edição inverno 2013
Nº 08. Exemplar gratuito. Distribuição interna. Não jogue na rua, ok?
para comer com os olhos
w w w. h a s h i ta g . c o m . b r
grátis R$0
A culinária dos
Festivais
japoneses
+ Delícias sobre uma tigela de arroz + Injustiçados da culinária japonesa + O Sobá de Campo Grande + Um Banquete para lutadores de sumô
2 ANOS DE HASHITAG! Guia de restaurantes • Dicas ilustradas
4
#aperitivo
E
dição de inverno. Edição do Festival do Japão. Edição de aniversário de dois anos. Ou seja, muitos assuntos para tratar aqui a respeito desta edição da #hashitag que você tem em mãos e que a torna especialíssima.
Por nosso assunto principal ser culinária japonesa, a edição que é lançada no Festival do Japão é importantíssima para nós, pois uma das grandes atrações do evento são as comidinhas trazidas pelas províncias, algumas só possíveis de comer lá. Por isso, fizemos uma matéria com dicas de algumas das coisas mais legais de experimentar.
Fale com a gente, a #hashitag quer ouvir você:
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Foto de capa: Rafael Salvador Agradecimento: Espaço Kazu
Para conferir os conteúdos extras da #hashitag, basta usar o leitor de QR codes do seu smartphone! Se você ainda não tiver um leitor instalado, pode baixar de graça no site reader.kaywa.com.
Como é inverno, destacamos um prato que aquece corpo e alma: o chankonabe, favorito dos lutadores de sumô. Fomos conferir esta especialidade num restaurante cujo dono já foi campeão no esporte. Além disso, temos duas matérias com comidas não muito conhecidas pelos apreciadores da culinária japonesa; outra mostrando o que a cidade de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, tem a ver com o Japão; vários pratos com arroz como base e muito mais. Por último, é hora de comemorar os dois anos de #hashitag. Com a rapidez tecnológica e do tempo presente, parece que foi ontem que o projeto começou, e só podemos agradecer a você, leitor, por termos chegado até aqui. Continuaremos evoluindo para trazer sempre o melhor conteúdo nos melhores formatos. Comemore com a gente com um bom prato japonês e um bom saquê. Cassius Medauar, editor
expediente Diretor-Presidente: Masakazu Shoji Vice-Presidente Brasil: Luzia Tsuki Shoji Superintendente: Marina Akiko Shoji Publisher: Júlio Moreno
COMUNICAÇÃO E MARKETING Gerente: Edi Carlos Rodrigues Assistentes: Caíque Guirao, Vinícius Galhardo e Rodrigo de Souza Pelaes
Editorial Gerente de Conteúdo: Cassius Medauar Projeto Gráfico e Arte: Jefferson K. Ono Texto: Ayumi Takahashi e Karin Kimura Produção Editorial: Eliana Aragão Francisco
Comercial Gerente: Leandro P. Carvalho Supervisora: Daniele Araújo Assistentes: Daílson Almeida e Laura Demétrios Alexandre Atendimento ao Leitor: Ricardo Kaneshiro
colaboradores Consultor de Conteúdo: Jo Takahashi Fotografia: Rafael Salvador Revisão de Textos: Henrique Minatogawa
Administrativo Gerente: Patricia Tsuruta Supervisor: Felipe Brandão Malaspina Assistentes: Giliarde Oliveira e Lucas Brandão Malaspina
Impressão: Silvamarts #HASHITAG é uma publicação da Editora JBC R. Loefgreen, 1.291 - 7º andar, Vila Mariana, São Paulo - SP, CEP 04040-031. Tel.: (11) 5904-9286 www.editorajbc.com.br Tiragem desta edição: 17.000 exemplares
#Menudaedição
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Os pratos típicos que fazem sucesso nos festivais japoneses
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Os injustiçados da culinária japonesa
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Donburis: infinitas combinações em uma grande tigela de arroz
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Chankonabe: o prato dos lutadores de sumô
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Meu primeiro pan pudding
Jojoscope
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Dois Palitos
08
Sobá em Campo Grande
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Perfil do chef Fernando Kuroda
30
Receita do chef
32
Onde achar
33
Robatas do Mitsuyoshi
34
Tá fresquinho: Decopon
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Dicas Ilustradas
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Onde comer
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Coluna: Maurício de sousa
50
www.jojoscope.com
ão. Você não encontra esta salsicha em qualquer supermercado. Os frios Huber são produzidos artesanalmente, desde 1977, em São Bernardo do Campo. São consumidos quase que exclusivamente por famílias alemãs de expatriados de empresas instaladas na Grande São Paulo, que querem garantir o abastecimento de um produto essencial para eles. Seu fundador, Osvaldo J. Huber, já aposentado, passou o negócio para um descendente de japoneses, Isamu Hob, que dá prosseguimento à produção dos frios com a mesma qualidade genuinamente alemã e ainda conta com a consultoria do fundador. Devido à produção limitada, o frigorífico não tem ampla distribuição. O melhor mesmo é reservar um par de horas (para quem é de São Paulo) para ir até lá e ser conquis-
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Com currywurst
A melhor salsicha do Brasil (e talvez do mundo)
Brasil-Japão
Conexão
fotos: Jojoscope
Com mostarda dijon
Frios Huber Av. Imperatriz Leopoldina, 540, Bairro Nova Petrópolis - São Bernardo do Campo - SP Tel. (11) 4123-8248 e (11) 4123-7968 www.frioshuber.com.br
Salsicha alemã típica, defumada
tado definitivamente pela linha de autênticos e toucinho, e levemente apimentadas em trifrios alemães artesanais que a casa oferece. pa suína; a linguiça Blumenau e a calabresa, O carro-chefe é, sem dúvida, a salsicha Viena esta, uma receita italiana. defumada (Geräucherte Wiener Würstchen), Fizemos uma degustação de frios, e Isamu preparada com coxão duro bovino de pernil nos apresentou o currywurst, que é o jeito de suíno em tripa de ovino, que estala na boca comer salsicha com um molho de curry com na primeira dentada. Há mais de trinta varie- ketchup, molho inglês e outros condimentos. dades de produtos, dentre as quais o bolo de Uma autêntica comida de rua da Alemanha, carne bovina (Fleischkäse), que contém, in- que se iniciou no período de devastação após crivelmente, shoyu japonês em sua composi- a Segunda Grande Guerra. ção! Aliás, na maioria dos frios entra o Aji- A curiosidade é que estas tradições alemãs nomoto, glutamato monossódico, que é um foram herdadas por um empreendedor niporealçador de sabor natural. descendente, que dá continuidade ao negócio. A linha de linguiças também merece desta- Futuramente, ainda é intenção de Isamu abrir que. Há a temperada defumada (Debreczi- um bar. nerwurst), feita com um mix de carne bovina
Jo Takahashi é consultor de arte e cultura na Japan Foundation, onde atuou por 25 anos como administrador cultural. Agora, migra essa experiência para a sua produtora independente, a Dô Cultural, que Tem muito mais no site oficial propõe um conceito do JoJoscope! design de formatar 2palit.us/ e desenvolver o pLr1LY projeto cultural.
