número 20 | ano 05
A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ
set a dez de 2014
Publicação Sinepe/PR
METODOLOGIAS ATIVAS NO PRESENTE E FUTURO DO ENSINO SUPERIOR ENTREVISTA: O PESQUISADOR JOE GARCIA APRESENTA ALTERNATIVAS PARA A INDISCIPLINA
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Sinepe/PR
Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Paraná
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Curitiba sediou o XI Encontro Nacional de Dirigentes de Graduação das IES Particulares, onde foram apresentados cases de sucesso de cinco
instituições locais acerca de novas metodologias e tecnologias aplicadas ao ensino. Na vanguarda do conhecimento, as instituições apresentaram experiências que estão dando certo e o público presente pôde descobrir pistas para onde a educação está evoluindo. Devido à relevância do assunto, trouxemos uma matéria especial com a participação do Opet, PUCPR, UniBrasil, Universidade Positivo e Uninter. Nossa intenção é que um número ainda maior de educadores possa ter conhecimento sobre o tema. Além deste assunto, esta edição da revista Escada conta com uma entrevista com o pesquisador Joe Garcia, um estudioso sobre o tema indisciplina. De acordo com ele, “para superarmos a indisciplina nas escolas, será preciso não somente construir novos pactos de convivência, mas mudar nossos modelos e práticas educacionais”. Com a proximidade do encerramento de mais um ano letivo fica a reflexão a ser trabalhada em 2015. 4
Também trazemos notícias das instituições de ensino associadas ao Sinepe/PR; ações da diretoria realizadas durante o segundo semestre; artigos de opinião e muito mais conteúdo para você, educador. Boa leitura! Jacir José Venturi
Conselho Diretor Biênio 2014/2016 Diretoria Executiva Presidente 1.º Vice-Presidente 2.º Vice-Presidente Diretor Administrativo Diretor Econômico/Financeiro Diretor de Legislação e Normas Diretor de Planejamento
Jacir José Venturi Esther Cristina Pereira Paulo Arns da Cunha Gilberto Vizini Vieira Rosa Maria C. V. de Barros Nilson Izaias Pegorini Ir. Frederico Unterberger
Diretoria de Ensino Diretor de Ensino Superior Diretor de Ensino Médio/Técnico Diretor de Ensino Fundamental Diretor de Ensino da Educação Infantil Diretor de Ensino dos Cursos Livres Diretor de Ensino dos Cursos de Idiomas Diretor de Ensino das Academias
José Antonio Karam Gilberto Zluhan Ir. Marinês Tusset Noely Luiza D. Santos Pedro Adriano Brandalize Magdal J. Frigotto Volnei Jorge Sandri
Conselheiros 1.º Conselheiro 2.º Conselheiro 3.º Conselheiro 4.º Conselheiro 5.º Conselheiro 6.º Conselheiro 7.º Conselheiro 8.º Conselheiro 9.º Conselheiro 10.º Conselheiro 11.º Conselheiro
Jorge Apóstolos Siarcos Pedro Roberto Wiens Raquel Adriano M. M. de Camargo Ademar Batista Pereira Douglas Oliani Durval Antunes Filho Roberto A. Pietrobelli Mongruel Dorojara da Silva Ribas Renato Ribas Vaz Christian Dejuour Ana Dayse Cunha Agulham
Conselho Fiscal Efetivos Suplentes Ailton Renato Dörl Henrique Erich Wiens Armindo Vilson Angerer Edison Luiz Ribeiro Ir. Anete Giordani Maria Inês W. Galvão Delegados Representantes - FENEP/Confenen Jacir José Venturi Ademar Batista Pereira Diretorias regionais SINEPE/PR - Regional Oeste (Cascavel) Diretor-Presidente Airton Bonet Diretor de Ensino Superior Maria Débora Venturin Diretor de Ensino da Educação Básica Lauro Daros Irmã Mareli A. Fernandes Diretor de Ensino da Educação Infantil Ione Plazza Hilgert Diretor dos Cursos Livres/Idiomas Denise Veronesi Trivelatto
Presidente
Revista Escada Publicação periódica de caráter informativo com circulação dirigida e gratuita. Desenvolvida para o Sinepe/PR. Editada pela Editora Inventa Ltda - CNPJ 11.870.080/0001-52 Rua Heitor Stockler de França, 356 - 1º andar - Centro Cívico - Curitiba - PR Conteúdo IEME Comunicação www.iemecomunicacao.com.br Jornalista responsável
Marília S. Bobato DRT/PR 6828
Projeto gráfico e ilustrações
D-Lab -www.dlab.com.br
Comercialização
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Críticas e sugestões
contato@revistaescada.com.br
Comercial marilia@editorainventa.com.br (41) 3253-0553 - RAMAL 22 Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião desta revista. Conselho editorial Fátima Chueire Hollanda José Antonio Karam José Manoel de Macedo Caron Jr. Márcio M. Mocellin Noely Luiza D. Santos Aprovação
Jacir J. Venturi
Impressão e acabamento Logística e Distribuição Versão Digital
Maxi Gráfica e Editora Ltda Correios www.revistaescada.com.br
SINEPE/PR - Regional Cataratas (Foz do Iguaçu) Diretor-Presidente Artur Gustavo Rial Diretor de Ensino Superior Fouad Mohamad Fakin Diretor de Ensino da Educação Básica Antonio Neves da Costa e Antonio Krefta Diretor de Ensino da Educação Infantil Rita C. R. Camargo e Edite Larssen Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas Fabiano de Augustinho SINEPE/PR - Regional Sudoeste (Pato Branco/Francisco Beltrão) Diretor-Presidente Ivone Maria Pretto Guerra Diretor de Ensino Superior Hélio Jair dos Santos Diretor de Ensino da Educação Básica João Carlos Rossi Donadel Diretor de Ensino da Educação Infantil Amazilia Roseli de Abreu Pastorello Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas Vanessa Pretto Guerra Stefani SINEPE/PR - Regional Campos Gerais (Ponta Grossa) Diretor-Presidente Osni Mongruel Junior Diretor de Ensino Superior Marco Antônio Razouk Diretor de Ensino da Educação Básica Irmã Edites Bet Diretor de Ensino da Educação Infantil Maria de Fátima Pacheco Rodrigues Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas Paul Chaves Watkins Diretoria da Regional Central (Guarapuava/União da Vitória) Diretor-Presidente Dilcemeri Padilha de Liz Diretor de Ensino Superior Rodrigo Borges de Lis Diretor de Ensino da Educação Básica Juelina Simão Marcondes Diretor de Ensino da Educação Infantil Jean Felde de Liz Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas Marcos Aurélio Lemos de Mattos
ín.di.ce sm
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OPINIÃO A Justiça determinou que a prefeitura de Curitiba crie 9.696 vagas para a educação infantil até o fim de 2015. Conheça a opinião de alguns educadores da rede particular sobre o assunto
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CALENDÁRIO LETIVO 2015
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DICAS
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EDUCAR TAMBÉM NAS FÉRIAS FTD Digital Arena tem programação para crianças e adultos
Confira a sugestão do Sinepe/PR para Curitiba e interior
Conheça quais livros marcaram a vida de alguns educadores paranaenses
ESPECIAL
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HISTÓRIA
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UNIVERSO DAS ASSOCIADAS
Metodologias ativas no presente e futuro do ensino superior
Conheça o trabalho do Centro de Educação Picollo comandado pela diretora Noely Luiza Santos
Notícias das instituições associadas ao Sinepe/PR
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AÇÕES DA DIRETORIA
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ARTIGO
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ARTIGO
ENTREVISTA
Joe Garcia fala sobre indisciplina no ambiente escolar
Confira os eventos realizados pelo Sinepe/PR e participações da diretoria
Gadgets, oportunidade de aprendizagem Por Deyse Crystine de Campos e Felipe Koeller Rodrigues Vieira
Como professor, não tenho o direito de ser mediano Por Jacir J. Venturi
o.pi.ni.ão subst.
EM AGOSTO, A JUSTIÇA DETERMINOU QUE A PREFEITURA DE CURITIBA CRIE 9.696 VAGAS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL ATÉ O FIM DE 2015. NA SUA OPINIÃO, COMO A ESCOLA PARTICULAR PODERIA CONTRIBUIR PARA ATENDER ESSES ALUNOS?
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Acredito que as escolas particulares, no que diz respeito à educação infantil, poderiam implantar em seus sistemas de ensino uma lei de cotas, como estas que são utilizada pela universidades. Claro que, a escola poderia traçar um perfil da sua comunidade, para tal. E deixar claro às famílias que conseguirem estas cotas, que após a educação infantil a criança não perderá sua ‘bolsa’ conquistada e sim que a família deverá contribuir com um valor previamente fixado entre instituição/ família para continuar seus estudos. Estas cotas também poderiam estar fixadas em valores, por exemplo 50 % de desconto a cotistas, isso ajudaria em muito, tanto as famílias como a suprir a falta de vagas em escolas da rede pública”.
