edição primavera 2012
Nº 05. Exemplar gratuito. Distribuição interna. Não jogue na rua, ok?
para comer com os olhos
w w w. h a s h i ta g . c o m . b r
grátis R$0
Culinária em
Flor
+ Adriano Kanashiro + Meu primeiro cookie
A cozinha multicultural de Flávio Miyamura e seu restaurante Miya + Turismo nas sedes do Mundial de Clubes + Sushi e cerveja
Guia de restaurantes + Dicas ilustradas
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#Aperitivo Editor
[texto] Cassius Medauar [twitter][>]@cassiusmedauar
Falecomagente
A #Hashitag quer
ouvir você! [twitter][>] @hashitag [facebook][>] hashitag.com.br/facebook [email][>] fale@hashitag.com.br :
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Expediente
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Diretor-Presidente: Masakazu Shoji Vice-Presidente Brasil: Luzia Tsuki Shoji Superintendente: Marina Akiko Shoji Publisher: Júlio Moreno Editorial Gerente de Conteúdo: Cassius Medauar Projeto Gráfico e Arte: Jefferson K. Ono Texto: Ayumi Takahashi, Henrique Minatogawa e Renata Leitão Produção Editorial: Eliana Aragão Francisco colaboradores Consultor de Conteúdo: Jo Takahashi Fotografia: Rafael Salvador Revisão de Textos: Ana Lúcia dos Anjos Comunicação Gerente: Karina Amano Assistentes: Caíque Guirao e Vinícius Galhardo Comercial Gerente: Leandro P. Carvalho Supervisora: Daniele Araújo Assistentes: Daílson Almeida, Lucas Brandão Malaspina e Rodrigo de Souza Pelaes Atendimento ao leitor: Ricardo Kaneshiro Administrativo Supervisora: Patricia Tsuruta Analistas: Felipe Brandão Malaspina e Monica Reis dos Santos Assistente: Giliarde Oliveira Marketing Gerente: Edi Carlos Rodrigues Analista: Danielle Mye Hayama Impressão: Silvamarts #HASHITAG é uma publicação da Editora JBC R. Loefgreen, 1.291 - 7º andar, Vila Mariana, São Paulo - SP, CEP 04040-031. Tel.: (11) 5575-6286, fax: (11) 5549-0319 www.editorajbc.com.br Tiragem desta edição: 17.000 exemplares
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ais uma primavera chegou. As estações são muito bem definidas no Japão e a época das flores é sempre muito especial. O frio vai embora e o país se veste de rosa por causa das belíssimas cerejeiras, ou sakura, como são chamadas por lá. Muitos festivais são realizados e a culinária é parte fundamental dessas festas. E como culinária é nossa especialidade, a Hashitag 5 chega brindando a primavera e se consolidando como referência em comida japonesa no Brasil. Nesta edição, visitamos dois restaurantes incríveis, o Miya e o Momotaro, e mostramos pratos belos e deliciosos que combinam totalmente com a estação. Outra coisa que cai bem na primavera é a cerveja, por isso levamos uma beer sommelier ao restaurante Kinoshita e demonstramos que é possível a harmonização dessa bebida com a comida japonesa. Também aproveitamos que o Corinthians vai jogar o mundial de clubes da Fifa no Japão, em dezembro, e que sua torcida promete uma invasão ao país, para preparar um guia de coisas legais para os turistas fazerem quando estiverem lá, afinal, nem só de futebol vive o homem. Receitas, eventos, novos restaurantes e muitas outras coisas deliciosas é o que você encontrará na nova Hashitag. Vire a página e bom apetite!
O que é este símbolo?
Isto é um QR-Code, que pode ser lido pelo seu smartphone com um aplicativo gratuito que você baixa no site reader.kaywa.com.
Depois de instalar o programa, você poderá apontar a câmera do seu celular para os QR-Codes que aparecem ao longo da revista e conferir os conteúdos extras!
A culinária multicultural de Flávio Miyamura
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Jojoscope
#menu da Edição
Dois Palitos
Turismo no Mundial de Clubes
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Restaurante Momotaro Perfil do Chef Test Drive: chazuke Novidades na Equipotel
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Harmonização de cervejas com culinária japonesa
Tá fresquinho: repolho Dicas Ilustradas Onde Comer Onde achar
Receitas do Chef Adriano Kanashiro
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Hideko Honma
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Meu 1º Cookie
06 08 28 30 33 34 38 40 44 46 50
www.jojoscope.com
rimeiro, inaugura seu novo restaurante, o A1 (aum), no Itaim-Bibi, em São Paulo, em outubro. A1 parece o início de tudo, do alfabeto e dos números. É mais ou menos isso. Aum é um mantra, onde tudo começa. Na verdade: recomeça. Porque existiu um A1 minúsculo, com dez lugares, na avenida Paulista, até 2007. Foi o primeiro laboratório gastronômico do chef Shin Koike, que logo em seguida abriu o Aizomê, com o qual faturou, em 2009, o prêmio de Melhor Restaurante Japonês, pela Comer & Beber, uma premiação badalada da revista Veja São Paulo. Agora, além de continuar com o Aizomê, retoma o nome A1 e reinicia mais uma primavera, com uma proposta de cozinha de boteco, no melhor estilo izakaya. Será também uma adega de saquê, com amplo sortimento da bebida fermentada que caiu no gosto do brasileiro. “Descontra-
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Uma degustação de petiscos - atum com cará ralado é o destaque.
Petiscos tipo tapas. Shin chama de Japas - panceta cozida, rolinho de rabo de boi são algumas das iguarias que compõem o Kit Japas.
A Primavera Turbinada de Shin Koike começa mais um ciclo Shin Koike de estações em dose dupla.
Brasil-Japão
Conexão
fotos: Divulgação
Jo Takahashi, Editora Melhoramentos. R$ 98,00. Nas livrarias em novembro.
A Cor do Sabor: A Culinária Afetiva de Shin Koike
Itaim Bibi, São Paulo. Abertura em outubro.
Interior do novo Sakagura A1
culinária japonesa, a publicação centrou foco em sua filosofia e na sua postura, que une a tradição artesanal com a liberdade criativa.
Restaurante Sakagura A1 Rua Jerônimo da Veiga, 74
ção para conhecer pratos mais informais”, é o que promete o chef Shin em seu novo templo gastronômico. E segundo: o livro A Cor do Sabor: a culinária afetiva de Shin Koike é lançado em novembro, pela editora Melhoramentos. De autoria de Jo Takahashi, o projeto editorial é o resultado de dois anos de intenso trabalho. Com fotografias de Tatewaki Nio, Jo revela ao mundo o pensamento gastronômico de Shin e equaliza seu trabalho a uma obra de arte, pela sua postura de criação. Mas vai mais além. A afetividade de Shin está também no respeito aos ingredientes brasileiros, como a cachaça, o café, a rapadura, os peixes de rio, todos introduzidos em sua culinária de raízes japonesas com sotaque francês. Reinterpretações e cruzamentos de sabores e culturas. No livro, Shin troca ideias com personalidades como a ceramista Kimi Nii, o músico Ed Motta, o cabelereiro Hideaki Iijima. O livro revela também como foi o projeto Eatrip, a experiência gastronômica em Ilha Grande, que levou a assinatura de Shin em seu cardápio. Mais do que um livro sobre
2palit.us/pLr1LY
Siga o link e mergulhe no universo cultural japonês no site oficial do JoJoscope!