O Japão no Brasil. JoJoScope centra o foco nessa relação de mais de cem anos. E também o Brasil no Japão, uma nova moda. Com uma visão cinemascope, sua lente pode captar as artes, como a dança, a música, as artes visuais e até a gastronomia. Panorâmica, ela transita por todas as artes e por isso já nasce admitindo seu olhar híbrido. JoJoScope pode mudar de lente e analisar determinados temas com uma visão microscópica. Em outros momentos, com o uso de um telescópio, JoJoScope pode até tentar captar um fato novo no horizonte e virar um observatório de tendências.
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#DoisPalitos #livro
Olha o aviãozinho!
As chefs Mayra Abbondanza Abucham e Patrícia Abbondanza, lançaram o livro "O que fazer para meu filho comer bem?", com orientações sobre preparo de pratos com ingredientes saudáveis. Ele traz passo a passo das receitas de forma didática com dicas e sugestões tanto para iniciantes quanto para experts na cozinha. Entre os tópicos abordados no livro, estão alimentos desaconselhados; primeiros alimentos; papinhas feitas em casa; cardápio semanal elaborado para bebês e crianças; como envolver os filhos na preparação dos pratos e outros.
“O que fazer para meu filho comer bem?” textos e receitas Mayra Abbondanza Abuchan, Patrícia Abbondanza Turquetto e Rafaela Norbert Editora DBA Pontos de venda Livraria da Vila, Fnac, Livraria Cultura e site da Editora DBA Preço R$ 65 Número de páginas 370
# café
Cafeteria japonesa
Expresso Kazu Onde Rua Tomás Gonzaga, 84,
Liberdade - São Paulo - SP Tel (11) 3208-6177
site www.espacokazu.com.br
fotos: divulgação
Horário de terça a domingo, das 8h às 21h
O bairro da Liberdade ganha um novo espaço de encontros e apreciação da culinária oriental. O Expresso Kazu é uma cafeteria que fica na rua Tomás Gonzaga, no segundo andar do Espaço Kazu. Os doces que eram servidos no restaurante agora ganharam um espaço próprio, onde antes funcionava um bar de saquê. Além do choux cream, que já faz sucesso na casa, são servidos salgados, cafés (quente e frio), chás e doces tradicionais e contemporâneos. Novas variedades entram para o cardápio a cada mês, com criações da equipe do chef Tadao Arakaki, que trabalha principalmente com sobremesas japonesas de influência ocidental.
#HASHITAG
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Quem ama o feio, gostoso lhe parece [texto] Ayumi Takahashi [fotos] Rafael Salvador :
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Goya ou nigauri Goya é o modo como o nigauri é chamado na região de Okinawa, situada no extremo sul do Japão. O próprio nome, que significa literalmente pepino (uri) amargo (nigai), denuncia o sabor deste fruto colhido ainda verde para manter a sua textura firme e crocante. Ele pode ser preparado na forma de omelete, refogado com carne suína, frito como tempurá ou cozido no vapor. Massagear as fatias com sal, após retirar a polpa branca e as sementes com uma colher, ajuda a reduzir o amargor.
#HASHITAG
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A
culinária japonesa caiu no gosto do nam como uma porta para a popularização da brasileiro. Até porque o país abriga própria cultura japonesa. a maior comunidade nipônica fora do arquipélago. Bem difundida, os Entretanto, assim como a cozinha de qualquer seus pratos típicos deixaram de ser exclusivi- nacionalidade, alguns ingredientes são tratadade dos restaurantes especializados para dos com aversão por causa da propaganda neganhar espaço no balcão de sala- gativa de adjetivos como “amargo”, “azedo”, da, como é o caso do sushi “fedido” e “gosmento”, que acabam gerando e sashimi. Melhor um preconceito generalizado em relação a saainda, funcio- bores e aspectos de alimentos que muita gente desconfiada sequer experimentou.
Produção: Ayumi Takahashi
Por isso, em defesa desses “injustiçados” da culinária japonesa, decidimos encorajar os comensais a ampliar seus horizontes gastronômicos, esclarecendo a forma de preparo e consumo de alguns desses ingredientes.
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Fígado No Brasil, há quem coma com gosto e quem torça o nariz para um suculento bife de fígado. E no Japão não é diferente. Para aqueles que estiverem dispostos a se aventurar em receitas com fígado, a dica é diversificar a forma de preparo, que podem ser molho teriyaki, marinado no missô (pasta de soja fermentada), acebolado com shoyu ou refogado com cenoura e nirá. Para diminuir o cheiro, lave o fígado cru diversas vezes em uma bacia, trocando a água sempre que ficar cheia de sangue. Depois, corte-o em pedaços e deixe marinando em leite frio durante 20 minutos para amolecer. Lave em água corrente e prepare à sua moda.
Nattô (soja fermentada) O aroma resultante da fermentação da soja faz o alimento parecer pouco apetitoso para quem está experimentando o nattô pela primeira vez. Porém, a má impressão é desfeita na primeira bocada de arroz japonês coberto pelos grãos macios, envoltos por uma viscosidade semelhante à baba do quiabo. O sabor delicado pode ser complementado com a adição de temperos como shoyu, karashi (mostarda japonesa em pasta), wasabi (raiz forte), cebolinha picada, ovo cru ou o molho próprio em sachê que acompanha algumas marcas importadas.
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Wasabi É difícil encontrar algum apreciador da culinária japonesa que nunca tenha experimentado uma pitada de wasabi. Eterno acompanhante do sashimi, o condimento é vendido na forma de pasta em tubo ou em pó para ser preparado com adição de água. Que tal variar o uso misturando um pouco de wasabi na maionese do seu próximo hambúrguer ou em um refrescante molho de salada à base de shoyu , vinagre de arroz e saquê mirin?
Umeboshi É a tradicional conserva de ameixa japonesa, geralmente servida em cima de uma tigela de arroz sem tempero ou dentro de um bolinho de arroz. A ameixa pode ser grande ou pequena, macia ou crocante, mais azeda ou salgada, vermelha ou verde. Devido ao seu sabor salgado e ácido, o umeboshi é empregado como tempero em preparações como okayu (tipo de mingau de arroz), temaki (sushi enrolado em forma de cone), salada de folhas frescas e até chás.
