Plástico Nordeste 33

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Expediente Edição # 33 - Maio / Junho de 2015

Conceitual Brasil - Jornalismo Total www.revistaplasticonordeste.com.br Rua João Abbott, 257 - Sala 404 CEP: 90460-150 - Bairro Petrópolis Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3062.7569 plasticonordeste@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves

“Se os outros me abandonam é porque devo estar a aproximar-me do essencial.”

(Casimiro Brito)

DRT/RS nº 12.844 Redação: Brigida Sofia Departamento Comercial: Débora Moreira Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777) Capa: divulgação Plástico Nordeste é uma publicação da editora Conceitual Brasil, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Nordeste e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos,

4 Editorial

fóruns, exposições e imprensa em geral.

Nordeste de olhos abertos

6 Plast Vip

Pastoriza anuncia feiras da Abimaq

8 Especial

O desempenho do setor em Pernambuco

Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Nordeste. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 3.000 exemplares.

12 Destaque

Um panorama da indústria de sopro

16 Evento

Os resultados da Feiplastic 2015

Filiada à

22 Foco no Verde

Os detalhes da Recicla Nordeste

26 Anunciantes + Agenda

Confira os eventos e parceiros da edição

ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas < Plástico Nordeste < 3


ARQUIVO

Editorial

Movimentação nordestina

“...o nordeste é a cada ano mais representativo no que diz respeito à produção de transformados plásticos. A presença de governadores da região demonstra que o poder público está começando e ter outros olhos em relação ao empresariado do setor.”

D

urante a Feiplastic 2015, que aconteceu de 04 a 08 de maio, em São Paulo (SP), recebemos no estande da Revista Plástico Nordeste a visita de importantes dirigentes do setor plástico nordestino. Foi bonito de ver a presença massiva do nordeste no evento, buscando parcerias e união para o desenvolvimento da região. Registramos a presença do presidente do Sindicato das Empresas de Reciclagem de Resíduos Sólidos Domésticos e Industriais no Estado do Ceará (Sindiverde), Marcos Albuquerque, bem como as visitas dos presidentes do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de Pernambuco (Simpepe) e Sindicato das Indústrias de Plásticos e Tintas do Estado de Alagoas (Sinplast), Walter Câmara e Gilvan Severiano Leite, respectivamente. Também presenciamos a participação do Governador do Estado da Bahia, Rui Costa, que durante o evento assinou com a Braskem compromisso setorial com o setor plástico. Da mesma forma, o Governador de Alagoas, Renan Filho, também se fez presente na Feiplastic, inclusive concedendo entrevista exclusiva à Revista Plástico Nordeste. Nos corredores, circulava ainda Maria da Conceição Rebouças Duarte Tavares, presidente do Sindicato das Indústrias de Material e Laminados Plásticos do Estado do Rio Grande do Norte (Sindiplast). Tais visitas têm pelo menos dois significados. O primeiro é que o nordeste é a cada ano mais representativo no que diz respeito à produção de transformados plásticos. A presença de governadores da região demonstra que o poder público está começando e ter outros olhos em relação ao empresariado do setor. Por outro lado a participação de dirigentes demonstra atenção redobrada em novas parcerias e conhecimento específicos de novas tecnologias. Percebemos que há uma união cada vez maior entre os estados para ser fazer enxergar. Existe uma movimentação em busca de melhores resultados, sem o comodismo de que em momentos de crise o único jeito é reduzir custos e esperar. Obviamente não são todos. Há sempre uma massa que só vê os obstáculos e não percebe as oportunidades. Que estes percebam que é hora de articular, fazer parcerias, se unir. Só assim conseguiremos uma união em prol do desenvolvimento do setor nordetino. E nós da Revista Plástico Nordeste estamos aqui prontos para ser um fio condutor de informação em busca de tal objetivo. Boa leitura!

Melina Gonçalves / Editora melina.goncalves@conceitualpress.com.br 4 > Plástico Nordeste >


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PLAST VIP NE Carlos Pastoriza

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Novo calendário para o setor

Abimaq anuncia realização de três feiras, entre elas a Plástico Brasil. Em entrevista especial, o presidente do Conselho de Administração da Abimaq/Sindimaq, Carlos Pastoriza, fala sobre os eventos, ressalta a importância da participação dos fabricantes de máquinas estrangeiras e destaca o potencial do transformador nordestino 6 > Plástico Nordeste >

R

ecentemente, a ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos anunciou a realização de três exposições próprias, sendo uma destinada ao plástico, a partir do próximo ano. A apresentação dos projetos de realização da FEIMEC – Feira Internacional de Máquinas e Equipamentos, EXPOMAFE– Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Automação Industrial e PLÁSTICO BRASIL – Feira Internacional do Plástico e da Borracha foi feita em um grande evento dia 9 de abril na sede da ABIMAQ, para plateia de cerca de 400 expositores. “Estamos deixando de ser clientes para sermos organizadores, com total controle para traçar estratégias em defesa dos setores”, disse na ocasião José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ. Segundo ele, ter a feira nas mãos não é apenas realizar um evento de negócios. “Queremos o setor em evidência, com relevância política.” O local escolhido é o São Paulo Expo – Exhibition&Convention Center, cujo projeto prevê pavilhão totalmente novo com 90 mil metros quadrados, ambiente climatizado, garagem para 5.000 veículos (4.500 vagas cobertas) e localização próxima ao aeroporto de Congonhas, Metrô, rodovia dos Imigrantes e Rodoanel. O São Paulo Expo recebe investimentos da ordem de R$ 300 milhões. Já na apresentação na ABIMAQ, grandes empresas do setor como Romi e Pavan Zanetti confirmaram presença, o que indica o potencial das novas exposições. A parceira para a realização dos eventos é a BTS Informa e o anúncio oficial aconteceu em 14 de maio. Em entrevista especial às publicações da Conceitual Brasil, o presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ/SINDIMAQ, Carlos Pastoriza fala sobre as feiras que prometem modificar o cenário de exposições do setor.

Revista Plástico Nordeste - Fale brevemente sobre as três feiras para a indústria que a ABIMAQ realizará a partir de 2016, por favor. Carlos Pastoriza - Os setores metal mecânico, de máquinas-ferramenta e da cadeia do plástico, entre outros, estarão representados nos três eventos mais importantes da área: FEIMEC – Feira Internacional de Máquinas e

Equipamentos; que acontecerá de 2 a 6 de maio de 2016; Plástico Brasil - Feira Internacional do Plástico e da Borracha, de 20 e 24 de março de 2017 e; Expomafe – Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Automação Industrial, que será realizada no período de 8 e 12 de maio de 2017. Será o ponto de encontro de importantes players do mercado para geração de negócios, troca de informações e lançamentos de novos produtos e soluções. Além disso, os conhecimentos compartilhados durante as feiras deverão ainda expor tendências dentro de todos os segmentos representados.

Plástico Nordeste - A ABIMAQ diz que era um sonho antigo realizar eventos próprios. O Brasil vive um momento de baixa econômica e instabilidade política. Este cenário impulsionou a concretização, como uma esperança de retomada? Como ABIMAQ conseguiu apoiadores justo neste momento? (que já vem se prolongando há tempo) Carlos Pastoriza - Na verdade, a demanda surgiu dos próprios apoiadores que não se sentiam representados e por isso buscam um novo caminho representativo para terem as suas ideias compartilhadas, seus produtos e serviços expostos e, mais que isso, terem voz em um mercado que tem profunda participação econômica e social na produção industrial nacional e na geração de emprego e renda. Plástico Nordeste - As novas feiras atenderão segmentos que já são atendidos por outras exposições reconhecidas no mercado. Ao mesmo tempo, importantes players das máquinas para plástico já manifestaram apoio. Quais serão as vantagens para os expositores e transformadores diante de feiras realizadas pela ABIMAQ? Carlos Pastoriza - As vantagens são inúmeras. Em primeiro lugar, ter a ABIMAQ como organizadora significa contar com a força de uma das mais tradicionais entidades do país e, consequentemente, com melhores condições de financiamento, alianças estratégicas com órgãos governamentais e institucionais e ações em conjunto com o projeto Apex. Além disso, proporcionalmente falando, os investimentos exigidos para a participação das


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novas feiras da entidade podem ser considerados menores, pois as dependências do Centro de Exposições São Paulo Expo são melhores, não exigindo, por exemplo, instalações especiais para ar-condicionado e iluminação, como no Anhembi. A GL Events Brasil, que tem a concessão do São Paulo Expo, anuncia investimentos da ordem de R$ 300 milhões para a modernização e ampliação do espaço de exposições, que devem estar encerradas no primeiro trimestre de 2016, incluindo as obras para facilitar o acesso ao local de exposições.

profissionais serão trabalhados e convidados a visitar a feira.