+nosite
Jo Takahashi é consultor de arte e cultura na Japan Foundation, onde atuou por 25 anos como administrador cultural. Agora, migra essa experiência para a sua produtora independente, a Dô Cultural, que propõe um conceito design de formatar e desenvolver o projeto cultural.
O Japão no Brasil. JoJoScope centra o foco nessa relação de mais de cem anos. E também o Brasil no Japão, uma nova moda. Com uma visão cinemascope, sua lente pode captar as artes, como a dança, a música, as artes visuais e até a gastronomia. Panorâmica, ela transita por todas as artes e por isso já nasce admitindo seu olhar híbrido. JoJoScope pode mudar de lente e analisar determinados temas com uma visão microscópica. Em outros momentos, com o uso de um telescópio, JoJoScope pode até tentar captar um fato novo no horizonte e virar um observatório de tendências.
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e saborosas #doisPalitos Rápidas Com conteúdo do portal Made in Japan #Bebida
Licor da Suntory Aos poucos a atraente garrafa de umeshu Plum Dew (licor de ameixa japonesa) está se fazendo notar nas praleteiras de supermercados e empórios de São Paulo. O sabor doce e cítrico da bebida de estreia da empresa multinacional japonesa Suntory no mercado brasileiro promete agradar o paladar, principalmente do público feminino.
#livro
fotos: Divulgação
Miojo gourmet Muitas histórias se escondem por trás deste comfort food dos tempos modernos que, apesar de ser um simples macarrão instantâneo, pode render uma deliciosa refeição com a adição de ingredientes à escolha do freguês. E para celebrar os 54 anos da invenção de Momofuku Ando, a Nissim lança o livro Meu Miojo ~ Receitas & Histórias ~ (Editora Bocatto) que reúne lembranças e sugestões de preparo de 14 chefs estrelados com propostas deliciosas para inovar o seu próximo miojo.
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#parceria
Hashitag fecha parceria com Viver Casa & Gourmet A Hashitag fechou em julho parceria com o Viver Casa & Gourmet, espaço multiuso localizado no bairro da Vila Mariana, em São Paulo. A partir desta edição, a revista passa a contar com a casa para a produção de conteúdo, como receitas e especiais. No site, você +nosite fica sabendo a agenda Acesse a agenda de cursos gratuitos sobre Viver Casa & Gourmet no site culinária organizados no Made in Japan: 2palit.us/OBhkqH Viver Casa & Gourmet.
[extra]
Sobre a casa O Viver Casa & Gourmet tem espaços dedicados à culinária, beleza e convivência, onde são realizados cursos, workshops, consultorias e outras atividades. Os ambientes, cada um com sua proposta, são equipados com utilidades domésticas, alimentos, produtos de beleza e eletrodomésticos. Viver Casa & Gourmet Onde Rua Estela, 116 Vila Mariana, São Paulo - SP Telefone (11) 5080-2766 Site www.vivercasaegourmet.com.br
#hashitag
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Entre
um jogo Lugares para se conhecer durante o Mundial de Clubes no Japão
e outro [texto] Jo Takahashi [twitter][>] @Jotakahashi :
:
Tags: Futebol
Turismo
Toyota Yokohama Tóquio
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uitas agências de turismo já estão oferecendo pacotes para o Mundial de Clubes da Fifa, que vai rolar em dezembro, em Toyota e Yokohama.
Divulgação
É a segunda vez que o Corinthians disputará o Mundial de Clubes. Em 2000, o Timão participou como representante do país-sede. Agora, entrará credenciado com o título sul-americano.
#HASHITAG
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O torneio será disputado entre os dias 6 e 16 de dezembro em sistema eliminatório (primeira fase, quartas de final, semifinal e final). As sedes no Japão serão nas cidades de Toyota e Yokohama. É a 31ª vez que o país asiático receberá o Mundial - seis sob organização da Fifa, além de outras 25 (1980 a 2004). Portanto, existe uma boa tradição para receber esse torneio. Os representantes da América do Sul (Corinthians) e da Europa (Chelsea-ING) iniciam na semifinal e só podem se encontrar na final (ganhando) ou na decisão de terceiro lugar (perdendo). Além do Timão e do clube inglês, outros dois já garantiram vaga: Auckland
City (Nova Zelândia) e Monterrey (México). Os representantes da África e da Ásia serão conhecidos no início de novembro. A equipe do Japão, país-sede, será definida somente no início de dezembro. O Corinthians estreia na fase semifinal no dia 12 de dezembro, no Toyota Stadium. Se ganhar, disputará a grande final no dia 16 de dezembro em Yokohama, estádio em que o Brasil conquistou o pentacampeonato do mundo em 2002. Caso dispute o 3º lugar, a partida acontece no mesmo local, horas antes da decisão.
Hashitag selecionou alguns passeios imperdíveis para quem for ao Japão em dezembro, lembrando que lá já deverá estar bastante frio, com a proximidade do inverno. [>>>]
Museu Nacional de Toyota, obra de Yoshio Taniguchi
#hashitag
[>>>]
OS ESTÁDIOS [1] Toyota Stadium - Localizado próximo a Nagoya, a cerca de 350km de Tóquio, o estádio tem capacidade para 45 mil espectadores.
[3] Yokohama Stadium - Localizado em Yokohama, cerca de 40km do centro de Tóquio, sediou a final da Copa de 2002, conquistada pelo Brasil. [2] E tudo começou assim. Museu do Automóvel em Toyota Toyota A cidade de Toyota é uma cidade industrial e sede mundial dos carros da Toyota. Por isso não deixe de visitar o Museu do Automóvel [2], que conta a história dos carros fabricados no Japão, desde o final do século 19. Aqui no site www.toyota.co.jp/museum você encontra o mapinha de como chegar até lá.
fotos: Divulgação
Apesar de sua vocação industrial, a cidade mantém o Museu Municipal de Arte de Toyota [1], com um importante acervo de arte contemporânea. O edifício se destaca como uma das obras mais importantes do arquiteto Yoshio Taniguchi, que também fez o projeto do novo Museu de Arte Moderna de Nova Iorque. Aqui no site, www.museum.toyota.aichi.jp/ home.php você obtém o mapinha de como chegar lá.
