Revista Plástico Sul #145

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Editorial DIVULGAÇÃO

Expediente Conceitual - Publicações Segmentadas www.plasticosul.com.br Av. Ijuí, 280 CEP 90.460-200 - Bairro Petrópolis Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3062.7569 plasticosul@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844 Redação: Brigida Sofia e Gilmar Bitencourt Consultor de Redação: Júlio Sortica Departamento de Marketing: Izabel Vissotto Departamento Financeiro: Letícia Dias e Claudemar Cunha Departamento Comercial: Débora Moreira e Magda Fernandes Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777) Capa: foto divulgação Plástico Sul é uma publicação da editora Conceitual - Publicações Segmentadas, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 8.000 exemplares.

Quando o menos é mais

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Revista Plástico Sul que chega em suas mãos tem diversas matérias interessantes que abordam assuntos extremamente relevantes do mercado. Fizemos um mapeamento do mercado de masterbatches e pigmentos, com novidades, tendências e opiniões; produzimos uma reportagem sobre a indústria de utilidades domésticas e os impactos na indústria do plástico; navegamos no universo das impressoras 3D para que você conheça melhor os benefícios e desvantagens e buscamos os resultados da Plastech Brasil, feira que ocorreu recentemente nos Pavilhões da Festa da Uva, em Caxias do Sul (RS). O leitor terá ainda a oportunidade de conhecer os segredos da Natura, uma das maiores empresas do país em seu segmento, para ganhar o Prêmio ABRE de Embalagem Brasileira em diversas categorias. Através de embalagens plásticas, a Companhia conseguiu abocanhar diversos prêmios, onde um dos destaques foi o design exclusivo que utiliza 70% menos plástico e propicia 60% menos emissões de CO2 que a média das embalagens convencionais. Estas possibilidades fazem do plástico um material em potencial na busca pela sustentabilidade. É menos plástico na embalagem o que gera maior produção em unidades. O universo do setor é mesmo surpreendente e as oportunidades são diversas, mas é preciso estar atento às demandas que mudam constantemente, aproveitando os obstáculos para exercer a criatividade. Boa leitura!

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PlastVipNatura

Iniciativas que valem ouro Através de produtos que diminuem o impacto ambiental e apresentam design diferenciado, a Natura conquistou uma série de prêmios ABRE da Embalagem Brasileira. E o melhor: o plástico foi o personagem principal, mostrando que com ele, são inúmeras as possibilidades.

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ABRE – Associação Brasileira de Embalagem premia as embalagens que mais se destacaram ao longo do último ano como ícones de qualidade, tecnologia, design, funcionalidade e inovação, além de incentivar a eficiência dos processos, o desenvolvimento sustentável, entre outras iniciativas importantes para o crescimento e valorização das embalagens brasileiras. Através do Prêmio ABRE da Embalagem Brasileira, muitas são as empresas agraciadas pelos mais diversos quesitos e os produtos fabricados em plásticos geralmente são os principais destaques da premiação, seja pelas inúmeras possibilidades de design, como pela funcionalidade e apelo sustentável que o produto oferta. Este ano entre os vencedores, um dos destaques foi a Natura. A empresa ganhou Ouro nas categorias Embalagem de Cosméticos e Cuidados e Sustentabilidade; prata nas categorias Embalagem de Perfumes, Embalagem de Família de Produtos e Design Estrutural – Forma; e bronze em Sustentabilidade. A Natura foi fundada há mais de 40 anos já com a proposta de utilização de ingredientes naturais em suas formulações. “O compromisso com a sustentabilidade, com a preservação da natureza e dos nossos recursos naturais não é uma estratégia de comunicação, mas sim um valor presente na empresa desde sua fundação”, diz Daniel Levy, diretor da Regional Sul. “Ao longo da nossa história, procuramos realizar negócios baseados num modelo de gestão que promova o crescimento econômico e a perpetuação da empresa e que, ao mesmo tempo, reconheça os impactos ambientais e sociais”, completa. Em entrevista exclusiva à Revista Plástico Sul, Daniel Levy e Paula Renata Martins, Gerente de desenvolvimento de embalagens, falam sobre sustentabilidade, embalagens e claro, muito plástico. Revista Plástico Sul - A Natura ganhou o prêmio Abre da embalagem brasileira nas categorias Ouro, Prata e Bronze. Fale sobre as inovações nas embalagens plásticas que levaram à conquista destas distinções. Paula Renata Martins - Há muitos anos oferecemos e incentivamos o uso de refis, vegetalizamos nossas fórmulas, usamos ingredientes de fonte renovável e valorizamos a biodiversidade brasileira. No caso de SOU, a Natura investiu em uma nova forma de produção, com algumas máquinas adquiridas exclusivamente para a fabricação dessa linha. Usualmente, uma embalagem chega à fábrica em diversas partes – frasco, válvula, tampa, rótulo –; porém, no caso de SOU,

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a embalagem adquire seu formato final no mesmo local e ao mesmo tempo em que o produto é envasado. SOU chega à fábrica na forma de rolo de filme plástico; em seguida, entra em uma única máquina que sela o filme, corta no formato da embalagem, recebe o produto e coloca a tampa. Já para a linha Plant, apesar de mais tradicional, através do uso do PE verde, retirada de cartucho, uso de refil em pouch alcançamos uma redução de 25% de impacto ambiental em relação a linha anterior. Entregamos conveniência e ergonomia através do uso da etiqueta transferível do refil para o produto regular, uso do mesmo frasco sh/ cond, rótulo com braile, tampa flip-top com trava inviolável. Na linha Aquarela, trouxemos maior valor através de design diferenciado, formato orgânico e assimétrico, acabamento aprimorado, alto nível de polimento dos moldes, sem linhas/marcas visíveis. Espelho posicionado internamente, melhorando gestual de uso. Estojos com montagem otimizada através de encaixes, sem pinos. Redução impacto ambiental com diminuição de massa de embalagem e substituição por materiais com menor emissão de carbono. Plástico Sul - Fale especificamente sobre a linha Sou, lançamento que foi premiado em três categorias. Paula Renata - SOU é uma linha pioneira que convida a consumir de um jeito novo, conciliando o prazer individual com a vida do planeta. São produtos para corpo e cabelo desenvolvidos a partir de um processo inteligente, que reduz materiais para gerar menos lixo, menos desperdício e menos impacto ambiental. As embalagens são modernas, práticas, leves, fácil de usar e mínimas. SOU é molinha e, por isso, é zero desperdício também para quem usa: permite usar até a última gota. O design exclusivo e eficiente utiliza 70% menos plástico e propicia 60% menos emissões de CO2 que a média das embalagens convencionais do mercado, além de gerar três vezes menos resíduo que as embalagens convencionais. Plástico Sul - Quais as tendências no mercado nacional e internacional em termos de embalagem plástica? Paula Renata - Os plásticos continuam sendo fundamentais para o mercado de forma geral, uma vez que tem ampla flexibilidade de características fico-químicas e podem ser aplicados a, praticamente, qualquer necessidade. Por ter grande possibilidade de formas, acabamentos, processos, resistências mecânicas e químicas são fundamentais também para ampliar o leque de possibilidades para inovação. Vemos um crescimento constante da preocupação com o ciclo de vida das embalagens, um exemplo claro é a PNRS. Cada vez mais os fabricantes e consumidores terão que ter consciência e responsabilidade por suas escolhas. Plástico Sul - Falando especificamente de embalagens, qual o percentual do plástico diante dos demais materiais? Paula Renata - 34% dos materiais usados em produto são plástico. Plástico Sul - Quais plásticos (resinas) utiliza e em qual escala? Quais são os mais eficientes?


Plástico Sul - O plástico se mostra mais eficiente para embalagens? Por quê? Paula Renata - Em algumas aplicações, os plásticos são sim mais eficientes considerando desde o processo produtivo da embalagem, passando pelo uso do consumidor até o descarte seletivo, porém nem sempre é a melhor opção. Sempre é preciso fazer uma avaliação ampla e detalhada de todo ciclo de vida, considerando adequação ao consumidor e uso do produto para fazer a melhor escolha do material. Plástico Sul - Com a evolução do material, se produz mais embalagens com menos plástico. Há tendência de maior consumo do plástico pela empresa em função de aumento de mercado? Paula Renata - Sempre buscamos reduzir o impacto ambiental de nossas atividades, isso significa ser mais eficiente. Com o aumento de mercado, há um aumento no número de itens vendidos, dessa forma, mais material. Porém, temos indicadores ambientais que mostram que reduzimos os impactos por volume de produto vendido. Buscamos, além do uso de menos plástico, essa redução com materiais de origem renovável, materiais reciclados pós-consumo que nos ajudam a balancear essa equação, ou seja, cada vez mais temos produtos melhores do ponto de vista ambiental. Plástico Sul - A Natura atrelou sua imagem à sustentabilidade, com a questão do refil e do plástico verde da Braskem. Fale sobre essas ações e seus resultados, por favor. Paula Renata - A Natura é pioneira na indústria nacional de cosméticos em inovar para gerar produtos que tenham menor impacto ambiental, tendo sempre em vista seu compromisso com a diminuição de GEE (gases de efeito estufa) em toda a sua cadeia de produção. Em 2010 a Natura, fechou parceria com Braskem para a produção de embalagens de PE verde, que são produzidos a partir de cana-de-açúcar. As linhas Erva-Doce e Higéia foram as primeiras a utilizarem o plástico verde. Este ano, a marca renovou seu portfólio de 32 produtos da linha Plant e inovou nos materiais das embalagens para reduzir o impacto no meio ambiente. Os refils reduzirão 78% do uso de plástico nas embalagens dos shampoos, 84% nas máscaras e evitará desperdício na reutilização. Como resultado, a produção de resíduos cai 97% e a emissão dos gases (GEE) responsáveis pelo aquecimento global é 77% menor em relação à embalagem original, que passam a ser feitas com o Plástico Verde (PE Verde). Plástico Sul - Sabe-se que o plástico verde é mais caro. O consumidor está disposto a pagar mais em nome do meio-ambiente? Paula Renata - Apesar de ser mais caro, a Natura não repassa o custo do PE verde para o produto final. Isso já ocorreu em outras ocasiões, como no do álcool orgânico, quando a empresa não repassou para o produto final o custo do insumo, mais alto que o do álcool comum. Essa atitude pioneira tem um custo para a empresa,

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Paula Renata - Utilizamos desde poliolefinas até plásticos de engenharia de última geração, cada um com sua característica físico-química mais adequada para diferentes aplicações. Não há um ou outro mais eficiente de forma geral e sim aquele mais adequado para uma plataforma de embalagem específica, que deve ser avaliada caso a caso.

mas a Natura há muito tempo adotou uma postura de propor novos hábitos de consumo para os clientes, de inovar, de ser mais sustentável e segue perseguindo esse objetivo. Plástico Sul - Qual a percentagem de refil em termos de vendas? Como avalia esses resultados? Paula Renata - 14% das venda da Natura são de refis, um número expressivo e que nos mostra que o consumidor cada vez mais valoriza e se engaja com os valores da Natura. Plástico Sul - Em uma embalagem, o design tem grande impacto diante da decisão do consumidor/fortalecimento da marca. Como abrir mão destas características fazendo uso do refil sem prejuízo às vendas? Paula Renata - Não abrimos mão do design em nossas embalagens, ele é expresso nas embalagens regulares, o refil cumpre as funções básicas da embalagem para que o consumidor envase o conteúdo e tenha em mão todo o valor e significado planejado na embalagem regula. Plástico Sul - Além da conscientização, a empresa tem alguma atuação na questão da reciclagem? Daniel Levy - Desde 2010, a Natura trabalha em uma estratégia para a gestão dos resíduos sólidos também com uma visão de ciclo de vida. O objetivo é reduzir a geração de resíduos sólidos e rejeitos em nossa cadeia de valor e ampliar o uso de material reciclado por meio da estruturação de cadeias de fornecimento eficientes e inclusivas, contemplando cooperativas de catadores de materiais recicláveis, estabelecimento de preço justo e rastreabilidade. A empresa também a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) para contribuir com o cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Plástico Sul - Como o crescimento de renda da população, aliado à vaidade natural do brasileiro, impactou nos resultados da empresa nos últimos anos? Daniel Levy - O bom momento do mercado de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos no Brasil, que apresentou crescimento de 17,9% no acumulado dos primeiros dez meses de 2012, segundo dados da Sipatesp, reflete no aumento da produtividade da rede de vendas da Natura. A Natura alcançou receita líquida consolidada de R$ 1.715,8 milhões no segundo trimestre de 2013. O resultado representa um crescimento de 6,7% em relação ao mesmo período de 2012 da empresa. O EBITDA atingiu R$ 409,9 milhões, com margem de 23,9% e o lucro líquido somou R$ 240,2 milhões, com um crescimento de 11,7% em comparação ao ano anterior. O número de consultoras também cresce a cada ano. No ano passado, no Brasil, a rede cresceu cerca de 8%, somando 1.268 milhão de consultoras.

