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FOTOS: DIVULGAÇÃO

Expediente Ano IV - Julho / Agosto de 2013

Conceitual - Publicações Segmentadas www.plasticonordeste.com.br R. Vicente da Fontoura, 2629 - Sala 03 CEP: 90640-003 - Bairro Petrópolis Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3062.7569 plasticonordeste@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844

“Estabilidade total só existe na morte e nós não queremos morrer, queremos sobreviver”

(Miguel Arraes)

Redação: Brigida Sofia Consultor de Redação: Júlio Sortica Departamento Comercial: Débora Moreira Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777) Capa: divulgação

04 – Da Redação

Por Melina Gonçalves

06 - Plast Vip

Gino Paulucci, presidente da CSMAIP

12 - Especial

Reciclagem muda com Acordo Setorial

20 - Feiplastic 2013

Expositores garantem bons resultados

22 - Embala Nordeste

Nem apagão prejudica vendas na feira

27 -Tecnologia

Solução para as estufas verdes

28 - Foco no Verde

Ações voltadas à sustentabilidade

30 - Bloco de Notas

Plástico Nordeste é uma publicação da editora Conceitual - Publicações Segmentadas, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Nordeste e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Nordeste. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 3.000 exemplares. Filiada à

As últimas do plástico no Brasil

32 - Giro NE

As notícias da Região Nordeste

34 - Anunciantes + Agenda

Eventos e parceiros da edição

ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas 03 < Plástico Nordeste < Plástico < Nordeste < 3


ARQUIVO

Editorial

As feiras e o bom momento do setor

“Nem um apagão durante o evento tirou o ânimo dos compradores, que garantiram a alegria dos expositores com vendas até no escuro.”

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á queixas de parte à parte com os rumos da economia no Brasil, mas o curioso é que a inflação está sob controle depois que o Governo Federal adotou algumas medidas. Assim, de certa forma surpreendem os bons resultados de três importantes feiras envolvendo o setor plástico no Brasil: a Feiplastic, evento nacional em São Paulo, a Embala Nordeste, em Pernambuco e a Plastech Brasil no Rio Grande do Sul. Vamos nos deter apenas nas duas primeiras e tentar dimensionar o momento deste segmento. Na Feiplastic, realizada em fins de maio, em São Paulo, os resultados foram tão positivos para os expositores que as queixas foram mínimas. Afinal, a maioria das indústrias de máquinas contabilizou recordes de vendas, com pedidos que garantiam a produção até o final do ano. E alguns até comprometeram o estoque de alguns meses de 2014. A estabilidade econômica, o aumento do poder aquisitivo e as obras do Minha Casa, Minha Vida e Copa do Mundo aceleraram a procura por novos equipamentos. Não foi diferente na Embala Nordeste, em agosto, no Centro de Convenções de Olinda. Embora a feira seja multidisciplinar, o setor plástico se destaca. E nem um apagão durante o evento tirou o ânimo dos compradores, que garantiram a alegria dos expositores com vendas até no escuro. Foram 14.232 visitantes nos quatro dias de feira, atentos às 507 marcas expostas em 215 estandes. Expositores satisfeitos com a procura, confirmando que o Nordeste consolida-se como um polo muito atraente, com novos investimentos, como a unidade da Cristal Master a ser instalada em Pernambuco em 2014. A edição também reserva um generoso espaço para o setor de reciclagem, com as novidades na legislação, como enfatizou o consultor Gilmar Amaral, do Sindiplast/Abilast, que fez palestra sobre o Acordo Setorial. O balanço de 2012 confirma o crescimento do segmento no Brasil, mas também registramos outros comentários de consultores, lideranças setoriais, indústrias, todos com sentimento positivo quanto aos negócios futuros. Para completar, as seções fixas também apresentam notas interessantes. No Foco no Verde, um empresário do Distrito Federal conta como aproveita embalagens de tetrapak para fabricar telhas e placas para a construção. E tem mais no Bloco de Notas, que destaca a nova Gerente de Marketing da DOW; e no Giro NE, as últimas notícias do setor plástico relacionadas ao Nordeste/ Norte. Enfim, uma edição enxuta, mas muito bem elaborada. Boa leitura!

Melina Gonçalves / Editora melina.goncalves@conceitualpress.com.br 4 > Plástico Nordeste >


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PLAST VIP NE Gino Paulucci Júnior

Desafio no CSMAIP é fortalecer a cadeia do plástico

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empresário Gino Paulucci Junior assumiu recentemente a presidência da Câmara Setorial de Máquinas e Acessórios para a Indústria do Plástico (CSMAIP), da Abimaq - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos. A CSMAIP congrega os fabricantes brasileiros de máquinas e acessórios para a indústria do plás6 > >Plástico 06 PlásticoNordeste Nordeste> >

tico em extrusão, injeção, sopro, corte e solda, impressão, termoformagem, reciclagem e periféricos. Nesta entrevista, o dirigente fala sobre a produção nacional e o mercado e garante: a tecnologia empregada no projeto e na fabricação das máquinas e acessórios no Brasil é igual a dos países desenvolvidos. >>>>


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ADRIANA NAYA

PLAST VIP NE Gino Paulucci Júnior Paulucci: buscar uma só linguagem, pois as demandas são semelhantes

MAQ e da CSMAIP, o relacionamento que tenho, particularmente, desenvolvido com outras entidades da nossa cadeia produtiva, assim como ABIEF, ABIPLAST, ABIQUIM e PLASTIVIDA. Devemos falar uma só linguagem, porque temos quase sempre as mesmas demandas. Fabricamos máquinas e acessórios para a Indústria do Plástico, logo, estando em permanente contato com todos, desde a Resina até o Transformador teremos mais oportunidades de desenvolvermos os projetos realmente demandados pelos nossos clientes. Revista Plástico Nordeste - Comente sobre a sua gestão na presidência e quais os seus projetos. Quais as demandas atuais da CSMAIP? Gino Paulucci Júnior - Nossa missão é

08 PlásticoNordeste Nordeste> > Mai/Jun de 2013 8 > >Plástico

interligar toda a Cadeia Produtiva Do Plástico, tornando-a mais forte. Para isso é necessário total apoio da ABIMAQ e esse apoio já nos foi garantido, assim, o próximo passo é trazer para dentro da ABI-

Plástico Nordeste - Em termos de tecnologia, como se pode classificar a indústria brasileira de máquinas para plástico? Ótima, boa ou regular? Podemos competir com as importadas? >>>>


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ADRIANA NAYA

PLAST VIP NE Gino Paulucci Júnior Dirigente esteve na Embala e elogia a qualidade das máquinas brasileiras

40% do valor das vendas), podem e devem ser reutilizadas diversas vezes e depois ainda servem para acomodar o lixo do banheiro, cozinha e da própria residência. Também, quando houve a restrição em São Paulo,mesmo que por um pequeno período, assistimos a uma reação muito forte dos consumidores que se sentiram desrespeitados, tendo sido tal medida considerada impopular ao extremo. Nos dias de hoje, acho muito difícil que alguém, em sã consciência, tome uma atitude destas novamente. Paulucci - A tecnologia empregada no projeto e na fabricação das máquinas e acessórios, no Brasil, é igual a dos outros países desenvolvidos. Já vai longe o tempo em que máquina importada era certeza de melhor máquina. Existem grandes nomes de empresas brasileiras e transnacionais produzindo máquinas e acessórios de excelente custo/benefício no Brasil. Também, estamos mais próximos dos nossos clientes, temos o mesmo fuso horário e falamos a mesma língua, o que facilita, sem duvida, a venda e o pós venda. Plástico Nordeste - O que caracteriza e quais os desafios na produção de máquinas e acessórios para plásticos em relação às demais indústrias? Paulucci - Apesar de serem grandes os desafios para produção de qualquer tipo de máquina no Brasil (custo Brasil, impostos, logística...), vejo uma grande vantagem das máquinas e acessórios para o plástico, pois este ganha a cada dia novas utilizações, substituindo ou complementando outros materiais, e o avanço em pesquisas é muito grande em toda a sua cadeia produtiva. Temos sempre produtos melhores, mais resistentes, mais baratos e mais rápidos para serem produzidos. Vislumbro um futuro positivo para o plástico. Plástico Nordeste - Como a CSMAIP avalia as oscilações do câmbio no Brasil? Neste caso, o que seria mais adequado para a indústria brasileira de 10 > Plástico Nordeste >

máquinas para plástico? Paulucci - Nossa Câmara é exportadora e, como tal, toda vez que o Real se aprecia muito, nós perdemos nossa competitividade. Plástico Nordeste - Diante do atual cenário econômico brasileiro, há esperanças de um programa efetivo de incentivos especiais para a indústria de máquinas, - além dos já aprovados como energia elétrica e desoneração da folha de pagamentos?Estas medidas já geraram efeitos reais? Paulucci - Medidas como desoneração de folha de pagamentos e redução de energia elétrica são sempre bem vindas e estão gerando efeitos positivos nas nossas plantas. Plástico Nordeste - As restrições que a legislação de alguns estados, entre eles São Paulo, Minas Gerais e Paraná, colocam à distribuição gratuita de sacolas plásticas prejudicam setor de máquinas? Paulucci - Não existe legislação em nenhum estado do Brasil que restrinja ou proíba sacolas plásticas. Alguns estados e municípios da Europa tomaram medidas restritivas ou até proibiram as sacolas plásticas uma década atrás. Hoje, o que se observa é que, os que haviam tomado essas medidas, voltaram atrás, pelo simples fato de ser a sacola plástica mais barata, mais prática, mais higiênica, possibilita a compra por impulso (estimada em até

Plástico Nordeste - Como a CSMAIP avalia o mercado do Nordeste, que tem demonstrado um grande potencial de consumo e estímulo para o setor de máquinas - empresas como Pavan Zanetti e Clodax instalaram unidades em Pernambuco e Alagoas? Paulucci - Nos últimos anos, houve uma inclusão social muito grande no país e não foi diferente no Nordeste, prova disto é presença dos grandes fabricantes expondo nas feiras da região. Plástico Nordeste - Qual o perfil da Câmara Setorial hoje? Paulucci - A Câmara Setorial de Máquinas e Acessórios para a Indústria do Plástico (CSMAIP) é uma Câmara da Abimaq - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos. Ao longo de todos esses anos de existência vem representando os fabricantes brasileiros junto ao mercado, ao governo e à comunidade internacional, e promovendo o desenvolvimento da utilização de materiais plásticos para o bem-estar da sociedade. Junto com seus parceiros Abiplast, Abiquim e Siresp, que representam os transformadores e fabricantes de resinas, é responsável pela organização da Feiplastic, feira internacional bienal, em São Paulo, e pela fundação do INP - Instituto Nacional do Plástico, que ocorreu em março de 1989. É dirigida por um Presidente eleito a cada dois anos, junto com seus vice-presidentes, e conta com apoio técnico da assessoria da Abimaq. PNE


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Indústria brasileira de máquinas para plásticos Composta por mais de setenta empresas, a indústria de máquinas e acessórios para a indústria do plástico deu seus primeiros passos nos anos 1950, quando se iniciava o processo de industrialização do Brasil. Nestes anos, as pequenas empresas familiares cresceram e a elas se juntaram nomes tradicionais do mercado mundial. Com isso, o setor ganhou um perfil à altura dos maiores centros industriais do mundo. Neste percurso, os fabricantes de máquinas, além de fornecerem mais de 90% das máquinas em operação no país, também assumiram a tarefa de treinar a maior parte dos operadores e técnicos do mercado, trabalho hoje dividido com as escolas técnicas que foram sendo criadas neste período. Com a abertura do mercado nos anos 1990, as máquinas brasileiras para indústria do plástico sofreram maior concorrência e puderam também servir-se do mercado mundial de componentes para desenvolver seus produtos. Assim, o Brasil produz atualmente máquinas tecnologicamente avançadas, de reconhecida qualidade, a preços competitivos. A crise da energia elétrica proporcionou aos fabricantes de máquinas do setor reverem seus equipamentos, dotando-os de componentes redutores de energia pela utilização de geradores. Hoje, os fabricantes desenvolvem produtos próprios, compram tecnologia no exterior. (Fonte: CSMAIP).