[3] Museu Municipal de Toyota, um primor de arquitetura
#HASHITAG
13 Lámen de todos os tipos, no mesmo local. Pena que não tem degustação no Museu do Lámen…
[4] Yokohama Em Yokohama, algumas opções curiosas, como o Museu do Lámen [4], não devem ficar de fora do passeio. O lámen é a comida nacional do Japão, apesar de sua origem não ser japonesa. No Museu é possível conhecer não só a sua história, mas provar os diferentes sabores e estilos do noodle que encantou o país. Cada região tem sua receita própria, com seus segredinhos. Lá tem nove restaurantes, cada um oferecendo a receita de uma região. Lembre-se, vai estar hiperfrio, e o lámen vai cair superbem. Destaque para o Lámen de Sapporo, com caldo denso. Aqui o site do museu em inglês, com mapinha e tudo: www.raumen.co.jp/ramen
Um banho em Tóquio Tóquio é uma cidade que tem milhões de opções de lazer e compras, mas vamos dar uma dica extremamente exótica: onsen, o banho de termas. Sim, é possível, em Tóquio e num lugar fantástico: Ooedo Onsen Monogatari [5]. É um museu temático e interativo de banhos. E há de todos os tipos: desde os tradicionais, de imersão na água quente, até os de lama, de areia, escalda pés. Uma decoração supertradicional, remontando aos tempos dos samurais, é uma verdadeira imersão na idade feudal do Japão. Não precisa levar nada: eles oferecem todas as toalhas, chinelos e yukata, o quimono leve para você transitar entre os vários tipos de banho. O site informa tudo: preços, localização e horários. www.ooedoonsen.jp/higaeri/english
E na maior Chinatown do mundo [3], você faz a festa. Há restaurantes que oferecem mais de 150 itens da culinária chinesa, em sistema de coma quando puder, por um precinho fixo, na faixa de uns 40 reais. Também não se esqueça de fazer um cruising pela baía. Há de vários tipos e para todos os bolsos. O mais barato é um passeio de uma hora, dentro da baía, por aproximadamente R$ 50,00. Apreciar a skyline de Yokohama, que é impressionante, é superconvidativo, especialmente à noite. E há pacotes com refeições à luz de velas, a R$ 120,00.
Um banho de cultura no meio dos edifícios
[5]
[4] Fumegante Lámen. Ótimo para esquentar no inverno
[#] #hashitag
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Harmonização de
com
loiras
Estrella Damm Inedit: garrafa-design e harmonização versátil
japonesas
H
á uma opinião generalizada de que culinária japonesa não combina com cerveja. Mas o fato é que a culinária oriental é muito rica e variada em temperos e modos de preparo. Por outro lado, as cervejas atuais têm tantos matizes, especialmente as gourmets, que sim, pela amplitude das combinações possíveis, a harmonização é bastante viável e surpreendente.
Hashitag resolveu então comprovar esta premissa, e convidou a sommelier de cerveja, Cilene Saorin, mestre cervejeira graduada pela Universidad Politécnica de Madrid Escuela Superior de Cerveza y Malta. Com mais de 20 anos de atuação profissional na área, é consultora e presidente da Associação Brasileira dos Profissionais de Cerveja.
[texto] Jo Takahashi [twitter][>] @Jotakahashi [fotos] Rafael Salvador Tags: Cerveja #HASHITAG
Harmonização
E para harmonizar as cervejas, escolhemos a cozinha premiada do Restaurante Kinoshita, tricampeão na categoria Melhor Japonês, pela Comer & Beber da Revista Veja São Paulo. O chef Murakami e o restaurateur Marcelo Fernandes nos acompanharam nessa aventura deliciosa.
Sapporo Dry Lagger: leve e seco, uma boa combinação com o boranokô
Cilene propôs as seguintes cervejas, cada uma delas com características e acentos diferentes. • Sapporo Estilo Dry Lagger, Japão, em duas versões: lata e garrafa • Damm Inedit (Estilo Wit, Espanha) • Amadeus (Estilo Wit, França) • Eisenbahn Lust (Estilo Bière, Brut, Brasil) Começamos com a Sapporo Dry Lagger, de lata, com baixa fermentação e graduação alcoolica de 4 a 5%. Ela tem a maior parte do açúcar convertido em álcool devido ao longo período de fermentação, por isso seu sabor suave e seco. O chef Murakami propôs harmonizar com boranokô, ova de tainha, passada na chapa, com casquinha crocante. O sabor acentuado do petisco combina bem com a leveza do Dry Lagger, que é frisante e tem um leve amargor, o que dá uma sensação de limpeza do paladar sem chegar a interferir no prato.
é um coupage único, uma textura cremosa, com suave carbonatação e retrogosto extremamente agradável. Cilene nos explica que em sua composição entram maltes de cevada e trigo, aromatizada com lúpulos e especiarias como coentro, casca de laranja e alcaçuz. A segunda fermentação na própria garrafa poTambém provamos a versão garrafa. O líqui- tencializa sua complexidade aromática, frutado é o mesmo, mas as condições de trans- da e floral, com notas doces no paladar. porte e armazenamento acabam influindo no sabor final. Comparando as duas, ligeira Para harmonizar , o chef Murakami propôs vantagem para a cerveja em garrafa, que pre- um sashimi de salmão marinado e crispy com flocos de tempurá e ovas de peixe voaservou mais o seu frescor. dor. E a Estrella Damm Inedit continuou surA Estrella Damm Inedit surpreendeu logo de preendendo, pois tem uma capacidade de não cara, com sua garrafa-design, toda preta. Ela conflitar com os sabores das comidas. [>>>]
#hashitag
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Amadeus Biere Blanche: ótima harmonização com Onsen Tamago e ovas
[>>>] A próxima que abrimos foi o Amadeus Biere Blanche, de procedência francesa. Cilene, a sommelier, nos explica que é uma cerveja de trigo ao estilo das Witbier belgas, de aparência levemente turva e clara, coloração amarelo-palha e formação de espuma simples e pouco resistente. Seu aroma é levemente cítrico, com toques acentuados de casca de laranja, demonstrando maior presença no sabor, e que remete também ao limão. Também foram observados notas de semente de coentro. Para esta, a proposta do chef Murakami foi um Onsen Tamago, um ovo cozido em temperatura baixa, o que o deixa cremoso sem desconfigurá-lo, acompanhado de ovas de salmão, ouriço do mar ao molho ponzu. Foi um grande acerto, pois as ovas combinam muito bem com as Witbier. A última cerveja aberta foi o Eisenbahn Lust. Com uma garrafa que mais parece champanhe, com rolha e tudo, ela é produzida pelo método de champenoise, o mesmo utilizado na fabricação dos melhores champanhes. A Eisenbahn é
#HASHITAG
Eisenbahn Lust: produzida como champanhe, tem personalidade marcante
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O tradicional sushi combina bem com a versátil Damm Inedit
uma microcervejaria de Blumenau que utiliza leveduras especiais trazidas da Bélgica. Tem uma personalidade marcante, com sabor frutado evocando pêssego e abacaxi, sem evidência de cítricos. Cilene nos observou que a Lust, ao ser aberta, tem um comportamento “nervoso”, mas à medida que repousa na mesa e sua temperatura vai chegando a 8 até 10 graus, o sabor se modifica, liberando mais aroma. O prato servido foi um siri mole frito e molho ponzu, coroado de cebolinhas. Provamos e percebemos a presença marcante da cerveja que levou ao conflito. Voltamos a Damm, que se revelou versátil também com as frituras.
Já com a intuição mais apurada, testamos se o sushi que veio em seguida combinaria com a Damm. Só para comprovar, testamos com a Lust, mas houve conflito por causa da presença marcante dela, dificultando sua harmonização.