Plástico Nordeste - Fale especificamente da Plástico Brasil, por favor. A feira será exclusiva de máquinas ou contemplará outros fornecedores da cadeia? Carlos Pastoriza - A exposição, que acontecerá de 20 a 24 de março de 2017, é a plataforma oficial de negócios, networking e lançamentos, em que o visitante encontrará toda a cadeia da indústria do plástico. O evento promove o desenvolvimento tecnológico e econômico e torna-se uma ferramenta de transformação de mercado. Com diversas iniciativas, proporciona ao mercado canais de comunicação entre todas as pontas da cadeia para que negócios sejam gerados antes, durante e depois da feira.

Plástico Nordeste - Qual a expectativa de expositores e de público para a Plástico Brasil? Carlos Pastoriza - Por se tratar da feira oficial da indústria do plástico nacional, o evento contará com a participação de expositores que contemplam toda a cadeia produtiva do segmento, o que inclui instrumentação, controle e automação de máquinas e acessórios, setor de moldes e ferramentas, produtos básicos e matérias-primas e muitos outros. Ao trazer expositores desse calibre, a feira atingirá um público altamente qualificado, com poder de decisão de compras em suas empresas, transformando o evento em uma oportunidade real de negócios para todos os envolvidos.

Plástico Nordeste - A FEIPLASTIC é realizada pela ABIPLAST, que reúne os transformadores, potenciais clientes e visitantes da Plástico Brasil. Como a ABIMAQ vê isso? Carlos Pastoriza - As feiras contarão com entidades setoriais que representam seus interesses, demandas e necessidades. Esses

Plástico Nordeste - Entre as insatisfações dos fornecedores da indústria plástica em relação à maior feira atual do segmento no Brasil, estão o investimento necessário para expor, valor do estande e também de energia, além da logística. Fatores que impactam, sobretudo, os expositores de máquinas. As feiras da ABIMAQ terão preços mais acessíveis? A ABIMAQ tem este compromisso com seus associados? Carlos Pastoriza - Não é apenas uma questão de preços acessíveis, mas sim de uma margem de negociação que visa o contentamento do expositor, melhor estrutura funcional e de suporte, além de economia de investimentos com infraestrutura de montagem dos espaços que levará a uma significativa redução de custos. Plástico Nordeste - As máquinas e insumos estrangeiros fazem parte da indústria

brasileira. Sendo a ABIMAQ a realizadora, será permitida – e mesmo buscada - a exposição de empresas estrangeiras? Qual a avaliação da ABIMAQ em relação a isso? Carlos Pastoriza - Sim, o intuito das feiras é justamente que se consolidem como pontos de encontro das empresas nacionais e internacionais com o objetivo de desenvolverem alianças estratégicas e estreitarem relações comerciais.

Plástico Nordeste - Fale sobre a importância da participação dos transformadores nordestinos na Plástico Brasil, por favor. Carlos Pastoriza - O Nordeste é um polo econômico de desenvolvimento e tem representatividade no setor de Plástico no país não só por constantemente lançar novidades ao mercado, mas também como um gerador de emprego e renda na região e no setor. A região nos últimos anos vem sistematicamente recebendo investimentos e instalação de novas fábricas do ramo plástico. PNE

SAIBA MAIS

A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos foi fundada em 1975 com o objetivo de atuar em favor do fortalecimento da Indústria Nacional, mobilizando o setor, realizando ações junto às instâncias políticas e econômicas, estimulando o comércio e a cooperação internacionais e contribuindo para aprimorar seu desempenho em termos de tecnologia, capacitação de recursos humanos e modernização gerencial. Estruturada nacionalmente com escritórios e sedes regionais distribuídos pelo País, a ABIMAQ representa atualmente cerca de 7.500 empresas dos mais diferentes segmentos fabricantes de bens de capital mecânicos, cujo desempenho tem impacto direto sobre os demais setores produtivos nacionais. Muito além da representação institucional do setor, a ABIMAQ tem a sua gestão profissionalizada e as suas atividades voltadas para a geração de oportunidades comerciais para as suas associadas, agindo como Agência de Desenvolvimento da Indústria Brasileira de Máquinas e Equipamentos. Parte do Informa Group, provedor mundial de informação especializada e serviços para comunidades acadêmica e científica, profissional e empresarial, a BTS Informa ocupa a segunda posição no ranking das maiores promotoras de feiras de negócios no Brasil, e é a principal promotora de eventos para a cadeia produtiva de alimentos e bebidas da América Latina. Detentora de um portfólio diversificado, atua nos mais variados setores da economia, com marcas que são referência em seus mercados de atuação. < Plástico < Plástico Nordeste Nordeste < 7< 7


ESPECIAL Pernambuco

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Em

o ã i n u a d a busc

Pernambuco é destaque na região nordeste quando o assunto é Polo Plástico. Com um amplo leque de processos de transformação e a presença de um forte sindicato que busca o fortalecimento da cadeia produtiva, o estado conta com dirigentes que estão atentos à necessidade de união entre governo, entidades e empresários. 8 > Plástico Nordeste >


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Dirigentes do Sindiverde, Simpepe e Sinplast -AL juntos na FEIPLASTIC 2015

nos atendendo”.

Capacitação

N

o setor plástico, Pernambuco se destaca na Região Nordeste como um dos estados com maior número de empresas e postos de trabalho; são 280 empresas e 9.737 empregados de acordo com os dados mais atuais da ABIPLAST- Associação Brasileira da Indústria do Plástico, disponíveis em seu Perfil 2014. O estado conta ainda com o Porto de Suape e suas riquezas e também a presença da M&G, uma das principais fornecedoras de PET, resina fundamental para a indústria de embalagens. No ranking nacional de empresas da ABIPLAST, Pernambuco aparece em oitavo lugar e no ranking de empregos, no nono. Em ambos os casos, ocupa o segundo posto na Região Nordeste, atrás apenas da Bahia. Conforme o Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de Pernambuco (SIMPEPE), atualmente são 78 associados contemplando empresas de todos os portes, de grandes a micro e pequenas. “O sindicato tem todos os processos de transformação vinculados a ele. Temos o PET, inclusive Pernambuco possui a maior fábrica de PET do mundo, a M&G. Temos também a parte de extrusão, de rígidos, temos a Tigre e a Amanco”, cita o presidente da entidade, Walter Câmara.

Integração

Para conquistar o fortalecimento da cadeia produtiva é preciso um engajamento entre todos os elos que a compõem. De nada adianta ter um sindicato pró-ativo se

não há força de vontade do poder público e de instituições de capacitação, por exemplo. Sabedores disso, os dirigentes do Simpepe buscam cada vez mais a união entre todos os participantes do processo de transformação e daqueles que possam contribuir de alguma forma com o aprimoramento do setor. “Ainda não temos união como estado, estamos fazendo este trabalho, é uma missão nossa. Estamos buscando junto com a Federação das Indústrias e com o Governo para que ele visualize o nosso potencial”, revela Câmara. Outra ação que busca a união do estado em prol do plástico é a descentralização do sindicato através de uma interiorização. “O Nordeste hoje precisa exatamente juntar as forças para alavancar. O empresário nordestino ainda não tem uma visão de associativismo, tem ainda o conceito de feudo, cada um no seu”, explica Câmara. Outra grande parceria que está sendo realizada é em busca da capacitação de mão de obra. Para isso, o Sindicato está fazendo uma comparação com o Senai de Alagoas. “Estamos fazendo a segunda turma no interior, em Caruaru, onde vamos contemplar empresas desta região. São ações que o sindicato vai fazendo dentro do que a gente detecta e esperando os empresários se pronunciarem”, afirma. Câmara cita o exemplo de Alagoas, que através de parcerias importantes faz o setor plástico do estado se desenvolver a passos largos. “Nós somos humildes em buscar cases de sucesso e aprender com quem já fez. Como fomos à Alagoas e eles prontamente estão

