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Editorial DIVULGAÇÃO
Expediente Ano XV - # 158 - Outubro de 2014
Conceitual - Publicações Segmentadas www.revistaplasticosul.com.br R. Vicente da Fontoura, 2629 - Sala 03 CEP: 90640-003 - Bairro Petrópolis Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3062.7569 plasticosul@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844 Redação: Brigida Sofia Departamento Comercial: Débora Moreira Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777) Capa: divulgação Plástico Sul é uma publicação da editora Conceitual - Publicações Segmentadas, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 8.000 exemplares.
Energia que dá gosto
A
o pensar no tema do editorial desta edição, pensamos em abordar o cenário político que se desenhou nos últimos tempos e as conseqüências geradas ao setor industrial. Mas já estamos exauridos de tanto manifestar todas as obrigações do Governo para com os empresários e mais uma vez esperaremos pela tão sonhada reforma tributária e apoio do Estado aos empreendedores deste país. O Brasil apresentou uma divisão nas urnas, mas será governado para todos. Portanto, continuamos na luta. Desta forma, vamos escrever sobre o assunto principal desta edição da Plástico Sul: a atualização do parque industrial de injenção. Os transformadores brasileiros estão recheados de opções disponíveis no mercado, dos mais variados portes, modelos e objetivos. É preciso, entretanto, avaliar a necessidade de troca de máquina ou de uma completa manutenção. O problema está quando estas manutenções ocorrem constantemente ou quando a produtividade é atingida, comprometendo a competitividade da empresa. Mas há um aspecto fundamental para a avaliação sobre o investimento de uma nova injetora, onde esbarramos na mesma questão de tecnologia de computadores e afins: as inovações são tão constantes que, quando compramos uma máquina nova, em aproximadamente 10 anos ela já é considerada obsoleta, já que as tecnologias avançam rápido demais, beneficiando a produtividade e as novas demandas de mercado. Exemplo claro e principal exigência abordada pelos especialistas consultados na reportagem é a questão energética. A necessidade de baixo consumo de energia e a fabricação de máquinas que atendam esta demanda fazem com que seja obrigatório rever os planos de aquisição de novas injetoras. As máquinas até podem ter ainda uma boa produtividade e baixos índices de refugo, entretanto, se possui um alto consumo de energia, os benefícios são questionados em detrimento de uma nova e definitiva exigência do mercado. Se elas precisam ser trocadas em 10 ou 20 anos, deixemos para os especialistas responderem. Mas que se deve estar atento ao consumo energético, isso é inquestionável. Pense nisso. Boa leitura!
Filiada à
ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas Marca Registrada:
Melina Gonçalves / Editora melina.goncalves@conceitualpress.com.br 6 > Plástico Sul >>> 6 > Plástico Sul >>>
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PlastVipFlávio Barbosa
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Negócio Principal
P
or mais de uma década, a união entre Videolar e Innova esteve por acontecer . As duas empresas se aproximaram, mas não chegavam à concretização do negócio. Em outubro, este processo foi fechado com a aprovação da aquisição da Innova pela Videolar pelo CADE - Conselho Administrativo de Defesa Econômica. As duas empresas atuam no setor petroquímico e produzem, entre outros itens, poliestireno, resina plástica utilizada como insumo para diversas aplicações, como produtos descartáveis, embalagens, linha branca de eletrodomésticos e eletroeletrônicos. O executivo Flávio Barbosa assumiu o cargo de Diretor-Presidente da companhia. A empresa continua se chamando Innova e os planos são de que todos os negócios estirênicos girem sob essa marca. Nesta entrevista, Barbosa avalia o processo que levou ao fechamento da decisão, as mudanças que devem vir para os transformadores e para o mercado com a aquisição – que a própria Innova definiu como tendo feição de privatização - , o futuro do poliestireno – já que entre as razões da aprovação pelo CADE estava a constatação da diminuição do interesse pela resina – e como o perfil de Lirio Parisoto deve influenciar nos negócios.
