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Editorial DIVULGAÇÃO
Expediente Ano XII - # 148 - Novembro de 2013
Conceitual - Publicações Segmentadas www.revistaplasticosul.com.br R. Vicente da Fontoura, 2629 - Sala 03 CEP: 90640-003 - Bairro Petrópolis Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3062.7569 plasticosul@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844 Redação: Brigida Sofia Consultor de Redação: Júlio Sortica Departamento Comercial: Débora Moreira e Sandra Tesch Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777) Capa: divulgação Plástico Sul é uma publicação da editora Conceitual - Publicações Segmentadas, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 8.000 exemplares. Filiada à
ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas Marca Registrada:
Mercado, pesquisa e competitividade
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cada mês que passa olhamos o calendário, repassamos a agenda, conferimos nosso planejamento e nossas anotações - inclusive aquelas mentais - para saber se o dever está sendo cumprido. A economia brasileira, que passou 2013 a trancos e barrancos deveria se espelhar ao menos um pouco na iniciativa privada e buscar um controle mais efetivo de suas ações. Esse discurso introdutório é apenas para preparar o caminho de um comentário sobre o setor petroquímico-plástico no Brasil, onde alguns setores ainda buscam um caminho mais seguro e confiante, sem se arriscar constantemente a andar no fio da navalha. E isso ocorre com o setor de distribuição de resinas. Envolvidos em um cenário pouco animador, sofrendo de um lado as turbulências de um câmbio instável, da concorrência de importadores aventureiros, arcando com o ônus de tributos e tendo que fazer ginástica para investir e ainda conseguir seu objetivo, o lucro, é realmente uma situação difícil. Mas o setor está aí, lutando contra a corrente, apostando em alguns projetos do Governo – torcendo para que este mesmo governo não atrapalhe -, e na recuperação em 2014. Como diz o ditado: “o choro é válido”. Mas também chega a hora que é preciso “engolir o choro”, “arregaçar as mangas” e tocar em frente. Tentar ser mais criativo, mais econômico e mais... mais... mais... Um exemplo, não de superação, mas de criatividade e busca de novas soluções pode ser encontrado em outro segmento, este industrial, o de fabricantes de extrusoras. É bem verdade que o setor de embalagens está em alta, mas não basta oferecer o mesmo tipo de máquina anos a fio, mesmo que o modelo seja bom, eficiente. Sempre é possível melhorar e isso os fabricantes estão fazendo, criando novas máquinas, mas eficientes, competitivas e até mesmo econômicas. Esse é o desafio constante. E se desafio é evoluir, melhorar desempenho e criar novos cenários, méritos também para os fabricantes de resinas, que investem em pesquisa para tornar um bom produto em um produto melhor, que será considerado excelente até surgir outro melhor ainda. E nesse ciclo evolutivo o plástico demonstra um espírito vencedor, procurando de todas as formas ser mais competitivo e comprovar que pode substituir o alumínio, o vidro e a celulose (papel, papelão) com vantagens para quem fabrica e para quem consome. Nossa edição está mesmo especial, pois além destes três temas interessantes, também destacamos a vitória da Cristal Master, que completará 10 anos em 2014 com planos de expansão, no Plast VIP o reconhecimento ao talento do arquiteto André Fornari, que venceu o concurso Casa do PVC. Há também espaço para a CasaE, a residência do futuro, projeto da Basf no Foco no Verde, bem como as novas funções de Kristen Lamm na NPE 2015 e Henry Goffaux na Abiquim no Bloco de Notas. Boa leitura!
Melina Gonçalves / Editora melina.goncalves@conceitualpress.com.br 4 > Plástico Sul >>>
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PlastVipAndré Fornari
Ideias e soluções do vencedor do Concurso Casa de PVC DIVULGAÇÃO
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arquiteto paranaense André Fornari, de Florianópolis, venceu o Concurso Público Nacional de Estudos Preliminares de Arquitetura para um modelo de habitação sustentável com priorização do plástico como matéria-prima global - para uma habitação sustentável de PVC. Promovido pela Braskem e organizado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil de Alagoas (IAB-AL), o Concurso Casa de PVC, que foi um sucesso, fez parte das comemorações da inauguração da primeira unidade de PVC em Alagoas, em 1988 e teve 31 projetos aprovados para concorrer. Um dos objetivos era dar visibilidade às novas tecnologias da construção civil, incorporando alguns dos conceitos de habitação sustentável global. Por ser o plástico um poderoso veículo de inovação tecnológica e pela diversidade de usos ao qual pode ser aplicado, sua chegada ao mercado da construção civil já era aguardada e vem se consagrando como uma opção viável e de grandes benefícios. Vem sendo empregado nas mais diversas formas e composições, agregando infinitas possibilidades de inovação, tais como: ergonomia, leveza, variedade de cores, formas inusitadas, resistência, baixa abrasividade, funcionalidade, além da possibilidade de reciclagem. Diante da variedade de produtos fabricados no Brasil com PVC, polietileno e polipropileno, produzidos a partir das matérias-primas fornecidas pela Braskem, surgiu a intenção de dar visibilidade a esses produtos e suas aplicabilidades também no mercado da construção civil, demonstrando sua importância como veículo de desenvolvimento, qualificação e diversificação para o setor. André Fornari, 30 anos, natural de Pato Branco (PR), arquiteto e urbanista, formado em 2009 pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) é sócio-diretor do estúdio AF, Arquitetura e Imagem e teve Davidson Weber como arquiteto colaborador. A Comissão Julgadora descreve assim o projeto de Fornari.. “O primeiro colocado resolve o programa de necessidades com clareza de leitura arquitetônica e proposições que aliam atratividade e personalidade, próprios para demonstração de portfólio de produtos, a princípios adequados no que se refere à funcionalidade da habitação e à correta orientação em relação ao sol e aos ventos. O projeto se desenvolve em dois
blocos longitudinais justapostos. Em um dos blocos é organizada a parte íntima, de forma compacta e com privacidade, e, no outro, a parte social e de serviço. O afastamento na lateral sudeste favorece a ventilação no bloco de quartos, ao longo de todo o ano. Já a continuidade dos ambientes sociais favorece a ventilação vinda de nordeste, presente nos meses de verão”. E segue: “A limitação de acessibilidade no banheiro da suíte pode ser facilmente resolvida pela relocação dos aparelhos sanitários. A posição do quarto de casal pode ser invertida com a do banheiro, eliminando sua exposição ao sol poente e a área de serviço poderia ser deslocada para evitar a exposição à sala de estar. De modo geral, este projeto explicita os princípios passivos aplicados e adequados ao programa e seu contexto”, completa. Confira abaixo entrevista exclusiva com André Fornari sobre seu projeto, conceitos e aproveitamento do plástico na construção civil. <<< Plástico Sul < 7
FOTOS: DIVULGAÇÃO
PlastVipAndré Fornari Braskem, foi sem dúvida uma grande motivação. Plástico Sul - Você é da Região Sul e a casa será construída no Nordeste. Você já fez trabalhos para esta região? Quais foram os desafios? Fornari - O maior desafio foi buscar uma implantação integrada ao entorno da fábrica da Braskem, que fica no município de Marechal Deodoro, aplicando os conceitos de sustentabilidade condizentes com o clima local, através de um projeto de arquitetura claro e objetivo. Fazer isso de forma simples e concreta, num exemplo prático e em escala real, e de certo modo, desconstruindo a ideia de que uma fábrica traz um ideal pré-concebido de espaço, é o desafio colocado à prova. Plástico Sul - A coordenação do concurso informou que foram submetidos 31 trabalhos, todos habilitados para julgamento. Que elementos do seu projeto levaram ao primeiro lugar na sua avaliação? Em que se destacou dos demais? Fornari - Racionalidade de leitura de projeto e de execução da obra foram as premissas deste trabalho. As dimensões compactas do terreno exigiram seu máximo aproveitamento, com uma implantação ordenada que privilegiasse ao máximo todos os cômodos da casa. Por ser um equipamento destinado à visitação, tanto o apelo formal e visual quanto as solução construtivas precisas foram de extrema importância para o atendimento dos principais objetivos, que eram mostrar o potencial e chamar a atenção para um produto de grande aplicação na construção civil e que tem um campo de exploração e crescimento evidente no mercado nacional.
