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Editorial DIVULGAÇÃO
Expediente Ano XV - # 157 - Setembro de 2014
Conceitual - Publicações Segmentadas www.revistaplasticosul.com.br R. Vicente da Fontoura, 2629 - Sala 03 CEP: 90640-003 - Bairro Petrópolis Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3062.7569 plasticosul@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844 Redação: Brigida Sofia Departamento Comercial: Débora Moreira Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777) Capa: divulgação Plástico Sul é uma publicação da editora Conceitual - Publicações Segmentadas, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 8.000 exemplares.
Filiada à
Vai um plástico aí?
V
ai. Sempre vai. E que não me venham dizer que a ideia é diminuir a utilização do produto com foco na preservação ambiental. Tente, apenas tente, contar o número de vezes que você toca em um produto plástico durante um dia. Incontáveis vezes, com certeza. O plástico ajuda a preservar o meio ambiente. Isso mesmo. Com ele você torna um automóvel mais leve, diminuindo o consumo de combustível. Com ele você torna uma espessura mais fina, consumindo menos material. Com ele você facilita o transporte de grãos, diminuindo o desperdício de alimentos. São tantos benefícios que renderia uma revista inteira. Mas deixe-me contar minha experiência. Tornei-me mãe recentemente, e já acumulo na bagagem dois anjinhos preciosos. Pois foi aí que caiu a ficha da impressionante importância do plástico na minha vida. Começando pela hora do parto, repleta de plásticos descartáveis, garantindo a minha segurança e a dos meus bebês também. Depois vieram as incríveis fraldas descartáveis. Quanta água e sabão era desperdiçada há 30 anos? Os conta-gotas são de plástico, as seringas idem, as mamadeiras também (e sem o biosfenol A, não esqueçam!). Ah, e os brinquedos.... O plástico garante a segurança dos pequenos, o desenvolvimento da humanidade e nos permite ter uma vida mais leve, prática e moderna. Meu filho mais velho anda com seu prato e colher de plástico pela casa inteira, sem que eu precise correr atrás preocupada com a quebradeira que pode acontecer. Tem danos ambientais? Sim, tem. Mas pífios perto de todos os benefícios ofertados a uma sociedade em evolução constante. Todos esses exemplos são para reforçar a importância do 1º Congresso Brasileiro do Plástico, que acontece em novembro, em Porto Alegre (acompanhe reportagem nas páginas 08 a 13). É preciso mostrar à sociedade que o material faz parte de nossas vidas e muitas vezes nem nos damos conta, como neste momento, onde digito em um teclado de que? De plástico. Por certo que o setor amarga um ano complicado, como ilustramos na reportagem sobre o Polo Plástico Gaúcho (Página 14), mas está apenas acompanhando uma economia de baixos resultados em âmbito macroeconômico, como podemos acompanhar através das estimativas de fechamento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2014. O que nos resta é fazermos a nossa parte, difundindo a importância do material e apostando em 2015 como sendo um ano onde o desempenho não só do setor, mas da economia em geral será além das expectativas. Boa leitura!
ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas Marca Registrada:
Melina Gonçalves / Editora melina.goncalves@conceitualpress.com.br 6 > Plástico Sul >>> 6 > Plástico Sul >>>
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CARLA ZIGON
PlastVipAlfredo Schmitt
Desde o nascimento Presidente do Congresso Brasileiro do Plástico, Alfredo Schmitt, revela os objetivos do evento, rebate as críticas contra o material e argumenta: “As pessoas falam do plástico e não se dão conta de quão importante ele é desde o nosso nascimento”.
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os últimos anos, uma onda de críticas atinge o material plástico. Um grande exemplo é a questão do banimento da distribuição gratuita das sacolas plásticas, que gera polêmica na sociedade e desgaste ao setor, que tenta bravamente desmistificar os embasamentos infundados dos críticos de plantão. A defesa pontual é válida, mas apresentar de forma objetiva e prática os verdadeiros benefícios do material na vida da população de forma sistêmica e contínua é de fundamental importância. Buscando apresentar o papel do plástico na vida moderna é que acontece, de 5 a 7 de novembro em Porto Alegre (RS), o 1º Congresso Brasileiro do Plástico, iniciativa do Sindicato das
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Indústrias de Material Plástico no Estado do Rio Grande do Sul (Sinplast), do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás) e do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Vale dos Vinhedos (Simplavi). O evento, organizado pela Plastech Brasil Eventos, mostrará a participação do material desde o nascimento, sua crescente expansão na área da medicina e seu papel fundamental no desenvolvimento humano e saneamento básico. Para falar sobre o Congresso, a Revista Plástico Sul apresenta entrevista exclusiva com seu presidente, Alfredo Schmitt, grande conhecedor e defensor deste material indispensável na vida da sociedade moderna.
Plástico Sul - Então o público do congresso vai além de transformadores plásticos? Schmitt - Sim, nós queremos atingir a indústria de transformação, os formadores de opinião e a sociedade. Porque o industrial é quem usa o plástico, quem tem nele a sua sobrevivência, o seu ato social de gerar emprego, de gerar riqueza, pagar impostos, etc. Nós queremos atingir os formadores de opinião, porque esses, muitas vezes, são alimentados com informações equivocadas. E, por último, nós queremos atingir a sociedade em geral, porque as pessoas no seu dia a dia tem o plástico presente em tudo e nem imaginam que ele está tão presente no seu cotidiano. Portanto, isso tudo faz parte da nossa ideia de Congresso, de mostrar a relação do plástico para com a sociedade. Em algum momento da vida e da existência da indústria do plástico isso ia ter de acontecer. Está começando a acontecer agora. A ideia é que seja nacional e internacional, nós não queremos um congresso regional. Os palestrantes são de diversas localidades. Não é um evento tradicional. Se olhares a programação, note que não é um Congresso em que estamos apresentando resinas novas ou em que vamos discutir preços ou aplicações. O objetivo dele é: dar sustentação àquilo que a indústria de plásticos também precisa, que é o reconhecimento de uma indústria importante que tem, no Brasil, mais de onze mil empresas, que emprega mais de 350 mil pessoas e que, muitas vezes, não é vista como uma indústria líder no mercado brasileiro. Plástico Sul - As mesmas pessoas que apontam o plástico como poluidor são as que o utilizam diariamente. Como trabalhar essa imagem do plástico como vilão ambiental e mostrar que o descarte correto é o dever das pessoas? Schmitt - Você deve se lembrar de uma frase antiga minha, onde eu dizia o seguinte: Artefato de plástico não tem perna, não tem
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Revista Plástico Sul - Como surgiu a ideia do Congresso e quais são os principais objetivos do evento? Alfredo Schmitt - O congresso surgiu da necessidade que a indústria de transformação tem de poder mostrar a relação adequada entre os plásticos e a sociedade, porque nós temos, como uma indústria de plásticos, muita contribuição a dar e muita informação correta para repassar, diferentemente do que a gente vê no dia a dia; nas informações que chegam, nos conceitos equivocados. Então, o que queremos mostrar, na realidade, é o Plástico na vida moderna.
asas e não tem nadadeiras. Se ele está em algum local inadequado, é porque o descarte foi incorreto. O primeiro aspecto é que visamos mostrar que o plástico é muito importante na vida das pessoas. O segundo aspecto é procurar formadores de opinião, sejam professores, estudantes, jornalistas, políticos, quaisquer que sejam, para mostrar que o plástico é o material mais inteligente que existe e ele continuará aí, no cotidiano de todos. Temos que trabalhar para mostrar isso para a sociedade.
Mostrar a importância dos plásticos na vida moderna é um dos focos do evento, segundo Schmitt
Plástico Sul - Os conferencistas terão como base da discussão dois temas centrais: O benefício do plástico e seus valores na contribuição do combate à fome e o seu papel na criação de soluções tecnológicas para contribuir com a melhoria do índice do desenvolvimento humano. Fale um pouco sobre esses benefícios e como se deu a escolha desses temas. Schmitt - Realmente ele tem dois eixos: O eixo da manhã – Como o plástico pode contribuir no combate à fome – e o eixo da tarde: Como o plástico participa na melhoria do índice de desenvolvimento humano. Esses dois eixos são tudo aquilo que a sociedade precisa para se desenvolver. Estamos falando na segurança alimentar e no desenvolvimento humano. Porém não é só isso. O congresso irá ter uma parte externa, por exemplo, com dois ônibus expostos. Um como tu vês transitando na rua, o outro, apenas com o esqueleto, sem nada de plástico. Então, aos que não têm ideia, mostraremos como é que o plástico atua. As pessoas falam do plástico e não se dão conta <<< Plástico Sul < 9
PlastVipAlfredo Schmitt de quão importante ele é desde o nosso nascimento. Vamos mostrar para a sociedade que estamos presentes e que temos soluções a oferecer diferente de tudo aquilo que se fala e da desinformação generalizada que existe. Plástico Sul - Quais são os casos mais importantes que o plástico faz realmente a diferença e como? Schmitt - Acho que há vários exemplos, mas vou dar um exemplo simples. Você chega no supermercado e vai comprar uma embalagem de chocolate, se aquela embalagem não estivesse ali, como tu vais ver aquele chocolate? Não vais ver nada! Porque se não houver aquela embalagem de plástico não haverá chocolate. Outro exemplo: na produção agrícola. Quando você embala o produto nas mais diferentes formas: no arroz, no feijão, no iogurte, na segurança alimentar... Tudo isso faz com que diminua o desperdício. Estamos presentes em tudo e as pessoas nem imaginam. Outro exemplo importante: Quando temos um automóvel mais leve, ele consome menos combustível, emite menos Gás Carbônico, ou seja, estamos contribuindo, consideravelmente com o meio ambiente. São pequenas atitudes que geram grandes resultados. Plástico Sul - O Brasil tem deficiências de moradia, saúde, educação, direitos básicos e, que, de modo geral, passam pela mão do governo. O Governo Federal está investindo em creches de compósitos. O poder público está mais aberto a investir mais em mercados nessas áreas? Schmitt - Sim. Acho que na verdade o plástico está mostrando que tem múltiplas faces. Então, o governo percebe que tem uma solução barata, rápida, segura para a utilização desse tipo de produto e vai ao encontro de objetivos de educação existentes. Acredito que sim, que o governo está aberto a investir nesse mercado. Plástico Sul - Na última década milhões de pessoas saíram da pobreza muito graças ao uso do plástico na cultura, no transporte, estocagem etc. Ao mesmo tempo são novos consumidores que irão gerar mais resíduos. O sistema está preparado para essa nova realidade de descarte? Até porque temos a política nacional de resíduos sólidos acontecendo. Schmitt - Existem acordos setoriais sendo feitos de implementação dessa política, mas acho que ainda tem um caminho longo a ser percor10 > Plástico Sul >>>
rido, inclusive por nós consumidores. Temos de olhar uma nova realidade para começarmos a nos adaptarmos. Plástico Sul - Um dos destaques do congresso é a Medicina e Saúde. Seria essa área uma das mais promissoras para os transformadores, em termos de investimentos nos próximos anos? Schmitt - Gostaria de abordar essa questão, por exemplo, da questão da biomedicina; do feitio de próteses de plástico. Esse é um tema crescente daqui para a frente, o exemplo disto são as impressoras 3D. Se é ou não mais promissora à área de saúde, não posso te afirmar, mas garanto que o plástico é sim promissor dentro da medicina. O plástico dá infinitamente menos rejeição do que qualquer outro material em um transplante de coração, por exemplo. Plástico Sul - Todos destacam a importância do plástico na vida moderna. Na sua opinião, o setor plástico divulga esses benefícios de forma efetiva junto ao público final? Schmitt - Não. Penso que existe uma mudança conceitual de posicionamento da indústria de transformação plástica. Aos poucos, a indústria está começando a fazer um giro. Esse giro consiste na questão da promoção de seus produtos, em buscar não ter que fazer defesa. Estamos caminhando para uma mudança. Plástico Sul - Você pode fazer uma breve avaliação para o ano de 2014, da parte macroeconômica aprofundando para o setor do plástico? Schmitt - Do ponto de vista macroeconômico, temos visto dia a dia as reavaliações do PIB – Produto Interno Bruto – apontando para baixo. Isso está sendo sentido em toda a Indústria da Transformação do Plástico, mas, mesmo com isso, sempre temos um olhar otimista. Acreditamos em novas perspectivas, acreditamos em melhorar as condições de produtividade. Dentro disso, se insere o Congresso Brasileiro do Plástico, porque o evento vem justamente para dar um ânimo para a indústria. A indústria está começando a ver que ela é realmente importante para o desenvolvimento.