Revista Plástico Sul - Fale sobre a negociação Videolar-Innova. A ideia tem mais de uma década. Como foi o processo? Flávio Barbosa - Existiam dois fornecedores de poliestireno, dois produtores locais no final dos anos 1990, o que levou à ideia de criar a Innova, porque o mercado brasileiro era bastante deficitário desta resina. Foi quando surgiu o projeto da Innova em 1997. A Videolar, pelo que observamos da sua história, era um dos principais, acho que era o maior, consumidor de poliestireno do Brasil, quando fazia caixas de cartuchos de CDs, DVDs, fitas cassete. A Videolar sendo o maior consumidor, junto com a CCE, e vendo a lacuna - ela dependia de importação achou que era uma boa oportunidade investir em uma planta de poliestireno lá em Manaus. Era essencialmente para o consumo próprio e para o consumo de Manaus. Então na época se transformaram em quatro competidores: a Basf, que comprou o negócio que era da Unigel; a Dow, que já era produtora e resolveu ampliar a fábrica no Guarujá; o projeto da Innova; e a Videolar, que construiu a planta em Manaus. Nesta época, de uma situação de déficit de poliestireno no Brasil passou-se para uma situação de excesso de oferta. Mas aí tudo bem, é questão de competitividade. Eu acredito que em 2004 houve uma aproximação com interesse de juntar as duas companhias (Videolar e Innova). A Dow e a Basf na época já começavam a mostrar sinais de mudança de negócio, que 8 > Plástico Sul >>>
não eram locais, mas mundiais. E aí na época a vimos uma oportunidade de fortalecer, ter um produtor com maior musculatura para essas mudanças. O poliestireno é um mercado muito cíclico e muitas vezes o negócio não é atrativo. Então se você não tem competitividade, não tem musculatura para esses períodos mais difíceis. Na época, se tentou, se conversou, visitamos plantas, chegamos a analisar, mas a coisa não evoluiu. Plástico Sul - E qual foi a mudança que levou à possibilidade de se concretizar agora? Barbosa - A principal mudança que eu vejo é que a Innova até 2011 pertencia à Petrobrás Argentina e neste período teve um projeto de aproveitar o déficit do estireno monômero e fazer um projeto, que temos em carteira, para duplicar essa produção. Pela Argentina não havia possibilidade de fazer esse projeto e a Petrobrás vislumbrou que aqui talvez com um projeto de estireno, o Comperj, com algumas possibilidades, poderia avançar. Então foi feita a aquisição da Innova pela Petrobrás Brasil. Quando veio para o país surgiram aquelas fortes demandas de investimento da Petrobrás. A Petrobrás percebendo a necessidade de investimento em Pré-Sal, de aumentar o parque de refino – já estava importando gasolina e diesel –passou a focar seus investimentos nessas áreas. O que acabou ficando a petroquímica, não a petroquímica em si, mas principalmente a Innova, que récem havia vindo para o Brasil, como uma segunda prioridade. Desta forma surgiu a oportunidade de voltar a carga o interesse da Videolar. Ele se concretizou no momento que a Petrobrás decidiu incluir a Innova em seu programa de desinvestimentos para levantar fundos para seu foco de negócios. Aí fez todo o processo de venda, surgiram vários interessados e, do que conhecemos, a Videolar fez a melhor oferta e fechou essa aquisição. Plástico Sul - O que se pode esperar de alteração em termos de produtos e atendimento aos transformadores? A própria Innova destacou o caráter de privatização do negócio. Barbosa - A Innova fez um investimento desde 2005 em um centro de tecnologia. Na realidade, é o mais importante centro de tecnologia na área de estirênicos – que envolve estireno e poliestireno – da América Latina. Este centro de tecnologia fica à disposição também para os produtos fabricados em Manaus. Eu acredito que realmente o mercado como um todo vai ter um salto em possibilidades de assistência técnica, de análise e de investigação de produto, em tudo que for feito tanto em Triunfo quanto em Manaus.
Plástico Sul - Falando na localização, a Videolar em Manaus, é uma região bem distante do Sul. O que deve mudar nos processos? Barbosa - Na realidade, Innova e Videolar estão nos dois extremos do país. Então, certamente a Região Sul faz mais sentido que a Innova venha a atender. A Região Norte e Nordeste deve – tudo isso ainda sujeito à uma avaliação – ser mais foco do atendimento da Videolar, para ser mais rápido e de menor custo. E para a região central do país, Sudeste, Centro-Oeste, a parte sul do Nordeste fica meio indiferente. Vai depender do tipo de produto para fins de atendimento. Tem boas e grandes vantagens para o mercado neste ponto, em termos de rapidez e confiabilidade de fornecimento. Plástico Sul - Não pode acontecer ao contrário em função desta distância? Barbosa - A distância já existe. Para se ter uma ideia a Videolar fornecia produto aqui para Criciúma. Certamente, isso vai levar 20 a 30 dias para chegar. A Innova pode entregar produto em Criciúma de um dia para o outro. Então, certamente em tempos de entrega, agilidade, e confiabilidade nesta entrega têm ganhos bem importante para o mercado. Plástico Sul - O sr. falou que a ampliação da Innova anunciada em 2013 está mantida, mas com alterações. Que alterações são essas? O que existe definido hoje? Barbosa - Esse é um projeto que está muito quente na carteira. Mas precisa de uma coisa absolutamente básica que é garantia de preço e fornecimento em quantidade de matéria-prima, eteno e benzeno, que são fornecidos pela Braskem aqui no Sul. E a Braskem, é público, está em um processo de negociação na Nafta com a Petrobrás. Então a Braskem está muito interessada nesse projeto , assim como em um projeto aqui no Sul para borracha e um projeto de ABS na Bahia. Nestes projetos, a Braskem diz ‘não consigo avançar em nada se eu não tiver certeza da matéria-prima’, que começa pela nafta. Então, este nosso projeto hoje está forte, está quente, e só depende de uma negociação da matéria-prima. Isso resolvido, nós imediatamente vamos iniciar toda a implantação. Plástico Sul - Mas tem previsão? Na época do anúncio, foram feitas algumas estimativas. O que tem hoje? Barbosa - Com a definição da Braskem, assinado um contrato, é um projeto para em 24 meses ser concluído. Não posso dar uma data, mas um prazo a partir da definição da matéria-prima.