Para finalizar a sequência de pratos elaborados pelo chef Murakami, veio um camarão empanado com molho tonkatsu e um toque de mostarda karashi. A Damm continuou imbatível, embora um retorno a Dry Lagger tenha se revelado interessante, pela sua leveza, e sobretudo, pela sua adstringência, que combina bem com fritura. [>>>]
O camarão empanado faz um par interessante com a Sapporo Dry Lagger
#hashitag
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[>>>] A sobremesa, muito especial, e feita na hora, foram macios bolinhos de mochi recheados com chocolate Valrhona e uma bola de sorvete. Testamos com todas as cervejas, mas a Lust se saiu melhor devido à sua doçura. Cilene Saorin ilustrou essa degustação falando sobre Randy Mosher, cervejeiro, designer e autor de três livros sobre a bebida. Randy Mosher elaborou os Voos Cervejeiros, com o intuito de apresentar a história, falar sobre os ingredientes, a produção das cervejas e suas características. Foi exatamente o que Cilene fez conosco, promovendo uma reeducação cervejeira e, mais do que isso, quebrando o tabu de que cerveja não combina com comida japonesa.
A sobremesa de mochi tem na doçura da Lust uma companheira ideal
#HASHITAG
Os participantes brindam a uma degustação bem-sucedida
Restaurante Kinoshita Onde Rua Jacques Félix, 405 Vila Nova Conceição São Paulo SP Tel (11) 3849-6940 Site www.restaurantekinoshita.com.br
Miya
O Templo de Flávio Miyamura Conheça o talento do jovem cozinheiro de experiências multiculturais
[texto] Ayumi Takahashi [fotos] Rafael Salvador :
Tags: alta gastronomia flores contemporâneo
Exposição de fotografia de Rogério Voltan, um dos sócios da casa
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U
m fragmento do sobrenome do chef Flávio Miyamura dá nome ao restaurante que marca a sua primeira empreitada solo. Miya significa templo, em japonês, mas se engana quem imagina que a casa oferece sushi e sashimi. Em suas combinações contemporâneas, o menu do Miya enfatiza o uso de ingredientes diferenciados que chegam à mesa em apresentações delicadas que encantam os olhos e surpreendem o paladar. O ambiente rústico do sobrado na Vila Madalena de fachada discreta, com paredes de tijolos aparentes, ganha personalidade com a exposição de fotografia de Rogério Voltan, Barriga de porco um dos sócios da casa, sendo que os trabacom flor de sal e lhos podem ser adquiridos pelos clientes. Na purê de castanhas portuguesas série de quadros do piso superior estão os frutos do mar clicados na própria cozinha do restaurante. [>>>]
#HASHITAG
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#hashitag
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[>>>] O cardápio autoral é o resultado da experiência adquirida pelo jovem profissional de 27 anos com passagem por cozinhas de estabelecimentos prestigiados como o japonês Shin Sushi, o contemporâneo D.O.M. e o espanhol eñe. Para se diferenciar, a aposta de Miyamura são ingredientes pouco explorados, mas nem por isso menos saborosos, com criativas preparações multiculturais. Sem restringir o público, ele propõe uma alta gastronomia descomplicada com combinações de sabores que fogem do convencional, mas que não chegam a ser consideradas exóticas. Para começar, o cardápio oferece sete apetitosas entradas como o polvo com trio de tubérculos temperado com yuzu (tipo disposição dos elementos do ceviche de robade limão japonês) e outras sete opções para lo com manga durante a produção fotográfica, compartilhar que vão de tempurá de lula com “Cada flor tem um sabor diferente”, explicou maionese de wasabi a terrine de foie gras ele munido de pinça e uma caixa transparente com doce de leite. tratado como um porta-joias que guarda mini rosa, flor-de-mel, amor perfeito, calêndula, Dentre os pratos principais se destacam os borago, trevo e brotos. com influências japonesas, como o robalo com tempero de furikake e purê de batata (foto) e a costelinha de porco com missô e acelga chinesa ao molho de gergelim. Aos fãs de carne bovina, a sugestão é o corte americano T-bone com batata doce assada. Nas sobremesas, as raízes nipônicas do chef se manifestam na forma do creme brulée aromatizado com chá verde e o “arroz e feijão” - arroz doce com pasta de feijão azuki. Atencioso, Flávio apresentou à equipe da Hashitag os aromas e sabores das flores comestíveis que adicionam as cores da primavera às suas criações, enquanto organizava a
#HASHITAG
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[#] No comando do próprio fogão
Robalo com tempero de furikake e purê de batata
Ceviche de robalo com manga
Flávio Miyamura é visto com grande entusiasmo pela crítica especializada diante do talento e bagagem ampla para um profissional de apenas 27 anos. Além disso, seu rosto não é anônimo. Atuando no estrelado restaurante D.O.M. (eleito este ano como o quarto melhor do mundo pela Restaurant Magazine), começou como estagiário e terminou sous chef de chef Alex Atala, com direito a participação em uma das temporadas do programa Mesa pra Dois, do canal GNT, quando recebeu o apelido de Japa. Entre 2007 e 2010, fez história no restaurante eñe, dos gêmeos catalães Sergio e Javier Torre, onde foi chef executivo dos estabelecimentos de São Paulo e Rio de Janeiro. Uma das suas criações mais famosas para a casa foi o Cochinillo Crujiente con Manzana (Leitão Crocante com Maçã), vencedor do prêmio Paladar 2008, na categoria carne de porco. Durante esse tempo, ele também aprendeu a lidar com o lado administrativo da profissão. “Um restaurante mais do que tudo é um negócio. Por isso, é fundamental entender de administração” explica Flávio. Consta em seu currículo também a passagem pelo tradicional restaurante japonês Shin Zushi. E agora, para ajudá-lo nessa empreitada que teve início em junho, o chef-proprietário tem como sócios o fotógrafo Rogério Voltan e o casal Tetê Mota e Gergory Rinzler. Restaurante Miya Onde Rua Fradique Coutinho, 47, Pinheiros -São Paulo/SP site www.restaurantemiya.com.br
#hashitag
Respeite a sinalização de trânsito.
ELEITA MAIS UMA A MARCA MAIS V Essa conquista mundial é o resultado da nossa filosofia de trabalho focada no desenvolvimento sustentável. No Brasil, ela pode ser vista nos projetos socioambientais que apoiamos e em outras ações, como a construção de uma fábrica EcoFactory e o lançamento de um carro híbrido, o Prius. Por tudo isso, podemos dizer que o título nos orgulha, mas nos orgulha ainda mais o que fizemos para merecê-lo.
Incentivo ao desenvolvimento sustentável por meio da Hilux Expedição Pantanal.
www.toyota.com.br
Apoio ao Projeto Arara Azul, determinante para proteger esta espécie do perigo de extinção.
Uma fábrica construída 100% com conceito EcoFactory em Sorocaba.
RV MONDEL
A Toyota apoia projetos socioambientais através da Fundação Toyota do Brasil. www.fundacaotoyotadobrasil.org.br
Preservação da fauna e da flora de uma área de 413 mil hectares, onde vive, inclusive, o peixe-boi-marinho, também ameaçado.
Prius: lançamento no Brasil do primeiro veículo híbrido completo produzido em série no mundo.
