Plástico Sul 154

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Editorial DIVULGAÇÃO

Expediente Ano XIII - # 154 - Junho de 2014

Conceitual - Publicações Segmentadas www.revistaplasticosul.com.br R. Vicente da Fontoura, 2629 - Sala 03 CEP: 90640-003 - Bairro Petrópolis Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3062.7569 plasticosul@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844 Redação: Brigida Sofia Consultor de Redação: Júlio Sortica Departamento Comercial: Débora Moreira Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777) Capa: divulgação Plástico Sul é uma publicação da editora Conceitual - Publicações Segmentadas, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 8.000 exemplares.

Filiada à

ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas Marca Registrada:

Ousadia ou cautela?

E

m outro editorial recente fizemos referência ao sucesso de alguns empreendimentos e iniciativas que tiveram como primeiro passo o planejamento. No atual momento da economia brasileira já não é suficiente planejar, pois os maiores riscos de enfrentar dificuldades não são de foro interno, nem mesmo a escassez de capital, mas da conjuntura nacional e/ou internacional. No caso da cadeia do plástico no Brasil é assim. Pelo fato de estarmos em um ano de eleições para presidente, deputados e senadores, o cenário preocupa muito os empresários que têm algum projeto de ampliação ou criação de novas unidades. A dúvida que fica é sobre qual comportamento adotar. O que é mais adequado: ser ousado e investir assim mesmo - arriscando a sofrer algum prejuízo - ou usar cautela e esperar o cenário melhorar? Mesmo que sejam projetados cenários distintos, ainda assim é preciso planejar, calcular os percentuais de sucesso, insucesso ou de uma certa “normalidade”. No caso de optar por seu ousado, investir e arriscar porque isso faz parte do negócio, é acreditar que uma simples letra transforma uma palavra problemática (CRISE) em outra positiva (CRIE). Aqui os resultados serão imprevisíveis e tanto o empresário pode ter um bom lucro se souber superar os problemas, ou ter prejuízo se tudo der errado. Porém, se usar a cautela saberá que não terá tanto a perder, mas também não ganhará muito. Se você fosse o empresário, que opção escolheria? As entidades e consultorias econômicas já refizeram projeções de crescimento do PIB e tudo indica que será levemente superior a 1%, bem abaixo dos 3,2% que previa o Ministro Mantega em 2013. No segmento do plástico nossa principal abordagem técnica é sobre o uso do plástico na construção. E aqui constatamos que, com ou sem crise, o setor apresenta novidades em soluções criativas com as quais o plástico substitui outros materiais, ganhando assim mais espaço na roda da economia. Outra área que vive uma expectativa positiva é a que abordamos na seção Tendências. Trata-se de um setor que chamamos de “anjos da guarda” das máquinas: equipamentos de automação e de controle térmico. Por fim, damos destaque para a feira Interplast, uma espécie de prévia do que vai acontecer em agosto no Parque Expoville, em Joinville (SC). Também sugerimos conferir a entrevista de Christian Müller, presidente da VDI - Associação dos Engenheiros da Alemanha/Seção Brasil. Ele fala sobre produtividade, gestão, e principalmente das iniciativas sobre a Indústria 4.0, base da 4ª Revolução Industrial. Como é tradição, há ótimas notícias nas seções Foco no Verde e Bloco de Notas. Boa leitura!

Melina Gonçalves / Editora melina.goncalves@conceitualpress.com.br 6 > Plástico Sul >>> 6 > Plástico Sul >>>


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FOTOS: DIVULGAÇÃO

PlastVipChristian Müller

A VDI e o desafio da Indústria 4.0 I

magine uma entidade reconhecida internacionalmente e que tem na Alemanha sua matriz com mais de 150 mil associados, sendo a maior associação tecnológico-científica da Europa. Assim é a VDI. Mundialmente também está presente em países como Brasil, Argentina, Austrália, França, Itália, Estados Unidos, África do Sul, Espanha, entre outros. Fundada em 1956, em São Paulo, e atualmente presidida pelo engenheiro Christian Müller, a Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha (VDI-Brasil) tem como missão apoiar a cooperação tecnológica entre os dois países. A Associação atua como centro de esclarecimento e transferência tecnológica, por meio de uma série de projetos de cooperação, informativos, eventos, simpósios e cursos realizados no Brasil em parceria com a Câmara Brasil-Alemanha. O mundo está mudando e, portanto, as formas de produção também vêm se transformando ao longo dos últimos anos. O uso inteligente da informação e a integração software-máquina para aumentar a competitividade no setor industrial foram temas do IV Simpósio In-

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ternacional - Excelência em Produção: A Indústria do Futuro, promovido pela VDI-Brasil em maio passado. Christian Müller, presidente da entidade e vice-presidente da B. Grob Brasil, comenta sobre os temas do evento, fala dos desafios do Brasil e da futurística Indústria 4.0 sob a ótica de um setor de vanguarda na Alemanha. Revista Plástico Sul - O Simpósio Internacional de Produção: A Indústria do Futuro faz parte do ano “Alemanha + Brasil 2013-2014”. Quais os objetivos desse encontro que reuniu lideranças e especialistas de vários setores produtivos? Christian Müller - O foco da VDI, como associação é a produção. Parte do princípio que a Alemanha, em engenharia e tecnologia, é muito avançada. Esse processo tem um custo muito caro e é preciso exportar. A Alemanha tem bons exemplos a dar e nesse ano quis expandir essas ações. O Simpósio foi criado há quatros anos e ganhou importância, transformando-se em um Simpósio Internacional - O Dia do Amanhã – apresentando alguns cases mais fáceis de assimilar,


Plástico Sul - O Sr. Wilhelm Goschy, da Staufen Táktica destacou no Simpósio que “Empresas bem sucedidas se diferenciam das não sucedidas pela gestão de liderança”. Como se pode interpretar essa afirmação? Christian Müller - O gestor brasileiro precisa parar e pensar em como melhorar. A palavra Lean Management, a gestão perfeita a alcançar. É preciso ter foco na gestão. Por exemplo, a Linde desenvolveu um sistema de Gestão Centralizada para controlar 27 unidades de Distribuição e Produção com poucas pessoas, entre 12 e 15 funcionários no centro de gestão, com um trabalho de Automatização da Informação. Na Sala o ambiente até parece a Nasa... A Gestão Centralizada faz parte da boa gestão de produção e distribuição. Plástico Sul - Afinal, o Brasil tem potencial para ser mais competitivo? Qual a solução? Christian Müller - Os dois lados devem fazer a lição de casa. O governo fazer suas ações no caso a parte tributária. A Dilma deve ativar o Finame, manter o IPI baixo, o PSI. Mas isso não é tudo... A indústria tem que fazer a sua parte, melhorar a sua produção e não apenas culpar o governo. Senão é fácil, a Anfavea vai lá e pede para aumentar a taxa de importação. É um processo de ajuda mútua: 1) o Governo apoia a indústria; 2) a indústria passa a fazer a lição de casa. É o risco máximo, mas só assim será possível conseguir sucesso. Plástico Sul - Quais os requisitos para um país fazer o uso inteligente da informação e a integração software-máquina para aumentar a competitividade? Christian Müller - Primeiro é preciso educar as pessoas a buscarem a informação. E ela está na VDI, no Senai, nos cursos, workshops, feiras... Divulgar para o seu setor. O promotor do evento deve procurar fazer isso, procurar os Best Cases e divulgar. E depende de quem a fonte alcança e o que traz de beneficio. É uma questão de cultura... O Instituto Fraunhofer, que tem 2 bilhões de euros de faturamento por ano, deste valor 2/3 é o Governo que investe; e 1/3 vem da indústria. E faz a pesquisa dentro de uma meta. Isso não tem no Brasil, ou é um índice inexpressivo. É preciso buscar a cultura da inovação. Aqui o IPT, ITA,

fazem isso. É um investimento a fundo perdido.... Plástico Sul - Nos simpósios foram discutidos diversos tópicos relevantes para a inovação na produção industrial. Houve algum mais impactante ou polêmico? Christian Müller - A Automação industrial e a busca de soluções tecnológicas para melhorar a eficiência. Foi o assunto mais polêmico. Estamos programando um workshop para Joinville. Também tratamos do Lean Managment. Vamos tratar da teoria e depois vamos à fábrica para a parte prática. Ensinar, orientar ali, onde está o coração de empresa. Plástico Sul - No caso das estratégias para o futuro da produção da indústria automobilística no Brasil, quais foram os focos abordados: sustentabilidade, novos materiais, redução de peso, tecnologia ou combustíveis alternativos? Christian Müller - A indústria automotiva é uma das grandes parceiras nesse processo: a BMW, a Mercedes, a VW e a Audi. São empresas State of Art, tem as melhores tecnologias e as melhores práticas, trabalham com todas as soluções que as empresas usam. Vêm da Alemanha... e já usamos para a indústria automotiva, aprendendo como fazer. Um exemplo da Audi, com novos materiais, como o aço, alumínio e fibra de carbono. E também existem novas tecnologias porque não dá mais para soldar materiais, pois agora o processo é colar.

VDI/BRASIL

dentre centenas existentes. No caso da empresa B. Grob, para a qual trabalho e atua na área de máquinas-ferramenta, focamos o aumento da produtividade. Discutir a produtividade é fundamental. Quando se fala de 5% de produtividade é muito baixo. A indústria brasileira é muito parada, tem que começar a trabalhar mais forte. O alemão não para.

Müller diz que governo e indústria devem fazer a lição de casa e que risco sempre existe

Plástico Sul - O Prof. Dr. Ulrich Epple, RWTH Aachen apresentou novos conceitos de adaptação da indústria alemã, chamados de “Indústria 4.0”. Para quando se pode esperar este cenário de novos players, novos processos de negócios, fábricas digitais, sistemas cyber físicos, etc? Explique melhor. Christian Müller - Isso é um projeto do governo alemão para a indústria alemã continuar sendo competititiva. É a base da 4ª Revolução Industrial. A primeira foi a indústria de máquinas; depois as linhas de produção e por fim, automatização das linhas. Por ex, criou-se a internet e, quem imaginou que em 2014 todos estariam conectados, com Ipod, Ipad, Iphone e outros recursos? A revolução vai nos levar a uma nova fase produtiva. E como isso está acontecendo? Via Governo, foi pedido às entidades para que a Alemanha não perdesse o bonde da história. Foi então criado um grupo envolvendo a indústria, o setor de TI, automação, as universidades para que desenvolvessem teses, para pensar na indústria do amanhã, cada vez mais automatizada, mais inteligente. Por exemplo, atuar com um sistema rastreado, podendo monitorar a posição. Se tiver problema o sistema vai detectar e resolver <<< Plástico Sul < 9


VDI/BRASIL

PlastVipChristian Müller com foco na robótica. Houve uma mudança porque no governo FHC havia uma mão de obra barata. O Custo Brasil era barato. Nos últimos 12 anos, o efeito da gestão Lula tornou a mão-de-obra brasileira muito cara. A mudança de cultura foi muito rápida. Na Alemanha isso levou 30 anos, e aqui, ocorreu em 10 anos. O déficit de tecnologia na área de automação também ocorre em conseqüência do custo da mão de obra. Mas a tendência é mudar. Das grandes para as pequenas empresas ocorre uma mudança de cultura, pois começa a haver uma adoção da tecnologia. As empresas estão percebendo que a automação traz benefícios no custo e na qualidade. Plástico Sul - A Indústria 4.0 é considerada por muitos a propulsora do que seria a 4ª Revolução Industrial. O que o setor industrial brasileiro precisa fazer para se inserir nesse processo? Christian Müller - Como ressaltei anteriormente, cada um deve fazer a lição de casa. Para Müller, o Brasil precisa assumir um novo papel, o de protagonista no processo industrial

sem o uso de ação humana. Por sinal, Produção Inteligente é o tema do Simpósio de 2015. É preciso ter sistema de gestão, rastrear, ter computadores mais velozes, cuidar da segurança da informação, o sigilo industrial. O projeto começa agora. O alemão pára para pensar... Sai do operacional. É o maior difusor de tecnologia do mundo. Já o Brasil pensa no dia de hoje. As empresas que vão ganhar são as multinacionais... Plástico Sul - O consumo per capita de máquinas na Alemanha é de 86, e no Brasil foi de apenas 8 em 2013. O que é preciso fazer para melhorar a competitividade? Christian Müller - É preciso melhorar três aspectos: 1) A oportunidade de se financiar – normal; 2) A disseminação tecnológica, diferente e melhor. Exemplo: muitas ferramentarias, na sua maioria, são criadas por ex-funcionários que acham que são mais competentes que o patrão, mas não tem conhecimento de gestão, acabam usando máquinas velhas, usadas e não tem a cultura do conhecimento, de procurar conhecer as novas tecnologias; 3) O ânimo, pois existe um pouco de desânimo com a atual situação. Plástico Sul - No caso dos robôs a situação é ainda mais crítica sobre o atraso brasileiro: enquanto na Alemanha a cada 10 mil funcionários a indústria em geral opera com 270 robôs, a média mundial cai para 58 e no Brasil é de apenas 7,3. O que fazer para mudar esse cenário? Christian Müller - Cresce a importância da automação na produção no Brasil. É preciso evitar o human error. Ganha importância pelo custo da mão de obra. Não perde postos de trabalho. Ganha em produção,

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Plástico Sul - João Carmesini, VP da Engenharia de Manufatura da Embraer disse que “já estamos em plena execução do conceito de fábrica digital – que prevê um modelo 3D, com visualização completa do processo produtivo - com o Legacy 500”. Ísso significa que em alguns setores o Brasil sintoniza com os países desenvolvidos? Christian Müller - A Embraer tem um sistema com períodos que diferem da indústria automobilística, mas o que fizeram em automatização, da fábrica digital, é muito interessante. A indústria automobilística alemã já trabalha com o conceito de fábrica digital. O fornecedor tem de simular a situação. Nós, da Grob, como fabricante de máquinas-ferramentas já fornecemos em 3D. A fábrica digital também precisa que a indústria fornecedora esteja atualizada. Plástico Sul - Algo mais? Christian Müller - Sim, tenho um sonho. O meu sonho e montar um grupo para implantar uma Indústria 4.0 no Brasil. Pegar o exemplo alemão e mostrar para os de fora que se está fazendo esse trabalho. Como fazer isso? Reunir empresas e órgãos que possam dar suporte e ter uma associação que uma vez por ano realize um simpósio para dar evidência a esses fatos, disseminar as informações em nível de Brasil sobre a Indústria 4.0. Não ser apenas um espectador, mas um protagonista do processo.


