Plástico Nordeste 27

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Nº 27 - Maio / Junho de 2014

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Expediente Conceitual - Publicações Segmentadas www.revistaplasticonordeste.com.br R. Vicente da Fontoura, 2629 - Sala 03 CEP: 90640-003 - Bairro Petrópolis Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3062.7569 plasticonordeste@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844 Redação: Brigida Sofia Consultor de Redação: Júlio Sortica Departamento Comercial: Débora Moreira

“O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso.” (Escritor Ariano Suassuna)

Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777) Capa: divulgação Plástico Nordeste é uma publicação

4 Editorial

Investimento e superação

da editora Conceitual - Publicações Segmentadas, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Nordeste e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Nordeste. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 3.000 exemplares. Filiada à

8 Plast Vip

Marcos Vieira, do Sebrae Alagoas

12 Evento/Embala Nordeste

Feira em Pernambuco movimenta o setor

20 Polo de Pernambuco

Vencendo etapas para crescer

27 Sindical / Fórum de Alagoas

O segmento plástico em debate

28 Sopradoras

Evolução conquista mercados

31 Foco no Verde

As novidades sustentáveis

32 Bloco de Notas

Notícias na cadeia do plástico

33 Giro NE ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas 4 > Plástico Nordeste >

As últimas nos estados

34 Anunciantes + Agenda

Confira os eventos e parceiros da edição


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ARQUIVO

Editorial

Investimento e superação

“É preciso sim, investir, e não adotar a tática do avestruz...”

E

m ano atípico a economia também se comporta da mesma forma. Neste 2014, nem tanto pela Copa do Mundo que, sem dúvida, impulsionou vários negócios em muitas cidades do Brasil, mas outro fato importante, as eleições, traz reflexos nem sempre positivos. É o que estamos presenciando em muitos segmentos, pois ao mesmo tempo em que milhões em recursos são liberados nos meses que antecedem o pleito, muitas medidas também ficam represadas porque suas conseqüências nem sempre são favoráveis a quem está no comando. Por isso é preciso que setores, até certo ponto independentes, tomem a iniciativa de encarar os desafios. E como fazer isso? Com investimento e superação. Vamos destacar duas situações que ocorrem no Nordeste. A realização da feira Embala Nordeste, dentro de um projeto mais amplo, a Sindi – Semana Industrial do Nordeste – é um exemplo de como enfrentar os problemas e buscar soluções. A Greenfield aposta no potencial das empresas que vão expor suas novidades no Centro de Convenções de Pernambuco na metade de agosto, oferecendo tecnologia atualizada e competitiva. É preciso sim, investir, e não adotar a tática do avestruz, que a um sinal de perigo, esconde a cabeça na terra. Assim, o empresário não pode, aos primeiros indícios de uma suposta crise (ou retração?) recolher as velas e voltar ao porto. Ou navegar sem rumo. Paralelo ao investimento está o planejamento, item indispensável para qualquer empresa conseguir a superação. E nesse contexto uma entidade tem sido destaque, o Sebrae. Especialmente o Sebrae da Alagoas, sob o comando o diretor superintendente Marcos Vieira, empreendedor por natureza e arquiteto de formação. Ele vem conseguindo dar sentido à missão da entidade que é apoiar, proporcionar condições de aprimoramento, qualificação e abertura de novos campos para milhares de micro e pequenas empresas no estado alagoano. Os números que revelamos na entrevista especial comprovam o acerto das políticas e ações implantadas. Nossa edição também reserva espaço para contar sobre os desafios do Polo Plástico de Pernambuco, que consegue, aos poucos, superar alguns entraves e ganhar novos players para alcançar o lugar de destaque que merece. Em termos técnicos apresentamos uma reportagem sobre as novidades das sopradoras na visão de três dos maiores fabricantes nacionais. E para completar, há notícias interessantes nas nossas seções Foco no Verde, Bloco de Notas, Sindical e Giro NE. Boa Leitura!

Melina Gonçalves / Editora melina.goncalves@conceitualpress.com.br 6 > Plástico Nordeste >


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PLAST VIP NE Marcos Vieira

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A força do Sebrae impulsiona Alagoas

C

om atuação desde 1990, atualmente o Sebrae Alagoas mantém um quadro de 155 colaboradores e dispõe de cerca de 250 consultores para atender aos clientes, por meio de consultoria e/ou instrutoria. A unidade sede, localizada em Maceió, tem 4.602 m²; o Escritório Regional em Arapiraca, 628 m²; já a Regional 8 > Plástico Nordeste >

em Penedo, possui 692 m² construídos, e o novo Escritório Regional em Delmiro Gouveia dispõe de 120 m². Ao total, o Sebrae Alagoas possui 12 salas para reuniões, 4 auditórios, 5 veículos próprios e 12 alugados para atender às demandas de viagens e deslocamentos institucionais. No próximo ano, as unidades do Sebrae, na capital e em Arapiraca, sofre-

rão ampla reforma, crescendo em mais de 2 mil m², em Maceió, e aproximadamente 200 m², em Arapiraca. O que vai significar o aumento no número de auditórios, salas de treinamento e atendimento aos nossos clientes. Graças à sua estrutura bem organizada e ao trabalho eficiente, o Sebrae Alagoas re-


gistra números impressionantes que ajudam a desenvolver a economia do Estado com o apoio às micro e pequenas empresas. Até o momento, são mais de 20 mil atendimentos registrados no sistema, com 1,5 mil empresários atendidos somente visando às soluções específicas em inovação. “Também foram realizadas quase 10 mil consultorias para mais de 7 mil empresas, quase 120 mil informações e mais de 9 mil participantes de palestras, oficinas e seminários. E até o final do ano o órgão esperar realizar 384 cursos”, informa o Diretor Superintendente Marcos Antônio da Rocha Vieira, que está no comando da equipe. Nascido em Recife (PE), em 25 de março de 1946, Marcos Vieira é arquiteto formado pela Faculdade de Arquitetura da UFPE, e exerceu vários cargos, entre eles secretário de Educação de Alagoas; secretário municipal de Desenvolvimento Urbano; fundador do Curso de Arquitetura da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). É autor de diversos projetos arquitetônicos e foi vereador de Maceió (2000/2004). Atualmente é professor assistente N-4 do Curso de Arquitetura do Centro de Tecnologia da UFAL, sócio gerente e responsável técnico da Marcos Antônio da Rocha Vieira Arquitetura e Planejamento S/C Ltda. Confira sua entrevista sobre a atuação do Sebrae Alagoas. Revista Plástico Nordeste - Há quanto tempo o Sebrae está instalado em Alagoas e como tem sido sua atuação? Marcos Vieira - O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Alagoas foi concebido para atender ao objetivo de apoiar e fomentar a criação, a expansão e a modernização das micro e pequenas empresas do Estado, capacitando-as para cumprir, eficazmente, o seu papel no processo de desenvolvimento econômico e social. Constituído como Serviço Social Autônomo, o Sebrae Alagoas é uma sociedade simples, sem fins lucrativos, criado pela Lei n.º 8.029, de 13 de abril de 1990. Embora exercendo também um papel de apoio ao poder público, no que diz respeito aos seus objetivos, não é vinculado à administração pública, mantendo sua natureza de entidade privada. Sua receita principal advém da contribuição das empresas, em média 0,6% sobre a folha de pagamento, recolhida pelo INSS. Em Alagoas, como em todo Brasil, o Sebrae, por meio dos seus con-

selheiros, dirigentes, técnicos e colaboradores, desenvolve ações internas e externas baseadas sempre na ética e na moralidade, cumprindo com os mandamentos constitucionais e legais, com transparência, austeridade, eficiência e universalidade de acesso. Trabalhamos para desenvolver os micro e pequenos negócios distribuídos em três grandes setores: agronegócio, indústria e comércio e serviços. Essas áreas são o centro da nossa estratégia, pois geram empregos, criam riquezas e contribuem de forma relevante com o bem estar econômico da sociedade. No Sebrae, você pode ter acesso a informações técnicas e gerenciais, além da programação de cursos, agenda de consultoria, dicas empresariais e ações estratégicas de apoio aos pequenos negócios. Esses dados são oferecidos em nossos pontos de atendimento, por meio do portal (www.sebrae. com.br/alagoas) ou pela Central de Relacionamento – 0800 570 0800. Plástico Nordeste - Quais têm sido os principais desafios do Sebrae para estimular o empreendedorismo e a capacitação em Alagoas? Marcos Vieira - O Sebrae Alagoas visa ampliar sua atenção em todo território do Estado, atingindo, sobretudo, os municípios com baixo IDH; e também, desenvolver ações junto às escolas públicas e privadas a fim de consolidar uma cultura de empreendedorismo em Alagoas. Plástico Nordeste - O que o Sebrae Alagoas pode revelar sobre sua atuação? Marcos Vieira - O Sebrae Alagoas vem atuando fortemente para desenvolver os pequenos negócios, seja através de consultorias, atendimentos itinerantes, cursos, dentre outras soluções específicas para a necessidade de cada empreendedor. Os donos de pequenos negócios incentivados, uma vez incentivados, promovem o desenvolvimento de sua região, gerando emprego e renda. Atualmente, há um claro entendimento sobre o papel dos pequenos negócios na economia brasileira. Eles são responsáveis por 25% do PIB do País, 52% dos empregos formais e 40% da massa salarial. Em números gerais, no Brasil, segundo relatório do Caged – com dados de janeiro e fevereiro de 2014 – os empreendimentos de micro e pequeno porte foram responsáveis

pela criação de mais de 40 mil postos de trabalho. Em Alagoas, no primeiro bimestre, as MPE geraram 1.198 empregos. Em 2012, as micro e pequenas empresas brasileiras comercializaram US$ 1,7 bilhões. Nesse cenário, Alagoas ocupa a 18ª posição no ranking dos estados exportadores brasileiros e a 5ª colocação, em relação aos estados do Nordeste. No período de janeiro a dezembro de 2013, as empresas exportadoras alagoanas faturaram US$ 742 milhões, destes, 98,62% foram do setor sucroalcooleiro. Plástico Nordeste - No que se refere ao setor químico-plástico o Sebrae Alagoas se relaciona com as empresas: diretamente ou meio de entidades setoriais? Marcos Vieira - O relacionamento se dá através da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas do Sistema (FIEA) e do Sindicato das Indústrias de Plásticos e Tintas do Estado de Alagoas (Sinplast), que por meio deste, realiza consultorias e capacitações nas áreas de Gestão Financeira, Gestão de Produção, Gestão de Estoques, 5S, Saúde e Segurança no Trabalho e em Gestão de Qualidade. Através de pesquisas, realizadas junto às empresas, são levantadas demandas técnicas que são supridas pela FIEA, através de capacitações realizadas pelo NTPlás, o Núcleo de Tecnologia do Plástico, que foi implantado no Senai do Polo Multissetorial Governador Luiz Cavalcante, com recursos de parceiros, totalizando investimentos de R$ 8,5 milhões, entre doações e aquisições de máquinas, equipamentos e construção. O NTPlás é uma referência nacional. Nele já foram capacitadas 1.200 pessoas, entre alunos e profissionais de empresas, em cursos de Técnico em Plástico, Operador de Injetora e Extrusora de Plástico, Moldador Plástico por Extrusão, Operador de Injetoras para Termoplásticos e, desde o início do ano, capacitações de Reciclagem de Termoplásticos. Plástico Nordeste - Diante dos fortes investimentos no setor químico-plástico, o Sebrae de Alagoas vem dando apoio especial ao Sinplast/AL Cite alguns exemplos de resultados dessas ações? Marcos Vieira - Um exemplo a ser destacado é a redução de 70% nas perdas de matéria prima, que em 2009 era de 2,4%, e na última medição, realizada em 2013, esse índice caiu para 0,72%. A implementação do >>>> < Plástico Nordeste < 9