Conforme Informativo da Federação da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Jornal da Indústria), a turma formada por 38 trabalhadores, de seis indústrias de plástico de Pernambuco, recebeu, em março, certificado do curso de Operador de máquina de injeção e extrusão, que aconteceu pela primeira vez no Estado, graças a uma parceria do Sindicato da Indústria do Material Plástico do Estado de Pernambuco (Simpepe) e o SENAI/AL. “A realização do curso representa avanço para o setor de plásticos e atende demanda dos empresários que não contam com mão-de-obra qualificada para o chão de fábrica”, afirmou o presidente do Simpepe, Walter Câmara para o Jornal da Indústria. Ministrada durante três meses, a capacitação teve carga horária de 160 horas de aulas teóricas e práticas, que aconteceram na Escola Técnica do SENAI, em Santo Amaro e nas próprias empresas participantes. As visitas técnicas possibilitaram o conhecimento de processos em cada indústria. “Levamos o dia-a-dia da fábrica para sala de aula, trocamos experiências e enriquecemos o conhecimento dos alunos com a parte teórica”, explicou o instrutor do SENAI/AL, Willman do Prado.

NORDESTEPLAST

As embalagens já ocupam um grande espaço na indústria plástica e em tempos de crise e retração do consumidor têm mais chance de se descolar do mau cenário. Isso porquê são aplicadas em praticamente todos os produtos, inclusive àqueles de uso constante, como alimentos e higiene. No Nordeste, já é consagrada a feira Embala Nordeste, que em 2015 completa 10 anos. Segundo a organização da feira, a história da Embala Nordeste está associada ao crescimento econômico do Norte de Nordeste do País, tratando-se de um evento pioneiro, de abrangência na- >>>> < Plástico Nordeste < 9


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ESPECIAL Pernambuco

cional na região, que abriu caminho para a chegada de outras feiras de destaque ao mercado local. Em paralelo à Embala Nordeste, acontecem exposições específicas como a NordestePlast, Alimentécnica, NordesteLog, entre outras. A NordestePlast passa por mudanças importantes que devem fazer seu sucesso crescer. Na recente FEIPLASTIC 2015, os presidentes do SIMPEPE E SINPLAST-AL , Walter Câmara e Gilvan Leite, em entrevista especial à Revista Plástico Nordeste falaram sobre a transformação da exposição em intinerante, a partir de agora cada edição deve acontecer em um esta-

do nordestino a cada dois anos. “A ideia é a feira contemplar a região Nordeste, para que a gente tenha uma feira para a região, para que todos os empresários da região participem dela, expondo seus produtos e visitando fabricantes de máquinas e matéria-prima que estarão lá. A nossa idéia é ter uma feira com o porte que o Nordeste tem e precisa ter”, diz Câmara. Ele afirma que a NordestePlast está na região que tem mais potencial de crescimento no Brasil, mas que importa muita coisa de outros estados e tem capacidade de iniciar a produção desses itens. “Para isso, os empresários têm que começar a ter consciência e

SUAPE - Trabalhadores das indústrias de plástico do Complexo recebem capacitação

O Complexo Industrial Portuário de Suape e as indústrias de preforma PET realizaram, no período de 22 a 24 de abril, a capacitação de 20 profissionais do setor para o manuseio de secadores de resina e chillers industriais. Com carga horária total de 24 horas, o curso foi sediado no Centro de Treinamento de Suape. Para a realização da capacitação, a empresa Piovan, líder mundial no fornecimento de serviços e equipamentos auxiliares para a indústria de plástico, disponibilizou parte do corpo técnico e todo o material didático aos participantes. Esta é a segunda vez que a administração do Complexo organiza a capacitação para os trabalhadores das empresas da cadeia de preforma PET. Em novembro do ano passado, houve o primeiro ciclo de formação com 24 trabalhadores treinados na operação e manutenção dos equipamentos. Na ocasião, a empresa canadense Husky foi a responsável pelo treinamento e fornecimento do equipamento utilizado durante as aulas. O Complexo de Suape abriga oito empresas de preforma PET e plástico. As empresas Amcor, Braslpla, Cristal PET, Emplal, FromPET, Maxpet, Plastamp e Plastpak representam, juntas, um investimento aproximado de R$ 500 milhões e geram cerca de 950 empregos diretos. 1010 > Plástico > Plástico Nordeste Nordeste > >

Inédito no Estado, o curso formou 38 trabalhadores de seis indústrias de plástico de Pernambuco

conhecer mais a região, ver a região, o potencial. Porque no nordeste nós temos mão de obra, matéria-prima, temos tudo. O que falta é o pessoal se desvincular um pouco das grandes regiões e tentar olhar o Nordeste com outros olhos, olhando o mercado que temos. É um mercado muito grande ainda a ser desenvolvido”, afirma. Nesse caminho, como já dito, a ideia é transformar a NordestePlast em uma feira regional, da Região Nordeste. Para isso, diz o dirigente, é preciso o apoio de todos os estados. “Hoje, Bahia está nos apoiando, Alagoas, Rio Grande do Norte. Estamos buscando o Ceará, a Paraíba. Então, onde tem sindicato das empresas buscamos formar esta parceria. Hoje esta feira está em Pernambuco, mas não necessariamente tem que ser em Pernambuco”, comenta.

Planos

A escolha dos estados deve-se dar por sorteio, atendendo a critérios de infraestrutra, mas nada está definido ainda. “O Sindicato de Pernambuco abre a ideia para que os demais ajudem a pensar a feira. Nos ajudem primeiro a fazer esta feira, uma feira que seja representativa para a região, que todos os estados participem realmente desta edição, e quanto à futura edição a gente discute no momento, na hora certa”, afirma. “Para isso, temos que analisar se o estado está apto, se o mercado comporta. Enquanto isso, fica em Pernambuco, que está no centro e tem estrutura, estamos a aproximadamente 850 km de Salvador e 850 km de Fortaleza. Temos um bom centro de convenções, bom aeroporto, cadeia de hotéis. Pernambuco comporta este tipo de evento. Agora, um estado que possa receber, estiver preparado, dando a mesma estrutura, por quê não”, questiona. Ele lembra o apoio e participação de Alagoas e espera o mesmo dos demais estados da região. “Há muito tempo que Alagoas participa, dá este apoio. Então precisamos que os outros estados tenham este entendimento. A ideia é ter uma feira de potencial. A ideia é desvincular um pouco do nome da Embala, fazer uma feira específica do plástico”, lembra.


O presidente de Sinplast-AL, Gilvan Leite, apoia a ideia da regionalização. “Hoje Pernambuco tem mais estrutura, mas a regionalização será boa para Pernambuco, para Alagoas, para o Nordeste como um todo”, afirma.

Investimento automotivo

Um dos investimentos mais esperados e visados para novos negócios em Pernambuco foi inaugurado no final de abril, a fábrica da Jeep, pertencente ao grupo Fiat Chrysler. O Polo Automotivo instalado no município de Goiana, na Zona da Mata Norte, marca um novo momento para a economia do Estado e o Complexo Industrial Portuário de Suape. Foi pelo porto que chegaram as prensas da planta industrial, em setembro de 2013 e é pelo Pátio de Veículos de Suape que serão embarcados os modelos SUV Renegade, fabricados exclusivamente em Goiana. Até o final do ano, a Jeep deve gerar nove mil empregos diretos e indiretos na região, com um investimento total de R$ 7 bilhões. A capacidade de produção é de 250 mil carros

por ano, pico que só deve ser atingido no meio do ano que vem. A solenidade teve a presença da presidente da República, Dilma Rousseff, do governador do Estado, Paulo Câmara, e do secretário de Desenvolvimento Econômico e presidente de Suape, Thiago Norões, acompanhado da diretoria executiva da administração do Complexo. A fábrica de automóveis terá um parque de fornecedores integrado com 16 empresas, que vai gerar mais emprego e renda para os pernambucanos. Até 2020, o Polo Automotivo responderá por 6,5% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual e injetará R$ 2,1 bilhões na economia do Estado, a partir da geração de 47,5 mil postos de trabalho diretos e indiretos.