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EspecialPlástico na Construção

Mercado cresce com novidades Nas últimas décadas o plástico passou a agregar qualidade e redução de custos de produção ao substituir materiais tradicionais como madeira, alumínio, aço e outros no setor de construção e saneamento. Além das já citadas vantagens os diversos tipos de produtos plásticos aceleram consideravelmente o tempo de obra e entrega. Por isso, fornecedores de matériasprimas, máquinas e aditivos estão atentos às demandas dos transformadores, que apostam no mercado, expandindo fábricas e linhas de produtos. 12 > Plástico Sul >>>

A

s mudanças pelas quais passou a economia no ano passado se refletem no setor de construção no Brasil. Em julho de 2013, veio a NBR 15575, com regras de edificação em que a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) estabeleceu exigências de conforto e segurança em imóveis residenciais. Estas exigências abrem mercados para o plástico que, entre outras importantes funções, é um isolante acústico. Outra norma da ABNT, que entrou em vigor ainda em abril, é a NR 16, que prevê queobras realizadas por moradores devam ser comunicadas – e documentadas – aossíndicos, o que deve formalizar e, consequentemente, tornar mais profissionaisestes procedimentos. Do lado das matérias primas, houve o anúncio da compra da Solvay Indupa pela Braskem, em aprovação pelo CADE, que deve trazer alterações à área de PVC. Já os transformadores seguem apostando no mercado, como as oportunidades do programa Minha Casa, Minha Vida, que seguem em alta. Oportunidades também surgem das necessidades urgentes, como maior oferta de educação básica; os compósitos vão integrar creches em todo o país, permitindo uma entrega mais veloz


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DIVULGAÇÃO

EspecialPlástico na Construção leiro com o crescimento da China, e este crescimento vai se perdurar por muitos anos, pois começou recentemente. Nossa empresa atua forte na região, que representa 10% do total do nosso faturamento. O produto que mais vendemos lá é o polipropileno”, informa Balbino.

Catálogo variado da Braskem

BubbleDeck: sistema onde uma esfera de plástico oca substitui o concreto e reduz o peso da laje

dos prédios. As aplicações na construção civil, aliás, lideram o consumo de compósitos e responderam por quase a metade das 210.000 toneladas fabricadas no Brasil em 2013.

Demanda crescente

Para outras resinas o mercado também está aquecido. A Innova importa e revende resina de ABS (Acrilonitrina Butadieno Estireno), utilizada para sistemas construtivos. “O mercado da construção civil continua crescendo em todo Brasil, tanto em imóveis residenciais quanto nos imóveis comerciais. Já percebemos que 2014 iniciou com anúncios de vários lançamentos sinaliza que o mercado continua demandante”, avalia Marcos Pires, Coordenador de Marketing & Inteligência de Mercado Innova S.A. “Se comenta muito em bolha imobiliária, não acreditamos que isso possa acontecer no Brasil, ao exemplo dos Estados Unidos, até porque o nosso sistema de crédito habitacional é diferente do sistema americano, é natural que haja uma acomodação de preços no mercado”, diz. Nas últimas décadas a curva do desenvolvimento deixou de ficar concentrada nas Regiões Sudeste e Sul, beneficiando projetos no Nordeste. A Polibalbino, que fornece ao mercado resinas plásticas virgens e recicladas e tem seu plano de negócio com expectativa de abrir uma filiar na região caso o volume de faturamento ultrapasse os 25%, afirma Claudio Balbino. Com o incentivo fiscal os empresários decidiram abrir indústrias nesta região e com isso levou desenvolvimento, sustentabilidade e educação para o povo nordestino. “De fato é o mercado que mais cresce no Brasil, compara-se o crescimento do Nordeste Brasi14 > Plástico Sul >>>

A Braskem não fornece diretamente produtos para construção, mas sim a matéria-prima (PP, PE e PVC) aos seus clientes/ transformadores, que produzem os materiais plásticos para esse setor. Há uma grande variedade de soluções, oferecidas tanto para o mercado de edificações (tubos, caixas d’água e tanques de PEAD, mantas para isolamento acústico, etc.) quanto para o de grandes obras de infraestrutura (tubos corrugados, geossintéticos, poços de visita rotomoldados, etc.). Entre as novidades, no caso de PP, há um sistema usado em edificações chamado BubbleDeck. Trata-se de uma tecnologia dinamarquesa de lajes com formação de vazios, onde o principio é substituir o concreto que não tem função estrutural por uma esfera de plástico oca, o que torna a laje com peso próprio de até 35% menor que a laje convencional, podendo assim aumentar os vãos entre pilares. Por ser pré-moldada, reduz de forma significativa o uso de formas. Já na área de infraestrutura, existem fibras de PP que são usadas para reforço de concreto. As microfibras tem a função de reduzir a retração do concreto e assim reduzir as fissuras dos pisos. Elas também têm função estrutural, podendo substituir as fibras metálicas ou telas em pisos. “Nos últimos 4,5 anos o mercado imobiliário apresentou índices de crescimento (PIB da construção) bem acima da média geral. É natural que, cedo ou tarde, ocorresse uma acomodação. Mas isso está longe de ser uma bolha imobiliária; tanto que não se observa queda nos valores por m² dos lançamentos imobiliários, independente de serem residenciais ou comerciais”, avaliam Jorge Alexandre Oliveira Alves da Silva, Desenvolvimento de Mercado de PE, e Monica Evangelista, – Desenvolvimento de Mercado de PP em relação à questão da bolha imobiliária, que já dá sinais nos shoppings. A atuação de PP, PE e PVC no mercado de construção civil tem crescido por se tratar de soluções inovadoras, apontam. “Acreditamos que nos próximos anos haverá crescimento ainda mais acelerado, devido ao amadurecimento do mercado e necessidade de soluções que gerem maior competitividade pela menor demanda do mercado”. O crescimento do setor de construção no Nordeste, em linha com o restante do país, traz como consequência a regionalização da produção dos principais produtos plásticos para esse mercado.


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EspecialPlástico na Construção

Laje treliçadas com blocos de EPS ganham espaço pela economia e agilidade na instalação

Os executivos acreditam que a entrada em vigor da NBR 15.575 (conjunto de normas de desempenho) certamente irá beneficiar o uso de produtos plásticos na construção, por conta de suas características de isolamento termo-acústico, leveza e melhor custo-benefício. “Além disso, a maioria dos produtos plásticos seguem normas e programas de qualidade rígidos, garantindo o desempenho esperado. Algumas aplicações, em especial, apresentam um grande potencial de crescimento por conta da adoção da NBR 15.575, como as mantas de polietileno expandido para isolamento acústico e as janelas e esquadrias de PVC”. Já para PP, os efeitos da NBR 15.575 tornam as soluções em plástico ainda mais aplicáveis e competitivas. O Centro Administrativo do Distrito Federal foi construído pela Odebrecht e Via Engenharia com a tecnologia BubbleDeck. Os testes realizados por órgão reconhecido de acordo com a norma NBR 15.575 indicaram que essa tecnologia atende os requisitos da norma em questão.

Bom para master e aditivos

Com sede em Joinville e unidades em São Paulo, Rio Grande do Sul e Pernambuco, a Cristal Master oferece ao mercado masterbatches, preparação pigmentária, aditivos com destaque para melhorador de ciclo, agente interfacial, aditivos anti-UV e o aditivo antimicrobiano a base de nanopartículas de zinco. Para o gerente comercial Fábio Fazolim, a preocupação em atender a NBR 15.575 faz com que os transformadores da construção civil busquem alternativas para aumentar a durabilidade dos produtos. “Apresentamos soluções como aditivos anti UV, antioxidantes, agentes interfaciais e modifica16 > Plástico Sul >>>

dores de impacto, que de diferentes formas auxiliam no aumento da vida útil das peças”, afirma. O ano de 2013 foi de grandes conquistas para a Cristal Master, com crescimento de 41% em relação a 2012. Já nos três primeiros meses de 2014 teve um crescimento de 57%, em relação ao mesmo período de 2013. A previsão é continuar crescendo, em torno de 40%. No Nordeste, a empresa atua com um Centro de Distribuição (CD) em Jaboatão dos Guararapes e com entrega própria na região; a estrutura comercial conta com quatro profissionais experientes que atendem todo o Nordeste. “Temos vários produtos que se destacam, principalmente nossos coloridos e aditivos. Quanto à demanda e tendências em relação à construção civil, o Nordeste é uma das regiões que mais cresce no Brasil”, analisa. Já a Cromex conta com um portfólio amplo de cores e aditivos que atendem o segmento da construção civil, apresentando soluções customizadas no mercado de geomembranas, conduítes, fios e cabos, perfis, tomadas, mangueiras, conexões, caixas d’agua, tubos corrugados, etc. Entre essas aplicações estão o plástico de engenharia, segmento para o qual a empresa fornece produtos de alto desempenho, e as especialidades, voltadas para os setores da construção civil, eletroeletrônica e automotivo. A empresa também tem trabalhado com vistas às soluções que promovam sinergia. “A rotomoldagem está contemplada entre essas soluções. Além disso, possui constante pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, visando atender mercados que demandam melhor desempenho para o produto final e maiores ganhos de produtividade para os transformadores”, diz Roseli Bertoldo, Coordenadora de Vendas, regiões Norte, Nordeste e Cento Oeste.

Aposta no Sul

Outra empresa que concentra atenções no segmento da construção é a Pro-Color Química Industrial Ltda. Vanessa Falcão, Gerente Comercial da empresa destaca os produtos para o segmento construtivo. “A Pro-Color oferece praticamente toda sua linha, tanto com seus produtos commoditie ou com outros que precisem atender alguma especificação técnica como aditivos para proteção Ultra-violeta, Anti-chama, agente expansor, entre outros itens”, informa. A empresa tem sede em São Paulo e unidade em Pernambuco, mas decidiu investir mais no forte mercado do Sul. E como novidade, Vanessa revelou um novo investimento: “A Pro-Color inaugurou em Jaraguá do Sul, Santa Catarina, uma distribuidora com os seus produtos também para atender a todos os


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EspecialPlástico na Construção setores que usem cores em seus processos”, diz Quanto às repercussões da NBR 15575, que passou a vigorar no ano passado, a medida não surpreendeu a empresa. “Com a regulamentação da norma, acreditamos que o setor irá ficar mais exigente, porém nesses 27 anos na fabricação de masterbatches a Pro-Color já atende outros setores que também possuem normas regulamentadas não enxergando assim nenhuma dificuldade em atender a solicitação da NBR 15575”, ressalta. A paranaense Colorfix é outra empresa bem posicionada no setor e fornece masterbatches e aditivos para o segmento de construção civil. As principais aplicações são perfis para esquadrias e corrimão (coloridos, aditivos de purga, anti-UV, anti-oxidante; fios e cabos (coloridos, retardante a chama, aditivo de purga, agente selante); portas, forros e janelas em PVC (coloridos); tubos e conexões (coloridos); interruptores e espelhos e materiais elétricos, em geral (coloridos, aditivo de purga, agente selante, retardante a chama, anti-uv, compostos condutivos); coberturas em PC (coloridos, anti-uv e anti-oxidante, cooler); Telhas em PP e/ou PET (coloridos, aditivos anti-UV e anti-oxidantes, retardante a chama. “Oferecemos também, os Compostos Condutivos, os quais foram concebidos para satisfazer os requisitos específicos relacionados às propriedades elétricas, reológicas e mecânicas, especialmente para aplicações em componentes eletrônicos. O cooler é um produto que confere uma característica especial de refletância solar total aumentada em relação aos masterbatches convencionais. Quanto maior a refletância, menor a absorção de energia”, diz o diretor superintendente Francielo Fardo. A Inbra, segundo Francisco Dantas Vieira oferece para o setor os Estabilizantes Térmicos para PVC a base de Cálcio e Zinco (linha Plastabil), que são aditivos usados na produção de Fios e Cabos, Tubos e Conexões de PVC e também na produção de Telhas e Forros de PVC. Há também o Plastificante a base de Óleo de Soja Epoxidado (Drapex 6.8), para fios e cabos. “O mercado deve continuar a crescer na área da construção, parte deste crescimento deve ser impulsionada pelas obras de infra-estrutura e florescimento da indústria e do agronegócio. Frente a este panorama, a Inbra se faz presente focada no setor dos transformadores de PVC direcionados à construção civil e correlatos”, comenta.

