< Plรกstico Nordeste < 1
2 > Plรกstico Nordeste >
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Expediente Nº 26 - Março / Abril de 2014
Conceitual - Publicações Segmentadas www.revistaplasticonordeste.com.br R. Vicente da Fontoura, 2629 - Sala 03 CEP: 90640-003 - Bairro Petrópolis Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3062.7569 plasticonordeste@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844
“O Brasil enriqueceu, desenvolveu-se, mas mantém sua subordinação aos grandes centros, às decisões negociadas fora do país.”
(Economista Celso Furtado)
Redação: Brigida Sofia Consultor de Redação: Júlio Sortica Departamento Comercial: Débora Moreira Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777) Capa: divulgação Plástico Nordeste é uma publicação da editora Conceitual - Publicações
4 Editorial
Segmentadas, destinada às indústrias
O exemplo de Alagoas
6 Plast Vip
produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Nordeste e no Brasil, formadores
Marcos Albuquerque, do Sindiverde
10 Reciclagem
de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos,
Quando transformar ajuda a ganhar
seminários, congressos, fóruns, exposi-
18 Polo Plástico de Alagoas
Opiniões expressas em artigos assinados
Estado atrai empresas e gera riqueza
23 Foco no Verde
Rolha de PE verde e Copa do Mundo
não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Nordeste. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte.
24 Injetoras
O eterno desafio: modelos eficientes
28 Giro NE
ções e imprensa em geral.
Tiragem: 3.000 exemplares. Filiada à
As últimas nos estados
29 Bloco de Notas
Novidades na cadeia do plástico
30 Anunciantes + Agenda
Confira os eventos e parceiros da edição
ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas < Plástico Nordeste < 3
ARQUIVO
Editorial
União faz a força, estratégia faz o sucesso
“A Cadeia gera 4 mil empregos graças à implantação de 30 novas indústrias.”
A
lguns segmentos da cadeia produtiva da química e do plástico conseguem driblar crises eventuais e crescer acima da média nacional. Nesse aspecto, o Polo Plástico de Alagoas dá aos demais estados brasileiros um exemplo de como desenvolver um setor de forma eficiente. Recentemente foi realizada uma reunião entre os integrantes do Fórum Permanente da Cadeia Produtiva da Química e do Plástico (CPQP) para avaliar os resultados de sete anos de atuação desse processo: sucesso absoluto. Em breves números é possível comprovar a satisfação dos integrantes do sistema: em Alagoas a Cadeia gera 4 mil empregos graças à implantação de 30 novas indústrias e cerca de R$ 1.250 bilhão investido. Mas esse sucesso não surgiu do nada, ou como se costuma dizer, “não veio de graça”. Absolutamente, pois só foi possível porque houve união, o que faz a força, e planejamento, o que leva ao sucesso. Assim, méritos para os integrantes dessa cadeia: o Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande), o Sebrae/AL, a Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA), a Braskem, Sinplast, Associação das Empresas dos Polos de Maceió e Marechal Deodoro (Assedi-MD e Adedi). Como sede da maior planta de PVC (da Braskem) da America do Sul, o desafio da CPQP de Alagoas, em um futuro breve, será diversificar seu parque industrial, fomentando novos setores para não ficar dependente de uma única matéria-prima. Será preciso estimular novos segmentos, inclusive alguns relacionados ao setor da construção e saneamento, ora em destaque. Certamente os integrantes da Cadeia estão avaliando como encontrar novos horizontes. Nossa edição também dedica um bom espaço para dois assuntos importantes na cadeia do plástico: a evolução tecnológica das máquinas injetoras e o momento da reciclagem, com um breve balanço do Recicla Nordeste realizado em Fortaleza recentemente. E nesse contexto há uma entrevista exclusiva com Marcos Albuquerque, presidente do Sindiverde do Ceará e um dos líderes pela valorização da reciclagem no Brasil. Confira também outras notícias interessantes desta edição. Boa Leitura!”
Melina Gonçalves / Editora melina.goncalves@conceitualpress.com.br 4 > Plástico Nordeste >
< Plรกstico Nordeste < 5
PLAST VIP NE Marcos Albuquerque
Sindiverde busca o crescimento sustentรกvel
6 > Plรกstico Nordeste >
DIVULGAÇÃO
Albuquerque (D) queixa-se que a Política Nacional de Resíduos Sólidos não evolui no Ceará
O
Sindiverde - Sindicato das Empresas de Reciclagem de Resíduos Sólidos Domésticos e Industriais do Estado do Ceará é formado por indústrias recicladoras e transformadoras voltadas para o desenvolvimento econômico do setor de reciclagem e transformação. Seu principal objetivo é contribuir com o crescimento industrial de maneira sustentável, não deixando passivo ambiental para as futuras gerações. Todos os associados são por natureza ambientalistas. São cerca de 240 micro e 48 médias e grandes empresas que atuam no setor. A busca incessante do desenvolvimento sustentável, a preocupação com a aplicação de novas tecnologias, a capacitação cada vez mais moderna do quadro de funcionários das indústrias e a constante procura por processos modernos e eficientes de trabalho, norteiam os objetivos do Sindiverde. A participação nas missões internacionais tem contribuído para o crescimento das indústrias de reciclagem de forma significativa. Esse trabalho tem mostrado que no mundo globalizado é preciso estar atualizado, formando novos talentos, buscando sempre mudanças e inovando os produtos e processos de trabalho. Tecnologias modernas e avançadas melhoram a produtividade no segmento, reduzem os custos e aumentam a competitividade. Nas feiras nacionais das quais participam, os associados do Sindiverde adquirem conhecimentos nas áreas de máquinas e equipamentos de primeira geração, aprendem novas tecnologias na fabricação de matérias-primas e conseguem um ótimo relacionamento comercial , dando condições de comercializarmos dos seus produtos. Preocupados com o desenvolvimento sustentável que procura satisfazer as necessidades da geração atual sem comprometer a capacidade das gerações futuras, é implantado todo ano projeto de
coleta seletiva nas escolas com excelente resultado. O Sindicato entende que todo processo de aplicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)carece de uma grande mudança de comportamento e, nas escolas, a aceitação e comprometimento dos alunos é maior. Marcos Augusto Albuquerque, presidente do Sindiverde, está à frente deste projeto macroempreendedor que visa consolidar as ações e políticas de sustentabilidade. “Entendemos também que a formação profissional é fundamental para o crescimento da indústria, quando realizamos cursos técnicos de formação para todos os nossos associados”, ressalta, “Porfim, idealizamos um evento, o Recicla Nordeste, que atualmente é reconhecido no Brasil, na Alemanha e na Itália, onde tem como objetivos básicos o desenvolvimento do setor de reciclagem e o estudo aprofundado da PNRS nos pontos coleta seletiva, logística reversa e implantação dos aterros sanitários controlados. Revista Plástico Nordeste - Como foi o balanço do ano de 2013 e como este ano vem se apresentando na questão reciclagem? Quais os dados mais atuais? Marcos Albuquerque - O ano de 2013 apresentou problemas de falta de matéria-prima para o setor, devido à incerteza do poder público que trabalha muito lentamente na implantação da PNRS, e pela falta de incentivo às indústrias reciclado-
ras. A indústria de reciclagem no Ceará, por vezes ficou impedida de funcionar por falta de material. Fora essa problemática atingimos um percentual de 80% da capacidade de produção das nossas indústrias. Plástico Nordeste - No Nordeste, quais estados estão mais avançados neste ponto? Por quê? Marcos Albuquerque - O setor de reciclagem trabalha sem ter uma posição estatística de recicladores e quantidade de resíduos. Os números são apontados por estimativa. Acredito, pois, que na região do Nordeste existe igualdade entre os estados. Plástico Nordeste - O sistema de reciclagem no Nordeste e, especificamente no Ceará, funciona de forma integrada entre os setores ou ainda é uma luta isolada de cada segmento? Marcos Albuquerque – Continuamos isolados por categoria, por exemplo: setor do plástico, setor da construção civil, setor do papel, setor do metal, etc. Essa forma de atuação enfraquece quando temos que reivindicar melhorias para o sistema. Plástico Nordeste - Do volume de resíduos reciclados no Nordeste (se tiver dados) ou do Ceará, quanto por cento é proveniente do descarte do plástico? Marcos Albuquerque - No Ceará recicla- >>>> < Plástico Nordeste < 7
Este ano o Recicla Nordeste conseguiu atingir as metas propostas, diz o presidente do Sindiverde
mos uma média mensal de 22 mil toneladas mês de plástico. Revista Plástico Nordeste - Dentro das indústrias que integram o Sindiverde, qual a representatividade do plástico? Marcos Albuquerque - 80% são indústrias que reciclam plástico. Plástico Nordeste - Como avalia a Política Nacional de Resíduos Sólidos e a realidade do Nordeste. Já é cumprida? Em que escala? Quais os desafios para a sua efetivação? Marcos Albuquerque - Nada de concreto foi implantado no Estado do Ceará. Os aterros sanitários e os aterros controlados continuam sendo discutidos e as prefeituras alegam que não têm recursos financeiros. A coleta seletiva pode ser identificada em pontos isolados e a Logística Reversa é desconhecida por grande parte da população. Plástico Nordeste - Qual a sua avaliação da recente edição do Recicla Nordeste?
Qual foi o balanço do evento e quais as novidades apresentadas na feira? Marcos Albuquerque - O Recicla Nordeste na sua quarta edição atingiu prontamente os objetivos propostos. Participaram do evento fabricantes de máquinas injetoras, de máquinas extrusoras, de máquinas sacoleiras, de prensas e moinhos. Tivemos participação de empresas italianas demonstrando a tecnologia de fabricação de tijolos ecológicos de plásticos, empresa cearense da construção civil fabricando casas de plástico reciclado, recicladores de plásticos como PET, PP e PE, empresa fabricante de embarcação naval totalmente de garrafas PET, Coelce com projeto magnífico de coleta seletiva e a Associação Caatinga demonstrando o trabalho de recuperação e conservação da caatinga. Em paralelo,
Grandes marcas no Recicla Nordeste
De 23 a 25 de abril, Fortaleza recebeu a 4ª edição do Recicla Nordeste – Feira da Indústria da Reciclagem e Transformação. O evento, voltado para a geração de negócios na cadeia de reciclagem, conseguiu reunir empresas de vários setores, com destaque para segmentos de tecnologia e construção civil. Indústrias de bens de capital, de produção de produtos finais para consumo, empresas de comercialização de matérias-primas secundárias e de logística estiveram no evento expondo inovações na área. A expectativa era de gerar de 20 a 25% de aumento na geração de negócios diante da última edição do Recicla Nordeste em 2012. Alguns exemplos de marcas que fizeram sucesso na Feira promovida no Centro de Eventos do Ceará foram a Romi, Grupo NZ e a Walmart, com exposição de máquinas para produzir a partir de material reciclado; a OAK Soluções Ambientais, com um barco feito de 1.000 garrafas PETs; a Prospero Engenharia, com muros móveis e de construção limpa; a Previltech, com materiais para construção civil e indústrias; a Recicladora São José, com tubos, eletrodutos e fitilhos fabricados com material reciclado; a Ultralimpo, com soluções para a instalação de coleta seletiva; e a Só Lixeiras, com coletores de lixo para vários tipos de ambientes. Durante a Feira, aconteceu ainda uma série de palestras com profissionais brasileiros e estrangeiros. Ao alemão Thilo Schmidt, diretor da Ecohaus Consult para Gestão Sustentável de Resíduos com atuação no Norte e Nordeste do Brasil, coube falar do reaproveitamento de resíduos sólidos no contexto de uma gestão ambiental e de como adaptar modelos já praticados fora do país à realidade local. Outros palestrantes foram Norbert Evermann, alemão da AVG Ressourcen G MBH, falando de estratégias de reciclagem; Pianigiani Lorenzo e Federico Torretta, italianos da Sebigas que falaram sobre digestão anaeróbica de lixo orgânico para energia ou biometano; Ségio Araujo de Sousa, responsável pela área de meio ambiente da Companhia (Coelce), que apresentou a conta verde da empresa; e Odailton Arruda, responsável pela eficiência energética Brasil, também na Coelce. 8 >8 Plástico > Plástico Nordeste Nordeste > >
DIVULGAÇÃO
PLAST VIP NE Marcos Albuquerque
participaram do seminário palestrantes alemães que dissertaram sobre geração de energia através do lixo. Plástico Nordeste - O foco da Recicla Nordeste era justamente transformar o resíduo em receita. As empresas estão conseguindo atingir este objetivo? Se não, porque? Marcos Albuquerque - Este ano o Recicla conseguiu atingir as metas propostas e no final o resultado foi positivo. Plástico Nordeste - Em 2013, o Sindiverde teve uma missão empresarial com mais de quarenta membros a maior feira de plásticos do mundo, a K 2013. Como avalia esta participação para o desenvolvimento do setor local? Marcos Albuquerque - A feira K 2013 foi fundamental para o desenvolvimento do setor de reciclagem e transformação no que se refere ao aprendizado de novas tecnologias. Todos os participantes ficaram satisfeitos. Negócios foram fechados e prospecções para futuros negócios foram acordados na área de energia renovável. Plástico Nordeste - Quais as próximas feiras que o Sindiverde estuda participar? Marcos Albuquerque - No final do ano, de 02 a 08 de dezembro, participaremos da Pollutec - uma grande feira de reciclagem em Lyon, na França. A missão do Sindiverde será composta de 30 empresários e terá o apoio da FIEC e CNI. PNE
< Plรกstico Nordeste < 9
Reciclagem
Por Brígida Sofia
Dentro das possibilidades de produção ambientalmente corretas, a reciclagem aparece como uma das principais opções. O ano de 2014 marca os quatro anos da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que desafia empresários, poder público e sociedade a encontrar soluções para sua efetiva aplicação. O tema da reciclagem ultrapassou inclusive
o universo das empresas e governos. Ao mesmo tempo em que vivemos uma forte onda de consumismo, as pessoas buscam reaproveitar os objetos de alguma maneira e dar um destino menos danoso a seus resíduos. Isso altera também o comportamento de cliente, que sempre que possível busca um produto que seja mais suave à natureza.