Vários projetos socioambientais que proporcionam cultura, lazer e educação.
* Segundo a consultoria Interbrand - www.interbrand.com
VEZ ERDE DO MUNDO
A colorida culinária do restaurante Momotaro
Contemporâneo
e divertido
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Temarizushi maguro shigue
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e vista da rua a casa já aparenta descontração - uma enorme caixa vazada de madeira com o símbolo de um tomate - a criatividade do chef-proprietário Adriano Kanashiro não irá decepcionar as expectativas de quem entrar no restaurante esperando se divertir com os sabores de sua culinária japonesa contemporânea.
[texto] Ayumi Takahashi [fotos] Rafael Salvador :
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#HASHITAG
Já na entrada, os mais de 40 rótulos de saquês complexos, licores e espumantes indicam a vocação do estabelecimento como um izakaya, com a missão de difundir a cultura milenar do saquê aos brasileiros apresentando as diferenças entre um e outro. E apesar dos botecos japoneses não oferecerem sushi nem sashimi, o espírito de izakaya existe na informalidade do cardápio com pratos para compartilhar e no atendimento aco-
[#] lhedor, que confere ao lugar um clima descontraído para amigos se encontrarem depois do trabalho. “O Momotaro é diferente do estilo dos restaurantes japoneses que existem no mercado. A culinária é inusitada, engraçada, colorida”, afirma Adriano. As mãos habilidosas do sushiman brincam com os formatos e cores dos ingredientes, que rapidamente se transformam em criações incrementadas como o temarizushi maguro shigue - sushi em forma de bolinha com atum, ovas de capelim, ciboulette e nori com farofa crocante de wasabi e gergelim. Para os que não apreciam peixe cru, a casa oferece pratos quentes variados como o natsu to hotate (beringela e vieiras grelhadas com molho teriyaki trufado), ebiten spicy (camarão empanado com molho cremoso e levemente apimentado), kinoko tempurá (fritura
A completa adega de saquês
de mix de cogumelos japoneses) e yakiniku (filet mignon grelhado, cebola com molho teriyaki com mostarda. O menu incluiu também uma interessante seção de saladas elaboradas, coisa que Adriano sempre sentiu falta na culinária japonesa. Momotaro é o nome de uma famosa lenda japonesa de um menino que nasceu dentro de um pêssego. Mas o nome do restaurante foi mesmo inspirado no tomate japonês Momotaro, uma espécie híbrida da fruta que apresenta menos acidez, que aparece em saladas, sushis e até em uma das sobremesas criadas por Kanashiro.
#hashitag
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#PerfildoChef
Restaurante Momotaro [texto] Ayumi Takahashi [fotos] Rafael Salvador :
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Adriano Kanashiro
A
perfeita parceria entre a tradição da culinária japonesa e a ousadia da alta gastronomia permeiam o trabalho do chef Adriano Kanashiro. Os pratos servidos no restaurante Momotaro refletem a criatividade do sushiman, que vez ou outra inventa ingredientes próprios para dar vida às suas receitas, como os croutons de tofu, as pérolas de shoyu e a farofa de wasabi. Em suas novas criações ao estilo descontraído dos botecos japoneses, a inovação é feita de forma tão original e simples que custa a ser notada pelos comensais mais desatentos. É o caso do frango empanado que leva corn flakes e o tempurá de camarão com côco ralado.
“Cozinhar é misturar, respeitando a tradição da culinária japonesa”, afirma ele, que brinca com os diversos formatos possíveis dos sushis tradicionais, adiciona molhos e texturas em ousadas combinações de sabores que se tornaram a sua marca registrada, dentre as quais se destaca o tartare de atum e figo fresco coberto por foie gras chapeado ao molho tarê. Adriano escolheu a cozinha do Sea House para iniciar sua carreira na função de peixeiro, passou pelo Shigue e Aoyama, e abriu o by Adriano Kanashiro, onde pôde exercitar sua cozinha autoral. Em seguida foi convidado para assumir a cozinha do Kinu, no estrelado hotel Grand Hyatt. Há cerca de um ano está no comando de seu próprio restaurante, o Momotaro.
#HASHITAG
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Adriano Kanashiro
#ReceitasdoChef
Maguro Pupunha Salada [porcoes] Para duas pessoas Ingredientes • 200 g de atum cortado em cubos • 50 g de gergelim branco torrado • sal a gosto • 30 mL de shoyu Kikkoman • 70 g de palmito pupunha cortado em rodelas bem finas
• 10 g de hijiki (alga marinha seca) reidratado*
• 30 g de baby rúcula • 80 g de tomates cerejas cortados ao meio
• 20 mL de azeite • 10 mL de suco de limão
Rafael Salvador
,
Modo de preparo [1] Coloque o atum em cubos em uma vasilha, adicione sal a gosto, o shoyu e deixe marinando na geladeira por 10 minutos [2] Depois passe os cubos de atum no gergelim branco torrado e reserve
Montagem: [1] Em um prato coloque o palmito pupunha em rodelas ao redor do mesmo. Disponha os cubos de atum e espalhe os tomates cerejas e o hijiki. Por cima, as folhas de baby rúcula
[2] Por fim, regue com o azeite e o suco de limão
[3] Sirva a seguir
* Reidratando o hijiki: Em uma vasilha colocar 100mL de água e 2 colheres de hijiki seco. Deixe por 10 minutos e depois escorra-o. Pode ser usado em seguida.
#hashitag
32
#ReceitasdoChef Adriano Kanashiro
[#]
Crispy Tori frango empanado crocante
[porcoes] Para duas pessoas Ingredientes • 150 g de filé de frango cortado em escalopes de 15 g
• 1 ovo • 30 g de farinha de trigo • sal a gosto • 300 g de corn flakes (sem açúcar) • óleo para fritar
Modo de preparo [1] Temperar o filé de frango com sal a gosto. Passar na farinha de trigo e depois mergulhar no ovo batido
[2] Em uma vasilha, quebre um pouco de corn flakes com a mão e vá passando os filés de frango dos dois lados como se fosse farinha de rosca [3] Em uma panela, esquente óleo suficiente para fritar o frango a 180º C, aproximadamente 3 minutos de cada lado
[4] Retire e escorra-os em papel toalha [5] Sirva a seguir
Rafael Salvador
#HASHITAG
33
Tags: light
Guloseimas que você não conhece
Chazuke
instantâneo arroz
Produção: Ayumi Takahashi Agradecimentos: Viver Casa & Gourmet
#Testdrive
Érica e Kendi provaram o leve e saboroso chazuke
[texto] Ayumi Takahashi [fotos] Rafael Salvador :
A
rroz japonês e chá verde. O chazuke é uma combinação muito simples, com sabor de comfort food para quem está sem apetite ou necessita comer algo mais leve.