conta a decadência da demanda por poliestireno em razão do ciclo de vida da resina e do uso cada vez maior do PP e do ABS em alguns produtos. O que acha desta avaliação? O mercado de PS passa por uma baixa? Barbosa - O mercado como um todo é cíclico em resinas. No caso do poliestrireno, costuma-se dizer que é a resina mais antiga. É o polímero mais antigo que se conhecia na natureza. Então, também por ser mais antigo desenvolveu mais cedo suas aplicações e com o tempo se tornou maduro e sujeito à competição de resinas mais novas. Entre as mais novas, fortes investimentos foram feitos em em P&D no Polipropileno. O PP se mostrou uma resina extremamete flexível em termos de aplicações, o que faz com que eles consigam competir com qualquer outro tipo de resina, inclusive o poliestireno. Em nível mundial, mas aqui também, várias coisas foram substituídas. Hoje cerca de 30% dos descartáveis são de PP. Quando dez anos atrás era só poliestireno. Em descartáveis houve uma forte tendência de divisão entre PS e PP. O ABS, que é mais nobre, ficou bastante competitivo em preço com qualidades superiores. Inclusive compete com PP. Na medida que consegue baratear o ABS ele consegue entrar em aplicações de PS e PP. As geladeiras em alguns lugares, como a China por exemplo, são totalmente em ABS por dentro, não são PS. Quanto à avaliação do CADE, o ponto que defendíamos é que o mercado do PS não é só PS. Compete forte com PP e ABS. A avaliação do CADE está corretíssima. Plástico Sul - Fale sobre o perfil do sr. Lirio Parisotto e como isso deve refletir nos negócios. Barbosa - Tenho dito internamente e para o mercado também que hoje o PS é o principal negócio da Videolar e do Lírio Parisoto. A visão dele de se reinventar é fantástica. Ele cresceu, ficou muito grande como empresário em um negócio de mídia que claramente está morrendo. Ele entrou em um negócio que fabricava e vendia fitas cassete, fitas de vídeo cassete, foi mudando para CDs, DVDs, Pen drives. Então ele foi se reinventando. No negócio de poliestireno ele viu uma possibilidade de reinventar seus negócios e eu acho isso para a Innova excelente, para o mercado excelente. Temos certeza que podemos transformar isso em um negócio ainda melhor para os acionistas. Essa é nossa expectativa. E é bom ter naquele que te cobra no dia a dia uma pessoa que tenha o seu produto como negócio principal. A Innova nasceu e até essa venda pertencia a grupos maiores e voltados à indústria de energia, de petróleo, de refino.
Plástico Sul - Em sua aprovação à operação, o CADE informou que existirá duopólio com a Unigel. Mas além da capacidade desta de rivalizar, levou em <<< Plástico Sul < 9
EspecialInjetoras Pensar sobre a manutenção ou substituição de máquinas não é uma questão agradável, porém necessária. Como qualquer equipamento, as injetoras sinalizam quando um desses procedimentos deverá ser feito em breve e ignorar esses sinais deve sair mais caro. Confira dicas de importantes fornecedores para ampliar a vida útil das injetoras, mas também identificar e não deixar passar o tempo certo para renovar.