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EspecialMasterbatch e Aditivos

A hora da A colheita A cor é um elemento dos mais importantes na aquisição de qualquer produto, assim como a durabilidade, a textura. Por isso, o masterbatches, aditivos e compostos são itens de grande valor para os transformadores do plástico. Com a proximidade do final do ano, já é possível avaliar parcialmente 2013 e prever 2014, além de aproveitar as vantagens do segundo semestre, com tantas datas comerciais importantes. Por Brigida Sofia

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lém do Dia das Crianças, Natal e ano Novo, os fornecedores de insumos colhem os frutos das participações em feiras, estão atentos ao que deve vir com a K, em outubro em Düsseldorf, assim como os jogos esportivos mundiais no Brasil logo à frente. “Tradicionalmente, setembro, outubro e novembro são meses muito bons para o mercado de Masterbatch, já que nesta época todos os setores da indústria e comércio estão aquecidos, mas nossa meta é crescer 15% a mais neste período em relação a 2012”, comenta David Campos, da Ecomaster. Com unidades em São Paulo e Rio de Janeiro, a Ecomaster tem capacidade instalada para produção de 1600 toneladas mensais de masterbatches brancos, pretos, coloridos e aditivos para todos os processos de transformação e resinas termoplásticas. “Lançamos este ano a linha ECOlogica, aditivos e compostos que contribuem para a diminuição do impacto ambiental causado pelo descarte de produtos plásticos no meio ambiente, bem como produtos de tecnologia inovadora que agregam valor e qualidade aos produtos produzidos por nosso clientes. Ao todo são cinco produtos, Econ e Ecolex, Eco Drier , Nanox Clean® , Ecomate e o Aditivo 1145”, explica Campos. Ele diz que para 2013 a expectativa inicial era manter o mesmo crescimento dos últimos dois anos e mesmo com todas as turbulências do mercado nos últimos três meses, se tudo acontecer conforme previsto, esta meta será alcançada já em setembro. “Este crescimento se justifica devido a investimentos constantes em equipamentos, pesquisa e desenvolvimento de novos produtos bem como treinamento e aperfeiçoamento dos profissionais de vendas”. Os produtos commodities como brancos e pretos sempre são os carros chefe nos primeiros meses do ano, itens inclusive considerados “termômetros” de mercado. Já no segundo trimestre, os aditivos especiais como absorvedores UV, dessecante, aditivo antimicrobiano e cores cítricas foram destaque, principalmente cores direcionadas ao mercado de cosméticos e UD. “Mesmo com cenário ainda indefinido devido aos aumentos consecutivos de resina, instabilidade cambial e fragilidade do mercado externo, nossa previsão é crescer 30% em vendas em 2014. A tendência é o mercado ficar um pouco mais tímido que o normal nos dois primeiros meses e crescer paulatinamente nos meses seguintes. Creio que 2014 terá desempenho melhor que 2013 devido aos eventos que acontecerão no Brasil”, afirma o executivo. Para Campos, a influencia é direta, já que o masterbatch está presente em todos os produtos plásticos. “Embalagens para alimento, descartáveis, produtos de higiene e beleza, produtos promocionais,


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EspecialMasterbatch e Aditivos

David Campos, da Ecomaster: meta de crescimento

brindes e brinquedos, ou seja, todos os produtos que tem relação direta com os eventos e que são feitos em plásticos usam obrigatoriamente nossos produtos”, avalia. Segundo estimativas internas da Actplus, a demanda brasileira de resinas teve uma alta de no máximo 5% em 2013, se compararmos com o mesmo período de 2012. “Esses números poderiam ser comemorados por todos nós se fossem acompanhados por elevações de igual proporção na produção. Em suma, a indústria nacional seguiu a mesma tendência dos últimos anos e não conseguiu suprir toda a demanda, que tem sido atendida por importações, fazendo com que a ociosidade no País continue em níveis preocupantes. Avaliamos que o Brasil enfrentou nas últimas décadas um grande declínio da indústria e verificamos estudos do IBGE que mostram que continua a aumentar os níveis de importação da indústria brasileira e a diminuir os níveis de exportação”, afirma Laercio Gonçalves, da Actplus Um dos principais produtos da linha da Actplus é o masterbatch, principalmente os focados no segmento alimentício. “Fabricamos estes concentrados de cor de forma personalizada e na medida certa para cada empresa. Como novidades do mercado, podemos destacar a maior procura por produtos com apelo sustentável, porém ainda não temos novidades para oferecer aos nossos clientes com este tipo de apelo, mas já estamos atuando em desenvolvimentos”. A empresa fez um grande investimento em uma nova linha de extrusão dupla-rosca de médio/ grande porte e em novos periféricos, elevando nossa capacidade produtiva de 3.000 tons/ano para 4.800 tons/ano, pois acredita que datas como o Dia das Crianças e o Natal, assim como os jogos esportivos no Brasil, são grandes oportunidades para alavancar as vendas. Em relação a 2014, os problemas estruturais e a desindustrialização não permitem muito otimismo. “No nosso segmento de masterbatches, tingimentos e serviços para resinas termoplásticas, as importações cresceram muito desde o início deste ano. Segundo dados estatísticos da Abiquim, a ocupação média da capacidade de produção da indústria química brasileira está estagnada na faixa de 80% nos últimos cinco anos, enquanto o padrão da indústria química internacional varia de 88% a 92%. Ellen Carvalho, da ProColor, diz que, em razão das incertezas na economia mundial, a empresa iniciou o ano com uma postura mais conservadora, porém apresenta um crescimento significativo neste segundo semestre, pois está atenta à política interna

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e externa, que vem sendo empregada para o segmento. “No geral, em que pese as dificuldades de mercado geradas por fatores externos no início do ano corrente, estamos tendo um ano positivo”, avalia. “O desafio que se apresenta, sempre passa pela criatividade e capacidade competitiva, de modo a enfrentar a desaceleração da economia e fraco desempenho do PIB, ante o aumento do custo das matérias-primas e variação cambial”, diz Ellen. Para 2014, as expectativas são as melhores possíveis, tendo em vista a grandiosidade do evento que será realizado no Brasil, “mas, de todo modo devemos aguardar pelo resultado do PIB de 2013 e projeção de crescimento para 2014”, pondera. “Os eventos esportivos programados, que serão realizados no Brasil nos próximos anos, tendem a influenciar e impulsionar a economia de modo geral, o que sem dúvida irá refletir positivamente no mercado de concentrados de cores. Estamos trabalhando muito, para que possamos aproveitar as oportunidades que tais eventos trarão”, reafirma. Francielo Fardo, da Colorfix, diz que a indústria do plástico vem se consolidando no Paraná a cada ano; o crescimento do setor é considerável e as empresas que estão no mercado apresentam experiência maior do que anos atrás. “Hoje, o investimento é em tecnologia, produtos diferenciados, desenvolvimento de novos mercados e rentabilidade. A preocupação mudou, não é mais apenas em oferecer o melhor preço e curto prazo. O que não é ruim, apenas um novo posicionamento que proporcionar a pulverização de clientes e empresas mais sólidas”, comenta. Recentemente, lançou o Process fix HP (high performance), aditivo que age diretamente no comportamento da cristalização do plástico e resulta em uma produção mais vantajosa. Quando adicionado ao polipropileno (PP) afeta o comportamento de cristalização, resultando em grande melhoria de propriedades ótica, equilíbrio entre rigidez e impacto, tempo de ciclo, otimizando assim todo o processo. Dependo do maquinário utilizado pelas empresas, o ganho em produtividade no mês pode chegar a 30%. Fardo diz que a oscilação do dólar nos últimos meses tem sido um grande desafio, pois parte da matéria prima que utiliza é importada e isso impacta muito nos negócios. “Mesmo com o cenário da indústria oscilando, internamente a Colorfix bancou muitos dos projetos que havia espelhado para 2013. Um dos exemplos que posso citar é o lançamento do Plano de Participação nos Resultados (PPR) para os nossos colaboradores. Outro fator importante é o investimento pesado na modernização do setor comercial da companhia, deixando-o ainda mais eficiente e melhor preparado para atender as demandas do mercado”, informa.


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EspecialMasterbatch e Aditivos Sobre as possibilidades do segundo semestre, ele diz que “para 12 de outubro já aconteceu o ápice na indústria entre julho e agosto. Na média ficou dentro do que esperávamos com leve aumento nos pedidos. Para as festas de fim de ano essa tendência deve se repetir. Porém, a desaceleração do consumo da classe média também é um fator que nos deixa atentos. Mas no geral o ano deve finalizar positivo”. A empresa também espera bons negócios para o primeiro trimestre do próximo ano. “Olimpíadas, Copa do Mundo ou grandes eventos internacionais sempre são grandes oportunidades para o mercado. Geralmente são nestes eventos que são lançados produtos alusivos ou mesmo são produzidos em grandes escalas aqueles que tradicionalmente traduzem esses eventos”, diz Fardo. Karin Braun, diretora da Macroplast, diz que o ano até aqui foi relativamente turbulento com a oscilação do dólar e crise em alguns setores, mas para a empresa foi de crescimento. Para 2014 é esperado o mesmo desempenho de 2013 em termos

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de produtos e mercado. A Macroplast trabalha com masterbatch, compostos e resinas coloridas. “Não se espera um consumo muito além do normal por conta dos jogos”, afirma Karin. Ela aponta como desafios “as especialidades, pois o mercado ainda está muito carente de oferta desta linha de produtos” e aponta o papel das feiras, como Feiplastic, Plastech Brasil e Embala Nordeste. “Foram todos muito interessantes e trouxeram bastante retorno para a Macroplast”.

Bons resultados abrem espaço para investimentos

Aline Arndt, da Cristal Master, diz que os números apontam um crescimento de 40% em 2013 em relação ao ano de 2012, o que incentivou o investimento na ampliação do parque fabril com a instalação de duas extrusoras dupla rosca. “Inauguramos nossa filial em São Leopoldo – RS e em setembro iniciamos nossas atividades em Jaboatão dos Guararapes – PE e em novembro iniciaremos com laboratório completo para pesquisa e desenvolvimento, além de produção de pequenos volumes em Itupeva – SP, estando assim mais perto de nossos clientes de norte a sul do país”, afirma. A Cristal Master hoje possui uma completa


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EspecialMasterbatch e Aditivos linha de produtos, com mais de 20.000 itens desenvolvidos entre cores e aditivos para as mais diversas aplicações. Dentre os destaques estão os lançamentos dos aditivos antimicrobiano e agente interfacial. O aditivo antimicrobiano foi consolidado através de uma parceria com a Kher e o princípio ativo desse aditivo emprega nanotecnologia em um produto inorgânico e atóxico. Já o agente interfacial vem sendo amplamente utilizado principalmente na forma de blendas poliméricas, buscando a compatibilização de dois componentes a serem misturados conferindo ao produto final melhores características e estabilidade morfológica. Sobre o primeiro semestre de 2013, ela diz que “Como atuamos em diversos segmentos, praticamente crescemos em todas as nossas linhas de produto, em especial podemos destacar os produtos que lançamos este ano (agente interfacial e agente antimicrobiano) e a nossa linha de Cristal Micro Perolizado (encapsulado): produto universal indicado para dosagem on-line”. Para 2014 esperam-se um crescimento de 20% em relação a 2013. “A influência dos grandes jogos esportivos no Brasil sobre os produtos é grande, já fornecemos os másters e aditivos anti UV para grama sintética e teremos um incremento nas cores verde, azul e amarelo, com produtos promocionais relacionados ao evento”, conta.

