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Editorial DIVULGAÇÃO
Expediente Ano XIII - # 151 - Março de 2014
Conceitual - Publicações Segmentadas www.revistaplasticosul.com.br R. Vicente da Fontoura, 2629 - Sala 03 CEP: 90640-003 - Bairro Petrópolis Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3062.7569 plasticosul@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844 Redação: Brigida Sofia Consultor de Redação: Júlio Sortica Departamento Comercial: Clarice Fernandes, e Débora Moreira Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777) Capa: divulgação Plástico Sul é uma publicação da editora Conceitual - Publicações Segmentadas, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 8.000 exemplares. Filiada à
Apostando na superação
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e no editorial anterior nosso foco era uma aposta na Copa e Eleições para conseguir melhorar o desempenho da economia, agora acrescente-se a estes fatores um novo ingrediente: a superação. Parece mesmo que Copa do Mundo e Eleições não serão agentes suficientes para que o Brasil retome o caminho do desenvolvimento. Será preciso, acima de tudo superação. E o Governo Federal, entre outros pecados, deu dois escorregões feios e que agora estão aí, tornando a presidente Dilma Rousseff em uma espécie de “Geni” da música do Chico Buarque de Holanda. Além da oposição, também economistas conceituados condenam as negociações equivocadas da Petrobras e o financiamento para uma empresa nacional construir um porto em Cuba. Mas em algum lugar do universo, no entanto, estes problemas parecem ser possíveis de serem solucionados...com planejamento e muito trabalho. Esse lugar chama-se Santa Catarina, a cada ano, onde o setor plástico dá demonstrações de superação, apresenta novidades, busca novos caminhos e cria situações positivas. Por isso merece destaque na nossa edição. E em outro ponto deste mesmo universo, um pouco mais abaixo, outro setor produtivo consegue mobilizar mais de 40 mil pessoas de 41 países em três dias para visitar uma feira setorial. O quê? Onde? Pois isto aconteceu durante a 38ª edição da Fimec, o segundo maior evento do mundo direcionado ao setor coureiro-calçadista, realizado em Novo Hamburgo (RS). E isso ocorre porque, apesar das mazelas, do câmbio, das restrições aduaneiras de países vizinhos, da concorrência asiática, as empresas continuam investindo e tentando ser mais competitivas e eficientes. Nesse cenário, o plástico pega carona na indústria do calçado, que ressurge com novidades tecnológicas e de sustentabilidade. E como o plástico é nosso produto nobre, nada mais justo do que destinar um bom espaço para contar como o design interfere no processo de consolidação dos produtos e fixação de marcas. Para completar, uma ótima entrevista do Elivir Desiam, presidente da Fenac, uma das responsáveis pelo sucesso da Fimec. Nossa edição também brinda as últimas notícias do setor plástico, como a premiação da Festo, a unificação de ações da Wittmann Battenfeld e outros assuntos como a feira interna da Pavan Zanetti. Na questão de sustentabilidade temos novidades em reciclagem com a Água Schin, as embalagens da Del Valle e o programa do Sinplast-RS. Enfim, aproveite. Boa leitura!
ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas Marca Registrada:
Melina Gonçalves / Editora melina.goncalves@conceitualpress.com.br 6 > Plástico Sul >>>
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A meta é qualificar e crescer O
setor coureiro-calçadista é um dos mais representativos componentes da economia brasileira e, especialmente do Rio Grande do Sul. Nesse contexto, ganha destaque o parque de exposições da Fenac, localizado em Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Com 18 hectares de área, está a apenas 40 km do Aeroporto Internacional Salgado Filho e a menos de duas horas/vôo de São Paulo, o centro de negócios do Mercosul, ou de Buenos Aires, por exemplo. Alguns dos grandes eventos do cenário internacional são realizados na Fenac, entre eles a Fimec, segunda maior mostra mundial do complexo coureiro-calçadista. Também são destaques outros eventos, como a Feira da Loucura por Sapatos, Construsul, Feipet, Mostratec, DGEX e Expoclassic. Durante o ano de 2013 a Fenac contabilizou a realização de 78 eventos, que atraíram aos pavilhões mais de 400 mil pessoas relacionadas aos mais diversos setores. A Fenac tornou-se o único Centro de Feiras e Eventos da América do Sul a contar com uma estação de metrô junto ao seu parque de exposições, facilitando ainda mais o acesso de expositores, empresários e público visitante, ampliando sua importância no cenário mundial. Nesta entrevista exclusiva para a revista Plástico Sul, Elivir Desiam, diretor-presidente da Fenac, 52 anos, com formação em Administração de Empresas na Feevale, conta sobre a missão da empresa, a importância do setor coureiro-calçadista, o uso do plástico no calçado, as novidades tecnológicas, o fator cambial, a presença asiática e os desafios do setor nos próximos anos, com foco na qualificação e no crescimento nas vendas.
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PlastVipElivir Desiam / Fenac
Revista Plástico Sul - A Fenac é uma das principais promotoras de eventos do setor calçadista, não apenas do Brasil, mas do mundo. Como a empresa conquistou este status? Qual a estratégia? Elivir Desiam - A Fenac tem uma história que se confunde com a do próprio município onde está localizada e também com o Vale do Sinos. A força do setor calçadista fez com que o nome Fenac fosse levado além fronteiras e este conceito positivo é cada vez mais reforçado a partir dos eventos de sucesso aqui organizados. A estratégia nos últimos anos tem sido a de qualificar e profissionalizar cada vez mais todas as áreas da Fenac, além de ampliar o número de eventos e diversificar os segmentos. Plástico Sul - Recentemente a Fenac promoveu a 38ª FIMEC, considerada a segunda maior feira do setor do mundo, e que foi novamente um sucesso. Como se explica esse desempenho, de ter 1.200 marcas em exposição e mais de 40 mil visitantes? Elivir Desiam - Pelo fato de que a FIMEC é a única feira que abrange absolutamente todas as áreas deste grande complexo. Para estar por dentro das novidades, para prospectar negócios e para a tão importante troca de informações do setor, é fundamental estar na FIMEC. Plástico Sul - Conforme a divisão de setores da feira, percentualmente, quem foi maioria: fabricantes de máquinas e equipamentos? De resinas, aditivos, tintas e afins? Acessórios? Ou outro? Elivir Desiam - Máquinas e Equipamentos são sempre a maioria dos expositores, mas os componentes e acessórios também ocupam importante parte deste evento. Estes percentuais variam bastante de ano
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para ano. Antes mesmo do término desta edição já passamos a trabalhar na próxima edição, que acontecerá de 17 a 20 de março de 2015. Plástico Sul - Ao final do evento, feita a avaliação, é possível fechar um balanço de volume de negócios e de participantes em geral (visitantes e equipes de trabalho e apoio)? Elivir Desiam - A FIMEC não divulga estes números, pois se trata de uma feira onde muitos negócios são fechados no próprio ambiente do evento, mas centenas de outros são concretizados nos meses seguintes à feira. Então, seria impossível mensurar valores num segmento como este. Plástico Sul - Conforme estimativas dos expositores houve em média um crescimento de 10% nas vendas. Há um entusiasmo e já existe uma meta a ser alcançada na próxima FIMEC, em março de 2015? Qual é? Elivir Desiam - Sempre trabalhamos com foco no crescimento sobre o ano anterior. Mas ainda é cedo para prever percentuais para 2015. O certo é que estamos trabalhando para repetir os bons resultados deste ano. Plástico Sul - Esta edição da feira apresentou algumas novidades aos visitantes. Quais foram? Entre estas em todas as áreas, alguma ou algumas tiveram mais destaque? Elivir Desiam - A FIMEC é uma feira de novidades. Os expositores aguardam este momento para mostrar ao mercado seus lançamentos. Cabe à Fenac formatar o ambiente da forma mais apropriada possível para proporcionar um clima favorável aos negócios. E isto aconteceu de forma muito acentuada nesta edição. Inclusive algumas empresas de maior porte escolhe-
ram a FIMEC para seus lançamentos mundiais. Plástico Sul - Como a Fenac administra a queixa de alguns setores produtivos locais da cadeia coureiro-calçadista que reclamam da concorrência de componentes fabricados na Ásia? Elivir Desiam - Nossos empresários são extremamente ágeis e capazes para superar os mais diversos desafios, e este é mais um deles. O que estamos propondo é que haja uma união de esforços e de metas por parte das entidades representativas do setor. Trabalhar em sintonia, em conjunto, e com uma visão otimista, é fundamental neste momento.
Concorrência asiática: Desiam diz que os empresários são capazes de superar este tipo de desafio
Plástico Sul - Muitos calçados começam a ter um percentual crescente de componentes de plástico
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PlastVipElivir Desiam / Fenac e borracha sintética. Isso é uma tendência ou há um limite? Seja funcional ou estético? Elivir Desiam - Os materiais mais nobres, entre eles o couro, qualificam o produto final. E o consumidor está cada vez mais consciente disto, buscando a qualidade, a durabilidade, a melhor relação custo x benefício. Há mercado para todos. Mas é preciso trabalhar muito, com foco nos objetivos a que cada empresa se propõe. Plástico Sul - Por ser uma feira internacional, como a Fenac consegue manter na FIMEC o equilibrio na questão da oscilação cambial? Elivir Desiam - Mais uma vez entra em cena a experiência dos empresários deste grande complexo do couro e calçado, que ao longo do tempo enfrentou todo tipo de adversidade, inclusive com relação ao câmbio. Para quem exporta, o câmbio em alta favorece. Já para os importadores, a alta é prejudicial. Então, é sempre apropriado buscar o equilíbrio, se capitalizar, investir em tecnologia, em produtividade, para ficar o menos suscetível possível às oscilações da moeda. Plástico Sul - A Fenac tem grande experiência
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como promotora. Tem alguma queixa quanto a falta de apoio ou excesso de tributos? De que forma? Elivir Desiam - Sempre que temos alguma demanda neste sentido tratamos de buscar o diálogo com as autoridades competentes. Apoiamos todas as iniciativas que signifiquem o fortalecimento das empresas que compõem o setor. Plástico Sul - Em que aspecto ou itens a Fenac ainda pode melhorar o conceito e desempenho da FIMEC? Elivir Desiam - Sempre realizamos pesquisas junto aos expositores, pois cabe também a eles sugerir e participar da construção de um evento cada vez mais forte, qualificado e que traga bons resultados. Da nossa parte, estamos num crescente, divulgando o evento no mundo inteiro, mostrando que é aqui, em Novo Hamburgo, nos pavilhões da Fenac, onde todos os setores estão reunidos.
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EspecialPolo Plástico de SC
Novos cenários, novas conquistas Com mais de 900 empresas de transformação plástica, Santa Catarina se destaca no cenário nacional por características bem determinantes, como localização, mão-de- obra preparada e interessada em qualificação - assim como apoio de instituições públicas e privadas neste sentido - setores bem definidos por regiões, abastecimento energético, serviços nos portos e também qualidade de vida. O ano de 2014 é de conquistas e expectativas no estado. A Abinfer, que tem sede em SC, está mais próxima da Associação Mundial de Ferramentarias, com o convite do seu presidente para a diretoria da organização internacional. Há também as apostas nos resultados do início das operações da primeira fábrica de automóveis da BMW na América do Sul e da realização da Interplast em agosto. 12 > Plástico Sul >>>
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estado de Santa Catarina tem mais de 900 indústrias de transformação de plástico em produtos essenciais para a vida humana: embalagens de alimentos, artigos de transporte, produtos para construção civil, autopeças, peças de eletroeletrônicos, eletrodomésticos, utilidades domésticas, produtos descartáveis, etc.. “Em nossa mais recente medição chegamos a um número de 32 mil empregados diretamente nas fábricas. Certamente o setor emprega outro tanto indiretamente”, comenta Albano Schmidt, presidente do Simpesc (Sindicato da Indústria de Material Plástico no Estado de Santa Catarina). Em 2013 foram processadas 980 mil toneladas de produtos plásticos transformados, com um faturamento de R$ 12,2 bilhões. “O Estado é o único em que o nível de produção per capita é equivalente a países desenvolvidos. Obviamente não servimos apenas ao Estado de Santa Catarina, pois nossas empresas têm atuação nacional e algumas também exportam quantidades significativas. A nossa diferença reside justamente no fato de termos grandes em-
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EspecialPolo Plástico de SC
Para Schmidt, do Simpesc, o aumento da produtividade e a valorização dos negócios são novos desafios
presas em diversas sub-regiões do Estado, cada uma com sua especialidade: o sul em descartáveis, o norte em produtos para construção civil e peças técnicas e o oeste em embalagens”, explica o dirigente. Schmidt acredita que ainda há espaço para crescimento em todas as áreas, mas o que chama mais atenção tem a ver com as autopeças, pois o estado deve passar a ser em breve um pólo da indústria automobilística. Como desafios para o setor plástico catarinense nos próximos anos, ele ressalta: “Devemos estar focados em duas questões-chave para nossos negócios: 1) aumento de produtividade, com mais e melhores máquinas, investimentos em TI, automação, capacitação dos funcionários e controle de qualidade e; 2) valorização do negócio de plásticos, através de ações de cadeia no sentido de melhorar a imagem, agregar valor aos produtos, inovar e exportar”, avalia. Assim como integrantes da cadeia plástica nos demais estados, em Santa Catarina todos estão sempre atentos a dois pontos: preços das resinas/ importação. “A indústria nacional de resinas tende a acompanhar a variação de preços internacionais. Porém, há no Brasil a do câmbio, o que se traduz em um elevado grau de oscilação nos preços em reais, uma vez nacionalizado o produto. A paridade com relação à importação tem sido respeitada, mas dificilmente conseguimos a mesma velocidade de repasse para nossos clientes. Portanto, sempre que os preços de resinas sobem, temos que ajustar essa situação, que pode ser um processo longo e difícil”, enfatiza. O segundo ponto é a questão tributária. “A indústria de plásticos está inserida nesse contexto de caos tributário. As medidas que têm sido tomadas, apesar da boa intenção, têm servido apenas para melhorar a competitividade do mercado informal, aquele que sobrevive do risco. A ideia de que tributar com ICMS de 4% na venda interestadual os produtos importados foi um exemplo perfeito dessa situação. O que precisamos é uma verdadeira reforma tributária, que compense quem trabalha dentro da lei e reduza a vantagem do informal”, afirma o dirigente.