Racionalidade de leitura de projeto e de execução da obra foram as premissas básicas
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Revista Plástico Sul - Comente sobre seu projeto e o processo de criação para o concurso Casa PVC. André Fornari - Participo de concursos de arquitetura desde a época em que era estudante, conquistando o primeiro lugar no 4º Prêmio Nacional de Pré-Fabricados em Concreto para estudantes de Arquitetura, em 2005. Nesta oportunidade, tratamos o tema da pré-fabricação em escala habitacional, produzindo um conjunto de moradia popular a partir de um módulo construtivo de 3,5x3,5m. A partir da modulação estabelecida, desenvolveram-se peças de fácil execução e montagem simplificada, com potencial de arranjos diferenciados, gerando tipologias diversas. O tema da pré-fabricação, assim como no caso da Casa PVC, sempre é muito instigante e, a possibilidade de trabalhar com um sistema construtivo diferenciado, no caso o Concreto PVC, desenvolvido pela
Plástico Sul - À parte deste concurso, qual a participação do plástico em seu trabalho? Fornari - Principalmente através das esquadrias de PVC, que asseguram um melhor isolamento térmico e acústico. Porém, com custos competitivos, facilidade de instalação e baixa manutenção, os produtos de PVC são aplicados em diversos segmentos, como forro, piso e revestimentos de parede, instalações em geral, calhas, telhas, etc. Plástico Sul - O concurso era sobre “modelo de habitação sustentável com priorização do plástico como matéria-prima global”. Que novidades este projeto trouxe a você em relação ao plástico como matéria-prima para a construção? Fornari - O PVC é um material consagrado na construção civil, sendo amplamente utilizado em esquadrias, revestimentos, instalações, acabamentos e muitos outros. Porém foi a partir do concurso e da pesquisa que realizamos para desenvolver o projeto que pudemos constatar a diversidade de produtos
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PlastVipAndré Fornari e possibilidades que estes materiais possuem e a grande quantidade de obras já realizadas utilizando o Concreto PVC no Brasil. Projetar uma residência, utilizando ao máximo estes elementos, foi uma novidade e um desafio enorme. Plástico Sul - Como avalia o papel do plástico na construção sustentável em relação aos outros materiais? Fale sobre as aplicações, as possibilidades e o que é viável economicamente ou não. Fornari - O Concreto PVC, formado por perfis leves e modulares de simples encaixe, proporciona uma construção rápida e limpa, sem entulho e sem desperdício. As paredes com espessuras menores gerando um ganho de área útil, suas excelentes propriedades como isolante térmico e acústico e por ser imune a fungos e bactérias demonstram alguns de seus diferenciais. Por sua elevada durabilidade, facilidade de limpeza, baixa manutenção no pós uso e menor consumo de água e energia na construção vem se destacando como um sistema ambientalmente responsável. Plástico Sul - O PVC é a melhor opção para a construção sustentável? Fornari - O PVC (Poli Cloreto de Vinila) é um mate-
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rial plástico não 100% originário do petróleo. Sua principal matéria-prima é um recurso inesgotável na natureza: 57% de cloro (derivado do sal marinho) e 43% de eteno (derivado do petróleo). O PVC é reciclável e auto extinguível, ou seja, não propaga fogo, é inerte e, portanto, não agride a natureza. É resistente à ação de fungos e bactérias, fabricado com baixo consumo de energia e sua vida útil em construções é superior a 50 anos. Devido as suas características, fica evidente que o PVC é uma matéria-prima de grande versatilidade de aplicação e que contribui significativamente para o desenvolvimento sustentável. Plástico Sul - No Brasil, muitas pessoas passaram a ter acesso à luz e água há pouco tempo. Para quem vê o país de fora, pode ser difícil entender como um país com tanto sol não pôde transformá-lo em energia alternativa antes. Nesta linha, qual o papel da arquitetura para o reaproveitamento desse recurso, assim como da chuva? Isso é viável para moradias regulares (de baixo custo)? Fornari - Acredito que uma correta orientação da edificação definida em função das condições de insolação e ventilação do entorno, visando o
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PlastVipAndré Fornari
Descrição do projeto
Em um equipamento destinado à visitação, tanto o apelo formal e visual quanto as soluções construtivas precisas são de extrema importância para o atendimento dos seus principais objetivos, mostrar o potencial e chamar a atenção para um produto de grande aplicação na construção civil e que tem um campo de exploração e crescimento evidente no mercado nacional. É através de um projeto de arquitetura claro e objetivo que queremos mostrar sua aplicação, com suas várias possibilidades de uso. Fazer isso de forma simples e concreta, num exemplo prático e em escala real, e de certo modo, desconstruindo a ideia de que uma fábrica traz um ideal pré-concebido de espaço, é o desafio colocado à prova. O lote a se implantar a casa Modelo da Braskem fica dentro dos limites da sua fábrica em Alagoas, no município de Marechal Deodoro. As dimensões compactas do terreno exigiram seu máximo aproveitamento, com uma implantação ordenada e racional e que privilegiasse ao máximo todos os cômodos da casa. A arquitetura buscada ficou caracterizada por duas barras lineares, com alturas distintas e coladas uma à outra. A primeira de uso social e serviço, aberta e interligada física e visualmente com frente e fundos do terreno. Tem pé-direito mais alto e relação forte com o exterior. A segunda, de usos mais privativos como quartos e banheiros, fechada para frente e fundos, mas aberta para toda a lateral, atendida por um terraço linear que acompanha todo o volume. Insolação e ventilação foram privilegiadas ao dispor as aberturas dos dormitórios e banheiros para a lateral do terreno, além da privacidade. No setor social, com a sala integrada com a cozinha, a iluminação e a ventilação natural ficam asseguradas pelas grandes aberturas dispostas em lados opostos do volume. Seu pé-direito maior permite também uma abertura lateral contínua acima do volume dos quartos e banheiros ao lado, auxiliando na entrada de luz natural e possibilitando troca de ar constante em todo o ambiente. Racionalidade de leitura de projeto e de execução da obra foram as premissas deste trabalho. A ideia é apresentar um produto eficiente e flexível, um produto imbuído num sistema que permite a máxima otimização dos materiais e dos sistemas, onde as perdas se reduzem a próximo de zero e o tempo de execução da obra fica limitado à capacidade humana de montagem e execução da mesma. A isso podemos chamar sustentabilidade, onde a avaliação global dos processos consolida um sistema pensado para agredir minimamente o ambiente e onde o resíduo, quando existente, é passível de reutilização ou reuso. 12 > Plástico Sul >>>
aproveitamento da radiação solar para geração de energia fotovoltaica e aquecimento de água, bem como a captação dos ventos predominantes e aproveitamento de água da chuva para fins não potáveis (descarga do vaso sanitário, lavagem de roupas e de piso) são soluções que devemos adotar, independente da faixa econômica em questão. Para muitas pessoas, uma casa construída com eficiência energética é sinônimo de mais dinheiro, o que não é verdade. O custo não chega a 5% a mais que o de uma casa convencional. “Muitas vezes, em alguns casos fica até mais barato”, segundo Roberto Lamberts, pesquisador do Laboratório de Eficiência Energética da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e que foi meu professor. Plástico Sul - Nas grandes cidades, os novos residenciais têm cada vez mais andares e apartamentos, levando mais pessoas a habitarem em cada vez menos espaço. Nesta linha, como a arquitetura sustentável pode reduzir os impactos? Fornari - Muitos edifícios rotulados como verdes refletem apenas esforços para reduzir a energia incorporada e são, em muitos outros aspectos, convencionais, tanto na aparência quanto no processo construtivo. O Conselho Internacional da Construção – CIB aponta a indústria da construção como o setor de atividades humanas que mais consome recursos naturais e utiliza energia de forma intensiva, gerando consideráveis impactos ambientais. Estima-se que mais de 50% dos resíduos sólidos gerados pelo conjunto das atividades humanas sejam provenientes da construção. Os governos municipais possuem grande potencial de atuação na temática das construções sustentáveis. As prefeituras podem induzir e fomentar boas práticas por meio da legislação urbanística e código de edificações, incentivos tributários e convênios com as concessionárias dos serviços públicos de água, esgotos e energia. Plástico Sul - No seu portifólio online, não tem outro projeto residencial. Não atuava nesta área? Por quê? Pretende atuar? Fornari - Possuo um jovem estúdio de arquitetura e ilustração, chamado AF Arquitetura, que procura atuar com criatividade em busca de soluções inovadoras nos mais variados usos e em diferentes escalas de atuação.
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EspecialDistribuição
(Sobre)vivendo no fio da navalha FOTOS: DIVULGAÇÃO
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Um balanço de 2013 revela descompasso diante de um cenário desfavorável, e embora as projeções para 2014 apontem sinais de melhoras, ainda assim será um ano desafiador 14 > Plástico Sul >>>
eitas as contas, a Adirplast (Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas e Bobinas Plásticas e Afins) avalia que a demanda brasileira de resinas em 2013 teve uma alta de no máximo 5%, comparando com o ano de 2012. “O Brasil enfrentou nas últimas décadas um grande declínio da indústria e verificamos estudos do IBGE que mostram que continua a aumentar o coeficiente de importação da indústria brasileira e a diminuir o coeficiente de exportação. A rede de distribuição deverá fechar o ano com um volume em torno de 400 mil toneladas comercializadas. Este desempenho é cerca de 10% menor em relação à participação da distribuição em 2012 e, apesar de não termos como mensurar o número real de importados que entram no Brasil, atribuímos essa perda para os importados”, afirma o presidente da Adirplast, Laercio Gonçalves. O dirigente reforça que a maior dificuldade deste setor está em competir com os produtos importados, ou seja, “com empresas que não tem nenhuma estrutura operacional, não oferecem serviços ao cliente e consequentemente tem um custo operacional menor. Estamos enfrentando esse desafio através de estratégias focadas no alto nível de Gestão e pela busca da excelência operacional, o que têm gerado uma redução em nossos custos operacionais”, destaca. Gonçalves aponta que no início de 2007
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EspecialDistribuição são o Sul e Sudeste e os setores em alta são higiene e limpeza/cosméticos, afirmam os executivos. Os resultados do balanço da empresa apontam que 75% das vendas destinam-se ao Sudeste , 15% para o Sul e os 10% às outras regiões. Para conseguir resultados positivos, Marcos e Marcelo citam uma estratégia comercial de médio e longo prazo para que o horizonte visualizado seja no mínimo de 6 meses, “pois temos o transit time de 90 dias do pedido à entrada em nosso estoque. Então procuramos travar o câmbio, analisar resinas de maior giro, pois o volume de estoque envolvido é expressivo”, informam.
Interferência do governo prejudica
Ruiz, da Eteno, tem expectativa de fechar o ano com desemenho de razoável para bom
as importações representavam 17,8% da produção industrial brasileira e as exportações 21,1%. “No primeiro semestre de 2013, esse coeficiente havia caído para 18,2% no caso das exportações e aumentado para 25 % nas importações. Portanto, a indústria brasileira está em claro processo de desindustrialização, a cada ano exportando menos manufaturados e importando mais itens”. No mercado de Especialidades, a resina ABS segue em destaque entre a distribuição de todas as outras especialidades. “Este segmento ajuda muito, porém o impacto no resultado dos distribuidores não é muito significativo. Nas commodities, o PE foi a resina de melhor performance”, comenta. Focando especificamente no setor de distribuição de resinas, a Adirplast projeta que 2013 terá um faturamento similar à 2012, ou seja, na ordem de R$ 2,4 bilhões. A região Sul representa em torno de 30% do volume comercializado no Brasil, enquanto as regiões Norte/Nordeste respondem juntas por 7% do volume comercializado nacionalmente.
Um ano difícil
Marcos P. Prando e Marcelo P. Prando, diretores da Replas, afirmam que 2013 foi um ano difícil, o mercado comenta que as importações estão em alta, mas não é isso que sentem com seus fornecedores, que reclamam em não conseguir mais vender em clientes direto. “Este ano os preços internacionais se mantiveram em alta, alguns meses ficaram inviáveis”, avaliam. Um balanço mostra, porém, que os volumes comercializados em 2012 foram 5% menos que em 2013. Os melhores mercados para a distribuição 16 > Plástico Sul >>>
Outros fatores também contribuiram para comprometer o desempenho. Assim, para Osvaldo Cruz, da Entec-Ravago, a mudança na cobrança do ICMS interestadual para materiais importados alterou a relação oferta-demanda. “Como sempre no Brasil, os Governos interferem na economia criando distorções nas relações comerciais. Essa mudança acabou por incentivar o mercado informal, a sonegação voltou a ser um forte competidor”, afirma. A indústria plástica, a exemplo de vários setores produtivos no Brasil, sofreu muito em 2013: falta de competitividade, distorções tributárias, pouco investimento e sem um horizonte definido para investimentos e consequente desenvolvimento, ficou na sobrevivência. “Para 2014 creio que não será diferente desse ano, ou seja, muito trabalho para sobreviver”, projeta o executivo. Especificamente sobre preços das resinas, Cruz aponta que durante o ano ocorreram vários aumentos e (2013) termina com previsões de mais aumentos acompanhando o que vem acontecendo com a nafta petroquímica. “Naturalmente que o cambio tem um peso e uma influência do fluxo da entrada de resinas, porém a mudança do critério da cobrança do ICMS acabou por ser mais importante do ponto de vista de estimular a importação”, comenta. Como estratégias para conseguir resultados positivos, o executivo acredita em controlar os custos fixos, otimizar a logística e terceirizar tudo aquilo que não é do core business e “ter muita perseverança e acreditar”, acrescenta. A Entec-Ravago considera como os melhores mercados o Sudeste e Sul, sendo que o Sul representa 30% para a empresa. A Eteno tem como foco as regiões Norte/Nordeste e principal aplicação o segmento de embalagens, visando substituição de vidro e embalagens metálicas. Em termos de volume de vendas, o diretor Odair Ruiz avalia com uma dose
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EspecialDistribuição
Gomes, da Mais Polímeros: cenário adverso em 2013 provocou quedas e perda de clientes
de cautela: “Pode-se dizer que 2013 será um ano de razoável para bom”. O executivo informa que, na comparação de 2012 com 2013, houve crescimento ligeiramente superior ao PIB. “Os preços têm oscilado nos últimos meses. O Platts nos ajuda a entender o que está acontecendo no mercado externo e nos ajuda a prever os movimentos do mercado interno. Acreditamos que 2014 será um ano promissor para o mercado brasileiro”, diz. Como estratégia para conseguir os melhores resultados, ele aponta o necessário alinhamento com a Braskem “e estar sempre próximo dos clientes para atender as suas necessidades”.
