número 13 | ano 04 janeiro a março 2013 Publicação Sinepe/PR
Entrevista_
Ryon Braga faz um panorama da educação brasileira do ensino básico ao superior
Agenda_
Confira os cursos que o Sinepe/PR realiza neste primeiro semestre e participe
A importância da
educação continuada
e dos cursos de pós-graduação Ensino Médio_
Indisciplina nas escolas, saiba como agir
ENEM: O RESULTADO É POSITIVO. Quem tem a maior rede de escolas também tem os melhores resultados.
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1. lugar o
escolas conveniadas ao sistema positivo de ensino conquistaram as melhores colocações em suas cidades.
DO ENEM Na região sul.
info rmações: 0800 724 4241 | convenio@positivo.com.br www.edito r apositivo.com.br/sistemapositivo facebook.com/edito r apositivo | twitter.com/edito r apositivo
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ex.pe.di.en.te
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adj m+f
Sinepe/PR
Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Paraná
Iniciamos o ano letivo de 2013 com mais uma edição da revista Escada e muitas informações para professores, gestores e diretores. O novo ano
também marca a criação de novas seções nesta publicação, com o intuito de aproximar ainda mais as escolas de seu Sindicato. Atualmente, o Sinepe representa mais de 1.600 instituições privadas de ensino no Paraná e com a sua participação queremos mostrar as opiniões e iniciativas de nossas associadas. Trazemos aqui também o calendário de cursos e palestras ofertados pelo Sinepe/PR neste primeiro semestre, além de iniciativas como nossa participação no projeto Pichação é Crime.
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Este projeto representa um compromisso que nós, professores e gestores escolares, temos como relevante incumbência desenvolver ações pedagógicas que visem a uma maior consciência dos danos materiais, estéticos e culturais das pichações, pelo fato de a faixa etária que mais picha estar dentro da escola. Um problema enfrentado na capital, que caso não seja combatido pode se estender às demais cidades do nosso estado. Tomados por este exemplo, vamos fazer da escola um ambiente de formação completa de cidadãos. Boa leitura e tenha um ótimo ano letivo!
Conselho Diretor gestão 2012/2014 Diretoria Executiva Presidente 1.º Vice-Presidente 2.º Vice-Presidente Diretor Administrativo Diretor Econômico/Financeiro Diretor de Legislação e Normas Diretor de Planejamento
Jacir J. Venturi José Manoel de Macedo Caron Jr. Paulo Arns da Cunha Ailton R. Dörl Rosa Maria C. V. de Barros Maria Luiza Xavier Cordeiro Ademar Batista Pereira
Diretoria de Ensino Diretor de Ensino Superior Diretor de Ensino Médio/Técnico Diretor de Ensino Fundamental Diretor de Ensino da Educação Infantil Diretor de Ensino dos Cursos Livres Diretor de Ensino dos Cursos de Idiomas Diretor de Ensino das Academias
José Antonio Karam Gilberto Vizini Vieira Esther Cristina Pereira Noely Luiza Deschermayer Santos José Luis Chong Jaime M. Marinero Vanegas Ana Dayse Cunha Agulham
Conselheiros 1.º Conselheiro 2.º Conselheiro 3.º Conselheiro 4.º Conselheiro 5.º Conselheiro 6.º Conselheiro 7.º Conselheiro 8.º Conselheiro 9.º Conselheiro 10.º Conselheiro 11.º Conselheiro
Jorge Apóstolos Siarcos Pedro Roberto Wiens Raquel Adriano M. M. de Camargo Ir. Frederico Unterberger Eduardo Vaz da Costa Júnior Durval Antunes Filho Roberto A. Pietrobelli Mongruel Juliana Toniolo Sandrini Renato Ribas Vaz Magdal J. Frigotto Volnei Jorge Sandri
Conselho Fiscal Efetivos Suplentes Orlando Serbena Fabrizzio Ferreira Ribas Carolina Batista Pereira Frizon Edison Luiz Ribeiro Henrique Erich Wiens Ir. Anete Giordani Delegados Representantes - Fenep Jacir J. Venturi Ademar Batista Pereira Diretorias regionais
Presidente
SINEPE/PR - Regional Oeste (Cascavel) Diretor-Presidente Adilson J. Siqueira Diretor de Ensino Superior Maria Débora Venturin Diretor de Ensino da Educação Básica Lauro Daros Irmã Mareli A. Fernandes Diretor de Ensino da Educação Infantil Ione Plazza Hilgert Diretor dos Cursos livres/Idiomas Denise Veronesi Trivelatto
Revista Escada Publicação periódica de caráter informativo com circulação dirigida e gratuita. Desenvolvida para o Sinepe/PR.
SINEPE/PR - Regional Cataratas (Foz do Iguaçu) Diretor-Presidente Artur Gustavo Rial Diretor de Ensino Superior Fouad Mohamad Fakin Diretor de Ensino da Educação Básica Antonio Neves da Costa e Antonio Krefta Diretor de Ensino da Educação Infantil Rita C. R. Camargo e Edite Larssen Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas Fabiano de Augustinho
Jacir José Venturi
Editada pela Editora Inventa Ltda - CNPJ 11.870.080/0001-52 Rua Heitor Stockler de França, 356 - 1º andar - Centro Cívico - Curitiba - PR Conteúdo IEME Comunicação www.iemecomunicacao.com.br Jornalista Responsável
Taís Mainardes DRT/PR 6380
Projeto gráfico e ilustrações
D-Lab – www.dlab.com.br
Revisão
Marília Bobato
Comercialização Márcio M. Mocellin e Tatiana Barboza Críticas e sugestões
contato@editorainventa.com.br
Comercial comercial@editorainventa.com.br Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião desta revista. Conselho editorial Ademar Batista Pereira Fátima Chueire Hollanda José Antonio Karam José Manoel de Macedo Caron Jr. Márcio M. Mocellin Noely Luiza D. Santos Aprovação
Jacir J. Venturi
Impressão e acabamento Logística e Distribuição Versão Digital
Maxi Gráfica e Editora Ltda Correios www.revistaescada.com.br
SINEPE/PR - Regional Sudoeste (Pato Branco/Francisco Beltrão) Diretor-Presidente Ivone Maria Pretto Guerra Diretor de Ensino Superior Hélio Jair dos Santos Diretor de Ensino da Educação Básica João Carlos Rossi Donadel Diretor de Ensino da Educação Infantil Amazilia Roseli de Abreu Pastorello Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas Vanessa Pretto Guerra Stefani SINEPE/PR - Regional Campos Gerais (Ponta Grossa) Diretor-Presidente Osni Mongruel Junior Diretor de Ensino Superior Marco Antônio Razouk Diretor de Ensino da Educação Básica Irmã Edites Bet Diretor de Ensino da Educação Infantil Maria de Fátima Pacheco Rodrigues Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas Paul Chaves Watkins Diretoria da Regional Central Diretor-Presidente Diretor de Ensino Superior Diretor de Ensino da Educação Básica Diretor de Ensino da Educação Infantil Diretor dos Cursos livres/Idiomas
Antonia Eliane Vezzaro Salette Silveira Azevedo Telma E. A. Leh Cristiane Siqueira de Macedo Marcos Aurélio Lemos de Mattos
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ín.di.ce sm
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OPINIÃO
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EDUCAÇÃO INFANTIL
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ENSINO MÉDIO
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ENSINO MÉDIO
Calendário da Copa do Mundo 2014 e as aulas
Adaptação bem feita
Indisciplina nas escolas: Como agir?
Indisciplina nas escolas: Como agir?
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ENTREVISTA Ryon Braga
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ESPECIAL Pós-graduação: diferencial necessário
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ARTIGO
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ARTIGO
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ARTIGO
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ENSINO SUPERIOR A polêmica do Insaes
UNIVERSO DAS ESCOLAS Confira as iniciativas das instituições associadas
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Inovação em sala de aula
A gestão escolar e a mediação dos conflitos na escola
A falência dos municípios, já era hora!
DIRETORIA EM AÇÃO AGENDA Cursos e palestras do Sinepe/PR
ERRATA Na edição 12 da Revista Escada, referente aos meses de outubro a dezembro de 2012, erramos na legenda da foto 14, na página 21. Na foto trata-se do Diretor do Curso Positivo, Renato Ribas Vaz e não Renato Casagrande conforme foi citado.
o.pi.ni.ão subst.
T / Marília Bobato
O QUE VOCÊ PENSA SOBRE A LEI DA COPA, QUE DETERMINA O PERÍODO DE “FÉRIAS ESCOLARES” DE 12 DE JUNHO A 13 DE JULHO DE 2014? José Luiz Amálio de Souza | Diretor das Unidades Expoente | Curitiba “Tudo é uma questão do valor que nossos dirigentes e políticos dão à educação brasileira. Com certeza poderíamos fazer uma grande festa para o mundo esportivo sem precisar estagnar as atividades escolares por 30 dias em Curitiba, onde acontecerão somente quatro jogos, nos dias 16, 20, 23 e 26 de junho. Como a própria lei determina, o feriado municipal já seria suficiente. Para as demais partidas, seguiríamos as mesmas práticas das outras copas. É em função desses e de outros detalhes que, infelizmente, nossa educação apresenta baixos índices na escala mundial.”