Destaque no ranking
A Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico) destaca que das 11.690 empresas de transformados plásticos no País em 2012, 952 estavam instaladas em Santa Catarina, o que representa 8,1% e coloca o estado em quarto colocado no ranking. Na classificação por número de empregados, porém, SC sobe para a segunda posição. “O estado conta com importantes indústrias transformadoras, que fabricam e fornecem filmes e laminados, peças técnicas e moldes”, afirma o presidente José Ricardo Roriz Coelho. Para Roriz, o fortalecimento desse setor 14 > Plástico Sul >>>
passa pela solução de problemas horizontais da indústria associados ao “Custo Brasil” e propriamente pela criação de um ambiente competitivo à industria de transformados plásticos, com acesso a matérias primas a preços competitivos e redução de distorções tributárias que afetam especificamente o setor de transformados plásticos. Preocupado com a questão da logística reversa, o Simpesc tem seguido as recomendações da Abiplast no sentido de fazer com que as empresas atendam as determinações do Acordo Setorial e, além disso, desenvolve uma pesquisa em parceria com o IEL/SC para conhecer/mapear a cadeia de reciclagem em Santa Catarina. A atualização tecnológica também é incentivada. Em outubro passado o Simpesc realizou uma missão juntamente com a Fundação Empreender para a visita à K 2013, na Alemanha. Agora todos se preparam para a realização da Interplast em agosto em Joinville
Qualificação, foco do Sinplasc
A diretoria do Sinplasc (Sindicato das Indústrias Plásticas do Sul Catarinense) tem como bandeira a educação, ressalta o presidente Reginaldo Cechinel. “Para isso firmamos parceria com o Senai/SC–Criciúma, em um projeto de Aprendizagem Industrial intitulado ‘Controlador dos Processos da Qualidade na Indústria dos Plásticos’, exigência das empresas do setor”, informa. Com sede em Criciúma, o Sinplasc conta com 35 associadas e busca contribuir para o fortalecimento do segmento e continuar sendo um diferencial na formação especifica de talentos humanos para áreas e setores industriais, como este dos transformados. É importante ressaltar que, por tratar-se de um programa de aprendizagem (fechado para associadas ao Sindicato), os estudantes que foram matriculados têm a garantia da contração pela empresa participantes do programa. “A relevância da aprendizagem nesse projeto se dá em função de uma necessidade das empresas do segmento da Região de Criciúma, onde as mesmas se deparam com escassez de mão-de-obra com foco especifico para este segmento da indústria. Na maioria das vezes a capacitação ocorre dentro da própria empresa, não levando em consideração aspectos relevantes à formação holística do estudante, mas dando-se a maior ênfase aos aspectos técnicos que permeiam esta formação”, afirma Cechinel. Neste sentido, o Programa de Aprendizagem Industrial tem entre os seus objetivos possibilitar a formação de profissionais que compreendam o seu processo de atividade específica e também o processo global de atuação na indústria dos plásticos, que tenham iniciativa e que saibam trabalhar em equipe.
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FOTOS: DIVULGAÇÃO
EspecialPolo Plástico de SC
Palova Balzer, da Sociesc, aponta que o maior desafio hoje é a escassez de mão-deobra qualificada
Gilmar Lima: parceria da Almaco com a Universidade Positivo para o primeiro Pós-Graduação em Compósitos
Ensino atende demanda profissional
A procura por profissionais qualificados para a indústria do plástico é grande, afirma Palova Balzer, Doutora em Ciência e Engenharia de Materiais e Coordenadora dos cursos de Engenharia de Materiais e da Produção, e pós-gradução em Engenharia Metalúrgica e de Plásticos da Unisociesc. “Para minimizar estes problemas as empresas procuram os cursos de curta duração. Infelizmente o mercado é carente de profissionais preparados para atender a área de materiais, mas, talvez por desconhecimento dos estudantes que ingressam na graduação, a procura pelo curso de Engenharia de Materiais ainda é pequena”, avalia. Palova aponta que o maior desafio hoje é a escassez de mão-de-obra qualificada, mas também o fato dos prestadores de serviços (funcionários) muitas vezes trabalharem sem a sensação de fazerem parte do negócio (o intraempreendedorismo). Outro item questionado é a dificuldade da relação interpessoal e inteligência emocional. A indústria de forma geral é conhecida por pagar salários e oferecer benefícios melhores que os setores de serviços e comércio. No entanto, os processos repetitivos e a própria natureza mais formal e burocrática contrastam com quem é habituado e gosta de viver no tempo da internet e redes sociais, de mudanças rápidas, situação comum entre os jovens. Mesmo com esses desafios, ela aponta a mão-de-obra e cultura (profissionais voltados ao empreendedorismo e ao trabalho) como um diferencial/característica da indústria plástica catarinense, aliados à localização que facilita a logística de distribuição, pontos também destacados por vários transformadores. Segundo Palova, os setores da construção civil, automobilístico e linha branca se destacam no estado, mas a inserção dos polímeros na área médica ganha espaço. “Este é um nicho ainda pouco explorado, mas que temos mercado”, afirma.
Fornecedores de resinas preocupados
O setor de compósitos de Santa Catarina é importante e se manterá crescendo, apesar de algumas incertezas do mercado geral - nos segmentos naval, transporte, agronegócio e construção civil. Esta é a avaliação de Gilmar Lima, presidente da Almaco (Associação Latino-Americana de Materiais Compósitos). “A demanda dos transformadores catarinenses é a mesma de todo o Brasil: capacitação técnica, tecnologia e gestão. Com este foco a Almaco tem realizado eventos técnicos e de gestão 16 > Plástico Sul >>>
anuais e, em 2013, abriu a primeira turma de Pós-Graduação em Compósitos de Santa Catarina, em parceria com a Universidade Positivo, em Joinville”, afirma o executivo. Lima ressalta que o balanço de 2013 do estado é positivo, puxado por grandes transformadores, e as perspectivas para 2014 e 2015 são de anos muito complicados, mas com crescimento equivalente a três vezes o PIB brasileiro. Outra entidade forte, a Adirplast (Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas), segundo o presidente Laércio Gonçalves, classifica Santa Catarina como um estado muito empreendedor e com grande desenvolvimento industrial, tendo uma participação relevante na produção de plásticos no país. “Além disso, é onde se encontram algumas das maiores empresas do segmento, valorizando muito a qualidade de mão-de-obra e a inovação em suas indústrias”. As resinas de maior demanda juntos aos transformadores catarinenses são polietilenos (PE), polipropilenos (PP), poliestirenos (PS) e PVC usadas em processos de injeção, extrusão e extrusão de filmes, destinadas aos segmentos de maior atuação no estado, que são embalagens, UDs, construção civil e descartáveis.
QP investe no estado vizinho
A QP - Químicos & Plásticos, empresa paranaense com 17 anos no mercado de distribuição de plásticos de engenharia e alto desempenho, tem o mercado de Santa Catarina como extremamente importante para os produtos do seu catálogo. “Com um polo de indústria que abrange todos os segmentos, sempre mostrou sua liderança em desenvolvimento de novas tecnologias e busca por maior desempenho em seus produtos. Com isso nosso portfólio sempre encontra oportunidades para auxiliar na solução de novos componentes”, informa Rita de Cássia Rodrigues, Gerente de Vendas Sul. Os produtos mais comercializados com os transformadores catarinenses são atualmente o POM , PPS , ABS , PA66 , PC e COC, com boa participação e reconhecimento no mercado local. A Químicos & Plásticos acredita que o mercado de eletrodomésticos, automotivo, eletroeletrônico e embalagens são muito promissores para Santa Catarina. “No mercado de eletrodomésticos com certeza a demanda por conectividade (smart products) tem trazido diversas oportunidades de negócios; no segmento eletroeletrônico a demanda por produtos eco-friendly casam com nossa linha de alto desempenho; no segmento de embalagens a meta por redução de espessura, reciclabilidade
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EspecialPolo Plástico de SC Fabio Fazolim, da Cristal Master, revela que a partir de SC a empresa cresceu em outros mercados
nibilizando toda a linha commodities de cores. “A escolha do local foi realizada levando em conta que Santa Catarina está entre os outros dois estados da região. Como a distribuidora está focada em atender também Paraná e Rio Grande do Sul, concluiu-se que logisticamente irá facilitar esse atendimento”, explica a executiva.
Cristal Master conquista o Brasil
e aumento do vida útil do produto na prateleira dos hipermercados são áreas em que estamos intensificando um trabalho; no automotivo com as novas demandas por segurança, redução de combustível e metas de emissão de CO2, a Químicos & Plásticos junto com seus parceiros internacionais já traz um pacote de soluções que auxiliarão no cumprimento dessas metas”, exemplifica. A empresa estará pela terceira vez como expositora na Interplast 2014, esse ano com ampliação de área. “O mercado do Sul em especial tem demonstrado uma grande expansão em plásticos de engenharia e alto desempenho e a Químicos e Plásticos não poderia deixar de apresentar seus novos produtos e parceiros na feira. Nós acreditamos que a Interplast será um grande evento e teremos oportunidade de compartilhar as novidades e tendências que foram apresentadas na Feira K em 2013”, finaliza Rita de Cássia.
Pro-Color inaugura distribuidora
Santa Catarina realmente atrai empresas e estimula a concorrência. Assim, a Pro-Color Masterbatches, especialista em concentados de cor, com sede Cotia e filial em Bauru (SP) e uma fábrica no Nordeste, em Jaboatão dos Guararapes (PE) agora investe no Sul. O Grupo está inaugurando a Pro-Color Sul, uma unidade de distribuição em Jaraguá do Sul (SC). A missão é atender a todos os setores que usem cores, aditivos e compostos em seus produtos no Sul. A Gerente Comercial Vanessa Falcão informa que o objetivo é investir na comercialização junto aos transformadores dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul dispo18 > Plástico Sul >>>
Santo de casa faz milagre: fundada em 2004 em Joinville (SC), há três anos a Cristal Master iniciou atividades em filiais por todo Brasil (Jabotão dos Guararapes/PE, Itupeva/SP e São Leopoldo/RS). Na sede local conta com uma área de 8.000 m² e capacidade produtiva de 12.000 ton/ano, possui uma linha completa de masterbaches, concentrados colorantes, aditivos, tingimentos técnicos, dentre outras especialidades entre os 22 mil produtos da linha. “A Cristal Master atua fortemente em todos os segmentos de transformação termoplástica. Consideramos que Santa Catarina tem uma excelente localização, até por sua proximidade a grandes polos industriais. A dificuldade que tínhamos quanto à localização, suprimos através das filiais, que diminuem nossa distância de certas regiões”, analisa o Gerente Comercial Fabio Fazolim. Santa Catarina já representou muito do faturamento, mas com a nacionalização e internacionalização este número mudou, não porque a empresa esteja perdendo venda, pelo contrário, continua com grande crescimento, mas porque está crescendo fortemente em outras regiões. “Hoje o mercado catarinense é muito diversificado, atendemos desde o setor alimentício e de brinquedos até os transformadores de descartáveis, filmes e construção civil”, explica o executivo. Com o crescimento surgiram novos desafios, entre eles estão encontrar mão-de-obra especializada, a forte concorrência com produtos importados, os altos impostos pagos e a variação cambial. Mas a meta é ampliar negócios e entre as ações da Cristal Master está a participação na Interplast 2014. “Prepararemos um ambiente especial com 90m² para receber o público, em comemoração aos nossos 10 anos. Teremos alguns lançamentos, além da divulgação de nosso aditivo antimicrobiano à base de nanotecnologia de zinco, desenvolvida em parceria com a Kher”, completa Fazolim.
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EspecialPolo Plástico de SC
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Fábrica da BMW cria novo nicho bono, encosto dos bancos dianteiros e dos assentos traseiros, do tipo concha, e painel. Os bancos, por exemplo, foram produzidos em poliamida, pesam apenas dois quilos e oferecem rigidez, alongamento e tenacidade para atender aos requisitos de projeto do modelo. Como resultado, possuem um formato elegante e moderno, com acabamento resistente a riscos e com alta qualidade de superfície”, informa à Revista Plástico Sul a Comunicação Corporativa do BMW Group Brasil. Sobre tendências em automóveis no Brasil, o BMW Group informa que vem investindo com convicção em inovações ligadas à sustentabilidade e mobilidade urbana. O lançamento do modelo BMW i3 no Brasil está previsto para o segundo semestre deste ano.