Quando renovar é preciso 10 > Plástico Sul >>>
Por Brigida Sofia
A
atual indústria brasileira dispõe de praticamente todos os modelos existentes no mercado mundial de injetoras, analisa o consultor da Câmara Setorial de Máquinas e Acessórios para a Indústria do Plástico (CSMAIP), da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq), Antonio de Pádua Dottori. “Claro, sempre enfatizando que tudo depende da demanda de mercado, razão pela qual alguns modelos são mais solicitados que outros”, pontua. A CSMAIP aponta quase 32 mil injetoras instaladas no Brasil. Existem no parque industrial brasileiro máquinas com bomba fixa, mais antigas ou para aplicações mais específicas, máquinas com bomba variável, inversor de frequência em máquinas com bomba fixa e variável, servo motor somente, máquinas híbridas, com plastificação elétrica e máquinas totalmente elétricas. “Por uma questão de história de mercado, as máquinas hidráulicas têm manutenção mais simples e tem mais especialistas que conhecem o produto, além de mais conhecidas pelos usuários; já quando o assunto é servo motor, a manutenção nos dias de hoje é mais cara em função do reduzido número de pessoas que atendem tecnicamente estas necessidades”, comenta. Segundo Dottori, os fabricantes brasileiros oferecem modelos adequados a cada necessidade: máquinas com bomba fixa, bomba variável, servo motor, máquinas com plastificação elétrica (híbrida), máquinas totalmente elétricas, máquinas de duas placas, máquinas de grande porte, de 60 a 3.000 t de fechamento, máquinas para injeções específicas (PET, PVC) que atendem totalmente as necessidades do mercado de injeção. Quanto à participação no parque industrial, existe, segundo o consultor, uma tendência para máquinas de menor consumo energético, com uma migração de volumes vendidos da bomba fixa para servo motor. “Isso se deve também a uma redução de custos do servo, além de que pode ser colocado inversor de frequência na máquina, uma solução de baixo custo que aproxima o consumo de uma máquina de bomba fixa ou variável a uma máquina com servo motor”. Ele compara a vida útil de uma injetora a de um veículo: tudo depende de como ela é cuidada e de como é feita a manutenção preventiva. Desta forma, máquinas com 10 anos de uso estão imprestáveis e máquinas com 20 anos de uso em perfeitas condições. “O parque fabril brasileiro tem hoje, pelo menos 60% das máquinas desatualizadas, com mais de 15 anos de vida, o que as tornam ultrapassadas”. Dottori comenta que, assim como qualquer máquina, a injetora avisa com “sinais vitais seu cansaço, sua incapacidade". São eles: paradas constantes para manutenção, alto consumo energético, falta de segurança, baixa produtividade, altos índices de refugo e desgaste generalizado. Kai Wender, diretor da Arburg Brasil,
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diz que em relação ao tempo de vida útil das injetoras existem duas visões no mercado: a primeira refere-se as empresas que buscam excelência na produção e se preocupam com o desempenho das máquinas, tecnologia, consumo de energia, etc, trocando o equipamento em 12 ou 15 anos. A segunda visão de mercado trata das empresas que compram esse mesmo equipamento depois deste tempo de uso e que normalmente não está no final de sua vida, e que será usada para aplicações de menor exigência e muitas vezes funcionam mais 20 ou 30 anos. Wender salienta que existem cálculos que incluem custos de manutenção, valor de revenda, perda de produtividade, disponibilidade da máquina, gap de tecnologia, consumo de energia entre outros fatores que levam à conclusão se o investimento em um equipamento novo é justificável ou não. Gilmar Pavan, diretor da Pavan Zanetti, afirma que o que mais pesa para a decisão de retrofitar um equipamento é a adequação à norma NR-12. “Máquinas com mais de cinco anos de vida enfrentam este problema. Este fator é o divisor de águas para ter uma máquina como nova ou velha. Seja uma injetora, sopradora ou extrusora, as máquinas normalmente ‘avisam’ que devem ser substituídas com sinais de ‘cansaço’ e de incapacidade”, complementa. Já para Reinaldo Carmo Milito, diretor Geral da Wittmann Battenfeld do Brasil, tudo depende mesmo da utilização, dos cuidados e da manutenção. “Temos exemplares no Brasil que funcionam há décadas. Por outro lado, as novas máquinas chegam ao mercado com mais tecnologia agregada, aumentando a produtividade do transformador. Muitas empresas substituem gradativamente seu parque de máquinas em função dos ganhos que as novas gerações de injetoras proporcionam”. Ele afirma que cada caso deve ser avaliado, mas quando os custos de manutenção anual comprometerem os rendimentos e a quando a redução de ciclo, devido ao desgaste, comprometer a margem de ganho é sinal de que a substituição deve ser em breve. O tempo de vida útil de uma injetora depende muito da qualidade construtiva da máquina e de seus componentes, além da manutenção preventiva e regime de trabalho aplicado, diz William dos Reis, diretor da Unidade de Negócios de Máquinas para Plásticos da Romi. “Já encontramos máquinas