Custos de energia elétrica

No dia 22 de maio, foi realizada mais uma ação do Programa de Desenvolvimento Associativo – PDA, da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), desta vez voltado a empresários do setor industrial e profissionais responsáveis pela

infraestrutura das indústrias. O tema do encontro, dos mais oportunos e preocupantes atualmente, energia elétrica. “Como reduzir sua tarifa de energia elétrica?”. Foi com essa questão que o palestrante da CNI, Sergio Kinya Fugimoto, contextualizou sua apresentação. Especialista em energias renováveis e eficiência energética, regulação de serviços públicos, automação industrial e sistemas de potência, ele trouxe a experiência adquirida em trabalhos em empresas privadas e em agências reguladoras para a palestra, que teve como objetivos disseminar informações sobre a composição da conta de energia elétrica das empresas industriais e sobre como o seu custo prejudica a competitividade da Indústria. Durante o PDA foi incentivada a atuação coletiva, por meio dos sindicatos, para influenciar os processos de reajuste e de revisão das tarifas de energia elétrica, assim como para defender tarifas mais favoráveis à competitividade da Indústria. Um seminário com o mesmo tema está marcado para 16 de junho na FIEPE. PNE

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DESTAQUE Sopradoras

Em comparação a outros processos de transformação do plástico, o sopro ou extrusão sopro ocupa um espaço menor, 8,1%, segundo a ABIPLAST – Associação Brasileira da Indústria do Plástico. Ao mesmo tempo, a técnica está ligada à produção de itens de grande consumo como garrafas, garrafaões, frascos para alimentos, cosméticos e limpeza e bombonas plásticas. Embalagens para produtos tidos como mais resistentes à crise e mesmo imunes, como os cosméticos. Confira a avaliação e as novidades de dois importantes fornecedores deste mercado. 12 > Plástico Nordeste >

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Mercado e novidades

A

Pavan Zanetti tem uma extensa lista de modelos de sopradoras fabricadas no país que atende embalagens de 5 ml até grandes volumes e maquinas para PET até 2 litros. As máquinas com destaque na Região Nordeste são as destinadas a produtos de higiene e limpeza, alimentos e cosméticos, como a série Bimatic com seus modelos de simples e dupla estação de sopro, com capacidade de atender a volumes até 5 litros. Na área de PET, os modelos da Serie Petmatic Sistema 4000 e Sistema 5000 são os mais utilizados para frascos até 2 litros. A Região se destacou no balanço do ano, segundo o diretor Newton Zanetti. “O ano de 2014 foi considerado bom principalmente na Região Nordeste, com o Sudeste também se destacando”, diz. Mas ressalva “Porém, houve a partir do início do ano uma retração de mercado devido à baixa confiança do empresariado do setor plástico em investir de modo que o mercado parou de crescer”. Ele afirma que a grande preocupação do

transformador ainda é o custo de produção, que foi fortemente abalado com o aumento do preço das resinas e da energia elétrica, de modo que a principal demanda são máquinas e processos mais produtivos e menos custosos. “O que fazemos e isso já há alguns anos é oferecer máquinas que atendam total ou parcialmente essa necessidade. Na FEIPLASTIC, expusemos uma sopradora de alta produção até 5 litros com maior quantidade de elementos elétricos, que reduziu o consumo do produto em exibição em 6,5%. Foi a sopradora BMT5.6D/HY versão Hibrida, um sucesso na apresentação de seu desempenho”. Para a área de sopro, a Romi possui 04 linhas de sopradoras. A linha C é composta por sopradoras de extrusão contínua disponíveis nos modelos C 5TS, com mesa simples para soprar frascos duplos de até 5 litros com força de fechamento de 14 ton e rebarbação de alça, a C 5TD equipada com mesa dupla para frascos duplos de até 5 litros em cada mesa e a C 8TD equipada com mesa dupla para moldes sêxtu-


plos com entre centro de 100 mm. “Esta linha possui controle proporcional em todos os movimentos hidráulicos gerando maior precisão e repetibilidade ao processo de sopro. Seu moderno comando CM10 permite programar até 512 pontos no perfil de parison, garantindo uma perfeita distribuição de material, e controla até 21 zonas de aquecimento no cabeçote”, explica William dos Reis, diretor da unidade de negócios de máquinas para plásticos. O motor com inversor de frequência é acoplado diretamente à extrusora aumentando seu desempenho e eficiência energética. Esta linha se destaca pela produtividade e baixo consumo de energia A sopradora P 5L com extrusão contínua foi desenvolvida para soprar frascos de até 5 litros sem rebarbação da alça, equipada com o comando CM10 que proporciona melhor interatividade e possibilita até 512 pontos no programador de parison. Sua extrusora possui motor elétrico acoplado diretamente ao redutor proporcionando melhor rendimento, além de dispor de um controle individual de temperatura para torpedo e

trefila que permite melhor controle, produtividade e baixo consumo energético A linha MX é composta por sopradoras por acumulação para peças com volumes de 10 a 100 litros, equipadas com cabeçotes com sistema FIFO, que oferece troca de cores mais rápidas, e com o comando CM10 que permite 512 pontos de programação de parison proporcionando maior precisão e controle do peso das peças sopradas. “A linha MX possui um conjunto de moldagem com área maior de molde e elevada força de fechamento. Sua extrusora possui motor com inversor de frequência diretamente acoplado aumentando o desempenho e a eficiência energética”, diz Reis. A sopradora PET 230 produz frascos duplos de até 3 litros em PET, totalmente automática e equipada com sistema de alimentação e silo de pré-formas adequados para as normas de envase de bebidas. Na Região Nordeste, as sopradoras C 5TS e MX 20 têm se destacado, segundo Reis, devido à sua versatilidade atendendo uma ampla gama de aplicações no mercado de sopro produzindo peças com precisão e excelente distri-

buição de material, aliado ao baixo consumo de energia e alta produtividade. “Os transformadores de embalagens sopradas têm buscado aumentar sua competitividade aplicando mais produtividade ao processo e reduzindo os custos com energia elétrica e consumo de matéria-prima. Neste aspecto, a Romi está continuamente inovando e buscando novas tecnologias para incrementar maior desempenho, produtividade e redução do consumo de energia em nossos equipamentos, visando elevar ainda mais a competitividade dos transformadores de plásticos de sopro e injeção”. Neste ano, a Romi investiu em um moderno sistema verticalizado para armazenagem e movimentação de peças com robôs transelevadores, conhecido como Miniload. Este sistema permitiu centralizar e otimizar o estoque de peças aumentando a velocidade na movimentação de materiais, o que tornou a produção de máquinas mais eficiente, enxuta e flexível, proporcionando vantagem competitiva na cadeia produtiva das máquinas para plásticos Romi. >>>>

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DESTAQUE Sopradoras

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Crise x mercado M

Consumo

Além do cafezinho, refrigerante em cápsulas A fabricante de eletrodomésticos Whirlpool e a de bebidas Ambev anunciaram em maio o início da joint venture B.blend Máquinas e Bebidas S.A, que tem o objetivo de produzir e vender bebidas não-alcoólicas em cápsulas para a máquina Brastemp B.blend. A máquina, que custa R$ 3.499, começou a ser vendida em 19 de maio nas cidades de São Paulo, Campinas e região. O primeiro produto da Ambev a ser produzido em cápsulas será o Guaraná Antarctica. De acordo com a empresa, as cápsulas do refrigerante estarão disponíveis para venda ainda este ano por meio do site da B.blend. A máquina B.blend transforma cápsulas em bebidas quentes, geladas, com ou sem gás. É possível produzir 10 tipos de bebidas em mais de 20 sabores diferentes. A máquina produizirá café, chocolates, chás, coquetéis, sucos, ice teas, nectars, frapê, refrigerantes e energéticos, além de purificar água. A tecnologia identifica automaticamente a bebida e a prepara para o consumo. O consumidor só precisa escolher a cápsula e apertar o botão. As cápsulas custarão entre R$ 1,49 e R$ 4,49. Disponível nas cores graphite (grafite), pepper (vermelha) e berry (roxa), a máquina será comercializada, inicialmente, por meio do site www.bblend.com.br, para entrega na cidade de São Paulo, Campinas e região. A B.blend foi apresentada ao mercado em agosto de 2014 pela Brastemp. Segundo a Ambev, o produto oferecerá inovação contínua, pois permitirá o desenvolvimento de novos sabores, a customização de bebidas de acordo com as preferências regionais e, futuramente, contará com a influência dos próprios consumidores. (fonte G1) 1414 > Plástico > Plástico Nordeste Nordeste > >