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Cromex: nova atuação na distribuição de resinas

Laercio Gonçalves, da Actplus, destaca crescimento das importações

A Cromex produz masterbatches brancos, pretos e coloridos, especialidades, soluções voltadas para plástico de engenharia, BOPP e a linha sustentável. Os produtos são desenvolvidos para diversos segmentos: alimentícios, brinquedos, cosméticos, higiene pessoal e beleza, construção civil, setor automotivo, agrobusiness, entre outros, e atendem, desde as aplicações de critérios técnicos mais básicos, até as mais complexas. Entre essas aplicações estão o plástico de engenharia, e as especialidades, voltadas para os setores da construção civil, eletroeletrônica e automotivo. A Cromex também tem se destacado no desenvolvimento de cores e aditivos voltados aos biopolímeros de fontes renováveis (PE Verde) e para biodegradáveis, como também na distribuição do polímero PLA, atendendo a mercados que lançam seus produtos com o apelo de sustentabilidade. A empresa também atua na produção de masterbatches livres de metais pesados. Este ano, passou a atuar também na distribuição de resinas

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termoplásticas (Polipropilenos, Polietilenos, Poliestirenos, Especialidades, Plástico de Engenharia, Produtos para Fios e Cabos e Dióxido de Titânio) e conta com três Centros de Distribuição (CDs): em São José dos Pinhais (PR), Caxias do Sul (RS) e São Paulo (SP). “O ano de 2013 tem sido de consolidação da nova estrutura. A empresa reafirmou seus compromissos de prover ao mercado as melhores soluções em produtos e serviço, tendo investido em tecnologia, mão de obra, assim como em melhorias na estrutura. Reforçou, ainda, seu compromisso com o mercado externo. Dona de uma cultura exportadora, a Cromex, que já exporta para mais de 60 países, tem participado de diversos eventos voltados a abertura e consolidação de mercados externos”, afirma Marcos Pinhel, diretor Comercial da Cromex. Para 2014, a perspectiva da empresa é seguir no processo de melhoria continuada em busca da excelência em produtos e serviços. “Em termos de produtos, pretendemos atuar no desenvolvimento de inovações com foco maior para a área de Não Tecidos e fibras. Os produtos voltados para a linha sustentável também serão foco de nossas atenções, assim como os plásticos de engenharia para masterbatches e compostos para o automotivo e produtos voltados para a Construção Civil, como geomembranas e fios e cabos”, informa. Ele diz que a influência dos jogos mundiais no Brasil sobre os produtos é bastante considerável. “Desenvolvemos cores e especialidades para assentos esportivos, que conferem a esses produtos propriedade como maior fixação das cores, resistência aos raios UV, entre outras especificações. Dessa forma, os produtos Cromex estão nos estádios da Copa do Mundo”. Além disso, a Cromex também está presente nos produtos de plástico que fazem parte do universo de uma Copa do Mundo – brindes, acessórios, entre outros, que vão levar as cores da bandeira.

Cromafix consolida a marca

A Cromafix oferece masterbach de alta concentração específico para extrusão e lançou rcentemente o B-Solvex solvente para impressão flexográfica . O gerente comercial Otávio Madeira diz que 2013 está “Ótimo com a consolidação da marca Cromafix e com balanço positivo do primeiro semestre”. Nesse período, teve destaque o produto Croma White 615 LV específico para injeção com excelente fluidez em vários tipos de compostos. Para 2014, a perspectiva é aumentar participação no mercado e lançar aditivos para a área de extrusão de resinas.


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Expectativa pelas novidades da K

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este ano, aconteceram importantes feiras, como Feiplastic, Plastech Brasil e Embala Nordeste. Ao mesmo tempo que colhem os frutos destes eventos, os empresários se preparam para as novidades de mercado que virão com a feira K, entre 16 e 23 de outubro na Alemanha. “Esta será a nossa 9ª participação com estande próprio e este ano vamos para feira com o conceito central “A GENTE FAZ E ENTREGA”, promovendo a marca Cromex na produção de resinas”, diz Marcos Pinhel, diretor Comercial da Cromex. A Cromex tem investido em tecnologia, P&D e na qualificação de pessoas para ampliar e melhorar mundialmente a sua gama de soluçõesprodutos e serviços- para a indústria de transformação. A empresa busca estar posicionada entre os cinco grandes produtores mundiais de masterbtaches e para isto vem investindo no fortalecimento se sua marca em âmbito internacional “Nossa equipe visitará em setembro a Feira Pack Expo em Las Vegas da qual participa por meio de estandes da Think Plastic ThinkBrazil. Além disso, investimos fortemente na disseminação de informações do setor para nossos clientes na América Latina. Por meio de Seminários Técnicos, temos promovido a discussão de assuntos da cadeia transformadora do plástico e apresentado nossas soluções e tendências para o mercado de masterbatches e aditivos”, afirma. Na maior feira do mundo para a in-

dústria de plásticos e borracha, a empresa vai apresentar a seus clientes e visitantes as linhas de brancos, pretos, coloridos, além de especialidades e soluções para plástico de engenharia, BOPP e a linha de produtos sustentáveis. São produtos que atendem a uma diversidade ampla de segmentos, desde os que exigem aplicações e critérios mais básicos até as mais complexas. A Ecomaster estará presente na K 2013 expondo em parceria com a Nanox Tecnologia o Aditivo Antimicrobiano Nanox Clean® e outros lançamentos. Francielo Fardo, da Colorfix, fala que a idéia é voltar para o Brasil cheio de ideias para compartilhar com clientes e fornecedores. “Participamos deste evento desde 1995. Neste ano uma equipe será deslocada para Alemanha especificamente para trocar informações com fornecedores e observar as novas tecnologias. Estar na Feira K é ficar frente a frente com as novidades globais”. Ellen Carvalho, da ProColor diz que “Estaremos presente na Feira K, ainda não como expositores, mas temos grandes expectativas para que no próximo ano estejamos nesta condição. As perspectivas são boas, de modo que a Pro Color, sempre atenta a evolução do mercado, não deixará de inovar, atendo os anseios dos seus clientes e mercado global”. A Macroplast também vai participar como visitante.

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DestaqueUtilidades Domésticas

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Novidades e Tendências

Aumento da demanda faz consumo de resinas para produção de UDs crescer

O

mercado de utilidades domésticas, mais conhecido pela sigla UDs, desempenha um papel importante no segmento da indústria de transformação do plástico, justamente por ter como principal objetivo facilitar a vida do consumidor final, oferecendo produtos para as mais variadas necessidades do dia-dia. Em face disso, a Abiplast (Associação Brasileira das Indústrias do Plástico) criou um setor específico para essa área: ACOFAUD – Câmara Setorial dos Fabricantes de Utilidades Domésticas, que tem foco na defesa da imagem e da qualidade da utilidade doméstica plástica oferecida ao consumidor brasileiro e para tanto, atua na padronização e qualidade do produto, com a criação e acompanhamento da norma Técnica ABNT para potes conservadores. Os integrantes da Câmara também estudam formas de reduzir a entrada de produtos importados fora dos padrões mínimos de qualidade da ANVISA (para contatos com alimentos) e ABNT, buscando dessa forma garantir que os produtos de utilidades domésticas plásticas sejam reconhecidos como uma solução de qualidade e excelência para equipar os lares brasileiros. Segundo a Câmara Setorial, “o mercado de utilidades domésticas brasileiro tem muitas similaridades à industria geral de transformados plásticos, que conta com grandes players que são os principais fornecedores de utilidades domésticas plásticas, porém existem muitas empresas menores que atendem

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mercados regionais”. Uma característica diferenciada dessa indústria, ressaltam, é que ela está muito mais voltada ao consumo final do que outras atividades da indústria do plástico que são fortemente fornecedoras de insumos para outras cadeias produtivas. Com o aumento da demanda, o consumo de resinas utilizadas na produção de UDs já é representativo. A Abiplast informa que do total de resinas consumidas no Brasil são direcionados cerca de 8% do volume total para essa indústria. “Um mercado significativo em termos de transformação de resinas em plásticos” confirma a fonte. Em termos de vendas, a participação do plástico também pode ser considerada expressiva. Segundo a Câmara, “o setor de utilidades domésticas plásticas representa 3% do total de vendas da indústria brasileira de transformados plásticos”. De acordo com a análise da Câmara Setorial da Abiplast, as resinas que se destacam como matérias—primas na fabricação das UDS são o PE e PP. “São utilizados predominantemente o polietileno e o polipropileno na produção das utilidades domésticas de plástico, pois são as matérias que proporcionam melhores características de desempenho para esse tipo de uso, além de serem atóxicas e 100% reciclável”, explica.

Braskem: mercado atraente

Do ponto de vista do maior fabricante de poliolefinas das Américas, o segmento de UDS no Brasil revela-se um mercado atraente. Conforme Marcus Vinícius Trisotto, Coordenador de Marketing Estratégico da Braskem “o setor brasileiro de utilidades domésticas é um grande mercado consumidor de artigos a base de poliolefinas, em função da versatilidade que este tipo de produto proporciona com o uso desta família de termoplásticos. Dentre as poliolefinas, o destaque é o polipropileno (PP), de fácil moldagem e que confere características de transparência e rigidez quando injetado, bem como pelo fato de poder ser levado ao microondas”. O executivo lembra que a maioria das empresas transformadoras estão localizadas no Sul e Sudeste. “Cabe citar que uma parcela da demanda nacional é suprida por produtos importados, destacando-se a China como principal origem”, acrescenta. Trisotto destaca a importância que o segmento representa para a Braskem e a variedade oferecida no catálogo “O segmento de utilidades domésticas é um demandante de resinas termoplásticas e, principalmente, de PP. Dentre os tipos de PPs,


pesquisas de produtos e aprimoramentos, frequentemente a Braskem apresenta novidades ao mercado. “A grande novidade é sem dúvida o selo Braskem Maxio®, cujo maior segmento consumidor é exatamente o de utilidades domésticas. O selo busca atender aos anseios dos consumidores por produtos mais sustentáveis, deixando ao mesmo tempo o transformador mais competitivo comparativamente às soluções convencionais de resinas, e ao final, comparativamente ao produto acabado importado” explica Trisotto. “Desta maneira, utilidades domésticas produzidas com resinas que levam o selo Braskem Maxio® geram benefícios indiretos ao meio ambiente pela possibilidade, no processo de transformação, de um menor consumo de energia, aumento de produtividade ou até redução de peso do produto final”, completa o executivo.

Consumo sensível à variação econômica momentânea

Newton Zanetti, da PavanZanetti, diz que a UD é hoje a ponta direta da cadeia de compras de partes para o lar, ou seja, se o consumidor precisa, compra imediatamente por impulso e se melhora o padrão de vida, compra também. “Então acredito

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destacam-se as resinas homopolímeros e copolímeros randômicos, com características que realçam as propriedades óticas dos produtos finais, e com um balanço de propriedades mecânicas interessante à aplicação”. Ele ressalta que a agregação de valor do produto acabado começa pela escolha de resinas com características específicas e a Braskem entende esta necessidade e oferta ao mercado um amplo portfólio de resinas para as mais diversas soluções em UDs, que vão desde resinas de PP com altíssima transparência até resinas de PE para potes que podem ser levados ao congelador, por exemplo. Quanto às tendências desse mercado, o executivo foi extremamente técnico e preciso em seu comentário. “A característica de transparência continua forte, bem como design, porém um aspecto que tem crescido ano após ano é o da questão sustentável, tomando uma parte cada vez maior no peso das decisões dos consumidores. Este tipo de tendência norteia desenvolvimentos de produtos e também de resinas na cadeia do plástico, o que ajuda a diferenciar o produto brasileiro de produtos de outras origens cuja tendência de sustentabilidade não esteja ainda tão definida”, explica. Como empresa voltada a constantes

Trisotto destaca a importância que o segmento representa para a Braskem

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DestaqueUtilidades Domésticas