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PLAST VIP NE Marcos Vieira Marcos Vieira em um dos cursos ministrados para desenvolver os pequenos empreendedores

O Sebrae Alagoas, tanto nos processos de certificação voluntária quanto compulsória, é fundamentalmente de apoio às pequenas empresas para que se adéquem aos requisitos legais e/ou normativos exigidos.

aprendizado nas capacitações de 5S, Gestão de Produção e de Estoques foi importante para que esses índices pudessem ser alcançados. O incentivo dado às empresas do setor para sua associação ao sindicato também é um resultado positivo, passando de 21 empresas em 2007 para 36, em 2013. Também o apoio nas missões nacionais e internacionais tem trazido grandes resultados para o Estado, pois cada R$1,00 investido em feiras e missões tem gerado mais de R$ 1.000,00 em benefício para as empresas do setor. Plástico Nordeste - Alagoas é o primeiro estado a implantar a Redesim (Rede Nacional para Simplificação do Registro e Legalização de Empresas e Negócios) em todos os seus 102 municípios. Qual o significado para os empreendedores? Marcos Vieira - A burocracia era responsável pela imposição de grandes entraves na abertura de novos negócios no Estado. Além disso, a informalidade desorganiza a economia, reduz a capacidade de arrecadação dos municípios e inviabiliza política pública voltada para o segmento empresarial. Com o advento da implantação da REDESIM em todos os municípios, e contando com a contribuição de mais cinco órgãos estaduais, o cenário começou a mudar para melhor. Atualmente, temos um processo integrado e mais simplificado, com uma redução nos custo e prazo para abertura. Isso significou, nos últimos três anos, o aumento de 300% no número de empresas formais. Em 2010 10 > Plástico Nordeste >

eram 38 mil, atualmente, segundo dados da Receita Federal, somos mais de 92 mil, considerando as empresas de pequeno porte (EPP), microempresas (ME) e microempreendedores individuais (MEI). Plástico Nordeste - Comente sobre o aplicativo Dica de Negócios e seus benefícios? Marcos Vieira - Dicas de Negócios é um aplicativo desenvolvido pelo Sebrae Alagoas que possibilita o empreendedor e o empresário a identificar as ideias mais adequadas a sua realidade e ao seu investimento. Por meio do aplicativo, o cliente seleciona as atividades que deseja informações sobre perfil, valor de investimento, características de mercado, etc. Após essas informações, o cliente poderá acessar, se desejar, as consultorias empresariais do Sebrae. Plástico Nordeste - Qual o papel do Sebrae/AL no apoio a empresas que buscam a Certificação do Inmetro? Marcos Vieira - Para compreender o papel da Instituição, primeiramente, é necessário entender que a Certificação do Inmetro pode ser de caráter compulsório ou voluntário, e ambas estão no Programa Brasileiro de Avaliação da Conformidade (PBAC). No caso das certificações voluntárias, as empresas enxergam no mercado a possibilidade de serem reconhecidas como diferencial. Já quando há a compulsoriedade, a necessidade é demandada pela obrigatoriedade de produtos ou serviços terem um sistema de gestão reconhecido e certificado.

Plástico Nordeste - O Sebrae/AL possibilitou que, mesmo o Estado não sendo uma das sedes da Copa do Mundo, pudesse apoiar seu artesanato nas cidades-sede. Como isso foi possível? Marcos Vieira - O Sebrae Nacional propôs aos estados a adesão ao projeto denominado Expoart, que visa à venda do artesanato, em formato showroom, nas cidades sede dos jogos da Copa FIFA de Futebol. Alagoas submeteu seu projeto, propondo a participação dos artesãos alagoanos em 04 espaços: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Brasília. A partir de então, foi lançado um edital de chamada pública para candidatura dos interessados, estabelecendo os critérios para seleção, que incluíam a formalização, o atendimento aos termos da Portaria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) sobre o artesanato, bem como, a curadoria dos produtos. Foram selecionados 16 artesãos, associações e mestres alagoanos que passaram a receber consultorias do Sebrae Alagoas, em vários sentidos, como melhoria de design de produtos, criação de embalagens, etiquetas bilíngues (português/inglês), formação de preço e associativismo. Com a entrega dos produtos pelos artesãos, o Sebrae Alagoas os encaminhou para as 04 cidades sede, em regime de consignação, para as lojas denominadas Brasil Original, montadas em locais de grande circulação de pessoas, a exemplo dos melhores shoppings daquelas cidades. Esta é uma importante ação de acesso a mercado e divulgação do trabalho dos artesãos e da cultura de Alagoas, por meio da qual, esperávamos gerar negócios não só durante o evento, mas depois dos jogos, afinal, é a marca dos artesãos e do nosso Estado que está sendo difundida para todo o mundo. PNE


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EVENTO Embala Nordeste 2014

Novas tecnologias na feira em Pernambuco 12 > Plรกstico Nordeste >


São 160 Expositores nesta edição, 40% da área do plástico, mas as novidades são a Green Expo e a Nordeste Log.

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etor dinâmico, cujo produto envolve necessidade e também desejo, o de embalagens está pronto para a 9ª Edição da Embala Nordeste e Eventos Integrados, que acontece entre 12 e 15 de agosto no Centro de Convenções de Pernambuco em Recife. Nesta edição, são 160 expositores e 40% relacionados à cadeia do plástico, entre insumos (30%), máquinas (40%), acessórios (20%) e serviços (10%). São esperados 14 mil visitantes, profissionais voltados as áreas

do plástico, embalagens, equipamentos e indústria em geral. A partir deste ano, a Embala Nordeste passa a contar com uma nova feira, trata-se da Green Expo 2014 - Feira e Fórum de Soluções e Tecnologia para o Meio Ambiente, Reciclagem, Limpeza Pública e Gestão de Resíduos. “Estamos focando, em função da determinação da PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), que passa a vigorar como lei a partir de agosto deste ano, palestras voltadas para o meio ambiente e soluções para a logística reversa”, comenta diretor da Greenfield Luiz Fernando Pereira. Outra novidade é a Nordeste Log, com soluções em movimentação logística e armazenagem. “A Nordeste Log surgiu de nossa parceria com a Logweb e para este ano a idéia é apresentar aos nossos futuros expositores a possibilidade de participarem e apresentarem suas soluções em uma feira consolidada”, comenta. “O Plástico está presente em nossas vidas em qualquer segmento e nesta área também

tem apresentado importantes inovações que sem dúvida nenhuma auxiliarão no desenvolvimento deste segmento, que na Região Nordeste, assim como em todo o restante do país, necessitam soluções urgentes”, diz Pereira. Em um momento Pós-Copa e Pré-Eleições, a expectativa da organização é de uma feira bem movimentada e com grande realização de negócios. Especificamente em relação ao plástico, Pereira comenta que o papel/participação do material para o setor de embalagens hoje no Nordeste e no Brasil “é sem dúvida muito grande e cresce a cada ano. Com o consumo em alta, na Região Nordeste aumenta a produção de massas, biscoitos, pacotes de arroz, feijão e destaca-se o aumento da compra dos nordestinos de Utilidades Domésticas”. A Embala Nordeste integra a Semana Industrial do Nordeste, juntamente com a Alimentécnica Nordeste, a GreenExpo e a Nordeste Log. O setor plástico já está de olho também na Expo-Plast >>>>

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EVENTO Embala Nordeste 2014

Nordeste em 2015. “Decidimos, juntamente com a Abiplast e Abimaq, as duas mais importantes associações setoriais que nos apoiam e também com nossos expositores de máquinas, que daremos um peso maior ao segmento plástico de dois em dois anos e nos anos ímpares. O calendário Brasileiro de Feiras é muito grande e algumas feiras estão coincidindo suas realizações nas mesmas datas, o que dificulta a logística dos expositores e desta forma solucionamos este problema e atendemos aos nossos principais clientes que são aqueles que fazem a feira acontecer”, avalia Pereira.

Nordeste Log integra a logística à Embala

Hoje, empresas de qualquer porte do processo produtivo precisam estar atentas às questões de logística. Assim, uma parceria inédita entre a Logweb Editora e a Greenfield Business Promotion proporcionou a criação, dentro da já consolidada Embala Nordeste, de um espaço destinado exclusivamente à logística e à movimentação – a Nordeste Log –, que estréia nesta edição 2014 do evento, em espaço especial no Centro de Convenções. De paletes e máquinas aplicadoras de filmes em paletes a empilhadeiras dos

Alagoas participa da 9ª edição do evento

A Cadeia Produtiva da Química e do Plástico confirmou sua participação na 9ª edição da Embala Nordeste, uma das maiores feiras do segmento de embalagens do Brasil, que deve reunir diversas empresas, fornecedores e pesquisadores do segmento. O evento será realizado no Centro de Convenções de Recife entre os dias 12 e 15 de agosto, onde está prevista a circulação de aproximadamente 15 mil visitantes. Um estande será montado para apresentar as principais vantagens e diferenciais para a instalação de empresas em Alagoas, além dos resultados que o setor químico-plástico no estado. A Cadeia Produtiva é formada pelo Governo de Alagoas, representado pela Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande), Braskem, Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), Sebrae, Algás, Associação das Empresas do Polo Multifabril José Aprígio Vilela, Associação das Empresas do Polo Multissetorial Governador Luiz Cavalcante, Sinplast e Senai. De acordo com a secretária de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico, Poliana Santana, Alagoas tem crescido exponencialmente no segmento do plástico, tornando-se uma referência no Brasil. Ela acredita que a feira será uma oportunidade para captar novos negócios e tomar conhecimento das principais novidades do setor. 1414 > Plástico > Plástico Nordeste Nordeste > >

Luiz Fernando Pereira, da Greenfield, destaca novidades como a Green Expo e a Nordeste Log

mais diversos tipos, passando por estanterias, robôs de paletização e sistemas transportadores, entre outros, serão mostrados aos visitantes, em um mercado ávido por novidades e em franca expansão em termos de logística. Aos vários produtos e serviços já apresentados tradicionalmente na Embala Nordeste se juntarão outros, em uma sinergia que só tende a beneficiar expositores e visitantes. “A feira é muito forte e conta com a presença de grandes indústrias, e estava faltando um espaço totalmente dedicado à movimentação e logística. Muitos de nossos visitantes vão em busca de soluções para este segmento e, em 2014, teremos várias soluções e, também, uma série de conteúdo, especialmente direcionado para este fim”, diz o diretor da Greenfield, empresa promotora da feira, Luiz Fernando Pereira. O executivo ressalta ainda: “a experiência da Greenfield no Nordeste, somada à grande contribuição que a Logweb tem dado ao segmento, são ingredientes que se fundem para colocar definitivamente o Nordeste no calendário de eventos do segmento de logística. Por sua vez, Valeria Lima de Azevedo Nammur, diretora executiva da Logweb Editora, destaca que o objetivo desta parceria é levar o que há de mais atual no segmento logístico para uma região promissora como o Nordeste, mesclando, como ocorre no cotidiano das empresas, o segmento de embalagem com o de logística e de movimentação. “As nossas expectativas são de que o Nordeste Log se transforme em um canal direto entre os consumidores de logística da região Nordeste e os fornecedores de serviços e equipamentos de logística de todo o país, aptos a oferecer uma ampla variedade de soluções para as necessidades logísticas da região. Já para os expositores, a principal vantagem é estar presente em uma região de alto poder de compra, através de uma feira consagrada e uma revista que fala diretamente com o seu comprador”, completa Valéria.