O
ferecer um produto de origem verde passou a ser um ponto positivo para as empresas, algo que há algum tempo era condição a disfarçar. “No passado, dizer que a empresa utilizava polímeros reciclados para a fabricação de determinados produtos não era bem visto pelo consumidor, pois era correlacionado com material com baixas propriedades e contaminado. Hoje acredito que tenha mudado um pouco, pois sabe-se que a reciclagem mecânica primária (reaproveitamento de aparas e peças com defeito) ocorre no dia a dia das empresas. As aplicações de materiais reciclados na cadeia de transformados plásticos é diversificada e atinge todos os setores da economia, passando pelo setor da construção civil, eletroeletrônica, mo10 > Plástico Nordeste >
Palova: as aplicações de materiais reciclados na cadeia de transformados plásticos são diversificadas
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Transformar para não descartar veleira e até mesmo automobilística. As aplicações variam conforme a aplicação, mas esta metodologia esta diretamente ligada a classificação da reciclagem”, explica a Profª Drª em Engenharia de Materiais Palovar Balzer, da Sociesc. Na fase de produção, os transforma-
dores têm opção de usar resinas virgens, biodegradáveis, de origem renovável, recicladas. Cada uma oferece suas vantagens, e claro, seus custos. Muitas empresas oferecem os produtos, mas ainda existem dúvidas. “A maioria das pessoas relacionam os polímeros biodegradáveis com materiais que quando descartados (independente do ambiente) desaparecem rapidamente por ter se degradado como material orgânico. Esta impressão é totalmente equivocada uma vez que a matéria orgânica (como exemplo, a casca de uma banana) pode levar semanas, para se decompor. Assim, polímeros biodegradáveis podem levar anos para se degradar se não estiverem em ambiente propício para tal. Para este ambiente deve-se ter o solo apropriado, bem como a temperatura e a umidade”, comenta Palova. >>>>
< Plรกstico Nordeste < 11
DIVULGAÇÃO
Reciclagem A busca do equilíbrio ambiental é o foco destacado por José Carlos Pinto, professor da Coppetec
até pouco tempo era muito restrito o emprego de materiais reciclados na área de alimentos, por exemplo. Isto devido às reservas quanto à contaminação de produtos. Hoje, a legislação e os órgãos controladores, como a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), permitem o emprego de materiais reciclados em diversos ramos de aplicação, mas mediante testes laboratoriais e comprovações que estes produto atendem às especificações.
Brasil recicla 21% dos plásticos
Polímeros sintéticos quando reciclados, podem ser reutilizados ainda diversas vezes, e dependendo da legislação, poderão voltar para a mesma aplicação. “Um exemplo são as garrafas PET que nos EUA, por exemplo, retornam as empresas para serem recicladas e reutilizadas novamente para a mesma aplicação. Reciclando estes materiais, estamos poupando matéria-prima, energia e reduzindo o volume de lixo nos aterros e lixões”, pontua Palova. Em relação aos polímeros renováveis, após a polimerização, entram na mesma classificação dos polímeros tradicionais e devem ser reciclados da mesma forma que os outros polímeros. José Carlos Pinto, professor da Coppetec Fundação/UFRJ, participa do Flex Fórum Latino-Americano de Embalagens Plásticas Flexíveis no início de junho com o tema oportunidades ambientalmente corretas para a indústria do plástico tendo por base a reciclagem. Ele diz que a vantagem da biodegradabilidade é um mito, que distorce a discussão nessa área. “Ser biodegradável ou oriundo de material natural não é o mesmo que ser ambientalmente correto. Ser biodegradável é simplesmente gerar resíduos que retornam ao ambiente, quando o ideal é não gerar resíduo nem dispersar resíduos no ambiente”, explica. O professor também vê vantagens da reciclagem em relação a materiais de origem renovável. “A madeira é natural e 12 > Plástico Nordeste >
acho que a destruição da Floresta Amazônica para produzir estantes não me parece ser ambientalmente correta. O que deve ser buscado e o equilíbrio ambiental do processo como um todo, e nesse requisito a reciclagem de materiais não degradáveis constitui vantagem competitiva imensa, porque pode contribuir com a redução do consumo de insumos e da geração de resíduos. Se forem plásticos oriundos de matéria-prima vegetal, podem fixar o carbono na fase sólida”. Eloísa Garcia, do CETEA – Centro de Tecnologia da Embalagem também acredita que a reciclagem é a melhor opção para o resíduo plástico e está mais de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos. No artigo O mito da degradação de embalagens, ela defende que não é interessante criar uma cultura do puro descarte, deixando para a natureza a tarefa da destinação correta dos resíduos. “A reciclagem é uma forma de utilizar de forma responsável os recursos naturais utilizados na fabricação de resíduos. Ela permite fazer mais com menos, uma vez que é possível usar de diferentes formas o material que pode se transformar em uma nova embalagem ou em um tecido, um tapete, um cabide e outras inúmeras aplicações”, reafirma Eloisa à Revista Plástico Nordeste. Os limites de aplicação dos materiais poliméricos reciclados estão relacionados com a legislação de cada país. No Brasil,
Uma pesquisa recente aponta que a indústria brasileira de reciclagem mecânica de plásticos (IRmP) recicla 21% do total dos plásticos pós-consumo no país, ou seja são reprocessadas aproximadamente 684 mil toneladas do total de 3,26 milhões de toneladas de plástico pós-consumo gerado em 2012. Esta indústria faturou R$ 2,5 bilhões em 2012, um crescimento de 4,3% do verificado em 2011(R$ 2,4 bilhões). Os dados apontam que o setor é formado por 762 recicladoras, com capacidade instalada de 1,7 milhões de toneladas e que juntas empregam diretamente 18,7 mil pessoas. A pesquisa, com base em 2012, foi encomendada pela Plastivida Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos à Maxiquim, consultoria especializada no segmento industrial. A maior parte das empresas de reciclagem está localizada em São Paulo: 298, representando 39% do total no Brasil. A seguir os estados do Sul: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, respectivamente, totalizando 36% para a região. As demais empresas estão distribuídas de forma pulverizada pelo país, com baixa incidência no Norte e Nordeste. A vocação das Regiões Sul e Sudeste para a reciclagem mecânica de plásticos é natural pela maior concentração da população e maior poder de consumo, além da presença da indústria em geral. Mesmo assim, se observa nos últimos anos crescimento de indústrias recicladoras nas Regiões Norte e Nordeste, acompanhando
DIVULGAÇÃO
No artigo “O mito da degradação de embalagens”, Eloísa Garcia critica a política do descarte puro
de seus resíduos através da Política Nacional de Resíduos Sólidos e ainda deve investir em coleta seletiva”, afirma Miguel Bahiense, presidente da Plastivida. Ele completa: “o número de municípios com coleta seletiva estruturada no país vem crescendo – eram 443 em 2010 e 766 em 2012, porém esse índice ainda é muito aquém do que se espera de um país com as dimensões do Brasil.”
Informação e logística
o aumento do poder aquisitivo nestas regiões e também refletindo a evolução da consciência ambiental. Entre os resíduos plásticos pós-consumo gerados no Brasil, os PEs, PET e PP estão entre os mais coletados. Isso porque geralmente estão em aplicações de duração curta, como embalagens. Já o PVC, por exemplo, apesar do grande volume de demanda da matéria-prima virgem, é um dos que menos geram resíduos, pois a maior parte das aplicações é de vida-longa (tubos e conexões, por exemplo). Atualmente, as aplicações dos produtos plásticos reciclados são bastante diversificadas no Brasil. E cada vez mais esse produto conta com maior valor agregado, é destinado a segmentos com maior exigência técnica e de qualidade, o que resulta em maior valor comercial no mercado. Os produtos feitos de plásticos reciclados são utilizados pela indústria automotiva, de construção, moda, calçados, entre outros. O índice de 21% do total dos plásticos pós-consumo reciclado mecanicamente no Brasil coloca o país entre os grandes recicladores do mundo. Para se ter uma ideia, a média da União Europeia em 2011 foi de 25,4%. O Brasil está à frente de países como Reino Unido (20%), França (19%), Finlândia (18%) e Grécia (17,6%) “Vale lembrar que tais países já têm a questão do lixo resolvida, diferente do Brasil que ainda está em fase de estruturação do real gerenciamento
Apesar das vantagens, o setor de reciclagem ainda enfrenta desafios. Já houve relatos de empresários sobre editais de prefeituras que exigiam sacos de lixo fabricados com material virgem, por exemplo. “Acredito que um dos desafios que envolve os materiais reciclados ainda é a logística para a coleta de reciclados após o uso, além do envolvimento de reciclar em casa. Nas cidades brasileiras que fazem coleta seletiva, por exemplo, ela ocorre em número reduzido e os receptores deste material (como as cooperativas) possuem dificuldade de mão-de-obra e até de maquinário para otimizar a separação. Outro problema é a falta de conhecimento sobre o assunto, em que governantes criam leis barrando determinados procedimentos sem conhecer os processos e materiais de fato”, comenta Palova Balzer Além da logística, a conscientização da população para a importância da coleta seletiva e principalmente a falta de incentivo perante as empresas que reciclam em relação aos impostos sobre estes produtos também são pontos. Para José Carlos Pinto, são pontos vitais os custos, legislação, educação. “Mas diria que o principal é legislação e educação. Nossa legislação é atrasada e nossa compreensão do problema é ruim. Há sociedades que reciclam praticamente 100% dos resíduos que geram, na União Europeia e no Japão. A discussão de que essas atividades não são viáveis economicamente também constitui um mito que interessa ser mantido por quem não tem interesse de promover a reciclagem”, diz. Para Eloísa, além da estruturação da >>>> < Plástico Nordeste < 13
WiseWaste soluciona a questão de resíduos difíceis de serem reciclados criando novos produtos
logística reversa, é necessário fortalecer a capacidade tecnológica da indústria de reciclagem e ampliar o mercado de produtos fabricados a partir de material pós-consumo. Para a Abiplast - Associação Brasileira da Indústria do Plástico, são fatores críticos de mercado a informalidade, custos de transporte, tributação e concorrência das commodities (produtos virgens e importados). Na aquisição da matéria-prima, existem pontos negativos em oferta, qualidade e custos. São propostas de desoneração fiscal para a reciclagem de plástico: Crédito presumido no IPI para aquisição de matérias-primas recicláveis (possibilidade de compra de insumos para reciclagem com direito a crédito de IPI); Crédito Presumido de PIS e Cofins na aquisição de reciclados (nos moldes do que foi anunciado para indústria petroquímica – PIS/Cofins de 1% para atividade com direito a passar 9,25% de crédito para clientes); redução e Isonomia do ICMS em âmbito nacional; Criação de identidade tributária para o produto reciclado (Reciclado plástico é classificado na mesma posição da NCM/TIPI das matérias primas virgens (posição 3901 a 3915).
