Revista Escada 19

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número 19 | ano 05

jul a ago de 2014

Publicação Sinepe/PR

CONHEÇA A UNIVERSIDADE DA SINGULARIDADE instituição que reúne os maiores gênios do mundo com o objetivo de superar os principais desafios humanos

Entrevista: José Pio Martins fala sobre educação no atual cenário brasileiro


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adj m+f

Sinepe/PR

Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Paraná

www.sinepepr.org.br facebook.com/sinepepr

Nesta edição abrimos novas seções na revista com o intuito de aumentar ainda mais a participação das instituições associadas ao Sinepe/PR.

Trazemos uma entrevista com a gerente pedagógica do Centro de Estudos e Pesquisas e da Editora Bom Jesus, Giselli Padilha Hummelgen que fala um pouco sobre sua carreira. Outros educadores também participam dessa edição compartilhando dicas de filmes e livros que marcaram sua vida. Além dessas novidades, trazemos uma entrevista com o economista e professor José Pio Martins que enriqueceu nosso Simpósio de Matrículas realizado no início de agosto. Por aqui você também vai conferir uma bela reportagem com a Irmã Anete Giordani que fala sobre seu trabalho a frente do Centro de Assistência Social Divina Misericórdia.

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Ainda temos uma reportagem bastante atual que mostra que os pais brasileiros são os que dão mais valor à educação. Outra reportagem curiosa fala sobre a Universidade da Singularidade, localizada no Vale do Silício, que reúne os maiores gênios do mundo com o objetivo de superar os principais desafios humanos.

Conselho Diretor gestão 2012/2014 Diretoria Executiva Presidente 1.º Vice-Presidente 2.º Vice-Presidente Diretor Administrativo Diretor Econômico/Financeiro Diretor de Legislação e Normas Diretor de Planejamento

Jacir J. Venturi José Manoel de Macedo Caron Jr. Paulo Arns da Cunha Ailton R. Dörl Rosa Maria C. V. de Barros Maria Luiza Xavier Cordeiro Ademar Batista Pereira

Diretoria de Ensino Diretor de Ensino Superior Diretor de Ensino Médio/Técnico Diretor de Ensino Fundamental Diretor de Ensino da Educação Infantil Diretor de Ensino dos Cursos Livres Diretor de Ensino dos Cursos de Idiomas Diretor de Ensino das Academias

José Antonio Karam Gilberto Vizini Vieira Esther Cristina Pereira Noely Luiza Deschermayer Santos José Luis Chong Jaime M. Marinero Vanegas Ana Dayse Cunha Agulham

Conselheiros 1.º Conselheiro 2.º Conselheiro 3.º Conselheiro 4.º Conselheiro 5.º Conselheiro 6.º Conselheiro 7.º Conselheiro 8.º Conselheiro 9.º Conselheiro 10.º Conselheiro 11.º Conselheiro

Jorge Apóstolos Siarcos Pedro Roberto Wiens Raquel Adriano M. M. de Camargo Ir. Frederico Unterberger Eduardo Vaz da Costa Júnior Durval Antunes Filho Roberto A. Pietrobelli Mongruel Juliana Toniolo Sandrini Renato Ribas Vaz Magdal J. Frigotto Volnei Jorge Sandri

Conselho Fiscal Efetivos Suplentes Orlando Serbena Fabrizzio Ferreira Ribas Carolina Batista Pereira Frizon Edison Luiz Ribeiro Henrique Erich Wiens Ir. Anete Giordani Delegados Representantes - Fenep Jacir J. Venturi Ademar Batista Pereira

Boa leitura! Jacir José Venturi

Diretorias regionais

Presidente

Revista Escada Publicação periódica de caráter informativo com circulação dirigida e gratuita. Desenvolvida para o Sinepe/PR. Editada pela Editora Inventa Ltda - CNPJ 11.870.080/0001-52 Rua Heitor Stockler de França, 356 - 1º andar - Centro Cívico - Curitiba - PR Conteúdo IEME Comunicação www.iemecomunicacao.com.br Jornalista responsável

Marília S. Bobato DRT/PR 6828

Projeto gráfico e ilustrações

D-Lab – www.dlab.com.br

Comercialização

Editora Inventa

Críticas e sugestões

contato@revistaescada.com.br

Comercial marilia@editorainventa.com.br (41) 3253-0553 - ramal 22 Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião desta revista. Conselho editorial Fátima Chueire Hollanda José Antonio Karam José Manoel de Macedo Caron Jr. Márcio M. Mocellin Noely Luiza D. Santos Aprovação

Jacir J. Venturi

Impressão e acabamento Logística e Distribuição Versão Digital

Maxi Gráfica e Editora Ltda Correios www.revistaescada.com.br

SINEPE/PR - Regional Oeste (Cascavel) Diretor-Presidente Airton Bonet Diretor de Ensino Superior Maria Débora Venturin Diretor de Ensino da Educação Básica Lauro Daros Irmã Mareli A. Fernandes Diretor de Ensino da Educação Infantil Ione Plazza Hilgert Diretor dos Cursos livres/Idiomas Denise Veronesi Trivelatto SINEPE/PR - Regional Cataratas (Foz do Iguaçu) Diretor-Presidente Artur Gustavo Rial Diretor de Ensino Superior Fouad Mohamad Fakin Diretor de Ensino da Educação Básica Antonio Neves da Costa e Antonio Krefta Diretor de Ensino da Educação Infantil Rita C. R. Camargo e Edite Larssen Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas Fabiano de Augustinho SINEPE/PR - Regional Sudoeste (Pato Branco/Francisco Beltrão) Diretor-Presidente Ivone Maria Pretto Guerra Diretor de Ensino Superior Hélio Jair dos Santos Diretor de Ensino da Educação Básica João Carlos Rossi Donadel Diretor de Ensino da Educação Infantil Amazilia Roseli de Abreu Pastorello Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas Vanessa Pretto Guerra Stefani SINEPE/PR - Regional Campos Gerais (Ponta Grossa) Diretor-Presidente Osni Mongruel Junior Diretor de Ensino Superior Marco Antônio Razouk Diretor de Ensino da Educação Básica Irmã Edites Bet Diretor de Ensino da Educação Infantil Maria de Fátima Pacheco Rodrigues Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas Paul Chaves Watkins Diretoria da Regional Central (Guarapuava/União da Vitória) Diretor Presidente Dilcemeri Padilha de Liz Diretor de Ensino Superior Rodrigo Borges de Lis Diretor de Ensino da Educação Básica Juelina Simão Marcondes Diretor de Ensino da Educação Infantil Jean Felde de Liz Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas Marcos Aurélio Lemos de Mattos


ín.di.ce sm

06

opinião

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Dicas

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Vida de educador

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Educador, o que você achou da aprovação da Lei da Palmada que prevê punição para quem impuser castigo físico a crianças e adolescentes?

Conheça um pouco sobre a carreira da gerente pedagógica do Bom Jesus, Giselli Padilha

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Curiosidades

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Panorama

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AÇÕES DA DIRETORIA

A educação ao redor do mundo

Pais brasileiros são os que dão mais valor à educação

Entrevista José Pio Martins

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especial

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História

Irmã Anete conta sobre seu trabalho com as creches comunitárias

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ARTIGO

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Universo das associadas

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Agenda

Conheça a Universidade da Singularidade

Confira as atividades das instituições que fazem parte do Sinepe/PR

Saiba como foi a V Mostra de Reciclagem de Resíduos Sólidos

Tributos: a cada ano uma piora, por Jacir J. Venturi

Confira os próximos cursos e palestras do Sinepe/PR


o.pi.ni.ão subst.