Romi com mais de 20 anos em bom estado e funcionando corretamente”. Ele afirma que os sinais de que uma injetora precisa ser substituída são custos de manutenção crescente, baixa disponibilidade do equipamento devido a paradas mais frequentes para manutenção corretiva e a redução da eficiência produtiva. “Portanto, o empresário deve considerar questões de competitividade na decisão de renovar seu parque de máquinas, reduzindo custos de manutenção, custos com energia elétrica e aumentando a eficiência e a produtividade no processo de injeção”. Roberto Melo, da gerência da Haitian, diz que os sinais mais claros para a substituição breve são a não adequação a novos tipos de matéria prima e, consequentemente, improdutividade. “Temos máquinas no Brasil há quase 20 anos trabalhando, sendo que cremos que essa média será maior devido à fabricação de máquinas específicas para cada segmento”. Luiz Roberto Lopes e Ronaldo Tomé, técnico e coordenador de marketing da DEB’MAQ, calculam que o tempo de vida útil das injetoras seja em média mesmo de 20 anos. Eles afirmam que quando o mercado apresenta uma nova tecnologia ou solução para a minimização de custos em consumo de energia elétrica e de mão de obra é sinal que a atualização do maquinário está próxima. A vida útil das máquinas Engel é acima de 20 anos. Udo Löhken, diretor da Engel Brasil, diz que isso não é diferente do que era no passado. “A diferença principal é que a preocupação com a sustentabilidade é bem maior, as máquinas atuais tem um consumo de energia e de lubrificantes bem menor, o que muitas vezes justifica a substituição”. Ele afirma que os sinais mais evidentes para a troca são custos de manutenção muito elevado em relação ao valor da máquina, baixa produtividade por paradas não programadas e o alto consumo energético. Já Gustavo Muller, gerente comercial
Pavan Zanetti: o que mais pesa para a decisão de retrofitar um equipamento é a adequação à NR-12
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EspecialInjetoras
Wittmann Battenfeld: manutenção preventiva evita desembolsos sem programação, o que eleva custos
da Immac, indica como10 anos a vida útil de uma injetora. “Claro que tudo vai depender das preventivas, se foram feitas e se foram feitas corretamente. A verdade é que muitas empresas têm trocado as máquinas mais cedo que isso, pois a tecnologia de performance e menor consumo de energia vem facilitando essa troca, pois produz mais e com mais precisão”. As empresas que vendem injetoras têm ajudado seus clientes a analisarem quando é necessário uma substituição, ele afirma. “Mas os transformadores notam perda de rendimento, desgaste no fechamento e porque não afirmar que a NR12 seja um sinal também. Máquinas com mais de 3 a 4 anos, além de estarem muitas vezes com uma tecnologia ultrapassada, com certeza, estão sem a norma”.
Maior vida útil
Para que o equipamento funcione perfeitamente, a Romi aponta estes procedimentos: a máquina deve ser energizada com cabos elétricos devidamente dimensionados, com aterramento adequado e tensão entre fases balanceadas; garantir o correto nivelamento da máquina; analisar periodicamente a qualidade físico-química do óleo hidráulico para garantir a ausência de contaminantes, principalmente partículas sólidas que agridem os componentes hidráulicos; manter a temperatura do óleo dentro da faixa de trabalho recomendada, com a vazão adequada de água industrial no trocador de calor; usar somente lubrificantes especificados e programar corretamente a frequência da lubrificação de acordo com a severidade de uso; evitar acúmulo de poeiras e partículas sólidas sobre partes deslizantes e rotativas; verificar o paralelismo das placas do fechamento e a equalização dos tirantes anualmente; checar periodicamente o funcionamento dos sistemas de segurança; monitorar e substituir filtros de óleo hidráulico; limpar o trocador de calor e 12 > Plástico Sul >>>
filtros de ventilação dos painéis elétricos. “Para aumentar o tempo de vida útil da injetora, no aspecto do processo, deve-se buscar uma programação que visa ciclos rápidos, porém suaves e sem movimentos bruscos, ajustando corretamente os perfis de velocidades, sem que isso aumente o tempo de ciclo. O ajuste correto da força de fechamento também colabora para reduzir o desgaste da máquina e do molde, além de colaborar para a redução no consumo de energia”, afirma William dos Reis. Kai Wender, da Arburg Brasil, diz que o principal fator a influir na vida útil do equipamento é a manutenção correta, limpeza e treinamento da equipe que trabalha com ele e faz essa manutenção. Por exemplo, na Arburg existe um programa de "oil-management" que é um modelo de manutenção que reduz esses procedimentos na máquina hidráulica aumentando sua vida útil. “Hoje vemos ainda muitos clientes que não fazem a manutenção correta, isto resulta diretamente em problemas, custo ou indisponibilidade de máquina”, comenta. Muitas vezes um pequeno investimento antecipado evita um custo alto inesperado e parada do equipamento não planejada. “A Arburg implementou um programa de manutenção no comando da máquina. Ele alerta automaticamente a necessidade de