Inovação impulsiona C-Pack
Os veículos BMW utilizam diferentes resinas e compostos de termoplásticos em vários componentes
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omo era previsto, o polo automotivo é uma das grandes apostas de quem atua em SC. Com a geração de mais de mil novos empregos até 2015, a primeira fábrica de automóveis do BMW Group na América do Sul deve acelerar o desenvolvimento socioeconômico na região de Araquari. A meta da unidade é ter 740 novos postos ocupados até o último trimestre deste ano, quando serão iniciadas as atividades produtivas, e fechar 2014 com 800 colaboradores. Até o final de 2015, serão 1.300 contratados. Para o setor plástico o avanço é expressivo porque os veículos BMW utilizam diferentes resinas e compostos de termoplásticos, como o polipropileno, que tem boa resistência e estabilidade química em para-choques, cobertura da cava de roda e revestimento lateral; o polietileno, que também é quimicamente estável e tem boa resistência ao envelhecimento, utilizado no depósito de combustível e depósito do líquido de lavagem; e o cloreto de polivinil, que tem como característica principal a resistência às condições climáticas e é aplicado à parte inferior do automóvel. A versatilidade dos compostos plásticos possibilita diversas aplicações dos materiais. “Para o projeto do revolucionário modelo elétrico BMW i3, por exemplo, utilizamos plásticos de última geração em partes de reforço da carroceria de fibra de car-
Com sede em São José, a C-Pack tem na categoria Bisnaga e Tubos seu foco de atuação no mercado de embalagens plásticas. Pelo quarto ano consecutivo, e cinco no total, a empresa ganhou destaque na Pesquisa Pack de Preferência, da B2B Editora, em parceria com o Club de Pesquisa Opinião, Mercado e Comunicação em função de atendimento e qualidade. Com capacidade produtiva anual de 220 milhões de tubos, um extenso e diversificado portfólio, a empresa tem inúmeras variações em combinações decorativas e opções em tampas. Todos os tubos, tampas e componentes atendem aos mais rigorosos padrões de qualidade. A indústria fornece tubos plásticos para os players cosmético, farmacêutico, industrial e alimentício e tem cerca de 500 colaboradores. Entre os mais de 400 clientes nacionais e internacionais, de pequeno a grande porte, destacam-se empresas como Avon, Boticário, Johnson & Johnson, Reckitt Benckiser, Flora, L’Oreal, Natura , Jequiti, Nivea, Unilever, Kimberly-Clark, Medley, Aché, entre outros. Atualmente, a C-Pack exporta para América Latina e os EUA. Considerando que a massa crítica dos clientes está no eixo RJ/SP/PR – menos de 5% das vendas totais se destinam a Santa Catarina - uma primeira leitura pode insinuar desvantagem em estar no estado. Mas o diretor comercial Fábio Yasuda aponta fatores que mostram o contrário, destacando que estas várias vantagens não incluem incentivos fiscais: > mão-de-obra com grau universitário, em curso ou concluído, diferentemente de outras regiões do país; > forte apoio de instituições públicas e privadas no treinamento e capacitação da mão-de-obra para operações industriais; > abastecimento
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rotineiro do principal insumo, resina plástica, pelo único fabricante brasileiro (Braskem); > estabilidade do abastecimento energético, com forte potencial de melhoria nos próximos anos; > corredor para o Mercosul, importante em função das exportações para o mercado latino-americano; > excelente oferta de portos internacionais tanto para exportações (quase 10% das vendas da C-Pack) quanto a importações (o parque fabril da empresa é composto por equipamentos na maioria europeus), com agilidade diferenciada nos processos aduaneiros; e qualidade de vida dos colaboradores, que reflete diretamente nos produtos.
Copo compostável da Minaplast
Outro case de sucesso é a Minaplast, fundada em 1977 em Urussanga, sul de Santa Catarina e que está entre as primeiras indústrias de descartáveis instaladas no Brasil. Referência na produção de copos, pratos, potes e tampas descartáveis, tem produção de 8 mil toneladas/ano de poliestireno transformado e distribuição em todos os estados brasileiros com as marcas Minaplast e Brasileirinho. Em fevereiro a empresa anunciou a inserção no mercado do primeiro copo descartável compostável de fabricação brasileira, o Green by Minaplast. O produto usa como matéria-prima o ácido polilático (PLA), fabricado a partir de plantas como o milho e que, em usina, decompõe-se totalmente em um prazo de 90 a 120 dias. Só no primeiro semestre deste ano serão produzidos 10 milhões de copos com capacidade para 200 e 300ml. A distribuição começou em março pelas grandes redes varejistas do sudeste do Brasil e será gradativa nas demais. Por enquanto, ocorre principalmente nas regiões Sul e Sudeste A matéria-prima empregada no Green é da marca Ingeo, importada dos EUA e com todas as certificações internacionais de compostabilidade
exigidas também pela Europa e Japão - e que não utiliza petróleo em sua composição. Como o ácido polilático não tem resistência ao calor os copos compostáveis só poderão ser utilizados para servir bebidas frias ou geladas. “Com a discussão cada vez mais frequente em torno da sustentabilidade, a Minaplast vislumbrou a oportunidade de apostar no produto compostável, uma vez que já existe uma mudança gradual de comportamento no que diz respeito aos cuidados com o meio ambiente. Assim a empresa saiu na frente ao contemplar um público que não quer abrir mão da praticidade dos descartáveis”, explica o Gerente Comercial Rafael Termehr. A sustentabilidade tem forte apelo atualmente, mas o preço também e é importante para atrair o cliente às gôndolas. Neste caso, a matéria-
C-Pack tem grande capacidade produtiva, um extenso e diversificado portfólio e conquista prêmios
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EspecialPolo Plástico de SC -prima tem custo até 40% maior que a necessária para a produção de copos descartáveis comuns. O preço final depende muito da margem aplicada pelo distribuidor/atacadista, mas, segundo Termehr, foi percebido que os consumidores priorizam o benefício que o Green by Minaplast oferta, pois a matéria-prima é de fonte renovável e depois de utilizado pode ser descartado com outros produtos orgânicos que vão ser destinados a locais ideais para a decomposição.
Avanço mundial da Abinfer
Uma das metas de Christian Dihlmann, da Abinfer, é aumentar número de associados de 50 para 300
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Santa Catarina abriga a sede da Abinfer (Associação Brasileira das Indústrias de Ferramentais). A opção de ter a sede no Estado foi baseada na questão logística, uma vez que Joinville situa-se no centro do eixo Caxias do Sul/Joinville/São Paulo, as três maiores concentrações de ferramentarias no Brasil. Christian Dihlmann, presidente da Abinfer informa que em Santa Catarina prevalecem as ferramentarias focadas em projeto e fabricação de moldes para o setor de transformação de plásticos, principalmente para os processos de injeção e sopro. “Um dos principais mercados destas ferramentarias é o das empresas transformadoras de PVC, pois a região norte catarinense é a maior consumidora nacional deste polímero. Em escala um pouco menor, também os ferramentais para termoformagem e conformação de metais são fortes. Por sediar um dos três maiores polos de ferramentaria do País, Santa Catarina tem peso considerável no mercado de moldes e matrizes brasileiros”, revela Dihlmann. As ferramentarias catarinenses atendem principalmente os setores de construção civil, automobilístico e embalagens. Ou seja, em relação às peças estão incluídos todos os produtos das linhas predial, esgoto, irrigação e saneamento, as linhas de componentes automotivos de médio porte e os frascos e tampas para embalagens. Há ferramentarias em condições técnicas de projetar e construir peças de alta complexidade, mas a grande maioria das empresas atua com peças de média e baixa complexidade. Dhilmann destaca que Joinville é a terceira maior cidade da região Sul e tem, há muitos anos, vocação nos segmentos de metal mecânica e de transformados plásticos. “Está estrategicamente próxima a três complexos portuários do Sul (São Francisco do Sul/Itapoá e Itajaí/Navegantes em Santa Catarina e Paranaguá no Paraná) e oferece profissionais qualificados para as empresas que se instalam na região. Por isso, é hoje um dos três maiores polos de ferramentarias do país”, aponta. As propostas de estruturação do setor ferramenteiro englobam quatro macro metas:
reduzir o déficit da balança comercial brasileira em 50% até 2017; gerar 2.000 empregos diretos de mão-de-obra altamente qualificada até 2017; ter superavit da balança comercial brasileira de US$ 200 milhões até 2026; e a mais audaciosa propõe estar entre os três melhores países do mundo no fornecimento de moldes e ferramentais até 2026. Atualmente com 50 associados representando 2,5% do total de empresas no Brasil, quer atingir 300 membros até 2016. Diversas são as ações em desenvolvimento, mas uma das principais foi participar da construção do Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores – Inovar-Auto. “Essa medida é benéfica porque menciona explicitamente o setor ferramenteiro na lei. A previsão da demanda de ferramentais para este programa gira em torno de 15 milhões de horas anuais e a capacidade instalada no Brasil pode atender a 6 milhões desta necessidade”, aponta.
Força do setor da construção
A indústria de transformação voltada para o setor de construção é fortíssima em Santa Catarina. Foi onde teve início a história de grandes empresas, mais especificamente em Joinville. Fundada em 2 de agosto de 1941, a Tigre conta hoje com 24 fábricas, sendo dez no Brasil. No exterior, ficam na Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Peru, EUA, Paraguai e Uruguai. Isso totaliza 7,8 mil funcionários, sendo 5,8 mil no Brasil. A sede administrativa fica em Joinville, onde também está uma de suas unidades. “A fábrica local é uma das mais importantes, mas não podemos revelar sua representatividade”, diz Thomas Karsch, gerente Corporativo de Marketing da Tigre. A empresa é grande e tem marca muito forte, mas também precisa lidar com o avanço de concorrentes de grande porte que investem de forma agressiva no mercado da construção e reformas no Brasil. “A Tigre, na posição de líder do setor, tem mantido seus investimentos em inovação (lançamos cerca de 500 produtos ao ano), marketing e capacidade produtiva. Buscamos sempre a excelência em qualidade tanto nos processos internos quanto nos produtos, respeitando as normas técnicas vigentes. Nossa atuação ultrapassa as fronteiras do Brasil, o que nos torna competitivos também em mais de 40 países”, diz Karsch. Mais tarde, em setembro de 1994, começou a trajetória da Krona Tubos e Conexões, fundada com 600 m² e apenas quatro funcionários. Em 2014, a empresa completa 20 anos de atuação no mercado brasileiro, com três unidades, 850 colaboradores e participação nos
pontos de venda de 30% em conexões de PVC para condução de água fria no país. Reconhecida por prêmios nacionais anualmente, a empresa está entre as maiores do Brasil nos segmentos de tubos e conexões de PVC para água fria e esgoto, segundo a pesquisa Anamaco/Ibope 2013. Com capacidade de produção de 54 mil toneladas/ano, ocupa uma área total de 330 mil m², com área construída de aproximadamente 60 mil m², divididas em duas unidades no Sul e uma no Nordeste - a primeira fábrica fora da região Sul, em Marechal Deodoro /AL, iniciou suas atividades em março de 2012. Em 2006 a Krona adquiriu uma fábrica especializada em acessórios sanitários, também em Joinville, que produz aproximadamente 150 toneladas/;mês. Em 2008 voltou a ampliar a Unidade Vila Nova, duplicando a produção. Instalou uma moderna fábrica de tubos de PVC para condução de água fria, que fez a empresa crescer 55% no mercado de tubos na região Sul. “O crescimento da Krona em 2013 foi de 20% em capacidade produtiva”, destaca Valdicir Kortmann, diretor de Vendas e Marketing. A Krona tem um mix de 550 itens e uma ampla linha de acessórios para construção civil. A principal estratégia é expandir a participação no cenário nacional e investir na complementação das linhas. Outra empresa forte é a Amanco, uma marca da Mexichem Brasil (Amanco, Bidim e Plastubos), subsidiária do Grupo Mexichem, com atuação nos setores de tubos e conexões e de geotêxteis nãotecido. A Mexichem Brasil possui cerca de três mil colaboradores e nove fábricas no Brasil sede administrativa em São Paulo, capital. “O mercado catarinense tem muitas fábricas regionais de diversos segmentos e, especificamente falando de tubos e conexões, concentra as maiores do Brasil. Temos duas fábricas em Joinville, onde produzimos as marcas Amanco e Plastubos. Estamos muito bem posicionados no mercado de SC. A marca Amanco é líder na América Latina”, diz Adriano Andrade, gerente Nacional de Vendas da Mexichem Brasil. Desde sua criação a Amanco tem investido no marketing de forma agressiva e compreende que ele tem papel importante na construção de sua reputação, imagem e reconhecimento. Recentemente a marca lançou seu novo ícone de identificação e trabalhou de forma intensa para popularizá-lo. Vale lembrar também do sucesso do jingle “Amanco! Amanco!”. “Além de oferecer escolha aos consumidores na compra de tubos e conexões, a marca tornou-se referência no segmento em tempo recorde. Os excelentes resultados podem ser atribuídos
ao forte investimento em inovação e às estratégias de comunicação e marketing, além do fato de a sustentabilidade estar integrada à estratégia de negócio”, afirma Andrade.