Esther Cristina Pereira | Diretora da Escola Atuação | Curitiba “A Lei da Copa é uma criação própria do nosso país, que valoriza o futebol mais que a educação, de qualquer forma temos que segui-la, pois culturalmente nossa população cultua este esporte, então não adiantará sermos arbitrários a isso, pois teremos muitos problemas com a comunidade escolar, com o cliente interno e o externo. Acredito que somos capazes de entender e organizar a escola para este evento único e ímpar.”
Ailton Dörl | Diretor-presidente da SPEI | Curitiba “Considero um absurdo reconfigurar calendários das instituições de ensino em 2014 por causa da Copa. Vejamos: o jogo de abertura será em 12 de junho de 2014, em São Paulo e a grande final em 13 de julho, no Rio de Janeiro. Em Curitiba, os jogos serão realizados em quatro datas distintas. Para estes dias de jogos na cidade, mais os dias de jogo da seleção brasileira, concordo que temos uma cultura de ceder meios expedientes ou até expedientes inteiros, conforme o caso, mas nos demais dias deveríamos ter expediente normal. Ou será que o país todo - indústrias, comércio, bancos, etc - vai parar? Por que as escolas?”
Edna Percegona | Diretora da educação básica dos Colégios Opet | Curitiba “O recesso de meio de ano está relacionado aos dias do ano que costumam ser mais frios. Em 2014 isso será diferente, entretanto as demais atividades letivas deverão seguir normalmente. Cabe ressaltar que o período maior de afastamento pode gerar uma necessidade de organização diferente nas estratégias de ensino e de aprendizagem, tanto em sala de aula como nos estudos de casa. Caberá às escolas focar uma boa dose de atenção aos planejamentos, para que se possa organizar a distribuição dos temas, conteúdos e conceitos a serem trabalhados. Importante ainda considerar que após o período de férias deverá haver toda uma atenção para a revisão de conteúdos e retomada do ritmo de estudo.”
Carlos Alberto Farracha de Castro | Professor de Direito da Unibrasil | Curitiba “É fato que a Copa do Mundo de 2014 propiciará um maior destaque do Brasil no cenário mundial. Contudo, a educação é um direito fundamental, assegurado pela Constituição Federal, muito mais importante que qualquer evento esportivo. Logo, a Lei Geral da Copa ao estabelecer férias escolares, não só fere a autonomia garantida pela Lei de Diretrizes e Bases (LBD), como em nada auxilia a melhoria da educação no País.”
O Artigo 64 da Lei 12.663/2012, mais conhecido como “Lei da Copa”, diz: “Em 2014, os sistemas de ensino deverão ajustar os calendários escolares de forma que as férias escolares decorrentes do encerramento das atividades letivas do primeiro semestre do ano, nos estabelecimentos de ensino das redes pública e privada, abranjam todo o período entre a abertura e o encerramento da Copa do Mundo FIFA 2014 de Futebol”.
Em Curitiba, os jogos serão realizados nas seguintes datas em 2014: 16/06, 20/06, 23/06 e 26/06.
Quer sugerir uma pergunta para esta seção ou opinar sobre os temas propostos? Envie email para contato@revistaescada.com.br e participe!
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e.du.ca.ção in.fan.til sf / adj
T / Marcela Miró F / Geísa Borrelli
Adaptação bem feita
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Preparar os espaços e manter uma boa parceria com as famílias garante uma adaptação tranquila, principalmente para os pequenos A volta às aulas é sempre um período de muito trabalho para professores e coordenadores. Além da montagem do plano de aulas, reformu-
lação em grades e currículos e outras inúmeras mudanças, esta é a época da chegada de novos alunos, o que exige cuidados, principalmente na educação infantil. A integração entre a criança e a escola é um tema delicado, pois a maioria dos pequenos passará pela experiência de se separar da mãe ou da pessoa que era encarregada de seus cuidados pela primeira vez. Este momento costuma gerar insegurança tanto na criança quanto nos pais, que tendem a sofrer com este corte de vínculo. A recepção da família é um ponto que merece atenção especial por parte da escola, já que em muitos casos, os pais novatos também precisam de orientação. É consenso entre os educadores que a adaptação do aluno à escola depende, fundamentalmente, da forma como é feita sua recepção neste novo ambiente e que é essencial que ele sinta segurança e acolhimento. Em muitas instituições, este processo costuma começar antes mesmo do início das aulas, como na Escola Stella Maris, de Curitiba. A coordenadora de educação infantil, Jacqueline Daraia, sugere aos pais que levem o aluno à escola antes do começo do período letivo, para comprar o uniforme e conhecer o ambiente. “Nestas visitas, nós levamos a criança para ver os coelhos, os pássaros, para conhecer sua sala e tudo isso faz parte do processo de adaptação” afirma Jacqueline, que acrescenta que, com os alunos mais velhos, a integração costuma ser mais fácil, pois já são mais abertos para conversas. Ela ressalta ainda que a participação dos pais neste processo é essencial. “Eles devem mostrar a escola sempre como um local agradável e ao final do dia, uma conversa sobre as atividades realizadas, sobre os novos amigos e professores também é um grande incentivo”. No Colégio Novo Ateneu, de Curitiba, o processo de recepção aos novos alunos costuma começar com uma reunião prévia com os pais, quando são explicados os procedimentos seguidos pela instituição. No caso dos pequenos, a diretora Vera Izabel Pugsley Julião pede que, ao deixar o filho na primeira semana, os pais aguardem por um tempo na recepção,
para que os professores possam analisar se ele fica bem ou não. Caso chore ou apresente problemas, o familiar poderá levá-lo embora. Entretanto, ela ressalta que os pais não devem ficar na sala com o filho, pois isso atrapalha a formação do vínculo com o professor, “que é determinante para a adaptação adequada”. O colégio também possui um interessante diferencial: alguns estudantes mais antigos recepcionam àqueles que acabam de chegar mostrando a estrutura da instituição. “Este procedimento costuma ajudar muito na adaptação do novato e, de quebra, já proporciona a formação de novas amizades”, completa a diretora. Independentemente da escola, é importante notar que a adaptação é um esforço conjunto entre a instituição e a família e cabe ao educador criar um ambiente acolhedor, diminuindo os efeitos que esta separação entre pais e filhos causa em ambos, trazendo benefícios para todos os envolvidos. Como foi o período de adaptação na sua escola? Conte para a gente enviando email para CONTATO@revistaescada.com.br. Sua opinião será publicada na próxima edição da revista.
Atenção professores e gestores Confira as dicas da assessora pedagógica do Sinepe/PR, Fátima Chueire Hollanda, com as principais orientações para as escolas e tenha um ótimo ano letivo: 4A escola deve preparar um ambiente alegre, que desperte a curiosidade dos alunos; 4A instituição deve estar aberta à família para a realização de visitas, tanto no ato da matrícula quanto nos primeiros dias de aulas, para que eles sintam que a escolha que fizeram foi correta e tenham segurança de deixar seu filho no novo ambiente; 4Um educador deve ser selecionado para apresentar a escola aos pais e aos novos alunos, mostrando todos os pontos positivos oferecidos pela instituição; 4A sala que os novos alunos irão ocupar deve ser preparada previamente: o ambiente deve ser seguro e permitir o desenvolvimento intelectual e físico da criança. É essencial que já haja um espaço específico para cada um, como uma mesa ou um armário, em que conste o nome do aluno, fazendo com que a família sinta que seu filho é único e foi acolhido com carinho; 4A equipe deve ser orientada sobre como proceder com os alunos que choram e/ou que apresentam qualquer problema durante o início das aulas.
en.si.no mé. dio sm / adj
T / Marcela Miró
Indisciplina nas escolas:
Como agir?
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Um dos maiores problemas dos bancos escolares, a falta de disciplina tem solução Não é novidade para nenhum educador que a indisciplina hoje é um grande problema nas salas de aula. Violação de regras, desrespeito a professores, colegas e funcionários, e bullying estão presentes no cotidiano das escolas, mas a boa notícia é que ela pode - e deve - ser combatida desde o início do ano letivo, com medidas simples, porém eficazes. “A fase da adolescência é um período de contestação das regras e condutas sociais. Nesse sentido, a indisciplina pode surgir como uma forma de autoafirmação”, asseguram as coordenadoras do Colégio Sion, de Curitiba, Aura Valente e Cinthia Renault. A grande influência das mídias digitais também é apontada por especialistas como uma das causas de aumento deste comportamento mais contestador da nova geração, que busca resultados imediatos em tudo o que faz, gerando falta de paciência e de comprometimento com diversos aspectos de suas vidas. Mas diante deste quadro, como o professor deve agir?