Alternativas e estratégias
James Tavares, diretor da SM Resinas, comenta que o mercado continua duríssimo, com muita competição e dificuldade em repassar os aumentos necessários de preços. “Os distribuidores e os transformadores estão operando com margens muito baixas. A solução que enxergamos é a busca por mercados que demandem as especialidades da DOW, eficiência em custos e produtividade. Prevemos um 2014 com muita competição por parte da revenda e com depreciação do Real, que implicará em novos reajustes de preços em reais para o setor”, afirma. Tavares comenta que as importações de polietileno voltaram a crescer em 2013 e que houve um esforço muito grande da petroquímica local para defender sua posição no mercado brasileiro. A estratégia adotada foi a de reduzir custos e aumentar a produtividade. Também investiram na ampliação do portfólio de produtos, com ênfase 18 > Plástico Sul >>>
em especialidades da DOW e outros produtos com apelo de sustentabilidade. O Sul e o Nordeste representam aproximadamente 35% das vendas da SM Resinas. “Os melhores mercados estão nestas duas regiões, entretanto, cabe destacar que são mercados de intensa competição. Dentre os mercados extremamente competitivos destacamos o de Santa Catarina pelo tema isenção fiscal e o de São Paulo pela intensa participação das revendas. “Como distribuidores da DOW, temos forte atuação através do portfólio de octenose metalocenos para a fabricação de filmes técnicos. Algumas aplicações que vemos em alta são Stand Up Pouch, Grama Sintética e Filmes para PetFood”, comenta Tavares. O faturamento da empresa cresceu 5% se comparar 2013 com 2012 e, para 2014, as projeções indicam comporamento da mesma ordem. “Prevemos crescimento de 5% nas vendas em 2014 com aumento gradual da participação das especialidades e dos produtos com apelo de sustentabilidade”, comenta Tavares.
Queixas e esperanças
O ano de 2013 foi bastante difícil, devido à uma concorrência muito grande (direta, indireta, internacional, informal em alguns segmentos), forte flutuação nos preços das resinas e insumos, aumento dos custos defretes/operacionais e incentivos fiscais em alguns Estados para produtos importados e com diferenciação de alíquota de ICMS para venda interestadual. Assim se comportou o setor na avaliação de Aparecido Luis Camacho Gomes, Gerente Comercial da Mais Polímeros. “O resultado disto foi uma perda de clientes e mercado da ordem de 15-20% do volume de vendas projetado e, por conseguinte, de resultados financeiros”, revela. “Acreditamos que 2014 será um ano melhor, porém desafiador. Mesmo com fatos positivos e relevantes como Copa do Mundo, eleições e projeção de PIB entre 2-2,5%, ainda seguimos com estimativas do petróleo e derivados numa base elevada, com câmbio projetado para cima (R$ 2,35-2,45), e ambiente internacional com o balanço de oferta e demanda equilibrado, principalmente em nossa região. Entretanto, Gomes ressalta que, “com o apoio de nossos parceiros e fornecedores, projetamos recuperar o volume de vendas dos produtos importados e de revendas e capturar melhores resultados de forma estruturada, sustentável e consistente”. Especificamente sobre os preços das resinas, o executivo afirma que os patamares atingiram níveis elevados e o repasse e absorção pela indústria e consumidores estão muito aquém desse ritmo, o que gera uma queda na demanda e busca por alternativas em termos de produtos, preços,
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EspecialDistribuição DIVULGAÇÃO
O mercado foi mais favorável para algumas categorias de resinas, como o poliestireno
aplicação, processo, etc. A tendência sinaliza para a manutenção desse quadro em 2014. A percepção é de que em 2013 a importação de resinas aumentou e ganhou participação no mercado. "Segundo dados da Maxiquim e do MDIC, de janeiro a setembro de 2013, as importações de PE e PP ficaram com 25,7% de participação no mercado doméstico, frente uma participação de 23,9% no mesmo período de 2012, ou seja, um crescimento de 7,5%”, informa Gomes. Ele avalia que o câmbio é uma variável relevante na decisão de importar ou não e, até novembro 2013, acumulou uma variação de + 13,77%, que seria suficiente para dificultar o incremento ocorrido nas importações. “Mas que teve seu impacto amortecido pela não renovação e manutenção da alíquota de importação dos PE’s em 20%, retornando, a partir de 1º de outubro passado, para o patamar de 14% do II para os PE’s – o que de certa forma é alto ainda se comparado com outros países e regiões, mas que reflete a realidade de custos e competitividade do Brasil, no setor”, diz. Gomes reafirma que as regiões Sudeste e Sul concentram a maior quantidade e diversidade do parque industrial nacional e, não por acaso, os mercados consumidores. Porém, há que se destacar as taxas de crescimento que as regiões Nordeste e Norte têm apresentado nos últimos anos, em função do aumento de renda, investimentos e desenvolvimento. “As aplicações voltadas para embalagens em geral e setor automotivo seguem como maiores ‘vedetes’ do mercado brasileiro de transformados, pois possuem uma diversidade de materiais, processos, profissionais, empresas, qualidade e performance admiráveis”, pondera. 20 > Plástico Sul >>>
Sobre embalagens, o executivo aponta que, além de estar entre os maiores mercados na utilização de resinas, existe uma tendência crescente de demanda por produtos e embalagens inteligentes e interativas com os consumidores. “Acredito que, com uma melhor distribuição de renda, acesso à educação, maior adesão ao SPED Fiscal, normatização de alguns segmentos, conscientização da importância da sustentabilidade, teremos um melhor balanço entre o planeta, as pessoas, o lucro e, como consequência, uma maior utilização e desenvolvimento de embalagens e produtos em novas aplicações para o mercado nacional e com projeção internacional”, destaca Gomes. Em 2012, dentre todas as resinas, a empresa fechou o ano com volume de 55 Kton e para 2013 projeta encerrar com resultado positivo, porém com volume de vendas ao redor de 46-47 Kton. Desses volumes, 99% são commodities e 1% dos plásticos de especialidades. A região Sul, segundo Gomes, representa algo entre 15 e 20 % do faturamento, sendo que atua com maior ênfase no Paraná e Santa Cataraina. A Mais Polímeros projeta encerrar o ano com faturamento da ordem de R$ 300 a 325 milhões.
Petroquímicas: bom desempenho
Marcos Pires, Coordenador de Marketing & Inteligência de Mercado da Innova, avalia que em 2013 o mercado de resinas apresentou bom desempenho, houve crescimento na demanda praticamente em todos os segmentos. Para 2014 projeta um ano com comportamento semelhante a 2013, devido a fatores políticos e econômicos. “A Innova continua produzindo à plena capacidade. Em 2013, no final do segundo semestre, realizou mais uma otimização na planta de poliestireno, aumentando a sua capacidade em 15 toneladas ano”, afirma. A Innova é a única planta de estirênicos integrada na América Latina, aonde produz os seus principais produtos; estireno e poliestireno. No mercado de resinas o principal produto distribuído foi o poliestireno. Para a empresa, a Região Sul representa em torno de 57% e Região Nordeste aproximadamente 12%. Sobre aplicações, Pires destaca na Região Sul o segmento de descartáveis (copos, talheres, pratos, etc.), e linha branca (geladeiras); e na Região Sudeste/Nordeste também o segmento de descartáveis, embalagens, laticínios. O principal canal de vendas da Innova é venda direta, a distribuição representa aproximadamente 8% do volume vendido. O faturamento estimado para 2013 é de aproximadamente R$ 1,8 bilhões. Em 2013, a empresa passou por uma importante mudança, a compra pela Videolar. Segundo
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Pires, esta alteração não afetará a forma de atuação da Innova para com o mercado, junto aos seus clientes, mantendo parcerias, oferecendo e desenvolvendo soluções, mantendo a linha de constantes inovações em processos, produtos. O executivo destaca que a aprovação da venda da Innova está em processo de análise do CADE. Sobre produtos, Pires destaca o grade R 870E, com excelente balanço entre rigidez e resistência ao impacto. Indicado para descartáveis e embalagens de alimentos; o grade R 350L G2 O, único poliestireno de médio impacto, que alia transparência e excelente brilho. A segunda geração permite ampliar seu uso em descartáveis transparentes de maior capacidade. E o último lançamento, o R 770E é o mais novo poliestireno de alto impacto com alto desempenho para os segmentos de descartáveis e embalagens transparentes. Substitui blendas de HIPS e GPPS. A DOW outro player importante no segmento, avalia como positivo o comportamento do mercado brasileiro em 2013 e acredita que 2014 será mais parecido com o segundo semestre deste ano, segundo Letícia Jensen, Diretora de Vendas da Divisão de Embalagens e Plásticos de Especialidades no Brasil. Em 2012, a DOW (grupo) teve vendas anuais de US$ 57 bilhões e empregou aproximadamente 54.000 funcionários em todo o mundo. Os mais de 5.000 produtos da companhia são produzidos em 188 unidades fabris em 36 países ao redor do mundo. O leque de opções vai desde polietileno de baixa densidade lineares e especialidades plásticas bem como resinas de baixa densidade (PEBD) e alta densidade (PEAD) para diversas aplicações. “Enfim, o grupo tem como objetivo contínuo disponibilizar soluções inovadoras buscando ampliar o
Letícia Jensen ressalta que a DOW oferece soluções inovadoras para cada setor
mercado da indústria plástica e oferecer produtos e serviços cada diamais diferenciados”, afirma Letícia. “Para Alimentos e Embalagens Especiais, temos soluções inovadoras que proporcionam aos clientes e donos de marcas combinações de atributos únicos, embalagens com excelente aparência e integridade, custos competitivos, boa produtividade durante a fabricação do filme e processo de empacotamento, praticidade, conveniência e produtos sustentáveis, uma vez que podem ser facilmente recicláveis e mais leves”, completa a executiva.