A importância da Interplast
Em sua oitava edição, a Interplast, que acontece entre 16 e 22 de agosto, contará com mais de 500 marcas expositoras, abrangendo soluções e tecnologias nos segmentos de máquinas e equipamentos, transformadores, ferramentarias, embalagens, matéria-prima, periféricos, design e serviços, distribuídos em 21 mil m² de área. Em paralelo à feira acontece o Cintec 2014 Plásticos – Congresso de Inovação Tecnológica -, organizado pela UniSociesc. A expectativa é reunir 600 congressistas em torno de temas de interesse do setor plástico. A EuroMold BRASIL – Feira Mundial de Construtores de Moldes e Ferramentarias, Design e Desenvolvimento de Produtos -, ocorre pela segunda vez junto à Interplast, viabilizada por meio de joint venture entre a Messe Brasil e a Demat, uma das mais representativas empresas privadas de organização de feiras da Alemanha. O diretor da Messe Brasil Richard Spirandelli destaca que o evento ganhou projeção nacional como o único no Brasil voltado para os construtores de moldes e ferramentas, design e desenvolvimento de produtos. “Este ano a feira estará bastante focada em design de produtos, protótipos e em engenharia de produtos”, diz. A Interplast tem promoção e realização do Simpesc e apoio da Abiplast e da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos). Novamente ocupará todo o complexo de exposições da Expoville. A previsão de negócios é superar os R$ 480 milhões da última edição por conta da primeira Rodada de Negócios do Setor Plástico e também da formação de um novo polo automotivo na região. “Este polo traz consigo a necessidade de investimentos, máquinas e equipamentos, além de matéria-prima para as empresas da cadeia”, explica Spirandelli. “Estamos com a planta da edição de 2014 100% ocupada desde o mês de fevereiro e com fila de espera de empresas que querem expor no evento. Teremos expositores de sete estados brasileiros e internacionais (Alemanha, China, Taiwan, Itália, EUA, França, Coréia e Portugal)”, finaliza.
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DestaquePlástico nos Calçados
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O que faz a diferença
O calçado é um produto básico e ao mesmo tempo um objeto de desejo. Do ponto de vista econômico é um desafio; na competição com a produção asiática, talvez seja o produto símbolo. Em um mercado onde a competitividade sempre aumenta, design e atendimento são ferramentas importantes ao lado das matérias-primas.
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plástico está muito presente nos calçados, visualmente ou não. A Melissa, por exemplo, consagrou-se expondo o componente, aliando-o ao luxo. Mas o material também é uma importante peça em vários estilos de calçados. Tradicional indústria fornecedora de matéria-prima para o segmento, a Coim Brasil oferece entre outros, sistemas de poliuretano poliéster na linha Urexter e TPUs (poliuretanos termoplásticos), nas linhas Laripur, Laricol e Hydrolar. A linha Urexter é utilizada para todos os tipos de solados como palmilhas, moda masculina e feminina, esportivos e calçados de segurança. Os produtos Laripur são usados nos processos de injeção
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de solados, estabilizadores, "supporters", bolhas em amortecedores e peças em sistemas de amortecimento. Já as linhas Laricol e Hydrolar são usadas como matéria prima para adesivos base solvente e base água. Bem como para a produção de filmes para dublagem. A Coim também produz o poliuretano derramado termofixo para confecção de taquinhos, nas linhas Imuthane. O Gerente de Negócios Diexter – Isoexter – Urexter, Alexandre Maia Birolim, destaca como aplicações solados, enfeites, estabilizadores, amortecedores, entressolas e cabedais. Os maiores volumes são para os solados de moda feminina e calçados de segurança, que possuem uma alta exigência física e química. Outro ponto importante a se destacar é a leveza proporcionada pelos solados produzidos com os sistemas de PU, oferecendo conforto ao usuário. Sobre a abertura de mais espaço para o plástico na indústria calçadista, ele comenta que “considerando que as solas eram feitas de couro e hoje na grande maioria são usadas resinas, o aumento dos plásticos (polímeros) foi crescente. As resinas mais usadas são TPU, PU, PVC, TR, ABS e EVA. Uma tendência constantemente avaliada é a substituição de solados de borracha por solados feitos com resinas injetadas”, observa. Cleber Scherer, Gerente de Vendas da Simco, fabricante de injetoras, aponta as aplicações em saltos, solados, sandálias, rasteirinhas, tanto na linha masculina, feminina e infantil. Ele acredita que a tendência é sempre aumentar o uso. “Como o calçado está sempre focado na moda do momento, muda algumas vezes a matéria-prima usada. Uma é o TR que está em alta, outra é o PVC Expandido. Hoje, por sua vez, o EVA. Mas o PVC predomina no segmento”, afirma. O executivo destaca que hoje a Simco tem presença expressiva no setor calçadista em virtude dos modelos que foram dedicados ao mesmo. “A LOG 130M6S, 160M6S e a 210M6S são os que configuramos para o setor, com volume maior de injeção e o bombeamento variável Standart, ligada diretamente na economia de energia. Apesar de o setor calçadista ter muitos altos e baixos, ficamos sempre na expectativa do segmento, pois é um mercado importante pra economia do nosso país”, avalia. A PVC Sul ressalta sua forte identificação com o segmento por estar situada em São Leopoldo, na região do Vale dos Sinos, polo calçadista do Rio Grande do Sul. “Atualmente é o segmento de maior
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representatividade em nossas vendas. Oferecemos materiais personalizados, buscando inovações e produtos diferenciados. Produzimos compostos de PVC para as mais variadas aplicações, com uma ampla linha: cristal, natural, nitrílico, especialidades e expandido microcelular Vipflex”, explicam Mônica Debarba e Fábio Luis Marques, da área de Desenvolvimento de Produtos. Segundo os especialistas o plástico proporciona soluções que facilitam e simplificam processos de produção, substitui materiais mais caros com vantagens, diminuindo a necessidade de mão-de-obra. Mas com relação às matérias-primas utilizadas, não há muita margem para reduzir custos, pois as resinas são commodities que acompanham a variação do mercado internacional e a quantidade de fornecedores é reduzida. “As principais aplicações do plástico no calçado são para solados, modelos “full plastic “ e componentes em geral. O maior volume se dá em solados e, dentro de nossas linhas, o produto de maior sucesso é o que agrega leveza, acabamento e boas propriedades mecânicas. É um material de fácil transformação, podendo ser usado nos mais variados modelos de calçados. Este material mudou o conceito do PVC no mercado de calçados, razão pela qual a PVC Sul registrou a marca Vipflex”, afirmam. Multinacional com forte atuação na cadeia do plástico, a Basf também oferece soluções em poliuretanos termoplásticos e termofixos para produção de solados, entressolas, palmilhas, amortecedores, bolhas, estabilizadores, entre muitos outros. “Um dos requisitos que aumenta a demanda do uso do PU na indústria calçadista é a exigência ao conforto. O conceito bidensidade é um dos mais utilizados quando a exigência é o conforto. Porém, outro segmento que se destaca é o da palmilha de PU, que confere uma
excelente distribuição da pressão plantar, melhorando muito o conforto do calçado”, explica Rudnei Assis, responsável técnico e comercial de Materiais de Performance para o segmento calçadista da Basf. Assis lembra que o fator custo é importantíssimo para a cadeia calçadista, pois o PU e TPU são especialidades que agregam sempre a qualquer tipo de calçado. “Acreditamos definitivamente no poder da informação: quanto mais os profissionais ligados na indústria calçadista conhecerem o PU como componente, mais crescerá sua aplicação”.
O fator custo é vital para a cadeia calçadista, pois o PU e TPU são especialidades que agregam
O Fator China
Na competição com a força da China, o calçado talvez seja o produto símbolo. Especialmente no sul do Brasil. Neste sentido, além dos desafios na-
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DestaquePlástico nos Calçados
Rudnei Assis, da Basf, diz que a exigência de conforto aumenta a demanda por PU nos calçados
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turais da indústria, os transformadores precisam ter esta atenção especial. Com o objetivo de melhorar a qualidade com custos mais competitivos, o setor tem trabalhado com o desenvolvimento de materiais naturais, mas a grande maioria dos produtos ainda são baseados em componentes sintéticos, principalmente porque o custo é maior quando trata-se de insumos naturais, aponta Rudnei Assis, responsável técnico e comercial de Materiais de Performance para o segmento calçadista da Basf. O executivo explica: “Boa parte do nosso trabalho está na busca de inovações que tragam benefícios para indústria calçadista, seja na redução do consumo de energia com materiais que dispensam fusão antes do uso e também na redução de peso para ganho de conforto e melhora de propriedades mecânicas”. Cleber Scherer, da Simco, diz que o Governo tem aplicado uma fiscalização mais rígida na entrada de produtos aonde a tributação possa estar contribuindo para as facilidades de mercado. “Mais uma alternativa são os incentivos internos implantados em algumas regiões como o Nordeste, por exemplo. Muitas empresas da região Sul migram para essa região porque passam a ter um poder maior de competir no mercado nacional. Vejo que esse é um problema sério, pois não vimos na matéria-prima um incentivo na questão de valores, mas isso é um problema mundial”, explica. Para Alexandre Birolim e Marco Kurkowski Representante de Vendas Laripur - Laricol – Hydrolar, da Coim, atualmente qualidade é um pré-requisito, tanto nos lotes iniciais como ao longo de um ciclo de vida de um produto. “Através de ciclos de tempo menores, bem como de uma logística adequada pode-se levar vantagem em relação a produtos importados da China. Assistência técnica no processo e no desenvolvimento normalmente são pontos que a indústria brasileira tem como vantagem. Garantia e contratos de abastecimento podem ser usados a favor das indústrias brasileiras. Referente a custos a situação é complicada, necessita constante avaliação de todos os impostos dentro da cadeia do calçado”, comentam os executivos. Mônica Debarba e Fábio Luis Marques, da PVC Sul ressaltam que, com relação à China, é preciso compensar o custo baixo dos produtos que entram de lá com agilidade, flexibilidade e qualidade. “Muitas vezes é possível indicar uma alternativa de material aos clientes, o que acaba reduzindo custos, seja de maneira direta ou por ganho de processo. Como fornecedor de materiais especiais, inclusive em lotes pequenos quando necessário, fidelizamos os clientes, que não encontram estas opções de materiais vindos de fora”, explicam. Há uma convicção no mercado segundo a
qual, fora da China e países em situação semelhante, apenas produtos de maior valor agregado sobrevivem ou que esta seria a melhor escolha. Para Assis, da Basf, isso varia. “Sempre que se trata de calçados precisamos saber de que segmento específico estamos falando, pois se nos referirmos a calçados para uso casual existirá um cenário mais favorável quando competimos com eles com produtos com valor agregado, ou com referências à moda brasileira. Se falamos de esportivo já não podemos afirmar, porque eles também fazem muitos calçados com tecnologia. Não podemos esquecer que o Brasil é o terceiro maior produtor de calçados do mundo e já criamos uma identidade do produto brasileiro e acredito que este seja o caminho para sobreviver frente a estes concorrentes”. Cleber Scherer, da Simco, contesta: “Não vejo exatamente dessa forma, nossa realidade hoje é escala de produção, a maioria das empresas, salvo algumas exceções, dependem de fabricar muito com o valor agregado menor e sim ganhar é na quantidade”, diz. Alexandre Maia Birolim e Marco Kurkowski, da Coim, concordam parcialmente. “Tratando-se de produtos que tem um ciclo de vida curto, influenciados fortemente por uma moda local e passageira a tendência é dos produtos fabricados nacionalmente levarem vantagem”. Já Mônica Debarba e Fábio Luis Marques, da PVC Sul, acreditam que em mercados de baixo custo não há como competir. “Atualmente os produtos de maior valor agregado são os que têm uma diferenciação, qualidade superior, aliada a outros fatores como marcas consolidadas, moda e design brasileiro. O uso de materiais recicláveis e ecologicamente sustentáveis, uso de fibras naturais, isenção de produtos não permitidos (substâncias restritas), também agrega valor ao PVC no mercado calçadista”.
Melissa – o plástico como luxo
Criada em 1979, a marca Melissa é reconhecida no Brasil e no mundo por seu trabalho de curadoria em moda, arte e design, além do desenvolvimento inovador de sua matéria prima principal: o plástico. Ainda nos anos 1980 lançou sua primeira parceria internacional com o renomado estilista Jean Paul Gaultier, levantando naquela época a bandeira do luxo acessível e da democratização do design. De lá pra cá, foram mais de 20 projetos com nomes celebres da moda, design, música e celebridades. No começo, além de Gaultier, Patrick Cox e Thierry Mugler também fizeram criações inovadoras e ousadas. Em 2004, começou a duradoura e bem sucedida parceria com os renomados Irmãos Campana. Na sequência, os designers J. Maskrey, inglesa reconhecida por seu trabalho com cristais, e Karim Rashid, egípcio conhecido como o “Príncipe
templos da moda mundial se rendem à Melissa com seu inconfundível design em plástico e consagram a marca como objeto de desejo. Na França, na Inglaterra, no Japão e Hong Kong, as criações da marca brasileira estão nas lojas mais badaladas. O sucesso também ocorre nos EUA, pois além da Galeria Melissa NY, a marca ocupa as prateleiras das mais renomadas lojas das Costas Leste e Oeste, sem esquecer de Miami Beach, Los Angeles e Dallas. Também está em Portugal, na Itália e na Turquia, além da Grécia e Holanda. Há anos, a Melissa integra o calendário das principais feiras nos mercados europeu e americano e comemora a excelente repercussão, a cada nova coleção.