As classes C e D buscam produtos mais baratos, mas não deixam de considerar a qualidade final

na UD como sendo um produto fortemente abalado pelo poder aquisitivo, muito sensível as variações da economia, não macro, mas sim da economia momentânea, se os supermercados vendem mais, se tem maior volume de vendas, com certeza a UD puxa isso. Então, a UD tem a sensibilidade do mercado, daí a maioria dos transformadores destes produtos também terem está mesma sensibilidade, ou seja, se precisam de uma máquina é para ‘ontem’. Compram e começam a injetar imediatamente e por no mercado”, analisa. Outro ponto, na UD o preço da matéria prima chega a cerca de 80% de um produto, desta forma, aqueles que obtêm algum resultado na reciclagem tem vantagem na UD, informa o executivo. “A Pavan Zanetti oferece injetoras de ciclo mais rápido e otimização do consumo energético de forma que você tem mais peças por hora com um baixo consumo energético, por exemplo, máquinas com motor elétrico na plastificação que permitem os movimentos de abertura, extração e fechamento junto aos movimentos de plastificação. Ganho de até 40% no tempo de ciclo, dado a proximidade do motor elétrico da fonte de trabalho, pouca perda na transmissão, redução do consumo energético, mais 40% de peças por hora sem aumento dos gastos com energia”, afirma. É importante avaliar os segmentos distintos, os de material reciclado e baixo custo vendidos no interior do Nordeste, por questões econômicas, os de qualidade média, vendidos nos grandes supermercados, tipo Carrefour, Wall Mart, etc. e os de boutique, Tok&Stock, Etna, etc. “Cada um tem sua aplicação final e cor diretamente ligados. Os reciclados, não importa muito a cor, daí as cores mais escuras, cores de reciclado mesmo, já os de grandes supermercados, cores mais voltadas a materiais novos, sem

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reciclados gerais, somente com reciclados do próprio transformador e os TOP aí sim, cores mais sóbrias, modelos mais exclusivos”. Mas de qualquer forma, falou em UD pensa-se em sensibilidade de mercado: melhorou poder aquisitivo, melhorou a venda, venda de preço e nem sempre qualidade (mercados menos exigentes no Norte e Nordeste). Para Zanetti, se a UD está ligada diretamente ao poder aquisitivo, os melhores locais de vendas são Sul e Sudeste. “Bem, abrindo um parêntese, o PIB do Nordeste cresce a uma velocidade maior que o PIB do Brasil, então realmente é a bola da vez. É lá que falta tudo, muitas empresas que suprem o Nordeste de UD estão instaladas no SUL e Sudeste e agora abrindo filiais no Nordeste, porém diferentemente da embalagem, a UD no transporte NÃO é só cubagem. Daí, apesar do frete caro, ainda vale a pena o transporte, mas a medida que os preços forem cada vez mais competitivos a necessidade de injetar in loco será cada vez maior”, avalia. Ele diz que existem grandes transformadores de UD já no Nordeste, ainda apoiados por questões governamentais com isenções de alguns impostos sobre a matéria prima transformada no local. “Daí as vantagens competitivas serão realmente significativas. Mas tem gente vendo isso, muitas empresas estão se instalando no Nordeste no ramo de UD”, comenta.

Demanda se mantém forte na Região Sul

O setor de UD conta com uma participação muito importante nos resultados da unidade de Máquinas para Plástico da Romi, valor que representa aproximadamente 15% das vendas, informa o diretor William dos Reis. “Oferecemos máquinas que podem atender aos maiores níveis de exigência deste mercado. Alguns desses exemplos são: a linha ROMI EL (totalmente elétrica) com tecnologia de servomotor, a linha ROMI EN com acionamento hidráulico por servomotor e os modelos da linha Velox H com injeção por acumuladores”. Como o cliente de UD atua com produtos próprios e fornece diretamente às lojas varejistas que têm o acesso ao consumidor final, a matéria prima plástica e o consumo de energia elétrica representam um percentual muito significativo na planilha de custos do produto. “As flutuações de preços, geralmente para cima, afetam consideravelmente as negociações dos nossos clientes e, por vezes, provocam a postergação de investimentos”. Para Reis, a demanda por esse segmento ainda é muito forte na região Sul do Brasil - apesar do crescimento do Nordeste - e o fato de ter a produção local mais próxima dos mercados consumidores faz com que eles tenham a vantagem de contar com fornecedores e fretes mais em conta.


Destaque para transparência e barreira contra agentes externos

As vendas para aplicações em UD são importantes para o negócio da distribuição em geral. Na MAIS Polímeros representam entre 5 a 10% das vendas - esta variação ocorre, pois existem sazonalidades típicas desse segmento e uma concorrência com produtos importados e substitutos cada vez maior. As maiores demandas são para produtos de uso doméstico com transparência e barreira contra agentes externos. “Oferecemos para este mercado uma gama variada de grades em PP, PE e PS; além do serviço de assistência técnica, estoques estratégicos para pronta-entrega e suporte no desenvolvimento de projetos e produtos. É importante destacar que móveis e eletrodomésticos são produtos também de uso doméstico, porém considerados em nossa segmentação à parte, pois mais direcionados para atendimento direto pelas petroquímicas pelo porte e perfil dos transformadores”, diz o gerente comercial Aparecido Camacho. O fato da indústria de UD estar muito mais voltada ao consumo final do que outras atividades da indústria do plástico, que são fortemente fornecedoras de insumos para outras cadeias produtivas, traz “No que se refere ao aspecto comercial, uma sensibilidade muito grande a preços, pois os canais de distribuição principais das UD's são hipermercados, supermercados, grandes magazines que tem um poder de barganha forte e do outro lado pequenos varejos e lojas que concorrem com lojas de R$ 1,99 e outras informais com produtos de qualidade e preços questionáveis”, diz Camacho. O comportamento dos consumidores é muito complexo e merece toda a atenção também do distribuidor. No caso, com o aumento do poder aquisitivo das classes C e D, essa população está consumindo e tendo acesso a produtos, serviços e demonstrando seus anseios, desejos e necessidades cotidianas e futuras “Tudo isto influencia fortemente o design, cor, tamanho e aplicação dos produtos. Para ilustrar, por exemplo, no caso das UD's, a transparência do pote/frasco serve para facilitar a visibilidade do conteúdo, a tampa colorida para diferenciar o que se armazena, o tipo da resina para maior resistência ao impacto e os aditivos para uma durabilidade maior do conteúdo (no caso da nanotecnologia)”.

Para Camacho, as necessidades da vida moderna, a conscientização dos consumidores em relação ao maior controle com os recursos do planeta, associados a evolução da nanotecnologia, das tecnologias para produção de produtos "verdes" e compostados, trarão cada vez mais investimentos, desenvolvimentos e oferta de produtos práticos, de performance e acessíveis aos consumidores em geral no segmento de utilidades domésticas.

Impressoras 3D, concorrência?

As Impressoras 3D têm ganhado espaço, com modelos mais acessíveis, na faixa de R$4 mil (veja matéria específica nesta edição). Em uma análise rápida, supõe-se que a possibilidade de imprimir objetos de porte pequeno sem grandes investimentos possa impactar no mercado de UD. William dos Reis, diretor da Unidade de Negócios de Máquinas para Plástico da Romi, Esse segmento pode ser um dos mais afetados, mas ressalva que a tecnologia atual para este processo presta-se basicamente à execução de protótipos e, ainda hoje, não é suficiente para a fabricação de itens em grande volume, pelo processo de injeção, ação que o mercado que a UD demanda. Para o gerente comercial da Mais Polímeros Aparecido Camacho, os consumidores é quem decidirão essa questão, mas ele acredita que, no curtíssimo prazo a impressão 3D será a novidade e haverá uma proliferação de produtos alternativos que ocuparão um espaço importante do segmento de UD; contudo, no curto-médio prazos a indústria se posicionará melhor e teremos uma divisão de participação no mercado por produtos e serviços que conviverão dentro do mesmo segmento e com mais alternativas aos consumidores. Sobre o tema, Newton Zanetti, da PavanZaneti, diz que acredita na Criação. “O grande benefício de uma ‘impressão em 3D ou solidificação’ de uma ideia é a facilidade na criação e desenvolvimento de produto, fazendo com que os produtos saiam da cabeça das pessoas e cheguem aos projetos de modo mais fácil, rápido e barato. Aí o reflexo nos moldes, com tanta criatividade, serão necessários moldes tão duradouros? Se não, serão mais leves, mais baratos, se o custo do molde tem uma influencia direta no produto, então qual a tendência com uma maior possibilidade de criação? Produtos de ciclo de vida mais curtos, tiragens menores, troca mais constante da coleção e menor custo”.

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Sobre o papel dos novos clientes finais, ele diz que “As classes C e D buscam produtos mais baratos, mas não deixam de considerar a qualidade final. Esse processo de aprendizado faz com que esse cliente se torne cada vez mais exigente. Com isso, os produtos de destaque entre essas classes devem alcançar uma redução de custos e as máquinas devem ser altamente produtivas”, diz.

Camacho, da Mais Polímeros: vendas para aplicações em UD representam entre 5 a 10% das vendas

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EventoPlastech Brasil 2013

Negócios gerados superam os R$ 170 milhões

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Plastech Brasil pode haver encaminhado já em 2013 o principal chamariz para a quinta edição da feira realizada pelo Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás), em 2015: capacidade de geração de negócios, mesmo em condições adversas – econômicas ou climáticas. O evento aberto sob nevasca histórica em Caxias do Sul, na última semana de agosto, atingiu R$ 145,6 milhões de expectativa de volume de negócios para os próximos 12 meses. Alta de 9% em relação à edição anterior, em 2011. Em apenas quatro dias, o total de negociações chegou a R$ 27,6 milhões. Na média, o faturamento dos expositores por metro quadrado locado cresceu 5%, aproximando-se dos R$ 4 mil. O total, entre vendas já concretizadas e projetadas, chega a R$ 173,2 milhões. Os números foram apurados em pesquisa aplicada pela consultoria Competitive a expositores e visitantes da Plastech Brasil 2013, entre 27 e 30 de agosto, nos Pavilhões da Festa da Uva. Como nem todos os entrevistados costumam revelar números de transações, a tendência é de que o volume de vendas efetivadas durante ou a partir da feira organizada pelo Simplás seja ainda mais expressivo. “Superou todas as expectativas. Foi um evento extremamente rentável para quem participou. Em um ano de tantas incertezas no mercado, temos a satisfação de constatar que a Plastech Brasil gerou um retorno expressivo aos expositores”, avalia o presidente da feira, Orlando Marin. Os próprios participantes tecem análise similar: 94% dos expositores manifestaram interesse em retornar ao evento em 2015. O índice geral de satisfação chegou a 75%, enquanto 66% disseram que o fluxo de negócios atendeu às expectativas, com 62% considerando que os resultados ficaram dentro ou acima do esperado. “No início do ano, uma pesquisa entre associados do Simplás permitiu estimar investimentos da ordem de R$ 150 milhões em máquinas e equipamentos ao longo de todo 2013. Se considerarmos apenas a Plastech Brasil, que evidentemente tem muitos empreendedores de fora do estado e do país, a geração de negócios já foi além, na casa dos R$ 170 milhões”, observa o diretor executivo do sindicato, Zeca Martins. Um outro número, ainda, trouxe surpresa positiva aos organizadores. Entre os expositores, 79% registraram abertura de novos mercados durante a Plastech Brasil. Destes, 7% fincaram bandeira fora do país. Logo no primeiro ano de internacio-

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nalização direta do evento. “Para nós foi uma grata surpresa, pois é um processo que recém estamos iniciando. É praticamente a inversão de uma lógica negativa. 7% é o que o Brasil perdeu para concorrentes internacionais em 2012, segundo dados da Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico). Aqui, houve recuperação de terreno”, revela o presidente do Simplás, Jaime Lorandi. A tabulação final dos resultados da feira apontou 250 expositores e 23.111 visitantes. “Para nós é indicativo de qualificação. Quem veio, viu mais novidades, mais tecnologia, mais inovação e fez melhores negócios. Proporcionalmente ao investimento, nossa relação custo-benefício ficou ainda melhor”, conclui Marin.