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EspecialDistribuição
Braskem com resultados positivos em 2013 O vice-presidente da área de Poliolefinas e Renováveis da Braskem comenta sobre o setor de resinas, distribuição e mercado interno. DIVULGAÇÃO
Guidolin diz que a Braskem valoriza os distribuidores, considerados essenciais para a cadeia
Revista Plástico Sul - Como avalia o comportamento do mercado em 2013 e uma previsão para 2014? Houve alguma mudança substancial? Luciano Guidolin - O mercado apresentou leve aquecimento em 2013 quando comparado com 2012, provocado pelo aumento da demanda do mercado interno. Além disso, alguns países produtores, que tinham como mercado consumidor principalmente a Europa, tiveram que ir atrás de outros mercados, devido à lenta recuperação dos países europeus frente à crise econômica. Um dos mercados encontrados por eles foi o Brasil, pois, entre outras coisas, tem alíquotas de importação que acabam atraindo esses produtos. A Braskem acredita que em 2014 o mercado de resinas (PE, PP e PVC) deve crescer em linha com o PIB. Por acreditar que tem um compromisso com o fortalecimento da cadeia plástica, a Braskem continuará investindo em ações que incentivem a inovação, tragam um avanço na competitividade do setor e fortaleçam a imagem e as vantagens do plástico. 22 > Plástico Sul >>>
Plástico Sul - Como estão se comportando os preços das resinas? Comente sobre importação de resinas e câmbio em 2013. Guidolin - A política de preços da Braskem consiste em manter os preços das resinas no mercado doméstico alinhados aos preços internacionais. A indústria petroquímica brasileira registrou déficit de US$ 32 bilhões nos últimos 12 meses encerrados em setembro de 2013, o que indica a necessidade de uma política industrial mais ampla, que siga fortalecendo a indústria nacional e possibilite atrair novos investimentos para o setor. O câmbio seguiu a tendência de desvalorização do real frente ao dólar, o que foi importante para conseguirmos recuperar algumas perdas e contribuir para o resultado da empresa. Plástico Sul - Quais foram os volumes comercializados em 2012 e as perspectivas de resultados para 2013? Deste índice, qual a fatia de commodities e Plásticos de Engenharia? Guidolin - Com relação ao ano de 2012, 2013 nos trouxe resultados positivos. Em Polietileno, o volume de vendas de resina aumentou 6,6% comparado com o ano anterior. Já em Polipropileno, esse aumento foi de 2,8% e em PVC, de 13,8%. Plástico Sul - Comente sobre a distribuição por regiões; quais foram os principais produtos para a Região Sul e Região Nordeste em 2013? Guidolin - Considerando o total de resinas de Polietileno comercializadas em 2013, 20,1% foram vendidas na Região Sul. Desse número, os produtos que se destacaram foram: filmes industriais, bobinas técnicas e sacos e filmes especiais. Já na Região Nordeste, os 19,5% foram representados principalmente pelo mercado de rotomoldagem, filmes especiais e bobinas técnicas e sacos. Analisando o volume de resinas de Polipropileno no ano de 2013, 31,1% correspondem a Região Sul, que teve como seus principais produtos os não tecidos, a ráfia e o BOPP, e 11% se devem a
Região Nordeste, com a ráfia, os baldes/UD e os nichos.Por último, temos o mercado de PVC, que de seu volume total em 2013, 19% foram comercializados na Região Sul, devido aos tubos e conexões e aos perfis rígidos, e 32,3% na Região Nordeste, devido também aos tubos e conexões, perfis rígidos e aos calçados. Plástico Sul - Quais setores (aplicações) estão em alta em cada região? Guidolin - Em Polietileno, o setor que mais cresceu na Região Sul e teve um aumento de 12% de 2012 para 2013, foi o de filmes especiais. Já na Região Nordeste, foi o de rotomoldagem com um aumento de aproximadamente 30%. Em Polipropileno, o setor que mais cresceu tanto na Região Sul quanto na Região Nordeste foi o de eletrodomésticos, com um aumento de 26,8% e 32,4%, respectivamente. Em PVC, houve um aumento de 28,9% em perfis rígidos na Região Sul e 24,4% em tubos e conexões na Região Nordeste.
Polietileno, Polipropileno e PVC da Braskem em2013, a Região Sul representa 22,9% desse número. Já a Região Nordeste, representa 17,8% do volume total. Plástico Sul - Quais os percentuais de venda direta e indireta? Qual a margem de corte? Guidolin - A Braskem possui vendas diretas e indiretas. As indiretas representam uma fatia importante das vendas do mercado nacional, pois os distribuidores são essenciais para a cadeia. Por conta deste serviço prestado, conseguimos atender cerca de 6 mil clientes, fato que não seria possível sem eles. Os distribuidores autorizados de Poliolefinas são: Activas, Nova Piramidal, Eteno, Fortymil, Mais Polímeros e Sasil. Os de Vinílicos são: Morais de Castro, Grupo Brasinter, Sumatex, Rodoquimica e Sasil. Com relação à margem de corte, ela está dentro de uma política da Distribuição que define as regras e compromissos tanto para o Distribuidor como para Braskem.
Plástico Sul - Dos resultados da empresa, o que representa o Sul e o Nordeste na distribuição (ton. Ou %)? Guidolin - Levando em consideração o volume de
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DestaqueExtrusoras
Novidades e mais eficiência
As extrusoras estão entre as mais importantes máquinas no setor plástico. Executivos do mercado comentam quais as atualizações tecnológicas e seus resultados na produção. 24 > Plástico Sul >>>
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os últimos anos, o perfil das extrusoras, um importante segmento da indústria do plástico, mudou... e para melhor. Para José Renato Saia, Gerente Comercial da Wortex, as máquinas tornaram-se mais eficientes, principalmente na relação kw/kh - atualmente o consumo energético é menor por quilo de matéria prima processada. “A evolução dos motores e o constante aprimoramento na tecnologia dos perfis das roscas de extrusão e na reciclagem, o uso de alimentação forçada para granulação de aparas moídas de filmes são os principais destaques”, comenta. Hoje a Wortex trabalha com as máquinas para reciclagem, extrusão de filmes, granuladoras para compostos, além de manter um programa de máquinas sob medida, conforme a necessidade do cliente. Outro destaque são as linhas de lavagem para material reciclado e a recém incorporada joint-venture com empresa italiana AMUT, que fabricará no Brasil linhas completas de extrusão de tubos, chapas, perfis e também termoformadoras de alta performance. Saia diz que a empresa mantém contatos regulares com os fornecedores de resina e os clientes, pois assim ajusta a performance dos equipamentos para as necessidades do mercado. “A principal linha de financiamento ainda é o Finame, que oferece prazos de até 120 meses para pagamento, mas, em sua maioria, são financiados em 60 meses”, diz. Outra empresa do setor, a Granoplast, que por muitos anos focou sua produção em periféricos para extrusão, há mais de duas décadas vem aumentando sua expertise no segmento. Hoje oferece desde modelos de pequeno porte com extrusoras voltadas para coextrusão e/ou extrusão de tubos e perfis de
leves, tanto com máquinas maiores,para produção de tubos e perfis de médio e grande porte. E também atende uma demanda crescente em equipamentos para granulação de resinas e plásticos de engenharia, onde possui uma excelente tecnologia tanto com corte na cabeça (water ring) - quanto com granulação convencional, onde tem uma parceria com um tradicional fabricante desta linha de equipamentos. “Nesta área de granulação, temos extrusora de 120 mm[L /D 34], com corte na cabeça para Polietileno Linear, com produção de 950Kg/h a 1.050Kg/h, que vem sendo nosso ‘cartão devisitas’ no segmento de granulação e para este ano devemos nos consolidar nesse segmento, com extrusoras com diâmetro diversos tais como 120mm, 150 mm , 180 mm, 200 mm e 250 mm, e devemos através desta, aumentar efetivamente, nossa participação no merca-
A Wortex promove a evolução dos motores e o constante aprimoramento da linha Challenger Recycler
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DestaqueExtrusoras DIVULGAÇÃO
Nolasco: olhos e ouvidos abertos para se manter ativo no mercado de extrusoras
do”, afirma o gerente comercial Leonardo Nolasco. Sobre os aperfeiçoamentos dos últimos anos ele foi taxativo: “Tivemos um grande incremento em relação a perfis de roscas, ganhos de eficiência também na caixa de alimentação e estabilidade térmica do conjunto de cilindro e rosca. Outro fator determinante foi o aumento de L/D, que anos atrás uma extrusora com L/D 28 e ou L/D 30 era considerada um equipamento com excelente L/D, mas hoje temos em nossa linha fabril, extrusora com L/D 34 ou mesmo L/D 36, e alguns casos com L/D ainda maiores”.
Melhorias, prós e contra
Outros recursos agregados foram na parte de controles térmicos mais precisos. Os recursos dos controles de temperatura digital trouxeram grandes melhorias no processo produtivo, aliados às sondas e controles de temperatura e pressão de massa, os processos foram sensivelmente otimizados, permitindo extrair dos equipamentos sua melhor performance, “trazendo expressivos resultados de produtividade sem abrir mão das propriedades mecânicas dos polímeros, os parâmetros são muito bem mensurados,onde se pode trabalhar no limite de produção sem abrir mão da qualidade dos produtos extrusados”, ressalta o executivo. Para Nolasco, a interface dos fabricantes de extrusoras e com os de resinas e aditivos é indispensável para o sucesso. “Para nos mantermos ativos no mercado de extrusoras, temos que permanecer com os ouvidos e olhos atentos, para captar as necessidades de nossos clientes, que não diferente de nós, vivem num mercado cada vez mais competitivo, são pressionados pela pequena margem de lucro onde 26 > Plástico Sul >>>
a automação e produtividade de suas extrusoras e periféricos fazem a diferença em suas operações. Não temos outra saída, ou produzimos máquinas com excelência, que por sua vez, atendam as pretensões e necessidades de nossos clientes ou em pouco tempo estaremos fora do mercado”, avalia. Sobre as condições de mercado, Nolasco diz que há pontos negativos, mas também positivos. “Vivemos num país onde a carga tributária é uma das maiores no planeta, estamos na contramão do mundo desenvolvido, onde é comum se tributar o consumo e não a produção como vemos por aqui. Seria menos perverso se nossa tributação fosse em relação à produção, mas aqui se tributa tanto a produção quanto o consumo”, queixa-se. "Por outro lado, temos um bom e importante aliado para o financiamento de máquinas e equipamentos, o BNDES no caso, que no ano de 2013 trabalhou com taxas de juros de 3,5 % ao ano em algumas linhas de crédito e para 2.014 teremos taxas de juros um pouco maiores, a partir de 4,5% ao ano, e mesmo com este aumento são taxas muito competitivas, indispensável para a sobrevivência e crescimento da indústria de máquinas nacional e por consequência alavanca e moderniza a indústria de transformação de plástico, que lança mão desta importante ferramenta para modernizar seu parque fabril”, reconhece o executivo. A Granoplast ainda faz algumas vendas por “leasing”, muito mais pela facilidade na obtenção deste tipo de financiamento do que pelas taxas cobradas. Tem ainda o Proger, linha exclusiva do Banco da Brasil e Caixa Econômica Federal (CEF) e ainda financiamentos do Finor - Fundo Investimento do Nordeste (Banco do Nordeste) na região Nordeste e FINAM – Fundo de Investimento da Amazônia na região Norte (Banco Basa), que são financiamentos a longo prazo com taxas de juros bem competitivas.