Educador, o que você achou da aprovação da Lei da Palmada que prevê punição para quem impuser castigo físico a crianças e adolescentes?

Entendo que essa nova lei tem como objetivo fazer com que as pessoas compreendam que a palmada está ultrapassada e que seus efeitos podem ser desastrosos. Ainda assim serão necessárias gerações para que haja uma real mudança na sociedade brasileira no que diz respeito ao comportamento e à educação. Acredito que pouco irá mudar se aguardarmos somente por programas educacionais, mas com a lei mais específica e compreensível, espero uma mudança na maneira de agir de muitas pessoas em relação a seus filhos. Acredito também que haverá a busca por ajuda profissional e psicológica para proporcionar aos seus filhos um futuro mais digno e uma vida melhor.”

Regiane Slomski, | Professora de Educação Infantil do Colégio Sion. 6

Acredito que temos que cuidar com os exageros e má interpretação desta lei, assim como fizeram com o Estatuto da Criança e do Adolescente. Sou contra qualquer tipo de atitude que possa resultar em violência física ou moral. Hoje temos adultos com desvio de comportamento, oriundos de uma geração educada equivocadamente. A aprovação dessa lei, da forma como estão interpretando, mostra que a pessoa não tem sequer noção de educação e respeito. Se a lei estiver contra o espancamento, isso sim é muito válido. Ninguém em sã consciência agride uma criança, principalmente os pais”.

Marinice Natal | Professora e Mestre, responsável pela Pedagogia e Núcleo Educacional de Ensino a Distância do Grupo Uninter.

A agressão e violência, física ou moral, não são meios de educar uma criança. Sou contra qualquer espécie de violência, mas também não sou favorável à Lei da Palmada, porque acredito que é só mais uma lei, que foi antecedida por outras leis eficazes que têm por objetivo acabar com a violência, inclusive contra a criança. Infelizmente, cada vez mais se vê o Direito atuando quando o bom senso não impera. Educar é um ato de amor, lamento que a lei precise ensinar isso.”

Andreza Baggio | Professora do UNICURITIBA.


Se, por um lado, a proposição do projeto de lei Nº 2654 /2003, da Deputada Maria do Rosário, reflete a necessidade do debate constante e reafirmação de medidas de combate à violência, por outro, me parece que estamos diante de uma necessidade já legislada em textos anteriores, como a Constituição Brasileira de 1988, o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8069/90) e a Convenção sobre os Direitos da Criança (ratificada pelo Brasil em 24.09.90). Historicamente, as leis, neste caso, de combate à violência, são burladas pelo próprio governo quando, por exemplo, deixa 80% das crianças de 0 a 3 anos sem possibilidade de frequentar creches, por falta de vagas e investimentos para esta faixa etária”.

Daniel Vieira da Silva | Professor do Curso de Mestrado em Educação e Novas Tecnologias do Grupo Uninter.

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Concordo em um ponto e discordo em outro. Acho importante a aprovação da lei para punir a agressão física violenta contra as crianças, que a gente sabe que acontece. Tem muitos pais que perdem a mão e acabam agredindo gravemente seus filhos. Por isso acho que o próprio nome da lei não deveria ser da Palmada, mas da Violência contra a Criança. Sou de uma geração educada com algumas palmadas da mãe e do pai e não acho que tenha sido ruim. Pelo contrário, comparando com as crianças de hoje, acredito que uma palmada para dar limites, às vezes, faz falta. Há situações que só conversar, ‘ficar de castigo’ não resolve, é preciso a criança sentir que não pode fazer determinada coisa. E eles estão cientes da Lei da Palmada, acompanham o que sai na mídia, e colocam isso para os pais. As crianças estão se prevalecendo disso e desrespeitando a autoridade dos pais”.

Josimara Santos | Professora do 4º ano da Escola Atuação.

Envie sua opinião para contato@revistaescada.com.br


di.cas s. f.

Educador, qual livro ou filme

marcou sua vida e por quê?

Pensando sobre a minha caminhada na educação, entre muitos filmes destaco Escritores da Liberdade (2007), que mostra a versatilidade de uma professora diante da resistência de seus alunos. Outro título interessante e bastante conhecido é O Sorriso de Mona Lisa (2003), que aborda o universo das artes e o contexto feminino fortemente marcado pelo pensamento patriarcal. Um tema que aprecio muito é tratado no filme Vem dançar (2006), no qual, por meio da dança, um professor conquista um grupo de jovens rebeldes e dá lições de superação. Todas as indicações prometem grandes emoções e relações interessantes com as experiências vividas no ambiente escolar. Dentre os livros que marcaram minha vida, indico A árvore do conhecimento (2011), de Maturana e Varela, que fala sobre o processo vital na perspectiva da biologia e mostra um novo ponto de vista da aprendizagem. Já para uma leitura mais leve, principalmente para os pais de “primeira viagem”, sugiro o título Crianças francesas não fazem manha, de Pamela Druckerman (2013)”.

Shayana Rodrigues de Oliveira | Professora do Ensino Fundamental I do Colégio Sion, pedagoga e mestranda de Educação pela PUC-PR.

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Minha indicação de filme é Somewhere in Time (Em Algum Lugar do Passado). Vi este filme na minha adolescência e me marcou muito. Sabe aquele dia que você não está muito a fim de ver os lançamentos e pega um filme qualquer na prateleira, despretensiosamente? Foi o que aconteceu. Não lembro bem, mas acho que sequer li a sinopse, pois, se me desse conta de que estava levando para assistir um filme de ficção científica casada com drama, por certo, desistiria. O filme é de 1980, dois anos antes de eu nascer, mas sua trama e a forma como foi dirigido me prendeu na minha adolescência e me faz lembrar com carinho daquela tarde em que vi o filme pela primeira vez. Sim, voltei a vê-lo por mais uma ou duas vezes. A trama é baseada no romance de Richard Matheson e estrelada por Christopher Reeve, um dos mais famosos Super-Homens do cinema. Sempre fui bastante crítico em relação à ficção científica e, especialmente, à construção da verossimilhança na mesma. Dificilmente me deixo convencer, mas, no caso de Em Algum Lugar do Passado, além de ser envolvido pelo enredo, também tive uma experiência muito feliz ao ter a mente oxigenada para novas possibilidades de histórias e desfechos, pela criatividade e capacidade de se manter um argumento. O que, provavelmente, foi um pequeno ponto dentre tantos que nos levam às escolhas profissionais”.

Paulo Negri Filho | Professor de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda do Grupo Uninter.

O Visconde Partido Ao Meio, de Italo Calvino, conta a história de Medardo di Terralba, o voluntarioso visconde que, na defesa da cristandade contra os turcos, leva um tiro de canhão no peito. Os médicos que acompanham as tropas conseguem mantê-lo vivo, mas ele fica absurdamente partido ao meio. Na volta para casa, surpreende os moradores de Terralba com sua personalidade dividida: a metade direita atormentada pela maldade, e a esquerda, pela bondade. Essa é uma história fascinante que nos faz refletir os paradoxos do ser humano. O livro encanta por nos demonstrar que ninguém consegue ser totalmente bom, mas é impossível ser totalmente mal e porque, no desfecho, é o amor que encontra a solução”.

Marilí Bertolino | Coordenação Didática Centro di Cultura Italiana. Envie sua dica de livro ou filme para contato@revistaescada.com.br e confira a publicação na próxima edição.