Máquinas em evidência

Outro setor extremamente envolvido no processo construtivo é o de máquinas. A Romi, por exemplo, é especialista em modelos para vários setores da indústria do plástico para construção, com capacidades que variam de 75 a 1500 tonela18 > Plástico Sul >>>

das. “Dentre as características que nos fazem líder no segmento, destacam-se: a robustez, a resistência da unidade injetora (ação importante, pois o setor trans-forma muita resina reciclada), baixo tempo total de ciclo, a repetibilidade de processo (importante no caso de peças grandes e onde a precisão dimensional e de massa possam gerar alterações sobre custos e qualidade de produto), baixo consumo energético e uma maior segurança operacional e longevidade das ferramentas e moldes”, diz William dos Reis, Diretor da Unidade de Negócios de Máquinas para Plástico da Romi. Quanto à segurança, ele destaca a crescente presença sindical e a escalada da fiscalização sobre o setor. “A Romi tem todos os seus equipamentos em conformidade com a NR 12 e impõe sua marca de qualidade e tradição ao entregar ao consumidor um produto em total conformidade com os requisitos de norma em sua última forma e revisão. Esse apêndice gera segurança a todos, do industrial/investidor/transformador e principalmente, do operário, assim, nossa presença colabora com o valor ao próprio negócio, fato reconhecido pelo próprio mercado à Romi”, comenta. Das demandas referentes ao setor da construção civil, a empresa tem acompanhado uma crescente atualização tecnológica levando a redefinições de formas e materiais para instrumentos antigos e até mesmo o surgimento de novos dispositivos e utensílios que levam a uma maior agilidade, eficiência e padronização no dia-a-dia de obras. “Atuamos tanto em injeção quanto em sopro de resinas termoplásticas”, diz Reis. Exemplo dessas ações: injeção de conexões em PVC, baldes caçamba (10-12 litros), caixas embutidas de 4x2/4x4, adaptadores para centralização em lajes pré-moldadas, bacias para argamassa, ferramentas de desempenho, plainas, parte interna de tomadas e interruptores, caixas e formas para lajes nervuradas, cavilhas para contenção, bolas (sopradas), para alívio de peso (ocupa parte do volume que seria tomado por concreto em estruturas de cobertura para diminuição de custos e alívio de massa). Para atender o mercado nacional, inclusive o Nordeste, de forma homogênea, o executivo explica que a Romi conta com um setor de Engenharia de Produto/Processo/Aplicação que a torna praticamente um Solution Provider. “Com o avanço do setor na execução de grandes obras e edificações, o mercado tem gerado demanda por máquinas de grande porte, de 1100 e 1500 toneladas de força de fechamento na fabricação de formas para lajes nervuradas”, afirma. E acrescenta: “Também temos as sopradoras fabricando as esferas para aplicações em projetos de grande porte. Itens como baldes e formas para argamassa demandam máquinas de


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EspecialPlástico na Construção em construção de alto e médio padrões e também projetos populares como “Minha casa, minha vida”. “Isso obviamente, influi na nossa empresa com a busca por máquinas nesse setor. Entregamos nesse ano de 2014 já duas sopradoras HDl 20L para empresas sediadas em Pernambuco e Alagoas para atender a demanda crescente do setor no nordeste. Com a maior facilidade de financiamentos para a casa própria, acentuou-se a construção de grandes edifícios nessa capitais e vemos uma atividade forte nessa área. Inclusive temos caso de uma empresa do sudeste que migrou para o Nordeste montando uma filial produtiva para ganho no frete de seus produtos de sopro e injeção”, comenta.

Novidade no setor

Amut/Wortex apresentou uma nova linha de extrusão dupla saída para fabricação de tubos de PVC

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300 a 380 toneladas de força de fechamento. Por fim, espelhos e caixas 4x2, 4x4 e acessórios para embutir, demandam injetoras que variam de porte conforme o número de cavidades dos moldes, de 4 ou 8 cavidades para injetoras de 170 e 220 toneladas de força de fechamento”. Newton Zanetti, da Pavan Zanetti, aponta que as máquinas sopradoras, principalmente a série Acumulação modelos HDL e HPZ, sempre foram muito utilizadas no setor de construção civil, para a fabricação de caixas de descarga, bóias, assentos sanitários. “São as máquinas HDL 20L e HPZ 200 usadas por muitas empresas do ramos e marcas conhecidas. Temos também as injetoras da série HXF para plásticos que também são utilizadas para a fabricação de assentos sanitários, caixas elétricas, interruptores, grande parte das linhas elétricas utilizadas em construções”. Uma das demandas mais solicitadas são máquinas de capacidade de produção aliadas a um bom custo beneficio, incluindo aí o preço do equipamento. “É um setor em que os preços finais dos produtos soprados ou injetados devem ser competitivos, devido à pressão dos grandes compradores, lojas de materiais de construção e atacadistas do setor. Nesse caso, um equipamento produtivo, mais automatizado possível e de bom preço tem a preferência do setor”, comenta. Outro fator discutido cada vez mais é o consumo energético com demandas cada vez mais estreitas em máquinas com baixo consumo energético, sejam injetoras ou sopradoras. Com sede em São Paulo, a Pavan Zanetti avalia o aquecimento dos mercados regionais e revela que as principais capitais nordestinas estão em grande expansão habitacional, com muitos edifícios

A partir de agora, a indústria de transformação de plástico nacional conta com mais um participante no processo e beneficia o setor da construção: o mercado ganha uma nova linha de extrusão dupla saída para fabricação de tubos de PVC, desenvolvida pela Amut-Wortex nas novas instalações, em Campinas (SP). Com investimentos de R$ 4 milhões, que envolvem a ampliação da fábrica e aquisição de maquinários, o grupo italiano Amut acredita no potencial do Brasil e na alta capacidade tecnológica e de produção da Wortex para expandir seus negócios. “A partir da Itália, a AMUT exporta 90%da sua produção para os mercados europeu, norte-americano e asiático. Encontramos na Wortex o parceiro ideal para tornar realidade a manufatura e distribuição dos nossos produtos, a exemplo, desta linha de extrusão com dupla rosca contra-rotante com produção simultânea de dois tubos, ideal para produção de tubos pequenos e médios para os setores da construção”, explica Angelo Milani,diretor comercial da Amut. Com uma ampla gama de aplicações, o PVC é usado principalmente na construção civil, em redes de distribuição de água e esgoto, irrigação, conduítes entre outros. A nova extrusora tem capacidade para produzir de 600 a700kg/hora de tubos de PVC com diâmetros que vão de 20 a 125 mm. Entretanto, a Amut-Wortex está capacitada para produzir tubos de PVC de até 1,20m de diâmetro, de polietileno até 1,60m e vários outros tipos de tubos para aplicações para a indústria médica, automobilística, etc. Atualmente, a Amut-Wortex tem um corpo de colaboradores formado por engenheiros, equipe comercial e assistência técnica. A nova fábrica da empresa em Campinas possui instalações de 3,5 mil m². A meta é aumentar para 6mil m² até o início de 2015.

Investimentos da Tigre

A Tigre, com sede em Joinville (SC) e vá-


rias unidades no Brasil e no exterior, trabalha com um portfólio bastante diversificado para o setor da construção, atuando em vários segmentos. Os produtos vão desde os tubos e conexões, caixas d’água, grelhas e ralos, até acessórios da marca Plena, como assentos sanitários, torneiras, armários para banheiros, tanques de lavar roupas, equipamentos para jardinagem, entre outros. Faz parte do Grupo Tigre as empresas Pincéis Tigre que fabrica pincéis e ferramentas para pintura e a Claris que fabrica portas e janelas de PVC. Desde 2009, a Tigre criou a joint-venture Tigre-ADS, que fabrica tubos corrugados de alta densidade (PEAD) para obras de saneamento, drenagem, retenção e detenção de água anunciou novidades importantes para o Nordeste. “O mercado nordestino é muito promissor para o setor de construção de uma forma geral. Os programas do Governo como Minha Casa Minha Vida, PAC e os eventos esportivos, fizeram com que a região se desenvolvesse ainda mais. No ano passado inauguramos uma fábrica de caixas d’água em Camaçari (BA), como parte do investimento que fizemos na ampliação desta linha para que o produto fosse distribuído na região. Neste ano, a joint-venture Tigre-ADS inaugurou em Alagoas uma

fábrica de tubos de PEAD de grandes diâmetros para o segmento de drenagem e saneamento, voltado exclusivamente para atender as regiões norte e nordeste. Esses investimentos são prova de que estamos muito atentos às oportunidades na região e elas realmente existem”, diz Carlos Teruel, gerente de produtos da Tigre. O executivo comenta sobre a NBR 15 575:“Nossa visão sobre esse tema é de comemoração, pois trata-se de qualificar a construção como um todo. Temos as mais variadas certificações, em todos os segmentos no qual atuamos, além de ser um grande incentivador e fomentador dos Programas de Garantia da Qualidade (PGQ), especialmente o Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H). Se a construção civil seguir um padrão de qualidade deve exigir também produtos que atendam os projetos e, para nós, é uma grande oportunidade e vantagem”.

Casa Prática para deficientes

A MVC, empresa paranaense que atua no desenvolvimento de produtos e soluções em plásticos de engenharia e pertencente às Empresas Artecola e Marcopolo, expôs na Feicon – Batimat 2014,

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EspecialPlástico na Construção salão da construção civil promovido rem São Paulo uma unidade da Casa Prática totalmente acessível e desenvolvida especialmente para portadores de deficiência. Destinada ao programa Minha Casa, Minha Vida a unidade apresentada é idêntica às construídas na cidade de Igrejinha, no RS, e possui portas mais largas e barras de segurança, entre outros itens. Segundo o gerente de Engenharia e Desenvolvimento de Mercado da MVC Building, Erivelto Mussio, todas as casas produzidas pela MVC podem ser adaptadas a portadores de deficiência. “Nosso projeto permite modificação sem alterar a sua estrutura. Se precisarmos adaptar uma casa, isso se torna fácil e rápido, pois só precisamos fazer alguns pequenos ajustes, como aumentar o vão das portas e instalar os acessórios necessários para atender às necessidades do morador. Como fizemos com parte das unidades construídas em Igrejinha, 100% acessíveis”, conta o executivo. A Casa Prática possui maçanetas do tipo alavanca, área livre suficiente para manobras de cadeirantes, barras laterais de apoio para uso de sanitários, lavatório com altura livre para entrada da cadeira e assento no chuveiro, entre outros itens. “Nossa Casa Prática é plana, sem degraus e com portas de 0,80m de largura, que facilitam o deslocamento de cadeira de rodas ou andador. Além disso, o banheiro tem todos os acessórios que proporcionam mais segurança às pessoas”, explica o executivo. A unidade tem construção de 42,84 m² e conta com dois dormitórios, sala, cozinha, banheiro, lavanderia e área de serviço. Em vez dos materiais tradicionais, as casas são construídas com sistema Wall System, composto de estrutura metálica e painel sanduíche de lâminas em compósitos reforçados com fibra de vidro (similar ao que se usa em aviões, trailers, barcos e trens) e núcleo especial que garante o desempenho térmico, acústico e resistência a fogo. Entre as vantagens em relação ao processo tradicional o sistema oferece maior velocidade de construção, durabilidade, resistência, flexibilidade, conforto térmico e acústico, obra limpa e desperdício zero. Adicionalmente, as paredes são fornecidas com pintura e as instalações elétricas (eletrodutos, fiação, tomadas, interruptores, quadro de distribuição e disjuntores) e hidrossanitárias (tubos e conexões em PVC) são embutidas nas paredes.