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EventoI Congresso Brasileiro do Plástico
Iniciativa inédita mostra as diferenças do mundo com e sem os plásticos
A
cidade de Porto Alegre – em iniciativa inédita na América Latina – mostra ao mundo como o plástico está inserido hoje em dia na rotina das pessoas, tornando-se elemento indispensável para o bem estar das famílias e sua qualidade de vida, o meio ambiente, a saúde, entre outros setores. Todas estas nuances serão desenhadas no 1º Congresso Brasileiro do Plástico, entre os dias 5, 6 e 7 de novembro, na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS). Além da área de exposição, com exemplos práticos da inserção dos plásticos nos mais diversos segmentos, o Congresso apresenta cases e promove debates entre diretores, professores e executivos nacionais e internacionais sobre os benefícios dos plásticos em diversas aplicações do cotidiano. O Congresso tem o objetivo de evidenciar o plástico em situações que, em função da correria diária, muitas vezes passam despercebidas. Por exemplo, como seria uma sala de cirurgia sem nenhum produto feito de plástico? Desde as vestimentas dos médicos e enfermeiros, passando pelos equipamentos descartáveis como as seringas e bolsas de sangue e soro, os cateteres, próteses, até os equipamentos estruturais da sala (luminárias, etc), entre tantos outros componentes são feitos de plásticos. E um supermercado, como seria sem ne12 > Plástico Sul >>>
nhum produto plástico? Os alimentos seriam vendidos à granel, sem identificação da marca, da validade, de sua origem, etc; Alimentos frescos como carnes, frios, entre outros, seriam expostos sem embalagens: o risco de contaminação seria maior e a durabilidade dos alimentos menores, fatores que gerariam maior desperdício. Isso sem falar na estrutura física do supermercado – gôndolas, iluminação, etc. E você já parou para pensar a função dos plásticos nos veículos? Hoje, cerca de 60% de um carro ou ônibus são plásticos que deixam os veículos mais leves, aumentando performance e diminuindo emissões; que aglutinam maior tecnologia de preservação dos passageiros em caso de colisão, entre outros benefícios. Todos esses cenários estarão expostos no Congresso, inclusive soluções voltadas às obras de saneamento básico e recursos híbridos, que utilizam o plástico em praticamente todos os seus processos. De acordo com o presidente do Congresso, Alfredo Schmitt, será uma grande oportunidade de a população conferir in loco o papel fundamental que o plástico tem no desenvolvimento de vários setores. “O objetivo é que os visitantes vejam com seus próprios olhos funções para os plásticos que hoje acabam passando desapercebidas, uma vez que esses produtos fazem parte do dia-a-dia das pessoas”, afirma.
Durante os três dias, em evento paralelo à exposição, estarão presentes especialistas ligados ao setor do plástico, professores de universidades nacionais e internacionais, membros de entidades ligadas ao setor, empresários, representantes de governos e representantes de sindicatos que se reunirão para discutir o uso dos plásticos em importantes segmentos da economia, como a agricultura, medicina, saneamento básico, construção civil e embalagens. O papel do plástico no combate a fome é um dos temas do evento. Na oportunidade, nomes como Dr. Jeffrey Brecht, diretor do Centro de Distribuição de Alimentos e Varejo da universidade da Flórida; Bernard Le Moine, membro do Comitê Francês de Plásticos na Agricultura (CPA); Álvaro Azanha, Consultor de inovação da Innovation Center da BRF, falarão sobre a sua empregabilidade na proteção dos alimentos, na utilização no transporte e distribuição, na criação de soluções para estocagem e embalagem, até o armazenamento da água. Os palestrantes também falarão sobre o baixo custo do material, bem como a sua contribuição para prolongar a vida útil do alimento, tornando-o cada vez mais acessível ao consumidor, inclusive em localidades mais longínquas. Um dos assuntos que também serão tratados no Congresso é a contribuição do plástico para a manutenção da saúde. A evolução tecnológica do material ao longo dos anos permite a sua aplicação nos mais variados segmentos, tornando a sua utilização indispensável na vida das pessoas. Na medicina, é praticamente impossível imaginarmos a sua evolução sem a utilização do material. Este tema será abordado pela Dra. Maria Elizete Kunkel, Professora da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), que coordena projetos de pesquisa em tecnologia assistiva, como próteses de mão por prototipagem rápida (impressoras 3D) para vítimas de acidente de trabalho, em parceria com o Hospital das Clínicas da USP. O Congresso também trará para o debate a importância do plástico na adequação do fornecimento de água, a criação de sistemas eficientes de saneamento básico e a relação destes fatores com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) brasileiro. Para este segmento, inclusive, o Governo Federal tem apresentado uma série de medidas voltadas às melhorias no saneamento básico no Brasil. Uma delas, lançada no ano passado, foi o Plano Nacional de Saneamento Básico, que determina as diretrizes, metas e ações de saneamento básico para o país para os próximos 20 anos. Neste período, os investimentos determinados no plano devem chegar aos R$ 508,4 bilhões, e o objetivo é abastecer 99% do território nacional com água potável. O plástico tem papel estratégico e indispensável nesse desenvolvimento, não só para
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Palestrantes também são destaque
a melhoria da condução do esgoto – fundamental para evitar a proliferação de doenças – mas também para a canalização e distribuição de água potável por todo o país. Falarão sobre o tema Miguel Bahiense, presidente do Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos (Plastivida); e Rogério Kohntopp, diretor de Tecnologia, Qualidade, Sustentabilidade e Inovação da Tigre S.A. “A programação do Congresso foi estruturada para levar ao público, de forma prática e detalhada, todos os conceitos de inovação e tecnologias aos quais o plástico se insere. Pretendemos mostrar que o plástico é um produto inteligente, fundamental e indispensável na vida das pessoas”, finaliza o executivo.
Medicina: é praticamente impossível imaginar a evolução sem a utilização do material
Organização
O congresso é organizado por três dos mais importantes sindicatos do setor do plástico – Simplás, Simplavi e Sinplast. A iniciativa tem o patrocínio da Braskem, e conta com o apoio da Abief, Abiplast, Almaco, Afipol e Plastivida.
Confira a programação completa: www.congressodoplastico.com.br
Serviço
1º Congresso Brasileiro do Plástico Data: 5 a 7 de novembro de 2014 Local: Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) Endereço: Avenida Assis Brasil, 8787 Sarandi, Porto Alegre/RS <<< Plástico Sul < 13
EspecialPolo Plástico Gaúcho
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Embora seja o segundo maior polo nacional em número de empresas transformadoras de plástico e conte com forte representação sindical empresarial, o Rio Grande do Sul segue padrão nacional de diminuição da atividade industrial, amargando baixo desempenho em 2014. Apesar disso, empresários fazem a sua parte na busca de oportunidades, sempre destacando os principais entraves do setor, como falta de mão de obra qualificada, necessidade de maior equilíbrio tributário e definições mais especificas quanto à NR12. Confira o mapeamento do mercado no estado e a avaliação dos dirigentes.
D Em busca de um fôlego 14 > Plástico Sul >>>
ados atualizados da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) mostram que o Rio Grande do Sul tem 1.296 empresas transformadoras de plástico, o equivalente a 11,1% do total. Em número de empregados, ocupa a terceira posição no país, com 30.575 trabalhadores, correspondendo a 8,5%. O estado está entre os principais transformadores de plástico do Brasil, estima-se que seja o quarto consumidor de resinas, segundo a consultoria especializada Maxiquim. Destaque para os polietilenos e polipropilenos, onde as aplicações de filmes, não tecidos e BOPP estão entre as principais. “O ano de 2014 está sendo marcado pela diminuição da atividade industrial no País. Estima-se que a demanda de polietilenos apresente crescimento próximo a 2% e a demanda de PP, uma queda próxima a 3%. Cenário semelhante é observado no RS, tornando o ambiente não propício para investimentos em maquinário e estrutura, por parte dos
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EspecialPolo Plástico Gaúcho
Oliveira: na prática empresários tem que assumir deveres do governo, como saúde
transformadores”, aponta a analista da Maxiquim, Marta Loss Drummond. Ela diz que com a realização da Copa do Mundo no estado previa-se que o mercado apresentasse bons resultados, porém o que se observou foi um desaquecimento da demanda e comportamento abaixo do esperado em setores que deveriam apresentar ótimo desempenho, como o de descartáveis. “A expectativa é de recuperação lenta no ano de 2015, porém ainda é preciso aguardar os resultados das eleições presidenciais e governamentais. A demanda de polietilenos e polipropilenos deve crescer na casa de 2% a nível Brasil”. Quanto à importação de produtos plásticos transformados, verifica-se um aumento realizado por empresas com sede no RS. Nos três primeiros trimestres de 2014, um aumento de 11% foi observado, na comparação com o mesmo período do ano passado. “Os artigos de PVC são os principais importados
Preparação e expectativas pela Plastech Brasil 2015
No próximo ano, o grande evento do setor na região Sul será a Plastech Brasil 2015 em Caxias do Sul. No processo de preparação, o destaque do momento consiste na articulação para uma missão técnica de empresários e investidores do Japão. “O impacto internacional se configura como o primeiro grande resultado da ampliação segmentada que marcará a quinta edição da feira – agora com áreas específicas para plásticos, borracha, compósitos, reciclagem e, o que interessou especialmente aos orientais, transformados automotivos. Já está sob análise do Iwata Shinkin Bank o convite apresentado durante encontro de um emissário do banco da província de Shizuoka com representantes do Simplás, realizador da feira do plástico em Porto Alegre”, explica Gelson Oliveira. A feira acontece entre 25 e 28 de agosto. 16 > Plástico Sul >>>
pelo RS, com destaque para peças de lazer e esportes, como infláveis por exemplo”, diz Marta. Pisos também estão entre os principais artigos importados. Considerando outras resinas, filmes, BOPP e UD também entram em volume significativo pelo estado. As empresas transformadoras do RS têm forte representação, com nada menos que três sindicatos. O Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás) representa mais de 500 empresas de transformação que geram acima de 13 mil empregos diretos em oito municípios (Caxias do Sul, Coronel Pilar, Farroupilha, Flores da Cunha, Garibaldi, Nova Pádua, São Marcos e Vale Real), com estimativa de faturamento anual superior a R$ 4 bilhões. “Em um raio de 50 quilômetros, a área de abrangência do Simplás apresenta a maior concentração de indústrias de transformação de plástico do Brasil”, diz o vice-presidente do Simplás Gelson Oliveira. Nesta região, os principais segmentos de produtos transformados, pela ordem, são automotivo, moveleiro, utilidades domésticas, embalagens, eletroeletrônico e elétrico. Ele afirma que as maiores demandas dos transformadores gaúchos são mão de obra qualificada, redução de impostos para utilização de materiais reciclados e maior equilíbrio tributário entre os estados da federação, que permita elevar a competitividade das indústrias locais. O SIMPLAVI- Sindicato das Indústrias de Material Plástico da região dos vinhedos tem sede em Bento Gonçalves e base territorial em Bento Gonçalves, Monte Belo do Sul e Santa Tereza. Conta com 22 empresas associadas de pequeno e médio porte. Os principais produtos transformados na sua região são componentes para a indústria moveleira, filmes e embalagens sopradas. Antonio Masignan, diretor de patrimônio do Simplavi, enumera as demandas dos associados. “Mão de Obra qualificada é uma das principais. Custo da energia, carga tributária e altos preços dos principais insumos deixam a indústria de transformação com preços longe de serem competitivos. A grande quantidade de produtos ofertados ao mercado e demanda reprimida está nos obrigando a trabalhar com lucratividade zerada e em alguns casos, negativa. Nestas condições, estamos fazendo um esforço muito grande para manutenção dos clientes, pois se não aceitarmos as condições impostas, ameaçam de substituir o fornecedor, repasse de aumento nem pensar”. As associadas ao Sinplast – Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do RS somam 700, sendo 1% grandes empresas, 5% médias empresas, 29% pequenas empresas e 64% micro empresas, segundo a classificação pelo número de empregados, dispersas pelo Rio Grande do Sul. Edilson Deitos, presidente do Sinplast, diz
Deitos pede maior definição sobre a NR-12: “fornecedores não têm posições firmes”
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que uma das principais demandas neste momento é uma maior definição quanto a NR-12, pois as empresas estão procurando os fornecedores dos equipamentos e eles não possuem posições firmes e definitivas quanto às exigências da norma, bem como aguardam as definições do grupo tripartite formado pelo Governo, Trabalhadores e Indústria-CNI que está rediscutindo a norma. “Estamos iniciando o primeiro curso em parceria com o SENAI/RS que desenvolveu metodologia que visa capacitar os profissionais indicados pelas empresas do segmento plástico quanto ao conhecimento do seu parque fabril, identificando os possíveis riscos inerentes a máquinas e equipamentos, bem como a elaboração e confecção do Inventário de Máquinas e Equipamentos, Lay Out, Cronograma de Adequações e Plano de Ação das respectivas priorizações a serem implementadas visando o atendimento a NR12”. Como resultado final desta metodologia, as empresas terão em mãos Relatório de Apreciação de Risco de 02 (duas máquinas), e ainda sua equipe tecnicamente capacitada a aplicar esta metodologia nas demais máquinas e equipamentos do seu parque fabril. Outro ponto diz respei-
to à capacitação da mão de obra. “O cronograma de cursos previstos pelo Pronatec para o ano de 2014 ficou abaixo do previsto, criamos uma expectativa grande entre os associados e estamos retomando para consolidar em 2015”.