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Reciclagem

Acordo Setorial traz avanços O consultor do Sindiplast e Abiplast, Gilmar Amaral, apresenta um resumo da importante palestra sobre o Acordo Setorial realizada durante a Embala Nordeste 2013.

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umenta a importância do setor de reciclagem no Brasil e, como consequência, a necessidade de normatizar a legislação é um fato irreversível, além de necessário. Foi com ênfase nessa evolução que o consultor do Sindiplast e Abiplast, Gilmar Amaral, fez uma palestra sobre o Acordo Setorial durante a Embala Nordeste 2013, em agosto. Confira um resumo da apresentação do especialista e sua importância para processo: “Este não é mais o momento de discutir se a Lei 12305/10 é boa ou não, mas sim o momento de encontrar uma melhor forma de atendê-la e pensando assim a Abiplast junto com demais 21 Entidades 12 > Plástico Nordeste >

representando os Fabricantes e Usuários de Embalagens, Distribuidores, Comerciantes e Importadores se reuniram para elaborar uma proposta de Acordo Setorial para Implementação de Sistema de Logística Reversa para Embalagens Pós Consumo de Produtos Não Perigosos em resposta ao Edital de Chamamento 02/2012. A implementação efetiva das medidas da proposta de Acordo Setorial ocorrerá em duas fases sendo a primeira nas Cidades Sede da Copa do Mundo de 2014; para a FASE 1 estão previstas: • Utilizar a estrutura de Logística Reversa e a Coleta Seletiva já existente e operacionalizada por cooperativas de catadores

e comerciantes de sucatas; • Fomentar, profissionalizar e equipar as cooperativas; triplicar o número existente de cooperativas; • Fortalecer a parceria indústria/comércio para triplicar e consolidar os PEVs (Pontos de Entrega Voluntária); • Investir em campanhas de conscientização com o objetivo de sensibilizar a população para a correta separação e destinação do material reciclável, incluindo, sem limitação, mídia televisiva, rádio, cinema e outras mídias. • Comprar direta ou indiretamente, por meio do Comércio Atacadista de Materiais Recicláveis e/ou das recicladoras, as Embalagens recicláveis triadas pelas Cooperativas. Os resultados obtidos na implementação da Fase 1 serão analisados e caso necessário, serão traçadas novas estratégias


para a implementação das ações em nível nacional. Na proposta de Acordo Setorial estão previstas obrigações aos diversos atores envolvidos na implementação do Sistema de Logística Reversa como segue abaixo:

gem, em seco e úmido; • A devolução das Embalagens após o uso para os sistemas de coleta seletiva municipal, PEVs ou Cooperativas.

Obrigações do MMA

Cabe aos fabricantes de embalagens dar a destinação ambientalmente adequada às Embalagens, mediante a implementação e o acompanhamento das seguintes ações: • Comprar direta/indireta as embalagens recicláveis triadas pelas Cooperativas; • Identificar as Cooperativas de forma a facilitar a Logística Reversa; • Divulgar informações sobre a devolução adequada das embalagens para facilitar a reciclagem.

A participação do MMA nas ações propostas no Acordo Setorial consistirá, dentre outras, em: • Fechamento dos lixões; • Fiscalização aos não participantes da Coalizão; • Combater a falsificação de embalagens; • Educação Ambiental; • Concessão de incentivos fiscais.

Obrigações do Consumidor

Para que seja viabilizado o Sistema de Logística Reversa previsto, a participação do consumidor será imprescindível para: • A separação dos resíduos, na ori-

Obrigações dos Fabricantes

Obrigações dos Distribuidores e Comerciantes

Cabe aos distribuidores e comerciantes dar a destinação ambientalmente adequada

às Embalagens, mediante a implementação e o acompanhamento das seguintes ações: • Disponibilizar PEV’s atuando em conjunto com Cooperativas; Divulgar instruções de como separar as embalagens bem como de informações sobre a devolução adequada das embalagens para facilitar a reciclagem.

Responsabilidades Legais dos Estados e Municípios

Para a consecução do seu objetivo, a PNRS reconhece a responsabilidade e a gestão compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos como principio básico da gestão de resíduos sólidos, e incumbe também ao Poder Publico a efetividade das ações previstas na PNRS, inclusive ao titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos a organização e a prestação direta ou indireta desses serviços, nos moldes do quanto disposto no artigo 26, da Lei nº12.305/2010. Como meta de redução das embalagens dispostas nos aterros, os agentes da >>>>

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Reciclagem

cadeia de responsabilidade compartilhada devem propiciar uma redução de no mínimo 22% até o final de 2015 de embalagens dispostas em aterro. Para que as empresas produtoras de embalagens plásticas estejam cobertas pelo Acordo Setorial elas devem ser associadas aos Sindicatos associados à ABIPLAST e deverão assinar o “Termo de Adesão” ao Acordo Setorial. A ABIPLAST acredita que o Acordo Setorial seja um diferencial para a empresa, ou seja, torna-se um fator de competitividade. A adesão ao Acordo é opcional. A proposta de Acordo Setorial foi entregue ao MMA em 19/12/2012. Em 06/2013, o MMA solicitou a revisão de alguns itens da proposta à Coalizão. A revisão foi entregue ao MMA em 08/2013. A Coalizão está aguardando a análise do MMA.”

Cresce a reciclagem de plásticos pós-consumo

Os últimos dados disponíveis sobre reciclagem pós-consumo são de uma pesquisa da Maxiquim, consultoria especializada no segmento industrial, com base em dados de 2011. O estudo aponta que, no período, foram reciclados no Brasil 21,7% dos plásticos pós-consumo. Ou seja, 736 mil toneladas de plástico que se destinariam ao lixo foram transformadas em novos produtos. Em 2010 a marca foi de 19,4%. A pesquisa é anualmente encomendada pela Plastivida Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos e desenvolvida de acordo com metodologia 14 > Plástico Nordeste >

do IBGE - em novembro será divulgado o levantamento com base no ano de 2012 A pesquisa aponta que no ano, o Brasil registrou 815 recicladoras de plásticos, 52,4% delas no Sudeste, 34,2% no Sul, 8,8% no Nordeste, 3,9% no Centro-oeste e 0,6% no Norte do país. Essas empresas faturaram juntas, em 2011, R$ 2,4 bilhões, frente aos R$ 1,95 bilhão faturado em 2010, ou seja, um crescimento de 23%. Essas empresas geraram 22,7 mil empregos diretos. Mostra também que a região Sudeste foi a que mais reciclou material plástico em 2011 (55,5%), seguida das regiões Sul (27,7%), Nordeste (9,9%), Centro-Oeste (5,4%) e Norte (1,5%). Entre os segmentos que mais consumiram plásticos reciclados destacam-se os de Utilidades Domésticas, Agropecuária, Industrial, Têxtil, Construção Civil, Descartáveis, Infraestrutura, Limpeza Doméstica, Eletroeletrônicos, Indústria Automobilística, Móveis e Calçados. O nível operacional médio da indústria brasileira de reciclagem de plásticos em 2011 foi de 63% da capacidade instalada, que é de 1,7 milhão de toneladas. A pesquisa mostra que esse fator é um reflexo da falta de sistemas de coleta seletiva no Brasil, já que dos 5.565 municípios brasileiros, apenas 443, ou seja, 8% contam com algum tipo de coleta seletiva e que não necessariamente atendem à demanda necessária para o incremento da reciclagem de materiais como um todo. O estudo aponta que há espaço para expansão, pois há outros fatores que ainda

Em 2011: 736 mil toneladas de plástico descartado viraram novos produto

limitam um aumento expressivo na atividade: aumento do preço do material reciclado e consequente queda na competitividade em relação à resina virgem, altos custos de utilidades, como energia elétrica, impedem o crescimento das recicladoras, a baixa qualidade do material que é coletado, a informalidade das empresas, entre outros. Mesmo assim, o Brasil tem posição de destaque no ranking mundial em termos de índice de reciclagem mecânica de plásticos pós-consumo. Suécia (35%), Alemanha e Noruega (33%), Bélgica (29,2%), Dinamarca (24%), Itália (23,5%), Suíça e Reino Unido (23%), Eslovênia (22%) e Brasil (21,7%). A média da União Europeia é 24,7%. Miguel Bahiense, presidente da Plastivida, acredita que a educação - a disseminação dos conceitos de consumo responsável, reutilização dos produtos e destinação adequada dos resíduos, entre eles os plásticos - é o canal mais eficaz para que toda a sociedade – população, indústria, poder público – compreenda seu papel em prol da sustentabilidade. “É por meio da educação e do empenho de todos – poder público indústria (produtos e serviços) e população - que vamos conseguir aproveitar melhor os recursos, gerar economia e garantir a preservação ambiental”, afirma o executivo.

PVC registra aumento

No caso do PVC, resina de forte impacto no Nordeste, a pesquisa encomendada pelo Instituto do PVC mostra que o índice de reciclagem de PVC pós-consumo no Brasil passou de 15,1% em 2010 para 19% em 2011, maior taxa registrada desde 2005, quando a pesquisa começou a ser realizada. O volume reciclado foi de 29.857 toneladas frente às 25.302 toneladas recicladas no ano anterior, ou seja, um aumento de 18%. A pesquisa sobre o índice de reciclagem do PVC foi encomendada pelo Instituto do PVC à Maxiquim, consultoria especializada no segmento industrial e obedeceu a metodologia do IBGE. Além disso, envolveu empresas de todo o Brasil O estudo mostrou que a indústria brasileira de reciclagem de PVC empregou, em


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2011, 1.456 pessoas e faturou por volta de R$ 138 milhões. Sua capacidade instalada que era de 73.282 toneladas em 2010 teve aumento de 9,7% atingindo 80.391 toneladas. Aliado a isso, a ociosidade que era de 59,1% no ano anterior, diminuiu para 46,7% em 2011, o que mostra que o setor está se desenvolvendo e ainda tem grande potencial de crescimento. Conforme Miguel Bahiense, presidente do Instituto do PVC, um maior crescimento da atividade de reciclagem está diretamente atrelado à intensificação de sistemas de coleta seletiva de resíduos pós-consumo. “O Brasil tem mais de 5.500 municípios dos quais apenas 8% apresentam algum tipo de sistema de coleta seletiva”, afirma Bahiense. “É preciso mudar esse cenário para que a indústria de reciclagem tenha oportunidade não só de crescer, mas de ser um mercado formal”, ressalta o executivo. E completa: “O Instituto trabalha para promover conceitos de uso adequado, reutilização e descarte correto do PVC, como objetivo de contribuir para a criação da cultura da reciclagem na sociedade como um todo.” A pesquisa mostra que a relação entre o descarte e a reciclagem tem mudado. Em 2010, o país descartou 167 mil toneladas e reciclou 15,1%. Já em 2011, foram descartadas 157 mil toneladas e recicladas 19%, ou seja, mesmo com a diminuição no total de resíduo pós consumo gerado, a taxa de reciclagem aumentou, o que é extremante positivo. Um fato curioso é que, apesar de

Bahiense, do Plastivida e IPVC: reciclagem cresce com a coleta seletiva

estar entre os três plásticos mais produzidos no mundo, o PVC é o plástico que menos aparece no lixo urbano. Isso ocorre porque 64% dos produtos de PVC são usados em aplicações de longa duração, com vida útil superior a 15 anos, como tubos e conexões, pisos, esquadrias, janelas, entre outras, muitos dos produtos ultrapassando os 50 anos de uso. Apenas 12% do PVC são destinados às aplicações de curta vida útil, ou seja, de 0 a 2 anos. O restante, 24% são aplicados em produtos de vida útil entre 2 e 15 anos. Tanto a taxa de reciclagem de PVC flexível quanto a de PVC rígido aumentaram, de 18,7% em 2010 para 20,50% e de 11,4% para 17,40%, respectivamente. A reciclagem de PVC flexível é maior, pois o PVC rígido está mais associado a aplicações da construção civil, ou seja, de longa vida útil. Algumas características regionais da indústria de reciclagem do PVC também foram apuradas. Do total de resíduo de PVC reciclado em 2011, a região Centro-Oeste, que em 2010 não registrou atividade, respondeu por 4,3% da reciclagem. O Sudeste respondeu por 57,7%, seguido pela região Nordeste com 27,6%, Sul com 6,9% e Norte 3,6%. O PVC é um plástico diferenciado. A principal matéria-prima é o cloro obtido do sal marinho (57%), recurso inesgotável na natureza. Os 43% restantes são obtidos a partir do eteno, derivado do petróleo.