Produção: Ayumi Takahashi Agradecimento: Tenman-Yá
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DonBuri
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Combinações infinitas dentro de uma grande tigela de arroz [texto] Ayumi Takahashi [fotos] Rafael Salvador
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onburi é o nome do bowl, ge- dientes que acompanham o arroz podem ser ralmente de cerâmica, usado na quentes ou frios, crus, cozidos ou fritos. As cozinha japonesa para servir re- carnes podem ser de peixe, ave, bovina ou feições fartas que se resumem ao suína. conteúdo dentro da tigela. Por ser bem maior do que uma tigela comum, ele é prático para Versátil, o donburi é apreciado o ano inteiro, servir preparações com caldo, como o lámen. variando a identidade conforme a mudança dos produtos sazonais que vão por cima do O termo também define um dos pratos mais arroz. Algumas versões mais sofisticadas populares do Japão moderno, que tem como são servidas exclusivamente em restaurantes, único item obrigatório o alimento mais ama- com iguarias como enguia grelhada, ouriçodo pelos japoneses: o arroz branco. Os ingre- do-mar, ovas de salmão e carne de caranguejo, entre outros.
Temdon
(donburi de tempurá)
O atrativo deste donburi fica por conta da crocância do tempurá de camarões e legumes diversos como cenoura, berinjela, cebola, kabocha (abóbora japonesa) e couve-flor. É uma ótima opção para consumir vegetais frescos mesmo nos dias mais frios. Seu tempero é um molho leve elaborado com katsuobushi (peixe bonito seco), mirin e shoyu.
Mas é possível transformar as sobras do frango da refeição passada em um delicioso oyakodon com uma simples refogada de cebola e molho shoyu, finalizado com ovos mexidos. Essa praticidade e baixo custo fizeram com que o prato se tornasse muito popular entre os trabalhadores de grandes centros urbanos do arquipélago, que buscam uma refeição rápida e farta. Nesta matéria selecionamos algumas das variedades de donburi mais consumidas nos restaurantes japoneses de São Paulo.
#hashitag
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Gyudon (donburi de carne bovina) Uma grande tigela de arroz com finas fatias de carne bovina e tiras de cebola cozidas em molho à base de shoyu, semelhante ao sukiyaki e shabu-shabu. Por ter um sabor mais intenso e adocicado, o prato é perfeito para ser incrementado com um ovo cru. Na foto, adicionamos macarrão de konnyaku e um pouco de beni shoga (conserva de gengibre) para complementar a refeição.
Maguro nattô don
(donburi de atum e nattô) Uma mistura de nattô (soja fermentada) com pedaços de atum cru e cebolinha picada. A inusitada combinação desses três ingredientes proporciona uma experiência única dentro da boca. Um pouco de wasabi garante um toque de frescor ao donburi. Quando a tigela recebe apenas sashimi de atum sobre o arroz com tempero para sushi, o nome muda para tekkadon.
#HASHITAG
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Oyakodon
(donburi de frango e ovos mexidos) O nome, que significa literalmante “pai e filho”, é uma brincadeira com a combinação de ingredientes duplamente suculenta que une a maciez da carne de frango e o molho incorporado aos ovos mexidos que vão em cima do arroz. O tempero à base de shoyu que integra a mistura tem sabor levemente adocicado. Na foto, o oyakodon foi feito com milanesa no lugar da sobrecoxa desossada de frango.
Katsudon
(donburi de katsu - milanesa de lombo suíno) Um dos tipos de donburi mais populares no Japão, consiste em uma suculenta milanesa de lombo suíno (tonkatsu) com lascas de cebola e ovos mexidos levemente cozidos com shoyu. Tudo isso em cima do imaculado arroz japonês. Na foto, o tonkatsu recebeu apenas uma cobertura de molho inglês.
#hashitag
Sobá de Campo Grande patrimônio cultural imaterial Processo de resfriamento do sobá. Dona Dirce, ao fundo
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[texto] [fotos] Jo Takahashi
o início, era só um prato dos imigrantes que vieram de Okinawa para as terras de Mato Grosso do Sul, que o consumiam reservadamente por receio de serem tachados de exóticos. Só que os habitantes locais, por curiosidade, resolveram experimentar, e o sobá dos okinawanos caiu no gosto popular. O sobá de Campo Grande sofreu adaptações a partir da receita original do Okinawa Sobá, e adquiriu o status de bem cultural de natureza imaterial, por meio do decreto municipal de 18 de julho de 2006 e foi tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). A história do sobá caminhou com a “Feirona” de Campo Grande, fundada em 1925. No começo, eram barracas, montadas na calçada.
Agradecimentos: Sayuri Higa e Magda Terada Ishikawa (Travel Way) , Restaurante Shimada, Dirce Guenka, Acelino Sinjô Nakasato (Presidente da Associação Esportiva e Cultural Nipo Brasileira de Campo Grande), Alvira Appel Soares de Melo (Presidente da Associação da Feira Central e Turística de Campo Grande).
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Hoje, a “Feirona”, denominada oficialmente Feira Central e Turística, ocupa a Esplanada Ferroviária, um amplo espaço coberto que reúne 200 lojas de artesanato regional e produtos hortifrutigranjeiros, onde o carro-chefe são os 28 restaurantes de sobá. Alvira Appel Soares de Melo, presidente da Associação da Feira Central e Turística de Campo Grande (Afecetur), conta com orgulho que a feira é o grande símbolo da cultura e do turismo na cidade. O Festival do Sobá, que é realizado todos os anos em agosto, chega a movimentar 200 mil pessoas. Alvira conta que hoje os restaurantes instalados na feira são capazes de servir 6.000 unidades de sobá por noite e que, para isso, foi feita a capacitação profissional dos cozinheiros e a normatização do preparo do macarrão, produzido por pequenas fábricas familiares. “São cerca de doze fábricas instaladas na cidade”, diz. Além da feira, na cidade existem mais 55 restaurantes especializados na iguaria. São quase dois mil empregos diretos e indiretos envolvidos com o sobá – desde a produção do macarrão até o fornecimento para estas quase uma centena de pontos de preparação. O sobá é originalmente feito com macarrão de trigo sarraceno, mas em Campo Grande ele é feito com farinha branca, mais próxima do udon. Seguindo sugestões dos moradores, fomos visitar uma das importantes fábricas de sobá.