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car.rei.ra sf

T / Julia Ledur F / Divulgação

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Vida de educador


Enfrentar os desafios da educação, tanto por parte dos alunos, como dos professores, faz parte da rotina da gerente pedagógica do Centro de Estudos e Pesquisas e da Editora Bom Jesus, Giselli Padilha Hummelgen. Ocupando o cargo na instituição há 20 anos, ela acumula vasta experiência no ramo educacional. No início da carreira atuou na monitoria do curso de Letras da Universidade Federal do Paraná (UFPR), no qual é graduada. Depois, atuou em alguns cursos preparatórios para o vestibular e para as academias militares, além de ministrar aulas de Língua Portuguesa, Produção Textual e Literatura para alunos do Ensino Médio. À frente do Bom Jesus, Giselli juntamente com uma equipe de coordenadores, responde pela manutenção da unicidade da proposta pedagógica das Unidades da Educação Básica e faz parte de grupos de discussão que acompanham as tendências nacionais para a educação.

Revista Escada - Em 2013, sua equipe do Bom Jesus juntamente ao Sinepe/PR enviaram ao MEC um documento com sugestões para a reformulação do Ensino Médio. Como funciona o Fluxo de Conteúdos e ele já está em fase de testes? Giselli Padilha - O ensino interdisciplinar ou Fluxo de Conteúdos conta com um currículo mais enxuto e que considera as vocações dos alunos, além da implantação do ensino integral. Visa não somente a integração dos diferentes conteúdos, mas também do universo profissional a partir de uma visão do conhecimento, que permite que os desafios da sociedade sejam mais facilmente identificados. Dessa forma, entendemos que estaremos contribuindo significativamente para a melhoria no processo de ensino-aprendizagem, visando à formação plena do estudante. No Colégio Bom Jesus Divina Providência já estamos trabalhando com o Fluxo de Conteúdos em um projeto piloto.

RE – A implantação desse Fluxo de Conteúdos também seria benéfica aos professores? GP – Sim. Esta proposta busca também a aproximação da re-

alidade vivida pelos professores. O diálogo constante entre os professores contribui para a implantação de uma rede de informações, métodos e práticas escolares que podem transformar o ambiente escolar.

RE – Além desse grandioso projeto, quais os principais desafios de se trabalhar com a educação?

GP – A implantação, por parte do currículo da instituição de

“É fundamental que os profissionais da educação e as instituições de ensino busquem mecanismos que permitam o aperfeiçoamento constante, trazendo reflexos efetivos na prática pedagógica e na construção do conhecimento pelos alunos”.

ensino, de uma proposta interdisciplinar que não se resuma apenas à inter-relação de conteúdos. Uma base curricular estruturante permite ao aluno e ao professor diversas possibilidades de conexões e, dessa forma, empreender a prática da inter-relação dos conhecimentos. Cria-se, portanto, a possibilidade de avanços significativos no campo curricular, didático e pedagógico. Outro importante desafio educacional é a formação continuada dos professores. É fundamental que os profissionais da educação e as instituições de ensino busquem mecanismo que permitam o aperfeiçoamento constante, trazendo reflexos efetivos na prática pedagógica e na construção do conhecimento pelos alunos. Os Fluxos de Conteúdos fomentam o diálogo entre as diversas áreas do conhecimento, valorizando a interdisciplinaridade e a contextualização, tornando-se uma eficiente ferramenta no processo de formação continuada dos docentes.

RE – Como é trabalhar com os alunos em sala de aula diante de tantas inovações tecnológicas e mudanças na sociedade? GP –Acho importante incentivar o uso de novas tecnologias

em sala de aula de forma equilibrada e inovadora. Essa necessidade provém das transformações significativas pelas quais a sociedade está passando atualmente, na era do conhecimento, da revolução técnico-científica, das comunicações e das informações instantâneas. Mas, para tanto, é imprescindível que os docentes tenham conhecimento dessas ferramentas e saibam utilizá-las de maneira coerente com os encaminhamentos propostos pela Instituição em que atuam.

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cu.ri.o.si.da.de sf T/ Marília Bobato F/ Divulgação

A educação ao redor do mundo 12

Sair da sala de aula para conhecer a realidade da sala de aula em outros países. A proposta é do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (SIEEESP), que há 17 anos promove viagens educacionais com a participação de educadores de todo o Brasil. Em maio de 2014, o destino escolhido foi a Rússia, que possui características bem próximas do Brasil por suas dimensões e diversidades regionais, e a Finlândia, avaliada como a número 1 do mundo em qualidade e desempenho de suas escolas. Fizeram parte dessa viagem, a diretora da Escola Atuação, Esther Cristina Pereira, e o diretor administrativo das Unidades de Ensino Expoente, José Luiz Amálio de Souza. A convite da revista Escada, os dois educadores de Curitiba contam algumas curiosidades sobre os países que já visitaram durante esta e outras viagens educacionais e compartilham um pouco dessa valiosa troca de conhecimento.

Esther Cristina Pereira, diretora da Escola Atuação que tem duas sedes em Curitiba. Participa das viagens educacionais há 10 anos.

José Luiz Amálio de Souza, diretor administrativo das Unidades de Ensino Expoente. Já visitou 11 países em viagens educacionais.


Canadá: o ensino é personalizado para cada aluno. É oferecido ao aluno o que ele gosta e se interessa, sendo valorizadas as habilidades como forma de construção de cada aluno. O currículo é de alto padrão e o desenvolvimento dos alunos é profundo. O aluno faz todo o processo até o 7º ano, e então escolhe se irá para a universidade ou para um curso técnico. Essa escolha é feita através do portfólio que ele possui, que demonstra seu perfil desde a educação infantil. Estados Unidos: na Califórnia o caminho da educação é pela descoberta, através da exploração, em conversa com o aluno. O objetivo é ir ao limite, com altruísmo e extremo comprometimento. O professor é muito trabalhado, seu tempo é usado para ele dar o seu melhor. As ferramentas para ajudar o professor veem da coordenação da escola e da comunidade escolar. Existe o boletim com notas, e junto dele um relatório sobre a personalidade e o jeito do aluno. Por lá, para ser um diretor de escola, o gestor passa por um concurso; onde á avaliado conhecimento e habilidade. A tecnologia é a mola mestra das escolas. Suécia: existe um plano geral que todas as escolas seguem e o controle de

qualidade é responsabilidade de cada município. A licença maternidade é de 18 meses e a obrigação do serviço de creche é do governo. O processo funciona com equipes de trabalho. As crianças se organizam entre si, cuidam-se entre si e elaboram seu dia para terem produtividade. O trabalho é coletivo. Existe testagem no final do ano, nas escolas, é feito um cruzamento dos resultados para ver se o país está no caminho certo. A contratação dos professores é limpa minuciosa e feita pelo diretor da escola.

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Rússia: a partir de 1996, a Rússia propiciou uma educação mais livre, huma-

na e democrática com o foco nas necessidades dos alunos e das escolas. Após o colapso da União Soviética, a reforma do sistema educacional russo elaborou uma profunda revisão dos conteúdos, que tinham ideais comunistas. Hoje, as alternativas escolares abrangem também a opção da educação por via familiar, autodidata ou hospitalar de forma legalizada. O mote é a formação de alunos que resolvam problemas por meio de métodos próprios, valorizando o trabalho em grupo, usando os conhecimentos interdisciplinares. O desejo é que, em 2020, a Rússia esteja entre os cinco primeiros no PISA.

Finlândia: desde 2000, ela está no grupo líder em educação editado pelo PISA,

nas avaliações de Ciências, Matemática e Leitura, tornando-se uma referência e fonte de estudos para muitos educadores de outros países. A educação finlandesa tem como pilar mestre a oferta para todos os seus cidadãos de forma igualitária e gratuita de todos os níveis, da pré-escola ao ensino superior. O professor é uma carreira valorizada, mas que exige uma qualificação formativa de qualidade (pós- graduação obrigatória e treinamento continuado como cláusula de contrato).