Tecnologia e sustentabilidade
A Melissa é apaixonada pelo novo e seu principal desafio é aliar tecnologia de ponta ao design, dando aos seus produtos novas formas, cores e acabamentos. Hoje, a Melissa utiliza o Melflex em sua fabricação. Esse material é o melhor termomoldável flexível que existe, pois além de resistente, oferece muito mais conforto e suavidade ao toque. Os acabamentos também mereceram atenção especial, e o processo 3DB, que torna possível estampar conteúdo na superfície dos diversos produtos da Melissa. Outra novidade foi o flocado, presente em inúmeros lançamentos da marca, a cobertura aveludada dá um ar muito mais sofisticado e inovador. Vale ressaltar ainda, um patrimônio da Melissa, seu inconfundível “cheirinho de tutti frutti”. A tecnologia caminha lado a lado com a preservação ambiental. A Melissa tem um histórico de adoção de algumas práticas para garantir o desenvolvimento sustentável de todas as suas fábricas, localizadas no Sul e no Nordeste do país. A criação de um modelo Melissa leva em conta pouco gasto de energia na fabricação, uma vida útil maior, a possibilidade de reutilização e a facilidade de desmontagem e reciclagem. A Melissa sabe e acredita que o desenvolvimento sustentável não é uma política da exceção. É uma rotina que deve ser praticada e que sempre terá o que há de melhor para levar as pessoas um produto seguro e responsável, sem abrir mão do design, do estilo e da vanguarda.
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do Plástico”, também assinaram suas Melissas. Em 2008, duas mulheres juntaram-se à lista: a estilista britânica Vivienne Westwood e a arquiteta iraquiana Zaha Hadid. Nos últimos anos, a Melissa não parou de surpreender suas fãs com parcerias, como o talentoso Gareth Pugh, de Londres, e o carismático Jason Wu, de Taipei, dois fortes nomes da nova geração de estilistas da alta costura. Mais recentemente, Alessandra Ambrósio e Julia Petit também customizaram modelos da marca, além do estilista Pedro Lourenço e da tradicional marca de estamparia inglesa Liberty Art Fabrics. O objetivo da marca é buscar o novo, lançando e recriando tendências e o resultado desse trabalho já é reconhecido nos quatro cantos do mundo. Prova disso, é que em 2009, a Melissa teve dois modelos citados no livro “50 sapatos que mudaram o mundo” (Fifty Shoes That Changed the World), produzido pelo Museu do Design de Londres. Melissa Lady Dragon + Vivienne Westwood e a Melissa + Zaha Hadid foram os eleitos pela publicação. A Galeria Melissa SP revolucionou o conceito de flagship store, levando conteúdo e cultura para suas instalações. Projetada por Muti Randolph em 2005, é um espaço onde diferentes universos, como a arquitetura, a arte, o design e a moda, convivem lado a lado. A Galeria foi idealizada como um canal de comunicação e reúne diferentes colaboradores, paixões, inspirações e desejos. Atualmente já está nos principais roteiros de São Paulo, recebendo turistas de todo o Brasil e do mundo. A Galeria já sediou exposições de vários artistas e designers renomados. E cada vez mais a marca investe em visibilidade internacional. Em 2012, foi o ano de apostar na expansão e inaugurar a primeira Galeria Melissa fora do Brasil. O ponto escolhido, não poderia ser mais estratégico: a Big Apple, coração efervescente da América do Norte, multicultural, contemporânea, colorida e absolutamente inspiradora. Instalada no histórico e badalado bairro do Soho, a Galeria Melissa NY, é a concretização de um desafio: criar um espaço introspectivo que contrastasse com o cenário agitado e super urbano de Nova York. Com mais de 30 anos, marcados pela vanguarda no design e posicionamento de marca, a Melissa cria mais uma experiência de compra para as suas clientes: depois das Galerias Melissa, da loja virtual e do Melissa Love Spot, o mais novo investimento é o Clube Melissa. A rede de pontos de venda exclusivos já começa a funcionar em 44 endereços diferentes e pretende inaugurar mais 156 novos endereços até 2014. Em mais de 30 anos de existência, a Melissa fabricou mais de 32 milhões de pares e atualmente é vendida em mais de 50 países. Os
Melissa: um case de sucesso, com evolução no design, nos componentes e no conceito
*Veja nesta edição uma matéria especial sobre design de produtos.
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EventoFimec 2014
Resultados positivos FÁBIO WINTER E LU FREITAS
Entidades e expositores comemoram os negócios encaminhados durante a 38ª edição da feira, que teve 40 mil visitantes de 41 países. Agora a Fenac lança uma nova meta ao setor: vender 1 bilhão de pares até o final de 2015
A manifestação do diretor-presidente da Fenac, Elivir Desiam, foi sintomática. “Os cartazes de equipamentos vendidos e as afirmações de muitos empresários informando suas projeções de vendas durante a feira indicam um crescimento de no mínimo 10% com relação ao ano passado. Fizemos um trabalho muito focado nos principais polos calçadistas brasileiros e também em outros países, o que se refletiu em visitantes muito qualificados, com poder de decisão. Tudo isto colaborou para que tivéssemos um grande evento. O desafio agora é fazer uma Fimec ainda maior e melhor no próximo ano”, afirmou. Ele voltou a conclamar as entidades representativas do setor para que trabalhem em união e estabeleçam metas conjuntas. Uma delas é alcançar 1 bilhão de pares vendidos no mercado interno e no exterior até o final de 2015. No ano que vem a feira acontece de 17 a 20 de março.
Elogios e estímulo
Dirigentes de entidades avaliaram positivamente a feira, pelas novidades, movimento e visitantes
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s resultados da 38ª Fimec – Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes, realizada de 18 a 21 de março nos pavilhões da Fenac, em Novo Hamburgo (RS) não poderiam ser melhores: negócios em alta e uma visitação altamente qualificada foram as duas principais características ressaltadas na avaliação. Durante quatro dias o evento consolidou mais uma vez a posição de segunda mostra mais importante do mundo no setor coureiro-calçadista, recebendo lançamentos e novidades expostas por mais de 600 expositores, que representaram aproximadamente 1.200 marcas. Cerca de 40 mil pessoas de 41 países passaram pela feira, que justificou o seu slogan de “a única que tem tudo”, reunindo desde um pequeno acessório até a demonstração de equipamentos, componentes e produto final por meio da Fábrica Conceito e do Estúdio Fimec.
As entidades parceiras na realização da Fimec foram unânimes em destacar os bons resultados durante a coletiva de imprensa de avaliação. O presidente da ACI-NH/ CB/EV (Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha), Marcelo Clark Alves, reafirmou a consolidação do evento. “Temos um longo histórico com a Fimec desde o início e ela vem se consolidando cada vez mais. Acredito que a qualidade das visitas que tivemos é o ponto principal a ser destacado. Em uma feira como esta a quantidade é o que menos importa. O que realmente vale é a qualidade, e isto foi muito bom. Ouvimos as empresas e elas estão satisfeitas com os resultados. Isso nos dá uma perspectiva muito boa, especialmente em um ano atípico, com Copa do Mundo e eleições. Saio feliz da feira porque ela atendeu às expectativas e, em alguns casos, superou o esperado”, ressaltou o dirigente da ACI. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos para os Setores do Couro, Calçados e Afins (Abrameq), “a cada ano que passa, a Fimec se mostra mais forte. Podemos dizer, tranquilamente, que a Fenac tem plenas condições de
Tamanho e qualidade
Valdemar da Silva, presidente da Associação Brasileira de Estilo e Cultura Calçadista (Abecca), lembrou que a feira vem crescendo em tamanho e qualidade a cada ano. “A Fimec é um momento de encontro entre
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suportar e fazer evoluir esta feira. No sentido de valorizar e estimular os fabricantes de máquinas, digo que nossas ações foram um sucesso. Quando entidades se unem para ações coletivas, o resultado é positivo. Destaco também a forte qualificação dos visitantes. O volume não é o diferencial, mas sim a qualificação de quem chega para conhecer os produtos do expositor. Isso é resultado do trabalho intenso de visitas aos polos calçadistas de todo o País realizado pela Fenac”, afirmou o presidente da entidade Marlos Schmidt. Para a Assintecal (Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos), a feira é sempre um ponto de encontro do setor. “Estamos satisfeitos em, mais uma vez, poder mostrar nossos produtos, lançamentos, novidades, aquilo que nossos associados apresentam aqui. O Projeto Comprador teve a presença de empresários de toda a América Latina, o que demonstra que estamos sendo cobiçados pelo mercado externo e, nesse sentido, temos também de fazer um trabalho de proteção de nosso mercado. É importante observar este crescimento, com toda a certeza, mas precisamos estar atentos à valorização do produto nacional, que emprega tanta gente e também tem grande participação nos números de exportação”, avaliou o representante da entidade, Fernando Nicory.
profissionais e empresas. Ela está completa em todos os sentidos, e neste ano foi enriquecida com o Estúdio Fimec. Vejo, para o próximo ano, que há espaço para crescer, o que também é positivo. Foi uma feira muito importante e estamos muito satisfeitos”. Em nome da Associação Brasileira de Químicos e Técnicos da Indústria do Couro (Abqtic), o diretor-executivo Etevaldo Zilli ressaltou que a feira representa muito para o setor. “Na nossa avaliação a feira foi um sucesso e nós tivemos uma participação interessante. Estamos muito satisfeitos com a edição 2014 da Fimec e nos colocamos à disposição para sempre ajudar”. Na avaliação do presidente do Centro
Coim trabalha com sistemas de PU poliéster na linha Urexter e TPUs e teve boa visitação na feira
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EventoFimec 2014 das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), Fernando Bello, a Fimec tem uma importância fundamental para o setor. “Tivemos aqui dois momentos de grande importância. Primeiro, nossa presença no lounge na entrada da feira, onde podemos apresentar a Lei do Couro, que nada mais é do que explicar: couro é couro e sintético é sintético, não existe couro sintético. Esta foi uma grande oportunidade de poder explicar isso. O outro grande momento importante foi trabalhar para facilitar a vida dos curtumes nacionais, reforçando, e acima de tudo, mostrando a força do couro brasileiro”. Para o presidente da Associação das Indústrias de Curtumes do Rio Grande do Sul (AICSul), Moacir Berger, a Fimec é uma feira que tem tudo. “Esta é uma feira intimamente ligada ao nosso setor do couro, e a cada edição ela tem se aprimorado. Nossos expositores trouxeram suas inovações para apresentar na Fimec e saem satisfeitos por participar da feira”. O presidente do Instituto Bra-
sileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC), Paulo Griebeler, também ressaltou a grande movimentação durante o evento. “Tivemos agenda lotada nos quatro dias de feira, pessoas do Brasil e do exterior em busca de novidades em tecnologia e inovação. Estamos num momento muito positivo e temos de vivê-lo ao máximo, sem lamentar muito. Podemos ver o setor se articulando e algo que nos deixa muito contentes é ver empresas voltando para o instituto. A Fábrica Conceito foi um sucesso, deu visibilidade ao processo que vivenciamos todos os dias. Temos aqui a inteligência do calçado, o maior cluster deste país, precisamos festejar este momento positivo e cada vez mais intensificar nosso trabalho”.
Sucesso da Fábrica Conceito e Estúdio Fimec
Comemoração, brindes e alegria. Este foi o clima de encerramento da 38ª edição da Fimec, a feira que movimentou intensamente os pavilhões da Fenac entre 18 e 21 de março, em Novo Hamburgo. Dois dos maiores projetos da mostra do setor coureiro-calçadista – a Fábrica Conceito e o Estúdio Fimec – foram palco para os momentos finais da festejada edição. O diretor-presidente da Fenac, Elivir Desiam, ao lado dos presidente do IBTeC, Paulo Griebeler, e de Luis Coelho, da Coelho Assessoria, agradeceu ao integrantes que permitiram o funcionamento e apresentação das duas iniciativas. De um lado, o Estúdio Fimec, que mostrou as inspirações e o processo criativo de designers. De outro, a Fábrica Conceito, apresentando todo o ciclo de produção de um calçado. “Sapato não se fabrica sozinho, precisa de alguém que se inspire, que crie. Esse pavilhão mostrou todo o complexo calçadista, todo o potencial que temos”, afirmou Desiam. Integração - O presidente do IBTeC também ressaltou a união das duas propostas que, ao se complementarem diante dos visitantes, resultou imediatamente em negócios. “É diferente para o comprador quando visita um estande e vê a máquina isoladamente e quando percebe como ela funciona no contexto de uma fábrica. Aqui, ele visualizou a máquina em seu parque produtivo e isso facilita, sem dúvida, a compra”, avaliou Griebeler. Os 45 trabalhadores que estiveram à frente do processo criativo dos sapatos na Fábrica Conceito também foram homenageados pelos organizadores. Há cinco anos, a fábrica montada dentro da feira possibilita uma visibilidade extrema ao processo produtivo e o industriário Osmar Silva, que participa desde a primeira edição, recebeu uma placa em homenagem à sua dedicação ao projeto. “O diferencial em qualquer organização são os recursos humanos”, ressaltou Luis Coelho. 30 > Plástico Sul >>>
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Identidade e fidelização
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O design é um item marcante em qualquer produto, mesmo quando não é percebido como diferenciado. Produtos homogêneos têm um estilo a ser reconhecido e, ao mesmo tempo, sempre oferecem a chance de inovar e dialogar com o público. Quando o design cria identificação, torna-se mais forte que o objeto físico. Prova disso é o caso das marcas mundiais de tênis que nem mesmo têm uma fábrica, terceirizam toda a sua produção. Também o setor calçadista evidencia como o design muda a percepção dos produtos e até das matériasprimas, como a Melissa, que transformou o plástico em luxo*. Confira as tendências em design e as novidades em matérias-primas e aditivos que agregam valor.