Tecnologia e qualidade
Evandro Didone, diretor da Kie, comenta que nos últimos tempos as extrusoras ficaram mais eficientes tanto no consumo de energia quanto pelo fato de trabalharem cada vez com materiais mais contaminados. “Praticamente todas os nossos modelos têm sistema de degasagem, tanto no cilindro, quanto no sistema de duas extrusoras, em cascata. Estes sistemas permitem ao cliente trabalhar com materiais impressos e com vários tipos de contaminação, que inviabilizariam o processo em máquinas convencionais. Agregamos também sistemas de corte na cabeça e alimentação forçada para filmes,que economizam energia e espaço nas plantas dos clientes”, A linha de extrusoras EK tem diâmetro de roscas de 60mm à150mm com potências de 20CV à 200CV . Produzem até 800kg/h. A principal fonte de financiamento hoje é o Finame, que apesar do
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aumento dos juros para 2014,ainda tem as menores taxas do mercado, na opinião do executivo. “Com taxas um pouco maiores, o cartão BNDES também é um produto que ajuda a vender devido a pouca burocracia em seu processo”, comenta. Camila Sapage, do Grupo Sapage, diz que as extrusoras ficaram mais eficientes principalmente em relação à produção e qualidade do produto final, com novos perfis de rosca, melhor controle de temperaturas, anéis de ar mais eficientes e etc. Também ficaram mais econômicas principalmente em consumo de energia. “Quando você faz um investimento, o melhor retorno é quando se paga em pouco tempo. Em razão destas inovações nos equipamentos, consegue-se pagar com mais facilidade e em menor tempo, devido à produtividade e qualidade do produto final”, comenta. Ainda em relação a tecnologias agregadas e benefícios alcançados, a executiva esclarece essa relação. “Quando se fala em tecnologia para fabricação de filmes flexíveis, além do anteriormente comentado, podemos agregar controladores automáticos de espessura, IBC, cabeçotes de menor permanência de materiais e melhor distribuição do fluxo. Controladores de tensão de filmes e não poderia deixar de mencionar entre outros o famoso Gravimétrico que hoje faz parte da linha”, aponta Camila. Sobre a relação com fabricantes de resinas e aditivos para melhorar o desempenho das máquinas, ela ressalta a importância da integração. “No que tange a extrusão de filmes, demos início recente com uma coextrusora três camadas e neste momento não obtivemos um auxílio muito expressivo dos fabricantes de resinas. Esperamos que com a continuidade possamos formar parcerias para melhorar nossas linhas”, afirma. Para Camila, é mesmo o mercado consu-
midor a maior indicação dos avanços tecnológicos que um fabricante tem que seguir e as linhas do grupo buscam constantemente este aperfeiçoamento. A empresa opera praticamente com todas as linhas nacionais de financiamento: Finame, Leasing, Proger, Cartão BNDES.
KIE: a linha de extrusoras EK recebeu vários itens de tecnologia, diz o diretor Evandro Didone
Conceito “Green”
Tradicional fabricante de extrusoras, a HGR comercializa linhas de mono e coextrusão até 07camadas. No portifólio, a linha EVO é a mais vendida. “Nesta linha gostaria de citar a campeã de vendas: Nitrus EVO 70. Máquina com cabeçote bi-fluxo de linha, troca-telas pneumático, anel de ar exclusivo, bobinadeira com controle de tensão e corte automático. Com largura útil de 2000mm, ela atende grande
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DestaqueExtrusoras canal mesclador de fluxo. Fatores que agregam muito na obtenção de filmes técnicos de alta qualidade e menor consumo kW/h por kg produzido”. A principal tecnologia, na opinião do profissional, são os anéis de ar com controle de perfil. Estes anéis podem assegurar o melhor desempenho da linha e aumentar a produtividade em até 50 %. Outro fator importante, pelo fato de controlar o fluxo e volume do ar, é a baixíssima variação de espessura. Os clientes podem usar linhas de crédito (Finame, Leasing, Cartão BNDES), com taxas bem atrativas. Ou fazer um financiamento direto.
O desafio de evoluir
Extrusora Miotto: empresário destacas as inovações tecnológicas efetivadas
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parte da demanda dos transformadores”, informa o diretor comercial Ricardo Rodrigues. E acrescenta: “O grande atrativo está na produtividade: em PEAD 220 kg/h e no PEBDL 250 kg/h. Outra linha da HGR, esta focada no custo beneficio chama-se COMBAT; trata-se de uma extrusora clássica e ao mesmo tempo moderna. Totalmente normalizada de acordo a NR 12, esta linha possui comandos através de IHM touch screen e motores por indução magnética”, destaca o executivo. A campeã de vendas entre os modelos desta linha é a COMBAT 45. Esta linha foi lançada em 1999, passou por algumas mudanças e hoje é líder e, segundo Rodrigues, considerada a melhor máquina de pequeno porte do mercado. “Destaque para seu cabeçote exclusivo com tecnologia de duas camadas para obtenção de bobinas picotadas do tipo estrela”. No seguimento de co-extrusão, a empresa tem a linha SOYUS. Munida de roscas de alta performance, cabeçote de tecnologia canadense e bloco de alimentação exclusivo, painel IHM 15’’ com gráficos em 3D, é classificada como uma das melhores do mercado, informa o executivo. Essa linha existe em cinco versões, todas focadas em alta produtividade, baixa variação de espessura e menor consumo energético. Rodrigues diz que, de fato, nos últimos anos as extrusoras ficaram ainda mais eficientes. Fazendo jus ao apelo mundial por conceitos‘’Green‘’, as extrusoras também tiveram que se enquadrar. “Gosto de citar como exemplo os motores por indução magnética, fornecidos por nossa parceira WEG. Estes motores consomem até 30% menos energia em relação aos motores convencionais”, explica. “Além de conceitos “Green”, nossas linhas de monoexstrusão EVO e COMBAT receberam novas tecnologias de rosca, cabeçotes bifluxo de baixa pressão com o sistema de
Empresa paulista bem conceituada, a Miotto fornece extrusoras, cabeçotes, banhos de calibração e resfriamento, puxadores, bobinadores, serras automáticas, bombas para polímeros, misturadores, demais equipamentos periféricos para linhas de produção de tubos e perfis rígidos e flexíveis, fios e cabos elétricos, e sistemas completos de granulação para todos os termoplásticos. As máquinas Miotto de linha padrão (dia-a-dia) cobrem uma gama de capacidades que variam de10 à 2200kg/h. “As extrusoras fabricadas pela Miotto, já há bastante tempo atingiram uma condição muito elevada de rendimento e desempenho, mas, em função do nosso programa de evolução contínua de tecnologia, somos permanentemente desafiados a encontrar detalhes que aumentam a eficiência dos equipamentos”, enfatiza o diretor Enrico Miotto. Sobre as novidades tecnológicas e seus resultados, o empresário menciona alterações de algoritmos de controle de temperatura, obtendo equações PID mais precisas, o que evita o fornecimento desnecessário de calor ao processo, para que depois tenha que ser retirado pelo resfriamento. “Além disso, aplicamos formas técnicas de isolamento térmico, o que além de atender às expectativas de segurança, aumenta a eficiência energética das extrusoras”, esclarece. Em relação ao processo de compras, Miotto diz que primeiramente, após a escolha da nova máquina, é necessário identificar qual a opção de financiamento que melhor se ajusta à empresa, mas dentre os programas do BNDES e os demais oferecidos no mercado, identifica o Finame-BNDES como o melhor produto para financiar bens de capital. “Destacamos, também, o cartão BNDES, que nossos clientes utilizam para compras de peças de reposição”, complementa o executivo.
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Embalagens
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Plástico conquista novos espaços
Embalagens Stand Up Pouch (SUP) ganham novos espaços com diferenciais competitivos
Ao investir em pesquisas e oferecendo novos grades com vantagens técnicas e econômicas os fabricantes de resinas ganham espaços onde antes a indústria usava vidro, alumínio e celulose.
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asta fazer um “tour” pelas corredores dos supermercados ou lojas de shoppings para saber que a maioria das embalagens são de plástico. Seja pela praticidade, economia ou adequações técnicas, o plástico domina este mercado. E os números comprovam, como informa Luciano Guidolin, Coordenador do Coplast da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química). “A demanda total brasileira por resinas termoplásticas deve terminar o ano de 2013 com crescimento superior a 7%, recuperando o fraco desempenho observado nos dois anos anteriores. Diversos segmentos contribuíram para este cresci-
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mento, entre os quais a infraestrutura, setor agrícola, automotivo e linha branca. Igualmente observa-se o crescente uso do plástico como solução para embalagens no segmento de varejo e bens de consumo”, destaca o executivo. A Abiquim, de acordo com Guidolin, avalia que o plástico cresceu e continua ganhando espaço nas gôndolas dos supermercados e no varejo em geral, em virtude das liberdade de design, baixo peso, custos competitivos e diversas soluções técnicas que atendem a ampla gama de necessidades e requisitos demandados pelo mercado. “O exposto acima pode ser comprovado pela evolução da participação do plástico no mercado de embalagem”, observa. Segundo estudos da FGV (*), com fonte do IBGE, em 1985 o plástico representava 28,5% em valor da produção de embalagens. No estudo apresentado este ano, este valor subiu para 39,05% na base de 2012. De acordo com a FGV, no primeiro semestre de 2013 a embalagem plástica rígida cresceu 2,57% sobre 2012, enquanto a embalagem flexível cresceu 5,77% no mesmo período. “A produção física de embalagem de forma geral cresceu 2,66%, no primeiro semestre de 2013, frente a uma previsão feita no início do ano de 2,5%”, revela. Conforme Albertoni Bloisi, da área de Desenvolvimento de Mercado PE da Braskem, isto evidencia, além do crescimento do consumo, a opção do plástico como solução principal para o mercado de embalagens, em especial as embalagens flexíveis. “Um exemplo disso é o avanço de SUP em diversos mercados, como alimentício, higiene e limpeza, depois do sucesso no mercado de atomatados”, explica o especialista. Mas as razões não param aí. Outros fatores de crescimento do plástico decorrem da mudança nos hábitos de consumo, lembra Luciano Guidolin. “Um exemplo é o crescente aumento de consumo do sabão liquido em detrimento do sabão em pó, trocando uma embalagem cartonada por outra rígida em PEAD”, acrescenta. Bloisi complementa que o plástico vai ao encontro da necessidade de sustentabilidade
que o mercado tem buscado, com soluções leves, econômicas e recicláveis. “Além disso, cada vez tem ocorrido maior a oferta de plástico de fonte renováveis para embalagens e reciclados pós consumo para aplicações em diversos outros segmentos da transformação plástica”, afirma.. (*) As informações foram retiradas do Estudo Macroeconômico da Embalagem, feito pelo Salomão Quadros, Coordenador de Análises Econômicas da FGV/ Agosto 2013.