uma manutenção mesmo quando não foi confirmada. Estes softwares podem ajudar, mas o ponto importante é que o cliente instale e mantenha uma cultura de manter o equipamento em bom estado e investir em prevenção”. Reinaldo Carmo Milito, da Wittmann Battenfeld do Brasil, indica a adoção de um programa de manutenção preventiva eficaz, pois ele aumenta a disponibilidade das máquinas, previne panes que necessitam de manutenção corretiva imediata, contornando o problema e evitando desembolsos sem programação, o que eleva custos. Resumidamente a manutenção preventiva ajuda a: aumentar a vida útil da injetora; minimizar os desgastes; reduzir o tempo de parada da máquina; reduzir os custos da manutenção corretiva; e assegurar confiabilidade do equipamento. Os principais itens a ser verificados na manutenção preventiva são rosca, a integridade da rosca é fundamental para um bom processamento;
nivelamento, evita o desgaste prematuro da injetora; óleo hidráulico, 80% dos problemas hidráulicos são causados por contaminação do óleo hidráulico; lubrificação, aumenta a vida útil dos componentes de desgaste; e painel elétrico - quando revisado, evita paradas de máquinas por mau contato. As principais dicas da Engel Brasil são: respeito às recomendações dos manuais do fabricante da máquina, tanto em relação às instalações como em relação aos intervalos de manutenção. “Para máquinas hidráulicas a utilização de óleo hidráulico dentro da especificação aumenta em muito a vida útil da máquina, como em máquinas elétricas a utilização correta dos lubrificantes”, diz Udo Löhken. Gilson Pavan, da Pavan Zanetti, diz que em primeiro lugar é importante o conhecimento do equipamento. “Isso se resolve com treinamento dado ao operador e ao profissional que faz a manutenção da máquina. Depois, vem a adequação da máquina ao produto. Trabalhar dentro dos limites do equipamento, em condições normais de operação, com todos os suprimentos dentro das especificações é muito importante”. Também é necessário seguir rigorosamente as instruções do fabricante quanto à manutenção preventiva, usando peças originais e mantendo os cuidados com o óleo hidráulico. Outro foco de atenção são os vazamentos de óleo e do sistema de lubricação do fechamento. É preciso resolver o problema assim que ele começa, não deixando o vazamento aumentar. Ainda merece cuidados a corrente elétrica da fábrica. “Hoje, existem equipamentos que corrigem as fases, dando melhor homogeneidade de corrente elétrica e aumentando a vida útil dos componentes elétricos”. Observando-se todos estes aspectos, afirma Pavan, uma injetora chega aos 15 ou 20 anos produzindo bem. Porém, depois de certa idade, mesmo que o equipamento esteja em bom estado, fica tecnicamente ultrapassado, gasta muita energia e deixa de contemplar as normas vigentes. Roberto Melo, da Haitian, reafirma a necessidade de cada máquina ser usada para seu segmento, contando com todas as características necessárias. “No Brasil, é normal a injeção de vários materiais de formulações diferentes em uma mesma fábrica. Nesse caso, o melhor é direcionar uma família de material para cada máquina e realizar sempre a manutenção preventiva e participar dos treinamentos”. Gustavo Muller, gerente comercial da Immac, indica tomar ações que considera simples, como manter o paralelismo do fechamento, reaperto periódico do armário elétrico, verificar o estado do óleo hidráulico, medidas que podem evitar prejuízos com assistência e troca de peças e claro de perda de produção por máquina parada.
Antonio Dottori, consultor da Abimaq, lembra que os fabricantes nacionais desenvolvem cursos diante de cada necessidade dos clientes para suprir esta lacuna. “Treine e recicle sempre seu pessoal. Depois, a adequação da máquina ao produto que vai fazer, por exemplo, se tens um caminhão para 10 toneladas e põe 15, com certeza diminui a vida útil dele, com máquina é a mesma coisa. Ainda este mesmo veículo, se trafegar com velocidades muito altas em estrada problemáticas, diminui muito mais a vida útil, então transferindo estes conceitos para máquinas, trabalhar dentro dos limites do equipamento, em condições normais de operação, com todos os suprimentos dentro do especificado”. Outra opção em benefício da maior vida útil da injetora é a automação. “A automação reduz sim as atuações em manutenção corretiva, lembrando que não devemos esquecer a preventiva”, diz Dottori. “O que acontece? Se tens um ciclo operando em semi automático, 30 segundos, com interferência do operador, este ciclo vai variar de 28 a 32 segundos, é um ser humano e sensível a desgaste, cansado, etc. Então temos aí um ciclo médio, variações ocorrem, mesmo que mínimas em temperaturas, etc. Já com automação, o ciclo é mais constante, a máquina trabalha mais ‘redonda’, sem paradas de banheiro, sem paradas de troca de turno, etc”, explica. Isso faz, além de uma melhor homogenidade nas peças produzidas, uma menor interferência em manutenção corretiva, sempre lembrando que se mantidos todos os outros fatores constantes.
Planejamento
É sabido que a imensa maioria das empresas do setor é de micro e pequeno porte.