Materiais e seus desafios
Entre os materiais, em relação à reciclagem primária (que ocorre diretamente na indústria com o reaproveitamento de refugos), geralmente ela ocorre, mas a mensuração disso é difícil, pois nem sempre estes dados são divulgados pela empresa, diz Palova. “Porém, em relação à reciclagem pós consumo (reciclagem secundária), o maior volume ainda refere-se aos materiais termoplásticos como o poli(tereftalato de etileno (PET), polietilenos (PE), polipropileno (PP) e os materiais estirênicos como o poliestireno (PS). Desta forma, os produtos mais reciclados são os que possuem menor tempo de uso, destaco as embalagens como filmes plásticos e frascos para a área alimentícia e de cosméticos”. De maneira geral, estes polímeros citados apresentam facilidades quanto ao processamento de 14 > Plástico Nordeste >
MARCELO BRAMMER
Reciclagem
materiais reciclados pois não sofrem alterações significativas em relação as propriedades gerais destes polímeros. Palova diz que reciclar os materiais plásticos não deve ser visto como menos vantajoso, mas sabe-se que polímeros com propriedades mais complexas o volume de reciclado é menor e encontra-se dificuldade quanto à logística para que estes materiais retornem à cadeia produtiva. Isto ocorre devido ao menor volume de produção quando comparado com os materiais comodites e a falta de incentivo do governo para a utilização destes materiais. São necessários procedimentos mais específicos e, naturalmente, é preciso aliá-los à viabilidade econômica. Pois é neste vácuo, em relação a materiais que apresentam características específicas que exigem mais da reciclagem devido a combinações na confecção, que a WiseWaste atua. A empresa soluciona a questão de resíduos difíceis de serem reciclados descobrindo maneiras de reciclar produtos que antes não tinham como ter este destino pela falta de conhecimento, de um desenvolvimento, etc; capacitando catadores e cooperativas para coletarem e transformarem esse material; e fazendo esse material virar um novo produto (não reutilização e sim transformação) com valor de compra. São exemplos embalagens de salgadinho, chocolate, e biscoitos, que hoje vão para o lixo comum. A WiseWaste descobriu uma forma desse material vi-
rar uma nova resina e ser transformada em novos produtos (pallets e displays de supermercado); e a embalagem de suco em pó, virou uma nova resina usada para fabricar produtos musicais profissionais e displays de supermercado. Criada em 2012, a empresa já promoveu a transformação de mais de 10 mil toneladas de materiais diversos (lata, plástico, compostos, entre outros) e já foram feitos mais de 50 tipos produtos a partir desses resíduos. No Nordeste, faz a capacitação de cooperativas de catadores e ainda não opera a logística toda na região porque não tem cliente local. Para estimular a busca dessas soluções, criou o programa Adote um Cientista: uma pessoa é adotada para cursar a cadeiras de mestrado e desenvolver a solução para o resíduo gerado por quem adotou. A WiseWaste conta com a estrutura do curso de Engenharia de Materiais da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Muitas das soluções já são frutos dessa parceria, como a resina com fibra de candeia, que pode virar peças plásticas de carro, utensílios domésticos.
PNRS, Abiplast e a força da lei
Desde 2010, o país vive com a realidade da Política Nacional de Resíduos Sólidos e desde então governos, empresas e sociedade se mobilizam para encontrar soluções para a aplicação efetiva da lei. A Proposta de Acordo Setorial para Implementação do Sistema de Logística Reversa de Embalagens pós-Consumo de Produtos não Peri-
DIVULGAÇÃO
Romi: toda a linha de injetoras (foto) e sopradoras é adequada para utilizar materiais reciclados
sitos legais. Dessa forma, os compradores ganham segurança jurídica, respaldando-se em relação à responsabilidade compartilhada que integra a PNRS, e comercial, garantindo a origem e a qualidade do produto.
A importância das máquinas
gosos foi entregue ao Ministério do Meio Ambiente em 19 de Dezembro de 2012. “Durante os anos de 2013 e 2014 tivemos algumas reuniões com a Equipe Técnica do MMA e em março de 2014 entregamos o ultimo documento já consolidado atendendo e esclarecendo as solicitações e dúvidas. Além das vinte Entidades de Classe de abrangência Nacional que compõe a coalizão, temos como Intervenientes Anuentes o Cempre, Abre, Recibras, Anap, Inesfa,Anacat e CNC. Este documento deverá ir para a consulta publica e após este procedimento deverá finalmente ser assinado”, explica Gilmar do Amaral, consultor da Abiplast. “Com o envolvimento e as devidas fiscalizações, tanto os empresários e a comunidade tendem a ganhar com isso, mas ainda em passos um pouco lento. Vale ressaltar alguns pontos desta política que tende a modificar a postura dos brasileiros em curto prazo, pois segundo o documento, os lixões a céu aberto no Brasil deverão fechar até 2014. E muitos destes lixões já foram ou estão sendo fechados ou modificados para atender estas diretrizes”, destaca Palova. “Outro ponto a destacar é que nos aterros somente serão aceitos os rejeitos, ou seja, aquilo que não é possível reciclar (que equivale a aproximadamente 10% do que é descartado hoje). Outro importante avanço da política é a chamada logística reversa. Para Eloísa, a PNRS é uma oportunidade que o setor público, a sociedade e a indústria esperavam há muito tempo para
organizar a gestão de resíduos sólidos pós-consumo no Brasil. “Segundo os princípios da própria PNRS, o sucesso de sua implementação depende da atuação integrada e encadeada de todos os elos da cadeia desde o consumidor até a indústria de reciclagem, ou seja, os objetivos são atingidos se houver o envolvimento de todos”, afirma. O maior desafio para a indústria de embalagens é equacionar a logística reversa, diz Eloísa. Hoje, o mecanismo proposto é o acordo setorial, o qual está em avaliação pelo Ministério do Meio Ambiente”. Para a Abiplast, a reciclagem de embalagens plásticas vai crescer 54% em 10 anos por conta da implementação da PNRS e Logística Reversa. Esse crescimento significa a geração de valor de mercado de aproximadamente mais R$ 1 bilhão e 275 milhões adicionais de benefícios econômicos e ambientais (redução no consumo de recursos naturais, energia, gastos com aterros, etc.) Em janeiro a entidade lançou o Selo Nacional de Plásticos Reciclados – Senaplas. “O selo vai incentivar e valorizar a formalização dos recicladores, demonstrando que há empresas e produtos adequados e de qualidade no segmento, fortalecendo a cadeia que reúne, atualmente, mais de 800 produtoras regularizadas”, explica o coordenador da Câmara Nacional dos Recicladores de Materiais Plásticos da Abiplast, Ricardo Hajaj. Segundo Hajaj, a certificação diferencia a empresa da competição desleal, destacando aquelas que atendem aos requi-
São muitas as empresas que apostam no mercado da reciclagem. Na Romi, por exemplo, toda a linha de máquinas injetoras e sopradoras são adequadas para a produção de peças plásticas utilizando materiais reciclados. “Temos inúmeros clientes, nos mais diversos segmentos, trabalhando com materiais reciclados de diversos tipos, com aplicação de até 100% de reciclado, obtendo ótimo desempenho no processo de transformação”, diz William dos Reis, Diretor da Unidade de Negócios de Máquinas para Plástico. Há clientes que utilizam reciclados como reaproveitamento do seu próprio processo produtivo, enquanto há outros que adquirem materiais 100% reciclados para sua produção. Este percentual depende muito da exigência técnica e aplicação do produto injetado ou soprado. “A participação de reciclados na produção de peças plásticas deve aumentar continuamente diante das necessidades e preocupações com o meio ambiente. Cada vez mais, empresas implantam a ISO 14000 em seus processos produtivos, cuidando melhor dos descartes e aproveitamentos dos resíduos industriais. Esta atitude gera, como consequência, reciclados de melhor qualidade para o mercado, o que permite a expansão desta utilização em mais aplicações. Os municípios também tem se preocupado mais com a questão da coleta seletiva, isso aumentara a oferta e aplicação de reciclados para a indústria”, analisa Reis. Ele aponta que as principais demandas deste mercado são para máquinas com maior torque na plastificação, melhor precisão e repetibilidade com menor consumo de energia e perfis especiais de parafusos plastificadores. “Para esta de- >>>> < Plástico Nordeste < 15
DIVULGAÇÃO
Reciclagem
manda, temos a linha EN que possui um moderno e aprimorado sistema "Stop and Go" que proporciona alta precisão, maior velocidade de injeção e maior torque na plastificação com baixíssimo consumo de energia e ruído. Este sistema garante um desvio padrão do peso do produto injetado muito pequeno, proporcionando peças técnicas com dimensional muito mais preciso e um ganho significativo na redução do consumo da matéria prima. A economia de energia pode chegar a 60% em algumas aplicações mais críticas”. A Romi esteve na feira Recicla Nordeste exibindo uma injetora Romi EN 150 e Reis considera que a participação foi ótima. “Percebemos uma mudança para um perfil mais técnico e competitivo do empresário de transformação no Nordeste. O mercado do Nordeste tem crescido continuamente devido à forte industrialização desta região. Notamos uma demanda maior por máquinas mais modernas e tecnológicas que proporcionam alta produtividade e produção de peças mais técnicas. Há uma exigência maior por máquinas com maior precisão, maiores capacidades de injeção e com melhor desempenho energético. Temos a expectativa de um crescimento contínuo da indústria de transformação na região Nordeste para os mais diversos segmentos, especialmente para embalagens e peças técnicas”, comenta.