PET também é destaque

Um balanço prévio do setor impressiona: o total de garrafas PET produzidas no Brasil em 2011 alcançou o peso de 515 mil toneladas. Desse número, 294 mil toneladas, em torno de 57,1% do total, foram recicladas. O número representa crescimento de 4,25% sobre o total de garrafas reaproveitadas em 2010. O setor de reciclagem do PET movimenta no Brasil R$ 1,3 bilhão, valor próximo de um terço da indústria nacional do PET. O preço da matéria-prima revalorizada, conforme a aplicação, custa 20% menos que o >>>> equivalente de material virgem. < Plástico Nordeste < 15


Marçon, da Abipet: há espaço para o setor crescer e falta matéria-prima

Estes dados importantes são da oitava edição do Censo da Reciclagem do PET no Brasil, estudo realizado por encomenda da Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet). Eles foram apresentados durante a realização da 1ª Conferência Internacional da Indústria do PET, realizada em junho em São Paulo. “A quantidade de reciclados é bastante significativa, uma vez que a produção de resina virgem para esse mercado cresceu 2%”, avalia Auri Marçon, presidente da Abipet. Ele lembra que a média de reciclagem norte-americana é de apenas 22% e a europeia é inferior a 40%. Há muito espaço para crescimento, pois o dirigente reconhece que alguns países avançados recolhem porcentagens superiores, como por exemplo, a Alemanha, onde o índice se aproxima dos 90%, e o Japão, com 78%. “Em muitos desses países, no entanto, o material coletado não é reciclado”, acusa. Segundo Marçon, são comuns os envios de contêineres de garrafas utilizadas recolhidas por países ricos para países africanos. O propósito do envio é o de ajudar as regiões mais pobres a desenvolver a economia. Não se tem certeza, no entanto, se esse material é reaproveitado. Aqui é diferente, garante. “No Brasil utilizamos toda a matéria-prima reciclada”, garante. Ele lembra que a indústria brasileira conta com 294 mil toneladas de capacidade de reciclagem e atua com ociosidade de 26,4%. “A toda hora recebo consultas de empresários interessados em investir em reciclagem. Não temos mais plantas especializadas na operação por falta de matéria-prima”, explica.

Entraves ao crescimento

Se o cenário favorece a expansão da atividade, há, no entanto, alguns “gargalos” que precisam ser solucionados. Este é um dos focos da Abipet. Para melhor compreender onde se encontram as barreiras, a entidade avalia o negócio em quatro etapas. Na primeira, ela estuda o hábito do consumidor de descartar as garrafas com propriedade, em separado de outros tipos de resíduos. Caso o descarte seja feito junto com o lixo orgânico, por exemplo, a dificuldade de recu16 > Plástico Nordeste >

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Reciclagem

peração é bem maior. Para o dirigente, esse não chega a ser um grande problema, há o interesse manifesto por parte da maioria das pessoas em colaborar com o meio ambiente. Na segunda etapa, chamada de logística reversa, ocorre o envio das garrafas usadas para a indústria da reciclagem. “Aí está o grande problema. Muito material é perdido por não existir política pública de coleta seletiva”, analisa. No país, menos de 10% das cidades contam com a operação. Um exemplo ocorre na capital paulista. “A falta de coleta seletiva leva São Paulo a ter o maior desperdício da América Latina, talvez do mundo.” Essa falha tem sido reduzida com a colaboração da iniciativa privada, que conseguiu montar uma rede alternativa de coleta. O esforço, no entanto, não se mostra suficiente. O terceiro passo envolve a atuação dos centros de triagem e do parque industrial de reciclagem. “Isso não é problema, estamos bem estruturados”, resume. O quarto é o da demanda do material reciclado. Também nessa etapa, a indústria nacional se mostra preparada. “Há quinze anos, a indústria via o uso do PET recuperado com alguma resistência. Hoje grandes indústrias multinacionais nos procuram para aproveitar esse material”, informa. Marçon aponta, por exemplo, os casos de todas as indústrias automobilísticas, da Unilever, Coca-Cola, Bombril e Natura, entre outras marcas muito conhecidas dos brasileiros que aproveitam a resina recuperada. Em torno de 39,3% do PET reciclado

é aproveitado pela indústria têxtil. Desse total, 43% vai para o segmento de não tecidos, 30% para os de tecidos e malhas e 27% para monofilamentos, usados em linhas de produção de cerdas e cordas. O setor em segundo lugar entre os maiores usuários dos reciclados, com 18,7%, é o de resinas insaturadas e alquídicas. Essas resinas são usadas na fabricação de compostos enriquecidos com fibras de vidro, como os presentes em bancos de ônibus, por exemplo, e pelas indústrias de tintas e vernizes. Em terceiro lugar, aparece a indústria de transformação de garrafas usadas em garrafas novas, com 18% de aproveitamento do material reciclado. “Nessa operação não se costuma usar 100% de PET reciclado”, ressalta. Em seguida, surgem os segmentos de chapas e laminados (7,9%), fitas para arquear (6,7%), tubos (1,9%) e outros (7,5%). “Temos aplicações voltadas para a produção de peças nobres, como os puxadores de fogão”, lembra Marçon.

O Nordeste, segundo a MaxiQuim

Em 2012, a MaxiQuim estima um total de 50 empresas recicladoras na Região Nordeste do país, revela Maurício Jaroski, Ch.E. da consultoria. A região também possui 76 municípios com coleta seletiva, o que demonstra uma evolução em relação a 2010, por exemplo, quando a região contava apenas com 45 municípios com a coleta.


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Alguns números interessantes: a região representa aproximadamente 10% da capacidade instalada de reciclagem do Brasil, contribuindo com 8% do total de plástico reciclado produzido. “Estimamos que esta indústria emprega, de forma direta, em torno de 2 mil pessoas no Nordeste”, informa. As principais resinas recicladas são o PET e as poliolefinas (PE e PP). A região gera quase seis (6) vezes mais resíduo plástico pós-consumo do que consegue reciclar e, sem dúvida, isso não se deve a falta de capacidade instalada, já que o setor sofre com 40% de capacidade ociosa. Os problemas se devem a toda uma infraestrutura logística em torno de toda a cadeia da reciclagem, desde a coleta até o utilizador da matéria-prima reciclada. Esperamos que este problema seja minimizado nos próximos anos à medida que se consolide a nova política de resíduos sólidos”, finaliza Jaroski.

Avaliação das entidades

As indústrias de transformação têm um papel importante no processo e por isso a avaliação dos sindicatos é extremamente valiosa. Por exemplo, Wander Lobo, presidente do Sindicato das Indústrias de Plástico e Tintas do Estado de Alagoas (Sinplast/AL), comenta sobre ações para alavancar o setor. “O setor da reciclagem em Alagoas apresenta oportunidades crescentes para empreendedores do setor. O segmento deverá contar em breve com uma política específica para

Wander Lobo revela que Alagoas terá uma política específica para o setor

incentivo e desoneração fiscal do material reciclado, o que deverá tornar o setor mais atrativo para a atuação das empresas existentes e a abertura de novas empresas no estado”, anuncia. De acordo com o último levantamento realizado sobre o setor, Wander Lobo revela que a indústria transaciona, só na cidade de Maceió, cerca de 400 toneladas de plástico reciclado por mês e este volume tende a crescer com a abertura de novas empresas na cadeia e o aumento do consumo do plástico no estado. “Em Alagoas, o crescimento da cadeia produtiva do plástico, quase triplicou o PIB do estado nos últimos dez anos, 65 empresas se instalaram nos polos industriais, levando a maior promotora de PVC do país a duplicar sua produção. O estado é considerado a maior potência produtiva de plástico da América Latina, o sucesso do PVC alagoano é fruto de uma construção coletiva que ao longo dos anos só tem a crescer, e a cadeia de reciclados tende naturalmente a acompanhar este crescimento com a criação de um ambiente mais favorável para o trabalho das empresas do setor”, ressalta. Como pontos positivos, o dirigente destaca principalmente a governança que o setor tem em Alagoas, que conta com a atuação de entidades como a Federação das Indústrias, o Governo do Estado, através das Secretarias de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (Seplande) e de Trabalho, Emprego e Qualificação (Seteq), a Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Alagoas (Sebrae/AL), o Sindicato das Indústrias de Plástico e Tintas do Estado de Alagoas (Sinplast), a Associação das Empresas do Distrito Industrial Gov. Luiz Cavalcanti (Adedi), a Associação das Empresas do Distrito Industrial de Marechal Deodoro (Assedi-MD) e a Braskem, que tem possibilitado a realização de conquistas como a desoneração fiscal do material reciclado, como foi citado, e ações como consultorias, participações em eventos e >>>> < Plástico Nordeste < 17


cursos para as empresas da cadeia. Como ponto negativo, destaca-se ainda a alta informalidade no setor, que não é um problema observado apenas em Alagoas, mas em todas as demais regiões do país, e que tem sido combatida no estado através da criação de um ambiente mais favorável para a regularização das empresas através das ações já citadas anteriormente. Um grande apoio tem sido dado pelo Sebrae/AL. Com o objetivo de melhorar a seleção do lixo plástico recolhido, gerar empregos e renda a catadores e empresários, o órgão vem aplicando, desde o início do ano, consultoria de gestão comercial em depósitos e micro e pequenas empresas (MPE) de reciclagem do estado. Através de orientações da instituição, esses empreendimentos estão se aproximando das grandes indústrias e já conseguem identificar os principais gargalos, trabalhando de forma direcionada. Na Bahia, segundo o presidente do Sindiplasba, economista Luiz Oliveira, “existem pequenas unidades de reciclagens em todo o estado da Bahia, todas operando com menos de 100 toneladas por. Algumas industrias de médio porte tem unidades próprias completas desde a lavagem, moagem, secagem , extrusão e granulação, como a Plásticos Novel que opera mais de 250 toneladas por mês para uso próprio”, informa. Quanto aos pontos positivos, Oliveira destaca as unidades industriais com equipamentos modernos e de alta produtividade, contrastando no aspecto negativo, com outras empresas nas quais a maioria dos equipamentos são obsoletos.

Indústria de máquinas evolui

A evolução no setor de reciclagem pressupõe uma integração entre os setores, desde o descarte, passando pela legislação, para chegar ao melhor aproveitamento possível por meio de máquinas e equipamentos que vão tornar a reciclagem eficiente. A Mecanofar, empresa gaúcha como sede em Farroupilha, com forte atuação em todo o território nacional e América Latina, direciona seu foco para a fabricação de periféricos para a indústria do plástico. Graziela Dalsochio, da Direção Geral, informa que o catálogo oferece 18 > Plástico Nordeste >

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Reciclagem

Moinhos Granuladores, de alta e baixa rotações, para centrais de moagem ou automatização de processos. Com motores de 3 a 150CV. Silos, estufas, esteiras, cabines anti-ruído, e peças de reposição, equipamentos essenciais ao processo. A empresa avalia positivamente o mercado de reciclagem. “O setor cresce a cada ano porque sempre surge uma nova possibilidade de reaproveitamento”, diz Graziela. No caso específico do Nordeste, a executiva explica como é a atuação. “A empresa atende o mercado do nordeste diretamente através de representantes próprios há mais de 10 anos, sempre tendo um excelente resultado de vendas e de parcerias com seus clientes”, informa. Em termos de novidades, Graziela ressalta que a Mecanofar está em constante desenvolvimento tecnológico de suas máquinas, adequando projetos e revendo custos repassados aos clientes. “Está trabalhando nos últimos anos em soluções para seus clientes com questões relacionadas a NR 12 e adequação do maquinário ao lay-out”. E acrescenta: “A Mecanofar considera inovações tecnológicas, todas as customizações para adequação de produtos/processos incomuns, quando solicitados pelos clientes ou identificados por nossos técnicos, em testes de laboratório, simulações. Dessa forma, são agregadas melhorias constantes em nossa linha de produtos, traduzidas como inovações tecnológicas, já que o mercado não oferece soluções personalizadas.”