Silvia Adriane Domingues | Professora regente do 2º ano da Escola Úrsula Benincas. 6
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Acredito que a escola particular pode contribuir com o trabalho das creches de Educação Infantil da Prefeitura realizando parcerias que incentivem a inter-relação entre a rede pública e privada. No Dia das Crianças, por exemplo, nossos alunos visitaram algumas creches, proporcionaram às crianças um dia de brincadeiras de roda e ainda colaboraram com uma caixa de materiais pedagógicos específicos para a faixa etária dos alunos atendidos pelas instituições”. Carolina Pereira Frizon | Pedagoga e coordenadora da Escola Atuação.
“
Como coordenadora da Educação Infantil percebo a valorização e o reconhecimento da primeira etapa da Educação Básica, considerando o quanto é necessária a entrada, frequência e permanência da criança na Educação Infantil. Nessa fase as crianças estão abertas às aprendizagens e os conhecimentos se concretizam, muitos deles essenciais às séries iniciais. Como coordenadora do curso de pedagogia do ISE SION, entendo que a abertura de novas vagas fará com que os cursos de formação, em especial a Licenciatura em Pedagogia, capacitem o futuro pedagogo para atuar na formação das crianças”. Katia Beltrami | Coordenadora de Educação Infantil do Sion.
ca.len.dá.rio sm
SUGESTÃO PARA
CALENDÁRIO LETIVO 2015 Janeiro
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01 Jan | Confraternização Universal 17 Fev | Carnaval 03 Abr | Paixão de Cristo 21 Abr | Tiradentes
01 Mai | Dia do Trabalhador 04 Jun | Corpus Christi 07 Set | Independência do Brasil 12 Out | Nossa Senhora Aparecida
Início do período letivo Recesso de alunos
DIAS LETIVOS
JAN. 0
FEV. 19
Atividade Pedagógica * Início das aulas
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Dezembro Seg Ter Qua Qui Sex Sáb Dom
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Setembro
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12 Out | Recesso/Dia do Professor 02 Nov | Finados 15 Nov | Proclamação da República 25 Dez | Natal Feriado ou dia Santo *Término das aulas
Sugestão de Recesso de alunos Sugestão de antecipação do Recesso/Dia do Professor e Auxiliar
MAI. JUN. 1.º SEM. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ. 2.º SEM. 20 21 102 13 21 21 20 20 11 106
TOTAL * 208
*Total = 208 dias letivos -Não foram computados os dias, 16 e 18 de fevereiro, 20 de abril e 5 de junho, sugeridos como recesso de alunos, ficando a utilização destes a critério de cada instituição de ensino.
ALERTAMOS PARA O SEGUINTE: 1
Não estão previstos os feriados municipais.
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Não deverão ser computados como dias letivos os dias utilizados para exame final. (LDB Art. 24, Inciso I). A instituição de ensino é obrigada a cumprir, no mínimo, a carga horária de 800 horas e 200 dias letivos. (LDB Art. 24, Inciso I).
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Compensação de Jornada -(Convenção Coletiva de Trabalho dos Professores) Sinepe/Sinpropar (2014/2015).
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Considerar a Deliberação 02/2002 - CEE, que trata sobre a inclusão, no período letivo, de dias destinados à atividade pedagógica. "Art. 3.º - pode o estabelecimento considerar, como dias de efetivo trabalho escolar, os dedicados ao trabalho docente organizado, também, em função do seu aperfeiçoamento, conquanto não ultrapassem cinco por cento (5%) do total de dias letivos estabelecidos em lei, ou seja, dez (10) dias no decorrer do ano letivo.". Obs.: As atividades pedagógicas (10 dias) poderão ser distribuídas durante o ano letivo a critério da instituição de ensino.
A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ
di.cas s. f.
EDUCADOR, QUAL LIVRO
MARCOU SUA VIDA?
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O livro O Mundo é Plano explica, de maneira clara e interessante, os processos pelos quais o mundo passou e tem passado para constituir-se globalizado. Além disso, aponta as mudanças do modelo de criação de valor na sociedade que passa de uma estrutura vertical - baseada no comando e controle - e vai sendo substituído aos poucos por outro em que interconexão e colaboração são elementos fundamentais. Este movimento é acompanhado pela evolução da tecnologia digital e sua popularização, que tem sido fundamental para a planificação da comunicação, da quebra de fronteiras e hierarquias. Essa leitura abriu meus horizontes e percepção de mundo. Ofereceu-me subsídios para avançar na organização de projetos de inovação em educação com vistas para uma formação que seja coerente com o contexto global em que nossos alunos estão inseridos e para o qual deverão estar capacitados para dar sua contribuição. O que se aprende hoje transforma o amanhã”.
Adriana Karam Koleski | Superintendente Educacional do Grupo OPET.
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O adulto diante da criança de 0 a 3 anos, de Andre Lapierre e Anne Lapierre, fala do desenvolvimento psicológico da criança e fornece importantes informações ao adulto, sobre como ajudá-la a se desenvolver de forma coesa e criativa. Trata-se de uma indicação indispensável para quem tem filhos de até 3 anos ou para o profissional que está em contato direto com crianças dessa faixa etária. Trabalha com a noção de que a chamada primeira infância é fundamental para a formação da estrutura subjetiva da pessoa. Com uma abordagem teórica recheada de vivências práticas, os autores chamam a atenção para o fato de que as relações da criança nessa primeira fase de vida se dão essencialmente de forma corporal e motora. A relação psicomotora entre pais e filhos e entre educadores e crianças é, assim, importante demais para passar despercebida. É por meio dela que se estabelecem as estratégias relacionais que serão marcantes para toda a vida. Com relação à temática pedagógica, fica a crítica relacionada ao fato da escola maternal preparar a criança para a escola normal, mas não exatamente para a vida, o que constitui um problema a merecer atenção dos educadores para melhor adequação do ‘maternal’ às necessidades da criança. Para isso, a indicação é a de que deve haver uma formação adequada para as pessoas que lidam com crianças pequenas em creches e escolas especializadas em educação infantil”.
Sandra Cornelsen | Diretora da Escola Terra Firme.
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Minha indicação é o livro Clube da Luta, que é bem original e cheio de surpresas. O livro do norte americano Chuck Palahniuk conta a história de Jack, jovem executivo de uma seguradora que, apesar da vida confortável, se vê cada dia mais imerso em uma vida de consumismo sem sentido. Com crises de insônia, ele acaba procurando grupos de autoajuda para pessoas com doenças crônicas, o único lugar em que ele se sente vivo. Em uma viagem de trabalho, ele conhece Tyler, personagem extremamente amoral e inteligente que o ajuda a enfrentar suas angústias e tensões. A trama envolve o leitor por meio de uma história forte com mensagens que nos levam a momentos de autocrítica envolvendo tendências sociais atuais, a organização social e política, e o modo como as pessoas se relacionam. O livro trata da liberdade e deixa claro que não somos nossos empregos, o dinheiro que temos no banco ou o carro que dirigimos. Vale a pena a leitura!”.
Ana Paula Heck | Professora de Comunicação Social - Publicidade e Propaganda do Grupo Uninter. ENVIE SUA DICA DE LIVRO OU FILME PARA CONTATO@REVISTAESCADA.COM.BR E CONFIRA A PUBLICAÇÃO NA PRÓXIMA EDIÇÃO.