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EspecialPolo Plástico Gaúcho Mercado de Resinas
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Duas importantes petroquímicas se expandem
CADE confirma duopólio, mas entende que Unigel possui capacidade para rivalizar
Aquisição da Innova pela Videloar é aprovada com restrições e Braskem segue seu caminho de crescimento.
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Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) autorizou no primeiro dia de outubro, com restrições, a aquisição da Innova S/A pela Videolar S/A. A aprovação da operação está condicionada ao cumprimento de um conjunto de medidas previstas em um Acordo em Controle de Concentrações – ACC firmado entre o órgão antitruste e as requerentes. As duas empresas atuam no setor petroquímico e produzem, entre outros produtos, poliestireno, resina plástica utilizada como insumo para diversas aplicações, como produtos descartáveis, embalagens, linha branca de eletrodomésticos e eletroeletrônicos.
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De acordo com o conselheiro relator, Márcio de Oliveira Júnior, a operação resulta em duopólio no mercado brasileiro de poliestireno, pois além da Innova e da Videolar, há apenas uma empresa que atua nesse setor, a Unigel. No entanto, foi verificado que a concorrente possui capacidade produtiva suficiente para rivalizar com elas. Além disso, concluiu o CADE, a demanda por poliestireno está em decadência em razão do ciclo de vida da resina e do uso cada vez maior do polipropileno e da ABS em alguns produtos. Essas duas resinas, segundo o relator, não substituem o poliestireno em todos os segmentos em que o insumo é utilizado, mas conseguem exercer pressão competitiva sobre ele no mercado nacional. “O processo de declínio do uso do poliestireno limita a capacidade dos produtores dessa resina de abusar de eventual poder de mercado”, explicou Oliveira Júnior. Por outro lado, o Tribunal do Cade constatou que a entrada de novas empresas nesse mercado é improvável e que a importação de poliestireno em nível significativo para eventualmente concorrer com a produção nacional não é uma opção viável para grande parte dos clientes, em razão de limitações logísticas e dos custos adicionais que essa alternativa acarreta. Esse entendimento já havia sido apontado no parecer proferido pela Superintendência-Geral da autarquia em abril passado.
Remédios
Para mitigar os problemas concorrenciais identificados na operação, as empresas firmaram acordo com o Cade comprometendo-se a atender medidas que visam afastar potenciais efeitos anticompetitivos. Entre as obrigações previstas no ACC, Innova e Videolar estão proibidas de adquirir ou arrendar plantas de poliestireno no mercado brasileiro pelo período de cinco anos. Além disso, as empresas devem manter níveis mínimos de produção do insumo nos patamares atualmente praticados.
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EspecialPolo Plástico Gaúcho O acordo prevê a adoção de Programa de Compliance pelas petroquímicas, a ser apresentado para aprovação do Cade em até seis meses após a assinatura do ACC. O objetivo é desenvolver regras internas de prevenção a infrações concorrenciais. As empresas se comprometem também a adotar uma política de portas abertas com o órgão antitruste, que poderá solicitar a elas colaboração técnica e realizar inspeção em quaisquer de suas dependências. As empresas estão obrigadas ainda a apresentar um plano de repasse de eficiências aos consumidores de poliestireno no prazo de 60 dias, contados do fechamento da operação. O plano deverá ser aprovado pelo Cade e informará os resultados esperados, as ações, as estratégias e as iniciativas decorrentes da fusão. Foi estabelecido também que as petroquímicas realizarão investimentos em pesquisa e desenvolvimento no setor, de modo a fomentar a inovação e o potencial de concorrência no mercado. Pelo acordo, Innova e Videolar se comprometem a licenciar, de maneira gratuita e não exclusiva, as suas patentes de poliestireno e de monômero de estireno atualmente registradas no Brasil e aquelas que venham a ser registradas nos próximos cinco anos. Por fim, o Cade acompanhará a dinâmica concorrencial do setor pelos próximos 14 anos por meio do recebimento periódico de relatórios contendo informações sobre a atuação das empresas nesse mercado. A Braskem está presente em mais de 70 países, participando da vida de milhões de pessoas. Criada em 2002, ao liderar um processo de consolidação do setor no Brasil, atua
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nas operações de petroquímicos de primeira e segunda gerações. O pioneirismo com a produção em larga escala do polietileno verde já foi reconhecido internacionalmente e a Braskem conta com 29 plantas industriais no Brasil, 5 nos Estados Unidos e 2 na Alemanha, além de escritórios na Argentina, México, Chile, Venezuela, Colômbia, Holanda, Cingapura, Áustria e Peru. Atualmente, tem capacidade para produzir cerca de 7,5 milhões de toneladas anuais de resinas termoplásticas (polietileno, polipropileno e PVC). Com os produtos petroquímicos básicos, a produção anual é superior a 16 milhões de toneladas. Um dos projetos mais avançados da companhia com foco na internacionalização é a construção do complexo petroquímico do estado mexicano de Veracruz, através da joint venture com a empresa latinoamericana Idesa. Outra importante iniciativa em andamento é o projeto Ascent (Apallachian Shale Cracker Enterprise), que tem o objetivo de diversificar a matriz de matéria-prima da Braskem, com a produção de eteno e polietileno em West Virginia (EUA) a partir do shale gas. Em março de 2014, a Braskem assinou um acordo com a Antero Resources, empresa independente na exploração de gás natural e petróleo. Embora o contrato esteja condicionado à decisão final de investimento, que segue em estudos de viabilidade técnica e econômica, ele assegura a proximidade dos fornecedores de um insumo atrativo.
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DestaquePeriféricos
Equipamentos que trazem resultado Fornecedores de periféricos aperfeiçoam e investem em novidades e também em relacionamento, driblando as incertezas econômicas quando o período não é de grande confiança dos empresários. Além disso, mostram-se atentos às novas demandas do mercado, como a NR12 e robotização.
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Wittmann Battenfeld: produtos cada vez mais adequados a necessidades específicas
O
s periféricos auxiliam as empresas na produtividade e redução de custos através de um melhor controle de processos, com menos desperdício de material, ciclos menores e menos mão de obra. Além, é claro, do efeito na qualidade do produto. Existem ainda outros benefícios e, por isso, estas peças são consideradas indispensáveis. As vantagens clássicas são as já citadas, afirma Jaqueline Pivato, da Refrisat, mas atualmente, no setor do plástico o conhecimento em relação às vantagens básicas já é algo internalizado. Os clientes sabem que precisam de um periférico para que os seus processos funcionem de maneira mais eficiente. “No entanto, o que muitos não sabem é que a diferença entre preparação, pesquisa e qualidade entre os periféricos é extremamente importante.
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Dizemos que a preparação é importante, pois atualmente temos departamentos voltados para o desenvolvimento de produtos com recursos exclusivos. No caso dos produtos da linha Touch, todos possuem recursos exclusivos de controle e no caso da linha mais simples, que chamamos de Technology, os recursos são mais limitados, mas também exclusivos principalmente no que diz respeito ao comando e a simplicidade de uso”. Conforme a executiva, mais do que somente proporcionar interatividade, relatórios e um controle do processo do cliente, a Refrisat devolve diretamente em números mais de 30% em economia de energia para alguns equipamentos. Para o cliente que tem operações intensas e que visa o corte de custos como objetivos principais, a máquina oferece este custo benefício. Sendo assim, além dos benefícios clássicos, um periférico de qualidade, diferenciado e inovador pode trazer também: controle de temperatura do processo para casos de materiais que exigem precisão, diminuição no gasto de energia em até 30% no processo em que está envolvido, geração de relatórios do funcionamento do processo, dentre outros que podem ser desenvolvidos de acordo com a necessidade do cliente. Atualmente, além das diferenças entre os Chillers e Termorreguladores, que são praticamente personalizados para cada cliente, a empresa tem também os desumidificadores de ar para molde, que já fazem parte do catálogo há algum tempo, mas ainda são pouco conhecidos dos clientes. Também lançou a torre evaporativa híbrida que tem um custo benefício muito bom em relação à torre de circuito fechado e além de tudo mantém a àgua do processo ainda mais protegida. Outro produto que sempre foi um destaque é o Termorregulador Quente e Frio, que serve como um Chiller e
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um Termorregulador ao mesmo tempo, com opções de controle de água quente e fria e também já foi muito utilizado em processos de impressão e muitos outros especiais. Além desses produtos, em uma área mais ligada a composição técnica, a Refrisat também projeta câmaras climáticas de precisão. “Ou seja, em nossos projetos especiais, além de muitos equipamentos padrão que são personalizados, também já desenvolvemos diversos ligados a câmaras climáticas de precisão. A Valeo é um dos casos que já utiliza há anos nossa Câmara Climática”. Durante esse ano, a Refrisat desenvolveu um novo sistema de comando IHM, lançado agora em setembro. “Os recursos exclusivos que já tínhamos foram mantidos e aperfeiçoados e agora o comando ficou muito mais simples e rápido, é como uma versão 3.0 do nosso software. Além disso, algumas mudanças no projeto também estão sendo feitas e no próximo ano já traremos algumas surpresas”. Reinaldo Carmo Milito, Diretor Geral da Wittmann Battenfeld do Brasil, concorda que melhor controle de processos, menos desperdício de material, ciclos menores e menos mão de obra são praticamente todas as vantagens atribuídas aos periféricos e destaca ainda a capacidade da Wittmann Battenfeld em oferecer produtos cada vez mais adequados a necessidades específicas, o que traz ainda mais benefícios aos transformadores de plásticos. Em 2014, a empresa desenvolveu novas gerações de equipamentos, com objetivo de torná-los ainda mais eficientes para benefício dos clientes. Para os novos periféricos, por exemplo, foram projetados softwares modernos, que trouxeram melhorias de desempenho à parte mecânica dos robôs, bem como dos sistemas de acionamento e controle. “A economia de
Dosador gravimétrico da Piovan: repetibilidade é fundamental para o cliente
energia elétrica, cada vez mais, tem sido prioritária em nossos desenvolvimentos. É importante ressaltar, ainda, que a empresa é a única a oferecer soluções integradas para transformação de plásticos, que incluem injetoras e periféricos”. Com a unificação das empresas, concluída em janeiro deste ano, a Wittmann Battenfeld fortaleceu sua atuação em todas as regiões, por oferecer a composição de pacotes específicos para cada aplicação, de acordo com as necessidades dos transformadores, incluindo serviços essenciais
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DestaquePeriféricos
Rosanelli, da Premiata, “Felizmente esta onda de pessimismo e insegurança parece estar chegando ao fim”
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e atendimento rápido e eficaz, com menor custo, feito por uma equipe capacitada que dá suporte técnico em todo o território nacional, com garantia de peças para reposição. “Presente em todas as regiões do País, a empresa tem fortalecido sua força de vendas nos estados do Sul do país – atualmente com dois representantes e um técnico, específicos para atender aos transformadores da região focando na maior aproximação com clientes, com produtos e políticas comerciais adequadas. A participação em feiras setoriais é uma das estratégias utilizadas para atingir esta meta. Em geral, todos os equipamentos podem atender aos clientes da região Sul, o que diferencia é sua aplicação. As soluções desenvolvidas pela Wittmann Battenfeld atendem a segmentos variados, como automobilístico, peças para linhas branca e marrom, entre outros”, explica. Ele cita os produtos expostos na Interplast 2014, especialmente indicados para a Região Sul. O Robô W818 tem movimentos sincronizados para reduzir o ciclo de operação e proporcionar alta eficiência. Os robôs Wittmann Battenfeld são configurados conforme a necessidade de cada cliente e proporcionam excelente desempenho, pois garantem que a peça será retirada sem danos, reduzindo ao mínimo o tempo de extração, mesmo em injetoras com força de fechamento de até 4.000 toneladas. Os modelos são livremente programáveis; os Controladores de temperatura da série TEMPRO, disponíveis em diversos modelos e tamanhos, proporcionam as melhores condições de produção decorrentes do tipo de resina e peças a ser produzida. Permitem trabalhar com os moldes em temperaturas que
vão até 250º C (com circulação de óleo) e 160° C (com circulação de água). Os secadores da linha DRYMAX secam a resina plástica e a distribui conforme a necessidade de cada máquina injetora. São equipados com sistema dessecador, com controle de tempo do regenerador e resfriador otimizados, o que possibilita reduzir o consumo de energia. A Wittmann Battenfeld investe muito em desenvolvimento de soluções completas, que tragam inúmeras vantagens aos transformadores. Na Fakuma 2014 - entre 14 e 18 de outubro, na cidade de Friedrichshafen (Alemanha) - uma das novidades é o conceito que fará parte das "Indústrias 4.0": o sistema MES (Manufacturing Execution System), que integra num banco de dados on-line todas as informações que controlam as máquinas, trazendo uma visão completa e maior agilidade e eficácia à operação. Dentro da nova série de robôs W8 pro, concebida para garantir maior dinamismo e baixo consumo de energia, o modelo W843 pro deve atrair a atenção dos transformadores nacionais: possui função EcoVacuum, que otimiza o consumo de ar comprimido, uma vez que o Venturi é ativado somente quando o nível de vácuo necessário para suportar o produto for solicitado. Conta com baixa emissão de ruídos, sistema de conexão para os circuitos de vácuo, garras incorporadas ao eixo vertical do aparelho e o já conhecido quadro de comando integrado à viga transversal. O novo design com Lâmpadas de LED sinalizam de forma imediata o status da unidade de produção. O robô utiliza a mais recente versão do software do sistema de controle, o R8.3, de alto desempenho e funções que tornam os ajustes e a interação com as injetoras e com o operador ainda mais fáceis. Os robôs desta nova série terão cursos verticais que variam de 1.600 a 2.600 mm e capacidade de cargas entre 15 e 35 kg, dependendo do modelo.