Graziela, da Mecanofar: o setor cresce porque surgem novos aproveitamentos

Como ponto positivo no setor ela destaca o maior uso de financiamentos liberados pelo governo para aquisição de máquinas e equipamentos e, como ponto negativo para a indústria em geral, a alta carga tributária. Outra empresa gaúcha com forte atuação nacional e muitos clientes na Região Nordeste é a Máquinas Premiata, também instalada em Farroupilha, fabricante de máquinas, periféricos e acessórios para o setor de Reciclagem e Transformação de plásticos. Em sua linha de fabricação destacam-se misturadores, secadores, silos, ciclones, equipamentos e linhas completas para reciclagem de plásicos, acessórios para transporte e verticalização. Segundo o diretor Rafael Rosanelli, o setor de reciclagem está em constante expansão no Brasil. “Por isso buscamos sempre inovar e melhorar nossos produtos”. Como em todos os setores da indústria do plástico, há os pontos positivos e negativos a considerar. Rosanelli comenta que o país conta com diversas empresas de reciclagem de plástico e isso faz com que sejamos destaque mundial no reaproveitamento deste material. “Precisamos que cada vez mais surjam investidores para que atinjamos percentuais quase que totalitários de reciclagem, pois assim estaremos, não só gerando renda, mas também preservando o meio ambiente”, avalia. “O Brasil é um pais de grande potencial em reciclagem, porém o que se recicla é muito pouco perto do que se descarta de recicláveis todos os dias no pais, com as mudanças na área de aterro sanitário esperamos que no futuro próximo consigamos alcançar um alto índice de aproveitamento dos recicláveis”. Com esta avaliação, Geraldo Araujo, Diretor da WG Máquinas e Equipamentos de Reciclagem Ltda EPP, com sede em Santa Rosa de Viterbo, interior de São Paulo, define bem o atual momento do setor. A empresa atua em todo o Brasil e atende vários estados do Nordeste, divulgando seus produtos em feiras como Recicla Nordeste (Ceará), Em-


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bala Nordeste (Recife) e Feira do Empreendedor (Alagoas). Como forma de ampliar sua atuação, a WG desenvolveu uma ação inédita em termos de equipamentos, segundo Araújo: “Visando o crescimento no setor das cooperativas a WG incorporou em seus equipamentos uma linha de reciclagem para os iniciantes com produção de até 400 kg/hr, com preços especiais para quem deseja começar no ramo de reciclagem o qual demos o nome de Linha Básica WG”, informa. Quanto ao desenvolvimento do setor, Araújo cita como ponto positivo, para o setor, “que em 2014 não haverá mais lixões a céu aberto tendo em vista que nosso projeto de aterro sanitário oferece para as prefeituras a solução para esse problema que afeta o mundo. Exemplo de nosso projeto: Esteira de separação, moinho para trituração, e o que sobra de orgânico temos 2 destinos: 1º - biodigestor para gás e; 2º - adubo orgânico”. E a falta de conscientização ainda é um ponto negativo. “Precisamos fazer com que as pessoas se conscientizem que reciclar hoje, é, além de uma fonte de renda, uma forma de preservação do nosso planeta. Nossa frase é : Pensar no Futuro é agir no presente”, completa. Setor poderá ter benefícios fiscais - Está em tramitação projeto de lei do Senado que beneficiará as indústrias que utilizarem materiais recicláveis em seu processo fabril. O Projeto nº 385/2012

Geraldo Araújo, da WG adota medidas inéditas e ações com as cooperativas

está em análise pela CMA (Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle). Os materiais recicláveis que terão benefício são os resíduos de plástico, papel e papelão, sendo que os dois últimos destinam-se à reutilização pelo setor de celulose. O projeto prevê crédito presumido do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), que poderá ser tomado pelas indústrias ao trabalharem com materiais recicláveis em seu processo de produção. O crédito presumido é um incentivo fiscal oferecido pela União para algumas operações, que reduz o IPI a ser pago pela empresa. Exemplo: crédito presumido de 50%, imposto devido de somente 50%. Além do crédito presumido, este projeto prevê também redução das alíquotas das contribuições para o PIS-Pasep e da Cofins, incidentes sobre a venda dos materiais recicláveis. Outro ponto é que os materiais plásticos recicláveis não irão beneficiar as indústrias de sacolas plásticas descartáveis, por uma questão de preservação do meio ambiente. Depois de analisada pela CMA e aprovada, a proposta será encaminhada para a Cae (Comissão de Assuntos Econômicos), onde será votada em decisão terminativa. PNE < Plástico Nordeste < 19


EVENTO Feiplastic

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Feira alavanca negócios para indústria plástica

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oi um sucesso! Estandes lotados e fisionomias de satisfação, provas irrefutáveis do otimismo dos empresários da indústria brasileira e internacional. Foi esse o clima durante a FEIPLASTIC 2013 – Feira Internacional do Plástico, realizada no final de maio, no pavilhão de exposições do Anhembi, em São Paulo. “Muitos já venderam o suficiente para reservar a produção até o final do ano”, relata Wilson Carnevalli, diretor da Carnevalli e no término do mandato como presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Acessórios para a Indústria do Plástico (CSMAIP) da Abimaq. Durante os cinco dias de feira os 70 mil visitantes percorreram 85 mil m² de inovação, lançamentos e alta tecnologia aliados à sustentabilidade de 673 empresas e 1402 marcas. De acordo com Liliane Bortoluci, diretora da feira, “a FEIPLASTIC superou expectativas, tanto em números de expositores como em público visitante, cada vez mais técnico e com poder de decisão. Só aqui engenheiros, diretores, técnicos, entre outros, podem comparar produtos e vê-los funcionando ao vivo, num 20 > Plástico Nordeste >

mesmo lugar. Negócios se efetivam aqui dentro”. Neste ano, a Reed Exhibitions Alcantara Machado, organizadora do evento, identificou 144 novas empresas participantes em busca de exposição para ganhar mercado e concretizar negócios. Entre elas, destacam-se grandes multinacionais como a holandesa DSM, cujas áreas de atuação envolvem os plásticos de engenharia; a alemã SIKORA, que agora conta com filial no Brasil; e o grupo italiano TCM, que pretende instalar sua primeira fábrica brasileira, voltada à produção de embalagens PET. Outro foco de investimentos internacional foi a rodada de negócios Think Plastic organizada pela Abiplast junto da Apex Brasil, e que proporcionou aos participantes 107 reuniões, com compradores do Peru, Equador, EUA, Guatemala, México e Colômbia e 31 empresas brasileiras, além da expectativa de retornos na ordem dos US$ 6,850 milhões nos próximos 12 meses. Pelo menos uma parceria, de US$ 35 mil, foi concretizada no encontro.

Expositores satisfeitos

Wortex - Paolo de Filippis, diretor -

A feira nacional do plástico resultou em bons negócios segundo os expositores

“Posso dizer que foi um sucesso. Claro que o clima de feira empolga as pessoas e pode ser que muitas vendas que foram acordadas aqui acabem não se realizando. Mas para os próximos seis meses temos uma estimativa, conservadora, de faturar 15 milhões de reais com vendas que nasceram aqui na Feiplastic. O destaque foi a linha de filmes Recycler. Ficamos contentes com a qualidade dos visitantes, e muitos possíveis clientes”. ( Lindner – Luiz Henrique Hartmann, diretor - “Até agora vendemos 3 máquinas na Feiplastic e faturamos 200 mil euros, o que é significativo no faturamento da empresa. A expectativa é que chegue a 500 mil euros até o final do evento. E nos próximos dois meses temos uma estimativa de vender mais máquinas em negócios iniciados na feira. Isso deve gerar mais 500 mil euros.” Rulli Standard – Paulo Sérgio Leal, engenheiro - “Fechamos vários negócios e fizemos inúmeras cotações. Já vendemos pelo menos R$ 5 milhões. Nossa intenção é divulgar a marca, que já é bem estabelecida, e atender clientes novos e antigos”. Polimáquinas - Clóvis Barbosa, gerente comercial - “Para nós a feira foi muito boa. E já era esperado, pois inovamos no estande. Até o penúltimo dia já vendemos oito máquinas, o que significa cerca de R$ 2,5 milhões”. Foram clientes do Brasil e de fora. Vendemos duas máquinas para a Venezuela e uma para o Chile. Após a feira, entre oito e 10 negócios devem se concretizar a partir da Feiplastic. Só não vendemos mais porque o ano está fechado com encomendas. Estamos ampliando a fábrica, inclusive, que ganhará mais 1000 m², além dos 5 mil m² já instalados”. Carnevalli – Wilson Miguel Carnevalli, diretor da Carnevalli e presidente da Câ-


mara Setorial de Máquinas e Acessórios para a Indústria do Plástico (CSMAIP) da Abimaq - “A feira está tão boa que mal temos tempo de reunir a equipe de vendas. Está acima da expectativa. Tenho conversado com expositores e muitos estão com produção de máquinas vendida até o final do ano. Para nós é a melhor feira que existe. A Carnevalli vendeu na feira 15 máquinas, o que representa um faturamento de R$ 12 milhões a R$ 15 milhões, o que corresponde a 60 dias de vendas”. Haitian – Roberto Candido de Melo, gerente - “Vendemos 60 máquinas na Feiplastic. Por ano vendemos cerca de 500 máquinas. Ou seja, nosso desempenho aqui em uma semana corresponde a mais ou menos 10% das nossas vendas no ano. É como se em uma semana obtivéssemos o resultado de um mês de trabalho”. Wisewood – Edilson Gomes, gerente de vendas - “Faturamos 300 mil reais, é um ótimo desempenho. Tão bom quanto isso foram os contatos que fizemos com possíveis clientes do Canadá e dos EUA que ficaram bastante interessados nos dormentes de plástico que produzimos (equipamento utilizado em trilhos de trem). Acho que esses contatos vão render bons negócios nos próximos meses”.