Estratégias da Seibt e da KIE
O foco prioritário da Seibt esta na reciclagem e oferece ao mercado moinhos granuladores de diversos portes e capacidades produtivas, trituradores, aglutinadores, extrusoras recuperadoras e linhas completas de lavação de plásticos. “Atendemos aos transformadores que necessitam recuperar suas aparas e sobras geradas no processo produtivo, assim como reciclado16 > Plástico Nordeste >
res de materiais pós-consumo. Entendemos que a reciclagem deverá aumentar significativamente, principalmente a partir do momento em que passar a ser executada a Lei de Resíduos Sólidos, e a obrigatoriedade de logísticas reversas”, aponta Adão Braga Pinto, do departamento comercial. O executivo diz que as principais demandas dos transformadores são por equipamentos eficientes, que ofereçam durabilidade, rapidez em processos de set ups, segurança e suporte técnico eficaz. “O mercado tem nos apresentado excelentes oportunidades até o momento, com importantes projetos para a reciclagem de filmes, rígidos de PE e PP, assim como PET. No segmento de transformação, alguns clientes demonstram preocupação com quedas na demanda, porém, são situações pontuais, pois, o mercado em uma análise mais ampla tem nos garantido bons resultados até o momento”, avalia. A Seibt atua com representantes comerciais na região Nordeste e tem se destacado pelos diferenciais técnicos de seus equipamentos, assim como atendimento pós-venda, diz Adão. “Participamos das últimas edições da Recicla Nordeste, sendo um excelente canal que nos proporcionou importantes oportunidades de negócios na região Nordeste”. Outra empresa voltada à fabricação de equipamentos para reciclagem é a KIE, fundada em 1987. Seu catálogo oferece moinhos, trituradores, sistemas de lavagem e secagem, extrusoras, linhas completas para reciclagem de PE, PP, PET, PS e ABS, pós-consumo ou pós-industriais. “Este ano tem sido muito bom, com uma média de vendas 15% acima do mesmo período no ano passado, apesar da alta sazonalidade entre os meses. O período de “pré-copa” e o ano de eleições presidenciais têm adiado alguns projetos por parte de nossos clientes”, comenta o diretor Evandro Bondesan Didone.
Uma estratégia da Seibt é participar de eventos, o que proporcionou realizar negócios no Nordeste
O executivo afirma que a mão-de-obra escassa, e em muitas vezes de baixa qualidade, somada ao aumento do preço da sucata tem forçado os recicladores a cada vez mais investir em tecnologia, principalmente aquelas que reduzem a mão-de-obra empregada nos processos produtivos. “Esta é a única saída no momento para baixar custos e permanecer competitivo no mercado”. A empresa participou de várias edições do Recicla Nordeste e teve bons resultados. Porém notou uma diminuição no interesse dos visitantes, principalmente na última participação. “O grande número de feiras no setor vem retirando a representatividade de cada uma delas”, explica.
NZ e Premiata apostam no Recicla
A NZ Philpolymer – Divisão de Máquinas e Embalagens do Grupo NZ, também investe forte no segmento. A empresa oferece extrusoras tipo cascata para reciclagem de plásticos em geral, além de periféricos como granuladores, moinhos, secadores, misturadores, canhões e rosca, redutores, troca tela hidráulica, e ainda peças de reposição. “Atuamos com 100% de nossa carteira de clientes voltada para a Reciclagem Plástica, a qual vem crescendo ao longo dos anos devido a necessidade de gestão de resíduos e leis de resíduos sólidos, etc”, diz o diretor comercial Thiago Zaude. O empresário comenta que neste ano o mercado vem se apresentando de maneira instável, devido à queda do comércio, linha automotiva e etc. Ao
DIVULGAÇÃO
contrário de outros, faz uma avaliação regional positiva e dá uma sugestão. “Já participamos do Recicla Nordeste há quatro edições e o evento tende a crescer, desde que foque mais em recicladores, transformadores da região de Fortaleza, Eusebio, Maracanau! Somente assim teremos a melhoria na visitação da feira e crescimento de negócios na região CE”. Outra indústria especializada na fabricação de misturadores e secadores que aposta no mercado nordestino é a Máquinas Premiata. A empresa fabrica aglutinadores, secadoras centrífugas, afiadora de facas para moinhos, e todos os demais itens que compõem uma linha completa de reciclagem de materiais plásticos como, PET, PE/PP filme, PE/PP rígido e PVC. “Os equipamentos para reciclagem representam cerca de 90% dos negócios da empresa, já que além das linhas de reciclagem os misturadores e secadores são destinados tanto na preparação de material virgem como no reaproveitamento de materiais reciclados”, afirma o diretor Rafael Rosanelli. Animado com a situação, o executivo diz que felizmente a Premiata se encontra em constante crescimento. “Em 2014 a expectativa é de mantermos proporcionalmente os mesmos números que 2013, já que o ano será mais curto por conta eu nem apontaria da copa, mas sim, principalmente por toda a confusão política entre situação e oposição jogada na mídia, que resulta consequentemente na dúvida da população em relação aos rumos do país, o que é lamentável para quem tem a pretensão contínua de trabalhar e prosperar”, analisa. A Premiata ainda não participa, mas planeja expor na Recicla Nordeste, pois considera o mercado excelente. “Temos diversos clientes, de todos os portes. Nota-se que o empresário desta região, procura sempre inovações para aprimorar o seu parque fabril e a empresa se coloca sempre à disposição para auxiliar no estiver ao seu alcance”. Na mesma vertente de produção, a Rone Moinhos oferece mais de 200 versões deste produto para reciclagem de plástico. Devido à esta produção específica, a participação de mercado no ramo de reciclagem é de 100%, dividida em aproximadamente
60% pré consumo e 40% pós consumo. “Este ano o mercado para a Rone se assemelha ao mesmo período dos dois últimos anos, considerando-o assim, estável. A maior demanda recai em moinhos de alta produtividade, baixo nível de ruído, com automatização de alimentação e descarga e principalmente que atenda às normas de segurança, principalmente a NR.12”, diz o diretor comercial Ronaldo Cerri. Sobre o Nordeste, comenta que nos últimos anos houve um crescimento de boas e novas empresas, muito preocupadas com a atualização tecnologia e produtividade para serem mais competitivas a nível nacional. E que a região tem se tornado mais exigente e com maior consumo.
Premiata: o diretor Rafael Rosanelli aposta no Nordeste e quer expor na próxima edição do Recicla
Já a Clodam atua na produção de resina PET Reciclada Pós-Condensada. O diretor comercial Ricardo L. Rogério afirma que o melhor mercado nos próximos períodos será em embalagens para alimentos, mas no momento a perspectiva para a reciclagem no Brasil é muito difícil. “Esperamos que o setor de coleta se organize e possa haver mais oferta de matéria prima”. Os desafios do setor estão na busca de incentivos fiscais, “pois não há!”, e do setor de reciclagem de forma geral, coleta e compensação tributária. Sobre a reciclagem especificamente no Nordeste, ele avalia que “há boa vontade, mas pouca ação”. Na área de máquinas e equipamentos, as oportunidades da reciclagem são tais que existem empresas que se dedicam totalmente a ela, completa. PNE
Matéria-prima em alta
Na setor de resinas, a Éttimo oferece PP Composto – ABS – PS- PA – POM para este mercado. A empresa aposta que os melhores setores nos próximos períodos serão automotivo, calçadista e moveleiro. “Os desafios do setor de resinas recicladas e da reciclagem de forma geral são qualidade e sustentabilidade”, aponta a supervisora de venda Marcia Peroni, que diz considerar o mercado nordestino como promissor. < Plástico Nordeste < 17
DESTAQUE Polo Plástico de Alagoas
A força da união gera emprego e renda
DIVULGAÇÃO
Cadeia da Química e do Plástico gera mais de 4 mil empregos em Alagoas graças à implantação de 30 novas indústrias e cerca de R$ 1.250 bilhão investido.
18 > Plástico Nordeste >
SECOM AL
O ex-secretário Luis Otávio Gomes (centro) passou o comando da Seplande para Poliana Santana
Com um formato exemplar que já está sendo adotado em outros estados, a Cadeia Produtiva da Química e do Plástico (CPQP) tem como base a união de todos os setores, é resultado da parceria entre o Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande), o Sebrae/AL, a Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA), a Braskem, Sinplast, Associação das Empresas dos Polos de Maceió e Marechal Deodoro (Assedi-MD e Adedi).
O
Estado de Alagoas é um dos menores no Brasil em termos de área, de extensão territorial, mas certamente está no topo do ranking entre aqueles que demonstram determinação em crescer, com união e planejamento. Essa teoria é comprovada no setor químico-plástico. Após completar sete anos de existência, o Fórum Permanente de Cadeia Produtiva da Química e do Plástico pode comemorar os bons números e avanços obtidos durante esse tempo. Hoje, o grupo, que contempla 67 indústrias transformadoras do plástico, gera 4.200 empregos diretos e contabiliza mudanças positivas no segmento que representa, além de diversas participações em eventos locais e nacionais. Esses dados preliminares foram divulgado recentemente na reunião do Fórum Permanente da Cadeia Produtiva da Química e do Plástico realizada na Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea). O encontro foi marcada por um balanço do desempenho do setor nos últimos sete anos e pela despedida do ex-secretário de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico Luiz Otavio Gomes da presidência do colegiado. No lugar dele assume a nova secretária da pasta, Poliana Santana. “Os empresários prestam uma homenagem a Luiz Otavio Gomes pelos sete anos de trabalho conjunto entre o governo e o setor produtivo que transformaram Alagoas em referência nacional, aumentando a cada ano o seu poder de captação de
investimentos. Esses resultados são fruto de um trabalho sério, com planejamento e cooperação técnica entre os parceiros”, destacou o presidente do Sindicato das Indústrias de Plásticos e Tintas do Estado de Alagoas (Sinplast-AL), Wander Lobo. Além de uma apresentação sobre reciclagem – por meio do programa Alagoas Catador –, durante a reunião o secretário adjunto do Desenvolvimento Econômico, André Paffer, mostrou os principais resultados dos últimos sete anos do setor em Alagoas. Da cadeia produtiva composta pelas 67 indústrias, 30 empreendimentos chegaram ao estado durante o período 2007-2013. Esse ambiente diversificado trouxe um investimento total de R$ 1,250 bilhão não só direcionado ao crescimento industrial, mas para todos os alagoanos. Dentro desses processos de melhoria, só a duplicação da planta de PVC da Braskem em Marechal Deodoro gerou investimentos que chegaram a R$ 1 bilhão. Sem dúvida, são números expressivos para um estado que encontrava muitas dificuldades para se desenvolver. “O objetivo das entidades que compõem a cadeia é fomentar ações para prospecção, fortalecimento e o desenvolvimento tecnológico das empresas de transformação e reciclagem de resinas plásticas. Um planejamento foi traçado em 2007 e os resultados estão aí, com esse novo cenário para o setor em Alagoas”, ressalta a secretária de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico, Poliana Santana.
NTPlás, qualificação e feiras
Na parte de capacitação, um dos destaques foi a criação do Núcleo de Tecnologia do Plástico (NTPlás), na unidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) do Tabuleiro do Martins, em 2010, que já capacitou 991 profissionais. Esse processo faz parte da estruturação da Cadeia, que teve o aporte de R$ 10 milhões usados para a requalificação de mão de obra, programas de qualidade e a implantação do Núcleo. O NTPlás tem capacidade para formar até 400 profissionais ao ano. Ainda fazendo parte de política de qualificação, 573 profissionais foram capacitados em cursos técnicos e de gestão. Um convênio entre a Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande), Sebrae, Braskem e o Sindicato das Indústrias do Plástico e Tinta de Alagoas (Sinplast), criado para o triênio 2013-2015, também auxiliou no desenvolvimento da cadeia. O objetivo é implantar ações de melhoria e da qualidade na pequena indústria do setor e atingir 40 empreendimentos. Com os olhos no futuro, os alagoanos valorizam um aspecto que contribuiu para a prospecção de novas empresas para compor a Cadeia Produtiva da Química e do Plástico: a participação em feiras nacionais e internacionais. Eventos como a Feira do Empreendedor, Interplast, Embala Nordeste, Feira K e Brasilplast/Feiplastic promoveram a atração de 12 novas indústrias a CPQP, totalizando um investimento na casa dos R$ 245 mi- >>>> < Plástico Nordeste < 19
lhões e a geração de 756 empregos diretos. “O rendimento médio dos funcionários da área de produção passou de R$ 714,69 para R$ 1.319,45, uma elevação de 84%”, disse André Paffer. Como uma forma de continuar e solidificar esse modelo para a prospecção de empresas, este ano, em agosto, representantes da CPQP participarão da Feira Internacional de Embalagens e Processos Industriais do Nordeste, a Embala Nordeste, em Olinda (PE). “Todos os anos, o evento conta com a visita de aproximadamente 30 mil pessoas que trabalham na área de embalagem. É uma grande oportunidade para estudar o mercado e captar novos investimentos”, comenta Wander Lobo, presidente do Sinplast.