Quase R$ 400 milhões em investimentos

Uma das principais feiras setoriais do país organizada por um sindicato, a Plastech Brasil chega a 2013 com um impulso de fôlego do mercado: a expectativa de investimentos de quase R$ 400 milhões em máquinas e equipamentos pela indústria da transformação do Rio Grande do Sul, só neste ano. Para 2013, estima-se que aproximadamente R$ 370 milhões sejam investidos pelo segmento plástico do Rio Grande do Sul em novas máquinas e equipamentos, conforme levantamento dos sindicatos locais junto a associados. Considerando-se o total de 481 empresas da Serra Gaúcha, é possível projetar um aporte de mais de R$ 170 milhões só na região sede da Plastech Brasil, que concentra mais de 40% de todo plástico transformado no estado e gera mais de 13 mil empregos diretos, utilizando mais de 4 mil unidades de máquinas e equipamentos. “Num momento de tantas incertezas no mercado, tivemos a felicidade de ver consolidada uma feira que desde sua idealização, há mais de meia década, é organizada diretamente pelos próprios empresários que vivem o dia a dia do segmento plástico. O Simplás sempre esteve preocupado em proporcionar investimentos minimizados para a locação de espaços, serviços diferenciados e, principalmente, a oportunidade para geração de negócios. Independentemente de tamanho e de onde estão localizadas as empresas expositoras, seja no Brasil ou Exterior”, comenta o presidente da Plastech Brasil e diretor do Simplás, Orlando Marin. O Rio Grande do Sul, onde ocorre o


evento, é o detentor do segundo lugar no ranking nacional da indústria da transformação, com 1.316 empresas, o equivalente a 11,3% da capacidade instalada em todo o Brasil. É o terceiro na geração de empregos, com 30.595 trabalhadores, correspondendo a 8,8% dos contratados do país – os dados são do perfil 2012 da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast). Marin destaca que o BNDES sinaliza com até R$ 100 bilhões em crédito para compra de máquinas e equipamentos em 2013. No ano passado o valor não chegou a R$ 45 bilhões. Só de janeiro a maio deste ano, as liberações para a linha Finame já cresceram mais de 50%. Entre as empresas que responderam a uma pesquisa inédita do Simplás, ainda no início do ano, 96% não cogitam qualquer possibilidade de redução e 51% delas projetam crescimento médio de 4,74% em 2013. “Tem outro dado muito importante aí: 93% das empresas trabalham com maquinário nacional. Isso é investimento que alimenta a nossa própria indústria”, observa Marin.

matéria-prima totalmente reciclada, que posteriormente serão doados a 30 escolas infantis da rede pública municipal de Caxias do Sul”, revela. A Plastech Brasil conta com os apoios de Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Estado do Rio Grande do Sul (Sinplast), Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Vale dos Vinhedos (Simplavi), Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief), Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais (Abinfer), Associação Latino-Americana de Materiais Compósitos (Almaco), Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas e Bobinas Plásticas de BOPP e BOPET (Adirplast), Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos (Abimei), Sindicato das Indústrias de Resinas Plásticas (Siresp), Instituto Nacional do Plástico (INP), Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Sistema Fiergs), Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul, Prefeitura Municipal de Caxias do Sul e Governo do Estado do Rio Grande do Sul.

Em 2013, a Plastech Brasil recebeu a única edição das rodadas de negócios internacionais do Projeto Comprador realizado pelo programa Think Plastic Brazil fora de São Paulo. Com apoio da Agência Brasileira de Promoção das Exportações (Apex-Brasil), cinco compradores internacionais com foco em embalagens foram aproximados de empreendedores brasileiros. Outra novidade que fez sucesso foi a Recicla Plastech Brasil, que propôs a conscientização ambiental e de uso racional da matéria plástica desde os primeiros anos de educação e ergueu uma usina de reciclagem em pleno pavilhão de exposições, num estande de 220m2. O objetivo foi traduzir ao público em geral o processo de reciclagem dos diversos tipos de plástico e o que pode ser produzido a partir da utilização de resinas recicladas. “Atualmente, o grande volume de lixo do mundo é produzido pela própria sociedade. A indústria, de sua parte, reaproveita tudo o que pode, afinal, desperdício é sinônimo de prejuízo. Hoje, o que requer uma mudança de comportamento é a produção e descarte de lixo doméstico”, sublinha o presidente da Plastech Brasil e diretor do Simplás, Orlando Marin. Coordenadora da Plastech Brasil e uma das idealizadoras da iniciativa inédita no sul do Brasil, Célia Marin enfatiza o caráter extensivo do Recicla Plastech Brasil, que terá ações de continuidade além da feira, no sistema público de ensino. “Divulgamos o conceito de sustentabilidade, mostrando que os impactos ambientais e sociais podem ser minimizados quando se trabalha de forma responsável, engajando as pessoas e o meio ambiente. Durante a feira, foram produzidos banquinhos com

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Recicla Plastech Brasil

NÚMEROS PLASTECH BRASIL 2013

Conforme pesquisa aplicada pela consultoria Competitive com expositores Total de negócios gerados: R$ 173,2 milhões* Negócios concretizados nos quatro dias de feira: R$ 27,6 milhões* Expectativa de negócios concretizados nos próximos 12 meses: R$ 145,6 milhões* *Valores aproximados. Várias empresas, mesmo com contratos firmados ou em vias de, preferem manter sigilo a respeito de seus números 9% foi o crescimento na expectativa de negócios para os próximos 12 meses 5,2% aumentou o faturamento dos expositores por metro quadrado locado, em média 12% foi o incremento na área de exposição, chegando a 7,1 mil m2 79% dos expositores registraram abertura de novos mercados 7% foi índice de abertura de mercado externo por expositores logo no primeiro ano de internacionalização da feira 75,16% foi a média geral de satisfação dos expositores (destaque para a Sala VIP, um diferencial da Plastech Brasil em relação a todo segmento, que chegou a 94% de aprovação) 94% dos expositores manifestaram interesse em retornar ao evento em 2015 Expositores: 250 Visitantes: 23.111

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Mercado

Braskem anuncia Plano de Incentivo à Competitividade da cadeia do plástico

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Braskem anuncia o lançamento de um plano para estimular o fortalecimento da cadeia transformadora do plástico no Brasil. O Plano de Incentivo à Cadeia (PIC) do Plástico prevê uma série de iniciativas para incentivar a competitividade de seus clientes, que inclui investimentos para ampliar o aumento de exportações de produtos transformados, estímulos à inovação e o reforço na qualificação profissional e na gestão empresarial. O plano também prevê a promoção das vantagens do plástico, cujos detalhes serão elaborados em conjunto entre a Braskem e representantes da cadeia do plástico. Estimulada pela Lei 12.859, sancionada pela presidente Dilma Rousseff e aprovada pelo Congresso Nacional, que estabeleceu a desoneração tributária na compra de matérias-primas para a primeira e segunda gerações da indústria química brasileira, a Braskem considera fundamental o reforço às empresas da terceira geração, responsáveis pela transformação plástica, setor fundamental para o desenvolvimento da economia com geração de riqueza e empregos, responsável por mais de 340 mil empregos. As ações passam por viabilizar o aumento das exportações de transformados por meio de condições diferenciadas para a aquisição de resinas a serem utilizadas em aplicações destinadas ao mercado internacional. A meta é que o plano de incentivo contribua para dobrar o volume da exportação brasileira de transformados das resinas de polietileno e polipropileno em dois anos. Em 2012, o volume brasileiro de exportação de plásticos transformados alcançou o volume 238 mil toneladas. Outra dimensão do plano tem como eixo o apoio da Braskem ao aumento da competitividade do setor através de ini-

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ciativas de capacitação, formação de mão de obra, realização de palestras técnicas e acesso à assessoria especializada. Em outra frente, a empresa pretende estimular o crescimento do mercado fomentando também a inovação por meio do investimento conjunto em consultorias, programas de capacitação e estímulo à inovação, além de patrocínios a eventos setoriais. Segundo o vice-presidente da área de Poliolefinas e Renováveis da Braskem, Luciano Guidolin, o objetivo da companhia é fortalecer a cadeia como um todo, aumentando sua competitividade nos mercados local e internacional. “Queremos que a indústria química brasileira esteja mais preparada para concorrer em igualdade de condições em todos os mercados, bem como a reduzir o desequilíbrio da balança comercial do setor, o que nos estimulou a desenvolver um programa abrangente que combina vantagens comerciais, capacitação e inovação”, destaca o executivo. O plano prevê ainda esforços na promoção e valorização das vantagens do plástico, como solução sustentável para as necessidades da sociedade atual. Nessa linha, vai trabalhar com programas de reciclagem, Avaliações de Ciclo de Vida, posicionamento frente à Política Nacional de Resíduos Sólidos, suporte às associações comprometidas com o tema, comunicação e criação de Fundo Setorial para a Promoção do Plástico. Para viabilizar a execução do Plano de Incentivo à Competitividade da Cadeia do Plástico, a Braskem vai intensificar e formalizar parcerias com clientes, associações do setor, entidades de fomento, federações da indústria, BNDES e ONGs.


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Tendências

Inovação

& Mercados

Impressoras 3D chamam atenção no setor Na recente edição da Plastech Brasil, no Rio Grande do Sul, um estande chamou a atenção dos visitantes tanto pela idade dos empresários quanto pelo produto exposto: uma impressora 3D com tecnologia nacional e custo baixo, fato exaltado no design simples do espaço de exposição, que também o marcou diante dos demais. As impressoras 3D estão no mercado para agilizar e baratear os processos, mas também ganham espaço para o uso doméstico, o que pode alterar o mercado de forma mais ampla. Já tem gente fazendo seu próprio skate em casa, por exemplo. Também já surgiu a primeira polêmica, quando um americano criou uma arma de plástico que dispara balas de verdade.

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A impressora 3D é uma companheira do processo de desenvolvimento de produto

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s impressoras 3D são usadas por todos os setores de desenvolvimento de produtos, tanto no Brasil como no exterior, informa Moacir Martins, da Sociesc. “Porém no exterior há mais tempo e com maior acesso às indústrias e no Brasil é mais recente”, comenta. Com essas máquinas, as ideias desenvolvidas podem ser executadas utilizando-se o processo de impressão, que é mais barato e rápido dando oportunidade para analise do produto e correções se necessário, antes de executar um investimento forte em ferramentais. Os impactos na produção industrial em questão de tempo e dinheiro são maior acerto no desenvolvimento do produto e menor investimento em retrabalho nos ferramentais, reafirma o consultor. “O objetivo é analisar o design do produto e possíveis necessidades de alteração. Temos pessoas que não conseguem visualizar o produto no desenho”. Os materiais mais comuns utilizados na impressão são os polímeros PLA ou ABS , porém existem outros. “No segmento de aço, existem máquinas de sinterização que fazem o mesmo trabalho em aço, mas ainda é uma tecnologia cara e não está disponível no Brasil”, afirma Martins. Quanto a investimento, Martins diz que modelos simples já no Brasil iniciam a partir de R$ 15 mil, podendo chegar a valores significativos, aproximadamente R$ 500 mil. “O mercado está disponibilizando impressoras 3D apresentadas como domésticas a partir de R$ 4,5 mil reais. É importante salientar que existem diversos modelos e níveis de acabamento, o que interfere direto no valor do equipamento. Para decidir se o investimento é baixo ou não, o usuário deve fazer um plano de negócios avaliando a utilização e retorno”. Renata Sollero, da Stratasys, aponta como impactos na produção industrial a redução de tempo (time to market) e de investimento com desenvolvimento de novos produtos. “A impressora 3D é uma companheira do processo de desenvolvimento de produto desde o conceito, passando pela engenharia, até a finalização e produção. Esses desafios (lead-time, qualidade e custos) são as dores básicas que a indústria sofre e que justifica o uso de nossa tecnologia. A área de marketing, por


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Inovação

& Mercados

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Tendências

Tecnologia nacional e preço acessível da Cliever surpreenderam o público na Plastech Brasil

exemplo, em fase de pesquisa necessita de recursos para confirmar a necessidade de mercado. Já as áreas de design e de engenharia usam a impressão 3D para testes iniciais, validar matrizes, produção de peças finais e pequenas tiragens, além de gerar moldes para injetoras de plásticos e outros processos de produção”. De maneira geral, os sistemas de prototipagem rápida podem produzir modelos físicos 3D em poucas horas e em uma imensa variedade de formas. Os protótipos facilitam a comunicação entre cliente e fornecedor. Os protótipos podem ser visuais, funcionais, coloridos ou impressos em termoplásticos. “No Brasil, as indústrias que mais cedo adotaram a tecnologia são a automotiva, aeroespa-

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cial, equipamentos industriais e algumas das áreas de pesquisa e desenvolvimento científico. Também temos clientes nas áreas calçadista, de brinquedos, embalagens e universidades. No mundo, a adoção é ainda mais ampla: médica, ortodontia digital, design, engenharia, arquitetura, militar/defesa, bens de consumo e produtos eletrônicos”, afirma Renata. A Stratasys possui três linhas, 18 diferentes tipos de impressoras, desde desktop 3D acessíveis para desenvolvimento de ideias, sistemas para prototipagem e grandes sistemas de produção para manufatura digital direta. Tem ampla gama de materiais: variedade de mais de 100 fotopolímeros - transparentes, tipo borracha e biocompatíveis (Fotopolímeros PolyJet), a termoplásticos robustos de alto desempenho (Termoplásticos FDM). Seus processos patenteados FDM® e PolyJet® produzem protótipos ou objetos fabricados diretamente de arquivos de CAD 3D ou de outros conteúdos 3D. Renata fala da evolução do maquinário, “Cada produto teve uma data de lançamento. A Stratasys nasceu em 1989 com a criação da primeira máquina FDM por Scott Crump, na cozinha de sua casa. A Objet surgiu dez anos depois, numa evolução da tecnologia de impressão jato de tinta. Ambas as tecnologias mudaram muito desde então, e muitos equipamentos foram lançados. Nossos lançamentos mais recentes estão em todas as áreas de produto – de entry level a grandes formatos (bandejas de impressão com 1m de comprimento)”, explica. A Direct Digital Manufacturing, neste caso a tecnologia de impressão 3D é aplicada ao produto final – adotado em linhas de produção de menor volume e/ou customizadas. A Tooling, soft tooling – aplicações para a área de injeção de plástico e moldagem.