Distribuição de máquinas injetoras no parque industrial brasileiro. Região Centro Oeste: 322 Região Nordeste: 2.034 Região Norte: 1.340 Região Sudeste: 18.400 Região Sul: 9.900 Total: 31.996 Fonte: ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) e CSMAIP (Câmara Setorial de Máquinas e Equipamentos para a Indústria de Plásticos) <<< Plástico Sul < 13
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Haitian reafirma a necessidade de cada máquina ser usada para seu segmento
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Assim, a preparação para a troca de maquinário pode exigir muito dos transformadores, que também lidam com outros fatores, como preços das resinas e mão de obra desqualificada. William dos Reis, da Romi, diz que é importante avaliar o crescimento da curva do custo de manutenção do equipamento atual, a queda no índice de eficiência e de disponibilidade do equipamento para verificar a necessidade de renovação das máquinas para reduzir custos e melhorar a produtividade. A Romi possui uma equipe de engenharia de vendas qualificada para dar apoio aos nossos clientes nestes estudos de aplicação”. Reinaldo Carmo Milito, da Wittmann Battenfeld do Brasil, ressalva que depende da situação de cada empresa, no entanto, sempre é preciso avaliar as condições de mercado presente e futuras, para que a indústria esteja preparada para demandas com potencial de crescimento. “O processo de substituição, porém, deve ser planejado de forma a não prejudicar a produção”, ressalva. Para Luiz Roberto Lopes e Ronaldo Tomé, da DEB’MAQ, para iniciar a preparação de troca de maquinário é necessário haver aumento de produção, se fazendo a necessidade de aquisição de novos equipamentos que atendam tanto em velocidade como economia. Para Antonio Dottori, consultor da Abimaq, o bom momento é agora. “Se temos um mercado que ‘não esta a todo vapor’, agora é o momento de nos prepararmos, as máquinas estão com melhores prazos de entrega, os preços são mais negociáveis, é possível um tempo maior de adequação das máquinas à fábrica e vice versa. É possível também dedicar mais tempo ao treinamento de pessoal”.
Escolha e pagamento
Kai Wender, da Arburg, recomenda uma análise da produção, produtos, exigências e objetivos para poder recomendar a melhor tecnologia custo/ beneficio. “Para o cliente hoje é muito mais difícil definir a melhor tecnologia para si em comparação há dez anos. Se precisa hoje de uma orientação técnica. Claro em grandes clientes com boa estrutura é diferente, tem engenheiros que se dedicam à definição da tecnologia avaliando o beneficio em cada detalhe. Mas para os demais precisa-se de uma boa estrutura e pessoas com bom conhecimento”. A Pavan Zanetti lembra que hoje é muito importante se preocupar com o descarte das máquinas antigas, uma tarefa que, dependendo da situação, poderá custar algo também. “Há pouco tempo, durante uma negociação para a venda de novas injetoras, a Pavan Zanetti adquiriu do cliente seis máquinas NFN, fabricadas há 30 anos, e cuidou para que as mesmas fossem descartadas da maneira adequada. A operação durou um mês e custou R$ 30 mil incluindo transporte, desmontagem, separação e destinação dos resíduos às recicladoras autorizadas”, diz Gilson Pavan. Os transformadores no Brasil ainda demandam mais máquinas hidráulicas do que elétricas, porém o investimento em máquinas elétricas tem crescido a cada ano, avalia William dos Reis, da Romi.
Tecnologia
Renovar, inovar e atualizar são palavras de ordem nas empresas. Em relação a maquinário, no entanto, nem tudo é vantagem. Se por um lado as novidades melhoram produção e produtos, por outro exigem investimentos em menor espaço de tempo e podem trazer complicações de manutenção. Kai Wender, da Arburg, diz que a aplicação da alta tecnologia na máquina tem um potencial de reduzir a vida total útil de um equipamento a partir do momento que um componente quebrado pode fazer o reparo inviável. “Neste sentido uma máquina hidráulica pode ter uma vida útil total maior que uma elétrica. Em contrapartida, a qualidade e a tecnologia de produzir máquinas e os componentes melhoraram nos últimos anos resultando em menos manutenção e maior vida útil”, pondera. Antonio Dottori, da CSMAIP/ABIMAQ comenta que o fator a tecnologia, como nos computadores, torna o equipamento mais obsoleto mais rápido, “desta forma necessitando de substituição mais rápida”. Já William dos Reis, da Romi, destaca o ponto positivo: tecnologias mais novas tendem a prolongar o tempo de vida útil das injetoras devido à otimização do esforço mecânico e hidráulico aplicado durante o processo de injeção.
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“Por exemplo, nas injetoras com servo-bombas, cujo sistema hidráulico é acionado somente quando há a necessidade de movimentos e proporcionalmente à sua demanda, ao contrário de sistemas com bombas fixas e de vazão variável que funcionam constantemente mesmo com a máquina em fase de resfriamento. Outros elementos como guias lineares, fusos de esfera e buchas autolubrificantes reduzem drasticamente o atrito e o desgaste mecânico das partes móveis aumentando consideravelmente o tempo de vida útil do equipamento”.