Sistemas da Kommerling

A alemã Kommerling, um dos players mundiais na área de sistemas de esquadrias de PVC e que atua no Brasil por meio de 26 parcerias, acompanha de perto as oportunidades que se abrem no país e em especial no Nordeste. “Aspectos, como 22 > Plástico Sul >>>

calor e alta salinidade, favorecem o emprego de aberturas de qualidade que evitem a manutenção”, observa, otimista, Oliver Legge, diretor geral da empresa no Brasil. Confiante, o executivo prevê que, no intervalo de cinco anos, os negócios fechados na região respondam por 20% da receita da companhia, contra o percentual de 5% da atualidade. Para alcançar este objetivo, a Kommerling está ampliando seu modelo de negócios, com a entrada no segmento varejista. A empresa está abrindo um programa de re-vendas, que lhe permitirá aumentar a abrangência no país, por meio de rede de contatos, fora dos grandes centros, com estabelecimentos que conhecem o perfil e as peculiaridades de cada localidade. A nova estratégia está apoiada em dois modelos de vendas: varejo único, no qual o empresário irá se dedicar apenas a esquadrias de PVC; ou com representantes que possam incorporar o produto esquadrias de PVC ao formato do seu negócio: como móveis planejados, serralheria, decoração, escritórios de arquitetura, etc. Para se credenciar ao programa, os interessados precisam ter uma ou mais lojas e um depósito de esquadrias acabadas. Ficará a cargo dos representantes as atribuições relativas a orçamento, comercialização e recebimento do produto acabado, bem como instalação, pós venda, e manutenção. Segundo Oliver Legge, o programa proporcionará, além da consolidação territorial com a presença em localidades estratégicas, a redução de custos, economia de escala e a popularização das esquadrias de PVC, bem como a expansão das vendas. O executivo estima que, em três anos, esta modalidade representará 30% do volume produtivo e dos negócios da companhia no país.

Novas mantas asfálticas

Líder na fabricação de produtos de alta tecnologia para a construção civil, a Vedacit traz novidades ao setor com o lançamento de Mantas Asfálticas em diferentes tipos e espessura, para proporcionar ao consumidor ainda mais eficiência e versatilidade nas obras. A empresa traz ao mercado mantas com opções de tamanhos (Poliéster tipo II, III, IV, versões 3 e 4 mm) e de acabamentos (Manta Asfáltica em Polietileno, Manta Asfáltica Ardosiada e Manta Asfáltica Areia). Além disso, disponibiliza ao varejo a Manta Asfáltica em Fibra de Vidro, uma novidade na categoria. Por serem elaboradas com asfalto modificado com polímeros e armadas com estruturantes especiais, as mantas da Vedacit são flexíveis e possuem grande capacidade de alongamento, com boa resistência à tração, à punção e ao rasgamento, gerando total impermeabilidade às estruturas. Diferenciadas pelo tipo e campo de aplicação, podem


ser encontradas nas versões Alumínio, Poliéster, Polietileno, Transitável e agora também em Fibra de Vidro. Para dar a dimensão da novidade, confira as diferenças de cada tipo. Manta Asfáltica em Poliéster: elaborada à base de asfaltos modificados armados com estruturante de poliéster, que confere ao produto grande resistência à tração e ao puncionamento. Com três novos tipos de acabamento superficial (Polietileno, Areia e Ardósia), é indicada para lajes planas e inclinadas, pisos, marquises, helipontos, viadutos, caixa d’água, reservatórios, piscinas elevadas, muros, jardineiras, espelhos d’água, áreas frias, terraços e sacadas gourmet. Manta Asfáltica em Alumínio: fabricada à base de asfaltos modificados armados com estruturante de Polietileno de Alta Densidade (PEAD), o que lhe confere grande elasticidade sem comprometer a sua uniformidade dimensional. Possui cobertura superficial de alumínio gofrado, assegurando uma ótima reflexão dos raios UV, dispensando a proteção mecânica (contrapiso) e permitindo uma impermeabilização simples e rápida. Além disso, é isolante térmico e acústico. Indicada para lajes não transitáveis planas ou inclinadas em ge-

ral, que ficarão expostas às intempéries; telhados (pré-moldados, fibrocimento, barro, zinco, telhas ecológicas); calhas e canaletas. Manta Asfáltica em Polietileno: feita à base de asfaltos modificados armados com estruturante de Polietileno de Alta Densidade (PEAD), que dá ao produto grande elasticidade sem comprometer a sua uniformidade dimensional. Possui cobertura superficial de Polietileno antiaderente em ambos os lados, assegurando a impermeabilidade. Indicada para lajes transitáveis planas ou inclinadas em geral, com proteção mecânica sobre a manta. Manta Asfáltica Transitável: preparada à base de asfaltos modificados armados com estruturante de Polietileno de Alta Densidade (PEAD), que lhe proporciona grande elasticidade sem comprometer a sua uniformidade dimensional. Possui cobertura superficial de revestimento geotêxtil (Poliéster) de fio contínuo, formando não tecido com resinas que aumentam suas propriedades de adesão. É ideal para impermeabilizações que precisam de alta resistência. Indicada para lajes transitáveis planas ou inclinadas em geral, com proteção de pintura sobre a manta; telhados (pré-moldados, fibrocimento, barro, zinco, telhas ecológicas); calhas e canaletas; marquises.

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EspecialPlástico na Construção

A TUF-Strand SF é uma macrofibra sintética estrutural composta de polipropileno e polietileno

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todo momento surgem novidades no segmento da construção civil. Assim, a Viapol, especializada no desenvolvimento de soluções químicas para o setor, lança uma nova linha de produtos, voltados ao mercado de concreto reforçado com fibra. Destaque para a TUF-Strand SF, uma macrofibra sintética estrutural composta de 24 > Plástico Sul >>>

DIVULGAÇÃO

Fibras da Viapol reforçam concreto

polipropileno e polietileno, indicada para a substituição de fibras de aço e telas soldadas em aplicações como reforços estruturais de pisos industriais, pavimentos de concreto, concreto pré-moldado, steel deck e concreto projetado. O produto oferece ao concreto maior tenacidade e capacidade estrutural, além de resistência à fissura causada pela retração. Também proporciona maior resistência pós-fissuração, a impacto e à fadiga, além de menor exsudação no concreto. É resistente à corrosão, à alcalinidade e a reforço não magnético e não condutivo. A nova linha apresentada pela Viapol também inclue a TUF-Strand Max Ten, uma macrofibra de copolímeros 100% virgens, que substitui fibras de aço e telas soldadas em diversas finalidades. São utilizadas para a redução de fissuras de retração plástica, aumento da resistência ao impacto, à abrasão e à fadiga. Entre suas principais aplicações estão estruturas pré-moldadas de concreto/ argamassa; pisos; estacionamento; subsolos de garagens; capeamentos de compressão; steel decks; e aplicações em overlays (aderidos), além de reforço para concreto projetado. Diferenciais expressivos - Desenvolvidos para proporcionar maior ancoragem na matriz, garantindo reforço tridimensional ao concreto, os itens que compõem a linha têm como diferencial o módulo de elasticidade de 9,5 GPa (Gigapascal), que beneficia, especialmente, pisos que recebem alta movimentação de carga. “Essa resistência é alcançada pelo fato do produto ser composto de polipropileno e polietileno, um diferencial importante do nosso produto”, destaca Marcelo Melo, Coordenador de Negócios da Unidade de Pisos Industriais, da Viapol. Os produtos são de fácil adição e alta dispersão e possuem menor custo se comparado a telas eletrosoldadas (de aço). As dosagens variam conforme a aplicação, podendo ser adicionadas diretamente no caminhão ou na esteira de agregados das usinas. A linha é certificada e patenteada pela UL, atende à ASTM C1116 e é testada de acordo com as normas ASTM C1399, C1555 e C1609. A linha de concreto reforçado com fibra é fabricado pela TUF-Strand, do Grupo RPM International, do qual a Viapol também faz parte.


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Tendências Automação

Por Brígida Sofia

Um upgrade na produção DIVULGAÇÃO

Oscar Silva, da Sepro, diz que o caminho da automação é necessário para quem quer ser competitivo

Reduzir custos e aumentar a produtividade são vantagens da automação. Além de driblar a incerteza em relação à escalada de salários nos próximos anos, quem investe não precisa se preocupar com a baixa qualificação da mão-de-obra disponível e eventuais custos trabalhistas. E conta, claro, com as vantagens de uma produção feita à máquina. 26 > Plástico Sul >>>

A

grande maioria das empresas do setor é micro e pequena. Diante deste perfil, a automação pode parecer uma opção, especialmente levando-se em consideração necessidade real nos processos e também o investimento. Reinaldo Carmo Milito, diretor geral da Wittmann Battenfeld do Brasil, lembra que seja pequena ou grande, a empresa tem de ser produtiva. “Essa condição é fundamental para sua sobrevivência e crescimento, e a automação de processos produtivos é de vital importância. Muitos clientes que apostaram no processo de automação com um projeto inicial, a título de experiência, não pararam mais, pois passam a conhecer os benefícios práticos de uma automação, sejam eles de redução de custos, de melhoria da qualidade, de aumento da produtividade, ou de segurança pessoal e patrimonial. No caso das pequenas e microempresas é óbvio que o retorno do investimento é que vai sinalizar a viabilidade”, diz. A maioria das empresas desse porte ainda tem medo da automação do processo de injeção, afirma Oscar da Silva, diretor da Sepro do Brasil. “Talvez porque já investiram de forma errada num equipamento não adaptado às suas reais necessidades, mas principalmente porque não conseguem calcular o retorno do investimento. Mas esse caminho da automação é um caminho necessário, e talvez indispensável, para quem quiser crescer ou pelo menos sobreviver num mercado que é cada vez mais competitivo e onde você tem que ficar cada vez mais atento a seus custos de produção”, diz. Por considerar o setor bem fragmentado, Eduardo Borges, Relações Públicas da Automata do

Brasil ressalta que existem empresas que compreendem e enxergam a automação como um benefício real e outras que buscam o resultado imediato. “Logicamente que o resultado imediato tem grande importância, mas normalmente empresas que possuem este perfil esquecem de considerar que aumentar o padrão de desempenho de um equipamento através da automação ou retrofit gera resultados bem significativos e rápidos também. Quando se parar para analisar o retorno que poderá ser alcançado com automação ou retrofit, o investimento é relativamente baixo”. Para Kai Wender, da Arburg no Brasil, o alto custo de mão de obra, hoje no país, leva até o menor fabricante a necessidade de automatizar e reduzir custo para ser competitivo. “O objetivo é de ter uma injetora produzindo autônomo sem atendimento, para isto precisa-se uma máquina com boa repetibilidade a autoajuste e a automação dos processos. Para tarefas mais complexas é preciso procurar soluções que atendem a escala de produção e a disponibilidade de investimento. Muitas vezes são semi-automações que levam o melhor custo benefício, atendendo a necessidade técnica com um valor de investimento razoável ao cliente”, explica. Alessandro Ramalho dos Santos, Gerente de Engenharia e Suporte da Wago, comenta que a empresa possui soluções de alta modularidade e escalabilidade, ou seja, pode-se pensar em soluções adequadas ao investimento disponível, mas que permitem expansão futura. “Além do mais, o fato de possibilitar a coleta e armazenamento de dados no próprio controlador, e o uso do recurso de visualização e operação das telas via web browser, sem dúvida alguma remete a uma solução de muito potencial com custos extremamente vantajosos. Desde a máquina até o processo, a automação da companhia encaixa-se em diferentes patamares de investimento”.

Produtos variados, efeitos positivos

A Arburg oferece uma linha completa de robôs próprios desde um Servo-picker para retirar canal ou desmoldar peça até diferentes linhas de robôs cartesianos. Os robôs da própria produção são totalmente integrados no comando da máquina levando o beneficio de ter uma única filosofia de programação, um único set-up para o molde e único fornecedor para treinamento e assistência técnica. “Na combinação de um robô servoeletrico com uma máquina elétrica com um único comando se pode trabalhar com os eixos com movimento


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simultâneo - entrada de robô durante abertura do molde por exemplo. Assim se ganha a possibilidade de reduzir o ciclo em um a dois segundos, uma possibilidade que não existe com a integração de um robô via interfase serial (Euromap 12 ou 67 ). Assim o cliente ganha além da automação (redução de mão de obra ) também em produtividade, que aumenta a competitividade dele no mercado”, diz Kai Wender. Para aplicações mais complexas, a Arburg intergrou o robô seis-eixos do Fabricante Alemão "Kuka" em seu comando, possibilitando a programação com mesma filosofia e conhecimento de uma injetora ou robô Arburg num robô de seis eixos. A Sepro tem robôs de 3 a 6 eixos numéricos para automatização do processo de injeção de plástico, podendo equipar máquinas de 20T a 5000T de força de fechamento. A automatização deste processo traz diversas vantagens para os transformadores como redução do tempo de ciclo, estabilidade do tempo de ciclo, melhoria na qualidade da peça, melhoria na segurança do trabalho do operador, etc. “Esse tipo de automação está mais presente na indústria automotiva, linha branca e cosméticos, mas está crescendo cada vez mais na indústria de embalagem e UD”, pontua Oscar da Silva. A Wittmann Battenfeld disponibiliza um sistema de automação com robôs cartesianos que podem colocar insertos, retirar a peça produzida e disponibilizá-la numa mesa ou esteira, ou mesmo empilhá-la. Com movimentos sincronizados, os robôs reduzem o ciclo de operação e proporcionam alta eficiência. “Exemplo disso é o modelo W833 pro, que utiliza a mais recente versão do software do sistema de controle, o R8.3. Estes novos periféricos, que acabam de ser apresentados ao mercado nacional, favorecem a redução do tempo de produção, facilitam a integração entre injetora e programação, permi-

tindo menor consumo de energia”, afirma Reinaldo Carmo Milito. “Vale destacar que os robôs Wittmann Battenfeld são configurados de acordo com a necessidade de cada cliente. Todos proporcionam excelente desempenho, pois sua utilização garante que a peça será retirada sem ser danificada, reduzindo ao mínimo o tempo de extração, seja para injetoras com força de fechamento de até 4.000 toneladas. Outra grande vantagem é que os modelos são livremente programáveis, ou seja, todos os movimentos e recursos do equipamento estão à disposição do operador, podendo ser utilizados de acordo com a necessidade da produção”, complementa o executivo. A Wago como provedora de soluções de automação e interconexão tem referências de

