/2013

PÚBLICO-ALVO

Gestores, coordenadores, professores e colaboradores em geral

PALESTRANTE

Annemaria Kottel é pós-graduada em Avaliação Diagnóstica Psicoeducacional, em Educação Especial e Inclusiva e em Psicopedagogia. Graduada em Pedagogia pela Universidade Tuiuti do Paraná com estudos adicionais em Deficiência Mental pelo Instituto de Educação do Paraná. É diretora de um Centro Municipal de Atendimento Especializado da Rede Municipal de Curitiba, palestrante do Sistema UNIBRASIL e professora de pós-graduação.

Plenário Sinepe/PR, Rua Guararapes, 2028 – Vila Izabel – Curitiba – PR.

Individual R$ 10 para instituições de ensino associadas, com direito a uma cortesia. R$ 20 para instituições de ensino não associadas. Pacote (todas as palestras) R$ 25 para instituições de ensino associadas. R$ 50 para instituições de ensino não associadas.

VAGAS 90 vagas

MAIS INFORMAÇÕES (41) 3078-6933



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de Gestão, Liderança e Competências na Educação 18 a 20 de julho de 2013 Expo Unimed Curitiba - PR

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