Apoio do Governo do Estado
O Governo do Estado, principalmente por meio da Seplande, sempre foi parceiro do setor químico-plástico de Alagoas, desenvolvendo ações e programas (Prodesin) para incentivar a atração de novas indústrias do setor para um dos Polos Multissetoriais. A secretária Poliana Santana comenta sobre a atuação das 67 indústrias transformadoras do plástico, “gerando 4.200 empregos diretos e contabilizam mudanças positivas, além de diversas participações em eventos locais e nacionais”. Ela destaca também a estruturação da Cadeia e os investimentos em capacitação e de mão de obra citados anteriormente. O crescimento das empresas também elevou a oferta de emprego, ressalta a secretária. “Uma pesquisa realizada pelo Sebrae Alagoas apontou uma média de 83 vagas por empresa contra 68 nos anos anteriores. Os salários seguiram o mesmo ritmo, em dezembro de 2009 o rendimento médio era R$ 714,19, já em abril de 2012 registrou R$ 1.319,45”, aponta. “Os números ainda indicam um aumento de 40% nas empresas sindicalizadas, redução de 85 toneladas/mês de resina desperdiçada e crescimento de aproximadamente 15 toneladas na quantidade de plástico desmanchado. Diante desses números acreditamos que a perspectiva para este segmento são as melhores”, avalia. A recente inauguração de uma unidade de um grupo importante, a Tigre-ADS em Marechal Deodoro e, no final de março a aprovação pelo Conedes de apoio para outra indústria do plástico, a Art Plas, demonstra o acerto no planejamento. A secretária Poliana 20 > Plástico Nordeste >
SECOM AL
DESTAQUE Polo Plástico de Alagoas
Wander Lobo, do Sinplast: hoje, o setor plástico é de grande relevância para a economia alagoana
Santana comenta sobre a importância desse setor para a economia do Estado. “O segmento se tornou um dos mais importantes da nossa economia, devido a grande oferta de empregos, que geram renda para o cidadão. Temos uma Cadeia Produtiva da Química e do Plástico muito bem consolidada, com atores que tem o objetivo de fomentar ações para prospecção, fortalecimento e o desenvolvimento tecnológico das empresas de transformação e reciclagem de resinas plásticas. Um planejamento foi traçado em 2007, e os resultados estão aí, com esse novo cenário para o setor em Alagoas”, aponta. Quanto a novos programas e projetos, Poliana Santana demonstra otimismo. “Estamos num processo constante de melhoria da gestão, identificado as oportunidades. Nos aproximamos cada vez mais do setor empresarial para levantar as suas necessidades e viabilizar políticas públicas eficazes para o seu desenvolvimento. Existe uma total integração entre todas as entidades que compõem a Cadeia da Química e do Plástico de Alagoas”, completa.
Sinplast AL destaca a evolução
Nos últimos anos o segmento plástico registrou crescimento em Alagoas, segundo Wander Lobo, presidente Sinplast/AL – Sindicato das Indústrias de Material Plástico e Tintas do Estado de Alagoas. “Em 2013, o setor plástico tinha 89 empresas conforme informações obtidas através do SIGA, que
tem seu banco de dados atualizado mensalmente pela RFB. O crescimento médio das 33 empresas sindicalizadas em 2013 foi em torno de 8% conforme pesquisa realizada no T4 realizado pelo Sebrae”, revela. “Atualmente, contamos com 94 empresas, entre associadas e não associadas. Na última pesquisa realizada no final de 2013 com as 33 empresas sindicalizadas, existiam 2973 colaboradores, o que corresponde em média a 90 empregos por empresa”, destaca. Quanto ao potencial de produção do setor, que pode ser medido pelo consumo de matéria-prima, Wander Lobo comenta sobre o volume de resinas utilizado pelas indústrias do setor. “Considerando as 33 empresas sindicalizadas que participaram da pesquisa, registramos o volume de 101.000 toneladas de matéria prima transformada”, informa. E sobre quais áreas produtivas mostram melhor desempenho, Wander Lobo destaca que o segmento que mais tem crescido no Estado é o de tubos, conexões e forros de PVC. O dirigente também confirma que nas duas gestões do atual Governo do Estado foram inauguradas 15 empresas do setor plástico, gerando em média 1.500 empregos diretos. Sobre a disputa eleitoral em outubro e seus reflexos no setor plástico, Wander Lobo não vê motivo de preocupação de descontinuidade de projetos. O Sinplast/AL é uma instituição não política. Os trabalhos realizados no atual governo foram fruto de um programa de Estado, o que os torna independente de qualquer governo. Portanto, deve permanecer. “E hoje, o setor plástico é de grande relevância para a economia alagoana”, finaliza.
Avaliação positiva da Abiplast
A Associação Brasileira das Indústrias do Plástico (Abiplast), segundo o presidente José Ricardo Roriz Coelho, avalia positivamente o desenvolvimento do setor em Alagoas. Com o início das operações da planta petroquímica de PVC no estado, o setor de transformados plásticos aumentou ainda mais sua importância na participação na economia alagoana e na geração de empregos. Hoje são mais de 60 empresas do segmento instaladas em Alagoas que representam 4% do total da indústria da transformação, gerando milhares de empregos. “Desde 2007, o número de vagas cresceu mais que o dobro do que o ritmo de crescimento do emprego
Manuel Marques, da Assedi-MD, destaca a forte vocação do Polo para o setor de plástico
da Indústria da Transformação no Estado”, destaca o dirigente. Segundo Roriz Coelho, é possível observar que nos últimos cinco anos o setor plástico vem ganhando representatividade em Alagoas, o que é importante para o desenvolvimento do setor em todo o país, visto sua relevância em toda cadeia produtiva nacional. Ele elogia a estratégia da Cadeia Produtiva do Química e do Plástico e mesmo que o número de empresas ainda não seja tão expressivo numericamente, o Estado atraiu dezenas de indústrias nos últimos anos, algumas de grande porte. “A formulação de um plano de desenvolvimento, criado pelo governo de Alagoas, para a atração da indústria química e plastica apara o Estado, com iniciativas como a implantação de um núcleo de tecnologia do plástico (NTplas) em conjunto com o Senai, bem como o convênio para melhoria e capacitação de micro e pequenas indústrias com o Sebrae são importantes para estimular e ampliar a produtividade na região. Empresas se sentiram motivadas com os incentivos de capacitação dos funcionários, segurança jurídica, entre outros benefícios, evidenciando a importância desses instrumentos para o desenvolvimento da indústria”, afirma Roriz Coelho. Os bons resultados confirmam o acerto no processo e servem como modelo. “Por essa razão, os meios de atração com certeza devem ser disseminados e a política de Alagoas deve servir como exemplo. A indústria plástica desempenha um papel importante em todos os ramos produtivos do Brasil e im-
pulsionando-a, os resultados são benefícios para todo país”, ressalta o dirigente. Porém, para ganhar projeção nacional Roriz acha que se torna necessário a indústria aprimorar seu perfil competitivo. “Seria importante que essa preocupação com a indústria plástica, por parte do governo, se consolidasse em iniciativas com objetivo de aumentar a competitividade da indústria criando oportunidades para a atração de investimentos. Com a proximidade do fornecimento de matérias primas e o mercado consumidor potencial do Nordeste, Alagoas pode se tornar um polo importante no setor de transformados plásticos”, finaliza
Senai-AL: contribuição valiosa para o setor
Sem a participação do Serviço Nacional da Indústria em Alagoas /Senai-AL, o setor químico-plástico de Alagoas não estaria no atual patamar de atividade profissional, Se-
gundo o diretor regional Cícero dos Anjos Silva, “a contribuição do Senai é muito importante para o desenvolvimento do Estado, pois além do contrato de prestação de serviço junto ao Sinplast, voltado para a formação de mão de obra qualificada, realizamos também cursos de aperfeiçoamento para os funcionários das empresas associadas”, destacou. “Além de termos concluído a primeira turma do Curso Técnico de Polímeros no Estado de Alagoas, também ofertarmos cursos gratuitos através do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego)”, ressalta. Nesse contexto, o Senai/AL realiza três cursos técnicos e dois de qualificação, , beneficiando mais de mil alunos até este momento, informa Cícero. Segundo o executivo, “todo esse sucesso é oriundo do comprometimento e envolvimento do Senai e dos parceiros da CPQP (Cadeia Produtiva de Química e Plástico) no que diz respeito a desenvolvimento do nosso Estado”, comenta. O curso de operador de injetora e extrusora de plástico está sendo ministrado pelo Senai desde o início do ano, referente ao convênio com Sinplast/AL. A qualificação é realizada no período da manhã e pela tarde, no NTplás, localizado no Centro de Formação Profissional Napoleão Barbosa (CFP-NB), no Tabuleiro do Martins e conta com 20 alunos por turno. O curso tem a finalidade de aprimorar o conhecimento de funcionários e melhorar sua qualidade na prestação de serviços. Participam do curso as empresas Krona, Corr Plastik, Plastec, Mexichem e Nordeplast. Os colaboradores das empresas conveniadas já estão colhendo frutos do curso. “Nem todas as máquinas que estamos aprendendo a operar durante o curso são utilizadas na empresa, então, o curso amplia os nossos conhecimentos na área industrial e nos deixa preparados >>>>
< Plástico Nordeste < 21
Com duas unidades e 700 funcionários, a Braskem responde por cerca de 10% do PIB de Alagoas
DIVULGAÇÃO
DESTAQUE Polo Plástico de Alagoas te ultrapassam mais de R$ 1,3 bi, considerando neste total a ampliação da Braskem que ocorreu em 2012. Outro fator bastante positivo destacado por Marques para quem planeja se instalar no Polo Industrial é sem dúvida a localização. “Estamos a 15 km do centro da capital Maceió, 18 km do porto, 20 km dos melhores bairros do Estado, seja Ponta Verde e Pajuçara e a 30 km do aeroporto, próximos a cinco municípios vizinhos, numa distância máxima de 30 km, de onde vem a maior força de trabalho de mão de obra”, completa.
para quando a fábrica ampliar a sua operação no futuro. Isso é muito bom!” afirma Francis Adriano, 26 anos, há cinco anos operador na empresa Nordeplast.