A Arburg oferece uma linha própria de robôs, desde um Servo-picker até robôs cartesianos

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A Wittmann informa que os seus robôs são configurados de acordo com as necessidades do cliente

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Tendências Automação

aplicações no setor de plásticos tanto na parte de máquinas como no processo de transformação. Com uma arquitetura modular, as soluções de automação da empresa encaixam-se em aplicação de máquinas injetoras, extrusoras, moinhos e outras utilizadas na indústria plástica. Com mais de 400 módulos de E/S no seu portfólio, a Wago oferece uma versatilidade muito grande para a automação de máquinas. “Em se tratando especificamente da indústria plástica, as soluções mais utilizadas quase sempre estão voltadas ao controle de temperatura, no qual se destacam o uso de cartões específicos para trabalhar com sensores termopar e PT100. Uma demanda que vem surgindo, mesmo para máquinas, é a necessidade de medir o consumo de energia elétrica gasto para a fabricação de um produto. Esse controle é necessário para criar estratégias de redução de consumo e até mesmo para apontar corretamente o custo do material produzido, pois energia elétrica é um insumo que precisa ser contabilizado na fabricação do produto. A Wago conta com um cartão, que se encaixa na sua estrutura de CLP, que consegue fazer a medição de tensão e corrente e, a partir daí, gerar todas as outras grandezas derivadas destas primeiras: potência, energia, fator de potência e até harmônicos que influenciam na qualidade da energia”, explica Alessandro Ramalho dos Santos. Já para o processo, a empresa tem controladores com capacidade de processamento de diversas malhas de controle. Com programação em blocos (ou outras cinco linguagens), o usuário dispõe de bibliotecas que aceleram o desenvolvimento da aplicação, impactando positivamente na produtividade do projeto. Os controladores Wago também dispõem de memória interna (que pode ser expandida com o uso de um SD Card), onde é possível armazenar o 28 > Plástico Sul >>>

valor de variáveis para posterior análise. Esses dados podem ser gravados em formato *.csv e lidos em softwares de mercado. A transmissão desses arquivos pode ser feita de forma automática. Por exemplo, ao final de cada batelada, um arquivo de todas as temperaturas do processo é enviado para um e-mail ou para uma pasta na rede, na qual o pessoal de qualidade pode aferir a qualidade do material produzido. Além do mais, os controladores Wago dispõem do recurso WEB Server. Pode-se criar as telas de operação da aplicação no próprio controlador e a visualização e operação é feita por meio de qualquer browser de mercado, sem a necessidade de adquirir licença alguma para criar o supervisório da aplicação. Ainda no que se refere a soluções, a empresa conta, também, com cartões de E/S e borneiras específicas para trabalhar em área classifica. A Automata do Brasil desenvolve produtos e serviços para diversas aplicações exigidas pelas indústrias de injeção de resinas plásticas. São sistemas de controle, sistemas de segurança, sistemas para economia de energia e peças de reposição para máquinas injetoras. “A nossa preocupação com o desenvolvimento de serviços e produtos com alta qualidade e alto benefício, tem permitido aos nossos clientes se destacarem cada vez mais nos critérios de qualidade e competitividade. Isto porquê, a Automata do Brasil não se resume simplesmente em ser apenas uma empresa fornecedora de serviços e produtos, mas principalmente de soluções para melhoria do desempenho de nossos clientes. Temos a certeza que a automação tem presença maior em empresas que atuam no setor de produção "Just in Time", como indústrias de produtos automotivos, produtos farmacêuticos, assim como também na produção de peças técnicas e produtos domésticos”, diz Eduardo Borges.

Desempenho na Região Sul

Para a Automata do Brasil, neste semestre de 2014 a atuação na região sul foi a que mais cresceu em relação às outras. “O maior desafio na região como também nas demais, está sendo de manter intacto o nosso compromisso de agregar valor ao produto final dos nossos clientes. Identificamos uma quantidade enorme de novas oportunidades na região sul. Isto gerou a necessidade de mudanças de rumo para atender mais de perto este mercado e vamos dar prioridade para isso, criando ações para fortalecer ainda mais a nossa presença”, afirma Eduardo Borges. Nas três estados do Sul do Brasil a Arburg conta hoje com representantes comerciais locais e assistência técnica em Porto Alegre e Joinville, com sua equipe muito próxima do cliente. “A Região Sul, especialmente Santa Catarina e Paraná tem um exce-


lente desenvolvimento industrial e um valor importante na estratégia da Arburg”, diz Kai Wender. Oscar da Silva, da Sepro do Brasil, comenta que a região Sul é a região mais industrializada depois do estado de São Paulo, porém nesses últimos anos sentiu uma diminuição nos investimentos ligados à automação em relação a outros estados. “Isso mostra que em épocas mais ‘fechadas’ o empresário do sul é mais cauteloso nos investimentos apesar da automação ser um caminho indispensável”. Reinaldo Carmo Milito, da Wittmann Battenfeld do Brasil, aponta que “nossas vendas estão crescendo na Região Sul, fruto do trabalho conjunto dos nossos representantes com assistência técnica local, que podem aliar as condições comerciais flexíveis que oferecemos, com financiamento próprio, quando necessário”. A Região Sul em geral tem sido foco de atenção para a Wago. Depois do Estado de São Paulo é no Sul onde se concentra a maior base instalada de produtos da empresa no Brasil. Além da diversidade de segmentos, como por exemplo, alimentício, químico, automobilístico, petroquímico, papel e celulose, máquinas em geral, a região Sul contempla um contingente de mão de obra extremamente qualificada, o que possibilita discussões em alto nível sobre o uso de tecnologia e automação como ferramentas de produtividade. “A empresa está presente nos três estados na região Sul, com força de vendas própria, distribuidores, representantes e integradores. No Paraná a Wago tem uma forte presença, com as suas soluções, principalmente em indústrias do setor alimentício. Em Santa Catarina, com a presença de diversos fabricantes de máquinas, a empresa encontra diversas oportunidades de atuação com soluções de interconexão e automação. Já no Rio Grande do Sul, a

Wago atua na região metropolitana de Porto Alegre e no polo metal mecânico de Caxias do Sul”, explica Alessandro Ramalho dos Santos.

NR 12 estimula debates

Um dos temas mais debatidos no setor é a NR 12, norma de segurança de máquinas e equipamentos que motiva a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e as Federações a trabalhar na sua revisão, para que esta seja mais facilmente entendida e aplicada, com prazos mais flexíveis e menos burocrática, com negociação de prazos coletivamente. Em outras realidades, a automação é tanta que já existe a preocupação com a segurança pelo excesso (confira o texto Segurança no trabalho com robôs, publicado em abril pela VDI- Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha). Reinaldo Carmo Milito, da Wittmann Battenfeld, diz que a questão da segurança é polêmica e realmente há discussões em relação à norma NR 12, por ter critérios que divergem da norma europeia. “Em geral, os riscos dependem de quem opera os equipamentos, pois é notável que as empresas nacionais têm investido muito - independente da implantação da NR 12 - na produção/aquisição de equipamentos seguros. Para atender à norma brasileira, a companhia complementou suas máquinas com componentes segundo a legislação vigente, ou seja, todas as séries de produtos comercializados pela nossa marca no Brasil estão em conformidade com a NR 12. Além disso, é fundamental que os treinamentos sejam constantes, no sentido de propiciar aos operadores conhecimentos sobre a maneira eficaz e segura de se operar determinado equipamento. Em particular, a Wittmann Battenfeld está reformulando a sua estrutura de treinamento para clientes, visando atender às necessidades de capacitação do mercado”.

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Tendências Automação De um modo geral o uso da automação, além do aumento de produtividade, propicia segurança para pessoas, máquinas, processos e ao meio ambiente, acredita Alessandro Ramalho dos Santos, da Wago. “A adequação às normas, sem dúvida alguma, deve ser discutida em todo o processo de automação. Já que não se pode negligenciá-las deve-se procurar na sua aplicação o benefício. Segurança e produtividade são conceitos indissolúveis no projeto e automação de máquinas e processos”. Oscar da Silva, da Sepro, diz que “um dos pontos da NR 12 é que para quem trabalhava com máquina injetora em semi-automático com o operador abrindo a porta da máquina antes do molde abrir, hoje não é mais possível. Obviamente a nova condição é bem mais segura para o operador, porém isso implica no aumento do tempo de ciclo e consequentemente no aumento do custo produtivo”. Por isso a automatização com robô é um modo para compensar esse aumento. “Portanto, colocando um robô é necessário proteger a área de trabalho do mesmo com uma grade adaptada ao layout, tamanho, deslocamento do equipamento...Uma das grandes vantagens de trabalhar com o robô da Sepro é a facilidade de programação que permite, para um operador com poucos conhecimentos, realizar um ciclo de produção de forma simples e muito rápida respondendo a um questionário básico com auxilio de um vídeo em 3D: tão simples quanto um jogo. O operador consegue visualizar o ciclo desejado sem movimentar o robô”. Eduardo Borges, da Automata, diz que falar de segurança é vital porque as taxas de lesões na indústria de plásticos são mais altas do que se imagina. “No entanto, acidentes podem ser evitados através da aplicação de sistemas e procedimentos de segurança adequados. A Automata do Brasil em sintonia com órgãos públicos e privados tem participado ativamente do grupo de trabalho que edita a norma NR 12. Esta responsabilidade permite identificar os riscos e limites apropriados em segurança para prevenção de acidentes. Um detalhe importante foi uma análise detalhada realizada pela nossa empresa e mostrou que em sua maioria as lesões foram ocasionadas em decorrência de sistemas de segurança obsoletos, sistemas de segurança anulados ou removidos. Além disso, a falta de investimento na formação profissional e a falta do desenvolvimento de treinamentos para intensificar a cultura de prevenção de acidentes é algo impressionante baixo em nosso país. Digo que, com segurança não se economiza”.

Balanço: ano atípico provoca alterações

Oscar da Silva, da Sepro do Brasil,

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diz que esse primeiro semestre mostrou uma desconfiança do empresário, com dúvidas lógicas ligadas aos eventos como Copa do Mundo e Eleições. “No entanto, graças a projetos importantes, a Sepro está dentro da sua meta para manter um volume de 100 robôs anuais como conseguiu realizar nesses três últimos anos”. As vendas da Arburg na primeira metade do ano estão no mesmo nível de 2013, diz Kai Wender. Para a Automata estão sendo meses de transição para 2015 . “Os grandes eventos, as eleições fazem com que as empresas ‘segurem’ os investimentos. Mas também foram meses em que aumentamos a nossa participação no mercado através da conquista de novos clientes”, comenta Eduardo Borges. O primeiro semestre de 2014 foi muito importante para a Wittmann Battenfeld, com o anúncio da unificação administrativa e comercial. “Com isto, a companhia tornou-se a única fornecedora no mundo a oferecer soluções completas para o segmento de injeção, integrando no mesmo portfólio injetoras e periféricos. Como parte da unificação, realizamos investimentos para ampliar os diferenciais ao mercado brasileiro, entre eles: a composição de pacotes específicos para cada necessidade dos transformadores de plástico; e a excelência dos serviços oferecidos aos clientes, para facilitar as transações comerciais e o apoio pós-venda” afirma Reinaldo Carmo Milito. Ele diz que o mercado nacional tem grande potencial de crescimento e, em 2014, a empresa tem como meta ampliar a participação em sistemas de alimentação. “Isto porque, há três anos, iniciamos um trabalho focado nessa linha de produtos e os resultados começaram a ser colhidos no ano passado. Para este ano, a empresa tem bons projetos já em andamento e, com isso, o resultado dos primeiros meses do ano está ligeiramente acima, se comparado ao que foi registrado no mesmo período de 2013”. Importante dizer que, em 2013, o faturamento da Wittmann Battenfeld no mundo chegou a U$ 365 milhões. Para 2014, a companhia projeta um crescimento 10% superior em comparação ao ano anterior. No Brasil, a meta é duplicar a participação da marca no mercado em cinco anos. A Wago tem um extenso portfólio o que lhe permite atuar em diversos segmentos. Olhando por este lado, diz Alessandro Ramalho dos Santos, a empresa vem crescendo consistentemente, tanto no Brasil como no mundo. “A meta para 2014 é crescer 20% em relação a 2013. E com base nos resultados dos primeiros meses de 2014, a WAGO mantém esta previsão”.