Destaques da Conferencia Feiplastic

Sem dúvida, um momento marcante na feira foram os dois dias de Conferência Feiplastic, que levaram aos participantes especialistas do setor, como o presidente da Abiplast, José Ricardo Roriz Coelho que afirmou “Entre 1981 e 1990, a indústria plástica nacional registrou crescimento de 2,3%. Entre 1991 e 2000, 2,7%. A partir da década seguinte, o ritmo aumentou, e de 2003 a 2010 a alta foi de 4,4%”. O BNDES, também palestrante, corroborou o otimismo do empresariado do setor, apontando grande procura por financiamentos. “Há 15

anos, as atividades do BNDES voltadas para o setor plástico eram praticamente zero. No ano passado, os aportes para o setor somaram R$ 1,6 bilhão”, concluíram Gabriel Gomes e Martim Francisco de Oliveira e Silva, palestrantes do banco. A sustentabilidade teve papel protagonista no segundo dia. Em sua palestra, a consultora Solange Stumpf deixou claro o espaço de crescimento da reciclagem de plástico no Brasil. “Metade do plástico consumido no Brasil é de vida curta, e podemos reciclar muito mais. Descartamos 2,6 milhões de toneladas e reciclamos somente 736 mil toneladas, predominantemente através da reciclagem mecânica. Das 815 empresas existentes, 324 localizam-se no Estado de São Paulo”. O professor José Carlos Pinto, da UFRJ, membro do COPPE – Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia questionou o conceito geral, negativo, de que o tempo de degradação dos plásticos é necessariamente nocivo ao meio ambiente. “O maior problema que encontramos é a cultura do descarte inapropriado, mas a degradabilidade não é vantagem intrínseca dos materiais. “No COPPE, também pesquisamos resinas para aplicação em tratamentos de câncer e tumores. Nosso grupo de pesquisa registra cerca de duas patentes por ano, e a planta piloto de produção, instalada na UFRJ, tem grau farmacêutico. “Entre os anos que a pesquisa compreende – de 2003 a 2011 – observamos uma es-

tabilidade na capacidade ociosa das empresas de reciclagem. Esse número permaneceu entre 37% e 33%. Se na indústria de transformação esse coeficiente é fatal, para a reciclagem é normal, e somente significa que temos muito fôlego para fortalecer a atividade no País”. Em tempo, o país campeão em reciclagem é a Suécia, que tem uma taxa de 35% de todo plástico descartado transformado em novos produtos. O Brasil tem uma eficiência atual de 24,7%. Outro dado importante foi sobre a geração de empregos no setor de reciclagem. Entre 2010 e 2011, o número de trabalhadores saltou de 18.288 para 22.705. O faturamento geral em 2011, último ano com informações disponíveis, foi de R$ 2,39 milhões, aumento de 22% em relação a 2010, ano que fechou em R$ 1,9 milhão. Em relação à indústria de reciclagem mecânica, o Sudeste representa 55,5% do total, o Sul é 27,7% da atividade e o Nordeste, 9,9%. Stumpf também apresentou os destinos mais comuns dos materiais produzidos com matéria-prima reciclada no Brasil. A indústria de bens de consumo não duráveis e semiduráveis é a maior absorvedora do material, representando 41%. A construção civil figura em segundo lugar, com 16%. Agropecuária e indústria são 15%. Em 2003 as empresas recicladoras eram 492, em 2011, o número havia saltado para 815. “O dinamismo é muito grande entre essas empresas de micro e pequeno porte, e muitas abrem e fecham, todo ano”, concluiu Stumpf. PNE

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EVENTO Embala Nordeste 2013

ADRIANA NOYA

Negócios até no escuro

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interesse dos visitantes em conhecer as novidades da Embala Nordeste era tão forte que nem mesmo o “apagão” que praticamente parou a região no dia 28 de agosto, impediu a realização de bons negócios nos quatro dias da oitava edição da Embala Nordeste. A Feira Internacional de Embalagens e Processos, realizada de 27 a 30 de agosto, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, apresentou mais de 500 marcas do Brasil e do exterior e agradou aos expositores, visitantes e líderes empresariais que participaram do evento. Concentrando grandes fabricantes de Utilidades Domésticas e embalagens, a região Nordeste do Brasil desperta sua vocação em manufatura de produtos plásticos como: cadeiras, mesas, brinquedos, cabides, canecas, squeezes, bacias, baldes, mangueiras, peças automotivas, entre outros. Uma das novidades nesta edição foi a Villa UD: Ilha de Utilidades Doméstica. A estreia da Villa UD na Expo Plast 2013 ampliou as oportunidades de negócios com os tradicionais expositores da feira, gerando mais canais de relacionamentos e contatos. A Expo Plast 2013 apresentou também a Casa do Plástico, iniciativa das entidades ABIPLAST, ABIEF e AFIPOL, o espaço Green Expo com expositores focados em sustentabilidade 22 > Plástico Nordeste >

e meio ambiente, conferencias e muitos outros atrativos. Este ano, com a realização do evento Expo Plast, o setor de transformação do plástico esteve em alta. “Crescemos muito nessa área do plástico, o que comprova que o Nordeste está se tornando polo importantíssimo neste segmento e que a feira está consolidada como o evento do setor”, diz André Mozetic,diretor da Greenfield Business Promotion, empresa promotora da feira de negócios. Nesta área do plástico quem se destacou foi o Estado de Alagoas, que através do Governo do Estado e de empresas como a gigante, Braskem, que exibiram seus atrativos e produtos para os visitantes. A Braskem já é a maior indústria de Alagoas e o segmento já figura entre o terceiro maior em geração de empregos, atrás apenas do sucroalcooleiro e o de turismo. “Para o setor plástico como um todo a feira foi excelente. A indústria na região está bastante forte. Pernambuco, por exemplo, tem a M&G, maior fabricante de resina pet do mundo e teremos a Petroquímica Suape”, disse o presidente Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de Pernambuco (Simpepe). Quanto ao setor de embalagens, apesar do fraco desempenho da economia nacional este ano, várias empresas conseguiram

Com apoio da Braskem, o Estado de Alagoas montou um estande e valorizou o evento

bons resultados. O mesmo aconteceu com o segmento de equipamentos para indústria de alimentos e bebidas. Grandes indústrias nacionais e internacionais marcaram presença como a Zegla, Mesal, Danfoss e Haver & Boecker, entre muitos outros. “Os negócios realizados demonstram o crescimento da Região Nordeste acima da média nacional”, explica Mozetic destacando também a o perfil do público este ano.“Foi muito perceptível o aumentou da quantidade de visitantes de outros estados. Do Nordeste e do Norte do País. Outro diferencial é que, até por contada facilidade do acesso, quem esteve presente foi o dono da empresa, o diretor com poder de decisão, fato que facilita e agiliza o fechamento de negócios”. Negócios esses que devem girar em torno de R$ 1,2 bilhão em contratos feitos durante o evento e nos meses seguintes. Na Embala Nordeste 2013 também surpreendeu a quantidade de novas empresas regionais expondo seus produtos para utilidades domésticas a partir de plástico injetado. Muitos desses empresários adquiriram seus equipamentos nas feiras anteriores e participaram desta edição comercializando móveis e materiais para construção, por exemplo. “Exemplo claro da evolução dessa cadeia aqui na região”, afirma Mozetic. Para o ano que vem a expectativa é de que a feira esteja ainda maior. De acordo com os organizadores, dois setores deverão ter participação significativa. O de impressão com a vinda de equipamentos de última geração e o de logística. “No segmento de impressão temos a Promoprint que funcionou bem este ano apesar da indústria gráfica já estar bem equipada. Ano que vem vamos trazer equipamentos de ponta, principalmente em impressão digital, que farão adiferença no mercado. Já o setor de logística vai ganhar um evento específico com os maiores players do mercado. PNE


ADRIANA NOYA

Expo Plast se consolida como a maior feira regional do setor

Durante a Embala Nordeste 2013, além das tradicionais áreas de embalagens e processos, os visitantes também puderam conferir os segmentos representados pela Expo Plast, evento simultâneo que apresentou toda a cadeia produtiva do plástico. Este segmento ocupou, este ano, nada menos que 30% do espaço da feira realizada no Centro de Convenções de Pernambuco. Grandes marcas nacionais e internacionais marcaram presença. “Os resultados foram excelentes. Tanto em negócios como em contatos. E ainda tivemos a Arena do Conhecimento que contribuiu muito para o setor. A Greenfield está de parabéns por teraglutinado tantas empresas importantes para o setor”, disse o presidente do Sindicato da Indústria do Plástico de Pernambuco (Simpepe), Valter Câmara. O vice-presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe) e empresário do setor, Anísio Coelho, ressaltou o

êxito da Expo Plast dentro da Embala Nordeste. “Foi um espaço importantíssimo de geração de negócios e de novos contatos. Destacaria também o acesso à novas tecnologias como um ponto forte da feira”. Também empresário do setor plástico e diretor-financeiro da Fiepe, Felipe Coelho acrescenta: “Boa parte da indústria do plástico pernambucana ainda está defasada. Num evento como este é possível encontrar equipamentos com tecnologia de ponta para todos os portes de empresa. Isso aumenta a competitividade e a lucratividade. Por isso a feira é extremamente importante, não só para Pernambuco como para toda região”, destaca o líder empresarial. Quem explica essa penetração regional é o diretor da Greenfield, Luiz Fernando Pereira. “Além da forte presença dos fabricantes de equipamentos, sistemas, periféricos e moldes, do sul e sudeste no segmento plástico, destacaram-se na Embala 2013

Pavan Zanetti recebeu muitos visitantes interessados em sua linha de máquinas

expositores de embalagens e máquinas dos estados de Alagoas, Ceará, Paraíba e Pernambuco. Bem mais do que o registrado em edições anteriores, confirmando que a Semana Industrial Embala Nordeste é um evento de todo o Nordeste e não só do estado de Pernambuco”. Alagoas e Ceará montaram grandes estandes e conseguiram um destaque ainda maior para as empresas instaladas por lá. “Alagoas é um Estado pioneiro na participação em feiras de negócios no setor químico e plástico e que vem participando dos grandes eventos nacionais divulgando seus atrativos. Temos participado da Embala há várias edições. Ficamos encantados com a pujança da feira que está cada vez maior. Ótima oportunidade para mostrar nossos atrativos como a política fiscal, creditícia e locacional específica para o setor. Além disso, sempre procuramos ter sinergia com o setor produtivo e as instituições que representam estes setores”, disse o secretário de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico, Luiz Otavio Gomes. Alagoas, hoje em dia, detém três plantas da Braskem, que, entre outros atributos, é a maior fabricante de resina para PVC da América Latina. O Ceará também esteve bem representado, Aarom, BS Pet, Bobpack,DCDN, Intraplast, Kibo, Marcoprint, Mil Plastic, Plásticos Lumar, Plastec-CE, Plastsan, Sindquímica CE, Sindiverde CE, foram algumas das empresas e entidades presentes na Expo Plast 2013. PNE < Plástico Nordeste < 23


EVENTO Embala Nordeste 2013

ADRIANA NOYA

Expositores e visitantes satisfeitos Walmart destaca o potencial do mercado do Nordeste e conquista novos clientes

tria do Plástico (CSMAIP) e da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). “Foi um espaço importantíssimo de geração de negócios e de novos contatos. Destacaria também o acesso às novas tecnologias como um ponto forte da feira”. Anísio Coelho vice-presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe).

Depoimentos

“Os resultados foram excelentes. Tanto em negócios como em contatos. E ainda tivemos a Arena do Conhecimento que contribuiu muito para o setor. A Greenfield está de parabéns por ter aglutinado tantas empresas importantes para o setor”. Valter Câmara, Presidente do Sindicato da Indústria do Plástico de Pernambuco (Simpepe). “Alagoas é um Estado pioneiro na participação em feiras de negócios no setor químico e plástico e que vem participando dos grandes eventos nacionais divulgando seus atrativos. Temos participado da Embala há várias edições. Ficamos encantados com a pujança da feira que está cada vez maior. Ótima oportunidade para mostrar nossos atrativos como a política fiscal, creditícia e locacional específica para o setor. Além disso, sempre procuramos ter sinergia com o setor produtivo e as instituições que representam estes setores”. Luiz Otavio Gomes, Secretário de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico de Alagoas “A Embala Nordeste e a Nordeplast 24 > Plástico Nordeste >

são sempre excelentes oportunidades regionais para divulgação da Cadeia Produtiva de Alagoas. Nos eventos temos a oportunidade de mostrar o que estamos fazendo no estado, bem como oferecer uma pequena mostra dos produtos e serviços das empresas alagoanas. Este ano nós tivemos nossa 3ª participação com um estande de Alagoas no evento e este é um fato muito positivo para o estado, uma vez que podemos prestigiar um evento regional, em Pernambuco, que além de ser um estado em franco crescimento é uma vitrine de Alagoas para o resto do Nordeste”. Wander Lobo, presidente do Sinplast/AL “Temos excelentes clientes na região, que vão desde grandes empresas até as pequenas. Estas, inclusive, começaram a nos conhecer através da Embala Nordeste, que proporcionou esse contato. As vendas começaram desde o primeiro dia. Nossos equipamentos vão desde os mais simples até os mais sofisticados, o que atende bem ao Nordeste, já que se trata de um mercado em expansão e formado por empresas sérias, que primam pela qualidade”. Gino Paulucci, Diretor da Polimáquinas e presidente Câmara Setorial de Máquinas e Acessórios para a Indús-