Monumento ao sobá
ídos para mais de dez restaurantes. A receita do sobá? Água, farinha, sal, ovo e glutamato monossódico. Mas o segredo mesmo, constatamos no processo de fabricação. Após a fervura, o macarrão recebe uma camada de óleo e é resfriado naturalmente, com o auxílio de ventiladores. O macarrão assim absorve o óleo, aumentando a sua durabilidade, dispensando o uso de conservantes. Esta técnica faz com que o macarrão obtenha uma camada externa mais resistente, conservando o núcleo mais mole, conferindo uma textura característica. E quanto ao caldo? Na versão original, de Okinawa, entram osso de porco (tonkotsu), shoyu, saquê, sal e gengibre. Esse caldo é servido numa tigelona, onde entram o macarrão, carne (a bovina é a preferência local), cebolinha e omelete picada. Gengibre ralado, servido à parte. O sobá de Campo Grande ajudou a consolidar a identidade cultural dos imigrantes okinawanos, favoreceu a integração com os brasileiros e agora dá lições de sustentabilidade econômica. Restaurante Shimada
Dona Dirce Guenka fabrica sobá há 24 anos, sempre em regime familiar. São 160 quilos de macarrão que saem por dia de lá, distribu-
Onde Rua Antônio Corrêa, 776 Bairro Monte Líbano Campo Grande – MS Tel (67) 3324-9752
Leia a matéria completa no site
2palit.us/ 11Qe7Xn
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O caminho Conheรงa os pratos mais populares dos festivais japoneses
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das festas [texto] Karin Kimura
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o Japão, o verão é época de festivais em que danças e apresentações musicais pelas ruas revivem as tradições de cada região, e shows de fogos de artifício impressionam os espectadores. As meninas vestem o tradicional yukata (tipo de quimono informal feito de algodão, usado no verão) e as ruas ficam coloridas com a decoração de luminárias e barracas de comidas e brincadeiras.
O takoyaki é um bolinho assado em uma chapa côncava que o deixa em formato de uma bolinha recheada com pedaços de polvo. Semelhante ao okonomiyaki, o prato é feito com uma massa feita com ovos, farinha, gengibre em conserva e pedacinhos de massa de tempurá frita. Depois de cozido, o bolinho é servido com condimentos como o molho agridoce, maionese, lascas de peixe seco e alga aonori. O takoyaki é uma espécie de petisco bastante popular e é vendido em festivais, em carrinhos de rua e até em redes de restaurantes especializados.
E um festival de cultura japonesa não seria um grande evento se não tivesse guloseimas e comidas típicas que saltam aos olhos de quem passa pelos quiosques e completam o clima de festa. São barracas com chapas, tachos cheios de óleo, comidas grelhadas ou cozidas à vapor. As comidinhas de rua mais populares no Japão estão por todos os lados, mas as variações típicas com ingredientes e modos de preparo específicos podem ser encontrados só em determinadas regiões. Essa diversidade inspira até viagens gastronômicas, afinal, conhecer a cultura inclui provar o que a culinária local oferece de melhor.
Rafael Salvador
Takoyaki
No Brasil, essa também acabou se transformando na época em que acontecem as principais festas da comunidade nipo-descendente, somando às comemorações do dia da imigração japonesa no Brasil (18 de junho).
Dango São bolinhas de massa cozida feita com farinha de arroz mochi. O dango tem uma massa lisa de consistência glutinosa. Existem diversas variedades de dango, geralmente doces, e são servidos em espetos.
João Neto
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Mitarashi dango É o dango assado e regado com um molho agridoce feito com uma calda de alga kombu, molho shoyu e açúcar, engrossado com amido de milho. Em Kyoto, são facilmente encontrados em quiosques, com diferentes formatos e preparos.
Norimakidango É uma versão salgada do espetinho de dango, temperado com molho shoyu e envolto com alga nori. É mais saboroso quando servido quente.
#HASHITAG
Flavio Moraes
Kibidango O kibidango é um tipo de dango feito com açúcar, farinha de arroz e de milhete (grão semelhante à quinoa) que dá um leve amargor. As bolinhas são moldadas sobre amido de milho e servidas individualmente. No conto infantil “Momotaro”, o personagem principal leva uma porção de kibidangos em sua jornada contra os monstros que atacavam as aldeias. No caminho, encontra seguidores que, em troca dos kibidangos, se unem ao Momotaro para enfrentar os monstros. Foram esses bolinhos que deram força para os heróis lutarem. Como diz-se que a história é originária da província de Okayama, o kibidango também é típico da região.
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Embora o nome do prato seja “peixe pargo grelhado”, de peixe ele tem somente o visual e o simbolismo, já que o pargo é um peixe vermelho, símbolo de boa sorte e fortuna. O taiyaki é um bolo doce, feito com massa de farinha, água e bicarbonato de sódio (pode-se acrescentar ovo também). É assado em uma forma especial que recebe calor direto em cada metade, que se juntam para formar um peixe inteiro e recheado. Logo depois de sair da forma, o taiyaki fica com uma consistência macia por dentro e uma casquinha dourada e crocante por fora.
Pode ser recheado com pasta de feijão azuki ou, para as versões mais modernas, com creme de baunilha, chocolate, queijo e o que mais a imaginação permitir. Ele é derivado de um outro doce chamado imagawayaki, que é feito com os mesmos ingredientes, mas não tem o formato de peixe. O taiyaki ficou bastante conhecido com um dos singles mais vendidos do Japão, o “Oyoge! Taiyaki-kun”, lançado em 1975, em que o personagem principal é um taiyaki que se cansou de ficar na forma e resolve fugir para o mar.
Veja um vídeo com o personagem que popularizou o Taiyaki!
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#hashitag
Rafael Salvador
Taiyaki
O ikayaki é o espetinho de lula. Ele pode ser servido tanto em pedaços como inteiro em um palito e tem consistência firme. Depois de grelhado, é temperado com um molho agridoce à base de molho de soja. É um petisco muito servido em festivais, barracas de rua e em izakayás.
Batata tornado A batata frita típica de festivais orientais é colocada inteira no palito e é chamada de “batata tornado” pelo visual que apresenta. Ela tem formato espiralado de uma tira fina e contínua que é mergulhada em uma massa leve de tempurá e colocada em bastante óleo para fritar em imersão. Ela pode ser servida com temperos salgados, como sal, pimenta e queijo, ou em versão doce, polvilhada com açúcar e canela.
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fotos: João Neto
Karin Kimura
Ikayaki
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Okonomiyaki O okonomiyaki é uma comida popular conhecida também como pizza ou panqueca japonesa. O nome do prato significa literalmente “grelhado ao seu gosto”, ou seja, vale tudo. Ou quase tudo. A base da massa do okonomiyaki é feita com farinha, ovos e água que dão liga à mistura de verduras e carnes que geralmente são repolho, cebolinha e carne de porco. É parecido com o tempurá servido em feiras por aqui, só que em vez de ser frito em imersão, é grelhado em chapa. Depois de cozido, o okonomiyaki é finalizado com molho agridoce, maionese, alga aonori, lascas de peixe seco (katsuobushi) e outros temperos que dão cor à composição. As variedades de okonomiyaki mais famosas no Japão são a de Hiroshima e a da região de Kansai. A principal diferença entre os estilos é a forma de montagem e a presença de macarrão.
À moda de Hiroshima O prato à moda de Hiroshima é feito em camadas. A primeira é uma massa fina feita à base de farinha e ovos, quase como um crepe, seguido de uma camada generosa de repolho e brotos de feijão. Depois segue mais uma, com carne de porco e outros ingredientes ao gosto do freguês. Por fim, uma camada de macarrão para yakissoba ou udon e um ovo frito por cima de tudo.