es.pe.ci.al adj
T / Flora Guedes F / Divulgação / Instituições de ensino
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METODOLOGIAS ATIVAS NO PRESENTE E FUTURO DO ENSINO SUPERIOR Conheça os cases de sucesso de cinco instituições de ensino superior de Curitiba sobre novas metodologias e tecnologias aplicadas e confira para onde a educação está evoluindo A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ
Um dos saldos positivos do XI Encontro Nacional de Dirigentes de Graduação das IES Particulares, segundo o diretor superintendente da Funadesp (Fundação Nacional de Desenvolvimento do Ensino Superior Particular), professor doutor Cícero Gontijo, foi conhecer os cases de sucesso acerca de novas metodologias e tecnologias aplicadas ao ensino apresentados pelas instituições de Curitiba. “Foi uma grata surpresa descobrir que as IES do Paraná estão na vanguarda na aplicação de novas metodologias e tecnologias. São experiências maravilhosas que vou levar daqui e divulgar para outros estados”, disse Cícero Gontijo. O evento, realizado pela primeira vez em Curitiba, aconteceu nos dias 11 e 12 de setembro, na Universidade Positivo com o apoio do Sinepe/PR. A programação iniciou com a palestra ministrada pelo educador Cláudio de Moura Castro e guardou para o final do evento as apresentações dos cases de sucesso de cinco instituições de ensino superior do Paraná que deram pistas para onde a educação está evoluindo:
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UNIVERSIDADE POSITIVO - UP A Gincana de Engenharias, que em 2014 entra na 16a edição, já é considerada uma metodologia ativa de sucesso aplicada pela Universidade Positivo. O evento tem como objetivo principal ressaltar a importância do trabalho em equipe, promover integração entre os alunos de engenharia e também entre as diversas disciplinas ministradas nos cursos. Ela é concebida com a união de professores motivados e organizada durante todo o primeiro semestre letivo, para depois ser aplicada no final do ano. O planejamento do evento, inclusive, já serviu de modelo para outras instituições nacionais e internacionais. A Gincana culmina com as apresentações de todas as tarefas, reafirmando o estudante como centro ativo do processo de ensino e aprendizagem significativa. No ano passado, o evento reuniu 1,2 mil alunos dos cursos de Engenharia Civil, da Computação, Elétrica, da Produção e de Bioprocessos e Biotecnologias, que buscaram alternativas práticas para trabalharem métodos diferentes e desenvolver uma série de atividades em grupo: construir uma pilha elétrica com limões, resolver problemas lógicos em laboratório e montar um caiaque de garrafas pet para a competição de canoagem, etc. Além disso, possibilitou o exercício da cidadania pelos participantes, que arrecadaram mais de 13 toneladas de donativos. “Um papel importante do professor crítico é encorajar o desenvolvimento de condutas, modelos sociais e crenças que estejam em harmonia com a nova sociedade. Se alimentar das vontades e interesses dos estudantes e do mercado pode ser um grande passo na transição da desapropriação do professor teórico para
o professor crítico”, avalia o professor Giancarlo Aguiar, da UP que apresentou o case de sucesso com o tema “Metodologia de Projetos - relato de experiências”. Para ele, complementar a formação do aluno nas séries iniciais com o desenvolvimento de protótipos e projetos podem contribuir significativamente para a redução dos altos índices de evasão escolar e favorecer a interdisciplinaridade ainda pouco explorada nas universidades. “Pensar, repensar, discutir e refletir sobre as metodologias ativas parece uma saída coerente para o ensino e para o jovem moderno. As universidades têm um papel fundamental, podem contribuir para o encorajamento dessas metodologias e oferecer condições para que o professor seja detentor desse conhecimento. As metodologias ativas são o futuro do processo de ensino e aprendizagem de sucesso e de conquista de rendimento acadêmico”, defende Giancarlo Aguiar.
OPET “O professor é essencial para o processo de inovação na sala de aula, pois é ele quem implementa o projeto pedagógico de um curso junto aos alunos”, aposta a superintendente Educacional do Grupo Opet, Adriana Karam Koleski, que abordou como trabalhar com o professor em busca de mudanças significativas em sala de aula durante o Encontro. “É inviável pensar em inovação educacional sem estruturar um projeto que inclua o professor. Por isso, optei por tratar do tema sob a ótica do trabalho com os professores. Quando focamos apenas nas iniciativas de inovação educacional, estamos falando ‘do que’ precisa ser feito. Quando incluímos o professor, passamos a considerar ‘quem fará’”, contextualiza. A superintendente destacou um projeto-piloto da Academia dos Professores do Grupo Opet que aplicou metodologias ativas com seus próprios docentes. O trabalho iniciou com a participação de cinco professores, todos do curso de Direito e durou oito meses, desde o convite feito aos profissionais até a etapa final de avaliação de resultados da implementação das práticas. A ideia da instituição era aproximar os professores de novas tecnologias de ensino diferentes, para que pudessem escolher uma metodologia coerente com o seu estilo e objetivo. De acordo com ela, as metodologias experimentadas pelos professores já passaram a fazer parte de seus planos de
ensino nos semestres subsequentes, promovendo uma efetiva implantação das metodologias na sala de aula. “A Academia de Professores é um grande projeto que realizamos com os professores. O que aprendemos com este projeto foi que precisamos repensar o modo como organizamos o trabalho da Academia para dar ao professor um papel mais protagonista nas experiências de aprendizagem que organizamos para ele. Nosso próximo passo é ampliar este projeto para outros professores do Grupo Opet que já demonstraram interesse em fazer parte”, explica Adriana Karam Koleski, acrescentando que uma possibilidade de caminho para isso é promover uma estrutura em que os professores trabalhem em parceria uns com os outros, desenhando projetos conjuntos de inovação. Ainda segundo a superintendente, o professor muda sua metodologia de ensino, sem dúvida, se houver um significado para isso e que tenha sua autoria. “Estruturamos um projeto em que os professores pudessem fazer uso dos princípios de metodologia ativa em seu processo de aprimoramento de competências pedagógicas. Essa abordagem trouxe desafios, especialmente no que diz respeito à condução do projeto por parte do facilitador que, essencialmente, precisa dar ao professor o papel de protagonista em sua aprendizagem. Quando o professor tem a oportunidade de definir sobre qual projeto que implantará, recebe apoio para desenhar este projeto e reflete a respeito de seus resultados, as mudanças acontecem de modo mais profundo”, defende.
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PUCPR O vice-reitor da PUCPR, Paulo Mussi, enfatizou no Encontro o uso da tecnologia no ensino superior com base em tendências e oportunidades. Na instituição, há uma área que coordena o uso das tecnologias educacionais vinculada à pró-reitoria de Graduação (composta por uma equipe que monitora, desenvolve e capacita toda a comunidade acadêmica em novas tecnologias). “São meios de facilitação ou aceleração de aprendizagem, e só fazem sentido se contribuírem para o desenvolvimento das competências dos alunos. É importante adequar a tecnologia em cada caso específico, conforme o método pedagógico a ser empregado”, ensina. O vice-reitor destacou várias experiências da PUCPR voltadas para tecnologia aplicada à educação: mais de 300 laboratórios destinados à didática e pesquisa, com a aplicação das novas tecnologias, a exemplo da FTD Digital Arena e da Clínica de Simulação para a Escola de Saúde, estruturas instaladas no campus Curitiba, e que propõem o aprendizado por simulação e interação. Além disso, a instituição conta com a Sala de Aprendizagem Ativa - possibilita a utilização de diversas mídias e estimula os estudantes a construir seu próprio conhecimento, a colaboração e a cooperação – e a Gameficação, que propõe usar os conceitos de game play não relacionados diretamente a jogos. A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ
De acordo com o Paulo Mussi, a Gameficação torna o aprendizado mais divertido, aumenta o desafio e a capacidade de tomada de decisão. Dentro dessa proposta é realizado o evento mundial Global Game Jam, que propõe aos participantes desenvolver jogos com um tema comum, durante 48 horas. Na edição de 2014, participaram 350 desenvolvedores e foram
criados 70 jogos. Os números tornam a PUCPR a maior sede brasileira do evento e uma das mais produtivas do mundo. No ensino superior brasileiro, pontua o vice-reitor, há muitos modismos que prejudicam a adequada utilização de novas metodologias. Qualquer investimento nesse sentido demanda, no mínimo, uma reflexão profunda sobre a adequação pedagógica, de conteúdo e de sustentabilidade, de acordo com ele. “Ao adotarmos uma tecnologia tendo ela como um fim em si mesmo é uma receita certa para que não funcione. A adoção não pode ser realizada somente pela ótica do estudante, nem pelo retorno de produtividade para a instituição. Devemos nos perguntar como devemos fazer para mudar as salas de aula incorporando tecnologias”, avalia Paulo Mussi. A PUCPR possui um plano diretor que tem como previsão investimentos em tecnologias que possibilitem o acompanhamento de atividades desenvolvidas pelos alunos fora da sala de aula. Além disso, está em desenvolvimento uma plataforma de
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avaliação por competência e avaliação docente, e ainda alguns pilotos com a metodologia de aprendizagem por pares, que requer a adoção de algumas tecnologias em breve, como por exemplo, os clickers.