A Eteno é distribuidora da Braskem, Unigel e Cromex e tem unidades em Recife e Salvador

Atrações do expositores

Os organizadores e os expositores fazem um projeção otimista para os quatro dias de feira, que deverão resultar em muitos negócios na 9ª edição da Embala Nordeste que vai de 12 a 15 de agosto, no Centro de Convenções de Pernambuco. Confira o que vão apresentar alguns dos expositores relacionados ao segmento plástico.

de PE, PP e PET. A empresa destaca que por meio destas operações combinadas consegue obter um produto final granulado com características similares à resina virgem.

Drypol Recyclean: linha de pré-formas

A Drypol Recyclean, com sede em Diadema (SP), é uma das empresas pioneiras na reciclagem de plásticos no país e participa de mais uma edição como expositora da Embala Nordeste. “A Drypol/ Recyclean vai apresentar a sua linha de pré formas de gramaturas que vão de 14g a 92g principalmente para aplicações para produtos de limpeza e outros”, informa a companhia. Ainda segundo a diretoria, o objetivo ao participar da Embala Nordeste “é

Eteno e Refrisat investem

fortalecer o contato com os clientes já existentes e abrir novos mercados”. Com capacidade de processamento em torno de 500 toneladas por mês a Recyclean tem grande experiência e know how para realizar a moagem, lavagem, separação, filtragem, secagem e separação dos polímeros

Dois tradicionais expositores da Embala, a Eteno e a Refrisat, estarão presentes no evento e recebem os visitantes para negócios e relacionamentos. A Eteno, fundada em 1994, é especializada na comercialização de resinas termoplásticas. Distribuidor autorizado da Braskem (PE e PP), da Unigel (PS) e da Cromex para masterbatches e aditivos, atende ao mercado da região Nordeste. Ocupa uma área de 2000 m² na par- >>>>

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FOTOS: DIVULGAÇÃO

EVENTO Embala Nordeste 2014 A Valmart comemora 10 anos e pela quarta vez vai apresentar seus produtos e tem novidades

para o segmento de panificação. Quanto à Pavan Zanetti, tradicional fabricante de injetoras e sopradoras, não estará na feira deste ano como expositora. “Este ano não, mas nosso representante comercial, a Plastimex, na figura de Renato Araújo, e um dos diretores da Pavan Zanetti estarão em um estande para receber nossos clientes e amigos”, destaca o diretor Newton Zanetti.

Duas máquinas da Romi

A Romi destaca duas máquinas, entre elas a injetora EN 220, equipada com o sistema "Stop and Go"

te sul de Recife, localização privilegiada que permite rápido escoamento de seus produtos, assim como sua filial em Salvador (Bahia) desde 1999, próxima do Pólo de Camaçari. A Refrisat faz parte de todos os eventos realmente importantes da indústria. A empresa informa que em 2014 ampliou sua divulgação em meios online e agora também faz parte de maneira mais prática de feiras de negócios. Após o sucesso em eventos como a Mecânica 2014, a companhia aparece como um destaque em parcerias nas feiras Embala Nordeste e Interplast. Na Embala Nordeste conta com a parceria nos principais stands do 16 > Plástico Nordeste >

evento, com os importantes parceiros da NZ Philpolymer, Plastmaq, Romi e Valmart. Todas com uma ou mais SATs de diferentes capacidades, as quais funcionam principalmente com condensação a AR e se tornaram as principais escolhas do mercado, visto que se adaptam a todos os tipos de máquinas parceiras.

Valmart e NZ presentes

A Valmart está animada com o evento e participa pela quarta vez. Esse ano a empresa comemora 10 anos de atividades e também celebra o início da fabricação de sacoleiras VM 900 Sac e VM 1100 Sac, que estará comercializando na Embala. “Estarão expostas duas de nossas máquinas VM 1100 Bloc e VM 900”, diz a diretoria. O Grupo NZ também continua apostando na Embala Nordeste e vai participar com 2 stands, um de máquinas e outro

A Indústrias Romi vai expor dois novos modelos de máquinas para plástico na Embala Nordeste 2014; injetora Romi EN 220: equipamento moderno e aprimorado com sistema "Stop and Go", que proporciona alta precisão, maior velocidade de injeção e torque na plastificação, ações aliadas ao baixo consumo de energia e nível de ruído. Esse sistema garante um desvio padrão do peso do produto injetado muito pequeno, proporcionando peças técnicas com dimensional muito mais preciso e com ganho significativo na redução do consumo da matéria prima. A economia de energia deste modelo pode chegar a 60% em algumas aplicações mais exigentes. Esta linha conta com capacidade de injeção maior para todos os modelos e oferece o melhor custo por benefício para a produção de peças injetadas. Atende todos os segmentos de mercado. E a sopradora Romi P 5L: máquina especialmente desenvolvida para a produção de embalagens, galões e peças técnicas para indústria química e automotiva. É equipada com novo comando CM10, que proporciona melhor interatividade e possibilita até 512 pontos no programador de parison. Sua extrusora possui motor elétrico acoplado diretamente ao redutor, proporcionando assim, melhor rendimento. Seu sistema de moldagem possui força de fechamento mais elevada, sendo um diferencial, além de dispor de um controle individual de temperatura para torpedo e trefila, o que permite melhor controle de produtividade e baixo consumo energético. “Temos ótimas expectativas para a edição de 2014 da Embala Nordeste, pois vamos demonstrar os diferenciais competitivos dos nossos equipamentos neste crescente >>>>


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EVENTO Embala Nordeste 2014 mercado nordestino, que se mostra cada vez mais técnico e exigente frente a outras regiões”, afirma William dos Reis, diretor da Unidade de Negócios de Máquinas para Plástico.

Colorfix: suporte ao cliente

Para esta edição, a empresa ocupou-se em fazer um rigoroso estudo de tendências do mercado em diferentes segmentos. A partir deste conteúdo foram criadas diferentes alternativas de cores que pautarão o dia a dia das pessoas nos próximos anos. “Na feira teremos a oportunidade de apresentar tudo isso aos visitantes, que por sua vez poderá trocar informações com nossos representantes em como melhor aplicar as novidades em seus negócios”, explica o superintendente da Colorfix, Francielo Fardo. Entre os produtos a serem apresentados nos espaço da empresa paranaense estão o Processfix, Processfix HP, Clearfix, Bactfix e o Coolerfix, que além da qualidade também agem diretamente na cadeia de produção da indústria, resultando em melhores performances no processo utilizado.

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Soluções para demandas internas e para exportação

A preocupação com estratégias competitivas também é um destaque. A Sunnyvale e a Domino Nordeste apresentam soluções que devem integrar o processo produtivo para atender pré-requisitos do mercado interno e obrigatoriedades de mercados estrangeiros As empresas levam soluções que atendem as necessidades das indústrias com relação a novas obrigações para abastecer o mercado interno e externo. O setor alimentício é o mais emblemático já que precisa ter embaladoras automáticas que geram maior produtividade, além de equipamentos de inspeção, codificação e etiquetagem. Atualmente, produtores de FLV (Frutas, Legumes e Verduras), por exemplo, precisam atender aos pré-requisitos das grandes redes supermercadistas com a entrega do material embalado, inspecionado e etiquetado. Uma das soluções, que combina equipamento de inspeção e etiquetagem, é a Digi, embaladora automática de bandejas. “Nós temos condições de combinar soluções que se encai-

xam aos processos destes produtores e que ajudam a atender às peculiaridades do setor varejista. No evento temos como apresentar de forma mais completa as linhas de produtos para que o nosso cliente entenda como é possível resolver gargalos em seu processo produtivo”, explica o gerente da Domino Nordeste, Sérgio Falabella. Outro importante ponto a ser destacado é a importância da inspeção também para o segmento de carnes, bovina, suína e aves, para exportação. O Brasil tem feito novos acordos de exportação da carne brasileira, mas é preciso atender obrigatoriedades como a certificação da qualidade do produto.

Presença na feira

Entre os expositores confirmados, algumas empresas destacam-se como fornecedoras para a indústria do plástico, como a Refrisat, Activas Nordeste, Eteno, FlexoTech, Ibram, Indumak, Jydd Jeyyed Moldes, Mainard, Procolor, Primotécnica, Plastmaq, Piramidal, Multi União, Moldes Brasil. PNE


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ESPECIAL Polo Plástico de Pernambuco

Por Brígida Sofia

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Os desafios do crescimento

Roriz Coelho, da Abiplast, destaca o desempenho do setor de extrusão como o mais forte em Pernambuco

Pernambuco é um importante estado nordestino que conta com aproximadamente 290 empresas transformadoras de material plástico, situando-se nos maiores índices do Nordeste. São indústrias que atuam em diversos segmentos, como: sopro, injeção, rígido, extrusão, moldagem e termoformagem. Além de estar em uma região que brilha em crescimento diante do resto do país há alguns anos, o estado se destaca entre os empresários pela localização, que facilita os negócios no restante do Nordeste.

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om cerca de 290 transformadoras de material plástico, Pernambuco gera 10 mil empregos diretos no setor. Como no restante do País, essas empresas exercem importante papel na criação postos de trabalho no Estado, ocupando a 4ª posição no ranking dos maiores empregadores da indústria da transformação de Pernambuco, segundo a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast). Estão instaladas no estado indústrias transformadoras que atuam em sopro, injeção, rígido, extrusão, moldagem e termoformagem, tendo como maior per20 > Plástico Nordeste >

centual de participação, no mercado de plástico, a área de extrusão, que se divide em rígidos e flexíveis, sendo essa última responsável por 60% de todo mercado,

informa José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Associação. Sobre desafios, Roriz diz que a agenda do setor de transformados plásticos é comum a todo o Brasil e passa pelo aumento da competitividade da indústria. “O principal desafio da indústria transformadora de material plástico para aumentar sua competitividade é o de reduzir os altos custos de se produzir no Brasil, começando por ter acesso a matérias-primas a preços competitivos. As resinas termoplásticas comercializadas no mercado brasileiro têm um preço 30% mais alto do que o praticado no mercado internacional, o que já tor-


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na mais difícil a concorrência do produto fabricado no Brasil frente ao concorrente internacional”. Roriz comenta que o Brasil já passou ao status de um dos principais países produtores de petróleo e conta com uma indústria petroquímica consolidada e com atuação global. Assim, seria mais interessante para o país e para a própria cadeia petroquímica o estabelecimento de uma estratégia que contemplasse o fortalecimento e o aumento da competitividade de toda a cadeia, ao invés de manter uma lógica simplista de maximizar o ganho sobre o preço da matéria-prima vendida no mercado brasileiro e manter grandes volumes de exportações (a preços internacionais). “Essa forma de atuação aliada a instrumentos de defesa comercial (elevação temporária na alíquota de importação para PE e direitos antidumpings em vigor para PP e PVC) concentra o valor no início da cadeia produtiva e mantém uma situação de consistente redução de competitividade nos setores a jusante, sendo que a agregação de valor com a geração de soluções para sociedade e de empregos ocorre com mais intensidade a partir da transformação do plástico”. A alta carga tributária e a complexidade deste sistema são outros fatores que reduzem a competitividade da indústria e, no caso dos transformados plásticos, esses produtos não contam com uma situação isonômica em relação às matérias primas, o que causa uma série de distorções e acúmulos de créditos tributários ao longo da cadeia. A complexa e custosa necessidade de sistemas e especialistas para gerir corretamente os recolhimentos tributários também afetam negativamente a competitividade do produto brasileiro, pois esses custos devem compor o preço dos produtos. Estima-se que esse impacto pode ser de até 2% no preço de um produto industrializado. Ainda no tema tributário, os impostos são recolhidos antes do recebimento das vendas realizadas pela indústria e esse descasamento entre pagamento e recolhimento impacta no fluxo de caixa das empresas, que precisam usar seus recursos para realizar esse pagamento. Os altos preços de energia elétrica bem como os altos custos com logística e infraestrutura também impactam diretamente a competitividade da indústria brasileira.