Tok&Stok: cadeira e conjunto de potes valorizam a integração entre o design e a funcionalidade 32 > Plástico Sul >>>
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ara o coordenador do Centro de Design da UniRitter, Mauro Martin, falar sobre design pode ser mais complicado do que parece, pois há uma tendência de pensamento de que design é somente uma cor diferente ou um formato novo "ou estranho". “É isso, também, mas não podemos deixar de falar sobre outros fatores que fazem parte do design e que podem e, acabarão, se souber utilizá-los, influenciando a compra de um ou outro produto. Sendo assim, o papel do design é de grande importância, pois o profissional e/ou empresa que conhece estes fatores ou, no mínimo, sabe utilizá-los estarão em vantagem. Dentre estes fatores estão, principalmente, a estática, a ergonomia e a geometria”. Martin afirma que, com o avanço das tecnologias, o que vai diferenciar um modelo de outro é mesmo o design, pois agrega valor aos produtos e este pode estar relacionado ao uso adequado/harmonioso de cores, de perfis e empunhaduras mais facilitadas e/ou formas mais suaves/ agradáveis aos olhos (uso correto de proporção áurea, por exemplo). Estes aspectos referem-se tanto a produtos mais e melhor elaborados e sofisticados (que não serão utilizados no dia-a-dia) como para modelos básicos, de uso frequente. “As pessoas já se dão ao luxo de comprar uma escumadeira que tenha um formato que lembra algo lúdico e não somente um acessório qualquer de consumo na cozinha e que, antes, ficava escondido. Agora, as pessoas querem mostrar para os outros, por terem um produto diferente/ diferenciado. Um bom design não só agrada, como pode fidelizar um cliente. E isso não deveria sair da cabeça dos empresários”, afirma. Para o especialista, a globalização exigiu que todos os setores procurassem adequar-se às necessidades e interesses de consumo das pessoas em nível mundial, que agora tem um maior e melhor acesso ao que se produzia/consumia no outro lado do mundo. Esta abertura de mercados e o aumento do poder aquisitivo fizeram com que se almejasse produtos que antes eram mais difíceis, ou até mesmo, impossíveis de se comprar. “É inegável que alguns dos setores que mais ganharam com isso foram o dos eletrodomésticos e eletroeletrônicos, mas não podemos deixar de fora os de produtos para beleza/higienização facial e corporal e o dos automóveis”, pontua. O presidente da Abiplast, José Ricardo
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Design como Valor
& Mercados
Mauro Martin, da UniRitter: Um bom design não só agrada, como pode fidelizar um cliente
Roriz Coelho, comenta que com o advento da comunicação o consumidor se tornou mais exigente quanto à compra de determinados produtos no que tange à funcionalidade e praticidade, à comunicação, à sustentabilidade, sendo assim, até os itens mais básicos têm se adequado a essa nova percepção do consumidor trazendo embalagens mais comunicativas, mais interativas. “O material plástico é muito versátil, pois pode ser moldado em vários formatos e cores o que possibilita grande variedade de designs diferenciados em termos de praticidade, funcionalidade, sustentabilidade, etc.”, afirma Roriz. O coordenador da UniRitter aponta que uma das vantagens dos plásticos em relação a vários outros materiais - metais de todos os tipos, madeiras, cerâmicos, entre outros - é a flexibili-
O uso da cor
A cor traz grande contribuição para o sucesso de um produto ou de sua embalagem. Na composição do design, seja do produto ou da embalagem, as cores são fundamentais, pois possuem um impressionante poder de provocar estímulos emocionais e psicológicos, de afetar o humor e de influenciar nossas decisões de compra, aponta Roberto Herrero, coordenador de laboratório de cores da Cromex, empresa nacional em concentrados de cores. “Não é a toa que as grandes empresas investem nos profissionais de design para aperfeiçoar a estética dos produtos e superar a dos concorrentes em atratividade, objetividade e clareza na transmissão das mensagens. No setor de plásticos especificamente, em vista da complexidade crescente do mercado, a escolha e desenvolvimento das cores ideais envolvem aspectos mais complexos que os tradicionalmente considerados, como estética e efeitos psicológicos”, diz. A obtenção da cor envolve a coordenação de diversos elementos, tais como utilização da peça, níveis de tolerância, resina utilizada, temperatura de processamento, atoxicidade entre outros. Para que o sucesso do desenvolvimento, tanto de cores como de outros produtos, seja conduzido econômica e eficientemente, é necessário que haja grande entrosamento entre o cliente e o fornecedor de matéria-prima. “Muitas vezes os clientes não têm uma noção de tonalidade e efeito em vista e abrimos as portas para que ele escolha uma cor de efeito já existente ou desenvolva sua proposta com o designer em conjunto com nosso colorista, a partir de nossos estudos de tendência de mercado para cada aplicação”, explica. UDs e cosméticos comandam os setores que mais encomendam formulações exclusivas de masterbatches para a Cromex. Na esfera da injeção de UDs, destacam-se os pedidos de cores com glitter, tonalidades translúcidas e marmorizado. Já no segmento de cosméticos, as cores possuem efeitos fluorescente, metalizado, perolado, glitter. 34 > Plástico Sul >>>
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Tendências
dade de projeto, ou seja, possuem características de todos estes outros materiais. “Muitos componentes plásticos já possuem características físicas muito próximas de alguns metais (aços moles, por exemplo) o que fazem com que muitas empresas já os utilizem há mais de duas décadas. O uso deste material pode gerar redução de custo de um produto e isso é uma das grandes vantagens de se utilizá-lo para as empresas. Isso abre maiores possibilidades para o design”. Assim, os plásticos podem conferir características de design aos produtos que outros materiais não conseguem, como formas mais complexas e que podem receber uma gama maior de acabamentos e cores também. Ele afirma que as indústrias se mostram mais receptivas a inovar no design são justamente as que desenvolvem produtos plásticos por todas essas vantagens e outras também. “Até onde eu sei, o plástico (em todas as suas variações, principalmente por causa disso) é o material mais utilizado no desenvolvimento de produtos, hoje, a nível mundial”, diz Martin. Ao mesmo tempo, como qualquer coisa, pode apresentar alguma rejeição. “As desvantagens de se usar plástico são menores do que suas vantagens, mas algumas características de outros materiais ainda estão mais distantes dos plásticos. Assim como uma das vantagens dos plásticos é a de não serem bons condutores elétricos (o que é uma vantagem em relação ao metal), também podem ter a desvantagem de não serem bons condutores de calor, e por não resistirem a altas temperaturas, como os metais”, ressalva Martin. Nesta linha, apesar da onipresença do plástico no cotidiano, o especialista diz que “Na realidade, assim como outros materiais não podem substituir os plásticos, muitos plásticos não podem substituir outros materiais, seja pelas características físicas ou químicas”, acrescenta.
Novos serviços e nanotecnologia
tico, mas tem que ter uma interação através de uma tela, de um visor. Mas isso não acontece só com os eletrodomésticos não, de um modo geral esta é a tendência para tudo”, ressalta Martin. Nesse contexto de mudanças, o presidente da Abiplast, José Ricardo Roriz Coelho, comenta que a nanotecnologia está sendo muito estudada ao redor do mundo e alguns produtos já são aplicados em materiais plásticos como nanoargilas que auxiliam nas propriedades de barreiras aos gases, a prata que atua como agente antimicrobiano e óxidos metálicos que funcionam como proteção aos raios ultravioleta conservando a cor. “Os estudos de tendências mundiais partem do mercado da moda e, em geral, estas tendências são absorvidas pelos mercados imobiliários, têxteis (carpetes, tapetes) chegando até as embalagens. Em países da Europa e nos EUA estes estudos são mais frequentes e ditam as inovações para o mercado”, explica Roriz.
Para o coordenador do Centro de Design da UniRitter, Mauro Martin, hoje os consumidores querem novidades. Não importa muito se esta novidade foi fabricada em plástico, metal, madeira, cerâmico ou outro material, ou até mesmo se utilizando combinações de materiais. “Os consumidores querem tudo que agrada aos olhos e ao bolso. Mas posso afirmar que há uma tendência que já vem de alguns anos que é a dos produtos da indústria do entretenimento (entretenimento pessoal/individualizado) que são os portáteis que tem como objetivo facilitar a vida das pessoas, fazendo com que tenham, cada vez mais, mais e melhor acesso à informação. Não saindo muito da questão da tecnologia, uma forte tendência é a de agregar novos serviços a velhos produtos, que é o que acontece em quase todos os mercados. Não basta ser geladeira, micro-ondas, liquidificador ou outro produto de consumo domés-
Embalagem: design inteligente gera fidelização Bruno Ferreira, da Dow, diz que o design é oportunidade única para gerar fidelização e recompra
MARI VACCARO
A embalagem é um dos primeiros contatos com o produto. Mesmo no caso dos modelos padrão, o design cumpre seu papel, seja ele de reconhecimento do que será consumido. Bruno Pereira, Gerente de Cadeia de Valor para Plásticos da Dow no Brasil, diz que a embalagem tem papel determinante na escolha do consumidor. “Ela é capaz de ‘anunciar’ a presença de novos produtos chamando atenção para seus benefícios e diferenciando da concorrência. Depois a embalagem vai para a casa e torna-se parte da experiência de consumo, uma oportunidade única para gerar fidelização e recompra. É ai que entra um design estrutural inteligente, rico em funcionalidades apreciadas pelo consumidor e que garante o melhor tempo de exposição à marca possível. Fatores atendidos, por exemplo, pelas embalagens do tipo “stand up pouch” com zipper, que permitem levar a embalagem à mesa e dispensam a utilização de potes para a conservação após aberta”. Design da embalagem desempenha, portanto, papel estratégico na competitividade de uma empresa, pois – se bem utilizado – tem potencial de trazer novos compradores bem como melhorar a experiência de consumo e aumentar a intimidade com a marca gerando recompra. Neste sentido, o plástico aparece como um material muito versátil oferecendo diversidade de formatos (tanto em embalagens rígidas quanto flexível), diversas opções de acabamento (podendo ser transparente, metalizada, com brilho, mate, etc)
e viabilizando funcionalidades como abre-fácil e refechamento, afirma Pereira. “Além disso, as embalagens plásticas geralmente são leves, excelentes para proteção do produto (respirável, barreira, etc.) e de custo competitivo, aliando sustentabilidade, custo e desempenho. A Dow investe continuamente no desenvolvimento de novos materiais e desenhos estruturais de forma a sempre oferecer novas ferramentas para os designers e para as marcas. <<< Plástico Sul < 35
Design como Valor
& Mercados
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Tendências
A Dow investe em novidades como o stand-up-pouch 100% polietileno e o PacXpert(TM)
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Exemplos recentes são o stand-up-pouch 100% polietileno e o PacXpert(TM)”.
Homogeneidade x mudanças
Algumas embalagens assumem formatos em que qualquer alteração parece difícil ou causa estranhamento, como as de xampu e garrafas por exemplo. Os recipientes para xampu são praticamente todos do mesmo formato e as mini garrafas de água (menores que um palmo) causam surpresa. O coordenador do Centro de Design da UniRitter, Mauro Martin, diz que a questão que envolve a maior parte das embalagens - como xampu e bebidas diversas - está mais relacionada/amarrada/ condicionada ao produto que contém e da forma com que é consumido, do que em relação ao formato das mesmas. “É claro que sempre haverá oportunidade e condições de se criar um design diferente para todo o tipo de embalagem, mas reforço que o trabalho do designer, neste, e em outros casos, tem como uma grande restrição o produto interno da embalagem e sua forma de apresentação, conservação ou consumo. No dia em que os xampus tiverem uma consistência diferente dos atuais e que as bebidas não forem mais "bebidas", suas embalagens (ou contenedores) deverão sofrer maiores modificações”, projeta. Ele comenta que talvez a maior resistência a mudanças em determinados produtos esteja relacionada mesmo à forma com que os consumimos, já que sempre foi assim que fizemos. “Mas, também, acredito que se amanhã alguma empresa lançar uma embalagem que proporcione uma forma mais facilitada de se aplicar o xampu ou beber a
bebida do dia-a-dia e que tenha um poder de convencimento forte, em pouco tempo as pessoas irão querem consumir aquele produto, mesmo que seja de uma forma diferente, pois cada vez mais, as pessoas querem testar coisas novas (muitas vezes motivadas pela necessidade de serem as primeiras a consumirem aquele ou outro produto)”, analisa. Pereira, da Dow, lembra que o mercado é muito dinâmico e categorias “homogêneas” em termos de embalagem – na qual grande parte da diferenciação se dá por marca/preço – podem entrar em ebulição de um dia para o outro quando uma nova embalagem é introduzida e seu valor é reconhecido pelo consumidor. Na opinião dele, praticamente toda categoria traz oportunidades para design inovadores. “Para gerar resultado, não basta ter uma embalagem diferente. A chave está em oferecer a embalagem que o consumidor deseja, precisa e está disposto a pagar. Para isso existe método. Uma categoria ‘homogênea’ geralmente constitui oportunidade para as empresas dispostas a entender o consumidor, suas necessidades e lançar uma embalagem claramente apontada para tal segmento. Um paradigma difícil de superar é o preço, muitos preferem não perseguir conceitos mais ‘caros’ pois acreditam que o consumidor não vai pagar. Consumidor compra valor, e uma volta rápida no supermercado deixa claro que as marcas líderes não costumam ser as mais baratas. Embalagem pode gerar valor para seu consumidor”, analisa Pereira.