UNIBRASIL Colocar o aluno em situações reais de seu futuro exercício profissional é extremamente importante para garantir uma aprendizagem significativa. E por esse motivo foi que as Faculdades Integradas do Brasil – UniBrasil firmou convênios com empresas, hospitais, postos de saúde, escolas estaduais e municipais, outras instituições de ensino superior, e estabeleceu um programa de cooperação internacional e atividades de responsabilidade sociais. Também entende como fundamental propiciar um amplo programa cultural como complemento da formação profissional. Palestras com pensadores nacionais e internacionais, teatro, ópera, musica popular são oferecidos gratuitamente, na visão de que cidadania implica em imersão cultural plena e não apenas em ciência e tecnologia. Em paralelo, visitas técnicas e diferentes metodologias inovadoras são aplicadas por professores de diversas Escolas da UniBrasil (Comunicação, Direito, Educação e Humanidades, Engenharias, Negócios, Saúde) com o intuito de aproximar o aluno do mundo do trabalho, de acordo com a professora Wanda Camargo, assessora da presidência da instituição, que se dedicou a esclarecer, no Encontro, as principais diferenças entre as metodologias tradicionais e as metodologias ativas. “As tradicionais valorizam o conhecimento teórico em detrimento da prática docente, que é um transmissor de conteúdos, enquanto que cabe ao discente a retenção e repetição desse conteúdo. Na metodologia ativa, o professor usa a problematização como estratégia e o aluno tem a liberdade e autonomia para construir o próprio aprendizado”, compara. Dentro das metodologias ativas, Wanda Camargo discorreu sobre duas delas: a Problematização e o PBL (Problem Based
Learning), mostrando os vários aspectos em que se distinguem uma da outra. “Um bom exemplo de identidade é o trabalho com problemas da futura prática profissional do aluno, e uma grande diferença: enquanto o PBL trabalha com questões planejadas e com respostas univocamente determinadas, a Problematização trata de situações geradas pela prática em campo, que podem eventualmente apresentar inúmeras soluções”, esclarece, reforçando que é preciso unir a teoria à prática, com a utilização dos recursos disponíveis. “Uma tendência para o ensino é o estudo individual por etapas, com encontros presenciais a partir de um problema especificamente elaborado e com o objetivo cognitivo definido. A problematização é extremamente utilizada hoje nos cursos de Enfermagem da UniBrasil e de formação de professores, embora várias outras áreas iniciem também sua aplicação, pelos bons resultados obtidos. Mas devemos lembrar que a escolha metodológica é atribuição do docente, idealmente não deve representar obrigação institucional”, pondera.
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER O professor Elton Ivan Schneider, coordenador geral de ensino à distância (EaD) da Uninter levou para o Encontro a boa experiência com os cursos semipresenciais, utilizando a metodologia da Sala de Aula Invertida e reforçou a necessidade de se criar algo novo. “Mesmo que seja a partir daquilo que já está dando certo e que fazemos bem. É preciso novos desafios educacionais”, pontuou. Com esse entusiasmo, a Uninter, que já conta com mais de 100 mil alunos no EaD, investiu na metodologia da Sala Invertida dentro dos cursos semipresenciais. Hoje são seis cursos superiores, cinco de tecnologia e um de Pedagogia. “Considero que ainda estamos aprendendo sobre o modelo. Existem resistências de alunos, de professores, de gestores quanto ao novo modelo e ainda é preciso aprender sobre ele. Cabe ressaltar que são cursos de EaD operacionalizados no polo-sede em uma perspectiva de inovação no aprendizado. Pesquisa realizada no final de 2013 mostrou índices de satisfação na casa de 82%”, relata. “Crescemos no aprendizado sobre o que é uma sala de aula invertida e seus desafios, e estamos motivados para continuar a mudar e a inovar sempre. Na forma de operacionalização dos cursos à distância, estamos usando o melhor dos dois mundos: o ensino presencial e o ensino a distância. Do ensino a distância trouxemos as videoaulas, o livro texto, a bibliote-
ca virtual, o chat, o fórum, o AVA, o acesso em tempo real e integral ao conhecimento, a flexibilidade de estudar sem ter que ir à faculdade todos os dias. Do ensino presencial levamos a interação, valorizando o papel do professor como mediador da aprendizagem, e não mais como transmissor de conhecimentos. A diferenciação vai ocorrer na sala de aula. O aluno aprende mais quando cria, avalia, pratica e entende melhor o objeto de estudo”, define Schneider. A adaptação às novas metodologias, contextualiza o coordenador, é difícil tanto para o professor, quanto para o aluno. “Para o professor significa reaprender a dar aulas. Para os alunos, significa sair da passividade de receber o conhecimento em suaves doses de explanações do professor e ir à busca do conhecimento que está disponível. Gastamos as primeiras semanas de orientação aos alunos enfatizando a importância da leitura prévia, de assistir aos vídeos, pois o professor não irá dar aulas magnas. Ele trará elementos para discussão e aplicação de conhecimentos, aplicará novas e diferentes metodologias em sala de aula, ora individuais, ora em grupo fazendo com que a sala de aula seja um local de atividades intensas, ativas”, esclarece Elton Ivan Schneider, reforçando que a evolução do ensino superior se volta novamente para o docente. “Investir na formação de professores é o próximo passo para aqueles que querem inovar e fazer diferente”, conclui.
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A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ
en.tre.vis.ta / Joe Garcia sf T / Marília Bobato F / Divulgação
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ALTERNATIVAS PARA A INDISCIPLINA Joe Garcia iniciou a carreira como professor de Matemática no Ensino Fundamental. Em seguida passou a lecionar no Ensino Médio e
mais tarde se tornou professor na Educação Superior. Atualmente, ele coordena um grupo de pesquisa sobre indisciplina escolar, no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Tuiuti do Paraná. Parte das suas atividades como pesquisador reside em atuar junto a escolas, em um trabalho de inserção social para divulgar estudos, dialogar, pesquisar e colaborar em atividades de formação de professores. Autor de diversos livros que abordam da interdisciplinaridade a indisciplina no âmbito escolar, Joe Garcia comenta nesta entrevista para a revista Escada que a indisciplina hoje, está muito presente em escolas de diversos países industrializados. Ele indica algumas alternativas de mudança para termos outro ambiente de convivência no futuro.
REVISTA ESCADA - Você foi um bom aluno na escola? O que mais gostava da época de estudante? JOE GARCIA - Na Educação Básica fui um aluno com notas boas, mas dentro dos parâmetros normais da época. Depois de ser alfabetizado tomei gosto pela leitura e desde então o contato com os livros é parte da minha rotina pessoal e profissional. E foi no Ensino Médio que descobri a inclinação pela Matemática, o que me levou para a Universidade e a tornar-me professor. Os anos de Universidade foram meus melhores, na graduação e pós-graduação. Foi nesse período de formação que aprendi realmente a estudar, a pesquisar e a explorar melhor determinadas habilidades cognitivas. RE - Em que momento da sua carreira decidiu tornar-se um pesquisador e como se deparou com o tema indisciplina?
JG - Ingressei no campo da pesquisa educacional alguns anos depois de me tornar professor e já atuando na Educação Superior, em meados dos anos 1980.
A escolha por investigar a indisciplina escolar surgiu no início dos anos 90, quando atuava intensamente em cursos de especialização para professores da Educação Básica e ouvi muitos depoimentos sobre problemas com alunos. Iniciei estudando a indisciplina entre crianças de Educação Infantil e ao longo dos anos seguintes pude pesquisar esse problema em todos os níveis educacionais, incluindo o que ocorre no ambiente universitário. Desde então, venho reunindo depoimentos, entrevistas, observações, experiências e soluções. Tenho publicado estudos sobre diversas questões relacionadas à indisciplina nas escolas, muitos dos quais estão disponíveis na Internet.
RE - Falando especificamente sobre o tema indiscipli-
na, por que você acha que ela se dá tão fortemente no ambiente escolar?
JG - Na verdade, muitas práticas educacionais, sobretudo tra-
dicionais, engendram muitas formas de indisciplina. O ensino puramente expositivo, por exemplo, obriga os alunos a assumirem papeis e comportamentos difíceis de justificar nos dias de hoje. Assim, para superarmos a indisciplina nas escolas, será preciso não somente construir novos pactos de convivência, mas mudar nossos modelos e práticas educacionais. Mas isso é apenas parte da transformação necessária, pois algumas causas importantes de indisciplina vêm de fora da escola, tais como a violência social, influência da mídia e ambiente familiar. A incidência expressiva de indisciplinas dentro da escola reflete muitas causas, internas e externas à esta. É importante reconhecer que a qualidade da convivência humana na escola tende a refletir inevitavelmente o que se encontra no mundo lá fora. Assim, a indisciplina dos alunos nas escolas revela, por exemplo, que há uma crise moral em curso em nossa sociedade. Revela que as diferenças e tensões culturais e processos de segregação social que estão presentes no mundo, se reapresentam na escola por meio da distância entre os comportamentos esperados dos alunos e aqueles praticados por eles, por exemplo. A indisciplina, infelizmente, também expressa o esvaziamento da formação humana devido aos equivocados modelos social e econômico que imperam há décadas em nosso país. O fato é que a convivência dentro da escola é muito sensível à qualidade das relações humanas fora dela.
RE - Qual a diferença entre indisciplina e violência na escola? Uma coisa pode ter ligação com outra?