China: muita dedicação docente, disciplina rígida dos alunos, vontade de aprender e a

grande valorização da escola são aspectos que tornam a China a detentora de um dos melhores sistemas educacionais. As escolas chinesas são quase na totalidade públicas, mas silenciosas e organizadas, em tempo integral. O ensino tem uma duração similar à brasileira, mas com um currículo magro com apenas Matemática, Geografia, Física, Química, Inglês e Chinês no período da manhã e no período da tarde são ministradas as disciplinas optativas escolhidas pelos alunos. Cultura de disciplina, responsabilidade e busca de resultados são para todos os alunos e professores, princípios de vida na escola e na profissão. As punições, quando se erra ou não se tem compromisso, são muito drásticas.


pa.no.ra.ma sm

T / Priscilla Scurupa

Número de matrículas na rede privada

dispara na Crescimento do en X última década declínio das instituições

Índices mostram preocupação crescente do brasileiro com um ensino de qualidade

2010 são os que Os pais brasileiros mais apostam no gasto em ensino para garantir o sucesso dos filhos. Um estudo global desenvol-

de alunos

2014

de alunos

de alun

vido pelo banco HSBC aponta que 79% dos entrevistados no Brasil acreditam que pagar pela educação é o melhor investimento que podem fazer para a próxima geração. Depois do Brasil, a importância é maior na China (77%), Turquia e Indonésia (cada um com 75%), sendo a média mundial de 58%. A pesquisa foi realizada com 4.592 pessoas de 15 países entre dezembro de 2013 e janeiro deste ano.

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de alun

no Paraná

Dois grandes motivos podem explicar a relevância do Brasil na pesquisa. Primeiro, o fato de educação de qualidade no país ter se tornado sinônimo de ensino privado – de acordo com o levantamento, 66% dos entrevistados brasileiros acreditam que a escola particular é melhor do que a pública. Em segundo lugar, é evidente que existe uma mudança comportamental ocorrendo ao longo dos últimos anos, com o aumento da importância dada para a educação.

O estudo do HSBC mostra que 97% dos pais desejam que os filhos frequentem a universidade, 84% que frequentem uma pós-graduação e 77% esperam que os filhos tenham um nível Fonte: IBGE de educação melhor do que a deles.

A transformação

O aumento da renda do brasileiro e a expansão da classe C no decorrer dos últimos anos têm moldado o ensino do Brasil. De acordo com o IBGE, nos últimos quatro anos o número de alunos matriculados no ensino privado cresceu 13,9%, passando de 7,5 milhões para 8,6 milhões. No mesmo período, a quantidade de estudantes em instituições públicas sofreu um declínio de 5,8%, caindo de 43,9 milhões para 41,4 milhões em todo o Brasil. No Paraná, o movimento foi ainda mais intenso: a rede privada cresceu 15,7% e as matrículas nos colégios públicos diminuíram

foi o crescimento da rede privada


6,8%. No mesmo período, a renda real do brasileiro também apresentou um crescimento significativo. Foram 12,9%, com a inflação já descontada, entre 2010 e 2013. No Centro Educacional Evangélico, no bairro Fazendinha, em Curitiba, o crescimento aconteceu em especial no Ensino Fundamental, com a implantação gradativa das séries finais. De acordo com a proprietária Raquel Momm, muitas famílias que tem filhos em creches municipais, demonstram preocupação quando chega o momento das crianças ingressarem em escolas maiores, no fundamental. “O mesmo movimento acontece quando a criança termina o quinto ano numa escola menor, mais perto de casa, e é encaminhada para matrícula em colégios maiores. A primeira preocupação das famílias é com a segurança dos filhos. A educação é vista pelas famílias como a mais importante forma de ascensão social

e os pais visualizam na escola particular uma opção importante para as bases de uma boa carreira profissional. Indicativo disso é que mesmo com as cotas nas universidades para alunos oriundos da rede pública, as famílias vêem na escola particular a educação desejada para os seus filhos”, declara a diretora. A proprietária da Escola Anjo da Guarda, Maria Miraglia, acredita que um dos motivos para essa migração é o desleixo por parte do governo em fornecer educação básica gratuita de boa qualidade. “Isso acontece, em geral, pela má de qualidade das escolas públicas, decorrente da falta de compromisso dos governos com a educação básica do país”, diz Maria. Ela afirma, entretanto, que isso não quer dizer que todas as escolas particulares ofereçam um serviço superior ao das públicas. “Ainda há escolas públicas de melhor qualidade de que algumas escolas particulares”, esclarece.

Crescimento do ensino privado X declínio das instituições públicas no Brasil

de alunos no ensino privado

2010

de alunos na rede pública

2014

de alunos no ensino privado

de alunos na rede pública

no Paraná

foi o crescimento da rede privada Fonte: IBGE

foi a retração das matrículas nos colégios públicos

O fato é que brasileiros que antes não detinham poder aquisitivo para arcar com os custos do ensino privado, são convencidos de que é a opção de maior qualidade e se mostram dispostos a investirem na educação. De acordo com o presidente do Sinepe/ PR, Jacir J. Venturi, o número de matrículas está diretamente ligado ao crescimento do poder aquisitivo da classe C. “Além disso, a educação virou uma prioridade ainda mais importante para as famílias”, explica.

Por uma vida melhor

Junto com a renda dos brasileiros, aumentou também a disposição para pagar preços mais altos por um ensino de qualidade. De acordo com dados do Data Popular, os investimentos em educação dos filhos passaram da quinta posição entre as prioridades de gastos da classe C, em 2006, para a segunda colocação em 2012 – atrás somente dos gastos da famílias com alimentação. O presidente do Sinepe/PR afirma que os brasileiros estão sim mais preocupados com o ensino. “Somente o aumento da renda não é suficiente. Se não fosse pela importância que a educação ganhou nos lares, os gastos poderiam ser deslocados para outras áreas”, diz Venturi. A proprietária da Escola Anjo da Guarda discorda: “Acho que o fato de os gastos com educação terem aumentado não significa que a preocupação da população seja muito maior”, diz Maria. “Creio que, há alguns anos, os pais podiam confiar em um ensino público de qualidade, sem ter que gastar com uma escola particular. Gastar pouco com a educação dos filhos não significava oferecer uma educação inferior”, defende. Para Raquel, a aprovação automática ao final de cada ano letivo e um certificado de conclusão são medidas populares ou políticas. “Cada pai e mãe deseja uma aprendizagem sólida para seu filho. Eles sabem que não basta ir à escola, é preciso efetivamente assegurar que os filhos tenham a base necessária para a profissão ou empreendimento que vierem a escolher. E a escola particular, mesmo com as dificuldades que toda área educacional enfrentam em nosso país, ainda apresenta-se como a realidade mais desejável”.