Abief destaca vantagens
As informações do estudo da FGV sobre a importância e crescimento do plástico como solução para o setor de embalagens ganha eco na avaliação de Sérgio Carneiro, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Embalagens Flexíveis (Abief). O dirigente comenta sobre questões envolvendo qualidade e potencial de formas e design. “Um dos segmentos de embalagens plásticas que mais cresce é, sem dúvida, o de flexíveis. Como o próprio nome sugere, a flexibilidade dos materiais garante uma infinidade de possibilidades de formatos e tamanhos. Ou seja, a embalagem plástica flexível é particularmente interessante para os designers ajustarem a embalagem às necessidades do produto e tornarem-na suficientemente interessante, visualmente, na prateleira do PDV”, afirma. E entre estas variadas possibilidades, algumas ganham destaque no momento, como ressalta Carneiro. “Com o avanço dos stand-up pouches (SUPs) está tendência se consolida com muito mais força. Além dos formatos diferenciados, a possibilidade de dotar a embalagem com sistemas de abertura/refechamento – como zips – e mecanismos de consumo dos produtos – canudos – garante a apreciação do consumidor no que tange à conveniência e funcionalidade. Mais uma vez, a flexibilidade conta pontos no design
da embalagem plástica flexível”, ressalta. Uma forma de comprovar o aumento do uso do plástico, que conquista novos espaços, especialmente no segmento de flexíveis, está nos números, conforme revela o presidente da Abief. “Tanto é que a participação das flexíveis no consumo de resinas é particularmente interessante. Dados da Maxiquim do primeiro semestre de 2013 mostram os seguintes percentuais de participação: PEBD 83%, PEBDL 90%, PEAD 26% e PP 24%. Juntos estes valores totalizaram uma produção de 1,813 milhão de toneladas de embalagens plásticas flexíveis em 2012 que representa um avanço de 27% das flexíveis no universos dos plásticos no período 2006/2012 (3,6% ao ano). Em faturamento, o avanço foi um pouco menor – 22% - no mesmo período, totalizando US$ 12 bilhões em 2012 (5,6% ao ano), completa Sérgio Carneiro.
Mercado promissor para PET
Como decorrência das pesquisas e novas combinações, algumas resinas, entre elas o PET, começam a ganhar mais espaço no mercado, rompendo a barreira de uso apenas em refrigerantes, água mineral e óleo de cozinha. A resina começou a conquistar nichos promissores como sucos de frutas, produtos de limpeza, cosméticos e farmacêuticos, bem como segmentos promissores como cervejas, energéticos e leite. De acordo com os dados de 2012, de um total de 605 mil toneladas da resina, 93%, cerca de 562 mil toneladas foram transformadas em frascos e garrafas. A indústria do PET faturou R$ 4,47 bilhões. A constatação é de um cenário altamente positivo, conforme declarou o presidente da ABIPET (Associação Brasileira do PET), Auri Marçon, durante o PETtalk, o maior evento setorial recentemente realizado em São Paulo. “Ainda temos um consumo relativamente baixo de PET no Brasil, com espaço para
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Embalagens manutenção das propriedades das embalagens”, diz. Quanto à importância do design nesse processo de crescimento, por ser um fator diferenciado, Roriz é bem prático ao destacar o diferencial das vantagens do plástico. “As propriedades do produto plástico dão às embalagens propriedades singulares em termos de barreiras e proteção aos produtos embalados, aliados a performance e ao design. As possibilidades oferecidas por esse produto tornam o plástico a melhor solução em embalagens.
Lance certeiro da Innova
Innova lançou novos grades que garantem vantagens na qualidade de descartáveis
crescimento”, disse. Ele aponta as tendências para novas aplicações com base na comparação com mercados mais maduros, onde os segmentos de refrigerantes, águas e óleos não são tão marcantes. “Com o avanço tecnológico superando questões como shelf life, proteção ao oxigênio (crítico para alguns produtos), envase asséptico, HotFil e com o avanço no uso do material reciclado nas novas embalagens, há tendência de substituição de outros materiais em segmentos como o leite, produtos de limpeza e cervejas. Segundo Marçon, as substituições nesses segmentos visam usufruir das citadas características da embalagem de PET , que atende perfeitamente as necessidades atuais de consumo. “Isso inclui conveniência e segurança para o consumidor, alta produtividade e agilidade para a indústria e o pleno atendimento às atuais exigências da Política Nacional de Resíduos Sólidos”, completa.
Qualidade, foco da Abiplast
Na avaliação da Abiplast (Associação Brasileira das Indústrias de Material Plástico), o setor de PET manteve-se estável neste ano, mesmo com a conquista de novos nichos. “A produção de embalagens plásticas ficou praticamente estável em 2013, quando comparamos com o desempenho do ano anterior. A produção de embalagens plásticas representa aproximadamente 50% do total da produção brasileira de transformados plásticos”, ressalta o presidente José Ricardo Roriz Coelho. O dirigente também ressalta que a posição conquistada exige cuidados na manutenção da qualidade, que não pode, sob hipótese alguma, ser questionada. “É fundamental poder contar com matérias primas de qualidade para garantir a qualidade e
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Com unidade produtiva em Triunfo (RS), a Innova sempre se caracterizou por investir em pesquisas, buscando otimizar seu portfólio e oferecer produtos diferenciados, como o grade R 770E para fabricação de descartáveis. Nesse processo de conquista de mercados, Vinícius Galhard Grassi, da área de Tecnologia e Desenvolvimento comenta sobre o sucesso do grade R 770E, um HIPS de alta rigidez que foi lançado no início de 2013 pela Innova. “O material rapidamente se consolidou no mercado de descartáveis, substituindo as blendas de HIPS e GPPS comumente usadas nesse segmento. É um material com propriedades ajustadas para a realidade de mercado brasileiro, apresentando um custo bastante competitivo. O retorno dos clientes foi muito positivo, especialmente para um mercado carente de inovações por parte da indústria petroquímica”, explica. O PS (poliestireno) é uma resina altamente conceituada e Grassi também destaca como a Innova avalia novas possibilidades de aproveitar o PS no mercado de embalagens. “A principal aplicação do PS no segmento de embalagens é a bandeja de iogurte e petit suisse, onde o poliestireno é imbatível, especialmente quando associado ao processo de form fill seal. O uso de agentes expansores para estas bandejas tem crescido, e é uma tendência para diminuição de peso das embalagens”, destaca o executivo. Grassi também informa que o XPS, poliestireno expandido diretamente na extrusora, é também uma aplicação consolidada, e atende aos segmentos de embalagens de câmeos, frios e hortifrutigrangeiros, entre outros. “O PS tem potencial para atender novas aplicações em embalagens, especialmente no segmento de laticínios, que vive o crescimento no consumo de iogurte do tipo grego, e na substituição de polipropileno (PP) com vantagens de redução de consumo energético e maior produtividade em extrusão/termoformagem”, completa.
Amplo “leque” da DOW
Com vendas anuais de US$ 57 bilhões e empregando aproximadamente 54.000 funcionários em todo o mundo, a The Dow Chemical Company
oferece ao mercado mais de 5.000 produtos produzidos em 188 unidades fabris em 36 países ao redor do mundo. Letícia Jensen, Diretora de Vendas da Divisão de Embalagens e Plásticos de Especialidades no Brasil destaca que os complexos fabris ao redor do mundo tem como compromisso a excelência na qualidade de produção de cada lote e desempenho dos produtos, o que proporciona a possibilidade de oferecer ao mercado um portfólio muito completo e com performance consistente. “O leque de opções vai desde polietileno de baixa densidade lineares e especialidades plásticas bem como resinas de baixa densidade (PEBD) e alta densidade (PEAD) para diversas aplicações”. E nesse cenário, acrescenta que o grupo tem como objetivo contínuo disponibilizar soluções inovadoras buscando ampliar o mercado da indústria plástica e oferecer produtos e serviços cada dia mais diferenciados. Um dos focos são os lançamentos deste segmento para Alimentos e Embalagens Especiais. “Temos soluções inovadoras que proporcionam aos clientes e donos de marcas combinações de atributos únicos, embalagens com excelente aparência e integridade, custos competitivos, boa produtividade durante a fabricação do filme e processo de empacotamento, praticidade, conveniência e produtos sustentáveis, uma vez que podem ser facilmente recicláveis e mais leves". Confira algumas novidades e suas propriedades:
DIAMANTO™ - Uma nova tecnologia com patente requerida pela Dow, que consiste em um filme 100% polietileno que, a partir de uma combinação de produtos e processos, consegue ter simultaneamente rigidez e transparência, algo inédito em filmes de polietileno. DIAMANTO™ é uma alternativa a filmes de PP e BOPP, somando os benefícios do polietileno, como por exemplo, fácil customização da selagem. Microfoaming (microespumado) – Nova tecnologia patenteada pela Dow, que possibilita filmes com mesma espessura e menor peso, gerando mínimos impactos em propriedades mecânicas e que resulta em embalagens ainda mais leves. Stand Up Pouch 100% PE - embalagem com patente requerida pela Dow, confeccionada com uma estrutura de filme totalmente de polietileno, facilitando a
reciclabilidade dos Stand Up Pouches que classicamente têm sido produzidos pela combinação de materiais não compatíveis para reciclar.
Termoformagem – Estrutura rica em polietileno, desenvolvida e patenteada pela Dow, que oferece alta resistência mecânica, brilho e transparência, além de diversas opções de barreira, proporcionando alta produtividade, facilidade de reciclagem e custo competitivo a esse crescente tipo de embalagem. PacXpert - é uma marca registrada da Dow para o conceito smart bottle e foi patenteada para Brasil e América Latina. Trata-se de uma embalagem de fácil manuseio, de 3, 6 e 18litros, bem aceita em variadas aplicações que ainda não está sendo comercializada. Pode ser usado em óleo comestível, óleo lubrificante, tintas e em alimentos líquidos e sólidos, com aproveitamento total do conteúdo. Essa embalagem substitui baldes e outros frascos, sem desperdiçar produto. No pós-consumo, também garante menor volume para manuseio e transporte. No segmento de Filmes Industriais a novidade é: Dowlex™ HMS - possibilita, entre outras vantagens, maior estabilidade de processo de extrusão, resultando no aumento de produtividade e das propriedades mecânicas do filme, devido à menor necessidade do uso de PEBD em blendas, com potencial de redução de espessura para aplicação em filmes agrícolas e termoencolhível. Já na área de adesivos as novidades são: MORE-FREE™ 980/CR-85, um adesivo sem solventes de rápida cura de médio a alto desempenho, e o novo ROBOND™ PS-68AR, para rótulos de vinho e produtos refrigerados. E no setor de Higiene e Medicina o destaque fica para linha de resinas ASPUN™ para fibras monocomponente ou bicomponente para não-tecidos, substituindo polipropileno. Máxima maciez para fraldas, absorventes femininos e vestuário médico; ou em aplicação de ADL (adquisition distribution layer).
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MercadoCristal Master - 10 anos
O segmento de masterbatches, pigmentos e aditivos cresceu muito no Brasil na última década, graças às novas aplicações do setor plástico, que passaram a contar com um aliado importante para garantir mais beleza e qualidade aos produtos finais. Entre estas empresas, está a Cristal Master, fundada por profissionais com amplo conhecimento em masterbatches, em Joinville em 2004. No próximo ano a empresa comemora 10 anos com forte crescimento - estimado em 40% em 2013 - e com planos de expansão nas Regiões Sul, Sudeste e Nordeste.