JG - São formas distintas de ruptura social e seria um gran-
de equívoco tomar indisciplina por violência, ou vice-versa. Mas, há, de fato, uma relação entre esses dois fenômenos. Ambas afetam as relações de convivência e aprendizagem na escola e refletem a qualidade da convivência na escola. Além disso, a violência social é uma das principais causas de indisciplina na escola. Isso ocorre porque a violência consegue fragilizar a disposição à cooperação, um componente essencial para o processo de ensino-aprendizagem. E como evitar que isso ocorra? As escolas, hoje, precisam ter um projeto de convivência. A incidência de indisciplinas, bem como de violências (tais como o bullying), sugere isso. Nos dois casos, é fundamental a construção e o fortalecimento de vínculos positivos nas relações pedagógicas. Essa perspectiva deve atravessar o currículo, que precisa dedicar maior atenção ao ensino de habilidades sociais que sustentam a convivência. Na escola, bem como fora dela, precisamos aprender a viver juntos. E esse aprendizado, por mais simples que pareça, ainda é um desafio em nosso planeta.
RE - Existe uma faixa etária em que os alunos são mais indisciplinados? Quais os motivos?
JG - Os problemas de indisciplina se mostram mais incidentes nos anos finais do Ensino Fundamental. E tal fenômeno tem sido observado em diversos países industrializados. Isso parece refletir diversos motivos, relacionados, por exemplo, ao desenvolvimento cognitivo e afetivo dos alunos, bem como a transformações no juízo moral alunos, que ocorrem naquele período de escolarização. Mas há também razões relacionadas à estrutura e lógica da escolarização nesse nível de ensino. Alguns casos de indisciplina refletem a resistência dos alunos a formas de controle comportamental embutidos em formas muito tradicionais de ensino e práticas docentes autoritárias. Nessa etapa da escolarização também se torna mais visível e complicada a distância cultural que possa existir entre alunos e professores, e podem surgir intolerâncias, frustração de expectativas e conflitos de poder.
RE - Falta preparo ao professor para lidar com questões de indisciplina? Como ele pode agir?
JG - No Brasil, como em diversos outros países, apesar da
“...para superarmos a indisciplina nas escolas, será preciso não somente construir novos pactos de convivência, mas mudar nossos modelos e práticas educacionais”. A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ
visibilidade dos problemas de indisciplina nas escolas, os currículos dos cursos de licenciatura dedicam pouca ou nenhuma atenção à necessária formação dos futuros professores para lidar com esse fenômeno nas escolas. É um paradoxo! E a formação continuada é lacunar, pouco baseada no desenvolvimento efetivo de habilidades de gestão de sala de aula, por exemplo. O fato é que está se deixando o professor muito despreparado e sozinho nas salas de aula, para lidar com problemas muito sérios e que afetam não somente a aprendizagem dos alunos, mas também sua própria saúde. Por outro lado, como formar os professores para lidar com situações imprevisíveis de confronto? Mesmo professores bem preparados se defrontam com situações novas e
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surpreendentes, seja de desrespeito, hostilidade ou a complicada falta de interesse dos alunos em aperfeiçoar a si mesmos. Assim, ainda temos muito a avançar na formação de professores. Mas não podemos deixá-los sozinhos, agindo muitas vezes sem apoio em meio a conflitos. É preciso trocar essa condição de solidão por apoio pedagógico e solidariedade.
RE - O professor pode aplicar sanções em casos de indisciplina dos alunos? Até que ponto as sanções podem ser educativas?
JG - Sim, as escolas têm regimentos que
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geralmente deixam claro um conjunto de sanções disciplinares. Assim, é possível agir dentro das normativas da escola. E se o regimento é insatisfatório, pode ser melhorado. Mas não deve ser a dimensão normativa da escola seu fundamento educacional. Regras, por si só, não educam, mas apenas sinalizam limites. Assim, a formação para a convivência não pode se basear apenas em uma referência normativa, pois as sanções disciplinares não educam. É necessário que a escola tenha um plano de ações formativas para proporcionar aprendizagem social e moral a todos os alunos, incluindo os chamados indisciplinados. E tais ações devem estar inseridas no currículo formal cotidiano, ou por meio de projetos especiais. Mas é também importante rever o modo como os acordos de convivência são feitos nas escolas e como trabalhamos valores com nossos alunos. O que não podemos fazer é deixar os professores sem opções pedagógicas, sem alternativas formativas para utilizar com os alunos. Quando resta aos professores apenas usar sanções punitivas e exercer papeis tradicionais de controle comportamental, como eles poderão liderar a construção de uma cultura de convivência democrática em sala de aula?
RE - Hoje os problemas de indisciplina estão presentes em escolas dos diversos países industrializados. Como mudar isso para termos outro ambiente de convivência no futuro? JG - Piaget, em um de seus livros,
que trata sobre o futuro da educação, escreveu que o direito de todos os seres
“...a formação para a convivência não pode se basear apenas em uma referência normativa, pois as sanções disciplinares não educam. É necessário que a escola tenha um plano de ações formativas para proporcionar aprendizagem social e moral a todos os alunos, incluindo os chamados indisciplinados”.
humanos à educação não se cumpre totalmente quando os ajudamos a desenvolver habilidades formais tais como ler, escrever e fazer contas. Isso é importante, mas temos maiores responsabilidades a cumprir. É preciso educar os alunos de modo mais amplo, por meio de valores éticos, que são fundamentais para que eles saibam usar com sabedoria o próprio conhecimento que venham a conquistar e principalmente para que vivam bem em sociedade. Mas essa educação ética é indissociável do ambiente moral da escola. Assim, precisamos analisar o tipo de disciplina que praticam os professores, pois ela fornece uma referência básica para a aprendizagem sobre regras e respeito aos outros. A criança, afirma Piaget, é capaz de aprendizagem moral, mas isso depende da qualidade das relações entre ela e as pessoas que a educam. As relações pedagógicas são formativas e exercem um papel muito importante no desenvolvimento amplo das crianças dentro da escola. A indisciplina hoje reflete lacunas na educação moral que proporcionamos às nossas crianças e jovens. E o futuro da convivência em nossas escolas depende da qualidade da educação ética que seremos capazes, ou não, de conceber e colocar em prática.
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T / Marília Bobato F/ Divulgação
UMA AULA DE “CINEMA”
FTD Digital Arena alia ensino e tecnologia para oferecer programação especial aos estudantes também durante as férias letivas 18
Sair da sala de aula para explorar um novo ambiente e novas possibilidades de aprendizagem.
Assim é o FTD Digital Arena, espaço educativo lançado pelo Grupo Marista em 2013. Único na América Latina, o espaço transforma o cinema em sala de aula e possibilita aos professores, de escolas públicas e particulares, trabalharem com seus alunos diversos conteúdos pedagógicos por meio de uma experiência sensorial, interativa e inovadora. Localizado no campus Curitiba da PUCPR, o espaço de 980m² apresenta uma tela em formato de cúpula, com 14 metros de diâmetro, para exibição de filmes educativos em 360 graus imersivo, denominado Fulldome. Por meio dessa tecnologia, que une as características de um planetário digital com as de um cinema 4D de alta definição, os alunos têm a sensação de estar dentro do filme. Para facilitar a fixação do conteúdo apresentado em cada um dos filmes, o FTD Digital Arena oferece aos educadores o Guia do Professor. Material com atividades pedagógicas, alinhadas a cada um dos níveis de ensino, contendo atividades correlatas que podem ser trabalhadas em sala de aula antes e depois de cada sessão. A sala de exibição conta com 120 assentos interativos, incluindo lugares para portadores de necessidades especiais, além de um sistema de vibração interligado ao sistema de som. A exibição dos filmes educativos para as escolas acontece de terça a sexta-feira, das 9h às 21h, mediante agendamento.
OPÇÃO TAMBÉM NAS FÉRIAS ESCOLARES No mês de dezembro de 2014, o FTD Digital Arena apresenta uma programação especial para envolver a garotada durante as férias. Às segundas e sextas-feiras, a partir das 18h30, acontece gratuitamente - e sempre que o céu estiver limpo-, a observação guiada ao ar livre com telescópio profissional “Janela para o Universo”. Mediada pelo físico e professor de Astronomia do planetário, o participante pode observar a superfície da Lua e dos planetas, os anéis e as luas de Saturno, as constelações, as nuvens de gás e poeira com estrelas jovens nascendo e os aglomerados de estrelas dentro e fora da Via Láctea. Aos sábados o espaço exibe em 4D Fulldome 360 graus imersivo os filmes educativos “O Recife Encantado”, “Galileu” e “Seleção Natural” e realiza as sessões de planetário digital “As Fronteiras do Sistema Solar” e “O Céu de Curitiba – Além da Atmosfera”, também apresentadas por meio da tecnologia 4D Fulldome.