Visita à Krona - No dia 8 de abril foi realizada uma visita técnica na empresa Krona Maceió/AL. O objetivo dessa visita foi proporcionar aos alunos do curso Técnico em Plástico uma imersão real na dinâmica empresarial, mostrando a estes jovens como ocorre de fato toda a rotina interna, considerando o processo produtivo em seus diversos níveis a fim de que comecem a conhecer os desafios do mundo profissional que exercerão na prática quando formados. Os mesmos puderam identificar meios de produção, métodos e técnicas de trabalho, condições de trabalho. Qual a ocupação do técnico em plásticos no setor produtivo. A visita contou com a presença de 32 alunos e três instrutores do Senai-NTPlás
A força dos polos multissetoriais
Uma das vantagens de Alagoas é contar com dois pólos multissetoriais: Polo Multifabril Industrial José Aprígio Vilela (PJAV) em Marechal Deodoro e Polo Multissetorial Governador Luiz Cavalcante em Maceió, onde as indústrias dispõem de infraestrutura e apoio para se desenvolveram com eficiência, Manuel Marques, presidente Associação das Empresas do Polo Industrial de Marechal Deodoro - ASSEDI-MD, comenta sobre o atual cenário do local. “Temos instaladas 18 empresas, sendo 12 da Cadeia Produtiva da Química e do Plástico (3 química – 17% e 9 plástico – 50 % de todas), mais 5 de serviços (30%) e 1 metal-mecânica (3%). Das nove empresas de plástico, seis foram inauguradas no atual governo Teotonio Vilela. Com este número fica evidenciado a forte vocação de nosso Polo para o setor de plástico”, justifica. E existe uma razão especial segundo ele. “Tudo porque aqui temos a Braskem como empresa ancora nos fornecendo resinas termoplásticas. A uni22 > Plástico Nordeste >
Crescendo com a Braskem
dade de PVC, aqui instalada, tem capacidade de produção de 450 mil toneladas ano, tornando-a a maior fábrica da América Latina. Esta tamanha oferta de resina de PVC é sem dúvida alguma um forte atrativo para quem queira se instalar”, reforça. Na opinião de Marques, a melhor equação para se montar uma fábrica é estar ao lado de seu principal fornecedor de matéria-prima e próxima aos seus clientes e na região que cresce acima da média nacional. “Temos estes dois vetores, Braskem como fornecedora de matéria-prima e o nosso Polo está inserido numa região, Estado, que fica central na Região Nordeste”, diz. Segundo Marques, num raio de 1.000 quilômetros é possível atingir 80 % de todas as capitais do Nordeste e seguramente mais de 90 % do PIB da região. “Por isso que empresas da Região Sul, instalaram suas filiais aqui. Tudo isto é bom para o processo de instalação, e melhor ainda com os incentivos que o Estado oferece, sejam creditícios, fiscais e locacionais. Tudo isto se traduz em maior competitividade”, explica. A primeira indústria que se instalou no Polo foi a antiga Cia Química de Alagoas, atual Braskem, em 1988. “De 2007 até hoje foram instaladas mais sete fábricas, sendo seis no setor de plástico: Fiabesa, Corr Plastik, Nordeplast, BBA, Krona e por último a Tigre-Ads. Os investimentos em ativos nos últimos oito anos para as sete fábricas , seguramen-
A presença da Braskem em Alagoas é vital para o desenvolvimento regional. Segundo Milton Pimentel Pradines Filho, Diretor de Relações Institucionais da Braskem no Nordeste, são duas unidades da Braskem instaladas em Alagoas, com cerca de 700 funcionários diretos e 1300 pessoas de empresas parceiras trabalhando em suas unidades. Mais cerca de 2500 empregos indiretos. A participação da empresa no PIB estadual é de cerca de 10%. O executivo destaca a importância e o destino da produção que gera emprego e renda. “Hoje cerca de 20% é consumido no Estado”, informa. O restante é exportado para SP, CE, PE, SC, PR, RS, AM e Zona Franca de Manaus Depois da instalação da Tigre-ADS, que vai processar matéria-prima da Braskem a estratégia da Braskem, conforme Pradines, é seguir trabalhando, em parceria com a FIEA, Sebrae, Sindplast e associações de empresas do Distrito Industrial para a consolidação da Cadeia produtiva da Química e do Plástico. “Isto inclui a participação em feiras setoriais, seminários de capacitação de funcionários e técnicos, ações de prospecção de novas empresas para instalação em Alagoas”, revela. Quanto ao relacionamento da Braskem com a Cadeia Produtiva da Química e do Plástico, Pradines é categórico. “O sucesso da Cadeia em Alagoas se deve a esta parceria entre governos estaduais e municipais, entidades de classe e setor produtivo. Este trabalho precisa ter continuidade e ser visto como uma das alternativas concretas para o desenvolvimento do Estado” conclui. PNE
Foco no Verde
PE verde da Braskem em rolha de vinho
A Braskem, maior produtora de resinas termoplásticas das Américas e líder global em biopolímeros, empregará de maneira inédita o plástico verde (polietileno I’m greenTM), em rolhas para garrafas de vinhos fabricadas pela Nomacorc (foto acima), empresa líder no segmento nos EUA. Denominadas Select® Bio, as rolhas são 100% recicláveis e apresentam o mesmo desempenho em controle do oxigênio que a linha convencional, além de evitar a deterioração e desperdício causados por processos como oxidação e redução. Neste caso, o plástico verde substitui com eficiência a cortiça, material proveniente de árvores específicas para tal fim e que podem levar algumas décadas para serem cultivadas. O polietileno I’m greenTM é feito a partir do eteno obtido do etanol de cana-de-açúcar. Seu grande diferencial é contribuir para a redução da emissão dos gases do efeito estufa na atmosfera, já que captura gás carbônico durante o seu processo produtivo. Ele também apresenta as mesmas características do polietileno tradicional, ou seja, não necessita de adaptações de maquinário e pode ser reciclado. Para ajudar o consumidor a reconhecer o plástico verde, a Braskem criou o selo ‘I´m green TM’, que garante a origem renovável da embalagem. “A Braskem é uma organização sólida, com um histórico de criação de polímeros confiáveis e sustentáveis para os principais fabricantes do mundo todo”, destacou Olav Aagaard, cientista-chefe da Nomacorc. “A utilização do polietileno verde de cana-de-açúcar da Braskem nos dá a confiança necessária para oferecermos aos nossos clientes rolhas neutras em carbono, o que não só ajuda a garantir a consistência e qualidade dos vinhos, mas também permite o desenvolvimento de uma solução de embalagem mais sustentável”. “Ficamos muito satisfeitos com a escolha feita pela Nomacorc para o desenvolvimento de uma solução mais sustentável com o nosso plástico verde”, diz Marco Jansen, Diretor Comercial de Químicos Renováveis da Braskem para a Europa e Estados Unidos. “Escolhas como as realizadas pela Nomacorc mostram que esta é uma tecnologia altamente viável e com grande potencial de crescimento, e que pode ser plenamente empregada como alternativa sustentável ao uso de combustíveis fósseis”, conclui Marco Jansen.
Coca Cola e FIFA treinam catadores
A Copa do Mundo no Brasil terá outro legado positivo: 840 catadores de materiais recicláveis estão sendo treinados em todo o país, por meio de parceria firmada pela Federação Internacional
de Futebol (Fifa) com a empresa Coca-Cola Brasil, para atuar nos estádios das 12 cidades-sede da Copa do Mundo, que ocorrerá de 12 de junho a 13 de julho. A parceria prevê que a Coca-Cola será a responsável pela ação de gerenciamento de resíduos sólidos da Copa da Fifa Brasil 2014. A preparação foi intensa: no dia 10 de abril 70 catadores da Rede Movimento, que tem 34 cooperativas associadas, participaram de treinamento no Rio de Janeiro. O diretor de Sustentabilidade da Coca-Cola Brasil para a Copa da Fifa, Victor Bicca, disse à Agência Brasil que os 840 catadores farão a coleta seletiva em todos os 64 jogos da Copa. “Para isso, nós estamos fazendo um treinamento desses catadores, nas 12 cidades-sede. Hoje, nós estamos no Rio de Janeiro, fazendo o nono treinamento. Agora, faltam mais três cidades”. O objetivo, disse Victor Bicca, é assegurar que os catadores tenham todas as orientações para que possam se comportar e exercer de maneira correta a atividade de gestão de resíduos dentro dos estádios. Com isso, ele espera coletar todos os materiais e embalagens que vão ser gerados durante os jogos, para que possam ser destinados à reciclagem.
Integração - Após a coleta nos estádios, o material é transportado para as cooperativas parceiras, onde é feita a triagem, isto é, a separação dos materiais que, depois, são encaminhados para as empresas recicladoras. A operação pretende garantir o fluxo completo da reciclagem, que envolve a coleta, triagem e a parte recicladora, para ser base de um novo produto. Com isso, assegurou Victor Bicca, “a gente está reforçando, que é um dos legados que a empresa quer deixar para depois da Copa, o incentivo da cultura da reciclagem no país e criando um novo patamar de gestão de resíduos dentro dos grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo”. Os treinamentos seguintes de catadores para atuar nos jogos da Copa foram desenvolvidos em São Paulo (15/04); Fortaleza (17/04); e Curitiba (23/04). As outras sedes aguardavam a escala de treinamento. Victor Bicca informou, ainda, que quando começar o período de exclusividade da Fifa, previsto para o dia 22 de maio, os catadores do Rio de Janeiro farão um treinamento in loco, no Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã. O mesmo deverá ocorrer nas demais cidades. O diretor de Sustentabilidade acrescentou que, nessa fase, os catadores darão início à atividade de gestão não só nos jogos, mas desde o começo da gestão dos estádios pela Fifa. O presidente da Associação dos Catadores do Aterro Metropolitano do Jardim Gramacho, Tião Santos, avaliou, em entrevista à Agência Brasil, que a Copa do Mundo “é um momento ímpar para a gente mostrar para a população não só a capacidade de se promover e executar o trabalho na área de resíduos nos estádios, mas aproveitar também para educar e sensibilizar a sociedade sobre a importância da reciclagem nos grandes eventos e na vida cotidiana das pessoas”. Tião Santos ressaltou, também, que o evento serve para buscar a valorização e o reconhecimento dos catadores. Das 34 cooperativas que participam do esforço para a Copa, seis são de Gramacho, bairro do município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. PNE < Plástico Nordeste < 23
Tendências
& MercadosInjetoras
Em qualquer atividade econômica a meta dos players da cadeia produtiva é atingir índices de eficiência que possam garantir competitividade no mercado. No caso específico da indústria do plástico, os transformadores esperam que os fabricantes ofereçam máquinas com tecnologia atualizada. E, de fato, os principais fornecedores estão atentos a estes detalhes e investem em pesquisa e desenvolvimento.