esmo sendo base para produtos de grande consumo por todas as camadas da população, o sopro não ficou imune à crise. “Como em todos os setores, a crise sendo de confiança e originada da má administração dos recursos públicos, afeta diretamente principalmente os investimentos, que inclusive acabam indo na contra-mão da necessidade de redução de custos do transformador, pois para reduzir seus custos tem que investir antes”, analisa Zanetti. Ele diz acreditar que poucos setores hoje não estão seriamente preocupados com o andamento e duração dessa crise, que “com a redução de vendas traz junto o fantasma do desemprego, que por sua vez alimenta mais ainda a crise. Esperamos que não dure tanto e que o governo realmente se empenhe na redução de seus gastos, controle a inflação e estímulo ao investimento”. Reis, da Romi, avalia que a crise econômica e o aumento do desemprego fazem com que a venda de produtos no varejo diminua, consequentemente, reduzindo a demanda por embalagens sopradas, além do baixo nível de atividade industrial que também reduz a demanda por embalagens sopradas para produtos químicos industriais. “As vendas de máquinas para plásticos no Brasil estão bem modestas neste ano, sendo um reflexo do baixo desempenho econômico do país. As medidas econômicas têm encarecido o crédito e a diminuição do consumo faz com que os empresários sejam muito mais cautelosos com relação a novos investimentos. Porém, mesmo com este cenário de baixo crescimento econômico, há muitas empresas apostando e investindo em competitividade, renovando seu parque fabril com máquinas mais modernas, rápidas e econômicas. Temos participado de diversos projetos com ganhos significativos em economia de energia, aumento de produtividade e aumento da precisão com máquinas Romi, elevando a competitividade dos negócios dos nossos clientes”. Neste ano, a Romi aplicará mais esforços no desenvolvimento do seu mercado de máquinas oferecendo produtos e soluções inovadoras para aumentar a competitividade dos clientes. PNE


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EVENTO Feiplastic 2015

Tecnologia e inovação

S

ucesso em apontar tendência em inovação e geração de negócios para a indústria plástica, neste ano a Feiplastic – Feira Internacional do Plástico, maior feira da indústria de transformados de plástico na América Latina – reuniu 66,351 mil pessoas no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, entre 4 e 8 de maio. Os vistantes/compradores entraram em contato com mais 1400 marcas na feira, organizada pela Reed Exhibitions Alcantara Machado. “A visitação qualificada de tomadores de decisão agradou os participantes. Os compradores encontraram inovação em processos, busca por materiais mais eficientes e quase 200 marcas novas em exposição”, resume o vice-presidente da Reed, Paulo Octavio de Pereira Almeida.

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Presente na feira, o presidente da Abiplast – Associação Brasileira da Indústria do Plástico, José Ricardo Roriz Coelho, acredita que “a Feiplastic é importante como espaço de atualização, networking realização de negócios. Ao reunir todos os elos da cadeia produtiva do plástico, permite que fabricantes de máquinas e equipamentos, fornecedores de matérias-primas e de soluções tecnológicas, instituições financeiras, recicladores e transformadores plásticos interajam, compartilhem conhecimentos e, principalmente, façam negócios. Não por acaso, a Feiplastic é a mais importante feira deste segmento na América Latina e uma das mais importantes do mundo”. Uma das principais indústrias de máquinas para plásticos, máquinas-ferramenta

e usinados fundadas no Brasil, a Romi, chegou ao número de 150 mil máquinas instaladas em todo o mundo, e mostrou na Feiplastic lançamentos como a injetora EN 800, que faz parte da expansão da linha de injetoras EN até 1100 ton. O sistema stop and go da máquina apresenta baixo consumo de energia – menos de 1 Kw/hora – além do baixo nível de ruído. “A Romi obteve um bom resultado na Feiplastic 2015 recebendo uma grande visitação de clientes interessados em máquinas mais modernas, rápidas e com baixo consumo de energia. Os visitantes puderam conhecer e comprovar a alta performance das injetoras e sopradores Romi por meio das nossas quatro exibições nesta feira: EN 800, EL 300, EN 220 e C 5TS”, afirma William dos Reis, diretor da uni-


dade de negócios de máquinas para plásticos. A EN 800 é acionada por dois servo-bombas permitindo simultaneidade de movimentos entre a unidade injetora e fechamento. Devido ao seu moderno sistema “Stop and Go” esta máquina apresenta baixo consumo de energia, maior velocidade nos movimentos e excelente repetibilidade, além do baixo nível de ruído. Esta máquina é equipada com guias lineares e a sua placa móvel movimenta sem contato com os tirantes conservando o ambiente do molde limpo. Outra máquina exposta, a Injetora EL 300 agora com a opção de injeção em alta velocidade, o que permite a produção de peças de parede fina em ciclos rápidos. “Esta injetora tem baixíssimo consumo de energia por ter acionamento elétrico em todos os movimentos (exceto encosto do bico e machos) e alta precisão e repetibilidade, características desta tecnologia”, diz Reis. Em 2014, a empresa havia lançado uma nova sopradora: a C 5TS tem capacidade para soprar frascos duplos com alça de até 5 litros e tem como diferencial o moderno comando CM10 que permite até 512 pontos de programação de parison e controle individual de até 21 zonas de temperatura no cabeçote, que juntos proporcionam maior precisão e controle das peças sopradas. “A C 5TS possui moldagem com grande força de fechamento e permite a montagem de cabeçotes para moldes com maior número de cavidades, aumentando a capacidade produtiva, além de possuir um sistema de rebarbação de série, para um excelente acabamento final. Todos os movimentos são realizados por controle proporcional com hidráulica com acumulação, garantindo repetibilidade ao processo. Esta sopradora tem baixo consumo energético e alta produtividade”, afirma Reis. A Pavan Zanetti expôs, entre outras máquinas, a sopradora Híbrida (com elementos elétricos, hidráulicos e pneumáticos) cuja principal característica foi a redução de elementos hidráulicos e, consequentemente, redução de vazamentos de óleo e redução de energia elétrica empregada. “Esse foi o nos-

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Paolo De Filippis, diretor da Wortex, ao lado de Angelo Milani, diretor comercial da Amut – Wortex

so principal lançamento e novidade para a feira”, comenta o diretor comercial Newton Zanetti. “Essa edição, como era de se esperar, esteve abaixo da média das outras edições. Mesmo assim, esperávamos um público menor em nosso estande, mas a quantidade de visitantes foi boa, em torno de 1.500 visitas. Houve interesses diversos, mas a impressão geral foi a de que o cliente não estava com pressa de fechar negócios, preferindo ver a evolução da situação econômica e dessa forma, houve menos negócios do que o habitual durante a feira”, analisa. Um mês antes da Feiplastic, havia sido anunciada a união das empresas italianas Dolci Bielloni e o Grupo AMUT, ação que fortalecerá ainda mais as duas marcas em extrusão de plásticos no mundo e a feira foi escolhida a ocasião para o início formal das atividades. A decisão representa também uma ação estratégica do grupo, produtor de linhas de produtos rígidos (folhas, chapas, tubos, perfis, termoformagem) de ampliar sua participação no Brasil, junto com a filial AMUT-Wortex, fruto da joint venture iniciada em 2014 com a Wortex. A sinergia aprimora os pontos fortes, como atender os clientes com uma completa linha de máquinas para extrusão de plásticos, termoformagem e reciclagem. A fabricante Dolci Bielloni é reconhecida pela alta tecnologia em máquinas para impressão, corte e bobinamento, linhas de balão e cast para diferentes filmes multicamadas (stretch, silagem, barreira, técnicos, médicos,