Quanto à aplicação, ela reforça que as três linhas de impressoras atendem a diferentes necessidades, desde prototipagem até a fabricação de produtos: linha de impressoras desktop acessíveis para o desenvolvimento de idéias, leva a tecnologia de impressão 3D profissional para indivíduos e pequenas equipes; sistemas de prototipagem para testes antes da produção, encurtando os prazos e aumentando a qualidade ao criar protótipos sem terceirização, dentro da própria empresa; sistemas de produção desenvolvidos para racionalizar o processo de manufatura digital direta — lidando com protótipos maiores e peças precisas em baixo volume com mais agilidade. “As aplicações possíveis: modelagem conceitual, protótipos funcionais, ferramentas de manufatura, peças de uso final, aplicações avançadas, acabamento”, diz.

Robtec: Máquinas e serviço

A Robtec oferece ao mercado máquinas e também serviços de prototipagem rápida, ou seja, faz protótipos e moldes para as empresas que não têm uma impressoras 3D. “Temos mais de 20 anos de expertise, com escritórios também na China, Argentina, Uruguai, Chile e México. Somos pioneiros

em trazer o melhor da impressão 3D não só para o Brasil, mas para a América Latina”, afirma Luiz Fernando Dompieri, diretor geral da Robtec. A Robtec possui uma gama de impressoras 3D, tanto pessoais como profissionais. De uso profissional, tem toda a linha Projet e toda linha da ZPrinter (que imprime em colorido, um diferencial para quem precisa de protótipos coloridos). “Temos modelos mais avançados também, que utilizam a técnica de SLA. Todas são produzidas pela norte-americana 3D Systems, que é nossa parceira, e apenas a Robtec possui uma linha tão completa de impressoras 3D para venda, sendo a Cube vendida exclusivamente pela Robtec no Brasil”, comenta o executivo. O executivo diz que os impactos d a impressora 3D são mais no desenvolvimento do que na produção, no time to market. Os setores que já usam no Brasil e no exterior são “Linha branca, setor automotivo, empresas de comunicação, empresas de cosmético, empresas do setor alimentício, entre muitas outras”. Ele ressalta que a máquina “pode beneficiar os empresários do setor plástico auxiliando no desenvolvimento do produto antes de se partir para a construção do molde de injeção,

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evitando gastos desnecessários com a ferramenta e dando uma vida útil mais longa a ela”. Dompieri diz que, no caso industrial, a impressora 3D se aplica a protótipos, mas pode ser utilizada também em pequenas produções, em que as especificações atendem à necessidade da peça.

Tecnologia aberta

Na feira Plastech Brasil, que aconteceu em Caxias do Sul (RS) em agosto, dois jovens empresários expuseram uma impressora 3D e seu estande foi um sucesso de visitação. Um dos empresários é graduando em engenharia, o que traz a dúvida se o conhecimento e a tecnologia para a confecção de uma impressora 3D são acessíveis a ponto de levar, talvez, a uma proliferação de fabricantes, por exemplo. Dompieri diz que sim, a tecnologia já é aberta e existem vários fabricantes de impressoras no mundo. “Mas o diferencial é oferecer máquinas que sejam robustas, com boa precisão, e de fácil manuseio”, afirma. Para Renata, “Já vemos hoje uma série de equipamentos de pequeno porte, de uso mais doméstico, ou voltado para o consumidor doméstico, pois sempre surgem novas empresas. O conhecimento e a tecnologia podem variar, assim como os resultados obtidos pelo uso dessas máqui-

Imprimir em casa?

Como se sabe, a terceira geração do setor plástico é formada em sua grande parte por empresas de micro e pequeno porte, assim o fator preço é muito relevante. Mas ao mesmo tempo a possibilidade da impressora doméstica – e barata- traz dúvidas sobre as mudanças no mercado. E se todos passarem a imprimir objetos em casa? Empresas que fazem produtos de pequeno porte – como UD, brinquedos e etc - podem ser as primeiras a pensar na questão, mas no caso de peças com volume superior à capacidade da impressora é muito comum e relativamente simples construir a peça em partes e depois juntá-las, seja por processo químico, como no caso da cola, ou travas mecânicas, feitas na própria peça em 3D. Para Luiz Fernando Dompieri, da Robtec, a alteração que a impressão doméstica traz é a eliminação alguns gargalos para o produto chegar na casa, como tempo, logística e, principalmente, a possibilidade de personalização. Já Renata Sollero, da Stratasys, diz que impressoras de grande porte não são equipamentos compatíveis com ambientes residenciais. “As tecnologias disponíveis no mercado são muito variadas, sendo que algumas são até perigosas à saúde. Ainda que este não seja nosso caso, pois nossos protótipos podem ser manipulados sem cuidados adicionais quando ficam prontos na impressora, máquinas grandes requerem ambientes e necessidades maiores – e custam mais”. Ela afirma, no entanto, que o mercado deve sofrer alterações sim. “Como o mercado sempre se altera com grandes revoluções tecnológicas. Aconteceu com os televisores, com os computadores pessoais, com as impressoras domésticas, com os aparelhos de fax, entre outros. Algumas tecnologias surgem e rapidamente causam grandes mudanças: o scanner, o e-mail, o SMS”. 2828 > Plástico > Plástico SulSul > Agosto > Agosto dede 2013 2013 >>>>

nas”. Martins diz que “os primeiros desenvolvimentos são inovação e necessitam de pesquisas, na sequência para a popularização é cópia com pequenas diferenças. Esta tecnologia é recente e ainda tem oportunidade de crescimento”. Expositores na Plastech Brasil, Julio Cesar Drescher e Rodrigo Krug montaram um estande clean, com destaque para o preço da impressora 3D da Cliever, além da própria máquina, claro. Krug, que é graduando de engenharia de controle e automação, deu início à empresa – que começou como incubada na Pucrs - e cuida da parte técnica e P&D. Já Drescher se ocupa da parte comercial, administrativa e de marketing. O lançamento foi em abril do ano passado. O ano de 2012 foi de evolução do produto pelo mercado, foi reavaliado o projeto até chegar ao que foi mostrado na Plastech Brasil, primeira participação paga em uma feira. “Vimos que traz resultado”, comenta Drescher. Ele fala sobre o seu mercado, “Nosso cliente tem perfil amplo, metalmecânico, aeroespacial, automotivo, moveleiro. Viemos à Plastech Brasil divulgar nosso produto para a indústria plástica, que não conhece tanto. Conhece o produto importado, caro e difícil de usar”, afirmou durante a feira. Drescher conta que o fato da tecnologia ser nacional surpreendeu bastante os visitantes e esta foi a razão do grande destaque ao preço - na faixa dos R$ 4 mil - no layout do estande. “É fácil encontrar por R$ 60 mil”, comenta. Ele diz que o segredo é um produto de menor porte e simplificado, que, com um investimento baixo altera significativamente a produção, pois um protótipo pode sair por R$ 6 ou R$ 7 a peça. “Uma peça que usinada seria R$ 2 mil sai por R$ 25”, informa. “Evita-se um gasto grande em um material que pode simplesmente ser rejeitado depois, o que é muito comum”.

Transformador de embalagens aprova tecnologia

Com intuito de reduzir tempo e custo, minimizar erros de projetos e acima de tudo sair da convencional apresentação de concepção de embalagens no papel, a Spiltag adquiriu recentemente uma impressora 3D. A iniciativa faz parte do novo posicionamento da empresa de frascos PET para cosméticos em ser ainda mais pró ativa, gerando atratividade para seus produtos. Pouco tempo antes da compra do equipamento, a empresa de Marília (SP) entregava seus projetos impressos em 2D, como grande parte das empresas do segmento. Porém, com esta metodologia, o cliente nem sempre tinha a exata dimensão do produto e assim era preciso fazer um mock-up, que custa em média R$ 1.500 e demora por volta de


Protótipos funcionais e mais espaço para a criatividade

Determinado a dinamizar as áreas de desenvolvimento de novos produtos, de modo a encurtar os prazos e os custos e aumentar ainda mais a qualidade do produto final, o empresário Roberto Zagonel, da Eletro Zagonel, de Pinhalzinho, Santa Catarina, adquiriu uma impressora 3D. “Consegui reduzir de meses para poucas horas o tempo levado para produzir protótipos funcionais dos produtos”, observa Zagonel. Os produtos exigiam cerca de dois meses para avançar da fase de projeto para a solidez do protótipo. Para o executivo, além da redução de prazos, a tecnologia trouxe para a empresa um claro ganho na qualidade do produto. “Passamos a cons-

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15 dias para ser apresentado. Com a nova tecnologia, a empresa consegue personalizar a ideia de forma mais precisa e ainda agiliza o processo de desenvolvimento da embalagem em apenas um dia, verificando erros de projeto e otimizando o tempo de análise. De acordo com Luiz Gustavo Spila,diretor da Spiltag, o investimento faz parte de uma nova unidade de negócios da empresa e visa agilizar processos. “Com a tecnologia 3D, os clientes podem ter uma imagem real e de tamanho original mais apurada sobre como seu pedido ficará, evitando gasto de tempo, dinheiro, além de minimizar qualquer erro no frasco”, explica o diretor, que complementa acrescentando que a iniciativa também possibilitará uma maior proximidade entre a empresa e seus clientes. Desde a sua inclusão nas operações da Spiltag, a impressora já fabricou cerca de 60 mock-ups para empresas como Niely, Dermage e Jequiti, conquistando a aprovação imediata da novidade.

truir vários protótipos, dando corpo a diferentes ideias de produto e diferentes engenharias; isso deu asas aos nossos projetistas, que puderam ser ainda mais criativos e inventivos nos novos produtos em desenvolvimento”. A entrada em cena da tecnologia trouxe ganhos concretos no design dos produtos Eletro Zagonel. “Passamos a gerar protótipos verdadeiramente funcionais, externa e internamente; com o protótipo de resina na mão, recheamos as cavidades da peça com componentes elétricos e, a partir daí, conseguimos realizar testes reais, de uso do produto”, detalha Zagonel. “Uma das últimas duchas desenvolvidas contou com um protótipo tão perfeito que eu mesmo o testei na minha casa,

Frascos PET para cosméticos da Spiltag

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Internet tem modelos de arma para impressão 3D

Há alguns meses foi destaque no noticiário nacional e internacional que um americano criou em casa, através de uma impressora 3D uma arma de plástico que dispara tiros de verdade. Além do ainda mais fácil acesso a armas nos Estados Unidos, a questão é mais séria porque uma arma de plástico escapa, obviamente, de sistemas de segurança, como os detectores de metal na entrada de bancos e outros locais públicos. Julio Cesar Drescher, da Cliever, diz que a questão é mesmo real, pois existem modelos de armas já prontos à disposição na internet, ou seja, basta imprimir. “Toda tecnologia vêm para o bem e para o mal; o que é sujeito a pessoas não se pode controlar”, avalia. “Mas acreditamos que a tecnologia vem mais para agregar”, pondera. Para Moacir Martins, da Sociesc, a tecnologia deve ser desenvolvida e sua utilização será de acordo com a índole humana. “Até o remédio que foi desenvolvido para a cura, dependendo como e quem utiliza, leva ao óbito”. A Stratasys é contra a produção de qualquer tipo de arma e está previsto em contrato que o cliente não utilizará a tecnologia para este fim, informa Renata Sollero. Para Luiz Fernando Dompieri, da Robtec, “Como toda tecnologia, existem aplicações positivas e algumas pouco negativas...Mas existem muito mais aplicações positivas, como na medicina, por exemplo”.