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his.tó.ria sf T/ Marília Bobato F/ Geísa Borrelli
EDUCAÇÃO INFANTIL
DE EXCELÊNCIA 20
Formada em Administração de Empresas, foi no curso de Pedagogia que Noely Luiza Santos realmente encontrou sua vocação. Após 15 anos administrando uma empresa na qual era sócia, ela resolveu estudar novamente e se dedicar ao seu grande sonho. Foi nesta época que surgiu a oportuni-
dade de comprar o Centro de Educação Picollo em sociedade com a filha Daniella. Há sete anos à frente da escola localizada no bairro Água Verde, em Curitiba, diz trabalhar com muita satisfação. “Gosto de estar com as crianças e acompanhar o seu desenvolvimento. É um privilégio”, orgulha-se a diretora.
RESPONSABILIDADES
Engajada, Noely acumula também os cargos de diretora da Educação Infantil do Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe/PR) e de presidente da Associação das Escolas Particulares de Educação Infantil do Paraná (ASSEPEI). “Percebo que as escolas de Educação Infantil estão cada vez mais unidas em busca de um trabalho de qualidade.”
O Picollo conta com uma equipe de 20 funcionários diretos e mais sete professores especiais, além da nutricionista. Como diretora, desenvolve atividades administrativas, de recursos humanos, financeira e principalmente de supervisão geral. Ao todo são 94 alunos do berçário ao último ano da educação infantil, crianças de zero a cinco anos. “Trabalhamos a primeira etapa do Ensino Básico, fase em que as crianças aprendem a se conhecer, a conhecer o outro e a viver em sociedade. Uma fase muito importante em que escola e família devem atuar juntas em prol do desenvolvimento completo da criança”, defende Noely.
Em um cenário cada vez mais profissional, as famílias também demonstram mais confiança nas escolas. Reflexo disso pode ser sentido desde o berçário. “A maioria dos pais está optando pelas escolas que têm berçário, que aos poucos estão substituindo as babás ou familiares pela possibilidade maior de desenvolvimento das crianças”, diz Noely. Dentre as vantagens, a diretora aponta que na escola encontra-se uma equipe especializada para atender os pequenos. “Muitas instituições já possuem circuito interno de câmeras com o qual os pais tem a oportunidade de acompanhar a adaptação dos filhos e ficarem mais tranquilos”, complementa.
De acordo com ela, a aprendizagem nesta etapa fará toda a diferença no Ensino Fundamental. “No Picollo existe a preocupação de preparar as crianças para terem autonomia em algumas situações importantes como, por exemplo, o uso do banheiro, amarrar os tênis e manusear seu próprio lanche. Esses fatores são trabalhados nos últimos meses da Educação Infantil para que as crianças fiquem mais seguras quando chegar o momento de mudar de instituição.”
Com a confiança e entendimento dos pais, muitas instituições também vêm tomando para si a responsabilidade do atendimento em período integral. “Neste caso é importante ir além da educação formal, é necessário ter cuidado e atenção com a alimentação, com o sono, com as atividades lúdicas no contra-turno e, principalmente, com a individualidade de cada aluno”, comenta Noely de acordo com sua experiência no Picollo.
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as.so.ci.a.das adj
UNIVERSO DAS ASSOCIADAS CROQUIS DA CURITIBA DO FUTURO A Escola Terra Firme presenteou a cidade de Curitiba, como parte da comemoração dos “Casamentos entre Prefeituras”, com croquis daquilo que as crianças imaginam ser a Curitiba do futuro. A professora de artes Katiuscia Trevisan Cornelsen e o artista Simon Taylor estiveram com os alunos e outros participantes do movimento Croquis Urbanos no bebedouro do Largo da Ordem, buscando representar o contraste da preservação da história com a imaginação do futuro. A atividade envolveu as turmas do Integral de 5º ao 8º ano.
LIVRO: PÉROLAS INFANTIS Para comemorar o Dia das Crianças e os 20 anos da Escola Atuação em Curitiba, os diretores da instituição Ademar e Esther Cristina Pereira lançaram o livro Pérolas Infantis. A obra reúne 79 episódios engraçados das crianças da Escola. Para ilustrar as “pérolas” os próprios alunos foram convidados a desenhar cada história, transformando tudo numa grande brincadeira! O livro pode ser encontrado nas Livrarias Curitiba no valor de R$ 19,90.
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FAMILY SPORTS DAY Em setembro, o International School of Curitiba realizou o Family Sports Day, um evento esportivo dedicado a reunir a comunidade do colégio. Organizado pelo Departamento Atlético, em conjunto com o Booster Club – clube de pais voluntários que apoiam os atletas do colégio –, o evento reuniu pais, alunos e funcionários do ISC em um sábado de competições esportivas e atividades recreativas para todas as idades. A oportunidade serviu para arrecadar fundos para financiar viagens dos atletas da instituição para competições esportivas internacionais.
SEMANA DE INCENTIVO À LEITURA Com o intuito de contagiar a criança e as famílias por meio da leitura de livros, gibis, poesias, músicas e outros portadores textuais, a Escola A Mão Cooperadora lança anualmente, no mês de outubro, a Semana de Incentivo à leitura. São diversas atividades, tais como: maloteca, tendas de interação com a leitura, feira de livros, contação de histórias e visita a biblioteca com atividades diferenciadas.
TEMPO FRANCISCANO O dia 15 de outubro foi marcado por homenagens ao Dia dos Professores e também pela conclusão do projeto Tempo Franciscano em todas as unidades do Colégio Bom Jesus. Com o tema ‘Você me faz lembrar de Francisco de Assis’, a ação teve o objetivo de causar a reflexão dos estudantes e dos professores sobre as várias virtudes de São Francisco de Assis. “A atividade motivou os alunos a colocarem em prática o projeto Virtudes e Atitudes, uma iniciativa que reflete os exemplos de vida e os ensinamentos de Francisco de Assis”, explica Frei Claudino Gilz, coordenador de Ensino Religioso da instituição.
III JÚRI SIMULADO NO UNICURITIBA Em agosto, o Centro Universitário Curitiba (UNICURITIBA) recebeu aproximadamente 400 alunos do Ensino Médio para o III Júri Simulado que visa apresentar aos alunos o funcionamento real de um julgamento. Na ocasião foi escolhido o caso real de um homicídio qualificado, cuja defesa do réu foi elaborada pelo Departamento de Prática Jurídica, que promove a defesa gratuita da população carente. Após explanação, o júri entendeu que o réu foi culpado.
A interpretação ficou a encargo dos professores de Direito Penal e Processual Penal do Curso de Direito do Trabalho, e por Carlos Roberto Andrade, funcionário da instituição. O corpo de jurados foi composto de um estudante de cada escola participante. Para a Profª Karise Daniele Machado, do Colégio Milenium, essa vivência é importante para confirmar a decisão da escolha pelo Curso de Direito. “Tenho muitos alunos no terceirão que ainda não sabem que profissão querem exercer. Esse projeto do UNICURITIBA é fabuloso, pois incentiva os alunos a vivenciarem essa segmentação do curso.”
PALAVRINHA, PALAVRETA, SORRIA OU FAÇA CARETA!
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Quem convive com crianças sabe como são capazes de elaborar verdadeiras teorias para explicar as coisas do dia a dia e para preservar os registros das tentativas que toda criança faz para entender o mundo. O Colégio Novo Ateneu reuniu palavras, frases e acontecimentos dos alunos no livro Palavrinha, Palavreta, Sorria ou Faça Careta! Segundo a diretora Vera Julião a ideia de montar o livro surgiu de relatos que os professores faziam, na hora do intervalo, sobre os fatos engraçados que os alunos falavam e como tratavam algumas situações em sala. De acordo com ela, o livro não tem fim, pois permite que as boas memórias e os fatos engraçados que vão acontecendo na escola ou em casa sejam acrescentados nas páginas finais.
RITMO DE ATIVIDADES INTENSO NO SION
O segundo semestre do Colégio Sion foi cheio de atividades importantes. Em agosto, alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio participaram da Semana de Arte realizada nas duas sedes do Sion. A vida e a obra de Frida Kahlo estiveram no centro da programação, que contou também com a realização de trabalhos plásticos e oficinas. Em setembro, os alunos receberam a comunidade para apresentar seus trabalhos – materializados em forma de teatro, música, cartazes, filmes, maquetes e outros meios encontrados por eles – na Mostra do Conhecimento. Cristalografia, agricultura familiar, paz, direitos humanos e educação para o desenvolvimento sustentável foram alguns dos temas apresentados. Já em novembro será a vez do Dia da Família, evento tradicional do Colégio que reúne professores, alunos, pais e familiares em um momento de descontração e confraternização.