A ideia principal do chazuke é reaquecer o arroz que sobrou da refeição passada com chá verde quente e acrescentar diversos ingredientes de sabor intenso para dar uma graça ao prato, podendo ser lascas de salmão salgado, umeboshi (ameixa japonesa em conserva), tsukemono (conserva japonesa de vegetais), nori picado (alga marinha), gergelim torrado, ovas de peixe em conserva ou até uma pitada de wasabi. Convidamos a atriz e modelo Érica Suzuki para provar com Kendi Yamai a versão ins-
tantânea do chazuke, que ganhou um lugar cativo na despensa dos japoneses pela praticidade e variedade de sabores. Além do tradicional, existem as opções de umeboshi (ameixa japonesa em conserva), salmão salgado e wasabi à venda nas mercearias no bairro da Liberdade, em São Paulo. Será que eles aprovaram?
+nosite
[video]
Siga o link e veja o vídeo deste Test Drive!
2palit.us/PIDTZt
#hashitag
34
Pavilhão do Japão apresenta Visitantes puderam experimentar saquê,
Pavilhão do Japão na Equipotel São Paulo
Estande da Uji no Tsuyu Seicha
Empresas representantes da província de Shimane
#HASHITAG
35
produtos na Equipotel 2012 condimentos e outros produtos alimentícios [texto] [fotos] Henrique Minatogawa [twitter][>] @henriminato
Degustação
A Uji no Tsuyu Seicha, de Kyoto, trouxe o chá Iyemon. A maioria dos visitantes pediu açúcar ou adoçante, que estavam disponíveis Tags: evento gastronomia na bancada. “Se as pessoas gostam com açúdegustação novidades car, não tem problema. O importante é que bebam o chá da maneira que acharem melhor. Sei que o chá tem um lado muito tradicional feira Equipotel São Paulo 2012 também, mas colocar açúcar ou adoçante não reuniu empresas e profissionais é problema algum”, disse Eri Azuma, execude gastronomia, hotelaria, deco- tiva de vendas internacionais. ração e turismo, entre outras no Pavilhão de Exposições do Anhembi, de 10 A Kanesa, da província de Aomori, apresentou o missô granulado e o Missotchup (molho de a 13 de setembro. missô com gengibre). “Existe uma comunidade A Jetro (Japan External Trade Organization) japonesa muito forte no Brasil que já conhece o organizou o Pavilhão do Japão, formado por missô, mas, além da forma tradicional em pas16 empresas, cujos representantes apresenta- ta, há várias outras formas do produto. Nosso ram seus produtos, todos relacionados à gas- objetivo é exatamente apresentar essas outras tronomia. Os visitantes puderam experimen- formas de apreciar o missô para o público bratar, por exemplo, diversos tipos de saquê, chá sileiro em geral”, disse Kiyoshi Takada, líder da equipe de planejamento e desenvolvimento. e condimentos. [>>>]
A
A Uji no Tsuyu Seicha, de Kyoto, trouxe chá verde
#hashitag
Então, para aumentar o mercado, a gente precisa explicar”, disse o chef Shin Koike, que assessora a Jetro no evento. A Kanesa, de Aomori, trouxe condimentos
Investimento em saquê
Dez empresas trouxeram saquê para o evento; dessas, nove são da região nordeste do Japão, a mais atingida pelo terremoto e tsunami de [>>>] “Já estivemos nos EUA, Europa, Ásia e Oce- 11 de março do ano passado. ania, expondo em feiras como esta. As reações dos visitantes não são muito diversas. “Neste evento, é possível notar como o Japão Frequentemente, as pessoas se recusam a agora está investindo em saquê e percebendo degustar o produto. Porém, no Brasil, temos que o Brasil é um mercado em crescimento para notado que as pessoas são mais abertas, mais o produto. Há produtores mais artesanais, cada pró-ativas. Como existe uma grande comu- um trazendo o saquê de sua região, e vendo as nidade de nipo-descendentes, creio que isso diferenças que cada saquê pode oferecer. Como facilita a aproximação, pois já há a afinidade. a categoria é grande e diferenciada, é possível No sentido de promover o produto, que é o provar o nama, um saquê não-pasteurizado, um nosso objetivo, está sendo muito gratifican- karakuchi, mais seco, frutado e também o licor de ume. Existem tantos tipos de saquê, e agora te”, completou Takada. o Japão está começando a trazer para o Brasil”, A Igeta Shoyu, de Shimane, apresentou sua afirma Yasmin Yonashiro, sommelier da Haru linha de molho de soja, tempero que já exis- Consultoria, especializada em saquê. te no Brasil, embora sem grande variedade. “Achei que tem o gosto mais natural. Não é tão forte quanto o shoyu brasileiro. Tem um sabor mais ‘madeirado’; acredito que seja pelo envelhecimento”, disse Fábio Gonçalves, estudante de nutrição. Quando questionado se o shoyu poderia ser mais salgado, Matheus Rodrigues, colega de Fábio, respondeu que “não, se fosse mais salgado, não ficaria bom. Do jeito que está, já está bem saboroso”. “As empresas japonesas certamente têm muito interesse no mercado brasileiro, mas o brasileiro ainda não conhece o produto japonês.
#HASHITAG
Umeshu é o licor de ameixa japonesa
[#] Entre os aspectos regionais, Yasmin destacou o saquê feito a partir do arroz dewasansan – no estande da Gassan, havia um cartaz em que estava escrito “dewa33”, em um trocadilho tipicamente japonês (san é 3 em japonês). Essa variação surgiu quando produtores da região de Yamagata se uniram para criar um arroz especial para a produção do saquê.
Saquê Osagekko Junmai
A maioria dos fabricantes apresentou, em média, três tipos de saquê, demonstrando que a variedade da bebida é, de fato, muito ampla. “É bem diferente do que eu sabia de saquê – ou do que eu achava que sabia de saquê”, disse um visitante, após experimentar um nigori (saquê não-filtrado). “Se 10% das pessoas que vieram se interessarem mesmo e mudarem a concepção que tinham do saquê, sabendo que existem tantos tipos e fabricantes diferentes, acredito que já é válido. Depois, é um trabalho de produtoras, importadoras e até do governo japonês de olhar o Brasil como um grande mercado de consumo”, completa Sonia Yamane, também da Haru.
O Amazake não contém álcool; apesar de doce, não tem açúcar
#hashitag
38
#Táfresquinho!
Repolho
[texto] Ayumi Takahashi [fotos] Rafael Salvador :
R
epolho não é igual o ano inteiro. Não para os japoneses. Acredita-se que é na primavera que se consegue obter o repolho mais saboroso, quando as folhas estão crocantes e suculentas. Essa variação se deve à sazonalidade do arquipélago, que possui as quatro estações do ano bem definidas.
Na culinária japonesa, o repolho é geralmente consumido cru como salada, sendo o acompanhamento ideal para um tonkatsu (a milanesa de porco) com molho inglês. Pode ser usado também no preparo de yakisoba, okonomiya (panqueca japonesa preparada na grelha), nikuman (bolinho chinês de carne a vapor) e o rolinho primavera.