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en.tre.vis.ta / José Pio Martins sf T / Priscilla Scurupa F / Divulgação

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Educação

com estratégia


O professor e economista José Pio Martins é reitor da Universidade Positivo desde 2010. Anteriormente, ocupou o cargo de vice-reitor da instituição por oito anos, além de possuir ampla experiência como executivo financeiro em empresas do setor privado e público. É também comenta-

rista da Rádio CBN e autor dos livros Educação financeira ao alcance de todos (Ed. Fundamento, 2004) e Seu futuro (Ed. Fundamento, 2011). Em agosto, Pio Martins participou do Simpósio de Matrículas 2014, evento realizado pelo Sinepe/PR. Na ocasião, proferiu a palestra “Cenário Brasileiro e Educação”, sobre o contexto econômico brasileiro atual e as tendências do mercado da educação. De acordo com ele, os pilares de sucesso de uma instituição de ensino são três: a legalidade, a qualidade e a rentabilidade. Aos gestores educacionais, cabe a elaboração de estratégias que garantam essa sustentação. Para isso, explicou, é preciso que esses profissionais estejam atentos às mudanças ocorridas no país a fim de contribuir com melhorias na qualidade educacional, peça-chave para o desenvolvimento. Na entrevista a seguir, Pio Martins complementa o tema abordado na palestra, comenta sua experiência como gestor, e indica as reformas necessárias para melhorar a educação brasileira.

“80% dos jovens entre 18 e 24 anos estão fora do ensino universitário. É necessário ampliar o número de alunos nesse nível de educação”. REVISTA ESCADA - Quais os principais desafios da educação brasileira atualmente? O que precisa mudar para avançarmos em termos qualitativos?

JOSÉ PIO MARTINS - A educação, no Brasil, sempre teve o desafio da

quantidade. O país demorou a dar acesso à educação para todos seus habitantes. Esse desafio está parcialmente vencido, pois a educação de base (ensino fundamental e médio) está praticamente universalizada. Na educação superior ainda existe uma lacuna: mais de 80% dos jovens entre 18 e 24 anos estão fora do ensino universitário. É necessário ampliar o número de alunos nesse nível de educação. Em segundo lugar vem o desafio da qualidade. Esse é mais difícil de vencer, pois implica conseguir que os estudantes terminem seus estudos tendo assimilado os conhecimentos e as habilidades que compõem os currículos de seus

cursos. A grande revolução que o Brasil tem de fazer é elevar o índice de aprendizagem dos alunos, como forma de melhorá-los como cidadãos e como profissionais. Não há receita milagrosa nem de curto prazo, mas é preciso identificar as causas da baixa qualidade e as soluções adequadas ao problema. A partir daí, o país terá de enfrentar as reformas e as mudanças necessárias.

RE - Em termos de porcentagem do PIB, o Brasil gasta em educação uma quantia similar a de países desenvolvidos. Por que, ainda assim, não avançamos? JPM - Há um mito de que o Brasil gasta pouco com educação. Não, o Brasil não gasta pouco com educação; gasta absurdamente mal. Jogar mais dinheiro na educação sem mudar as bases da baixa qualidade será apenas inflar aquilo que já não funciona bem. É um problema de eficiência e produtividade do setor educacional. É desejável gastar mais em educação, mas antes é preciso reduzir ineficiências e desperdícios.

RE - A aprovação do PNE é um passo importante? Como o senhor avalia as 20 metas estabelecidas e o prazo de dez anos para cumpri-las?

JPM - Eu olho esses planos sempre com certo

ceticismo. O Brasil não tem deficiência de planos e planejamentos. O PNE não é ruim, claro que não. Mas, sem atacar as causas da baixa qualidade na educação, o PNE poderá ser mais um plano bonito que não se concretizará. De qualquer forma, não acredito na conclusão das dez metas. Claro que deverá haver avanços, mas não esperemos nenhum milagre.

RE - Qual a sua opinião sobre programas como ProUni e Fies? De que forma eles contribuem para a educação brasileira?

JPM - O governo federal fez algo pragmático.

Ao perceber que o setor público jamais conseguiria oferecer vagas nas instituições estatais para atender a grande massa de jovens fora da escola e considerando o alto custo de um aluno nas IES públicas, o governo abriu duas estradas: uma pelo Prouni, pelo qual colocou alunos nas IES privadas mediante isenção de tributos; outra, oferecendo empréstimos a

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juros módicos para alunos que não podem arcar com os custos da educação. São dois programas positivos que devem ser mantidos.

RE - Muitos críticos afirmam que usamos um modelo do século XIX para educar alunos do século XXI. O senhor concorda com essa afirmativa? JPM - Os métodos de educação que

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existem desde a academia de Platão na Grécia nunca deixaram de ser válidos. A sala de aula convencional existe e continuará existindo. Ocorre que as novas tecnologias como o rádio, a televisão, a internet, o computador e os telefones celulares abriram um amplo leque de novas possibilidades de ensinar e aprender. Mas um método não invalida o outro. Todos têm sua utilidade e sua função. Apenas, tanto professores quanto alunos terão várias ferramentas para produzir educação. Um exemplo simples vem da educação de crianças. Ninguém imagina que uma criança entre 6 e 12 anos deixará de ir para a escola para ser educada na frente de um computador. Em resumo, os métodos e modelos se somam, não se excluem.

RE - Em relação à pergunta anterior, quais as principais competências que o aluno do século XXI precisa desenvolver?

JPM - A educação superior é basi-

camente profissionalizante. Logo, a primeira tarefa de um curso superior é prover os conhecimentos técnicos e científicos relativos àquela profissão e desenvolver as habilidades para o exercício profissional. Claro que faz parte, também, da missão da educação superior formar o aluno para a cidadania e a evolução moral.

RE - O que se espera de um professor

“A primeira tarefa de um curso superior é prover os conhecimentos técnicos e científicos relativos àquela profissão e desenvolver as habilidades para o exercício profissional”. educacionais. Agora, um professor mal remunerado, numa escola deteriorada e sem recursos, não evoluirá. Portanto, o problema não é do professor, mas das condições que o país lhe oferece.

RE - Qual é a importância dos gestores para atingirmos uma educação de qualidade no país?

JPM - A educação tem suas peculiaridades, a pedagogia como ciência de

ensino e aprendizagem tem suas lógicas, mas a escola (mesmo a pública) é uma instituição empresarial como outra qualquer, no sentido que dou à palavra “empresa”: uma organização que junta fatores de produção em forma de recursos materiais, humanos e financeiros, para operar a prestação de um serviço: a educação. Nesse sentido, todas as escolas estão submetidas às leis da administração e à necessidade de boa gestão. E isso exige que os gestores tenham formação adequada.

RE - O senhor diria que existe uma concorrência entre educação particular e a pública no Brasil? Qual a missão da rede particular atualmente?

JPM - No sentido de que correm juntas, como complemento, para o mesmo

objetivo, sim, são concorrentes. No sentido de disputa, quando uma ganha e outra perde, pode haver alguma concorrência em certa medida. Mas o fato é que o país precisa das duas, pois o governo, sozinho, não consegue prover educação para todos em todos os níveis. Isso é utopia no Brasil real. A missão da instituição de educação é a mesma, tanto nas estatais quanto nas privadas. O que distingue uma da outra é quem paga a conta. Só isso.

hoje? O senhor diria que o professor brasileiro está capacitado para atuar frente a essas mudanças?

RE - De que maneira as experiências privadas bem-sucedidas podem ser apro-

JPM – Aprendi uma coisa na vida:

JPM - Há possibilidade de maximizar o uso de recursos escassos por meio de

dê a um professor os meios e ele desenvolverá a capacidade de operar as novas ferramentas. O computador nasceu antes que nós soubemos operar um computador. Isso ocorre com a internet e as demais tecnologias

veitadas pela rede pública?

acordos e parcerias. Por exemplo, se uma IES privada dispõe de laboratórios parcialmente ociosos, não há porque não serem utilizados por convênio por órgãos públicos. O Brasil é pobre e não pode se dar ao luxo de desperdiçar recursos. Essa oposição entre o que é público e o que é privado atingiu o nível de paranoia no Brasil, como se tudo que o governo faz não fosse pago pelo setor privado.