“Fizemos um alto investimento em tecnologia para continuar oferecendo sempre produtos de qualidade e com o melhor custo-benefício aos clientes. Sempre estreitamos o relacionamento com nossos parceiros durante a Embala, porém, também realizamos excelentes contatos. A participação na feira é muito positiva”. Marcello Rushansky Diretor comercial da Ruplast. “Boa parte da indústria do plástico pernambucana ainda está defasada. Num evento como este é possível encontrar equipamentos com tecnologia de ponta para todos os portes de empresa. Isso aumenta a competitividade e a lucratividade. Por isso a feira é extremamente importante, não só para Pernambuco como para toda região”. Felipe Coelho Diretor-financeiro da Fiep. “Fechamos vários negócios na Embala Nordeste, com perspectivas de fecharmos ainda mais. A região é bastante forte na transformação do plástico, e temos muitos clientes no Nordeste. Desde a nossa primeira participação, em 2011, já conseguimos mais de 60 clientes com mais de 40 máquinas vendidas”. Antonio Sérgio Valverde, Diretor Comercial da Valmart Máquinas e Acessórios. “A nossa participação foi positiva,


ADRIANA NOYA

Eteno e a estratégia de ampliar a carteira de clientes e aprimorar relacionamentos

Gerente de vendas da Carnevalli. “Nossas expectativas estão sendo bem atendidas. Queremos voltar”. Júlio Casarotti Sócio-diretor da Primotécnica. “Nós esperamos vender em torno de 20 máquinas nesta edição da Embala Nordeste, destaca o representante regional da empresa”. Guiomar Guilow, Diretor da Representações Boa Viagem.

foram solicitados alguns orçamentos e renovamos nossa lista de contatos”. Dário Rogério Giacomi, Gerente de Desenvolvimento da TEM - Tecnologia e Máquinas. “A feira este ano esteve muito forte. Já realizamos grandes negócios e excelentes contatos”. Clayton Rodrigues Diretor regional da Pro-Color Masterbatches “Participamos mais uma vez na Embala para fechar negócios, dar atenção aos nossos clientes e prospectar novos negócios. Nossa expectativa é de aumentar nosso faturamento em trinta por cento com relação ao ano passado, por conta

dos negócios gerados na feira. Aqui nós negociamos diretamente com os donos das empresas. O público tomador de decisão que facilita e agiliza os negócios”. Thiago Zaude, Diretor da NZ Philpolymer. “Estamos finalizando a venda de conjuntos de peças para uma empresa recifense de reciclagem e outras negociações estão em andamento. Nossa intenção é atuar cada vez com mais frequência na região. Silvio Pires, Diretor da Illur Import. “O plástico segue forte na região e tende a crescer. Queremos nos tornar parceiros deste crescimento”. Altemir Costa,

“É a oitava vez que a empresa participa do evento de equipamentos e embalagens. Além de máquinas de envase, a IMSB também apresenta em seu estande embalagens para o setor de cosméticos, limpeza e alimentação. A empresa pretende vender de cinco a dez máquinas e movimentar cerca de R$ 2 milhões”. Miguel Zottis, Diretor da IMSB “Estamos estudando uma tecnologia que reduz a carga das máquinas. Alguns países da Europa e os Estados Unidos já possuem esse sistema, inclusive no Brasil, São Paulo já trabalha com ele, mas queremos trazer para o Nordeste do país”. Eduardo Seufferheld, Gerente regional de marketing da Danfoss PNE

Em 2014, Nordeste Log vai integrar a logística à Embala Nordeste Uma parceria inédita entre a Logweb Editora e a Greenfield Business Promotion vai permitir a criação, dentro da já consolidada Embala Nordeste, de um espaço destinado exclusivamente à logística e à movimentação – o Nordeste Log –, já na edição 2014 do evento, que será realizada no período de 12 a 15 de agosto, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. De paletes e máquinas aplicadoras de filmes em paletes a empilhadeiras dos mais diversos tipos, passando por estanterias, robôs de paletização e sistemas transportadores, entre outros, serão mostrados aos visitantes, em um mercado ávido por novidades e em franca expansão em termos de logística. Aos vários produtos e serviços já apresentados tradicionalmente na Embala Nordeste se juntarão outros, em uma sinergia que só tende a beneficiar expositores e visitantes.

“A feira é muito forte e conta com a presença de grandes indústrias, e estava faltando um espaço totalmente dedicado à movimentação e logística. Muitos de nossos visitantes vão em busca de soluções para este segmento e, em 2014, teremos várias soluções e, também, uma série de conteúdo, especialmente direcionado para este fim”, diz o diretor da Greenfield, empresa promotora da feira, Luiz Fernando Pereira. Ele continua: “a experiência da Greenfield no Nordeste, somada à grande contribuição que a Logweb tem dado ao segmento, são ingredientes que se fundem para colocar definitivamente o Nordeste no calendário de eventos do segmento de logística. Grandes marcas virão para somar às já participantes, como Neq – Toyota, DCDN - Cummins e Hyster, e farão da Embala Nordeste 2014 o principal ponto de encontro do segmento no Nordeste do Brasil”. < Plástico Nordeste < 25


EVENTO Embala Nordeste 2013

Estatísticas Área total ocupada: 23.000 m² Área total de estande: 14.000 m² Número de visitantes: 14.232 Número de estandes: 215 Marcas expositoras: 507

Fluxo diário de visitantes 27/08 (3ªF) – 17,21% 28/08 (4ªF) – 12,76% 29/09 (5ªF) – 41,25% 30/08 (6ªF) – 28,78 %

Região dos visitantes Nordeste: 93,48% Outros: 6,52%

Estados Visitantes (NE) Maranhão: 0,3% Sergipe: 0,8% Piauí: 1,5%

26 > Plástico Nordeste >

Bahia: 2,6% Rio Grande do Norte: 3,1% Ceará: 3,4% Alagoas: 3,9% Paraíba: 8,3% Pernambuco: 76,0%

Outros Estados

São Paulo: 50% Rio Grande do Sul: 8% Santa Catarina: 7% Rio de Janeiro: 7% Paraná: 6% Minas Gerais: 5% Roraima: 2,5% Amazonas: 3% Pará: 3% Goiás: 3% Espírito Santo: 3% Distrito Federal: 2,5%

Setores dos visitantes Têxtil: 2% Construção: 4% Automotivo: 5% Forma: 6% Gráfico: 6% Cosmético: 8% UD: 8% Bebidas: 11% Higiene/Limpeza: 11% Plástico: 12% Alimentos: 27%

Decisão de compra Não responde: 18% Recomenda: 21% Influencia: 26% Decide: 35%


Tecnologia

Mantendo as estufas verdes: solução de mangueira flexível

M

angueira de estufa é um elemento crítico – e problemático – para a indústria agrícola da Holanda. A Trelleborg ajudou a desenvolver uma solução de mangueira flexível que respondeu ao desafio. Holanda é um grande produtor de frutas e legumes, respondendo por 25% das exportações da Europa. Seu diversificado setor agrícola inclui terras aráveis, de pecuária e produção de leite, de produção de plantas de jardim e flores, bem como uma produção em estufa altamente desenvolvida para o cultivo de tomates, pimentões, pepinos e berinjelas. O país é lider mundial tanto no cultivo em estufas quanto nas tecnologias necessárias para manter as melhores condições de crescimento e produção. Em 2010, a área total de vegetais sob vidro era de 12 mil hectares, produzindo dois milhões de quilos para exportação. Existem três tipos principais de estufa: “frias”, que usam o sol como fonte de calor; “gelada”, em que um sistema de aquecimento de baixa potência mantém uma pequena diferença de temperatura em relação ao exterior; e “quente”. Este último tipo é o ambiente de estufa normalmente utilizado pelos produtores holandeses, utilizando novas tecnologias e métodos nas áreas de robótica, reciclagem de água e lixo, eficiência energética e iluminação. O principal sistema holandês de aquecimento de estufa usa uma rede de tubulação suspensa de água quente em aço interligada com mangueiras flexíveis. Elas podem ser levantadas ou abaixadas para dar espaço para os equipamentos e maquinários utilizados dentro das estufas e para fornecer calor dentro do melhor índice de crescimento de uma planta. Na década de 1980, os tubos utilizados nesses sistemas resultavam em problemas aos produtores, um dos mais

graves era a liberação de gases tóxicos a partir do material da mangueira, que podia matar as culturas. Olivier Libes, Gerente de Marketing e Desenvolvimento de Produtos para soluções de manuseio de fluidos daTrelleborg explica que “em resposta a sérios problemas com as mangueiras utilizadas em muitas estufas, desenvolvemos uma mangueira especial, Kledam, que se tornou o padrão efetivo da categoria. Trabalhamos em colaboração com construtores e instaladores holandeses, com substancial colaboração de técnicos em aquecimento e engenheiros agrícolas, para produzir uma mangueira que tem excepcional resistência ao desgaste, envelhecimento e intempéries. É flexível e extremamente confiável, com emissão zero de gases tóxicos.” A cada ano a Kledam é submetida e aprovada em rigorosos testes no Centro de Pesquisa da Universidade de Wageningen, a maior autoridade agroalimentar e instituição de pesquisa da nutrição na Europa. É um testemunho do compromisso da Trelleborg com soluções da mais alta qualidade. Andre Persoon é engenheiro de aquecimento na Certhon, uma das principais empresas de projeto, construção e instalação de estufas da Holanda. “Fornecemos estufas e instalações em todo o mundo e temos uma reputação de excelência. É vital sabermos que os componentes em nossos sistemas são os melhores. Há três critérios essenciais para as mangueiras que usamos para conectar as alças de aço de aquecimento: o material não pode emitir gases tóxicos, ela precisa ser flexível e forte para suportar as variações de altura das alças de aquecimento, e deve vedar ¬firmemente sobre os conectores. O sistema de mangueira Kledam preenche todos estes requisitos e nunca nos decepcionou”. Igualmente entusiasta é Arjen

Bonneman, diretor da Arbon Agenturen BV, distribuidor exclusivo da Kledam na Holanda. “A mangueira é feita de um composto especial EPDM [etileno-propileno-dieno monómero] desenvolvido pela Trelleborg para o tubo interior, reforçado com material têxtil sintético,” diz. “É capaz de suportar temperatura de -30 °C a + 95 °C com excelente desempenho. Tem a flexibilidade de uma corda, a resistência do aço, não vaza e é muito durável, mesmo com grandes variações ambientais. A mangueira Kledam tornou-se referência para os produtos da categoria, e a Trelleborg é a líder incontestável do mercado.”

Certhon

Em 2011, duas empresas líderes em horticultura em estufa, Wilk van der Sande (instalações técnicas) e Bosch Inveka (construção de estufa), uniram-se. A nova empresa, Certhon, nasce líder no mercado de soluções integradas de alta tecnologia do setor, fornecendo estufas e instalações técnicas em todo o mundo. Um dos projetos mais recentes é a Dube TradePort Agrizone, o maior projeto de estufa da África do Sul, cobrindo cerca de 16 hectares.