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tomando banho por vários dias em um chuveiro que, na verdade, era um protótipo”. Uma das maiores conquistas com a tecnologia de impressão 3D foi a redução de custos na matrizaria.“Percebi que não adiantava economizar na prototipação e depois gastar demais na matriz”, ensina.“Os custos de matrizaria de um novo produto podem variar de 400 mil a 1,5 milhão de reais; sem a tecnologia de prototipagem 3D, acabávamos tendo de recriar as matrizes até chegar ao produto com as características desejadas. A Objet30 Desktop nos ajuda a consolidar o produto ainda na fase de protótipo, de modo a não errar no chão de fábrica e ter de construir novas e caras matrizes”. Até atingir resultados como estes, porém, o executivo trabalhou com outras formas de prototipagem. O primeiro modelo da empresa, a ducha Master, contou com um protótipo criado em um torno mecânico. Nos últimos anos, a EletroZagonel saltou para o mundo do CAD 3D com ajuda do SolidWorks 2010. “A partir de 2009 passamos a trabalhar com este software; no princípio, contávamos com os serviços terceirizados de uma empresa especializada em projetos de CAD 3D localizada emJoinville, Santa Catarina”, detalha Zagonel. A


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necessidade de manter a inteligência e a agilidade do projeto dentro de casa, no entanto, acabou levando a montar todo um setor em que engenheiros e projetistas utilizam a solução em computadores rodando dentro da empresa. Quando os novos produtos da EletroZagonel passaram a ser criados no ambiente SolidWorks, o resultado final passou a ser um arquivo de CAD3D. Preocupado em ganhar rapidez e qualidade no processo de prototipagem, Zagonel buscou várias soluções antes de aderir à tecnologia atual. “Durante algum tempo, contratamos o protótipo junto a essa empresa especializada em CAD3D, mas eles geravam o protótipo num material semelhante à argila (Clay 3Dprinting systems), com menos precisão e menos resistência do que necessitávamos para os testes de produto”. A fragilidade deste tipo de protótipo era tal que o empresário enviava seus próprios profissionais, de carro, para ir buscar o material, de modo a impedir que ele quebrasse na viagem.

China: demora e problemas com segurança de idéias

Sempre em busca da excelência, Zagonel tentou, então, internacionalizar o processo. “A China

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tem uma sólida cultura em prototipagem”, afirma o presidente da empresa.“Em várias viagens a este país, acabei encontrando fornecedores que apresentavam a tecnologia de impressão 3D que eu precisava e também o conhecimento técnico para gerar protótipos funcionais para a empresa”. Durante boa parte do ano de 2010, o arquivo em CAD 3D de cada novo projeto era enviado à China; no birô de serviços de prototipagem, este arquivo se transformava em um protótipo funcional em 3D. Dois fatores rapidamente levaram Zagonel a desistir deste modelo de trabalho. “Os prazos de entrega do protótipo gerado na China eram muito longos – era comum termos de esperar entre 45 e 70 dias úteis para receber o modelo de volta, em Santa Catarina”. Além da demora, o uso da empresa chinesa como parceira da Eletro Zagonel trazia outro problema: a falta de confidencialidade. “Esse prestador de serviços chinês tinha acesso total ao nosso projeto e de alguma forma, um de nossos projetos vazou e o produto que criamos foi fabricado primeiro, de forma desleal, por um concorrente”.


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Artigo

Por Paulo Camatta*

Compósitos e meio ambiente: oportunidades

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esultantes da combinação entre polímeros e reforços – por exemplo, fibras de vidro – os compósitos ou plásticos (termofixos) reforçados contam com mais de 50 mil aplicações catalogadas em todo o mundo. De telhas, reservatórios, tubos e pás eólicas a milhares de peças de barcos, ônibus e aviões. O mercado brasileiro de compósitos deve faturar R$ 3,264 bilhões em 2013, ou seja, 9,4% acima do aferido no ano passado. Em 2012, com uma fatia de 48%, a construção civil apareceu na liderança do ranking dos principais consumidores, à frente de transporte (16%), corrosão (12%) e saneamento (5%). Já a geração de energia eólica respondeu por 90% da demanda por compósitos de base epóxi. Com 6%, o setor de petróleo ficou em segundo lugar. Feita essa breve apresentação, gostaria de destacar os principais benefícios oferecidos pelo material para, a seguir, falar sobre as oportunidades que derivam do fato de os compósitos serem materiais ambientalmente amigáveis. - Baixa densidade; - Resistência mecânica; - Excelente comportamento contra a corrosão; - Isolante térmico; - Isolante elétrico (exceção Às fibras de carbono); - Durabilidade; - Facilidade de reparo e manutenção reduzida; - Transparente às ondas eletromagnéticas; - Liberdade de design; - Possibilidade de translucidez; - Várias técnicas de moldagem; - RECICLÁVEL. Com uma densidade várias vezes menor que a dos materiais metálicos – é covardia comparar com o concreto –, os compósitos são muito leves. Um exemplo extremo? A carenagem de um carro de F1 é de plástico reforçado com fibras de carbono. Claro que a busca pela performance aceita o uso de materiais de ponta, como o carbono. No entanto, as montadoras de veículos pesados e de passeio há tempos concluíram que o compósito, nesse caso, de

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fibras de vidro, é determinante para o sucesso da tão desejada redução do consumo de combustível. Para ser ambientalmente amigável, os fabricantes de carros, ônibus e caminhões sabem que não basta investir em modelos elétricos; veículos mais leves consomem menos, e eles ficam mais leves se materiais caracterizados pelo baixo peso forem usados como matérias-primas de tetos, para-choques e capôs, entre outras peças. Ainda no campo automotivo, os compósitos permitem a adoção de fibras naturais. Prevalecem no Brasil, por ora, o uso de compósitos termoplásticos, do tipo polipropileno reforçado com juta. Lá fora, porém, já se combinam polímeros termofixos e fibras naturais, inclusive as derivadas do cânhamo. A propósito das matérias-primas oriundas de fontes renováveis, é possível encontrar hoje em dia, inclusive no Brasil, fabricantes de resinas termofixas que desenvolvem formulações parcialmente à base de soja. Ou seja, o moldador antenado à causa ambiental tem plenas condições de fabricar uma peça de resina de fonte renovável reforçada com fibras de juta ou sisal. Fora que, há tempos, não faltam opções de polímeros dotados de baixos índices de emissão de compostos orgânicos voláteis (VOC). As vantagens oriundas da leveza típica dos compósitos não caíram nas graças apenas das montadoras. Fabricantes de aeronaves ampliam a cada novo projeto o uso do material. Segundo a Boeing, o 787 Dreamliner é 20% mais eficiente sob o ponto de vista do consumo de combustível – e emite 20% menos poluentes –, do que outras aeronaves de mesmas dimensões. Como? Metade do seu peso deriva da estrutura de plástico reforçado com fibras de carbono. A aeronave A350, novo modelo da Airbus, tem 53% de compósitos, enquanto o A380 é um pouco mais modesto: “apenas” 32%. A geração de energia eólica, um dos maiores consumidores mundiais de compósitos, é outro segmento que comprova a adequação do material à sustentabilidade. Graças à combinação entre leveza e extrema resistência dos compósitos, é possível fabricar pás enormes, de quase 70 metros de comprimento, e assim tornar cada vez mais viável economicamente esse tipo de energia.


Criado em 2010 pela Associação Latino-Americana de Materiais Compósitos (ALMACO) e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), o Programa Nacional de Reciclagem chegou ao fim em julho deste ano apontando soluções que viabilizam a reutilização dos compósitos. Orçado em R$ 2 milhões, o programa foi financiado por um consórcio de 23 empresas – Ashland, Astecma, CCP, Clariquímica, Comil, CPIC, Edra Equipamentos, Elekeiroz, Fiacbras, LORD, Luxtel, Marcopolo, Morquímica, MVC, Novapol, Owens Corning, Piatex, Plaquimet, Poliresinas, Redelease, Reichhold, Royal Polímeros e Tecnofibras – que têm o direito de explorar comercialmente as tecnologias desenvolvidas. Os trabalhos do Programa Nacional de Reciclagem foram divididos em duas etapas. A primeira, concentrada no reaproveitamento dos resíduos no próprio processo produtivo, contemplou estudos de trituração e moagem, seguidos por pesquisas acerca da inertização dos catalisadores (são responsáveis pela cura dos compósitos). A segunda fase foi dedicada à análise dos novos usos para os rejeitos, a partir da seleção de materiais e avaliação das suas propriedades. No passado, a única alternativa era a moagem e a utilização do pó como carga, material de pouco valor, só que muito mais caro de ser obtido do que as cargas minerais, como talco e calcita. O grande diferencial do programa foi baixar o custo de obtenção do agregado e transformá-lo em reforço das peças, e não apenas num elemento de preenchimento. Participantes do programa, caso da moldadora MVC, já estão utilizando os rejeitos como substitutos dos compensados de madeira de

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E a reciclagem?

pisos de ônibus e vans – as peças contêm de 85% a 100% de resíduos de compósitos. Há outros integrantes usando o material reciclado para fabricar peças de estações de tratamento de água e esgoto, pisos de madeira plástica e painéis isolantes térmicos, além de diversas aplicações combinadas com concreto, mármore sintético e elastômeros. Em suma, a reciclagem dos compósitos já é uma realidade no Brasil. Daqui para frente, a ALMACO se dedicará ao Programa de Sustentabilidade, nome do conjunto de ações que visam à divulgação e implantação das alternativas desenvolvidas pelo trabalho concluído há pouco. Com isso, a ideia é reduzir em 10% até o final de 2014 o volume de compósitos descartados em aterros sanitários Classe 2. Segundo estimativas da associação, 20.000 toneladas de resíduos foram geradas no Brasil em 2012, o que correspondeu a uma despesa com descarte de, aproximadamente, R$ 130 milhões. Ano passado, o setor brasileiro de compósitos produziu 206.000 toneladas e faturou R$ 2,984 bilhões. *Gerente executivo da Associação LatinoAmericana de Materiais Compósitos (ALMACO).

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Internacional

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Bioplástico: uma alternativa com futuro?

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omo complemento e em algumas áreas, como alternativa aos plásticos convencionais, os bioplásticos parecem ser um passo lógico e necessário para a indústria de plásticos moderna e voltada para o futuro. E eles também, claro, têm o seu lugar na K 2013 em Düsseldorf, Alemanha, de 16 a 23 de outubro. Qualquer discussão sobre os prós e contras, o papel futuro e o potencial de bioplásticos no mercado faz pouco sentido sem esclarecimento prévio sobre o significado do prefixo "bio", diz o professor Dr.-Ing. Christian Bonten do Instituto de Engenharia de Plásticos da Universidade de Stuttgart, expressando suas reservas. Além de pequenas quantidades de substâncias, plásticos biodegradáveis consistem em polímeros biodegradáveis e aditivos. Bactérias especiais e suas enzimas comprovadamente convertem plástico biodegradável em biomassa, CO2, ou metano, água e sais minerais, assim que as macromoléculas tenham sido suficientemente fragmentadas por outros mecanismos de degradação. Para obter um plástico ser denominado "compostável" na Europa, 90 por cento dele deve se degradar em condições bem definidas, fragmentos menores que 2 mm no prazo de 12 semanas. Só então instalações de compostagem podem


operar de forma rentável e sem interrupções. Os plásticos biodegradáveis não são, necessariamente, feitos a partir de recursos renováveis, e também pode ser derivado de óleo mineral. A biodegradabilidade, por conseguinte, não depende da matéria-prima, mas da estrutura química do plástico. Exemplos de polímeros biodegradáveis são PLA, PHA, derivados de celulose e amido, bem como à base de PBAT e PBS. Não-biodegradável, por outro lado, são de PE, PP, PET e PA. Plásticos bio-based, por outro lado, são derivados a partir de recursos renováveis natureza. No entanto, estes não são necessariamente biodegradáveis. Atualmente, plásticos bio-based são derivadas de diferentes hidrocarbonetos, tais como aqueles encontrados em açúcar, amido, proteínas, celulose, lenhina, bio-óleos e gorduras. Os polímeros de base biológica incluem PLA, PHB, derivados de celulose (CA, CAB) e derivados de amido, bem como, por exemplo, bio-polietileno (PE). O último é inteiramente derivado de cana de açúcar brasileira, tem as mesmas propriedades do polietileno convencional, mas não é biodegradável. Os em certa medida bio-based, mas nãobiodegradáveis, incluem plásticos convencionais reforçados com fibra natural, juntamente com as poliamidas e poliuretanos. Devido ao alto crescimento de mercado, a European Bioplastics prevê que a capacidade de produção mundial de bioplásticos deva atingir cerca de 5,8 milhões de toneladas até 2016. Outro estudo de março deste ano prevê a produção de mais de 8 milhões de toneladas em 2016 e cerca de 12 milhões de toneladas em 2020 para plásticos bio-based. De acordo com a European Bioplastics, plásticos biodegradáveis representaram a maior parte da capacidade total global para os bioplásticos em 2009. Desde 2010, as taxas de crescimento para os plásticos biodegradáveis foram muito ultrapassadas pelas dos bio-based. Segundo as previsões da associação e, apesar do crescimento constante, eles serão responsáveis por apenas cerca de um sétimo da produção global de bioplásticos em 2016. A maior participação dos bioplásticos será, então, bio-based, mas não biodegradável. Para crescer em aplicações técnicas, plásticos têm de cumprir cada vez mais altos padrões. E os bioplásticos não são exceção. Na medida em que está em causa a reprodutibilidade, eles ainda têm que ser mais atrativos e em termos de propriedades de barreira, durabilidade e compatibilidade com outros biopolímeros e aditivos, ainda há muito espaço para melhorias.