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di.re.to.ri.a em a.ção sf / prep / sf
CONFIRA AS ATIVIDADES REALIZADAS PELA DIRETORIA DO SINEPE/PR
Seminário de Marketing
Em setembro, o Sinepe/PR promoveu um Seminário de Marketing, na Faculdades Integradas do Brasil – Unibrasil, em Curitiba. O evento reuniu cerca de 250 representantes de escolas da rede privada com a proposta de abordar, de forma prática, a importância da comunicação para otimizar o atendimento ao público em escolas. Para falar sobre esse tema, o palestante convidado foi o jornalista e âncora do Band Curitiba, José Wille. A segunda palestra ficou por conta do Assessor Cível/ Educacional do Sinepe/PR, Dr. Luís Cesar Esmanhotto, que abordou detalhes do Contrato de Prestação de Serviços, Renovação de Matrícula e Contrato Eletrônico.
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De acordo com o presidente do Sinepe/PR, professor Jacir J. Venturi, o Seminário buscou levar para as escolas informações importantes que podem dar suporte às instituições no período que antecede às matrículas. “Há uma grande ansiedade em relação a 2015, cujo cenário econômico se apresenta como um ano de muitas incertezas. Como Sindicato, não podemos sugerir um índice de reajuste, mas podemos dar pistas e dicas para as escolas e apoiá-las nesse processo”, explicou.
Semana de Inclusão Fazer a inclusão de verdade e garantir a aprendizagem de todos os alunos na escola regular requer o fortalecimento da formação dos professores e a criação de uma boa rede de apoio entre alunos, docentes, gestores escolares e famílias. Devido a importância da inclusão em sala de aula, o Sinepe/PR promoveu entre 10 e 17 de outubro, a Semana de Inclusão com a participação, por dia, de 115 professores, gestores e diretores, por dia. O evento contou com uma série de palestras que abordaram desde os aspectos administrativos e pedagógicos da escola inclusiva até esclarecimentos sobre o atendimento educacional especializado, desenvolvimento neuropsicomotor, TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) e comportamentos infantis disfuncionais observados no contexto escolar, além do papel do professor no processo de inclusão.
Educação na Era Digital
Com a proposta de discutir a Educação na Era Digital, o Sindicato dos Professores do Estado do Paraná (Sinpropar) promoveu em outubro o Simpósio 5º Educar, no Centro de Eventos Sistema Fiep, em Curitiba. O assunto foi abordado sob dois aspectos, a “Segurança Digital” e a “Motivação do professor vencendo a Era Digital”, temas das palestras apresentadas pela advogada especialista em Direito Digital, Dra. Patricia Peck Pinheiro, e pelo educador e psicólogo Marcos Meier, respectivamente. A abertura do evento foi realizada pelo diretor do Sinpropar, o professor Sérgio Gonçalves Lima. O Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe/PR), um dos apoiadores do 5º Educar, foi representado no evento pelo presidente Jacir J. Venturi.
VIII Maratona de Educação Infantil Congresso da ABED O 20º CIAED - Congresso Internacional ABED de Educação à Distância aconteceu no início de outubro, em Curitiba, com o tema EAD e a Internacionalização da aprendizagem no Brasil. A cerimônia de abertura foi realizada no Teatro Positivo, para uma plateia formada por dois mil congressistas de todo país inscritos no evento. A solenidade contou com as presenças do presidente da ABED (Associação Brasileira de Educação à Distância), o professor Fredric Michael Litto, do reitor da Universidade Positivo, José Pio Martins, do diretor executivo da Uninter, Edmilson Pickler, Luiz Roberto Curi, do Conselho Nacional de Educação, Paulo Speller, representando o Ministério da Educação, entre outros. O Congresso Internacional ABED é o maior evento de Educação à Distância da América Latina e contou com o apoio do Sinepe/PR. A programação teve a participação de palestrantes dos Estados Unidos, Turquia, Noruega, Moçambique, Angola, Alemanha e Brasil e mais de 50 mesas redondas, além da apresentação de cerca de 150 trabalhos científicos e uma feira de Ensino à Distância. “A Educação à Distância vai muito bem no Brasil. Dos 7 milhões de estudantes do Ensino Superior, quase 20% são do EaD. Enquanto o crescimento do estudo presencial em 2013 registrou 3% em relação ao ano anterior, na Educação à Distância esse índice foi de 12%”, informou o professor Fredric Michael Litto.
Em setembro aconteceu a VIII Maratona de Educação Infantil no Sinepe/PR. O evento teve o objetivo de realizar uma capacitação para gestores, coordenadores e professores das escolas de Educação Infantil que possa promover melhorias no processo pedagógico em sala de aula. No total, foram ofertadas dez palestras que abordaram como tema central o encantamento e a importância do professor qualificado e motivado para os alunos da Educação Infantil. Passaram pelo Sindicato 900 profissionais inscritos nas palestras da Maratona. “Nosso objetivo é auxiliar as escolas particulares nesse sentido, porque organizar sozinhas a capacitação dos seus colaboradores exigiria um grande investimento financeiro. Fazemos eventos como este para possibilitar às escolas que seus profissionais tenham acesso a uma formação de qualidade”, informou a diretora do Ensino Fundamental no Sinepe/ PR, Esther Cristina Pereira.
Marcos Meier em palestra nas regionais do Estado A parceria família-escola, os objetivos comuns da família e da escola quanto à educação das crianças, como pais e professores podem criticar e elogiar de forma correta, o exercício saudável da autoridade e como desenvolver a autonomia das crianças e adolescentes, foram alguns dos temas que foram abordados pelo professor de Matemática, psicólogo e Mestre em Educação, Marcos Meier, na palestra “O professor e seu papel junto da família”. Entre os dias 20 e 24 de outubro, o Sinepe/PR levou o educador para as cinco regionais do Estado com objetivo de discutir a responsabilidade do ensino dos mecanismos básicos de socialização, além da responsabilidade do professor, aluno e pais no processo da aprendizagem. “Com este evento oferecemos a oportunidade dos profissionais da área se capacitarem e se reciclarem. O Sinepe/PR está fazendo um trabalho de descentralizar os eventos e ações da capital e integrar todo Estado”, disse o presidente Jacir J. Venturi. Ele acompanhou os eventos nas regionais e também ministrou palestra sobre reajuste das mensalidades; cenário econômico e estatísticas educacionais.
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T / Deyse Crystine de Campos - pedagoga e assessora educacional. T / Felipe Koeller Rodrigues Vieira - pai do Hugo de 7 anos.
GADGETS,
OPORTUNIDADE DE APRENDIZAGEM T
odo pai e toda mãe, conscientes de sua função na formação de seu filho como sujeito capaz de tomar decisões, que tenha iniciativa, que se responsabilize por suas escolhas, torna-se um típico caso de preocupação constante e ambulante. No entanto, ao mesmo tempo em que isso revela um cuidado amoroso, é muito útil para produzir uma “pressão positiva”.
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Não raro, a preocupação sobre a interatividade, a conectividade, o uso das tecnologias e vida social manifestam que as mesmas angústias e incertezas
Caro leitor, na certa, você deve saber que o Hugo precisou da ajuda e intervenção do pai para compreender a palavra abreviada. Observe:
Td=Tudo
SIM rs
assolam diferentes contextos culturais e cenários educativos. Diante disso, queremos levar você, leitor, a caminhar conosco numa reflexão sobre gadgets, uso do celular, tablets, etc. Outro dia, estávamos teclando via whatsapp. De repente, o Hugo passou como um relâmpago e perguntou ao pai o que ele estava fazendo. O pai respondeu que conversava, no celular, sobre escolas e incentivou o filho a ver e entrar na conversa, pois, por coincidência, havia a pergunta:
O hugo gosta de estudar ai? SIM
Fui EU QUE ESCREVI
Hugo Oi Hugo Td bem?