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Universidade da Singularidade: poucos em prol de muitos Instituição reúne os maiores gênios do mundo com o objetivo de superar os principais desafios humanos


Ela, filme de ficção científica dirigido por Spike Jonze, narra a história do introvertido e solitário Theodore (Joaquin Phoenix), um profissional especializado em redigir cartas sob encomenda para estranhos, recém-separado, que se apaixona pela voz de Samantha (Scarlett Johansson), um sistema operacional dotado de inteligência artificial. À medida que a convivência e o relacionamento virtual de Theodore com Samantha avançam, ela parece também expandir seu desempenho enquanto programa, a ponto de desenvolver inteligência e personalidade tão complexas quanto de qualquer ser humano. Além de abordar possíveis relações afetivas entre homens e máquinas, Ela também propõe uma realidade tecnológica não muito difícil de imaginar: computadores e smartphones se tornam intrínsecos ao cotidiano humano, praticamente uma extensão de nosso próprio corpo. Longe do universo ficcional, diversos exemplos reais confirmam a tendência de, cada vez mais, convivermos com máquinas cujas capacidades serão muito maiores do que as do cérebro humano e contribuirão para melhorar e até mesmo prolongar nossas vidas. É a esse campo científico que se dedica a Universidade da Singularidade (Singularity University), fundada em 2009 por Ray Kurzweil e Peter Diamandis. Instalado no Vale do Silício (EUA), o centro de ensino particular tem como objetivo principal reunir as melhores mentes do mundo (alunos e professores) e, a partir deles, formar uma rede global de líderes capazes de identificar e solucionar os maiores problemas da humanidade. Apoiam o projeto grandes instituições de tecnologia, como a Google e a NASA. As inovações buscadas pela Universidade da Singularidade têm como foco quatro campos que, segundo especialistas, tendem a convergir e transformar exponencialmente o mundo que hoje conhecemos: a nanotecnologia, ciência dedicada ao controle e manipulação da matéria em nível de átomos e moléculas; a biotecnologia, dedicada às células e a aplicações diretas ou indiretas em seres vivos; a infotecnologia, especializada em sistemas computacionais, hardwares e softwares, incluindo redes e telecomunicações; e a ciência cognitiva, estudo da inteligência e sistemas inteligentes. Todas as aulas ministradas na instituição são baseadas no conceito de multidisciplinaridade, “sem aquele tradicionalismo que divide professores e alunos. Por aqui todos interagem e há vários professores para cada disciplina”, explica Kurzweil em entrevista publicada na edição nº44 (maio/2010) da revista Piaui. “A mente um pouquinho preparada e constantemente atualizada com os avanços já percebe que os profissionais já têm que ser multidisciplinares no modo de trabalhar, de empreender de criar coisas e soluções para os múltiplos problemas do mundo”, atesta. Anualmente, a Universidade da Singularidade atrai mais de 4 mil candidatos de 120 países. São diversas modalidades de cursos oferecidas. Entre elas, o Executive Program, workshop de uma semana que oferece a executivos e empresários ferramentas para prever e avaliar como as tecnologias emergentes transformarão suas empresas e carreiras dentro de cinco ou dez anos. E o Graduate Studies Program, curso imersivo de dez semanas voltado aos 80 melhores estudantes de graduação e pós-graduação de todo o mundo. Para Kurzweil e demais adeptos do conceito de singularidade, que prevê um novo estágio da evolução para os próximos anos, até 2045 o cérebro humano será superado pela inteligência artificial. “Por isso nossa intenção de formar profissionais com um altíssimo nível de criatividade, preparados para o tempo de aceleração tecnológica em que vivemos e iremos viver mais significativamente no futuro breve”, comenta ele.

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A Universidade da Singularidade uma breve experiência O momento de maior frisson foi quando o palestrante exibiu na tela duas frases: – O envelhecimento é uma doença curável. – A morte da morte? Bons foram os argumentos, tangenciando a imortalidade, ante a perplexidade de todos. Daqui a 30 anos, os humanos chegarão saudáveis aos 150 ou mais anos. E justificou: compartilhamos 90% do genoma dos ratos, cuja idade normal já conseguimos multiplicar por 2 ou por 3. No Império Romano, a expectativa de vida era 23 anos, em 1900 era 33 e, hoje, 76 anos. E num arroubo de eloquência o palestrante foi enfático: em três décadas vamos sim dobrar a idade – ou mais – lembrando o personagem bíblico Matusalém. Ao meu colega do lado, fiz blague: vou continuar tentando salvar a alma, porque o corpo já está perdido.

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Avanços incríveis acontecerão, bastando lançar um olhar ao passado recente: há 30 anos éramos desprovidos do PC; há 20, do celular e há 10 do Google. Hoje, a vida é inimaginável sem eles. Um adolescente com smartphone tem mais informações disponíveis que o presidente dos EUA há 15 anos. Em 1996, Kasparov era considerado o maior enxadrista de todos os tempos. Alguém o desafiou e venceu. Quem? O Deep Blue, um megacomputador construído pela IBM. Por menos de mil dólares, a partir de 2030 teremos máquinas – que manifestam “sentimentos” – capazes de superar o cérebro humano. Este “se dedicará às tarefas mais criativas e empreendedoras, pois para as rotineiras e repetitivas usaremos robôs e a inteligência não-biológica.” Crível ou não, o exposto acima foi o preâmbulo de uma das mais impactantes palestras que já assisti, ministrado por um diretor da Singularity University, situada no Vale do Silício. Não fornece diploma e a afluência às suas cem vagas é de 4 mil candidatos do mundo todo, e suas pesquisas recebem apoio da Nasa, Google e Microsoft. Algumas de suas aulas têm duração de até 14h em um único dia, ministradas por professores de diversas áreas – a multidisciplinaridade está impregnada no ar que se respira. O cofundador do Google é assertivo no site da Singularity: “se eu fosse estudante, iria querer estudar aqui”. Um senão: o curso padrão dura dez semanas e custa a bagatela de 25 mil dólares. A aprovação do candidato vai da sua experiência internacional, das habilidades para ser líder e empreendedor, e do ardente anseio por novos conhecimentos. Ah, e de uma pergunta cuja resposta é muito bem avaliada: como você pretende mudar o mundo? Perscrutar o futuro é o foco e o aluno tem que ter espírito multidisciplinar para ingressar no maravilhoso mundo das quatro áreas que a Universidade da Singularidade prioriza: biotecnologia, nanotecnologia, bioinformática e neurociências. Jacir Venturi – presidente do Sinepe/PR


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do amor Empatia é a resposta afetiva apropriada à situação de outra pessoa, é colocar-se no lugar do outro, interessar-se pelas suas necessidades. É tendo esse sentimento aflorado que o

Centro de Assistência Social Divina Misericórdia (CASDM), com a supervisão da Irmã Anete Giordani, iniciou seus trabalhos e amou o próximo. A ONG sem fins lucrativos surgiu em março de 1983, com o objetivo de atender às reivindicações voltadas à assistência social e promoção humana da comunidade Santa Helena, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Em 1999, após um processo de planejamento e definição clara de metas e função social, a Irmã Anete assumiu a coordenação do Centro. Assim, em julho de 2000, a administração de uma creche comunitária foi agregada aos serviços já feitos.