#HASHITAG
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Produção: Ayumi Takahashi Agradecimento: Tenman-Ya Presentes
Receita
Rolinho Primavera
Ingredientes • ¼ de repolho fatiado fino • ½ cenoura fatiada fino • 1 pitada de sal • 1 pitada de pimenta-do-reino • 1 dente de alho picado • 100 g de carne moída • 6 folhas de massa de rolinho
[porcoes] para 2 pessoas [tempo] 20 min [dif] fácil
primavera pronta
• óleo de soja para fritar
Modo de Preparo Recheio
[1] Tempere o repolho com uma pitada de sal e misture bem
[2] Em uma panela, doure o alho picado em uma colher (sopa) de óleo [3] Adicione a carne moída e refogue [4] Tempere com uma pitada de pimenta-do-reino
[5] Adicione o repolho e refogue [6] Deixe esfriar e reserve Montagem
[1] Comece a montagem a partir do centro da massa [2] Dobre as laterais e depois enrole a massa, de forma que não entre óleo em seu interior
Preparo
[1] Frite em óleo quente, sem mover demais os rolinhos para não desmontar
[2] Sirva em seguida com o molho de sua preferência #hashitag
40
Harumaki :
Preparem-se para botar a mão na massa!
“Fechando o rolinho”
1 Após ter preparado o recheio, coloque-o no centro da massa. Dobre a massa a partir da linha tracejada.
4 Molhe as pontas dos dedos com um pouco de maizena e água, e passe nas laterais do envelope de rolinho. Isso ajuda a grudar a massa para que o rolinho não se desfaça ao fritar.
Aí é só fritar os rolinhos em óleo bem quente até ficarem dourados e crocantes!
ERI! ERI! ERI! ERI!!!!!!!!!!
2 Depois de dobrar, dê uma enrolada na massa. Puxe bem para não deixar entrar ar no rolinho.
5 Enrole o resto do rolinho, dando umas batidinhas nele para grudar a massa.
3 Dobre as pontas laterais do rolinho, como se fosse fazer um envelopinho.
6 Tchanã! O bolinho está pronto!!
SUA DOIDA!!! Os ROLINHOs VIRaram CARVÃO!!! NÃO PODE FICAR SONHANDO ACORDADA ASSIM!!!!!
AAAAHHHH!!
FIM ^^;;
:
:
É!
[texto] [ilustracoes] Renata Leitão [twitter][>] @rereca
:
Oi, gente! Como vocês aprenderam a receita de Harumaki, eu e o meu amigo Furogi vamos ensinar como fechar o rolinho primavera!
[ilustracoes] Vinícius Galhardo [facebook][>] vinicius.galhardo.7
#DicasIlustradas
42
Receitas fáceis para crianças de todas as idades
A
cookie
rregace as mangas, pois colocaremos as mãos na massa para preparar esta receita! Nesta edição vamos aprender a fazer biscoitinhos amanteigados para alegrar o fim de semana. A massa pode ser incrementada com nozes, gotas de chocolate ou confeitos, mas antes de improvisar é importante testar a receita original pelo menos uma vez, certo? Esse cookie é tão versátil que basta mudar o formato e adicionar um bocado de criatividade para adoçar a vida dos seus melhores amigos em qualquer ocasião.
[texto] Ayumi Takahashi [fotos] Rafael Salvador
Ingredientes • 500 g de farinha de trigo • 350 g de manteiga sem sal em cubinhos
• 150 g de açúcar • 1 colher (sopa) de essência de baunilha
[dica] Da próxima vez, adicione duas colheres (sopa) de cacau em pó para preparar cookies de chocolate! Que tal?
#HASHITAG
Produção: Ayumi Takahashi Agradecimento: Viver Casa & Gourmet • Rochedo • GE • Tenmanyá
#meuprimeiro…
43
[2] Adicione uma colher (sopa) de essência de baunilha no açúcar.
[3] Em uma tigela grande, junte o açúcar com baunilha e a manteiga na farinha de trigo.
[1] Certifique-se de que você tem todos os ingredientes da receita.
[7]
[8] Disponha os biscoitos a uma distância de 1cm numa assadeira. Asse no forno préaquecido a 180ºC durante 25 minutos.
[9] Retire os bis-
Quando estiver com uma espessura de aproximadamente 0,5 cm, use forminhas de biscoito para cortar a massa. Caso não tenha, use a boca de um copo.
[6] Em um balcão de mármore, espalhe um pouco de farinha e abra a massa com as mãos.
coitos com cuidado e deixe-os descansar até esfriarem por completo.
Pronto!
[#]
[4] Vá misturando os ingredientes e desmanchando a manteiga com a ponta dos dedos.
[5] Mexa até a farofa virar uma massa uniforme. Caso seja necessário, adicione mais manteiga.
44
#OndeComer Legenda
[preco] Preço médio [cartoes] Cartões de crédito
(A: Amex/D: Diners/ M: Master/ V: Visa)
[hora] Horário de funcionamento [estac] Estacionamento [delivery] Delivery / Embala p/ viagem [reserva] Recomendável fazer reserva [site] Site
Aska Rua Galvão Bueno, 466, Liberdade
[tel] (11) 4221-9660 [preco] até 25 reais [hora] terça a domingo das 11h às 14h e das 18h às 21h30; segunda fechado.
Aoyama Rua Padre João Manuel, 1069, Jardim Paulista
[tel] (11) 3062-0885 [preco] de 25 a 50 reais [cartoes] A/D/M/V [hora] segunda a sexta, das 12h às 15h e das 19h às 23h30 , sábado, das 13h à 0h, domingo, das 12h às 23h
1h, terça, das 11h30 às 2h,
Hakka Sushi
quarta, das 11h30 às 4h,
Rua Gomes de Carvalho,
quinta e sexta, das 11h30
1146, Vila Olímpia
às 5h, sábado, das 12h às 5h, domingo, das 12h à 0h
[estac] convênio [delivery] embala
[tel] (11) 3044-6544 [preco] de 50 a 100 reais [cartoes] A/D/M/V [hora] segunda a quinta, das 12h
para viagem
às 15h e das 18h à 0h, sexta e
[site] www.temakeriaecia.
sábado, das 12h às 15h e das
com.br
18h à 0h30, domingo das 12h
Sushi Isao
[estac] valet [site] www.hakkasushi.com.br
Rua Da Glória, 111, Liberdade
[tel] (11) 3106-7287 [preco] de 50 a 100 reais [cartoes] A/D/V [hora] segunda a sábado, das 11h30 às 14h30 e das 18h às 22h, domingo, das 11h30 às 15h e das 18h às 21h30
[estac] convênio [site] www.sushiisao.com.br Porque Sim Rua Tomás Gonzaga, 75, Liberdade
[tel] (11) 3277-1557 [preco] de 25 a 50 reais [cartoes] D/M/V [hora] segunda a sexta, das
às 16h e das 18h às 23h30
Takô Rua da Glória , 746, Liberdade
[tel] (11) 3209 0134 [preco] de 50 a 100 reais [cartoes] A/D/M/V [hora] segunda, das 18h às 2h, terça a quinta, das 11h30 às 15h30 e das 18h às 2h, sexta, das 11h30 às 15h30 e das 18h às 3h30, sábado, das 11h30 às 3h30, domingo, das 11h30 à 1h, fechado no último domingo de cada mês.
[estac] valet [site] www.tako.com.br
11h30 às 15h e das 18h às
Nanako
23h, sábado, das 11h30 às 16h
Avenida Lavandisca,
com.br
e das 18h às 23h, domingo,
627, Moema
das 11h30 às 16h e das 18h
Temakeria e Cia
às 22h; quarta fechado.