A mangueira Kledam

A Trelleborg oferece soluções para as indústrias de alimentação, construção, agronegócio, química e petroquímica. Trabalhando com designers de estufa, construtores e instaladores holandeses, a empresa desenvolveu a mangueira flexível Kledam, uma solução para problemas de qualidade em tubos flexíveis utilizados em sistemas de aquecimento em estufas do país. A Kledam usa material EPDM especial e reforço de fios sintéticos e foi aprovada pelo centro de pesquisa da Universidade de Wageningen. Tornou-se referência mundial para os produtos de sua categoria. < Plástico Nordeste < 27


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Foco no Verde Embalagens longa vida viram telhas e placas

Quem diria! Embalagens longa vida que já foram vilãs do meio ambiente, passaram a ser solução. A empresa Eco-Lógica do Distrito Federal comprova essa realidade. Ela é especializada na fabricação de telhas e placas feitas com os componentes dessas embalagens, cuja principal fornecedora no país é a Tetrapak. A tecnologia que separa seus componentes - papel, plástico (polietileno) e alumínio - foi desenvolvida pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) da Universidade de São Paulo (USP) e já está sendo aplicada em outros países. Ela permite à multinacional destinar corretamente seus resíduos. “Sempre gostei de reciclagem. Todos deviam se preocupar e contribuir para a reciclagem e reaproveitamento de tudo que for possível”, afirma Ivanildo Rezende, diretor da Eco-Lógica. A fábrica foi fundada há um ano e meio e está localizada em Vicente Pires, uma das regiões administrativas da capital federal. Até julho, o empreendimento ocupava área de 450 m² e contava com equipe de quatro funcionários. A história da fábrica começou no dia em que Ivanildo conheceu duas telhas Tetrapak e as colocou à venda. Na época, ele comprava e revendia sobras de desmanches de casas e demolições em geral. Ele sabia o quanto as telhas de cerâmica e amianto eram problemáticas, pois se danificavam facilmente, não eram reaproveitadas e iam parar em lixões e aterros. “Quando conheci as telhas Tetrapak, me apaixonei”, declara o empresário. O empresário viajou para São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais atrás de equipamento que pudessem separar e reciclar as embalagens longa vida. “São necessárias 1,5 mil caixas Tetrapak para se fazer uma telha”, informa. “Elas são excelentes para substituir as telhas de amianto, condenadas e proibidas em vários países”, comenta. Ivanildo conta que inicialmente a Tetrapak não o autorizou a produzir as telhas. “Achei que era só montar a fábrica”, revela. Depois de algum tempo e trâmites, foi aceito e a multinacional o treinou e disponibilizou consultor, que o orientou na montagem do empreendimento. Atualmente existem 30 fábricas como a Eco-Lógica em todo o país, que juntas produzem cerca de 100 mil telhas/mês. A 28 > Plástico Nordeste >

Empresário diz que são necessárias 1,5 mil caixas Tetrapak para fazer uma telha

drias, louças e metais e a pintura interna e externa da habitação. Com isso, os projetos podem ser entregues em até 48 dias, dependendo do tamanho e das condições climáticas. Em relação ao custo referente à mão de obra e matéria prima, utilizar este método nas construções é cerca de 35% mais barato do que os convencionais em alvenaria segundo o criador. Não há limites de pavimentos nem de tipo de imóvel para utilizar o sistema, sendo o processo modular de 5 em 5 centímetros. O método, utilizado pela Concre House, é aprovado pela CEF. Tetrapak fornece a matéria-prima a todas elas, que chega de São Paulo (SP), custando R$ 250/tonelada. O equipamento chamado Hidrapulper separa o alumínio do polietileno. Nem sempre o frete dos caminhões, que transportam as embalagens longa vida até as fábricas, é cobrado, explica o empresário.

Resinas termoplásticas reutilizadas em obras

Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento resultam em benefícios para cada setor específico, como a construção. Assim é que um sistema com fôrmas de resinas termoplásticas modulares reutilizáveis vem sendo adotado para a construção de habitações populares, por enquanto, na região Sul do País. O método possui paredes preenchidas por graute (concreto com pedrisco de brita), com resistência de 25 MPA. Após a montagem da execução da fundação e do contra piso, é feita a montagem das fôrmas de resinas termoplásticas. A partir daí, toda a tubulação elétrica e hidráulica é embutida no processo construtivo e a concretagem das paredes é iniciada. “Isto resulta em uma construção monolítica de concreto (piso, parede e laje), com rapidez e durabilidade”, afirma Claudio Barcellos, arquiteto e urbanista que criou o sistema. A próxima etapa da construção é a montagem do telhado. A partir daí é feito o revestimento, a colocação de esqua-

Lanxess: PBT a partir de BDO renovável

Depois de intensas pesquisas a Lanxess anunciou a primeira produção de polibutileno tereftalato (PBT) renovável, em uma planta de produção em escala mundial, onde foram utilizados 20 toneladas de 1,4-butanodiol (BDO) derivado de fonte renovável fornecido pela Genomatica. Este BDO cumpre as especificações da Lanxess, permitindo uma alimentação direta com 100% de BDO de fonte renovável da Genomatica no processo de produção contínuo da instalação. As propriedades e a qualidade do PBT de fonte renovável resultante são totalmente equivalentes aos do PBT convencional, derivado do petróleo, em relação a todos os parâmetros testados. A planta de PBT em escala mundial, com capacidade de 80 mil toneladas por ano, está localizada em Hamm-Uentrop, Alemanha. A planta de Hamm-Uentrop faz parte da JV de PBT criada em 2004, 50-50 entre DuPont e Lanxess. Tecnologia Pocan - A Lanxess comercializa o PBT sob a marca Pocan, um plástico de alta tecnologia, que pode substituir o metal em aplicações de diversos segmentos como automotivo, eletroeletrônico, eletrodoméstico e iluminação. Este teste de produção é um avanço nos planos da empresa de oferecer, no futuro, a versão de sua tecnologia Pocan derivada de fonte renovável. A Lanxess


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prova que monômeros de base biológica podem ser integrados em unidades de produção de polímeros em escala mundial, quando eles oferecem exatamente o mesmo desempenho de um produto químico já existente. DuPont - A Lanxess não divulgou planos futuros sobre o início da produção de PBT de fonte renovável. Enquanto a empresa se concentra no setor automotivo, sua parceira na JV, a DuPont, parece focar na aplicação do PBT em produtos elétricos e eletrônicos. A DuPont também comercializa compostos à base de PBT sob a marca Crastin. A tecnologia do processo de BDO da Genomatica converte açúcar em BDO através de um processo de fermentação patenteado. A empresa recentemente anunciou parceria com a empresa japonesa Toray química. Em abril, a Toray produziu protótipos de componentes de plástico utilizando o BDO da Genomatica. O PBT é o segundo maior uso para o BDO, sendo responsável por 29% de toda a BDO consumida no mundo. Além da Lanxess e da DuPont, outras empresas também comercializam PBT, como a BASF, SABIC, DSM e Evonik.

Tecnologia de biofilme da Biowater

A Biowater Technology, uma fornecedora e fabricante líder do mercado de processos e equipamentos de tratamento biológico avançado de efluentes para ins-

talações industriais e locais ao redor do mundo, foi adjudicada com um contrato outorgado pela Village of Bloomingdale, Michigan, EUA (municipal) para fornecer seu processo de tratamento biológico Compete Mix Fixed Film (CMFF®). A planta de tratamento de efluentes existente em Bloomingdale enfrenta flutuações sazonais exclusivas devido às descargas de uma escola regional e de uma indústria de alimentos. A lagoa existente não conseguia atingir os novos limites de amônia e as baixas temperaturas das águas residuais aumentavam o problema. A municipalidade selecionou o CMFF® da Biowater, que é baseado no conceito MBBR (Reator de Biofilme com Leito Móvel), no qual o biofilme é fluidizado e remove matéria orgânica e nitrifica a amônia e NKT. "A melhor solução para superar os desafios das flutuações sazonais e de baixa temperatura seria projetar um processo CMFF® aeróbico em três estágios, seguido de clarificação por gravidade", disse Laura Marcolini, presidente da Biowater Technology US, LLC. O clima frio em Bloomingdale tem um impacto significativo na eficiência do tratamento de efluentes. A remoção de contaminantes como DBO, SST e outros nutrientes dos efluentes é necessária, independentemente das condições climáticas. O processo CMFF® da Biowater Technology oferece um benefício adicional em condições extremas de climas frios,

Biowater: Tratamento biológico avançado de efluentes para instalações industriais

devido ao seu biofilme robusto. Esta tecnologia foi desenvolvida na Noruega e tem benefícios importantes, quando comparada aos processos convencionais de tratamento de águas residuais, como o de Lodos ativados, Biorreatores com membranas, RBS e de lagoas. "A Biowater e seu processo de biofilme foram pré-selecionados para se candidatar a este processo durante a fase de design, devido às suas qualificações, experiência e solução para os desafios sazonais com os quais nos deparamos. O resultado final atendeu as nossas expectativas, sem alterações. O início das atividades, treinamento e o desempenho inicial do sistema atenderam as exigências impostas", disse Cary Bond, da Fleis & Vanden Brink Engineering, Inc., (Engenheiro de Projetos).

Abiclor comemora transporte seguro no setor

A preocupação com segurança, meio ambiente e sustentabilidade é crescente em todos os segmentos, mas principalmente no químico. Desta fora, o setor de cloro e soda reduziu em 90% o número de acidentes no transporte de produtos nos últimos oito anos, segundo balanço de 2012, recém divulgado pela Abiclor (associação da indústria de cloro e derivados). A entidade identificou no ano passado 0,13 acidente a cada 10 mil viagens, com base em dados registrados pelas empresas da área. Em 2005, a frequência era de 1,45. Os números seguem em queda desde 2007. Para a associação, a redução é explicada por ações que foram adotadas, como treinamento de motoristas, mudanças no uso de equipamentos e controle mais rigoroso por parte das empresas. O motorista e o veículo passam agora por uma série de avaliações para comprovar se estão em condições de viajar. Os produtos são utilizados como matéria-prima em indústrias de grande porte, como de papel e celulose, alimentos, petroquímica e têxtil. PNE < Plástico Nordeste < 29


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Bloco de Notas

A executiva Beatriz Goldaracena (foto) é a nova gerente de Marketing para a área de Higiene e Medicina da unidade de Embalagens e Plásticos de Especialidade da Dow Brasil. Natural da Argentina,é graduada em Engenharia Industrial pela Universidade de Buenos Aires. Iniciou a carreira na Dow, em 2006, como representante de Atendimento ao Cliente. Em 2008, se juntou ao negócio de Specialty Packaging & Film, como gerente de Contas para o sulda América Latina e, em 2010, foi nomeada gerente de Contas para Plásticos de Performance. Mudou-se para São Paulo em 2011, quando se tornou gerente de Desenvolvimento de Novos Negócios para o Brasil.

Como parte da série de investimentos que a fabricante de plásticos e especialidades químicas Lanxess vem fazendo no Brasil, a empresa anunciou que vai instalar uma planta de plásticos de engenharia em Porto Feliz (SP) no final do ano ou início de 2014. A unidade incluirá uma mega-extrusora para fabricar compostos de poliamida (PA) e politereftalato de butileno (PBT). A nova planta deverá ter uma capacidade de produção da ordem de 20 mil toneladas anuais, direcionada prioritariamente à produção de poliamidas 6 e 6.6 e copolímeros. Chamados de plásticos leves avançados, esses produtos são projetados para reduzir o emprego de metais em veículos automotores, reduzindo seu peso e aumentar eficiência energética. A Lanxess aposta no aumento do uso desses materiais por parte dos produtores de automóveis na América Latina nos próximos anos, a fim de se adequarem aos novos padrões de consumo de combustível. A Lanxess já fabrica essa linha de plásticos de engenharia na Alemanha, China, Índia e EUA. Em maio, a Rhein Chemie, subsidiária da Lanxess, iniciou a produção de bladders em Porto Feliz, onde já eram produzidos pigmentos inorgânicos à base de óxido de ferro e aditivos para borrachas.

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Dow tem nova gerente de MKT

Lanxess anuncia investimentos no país

Copa anima fábrica de peças plásticas

Contratações, produção em ritmo acelerado e crescimento no faturamento. Tudo por causa do futebol. Um ano antes da Copa do Mundo Fifa 2014, o empresário Celso Iwao Assanome já colhe bons frutos.Instalada em Mauá há 15 anos, a Japan Ar – de injeção plástica – tem previsão de expandir a produção de 3 milhões de peças mensais para 15 milhões. No que diz respeito ao faturamento, este deve crescer em torno de 200%. De olho no evento esportivo, a empresa está produzindo hastes de plásticos para bandeiras, vuvuzelas (cornetas) e ‘bate-palmas’. Além disso, deve contratar um reforço de 50% de mão de obra (atualmente, tem 30 funcionários). Assanome explica que, tradicionalmente, sua empresa produz cabides para lingeries e fornece para grandes marcas. “Fazemos alguns itens para autopeças, como de lanternas e de volantes, além de poucos itens para brinquedos. Mas nosso forte são os cabides.” O empresário conta que na Copa anterior o resultado não foi tão bom. “Conseguimos reverter a situação neste ano por meio de uma divulgação mais forte.” Além disso, Assanome buscou ajuda. Apesar do tempo que se mantém à frente do seu negócio, em crescimento constante, ele descobriu que não pode ficar parado no tempo. Por isso, é um entusiasta dos cursos promovidos pelo Sebrae-SP Grande ABC.