Toda escola tem suas regras. Além das regras morais inerentes à convivência em sociedade, como respeito e educação, há as normas de cada instituição, como aquelas que dizem respeito ao uso de telefone celular, de uniforme. É essencial que o aluno e sua família conheçam todas elas de antemão, para que compreendam o que é esperado deles. Esta exposição clara dos princípios da escola é importante também para que o professor possa avaliar se a indisciplina é fruto de falta de conhecimento ou se é proposital, constatação que o levará a saber como proceder em cada caso. De acordo com o coordenador pedagógico do Colégio Dom Bosco, em Curitiba, Gil Vicente Moraes, ao verificar uma violação a alguma norma da escola, “o principal caminho é responsabilizar o aluno. Ele tem que assumir a autoria de suas ações. Entretanto, para que o combate à indisciplina seja eficaz, é essencial que a escola estreite laços com a família”, fazendo com que os pais participem de forma ativa do cotidiano educacional do seu filho. Quando a família e a instituição se aproximam, os resultados costumam aparecer rapidamente e são duradouros. Entretanto, não se pode esquecer que é fundamental que o professor tenha autoridade perante os alunos. E para conquistar esta nova geração de adolescentes, que hoje frequentam o fim do ensino fundamental e ensino médio e têm entre 12 a 18 anos, o autoritarismo, que já foi regra na educação, já não funciona mais. Um bom educador deve conhecer seus estudantes, estabelecendo desde o princípio da relação professor-aluno um diálogo aberto, ouvindo suas necessidades e suas queixas e buscando orientar e encontrar alternativas para o crescimento do estudante.
“De forma objetiva, o professor deve estar atento às características da turma que leciona. Ouvir os alunos, dialogar com eles, conhecer as suas necessidades, oferecer recursos diferenciados para aprenderem. Os alunos aprendem de forma diferente uns dos outros, daí a necessidade de oferecer formas diferentes de recursos didáticos”, afirma a coordenadora pedagógica do Colégio Decisivo, Débora Loepper Borges. A adequação do conteúdo àquela turma específica e, principalmente, a atitude de mostrar a aplicabilidade da matéria ao cotidiano do aluno são essenciais para que o professor conquiste a atenção e admiração dos estudantes. Combater a indisciplina não é uma tarefa fácil. Uma pesquisa realizada pela OECD em 2009, aponta que, entre os 23 países analisados, o Brasil é aquele que mais perde tempo com problemas comportamentais, dedicando apenas 69% do tempo para apresentação de conteúdo. Os valores familiares mudaram e as relações entre as gerações hoje são muito mais dinâmicas, o que é uma marca clara nos jovens que ocupam os bancos escolares. Mas com cuidado e esforço do professor, este relacionamento tem tudo para só trazer benefícios para as duas partes.
Dicas para o combate à indisciplina 4Estabelecimento de regras, explicadas previamente ao aluno e à família 4Criação de vínculo entre os pais e a instituição de ensino, incentivando a participação e o interesse na vida escolar do filho 4Desenvolvimento de uma relação de confiança e apoio entre professor e estudante, com muito diálogo em sala de aula 4Adaptação da metodologia a cada turma, inserindo novas formas de aprendizado, como filmes, slides e músicas, para que cada aluno possa demonstrar seu potencial dentro da mídia que mais lhe atrai 4Incentivo à participação dos alunos nas aulas, atendendo suas dúvidas e questionamentos e trazendo respostas que vinculem as matérias estudadas ao dia a dia do estudante.
Como você faz para combater os casos de indisciplina na sua escola? Escreva para contato@revistaescada.com.br
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es.pe.ci.al adj
T / Priscilla Scurupa
Pós-graduação: diferencial necessário Desde a segunda metade do século XX, significativas mudan-
ças econômicas, geopolíticas, sociais e culturais vêm ocorrendo no mundo. Nessa nova ordem mundial, provocada pelo intenso processo de globalização, pela evolução tecnológica e pelo amplo acesso à informação, o conhecimento se apresenta como elemento central.
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Novos saberes e competências, aparatos e instrumentos tecnológicos surgem a cada momento, exigindo dos profissionais das mais diversas áreas a constante atualização de seus conhecimentos. Se antes a graduação cumpria esse papel de formação para o mercado de trabalho, hoje não é mais suficiente. É preciso especializar-se, buscar qualificações que vão além da experiência cotidiana. E um curso de pós-graduação, nesse caso, pode ser uma ótima alternativa. “Os quatro anos de duração de um curso de graduação não permitem o conhecimento aprofundado de todos os temas que envolvem determinadas áreas”, diz o Pró-Reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão do Centro Universitário UNINTER, Nelson Pereira Castanheira. Em sua opinião, a especialização é imprescindível para que o profissional consiga acompanhar a evolução mundial do mercado de trabalho.
O mesmo afirma a Pró-Reitora Acadêmica da Universidade Positivo (UP), Márcia Teixeira Sebastiani. Para ela, a velocidade com que o conhecimento se propaga hoje, faz com que a graduação esteja cada vez mais voltada à formação básica. Já o aprofundamento é desenvolvido na pós-graduação. “Ficar só com a graduação representa um risco muito grande de patinar na carreira, de ser preterido em favor de concorrentes com um currículo enriquecido pela pós-graduação”, adverte.
“Nenhum de nós, que vivemos numa sociedade estruturada em torno do conhecimento, pode pôr em dúvida a necessidade de educação permanente. Somos obrigados à constante atualização”, destaca a Pró-Reitora Acadêmica da UP. Ela ressalta, entretanto, que essas mudanças exigem, mais do que incorporar informações, uma nova mentalidade, uma nova forma de pensar que somente a educação formal é capaz de proporcionar.
“O cenário corporativo está cada vez mais competitivo, o que leva as organizações, sejam públicas, privadas ou do terceiro Hoje, 12 milhões de brasileiros possuem setor, a exigir profissionais capacitados que tenham visão estratégica e compeum diploma de nível superior. Destes, apenas 784,7 mil são pós-graduados. O tência de pensar, não somente de fazer”, diz o professor e coordenador geral da diploma de especialização é, portanto, um diferencial dentro da lei da oferta e Pós-Graduação lato sensu do Centro Unida procura do mercado: como cada vez versitário Curitiba (UNICURITIBA), Alex Rosenbrock Teixeira. Para ele, o papel de mais pessoas obtém acesso ao Ensino uma instituição que oferece cursos de pósSuperior, mais acirrada fica a disputa -graduação é justamente este. por vagas de emprego.
Vantagens
Entre os especialistas em educação, há consenso quanto à importância da pós-graduação para a formação profissional. Todos confirmam que o indivíduo que busca uma especialização está respondendo a uma necessidade do mercado e não a um modismo passageiro.
Segundo a Coordenadora da Pós-Graduação Opet, Jane de Souza, uma pós-graduação possibilita também que o aluno aplique os conhecimentos que adquire de forma imediata em sua área de atuação. “Entre inúmeras outras vantagens, como o desenvolvimento mais rápido de carreira, maturidade pessoal para lidar com conflitos, postura e performance, novos desafios profissionais, expansão da rede de contatos, reconhecimento técnico e rapidez para reconhecer cenários”, enumera.
Renda salarial Além de turbinar o currículo e agregar conhecimento, a pós-graduação pode incrementar a renda salarial. Dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelam que, cada ano de pós-graduação cursado, incluindo também o MBA, corresponde a mais de 40% de aumento na renda mensal. Ou seja, um curso de MBA de dois anos vai incrementar em 80% os ganhos no fim do mês. E dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro Geografia e Estatística (IBGE), divulgados em abril de 2012, mostram que o salário médio dos profissionais com mestrado e doutorado no Brasil está 107% acima do recebido por quem apenas conclui graduação. A maior distância está entre dirigentes de serviços de educação (remuneração 130% acima da média para mestrado e doutorado), seguido por tradutores, intérpretes e linguistas (114%), analistas financeiros (107%) e dirigentes de recursos humanos (106%).
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Modalidades
deve se perguntar: que tipo de profissional eu quero ser e que conteúdos me agregarão conhecimento para essa conquista?”, recomenda Teixeira. “Analisar a grade curricular, que deve estar sempre atualizada de acordo com o contexto do mercado, e o corpo docente do curso, que deve ter boa qualificação, é imprescindível”, complementa.
O primeiro passo é decidir por cursos dentro ou fora do país. Caso prefira investir em uma carreira no exterior, um dos principais pontos que precisam ser estudados são os gastos. Algumas universidades internacionais oferecem opções de financiamento de bolsas para brasileiros, e as condições são avaliadas de acordo com o interesse que cada aluno desperta nos avaliadores. Uma vantagem proporcionada pela experiência em outros países é a convivência com diferentes culturas e o aperfeiçoamento em outro idioma.
“Observe também se há atividades paralelas ofertadas, tais como inclusão de seminários, palestras com temas que não constam em grade curricular fixa, visitas técnicas em empresas. Isso enriquece o processo de aprendizagem”, diz Jane. Outro ponto básico é verificar se o programa de pós-graduação é registrado e aprovado pelo MEC, e analisar a infraestrutura da instituição.
Antes de ingressar em uma pós-graduação, o futuro aluno precisa compreender qual sua missão profissional e determinar os rumos que deseja para sua carreira. Para o coordenador geral da Pós-Graduação lato sensu do UNICURITIBA, Alex Rosenbrock Teixeira, essa escolha pode ser dividida em três etapas.