Localização privilegiada

Com posição geográfica privilegiada em uma região que há alguns anos vem brilhando em crescimento, o estado atrai importantes investimentos. Empresas de peso investem e se desenvolvem bem em Pernambuco. No momento, reinam expectativas para os resultados da Fiat. Mas outras de peso já apresentam sucesso. Newton Zanetti, da Pavan Zanetti, comenta que Pernambuco é um dos 10 estados que mais crescem no Brasil. “Em 2013, seu PIB subiu 3,2% e o PIB nacional 2,3%. Está no centro geográfico de uma região de 55 milhões de habitantes com grandes necessidades de consumo. A elevação do poder aquisitivo da população, de um modo geral, tem gerado aumento de vendas no varejo, especialmente de itens de prateleira de supermercado. Para evitar o alto custo com o transporte de embalagens do Sul do Brasil, o Nordeste precisará de pontos locais para o envase das mesmas. Hoje, o Nordeste é nosso segundo

Newton Zanetti, da Pavan Zanetti, com unidade em Pernambuco, ressalta o potencial nordestino

mercado em vendas de sopradoras convencionais para PEAD e também PET, ficando atrás somente do Estado de São Paulo. Os maiores setores que compram esses equipamentos são os de higiene e limpeza e materiais de construção e os mesmos têm crescido acima da média na região. Nossas vendas deverão ser proporcionais a este crescimento”. Em se tratando de materiais plásticos, Zanetti afirma: o Nordeste é hoje um grande consumidor. Peças plásticas injetadas e sopradas são consumidas, principalmente, na área de embalagens, bens duráveis, eletroportáteis e tudo o que é um commoditie. E o frete pode fazer uma grande diferença. “Além disso, existe a Petroquímica de SUAPE, grande fabricante de PET, com incentivos governamentais para quem transformar este PET no próprio estado, vantagem fiscal que faz o produto de PET ter um significativo diferencial de preço. Tradicionalmente, somos mais fortes em sopro do que injeção nesta área do país. Graças aos investimentos que estão sendo feitos pelos nossos parceiros tradicionais no Nordeste, o ano de 2013 foi considerado bom, com a recuperação de vendas perdidas nos anos de 2011 e 2012”. A Pavan Zanetti tem uma estrutura nacional de assistência técnica completa para atendimento aos clientes de todas as regiões do país. O mesmo ocor- >>>>

Apoio a investidores fora da região metropolitana

Na área de incentivos fiscais, o Programa de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Prodepe) vem adotando, desde 2007, um gradiente que aumenta o crédito presumido do ICMS para empreendimentos que se instalam fora da Região Metropolitana do Recife. Esse gradiente varia de 75% na RMR, 85% na Zona da Mata, 90% no Agreste e 95% no Sertão, como forma de estimular a interiorização do desenvolvimento. Ou seja, quanto mais distante da RMR, maior o crédito de ICMS. Além do Prodepe, existem incentivos fiscais específicos para a indústria produtora de navios e plataformas de petróleo e fornecedores (Prodinpe); para fabricantes de veículos automotores e fornecedores (Prodeauto); e para fabricantes de equipamentos para geração de energias renováveis e seus fornecedores. Mas, ao mesmo tempo em que oferece incentivos, também exige que as empresas apliquem de 0,1% a 0,5% do seu faturamento anual em pesquisa, como forma de estimular a inovação no Estado. < Plástico < Plástico Nordeste Nordeste < 21 < 21


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ESPECIAL Polo Plástico de Pernambuco Paolo de Filippis (E), da Wortex e Angelo Milani, da Amut: a empresa está preparada para atender à demanda

Sudeste, que atua no setor de construção civil, vai inaugurar uma nova planta em Pernambuco no próximo mês, com nossos equipamentos”, revela.

Amut-Wortex quer ampliar mercado

Em Suape (PE): o grupo M&G tem a maior planta single line de PET em operação do mundo

re no Nordeste, onde os técnicos estão constantemente presentes, resolvendo problemas, prestando assessoria e realizando treinamentos agendados. Como a região é extensa, conta também com um representante comercial exclusivo. “E ainda garantimos o envio rápido de peças de reposição, graças à melhoria da 22 > Plástico Nordeste >

logística oferecida no Aeroporto de Viracopos (Campinas-SP), muito próximo do estoque que mantemos em nossa fábrica”, comenta Zanetti. No Nordeste, principalmente em Pernambuco, existem ótimas perspectivas de aumento de renda e consequente consumo, segundo avaliação do executivo. “Na região da BR 232, Vitória do Santo Antão e Glória do Goitá, estima-se a geração de seis mil empregos diretos e investimentos acima de R$ 1,3 bilhões com a instalação de mais de 10 fábricas de grande porte. Estamos prontos para atender esta demanda. Inclusive, um de nossos clientes na região

A Wortex, fabricante de vanguarda para a indústria do plástico, que recentemente fez uma joint-venture com a italiana Amut, também valoriza o mercado da região. Segundo o diretor Paolo de Filippis, o mercado do Nordeste está sendo bastante positivo para os negócios da empresa. “Cerca de 30% a 40% da nossa produção foi vendida para empresas da região, e queremos ampliar ainda mais os projetos na área de reciclagem com as linhas de filmes e lavagem para atender as indústrias locais”, destacou “A partir da parceria com a italiana Amut, pretendemos aumentar a participação local, com a linha de extrusoras de chapas e tubos de PVC e poliestireno. Já temos alguns orçamentos em avaliação”, ressalta Filippis. “Com a migração de muitas indústrias para o Nordeste, faz-se necessária a renovação do parque industrial. Isto significa investimentos em novos equipamentos e soluções que ajudem a melhorar a capacidade produtiva”, acrescenta o executivo. A empresa está preparada para atender a demanda. “Temos representantes nas principais cidades do Nordeste e atuamos em outras frentes, como participação em feiras do setor, palestras nas empresas e entidades de classe. A nossa produção e distribuição saem da planta de Campinas (SP)”, completa Paolo de Filippis.

M&G muda cenário na região

A M&G é uma empresa familiar cujo core business está ligado à produção de resina PET com plantas na Itália (sede), Estados Unidos, México e Brasil. No Brasil, em Suape (PE) tem a maior planta single line em operação do mundo, com capaci-


dade de produção de 550.000 toneladas de resina PET por ano, informa a área comercial da empresa. “Concluímos uma série de investimentos nos últimos anos, inclusive o aumento da capacidade de produção na nossa planta de Suape/PE em aproximadamente 100.000 toneladas. Até o final de 2014 não temos novos investimentos previstos”, informa o departamento. Na avaliação da empresa, o mercado nordestino tem crescido em taxas elevadas, acima da média nacional e destaca-se neste contexto o mercado pernambucano, que teve expressivo aumento de oferta e demanda de produtos oriundos da resina PET, principalmente após a instalação da Planta da M&G em Suape em 2007, o que impulsionou a mudança de vários transformadores desta matéria-prima para a região, gerando a criação de um polo de desenvolvimento e novos postos de trabalho.

Eteno completa 20 anos

A Eteno tem origem genuinamente pernambucana e este ano comemora 20 anos, já que iniciou suas atividades em 1994, conforme o sócio-diretor Odair Fernandes Ruiz. “Eteno desde sua criação se dedicou ao nordeste e pretende continuar priorizando o atendimento a região”, afirma. A empresa comercializa resinas termoplásticas e aditivos a partir de sua matriz em Recife (PE) e filial em Camaçari (BA). “Além da posição geográfica privilegiada na região nordeste, outro fator relevante para a empresa estar em Pernambuco é a política de concessão de incentivos fiscais do governo estadual e também, porque não dizer, o forte desenvolvimento por que passa o estado como um todo em relação ao Brasil”, avalia Ruiz. “Com certificação ISO.9001:2008, focada na qualidade e agilidade no atendimento aos clientes. É o único distribuidor credenciado Braskem e Cromex que se dedica exclusivamente ao nordeste-norte”, destaca. Em relação a produtos, dentro das resinas termoplásticas, destacam-se polietilenos e polipropilenos. “Acredito que será

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Odair Ruiz confirma que a Eteno pretende continuar priorizando o atendimento à região

serviços até os mais técnicos, como o automotivo. Essa característica tem gerado um perfil de cliente mais técnico e competitivo na região”, diz Reis.

Cristal Master aprova a logística

um desafio para o setor plástico manter-se competitivo diante dos produtos acabados importados; para a região como um todo vai ser preciso criatividade dos agentes econômicos para executar novas estratégias que sustente o nível de investimentos que deram origem ao crescimento apresentado nos últimos anos, é um desafio significativo”, analisa Ruiz.

A Cristal Master hoje atua com um Centro de Distribuição em Jaboatão dos Guararapes e com entrega própria na região, a estrutura comercial conta com cinco experientes representantes que atendem toda a região Nordeste, além da estrutura da matriz, em Joinville (SC), que dá todo suporte técnico necessário. Vários produtos se destacam, principalmente os coloridos e aditivos, como o Agente Interfacial, que permite melhorar a resistência mecânica, reduzir a espessura de filmes e aumentar o uso de aparas do processo, por meio da compatibilização de misturas física de diferentes grades de polímeros, blendas poliméricas e resinas recicladas. Pernambuco foi escolhida pela questão geográfica, está situada no meio da >>>>

Romi: maior índice de crescimento no NE

A Romi atua no mercado nordestino com injetoras para plásticos de pequeno, médio e grande porte, e sopradoras convencionais por acumulação e PET. Os segmentos que mais compram equipamentos Romi são de peças técnicas, moveleiro e embalagens. “Estamos presente em todo Nordeste, porém o maior índice de crescimento está em Pernambuco, devido à forte expansão industrial deste estado no último ano”, diz William dos Reis, diretor da Unidade de Negócios de Máquinas para Plástico. Ele comenta que as indústrias nordestinas têm buscado melhor tecnologia e modernidade para obter mais competitividade em seus negócios. Neste aspecto, as máquinas Romi se destacam devido ao baixo consumo de energia, alta produtividade e precisão, vantagens diretas para as indústrias de todos os segmentos no Nordeste. “O mercado de máquinas para plásticos no Nordeste tem crescido em todos os segmentos, desde < Plástico Nordeste < 23


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ESPECIAL Polo Plástico de Pernambuco

comparação com os outros estados, tanto que no mês de junho mesmo com a Copa e as tradicionais Festas Juninas, conseguimos realizar o nosso maior faturamento na região até então”, comenta a empresa.