Repetibilidade e outras vantagens
Ricardo Prado Santos, Vice Presidente para América do Sul da Piovan, comenta que uma característica dos periféricos é a repetibilidade, fundamental para a qualidade percebida pelo cliente. “O que identificamos como uma necessidade e passamos a oferecer recentemente ao mercado de transformadores de plásticos são os separadores de metais da reconhecida S+S alemã”. O destaque da empresa é o novo dosador gravimétrico MDW150 e novo chiller CA1922. A Mecanofar mantém representantes em algumas regiões, mas prioriza o contato direto com o cliente principalmente na região Sul, afirma Graziela Dalsochio. “Nossos produ-
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DestaquePeriféricos
Körper: periféricos adequados controlam pontos diferentes do processo, garantindo qualidade
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tos atendem a diversas empresas em todos os processos de transformação de materiais. A Mecanofar conta hoje com equipe de treinamento direcionado aos gestores, compradores e operadores de sua linha de produtos. Desta forma acredita que os custos são melhor aproveitados pois as manutenções são feitas corretamente assim como a operação da máquina como um todo. Trabalhamos com toda linha de peças de reposição, e materiais necessários para manutenção dos moinhos”. A instalação de periféricos adequados também facilita o controle do produto e da produção, com facilidades na mensuração das eventuais perdas dos mais diferentes processos, diz Ronaldo Cerri, da Rone Moinhos. “Atuamos ativamente nos três estados da Região Sul através de nossos repre-
sentantes comerciais e também com constantes visitas de técnicos da fábrica nas empresas, de modo a manter o contato direto com os clientes. Nosso produto principal é moinho, e este se aplica a toda e qualquer indústria plástica, assim, atuamos ativamente em todos os segmentos de indústria deste mercado”, explica. Ana Paula Korper, do departamento de marketing da Körper Equipamentos Industriais, diz que com o controle térmico adequado, é possível manter estabilidade de processo, garantir ciclos menores e peças com acabamento superior. Aplicando os periféricos adequados, é possível controlar pontos diferentes do processo com temperaturas diferentes, garantindo qualidade em peças técnicas. “Temos diversos projetos instalados no sul, com estrutura local, tanto comercial como técnica. A região representa uma boa fatia do mercado da Körper. Nossa especialidade é controle térmico em processos de transformação plástica”, explica. “Uma das novidades é que a Körper homologou em toda sua linha de refrigeração o refrigerante ecológico R-410ª e está em sintonia com a tendência mundial. “De acordo com o tratado de Montreal até 2014 todas as empresas deverão usar o gás refrigerante ecológico R-410ª”. Já a Qualiterme aponta como mais uma vantagem dos periféricos o menor desgaste dos equipamentos. A empresa trabalha com fabricação de unidade de água gelada (chiller), torre de resfriamento de água e uma linha de bebedouros industriais para vários segmentos, entre os principais a indústria de transformação de plásticos e alimentícia. Uma das novidades é a linha de unidade de água gelada da linha eco, ou seja, sistemas construídos somente com gás ecológico.
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Dal Maschio: existem diversos processos que são impensáveis sem o uso de robôs
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A Theodosio Randon oferece silos estacionários e equipamentos de descarga de resinas para o mercado de processamento de resinas petroquímicas. São vantagens destes materiais a redução da área coberta de estocagem de matérias primas, com a instalação de silos em área externa da planta; controle instantâneo e com boa precisão do estoque com a utilização de sensores de nível ou células de carga nos silos; recebimento de resinas em sacaria ou big-bag’s com descarga diretamente nos silos de estocagem; possibilidade de recebimento de resinas a granel em containers com a utilização de descarregador tipo push-pull. Andres Grunewald , diretor para a América do Sul da Gneuss, afirma que alguns periféricos em aplicações de extrusão, como filtros troca-telas contínuos e medidores de viscosidade em linha, têm enorme impacto sobre qualidade e produtividade. “Os viscosímetros em linha informam em tempo real características intrínsecas da massa fundida, evitando refugos de material fora de especificação. Por sua vez, os filtros contínuos (troca telas a processo e pressão constante), evitam desperdícios de material durante a troca de telas e permitem através do processo constante, significativo aumento de qualidade e produtividade”. No Brasil, a região Sul é o mais importante mercado da empresa, com sistemas de extrusão e filtração a empresas muito orientada à fabricação de artigos com uso de garrafas de PET recicladas. “Neste segmento, encontramos desde fabricação de embalagens termoformadas até a fabricação de cerdas de vassouras e filamentos
para cordas". Ele comenta que “tradicionalmente a região Sul é usuária de alta tecnologia de transformação de plásticos, também no que tange ao uso de reciclados. Desta forma, equipamentos periféricos hi-tech tem-se incorporado de forma contínua às linhas de produção. Hoje há um consenso de que a transformação rentável de reciclado de baixo custo em produto acabado de alto valor agregado somente é possível com investimento em alta tecnologia”, explica Grunewald. A Gneuss lançou recentemente quatro novos modelos de filtros rotativos para aplicações especificas (reciclagem, PVC, filme soprado, granulação). Inovações em Software e Hardware das Extrusora para PET MRS e nova linha de sensores de pressão e temperatura de massa, complementam novos desenvolvimentos apresentados recentemente pela Gneuss ao mercado. Marco Antonio Gianesi, da BY Engenharia, afirma que dependendo do periférico em pauta, pode-se destacar ainda menos set ups, maior durabilidade, por exemplo, de camisa e rosca de extrusão com ligas mais apropriadas; no caso de sistemas de granulação imersa em água a garantia de uma melhor granulometria, menor espaço de instalação, desperdício mínimo, redução consumo energia, redução consumo de água, aumento de produtividade da extrusora em alguns polímeros, entre outros pontos. A empresa foca na venda de sistemas de granulação imersa em água da GALA Norte Americana de fabricação local, sistemas de rosca e camisa bimetálica da NORDSON XALOY Norte Americana, matrizes planas e feedblocks da NORDSON EDI Norte Americana, Sistemas de pós extrusão de tubos da SICA Italiana como embolsadeiras, puxadores, serras, bobinadores, Sistema de Medição on line de web´s planos com tecnologia Infra Red, Nuclear, Raio X da Thermofisher Norte Americana. “A maioria de nossas representadas, visto a preocupação com redução de energia, está oferecendo equipamento com este apelo”, comenta. A Máquinas Premiata fornece misturadores, secadores, sistemas de silos com ensaque automático, porta big bags, entre outros, para as indústrias de Injeção, Sopro, Extrusão e Reciclagem. “Atuamos fortemente na região Sul, compreendendo RS, SC e PR, embora tenhamos um grande volume de vendas também para outros estados”, comenta o diretor Rafael Rosanelli. “Estamos sempre em constante evolução, buscando sempre informações junto de nossos clientes, que são nossos laboratórios de melhoria contínua. Sempre há o que melhorar e avançar”, garante. Bruno Ebel, do marketing da Rax, complementa as vantagens clássicas dos periféricos
com as seguintes características, organiza o chão de fábrica, diminui o espaço útil necessário junto à área de produção. “Em alguns casos, como de dosadores gravimétricos, oferecem poderosas ferramentas para controle de produção tais como consumo total, consumo de cada componente e paradas de máquina”. A empresa tem toda a linha de Alimentação, Secagem/ Desumidificação, dosagem, silos, etc, e tem representantes nos três estados da Região Sul. Tem destacado na linha nova os Desumidificadores. O Grupo NZ atua em todo mercado nacional, comercializando produtos inovadores para aumentar a produtividade, controle e qualidade do setor plástico, entre eles periféricos.