Segurança no trabalho com robôs

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s robôs estão assumindo cada vez mais tarefas na produção industrial: eles parafusam peças de construção com precisão milimétrica, transportam materiais que pesam toneladas e embalam e empilham os produtos que estão prontos. Além disso, há um número cada vez maior de “mão-de-obra robotizada”; a Alemanha figura entre os países - juntamente com o Japão e a Coréia do Sul - que possuem o maior número de robôs no mundo. Nas fábricas, o espaço está cada vez menor, já que máquinas fabris eletrônicas e a equipe técnica responsável por elas entram constantemente no caminho das linhas de montagem e linhas de produção robotizadas. Isso resulta em um aumento das chances de acidentes com os funcionários. Locais de trabalho difíceis de visualizar e ângulos mortos carregam o maior potencial de riscos. Por esse motivo, há uma demanda por sistemas de segurança que possam garantir a segurança dos trabalhadores em meio ao aumento do número de robôs e da velocidade de produção.

Software previne acidentes e interrupções - Pesquisadores do

setor de Tecnologias de Mídia Digitais (Digitale Medientechnologie - IDMT), do Instituto Fraunhofer, apresentaram na última Hannover Messe Digital Factory a versão atual das tecnologias 4Save. Elas foram desenvolvidas pelo Instituto juntamente com empresas de Thüringen, como parte do projeto colaborativo BildRobo, do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (Europäischen Fonds für regionale Entwicklung - EFRE). “A interação entre componentes individuais aumenta não apenas a segurança, como também a eficiência de ambientes fabris que contam com robôs como apoio. Acidentes de trabalho ou interrupções desnecessárias na produção podem, assim, ser reduzidas ao máximo”, afirma Peter Pharow, diretor do grupo. A plataforma de software do sistema de segurança controla cada movimento das máquinas e indica quando a distância de segurança entre robô e funcionário é transpassada, assim como consegue parar máquinas em situações críticas, de maneira a prevenir acidentes. Geralmente são pequenos descuidos, como tropeços, que

podem causar acidentes graves com robôs. O sistema utiliza dados do novo sistema de vigilância Eye4Save, que emprega imagens de câmeras estéreo sincronizadas para a captação tridimensional de imagens de objetos em espaços fechados. Na atual configuração, quatro câmeras estão posicionadas em diferentes pontos, com o intuito de captar imagens na diagonal.

Vantagens do sistema de câmeras também - De maneira análoga

à percepção de profundidade do ser humano, as informações em profundidade são adquiridas por meio de cada uma das câmeras, cada qual em sua posição. O reconhecimento de objetos em um espaço fechado baseia-se na análise destas mesmas informações: como referência para cada par de câmeras, consta um modelo de fundo baseado em distância e adaptável a cores. Os objetos, identificados por cada uma das câmeras, são agrupados e projetados em forma de uma cobertura visual tridimensional. “Quanto mais câmeras conseguirem captar a imagem do objeto, mais fielmente a cobertura irá representar o seu formato real. Em caso de dúvida - por exemplo, se a câmera não conseguir captar a imagem do objeto completamente por estar encoberto por outro item - a cobertura continua do mesmo tamanho. Isso significa que oclusões são sempre utilizadas visando à segurança”, explica Daniel Kapusi da ZBS, que coopera com a IDMT. O número otimizado de câmeras e sensores, assim como seu posicionamento ideal e orientação, são determinados interativamente com a ajuda da ferramenta de simulação Sim4Save. Esse instrumento simula o ambiente fabril tridimensionalmente e garante a cobertura ideal de todo o ambiente de trabalho com tecnologias de segurança. "Objetos com visualização obstruída ou grandes distâncias diminuem a qualidade das gravações. Esse tipo de situação é levado em consideração na simulação: o Sim4Save torna pontos cegos e locais de trabalho obscurecidos algo do passado", completa Pharow. (Publicado em abril pela VDI- Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha*)

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Tendências Controle Térmico

Múltiplas vantagens no processo Além da economia de energia, os equipamentos possibilitam melhorias na qualidade final

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DIVULGAÇÃO

Para a Refrisat, além dos componentes técnicos, outro ponto vital é a tecnologia de automação

s equipamentos de controle térmico de uma maneira geral colaboram com o processo da seguinte forma: aumentam a qualidade do produto feito, no caso dos de plástico, por exemplo, a finalização, durabilidade e consistência são muito mais confiáveis; melhoram os controles dimensionais; aumentam a produtividade, visto que inclusive a vida útil dos equipamentos principais é maior se utilizados em conjunto com periféricos; as máquinas param menos por aquecimento, o que também está ligado à questão da vida útil. “Além desses benefícios clássicos e comuns a maior parte dos equipamentos responsáveis pelo controle térmico de processos, no caso da Refrisat, as vantagens são ainda maiores. Eles trabalham com os gases 410, os quais logo serão implementados em massa pela indústria para o cumprimento do Protocolo de Montreal. Além da questão da sustentabilidade relacionada aos gases CFC, a Refrisat é a única companhia que tem equipamentos que consomem o menor valor de energia. Diminuímos o consumo de energia em até 30% em alguns equipamentos em relação ao mercado”, afirma a diretora de marketing da empresa Jaqueline Pivato. Isso foi feito com a estruturação de um departamento de pesquisas e um laboratório de desenvolvimento que é exclusivo da organização

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Refrisat. “Somos a única empresa do setor que além da especialização em refrigeração e controle térmico tem também conhecimento de automação e programação, o que faz total diferença. Na programação de nossos equipamentos criamos ‘dispositivos smart’ que conseguem controlar o consumo de energia de acordo com a intensidade de utilização dos equipamentos, além de gerar relatórios de tempo de uso, problemas no processo envolvendo o nosso equipamento e outros que podem gerar mudanças significativas nas indústrias e demais processos em que nossos clientes necessitam”, explica Jaqueline. “Além de tudo isso, o número de recursos exclusivos que oferecemos é impressionante. Somente com um equipamento da linha touch Refrisat um cliente consegue ter acesso a todos esses dados e muitos outros, os quais ainda estamos desenvolvendo para futuros lançamentos no mercado”. No ano passado, a empresa lançou, na linha de unidades de água gelada, o Smart Chiller Inverter Refrisat, que também tem uma variação quase inexistente de Set Point, um verdadeiro trabalho de engenharia trabalhada sempre de maneira precisa. São características do produto: Controle de capacidade de 10% a 100% com variação na rotação do compressor e economia exclusiva de energia; Ativação inteligente pelo CLP do hot gás por by pass quando o aparelho funciona de 10% a 30% de sua capacidade; Variação proporcional da rotação dos ventiladores de acordo com o controle de capacidade; Variação quase inexistente de temperatura Set Point; Resfria pelo gás ecológico 410. Gustavo Müller, gerente Comercial IMMAC do Brasil, empresa representante comercial da Qualiterme, na indústria plástica no sul do Brasil, diz que estabilidade de temperatura no molde é o grande benefício que os equipamentos de controle térmico podem agregar aos processos. “Tanto o cliente que for usar uma unidade de água gelada quanto o que for usar um termorregulador pode ajustar melhor o processo quando há a mesma temperatura de molde. Conseguem ter melhores precisões de dimensionais de peça e também uma variação menor de peso de peças injetadas”, diz. Ele acredita que unidades de água gelada (usadas para resfriamento de moldes, trabalham em temperaturas abaixo de 20 graus positivos e podem trabalhar até em temperaturas negativas se necessário) e termorreguladores (usados para aquecimento de moldes, para injeção de materiais que precisam que por exemplo a fibra abra; podem ser do tipo a água (até 90 graus), água pressurizada


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Tendências Controle Térmico (até 120 graus) ou a óleo (acima de 120 graus) são equipamentos de controle térmico são considerados indispensáveis atualmente. Segundo Jaqueline, em relação à água gelada, no mercado de uma maneira geral, a classificação muda de acordo com o processo em que a máquina fará parte. “Para a unidade de água gelada existem as possibilidades de condensação a ar e a água, no caso das torres de resfriamento temos a opção de circuito fechado e aberto. No caso dos termorreguladores a mudança é sutil e principalmente relacionada à capacidade (que muda de acordo com o processo do cliente) e para os desumidificadores e resfriadores de óleo a mesma coisa”. A mudança no nível tecnológico, para o cliente que pretende comprar, deve ser vista de uma maneira geral. “Hoje, podemos dizer que um número muito pequeno de empresas se preocupa com a qualidade e com o avanço tecnológico nesses produtos, diz Jaqueline. Assim, o primeiro ponto a ser levado em conta é a qualidade dos fornecedores. “Infelizmente, hoje no Brasil as empresas muitas vezes optam por opções de componentes mais baratos, mas que, no entanto, só geram dor de cabeça aos clientes no futuro. Pode parecer bobagem falarmos sobre isso, pois vemos em muitas empresas que a qualidade dos componentes de refrigeração e controle térmico não é a base para uma boa qualidade em equipamentos para controle térmico. No entanto, isso é uma visão extremamente equivocada”. “Atualmente, a Refrisat é a primeira empresa a ter toda a sua linha com base em fornecedores internacionais que desenvolvem em seus laboratórios internos tecnologias exclusivas de refrigeração. Juntamente com a empresa, apenas dois concorrentes conseguem chegar a esse nível de qualidade em toda a fabricação. Além dos componentes técnicos de refrigeração, outro ponto importante é a questão de tecnologia de automação, quesito que somente a Refrisat tem em um nível avançado. Sendo assim, é muito importante que todos consigam observar se a empresa investe na questão de automação, se ela tem know-how (anos de mercado e clientes significativos). Além disso, é importante observar se a tecnologia de automação também foi modificada de acordo com os anos, pois todas as empresas que percebem os problemas que aparecem e os requisitos do mercado e tentam melhorar seus produtos também tendem a ser empresas com estruturas mais significativas e com uma capacidade fabril mais robusta e preparada”. A Wittmann Battenfeld disponibiliza o Sistema central de alimentação - com equipamentos das linhas Drymax e Feedmax, que secam a resina plástica e a distribui conforme a necessidade de cada máquina injetora. Todos os 34 > Plástico Sul >>>

componentes dos alimentadores que entram em contato com o material a ser confeccionado são de aço inox, com filtros para evitar partículas de pó. Os alimentadores atendem qualquer aplicação - materiais técnicos, críticos e abrasivos. E equipamentos que controlam a temperatura do molde – os periféricos da série Tempro proporcionam as melhores condições de produção decorrentes do tipo de resina e peças a ser produzida. Os controladores de temperatura da Wittmann Battenfeld estão disponíveis em diversos modelos e tamanhos, permitem trabalhar com os moldes em temperaturas que vão até 250º C (com circulação de óleo) e 160° C (com circulação de água). Seguros e confiáveis, os modelos desta série possuem monitoramento de vazamentos e de nível, purga de ar, bloqueio para que a bomba não trabalhe em vazio, detecção automática de rotação, monitoramento de quebra do sensor de temperatura e medição do fluxo de retorno. Reinaldo Carmo Milito, Diretor Geral da empresa comenta que os equipamentos de controle térmico trazem ganho de tempo no set-up e redução de refugos, que levam ao ganho de produtividade e consequente economia – de tempo e custos. “A necessidade na utilização de um controlador de temperatura depende do tipo de resina que vai se utilizar. Tem resinas, por exemplo, que dispensam a utilização. A Wittmann Battenfeld possui equipamentos que vão de 90° C a 180° C - utilizam a água como meio de aquecimento; e de até 250° C - utilizam o óleo como meio de aquecimento”, diz.