[estac] no local [site] www.restauranteaoyama.
Rua Joaquim Floriano,
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[tel] (11) 5052 7030 [preco] de 25 a 50 reais [cartoes] A/D/M/V [hora] segunda a quinta, das
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para viagem
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[tel] (11) 3079-7212 [preco] de 25 a 50 reais [cartoes] A/D/M/V [hora] Segunda, das 11h30 à #HASHITAG
[site] www.karaokeboxporquesim. com.br
às 23h30, sexta e sábado, das 11h30 às 16h e das 18h30 à 0h, domingo fechado.
45
[estac] estacionamento [delivery] delivery/ embala para viagem
[site] www.nanako.com.br
[tel] (11) 3845 9911 [preco] de 50 a 100 reais [cartoes] A/D/M/V [hora] segunda a quinta, das 12h às 15h e das 19h à 0h, sexta,
Hiro
das 12h às 15h e das 19h à 1h,
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sábado, das 12h às 16h e das
loja 408, Pinheiros
19h à 1h, domingo, das 12h à 0h
[tel] (11) 3032-9872 [preco] de 25 a 50 reais [cartoes] A/D/M/V [hora] segunda a domingo,
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Mori Restaurante
[estac] estacionamento [site] www.restaurantehiro.
Rua Gaivota, 1488 - Moema
19h às 0h30; segunda fechado.
[estac] valet [site] www.morirestaurante. com.br
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[tel] (11) 3208 8604 [preco] de 25 a 50 reais [cartoes] A/D/M/V [hora] segunda a sexta, das
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[tel] (11) 5532 0181 [preco] de 50 a 100 reais [cartoes] A/D/M/V [hora] terça a sexta, das 12h às
Nakombi
15h e das 19h às 23h, sábado e
[estac] convênio [delivery] embala
Rua Pequetita, 170, Vila Olímpia
domingo, das 13h às 16h e das
para viagem
11h30 às 15h, sábado e domingo, das 11h30 às 16h
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46 Mirandópolis
Listokyo R. Luis Gois, 1669
Indaiatuba / SP Nipon Papelaria R. 9 de Julho , 907
Moema
Onde achar sua #hashitag São Paulo / SP Butantã
Mercearia Ohashi Av. Comendador Alberto Bonfiglioli, 687 Shoji Fujita Av. Corifeu de Azevedo Marques, 1425 Lj. 2
Atelier Hideko Honma R. Pintassilgo, 429
Osasco / SP
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HSG R. Dr. Paulo Ferraz da Costa Aguiar, 139 Loja 06
Hideki Sushi Bar Av. dos Imarés, 542 Kazuki Sushi Al. Guaramomis, 248 Ostra Vagante Tv. Vera Cruz do Oeste, 11 Suikah Alameda dos Jurupis, 1107 Zeni Sushi Av. Lavandisca, 648 Parque Jabaquara
Mainiti-ya R. das Oiticicas, 279 Pinheiros
Emporium Oriental Av. Paulista, 523 Loja 8 Imirim
Center Nippon 2 Av. Imirim, 1077 Jabaquara
Center Nippon 1 Av. Eng. Armando Arruda Pereira, 515 Mercearia Sukiyaki Av. Jabaquara, 1744 Jardim Bela Vista
Hotel Matriz The Premium R. Alice Manholer Piteri, 131 Jardim Bonfiglioli
Clube do Sushi R. Dr. João Domingues Sampaio, 25 Jardim Paulista
Restaurante Aizome Al. Fernão Cardim, 39 Jardim Peri peri
Mercearia Ponka Av. Mins. Laudo Ferreira de Camargo , 300 Liberdade
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Saúde
Mercearia Aozora Av. Jabaquara, 1588 Sumarezinho
Shinsei Produtos Orientais R. Heitor Penteado, 1511 Tatuapé
Cidade Papel Shopping Tatuapé - Loja 410 Vila Campestre
Hisae Sugishita e Yae Takeda R. Rainha Vitória Eugênia, 108 Vila Carrão
Mercearia Nihon Hin R. Juno, 125 Vila Clementino
Emporium Oriental R. Tenente Gomes Ribeiro, 198 Vila Guarani
Hanamaru Av. Diederichsen, 1237 Vila Madalena
Ananindeua / PA Mangá Mania Cidade Nova IV we 21, 11
Belo Horizonte / MG Banca Gloria Av. Afonso Pena , 726
Curitiba / PR Itiban Av. Silva Jardim,845
Fortaleza / CE Casa da Leitura Av. Pontes Vieira, 1843
Manaus / AM Nippobras Travessa Apinagés, 479
Porto Alegre / RS Jambo Livros e mangás R. Sarmento Leite, 631
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Kinoshita R. Jacques Felix, 405 Vila Ré
Mercearia Ichiban R. Itinguçu, 576 Vila Sônia
Kohii Rua da Glória ,326
Mercearia Mok R. André Saraiva, 193
Livraria Sol Praça da Liberdade , 153
Campinas / SP Nashi Av. José Bonifacio, 2208
Guarulhos / SP Emporio Mori Av. Dr. Timoteo Pentedado, 2810
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São Bernardo do Campo / SP Japan House R. Jurubatuba , 156 Sl. O
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Presidente Prudente / SP Mercado Oriental R. Donato Armelin, 1273
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50
Divulgação
Cerâmica: a estética da natureza nas refeições Por Hideko Honma
L
embro-me de que, na década de 90, recebemos a irmã do meu pai, em sua primeira visita ao Brasil. Eles perderam contato durante a Segunda Guerra Mundial; não se viam há mais de 60 anos. Foi no interior de São Paulo, onde “plantamos” a casa de campo da família e o meu primeiro ateliê de cerâmica, cercados pela represa do rio Atibainha. O almoço, ao ar livre. Sentamo-nos sob uma enorme jaqueira que por muitos anos nos ofereceu seus perfumados e suculentos frutos. O aroma fresco e adocicado daquela tarde continua inesquecível. Para a sobremesa, colhemos uma das muitas jacas maduras. Somente então percebemos que não havia prato ou talher para servi-la. Ficamos decepcionados com a possibilidade de saborear a fruta de maneira pouco civilizada perante uma visita tão particular. Em segundos, presenciei uma ação que abriu uma janela no meu pequeno mundo. Tia Sadako colheu algumas folhas da jaqueira, mergulhou cada uma
em uma grande tigela de cerâmica cheinha de água fresca e sacudiu-as ao vento; juntou dois galhinhos secos, passou-os também na água e, transformando-os em hashi, foi elegantemente servindo os macios gomos de jaca sobre as folhas. Aprendizado memorável! Desde então, a natureza é fonte inesgotável de inspiração para o meu trabalho. Observando como a natureza e o entorno fazem parte da rotina familiar durante as refeições, vou adquirindo camadas e camadas de experiências para criar e saborear a profissão que abraço: ceramista!
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* As opiniões expressas nesta seção não representam necessariamente a opinião da revista.
Hideko Honma é ceramista; assina a cerâmica de alguns dos principais restaurantes japoneses de São Paulo.