fraldas, PP), linhas de laminação e coating. A linha de filmes 2000-mm é inovadora: seis extrusoras garantem a flexibilidade de produção e um design único, capaz de satisfazer as principais tendências no atual mercado de filmes. Um filme mais fino, porém mais forte, para obter um filme stretch super forte. De acordo com a empresa, independente de sua pequena dimensão, as extrusoras são capazes de obter alto volume de produção e garantir excelente economia de energia. A Carnevalli mostrou máquina exclusiva fabricada no Brasil, coextrusora de filme polietileno, que produz um tipo de plástico flexível, próprio para utilização em embalagens de alimentos. “Esse equipamento, o Polaris Plus TX, é o único produto desse porte fabricado no Brasil. Nossos equipamentos são reconhecidos no mercado como os melhores na relação custo de kg/hora e consumo x produtividade”, explicou Antonio Carnevalli Neto, diretor da empresa. A Braskem apresentou ideias em tecnologia social com o projeto Braskem Labs, que incentiva novos projetos que utilizem resinas plásticas em sua formulação. Além disso, escolheu a Feiplastic para lançar a Plataforma de Valorização de Resíduos Plásticos – programa que fomenta negócios e iniciativas envolvendo a reciclagem do plástico – e a Braskem Proxess, nova família de polietilenos de alta performance, a partir de tecnologias de catalisadores metalocênicos, entre outros destaques. >>>> < Plástico Nordeste < 17


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EVENTO Feiplastic 2015 A Pavan Zanetti expôs na feira, entre outras máquinas, uma sopradora híbrida

quina produzida no país com esta tecnologia, que oferece alta qualidade e produtividade igual ou superior a equipamentos fabricados na Europa”, afirma Fábio do Valle Sverzut, gerente de engenharia.

Reciclagem e compostagem in loco

Rodadas movimentam mais de R$ 40 milhões

Além do encontro com expositores pelos corredores do Anhembi, a organizadora da feira promoveu rodadas de negócio entre visitantes convidados e expositores. O Premium Club Plus reuniu 40 compradores, teve 72 reuniões. Acontecendo também na Feiplastic, as reuniões do programa Think Plastic Brazil receberam 62 empresas nacionais com compradores estrangeiros. Somadas, ambas as iniciativas devem movimentar mais de R$ 40 milhões.

Negócios efetivos na feira

A expositora italiana Moretto assinou três projetos durante a feira, para setores de linha branca e automotivo. “Estávamos no lugar certo, na hora certa. Nos cinco dias de Feiplastic, recebemos uma média de 180 visitantes/dia, o que representa muitos contatos efetivados e que podem gerar novos negócios”, comemorou o diretor comercial Alexandre Nalini. “Essa edição foi excelente – avaliou Adão Braga Pinto, gerente comercial da Seibt- 60% dos negócios fechados na feira foram gerados a partir de contatos feitos aqui. Estávamos menos otimistas em função do cenário econômico atual, mas as vendas superaram, de longe, nossas estimativas”. A Alfainjet fechou 10 negócios no pavilhão, três deles com clientes novos. “No geral fizemos bons contatos e é uma feira que vale a pena participar, pois além 18 > Plástico Nordeste >

de pagar o investimento, temos um retorno positivo com os negócios fechados. Provavelmente voltaremos em 2017”, disse o diretor comercial Fernando da Silva. Na avaliação de Christoph D. Rieker, gerente geral da Sumitomo/Demag, a Feiplastic trouxe visitantes qualificados e desta forma ele acredita que é possível concretizar negócios logo. “Finalizamos a venda de três equipamentos durante a feira”. Indústria química global, a DuPont fez de sua presença na Feiplastic ferramenta para aumentar negócios, e chamou clientes para The Global Collaboratory, centro de pesquisas e desenvolvimento localizado em Paulínia (SP), e que oferece laboratórios, equipes de design e testes em protótipos da empresa.

Soluções para todo o setor

Além disso, o Brasil se firmou como produtor de máquinas e equipamentos de tecnologia equiparável às melhores do mundo. Isso demonstra que, independente do cenário econômico, o evento é essencial para o mercado. A HGR trouxe para a feira o primeiro anel de ar da América Latina produzido no Brasil. Ricardo Rodrigues, diretor comercial, explicou que “os equipamentos possuem tecnologia superior aos produtos da Alemanha e Itália, que atendiam o mercado nacional até então. É alta tecnologia brasileira”. Fabricada no Brasil, termoformadora da Hece é tão competitiva quanto simililares da Alemanha. “É a primeira má-

Em parceria com expositores e com organização da Plastivida, a Operação Reciclar voltou à Feiplastic e ao Anhembi. Mais de 10 toneladas de material plástico de 27 empresas foram coletadas para reciclagem. O material reciclado é destinado a instituições do terceiro setor, com objetivo de gerar renda. Já o projeto Resíduo Zero produziu mais de 1,5 tonelada de fertilizante, utilizando resíduos orgânicos gerados dentro da feira, como restos de alimento. O material é destinado a hortas urbanas e parques da cidade de São Paulo.

MECÂNICA, FEIMAFE e FEIPLASTIC já têm datas garantidas

A Reed Exhibitions Alcantara Machado já incluiu em seu calendário oficial as próximas edições de três das mais tradicionais feiras do seu portfólio. Em 2016, de 17 a 21 de maio, acontece a 31ª Feira Internacional da Mecânica. Com mais de 50 anos de existência, é considerada berço de todas as feiras industriais organizadas até hoje no país, reunindo segmentos como automação, robótica, motores, válvulas, prensas, bombas, soldas, ferramentas, entre outros. Em 2017, de 22 a 26 de maio, acontece mais uma edição da Feiplastic - Feira Internacional do Plástico, maior evento da indústria de transformados plásticos na América Latina, concentrando máquinas, insumos, e acessórios para toda sua cadeia. Em seguida, de 5 a 10 de junho, é organizada a 16ª Feimafe - Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Processos Integrados de Manufatura, uma das feiras mais esperadas pelo setor metalúrgico e de bens de capital em todo o hemisfério Sul. >>>>


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EVENTO Feiplastic 2015

Sistema Fiea e Sinplast participam da Feiplastic Estado de Pernambuco. O SIMPEPE também promoveu a realização da NORDESTEPLAST 2015 - Feira de Produtos Plásticos, Tecnologia, Máquinas e Equipamentos, que será realizada de 4 a 7 de agosto de 2015, no Centro de Convenções de Pernambuco, com organização da Greenfield Business Promotion. A Nordesteplast acontece simultâneamente à décima Edição da EMBALA NORDESTE, a maior feira deste segmento, realizada na Região Nordeste e conta com a participação de grandes expositores nos segmentos de máquinas, matérias-primas, produtos, Embalagens e Reciclagem.

Governadores de Alagoas e Bahia vão à FEIPLASTIC

Em visita organizada pela Braskem, os governadores de Alagoas e Bahia estiveram na Feiplastic 2015, no segundo dia do evento (5). Em sua passagem pelo Pavilhão de Exposições do Anhembi, Rui Costa, governador do Estado da Bahia, assinou acordo setorial com a Braskem, iniciativa que deve beneficiar a cadeia do plástico em seu estado. “Para a Bahia, a indústria plástica é um setor estruturante, que cria empregos diretos e indiretos. Confesso que é a primeira vez que visito um evento deste porte, mesmo tendo trabalhado no chão de fábrica da indústria de resinas. A Feiplastic surpreende, tanto no segmento de transformados como em novos produtos”. Durante a assinatura, Costa frisou que

provoca as empresas privadas para que invistam em fundos de pesquisa das universidades públicas do estado baiano. “A cada um real investido pela iniciativa privada, o governo da Bahia vai investir outro”. O acordo prevê uma aliança público-privada para incentivar atividades industriais do setor de resinas plásticas. A agenda deverá ter metas, prazos, responsáveis e fontes de financiamento. O setor representa, junto com o segmento de borrachas, 4,9% do PIB da indústria de transformação baiana e emprega cerca de 11 mil pessoas. Durante sua visita, o governador alagoano, Renan Filho, fez uma avaliação da importância da indústria plástica para Alagoas. "Esse setor é muito importante para nosso estado e dinamiza a região metropolitana de Maceió. Estar na Feiplastic e interagir com as empresas participantes da feira é, sem dúvida, uma forma de proporcionar novos negócios e fortalecer a cadeia do plástico em Alagoas". Em 2012, o estado alagoano recebeu uma fábrica de PVC da empresa anfitriã, no maior investimento da história da empresa à época - R$ 1,1 bilhão Falando diretamente à Revista Plástico Nordeste, ele avaliou o evento. “Achei a feira muito interessante. É um segmento importante para todo o país. Alagoas tem uma cadeia importante na química e no plástico, viemos encontrar potenciais investidores, divulgar nosso estado, fortalecer parcerias”, afirmou. PNE