Sustentáveis, funcionais, eficientes
O presidente da Abiplast, José Ricardo Roriz Coelho, lembra que o consumidor atual busca produtos que facilitem seu dia-a-dia e que possam permitir maior economia de tempo, sendo assim, o mercado de embalagens tem investido em soluções de design para facilidade de abertura, possibilidade de refechamento, facilidade e simplicidade no preparo e uso do produto e descarte da embalagem, portabilidade para o consumo em qualquer lugar e a qualquer hora, preservação de princípios ativos, porcionamento (fracionamento) minimizando desperdícios e custos. Bruno Pereira, da Dow, afirma que a indústria trabalha continuamente na introdução de novas funcionalidades (como o abre fácil), redução de peso/custo com resinas de alto desempenho e novos substratos como é o caso do Diamanto, que alia transparência, rigidez e selabilidade num pacote único antes não disponível. Ele aponta a sustentabilidade como tendência no Brasil e no exterior. “Mas a sustentabilidade além da em-
balagem. Isso significa usar a embalagem como ferramenta para a redução do desperdício de alimentos (geralmente muito mais impactante que a embalagem em si), utilizar a embalagem para promoção de saudabilidade permitindo o consumo de frutas e verduras “on the go” e – obviamente – desenhar a embalagem respeitando as alternativas de fim de vida disponível. Nessa linha a Dow trabalhou no lançamento de estruturas como stand-up-pouch 100% polietileno (facilitando reciclabilidade onde as cadeias existem) e trabalhando com a cadeia para gerar produtos de porção mais adequada e com propostas de saudabilidade”. Com a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos as empresas são responsáveis pela logística reversa de suas embalagens pós-consumo, ou seja, devem retirar do meio ambiente as embalagens que colocaram no mercado. Assim, para Roriz, a tendência é que as embalagens também fiquem mais simples e, mesmo assim, funcionais. Além da lei, existe uma maior preocupação social com o meio-ambiente. O que não quer dizer, necessariamente que as embalagens fiquem mais minimalistas. “Acho que é o con-
trário, pois embalagens menores fazem com que o consumo seja maior e a possibilidade destas mini-embalagens terminarem nos lixões é muito maior do que embalagens maiores que eu posso reutilizar. Se falarmos em reutilizar, esta sim, é uma tendência (ou deveria ser) das pessoas em relação a um maior cuidado com o meio-ambiente. A preocupação está promovendo uma busca por novos materiais, ou está tentando fazer com que os materiais atuais sejam mais biodegradáveis”, opina Mauro Martin, Coordenador do Centro de Design da UniRitter.
Dow: soluções premiadas
Para Pereira, da Dow, não há relação entre as duas coisas. “A embalagem mais sustentável não é necessariamente a embalagem mais leve ou mais facilmente reciclável. Sustentabilidade é um conceito muito mais amplo. A embalagem verdadeiramente sustentável é àquela que minimiza os impactos da cadeia”. Ele afirma que em muitas categorias, mais sustentabilidade pode exigir muito mais embalagem. Esse é o caso de algumas frutas que poderiam ter o seu desperdício praticamente eliminado
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com um nível de proteção mais adequado. Ou de produtos rotineiramente desperdiçados tais como pão, leite, queijo, entre outros, principalmente quando comprados e consumidos em famílias pequenas que não dão conta de usufruir de todo o produto antes do vencimento. “Temos o desafio de vencer a barreira do visível x invisível. Muitas vezes medimos sustentabilidade pelo que nossos olhos podem ver - como a embalagem na lata do lixo. Mas na maior parte dos casos o verdadeiro impacto está no “invisível”, como a água utilizada na plantação, o combustível do caminhão no transporte, a energia da geladeira ou até mesmo o gás natural que queimamos no preparo, fatores responsáveis por grande parte do impacto ambiental, mas que passam totalmente desapercebidos aos olhos do consumidor comum. Embalagem mais sustentável reduz os impactos. Visíveis ou invisíveis. Educa o consumidor para seu papel nas etapas de uso e comunica claramente o fim de vida mais adequado para seu reaproveitamento”. Sustentabilidade encontra na embalagem um forte aliado. Mas para isso é preciso ir além do senso comum e adotar técnicas científicas, tais como a análise do ciclo de vida. Duas soluções da Dow - PacXpert ™ e Stand-up Pouch (SUP) - serão premiadas durante a The World Packaging Organization (WPO), em Dusseldorf, Alemanha. O evento será realizado em maio durante a Interpack Trade Show, uma das mais importantes feiras mundiais do setor. O PacXpert ™, é embalagem flexível da Dow para alimentos líquidos e semi-sólidos que permite um transporte fácil. Esta solução também venceu Gold Award, da Associação Brasileira de Embalagem (ABRE). Já o Stand-up Pouch (SUP)100% PE Dow também recebe o prêmio na solução feita em parceria com a marca mexicana Tyson, que produz frango congelado.
Plásticos especiais da Eastman
Plásticos especiais e sustentáveis que substituem o vidro em frascos de embalagens cosméticas: esses serão os grandes atrativos da Eastman– empresa de especialidades químicas – na 19ª edição da FCE Cosmetique 2014 (Exposição Internacional de Tecnologia para a Indústria Cosmética) em maio em São Paulo. Trata-se de uma matéria-prima para embalagem de produtos de maquiagem como: batom, pó compacto, sombra, base, blush, brilho labial e também para potes de cremes faciais e algumas tampas de perfumes. Intitulada The Glass Polymer®, essa linha de copoliésteres da Eastman é mundialmente conhecida pela sua transparência, brilho, resis38 > Plástico Sul >>>
tência a produtos químicos/impactos, além de emitir menos carbono/por quilo na sua produção, se comparado a outros produtos utilizados. Outra característica do produto é a facilidade para uso em: injeção (com o Eastar™ CN 015 e Eastar™ AN 014®) ou sopro (Eastar™ EB 062®). Sustentabilidade, compromisso que faz parte do dia-a-dia da Eastman e gera, inclusive, reconhecimento mundial. Entre as distinções pela prática da sustentabilidade está, por exemplo, o título de embalagem sustentável em recente edição de um renomado prêmio de embalagem no Brasil. O produto em foco é a Nova Linha Aquarela, da marca Natura, material que estará em exposição durante a feira. Com a participação no evento, a Eastman pretende que grandes marcas e agências de design tenham cada vez mais contato com essa linha especial de produto. Mauro Kohler, do Serviço Técnico Plásticos Especiais da Eastman, diz que a empresa vai expor novas aplicações de suas resinas em produtos feitos na Europa, Ásia e EUA. “Buscamos, com isso, oferecer ao mercado todas as possibilidades de produtos quer podem ser fabricados com os copoliésteres”. O especialista comenta sobre as vantagens do plástico em relação a outros materiais em embalagens de produtos de higiene e beleza. “Fácil moldagem (por vários processos – injeção, sopro, extrusão de perfis, estiramento sopro, injeção sopro), peso especifico, fácil coloração, excelente resistência ao impacto, excelente resistência química a vários produtos, possibilidade de vários processos de decoração (silk screen, hot stamping, coloração com pigmentos especiais, tampo print e outros)”. Por ser facilmente moldável, oferece possibilidade de inúmeros acabamentos; por ser resistente a inúmeros produtos é possível aos designers desenvolverem embalagens e produtos especiais. “O Glass Polymer da Eastman permite aos fabricantes de cosméticos obter peças que parecem vidro, mas com fácil moldagem, coloração, acabamento e segurança para o usuário final”, adverte. Sobre tendências em design para higiene e beleza, Kohler é enfático: “Posso afirmar que produtividade e qualidade final são pontos bastante importantes para os usuários. Podemos atender a esses dois pontos com resinas especiais para cada aplicação, bem como um serviço técnico sempre à disposição dos clientes.”.
Avanço em automóveis
Além da questão prática, transporte, a troca de carro envolve muitas questões subjetivas.
Suzana Kupidlowski, Gerente do Mercado Automotivo da Área de Plásticos de Engenharia da Rhodia, do grupo Solvay, afirma que o design é um fator de atração e decisão de compra de veículo para quase todos os consumidores, de todas as idades e de praticamente todas as regiões do mundo, conforme atestam as informações disponíveis no mercado. “É um item importante no desenvolvimento de veículos, seja na parte estética --- a parte externa – seja na parte interna (no habitáculo). Em anos mais recentes, com a sofisticação dos veículos e a entrada em jogo de fatores importantes, entre os quais a necessidade de se diminuir peso, sem perder segurança, e redução de consumo e de emissões, o design na chamada parte sob o capô tem ganhado muita importância”, explica. É fundamental nos dias de hoje o desenvolvimento de autopeças e partes que atendam essas necessidades – o que leva naturalmente ao uso de plásticos de performance, tais como os plásticos de engenharia de poliamida, por suas vantagens quanto à resistência química, térmica e mecânica e, sobretudo, por oferecer a liberdade do design, um item que não é oferecido por outros materiais tradicionalmente utilizados na indústria. Essa liberdade de design, em muitos casos, permite ao fabricante de automóveis ganhos de espaço dentro do veículo, que podem ser utilizados para a implementação de sistemas ou outras partes que se ajustam melhor às tendências e necessidades atuais da indústria. E, ao mesmo tempo, tem ajudado a indústria de plásticos de performance a ocupar mais espaço nos veículos. “Atualmente, um veículo médio tem cerca de 10 quilos de plásticos de engenharia de poliamida e a tendência é crescimento nos próximos anos”, projeta a executiva. Os plásticos de engenharia a partir de poliamida 6, poliamida 6.6 e poliamida 6.10 produzidos pela Rhodia, podem atender às necessidades dos fabricantes de autopeças e de automóveis quanto ao fator design porque oferecem essa liberdade no desenho de peça ou parte. “Temos vários exemplos de peças fabricadas a partir de nossas poliamidas --- para aplicações externas, internas ou sob o capô --- que foram desenvolvidas junto com nossos clientes diretos, os sistemistas, justamente por atenderem essa necessidade criada pelo design. Uma das mais recentes é o restritor de torque, cujo desenvolvimento em plástico de engenharia de poliamida deu ao fabricante do veículo (uma das mais importantes montadoras de veículos do país) redução de peso e flexibilidade no design”. A Rhodia oferece um vasto portfólio de produtos com características diferenciadas para atender a soluções customizadas. Por exemplo, compostos de poliamida de alta fluidez para
designs mais complexos. Para Suzana, as tendências em design no setor automobilístico são “Exatamente o desenvolvimento de autopeças e partes em plásticos de engenharia que, além dos atributos técnicos necessários, ofereçam ganhos na redução do peso do veículo, a possibilidade de design e tenham custo competitivo frente a outros materiais. Esse é o nosso desafio permanente, que estamos numa das pontas da cadeia do fornecimento, e dos nossos clientes diretos”.
Design no DNA da Tok&Stok
Quando o assunto é design, um dos objetos mais lembrados é a cadeira, tal a quantidade de versões e estilos já criados para este produto cujo uso é tão básico. Conhecida marca no seu setor, a Tok&Stok surgiu em São Paulo na década de 70, de olho no seguinte nicho: móveis com design arrojado, com bom preço e serviço de entrega rápida. Assim, formou-se a proposta da empresa que, como o nome indica, oferece design percebido em suas coleções (Tok) e disponibilidade para a retirada imediata (Stok). A marca tem uma revista eletrônica que traz conteúdo sobre design, tendências, decoração, cultura e dicas úteis para facilitar a vida em casa. Nascida em 1978, já nos anos 1980 a Tok&Stok passou a usar plástico. Das matériasprimas utilizadas, aproximadamente 20% é deste material. “Possibilita produtos com custo acessível, formas orgânicas, cores vibrantes, durabilidade e facilidade de limpeza. Trabalhamos com várias resinas, as principais são policarbonato, polipropileno, PVC e poliuretano”, afirma Ademir Bueno, Gerente de Design e Tendências. São aplicações em cadeiras, bancos e objetos para casa e decoração. A Tok&Stok possui equipe própria de design e também trabalha com designers parceiros. “Nestes casos desenvolver produtos exclusivos e autorais com plástico é uma dificuldade, pois o investimento nos moldes são altos. Sendo assim, procuramos no mercado produtos com bom desenho, preço acessível e quase sempre em cores exclusivas, para ter uma linha personalizada”, comenta Bueno. *Veja na matéria de Calçados nesta edição o case da marca Melissa.