No caso de quem prefere permanecer no Brasil, existem opções de cursos presenciais, semi-presenciais ou à distância. Para Castanheira, a vantagem da pós-graduação presencial é a troca de experiências interpessoais. “Já a educação à distância permite que o profissional gerencie seu próprio tempo e possa estudar de onde estiver, no entanto, exige muita disciplina e dedicação”, aconselha.
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O segundo passo deve ser guiado pela decisão entre pós-graduação lato sensu ou stricto sensu, ou seja, entre especialização ou MBA (Master in Business Administration) de um lado, e mestrado e doutorado de outro. “Como o nome já antecipa, a especialização se destina a aprofundar a competência em determinado campo. Trata-se de curso de duração relativamente curta (360 horas ou mais), inteiramente voltado à prática profissional”, explica Márcia. Essa modalidade é ideal para quem que deseja adquirir conhecimentos voltados a operações ligadas ao cotidiano de sua atividade. Já O MBA tem duração média de 1.200 horas, e é voltado para o gestor que deseja ter um conhecimento consolidado em administração de empresas e uma visão integrada de sua área de atuação. “O MBA permite ao aluno a troca de experiências por meio de visitas técnicas em empresas referenciais, assim como a participação em simpósios, seminários executivos, entre outras atividades e projetos interdisciplinares, e construção de cases corporativos”, explica Jane. “O mestrado e o doutorado, por sua vez, têm como finalidade primeira formar professores universitários e pesquisadores. Embora aqui também o aluno seja conduzido a estudos avançados em determinada área, a ampliação do conteúdo não é a nota dominante, e sim o desenvolvimento de qualidades acadêmicas”, esclarece a Pró-Reitora Acadêmica da UP. O mestrado dura de quatro a cinco semestres, e o doutorado em torno de quatro anos, somando-se o tempo destinado à elaboração da dissertação ou tese. Por fim, vem a decisão por qual curso de pós-graduação optar. A gama de opções oferecidas pelas instituições de ensino é bastante ampla e atende as mais diversas áreas. “Nesse momento, o aluno
Considerações sobre o que está em voga no mercado também pode ser um critério adotado. É comum que o contexto social, político ou econômico do país determine temas ou áreas do conhecimento que serão ou são tendência. Em breve, por exemplo, o Brasil será sede de dois grandes eventos esportivos, a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Áreas como a de turismo, esporte, comunicação e gestão de eventos e pessoas acabam, por consequência, ganhando mais notoriedade entre os profissionais que pretendem trabalhar nos eventos. “O mais importante, no entanto, é levar em conta seu nível de afinidade com os conteúdos de cada grade curricular”, aconselha Teixeira. E planejar, de acordo com a coordenadora da Pós-Graduação Opet. “Planeje sua especialização nos seguintes aspectos: tempo a ser dedicado, investimento e objetivo. É fundamental também entender as modalidades oferecidas pelo mercado e o reflexo dessa escolha na vida pessoal e profissional. Tudo isso contribui para uma tomada de decisão acadêmica e estratégica”.
Prazo de validade
As inovações e mudanças do mundo contemporâneo são constantes. E, assim como o diploma de curso superior se tornou insuficiente com o decorrer dos anos, uma pós-graduação também pode apresentar prazo de validade. “Hoje vivemos a Educação Continuada. Não importa a expertise ou o tempo de vivência do profissional em sua área de atuação: a cada dois anos ele deve repensar sua carreira acadêmica e programar-se”, diz a coordenadora da Pós-Graduação Opet. De acordo com Márcia, do ponto de vista formal, os diplomas jamais perderão sua validade. “O grande problema é a rápida obsolescência dos conteúdos. Uma técnica operatória que foi grande novidade há dez anos pode ser hoje apenas um tópico da história da cirurgia. Nesse sentido, todo curso tem prazo de validade, que vai ficando cada vez mais breve e impondo a frequente atualização”, esclarece. Para Teixeira, uma instituição de ensino comprometida com seu papel formador, vai sempre oferecer o que de mais novo e inovador houver na área do conhecimento. “O nome do curso pode permanecer o mesmo, mas a cada ano é preciso que sua grade curricular seja atualizada de acordo com as mudanças do mercado”, ressalta.
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CURITIBA
ESCOLA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
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en.tre.vis.ta / Ryon Braga sf T / Marília Bobato F / Divulgação
Educação com padrão de qualidade
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Especialista em marketing educacional, o diretor da Hoper Educação Consultoria, Ryon Braga, está entre os melhores consultores em ensino superior do Brasil. Apesar da
especialidade, ele entende o cenário educacional como um todo e analisa de forma positiva grande parte das mudanças pelas quais o setor vem passando nos últimos anos. Acerca delas, os gestores de educação básica devem ficar atentos, pois estas instituições devem passar pelas mesmas mudanças que o ensino superior enfrentou na década de 90, como a abertura de capital e negociação com grandes grupos. Como resultado, a sociedade pode aguardar um ganho em termos qualitativos. Neste novo panorama, apesar de certas resistências, o Paraná está bem posicionado, conforme você pode constatar na entrevista a seguir.
Revista Escada - A educação superior brasileira vem sofrendo
pressão do governo com uma série de avaliações em relação à qualidade do ensino. O que o senhor acha do atual modelo de avaliação?
Ryon Braga - A educação superior necessita de um incentivo
muito forte e de constantes melhorias na qualidade, como em todas as áreas. Só que algumas áreas são muito abertas, então o próprio mercado se autorregula. Os consumidores escolhem o produto pela qualidade, pelo preço e ele define o que comprar. Como a educação é um produto mais sério, mas nem sempre é um serviço vital para a sociedade - pois o estudante ou a família normalmente não tem todos os parâmetros para poder escolher uma boa instituição - é responsabilidade do governo exercer esse papel de fomentar uma melhoria da qualidade. E esse fomento vem na forma de avaliações. Evidentemente, a avaliação é algo que sempre pode ser melhorado, e nem sempre é muito justa, pois o Brasil é um país de muita desigualdade. Uma coisa é você avaliar um aluno de uma USP e outra é avaliar aquele que está lá no interior, onde o acesso ao conhecimento é mais restrito. O aluno que veio de uma boa escola particular e chega a uma boa faculdade também é diferente do que saiu de uma escola pública mais deficitária, que, apesar de todos os esforços, ainda não atingiu o patamar mínimo de qualidade aceitável. Então, o esforço das instituições de ensino superior é muito grande e não há um padrão. E as avaliações, obviamente, não privilegiam essa heterogeneidade do país, então acabam gerando certos questionamentos, apesar de serem extremamente válidas. É um mal necessário para o fomento da qualidade, mas que pode ser melhorado.
R E - Existe uma grande polêmica por parte das instituições privadas
em relação à criação do Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação da Educação Superior (Insaes). O que acha desta proposta?
R B – É algo muito preocupante. Existem grupos de pesquisa que visam simplificar a regulamentação e legislação sobre o setor de educação superior, mas hoje há um conjunto excessivo de leis, decretos e portarias, algumas até conflitantes entre si. O que o setor privado argumenta e incentiva, é o trabalho de simplificação dessa legislação, de modo a tornar os processos de autorizações, reconhecimentos e licenças mais objetivos. Entretanto o que vemos é um movimento burocrático tão grande por parte do governo, que tornou a criação do Insaes necessária.
“No setor educacional, o que vemos é que existem grupos com características mais mercantilistas e outros que levam mais em conta a qualidade, mas não é pela natureza jurídica do grupo que isso muda”. Acontece que hoje há uma ideologia no governo brasileiro de não cooperação com o setor privado. Há uma espécie de ranço ideológico que não facilita a discussão e a cooperação entre os dois setores. Diferente de outros países, onde o privado e público cooperam, no Brasil o setor público ainda vê o privado com desconfiança da sua legitimidade. Então, a luta contra o Insaes deve continuar, não por ser um novo órgão, e sim por ele representar um aumento desnecessário de burocracia.
R E - Esta parceria entre o setor educacional público e privado ainda está longe de acontecer no Brasil? R B – No Brasil, as parcerias são difíceis de acontecer por
causa das diferenças ideológicas, principalmente na educação básica. Paradoxalmente, no ensino superior, ao mesmo tempo em que o governo tem políticas público-privadas interessantes, como o PROUNI e o FIES, ele tem um discurso contrário à expressão privada. Então é muito interessante essa dicotomia no governo, que enxerga a importância no setor privado e por isso faz a parceria, mas mantém um discurso político, talvez eleitoreiro, de se posicionar com desconfiança perante a iniciativa privada.
R E - A educação superior está cada vez mais concen-
trada nas mãos dos grandes grupos de investidores. A tendência é que instituições menores sejam “engolidas” pelos grandes grupos?
R B – Este é um movimento mundial que está acontecendo em todos os setores, não apenas no educacional. Se você analisar, com os supermercados e as casas de eletroeletrônicos também foi assim. Hoje, quase não existem mais lojas regionais ou locais e sim as grandes redes nacionais. No setor educacional, o que vemos é que existem grupos com características mais mercantilistas e outros que levam mais em conta a qualidade, mas não é pela natureza jurídica do grupo que isso muda. E é um erro achar que, se você não é de um grande grupo ou de uma empresa internacional, então você não valoriza a educação. Isso é mentira.