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O

Sindicato das Indústrias de Plásticos e Tintas do Estado de Alagoas (Sinplast) marcou presença, pelo segundo ano consecutivo, na Feiplastic. A comitiva alagoana, formada pelos representantes do Sinplast, Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Associação das Empresas do Polo Multissetorial Governador Luiz Cavalcante (Adedi) e da Associação das Empresas do Polo Multifabril Industrial José Aprígio Vilela (Assedi-MD), participou ativamente das reuniões com os investidores e apresentou ao público o estande oficial da região, com os principais produtos da industria plástica desenvolvidos no estado. De acordo com o Sinplast, Alagoas é o único estado do País que participa, desde 2007, com estande institucional, fruto da parceria com a Braskem, que conta com fábricas nos polos industriais de Maceió e Marechal Deodoro. Segundo Gilvan Severiano Leite, presidente do Sinplast, a feira é uma oportunidade positiva tanto para o sindicato quanto para os empresários do setor que buscam inovação e competitividade. “Na feira, os participantes puderam assimilar o que há de melhor para a indústria plástica em âmbito internacional. Esse é o principal objetivo que o Sinplast procura estimular nossos associados a implantar mecanismos de inovação para o fortalecimento da base empresarial no Estado”, explicou. Para Luiz Magalhães Leite, tesoureiro do Sinplast, a feira propicia aos empresários a chance de fomentar seus empreendimentos. “Foi apresentado ao público atendimentos e serviços que vão desde os processos de cuidado com a matéria prima até implantação de micro robôs nas empresas, tudo em prol do crescimento do empresário”, afirmou.

SIMPEPE promove investimentos e divulga a NORDESTEPLAST 2015

O SIMPEPE – Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de Pernambuco participou da mais importante feira do setor plástico, realizada na America Latina, recebendo em seu estande seus associados e empresários transformadores de plástico e equipamentos, que têm interesse em investir no 20 > Plástico Nordeste >

A editora Conceitual Brasil, que faz a Revista Plástico Nordeste, recebeu em seu estande na FEIPLASTIC 2015 os presidentes do SINDIVERDE, Marcos Albuquerque, do SIMPEPE, Walter Câmara, e do SINPLAST-AL, Gilvan Leite. Os dirigentes falaram sobre novidades para a NORDESTE PLAST, que a partir de agora assumirá um caráter regional.


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Foco no Verde

Reciclar para viver melhor A reciclagem é uma ação de consciência ambiental e social, mas também uma obrigação por lei, já que desde 2010 o Brasil convive com a existência da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Além da possibilidade de gerar renda e energia, promove a destinação correta aos materiais, não dando chance a proliferação de doenças como a dengue, que atualmente assola o Sudeste. Entre 10 e 12 de junho, Fortaleza sedia a Recicla Nordeste no Centro de Eventos do Ceará, uma oportunidade de atualizar e impulsionar este mercado.

A

Recicla Nordeste- Feira da Indústria da Reciclagem e Transformação é um evento de produtos e serviços voltados para a indústria e comércio de reciclagem e transformação, tendo como objetivo principal potencializar os negócios desta cadeia no Nordeste. A realização é do SINDIVERDE – Sindicato da empresas de reciclagem de resíduos sólidos domésticos e industriais do

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estado do Ceará. A Recicla Nordeste em 2015 apresenta uma inovação, com a exposição de empresas filiadas ao Sindenergia apresentando em seus estandes novas tecnologias voltadas à energia renovável. “A Recicla Nordeste é uma feira do setor industrial de reciclagem e transformação, tendo com principal objetivo trabalhar o desenvolvimento sustentável que representa negócios, preservação ambiental e inclusão social”, comenta o presidente do SINDIVERDE, Marcos Albuquerque. “Esperamos nesta edição um comparecimento de aproximadamente dez mil pessoas, fabricantes de máquinas e equipamentos do estado do Ceará e de outros estados como São Paulo e Santa Catarina, grandes empresas, entidades e órgãos públicos demonstrarão seus trabalhos voltados à sustentabilidade”. Paralelamente à realização da feira, acontecerá seminário Inovação com desenvolvimento sustentável. Temas diversos serão discutidos, como indicadores ambientais para gerenciamento de resíduos sólidos, situação da energia eólica no Brasil, PNRS - logística reversa, modelo da industria sustentável, desoneração tributária do setor de reciclagem, censo do setor de reciclagem de Fortaleza e região metropolitana. Outra novidade é a presença de um grande estande do SEBRAE/CE, orientando as micros e pequenas empresas no gerenciamento e efetivação de seus negócios. “O IEL/FIEC estará presente dando total assistência na preparação das empresas participantes ou visitantes quanto à estrutura organizacional das mesmas. O SENAI montará uma indústria de reciclagem de plástico para demonstrar para a população todo processo de transformação de sucatas plásticas”, destaca Albuquerque. O dirigente faz uma análise do mercado. “Atravessamos o ano de 2014 com muita dificuldade e iniciamos o ano de 2015 prometendo ainda mais aperto em todos os pontos que levam as indústrias ao caminho do retrocesso. A Política Nacional de Resíduos Sólidos ainda não saiu do papel, a energia considerada insumo teve grande aumento, o combustível também aumentou de preço e consequentemente onerou a logística, a carga tributária continua sendo muito elevada”. Ele diz que o setor sobrevive inovando alguns processos de trabalho, capacitando melhor sua mão de obra, mas seu faturamento não permite que as empresas pratiquem nenhum tipo de investimento. “Por esse motivo o setor industrial de reciclagem se desatualiza mecanicamente e eletronicamente a cada ano que passa e a sua produtividade não alcança as níveis desejáveis. Não fora o grande objetivo dos industriais a preservar o meio ambiente e gerar emprego, fatalmente o setor teria desaparecido”. Albuquerque acredita que “ou o governo vê o setor de reciclagem como um grande gerador de empregos, um grande preservador ambiental, um grande contribuidor para conter o aparecimento de doenças causadas pelo lixo e pratica de vez a desoneração dos impostos ou com certeza o esvaziamento do setor se dará a curtíssimo prazo, causando sérios problemas sociais e ambientais”. O Sindiverde tem tomado a iniciativa de fazer trabalhos em parceria com escolas, condomínios, repartições públicas, orientando os envolvidos a praticarem a coleta seletiva que tem o objetivo de manter as associações, cooperativas e empresas re-


cicladoras funcionando. “Eventos como o Recicla Nordeste sensibilizam as pessoas a contribuírem de forma espontânea com o desenvolvimento sustentável”, acredita.