S
egundo o gerente de marketing Fábio Fazolim, a Cristal Master atualmente é uma empresa de alto conceito, administrada por Luiz Carlos Reinert do Santos, que possui mais de 30 anos de experiência na área de transformação plástica. “Hoje atuamos em todos os segmentos da indústria de transformação de plásticos, desde injeção, extrusão, sopro, rotomoldagem, multifilamento, não tecidos, etc. Nossos principais produtos são os masterbatches
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Ritmo de crescimento Reinert dos Santos, com 30 anos de experiência, administra uma empresa dinâmica e em expansão
coloridos, brancos, pretos, além de aditivos funcionais, compostos, monobases e tingimentos técnicos”, destaca o executivo. Com uma estratégia espefícia, a Cristal Master cresceu no mercado e ampliou sua atuação. “Hoje atuamos em praticamente todo o país, e o nosso maior mercado, até pela nossa localização
geográfica ainda é Santa Catarina, mas neste ano conseguimos crescimentos expressivos no Paraná, Rio Grande do Sul, Sudeste e Nordeste". O crescimento foi expressivo nos últimos anos e Fazolim explica que não existe segredo, mas investimento, dedicação e respeito aos clientes. “Acredito que o reconhecimento da marca Cristal Master no mercado, pois conquistamos várias empresas do País através de um produto fabricado com equipamentos de última geração e que atenda a sua necessidade com um preço competitivo”, explica. E acrescenta: “Tudo isso conseguimos graças a equipe de profissionais que temos hoje na nossa companhia, onde, desde a produção, passando pelo desenvolvimento, expedição e área comercial somos TODOS voltados a atender bem o cliente”, reforça.
Expansão no país
que é totalmente atóxico e que já temos resultados nos nossos clientes onde a eficácia deste aditivo chegou em mais de 99% “, ressalta. No entanto, existem segmentos onde há mais destaque. “Temos atuação em todos os segmentos, com destaque no setor Alimentício, Rafia, Construção Civil, Embalagens, UD, Brinquedos em especial Multifilamentos de PP e Poliester e Não Tecido”, comenta. Ao finalizar, uma pergunta volta: Afinal, qual o segredo ou estratégia para justificar o sucesso nestes 10 anos? Fazolim responde de forma confiante. “Somos uma empresa voltada aos clientes com total transparência e honestidade, com produtos de qualidade e competitivos, onde nossos serviços fazem a diferença. Uma equipe de profissionais especializados que fornecem um atendimento personalizado aos nossos clientes e fornecedores, aliado a busca constante de melhorias nos processos produtivos”, finaliza
Tudo indica que o momento é favorável ao crescimento e o executivo revela quais são os projetos de expansão da empresa para os próximos anos. “Estamos terminando o ano de 2013 com duas filiais uma em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul e outra em Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco. Para o início do ano que vem iniciaremos as operações em Itupeva, São Paulo, com um laboratório moderno para desenvolvimento de produtos e um centro de distribuição para atender todo o Sudeste”, destaca No planejamento para expansão também está prevista a atualização em equipamentos, como conta Fazolim. “Além dos investimentos citados, estaremos recebendo mais uma Extrusora Dupla Rosca com capacidade para 600 ton/mês em março de 2014, completando o investimento iniciado este ano onde já adquirimos outras três (3) Extrusoras que já estão operando a todo vapor, com uma capacidade de 15.000 ton/ano”, confirma. E mais: “Para os próximos anos projetamos instalações de unidades fabris em todas a nossas filiais com isso atenderemos todo o Brasil com rapidez e competitividade”, confirma Fazolim. O mercado de transformação de plástico é avaliado de forma muito positiva pela Cristal Master que, segundo Fazolim, contabiliza um aumento fantástico no setor. “Projetamos um crescimento perto de 40% este ano de 2013 em relação ao ano passado". Quanto aos segmentos mais promissores da indústria de transformação (Uds, embalagens, automotivo etc) o executivo não faz distinção. “Como temos uma ampla gama de produtos, todos os segmentos tornam-se promissores, posso citar por exemplo o trabalho que iniciamos há um ano com um antimicrobiano inovador feito a base de nanopartícula de zinco <<< Plástico Sul < 35
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Mercado
Solvay tem novidade É uma nova solução que desafia os limites da miniaturização para proteção elétrica.
N
a área química as soluções do dia-a-dia passam, invariavalmente por pesquisas. E a Solvay Engineering Plastics, líder global em soluções de poliamida, cumprindo esse papel, desenvolveu o Technyl® One, uma nova tecnologia de polímeros patenteada e projetada especialmente para auxiliar fabricantes de produtos demandantes de proteção elétrica a resolverem desafios de miniaturização. Anunciada na K'2013 em Düsseldorf (Alemanha), esta inovadora tecnologia oferece ao mesmo tempo alto desempenho elétrico e redução drástica da corrosão de ferramentais, além de simplificar o processamento, garantindo alta fluidez para maior produtividade e liberdade de design. Atualmente os fabricantes continuam a desenvolver peças cada vez menores e mais complexas para suportar a miniaturização e a multifuncionalidade dos produtos, resultando em requisitos mais exigentes de material. Para atender a esses desafios os plásticos devem oferecer a citada alta fluidez para produtos de espessura reduzida, assim como desempenho elétrico aprimorado (por exemplo, resistência à arco). Sylvie Teyssier, gerente de materiais da Schneider Electric, líder global do mercado de equipamentos elétricos, comenta sobre o tema “Dispositivos de alta proteção elétrica, como disjuntores e
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contactores de alta voltagem, demandam propriedades elétricas e mecânicas superiores em operações críticas”, afirma. “Poliamidas inovadoras como o Technyl® One atendem a esses rigorosos requisitos e, ao mesmo tempo, oferecem fácil processamento e significativa resistência a corrosão”, acrescenta. As aplicações piloto incluem minidisjuntores, disjuntores em caixa moldada e também contactores. Além da personalização do material para os requisitos específicos do produto final, incluindo amostragem de cor, a Solvay Engineering Plastics também apoia seus clientes com suporte de design e testes. Confira o que diz James Mitchell, diretor global de mercado de equipamentos elétricos na Solvay Engineering Plastics. “Em contraste com matrizes de alta temperatura, o Technyl® One permite ampla janela de processamento, preenchimento preciso e ótimo aspecto de superfície mesmo com 50% de reforço de fibra de vidro,” E complementa: “Além disso, não há desvantagens de corrosão em ferramentais ou máquinas injetoras, ajudando os fabricantes a minimizarem seus custos de produção.”
Propriedades
A primeira categoria de Technyl® One apresentada pela Solvay Engineering Plastics é uma
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solução retardante de chamas e livre de halogênios com o melhor desempenho na proteção contra fogo, tais como a baixa produção de fumaça e propagação de chamas. Com avaliação de UL94 V0 em espessura de parede de somente 0,4 mm e propriedades de envelhecimento térmico sem iguais (RTI - indicador térmico relativo - elétrico de 150ºC), o Technyl® One preenche a lacuna para polímeros de alta temperatura. O perfil de aplicação é complementado por extraordinárias propriedades elétricas, incluindo um alto indicador de rastreamento comparativo (CTI 0 para 600 volts ou mais). O novo material está disponível para compra no mundo todo. Para rigoroso controle de qualidade, todas as soluções Technyl® One são produzidas apenas em suas unidades de compostagem próprias da Solvay. Por 60 anos, os materiais de alto desempenho Technyl® levaram à inovações de valor agregado em diversos setores da indústria, tais como automotivo e de transporte, construção e energia, bens de consumo e equipamentos industriais. Hoje, o alcance do Technyl® é maior do que nunca graças à oferta diferenciada de produtos e serviços para aplicações de Substituição de Metal, Proteção contra Fogo, Perfor-
mance Térmica e Barreira de Fluídos fundados com o conhecimento da Solvay Engineering Plastics. Quem desejar mais informações sobre as soluções Technyl®, pode visitar o site www.technyl.com
Produto lançado pela Solvay traz ao mercado uma inovadora tecnologia para proteção elétrica
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no Verde
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Foco
BASF criou a CasaE, um espaço inovador cheio de soluções sustentáveis para a construção civil
CasaE – A residência do futuro
Uma notícia do Universo Jatobá (UJ) foi destaque no site do Plastivida: CasaE - A residência do futuro. Imagine morar numa casa com paredes e lajes feitas de isopor, teto de espuma e janelas de plástico… Parece improvável? Achou frágil, esquisito? Confira algumas impressões que Ivana Jatobá, Engenheira Civil graduada na Universidade Católica do Salvador, que escreve para o UJ, experimentou quando foi visitar a CasaE, da Basf, a residência do futuro. Ela logo entendeu que estava num espaço inovador, cheio de soluções para o mercado da construção civil com foco em eficiência energética e sustentabilidade. “Já na entrada você se surpreende com a guarita pintada de preto. Pensei: "Coitado do funcionário lá dentro nos dias quentes deste nosso país tropical"; afinal, a cor preta absorve o calor do sol. Que nada! A tal da tinta preta tem pigmentos que refletem os raios solares, permitindo um ambiente fresquinho. Outra inovação a favor do refresco é um material conhecido como Micronal, aplicado em revestimentos ou placas pré-fabricadas. São microcápsulas de parafina que mantêm a temperatura da casa sempre agradável. Funciona assim: quando os termômetros sobem, o Micronal absorve a energia térmica. Quando a temperatura cai, esse calor é devolvido ao ambiente.
Paredes de isopor!!! Mas o que me deixou boquiaberta foram as paredes erguidas com isopor. São blocos de poliestireno expansível (Neo38 > Plástico Sul >>>
por) apoiados em perfis metálicos que sustentam até lajes. O material não esquenta e, por isso, contribui para uma economia de até 70% de toda a energia consumida pela casa. E olha, vendo assim é uma parede normal, que em nada compromete o design e a arquitetura. Aliás, se você tem pressa em construir e quer se livrar da aporrinhação do desperdício, o Neopor vem em sistema de encaixe, com a quantidade de peças já calculada para o tamanho da sua obra. E para garantir mais conforto térmico e acústico, a casa do futuro é revestida com espumas especiais. É o fim das brigas com o vizinho barulhento! As paredes do futuro isolam até bichos indesejáveis! Isso porque recebem uma tinta que reduz 99% das bactérias. O piso não tem divisórias, o que também evita acúmulo de sujeira. Tudo bem, tudo lindo dentro de casa… Aí começa a chover forte. Será que o quintal ou a garagem vão transbordar? Na casa do futuro, nada de poças. Calçadas e outras áreas externas têm pisos drenantes, que escoam a água. Eles atendem pelo nome de Elastopave e Concreto Permeável. Imagine a dupla nas ruas da nossa cidade? Adeus enchentes! E o jardim é genuíno. Cheio de plantas nativas, que se adaptam melhor ao clima e resgatam a harmonia do ecossistema. E tem muito mais, mas eu prefiro que você confira pessoalmente. Assim, com certeza, vai se encantar e mudar seu conceito de "casa dos sonhos". Ela está lá, linda , contrastando com as demais, na Avenida Prof. Vicente Rao, 1195, Campo Belo – São Paulo – SP.