À moda de Kansai O okonomiyaki à moda de Kansai é feito com uma mistura única, como uma panqueca. A massa ajuda a dar liga a todos os ingredientes: repolho picado em tiras finas, nagaimo ralado (tubérculo da mesma família do cará), cebolinha, carne (tiras de panceta, lula, polvo ou camarão) e, às vezes, acrescenta-se pedaços de queijo e vegetais diversos.
Confira na página 26 um mapa do Festival do Japão! #hashitag
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#Localize-se no
SAÍDA EMERG.
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Hortifruti
Entidades
PALCO
105 Anos de Imigração
Ikebana
CAMARINS
ARQUIBANCADA
G ER
EM
Entidades
A ÍD
Café
SA
WC FEM
SAÍDA EMERG.
O maior festival da comunidade nipo-brasileira no Brasil acontece nos dias 19, 20 e 21 de julho de 2013, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. fez um mapa para você não se perder lá! A
SAÍDA
Hinomoto
Japan Plus
Bar
Sakura
Yamaha
Cerimônia do Chá
Toyota
PONTO DE ENCONTRO
Hospital Nipo
JARDIM JAPONÊS
Expo Bunkyo
KENREN
Expo Orquídeas
ACESSO AO PAVILHÃO DE EXPOSIÇÃO
Band
Alfa
Cuba Hospital Sta. Cruz
Robocon
Tozan
Expo 60 anos PósGuerra
Honda
Consulado do Japão
CARAVANAS
SAÍDA PRINCIPAL
JICA
ÁREA DA MELHOR IDADE ANA
WC MASC/FEM
PRAÇA CULTURAL
FEIPESCA
Blue Tree JCI
BICICLETÁRIO
WC ESTACION. DEFICIENTES
SAÍDA EMERG.
Fund. Japão
16º Festival do Japão Centro de Exposições Imigrantes Rod. dos Imigrantes Km 1,5 São Paulo, SP Quando 19 de julho (sex) das 12:00 às 21:00 20 de julho (sáb) das 10:00 às 21:00 21 de julho (dom) das 10:00 às 18:00 Quanto R$10,00 na bilheteria. Entrada gratuita para crianças até 8 anos e idosos acima de 65 anos Onde
#HASHITAG
[dica] Haverá ônibus gratuitos da estação Jabaquara do metrô até o local, e estacionamento grátis para bikes. Se for de carro, chegue cedo, pois o trânsito é intenso e os estacionamentos ficam lotados!
CATRACAS
BILHETERIA
ÁREA DAS CRIANÇAS
ENTRADA
Veja o guia completo do Festival do Japão no nosso site!
2palit.us/ 15JTdu2
WC FEM
Gifu Fukushima Kagoshima
Hyogo
Fukuoka Shizuoka Hokkaido Chiba
Toyama Kumamoto
Yamanashi
Kochi Tokushima
PON
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Wakayama
sa en pr
Ikoi no Sono
Nagasaki Yamagata Yamaguchi Oita Kyoto Akita Shimane Niigata Aichi Hiroshima Saitama Fukui
Tottori
Mie
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Ishikawa Tokyo
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Tochigi Okayama Miyazaki
Miyagi
Iwate Okinawa Saga
Aomori
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Festa do Morango de Atibaia
Voluntários
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Yanmar
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ENTRADA EXPOSITORES E VOLUNTÁRIOS
ACESSO À ÁREA DE ALIMENTAÇÃO
Santo Amaro Osaka
Sansuy
Kodomo no Sono Enkyo Pipa
O AÇÃ ENT M I E AL ÇA D Kagawa PRA
DE ENCON TO
Yagura
Gunma
Shiga Kanagawa
Bradesco
PARADA COSPLAY
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ERG
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ÇÃO NTA IME L A E ÇA D PRA
WC MASC/FEM
Nagano
Nara
Yasuragi Home Carmo Sakura Ehime
SAÍDA EMERG.
ESTACIONAMENTO
Os seguintes estandes não abrirão na 6ª feira (dia 19): Hokkaido, Shizuoka, Fukuoka, Ehime, Nagasaki, Yamagata, Yamaguchi, Kyoto, Shimane, Hiroshima, Fukui, Kanagawa e Nagano.
Este mapa foi criado baseado em informações de 26 de junho de 2013. Alterações posteriores por parte da organização do evento não estão refletidas. Desculpem por qualquer transtorno.
Destaques da programação Sábado
Domingo
17:00 Parada Cosplay partindo da área externa
17:00 Show da banda Gaijin Sentai no palco principal
17:30 Miss Nikkey Brasil 2013 no palco principal
17:30 Final do concurso de cosplay WCS Brasil 2013 no palco principal
Todos os dias no Akibaspace Liga Brasileira de Games AkibaSpace Stage Toyota Etios + Mangá #hashitag
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Balcão do restaurante Bueno lembra o de um bar japonês, com saquês e uísques à mostra
Chankonabe o prato dos lutadores de sumô [texto] Karin Kimura [fotos] Rafael Salvador
Ao contrário do que muitos pensam, a comida que sustenta os lutadores é leve e saudável
U
m punhado de sal dá inicio ao ritual de abertura de uma luta de sumô. O sal é, neste momento, o elemento purificador da arena, ou dohyo, que é considerado um lugar sagrado: o sumô é um esporte tradicional japonês, que tem suas origens ligadas a rituais xintoístas.
Por se tratar de uma luta, é símbolo de força, mas é também de respeito e dedicação. Uma luta dura poucos segundos, dificilmente chega a um minuto. São disputas rápidas, mas
#HASHITAG
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O salão é dividido em dois andares. A arte, feita em grafite, continua até o fim do corredor
que exigem técnica e equilíbrio. O princípio do sumô é fazer com que o oponente saia do dohyo ou que encoste qualquer outra parte do corpo, que não sejam os pés, no chão.
O prato
em grelha de carvão, bibimbap (prato coreano feito com arroz, servido em panela de ferro), panceta de porco temperada no missô e outros pratos quentes. No Bueno, Kuroda faz questão de deixar claro que só trabalha com pratos quentes. O cartaz na parede indica em letras bem grandes que lá não tem sushi nem sashimi. No balcão, as garrafas de bebidas, a luz baixa e a estante de madeira dão um clima de bar japonês. Os quadros com fotos dos tempos de lutador mostram uma outra face de Kuroda. Hoje, ele comanda o Bueno com um toque de família – o kimchi servido é feito pela sogra e o tofu, pelo pai.