C
onforme Antônio de Pádua Dottori, vice-presidente da Comissão Setorial de Máquinas e Acessórios para a Indústria do Plástico (Csmaip), da Abimaq, existe uma evolução acentuada destes equipamentos no mercado. “As máquinas para transformação de plásticos no Brasil, fabricadas hoje, sejam injetoras, sejam sopradoras e demais, têm a mais avançada tecnologia, estão dentro de padrões internacionais, insumos universais e têm evoluído de acordo com as tendências mundiais, tanto que temos empresas brasileiras exportando para diversos países do mundo”, explica. Na relação custo-benefício, os transformadores buscam máquinas que garantam qualidade, mas que também sejam econômicas. Desta forma os fabricantes têm apresentado lançamentos com foco em índices de competitividade, segundo Dottori. “Conforme destacado, nossas máquinas acompanham a evolução mundial, dai seguimos as tendências internacionais. No momento, já
24 > Plástico Nordeste >
DIVULGAÇÃO
O avanço da tecnologia
vencidas barreiras de qualidade, produtividade, o foco tem sido economia de energia. Temos várias tecnologias no momento para redução dos kW gastos por kg de material transformado.É uma tendência mundial, manufatura mais limpa, mais econômica, menos dependente de energia e recursos naturais, tendências mundiais”, repete. Neste cenário de evolução tecnológica, a Romi, uma das principais fabricantes de injetoras do mercado, investe constantemente para oferecer novidades aos transformadores, conforme revela William dos Reis, Diretor da Divisão de Máquinas para Plásticos, ao comentar sobre detalhes técnicos de modelos atuais. “A nova versão da linha EN teve seu sistema ‘Stop and Go’ aprimorado, com muitas melhorias em software, acionamento elétrico e sistema hidráulico. Isto proporcionou alta precisão, maior velocidade de injeção e torque na plastificação. Este sistema garante um desvio padrão do peso do produto injetado muito pequeno, proporcionando peças técnicas com dimensional muito mais preciso e um ganho significativo na redução do consumo da matéria prima”, destaca. Outra empresa nacional, a Pavan Zanetti, também investe pesado em novas tecnologias, conforme destaca o Diretor Comercial Newton Zanetti. “A Pavan Zanetti, sempre atualizada com as tendências de mercado na transformação de plásticos, apresenta
Os transformadores que estiveram na Feira K, em 2013 puderam conferir os lançamentos da Arburg
em sua linha de máquinas injetoras as mais recentes tecnologias para uma maior precisão nas peças moldadas e acentuada economia de energia. Temos várias opções que refletem a melhor relação de custo benefício dependendo da condição de moldagem, tipo de peça e material a ser transformado, tempo de ciclo e necessidade específica do cliente”, enfatiza. Zanetti revela que para alcançar seus objetivo conta com uma Engenharia de Aplicação voltada a determinação da máquina ideal para cada tipo de transformador. “As novidades são as mais recentes de mercado, indo até máquinas com servo motor de alta precisão e elevada redução no consumo energético”, informa. A KraussMaffei tem novidades em seu catálogo que garantem competitividade, segundo revela o Diretor Geral Klaus Jell. “São máquinas de série GX. A série GX tem como característica mais acentuada no tempo de ciclo do fechamento, permitindo o aumento da produtividade, que está no foco na indústria em geral. O novo comando MC6 possibilita a programação da máquina e da au-
tomação uniformemente, intuitivo e fácil”, revela. Ele indica o site http://www.kraussmaffei.com/en/gx-series.html para quem deseja obter mais informações. A alemã Arburg também é conhecida por seu conceito inovador. Conforme o Diretor Geral Kai Wender, os transformadores que estiveram na Feira K, em outubro de 2013 em Dusseldorf, puderam conferir os lançamentos. “Foi apresentada a nova 820A, máquina de 400 ton/elétrica com a nova e maior unidade de plastificação elétrica EUROMAP 2100 para injetar até 1.286grs/PS no máximo. Assim temos hoje máquinas elétricas de 35 a 500ton com até 1.286grs de peso de injeção”, informa o executivo. “Um high-light foi a máquina 720A com 320ton com molde cubo totalmente elétrica, inclusive movimento e rotação do cubo”, acrescenta. Segundo Wender, houve um forte desenvolvimento de equipamentos e processos para área de peças leves, redução de peso ou substituição de metais. A novidade foi apresentada como: reforço com chapa orgânico, injeção de fibra longa inserido diretamente na massa fundida no cilindro ou sobre injeção de E-PP (PP expandido), nestas áreas tem muito potencial para novos produtos e desenvolvimento no futuro. “Um desenvolvimento totalmente novo foi apresentado pela primeira vez ao público: o nosso ‘Freeformer’, que permite no processo aditivo de produzir peças de materiais convencionais termoplásticos e pequenas escalas com o processo aditivo. Significa produzir peças funcionais sem molde. Esta máquina vai abrir novos horizontes para a produção e prototipagem”, revela. No caso da Wittmann Battenfeld, o destaque se evidencia em um produto muito especial, segundo Reinaldo Carmo Milito, Diretor Geral da Wittmann Battenfeld do Brasil. “Com um portfólio amplo, que atende a diversas necessidades de transformação de plásticos, destaque para a injetora EcoPower 300. Ela é caracterizada, especialmente, pelo reduzido consumo de energia elétrica, o que a torna a mais econômica do mercado neste quesito”, informa. “Dotada do sistema
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Wittmann Battenfeld: o Diretor Geral Reinaldo Milito destaca a economia da injetora EcoPower 300.
KERS, que recupera energia durante o processo, na fase de redução da velocidade para a proteção do molde, o equipamento possui força de fechamento de 300 toneladas e combina eficiência e precisão. Conta com acionamento direto, sem correias, possibilita um conjunto compacto, limpo e de alta eficiência. Seu sistema de grades permite fácil acesso para colocação do molde e o sistema de fixação do cilindro de injeção possui um sistema de encaixe que facilita a limpeza e a manutenção da rosca”, acrescenta. E Milito completa com informações técnicas-descritivas: A EcoPower 300 possui distância entre colunas de 770mm x 720mm, diâmetro da rosca de 45mm a 65mm e tempo de ciclo Euromap de 2,2s. Desde que a empresa foi fundada, em 1968, a fabricante Boy concentrou-se nos seus pontos mais fortes: desenvolvimento e fabricação de máquinas de injeção com uma força de fechamento inferior a 1000 kN. Esta concentração resultou em um programa extensivo utilizado em diferentes setores industriais e em várias aplicações. Segundo avaliações de Theogil Dias, Gerente de Ven-
William dos Reis: a nova versão da linha EN da Romi teve seu sistema ‘Stop and Go’ aprimorado
das da Área de Equipamentos Especiais da Sunnyvale, as principais novidades são: “Novo painel procanAlpha 2 garantindo máquina mais rápida, maior precisão, repetibilidade e facilidade de comunicação com o operador, acionamento com servo motor, sistema EconPlast para o canhão, sistemas completos incluindo automação e movimentação, injetoras salas limpa, e processamento de qualquer tipo de termoplástico, termofixo, elastômeros (borrachas e silicone solido e liquido), pós metálicos e cerâmicos e ainda dupla injeção cujo sistema pode ser instalado em qualquer injetora já existente no cliente”, informa.
Economia de energia e produtividade
E dentro do conceito comentado pelo < Plástico Nordeste < 25
& MercadosInjetoras DIVULGAÇÃO
Tendências
vice-presidente da Csmaip, Antônio Dottori, há benefícios evidentes para o transformador. No caso da Romi, o diretor William dos Reis enfatiza que a economia de energia pode chegar a 60% em algumas aplicações mais críticas. “Este sistema permitiu, também, aplicar maiores capacidades de injeção em toda esta linha. Desta forma, a linha EN expande suas vantagens para uma infinidade de aplicações, proporcionando maior ganho com a redução de energia e redução do consumo de matéria prima, oferecendo o máximo em desempenho e versatilidade. Com estes diferencias, o cliente obtém o melhor custo por benefício em seu processo”, diz. A economia da energia é um dos itens de destaque e a Pavan Zanetti destaca esse e outros diferenciais nos seus modelos. “Os diferencias são as máquinas dedicadas a cada tipo de aplicação, bomba fixa, bomba hidraulicamente variável, inversor de frequência e servo motor, além de num futuro próximo máquinas totalmente elétricas, “all electric machines”. Cada versão de máquina atende um segmento de mercado, cada versão tem sua atuação específica na moldagem por injeção, seja precisão, seja velocidade, seja economia de energia. Devemos salientar que a máquina ideal depende do processo, do material, do molde e de características que devem ser analisadas na hora da aquisição, verificação da relação de custo benefício”, explica o diretor Newton Zanetti Nesse aspecto, o Diretor Geral da KraussMaffei, Klaus Jell, revela o elenco de vantagens das suas máquinas. “Máxima produtividade, graças à excelente unidade de fechamento de 2-placas com travamento hidromecânico; Melhor qualidade de moldagem graças ao sistema de travamento “GearX” e às guias “GuideX”; Maior reprodutibi26 > Plástico Nordeste >
lidade devido às unidade de plastificação de alto desempenho; Excelente acessibilidade menores tempos de set-up e Fácil operação com o inovador comando MC6”. O executivo faz questão de comentar o detalhamento técnico de uma série: “A GX é a máquina de rolo duplo mais rápido no mercado. O bom funcionamento mecânico reduz a resistência à tração em até 80% e assegura, em conjunto com o conceito hidráulico projetado para o mínimo de perdas de fluxo, a máxima eficiência energética. É por isso que todas as máquinas da série GX estão equipadas com sistemas de acionamento “PowerPack”, completos com bombas variáveis e motores de última geração, que melhoram significativamente a eficácia da máquina. O uso opcional da tecnologia "Blue Power Servo Drive" otimiza ainda mais o consumo de energia em comparação às bombas variáveis. Dependendo da aplicação, a economia de energia pode chegar a até 50% se comparado aos conceitos hidráulicos convencionais”, completa Klaus Jell. A Arburg também acentua as vantagens no que se refere à economia de energia e outros diferenciais, mas faz uma relação com a produção. “Sim, falamos em redução de energia, a Arburg gosta de analisar o processo inteiro, é melhor falar em eficiência produtiva. E redução de consumo de energia é importante para o meio ambiente e bem vindo à redução da conta da luz. Mas a redução da conta da luz dificilmente vai pagar um maior investimento no equipamento, mas sim o aumento da produtividade”, explica. De acordo com Kai Wender, a redução do custo da peça injetada pode-se conseguir com tecnologias que aumentam a produtividade, isto vale para máquinas hi-
Pavan Zanetti: a empresa ressalta tecnologias para maior precisão de peças moldadas e economia
dráulicas como para as máquinas híbridas ou elétricas. “A Arburg tem duas séries de cada máquina hidráulica, híbrida e elétrica, assim junto com o cliente podemos escolher a melhor produtividade para a gama dos produtos dele. Em inúmeros casos conseguimos provar que o maior investimento em tecnologia traz uma redução no custo do produto que paga diferenças significativas em curtos prazos”, justifica. Há indústrias nas quais estes preceitos fazem parte da missão institucional de sempre aprimorar produtos e processos, como é o caso da Wittmann Battenfeld. Quando se trata de economia de energia, redução de ciclos e rendimento, segundo Reinaldo Milito, “estes são aspectos perseguidos pela Wittmann Battenfeld há muito tempo. São características que influenciam diretamente no desempenho do equipamento e na produtividade da empresa, por isso, são muito demandadas pelo mercado”, ressalta. E projeta o futuro imediato. “Em 2014, por exemplo, a empresa foca na maior participação no segmento de sistemas de alimentação, em complemento a uma série de equipamentos que garantem altíssima qualidade na produção, baixo consumo de energia elétrica e segurança”, informa. Para Theogil Dias, Gerente de Vendas da Área de Equipamentos Especiais da Sunnyvale, que comercializa a injetora BOY, toda a divulgação da empresa em catálogos e filmes demonstra a preocupação com a economia de energia. Ele destaca os segmentos para os quais a empresa direciona suas linhas. “Nossa maior injetora produzida tem força de fechamento de 100ton. Nossa linha abrange injetoras horizontais força de fechamento de: 10, 20, 25, 35, 50, 55, 60, 80 e 100ton e injetoras verticais com força de fechamento 10, 20. 25 35 e 55ton. São especialmente produzidas para produção de peças pequenas e micro injeção para os mercados automobilístico, eletrônico, médico e uso geral”, revela. Do ponto de vista do desempenho téc-
DIVULGAÇÃO
Série GX KraussMaffei: Klaus Jell cita o tempo de ciclo do fechamento e aumento da produtividade
nico em geral, as observações de Antônio Dottori dirigente da Comissão Setorial são interessantes. “Os dados que possuímos são relativos à satisfação do cliente e redução do consumo energético em suas plantas de transformação, máquinas mais econômicas podem apresentar uma redução de até 50% no consumo energético para uma mesma produção de kg de material plástico transformado. Agora, é muito importante comparações bem feitas. Não vamos comparar uma máquina de 1970 com uma máquina atual, dai a diferença seria muito grande, vamos considerar evoluções nos últimos 10 anos, podemos verificar uma redução do consumo energético, sem perdas de produtividade, de até 50 %.”, avalia.