Aplicações

Os plásticos biodegradáveis são geralmente empregados em aplicações onde a degradabilidade prova ser particularmente útil. Aplicam-se, por exemplo, na agricultura para filmes plásticos e vasos de plantas que não têm que ser recolhido e transportado para outro local após o uso, mas metabolizam no local no solo para formar biomassa. Em casas particulares, sacos de lixo biodegradáveis para cozinha têm conquistado mercado e podem ser compostados juntamente com seu conteúdo. Plásticos bio-based agora também são encontrados em produtos eletrônicos de consumo e aplicações automotivas. Para seu carro híbrido Sai, disponível apenas no Japão, a Toyota, por exemplo, desenvolveu acessórios e equipamentos com 80 por cento de matérias-primas renováveis a partir do modelo 2011. Isto foi possível com a utilização de bio-PET, um plástico derivado de cana-de-açúcar. No entanto, PLA e espuma de poliuretano (PU) com base de soja também são encontrados hoje em uma vasta diversidade de componentes automotivos. Praticamente todos os fabricantes de automóveis fazem uso de bioplásticos em seus veículos e estão trabalhando no sentido de aumentar a sua utilização. Se você quiser saber mais sobre as perspectivas e potenciais dos bioplásticos, juntamente com os mais recentes desenvolvimentos e aplicações inovadoras, você terá muitas oportunidades para fazê-lo nos estandes dos expositores da K 2013. A feira mais importante do mundo para a indústria de plásticos e borracha ocorre este ano em Düsseldorf de 16 a 23 de outubro.

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Bloco

de Notas

ABIPLAST faz levantamento sobre demandas regionais em qualificação

A ABIPLAST está realizando levantamentos junto aos Sindicatos Estaduais para identificar as demandas regionais por qualificação de trabalhadores do setor plástico via PRONATEC, programa que busca capacitar jovens e trabalhadores, tanto em formações técnicas quanto de requalificação. Ele foi formulado dentro do objetivo do Plano Brasil Maior de ampliar o nível de qualificação dos trabalhadores brasileiros. No momento foram disponibilizadas 120 mil vagas para alcançar esta meta. Recentemente, a ABIPLAST esteve no lançamento do PRONATEC em Brasília. O evento ocorreu no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) e contou com a presença do Ministro Fernando Pimentel/MDIC e do Secretário Executivo Jose Henrique Paim, do Ministério da Educação.

Tubo espiral mantém a fiação organizada

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Cada vez mais numerosos, os produtos eletrônicos trazem um problema adicional para a casa ou escritório: a grande quantidade de fios e cabos que se acumulam próximos aos móveis. Para deixar o ambiente organizado, a Forjasul Eletrik, fabricante de materiais elétricos com a marca Tramontina, lança o Tubo Espiral, próprio para agrupar os fios, tornando o ambiente mais agradável. A novidade é indicada para auxiliar a organização da fiação em quadros de comando, em equipamentos de informática, como computadores, impressoras, roteadores e carregadores; câmeras de circuito interno de TV; home theaters, DVDs, videogames, ou onde mais for necessário. Fabricado de termoplástico de engenharia, o produto não só acaba com o indesejável embaraço dos fios e cabos, como também protege esses itens e os próprios usuários, que podem tropeçar na fiação.

Caxias do Sul recebe encontro da Almaco

Caxias do Sul (RS) recebe no dia 9 de outubro o 6º Encontro Regional organizado este ano pela Associação Latino-Americana de Materiais Compósitos (ALMACO). Além de palestras e debates com diversos especialistas no material – um tipo de plástico de alta performance –, o evento contará com a apresentação dos trabalhos de conclusão de curso da segunda turma de pós-graduação em compósitos do Brasil. Fruto da parceria entre ALMACO e Universidade Positivo, a pós-graduação é oferecida no momento nos campi de Curitiba, Caxias do Sul e Joinville – as aulas em São Paulo devem começar no início de 2014. Os interessados em participar gratuitamente do 6º Encontro Regional ALMACO devem ligar para (11) 3719-0098. As vagas são limitadas. 38 > Plástico Sul > Agosto de 2013 >>


Termotécnica se destaca no Prêmio Finep de Inovação

A Termotécnica, maior indústria transformadora de EPS (Isopor®) da América Latina, foi finalista regional do Prêmio Finep de Inovação 2013, que todos os anos presta um importante reconhecimento a empresas de pequeno, médio e grande porte por suas iniciativas pioneiras em diversos segmentos. O terceiro lugar da Região Sul, na categoria Inovação Sustentável, foi alcançado com a apresentação do case “Da logística reversa a novos produtos – como a Termotécnica tornou isso um negócio viável”. Uma das mais bem-sucedidas ações promovidas pela companhia, que tem sua matriz instalada em Joinville (SC), o programa desenvolveu alternativas para a reciclagem e o reaproveitamento do EPS, por meio da logística reversa, método em que o EPS retorna à fábrica para ser reciclado. O processo é simples: as embalagens de isopor da linha branca são reaproveitadas por meio de processos mecânicos e químicos. Segundo estimativas da empresa, desde 2007, mais de 25 mil toneladas foram recolhidas utilizando o processo de logística reversa, resultando em uma redução no ciclo de operações, que passou de 14h para 9h, número que corresponde a um terço do consumo geral de energia e insumos.

Think Plastic Brazil tem novo site

Em mais uma etapa da mudança de marca, o Think Plastic Brazil lançou seu novo site. “São 10 anos de estrada e a consolidação de um trabalho de incentivo à exportação que tem trazido bons resultados para a indústria plástica brasileira. Estas mudanças ocorreram para comunicar melhor este momento, promovendo mais interação e empatia com as partes interessadas”, diz o gerente executivo Marco Wydra. Confira em www.thinkplasticbrazil.com.

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Foco

no Verde

Reciclagem no celular

O Sinplast – Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do RS, por meio do Programa Sustenplást – RS Plástico com Inteligência, lança no dia 8 de outubro o Recycle Game, voltado para o tema da reciclagem e dos cuidados com o meio ambiente. O jogo eletrônico educativo é compatível com celulares e tablets Apple e Androids, além de computadores PC via website.

Braskem integra novamente o índice Dow Jones de Sustentabilidade para países emergentes

A Braskem foi novamente incluída no Dow Jones Sustainability Emerging Markets Index, o índice de sustentabilidade de países emergentes da Bolsa de Nova York. A carteira, lançada no início deste ano, é composta por ações de 81 empresas sendo apenas duas indústrias químicas. Das 81 empresas, 17 são brasileiras. A manutenção da Braskem no índice reconhece o compromisso da empresa com a ampliação da sua contribuição para o desenvolvimento sustentável através de boas práticas de governança corporativa, responsabilidade social e ambiental. A empresa brasileira também integra, desde o início, a carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBovespa, lançado há oito anos e que reúne ações de empresas consideradas referência em sustentabilidade, e o Índice Carbono Eficiente (ICO2) também da BM&FBOVESPA, composto pelas ações das companhias participantes do índice IBrX-50 que aceitaram adotar práticas transparentes com relação a suas emissões de gases efeito estufa (GEE). “Crescer de forma sustentável, com foco em excelência nas questões de saúde, segurança e meio ambiente é uma diretriz estratégica para a empresa. A Braskem desde sua formação busca fortalecer sua estratégia de negócios melhorando seus produtos, serviços e processos e promovendo soluções para a sociedade junto com sua cadeia de clientes no contexto da sustentabilidade”, afirma Jorge Soto, diretor de Desenvolvimento Sustentável da Braskem.

Reciclaplast é em outubro

O mercado de reciclagem de plásticos na América Latina entra em cena durante os dias 8 e 10 de outubro no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, quando acontece a RECICLAPLAST. São eventos simultâneos a EXPOSUCATA (voltado para o mercado de reciclagem de metais, eletrônicos, automóveis, entre outros), MERCOAPARA (voltado para o mercado de reciclagem de papel), RCD EXPO (voltado para o mercado de reciclagem de resíduos de construção e demolição), e a EXPOLIXO (voltado para o mercado de limpeza pública, resíduos urbanos e industriais). O mercado latino-americano de resíduos sólidos encontra, em um só lugar, as maiores novidades e avanços tecnológicos para quem gera e coleta, transporta e movimenta, tria, processa e dá destino aos mais diversos tipos de resíduos - sejam eles recicláveis ou não. Maiores informações no site www.reciclaplast.com.br. 40 > Plástico Sul > Agosto de 2013 >>


Plast Mix

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Agenda DIVULGAÇÃO

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Bogotá (Colômbia)

Apema / Página 12 Ax Plásticos / Página 36 Brasfixo / Página 36 Cabot / Página 11 CEB / Página 22 Chiang / Página 27 Cristal Master / Página 44 Detectores Brasil / Página 39 Digitrol / Página 41 Ecomaster / Página 02 Expoente / Página 30 Feiplastic / Página 33 Gabiplast / Página 13 Inbra / Página 37 Matripeças / Página 36 Mercure / Página 23 Multi União / Página 30 Nazkon / Página 41 New Ímãs / Página 32 Olifieri / Página 41 Oyster Tur / Página 31 Polibalbino / Página 41 Polielos / Página 41 Rescilux / Página 40 Sagec / Página 32 Shini / Página 25 Sociesc / Página 17 Staft / Página 41 Teck Tril / Página 29 Thormaq / Página 32 Villares Metals / Página 05 Wittmann / Página 35 Wortex / Página 26 42 > Plástico Sul > Agosto de 2013 >>

Agende-se para 2013 1º Congresso Brasiltec & Viniltec 2013 14 e 15 de agosto de 2013 - IPEN-CNEN/SP - Cidade Universitária São Paulo - SP - www.spebrasil.org.br Plastech Brasil 2013 Feira de Tecnologias para Termoplásticos e Termofixos, Moldes e Suprimentos 27 a 30 de agosto de 2013 - Pavilhões da Festa da Uva Caxias do Sul/RS - www.plastechbrasil.com.br Embala Nordeste 2013 Embala 4 Business 8ª Alimentécnica, 8ª Embalaplast e 7ª EmbalaPrint e 8ª Embala Nordeste 27 a 30 de agosto de 2013 - Centro de Convenções de Pernambuco Olind - PE - www.embalanordeste.com.br Mercopar Feira de Subcontratação e Inovação Industrial 1º a 4 de outubro de 2013 - Centro de Eventos Festa da Uva Caxias do Sul - RS - www.mercopar.com.br K 2013 International Trade Fair Nº 1 For Plastic and Rubber Worldwide 16 a 23 de outubro de 2013 Düsseldorf – Alemanha http://www.k-online.de Andina-Pack 2013 - Feira Internacional de Embalagem 5 a 8 de novembro de 2013 Bogotá – Colômbia - www.andinapack.com


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