Amanco lança linha de irrigação para jardinagem
A Amanco, marca comercial da Mexichem Brasil, foi a patrocinadora da mostra Chefs&Design/13 - http://www.momentumdesign. com.br/chefsdesign/ -, evento de luxo, que reuniu arquitetura, decoração, design, arte, moda, paisagismo, sustentabilidade, música e gastronomia internacional, em Curitiba. Na ocasião foi apresentada em primeira mão a nova linha Amanco Jardim, para irrigação doméstica. O portfólio da linha Amanco Jardim é composto de temporizador, conectores para torneiras e mangueiras, esguichos, aspersores, carretéis para mangueiras, mangueira, além de kits específicos como: vaso, gotejamento e aspersão. Os produtos são diferenciados e indicados para residências, prédios e campos esportivos.
Sustentabilidade - Atenta à preservação dos recursos hídricos e à educação ambiental, a Mexichem Brasil mantém, o Projeto Hydros, uma campanha permanente que tem como principal objetivo a mobilização em torno do tema água. Adesivos do Projeto Hydros serão aplicados nos banheiros do Chefs&Design/13, como forma de conscientizar os visitantes sobre o uso responsável da água, e vídeos serão exibidos no evento. A campanha já passou por 140 escolas em todo o Brasil, possui uma série de livros, exposição itinerante, parceria com a Turma do Cocoricó e atualmente está focada no mundo virtual, com jogo e aplicativo de pegada hídrica.
Amanco: atenta à preservação dos recursos hídricos e à educação ambiental
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“A Amanco é hoje referência no fornecimento de produtos para projetos de irrigação e todo esse conhecimento faz com que a empresa esteja apta para atuar também no setor predial de irrigação. Por essa razão, realizamos em Curitiba o pré-lançamento do Amanco Jardim na mostra Chefs&Design/13, uma linha completa de produtos para as mais diversas necessidades, práticos e que promovem a economia de água”, afirma Fabiana Castro, gerente de Produtos e Inovação da Mexichem Brasil, Fabiana Castro.
pontos fundamentais no processo de gerenciamento do resíduo urbano e os plásticos fazem parte desse contexto”, afirma Miguel Bahiense, presidente da Plastivida e do IPVC.
Credencial de evento em plástico reciclado
Santo de casa faz milagres sim. Confira: para reforçar a importância da reciclagem, as credenciais utilizadas na 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente 2013 – Resíduos Sólidos foram feitas de plástico reciclado. O evento foi realizado pelo Ministério do Meio Ambiente em Brasília (DF), na última semana de outubro, com o objetivo de debater a Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS com base nas propostas apresentadas nas 26 etapas estaduais e na etapa distrital e nas 643 conferências municipais e 179 regionais que mobilizaram 3.602 cidades e 200 mil pessoas. A conferência teve quatro eixos temáticos: produção e consumo sustentáveis, redução dos impactos ambientais, geração de emprego e renda e educação ambiental. Esta ação, com foco na sustentabilidade, é uma parceria entre a Plastivida Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos, Instituto do PVC, R.S. de Paula e o Ministério do Meio Ambiente. Depois de utilizadas, as credenciais foram recolhidas para serem recicladas novamente e transformadas em novos produtos. “Incentivar a educação ambiental, o consumo responsável e o descarte correto, a coleta seletiva e a reciclagem são <<< Plástico Sul < 39
Bloco
de Notas
Kristen Lamm nomeada para marketing da NPE
Kristen Lamm (foto ao lado) uniu-se à SPI: The Plastics Industry Trade Association como gerente de marketing para NPE 2015, feiras e conferências promovidos pela SPI, anunciou a entidade em novembro. A executiva é responsável por supervisionar campanhas de marketing e por e-mail, gerenciar o conteúdo de sites da web e atividades em mídias sociais e desenvolver parcerias com a mídia, entre outros esforços de marketing em apoio aos eventos da indústria da SPI. Além da exposição trienal internacional de produtos plásticos NPE, os esforços incluem a conferência Business of Plastics, a nova exposição NPE3D de tecnologias de impressão 3D, e reuniões importantíssimas da indústria como a Global Plastics Summit deste mês. “Kristen traz uma diversidade de habilidades que aprimorará o marketing de nossa ampla e crescente variedade de feiras e conferências”, Disse Brad Williams, diretor de marketing e vendas. “Ela terá um papel importante na conscientização dos profissionais da indústria do plástico do valor de nossos eventos para o crescimento de seus negócios e o avanço de suas carreiras." A experiência de Kristen Lamm inclui gerenciamento de marketing, desenvolvimento de sites da web, desenvolvimento de marcas, design gráfico, planejamento estratégico, e o ensino de habilidades de marketing a nível acadêmico. Antes de juntar-se à SPI, ela foi professora de marketing na Full Sail University em Winter Park, Flórida (EUA), enquanto simultaneamente gerenciava seu próprio negócio como consultora. Ela também já desempenhou funções como coordenadora de marketing para o Travel Media Group e como gerente de marketing para o National Center for Construction Education and Research. Kristen possui bacharelado em propaganda e mestrado em gerenciamento, ambos da University of Florida, em Gainesville.
Interplast 2014 terá rodada de negócios
A Interplast 2014 – Feira e Congresso de Integração da Tecnologia do Plástico – vai contar com uma rodada de negócios do setor plástico, simultaneamente à feira, de 18 a 22 de agosto de 2014, em Joinville/SC. Em sua oitava edição, a Interplast é a principal feira do segmento plástico do Brasil realizada nos anos pares. Tem uma média de 550 expositores, abrangendo soluções e tecnologias nos segmentos de máquinas e equipamentos, transformadores, ferramentarias, embalagens, matéria-prima, periféricos, design e serviços, distribuídos em 21 mil m² de área. Na última edição, recebeu 28 mil visitas de 23 estados brasileiros e 24 países, em sua maioria profissionais da indústria plástica, seguido dos segmentos automotivo, eletrônico, eletroeletrônico, eletrodomésticos, construção civil, energia, petroquímico, engenharia, transportes e logística, fundição, entre outros. Em paralelo à feira acontece o Cintec 2014 Plásticos – Congresso de Inovação Tecnológica -, organizado pela UniSociesc, e que reúne cerca de 400 congressistas a cada edição e também a Euromold Brasil. 40 > Plástico Sul >>>
Kimberly-Clark inaugura fábrica em Camaçari
A multinacional americana Kimberly-Clark, do ramo de higiene, inaugurou unidade em Camaçari com a presença do governador da Bahia, Jaques Wagner. Com investimentos de R$ 100 milhões e perspectiva de gerar 430 empregos diretos e 1,3 mil indiretos, a fábrica da Kimberly em Camaçari fortalecerá a presença da marca na região, a primeira do Nordeste, e dará suporte à expansão da empresa. Junto à unidade, também está sendo construindo um centro de distribuição para abastecer o mercado nordestino. A Kimberly-Clark instalou-se na Bahia atraída pela cadeia produtiva em formação com a construção da nova planta da Basf, também em Camaçari, que dará origem ao primeiro Polo Acrílico da América do Sul. A fábrica da empresa alemã produzirá, em escala mundial, ácido acrílico e superabsorventes, materiais utilizados na fabricação de fraldas descartáveis, absorventes, tintas, detergentes, ceras, adesivos, entre outros produtos.
Henry Goffaux assume CSMF/Abimaq
Com o intuito de se tornar o porta-voz dos fabricantes de máquinas-ferramenta e desenvolver um projeto ambicioso para recuperar a participação de mercado do setor, perdida nos últimos anos para a concorrência estrangeira, Henry Goffaux (foto ao lado) assumiu a presidência da CSMF, no dia 23 de outubro, na sede da ABIMAQ, em São Paulo, após 34 anos de permanência na entidade, assumindo pela terceira vez a gestão nessa câmara. “Máquinas-ferramenta é parte da solução, não do problema”, foi a frase de André Romi, ao se despedir das duas gestões à frente da Câmara Setorial de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura (CSMF), após ter recebido uma placa de agradecimento do presidente eleito para o próximo biênio, Henry Goffaux. Goffaux se mostrou extremamente orgulhoso de ser lembrado e ressaltou a importância da câmara, que agrega fabricantes de “máquinas que fazem máquinas”, prometendo lutar ativamente em conjunto com a diretoria da entidade para restaurar a competitividade de empresas que se encontram preparadas para atender à demanda do país por máquinas-ferramenta de elevada tecnologia e qualidade. A diretoria da CSFM conta com os vice-presidentes Alfredo Griesinger, Alfredo Vergílio F. Ferrar, Celso Pavanella Carneiro,Christian Müller, Hermes Alberto Lago Filho, Johannes O. Rieger, Leopoldo Schenk, Luciano Monteiro, Marcelo Schlachter, Marco Yashiro, Newton Eduardo Masutti, Reinaldo Chinelatto e Roberto Ferraretto de Mello.
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Agenda DIVULGAÇÃO
Anunciantes
Moscou (Rússia)
AX Plásticos / Página 39 Brasfixo / Página 33 Chiang / Páginas 5 e 6 Detectores Brasil / Página 27 Digitrol / Página 41 Gabiplast / Página 11 Granoplast / Página 21 Krauss Maffei / Página 2 Mais Polímeros / Página 9 Metalúrgica Expoente / Página 35 Multi União / Página 37 NZ Philpolymer / Página 37 Plastimaster / Página 29 Polibalbino / Página 41 Polielos / Página 40 Ravago / Página 44 Refrisat / Página 25 Replas / Página 13 Romi / Página 17 Rulli / Página 43 Shini / Página 15 Sociesc / Página 10 Teck Trill / Página 31 Thormaq / Página 39 Wortex / Página 19 42 > Plástico Sul >>>
Agende-se para 2014 Interplastica 17th International Trade Fair for Plastics and Rubber De 28 a 31 de janeiro de 2014 Moscou- Rússia Plastics & Rubber Vietnam De 4 a 6 de março de 2014 Ho Chi Minh-Vietnam www.plasticsvietnam.com Chinaplas De 23 a 26 de abril de 2014 Shangai New International Expo Centre www.chinaplasonlibe.com Recicla Nordeste De 23 a 25 de abril de 2014 Centro de eventos do Ceará – Fortaleza www.reciclanordeste.com.br Argenplás 2014 - XV Exposição Internacional de Plásticos 16 a 19 de junho Costa Salguero Exhibition Center Buenos Aires - Argentina www.argenplas.com.ar/pt Embala Nordeste De 12 a 15 de agosto de 2014 Centro de Convenções de Pernambuco Recife-Olinda Interplast Feira e Congresso de Integração da Tecnologia do Plástico De 18 a 22 agosto 2014 Pavilhões da Expoville, Joinville, SC www.interplast.com.br Indoplas De 3 a 6 de setembro de 2014 Jakarta – Indonesia www.indoplas.com Colombiaplast 29 setembro a 3 de outubro Bogotá/Colombia www.colombiaplast.com
Jakarta (Indonésia)
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