Colorfix: mercado bom, concorrência é acirrada

Hilton Saporski, diretor comercial da Mexichem Brasil – Amanco, Bidim e Plastubos, confirma os investimentos

região Nordeste e consegue atender os clientes com a agilidade necessária. Além de contar com o porto de Suape, por onde os produtos chegam para suprir os estoques. “Hoje contamos com estoque dos nossos principais itens à pronta entrega. Para itens específicos produzimos em nossa matriz no prazo de 3 a 5 dias úteis, e nossa logística, que está bastante especializada neste trajeto, se encarrega de enviar para o nosso CD no menor tempo possível, com isto, conseguimos ganhar muita agilidade nas entregas”, explica a diretoria da Cristal Master. “O Nordeste cresce num ritmo muito acelerado em 24 > Plástico Nordeste >

A Colorfix está presente no mercado de Masterbatches há mais de 20 anos com uma base de clientes muito bem estabelecida nas regiões Sul e Sudeste e foi através em um contato comercial que expandiu para o Nordeste. “A Tramontina Delta, de Recife, nos procurou e tornou-se nosso cliente efetivo em meados de 2006 direcionando nossa atenção ao mercado pernambucano. Assim, demos início a um plano de ação para a região, primeiramente com vendas à distância, em um segundo momento através de nossos representantes culminando no estabelecimento de um Centro de Distribuição (CD) em Recife em 2012. Com nosso CD pudemos atender prontamente um número crescente de clientes”, explica o diretor superintendente, Francielo Fardo. Ele comenta que o faturamento vem aumentando ano a ano com o incremento da carteira de clientes e com o lançamento de produtos e serviços que vem ao encontro das necessidades dos clientes da região. “Em uma posição geográfica privilegiada, praticamente ao centro da Região Nordeste, podemos rapidamente entregar nossos produtos - no máximo de um dia para o outro - para os clientes mais dis-

Paulo Nascentes, diretor-executivo de Operações Brasil da Tigre, comenta sobre um cenário positivo

tantes do Sergipe ao Ceará. A infraestrutura do Porto de Suape, um parque industrial de respeito e uma economia pujante viabilizam boas oportunidades de negócios no estado e no Nordeste”, diz Fardo. Ao mesmo tempo, a presença da concorrência cada vez mais acirrada está constantemente desafiando a empresa para atender a demanda crescente da região. São grandes clientes que precisam de fornecedores com produtos de altíssima qualidade e com preços competitivos, e um grande número de médias e pequenas empresas que precisam de produtos menos tecnológicos e preços muito agressivos. “Temos linhas para atender todos os segmentos de forma rápida e precisa”, afirma Fardo.

Mexichem Brasil: mais investimentos no estado

As unidades da Mexichem Brasil instaladas no Nordeste estão em Alagoas (Maceió) e Pernambuco (Suape, no município de Cabo de Santo Agostinho). Na unidade pernambucana, são fabricados tubos para instalações prediais, infraestrutura e irrigação, e na alagoana, o mesmo mais caixas de descarga. A unidade de Suape conta com um Centro de Distribuição de 30 mil metros², movimenta em média dois mil itens e é voltada à distribuição de tubos e conexões para regiões Norte e Nordeste. “Foram investidos na unidade de Suape R$ 10 milhões em um projeto de melhoria da planta, que incluiu a construção do Centro de Distribuição e ampliação da capacidade produtiva da Unidade em 21% até o fim de 2013. A Mexichem Brasil investiu mais de R$ 131 milhões em 2013 (em suas nove fábricas). O valor inclui aumento na capacidade de produção, desenvolvimento de novos produtos, comunicação das marcas comerciais na mídia e nos pontos de venda do varejo da construção e capacitação profissional”, comenta Hilton Saporski – diretor comercial da Mexichem Brasil – Amanco, Bidim e Plastubos. Com a inauguração do Centro, a distribuição ganhou mais eficiência,


pois ele possibilita este processo a partir da cidade, de conexões para regiões Norte e Nordeste. “As conexões da marca Amanco são fabricadas em Joinville (SC) e seguem para Suape por meio de cabotagem (transporte mais limpo) e daí para todo Norte e Nordeste. Antes a distribuição de conexões era feita diretamente de Joinville, em um processo mais demorado. A distribuição de tubos continua sendo feita a partir de Suape e também se tornou mais eficiente em virtude do novo CD, que movimenta no total 2 mil itens (tipos de produtos) e possui área total de 4 mil metros²”. Vale dizer que a unidade de Suape também será contemplada com o aporte de US$ 100 milhões em três anos apenas em ativos que a Mexichem está fazendo em todas as suas fábricas. A empresa está trazendo máquinas da holandesa Wavin, o que representa investimento com transportadores, energia e mão de obra, que serão todos locais. “Esse real investimento no Brasil, com mudanças conceituais e visão ampla, está sendo possível graças à aquisição, em maio de 2012, pelo Grupo Mexichem, da Wavin, empresa líder em sistemas de tubos plásticos e soluções na Europa, fazendo que a Mexichem assumisse a liderança mundial em sistemas de tubos plásticos para condução de água e de soluções para esse segmento”, afirma Saporski. Ele afirma que com a escolha por Pernambuco a empresa alcançou maior proximidade com os clientes, melhorando o nível de serviço. A principal vantagem é a localização, que permite uma logística e atuação forte no estado e Nordeste. “O mercado plástico vem acompanhando o crescimento do Brasil e região, as condições de crescimento e sustentação dos volumes atuais passam pelas ações de investimentos público no segmento de infraestrutura, irrigação e predial, principalmente impulsionado pelo Minha Casa, Minha Vida. O mercado da construção está estável comparado a 2013. No segundo semestre a expectativa é de crescimento”, diz.

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Obras da Fiat em Pernambuco. Escolha seguiu duas vertentes: vantagens competitivas e benefícios fiscais

Tigre busca área para expandir em Escada

Pernambuco tem uma ótima posição geográfica, muito favorável para atender a logística do nordeste, e isso foi determinante na escolha de Escada para a implantação de mais uma unidade da Tigre no Nordeste. A fábrica foi inaugurada em 2009 e possui 14 linhas de extrusão, com foco na produção de soluções para infraestrutura, saneamento, irrigação e linha predial. “Estamos com uma unidade bem estabelecida, em franca produção e com profissionais qualificados. A Tigre tem uma presença importante no Nordeste, com três unidades: em Escada (PE), em Camaçari (BA) e em Marechal Deodoro (AL). Cada localidade tem uma particularidade e em Pernambuco podemos dizer que tivemos ganhos de logística e de atendimento ao cliente. Além disso, Escada está próxima de nosso maior fornecedor de resina de PVC, o que favorece a entrega com agilidade”, aponta Paulo Nascentes, diretor-executivo de Operações Brasil da Tigre. Para ele, o mercado nordestino é muito promissor para o setor de construção de uma forma geral. “Os programas do Governo como Minha Casa Minha Vida, PAC e os eventos esportivos fizeram com que a região se desenvolvesse ainda mais. No ano passado, inauguramos uma fábrica de caixas d’água em Camaçari (BA), como parte do investimento que fizemos

na ampliação desta linha para que o produto fosse distribuído na região. Neste ano, a joint-venture Tigre-ADS inaugurou uma fábrica em Marechal Deodoro (AL) de tubos de PEAD de grandes diâmetros para o segmento de drenagem e saneamento, voltado exclusivamente para atender as regiões norte e nordeste”, explica. “Esses investimentos são prova de que estamos muito atentos às oportunidades na região e elas realmente existem. Estamos buscando uma área maior em Escada, visando crescimento da unidade com novas demandas de produtos”.

Região cresce com a Fiat

A fábrica da Fiat em Goiana tem chamado a atenção de integrantes da cadeia do plástico, interessados em serem fornecedores. Mas existem outras oportunidades. Atualmente está em implantação em Pernambuco a PetroquímicaSuape, da Petrobras, complexo formado por uma planta de PTA, outra de PET e uma terceira de fios de poliéster. Além disso, existem negociações com fornecedores da indústria automotiva que é intensiva no uso de materiais plásticos. “Além da localização geográfica e da infraestrutura, temos como diferencial competitivo uma gestão profissionalizada, focada em resultados. Na área de atração de investimentos, temos uma equipe formada por profissionais treinados pelo Banco Mundial dedicada ao fomento de novos negócios (Invest in PE). Essa estratégia >>>> < Plástico Nordeste < 25


ESPECIAL Polo Plástico de Pernambuco nos ajudou a conquistar, em 2014, o 4º lugar no ranking South American States of Future, da FD Intelligence, publicação do grupo inglês Financial Times”, afirma secretário Márcio Stefanni Monteiro, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco. O processo de escolha de Pernambuco pelo grupo Fiat seguiu duas vertentes: vantagens competitivas e benefícios fiscais, informa Monteiro. Entre as vantagens competitivas estão a localização estratégica e a infraestrutura existente no Estado. “Em um raio de 800 km, alcançamos sete capitais nordestinas (Recife, João Pessoa, Natal e Maceió, Fortaleza, Aracaju e Salvador), onde estão concentrados 90% do Produto Interno Bruto (PIB) da região. Em relação à infraestrutura, Pernambuco dispõe de rodovias, portos e aeroportos, redes de gasodutos e de abastecimento d'água. O Complexo Industrial Portuário de Suape sem dúvida ajudou nessa escolha, pois abriga um dos melhores portos públicos do país, além de um parque com 105 empresas em operação e outras 45 em fase de implantação, entre elas uma refinaria, uma petroquímica e estaleiros”, diz Monteiro. Em relação aos benefícios fiscais, em 2010 o governo federal prorrogou até 2020 o regime tributário especial para as montadoras de veículos e fabricantes de autopeças no Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Como o benefício só vale para companhias já instaladas, a Fiat adquiriu a fabricante de chicotes elétricos TCA, localizada em Jaboatão dos Guararapes (PE) desde a década de 1960, que já usufruía do pacote de incentivos. A partir de então a Fiat começou a viabi-

26 > Plástico Nordeste >

lizar a construção de sua nova unidade. Já a escolha do município de Goiana foi uma estratégia do Governo de Pernambuco para desenvolver o Estado de forma equânime. Na Mata Norte, a Fiat chegou para se somar a outros investimentos realizados ou em curso na região, como os empreendimentos dos polos vidreiro (ancorado pela Vivix), farmacoquímico (ancorado pela Hemobrás) e cervejeiro (Ambev, Brasil Kirin e Itaipava). Segundo Monteiro, a fábrica da Fiat é a âncora do polo automotivo e já está impactando na economia do Estado, que passa por um forte processo de reindustrialização. Ela traz consigo os sistemistas (fabricantes de autopeças), formando uma cadeia que não existia em Pernambuco. "Soma-se a outras quatro cadeias que elegemos como prioritárias: bens de consumo; petróleo, gás, naval e offshore; energias renováveis e fármacos. Nossa expectativa é a de que, com essa reindustrialização, o setor industrial passe a representar cerca de 30% do nosso Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos cinco anos. Atualmente representa 24%. Na região de Goiana, que até então tinha a cana-de-açúcar como principal atividade, já estamos identificando um maior dinamismo econômico com a chegada de uma indústria de ponta. Acreditamos que a região experimentará o boom que experimentou Suape e que experimenta atualmente o município de Vitória de Santo Antão e seu entorno”. Outro impacto bastante significativo é em relação à produção de conhecimento na área automotiva, pois a Fiat Chrysler planeja implantar no estado o seu quarto Centro de Pesquisa, Desenvolvimento, Inovação e Engenharia Au-

tomotiva no mundo. Os demais estão instalados em Turim (Itália), Detroit (EUA) e Betim (MG), informa Monteiro. Entre os efeitos sentidos, está havendo uma melhora significativa na infraestrutura da região, pois para suportar a chegada da Fiat governo está implantando novas redes de energia elétrica, gás natural, dados e abastecimento d'água. Além disso, realiza investimentos para melhorar toda a malha viária daquela região. A cidade de Goiana tem ganhado com a forte geração de empregos nesta fase de implantação, dinamizando sobretudo os setores da construção civil (expansão imobiliária) e de serviços (hospedagem e alimentação, entre outros). “A chegada desses novos empreendimentos a Pernambuco, entre eles a Fiat, também tem colocado o crescimento do nosso PIB acima do Nordeste e do país nos últimos anos. Crescemos 3,5% em 2013 e no primeiro trimestre deste ano alcançamos 5,2%. Desde 2007, geramos mais de 500 mil empregos formais”, diz Monteiro. PNE