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O Brasil teve vários donos de instituições de ensino que eram bicheiros, narcotraficantes, e tiveram suas instituições compradas por grupos muito sérios. Grupos internacionais, de capital aberto, com experiência em educação, que trouxeram nova tecnologia, uma globalização para nossa educação, e isso foi um avanço fantástico. Então não dá pra ter um olhar simplista sobre essa situação, pensar que por ser um grupo internacional, de capital aberto, é mercantilista. Há mercantilismo dos dois lados. É preciso olhar para esta empresa e analisar se ela tem qualidade ou não. Por isso existem os indicadores do Ministério de Educação. Hoje, as empresas de maior qualidade no Brasil, são de grupos assim. Uma das faculdades que está entre as melhores do Brasil é o IBMEC, uma empresa S.A, de investidores.
R E – Existe mais profissionalismo na gestão de negócios por estes grandes grupos?
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R B – Um profissionalismo maior na gestão que se reflete também na gestão das atividades e na aprendizagem dos alunos. Os professores são melhores avaliados, o conteúdo entregue ao aluno é de melhor qualidade, a exigência sobre o resultado de aprendizado do aluno é maior, até muitas vezes maior que em muitas universidades públicas federais – que têm muitos bons professores, mas também têm maus profissionais e uma gestão que permite estes maus professores. Já numa instituição privada séria, a gestão mais rigorosa a impede de ter professores com baixo desempenho, porque ela vai identificar e eliminar esse problema, enquanto uma pública não consegue fazer isso com facilidade. R E – Existem muitas avaliações em relação às instituições, mas os professores também precisam/devem ser avaliados? R B - Seria importantíssimo avaliar tam-
bém os professores. O governo avalia a instituição, sua estrutura, se ela tem biblioteca, se tem laboratórios, e avalia o aluno pelo ENADE, pelo ENEM, mas não avalia o professor. Mas a própria instituição pode avaliar, inclusive as mais sérias já fazem isso. Uma instituição que não avalia seu professor e não está buscando uma qualidade melhor, não tem uma gestão profissional e por isso não consegue fazê-lo.
R E – Em alguns cursos superiores vemos um certo esvaziamento em sala de aula, inclusive em pedagogia e letras. Seria o desinteresse por estas carreiras um dos motivos para estes profissionais serem menos cobrados? R B - Existe um desestímulo das pessoas para buscarem cursos na área de formação de professores. Esta é uma questão de salário e de status. O professor da educação básica deveria ter um status social no mesmo patamar de um médico, pois ele tem uma importância vital. Vejo-me na condição de pai e é o futuro dos meus filhos que está em jogo, quero que eles estejam nas mãos das pessoas o mais preparadas possível. Como nós escolhemos um bom médico, eu gostaria de escolher o melhor professor, mas não é o que predomina na sociedade. O professor não tem este status correspondente ao valor que representa na formação das pessoas. Somando isso à falta de estímulo salarial, a procura por estes cursos acaba diminuindo e levando a um ciclo vicioso. As pessoas menos qualificadas são as que procuram esses cursos, de lá saem maus profissionais que vão trabalhar no ensino básico e acabam formando uma criança com lacunas. O Brasil está patinando neste ciclo, com problemas em todos em níveis, mas que começa na própria formação do professor. R E – Existe um futuro promissor para quem deseja seguir a carreira de professor? R B - Quando o processo se torna escasso,
tende-se a valorizar mais, e quando é muito abundante, há uma desvalorização. Acredito que caminhamos para uma valorização maior do docente, o governo tem consciência disso e vem trabalhando para atingir esta meta. A sociedade tenta cobrar mais essa valorização por parte das instituições e também os cursos de pedagogia começam a ter algumas experiências inovadoras para formar professores melhores. A tendência é isso ganhar escala e cada vez mais, a formação dos professores ficar melhor, e aí entraremos em um círculo virtuoso. Está difícil para o Brasil entrar neste círculo, mas tudo indica que vamos conseguir. Há muito empenho de todas as partes em busca destas melhoras. Tenho uma visão bastante otimista, há uma força que converge para isso, pois o papel do professor é muito relevante para a sociedade, principalmente porque as crianças passam grande parte do tempo na escola.
R E – Ao mesmo tempo em que alguns cursos superiores tiveram um esvaziamento, outros tiveram um ‘boom’, como as faculdades de direito. No mercado de trabalho, os reflexos são de excesso de mão de obra em algumas áreas, mas ainda faltam profissionais em outras. Como equacionar esta questão? R B - Estamos vivendo um novo
mundo, estamos falando em biotecnologia, nanotecnologia. Cursos como gastronomia também estão em alta e profissionais desta área estão com salários mais altos que alguns advogados, por exemplo. Mesmo com a ampliação dos cursos tecnológicos, esta área ainda tem muito a desenvolver. Existem oportunidades em mais de 300 áreas distintas e aquela visão de que fazer os cursos de direito ou medicina é o que dá garantia ao profissional precisa mudar. Ainda temos um ranço muito grande em relação a isso, temos isso enraizado culturalmente, principalmente na América Latina, o que já não acontece em outros países mais desenvolvidos. Para mudar esta visão, dependemos de um trabalho muito forte que deve ser realizado em conjunto com o governo, as escolas e a mídia.
R E – Percebemos que a educação superior passou por diversas transformações. O mesmo deve acontecer com a educação básica? Quais outras mudanças estão por vir? R E – Estamos presenciando a ascensão da classe C
e D e sua migração para a escola particular. Estas pessoas ainda vão ter este ranço em buscar os cursos superiores mais consagrados? R B - Esta primeira geração da classe C e D que ingressou na escola particular virá com todo este ranço sim, no mais alto grau possível, mas estamos com esperança que estas novas gerações comecem a ser mais críticas. As pessoas devem se abrir para um leque maior de oportunidades, ter uma visão diferente.
R E – Nos últimos anos, sentimos um crescimento no setor educacional, com o surgimento de novas escolas de profissão, cursos de ensino à distância, cursos livres, entre outros. O brasileiro está mais disposto a investir em educação?
R B - É um setor que vai crescer muito mais. A
procura por conhecimento e formação fora dos ambientes universitários foi possibilitada com a mediação da tecnologia. Nos cursos de especialização, por exemplo, um a cada três estudantes já faz curso online. Em um curto período de tempo, o ensino a distância vem possibilitando uma aproximação das pessoas com o conhecimento e isso leva a uma reconfiguração do sistema, sem a obrigatoriedade de pensar apenas em diploma.
R E – A educação a distância vem apresentando um grande crescimento nos últimos anos, esta tendência deve continuar?
R B - O ensino a distância é um processo mundial,
uma oportunidade que está se dando no mundo inteiro, porque por meio da tecnologia é possível chegar a lugares que não se chegava anteriormente. É a grande inovação para o Brasil, um país continental das dimensões como o nosso. Trata-se de um dos adventos mais importantes da década, mas nós também tivemos outro movimento importante nos anos 90, que foi a LDB (Lei das Diretrizes e Bases), que abriu o setor para a iniciativa privada. Este foi um marco para a educação privada do país, principalmente para o ensino superior, que possibilitou este crescimento todo que vemos hoje. Se não tivesse acontecido isso, teríamos a metade dos alunos que temos hoje. Foi um mérito muito grande do trabalho dos congressistas sob forte influência do Banco Mundial para esta abertura, e a visão do então presidente, Fernando Henrique Cardoso, que bancou toda a oposição ideológica na época. O Brasil estaria muito pior se não tivesse acontecido esta abertura, tanto na educação básica, como superior.
R B - Os dirigentes de escola devem ficar atentos e tomar conhecimento de que tudo isso que aconteceu na última década com a educação superior – compra por grandes grupos, padronização de serviços, abertura de capital, processo qualitativo maior – começa a acontecer agora na educação básica privada.
Acompanhando estas mudanças, duas novas tendências devem acontecer dentro das escolas. Uma delas é a migração para as escolas bilíngues em período integral. Num prazo de dez anos, eu não consigo imaginar que uma escola sobreviva se não for bilíngue. Isto está acontecendo também em países vizinhos da América Latina. É um anseio da sociedade que a iniciativa privada tem condições de atender mais agilmente, e que o governo ainda vai demorar um pouco mais para oferecer, apesar do grande empenho neste sentido. Trata-se de um movimento que começa mais fortemente nas grandes capitais e deve se estender para as demais cidades. Claro que em suas devidas proporções, mas é uma pressão universal e ninguém deve escapar disso. Tanto que os sistemas de ensino também estão investindo na transformação dos materiais para o bilíngue, senão vão ficar de fora do mercado. Outra tendência muito forte é a inserção do empreendedorismo em sala de aula. E falamos em empreendedorismo em sua concepção mais abrangente, que deve ser entendido como trabalhar a pró-atividade, a iniciativa para fazer as coisas acontecerem. São alunos que devem aprender a conquistar um espaço no mercado de trabalho e não mais se preparar apenas para ter um emprego, e sim para ter uma profissão.
R E– Com a tendência das escolas passarem a ser bilíngues, como ficam as escolas de idiomas?