Joint venture Samgung e SGL

A união faz a força e, por isso, o grupo alemão SGL, produtor de fibras de carbono, e o braço petroquímico da Samsung decidirem se unir para formar uma joint venture que visa o desenvolvimento de novas aplicações industriais - focada no segmento eletroeletrônico - de compósitos de fibra de carbono. A Samsung, produtora de PTA na Coréia, terá 50% de participação. OO fechamento da transação estava previsto para julho, dependendo da aprovação dos órgãos regulatórios. A joint venture terá sede em Ulsan, Coréia do Sul, em uma instalação da petroquímica da Samsung, enquanto o escritório comercial será sediado em Seul. Fibra de carbono - Materiais leves vêm se tornando um fator importante não somente em aplicações industriais, mas também em mercados de consumo final. Atualmente o mercado coreano de fibra de carbono concentra-se em artigos esportivos, mas no futuro, espera-se expandir a uma ampla gama de indústrias como a eletrônica, eólica e automotiva. Com o acordo, é esperado que a longo prazo se tenha um abastecimento estável de compostos de fibra de carbono para a Samsung em diversas aplicações naquele país. A joint venture terá como propósito as aplicações os setores de produtos eletrônicos, pás de turbinas eólicas, vasos de pressão, aparelhos automotivos e domésticos. 30 > Plástico Nordeste >


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Cromex distribui NatureWoks no Brasil

Fornecedora mundial de biopolímeros, a NatureWorks LLC nomeou a Cromex S.A., líder no mercado brasileiro de masterbatches, aditivos para plásticos e distribuição de resinas termoplásticas, como distribuidora do biopolímero Ingeo no Brasil. Segundo a NatureWorks, a Cromex foi escolhida após avaliação dos distribuidores por ser uma empresa forte, bem-posicionada e melhor alinhada com a companhia. O objetivo da NatureWorks

é focar no forte potencial de crescimento no Brasil e a Cromex contribuirá com sua ampla base de clientes e equipe técnica qualificada,para fornecer suporte aos conversores na transição dos plásticos derivados de petróleo para os plásticos derivados de fontes renováveis Ingeo. Baseado no ácido polilático (PLA) derivado de fontes vegetais como o milho, beterraba e a cana de açúcar, o Ingeo fornece benefícios ambientais que não são alcançados com polímeros tradicionais como o PET e PS, pois sua

fabricação emite 60% menos gás de efeito estufa e exige 48%menos energia. Também oferece benefícios de desempenho, embalagens clamshellfeitas com Ingeo, por exemplo, exigem de 20 a 30% menos material que uma embalagem comparável de PET. Ingeo pode ser utilizado em diversos segmentos,incluindo utilidades domésticas, embalagens de alimentos frescos, vestuário, eletrônicos e bens duráveis, filmes e não tecidos, sendo adaptado especificamente para cada aplicação.

Coim Brasil concluiu expansão

A Coim Brasil, empresa localizada em Vinhedo/SP (foto), anunciou a conclusão da expansão feita em sua planta. O investimento foi da ordem de R$ 10 milhões e com isso, o faturamento tem potencial para aumentar em 20 a 30%, assim como sua capacidade de produção. Além disso, a empresa consolida a liderança no segmento de adesivos para embalagens flexíveis na América Latina. A fábrica conta com equipamentos de última geração e únicos no país, que possuem uma tecnologia de alto controle de processos online, o que garante qualidade e risco zero de problemas de contaminação de produtos. “Com essas mudanças conquistamos novos clientes e trouxemos inovação para o mercado de embalagens flexíveis”, afirma o CEO José Paulo Victorio, da Coim Brasil.

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Giro NE

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Bahia: a Golden Cargo tem 85% de market share na logística de defensivos agrícolas

Amazonas Indústria fica mais limpa

O gás natural entrou de vez no cotidiano das indústrias de Manaus, capital do Amazonas. Com o início da expansão da Cigáspara além das termelétricas, o combustível começa a dinamizar a matriz energética do parque industrial amazonense, muito dependente de GLP e óleo combustível, e a consolidar Manaus como um dos principais novos mercados consumidores de gás natural no país. Entre o fim do ano passado e o início deste ano, a distribuidora conectou seus sete primeiros clientes industriais: Ambev, Carboman, Ceras Johnson, Coca-Cola, Neotec, Procoating e Videolar,que juntos estão consumindo, em média, cerca de 40 mil m3/dia. Nas contas da concessionária, isso significa que somente esses primeiros clientes industriais da Cigás devem deslocar, quando atingirem suas operações plenas este ano, 15,6mil kg/dia de óleo combustível, 8,2 mil litros/dia de óleo diesel e 1,9 mil kg/dia de GLP, nas contas da distribuidora. Procoating - Uma das primeiras indústrias a apostar no gás natural no lugar do GLP foi a Procoating, fabricante de laminados e filmes de polipropileno para o segmento de embalagens de alimentos. Desde fevereiro a empresa consome 2 mil m3/dia na cozinha da fábrica e nos fornos 32 > Plástico Nordeste >

que compõem as 12 estufas para aquecimento, que ajudam a moldar o produto. A indústria obteve uma redução de 30% nos custos com combustível apenas com a troca dos queimadores dos fornos, o que demandou investimentos pequenos perto dos ganhos obtidos. Além da economia, a fabricante obteve ganhos no produto final com a troca dos cilindros de GLP, comercializados pela Fogás.

Bahia Potencialidade agrícola atrai investimentos logísticos

Considerado o segundo maior produtor de algodão do Brasil e um dos maiores na produção de soja e milho, o Estado da Bahia tem atraído constantes investimentos para agregar valor à cadeia logística do agronegócio. Acreditando na potencialidade da região, a Golden Cargo, empresa especializada no gerenciamento e operação da cadeia logística de mercadorias especiais como defensivos agrícolas e produtos químicos embalados, participou entre os dias 28 de maio e 1º de junho da Bahia Farm Show, a maior feira de tecnologia agrícola e negócios do Norte e Nordeste do Brasil. A empresa conta com um Centro de Distribuição em Luís Eduardo Magalhães com 6,2 mil m² de área construída e ca-

pacidade de armazenagem para 8 mil posições paletes. No mercado baiano, a Golden Cargo tem 85% de market share na logística de defensivos agrícolas. “Na Bahia, somos líderes absolutos. A região Norte e Nordeste representa mais de 50% dos negócios da Golden Cargo. Além disso, a fronteira conhecida como MAPITOBA, que compreende os estados do Maranhão,Piauí, Tocantins e Oeste Baiano, tem potencial para se tornar a grande produtora agrícola do Brasil”, explica Mauri Mendes, diretor comercial da Golden Cargo.

Ceará Petrobras negocia com GS Energy para a Premium II

A Petrobras e o grupo sul-coreano GS Energy Corporations (GSE) assinaram uma Carta de Intenções para estudar uma possível joint venture para implantar a refinaria Premium II, no Ceará. O documento,assinado em 29/5, foi anunciado, pela companhia brasileira. A conversa entre as empresas foi iniciada em outubro do ano passado, após um contato inicial com o grupo sul-coreano realizado no mês anterior pelo governador do Ceará, Cid Gomes. A opção por parceiros nas refinarias em implantação é abertamente defendida pela presidente da Petrobras, Graça


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Foster,que já afirmou que uma sociedade poderia inclusive antecipar a entrada em operação das plantas. A refinaria Premium II, com capacidade prevista para processar 300 mil b/d, tem partida programada para dezembro de 2017. Apesar deter data para partida, o projeto segue em avaliação pela Petrobras. Essa é a segunda iniciativa do tipo da Petrobras para buscar parceiros para a refinaria do Ceará. Em maio de 2009, a companhia anunciou a assinatura de memorando de entendimentos com a japonesa Mitsui com o mesmo objetivo.

Pernambuco Totalplast investe R$ 20 milhões

O Nordeste continua atraindo novas indústrias. Agora foi a vez de o município de Glória do Goitá, na Zona da Mata Norte de PE, ter uma nova unidade industrial a partir do ano que vem. A Totalplast (Indústria de Descartáveis Ltda) vai investir R$ 20 milhões na planta, que ocupará uma área de dez hectares. Com a fábrica pernambucana, a unidade de Criciúma (SC) passará a atender outro tipo de demanda. A administração da empresa prevê que sejam gerados entre 150 e 180 empregos e a capacidade de produção chegue a 450 milhões de copos, pratos e potes por mês. A chegada da Totalplast complementa o setor industrial da cidade, que já conta com as recém inauguradas Nissin Ajinomoto (de macarrão instantâneo) e WHB (de autopeças). Logística - A mudança para Pernambuco, disse o diretor-presidente da Totalplast, Gustavo Althoff, tem muito a ver

com questões logísticas. Funcionando no Sul, a empresa viu as vendas no Nordeste aumentando e, com elas, o custo de transportes subindo e encarecendo o preço final dos produtos entre 15% e 20% o produto. A transferência concede competitividade aos negócios, porque daqui a Totalplast vai atender Norte e Nordeste, abrindo espaço para mudança de perfil da planta de Santa Catarina, que passará a fabricar bandejas de isopor, rodela de pizza, marmitas e outros itens feitos de poliestireno expandido (isopor). Maquinário de SC - A previsão, segundo a Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (AD Diper), é que a planta seja concluída em março de 2014 e operacionalizada entre junho e julho. A empresa conta com incentivos fiscais do Programa de Desenvolvimento de Pernambuco (Prodepe). Segundo Althoff, o investimento vem de recursos próprios e serão aportados na construção. O maquinário será trazido de Santa Catarina. “Hoje, a nossa fábrica é uma das mais atualizadas do mercado e em termos de custo homem é uma das melhores do Brasil”, pontuou. A empresa tem quatro anos de mercado e foi porta para a entrada no setor industrial para o grupo familiar que possuía uma factoring e uma rede de supermercados. “A partir de um estudo, resolvemos por esse segmento”, comentou.

tel, em Porto de Galinhas, profissionais e pesquisadores do país e do exterior que atuam na área de inovação e qualidade na indústria. O evento ofereceu aos cerca de 2 mil participantes congressos, seminários e minicursos englobando os segmentos das indústrias metalmecânica, siderúrgica, naval, petróleo/petroquímica, geração de energia, nuclear, aeronáutica e automotiva, além de prestadores de serviços de montagem, manutenção e inspeção em unidades de processo, entre outros. A conferência de abertura abordou a "A importância da tecnologia de equipamentos para a exploração e produção de petróleo - o desafio brasileiro", ministrada por Marcos Isaac Assayag, do Centro de Pesquisas da Petrobras. Entre os eventos paralelos foram destaque o 3º Workshop Internacional de Soldagem e União de Materiais, o Fórum sobreCapacitação e Certificação de Pessoas, além do workshop da Sociedade Americana de Engenheiros Mecânicos (Asme).

Evento debate setor petroquímico

Pernambuco sediou, entre 18 e 21 de junho, um dos principais acontecimentos do setor industrial no Brasil: a 12ª Conferência sobre Tecnologia de Equipamentos (Coteq), evento bienal que reuniu no Eno< Plástico Nordeste < 33


Anunciantes

Agenda

Artefatos / Página 26 Buhler / Página 19 Chiang / Página 11 Digitrol / Página 31 Eteno / Página 21 Incoe / Página 17 Mercure / Página 26 New Ímãs / Página 33 NZ Philpolymer / Página 31 Olifieri / Página 02 Oyster / Página 35 Recyclean / Página 15 Seibt / Página 13 Shini / Página 36

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36 > Plรกstico Nordeste >


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