Bem, a essa altura, o Hugo cansou de digitar, de tentar entender cada código e de esperar para ler o texto que estava sendo digitado, mas o fato dele cansar e desistir de teclar, nos fez engatar numa animada troca de ideias sobre a interação das crianças com as mídias e sobre metodologias e recursos para alfabetização, pois a tecnologia além de ser atraente e inevitável nesse tempo, inclui a criança no universo dos pais, frequentemente, acusados de “não largar o celular”. Pais mesmo que ligados, online, não se desvinculam da difícil tarefa de cuidar e educar, por isso, frequentemente, se envolvem em questionamentos sobre quando dar um celular para seus filhos. O próprio Hugo, dia desses, comentou que havia pedido um para a sua mãe e que ela
estaria pensando em presenteá-lo. Em conversa, os pais do Hugo decidiram que ele só ganharia um celular quando estivesse alfabetizado, justamente porque saber ler e escrever o protegeria de outro assunto que preocupa a todos, a segurança das crianças. Um aparelho com conectividade, capaz de sincronizar dados, abre um canal de acesso à criança difícil de ser controlado pelos pais. Afinal de contas, nenhum pai zeloso quer seu filho recebendo trotes ameaçadores nem quer que as informações que possam afetar a segurança familiar possam ser descobertas por uma pessoa com papo persuasivo e de poucos escrúpulos. Por essa razão, caro leitor, seguem agora, nossas percepções. A primeira é que antes de discutir se a criança deve ganhar um celular, faz-se necessário discutir a
maneira como usá-lo. A segunda: teclar no celular é uma forma de mostrar para a criança a função social da língua e, sendo a escrita, uma das formas mais úteis de documentar e partilhar o saber demonstra que é chegada a hora da escola se ocupar de textos e recursos usados
socialmente, é preciso observar que foi-se o tempo em que ensinar a ler e a escrever era tarefa para ser feita com uma mão só e com lápis e papel, uma vez que também se faz com teclados. Aprender a ler e escrever é ação cognitiva, afetiva e motora que passa pelo corpo todo.
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Quando teclar com a criança, não abrevie. Além de dificultar o entendimento e tornar a compreensão do texto mais demorada pela criança, perde-se a oportunidade de fazê-la fixar a ortografia correta das palavras.
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Use frases curtas e envie uma frase de cada vez. A criança leva algum tempo para ler. Às vezes, só de visualizar o tamanho do texto pode sentir-se ameaçada e desistir de iniciar a leitura.
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Espere a resposta da criança. A criança tem que procurar as letras no teclado. Observe: na escola, as letras soltas geralmente são expostas de acordo com uma convenção, chamada ordem alfabética. No entanto, no teclado, as letras não seguem essa ordem. Então, mesmo que a criança já saiba reconhecer, decodificar as letras e até a escrever bem com lápis e papel, a digitação é outra competência que também precisa ser desenvolvida.
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Não esqueça do til, cedilha, acentos, nem do uso correto das letras maiúsculas e minúsculas. Nos chats podemos não utilizar a norma culta da escrita, mas ao teclar com uma criança, faça uso das palavras com todos os seus símbolos. Atente-se também que, geralmente, as letras do teclado e da tela, apresentam-se em outras fontes e formatações, ou seja, a criança visualiza diferentes tipos de traçado, desenho das letras e, portanto, vão exigir da criança um repertório visual e uma memória de trabalho para operar com esse conhecimento.
Compartilhamos agora, alguns cuidados que listamos em nosso chat para que, ao teclar com a criança, possam ser enriquecidos os conhecimentos sobre a língua e, assim, construir conceitos sobre leitura e escrita, ampliando o repertório e o vocabulário. São eles:
significado das siglas de uso padronizado, como o etecétera. (“Filho, etc significa “etecétera”, ou seja, inclui mais coisas semelhantes às listadas, mas que para resumir eu não escrevi...”).
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Use os verbos em seu significado correto. Não se “fala” no whatsapp, se escreve; e, principalmente, respeite o vocabulário da criança.
Aproveite a existência da tecnologia como uma oportunidade de estar em contato com seu filho. Crie hábito de interagir via celular ou chat usando a língua escrita. Os modernos dispositivos de comunicação existem para aproximar as pessoas. Como tudo na vida, a escrita e a leitura são aperfeiçoadas pela prática. Dê as crianças o gosto de pertencer ao seu mundo, de estar perto dos adultos. E, atualmente, os chats são uma forma de estar próximo, mesmo que distante.
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Evite estrangeirismos e neologismos. Isto auxiliará a criança a fixar bem a Língua Portuguesa e a identificar, posteriormente, os acréscimos que utilizamos na linguagem coloquial.
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Use a grafia correta das palavras. Ler as palavras sempre escritas com a ortografia correta auxilia a criança a fixar este conhecimento de forma natural.
Explique para o seu filho o significado das palavras homônimas e parônimas (acento e assento, p.ex.), mesmo durante o chat, bem como o
Essas dicas não pretendem esgotar o assunto, que ainda é bastante novo, mesmo dentro da comunidade pedagógica. Os estudos realizados sobre alfabetização e mundo digital ainda são, em sua maioria, referentes ao uso da internet e de computadores pessoais, além disso, especula-se que pessoas com mais de 30 anos, ainda usam o celular e computadores para se divertir ao invés de aproveitá-lo como ferramenta para ampliar conhecimentos. É, por essas e outras, que devemos ensinar as crianças
a ler e a escrever de modo que usem a tecnologia a favor da inteligência, mas, para isso, é preciso que comecemos já a refletir a maneira como ensinamos e como usamos os recursos da era digital. E, claro, não aprofundamos aqui a questão dos conteúdos que trafegam pelas redes sociais e aplicativos de bate papo, os quais deixam resquícios em nossos celulares, como imagens e vídeos de violência e, porque não citar, pornografia. Para evitar o contato prematuro
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Avalie se essas dicas te incentivam a conversar, teclar, com as crianças. Se sim, não perca mais tempo. O processo de alfabetizar e letrar, vai além do lápis, giz, quadro, caderno e livro. Mas não faça disso uma ação didática, divirta-se, interaja com a criança. Se não, medite nas ideias expostas, pois alguém, algum dia, vai iniciar seu filho no universo digital.
das crianças com este tipo de material, devemos tomar vários tipos de cuidados. Mas este já é tema para a criação de outro texto. Por hora queríamos apenas convidá-los a pensar conosco que os celulares e computadores podem contribuir para aprender a ler e a escrever como processo mental e como ação cultural além de conteúdo escolar. Até o próximo texto. Um abraço, Deyse, Felipe e Hugo (que saiu do chat para brincar e comer pipoca).
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ar.ti.go sm
T / Jacir J. Venturi - presidente do Sinepe/PR.
COMO PROFESSOR,
NÃO TENHO O DIREITO DE SER MEDIANO F
ruto da convivência com didatas e educadores, das leituras, das boas práticas e até mesmo dos erros cometidos, compartilho os principais ensinamentos de uma rica experiência de 44 anos como professor e gestor em todos os níveis de ensino de escolas públicas e privadas. E me penitencio por tê-los praticado apenas em parte.
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A escola é o espaço da diversidade e, por consequência, um excelente laboratório para a vida adulta. A sala de aula representa os metros quadrados mais nobres de qualquer organização educacional. Promover bons valores, autonomia e autodidatismo é o maior legado do professor. Este se torna dispensável com o inexorável passar dos anos, mas os seus ensinamentos reverberarão sobre várias gerações. Nada é mais grandiosa que a missão do educador. E, como educadores, não temos o direito de ser medianos. Aula que tem de ser dada merece ser bem dada, e, para tanto, bem preparada. Dar uma boa aula não é difícil e é uma excelente terapia. O difícil é dar uma boa aula e manter a motivação e a disciplina. Sem disciplina não há aprendizagem na escola, nem para a vida. O docente deve conter a indisciplina no seu nascedouro, antes que a marola vire um tsunami. Impor limites é uma das suas tarefas precípuas. O denominado “professor bonzinho” é danoso à escola e ao educando. Mestre: entre em sala com disposição e alegria, tendo em mente que o aluno não está interessado nos seus problemas particulares ou nos desgastes da aula anterior. Quase todo dia o professor tem o seu calvário. Conflitos com os educandos
são inevitáveis. Mas pare e pense: quem é o adulto na relação? O magistério é uma árdua fadiga, enquanto sublime tarefa de legar ao mundo uma geração melhor que a nossa.
balança: de um lado, ternura, tolerância, diálogo. Do outro, limites, respeito às normas e à hierarquia. Uma relação que deve ser intensa e proativa, jamais morna ou tíbia.
A didática é primordial, com a premissa de que no ambiente da sala de aula são intensas e constantes as mudanças, o que requer reciclagem continuada. A paixão pelo ensino e a vontade de investir na própria formação demonstram quem realmente quer ser um bom didata. O bom educador é um eterno aprendiz, mantendo-se atualizado nos avanços da sua matéria e das novas práticas e tecnologias educacionais.
É indispensável que haja unidade de ação e verbalização do professor e equipe pedagógica diante dos alunos e de familiares, para minimizar posturas antagonistas de alguns pais – como se família e escola em trincheiras opostas estivessem. A escola erra, sim, e a família também. A tolerância ao erro, dentro de certos limites, é uma virtude e um aprendizado para a vida adulta. Sigmund Freud bem assevera: “educar é uma daquelas atividades em que errar é inevitável”.
No convívio com os educandos, é imprescindível o equilíbrio entre afeto e disciplina, como pratos distintos de uma
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