R B – Elas vivem um momento muito rico e oportuno. Hoje, existe uma conscientização de todo mundo sobre a importância de saber outras línguas, fora os eventos mundiais, como Copa do Mundo e Olimpíadas, por exemplo, que exigem formação para profissionais específicos como guias turísticos, taxistas, entre outros. Mas com as escolas bilíngues, aquela criança que frequentava em um período a escola formal, e em outro a escola de idiomas, deve acabar. R E – Perante a tantas mudanças, como você enxerga o posicionamento do Paraná no cenário educacional? R B - O Paraná está muito bem posicionado, mas ele tem uma caracte-
rística de ser mais resistente às inovações, tanto aos modismos, quanto àquelas mudanças que vieram para ficar. Então, enquanto é apenas um modismo, é bom que seja assim, porque ele não perde tempo. Mas ser resistente a inovações mais sérias e estruturais pode ser ruim num cenário competitivo global. Até porque, agora as escolas do Paraná vão passar a competir não só com escolas nacionais, como também globais. Acredito que no quesito inovação, o Paraná precisa se agilizar mais, mas no quesito qualidade não deixa nada a desejar.
“Acredito que no quesito inovação, as escolas do Paraná precisam se agilizar mais, mas no quesito qualidade não deixam nada a desejar”.
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en.si.no su.pe.ri.or sm / adj
T / Priscilla Scurupa
A polêmica
do Insaes Projeto de Lei que prevê a criação de um superinstituto para fiscalizar o Ensino Superior é alvo de críticas
Uma nova autarquia que teria como função supervisionar e avaliar instituições e cursos de educação superior no sistema federal de ensino. Esse é o Projeto de Lei 4372/12, que tramita em regime 20
de urgência na Câmara dos Deputados e prevê a criação do Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação da Educação Superior (Insaes). Para o Ministério da Educação (MEC), a entidade tende a aprimorar e tornar o sistema mais eficiente. Entre as entidades privadas, gerou controvérsias e se tornou motivo de insegurança. Caso seja implementado, o instituto assume atribuições da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) do MEC - que será extinta - e fica responsável pela avaliação in loco de instituições federais e privadas de educação superior, função hoje atribuída ao Inep. O projeto prevê ainda a criação de um plano de carreiras e cargos para os servidores do novo órgão. Também serão criados 350 cargos de especialista em avaliação e supervisão da educação superior, 150 de analista administrativo e 50 de técnico administrativo.
Entre outras atribuições, o Insaes poderá autorizar e renovar o reconhecimento de cursos de graduação e sequenciais. Poderá também decretar intervenção em instituições de educação superior, além de advertir, suspender e inabilitar dirigentes. Como sanção aos infratores da lei, poderá desativar cursos, reduzir o número de vagas, suspender a autonomia ou descredenciar instituições. Depois de avaliadas, as faculdades poderão receber advertência ou multas de R$ 5 mil a R$ 500 mil. De acordo com a presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), Amábile Pácios, o projeto é questionável em diversos pontos e precisa ser melhorado no sentido de tornar mais claros, por exemplo, os critérios para multas e punições. “O PL é necessário, mas foi criado sem que houvesse diálogo com a categoria. No texto, constam previsões que não caberiam ao Instituto, como o controle de fusões e aquisições de escolas privadas de Educação Superior”, critica. Em sua opinião, isso gera insegurança no setor que, inserido em sistema de regras frágeis, acabaria perdendo investidores, prejudicando o desenvolvimento da educação no país.
Segundo o presidente da Federação dos Estabelecimentos Particulares de Ensino da Região Sul (FEPEsul), Ademar Batista Pereira, o PL é um grande risco para a democracia brasileira, pois intervém de maneira “abusiva, inconstitucional e autoritária” na atividade da iniciativa privada. “O projeto de lei gasta a maioria dos seus artigos para definir os cargos e o plano de carreira dos seus, mas reserva à escola privada uma verdadeira estatização”, alega. “Não vejo urgência na tramitação de uma lei dessa natureza, pois neste momento, em que o país aguarda uma nova regulamentação da educação, especialmente em razão da proposta de uma reforma universitária e do Plano Nacional de Educação, a ideia da criação do Insaes nem sequer é pertinente, muito menos necessária”, complementa.
O que você achou da proposta de criação do Insaes? Escreva para CONTATO@REVISTAESCADA.com.br Sua opinião será publicada na próxima edição da revista.
AD MAXIGRAFICA
as.so.ci.a.das adj
UNIVERSO DAS ESCOLAS ASSOCIADAS
T / Marília Bobato F / Divulgação
FAZER O BEM LONGE DE CASA Um grupo da Faculdade Evangélica, de Curitiba, acaba de retornar de uma visita aos estados de Alagoas, Bahia, Pernambuco, Piauí e Sergipe, onde participaram do Projeto Rondon. Coordenado pelo Ministério da Defesa, o Projeto Rondon conta com o envolvimento voluntário de estudantes universitários, que queiram contribuir para o desenvolvimento sustentável de comunidades carentes e o bem-estar da população. Na Faculdade Evangélica, as professoras Karyna Turra e Jane Cherem foram com os alunos para monitorar e coordenar o grupo.
MISSÃO SOLIDÁRIA MARISTA SEMANA DE FORMAÇÃO ESPIRITUAL NO SION
Crédito: João Borges
Crédito: Faculdade Evangélica
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Uma reflexão sobre a educação do jovem no mundo atual, “Linguagens sobre Jesus” e o Carisma de Sion. Esses foram alguns dos temas abordados durante a Semana de Formação Espiritual realizada para os docentes do Colégio Nossa Senhora de Sion – Batel e Solitude. O encontro, que aconteceu entre 29 e 31 de janeiro, teve por objetivo oferecer um momento de reflexão, oração e preparação para as ações educacionais em 2013. Os Padres João Batista Libanio (foto) e Joachim Andrade conduziram as palestras e as celebrações do evento.
Em janeiro, cerca de 350 jovens, alunos e ex-alunos maristas dos estados do Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Distrito Federal, com idade entre 16 e 30 anos, passaram parte das férias de uma forma diferente. No lugar da praia, viagens e descanso, o grupo vivenciou a rotina dos moradores de comunidades em situação de vulnerabilidade social em cinco diferentes cidades brasileiras: Almirante Tamandaré (PR), Cascavel (PR), Dourados (MS), São Bento (SC) e Eldorado - Vale da Ribeira (SP). A ação faz parte do projeto da Missão Solidária Marista (MSM), realizado todos os anos, desde 2005, com o objetivo de despertar o senso crítico, a sensibilidade solidária e a espiritualidade desses jovens e da própria comunidade, a fim de que se tornem agentes de transformação social. Antes de partir para a missão, cada grupo preparou uma programação com uma série de atividades que foram elaboradas em parceria com os líderes comunitários das localidades que receberam os missionários.
ALUNO DA OPET GANHA PRÊMIO NACIONAL
Lançamento do Portal de Inovação X Thiago Yoshiharu Itice, que concluiu recentemente o curso de pós-graduação em HQ na Opet, foi o vencedor do 29º Prêmio Angelo Agostini, na categoria quadrinho independente, com o “Last RPG Fantasy”. Promovido pela Associação dos Quadrinhistas e Caricaturistas de São Paulo (AQC-ESP), o prêmio elegeu nacionalmente os melhores do ano de 2012 em diversas categorias. Lançado durante a Gibicon 2012, pelo Estúdio Lobo Limão (empresa de ilustração, animação e quadrinhos), que tem Itice como um dos proprietários, o Last RPG Fantasy conta a aventura de três irmãos que partem em jornada atrás de cristais mágicos para salvar o mundo. O diferencial fica por conta da interatividade com o leitor. A cada final de página ele é convidado a fazer uma escolha que muda completamente o rumo da história. Além de Itice, são proprietários do Lobo Limão Kendy Saito e Keiichi Mori.
Tendo como foco o encontro entre ideias, investidores, profissionais do mercado e geradores de conteúdo, o Portal X é o resultado prático de um sonho: a liberdade de criação para o fomento de um Brasil melhor. Além de produtos como a academia corporativa certificada internacionalmente com inúmeros treinamentos voltados as unidades educacionais, o portal também é voltado para alunos, profissionais e todos aqueles que possuem o desejo da capacitação de qualidade e com alto valor agregado para suas carreiras. São três segmentos, EAD, Educação Corporativa e Ambientes Inovadores de Aprendizagem. Possibilidades de convênio e desconto para grupos, associações, sindicatos e demais agremiações. Informações: deise@portalx. net.br ou (41) 3402-0800
PELA 4° VEZ, PUCPR É SEDE DO GLOBAL GAME JAM A Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) foi pela 4° vez uma das sedes do Global Game Jam (GGJ), Encontro Internacional de Desenvolvimento de Jogos que aconteceu simultaneamente em todo o mundo. O evento, realizado de 25 a 27 de janeiro, em cerca de 300 sedes distribuídas em 63 países de todos os continentes totalizou mais de 10 mil participantes. O objetivo do encontro é que os jammers (nome dado aos participantes) desenvolvam jogos a partir de um tema comum que é revelado somente no início da jornada. Durante todo o período da competição, os jammers ficam nas sedes em período integral. Levam colchonetes, cobertores, travesseiros e se preparam para passar dois dias com refeições à base de fast food, sendo que a pizza figura entre os pratos preferidos. Depois do evento, todos os jogos ficam disponíveis na internet e é feito o ranking dos mais acessados.