SindicalII Fórum de Alagoas

O setor plástico em debate

O

setor plástico do Nordeste, especialmente de Alagoas, esteve em evidência no final de maio. O Sindicato das Indústrias de Plásticos e Tintas do Estado de Alagoas (Sinplast) promoveu o II Fórum Regional da Indústria do Plástico no auditório da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA), localizado na capital do Estado, Maceió. Na abertura do fórum estavam presentes o presidente do sindicato Wander Lôbo, o governador de Alagoas Teotonio Vilela Filho, o Diretor superintendente da Abiplast, Paulo Teixeira, e o diretor de Administração e Finanças do Sebrae Alagoas, Roberval Cabral. O evento apresentou as inovações nos produtos e processos industriais do setor, as fontes de energia disponíveis, discutiu reciclagem e eficiência energética no segmento e as alternativas para eliminação dos lixões nos municípios como forma de disposição final dos seus resíduos O II Fórum Regional da Indústria do Plástico teve o apoio da FIEA, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), da Associação das Empresas do Polo Multifabril de Marechal Deodoro (Assedi-MD), da Associação das Empresas do Polo Multissetorial Governador Luiz Cavalcante (Adedi), da Braskem e do Governo de Alagoas. Durante o evento, houve palestras sobre as perspectivas para o setor de transformados plásticos, com Paulo Teixeira, diretor superintendente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast); sobre o Núcleo de Tecnologia do Plástico, com o gerente da Unidade Tabuleiro do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Cícero dos Anjos; e os resultados da pesquisa da Cadeia Produtiva da Química e do Plástico de Alagoas, com Everaldo Figueiredo, gerente da Unidade de Indústria do Sebrae Alagoas. Também foram discutidos novos produtos no mercado do plástico e inovações em áreas específicas de transformação, com Antônio Rodolfo Junior, gerente de Engenharia de Aplicação e Desenvolvi-

as com um Produto Interno Bruto (PIB) cujo crescimento é maior que a média do Nordeste”, complementou Teotônio Vilela Filho, governador de Alagoas.

Atuação integrada

mento de Mercado – PVC/Cloro Soda da Braskem; além da Política Nacional de Resíduos Sólidos, com Ivo Milani, consultor de Projetos Socio-Ambientais da Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre); e sobre eficiência energética no setor de plásticos, com Sidnei Amano, engenheiro eletricista da WEG. Roberval Cabral, diretor de Administração e Finanças do Sebrae Alagoas, destacou, durante a abertura, que o evento é uma sucessão do exitoso fórum anterior, que trouxe o que havia de mais atual em conhecimentos e informações sobre inovação e sustentabilidade no segmento. “O que faz esse e outros segmentos em Alagoas darem certo é a parceria entre diversas instituições, sejam elas públicas, como o governo, ou privadas, como as empresas. E o resultado desse esforço está contabilizado. Mas é importante que todos aqueles envolvidos no processo continuem se capacitando e se atualizando sobre as inovações, tecnologias e boas práticas, pra que tudo isso seja aplicado nas empresas, fazendo-as crescerem e se desenvolverem com sustentabilidade”, registrou o diretor. “A realização desse fórum demonstra como a linha traçada para desenvolver o segmento está firme: trazer renomados palestrantes de todo o Brasil, promover discussões, aprofundar conhecimentos e estabelecer diretrizes para o futuro demonstram a vontade de levar adiante esse projeto. Isso tudo e a governança diferenciada, que alia gestão pública, sociedade civil e empresarial, sindicatos, etc., têm sido responsáveis pela recuperação do estado, que passou anos na estagnação. O resultado disso, por exemplo, é Alago-

Desde 2006, o Sebrae Alagoas e os demais integrantes da Cadeia Produtiva da Química e do Plástico de Alagoas – Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande), Sistema Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Braskem, Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Sindicato das Indústrias de Plástico e Tintas de Alagoas (Sinplast), Associação dos Dirigentes das Empresas do Distrito Industrial (Adedi), Associação das Empresas do Distrito Industrial de Marechal Deodoro (Assedi/MD) e Algás – têm trabalhado nesse projeto estruturante. O objetivo é realizar consultorias, capacitações técnicas em termoplásticos e em gestão (como Gestão de Pessoas, Gestão Financeira, 5S, Como Vender Mais e Melhor), gerando melhorias na formação dos colaboradores e o consequente aumento de produtividade, além de ações de mercado e acesso a eventos, como é caso da participação em feiras como a Interplast, Feiplastic, Embala Nordeste e Feira K. Esse trabalho vem gerando resultados expressivos. De 2009 a 2014, houve um aumento de 103% no número de pequenas indústrias instaladas no estado, passando de 33 para 67 empresas; houve redução de 2,4% para 0,7% no índice de desperdício de matéria-prima nas indústrias, o que equivale a cerca de 85 ton/mês de resina. Além disso, foi registrado um aumento de 51.831,91 ton/ano para 100 mil ton/ano na quantidade de plástico desmanchado em Alagoas; por fim, houve um aumento de 75,92% no número de ocupações geradas no setor, aumentando de 1.690 para 2.973 empregos gerados nas pequenas empresas atendidas pelos projetos e ações do Sebrae e seus parceiros. PNE < Plástico Nordeste < 27


DESTAQUE Sopradoras

Novidades tecnológicas Um dos componentes mais dinâmicos do setor produtivo é a cadeia do plástico, até por sua própria natureza, mesmo assim, cada vez mais busca evoluir tecnologicamente para melhorar a competitividade e eficiência dos processos. É assim que se comporta o segmento industrial das sopradoras. Três grandes fabricantes nacionais que respondem pelo maior share do mercado destacam lançamentos recentes e novidades tecnológicas que proporcionam uma melhor relação custo-benefício em eficiência e redução de custos. 28 > Plástico Nordeste >

E

xecutivos comentam sobre mercados e dificuldades gerenciais. A Pavan Zanetti, com sede em Indaiatuba (SP), representa conceitos modernos e de evolução. O diretor comercial Newton Zanetti informa com satisfação o lançamento da Série HPZ de sopro por acumulação com os modelos HPZ 200, HPZ 300 e HPZ 500 que atendem volumes desde 10 litros a 200 litros de sopro com muitas novidades tecnológicas e vantagens ao transformador. “São máquinas concebidas dentro de tecnologias atuais, com saída lateral do produto soprado e que possibilita instalar um sistema integrado para rebarbação do produto soprado. Comandos de ultima geração, sistemas de sopro a vácuo em 3D com a tecnologia TBM e recursos de acionamentos elétricos, pneumáticos e hidráulicos para serviços durante o tempo de sopro e extração tornam essa maquina ideal para peças técnicas e bombonas de volumes variados”, explica. O diretor completa essa apresentação com mais detalhes sobre outro modelo. “Em complemento a essa série também foi lançado o modelo HPZ 202, com dupla extrusão e dois cabeçotes acumuladores que possibilita fabricar dois produtos ao mesmo


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Sopradora Multipet:

tempo ou até mesmo produtos diferentes empresa paranaense com volumes e comprimentos parecidos, destaca lançamentos em materiais e cores diferentes para cada recentes com cavidade do molde”, informa. novidades e benefícios Nessa acirrada disputa pelo mercado as indústrias de máquinas precisam investir forte em novas tecnologias, como ocorre com a Indústrias Romi, de Santa Bárbara d’Oeste (SP). Este que é outro grande fornecedor nacional de vanguarda no setor de máquinas para plásticos, recentemente apresentou novidades em sopradoras na Mecânica 2014. William dos Reis, diretor da Divisão de Máquinas para Plásticos da Romi destaca a nova linha de sopradoras por acumulação MX que, segundo o executivo, possui ótimo desempenho para produção de peças técnicas sopradas para o segmento automotivo: “Esta linha possui o novo comando CM10, que melhorou muito desvio padrão do peso do produto injetado, proporcionado pela a interatividade do operador com a máquina e agora permite 512 precisão da injeção deste sistema, e também, pela economia de pontos de programação de parison, proporcionando maior precisão energia que pode alcançar até 60% em aplicações mais críticas”, e controle do peso das peças sopradas”, ressalta. Conforme o exe- destaca. Uma das formas de melhorar o processo está no relaciocutivo, este modelo vem equipado com um moderno cabeçote com namento com os fornecedores de matérias-primas e aditivos. “Essistema FIFO, que permite troca de cores mais rápidas, além de pos- tamos iniciando algumas parcerias com o objetivo de aprimorar suir um conjunto de moldagem com grande área de molde e força de o desenvolvimento de máquinas visando otimizar a relação entre fechamento elevado para o sopro de peças maiores. a máquina ideal e as matérias-primas especiais, a fim de obter A paranaense Multipet, com sede em Toledo, é outra fa- o máximo de desempenho em processos de transformação mais bricante nacional com liderança no mercado de sopradora para exigentes”, comenta William dos Reis. PET. A empresa também destaca lançamentos recentes com noviNewton Zanetti, da Pavan Zanetti, faz avaliação semelhante, dades e benefícios aos transformadores, como informa o diretor pois de acordo com o dirigente, em termos de competitividade o Guilherme Hofstaetter. “Em 2013 tivemos o lançamento de dois nível difere pouco. “Hoje estamos muito mais próximos dos conmodelos de equipamentos simultaneamente que são a Sopradora correntes europeus em termos de tecnologia aplicada inclusive Multipet8000 e a Sopradora Multipet 2/10. A primeira tem alto no preço das máquinas (o que não é favorável) devido ao custo rendimento por cavidade soprada tendo como limite 2000 garra- Brasil. Temos máquinas capazes de competir em produtividade, fas/hora por cavidade de sopro em 4 cavidades. A segunda é uma com os mesmos elementos de comando aplicados às europeias, sopradora para embalagens de água mineral de até 10 litros des- mesmos equipamentos periféricos, etc... o que nos garante a cartável. Ambas tem seu ponto forte na eficiência energética pois competitividade em relação à eles”, ressalta. Zanetti, porém, faz uma observação pertinente. “Temos tem o mais alto rendimento de produção para suas respectivas categorias do mercado brasileiro. Temos como adicional a pos- grandes problemas em relação aos asiáticos, principalmente os chineses como é de conhecimento geral. É praticamente impossísibilidade de sopro de preformas de baixas gramaturas”, revela. vel competir no preço, mas por sorte ainda temos a “proteção” do serviço técnico que aplicamos em nossos equipamentos de forma Concorrência e adequação A escolha de um ou outro modelo está diretamente vin- rápida e segura. Hoje uma sopradora parada traz consequências culada ao tipo de produto a ser fabricado, mas também ao sérias e prejuízo certo ao setor, dado às margens cada vez menonível de eficiência e é nesse contexto que se insere a compe- res nos produtos soprados”, explica o executivo. No que se refere ao relacionamento com outros players, tição com equipamentos importados. Nesse aspecto, a Romi considera-se bem posicionada na comparação com produtos como fornecedores de insumos, Zanetti ressalta que a estratéde fora, segundo o diretor William dos Reis. “Nossas máquinas gia é diferenciada. “Nosso relacionamento com os fornecedores estão mais competitivas que a grande maioria dos modelos de resinas se restringe ao aspecto técnico. O contato comercial importados. Nosso sistema “Stop and Go”, equipado nas má- para negociação de preços está a cargo de nossos parceiros na quinas da linha EN, elevou muito o desempenho e eficiência Abiplast, que são os consumidores finais da matéria-prima e adido equipamento, trazendo resultados superiores à máquinas de tivos. Nos restringimos ao desenvolvimento técnico de resinas nos colocando à disposição para testes e aprovações de novos alta tecnologia importadas”, comenta o dirigente. O executivo da Romi comprova a afirmação. “Temos inúme- grades”, esclarece. No que concerne à Multipet, o diretor Guilherme Hofstaros cases e depoimentos de clientes que comprovam essa diferença, com a redução do consumo da matéria prima, devido ao baixo etter também avalia a comparação com as máquinas impor- >>>> < Plástico Nordeste < 29