Para sustentar o tamanho dos sumotoris (lutadores de sumô), a dieta deles é bem caprichada. O principal alimento dos sumotoris é o chankonabe, um ensopado. Ao contrário do que muita gente pensa, não é uma comida altamente calórica. O segredo está no equilíbrio das proteínas, vitaminas e carboidratos. Os ingredientes variam bastante entre carnes e verduras, mas os básicos são frango ou peixe, acelga, cebolinha nirá e cebola, cogume- Hoje, a casa fica na Alameda Santos (e conlos e queijo de soja. “O chankonabe é até leve. tinua atendendo principalmente a japoneses). Mas a diferença é que os sumotoris têm que Até o final de 2012, ficava na Liberdade. O comer bastante”, explica o ex-lutador profis- antigo Bueno passou a ser chamado de Mini sional Fernando Kuroda (leia entrevista no Bueno, onde Kuroda instalou um karaokê. Perfil do Chef). Além disso, eles comem mui- Lá, o espaço é menor e o cardápio não inclui o chankonabe. to arroz como principal acompanhamento.
Para saborear Em São Paulo, o restaurante Bueno é especializado em chankonabe, mas também serve outras opções de petiscos como espetos feitos
Restaurante Bueno Onde Alameda Santos, 835 Cerqueira César Tel. (11) 2386-8035
Leia a matéria completa e conheça um pouco mais do esporte no Brasil
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#PerfildoChef
Fernando Kuroda Restaurante Bueno [texto] Karin Kimura [fotos] Rafael Salvador
Quadros com fotos do ex-lutador ficam expostos no balcão
C
ampeão de sumô profissional do Japão, Fernando Kuroda é quem comanda os restaurantes Bueno e Mini Bueno. Diz que prefere não ser chamado de chef, porque sua formação em cozinha vem basicamente da experiência. É justamente essas experiências que fazem com que os clientes voltem, tanto para comer como para ouvir as suas histórias. Kuroda viveu em Tóquio por 12 anos. Foi para lá adolescente e teve uma rápida ascensão no esporte. Alcançou a tão sonhada elite do sumô profissional e passou por duras batalhas nos dohyos e fora deles. Por incentivo de seu pai, treinador de sumotoris, Kuroda começou cedo e, aos quatro
#HASHITAG
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anos, já estava subindo nos dohyos. “O sonho do meu pai era ser lutador de sumô, por isso, ele acabou me incentivando desde pequeno”, conta. Começou a participar de campeonatos amadores, até que um dia, conheceu Daisuke Shiga. “Ele já era um dos melhores no Japão e quando veio para cá, eu ganhei dele”, lembra Kuroda. Daisuke, cujo nome de lutador viria a ser Tochiazuma, o incentivou a treinar no Japão, na academia de seu pai – Tamanoi Oyakata (treinador). “Quando eles me convidaram para ir ao Japão, eu fiquei preocupado por não ter porte de sumotori. Eles disseram que tinham outros lutadores do meu tamanho, mas quando eu cheguei lá, eram todos bem maiores que eu”, revela.
‘
O sonho do meu pai era ser lutador de sumô, por isso, ele me incentivou desde pequeno
’
que, se fosse, deveria ficar por pelo menos cinco anos, porque se voltasse antes seria uma vergonha para a família. Ele seguiu os conselhos da mãe, passou por todas as dificuldades de treinamento, até que foi subindo, vencendo campeonatos e chegou ao patamar mais alto da categoria de base em dois anos (com apenas 17 anos). “Quando você é campeão, a situação inverte. As pessoas é que servem para você”, conta. A rotina começou a mudar e, apesar de o salário ainda ser baixo, frequentava bons restaurantes, ia a festas a convite dos patrocinadores e já ganhava reconhecimento profissional. Seu nome, então, era Wakaazuma, o jovem que vem do leste.
A sua rotina de treinamentos era intensa; como novato, tinha que se adaptar à rigidez das hierarquias. “Lá era pior que exército. Continuou lutando e treinando até alcançar Achei que escaparia do serviço militar daqui a tão sonhada elite da profissão. “Uma das do Brasil, mas lá era muito pior”, brinca. Ele lutas mais marcantes de que me lembro foi explicou que a forma de falar e tratar os vete- contra um havaiano que tinha o dobro do ranos tem que ser sempre muito polida e que meu tamanho. No momento, fiquei assustado, nenhum deslize era perdoado. Além disso, ti- mas tinha que ir à luta e fui em frente”. nha que ajudar com a limpeza e tarefas na cozinha. Primeiro, aprendeu a rotina da pia, la- “Meus amigos que vivem no Japão disseram vando os pratos, para então aprender a cortar que eu parei na época certa. O sumô já não os alimentos e, depois, a preparar a comida. tem mais tanta participação quanto tinha antigamente”. Depois de doze anos no Japão, o No momento em que havia decidido ir ao sumotori resolveu voltar e disse que, apesar Japão, Kuroda disse que sua mãe o alertou do convite de amigos para ficar, sabia que aqui teria mais oportunidades. “Eu quis investir em um restaurante porque sabia que podia apresentar algo diferente ao paladar brasileiro, algo que tinha domínio”. Foi assim que surgiu a proposta do Bueno, de servir o prato que sabia fazer de cor e salteado: o chankonabe, comida dos sumotoris.
#hashitag
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Chankonabe [dif] Fácil [tempo] 20 min [porcoes] Para 1 pessoa Ingredientes • 50 g de coxa e/ou sobrecoxa de frango desossado
• 1 dente de alho ralado • ½ cebola • 2 folhas de acelga • Nirá a gosto • Cogumelos shimeji • 2 cogumelos shiitake • Cubos de tofu • 1 pitada de sal • 1 pitada de Hondashi™ • 1 colher de sopa de molho de shoyu • Água #HASHITAG
[dica] Por se tratar de um prato aberto a variações, as quantidades e os ingredientes podem ser adaptados de acordo com o gosto de quem o prepara. Cada ingrediente deve ser cortado em pedaços proporcionais de forma que deixem a composição do prato harmoniosa e em tamanho ideal para ser ingerido em uma bocada.
Preparo [1] Coloque a água para ferver. [2] Corte o frango em cubos e adicione na água fervente.
[3] Retire a espuma que se forma na superfície da água.
[4] Adicione o alho ralado. [5] Tempere com Hondashi™ e sal. [6] Disponha a cebola, o tofu, as partes mais grossas da acelga e os cogumelos, lado a lado, e deixe ferver. [7] Coloque as folhas de acelga e o nirá por cima. [8] Por fim, finalize com o molho shoyu.