Mercado cresce e Nordeste é destaque
A Comissão Setorial da Abimaq vem acompanhando o comportamento do mercado e informa que o Nordeste cresce em valores maiores que os das demais regiões do Brasil, por conta de uma maior poder aquisitivo da população. “Imagine se, perto de 28% da população brasileira (IBGE 2010) comece a consumir mais, teremos uma necessidade de fornecimento maior que as demais regiões. É o que esta acontecendo visto os programas sociais do Governo Federal”, explica o vice-presidente Antônio Dottori. E isso traz reflexos positivos, ressalta o dirigente. “Desta forma ocorre um crescimento maior, necessidade de produtos, aumento na venda no varejo. À medida que se aumenta o poder aquisitivo da população temos um aumento direto nos insumos de ‘supermercado’, ponta da venda, aumento na necessidade de produção. É o que esta acontecendo no momento. O plástico transforma-
do está ‘ligado intimamente’ ao aumento de consumo, via embalagens produtos descartáveis, sua aplicação direta em vários segmentos”, complementa. Quanto ao comportamento do mercado, William dos Reis foi enfático ao explicar como ocorreu o aumento nas vendas. “Para a Romi, houve um crescimento acentuado nas vendas de injetoras em 2013, especialmente no segundo semestre. Este crescimento foi devido às ótimas condições de crédito e pela percepção, cada vez maior, das vantagens que as máquinas Romi oferecem quanto à economia de energia e redução do consumo de matéria prima. Houve um crescimento maior na região do Nordeste, com destaque para máquinas de maior porte”, aponta. Os resultados foram igualmente positivos para a Arburg no ano passado, mas o Nordeste mereceu uma avaliação à parte. “A empresa teve um crescimento nas vendas de injetoras no Brasil de mais que 20% em 2013 comparado com 2012. Assim tivemos um bom ano”, ressalta Kai Wender. Ele fez uma observação pontual sobre o Nordeste. “Esta região ainda é um mercado pequeno para a Arburg, mas conseguimos conquistar novos clientes no Nordeste, visando melhorar com as novas referências”, projeta. A Wittmann Battenfeld também comenta sobre o desempenho comercial no Brasil em 2013. “O mercado nacional tem grande potencial de crescimento, especialmente porque as resinas plásticas vêm conquistando mais espaço nos mais diversos setores. O segmento de injeção acompanha o ritmo da atividade econômica do País, e os Estados do Nordeste, que nos últimos anos vêm registrando média de crescimento superior à nacional é um dos focos da empresa para a expansão de seus negócios”,
ressalta o diretor Reinaldo Milito. Klaus Jell, Gerente Geral da KraussMaffei no Brasil, fez uma avaliação com base em questões envolvendo o desenvolvimento econômico do pais, mas houve uma vitória quanto ao mercado do Nordeste. “A economia brasileira tem os seguintes desafios: mercado de trabalho, ambiente externo e indústria, ganho de produtividade e reversão de confiança. A KraussMaffei Group tem os produtos adequados para aumentar a produtividade, porém todos os outras desafios não dependem de nós diretamente. No resumo o mercado foi exigente. Além disso fomos eleitos para fornecer nossas máquinas para a nova planta automobilística da Fiat em Goiana”, revela o executivo. Dependendo da referência, nem sempre um balanço é positivo, como ressalta Newton Zanetti, da Pavan Zanetti, em relação ao desempenho. “O mercado brasileiro de injetoras em 2013 foi reduzido se comparado a 2010, visto este ter sido um dos melhores anos para comercialização de máquinas para plásticos no Brasil. Porém, deveremos salientar que houve uma ‘dança das cadeiras’, visto que ‘espaço no mercado se conquista ou se cede’. Alguns fabricantes perderam share e outros ganharam, mas o mercado pode ter caído, de um modo geral quase 10% em relação ao citado ano. Alguns fabricantes aumentaram o share, a maioria perdeu, exatamente pela condição pós venda, atendimento ao cliente, serviços”, comenta Zanetti. O executivo também faz uma avaliação do mercado sob um novo prisma, o que ajuda a entender certas situações. “Hoje as máquinas injetoras são comoditties, desta forma o fator diferencial está na prestação de serviços pós venda, estrutura fabril de Assistência Técnica, peças de reposição, atendimento pré venda, adequação às normas brasileiras, NR 12 e demais, etc, ou seja, atendimento global ao cliente. Quem se enquadra neste escopo ganha mercado, além de uma atenção especial em treinamentos operacionais”, finaliza. PNE < Plástico Nordeste < 27
Alagoas Fórum Regional do Plástico
A Cadeia Produtiva da Química e do Plástico programou para o dia 28 de maio a realização do II Forum Regional da Indústria do Plástico, na sede da Federação da Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA). O evento foi antecipado de outubro em função das eleições e neste ano o foco será na reciclagem, com este título: Inovação, Eficiência Energética e Reciclagem no Setor de Plásticos. Entre os palestrantes destaque para Paulo Teixeira, diretor superintendente da Abiplast; Cícero dos Anjos, Gerente de Unidade do Senai/AL; Everaldo Figueiredo, Gerente da Unidade da Indústrias; Engº Antônio Rodolfo Júnior PVC/Braskem; Ivo Milani, Consultor do Cempre e Engº Sidnei Amano, da WEG.
Espírito Santo Sindiplast-ES alerta para a eficiência energética
As entidades se preocupam cada vez mais com a atual situação energética nacional, com períodos de baixos níveis nos reservatórios de hidrelétricas e alto custo da tarifa de energia. Essa situação preocupa os empresários do setor do Plástico, já que o gasto com energia intervém diretamente na competitividade das empresas. Há dois anos, o Sindicato da Indústria de Material Plástico do Espírito Santo (Sindiplast-ES) realizou uma parceria com o Sebrae-ES para a aplicação de um programa de eficiência energética nas empresas associadas, com consultoria para o uso racional e inteligente da energia. Algumas empresas aderiram, mas o resultado ainda não foi considerado satisfatório pelo Sindicato. “Estimamos que o custo com energia elétrica deve aumentar de
28 > Plástico Nordeste >
DIVULGAÇÃO
Giro NE
15% a 20% até agosto deste ano. O uso eficiente deste bem é a melhor maneira de evitarmos perda de competitividade, por isso, mais uma vez estamos chamando a atenção do empresariado do setor para buscarem a redução dos custos diretamente no processo de produção”, enfatiza o presidente do Sindiplast-ES, Neviton Neviton Gasparini, Helmer Gasparini. do Sindiplast-ES quer O dirigente comreduzir custos para evitar a perda de plementa que o serviço competitividade de consultoria pode realizar a análise tarifária e orientar quanto à redução de perdas de calor em equipamentos e tubulações, correção do fator de potência, troca de motores, aquisição de novas máquinas, troca de lâmpadas, entre outros.“A atitude deve partir do próprio empresário através de um diagnóstico de eficiência energética e com investimentos para a redução do consumo”, finaliza o presidente do Sindiplast-ES.
Maranhão Atraso nos projetos de refinarias
Os problemas nos projetos e irregularidades atrasam obras em várias refinarias projetadas no Brasil. No Maranhão, a Premium I passou por obras de terraplanagem, iniciadas em 2010 ao custo de R$ 725 milhões. No ano passado, após mais de 13 aditivos, a obra teve valor revisado para cerca de R$ 1,5 bilhão, segundo o Ministério de Minas e Energia. Segundo relatório do TCU, a "gênese" dos aumentos nas refinarias seria a "decisão de iniciar-se uma obra desse porte sem um planejamento adequado, passível de toda sorte de modificações". Em relatório de 2013, o órgão destaca que, no Maranhão, "passados já cinco anos dos primeiros estudos, ainda não se tem um projeto completamente definido para a Premium I". Na unidade, há variação de até 96% entre as quantidades de insumo orçadas inicialmente e executadas na obra. O TCU encontrou também oito aditivos que movimentaram R$ 266 milhões
DIVULGAÇÃO
Bloco de Notas
Fábrica de borracha sintética da Synthos chegará no Brasil
A Synthos, produtora polonesa de produtos químicos, planeja abrir uma fábrica de borracha sintética no Brasil, baseada na tecnologia da Michelin, que usará matéria-prima fornecida pela Braskem. A Synthos também disse em comunicado que assinou um acordo condicional de 15 anos com a Braskem avaliado em cerca de Us$ 1,49 bilhão para o fornecimento de butadieno para a futura fábrica, no complexo petroquímico de Triunfo, no Rio Grande do Sul. O objetivo é fabricar borracha de neodímio-polibutadieno, usado na produção de pneus de alta performance para carros e caminhões e outros produtos técnicos. "Considerando a crescente demanda por borracha sintética no Brasil e outros países da América do Sul, não temos como objetivo substituir a produção local, mas tentar substituir importações na região", disse o presidente-executivo da Synthos, Tomasz Kalwat, em comunicado à imprensa.
Agrishow valoriza o plástico
Com objetivo de apresentar as soluções em plástico utilizadas pelo setor agrícola a cadeia produtiva do plástico esteve presente na Agrishow 2014 - 21ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, a maior feira de agronegócios do país, realizada entre 28 de abril a 02 de maio, em Ribeirão Preto/SP. A participação se deu com a parceria da Abiplast, como representante dos transformadores, e a Braskem, como produtor de matéria-prima da cadeia, que juntos divulgaram produtos plásticos que podem ser utilizados no agronegócio. Esta é a primeira ação deste tipo realizada em conjunto para ampliar a participação nas feiras setoriais em que podem ser apresentadas as vantagens do plástico para seus clientes. O objetivo é estimular a criação de oportunidades de novos negócios aos transformadores de plástico. E as possibilidades de aplicação do plástico no agronegócio são muito amplas. Algumas dessas foram expostas na Agrishow 2014, tais como: silo bolsa, carrocerias de caminhão em plástico para transporte de cana, membranas geossintéticas, box graneleiro, big bag para fertilizantes, embalagens para sementes, sacaria de rafia, dentre diversos outros produtos. O plástico contribui para ampliar a produtividade do agricultor, melhorar as técnicas empregadas e reduzir os custos desta atividade. Por isso esta é uma importante janela de negócios para o transformador.
< Plástico Nordeste < 29
Anunciantes
Agenda
Agende-se para 2014 Recicla Nordeste De 23 a 25 de abril Centro de eventos do Ceará – Fortaleza (Brasil) www.reciclanordeste.com.br
Artefatos / Página 29 Braskem / Página 32 Congresso do Plástico / Página 11 Digitrol / Página 28 Embala Nordeste / Página 31 Eteno / Página 21 New Ímãs / Página 17 Plastech Brasil / Página 9 Recyclean / Página 13 Shini / Página 5 Valmart / Página 29 Wortex / Página 2
ANUNCIE! É SÓ LIGAR PARA: 51 3062. 4569 30 > Plástico Nordeste >
Chinaplas De 23 a 26 de abril Shangai New International Expo Centre www.chinaplasonlibe.com 7º Enafer – Encontro Nacional de Ferramentarias 16 de maio de 2014 Caxias do Sul – RS (Brasil) www.plastechbrasil.com.br Argenplás 2014 - XV Exposição Internacional de Plásticos 16 a 19 de junho Costa Salguero Exhibition Center Buenos Aires - Argentina www.argenplas.com.ar/pt Embala Nordeste De 12 a 15 de agosto de 2014 Centro de Convenções de Pernambuco Recife-Olinda - PE (Brasil) www.greenfield-brm.com/ embalaweb.com.br Interplast Feira e Congresso de Integração da Tecnologia do Plástico De 18 a 22 agosto Pavilhões da Expoville, Joinville - SC (Brasil) www.interplast.com.br 1º Congresso Brasileiro do Plástico 5 de novembro de 2014 FIERGS, Porto Alegre – RS (Brasil) www.plastechbrasil.com.br Feiplar Composites & Feipur 2014 Feira e Congressos Internacionais de Composites, PU e Plásticos de Engenharia De 11 a 13 de novembro Expo Center Norte – Pavilhão Verde São Paulo - SP (Brasil) http://www.feiplar.com.br/
< Plรกstico Nordeste < 31
32 > Plรกstico Nordeste >