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DESTAQUE Sopradoras Pavan Zanetti lança a Série HPZ de sopro por acumulação com os modelos HPZ 200, HPZ 300 e HPZ 500

tadas de forma positiva levando em consideração a relação custo-benefício. “Os equipamentos nacionais possuem custo relativamente baixo quando analisamos produtividade, custo operacional e manutenção. Por isso, os equipamentos nacionais eram preferência dentre os pequenos e médios sopradores. Confiança, proximidade, baixo custo de reposição e agilidade se tornaram fundamentais”, revela. Por saber que nenhum processo é isolado, o executivo igualmente ressalta a importância do relacionamento com os demais parceiros. “Existe sim. O relacionamento com fornecedores de matérias primas tem foco constante na busca de embalagens mais eficientes, práticas e sempre buscando menor gramatura”, destaca Hofstaetter.

Mercado em crescimento

Mesmo com as queixas de alguns setores quanto às oscilações da economia brasileira, pelos comentários dos executivos o setor de sopro vai bem, conforme ressalta William dos Reis, das Indústrias Romi. “Houve crescimento nas vendas de máquinas sopradoras Romi, principalmente no segundo semestre de 2013, para todos os modelos de sopro convencional, sopro por acumulação e sopro de PET. Para a Romi, todos os segmentos tiverem algum crescimento, porém com maior destaque para os segmentos de embalagens e peças técnicas”, ressalta. A Pavan Zanetti revela sentimento semelhante, citando inclusive as principais aplicações. “Registramos um ano bom, bem superior a 2012 com o faturamento superior em aproximadamente 20% e entrega de máquinas com incremento de 12% em unidades entregues. Tivemos o mercado de domissanitários como o principal comprador durante 2013 e o emergente segmento de bombonas para o produto ARLA (ureia liquida) utilizado nos novos caminhões para redução da poluição do ar. Os restantes segmentos de mercado como higiene e beleza, alimentícios apresentaram também um bom ano sem o destaque dos citados anteriormente”, informa o diretor Newton Zanetti. Já para a paranaense Multipet houve um equilíbrio no desempenho, segundo o diretor Guilherme Hofstaetter. “O mercado se mostrou estável em 2013 e todos os segmentos se mantive30 > Plástico Nordeste >

ram da mesma forma. Há uma consistente e gradual migração de embalagens, antes de outros plásticos, para o PET inclusive para o mercado de óleo lubrificante automotivo”, acrescenta o executivo. Sobre os mercados regionais mais promissores e a influência da Copa do Mundo e eleições, as avaliações são interessantes, como destaca William dos Reis, da Romi. “O mercado do Nordeste vem apresentando um crescimento mais promissor que as demais regiões do Brasil, devido à forte e crescente industrialização desta região. A Copa do Mundo influenciou no aumento de vendas de máquinas para o segmento de brindes, especialmente no segundo semestre de 2013”. O comentário de Newton Zanetti, da Pavan Zanetti, por sua vez, também é relevante, pois ele direciona seu foco com base na questão dos custos. “Eu sempre considerei que o sopro tem uma forte tendência à regionalização, pelo fato de o transporte de embalagens vazias por longo percurso ser caríssimo e desnecessário. Unidades menores e regionais seriam uma solução para a redução do custo do frete, inclusive unidades ágeis e produtivas para o atendimento das demandas regionais muitas vezes de pequenas quantidades e muita diversidade de formatos e volumes. Um dos mercados que tem se sobressaído é o Nordeste, graças ao aumento do poder aquisitivo dos investimentos feitos na região, ao Bolsa Família e outros benefícios levados às regiões mais carentes do país”, avalia o executivo. Quanto a outros fatores, como a Copa do Mundo, Zanetti acredita que o efeito não será tão significativo quanto o esperado, talvez refletindo um pouco mais no setor de injeção. “Os grandes beneficiados se concentram em hotéis, restaurantes, transportes e vestuário”, diz. Já a Multipet fez uma avaliação bem mais direta, geral e objetiva sobre a segmentação regional. “O mercados regionais acompanham o desenvolvimento econômico e oscilam conforme esse. A Copa do Mundo tem influencia bem sazonalizada”, afirma Guilherme Hofstaetter.

Ainda o Custo Brasil

Outros fatores, como itens do Custo Brasil, como câmbio, logística, juros etc, que não estão diretamente ligados à fabricação, eficiência e processos, mas influenciam no preço de qualquer produto, também foram avaliados. Newton Zanetti acha que o país tem sérios problemas em relação ao chamado Custo Brasil, pois é um dos poucos países do mundo que cobram impostos sobre investimentos. “Nossos governantes deveriam estar preocupados com a complexa malha que somos obrigados a montar em nossas empresas para recolher esses inúmeros impostos, taxas e contribuições. Está cada vez mais difícil administrar isso e é praticamente impossível passar por uma Auditoria Fiscal sem que apareça um erro de lançamento, um equívoco e tome multas. Isso tem que mudar e, infelizmente, já ouvimos isso de políticos que ao assumir esquecem rapidamente”, diz. Guilherme Hofstaetter, da Multipet também destaca os prejuízos paralelos: “Acreditamos que todos os aspectos citados têm influencia negativa na competitividade das indústrias de equipamentos e, ultimamente, a demora nos financiamentos (bancos/BNDES) tem criado dificuldades cada vez maiores”, completa. PNE


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Foco no Verde Pastilhas de revestimento de PET reciclado

PE verde em sacolas da Nobelpack

A Nobelpack, que há mais de 60 anos produz sacolas plásticas, inovou e atingiu a marca de 30 clientes utilizando o plástico verde (PE) produzido pela Braskem em suas sacolas promocionais. A matéria-prima proveniente do etanol reduz a emissão dos gases do efeito estufa na atmosfera ao capturar gás carbônico durante o seu processo produtivo. A sua utilização está alinhada com o objetivo das duas empresas de oferecer uma solução mais sustentável aos clientes e ao consumidor final. A parceria firmada em 2011, e intensificada em 2013, faz com que hoje a produção das sacolas plásticas da Nobelpack utilize quase 100% de polietileno verde I’m greenTM como matéria-prima. Também em 2013, a empresa passou a utilizar o polietileno verde de baixa densidade, maximizando assim o conteúdo de fonte renovável nas sacolas plásticas promocionais. Para mostrar ao consumidor a importância de usar uma sacola com matéria-prima renovável, a empresa criou o Verdômetro, um contador com o número total de embalagens produzidas com o plástico verde da Braskem e a respectiva quantidade de CO2 capturado da natureza. Acessando o site http:// www.nobelpack.com.br/verdometro/, além destes números, os interessados poderão ver um pouco mais da contribuição real para o meio ambiente por meio de exemplos. As sacolas promocionais com polietileno verde já estão sendo usadas por grandes empresas do varejo brasileiro, dos mais diversos segmentos. Entre os 30 clientes, estão Marisa, Cacau Show, Centauro, Tok Stok, Besni, World Tennis, Ofner, Água de Coco e a embalagem das revistas da Natura. Para ajudar o consumidor a reconhecer o plástico verde, a Braskem criou o selo I´m greenTM, que pode ser encontrado em todas as sacolas produzidas pela Nobelack com o plástico verde e que garante a origem renovável do plástico utilizado na produção das sacolas.

Criatividade e inovação é fundamental nos negócios. Assim, a Rivesti venceu um desafio de fabricar revestimentos sustentáveis a partir do reaproveitamento de embalagens de PET. A empresa está lançando no mercado sua primeira linha de pastilhas sustentáveis (foto) após três anos de pesquisa e desenvolvimento. Produzidas com uma mistura de PET reciclado (85%) e aditivos minerais reaproveitados (15%), as pastilhas Rivesti são ainda 100% recicláveis. O processo de fabricação também é sustentável, já que demanda baixo consumo de energia elétrica, não emite poluentes e nem gera resíduos. Cada m2 de pastilhas Rivesti evita o lançamento de 3 Kg de CO2 na atmosfera e recicla 66 garrafas PET. Como as pastilhas são até 66% mais leves, a emissão de poluentes durante o transporte também é reduzida. “Sustentabilidade é a base do nosso produto e a missão da empresa”, explica Rafael Sorano, criador da pastilha. Outro conceito que se aplica à Rivesti é praticidade. As placas são fáceis de instalar e garantem o alinhamento perfeito das pastilhas. A uniformidade visual é obtida por meio de encaixes laterais exclusivos desenvolvidos pela empresa. “Os encaixes embutidos em todas as placas eliminam o indesejado efeito de plaqueamento, comum às pastilhas convencionais”, completa Sorano. Rapidez e economia - Graças a essa tecnologia, a instalação das pastilhas Rivesti é até seis vezes mais rápida que a das concorrentes, o que significa economia em mão de obra. O design das pastilhas também foi pensado para reduzir a quantidade de argamassa no assentamento e rejuntamento, “a redução chega a 60% na instalação”, confirma Sorano. O design Rivesti também garante que as pastilhas não se desprendam das estruturas revestidas. Outra vantagem é que as pastilhas Rivesti podem ser aplicadas sobre alvenaria comum ou drywall, em áreas internas e externas, como piscinas, fachadas, banheiros. “As pastilhas têm 0% de absorção de água e são fabricadas com aditivos que protegem contra ação dos raios UV e agentes químicos”, afirma Sorano. Com patente requerida em diversos países do mundo, a tecnologia Rivesti é 100% nacional. As pastilhas foram desenvolvidas no Brasil com o apoio da empresa alemã Merck e da norte-americana Momentive. O projeto consumiu R$ 5,5 milhões em investimentos e exigiu três anos de pesquisas. Lançado no mercado brasileiro em abril de 2014 e já está presente em 50 lojas de todo o país, deve gerar faturamento de 20 milhões de reais até o final de 2015 em vendas no mercado interno. A Rivesti será apresentada, em breve, ao mercado internacional de revestimentos, sempre ávido por novidades tecnológicas e sustentáveis. PNE < Plástico Nordeste < 31