Rafael Salvador
#ReceitadoChef Fernando Kuroda
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#Ondeachara#hashitag São Paulo / SP Butantã
Suikah Al. dos Jurupis, 1107
Mercearia Ohashi Av. Comendador Alberto Bonfiglioli, 687
Zeni Sushi Av. Lavandisca, 648 Parque Jabaquara
Shoji Fujita Av. Corifeu de Azevedo Marques, 1425 Lj. 2
Mainiti-ya R. das Oiticicas, 279
Campo Belo
Pinheiros
Hikouki Sushi R. Bela Vista, 633
Fuji Mercearia R. Cunha Gago, 346
Centro
Pompeia
Instituto Princípio Único Praça Carlos Gomes, 60 1º andar Cerqueira César
Emporium Oriental Av. Paulista, 523 Loja 8
Loja Kaeru R. Raul Pompéia, 384 Saúde
Mercearia Aozora Av. Jabaquara, 1588 Sumarezinho
Center Nippon 2 Av. Imirim, 1077
Shinsei Produtos Orientais R. Heitor Penteado, 1511
Jabaquara
Tatuapé
Imirim
Mercearia Sukiyaki Av. Jabaquara, 1744
Cidade Papel Shopping Tatuapé - Loja 410
Jardim Bonfiglioli
Vila Campestre
Praia Grande / SP Nebuta Temakeria Litoral Plaza Shopping - Ponto 33 - Praça de Alimentação
Presidente Prudente / SP Mercado Oriental R. Donato Armelin, 1273
Registro / SP ACNBR R. Nakatsugawa, 165
Santos / SP Nebuta Temakeria Praiamar Shopping Nivel II - Praça de Alimentação
São Bernardo do Campo / SP Japan House R. Jurubatuba , 156 Sl. O
São José do Rio Preto / SP Kurosawa Av. Alberto Andalo , 3063
Sorocaba / SP New Station R. Sta. Clara, 266
Belém / PA
Clube do Sushi R. Dr. João Domingues Sampaio, 25
Hisae Sugishita e Yae Takeda R. Rainha Vitória Eugênia, 108
Nippobras Travessa Apinagés, 479
Jardim Paulista
Vila Carrão
Banca Gloria Av. Afonso Pena , 726
Restaurante Aizome Al. Fernão Cardim, 39
Mercearia Nihon Hin R. Juno, 125
Jardim Peri peri
Vila Clementino
Mercearia Ponka Av. Mins. Laudo Ferreira de Camargo , 300
Emporium Oriental R. Tenente Gomes Ribeiro, 198
Jardim da Saúde
Vila Guarani
Kansai Av. Cursino, 1788 Liberdade
Bunkyo Rua São Joaquim, 381 3º andar salas 51 e 52
Hanamaru Av. Diederichsen, 1237 Vila Madalena
Japonique R. Girassol, 175 Vila Nova Conceição
Comercial Marukai R. Galvão Bueno , 34
Kinoshita R. Jacques Felix, 405
Himeya R. Galvão Bueno, 54/60
Vila Ré
Livraria Sol Praça da Liberdade , 153 Livraria Takano R. Cons. Furtado, 759 Tenmanya R. dos Estudantes , 19 Mirandópolis
Listokyo R. Luis Gois, 1669 Moema
Atelier Hideko Honma R. Pintassilgo, 429 Hanoo Sushi Bar Av. dos Eucaliptos, 389 Hideki Sushi Bar Av. dos Imarés, 542 Kazuki Sushi Al. Guaramomis, 248 Ostra Vagante Tv. Vera Cruz do Oeste, 11
Mercearia Ichiban R. Itinguçu, 576 Vila Sônia
Akemi Produtos Orientais Av. Prof. Francisco Morato, 3030 Box 10 Mercearia Mok R. André Saraiva, 193
Campinas / SP Nashi Av. José Bonifacio, 2208
Indaiatuba / SP
Belo Horizonte / MG Curitiba / PR Itiban Av. Silva Jardim,845
Fortaleza / CE Casa da Leitura Av. Pontes Vieira, 1843
Porto Alegre / RS Jambo Livros e mangás R. Sarmento Leite, 631
Rio de Janeiro / RJ Point HQ R. Visconde de Piraja, 207 - Loja 317
Salvador / BA Restaurante Takê Av. Oceânica, 3864
São José / SC Torii R. Wanderlei Junior, 259 - loja 5
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Nipon Papelaria R. 9 de Julho , 907
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Para sentarEspetinhos japoneses são opção de prato quente para aquecer o inverno
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-se ao balcão [texto] Ayumi Takahashi [fotos] Luna Garcia
A
robata nasceu da prática rústica dos pescadores japoneses de Hokkaido, região gélida ao extremo norte do país, de preparar peixes e frutos do mar em grelhas de carvão, que tinham como função assar o alimento ao mesmo tempo que aqueciam o corpo de quem aguardava pela refeição. O costume foi propagado e fez com que surguissem estabelecimentos que fizeram da robata a sua especialidade, sempre acompanhada de bastante saquê para espantar o frio.
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Atualmente, esses espetinhos se tornaram na enorme mesa circular de madeira. uma alternativa de prato quente da culinária japonesa em São Paulo. Dentre as casas Além da possibilidade de degustar vegetais mais tradicionais da cidade, está o restau- de forma saudável, outro atrativo no cardápio rante Mitsuyoshi, próximo à estação Para- do Mitsuyoshi é a união dos sabores nipôniíso do metrô. cos e brasileiros. Com mais de 50 tipos de robatas, o cardápio oferece opções ao gosto dos De forma inusitada, o mesmo endereço se não-descendentes, como salsicha, picanha e divide em dois salões: um para o balcão de contra filet com mussarela. robatas (à esquerda) e outro para o de sushis (à direita). Preparadas em uma grelha a gás e pedras vulcânicas, cada robata recebe generosas pinDiante da grelha, uma grande variedade de celadas de um dos três molhos especiais da legumes e cogumelos frescos está dispos- casa: missô, tarê ou salsa. ta à vista do cliente, que pode consultar o “robataman” para saber quais são as opções Restaurante Mitsuyoshi mais saborosas do dia. Em minutos, os es- Onde Rua Dr. Rafael de Barros nº 163 petinhos saltam da brasa para o prato, sen- Paraíso - São Paulo - SP Tel (11) 3285-6250 do entregues em uma longa pá que alcança Horário segunda a sábado das 11h30 às 14h30 qualquer uma das 15 cadeiras disponíveis e das 19h à 23h30. Fechado aos domingos
Cebolinha, abobrinha e vieiras tenras recebem o tempero adocicado do molho tarê
#HASHITAG
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Acompanhar o preparo das robatas ĂŠ um dos atrativos para quem se senta diante da grelha no restaurante Mitsuyoshi
#hashitag
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#táfresquinho!
Decopon A tangerina japonesa [texto] Ayumi Takahashi [fotos] Rafael Salvador
D
e casca grossa e enrugada, com uma protuberância na parte de cima da fruta, a decopon é uma variedade de tangerina criada pelos japoneses na década de 70. Com cerca de 20 cm de diâmetro, a fruta possui suculentos gomos sem sementes. Hoje em dia, a decopon é facilmente encontrada a um preço acessível nos hortifrutis de São Paulo. O período de safra acontece entre os meses de maio e setembro.