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Negócios
Pavan Zanetti orienta o transformador
A
Pavan Zanetti promoveu em seu showroom mais uma edição da “Pláztico&Negócios”, a tradicional feira de máquinas e treinamentos. O evento foi realizado de 18 a 21 de março, período em que a empresa recebeu clientes, amigos e fornecedores para facilitar o acesso do transformador do plástico às mais recentes tecnologias em máquinas, processos, periféricos e matéria-prima. Dentre as máquinas colocadas em funcionamento para demonstrações aos visitantes, destacaram-se as injetoras com manipuladoras e ciclos totalmente automáticos; a Injection Blow (injeção e sopro simultâneos); sopradora convencional e com acumulador, sopro e estiramento de pré-formas de PET; sopradora de dupla estação de sopro modelo BMT5.6D/H (fabricando embalagens de 1.000 ml); sopradoras de acumulação para bombonas e sopradora de dupla estação para 20 litros com rebarbação automática. A presença de um grande público superou todas as expectativas. Além de representantes de petroquímicas e entidades ligadas ao setor plástico, como a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), a feira foi prestigiada por clientes de vários estádoso e regiões do país: Rio Grande do Sul (Grande POA, Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Nova Petrópolis e Passo Fundo), Rio de Janeiro (Nova Friburgo e Grande Rio), região Nordeste, diversas cidades do interior de São Paulo e muitos da Grande São Paulo; de
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Minas Gerais, marcaram presença vários usuários de máquinas para plásticos de diversas cidades, como Uberlândia, Pouso Alegre, Grande Belo Horizonte, Zona da Mata e Anápolis. Curso de Segurança - A “Pláztico&Negócios” contou com o patrocínio de dois conceituados fornecedores da Pavan Zanetti, a Brasfixo (http://www.schmersal.com.br/), empresa de elementos de fixação e logística, e a ACE Schmersal (http://www.schmersal.com. br) marca reconhecida de produtos de segurança eletroeletrônico, além do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), que apresentou vários especialistas em NR 12 para prestar esclarecimentos aos público presente. Assunto do momento no setor, esta resolução normativa sobre segurança no trabalho em máquinas e equipamentos também foi discutida com clientes e visitantes no curso “Segurança em Operação de Injetoras e Sopradoras segundo a NR 12”, organizado junto ao Senai Mario Amato. Ao todo, foram treinados perto de 60 técnicos e especialistas em máquinas injetoras e sopradoras.
Foco
no Verde
Água Schin doa 4,5 ton de PET para reciclagem
Sustentabilidade e reciclagem estão em evidência. Assim, a Água Schin, marca da Brasil Kirin, patrocinou mais de 40 corridas de rua pelo Brasil, em parceria com a Yescom, ajudando os atletas a se manterem hidratados durante as provas, mas estimulando o respeito ao meio ambiente. Alinhada com a política de sustentabilidade da Brasil Kirin, a empresa destinou para reciclagem 4,5 toneladas de garrafas PET, que foram enviadas às cooperativas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. “Além de incentivar a qualidade de vida por meio da prática de esportes, queremos alertar nosso consumidor sobre a importância da coleta seletiva e a prática sustentável. Uma das nossas prioridades em sustentabilidade é a gestão das embalagens dos nossos produtos”, afirma “Esta preocupação está presente em todas as nossas ações, com todas as marcas.” Além disso, a Brasil Kirin investe em um projeto que visa diminuir a gramatura de suas garrafas PET. A iniciativa, que teve início em 2012, já obteve a redução de cerca de 6 mil toneladas de resina PET, pretendendo alcançar a marca de 13 mil toneladas até 2015. Os ganhos ambientais dessa proposta são inúmeros, pois a companhia economizou entre 2012 e 2013, 32 mil m3 de água, equivalente ao consumo mensal de mais de 9.5 mil habitantes. Além de 1.1 mil toneladas de CO² e mais de 640 mil de gigajoule de energia em toda a cadeia de produção, o que abasteceria uma cidade de cerca de 1.8 milhões de habitantes mensalmente.
Programa Sustenplást vai às escolas gaúchas
O Sinplast - Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do Rio Grande do Sul, por meio do Programa Sustenplást – RS Plástico com Inteligência, realiza atividades junto a escolas com o objetivo de informar sobre os cuidados com o meio ambiente a partir do descarte adequado e da reciclabilidade dos materiais plásticos. Trata-se do Sustenplást nas Escolas, que leva gratuitamente a instituições de ensino gaúchas palestras e atividades educativas, de acordo com a faixa etária dos participantes: crianças, jovens e adultos. O programa disponibiliza também uma revista educativa intitulada “A Turma dos R´s – É Brincando que se Aprende”, editada pelo próprio Sustenplást, com informações sobre reciclagem, separação do lixo, reaproveitamento de materiais, além de passatempos e história em quadrinhos. Em março foi lançada nova edição da publicação, a de número 3, temática à Copa do Mundo. As escolas interessadas em receber as ações do Sustenplást devem realizar agendamento prévio pelo e-mail sustenplast@sinplast.org.br. O programa é realizado gratuitamente nas instituições. Em 2014, pelo menos seis municípios gaúchos (Novo Hamburgo, Santa Cruz do Sul, Lajeado, Santa Maria, Caxias do Sul e Bento Gonçalves), além da capital, receberão ações do projeto (em datas a serem confirmadas). Por meio de uma vitrine móvel, o Sustenplást circulará com atividades e apresentação do jogo eletrônico educativo Recycle Game. O jogo leva educação e conscientização acerca dos cuidados com o meio ambiente por meio da brincadeira, sendo compatível com celulares e tablets Apple e Android, além de computadores PC via website.
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de Notas
Festo ganha Arburg Energy Efficiency Award 2014
Uma fórmula vitoriosa: a estratégia dos especialistas em tecnonologia de automação impressiona. O fator decisivo: criar um equipamento para produção de partes plásticas com energia eficiente e cooperação no Freeformer. O Prêmio de Eficiência Energética Arburg foi oficialmente apresentado no dia 18 de março. Desde 2008, a cada ano a Arburg entrega esta distinção uma empresa por atividades excepcionais na area da eficiência energética. O vencedor de 2004 é a Festo, líder global como fornecedora de tecnologia para automação. O ponto alto: um delegação representativa da Festo orgulhosamente recebeu a premiação. A companhia ganhou o prêmio pela concepção de um novo mecanismo de produção de peças plásticas, que é totalmente voltada para a eficiência energética, bem como a cooperação no Freeformer. O Prêmio Arburg de Eficiência Energética 2014 foi apresentado em um evento realizado na sede da Arburg, em Lossburg, onde estiveram presentes cerca de 40 convidados especiais.
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Bloco
Novidades Bayer MS para a área médica
A Bayer MaterialScience, divisão de materiais inovadores do Grupo Bayer, apresenta uma nova linha de matérias-primas voltadas para a área médica, proporcionando mais conforto aos pacientes e auxiliando o trabalho dos profissionais da área da saúde. As novas tecnologias para curativos ajudam na cicatrização e diminuem o tempo de tratamento. Os dois novos materiais – BAYMEDIX® AP501 e BAYMEDIX® AR602 – facilitam a cicatrização do ferimento, além de minimizarem a dor na retirada dos curativos e garantirem que o mesmo não grude no ferimento.
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Os benefícios são garantidos a partir de matérias-primas como o poliuretano, material que forma uma espuma absorvente, e compostos à base de água, livre de solventes, que garantem o desenvolvimento de tiras adesivas resistentes e elásticas. Outras tecnologias garantem a produção de espumas confortáveis e macias que não amarelam e são indicadas para curativos em casos mais críticos. As tiras adesivas, utilizadas como revestimentos para curativos, protegem a área de contato entre o ferimento e o curativo. Com as novas soluções podem ser produzidas espumas mais compactas e respiráveis com uma textura suave.
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Bloco
de Notas
Wittmann Battenfeld unifica ações no Brasil
A Wittmann Battenfeld – um dos principais fabricantes mundiais de equipamentos utilizados no processo de fabricação das indústrias de plásticos – anuncia a unificação da companhia no Brasil e passa a oferecer um portfólio completo de máquinas injetoras e equipamentos periféricos para o setor de transformação de plásticos. Conforme Reinaldo Milito, Diretor Geral da Wittmann Battenfeld do Brasil, a unidade nacional segue o caminho de sucesso obtido nos demais países nos quais ocorreu a união das empresas, com total segurança nas negociações. “A nova formatação traz diversos benefícios aos clientes no que se refere a produtos e serviços. A sinergia comercial e força de vendas serão maiores, facilitando as transações, os negócios e a oferta de pacotes completos para diversos segmentos. E toda redução de custos alcançada com a junção das operações já está sendo repassadapara os preços finais dos produtos”, afirma. Excelência dos serviços - O Grupo Wittmann adquiriu a indústria de injetoras Battenfeld em 2008, como estratégia para atender às necessidades do mercado com produtos de alta tecnologia, dentre eles, máquinas injetoras, sistemas de automação e
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periféricos, o que permite estabelecer um canal de comunicação mais ágil entre a empresa e seus clientes, facilitando a busca por soluções, da comercialização dos sistemas ao pós-venda. As indústrias mantiveram suas estruturas operacionais ativas em paralelo até 2013, buscando ampliar parcerias e o melhor atendimento aos clientes. Em janeiro deste ano, as companhias foram unificadas, criando a Wittmann Battenfeld do Brasil Ltda., com sede em Campinas (SP), sendo a última unidad edo Grupo a fundir as operações das empresas - gestão administrativa e comercial, os estoques e a equipe de técnicos, vendedores, serviços e assistência técnica -, em função do grau de importância de suas atividades e negócios no mercado brasileiro. O principal foco da nova organização é a excelência dos serviços oferecidos aos clientes. Para isso, a Wittmann Battenfeld investe no Núcleo Técnico, para o atendimento rápido, eficaz e com o menor custo, com uma equipe capacitada para oferecer suporte técnico em todo o território nacional, com garantia de estoque de peças para reposição. “Queremos, com isso, facilitar as soluções técnicas para os projetos dos clientes, com comprometimento total, flexibilidade comercial e agilidade nas ações de assistência técnica”, destaca Milito.
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Instituto do Câncer Infantil inicia obras no RS
O Instituto do Câncer Infantil (ICI-RS) e a empresa Engenhosul Obras já iniciaram a construção do tão esperado Centro Integrado de Apoio, espaço que servirá para ampliar os atendimentos da instituição que presta assistência a crianças e adolescentes com câncer no Estado há mais de duas décadas. Serão 2.800m² construídos na Rua São Manuel, 850, distribuídos em quatro andares que irão unificar os serviços complementares de assistência odontológica, psicológica, pedagógica e psicossocial, contando com espaços exclusivos para a área de pesquisa. A ambientação do prédio, que está sendo desenvolvida pela empresa Sceno, permitirá maior aproximação entre os profissionais e oferecerá aos pacientes ambientes mais amplos de recreação, biblioteca, informática, sala de estudos e atividades festivas, além da assistência à família com distribuição de cestas básicas e vestuário.
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Agenda Bogotá (Colômbia)
Argenplas / Página 33 AX Plásticos / Página 40 Brasfixo / Página 40 Cabot / Página 5 Coim / Página 25 Cristal Master / Página 7 Cromocil / Página 45 Detctores Brasil / Página 29 Digitrol / Página 45 Enafer / Página 31 Help Injet / Página 35 Interplast / Página 19 Kie / Página 44 Krauss Maffei / Página 48 Metalúrgica Expoente / Página 41 Multi União / Página 41 NZ Cooperpolymer / Página 35 Pallmann / Página 30 Polielos / Página 45 Procolor / Página 13 Químicos & Plásticos / Página 47 R. Peironi / Página 21 Recicla Nordeste / Página 43 Replas / Página 17 Rulli / Página 11 Shini / Páginas 2 e 3 Tec Engineeering / Página 44 Teck Trill / Página 9 Thormaq / Página 40 Ticona / Página 15
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Agende-se para 2014 Recicla Nordeste 2014 De 23 a 25 de abril de 2014 Centro de Eventos do Ceará – Fortaleza, CE (Brasil) www.reciclanordeste.com.br Chinaplas De 23 a 26 de abril de 2014 Shangai New International Expo Centre www.chinaplasonlibe.com 7º Enafer – Encontro Nacional de Ferramentarias 16 de maio de 2014 Caxias do Sul – RS (Brasil) www.plastechbrasil.com.br Argenplás 2014 - XV Exposição Internacional de Plásticos 16 a 19 de junho de 2014 Costa Salguero Exhibition Center Buenos Aires - Argentina www.argenplas.com.ar/pt Embala Nordeste 2014 De 12 a 15 de agosto de 2014 Centro de Convenções de Pernambuco Recife-Olinda - PE (Brasil) www.greenfield-brm.com/ embalaweb.com.b r Interplast 2014 Feira e Congresso de Integração da Tecnologia do Plástico De 18 a 22 agosto de 2014 Pavilhões da Expoville, Joinville - SC (Brasil) www.interplast.com.br Colombiaplast 2014 29 de setembro a 3 de outubro de 2014 Bogotá /Colômbia www.colombiaplast.com
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