Benefícios da robótica
Como já sinalizado, o uso de robôs para a automação de injeção de plásticos traz muitos benefícios ao cliente como aumentos de produtividade em torno de 20%, mas que não raramente chegam até mesmo a dobrar a produção, garantem maior repetibilidade do processo e da qualidade das peças produzidas, com diminuição de refugos e com a diminuição de necessidade de mão de obra no processo, afirma o diretor comercial da Dal Maschio José Luiz Galvão Gomes. “Traz ainda muito mais segurança na célula com a eliminação da exposição de operadores na área do fechamento do molde durante a produção, maior ergonomia operacional e permite racionalização do lay-out de fábrica, com melhor aproveitamento da área fabril disponível”, salienta Gomes. Existem ainda, conforme o diretor, diversos processos que são impensáveis sem o uso de robôs como a decoração de peças no processo In Mold Label (o qual agrega valor às peças injetadas), extração e empilhamento de peças (como embalagens) em ciclos rápidos, injeção de peças grandes e/ou muito pesadas como caixas agrícolas, mesas, pallets, etc. A Dal Maschio, diretamente e por meio de representantes, atende a região Sul há mais de 20 anos. Com cerca de 300 robôs instalados, atende os mais diversos setores como linha branca, automotivo, móveis, embalagens, brinquedos, UD, etc. Os equipa-
mentos mais usados são robôs cartesianos servo controlados, para a extração e empilhamento de peças injetadas, porém com muitos clientes operando também com In Mold Labelling, com a montagem de insertos nos moldes, com a paletização de rolos de cabos elétricos em final de linha, etc. Gomes comenta que os processos operando em semi-automático podem ser automatizados com o uso de robôs, os quais se pagam muito rapidamente. “O uso de financiamentos Finame permite o retorno imediato do investimento, sendo normalmente possível se pagar a prestação do mesmo apenas com o retorno da eliminação de mão de obra do processo. Além da automação de injeção de plásticos temos também produzido robôs para a automação da alimentação de peças em tornos e centros de usinagem, muito indicados para diversas empresas da região, sistemas de alimentação de pallets e de paletização de caixas nos mesmos em finais de linhas de produção, sistemas de automação da injeção de peças decoradas In Mold, robôs para a pintura de peças, etc”, diz. Nos periféricos, além das vantagens clássicas os robôs têm importante papel no quesito segurança, característica reforçada pela Sepro do Brasil. “No caso do robô para máquina injetora, a utilização evita ao operador ter que abrir a porta da máquina para retirar a peça, o que evita acidentes, além do ganho em tempo de ciclo e otimização da mão de obra”, diz o diretor da Sepro do Brasil, Oscar da Silva. A Sepro tem filial própria no Brasil e na região Sul trabalha com representantes comerciais. Comercializa robôs de 3 a 6 eixos numéricos para automatização do processo de injeção plástica (para indústria automotiva, linha branca, cosmética, embalagem), assim como KITs para montagem de garras. “No caso de robôs de 5 e 6 eixos numéricos, a função ‘acompanhamento de trajetória’ permite diversas operações especiais de movimentação como, por exemplo, trajetórias complexas de retirada de peças, flambagem de peças, rebarba, acompanhando perfeitamente o formato, curvas, ângulos do produto”, explica Silva. <<< Plástico Sul < 29
DestaquePeriféricos Tempos Difíceis
Economia em baixa não isenta setor, mas não fecha totalmente as portas
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om a economia em baixa e a confiança nos mercados posta em dúvida, as empresas se retraem a novos investimentos, especialmente em relação a equipamentos. Ao mesmo tempo, vantagens como redução ou eliminação de mão de obra e melhor produtividade e qualidade abrem portas, mesmo que futuras. Também é um momento de reestruturação e paciência para os fornecedores. Em tempos de crise prevalece o profissionalismo, afirma Ana Paula Costa da Körper. “Os investimentos para novos projetos ficaram menores em 2014, a Körper focou suas vendas técnicas em melhorias de processos existentes com reduções expressivas de custo. Com esta linha de trabalho, proporcionamos reduções nos custos existentes, viabilizando investimentos”. Diz ainda que a fraca expressão das indústrias no ano de 2014 foi altamente sentida por todos os fabricantes de periféricos. “Tivemos um ano fraco com poucos projetos. Hora de reestruturação e de
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otimização interna, incentivo em novas soluções e apoio a nossos clientes”. Rafael Rosanelli, da Máquinas Premiata, diz que está neste mercado de máquinas para plástico há 20 anos e quando o mercado se retrai não há o que fazer. “Você pode ofertar equipamentos pela metade do preço que não irá vender. Felizmente esta onda de pessimismo e insegurança parece estar chegando ao fim. O apelo aos governantes e entidades fiscalizadoras é que simplesmente não atrapalhem quem quer trabalhar e prosperar”. Graziela Dalsochio, da Mecanofar, diz que as oscilações fazem parte do negócio. “Em nossos quase 35 anos de mercado (completados no próximo ano) isso não é novidade, já tivemos outras grandes instabilidades macro como agora. Sempre nos posicionamos nestes períodos com firmeza e certeza que todos os esforços feitos gerar resultados mais à frente. Nos dedicamos a novos produtos e principalmente ao atendimento diferenciado a nosso clientes neste período. O mercado
está reagindo vagarosamente mas acredito que vamos ter um bom final de ano”. Segundo Oscar da Silva, da Sepro, nesse cenário econômico difícil, o investimento em equipamentos novos é sempre mais complicado, porém a parte de automatização/robotização é um caminho necessário para se tornar mais competitivo reduzindo custos e melhorando qualidade e segurança. “Apesar de esse ano ser difícil a nível geral, a Sepro do Brasil está a passos de realizar seu melhor ano em vendas de robôs”. Em momentos de crise é natural que os investimentos sejam reduzidos, admite José Luiz Galvão Gomes, porém o uso de robôs reduz os custos de mão de obra e aumenta a produtividade de forma que também mesmo em momentos mais difíceis as empresas continuam a busca esses equipamentos e soluções. O mesmo caminho aponta Ronaldo Cerri, da Rone Moinhos, “sim, momentos difíceis fazem com que os projetos de melhoria de produtividade sejam postergados, o que é um erro, pois nestes momentos de certa calmaria é onde as empresas e seu corpo técnico têm mais tempo para analisar, instalar e treinar seu pessoal com novos, melhores e mais produtivos equipamentos e processos”. No trato com esta questão, Reinaldo Carmo Milito, Diretor Geral da Wittmann Battenfeld do Brasil, indica que o caminho é focar em setores. “Em geral os segmentos mais competitivos são os que mais realizam investimentos na aquisição de máquinas, equipamentos e tecnologias que aumentem a produtividade. Para a Wittmann Battenfeld, um deles é o automotivo, caracterizado pela busca constante por melhoria de processos. Como um setor bastante dependente da disponibilidade de crédito, da propensão de consumo e da atividade econômica, as indústrias focam bastante nestas questões”, diz.
Jaqueline Pivato, da Refrisat, diz que certamente desde a crise de 2008 o investimento na indústria de uma maneira geral está muito menor e, consequentemente, isso se reflete na indústria dos transformadores, bem como em muitas outras que atende. “Mais do que somente o corte de custos, muitas vezes as empresas não acreditam nelas mesmas e por isso preferem investir em equipamentos com uma qualidade inferior, pois acreditam que aquele para o momento é o que traz melhores retornos principalmente em relação a custo, ignorando dessa forma a qualidade, os recursos de comando, dentre muitos outros fatores importantes ligados a segurança e durabilidade”. Marco Antonio Villwock, engenheiro da Theodosio Randon, diz que como todo periférico, os equipamentos para este mercado têm exigido um esforço extra em demonstrar sua viabilidade econômica e uma crescente ampliação da área de assessoria técnica para a seleção correta dos mesmos. “Apesar da dificuldade resultante do período difícil da economia, nosso mercado para produtos mencionados acima tem permanecido estável”. Andres Grunewald, da Gneuss, aponta as oportunidades do momento. “No caso do principal segmento de atuação da Gneuss, ou seja, o processamento de materiais reciclados, épocas de crescimento econômico restrito exigem criatividade dos empresários na redução de custos. Esta redução envolve uso de materiais mais baratos, redução de consumo de energia e mão de obra entre outros, o que favorece o uso de nossos produtos”. E complementa: “A Gneuss está muito satisfeita com os resultados obtidos na região Sul do Brasil, que concentra cerca da metade dos mais de 150 equipamentos em funcionamento no Brasil”.
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DestaquePeriféricos Segurança
NR-12 reflete no mercado de periféricos, mas também de forma positiva
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onaldo Cerri, da Rone Moinhos, pensa que ainda existe, por vezes, certa resistência à implantação da NR.12, principalmente pelo fato de que a inclusão dos diversos itens de segurança elevam o custo dos equipamentos. Isto se soma ao fato de que alguns vêem os periféricos como um mal necessário, acreditando que estes por não gerarem diretamente um produto acabado a ser colocado no mercado, ou são desnecessários ou não necessitam dos mesmos cuidados com a segurança e manutenção que os equipamentos primários. “Hoje nossos projetos estão totalmente voltados às inovações que englobam a NR.12. E neste caso já temos condições de fornecer todos os modelos por nós fabricados dentro desta norma, assim como efetuar a melhoria nos moinhos RONE fabricados anteriormente à vigência desta norma”. Reinaldo Carmo Milito, Diretor Geral da Wittmann Battenfeld do Brasil, lembra que de fato existe uma polêmica em relação à norma NR12, cujos critérios de segurança divergem da norma europeia. “Para atender à norma brasileira, complementamos as máquinas com os componentes segundo a legislação vigente. Assim, todos os equipamentos e máquinas Wittmann Battenfeld comercializadas no País estão em conformidade com a NR12”. Graziela Dalsochio, da Mecanofar, acredita que o mercado está aceitando e se conscientizando sobre a importância da segurança nas máquinas. “No caso dos moinhos, as mudanças são simples, mas envolvem componentes bastante caros. Acredito que falta bastante informação para os clientes, pois existem hoje empresas oferecendo máquinas como de acordo com NR12 e podemos verificar que isso não é verdade. Isso é perigoso, pois impacta diretamente na segurança do operador e da empresa compradora. É muito importante que o cliente tenha certeza do que está adquirindo”. Ana Paula da Korper comenta que para a empresa não houve conflito na transição, pois a linha foi adequada as NR-10 e NR-12 há mais de dois anos. “Fizemos nossa transição de forma planejada”. Para a Qualiterme, a parte mais complicada é a que diz respeito ao aumento no custo do equipamento. “Porém, mostrando os benefícios aos que operam esse custo compensa”, diz Neimar Holz, gerente de vendas. Para Marco Antonio Gianesi, da BY Engenharia, “esta nova legislação é extremamente polêmica e puramente de interpretação, entretanto a BY
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Engenharia bem como todas as suas representadas já estão cientes e de posse da nova legislação. Desde o inicio de 2014 estamos entregando os equipamentos obedecendo amplamente esta nova legislação NR12”. Rafael Rosanelli, da Máquinas Premiata, diz que segurança é sempre bem vinda e a empresa busca esta característica desde a primeira máquina fabricada. “O que não podemos é sonhar com o impossível. Todos gostaríamos que um carro com motor 2.0 fizesse 50 km por litro, mas daí a isto se tornar realidade a distância é longa. Talvez tenha sido esta a falha de quem elaborou e generalizou a norma. Se conseguíssemos incluir todos os componentes elétricos indicados pela norma em uma máquina, com no máximo 15% de seu valor de venda não seria nada ruim, porém existem casos em que o valor do equipamento é 6.000,00 e a adequação elétrica mais documentos ultrapassa 3.000,00, o que torna estes 50% de acréscimo praticamente inviável. O mercado de certa forma tem se mostrado favorável a este investimento, ou pelo menos tem se sentido intimidado com as punições impostas. É preciso no mínimo, flexibilidade e bom senso e também critérios iguais para os importados”, avalia. A NR12 incentiva o uso de robôs, acredita José Luiz Galvão Gomes, da Dal Maschio, pois quanto mais longe se mantiver os operadores das máquinas, menores serão os riscos envolvidos no processo. “As máquinas injetoras agora são mais fechadas e a extração manual das peças está mais lenta com a impossibilidade de que ocorram movimentos das mesmas com portas abertas. Desta forma cada vez mais será necessário o uso de robôs para não se perder produtividade”, opina. Mesmo ponto para Oscar da Silva, da Sepro do Brasil. “A questão da NR12 é abordada em qualquer projeto atualmente. No entanto, o que deve ser levado em consideração não é somente a adequação de cada dispositivo, e sim a adequação da célula de produção englobando a máquina injetora e o robô dentro de uma grade de proteção com o devido tamanho e funções de segurança (trava, emergência, túnel, etc)”.
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DestaqueMoldes
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Novos tempos para as ferramentarias
Dihlmann e diretoria da ISTMA na aprovação do Brasil para Conferência Mundial de Ferramentarias
De olho em inovações, como a impressão 3D, e afirmando que o Brasil possui tecnologia de ponta na área, setor de moldes vive ano movimentado, inclusive recebendo uma importante novidade agora em setembro: a aprovação na reunião da Associação Mundial de Ferramentarias e Usinagem (ISTMA) da Conferência Mundial no Brasil em 2017.