Há espaço para avançar

Em seu PERFIL 2014, lançado em maio, a ABIPLAST – Associação Brasileira da Indústria do Plástico informa que no Brasil são produzidas aproximadamente 54,38 milhões de toneladas por ano de resíduo sólido urbano. Desse montante, 80% são recolhidos e levados para lixões e aterros sanitários ou reciclagem. No entanto, aponta a ABIPLAST, uma pesquisa do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada mostra que a coleta de lixo é realizada em quase 90% dos municípios brasileiros, mas a coleta seletiva – que recolhe o material a ser reciclado – não chega a 15%. “Muitos dos materiais que poderiam ser reciclados no Brasil ainda continuam sendo destinados a aterros e lixões. Deste volume, o plástico representa 13,5% e é o principal produto reciclável que é enterrado ao invés de ter a destinação correta da reciclagem”, diz a ABIPLAST em seu documento oficial. A entidade afirma que o potencial ambiental e econômico desperdiçado com a destinação inadequada do plástico é em média de R$ 5,08 bilhões (IPEA 2012). Os dados mais recentes indicam a existência de 1.029 estabelecimentos industriais dedicados à recuperação de materiais plásticos espalhados pelo Brasil, que empregam 9, 7 mil pessoas indiretamente. Um estudo da ABIPLAST que considera também postos em empresas transformadoras e que fazem a reciclagem chegou ao número de 20 mil. Do total de recicladoras de plástico, mais de 800 são micro e pequenas enquadradas no Simples Nacional e não possuem mais de 20 empregados. Empresas de maior porte que atuem especificamente com reciclagem não passam de 30, com mais de 50 empregados. Apenas 100 empresas têm mais de 100 funcionários. Uma pesquisa da ABIPLAST estima que são retirados do meio ambiente por ano aproximadamente 805 mil toneladas de resíduos pós-consumo, que dão origem a mais de 725 mil toneladas de materiais plásticos reciclados. Diversos produtos podem utilizar resina reciclada, de acordo com normas de órgãos competentes (INMETRO, ABNT, ANVISA). As empresas que fabricam utilidades domésticas para a área de serviço são as que mais utilizam a resina reciclada, produzindo cabides, prendedores, vasos, bandejas, bacias, vassouras, mas, segundo a ABIPLAST, há interesse também por parte de produtores de bens para agropecuária, automotivo, têxtil e construção civil.

que podem aumentar seu faturamento vendendo grãos processados e não apenas a sucata. Segundo a Wortex, as empresas ganham muito em velocidade e os fabricantes de produtos plásticos podem integrar a máquina à sua linha de montagem. “Esse tipo de equipamento permite o máximo de rentabilidade e traz valor agregado para cooperativas, recicladores e para o pós-industrial”, diz o diretor da Wortex, Paolo De Filippis. Ele garante que o modelo não gera desemprego, uma preocupação em especial para as cooperativas, visto que pessoas que atuam na coleta nem sempre tem formação para trocar de atividade. A Rone Moinhos oferece ao mercado uma gama de mais de 200 modelos de moinhos e trituradores. Com mais de 33 anos de mercado, a Rone investe na melhoria constante dos equipamentos, buscando sempre um menor consumo de energia com ma-ior produtividade, além da preocupação com a segurança dos usuários. Ronaldo Cerri, da área comercial, diz que 2014 foi um ano estável neste mercado, semelhante ao mesmo período em 2013, com razoável crescimento. “Este mercado está em crescimento, vemos muitas novas empresas se constituindo em diversas capitais e também no interior dos estados, também observamos aumento da preocupação com a qualidade final de seus produtos reciclados, onde aumenta o crescimento por máquinas mais modernas, seguras e eficientes”, afirma. Sobre a PNRS, ele diz que “ainda é quase que uma novidade, ainda não vimos muitos investimentos devido ao PNRS, mas existem muitos projetos em andamento”. >>>>

Empresas acreditam e investem no mercado

Com cerca de 30% a 40% da produção vendida para empresas do Nordeste, a Wortex Máquinas já havia manifestado no ano passado interesse em ampliar ainda mais sua presença na região. A empresa exibiu na recente FEIPLASTIC a Linha Challenger Recycler e o novo sistema de lavagem para moer, lavar, secar e alimentar diretamente o equipamento de granulação sem a necessidade de aglutinar o material. A tecnologia permite o reaproveitamento de plástico pós-consumo e a linha abre a possibilidades para pequenos empreendedores, pois tem capacidade de processamento de 100 a 1500 quilos de plástico por hora, se mostrando interessante também para cooperativas, < Plástico Nordeste < 23


Foco no Verde Feiras destacam ciclo da reciclagem

As feiras do setor plástico são oportunidades de mostrar as possibilidades reais e, claro, comerciais da reciclagem. Na recente edição da FEIPLASTIC, por exemplo, mais de 10 toneladas de plásticos de 27 empresas foram coletadas para reciclagem, entre os dias 4 e 8 de maio, no Anhembi, em São Paulo. A PLASTIVIDA – Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos coordenou, em parceria com o Instituto do PVC, a terceira edição da Operação Reciclar, iniciativa que conta com a organização da Reed ExhibitionsAlcantara Machado. Trata-se de um projeto de educação ambiental que tem como objetivo levar informações técnicas sobre os plásticos, mostrar a viabilidade da sua reciclagem e benefícios práticos para a sociedade sobre a importância dos plásticos e suas contribuições para o desenvolvimento social. Durante os dias do evento, todos os resíduos plásticos gerados, desde a montagem até a desmontagem dos estandes dos apoiadores da ação, foram coletados na Operação Reciclar. Um modelo de usina de reciclagem esteve em funcionamento durante a feira para que os visitantes acompanhassem o processo de preparação dos resíduos plásticos para serem transformados em novos produtos. Todos os tipos de plásticos coletados foram doados para a ONG Reciclázaro – Cooperativa Butantã, entidade responsável pela triagem e comercialização de resíduos para reciclagem, e toda geração de renda foi revertida para os cooperados. Além da demonstração prática, a Operação Reciclar apresentou a exposição Plasticidades, que mostrou o ciclo de vida

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dos plásticos e de que modo o material participa do dia a dia das pessoas promovendo desenvolvimento, economia, saúde e bem estar. Os visitantes puderam conhecer, também, maneiras de se descartar corretamente e reciclar plásticos como o EPS (poliestireno expandido, mais conhecido como Isopor®), o PVC, aparas de PE e de PP etc. Uma ação específica coletou e encaminhou para a reciclagem cerca de 10 mil credenciais da feira, feitas em PVC e coletadas nas máquinas papa cartão®. Palestras técnicas, desfiles de roupas confeccionadas com PVC e modelos produzidos a partir da reutilização de produtos plásticos, como polietileno e polipropileno, mostraram a versatilidade dos plásticos na moda. Exposição de produtos reciclados e a participação dos plásticos em novas tecnologias como a impressão 3D foram algumas das atrações do estande das entidades. Segundo Miguel Bahiense, presidente da Plastivida e do Instituto do PVC, as entidades cumpriram seu papel, levando informação sobre as boas práticas de uso e descarte dos plásticos, assim como sua reciclabilidade. “É sempre importante ressaltar os benefícios sociais e ambientais oferecidos pelos plásticos e promover a correta informação para que a sociedade possa fazer o melhor uso desses materiais”, afirma o executivo. E completa: “durante a Feiplastic 2015, toda a tecnologia oferecida nas diversas aplicações dos plásticos, assim como sua reutilização e seus benefícios quando reciclados foram evidenciados, ressaltando a relevância desse produto no desenvolvimento socioambiental”. PNE


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Anunciantes

Agenda

3Rios / Página 2 Amut-Wortex / Página 11 Dal Maschio / Página 27 Expo Brasil / Página 19 Mainard / Página 22 Nordesteplast / Página 25 NZ Philpolymer / Página 23 Plástico Brasil / Página 15 Procolor / Página 13 Recicla Nordeste / Página 21 Romi / Página 28

Agende-se para 2015 Chinaplas -The 29th International Exhibition on Plastics and Rubber Industries 20 a 23 de maio -09h30 às 17h00 Guangzhou, China www.chinaplasonline.com Plastech Brasil – A feira do Plástico, da Borracha, dos Compósitos e da Reciclagem 25 a 28 de agosto – 14h às 21h Caxias do Sul – RS www.plastechbrasil.com.br

Wortex / Página 5

ANUNCIE! É SÓ LIGAR PARA: 51 3062. 4569 26 > Plástico Nordeste >

Mercopar 6 a 8 de outubro – 14h às 21h Caxias do Sul – RS www.mercopar.com.br Recicla Nordeste – Feira da Indústria da Reciclagem e Transformação 10 a 12 de junho de 2015 - das 14h às 21h Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza WWW.reciclanordeste.com.br Nordeste Plast – Feira Internacional do Setor de Transformados Plásticos 04 a 07 de agosto de 2015 – das 15h às 21h Centro de Convenções de Pernambuco Recife - Olinda/PE Embala Nordeste – 10ª Feira Internacional de Embalagens e Processos 04 a 07 de agosto de 2015 – das 15h às 21h Centro de Convenções de Pernambuco Recife - Olinda/PE


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