Oscilações no mercado

Nos últimos anos, o setor de controle térmico e refrigeração esteve em um movimento de altas e baixas, segundo Jaqueline. “Após a crise financeira internacional, o movimento foi comum a todas as empresas da área, assim como foi para toda a indústria. O que antes era estrondoso, em um movimento de vendas muito altas e de produção frenética, hoje se tornou um movimento inconstante, onde o mapeamento de estratégias é inclusive dificultado, afinal o governo influencia diretamente a atividade econômica do nosso país e os investidores confiam menos hoje no que é decidido pelo Ministério da Fazenda”. Para depender menos das oscilações do mercado, o investimento se torna um quesito importante, isso por que as empresas que conseguirem ganhar o espaço de suas concorrentes serão as que prevalecerão com melhores condições de operação. “Em 2014, em um movimento contrário ao de outros anos, a Refrisat conseguiu aumentar de maneira significativa suas vendas no início do ano. Acreditamos que esse movimento ocorreu porque somos a empresa


número 1 em escolhas para unidades de água gelada e chillers e também porque hoje temos uma estrutura muito mais organizada que nos permite conversar com os nossos clientes e apresentar nossos projetos-referência de uma maneira muito mais próxima e interessante”, diz Jaqueline. O retorno desses investimentos, portanto, vem com a maior quantidade de vendas, mas também com os lembretes a longo prazo de que é uma empresa preocupada em solucionar o problema dos clientes. Müller afirma que muitas empresas têm investido nesses equipamentos porque o retorno é certo quando bem aplicado no processo. “Para quem injeta PP, além de estabilizar a temperatura do molde, as empresas com unidades de água geladas individuais conseguem muitas vezes baixar ciclos em até 30%. Falando de termorregulador, a principal vantagem é que fica mais fácil acertar o processo para atingir a precisão dimensional e para deixar as peças com melhor acabamento. Como exemplo, podemos falar da fibra de vidro que abre com o molde quente”, aponta. Para Jaqueline, o ano de 2013 teve uma oscilação observada em toda a indústria e os investimentos em ferramentas e novos equipamentos foi

de grande retorno para a empresa. “Iniciamos o ano de uma forma muito positiva, conseguimos aumentar até 3xs o nosso faturamento graças ao lançamento do Smart Chiller Inverter, a revisão de nossos projetos e preços e a maior aparição de nossa marca em eventos e publicações. A projeção, portanto, é a mesma da indústria de uma maneira geral; tivemos um início de ano muito bom, uma queda esperada durante esse período de férias e Copa do Mundo, e historicamente esperamos mais um aumento significativo em vendas principalmente pelos investimentos feitos em época de eleição, no entanto, a expectativa da indústria de uma maneira geral é de que o ano será igual ou pior aos que passaram. Acreditamos que por conta de nossos investimentos, a Refrisat anda em contrapartida, ainda bem. Mas esperamos um desempenho melhor principalmente no final do ano agora”. Müller diz que o desempenho do setor tem crescido com o passar dos anos.

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EventoInterplast

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Simpesc destaca a importância da feira para o setor

Visitantes poderão conferir as novidades de 550 expositores em umas das grandes feiras do Brasil

Albano Schmidt, presidente do Simpesc, confia nos eventos para conseguir índices positivos no setor 36 > Plástico Sul >>>

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em sempre um inicio ruim significa fracasso total. Assim ocorre no setor plástico brasileiro. O ano de 2013 começou com dificuldade e a partir do segundo semestre resultou em crescimento de 7% a 9% impulsionado, principalmente, pelo desenvolvimento da agricultura e construção civil. “Para 2014 temos uma projeção de PIB de 2%, o que nos leva a trabalhar com as situações otimistas, reforçadas com os eventos já agendados para Copa do Mundo e eleições. Historicamente, os anos de eleições trazem bons resultados com investimentos no setor público”. Esta é a avaliação de Albano Schmidt, presidente do Simpesc (Sindicato da Indústria de Material Plástico de Santa Catarina), entidade apoiadora da Interplast – Feira e Congresso de Integração da Tecnologia do Plástico, evento que será realizado no Parque Expoville, em Joinville/SC, entre os dias 18 e 22 de agosto.

Com base no desempenho do segmento em 2013, o presidente da entidade confia em eventos como a Copa do Mundo e eleições para fazer uma previsão otimista para 2014.

A Interplast, principal feira do segmento plástico do Brasil realizada nos anos pares,está em sua oitava edição e conta com uma média de 550 expositores abrangendo soluções e tecnologias nos segmentos de máquinas e equipamentos, transformadores, ferramentarias, embalagens, matéria-prima, periféricos, design e serviços. Na última edição, em 2012, recebeu 28 mil visitas de 23 estados brasileiros e 24 países, em sua maioria profissionais da indústria plástica. “A Interplast é um importante canal de relacionamento e negócios e que propicia às empresas do segmento plástico uma excelente oportunidade de se aproximar de seus clientes, apresentando novidades, lançando produtos e divulgando soluções. A presença em um evento desse porte consolida a marca e fortalece a empresa diante do seu público-alvo”, destaca Schmidt.

Santa Catarina na vanguarda

No último ano foram produzidas no Brasil 980 mil toneladas de produtos plásticos transformados, com um faturamento de R$ 12,2 bilhões, números que expressam a grandiosidade do mercado de plásticos no País. E nesse contexto, Santa Catarina tem um papel muito importante, com mais de 900 empresas de transformação de resinas plásticas em produtos essenciais para a vida humana. O Estado é produtor de embalagens de alimentos, artigos de transporte, produtos para construção civil, autopeças, partes para produtos eletrônicos, eletrodomésticos, utilidades domésticas, produtos descartáveis etc. “Em nossa mais recente medição chegamos a um número de 32 mil empregados diretamente nas fábricas. Certamente o setor emprega outro tanto indiretamente. Santa Catarina é o único estado em que o nível de produção per capita é equivalente ao de países desenvolvidos. A nossa diferença reside justamente no fato de termos


grandes empresas em diversas sub-regiões, cada uma com sua especialidade: o Sul em descartáveis, o Norte em produtos para construção civil e peças técnicas e o Oeste em embalagens”, destaca Albano Schmidt, presidente do Simpesc. Santa Catarina também é apontada como celeiro de áreas promissoras para a indústria de transformação de plásticos. “Entendemos que ainda há espaço para crescimento em todas as áreas. Mas o que nos chama mais atenção são as autopeças, pois nosso Estado deve passar a ser em breve um pólo da indústria automobilística”, acrescenta Schmidt.

Estande coletivo do Sindicato

Com o objetivo de oferecer uma eficiente visibilidade dos produtos e ações dos associados aos visitantes, o Simpesc terá um estande coletivo na Interplast: 11 empresas vão ocupar o espaço de 124 m² reservado pela Messe Brasil para o Sindicato. Tecnoperfil, Implatec, Plasbohn, Homeplast, Plastibel, Ambiental, Conexões Especiais do Brasil (CEB), Uniplast (Joinville), Nord West, Mantac e Plastibor confirmaram a participação e vão compartilhar o espaço. “esta é uma ação realizada desde 2008, quando começamos a participar com apenas três associadas: Conexões Especiais do Brasil, Ambiental e Tecnoperfil”, conta o diretor executivo da entidade, Vernon Luiz de Campos. Para o experiente executivo, a presença da entidade e de empresas associadas na Interplast é de fundamental importância para divulgar a expressão do mercado plástico. “É através dos projetos realizados pelo Simpesc que as empresas associadas podem desenvolver e capacitar os seus profissionais, com maior integração, troca de experiências e menor custo. Participando da feira as empresas associadas terão maior visibilidade para contatos

e para futuras parcerias, divulgando os serviços e produtos, bem como prospectando novos negócios”, aponta. Aos associados, a cotização possibilitará reduzir a quantidade de pessoas da empresa envolvidas com o evento, possibilitando também a participação em um estande de maiores proporções e que atrai perfil diferentes de público, com maior possibilidade de prospecção de negócios. “Além do subsídio financeiro do Simpesc, é importante mencionar que o assessoramento durante o evento é um diferencial. Este é um dos momentos em que as associadas consideram a importância e a força da união sindical e também a relevância de serem representadas por um sindicato organizado e atuante como e o Simpesc”, enfatiza o diretor.

Eventos simultâneos

Em paralelo à feira acontece o Cintec 2014 Plásticos – Congresso de Inovação Tecnológica – organizado pela UniSociesc e que reúne cerca de 400 congressistas a cada edição, e a Rodada de Negócios do Setor Plástico. A Interplast tem promoção e realização do Simpesc (Sindicato da Indústria de Material Plástico no Estado de Santa Catarina) e apoio da Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico) e da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos). Outro evento é a Euromold Brasil – Feira Mundial de Construtores de Moldes e Ferramentarias, Design e Desenvolvimento de Produtos, que ocorre pela segunda vez simultaneamente à Interplast, A realização é viabilizada por meio de joint venture entre a Messe Brasil e a Demat,, uma das mais representativas empresas privadas de organização de feiras da Alemanha. A estimativa é que as duas feiras gerem mais de R$ 500 milhões em negócios.

Serviço

Interplast 2014 – Feira e Congresso de Integração da Tecnologia do Plástico Euromold Brasil – Feira Mundial de Construtores de Moldes e Ferramentarias, Design e Desenvolvimento de Produtos Data: 18 a 22 de agosto de 2014 Horário: das 14 às 21 horas Local: Expoville – Joinville-SC – Brasil Organização: Messe Brasil <<< Plástico Sul < 37


EventoInterplast

Abiplast aponta os desafios em 2014

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Roriz Coelho diz que a Abiplast desenvolve ações para eliminar entraves e estimular a competição

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m uma avaliação setorial, e de uma maneira geral, o desempenho da indústria de transformados plásticos em 2013 foi positivo. Variáveis importantes como produção, exportação, emprego e investimento apresentaram aumento no ano. No entanto, o setor ainda revela desafios para 2014. A afirmação é da Abiplast, associação nacional que apóia a Interplast. Segundo a entidade, a Região Sul é estratégica para um evento como a Interplast porque concentra 27,6% das 11,7 mil empresas transformadoras de plástico brasileiras. São 3.226 empresas, que empregam mais de 94 mil pessoas, o que representa quase 5% do total de emprego gerado pela indústria de transformação na região. “O setor de transformados plásticos é um importante fornecedor de produtos e soluções para praticamente todos os segmentos da economia brasileira. O fortalecimento desse setor passa pela solução de problemas horizontais da indústria, associados ao “Custo Brasil”, e pela criação de um ambiente competitivo, com matérias-primas a preços competitivos e redução de distorções tributárias que afetam especificamente o setor”, defende José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Abiplast.

Para apoiar o setor a associação desenvolve ações estruturantes visando melhorar as condições de mercado com programas para qualificação de mão de obra, melhoria da gestão empresarial, incentivo à inovação e ações voltadas ao meio ambiente com participação ativa na Política Nacional de Resíduos Sólidos, o Acordo Setorial de Logística Reversa e a melhoria e estruturação do setor de reciclagem do plástico. “São ações que demandam mais apoio do Governo na análise da estrutura tributária brasileira para resolver assimetrias. Por conta do momento político, essa é uma agenda de longo prazo e versa sobre equalizações tributárias finais; com a isonomia entre IPI de matérias-primas e produtos finais; revisão da lógica tributária da atividade de reciclagem e a manutenção de condições de acesso à matérias-primas a preços competitivos, explica Roriz. A Abiplast desenvolve ainda ações para eliminar entraves que limitam a competitividade do setor de transformados plásticos. Segundo o executivo, o processo de desindustrialização é uma realidade do setor industrial brasileiro e o transformado plástico também é afetado nesse processo. “O fato é que o crescimento da demanda brasileira por transformados plásticos, que


no último ano cresceu 8%, está sendo sistematicamente absorvida por importações. O coeficiente de importação desses produtos, ou seja, o percentual da demanda brasileira atendida por compras no exterior está em 12% e cresceu 20% desde 2007. Já o déficit da balança comercial de transformados plásticos, aumentou 20% em 2013 em comparação com o ano anterior e, se observarmos desde 2007, o déficit da balança hoje está três vezes maior”, diz Roriz. Os desafios para 2014 envolvem o fortalecimento da indústria para que ela consiga atender a demanda nacional, que cresceu 8% em 2013. A busca ela competitividade também se tornou um desafio e meio a tantos fatores desfavoráveis de cunho estrutural, que só devem ser solucionados no longo prazo. “2014 apresenta dois fatores extras que podem postergar o desenvolvimento da indústria plástica: A Copa do Mundo de Futebol no Brasil, que diminuirá os dias úteis de trabalho e as eleições, que inibem decisões importantes na política industrial. Entretanto, o setor espera que a balança comercial, a produção e o faturamento aumentem em 2014”, avalia. No setor alimentício a produção de embalagens para esse segmento sempre é o mais representativo da indústria de transformados plásticos e a expectativa é de crescimento de 2,5% a 3,5% no consumo por essa indústria. Outro segmento expressivo é o da construção civil, que consome diversos componentes plásticos e estima crescer de 3,5% a 4% em 2014. Além disso, está em discussão Plano Nacional de Saneamento, que prevê aportes de aproximadamente R$ 23 bilhões/ano. Por fim, o setor automotivo, que não espera repetir o crescimento de 2013, porém o Programa Inovar-Auto representa uma grande oportunidade para fornecedores de peças e componentes automotivos plásticos”, finaliza Roriz Coelho.

Confirmada Rodada de Negócios

Consolidada como segundo maior mercado de plásticos da América do Sul, a região Norte de Santa Catarina possui número expressivo de marcas mundiais produzindo para as mais diversas aplicações. São produtos para as indústrias automobilística, de eletrodomésticos, construção civil, moveleira, de cosméticos e higiene pessoal, embalagens e farmacêutica. Neste cenário será realizada a 1ª Rodada de Negócios do Setor Plástico, simultaneamente à Interplast. Na Rodada serão promovidas reuniões de negócios entre empresários que demandam e ofertam serviços e produtos, viabilizando negócios entre as partes. Para serem âncoras no evento foram convidadas 15 grandes empresas consumidoras de matérias-primas, máquinas, equipamentos e serviços relacionados ao setor plástico. Do outro lado, a organização estima cerca de 200 empresas vendedoras, entre elas os expositores da feira Interplast. “A Rodada complementa a feira e tem o objetivo de estimular os negócios para expositores, atendendo a demanda das empresas âncoras por soluções. A expectativa é que o encontro supere R$ 1 milhão em negócios”, adianta Richard Spirandelli, diretor da Messe Brasil, organizadora da Interplast. A Rodada será organizada pela Bolsa de Subcontratação de Santa Catarina – BNS/SC com o apoio do Simpesc, da Fiesc/IEL (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina/ Instituto Euvaldo Lodi) e da Messe Brasil.