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omo que numa sequência de bons ventos, o setor de moldes e ferramentarias tem mais uma notícia positiva depois dos resultados da EuroMOLD Brasil, em agosto em Joinville (SC). Em setembro, em uma reunião da ISTMA – International Special Tooling & Machining Association ou Associação Mundial de Ferramentarias e Usinagem, em Chicago
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(Eua), foi aprovada a realização no Brasil da Conferência Mundial de Ferramentarias em 2017. A ISTMA congrega diversas associações de ferramentarias do mundo, como grandes fabricantes dos EUA, China, Alemanha, Canadá, Portugal, Japão, Coréia do Sul, entre outros. O Brasil tornou-se membro desta associação em 2012 e o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais (Abinfer), Christian Dihlmann, integra a diretoria como um dos vice-presidentes desde a última eleição, em março deste ano em paralelo à Conferência Mundial de Ferramentarias, então realizada na África do Sul. “A próxima será em 2017 e o Brasil foi candidato a receber o evento. A aprovação pelo Brasil foi realizada na última reunião de diretoria da ISTMA, em Chicago, no último dia 12 de setembro. A data exata ainda não foi definida, mas deverá ocorrer no primeiro semestre de 2017 na cidade de Joinville. Participam empresários do setor de ferramentaria do mundo todo”, comenta Dihlmann. Uma das grandes apostas do setor de moldes e ferramentarias é a indústria automotiva, especialmente com a nova fábrica da BMW na região Sul, e a de eletroeletrônicos também é tida como atraente. É preciso, no entanto, não se prender a status, segundo o dirigente da Abinfer, pois outros mercados também dão bons resultados. “Entendo que o setor mais atraente é aquele que remunera melhor o seu produto. A sensação falsa de que os mercados mais atraentes são o automobilístico e o eletroeletrônico é causada pela magia da força das marcas. Os volumes nestes segmentos são gigantescos e, por isso, parecem interessantes. Mas isso não necessariamente significa ganhar muito dinheiro”, afirma. E acrescenta “dizer no mercado que sua empresa fornece para uma grande montadora nos torna virtualmente reconhecidos como bons fornecedores e empresários de sucesso. Entretanto, muitos sucumbem por tratar esse assunto como um sonho. O cálculo a ser feito é o resultado final do processo. Deu lucro, bom negócio. Não deu lucro, caia fora. E qualquer setor pode propiciar um resultado favorável. Ou uma tragédia. É necessário dominar custos e saber lidar com as variações do processo. Do meu ponto de vista, além destes segmentos (automobilístico e eletroeletrônico), também a construção civil,
Tecnologia
Tradicionalmente, a Europa é reconhecida pela qualidade no ramo de moldes e serve de inspiração para o desenvolvimento do setor brasileiro - tanto que a EuroMold BRASIL tem ligação direta com a Alemanha -, mas o presidente da Abinfer prefere uma análise mais detalhada e lembra que, com a globalização, as tecnologias podem se dissipar facilmente. “É preciso cuidado quando se menciona uma região tão grande como a Europa caracterizando-a como um fornecedor de qualidade. Em todos os continentes temos excelentes fabricantes de ferramentais. Também temos bons fornecedores em diversos outros países como o próprio Brasil e a China”. Entretanto, salienta o dirigente, nestas mesmas localidades, existem empresas com nível de mediano a medíocre. “Ainda é importante comentar que o mundo é globalizado e, hoje em dia, o tempo de introdução de uma nova tecnologia em países mais remotos é muito próximo de zero”. Para Dihlmann uma nova tecnologia, seja em processo, em materiais ou mesmo em gestão, se dissipa rapidamente e é implementada de forma praticamente imediata em qualquer dos quatro cantos do mundo. “Logicamente, tudo é dependente da capacidade financeira do interessado. Mas, de uma forma geral, a menina dos olhos atualmente é a manufatura aditiva. Ou, como conhecida mais vulgarmente, a impressão 3D”. Gelson Oliveira, da Virfebras, tem opinião semelhante. “Realmente a Europa é conhecida por moldes com qualidade, mas temos aqui empresas que também apresentam ótima performance no quesito qualidade e até exportam para Europa. Nossos produtos têm provavelmente um diferencial nas questões de design, mas na praticidade e funcionalidade nada deixam a desejar”. Paulo Braga, da Abimaq, afirma que o Brasil possui a mesma qualidade de mão de obra, estando presente no desenvolvimento de moldes desde 1950,
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embalagens, indústria aeronáutica, médico-hospitalar são excelentes nichos para se ganhar dinheiro”. O presidente da Virfebras, entidade que abrange a região nordeste do Rio Grande do Sul em moldes e ferramentaria, Gelson Oliveira diz que o setor que tem maior demanda hoje provavelmente seja o automobilístico, mas outros, como linha branca, médica e agricultura também se destacam e são de extrema importância. Paulo Braga, vice presidente da Câmara Setorial de Ferramentarias e Modelações da Abimaq, destaca linha branca, duas rodas e bens de consumo, que precisam de uma política de incentivos tanto para vendas internas no país quanto para compra destes ferramentais. Todos os setores são atrativos para Edison Dalinghaus, presidente do Núcleo de Usinagem e Ferramentaria da Associação Empresarial de Joinville (ACIJ), mas o poder de compra é do automobilístico e eletroeletrônico. “Essas indústrias têm mais capacidade de transformação em relação aos outros setores”.
mas perde em competitividade por causa da defasagem tecnológica em máquinas e equipamentos e falta de uma política e de fabricantes destas máquinas no setor de ferramentaria. “Estamos buscando novas tecnologias no Japão e na Alemanha e estudando técnicas avançadas de manufatura para propor mudanças no setor. Nossa tecnologia hoje está desafasada, entretanto ainda somos competitivos em termos de qualidade final do produto. A qualidade de nossos produtos é igual ou superior a de nossos concorrentes internacionais”. Edison Dalinghaus, da ACIJ, diz que, em relação à tecnologia e processos, o setor brasileiro está atualizado em poucos lugares no Sudeste. “A evolução acontece quando vem de fora do país, o baixo investimento deixa muitas lacunas. A qualidade vem atingindo níveis bons, porem somente em produtos de alto valor”. Para Dihlmann, as empresas brasileiras precisam focar em gestão. “As tecnologias estão disponíveis para qualquer mortal”, diz o presidente da Abinfer, ressaltando que basta ter visão de negócio e recursos financeiros, tomar a decisão e passar a utilizá-las. “No Brasil temos um problema mais sério que é a deficiência na gestão dos negócios. Fique claro que não é só no setor de ferramentaria. É um problema estrutural para todos os segmentos produtivos”. Aliado a este baixo preparo no gerenciamento das empresas Dihlmann cita o cenário econômico do País, que detém uma das mais altas taxas de impostos do mundo. “Como resultado, as empresas têm obtido parcos (ou nenhum) resultados financeiros, impedindo-as de investir em novas máquinas, novos processos – diga-se novas tecnologias”. Ele comenta que o parque fabril instalado no setor brasileiro de ferramentarias tem idade média de 17 anos, o que considera um absurdo em termos de acompanhamento da produtividade dos países
JR Metal aposta na área médica: modelos com menor complexidade e velocidade de fabricação
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DestaqueMoldes concorrentes. “Impossível. As máquinas estão velhas, portanto, não tem precisão (folgas), não tem velocidade (conceitos construtivos ultrapassados) e não são econômicas (tecnologias obsoletas). Logicamente, estamos falando de maneira geral. Existem empresas no Brasil que são ilhas de excelência, onde tudo isso é passado”. A solução, salienta, é desenvolver políticas de renovação do parque fabril bem como de capacitação de profissionais para que possamos atingir níveis de competitividade internacionais. Por outro lado, ele afirma que o Brasil tem projetistas muito criativos. “Assim, conseguimos desenvolver moldes produtivos e de boa qualidade. Essa qualidade está diretamente relacionada com a qualidade do parque de máquinas instalado na ferramentaria que vai produzir o molde. Temos algumas boas empresas no país que tem condições de garantir ferramentais de qualidade mundial”.
Importação
Ainda há um grande fluxo de ferramentais vindos de fora, diz Christian Dihlmann, mas sente-se uma sensível redução na taxa de entrada em função da elevação da moeda americana e da própria elevação do custo em países importantes no volume, como a China. “Acredito que este fluxo deverá permanecer por um tempo considerável - não menos que 24 meses - por conta dos diversos entraves que temos tanto na questão tributária quanto de capacidade produtiva. Mas o viés é positivo para uma retomada do setor nos próximos meses”. Paulo Braga define a situação da importação como equacionada. “Hoje os preços não são o grande desafio para o setor. O que nos afeta é a velocidade de construção de um molde fora do país. Nossos encargos trabalhistas são proibitivos para produção em mais de um turno, o que não ocorre na China, Korea e India, por exemplo. A carga tributária no processo produtivo é outro impeditivo de concorrência mundial. Estes temas serão tratados após as eleições para desonerarmos a Cadeia Produtiva. Ainda temos muito caminho a avançar em uma política industrial justa tanto para os colaboradores quanto para os empresários e governo”. Sobre concorrência estrangeira, Gelson Oliveira diz que a grande verdade é que temos que conviver com o custo Brasil, não só impostos “mas também em tudo aquilo que o governo tem que fazer e não faz e coloca esta responsabilidade para os empresários, saúde, educação, segurança, logística , normas absurdas e desnecessárias, enfim não somos competitivos”. Nesta linha, em recente evento do setor plástico, Oliveira comentou que quando o candidato chega para uma vaga uma das primeiras perguntas é se a empresa tem plano de saúde ao invés de informações do trabalho ou do produto. Edison Dalinghaus , da Acij, diz que a importação sempre vai ser determinada pelo Governo, porem os dispositivos que a controlam estão distorcidos. 36 > Plástico Sul >>>
Metas e ações
Para a Abinfer, as propostas de estruturação do setor ferramenteiro englobam quatro macro metas: reduzir o déficit da balança comercial brasileira em 50% até 2017; gerar 2.000 empregos diretos de mão de obra altamente qualificada até 2017; ter superavit da balança comercial brasileira de US$ 200 milhões até 2026; e estar entre os três melhores países do mundo no fornecimento de moldes e ferramentais até 2026. “Atualmente com 70 associados que representam 3% do total de empresas no Brasil, temos meta de atingir 300 membros até 2016. Podem ser membros da entidade quaisquer empresas da cadeia fabricantes de ferramentais, quer sejam ferramentarias, clientes, fornecedores e instituições público e privadas”, comenta Dihlmann. Diversas ações estão em desenvolvimento, muitas delas em parceria com outras entidades. Além do foco na operacionalização do programa Inovar-Auto, em trabalho conjunto com ABIMAQ e APL de Ferramentaria do Grande ABC, a Abinfer tem ações voltadas à capacitação de profissionais, tanto em nível de gestão (para os empresários) quanto em nível técnico (para os funcionários).
Impressão 3D
A impressão 3D é um tema que interessa a todos os integrantes do setor plástico, mas o desenvolvimento da tecnologia talvez impactasse fortemente o segmento de moldes pela possibilidade de dispensa das peças no desenvolvimento dos produtos. “Traçando um paralelo, comparo a manufatura aditiva (impressão 3D) com o advento dos sistemas de projeto assistido por computador (CAD). Na época havia um sentimento de que geraria desemprego. Foi uma verdadeira revolução. A evolução está posta e é irreversível. Não penso que seja uma ameaça ao setor”, diz o presidente da Abinfer, Christian Dihlmann. “Ao contrário, vejo como um grande avanço para atender a tendência que é de volumes menores de produto com maior personalização. Haverá produtos com grande demanda onde será necessário o molde. E, produtos personalizados, onde construir um molde será muito caro. Na realidade a manufatura aditiva é um processo de fabricação muito mais coerente do que o atual, onde você parte de cavacos ou minérios, funde em uma acearia o bloco gastando volumes gigantescos de energia, depois ‘desmonta’ o bloco por processos de remoção mecânica. Um caminho de ida e volta com custo elevado. Na manufatura aditiva você tem o processo em um único sentido. É muito mais lógico e óbvio”.
Balanço: EuroMOLD e Enafer
A EuroMold BRASIL - Feira Mundial de Construtores de Moldes e Ferramentarias, Design e Desenvolvimento de Produtos teve apenas sua segunda edição, mas já tem se firmado como um importante ponto de
encontro para os profissionais do setor de ferramentaria na avaliação do presidente da Abinfer, Christian Dihlmann. A feira aconteceu entre 18 e 22 de agosto em Joinville (SC). “Pode (e deve) crescer ainda muito. Considero como o evento brasileiro mais focado em ferramentaria e tem um excelente benefício que é ser realizado paralelamente a uma feira do setor de plásticos – a Interplast, grande consumidora de ferramentais. Assim, facilita a geração de negócios com outros segmentos que não apenas o de fabricantes de ferramentais”. Dihlmann aponta que as ações que estão sendo empreendidas pelas entidades representativas deste setor podem resultar em bons frutos e, dessa forma, alavancar ainda mais a realização de feiras deste porte. Em relação à primeira edição, ele percebeu um maior adensamento no número de empresas fabricantes de ferramentais, em destaque para moldes de injeção de termoplásticos. Também o crescimento de participação dos fornecedores de novos processos de produção, como a impressão 3D. A EuroMold BRASIL foi viabilizada por meio de joint venture entre a Messe Brasil e a Demat, uma das mais representativas empresas privadas de organização de feiras da Alemanha. No penúltimo dia, ocorreu a assinatura do Protocolo de Intenções entre as principais regiões
produtoras de ferramentais do Brasil e o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), com o objetivo de proporcionar melhores condições de competitividade ao setor. Mais cedo, em maio, Caxias do Sul (RS) recebeu o Encontro Nacional de Ferramentarias (Enafer), evento com o objetivo de discutir, de forma profunda, as estratégias de competitividade e sobrevivência das ferramentarias nos âmbitos de gestão, de tecnologia, de mercado e político. O presidente da Virfebras, Gelson Oliveira, destaca que o Enafer teve a participação de 200 pessoas. “Este número mostra a importância que teve e seus desdobramentos. Também teve importantes órgãos governamentais, onde se esclareceu com detalhes o programa do Inovar-Auto, que hoje já é uma realidade, e foram elencadas diversas atuações feitas pela Abinfer, além das palestras, que posteriormente geraram ações. Notadamente, este evento é o maior evento do Brasil na área de moldes e matrizes”, afirma.