De lá para cá, são dois Centros de Educação Infantil atendendo crianças de três meses a cinco anos, além de outros dois Centros de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, com foco em crianças e adolescentes de seis a 16 anos. Quem tem mais de 60 anos também é atendido, com o Centro de Convivência para Pessoas Idosas. Em todos os projetos, a missão é a mesma: “Ser um espaço qualificado de atendimento, assessoramento, defesa e garantia de direitos socioassistenciais e educacionais (...) para o enfrentamento da vulnerabilidade social e a conquista da cidadania”. Para chegar aqui, todo esse trabalho contou com diversos apoiadores, voluntários, patrocinadores e parceria com o poder público. Bazares, eventos e doações também tornaram o sonho possível. E é claro que não é um sonho simples, nem medíocre. Tudo é feito com amor, cuidado e sempre visando o crescimento, com princípios que a Irmã Anete valoriza e demonstra na sua personalidade cativante. Dessa forma, também foram construídos a Escola de Futebol e Cidadania Sabará, as Oficinas de Desenvolvimento Social e Comunitário, os Cursos de Informática e o Projeto Jornada Ampliada (PETI). Alguns desses projetos são no contraturno da escola e as creches são em período integral. Buscando sempre o desenvolvimento, quando perguntada sobre expectativas e futuro, a Irmã Anete é muito esperançosa, mas também realista. Como a região na qual o CASDM atua está crescendo, os desafios também serão proporcionais. “Com certeza, qualificar


sempre mais os colaboradores para uma prestação de serviços eficazes e um envolvimento nas discussões das políticas públicas”, ela afirma ser um objetivo, uma vez que não há como produzir sem pessoas dispostas e capazes. Além disso, ela visa que as crianças e jovens se tornem “protagonistas da própria história e corresponsável pela dos demais”. Assim, percebe-se a realização de muito mais que caridade, mas de fato, um emprego. Uma profissão que visa o amor, a atenção, o próximo. O beneficiado não é apenas quem recebe, mas quem dá também. “Sou apaixonada por esta missão que o Senhor me confiou. Amo ser mulher e educadora. Amo ser assistente social. Amo a vida, acredito no grande potencial do ser humano e na força transformadora do amor”, diz a Irmã.

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Universo das Associadas Ser Cidadão O Colégio Acesso de Santa Felicidade está envolvendo os alunos do 6° ano do Ensino Fundamental II a 2ª série do Ensino Médio no projeto Ser Cidadão. Com a orientação dos professores das turmas, o projeto busca desenvolver ações que contemplem valores morais e éticos e que respeitem as diferenças culturais e étnicas na comunidade escolar e no seu entorno. De acordo com o diretor geral da Unidade, Ivo Lessa Filho, pretende-se também realizar ações que visem promover a educação tecnológica e ambiental e experiências que promovam a sustentabilidade e melhorias no bairro em que a escola está inserida.

Pais na Escola Na Escola A Mão Cooperadora, o projeto Pais na Escola pretende envolver mais os familiares no ambiente escolar. Um trabalho que convida os pais a acompanharem mais de perto, através do convívio, a vida escolar dos filhos. Entre as diversas atividades está prevista a comemoração do Dia da Família, em 13 de setembro. O projeto engloba entrevistas, montagem de painéis e produções referentes ao tema, teatro, música, etc. Posteriormente os estudantes e seus familiares participam de “um dia na escola”, coroado com apresentações artísticas, oficinas pedagógicas e lúdicas.

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PUCPR oferece tutorias de disciplinas de base para alunos de graduação

Para equilibrar os conhecimentos básicos entre os estudantes dos cursos de graduação, a PUCPR desenvolveu o projeto Habilidades do Núcleo Básico (HNB). O programa consiste em aulas de reforço para os alunos com dificuldades em disciplinas de base que são matemática, física, química, leitura e produção de textos. A proposta é desenvolver com cada estudante um plano de ensino individualizado. Instrutores, que são professores com experiência no ensino médio e proximidade com os alunos, identificam a dificuldade dos estudantes e criam um programa de estudo específico levando em consideração o déficit da formação. São realizados encontros semanais com um grupo de no máximo seis alunos. Para verificar a eficácia do programa foi realizada uma pesquisa com dois grupos de 35 alunos, um deles participou do HNB e o outro não. O grupo que participou teve um resultado 80% melhor do que o grupo que não participou.


Festa Brasil As turmas do Pré 2 do Centro de Educação Picollo fizeram a “Festa Brasil” para festejar os costumes, os lugares, as tradições, brincadeiras, regiões do nosso país. Para a ocasião, as crianças se caracterizaram e trouxeram comidas típicas. Na exposição para os pais, os alunos e as professoras Silvana e Cibelle elaboraram um jornal em vídeo com os principais fatos das atividades realizadas, fechando com chave de ouro os trabalhos!

Café com Saber O Colégio Sion Batel foi sede da primeira edição do Café com Saber, evento voltado aos pais de alunos da Educação Infantil e Ensino Fundamental que teve como tema “Resiliência no processo de desenvolvimento da criança e do adolescente”. Com o objetivo de aproximar os pais da comunidade escolar, o Café com Saber é a oportunidade para troca de ideias, novos conhecimentos e aprendizado. Neste ano todos os encontros terão temas específicos, sempre ligados à educação e à família.

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Top Educação 2014 O Centro Universitário Internacional Uninter irá receber em setembro o prêmio Top Educação 2014 como a marca mais lembrada na categoria “Instituição de Ensino EAD para docentes”. Este prêmio é promovido anualmente pela Editora Segmento e visa divulgar as empresas mais lembradas pelo público que atuam na área da educação. Esta é a quarta vez que o Uninter recebe este prêmio.

Histórias infantis Os alunos do Maternal, Nível I e Nível II do Colégio Efetivo, desde o mês de maio estão trabalhando com o projeto “Histórias Infantis”, em que os alunos e pais fazem uma viagem ao mundo dos sonhos e da fantasia. A cada semana uma mãe ou uma pessoa da família, comparecem ao Colégio para contar uma história às crianças. É apaixonante! O projeto foi desenvolvido pelas professoras Patrícia, Michelle e Milca, sob a coordenação da psicopedagoga Sayonara Lara Marin Lopes.


di.re.to.ri.a em a.ção sf / prep / sf

Autoestima e valores Cerca de 300 pessoas compareceram à palestra “Autoestima e Valores”, com o psicólogo, mestre em educação e escritor Marcos Meier. O evento foi promovido pelo Sinepe/PR e realizado na Faculdade Opet, em Curitiba, no dia 17 de maio. A abertura do evento foi realizada pelo presidente Jacir J. Venturi, e contou também com a presença do diretor do Sinepe/PR, Pedro Wiens, do diretor-presidente do Grupo Educacional OPET, José Antonio Karam, e da superintendente Adriana Karam. Com o grande sucesso obtido no evento, o Sinepe/PR vai realizar o mesmo evento nas regionais de Ponta Grossa, Guarapuava, Pato Branco, Cascavel e Foz do Iguaçu. As palestras estão previstas para acontecer entre os dias 20 e 24 de outubro.

V Mostra de Reciclagem de Resíduos Sólidos 28

Congresso Educar/ Educador

No dia 05 de junho, comemorou-se o Dia Internacional do Meio Ambiente. Pelo quinto ano consecutivo, o Sinepe/PR realizou a Mostra de Reciclagem de Resíduos Sólidos, no Shopping Palladium, em Curitiba, que recebeu mais de 120 mil visitantes. A mostra expôs 61 trabalhos feitos por alunos das 16 escolas de Curitiba e Região participantes da edição 2014 do Projeto Planeta Reciclável®. Os melhores trabalhos elaborados pelos estudantes foram premiados em duas categorias: Construtiva (esculturas, maquetes, artesanato e outros trabalhos manuais) e Intelectual (vídeos, pesquisas, poesias, músicas e peças teatrais). Foram escolhidos dois trabalhos (1º e 2º lugares) em cada categoria por escola com a entrega de troféus às instituições participantes e prêmios aos alunos vencedores do concurso cultural.