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Mercado

Electrolux vai investir R$ 250 milhões em nova fábrica no Paraná

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setor industrial em geral e o segmento plástico do Paraná comemoram um nova conquista: a Electrolux, uma das marcas líderes do mercado de eletrodomésticos, oficializou em junho, junto ao Governo do Paraná, o investimento de R$ 250 milhões para a construção da nova fábrica de refrigeradores no município da Lapa, Região Metropolitana de Curitiba. A formalização do investimento foi feita ao governador Beto Richa pelo vice-presidente de Operações da Electrolux, Ramez Chamma, durante evento no Palácio Iguaçu, em Curitiba. O empreendimento é apoiado pelo governo estadual, por meio do Paraná Competitivo, programa de estímulo à industrialização do Estado. “É importante ressaltar que uma empresa do porte da Electrolux, uma das indústrias mais renomadas do mundo, acredita no Paraná e anuncia um novo investimento em nosso Estado”, afirmou o governador Beto Richa. “Para a empresa é motivo de orgulho contribuir positivamente para o

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Mix

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incentivo da economia local e o crescimento da região, gerando 800 empregos diretos e mais de 2 mil indiretos, além de novas oportunidades de negócios”, afirmou Chamma. Para o executivo o apoio do Governo do Estado para a consolidação do novo empreendimento foi decisivo. Ele afirmou que o Paraná é um local estratégico para a multinacional na América Latina. “Já temos em Curitiba a maior fábrica do mundo do Grupo Electrolux e agora, com a nova unidade, o Paraná vai se consolidar como o polo de refrigeração do Brasil e um dos maiores do mundo”, disse. “A Electrolux, multinacional sueca de eletrodomésticos que está no Brasil desde 1926, é hoje uma das marcas líderes de mercado com cinco fábricas no Brasil e mais de 13.600 funcionários diretos e indiretos", disse ele.


Plast

Mix

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no Verde DIVULGAÇÃO

Foco

Garrafas PET viram pastilhas para revestimento

Criatividade e inovação é fundamental nos negócios. Assim, a Rivesti venceu um desafio de fabricar revestimentos sustentáveis a partir do reaproveitamento de embalagens de PET. A empresa está lançando no mercado sua primeira linha de pastilhas sustentáveis (foto) após três anos de pesquisa e desenvolvimento. Produzidas com uma mistura de PET reciclado (85%) e aditi-

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vos minerais reaproveitados (15%), as pastilhas Rivesti são ainda 100% recicláveis. O processo de fabricação também é sustentável, já que demanda baixo consumo de energia elétrica, não emite poluentes e nem gera resíduos. Cada m2 de pastilhas Rivesti evita o lançamento de 3 Kg de CO2 na atmosfera e recicla 66 garrafas PET. Como as pastilhas são até 66% mais leves, a emissão de poluentes durante o transporte também é reduzida. “Sustentabilidade é a base do nosso produto e a missão da empresa”, explica Rafael Sorano, criador da pastilha. Outro conceito que se aplica à Rivesti é praticidade. As placas são fáceis de instalar e garantem o alinhamento perfeito das pastilhas. A uniformidade visual é obtida por meio de encaixes laterais exclusivos desenvolvidos pela empresa. “Os encaixes embutidos em todas as placas eliminam o indesejado efeito de plaqueamento, comum às pastilhas convencionais”, completa Sorano.

Rapidez e economia - Graças a essa tecnologia, a instalação das pastilhas Rivesti é até seis vezes mais rápida que a das concorrentes, o que significa economia em mão de obra. O design das pastilhas também foi pensado para reduzir a quantidade de argamassa no assentamento e rejuntamento, “a redução chega a 60% na instalação”, confirma Sorano. O design Rivesti também garante que as pastilhas não se desprendam das estruturas revestidas. Outra vantagem é que as pastilhas Rivesti podem ser aplicadas sobre alvenaria comum ou drywall, em áreas internas e externas, como piscinas, fachadas, banheiros. “As pastilhas têm 0% de absorção de água e são fabricadas com aditivos que protegem contra ação dos raios UV e agentes químicos”, afirma Sorano. Com patente requerida em diversos países do mundo, a tecnologia Rivesti é 100% nacional. As pastilhas foram desenvolvidas no Brasil com o apoio da empresa alemã Merck e da norte-americana Momentive. O projeto consumiu R$ 5,5 milhões em investimentos e exigiu três anos de pesquisas. Lançado no mercado brasileiro em abril de 2014 e já está presente em 50 lojas de todo o país, deve gerar faturamento de 20 milhões de reais até o final de 2015 em vendas no mercado interno. A Rivesti será apresentada, em breve, ao mercado internacional de revestimentos, sempre ávido por novidades tecnológicas e sustentáveis.


DIVULGAÇÃO

Nobelpack usa PE verde da Braskem

A Nobelpack, que há mais de 60 anos produz sacolas plásticas, inovou e atingiu a marca de 30 clientes utilizando o plástico verde (PE) produzido pela Braskem em suas sacolas promocionais. A matéria-prima proveniente do etanol reduz a emissão dos gases do efeito estufa na atmosfera ao capturar gás carbônico durante o seu processo produtivo. A sua utilização está alinhada com o objetivo das duas empresas de oferecer uma solução mais sustentável aos clientes e ao consumidor final. A parceria firmada em 2011, e intensificada em 2013, faz com que hoje a produção das sacolas plásticas da Nobelpack utilize quase 100% de polietileno verde I’m greenTM como matéria-prima. Também em 2013, a empresa passou a utilizar o polietileno verde de baixa densidade, maximizando assim o conteúdo de fonte renovável nas sacolas plásticas promocionais. Para mostrar ao consumidor a importância de usar uma sacola com matéria-prima renovável, a empresa criou o Verdômetro, um contador

com o número total de embalagens produzidas com o plástico verde da Braskem e a respectiva quantidade de CO2 capturado da natureza. Acessando o site http://www.nobelpack.com. br/verdometro/, além destes números, os interessados poderão ver um pouco mais da contribuição real para o meio ambiente por meio de exemplos. As sacolas promocionais com polietileno verde já estão sendo usadas por grandes empresas do varejo brasileiro, dos mais diversos segmentos. Entre os 30 clientes, estão Marisa, Cacau Show, Centauro, Tok Stok, Besni, World Tennis, Ofner, Água de Coco e a embalagem das revistas da Natura. Para ajudar o consumidor a reconhecer o plástico verde, a Braskem criou o selo I´m greenTM, que pode ser encontrado em todas as sacolas produzidas pela Nobelack com o plástico verde e que garante a origem renovável do plástico utilizado na produção das sacolas.

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de Notas

Sopradora da Zanetti na Röchling

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Bloco

A primeira unidade brasileira da alemã Röchling, inaugurada dia 4 de junho, em Itupeva (SP), está operando com uma sopradora HPZ 300 (foto), da Pavan Zanetti. Especializada na produção de peças plásticas automotivas de alta resistência, a Röchling já está fornecendo para a Volkswagen e também deverá ter a Ford e a BMW como clientes em 2015. As negociações com outras montadoras no Brasil, na Europa e Estados Unidos, como Honda, General Motors, Renault, PSA Peugeot Citroën, Audi, Mercedes-Benz e Fiat, já estão em andamento. Para a Pavan Zanetti, ter sua marca aliada a uma das mais conceituadas fabricantes de componentes plásticos do mundo, como a Röchling, e ao mercado das montadoras automobilísticas, é um reconhecimento à altura de sua competitividade. “Hoje, estamos muito mais próximos dos concorrentes europeus em termos de tecnologia aplicada e de preço. Nossas máquinas são capazes de competir em produtividade tendo os mesmos elementos de comando e equipamentos periféricos das europeias”, garante Newton Zanetti, diretor comercial da Pavan Zanetti. A sopradora HPZ 300 é um modelo básico da série HPZ, de sopro por acumulação, que atende à fabricação de médios e grandes volumes. Tem saída lateral do produto soprado e permite a instalação de um sistema integrado para sua rebarbação. Dispõe de comandos de última geração, sistemas de sopro a vácuo em 3D com a tecnologia TBM e recursos de acionamentos elétricos, pneumáticos e hidráulicos para serviços durante o tempo de sopro e extração.

Correção: 1º Congresso Brasileiro do Plástico

Ao contrário do que foi informado na seção Agenda, página 42 da Edição 152 da Revista Plástico Sul, o 1º Congresso Brasileiro do Plástico será realizado em três dias, de 5 a 7 de novembro de 2014 na Fiergs, em Porto Alegre (RS).

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Mais estímulos para o setor de máquinas

negócios. O PSI garante crédito a um juro de 6% para grandes empresas comprarem máquinas e de 4,5% para micro, pequenas e médias. Os executivos dizem o programa ajuda principalmente as empresas menores, mas não chega a impulsionar o setor. A Abimaq diz que o governo tem mostrado interesse nas questões do setor e que tem expectativas de que os negócios no país possam melhorar no ano que vem. Na semana passada, Carlos Pastoriza, diretor-secretário e presidente eleito da entidade, disse que a presidente Dilma Rousseff indicou em reunião que pretende adotar rapidamente um programa para a modernização do parque industrial brasileiro, o que poderia dar um impulso mais forte ao setor.

Frango Sadia “assa fácil”

marinado com os temperos em embalagem Assa Fácil, um invólucro plástico que pode ir direto do freezer para o forno. O lançamento atende a busca crescente das pessoas por praticidade e facilidade no preparo, com produtos saborosos. O tempo estimado de preparo é de 1 hora e 15 minutos a 2 horas, dependendo do produto.

A indústria de máquinas e equipamentos do país viu nas últimas semanas o governo atender dois de seus pedidos recentes: a prorrogação do Programa de Sustentabilidade do Investimento (PSI) e o retorno do Reintegra. O governo também melhorou as condições para o Refis, embora não completamente como pedia o setor. Ainda assim, os fabricantes estão desanimados. As empresas afirmam que o necessário seria o aumento dos investimentos produtivos no país e em infraestrutura, o que elevaria a demanda por máquinas no mercado local. No caso do crédito para a compra das máquinas, as companhias afirmam que o PSI é importante, mas que não garante a melhora dos

Agora ficou mais fácil preparar uma deliciosa refeição: o “Frango Fácil” da Sadia inova no preparo do frango assado. Disponível em embalagens flexíveis de 1,5 kg para o frango inteiro e de 800 gramas para coxas e sobrecoxas, o produto é acondicionado já

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Anunciantes

Agenda São Paulo (SP)

Arburg / Página 17 AX Plásticos / Página 42 Battenfeld - Cincinnati / Página 21 Brasfixo / Página 37 Congr. Br. do Plástico / Página 33 Cromex / Página 19 Cromocil / Página 41 Dacarto Benvic / Página 40

Agende-se para 2014 Argenplás 2014 - XV Exposição Internacional de Plásticos 16 a 19 de junho de 2014 Costa Salguero Exhibition Center Buenos Aires - Argentina www.argenplas.com.ar/pt

Detectores Brasil / Página 29 Digitrol / Página 44 Ecomaster / Página 47 Help Injetoras / Página 45 Inbra / Página 31

Embala Nordeste 2014 De 12 a 15 de agosto de 2014 Centro de Convenções de Pernambuco Recife - Olinda - PE (Brasil) www.greenfield-brm.com/ embalaweb.com.b r

Interplast / Página 25 Kie / Página 41 Krauss Maffei / Página 15 Liansu / Página 11 Matripeças / Página 44 Multi-União / Página 45 Previsão / Página 43 Projedata / Página 23 Químicos & Plásticos / Página 07

Interplast 2014 Feira e Congresso de Integração da Tecnologia do Plástico De 18 a 22 agosto de 2014 Pavilhões da Expoville, Joinville - SC (Brasil) www.interplast.com.br Colombiaplast 2014 29 de setembro a 3 de outubro de 2014 Bogotá /Colômbia www.colombiaplast.com

Replas / Página 05 Shini / Páginas 02 e 03 Super Finishing / Página 48 Supercor / Página 40 Tec Engineering / Página 41 Teck Trill / Página 27 Thormaq / Página 42 Unicor / Página 13 Valmart / Página 41 Zeppelin / Página 39

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1º Congresso Brasileiro do Plástico 5 a 7 de novembro de 2014 FIERGS, Porto Alegre – RS (Brasil) www.plastechbrasil.com.br Feiplar Composites & Feipur 2014 Feira e Congressos Internacionais de Composites, PU e Plásticos de Engenharia De 11 a 13 de novembro de 2014 Expo Center Norte – Pavilhão Verde São Paulo - SP (Brasil) http://www.feiplar.com.br/


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