Fornecedores apontam os desafios
A Sulbras participou da Interplast/ Euromold Brasil e considerou o resultado positivo, uma vez que o volume de visitantes superou as expectativas. A empresa é especializada em construção
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DestaqueMoldes
Fábrica da Sulbras: empresa percebe redução na aquisição de moldes do exterior
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de moldes de até 7ton e está capacitada para atuar em todo o ciclo e desenvolvimento desde o projeto. Altemir Molon, diretor comercial, aponta como principais desafios em ser fornecedor planejamento de fábrica inconstante e prazos desafiadores de entregas. “Atualmente, o direcionamento dos transformadores considera a necessidade da redução dos custos de transformação, sendo assim o projeto de molde deverá contemplar com excelente ciclo em regime produtivo, sem abdicar dos requisitos técnicos”, complementa. Para a Sulbras, os setores mais atraentes são automobilístico e o de eletroeletrônicos. A Tecnoserv também esteve na EuroMOLD Brasil e aprovou a feira. “Foi positivo, pois temos muitos clientes na região sul do Brasil e aproveitamos para divulgar novas linhas de produtos”, diz Wilson Teixeira, diretor técnico. A empresa oferece ao mercado de moldes de injeção de termoplásticos, alumínio e zamack os seguintes itens: porta moldes com usinagem completa; porta moldes padronizados; sistema de câmara quente; controladores de temperatura para câmara quente / controlador de válvula; acessórios para moldes de injeção de termoplásticos; periféricos para injetoras de termoplásticos. Teixeira diz que o desafio em fornecer reside no fato da maioria das empresas estarem sofrendo pressão de preços e as margens de lucro ficam mais reduzidas. Para a Tecnoserv, o principal setor é o de eletroeletrônicos e outro que vem se destacando é o de embalagens. “O setor de eletroeletrônicos utiliza muito o plástico de engenharia, o qual somos fortes tanto do ponto de vista técnico como comercial. A área de embalagem é um setor que vem crescendo devido ao poder de compra do Brasileiro ter melhorado nos últi-
mos anos”. Teixeira diz que a importação de moldes de injeção ainda é forte, principalmente pelo baixo preço de moldes provenientes da China, porém em sua maioria com qualidade muito baixa. Mas aponta perspectivas. “O setor tem tomado algumas medidas externas às fabricas tais como Inovar Auto e dentro das ferramentarias tem ocorrido mudanças. Muitos tem buscado mais automação e trabalhar com segmentos de mercado que podem gerar lucro, como exemplo aliar a ferramentaria com a transformação”. A empresa Sildre aposta na especialização e escolheu a fabricação de moldes para potes de parede fina e tampas para frascos. “Todos os setores são atraentes, mas entendo que é necessário haver especialização por tipos de produtos. Temos empresas transformadoras que atuam no mercado de tampas para frascos, outras fabricam potes de parede fina, fabricação de peças para o setor automotivo e outros, mas a maioria das ferramentarias não se especializam em um determinado setor, atiram para tudo quanto é lado, forçando o transformador de tampas, por exemplo, a buscar soluções fora do Brasil”, analisa o diretor Guiovane Maria. Ele comenta as adversidades do setor: “Na realidade, vivemos e competimos em um mercado globalizado, se faz necessário muito jogo de cintura para se manter, buscando a cada momento a superação. Precisamos urgentemente da reforma fiscal e trabalhista, sofremos muito com os encargos sociais e com as exigências internas tipo NR 12 e outras, o que não acontece quando um molde vem de fora, além é claro de uma fiscalização mais rígida para que sejam cumpridas minimamente as exigências”. A JR Metal produz moldes bicomponetes até 20 toneladas com solução completa desde o desenvolvimento do produto, projeto do molde, simulação de injeção, fabricação e testes de todo ferramental de injeção e também na área de corte e estampo. O diretor Gelson Oliveira diz que a EuroMOLD Brasil mostrou que apesar das dificuldades de concorrência e custo o setor ainda busca se especializar. Ele afirma que a linha branca, utilidades domésticas e área medica também são setores atrativos porque os modelos continuamente são modificados, normalmente são moldes com menor complexidade e com grande velocidade em sua fabricação. Na competição com os importados, aponta os problemas, mas também vantagens. “A importação de moldes continua mesmo com os impostos de importação no patamar de30%. Temos muitas dificuldades de competir pelo custo Brasil, mas felizmente hoje somos um pouco mais ágeis com o prazo de entrega melhor, que nos dá um pequeno fôlego”.
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Foco
no Verde
Sacolas proibidas na cidade de São Paulo
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) decidiu pela constitucionalidade da lei municipal 15.374, de 2011, que proíbe a distribuição de sacolinhas plásticas nos supermercados da cidade de São Paulo. Segundo publicado no Diário Oficial de Justiça do dia 8 de outubro, fica improcedente a ação movida pelo Sindicato da Indústria do Material Plástico do Estado de São Paulo (Sindiplast). Sobre tal decisão, o Sindiplast informou na data que seriam tomadas as medidas legais cabíveis, sempre no intuito de defender o direito do consumidor. Conforme dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), o banimento das sacolas plásticas dos supermercados acarretará aumento de 146,1% no custo mensal das famílias com embalagens. No dia 23 de outubro, o Sindiplast esclareceu que o acórdão com o parecer do Relator Arantes Theodoro julgando como improcedente a ação movida pelo Sindicato ainda não havia sido publicado no Diário Oficial do Estado, sendo assim, o sindicato não podia, até aquele momento, recorrer da sentença. Somente a partir da publicação do acórdão que o recurso poderia ser encaminhado. “Ressaltamos que a Lei ainda deverá ser regulamentada a fim de estabelecer dotações orçamentárias próprias, fiscalização e punição. Desta forma, os estabelecimentos devem continuar a entregar as sacolas plásticas ‘gratuitamente’ aos consumidores”, informou em nota o presidente do Sindiplast e Abiplast José Ricardo Roriz Coelho. O Sindiplast já havia destacado que existem recursos, inclusive dentro do próprio Tribunal, para realinhar tal decisão às outras 42 anteriores desse mesmo Órgão, todas já julgadas no mérito e que consideram inconstitucional o Município legislar sobre matéria da União, já regulamentada pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS); que a decisão surpreendia por contrariar as 42 anteriores do Órgão Especial do TJSP. O Tribunal já havia se manifestado sobre a conexão entre todos os municípios do Estado de São Paulo com relação à uniformidade de posturas ambientais e destinação de resíduos. A decisão contrariava este posicionamento; que o Órgão já havia barrado leis municipais idênticas a essa das cidades de Guarulhos, Barueri e Osasco. Portanto, a decisão com relação a São Paulo contrariaria 40 > Plástico Sul >>>
Expocatadores traz oportunidades do setor de reciclagem a uniformidade já aclamada pelo próprio Tribunal de Justiça do Estado; o Município de São Paulo havia levado a questão ao STF Supremo Tribunal Federal e não havia obtido êxito em nenhum de seus recursos.
Aberta consulta pública de acordo setorial para embalagens
No dia 15 de setembro entrou em consulta pública o acordo setorial para a implementação de sistema de logística reversa de embalagens em geral, permitindo que todo cidadão possa dar sua opinião via internet no site do Ministério do Meio Ambiente. A Abiplast pediu aos associados, principalmente aos fabricantes de embalagens, que analisassem o documento e encaminhassem suas sugestões conforme especificado no link e, se possível, encaminhassem uma cópia de seus comentários à entidade. As empresas fabricantes de embalagens que ainda não aderiram ao Acordo podem contatar o Sindicato Patronal da sua Região para oficializar a adesão.
BASF lança plataforma online de co-criação
A BASF apresenta ao mercado sua plataforma online interativa Creator Space™, em que cientistas, especialistas, clientes e o público em geral poderão discutir ideias e ações com foco no desenvolvimento de soluções inovadoras. A iniciativa visa colaborar para a construção de um futuro sustentável. O lançamento da plataforma faz parte das ações de comemoração dos 150 anos da BASF, que serão completados em 2015. O objetivo é impulsionar a inovação por meio da co-criação, contribuindo para solucionar três grandes desafios globais: preservação dos recursos naturais e crescente demanda de energia, aumento da qualidade nutricional (alimentação) e melhoria da qualidade de vida para a população. Os debates no Creator Space™ estão alinhados à estratégia de posicionamento global da BASF “We Create Chemistry”, que direciona de que forma as inovações baseadas na química da BASF podem contribuir, junto com clientes e parceiros, para atender necessidades futuras da sociedade em âmbito global. Para participar dos debates, acesse www.creator-space.basf.com.
A reciclagem apresenta um alto potencial de crescimento para os empresários que fabricam soluções para o setor. Este e outros temas serão debatidos durante a 5a. edição da “Expocatadores”, organizada pela EPS Eventos e realizada pela Associação Nacional dos Carroceiros e Catadores de Materiais Recicláveis – ANCAT e pelo Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), que acontece dias 01, 02 e 03 de dezembro no pavilhão oeste do Parque Anhembi, em São Paulo. Durante “Expocatadores”, acontece a feira de negócios, que cria a oportunidade para empresas e catadores, cooperativas e associações fecharem parcerias, projetos, além de ampliarem o networking. “Aqui vão ser estabelecidas alianças e uma receita em torno de 600 milhões, mas novos negócios decorrentes da feira serão concretizados ao longo do ano, até a próxima edição”, comenta Carlos Militelli, CEO da EPS Eventos, organizadora da ExpoCatadores.
Plástico Verde chega às embalagens de produtos automotivos
A empresa Central Sul Química, fabricante de produtos automotivos, lança uma linha de artigos elaborada com o polietileno verde I'm greenT da Braskem. As embalagens da nova linha de limpa vidros, limpa rodas, limpador multiuso, cera expressa e preteador de pneus foi produzida pela Zandei. As embalagens trazem o detalhe de uma roda esportiva e o selo I'm greenT para identificar a procedência de fonte renovável. Os produtos poderão ser encontrados nas redes de supermercados, lojas de autopeças, postos de combustíveis de todo o Brasil e, ainda, em países da América Central, América do Sul e África, a partir de 2015. "Esta iniciativa pioneira foi uma alternativa encontrada para fazermos a nossa parte no sentido de preservar recursos naturais e valorizar iniciativas sustentáveis de nossos fornecedores", afirma o diretor comercial da Central Sul Química, Michel Schott.
Energia
Os caminhos para a Política Nacional de Resíduos Sólidos PNRS pautou os participantes da quinta edição do Energiplast no dia 15 de setembro em Porto Alegre.
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esde 2010, com a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), o setor plástico se vê diante da necessidade da destinação de lixo e resíduos. Mas foi no início de agosto, com o fim do prazo para o encerramento dos lixões, que a questão voltou mais forte à pauta. A Câmara dos Deputados acabou aprovando em meados de outubro a ampliação em quatro anos do prazo para que as prefeituras acabem com os lixões, medida provisória que depende de aprovação no senado e sanção presidencial. Na quinta edição do Energiplast - Fórum Brasileiro de Reciclagem Energética de Resíduos Sólidos com Ênfase em Plásticos, realizado pelo Sinplast- Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do RS em 15 de setembro em Porto Alegre, os palestrantes deram bastante ênfase a PNRS com base no tema “Resíduos Sólidos e Energias Alternativas: uma nova economia”. Um dos primeiros a falar, o promotor de Justiça do Ministério Público do RS, Daniel Martini, comentou que com a divulgação do prazo final para lixões, não ficou tão claro para o grande público que somente deve ir para aterro o que for rejeito, o lixo do lixo, “o que pode ser reaproveitado de alguma maneira não pode”. Durante todo o dia de trabalho, os palestrantes falaram sobre a possibilidade e as vantagens ou não da incineração. “A PNRS não incentiva a incineração. No MP ainda não há posição sobre o tema, a tendência é pelo
aproveitamento energético, com uso de incineradores restrito”. Ele diz que o parlamento europeu pede o fechamento de aterros e fim das incinerações. Participante deste painel, o advogado e consultor em Direito Ambiental Beto Moesch destacou a importância do incentivo tributário para a efetiva PNRS. ''Uma falha é que a lei diz que o poder público poderá dar incentivos tributários e deveria ser deverá''. A questão da viabilidade econômica foi destacada pelo diretor da Odebrecht Ambiental, o francês James Miralves, ao apresentar um case próprio, mostrando que ainda é preciso no Brasil mais vantagem competitiva para a efetiva aplicação da reciclagem energética, pois a energia produzida pela queima do lixo é mais cara que a feita pela cana. A reciclagem energética também pode ser um bom caminho para a destinação de produtos gerados pelo maior consumo, afirmou Miralves. "São mais fast food, mais caixas de pizza. Materiais que para a reciclagem (mecânica) não dão, mas queimam bem".
tudo, que ratos e baratas vão morder os funcionários, haverá muita fumaça. Na verdade, há uma indústria que prepara o material para ser combustível, resíduos diferentes precisam ser tratados de maneira diferente, se são mais molhados, mais triturados", explica. Um dos ouvintes questionou Renata sobre possíveis gases que surjam nos processos, já que o combustível é "lixo". Ela disse que a alta temperatura do forno já elimina esta possibilidade.