Quer ver sua instituição de ensino nesta seção da revista? Escreva para a gente contando o que aconteceu no primeiro bimestre letivo de 2013 e também envie fotos para: contato@revistaEscada.com.br
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T / Jacir J. Venturi - Presidente do Sinepe/PR
A GESTÃO ESCOLAR E A MEDIAÇÃO DOS CONFLITOS NA ESCOLA
Minha experiência de 41 anos dentro de escolas públicas e privadas, em todos os níveis, indica que cerca de 15% da comunidade de alunos, pais, professores e funcionários é capaz de comprometer a administração escolar e o precioso tempo dos gestores. É onde está o ninho da serpente, fonte precípua dos conflitos e aborrecimentos. Porém, são adultos, adolescentes ou crianças que necessitam da orientação dos educadores. É óbvio que os outros 85% têm demandas, cobranças e pontualmente geram desavenças, mas se enquadram dentro da normalidade.
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Como reduzir os conflitos? Elenco alguns motes ou regrinhas de ouro: 1) Difundir a cultura de que a diversidade é uma riqueza. Isso torna o ambiente escolar mais amistoso e menos conflituoso. Somos diversos, porém não adversos. 2) Combater diuturnamente o bullying, uma das principais fontes de desavenças entre alunos. A intensidade do bullying indica o quanto moralmente a escola está comprometida. É responsabilidade dos gestores e professores duas frentes de combate: prevenção e ação. É preventiva a implementação de uma cultura de respeito, tolerância e aceitação de que somos diferentes. Ação vigilante, proativa e punitiva sobre os agressores. 3) Atacar o problema no nascedouro, antes que a marola vire um tsunami. No início de uma contenda, o mediador deve aliviar a tensão com um toque de humor ou com uma frase de efeito como a clássica de Shakespeare: “A tragédia começa quando os dois lados acham que têm razão”. 4) Encarar o problema de frente e não apenas tangenciar. Mergulhar fundo. Muitas vezes, temos que contar com o decurso dos dias. O travesseiro é um bom conselheiro.
5) Minimizar as posturas antagonistas de alguns pais – como se família e escola em trincheiras opostas estivessem. A escola erra sim e a família também. A tolerância ao erro, dentro de certos limites, é uma virtude e um aprendizado para a vida adulta. Sigmund Freud bem assevera: “educar é uma daquelas atividades em que errar é inevitável”. 6) Ser bom ouvinte. A natureza nos concedeu uma boca e dois ouvidos. A mensagem anatômica é explícita: ouça os dois lados e fale menos. É comum, nos arranca-rabos entre alunos, haver duas versões antagônicas. E quando a versão contraria os fatos, a primeira vítima é o fato. 7) Manter a hierarquia e a disciplina, requisitos indispensáveis para uma boa organização. Ao não punir convenientemente os alunos, os gestores e professores pensam que estão sendo liberais. No entanto, então sendo concessivos, bonzinhos, e a futura vida profissional cobrará de nossos alunos respeito às normas e à hierarquia. A escola é um laboratório para a vida adulta.
8) Normatizar a escola. Esta necessita de uma boa rotina, e para tanto regras bem estabelecidas e bem cumpridas. Fazem parte de uma boa rotina professores pontuais e com boa didática, funcionários solícitos, suporte tecnológico que funciona, banheiros e corredores asseados. 9) Transmitir valores. O educando precisa de um projeto de vida. Desde pequeno, é importante que desenvolva valores inter e intrapessoais, como ética, cidadania, respeito ao próximo, responsabilidade socioambiental, autonomia, o que enseja adultos flexíveis e versáteis, que sabem trabalhar em grupo, abertos ao diálogo, às mudanças e às novas tecnologias. De todas as virtudes, a mais importante é a solidariedade: base das relações sociais e a partir da qual se fundamenta uma convivência pacífica.
Na sua escola, como você faz para reduzir os conflitos? Escreva a sua experiência parA : contato@revistaEscada.com.br. Sua opinião será publicada na próxima edição da revista.
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T / Ademar Batista Pereira - Presidente da FepeSul (Federação dos Estabelecimentos Particulares de Ensino da Região Sul)
A falência dos municípios, já era hora!
Todos os anos, especialmente logo após as eleições, acontece uma reunião em Brasília com os prefeitos eleitos, e a discussão é sempre a mesma: mais recursos federais, mais dinheiro, e muita dificuldade para pagar as contas. Invariavelmente, se vê na imprensa, as condições das administrações municipais e as condições que os novos prefeitos terão em honrar as promessas de campanha.
Essa debandada a Brasília tem dois grandes objetivos, cada um visando atender os interesses de ambos os lados. Do lado federal, não fazem uma verdadeira reforma tributária para deixar nos municípios a riqueza gerada pelos cidadãos que ali vivem, pois o governo federal não teria as barganhas políticas para se manter no poder central. Do lado dos prefeitos, estes precisam se submeter às condições federais, pois existem leis que amarram a gestão.
Isso vem se repetindo há muitos anos, e a tendência é o agravamento até que uma boa parte dos municípios ‘quebre’, literalmente entrem em falência, pois senão vejamos o exemplo do Paraná: temos 399 municípios, sendo que cerca de 200 deles possuem menos que 10 mil habitantes. Ora, uma cidade com 10 mil habitantes pode ser comparada a um condomínio de uma grande cidade, e quantos administradores um condomínio precisa? Geralmente um síndico, um contador ou administradora, um carteiro, uns três zeladores e cinco porteiros, num total de onze pessoas, com um custo direto com pessoal de aproximadamente R$12 mil/mensais. Se estendermos estes números para as dimensões do Brasil com seus mais de 5.600 municípios, seriam mais de 2 mil municípios nessas condições.
Na realidade, esses municípios possuem: um prefeito, um vice-prefeito, de oito a dez secretários municipais e nove vereadores. Esses cargos políticos, conseguidos através do voto popular, por indicação ou proximidade política, têm suas regalias: carro, secretaria, assessor, viagens, etc. Considerando um salário médio para os cargos eletivos de R$10 mil, temos um custo de R$210 mil por mês para administrar a cidade, contra os R$12 mil que temos para o condomínio. É claro que esses números são fictícios, mas considerando a realidade de 2 mil municípios brasileiros, e os salários pagos a políticos e extensos àqueles que ocupam cargos de confiança, os valores são muito maiores... O número seria de bilhões de reais e a troco de nada. No exemplo dos municípios, imagine se em Brasília, resolvessem discutir estes gastos a fundo? Será que um dia chegaremos a esse maturidade política? Discutiremos de forma madura e responsável medidas para a melhor utilização do recurso público, ou vamos sempre colocar a culpa no prefeito anterior? Ou ainda, será necessário que tenha uma falência geral desses municípios para que se tome medidas mais inteligentes? O exemplo dos países periféricos da Europa não deixa dúvida qual será a alternativa.
E, você, como tem visto a administração do seu município? Escreva a sua experiência parA : contato@revistaEscada.com.br. Sua opinião será publicada na próxima edição da revista.
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T / Amábile Pacios - Presidente da FENEP (Federação Nacional das Escolas Particulares)
INOVAÇÃO EM SALA DE AULA Em viagem a Porto Alegre, conheci o Henrique. Ele vestia uma camiseta básica branca com a palavra GOOGLE escrita em cores. Sentou-se ao meu lado na poltrona do corredor e eu na janela. Sorrimos um para o outro.
Nada anormal, a não ser que Henrique tinha nessa viagem sete meses de idade e, claro, viajava no colo de sua mãe. O que não foi natural nessa história foi o que se seguiu. Após a decolagem, Henrique tomou de assalto o Iphone de sua mãe e jogou a viagem toda utilizando os seus pequeninos dedos.
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A cada acerto, a galinha, protagonista do jogo, batia suas asas e perdia uma parte de suas penas. O Henrique se divertia muito e aguardava esse momento com toda curiosidade e ansiedade de quem sabe o que vai acontecer se os seus dedinhos caminharem ao desfecho esperado. Fiquei olhando esses movimentos e pensando: que escola estará pronta para receber a geração do Henrique? Não consegui ficar quieta e tirei uma foto, mas devia ter gravado para perpetuar a risada que ele emitia para celebrar os seus acertos.