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Receita
Produção: Ayumi Takahashi Agradecimento: Tenman-Yá
Gelatina de Decopon [dif] Fácil [tempo] 20 min. [porcoes] 4 porções Ingredientes • 1 decopon bem madura • 500 mL de leite • 3 colheres (sopa) de açúcar • 4 g de gelatina kanten em pó
Preparo [1] Descasque por completo cada um dos gomos com delicadeza para mantê-los inteiros. Reserve. [2] Dissolva o açúcar e a gelatina em pó no leite e aqueça a mistura durante 5 minutos. Deixe esfriar para que o calor não cozinhe a fruta. [3] Disponha os gomos de decopon no fundo de um recipiente de tamanho médio.
[4] Despeje o leite devagar, de forma que os pedaços da fruta fiquem imersas por completo no líquido. [5] Leve a geladeira e deixe esfriar por cerca de 30 minutos.
#hashitag
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pan P pudding
udim de pão ou pão de pudim? O pan pudding é uma solução diferente para dar fim ao pacote de pão de forma que teima em não acabar é preparar uma sobremesa deliciosa para animar uma tarde fria e chuvosa.
[texto] Ayumi Takahashi [fotos] Rafael Salvador
#HASHITAG
Ingredientes • 2 fatias de pão de forma • 1 xícara pequena de leite • 2 colheres (sopa) de açúcar • 2 ovos
Produção: Ayumi Takahashi
#Meuprimeiro…
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[1] Corte o pão de forma em três
[2] Quebre dois ovos
[3] Adicione duas
partes na horizontal e depois em três partes na vertical. Coloque uma fatia de pão em cima da outra para facilitar
em uma tigela para se certificar que eles estão fresquinhos
colheres (sopa) de açúcar
[4] Acrescente uma xícara pequena de leite
[5] Misture tudo bem direitinho
[7] Usando uma concha, verifique se tudo ficou bem molhadinho
[8] Unte com manteiga um recipiente médio que possa ir ao forno [10] Leve ao forno para assar por cerca de 15 minutos
[6] Adicione os pedaços de pão de forma na mistura
[9] Despeje tudo no recipiente, começando primeiro pelos pedaços de pão
[11] Espere esfriar e sirva
#hashitag
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Escuta, Furogi. Hoje decidi fazer uma sobremesa usando tofu!
“Mangiare Tofu”
Como assim, Eri-chan?! Tofu não é aquele ingrediente da sopa?
O tofu não tem tempero nenhum, por isso dá pra usar do mesmo jeito que a ricota. então, vou usar essa qualidade do tofu e fazer uma combinação de sabores muito gostosa!
O passo mais importante é o processo de secagem para que a receita não fique aguada.
Oooh! Basta dispor o tofu em uma tábua de corte, por cima de várias camadas de papel absorvente. daí, é só Cobrir com uma vasilha cheia de água e trocar o papel com frequência.
Depois, a gente passa o tofu em uma peneira bem fininha, com a ajuda de uma colher, para transformar tudo em uma pasta cremosa. Você pode usar um liquidificador também.
[texto] Ayumi Takahashi [ilustracoes] Vinicius Galhardo
#DicasIlustradas Tiramissú de tofu
Tiramissú de tofu Ingredientes: • 1 tofu inteiro (passado pelo processo de secagem e a peneira) • 1 colher (sopa) de sumo de limão • 1 xícara de chá de glicose de milho • 1 colher (sopa) de café solúvel • 2 g de gelatina em pó incolor • 2 0 g de biscoito triturado com 5 g de manteiga • chocolate em pó para decorar
2 Usando a embalagem de suco como forma (corte a tampa e o fundo) em cima de um prato, a gente coloca o biscoito triturado com manteiga dentro e ajuda a assentar a farofa com um socador de caipirinha.
4 Leve para esfriar na geladeira. Na hora de servir decore com bastante chocolate em pó e tire a forma. Tcharam!!
1 Em uma vasilha grande, incorpore o sumo de limão e a glicose de milho no tofu cremoso. Depois, acrescente o café solúvel e a gelatina em pó, misturando bem.
3 Agora é só colocar todo o creme de tofu por cima da base de biscoito.
Ficou uma delícia!!
Que tal, Furogi?
fim
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#OndeComer Legenda [preco] Preço médio [cartoes] Cartões de crédito (A: Amex/D: Diners/ M: Master/ V: Visa)
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50 Colaboração: JAL Comunicação
Sashimi com Tezuka
O
Para quem não sabe, Tezuka é o criador de personagens conhecidos mundialmente como Astro Boy, A Princesa e o Cavaleiro, Kimba (O Leão Branco)...
Mauricio e Tezuka em 1983
Mas o banquete era em minha homenagem, e sashimi é um prato finíssimo. Tezuka-san era uma personalidade... Como fazer? Comer. E Tezuka-san explicava a origem e o tipo de cada peixe que me fazia experimentar.
Naquela noite, fui dormir honrado e farto de Nosso primeiro encontro foi em Tóquio, du- peixe por muito e muito tempo. rante viagem que me foi oferecida pela Fundação Japão para estudo da realidade das crian- Vocês certamente também passam por expeças japonesas: seus hábitos, desejos, como são riências assim de vez em quando. Mas vale a tratadas e o que se faz para elas no País. Não pena ser gentil e engolir o que não gostamos? podia, portanto, faltar um contato com o ídolo das crianças e de mais três gerações de japone- Vamos começar a reagir e confessar que deses: o mestre (sensei) Osamu Tezuka. testamos isso ou aquilo?... E ele foi me receber no aeroporto. Alice, minha mulher, me acompanhava. Já era noite, tínhamos quase 30 horas de voo, mas ele insistiu que devíamos acompanhá-lo para um jantar especial no luxuoso restaurante do Hotel New Otani. Fomos. E nos esperava, realmente, uma surpresa: uma enorme caravela, de mais de metro, sobre a mesa, com todos os tipos de sashimi possíveis e imagináveis. Acontece que, da cozinha japonesa, o único prato que não aprecio é justamente o sashimi.
Não? Depende de quem nos oferece e das circunstâncias? Tá bem. Não está mais aqui quem falou!... Mauricio de Sousa é cartunista, empresário e escritor, criador da “Turma da Mônica” e membro da Academia Paulista de Letras
* As opiniões expressas nesta seção não representam necessariamente a opinião da revista.
samu Tezuka, o mestre dos quadrinhos e dos desenhos animados japoneses, não está entre nós desde 1989. Mas nos seus últimos anos de vida, surgiu entre nós uma amizade, uma camaradagem que poucas vezes tive com outra pessoa.
foto: divulgação
por Mauricio de Sousa