Mais estímulos para o setor de máquinas

A indústria de máquinas e equipamentos do país viu nas últimas semanas o governo atender dois de seus pedidos recentes: a prorrogação do Programa de Sustentabilidade do Investimento (PSI) e o retorno do Reintegra. O governo também melhorou as condições para o Refis, embora não completamente como pedia o setor. Ainda assim, os fabricantes estão desanimados. As empresas afirmam que o necessário seria o aumento dos investimentos produtivos no país e em infraestrutura, o que elevaria a demanda por máquinas no mercado local. No caso do crédito para a compra das máquinas, as companhias afirmam que o PSI é importante, mas que não garante a melhora dos negócios. O PSI garante crédito a um juro de 6% para grandes empresas comprarem máquinas e de 4,5% para micro, pequenas e médias. Os executivos dizem o programa ajuda principalmente as empresas menores, mas não chega a impulsionar o setor. A Abimaq diz que o governo tem mostrado interesse nas questões do setor e que tem expectativas de que os negócios no país possam melhorar no ano que vem. Na semana passada, Carlos Pastoriza, diretor-secretário e presidente eleito da entidade, disse que a presidente Dilma Rousseff indicou em reunião que pretende adotar rapidamente um programa para a modernização do parque industrial brasileiro, o que poderia dar um impulso mais forte ao setor.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Bloco de Notas

Correção: 1º Congresso Brasileiro do Plástico

Ao contrário do que foi informado na seção Agenda, página 42 da Edição 152 da Revista Plástico Sul, o 1º Congresso Brasileiro do Plástico será realizado em três dias, de 5 a 7 de novembro de 2014 na Fiergs, em Porto Alegre (RS).

ANVISA altera embalagem problemática

Röchling tem sopradora da Zanetti

A primeira unidade brasileira da alemã Röchling, inaugurada dia 4 de junho, em Itupeva (SP), está operando com uma sopradora HPZ 300, da Pavan Zanetti. Especializada na produção de peças plásticas automotivas de alta resistência, a Röchling já está fornecendo para a Volkswagen e também deverá ter a Ford e a BMW como clientes em 2015. As negociações com outras montadoras no Brasil, na Europa e Estados Unidos, como Honda, General Motors, Renault, PSA Peugeot Citroën, Audi, Mercedes-Benz e Fiat, já estão em andamento. Para a Pavan Zanetti, ter sua marca aliada a uma das mais conceituadas fabricantes de componentes plásticos do mundo, como a Röchling, e ao mercado das montadoras automobilísticas, é um reconhecimento à altura de sua competitividade. “Hoje, estamos muito mais próximos dos concorrentes europeus em termos de tecnologia aplicada e de preço. Nossas máquinas são capazes de competir em produtividade tendo os mesmos elementos de comando e equipamentos periféricos das europeias”, garante Newton Zanetti, diretor comercial da Pavan Zanetti. A sopradora HPZ 300 é um modelo básico da série HPZ, de sopro por acumulação, que atende à fabricação de médios e grandes volumes. Tem saída lateral do produto soprado e permite a instalação de um sistema integrado para sua rebarbação. Dispõe de comandos de última geração, sistemas de sopro a vácuo em 3D com a tecnologia TBM e recursos de acionamentos elétricos, pneumáticos e hidráulicos para serviços durante o tempo de sopro e extração. 32 > Plástico Nordeste >

No final de maio a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou a promoção de consulta pública para definir alterações nos rótulos de alimentos que contém ingredientes capazes de provocar alergia. Entre as chamadas substâncias alergênicas a serem listadas nas embalagens dos produtos estão: cereais com glúten, crustáceos, ovo, peixe, amendoim, o leite, a soja, castanhas em geral, nozes e os sulfitos (presentes no vinho). Alimentos que contenham traços ou derivados desses ingredientes devem mostrar o aviso em seus rótulos. Renato Porto, diretor da ANVISA, admite que a atual rotulagem de produtos muitas vezes não traz a informação clara de quais substâncias alergênicas estão contidas no alimento. Um dos exemplos citados por ele trata do casinato de sódio, proteína derivada do leite e que pode provocar efeito adverso severo em crianças com intolerância à lactose. “As pessoas precisam saber que o alimento tem algum produto que pode ter traço alergênico, e que as severidades para o efeito adverso podem ser graves”, explicou.

“Assa fácil”, novidade Sadia

Agora ficou mais fácil preparar uma deliciosa refeição: o “Frango Fácil” da Sadia inova no preparo do frango assado. Disponível em embalagens flexíveis de 1,5 kg para o frango inteiro e de 800 gramas para coxas e sobrecoxas, o produto é acondicionado já marinado com os temperos em embalagem Assa Fácil, um invólucro plástico que pode ir direto do freezer para o forno. O lançamento atende a busca crescente das pessoas por praticidade e facilidade no preparo, com produtos saborosos. O tempo estimado de preparo é de 1 hora e 15 minutos a 2 horas, dependendo do produto.


Giro NE Alagoas Curso do Senai/Sinplast no NTPlás

O curso de operador de injetora e extrusora de plástico está sendo ministrado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) desde o início do ano, referente ao convênio com o Sindicato das Indústrias de Plásticos e tintas do Estado de Alagoas (Sinplast/ AL). A qualificação é realizada no período da manhã (das 7h30 às 11h30) e pela tarde (de 13h30 às 17h), no Núcleo de Tecnologia do Plástico (Ntplás), localizado no Centro de Formação Profissional Napoleão Barbosa (CFP-NB), localizado no Tabuleiro do Martins e conta com 20 alunos por turno. O curso tem a finalidade de aprimorar o conhecimento de funcionários e melhorar sua qualidade na prestação de serviços. Participam do curso no Ntplás as empresas Krona, Corr Plastik, Plastec, Mexichem e Nordeplast. O setor de Plásticos do estado tem se mostrado promissor, contando com 67 indústrias transformadoras de plástico e o surgimento de novas empresas trouxe um investimento total de R$1,250 bilhão. Destes, R$10 milhões foram investidos na requalificação de mão de obra, programas de qualidade, e implantação NTPlás/Senai. Com isso, foram gerados 4200 empregos diretos.

Bahia Continental dobra linha de pneu para caminhões

visão de pneus da empresa no Brasil informa que entre os últimos acordos de fornecimento, os pneus da Continental vão equipar o novo Sandero, e a versão mais esportiva do Uno, o Uno Sporting, que está sendo reestilizado pela Fiat. "Quando se tem uma base de clientes que muda todo ano, você pode planejar crescimento, independentemente do desempenho positivo ou negativo do mercado", afirma . Conforme o executivo, a empresa, perto de finalizar o programa de expansão em Camaçari, está pronta para a demanda prevista para, pelo menos, os próximos três anos. A meta é crescer a um ritmo médio de 10% ao ano daqui para frente.

Paraíba Empresa coreana vai investir R$ 150 milhões

A Zcros, empresa da Coreia do Sul irá instalar uma usina de geração de energia a partir de incineração de lixo industrial e hospitalar no município do Conde, na Grande João Pessoa. O investimento gira em torno de R$ 150 milhões e será realizado por meio de uma parceria com a Prefeitura. Recentemente, um grupo de executivos da empresa sul-coreana esteve no município para a assinatura de um protocolo de intenções para a instalação da usina. As obras devem ser iniciadas ainda no primeiro semestre deste ano. A empresa Zcros tem um projeto semelhante implantado no estado de Goiás e São Paulo, além de manter em funcionamento uma unidade no Uruguai. PNE

O Polo de Camaçari, na Bahia, continua em alta e recebendo novos investimentos, como um projeto da Continental, um dos três maiores fabricantes de autopeças do mundo. O grupo está consumindo a última parte de recursos de um programa de investimento de US$ 210 milhões para concluir a expansão da capacidade de produção de pneus de caminhões na fábrica de Camaçari. Congelado durante a derrocada da indústria de veículos pesados em 2012, o projeto foi retomado apesar da nova fase de baixa do setor. A linha, que inicialmente produzia até 300 mil pneus de carga por ano, já alcançou capacidade de 500 mil unidades e, conforme o cronograma da empresa, chegará a 600 mil pneus até 2017. Para tanto, a subsidiária brasileira ainda tem à disposição cerca US$ 30 milhões do orçamento anunciado pela multinacional alemã em 2011 para o desenvolvimento do negócio de pneus no Brasil. Em 2013, já havia concluído o ciclo de expansão da linha de pneus para automóveis de passeio, onde a capacidade instalada subiu de 4 milhões para 6,5 milhões de unidades por ano. Porém, o volume adicional, não chega no melhor momento da indústria. Com a queda superior a 13% na produção de veículos no país, as vendas de pneus a montadoras recuam quase 11% neste ano, conforme números da Anip, a entidade dos fabricantes nacionais de pneus, que inclui todas as marcas. Acompanhando os ajustes feitos por seus clientes da indústria de veículos, a Continental concedeu férias coletivas aos operários da fábrica baiana na segunda quinzena deste mês. Independente do momento, a empresa informa que está conseguindo compensar o menor consumo das montadoras com novos contratos na carteira e o melhor desempenho no canal de reposição, onde a demanda cresce cerca de 12% neste ano - de acordo com levantamento da Anip, com base em dados coletados até abril. Renato Sarzano, diretor superintendente, responsável pela di< Plástico Nordeste < 33


Anunciantes

Agenda

Artefatos / Página 33 Congresso do Plástico / Página 17 Digitrol / Página 26 Eteno / Página 11 M&G / Página 36 New Ímãs / Página 23 NZ Philpollymer / Página 13 Pavan Zanetti / Página 7 Procolor / Página 18 Recyclean / Página 35 Romi / Página 5 Shini / Starmach / Páginas 2 e 3 Valmart / Página 15

ANUNCIE! É SÓ LIGAR PARA: 51 3062. 4569 34 > Plástico Nordeste >

Agende-se para 2014 Argenplás 2014 - XV Exposição Internacional de Plásticos 16 a 19 de junho Costa Salguero Exhibition Center Buenos Aires - Argentina www.argenplas.com.ar/pt Embala Nordeste De 12 a 15 de agosto de 2014 Centro de Convenções de Pernambuco Recife-Olinda - PE (Brasil) www.greenfield-brm.com/ embalaweb.com.br Interplast Feira e Congresso de Integração da Tecnologia do Plástico De 18 a 22 agosto Pavilhões da Expoville, Joinville - SC (Brasil) www.interplast.com.br Colombiaplast 2014 29 de setembro a 3 de outubro de 2014 Bogotá /Colômbia www.colombiaplast.com 1º Congresso Brasileiro do Plástico 5 a 7 de novembro de 2014 FIERGS, Porto Alegre – RS (Brasil) www.plastechbrasil.com.br Feiplar Composites & Feipur 2014 Feira e Congressos Internacionais de Composites, PU e Plásticos de Engenharia De 11 a 13 de novembro Expo Center Norte – Pavilhão Verde São Paulo - SP (Brasil) http://www.feiplar.com.br/


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36 > Plรกstico Nordeste >


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