É comum escutar que as gerações “Z” e “nato-digital” dominam as tecnologias e por isso podem acabar por se desinteressar pela escola porque os movimentos dos dedos, dos olhos e das mãos desenvolvem as suas habilidades de raciocínio, dando a eles a destreza de rapidamente avaliar a situação e enxergar as soluções, coisas típicas dos jogos de videogame. Mas, sem conteúdo, não é possível nem o diálogo entre duas pessoas. Portanto, a ênfase da escola continua sendo o conhecimento. E a escola tem o desafio de torná-la tão excitante quanto os games. Lembro-me de Rubem Alves e, mais do que nunca, o professor precisará ser “um sedutor”. A boa notícia é que começa a chegar às escolas os professores da geração videogame. Eles, sim, poderão fazer uma grande revolução na sala de aula com todos os recursos disponíveis, porque já dominam a tecnologia digital que, atrelada ao conhecimento de sua formação e capacidade de raciocinar velozmente, trarão sem receios todas as possibilidades da inovação. Neste momento, a geração do professor videogame e a do Henrique finalmente se encontrarão na escola.
Caminhando com passos lentos, as escolas buscam incorporar as novas tecnologias em sala de aula. Especialistas, gestores, professores e pesquisadores debatem, arriscam caminhos e buscam, antes de tudo, saciar as suas próprias ansiedades. O que fazer com toda a liberdade de pesquisar e conhecer que essa inovação traz para a sala de aula? O que de fato inquieta os gestores e professores? Liberdade, sempre desejada, por vezes assusta! O professor sempre será aquele que retém o conhecimento no ambiente escolar e, por mais que os estudantes tenham acesso às informações, elas serão apenas informações se não forem reafirmadas pelo conhecimento científico. Então, não há ameaça ao poder de conhecer do professor.
Como os professores da sua escola têm trabalhado com os alunos em relação aos avanços tecnológicos? Escreva a sua experiência parA : contato@revistaEscada.com.br. Sua opinião será publicada na próxima edição da revista.
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di.re.to.ri.a em a.ção sf / prep / sf
T / Marília Bobato F / Patrícia Lion
Novo sistema de armazenamento de dados para as escolas particulares
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O presidente do Sinepe/PR, Jacir J. Venturi, a coordenadora de Documentação Escolar da SEED, Profª Joana Emilia Miranda Petry, e demais profissionais da SEED.
A partir deste ano, a Secretaria de Educação do Paraná (SEED) está com um novo sistema que gerencia arquivos nos colégios. O Módulo de
Arquivamento do Relatório Final – MARFIM é oferecido pelo governo estadual para as instituições particulares de educação básica e profissional. O sistema serve para receber e armazenar relatórios finais gerados em todas as escolas ao término de cada ano letivo. As informações ficam em um banco de dados que permite consulta online na Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar). O módulo, além de facilitar a consulta, deve proporcionar economia às escolas no envio dos documentos que antes eram feitos em papel. De acordo com o presidente do Sinepe/PR, Jacir J. Venturi, o módulo apresentado pela Secretaria de Educação visa a atender a modernidade, o respeito ao meio ambiente e ao tempo de demanda do material.
O chefe do Núcleo Regional da Educação de Curitiba, Prof.º Maurício Pastor dos Santos
Dentre os benefícios do MARFIM, a Celepar destaca: 4Segurança; 4Organização e padronização; 4Facilidade na busca; 4Preservação dos documentos; 4Agilidade no processo; 4Questão ambiental – economia de papel.
Sinepe/PR participa
de ação de combate à pichação DENÚNCIAS DE PICHAÇÕES EM CURITIBA
80
1.200
2002
2012
LIGAÇÕES
LIGAÇÕES
O Sinepe/PR é uma das entidades Perfil do pichador Adolescentes e adultos, em sua grande maioria do sexo masculino que integra o projeto Pichação é Crime, uma iniciativa da AssociaPeríodo de maior ocorrência ção Comercial do Paraná (ACP), Outubro e novembro, mesma época do 3º bimestre letivo. Nesta em parceria com a Prefeitura Mu- época, os alunos estão bastante entrosados entre si e muitos já estão reprovados. Mediante a este cenário, alguns aproveitam uma nicipal, Segurança Pública, Sintendência a libertinagem e a prática da pichação. dicato dos Vigilantes, meios de comunicação, entre outras. O objetivo do Período de menor ocorrência projeto é debater medidas de prevenção e punição dos pichadores na capital, combatendo este tipo de depredação. “Não basta trabalharmos apenas ações preventivas, precisamos também de ações repressivas, neste sentido é muito importante uma maior fiscalização por parte das autoridades. O envolvimento dos meios de comunicação, a eficiência das câmeras de vigilância e uma maior ação da Patrulha Escolar também somam forças neste projeto”, defende o coordenador político da ACP, Gláucio José Geara ressaltando a necessidade de união entre as entidades. De acordo com o presidente do Sinepe/PR, Jacir J. Venturi, o Sindicato deseja participar intensamente deste projeto, principalmente com o desenvolvimento de ações pedagógicas que contribuam na formação social e cultural dos estudantes. O major Luiz Marcelo Maziero (GGI-PM) informou que até março o Estado deve contar com um acréscimo de mil soltados e 1.300 viaturas nas ruas, o que beneficiará diretamente as ações contra as pichações na cidade.
Dezembro e janeiro, meses em que ocorrem as férias escolares e muitos adolescentes viajam com os pais.
Em casos de pichação
A indicação é que o proprietário do imóvel tome como medida imediata a pintura do local, assim mostra que existe monitoramento e ocupação do mesmo, evitando outras possíveis ações como, por exemplo, furtos.
Penalidade
O crime de pichação, previsto na Lei de Crimes Ambientais, prevê pena de detenção de 3 meses a 1 ano mais multa. A pena mínima é agravada para seis meses, quando o ato for realizado em depreciação de monumentos ou bens. Em casos de adolescentes infratores, estes cumprem medidas sócio-educativas.
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cur.sos sm
AGENDA
T / Marília Bobato
Evento
Evento
Curso de Atualização Curso de Atualização da Educação da Educação Básica Profissional Objetivo Oportunizar a busca de atualização e aprofundamento no que diz respeito às normatizações para a documentação escolar.
TemaS
Oportunizar a busca de atualização e aprofundamento no que diz respeito às normatizações para a documentação escolar.
Data
Temas Ficha Individual e Histórico Escolar; Aprovação de Formulários; Livro Registro de Classe; Processos de Regularização de Vida Escolar; - Educação a Distância.
Público-alvo
Data
Histórico Escolar; Ficha Individual; Livro Registro de Classe; Revalidação e Equivalência de Estudos; Projeto Político Pedagógico; Regimento Escolar; entre outros.
20/03/2013
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Objetivo
Secretários (as) das escolas de Ensino Fundamental e Médio.
Palestrantes
Mary Stella Kovalhuk Cotrim da Silva técnica pedagógica na Coordenação de Documentação Escolar da Secretaria Estadual de Educação do Paraná. Maria da Graça Padoan técnica na equipe da CDE/SEED. Sandra Salomão Cury Riechi técnica pedagógica na SEED/CDE. Antonia Donisete Machovski Rodrigues técnica pedagógica na Coordenação de Documentação Escolar da Secretaria Estadual de Educação do Paraná. Dircinha Borkovski técnica pedagógica na Coordenação de Documentação da Secretaria de Estado da Educação. Regina Cely Dudas técnica pedagógica na Coordenação de Formação Continuada dos Profissionais da Educação do Paraná (CFC).
Local
Sinepe/PR - Rua Guararapes, 2.028 – Vila Izabel – Curitiba/PR.
21/03/2013
Público-alvo
Secretários (as) das escolas de Educação Profissional.
Palestrantes
Olgalina da Cruz Silva técnica pedagógica na Secretaria Estadual de Educação do Paraná (Legislação Escolar). Josiane Fagotti técnica pedagógica da CDE/DLE/SEED. Carmem Silvia Lopes Tereziano Barros técnica pedagógica na Coordenação de Documentação Escolar/SEED. Regina Cely Dudas técnica pedagógica da CFC do Paraná. Telamary Kazmierczak Luiz presta serviços na Secretaria de Estado da Educação.
Local Sinepe/PR - Rua Guararapes, 2.028 – Vila Izabel – Curitiba/PR.
Evento
Especial regionais do Sinepe/PR Palestrantes e temáticas Geraldo Peçanha de Almeida Formado em Educação pela UNESP, Fez mestrado pela UFPR e doutorado pela UFSC. Nas regionais vai ministrar a palestra: Bases Neuropsicológicas da Aprendizagem.
Jane Patrícia Haddad Pedagoga, com especialização em Psicopedagogia, Docência do Ensino Superior e formação em Psicanálise. Nas regionais vai ministrar a palestra: Cabeça nas Nuvens - “orientando” educadores para lidar com o TDAH: Precisamos falar mais sobre isso! Alguém na Escuta? Jacir J. Venturi O presidente do Sinepe/PR vai ministrar a palestra Escola: Espaço da diversidade e laboratório para a vida adulta.
REGIONAL PONTA GROSSA 08/04/2013
REGIONAL GUARAPUAVA 09/04/2013
REGIONAL PATO BRANCO 10/04/2013
REGIONAL CASCAVEL 11/04/2013
REGIONAL FOZ DO IGUAÇU 12/04/2013
*Os eventos nas regionais têm 90 vagas disponíveis em cada cidade e ocorrem sempre das 18h às 21h. São voltados para gestores, secretários e professores de todos os níveis escolares.
Não deixe que vândalos sujem nossa cidade.
Sua identidade será preservada.