Cimenteira mostra como usa resíduos sólidos em seus fornos Renata Murad apresentou o case de uma cimenteira que usa materiais do coprocessamento de resíduos sólidos nos seus fornos. Ela indicou que o grande desafio foi gerenciar todos os vetores: resíduos em escala, investimento, licença ambiental, stakeholders, convencer a empresa que não perderia qualidade. "A empresa não pode ter pausas por falta de energia, então precisamos que o material venha organizado e em quantidade certa. Assim, existe uma empresa para isso, com identificação, comercialização, transporte, controle. Tem um nível de investimento. Existe muito misticismo ainda, que vão chegar caminhões de lixo na frente da fábrica, despejar
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Transformador Termotécnica é uma das Melhores Empresas para Você Trabalhar no Brasil
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ontar com 82,9% dos colaboradores que se identificam com a empresa, 76,4% que trabalham satisfeitos e motivados, e 75% que aprovam seus líderes levaram a Termotécnica maior indústria transformadora de EPS(isopor®) da América Latina e líder no mercado brasileiro deste segmento – a fazer parte do “Guia Você S/A2014: As 150 Melhores Empresas para Você Trabalhar no Brasil”. A notícia foi recebida recentemente pelo presidente da empresa, Albano Schmidt, diretores e a gerente de Gestão de Pessoas, em evento organizado pela editora Abril, em São Paulo (SP). “Investimos verdadeiramente no capital humano, numa gestão moderna e transparente. A conquista deste prêmio é mais um pilar na construção de uma empresa de classe mundial onde as pessoas tenham prazer e orgulho de trabalhar. É o reflexo de decisões acertadas, do esforço e da determinação de todos os participantes, sejam eles acionistas, dirigentes, os mais de 1.200 colaboradores e também os clientes e fornecedores. Todos fazem parte desta vitória”, enfatiza o presidente.
A avaliação
Concorrendo pela primeira vez, a Termotécnica integrou a categoria Indústrias Diversas e obteve como nota final 71.1. Passou por uma rigorosa avaliação, que iniciou com uma pesquisa que ouviu a opinião dos colaboradores. Eles responderam um questionário com 64 questões relativas ao ambiente de trabalho, item primordial para que a empresa continuasse na disputa. Na segunda etapa, itens como estratégia, gestão de pessoas, liderança, cidadania empresarial, políticas e práticas foram minuciosamente avaliados e conferidos a partir do envio de um Caderno de Evidências, composto por documentos que comprovem suas práticas. Além disso, os avaliadores conferiram toda a documentação com visitas in loco, onde analisam presencialmente a gestão da empresa, identificando as suas melhores práticas e benefícios. Para Albano Schmidt esse foi o resultado de um trabalho comprometido com a gestão responsável, iniciado há cerca de 15 anos.“Buscamos a excelência. Traçamos nossos planos e objetivos. Trabalhamos com seriedade, força e coragem pela sua realização. A presença na Termotécnica neste ranking valoriza nossa presença no mercado e é a confirmação de que estamos no caminho certo”, enfatiza o presidente.
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Plast Mix
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Mercado
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BMW Group produz primeiro veículo no Brasil
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A
indústria automobilística, uma das principais usuárias de peças plásticas, está com novidades. O BMW Group comemora a produção do primeiro veículo da marca em sua nova fábrica sul americana de automóveis, instalada na cidade de Araquari (Santa Catarina). Com investimento de mais de 200 milhões de euros (cerca de R$ 600 milhões), a unidade fabril terá capacidade para produzir até 32 mil carros por ano, a começar por modelos BMW Série 3, a linha de veículos premium mais vendida no Brasil e no mundo. A fábrica prevê a contratação de 1.300 profissionais – até o momento, cerca de 500 colaboradores já foram admitidos – e a geração de 2.500 vagas indiretas, incluindo fornecedores, parceiros de negócios e novos concessionários. Com esse marco histórico, o projeto da fábrica do BMW Group cumpre com sucesso mais uma etapa, marcada pelo início da montagem dos automóveis. Em setembro de 2015 está prevista a finalização da obra, quando a unidade produtiva terá suas atividades de soldagem e pintura plenamente operantes. Inicialmente, serão montados os modelos BMW Série 3, BMW Série 1, BMW X1, BMW X3 e MINI Countryman. Com uma área total de 1,5 milhão de metros quadrados, dos quais 500 mil metros quadrados de área pavimentada, a nova fábrica da BMW é a 30ª unidade fabril da empresa no mundo, em 14 países. A infraestrutura da unidade produtiva contemplará as atividades de montagem, carroceria/soldagem, sistemas de pintura e logística, além de prédios administrativos e auxiliares.
O BMW Group possui o objetivo estratégico de equilibrar o crescimento dos negócios em todos os continentes. Em Munique (Alemanha), Harald Krüger, membro do Conselho Administrativo da BMW AG, comentou: “A nova unidade produtiva no Brasil será um elemento importante em nossa rede internacional de produção e terá uma contribuição significativa para o crescimento lucrativo e sustentável do BMW Group. Nosso princípio estratégico de que a produção segue a demanda de mercado já se mostrou muito efetivo em países como EUA e China e também assegurará o sucesso de nosso negócio no Brasil”. “Hoje marcamos o início de um novo momento para o BMW Group no Brasil, que consolida a grande expansão nacional que tivemos na última década e reforça a relevância do País nas estratégias do BMW Group em longo prazo. Temos grandes expectativas em relação ao mercado brasileiro, que nos últimos anos tem se mostrado cada vez mais receptivo aos nossos produtos, com grande potencial de crescimento”, afirma Arturo Piñeiro, presidente e CEO do BMW Group Brasil. Para assegurar que os automóveis que sairão da linha de montagem brasileira terão qualidade premium idêntica à encontrada nas demais unidades produtivas do BMW Group, a empresa trouxe equipamentos de última geração e treinou a equipe que atuará na produção dos veículos em uma réplica da linha de montagem instalada no centro de treinamento do grupo em Joinville (SC), que simula o ambiente real que esses profissionais encontram na fábrica. “O coração do nosso centro de treinamento sempre foi a linha de montagem, de modo que toda a nossa equipe fosse qualificada considerando os rigorosos procedimentos do BMW Group. Isso nos permite iniciar a produção respeitando os padrões de qualidade da empresa mundialmente, seja na Alemanha, na China ou no Brasil”, finaliza Gerald Degen, Vice-presidente Sênior do BMW Group Brasil responsável pela fábrica Araquari.
Bloco
de Notas
AMUT-WORTEX oferece nova tecnologia para a construção civil
Seguindo a tendência recente do mercado, que está gradualmente favorável a componentes sintéticos ao invés dos betuminosos, a AMUT-WORTEX, fruto da parceria da empresa brasileira WORTEX com italiana AMUT, oferece linhas de extrusão para produção de membranas impermeáveis, aptas a processar diferentes materiais termoplásticos, tais como F/PVC, TPO, TPE, entre outros. O uso destes materiais definitivamente melhora o desempenho técnico e as característics físicas das membranas, suprindo as exigências específicas do setor de construção civil. “As membranas estão se tornando cada vez mais populares nas aplicações em construções ao redor do mundo, tais como edifícios, sistemas de forros, túneis, barreiras à prova de água ou diques”, afirma Angelo Milani, gerente comercial da AMUT.
Abiquim renova acordo de cooperação com INPI
Antilhas se destaca durante o Prêmio ABRE da
Foi realizado em São Paulo, a 14ª edição do Prêmio ABRE da Embalagem Brasileira, promovido pela ABRE - Associação Brasileira de Embalagem, onde a Antilhas foi uma das vencedoras. Especializada no fornecimento de soluções e inovações em embalagens, a empresa levou o Ouro, na categoria Tecnologia em Embalagens de Cosméticos, Cuidados Pessoais, Saúde e Farmacêuticos, com o estojo Glamour Secrets Black, de O Boticário, que se destacou pela aplicação da textura nas embalagens. Outro destaque foi para a fragrância Make B., também de O Boticário, que levou o troféu Prata na c ategoria Embalagem de Perfumes. A Antilhas foi a responsável pela produção dos cartuchos. A Antilhas também foi parceira na premiação, pois foi a responsável pela produção das embalagens oficiais que abrigaram os troféus da ABRE. Foram desenvolvidos cartuchos resistentes em polipropileno, com um layout clean, alinhado ao design do troféu, o logo foi feito com aplicação de hotstamping com micro textura, dando volume, profundidade e perspectiva em 3D.
Diante dos bons resultados, a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) acaba de renovar o acordo de cooperação estratégica com o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) para desenvolvimento de atividades conjuntas. O objetivo é promover um melhor entendimento sobre propriedade intelectual (PI) e sua integração com a execução da política industrial, principalmente por meio de ações de fomento voltadas para as empresas brasileiras. “A inovação torna-se indispensável para o avanço tecnológico, econômico e social. É preciso aculturar nossas associadas para que a área comercial trabalhe em conjunto com o departamento de P&D e utilize estrategicamente a informação tecnológica contida em documentos de patente de forma a atender o mercado”, diz o presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo.
Solvay: 14 inovações em 6000 peças no Solar Impulse 2
O Grupo Solvay, primeiro e principal parceiro do projeto do avião movido a energia solar Solar Impulse, comunica que a segunda versão da aeronave – denominada (Si2) - iniciará a volta ao mundo sem usar combustível fóssil em março de 2015 partindo de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Os plásticos e polímeros ultraleves e ultraresistentes, filmes, fibras, lubrificantes e coatings criados e produzidos pela Solvay ajudarão o Si2 a alcançar novas metas de eficiência energética e na área de ciência dos materiais. A nova versão do Solar Impulse tem 14 produtos da Solvay em um total de 6 mil componentes, que melhoram o desempenho e contribuem para a redução do peso da aeronave. Embora sejam produtos novos, já estão sendo comercializados pela Solvay para inúmeras aplicações industriais, comerciais e em produtos destinados ao consumo. <<< Plástico Sul < 45
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Anunciantes
Agenda São Paulo (SP)
Arburg / Página 21 Brasfixo / Página 41 Braskem / Página 5 Coim / Página 19 Cristal Master / Página 11 Cromocil / Página 43 Digitrol / Página 44 Eletronacional / Página 43 Feiplastic / Página 33 Help Injetoras / Página 37 HT Polímeros / Página 17 Kie / Página 43 Matripeças / Página 27 Mecanofar / Página 31 Multi-União / Página 42 NPE 2015 / Página 39 Previsão / Página 29 Purgex / Página 37 QP / Página 15 R. Pieroni / Página 26 Ravago / Entec / Página 47 Replas / Página 7 Rulli Standard / Página 25 Sepro / Página 48 Shini / Starmach / Páginas 2 e 3 Tec Engineering / Página 43 Teck Tril / Página 23 46 > Plástico Sul >>>
Agende-se para 2014 Brasiltec 2014 Plásticos e Borrachas: Indústria Brasileira e Estratégias de Inovação Tecnológica 24 e 25 de setembro de 2014 Instituto de Macromoléculas Profª Eloisa Mano – Universidade Federal do Rio de Janeiro – IMA - UFRJ www.ima.ufrj.br/extensao Colombiaplast 2014 29 de setembro a 3 de outubro de 2014 Bogotá /Colômbia www.colombiaplast.com 16º Congresso Brasileiro de Embalagem A competitividade na cadeia produtiva de embalagens e bens de consumo 7 e 8 de outubro de 2014 - 8h00 às 18h00 Centro Fecomercio de Eventos - Bela Vista – São Paulo - SP (Brasil) www.abre.org.br/congresso_2014 1º Congresso Brasileiro do Plástico 5 a 7 de novembro de 2014 FIERGS, Porto Alegre – RS (Brasil) www.plastechbrasil.com.br Feiplar Composites & Feipur 2014 Feira e Congressos Internacionais de Composites, PU e Plásticos de Engenharia De 11 a 13 de novembro de 2014 Expo Center Norte – Pavilhão Verde - São Paulo - SP (Brasil) http://www.feiplar.com.br/ Café da Manhã ABRE - 2014 Palestra: A embalagem como promotora de vendas no PDV - Eduardo Bernstein – Diretor de Marketing da JBS Foods / Seara 26/11/2014 - 8h30 – 10h00 - Local: a definir http://www.abre.org.br
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