O presidente do Sinepe/PR, Jacir J. Venturi, acompanhado dos membros da diretoria, Prof. Pedro Weins, Prof. Henrique e Prof.ª Juliana, estiveram em São Paulo no Congresso Educar/ Educador, entre os dias 21 e 24 de maio. O evento contou com a participação de importantes players nacionais e internacionais de produtos e serviços, apresentando implementações em sistemas educacionais, além de diversas inovações para a educação integrada à tecnologia. Dentre os palestrantes dessa edição, estiveram nomes de peso, como do italiano Domenico de Masi e do Americano Brian Perkins.


ar.ti.go sm

T / Jacir J. Venturi - presidente do Sinepe/PR.

Tributos:

a cada ano uma piora P or quem os sinos dobram? É a pungente pergunta do romancista Ernest Hemingway. Dobram, por ti, caro contribuinte! Os brasileiros trabalham até o dia 30 de maio exclusivamente para cumprir suas obrigações tributárias com os fiscos federais, estaduais e municipais. São 150 dias em um ano, o que representa quase o dobro do que trabalhávamos na década de 70 para as mesmas obrigações. E anualmente pagamos R$ 35 bi a mais, em razão da defasagem das alíquotas do Imposto de Renda, que deveriam ser reajustadas em 61%. Esses cálculos são do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal. A carga de impostos, taxas e contribuições, no Brasil, saltou de 21% para 36,4% do PIB, desde 1985, início do mandato de Sarney. Assim, independentemente do espectro ideológico, suportar a voracidade arrecadatória dos governantes é uma triste sina dos brasileiros. O consultor americano Walt Rostow complementa bem essa ideia, ao destacar que “só não podemos escapar da morte e dos impostos. E só a primeira não dá para piorar.” A indignação fica ainda maior ao se somar cerca de dois meses de labor aos já mencionados 150 dias, quando nós, estoicos cidadãos, contratamos serviços privados nas áreas de saúde, educação, previdência, segurança e rodovias. Resumo da ópera-bufa: trabalhamos 7 meses do ano para fazer frente às obrigações fiscais, para suprir a ineficiência do Estado com sua burocracia, corrupção e para arcar com os denominados impostos invisíveis, que são os gastos com planos de saúde (R$ 180 bi/ano), educação particular (60 bi), segurança privada (40 bi).

A maioria dos países não aplica tributo algum sobre a escola particular, porque, inteligentemente, esses países entendem que o aluno está desonerando o estado de uma obrigação. No Brasil, o pai é duplamente penalizado, pois dispõe de poucas escolas públicas de qualidade e quando coloca o filho numa escola particular não-filantrópica, um terço do boleto vai para o governo. Em vez de se pagar R$ 900,00 de mensalidade escolar, desembolsaria R$ 600,00 com a mesma qualidade de ensino. E o agravante é que muito pouco do valor da anuidade pode ser abatido no Imposto de Renda. Ademais, não são dedutíveis as despesas com livros, uniformes ou cursos de idiomas. Em nossa gradação, nada pior que o baixo retorno dos impostos pagos. O Brasil tem imensas carências sociais e minorá-las se faz necessário. Porém, causa indignação quando nos comparamos com países com menor carga tributária em relação ao PIB, os quais, reconhecidamente, oferecem à população serviços públicos mais eficientes. Corroborando o axioma de que a piora é possível, abordemos a elevação das despesas governamentais. Desde o governo Lula, elas vêm aumentando em 9% ao ano, muito acima das possibilidades reais da economia, o que, por decorrência, compromete o crescimento sustentado,

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pois o incremento se deve a despesas de custeio e não de investimento (este empacou em 18% do PIB). A nossa dívida pública federal de 2003 para cá elevou-se de 1,16 trilhão para 2 trilhões de reais. Quando as entidades de classe, a sociedade civil e a mídia se mobilizam e cobram dos candidatos, produzem uma força extraordinária e temida. Estamos no início de uma campanha eleitoral para os cargos majoritários. Com o apoio popular de um início de mandato, poder-se-á modificar a legislação fiscal e tributária vigente, desonerando parte dos encargos sobre os salários e sobre o consumo de bens e serviços essenciais. É um desafio necessário: “a nossa estrutura tributária é injusta, ineficiente e irracional”. Frase de um oposicionista do governo? Não! Frase de Guido Mantega, ao assumir o Ministério da Fazenda.


cur.sos sm

AGENDA

Seminário de Marketing Data: 04/09/2014 - das 8h às 11h15. Local:

Faculdades Integradas do Brasil - Unibrasil - Auditório Cordeiro Clève
Rua Konrad Adenauer, 442 - Tarumã - Curitiba/PR.

Data: 15/09 a 26/09/2014, das 19h às 21h. Local:

Público-alvo:

Auditório do SINEPE/PR. Rua Guararapes, 2.028 Vila Izabel - Curitiba/PR.

Palestras:

Gestores, coordenadores e professores da Educação Infantil.

Gestores, coordenadores, professores, secretários e profissionais interessados. Técnicas de comunicação para otimizar o atendimento ao público em escolas, com o comunicador José Wille. Contrato de Prestação de Serviços - vendas casadas (alimentação e atividades opcionais);
- Renovação de Matrícula e Contrato Eletrônico. Com o assessor jurídico do Sinepe/PR, Dr. Luís Cesar Esmanhotto.

EVENTOS NAS REGIONAIS 30

V Maratona de Educação Infantil

O professor e seu papel junto da família Palestrante:

Marcos Meier – Mestre em Educação, psicólogo e comentarista em rádio e TV sobre educação dos filhos, relacionamento e desenvolvimento da inteligência.

Regional e dataS:

Cataratas (Foz do Iguaçu): 20/10/2014 Oeste (Cascavel): 21/10/2014 Sudoeste (Pato Branco): 22/10/2014 Central (Guarapuava): 23/10/2014 Campos Gerais (Ponta Grossa): 24/10/2014 Reunião com Gestores: o presidente do Sinepe/PR, Jacir J. Venturi, e a diretora de Ensino Fundamental, Esther Cristina Pereira, estarão atendendo os gestores para ouvir sugestões e demandas em todas as regionais nas datas citadas, a partir das 18h.

EVENTOS EM CURITIBA

Projeto Conta Gotas – Vivência Docente:

Elizabeth do Rocio Godke

Local:

Auditório do SINEPE/PR. Rua Guararapes, 2.028 Vila Izabel - Curitiba/PR. Data: 19/09/2014

Público-alvo:

Semana de Inclusão Data: 10/10 a 17/10/2014 Local:

Auditório do SINEPE/PR. Rua Guararapes, 2.028 Vila Izabel - Curitiba/PR.

Curso para Secretários – Curso de Atualização – Educação Básica Docentes:

Mary Stella Kovalhuk Cotrim da Silva, Maria da Graça Padoan Miranda, Sandra Salomão Cury Riechi, Dircinha Borkovski, Regina Cely Dydas, Telamary Kazmlerczak Luiz, Maura Lúcia de Carvalho Morais e Silvio Alves Data: 29 e 31/10/2014

Local:

Auditório do SINEPE/PR. Rua Guararapes, 2.028 Vila Izabel - Curitiba/PR.

X Seminário de Indisciplina na Educação Contemporânea Docente: Joe Garcia Data: 7 e 8/11/2014 Local:

Auditório do SINEPE/PR. Rua Guararapes, 2.028 Vila Izabel - Curitiba/PR.

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