Energia
O grande desafio aos fabricantes é produzir máquinas cada vez mais econômicas na operação, principalmente um menor consumo energético. A Wittmann Battenfeld destaca a injetora EcoPower 300, caracterizada, especialmente, pelo reduzido consumo de energia elétrica, o que a torna mais econômica. Dotada do sistema KERS, que recupera energia durante o processo, na fase de redução da velocidade para a proteção do molde, o equipamento possui força de fechamento de 300 toneladas e combina eficiência e precisão. Os ganhos energéticos podem ser observados, também, na elevada dinâmica e precisão de posicionamento da unidade de fechamento. Totalmente elétrica, conta com acionamento direto, sem correias, possibilita um conjunto compacto, limpo e de alta eficiência. Seu sistema de grades permite fácil acesso para colocação do molde e o sistema de fixação do cilindro de injeção possui um sistema de encaixe que facilita a limpeza e a manutenção da rosca. Os servomotores possuem sistema de refrigeração a ar como padrão e, como opcional, refrigeração à água ou um circuito de arrefecimento fechado. Kai Wender comenta que o mercado está mesmo hoje muito sensível ao consumo de energia. “A Arburg desenvolve sistemas para reduzir o consumo de energia já há muitos anos. Uma máquina que tem um consumo reduzido ganha o símbolo "e²". O desenvolvimento hoje está muito focado na redução do consumo das máquinas, no final é importante verificar a eficiência produtiva, onde o simples consumo ( kW/hra.) é só um dos fatores. Importante é ter um equipamento eficiente e econômico junto. A Arburg tem toda estrutura para orientar os nossos clientes”. Gilson Pavan, da Pavan Zanetti, diz que a empresa está cada vez mais empenhada em oferecer o que há de melhor em máquinas seguras, econômicas e rápidas. “Isso é possível não só com o desenvolvimento de novas tecnologias
nas máquinas, mas também com o desenvolvimento de novas tecnologias em geral, já que uma solução desenvolvida para um motor a explosão, por exemplo, pode ser aplicada em uma injetora”. Também dispõe de uma linha de palestras sobre economia de energia. “Temos dados reais de redução de consumo. Hoje, uma máquina injetora, já bem desenvolvida, consome até 70% menos energia se comparada a uma máquina mais ultrapassada para a realização de um mesmo trabalho”. A Romi possui linhas de máquinas injetoras com tecnologias que geram o menor consumo de energia elétrica. A linha de injetoras EN possui o aprimorado sistema “Stop and Go” que pode gerar até 60% de economia de energia comparado ao sistema de bombas de vazão variável e até 85% de economia se comparado a tecnologias mais antigas. “Além da economia de energia, este sistema oferece mais precisão, velocidades e torques no processo de injeção, com baixo desvio padrão do peso das peças injetadas permitindo uma economia de até 2,5% de matéria-prima com redução do peso do produto injetado”, diz William dos Reis. Ele afirma que as injetoras elétricas da linha EL, acionadas por servo-motores, apresentam um desempenho energético superior a todas as demais tecnologias, com superioridade também na precisão e velocidades dos movimentos, gerando ciclos mais rápidos e com baixo custo de produção. “A Romi investe continuamente em pesquisa e desenvolvimento para oferecer ao mercados máquinas com a melhor eficiência energética e maior competitividade produtiva”. A Engel fornece máquinas com sistemas
Engel: baixa produtividade por paradas não programadas e alto consumo energético são sinais para a troca breve
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EspecialInjetoras hidráulicos servo-acionados da mais avançada tecnologia e em máquinas elétricas utiliza componentes que garantem a maior eficiência energética. Além das próprias máquinas, a ENGEL oferece sistemas de gerenciamento de todo parque fabril, que elimina as pontas de consumo energético de toda produção, sistema chamado de “ecobalance”. Para esta demanda, a DEB’MAQ possui a linha SE (Série Ecológica), máquina que apresenta economia de energia considerável em várias de suas operações.
NR-12
Tema polêmico no setor, a NR-12 pode ser positiva à renovação graças a suas exigências. Gilmar Pavan, da Pavan Zanetti, diz que a NR 12 veio para ficar e está aí transformando a mentalidade dos usuários. “Hoje, se o transformador cotar a adequação de uma máquina para esta conformidade, notará que o melhor seria uma substituição completa ao invés de ‘dar um jeito’”. Já Reinaldo Carmo Milito, da Wittmann Battenfeld do Brasil, pensa que o que de fato impulsiona a compra de equipamentos e renovação do parque fabril é a demanda, mas a NR-12 impulsiona. “Se houver um cenário propício para o crescimento, as indústrias investem em máquinas. A busca por novas tecnologias, mais produtivas e econômicas, leva à renovação do parque fabril. Por outro lado, imposições legais, como a NR-12, são um incentivo para a melhoria das plantas e muitos transformadores já estão fazendo a atualização de seus equipamentos para atender às exigências”. Kai Wender, da Arburg, diz que existem casos isolados com máquinas acima de vinte anos ou mais em que não é mais viável de adequar ela a norma NR12. “Em geral não vejo um
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número muito significativo das máquinas sendo trocado só por causa da NR 12 no mercado”. Roberto Melo,da Haitian, diz sobre a NR-12 que a adequação “fica às vezes inviável e impulsiona as vendas, mesmo por que além de estar com um equipamento adequado a Haitian fornece a garantia por 2 anos”. Para William dos Reis, da Romi, muitos transformadores estão optando por renovar o parque de máquinas, pois além da necessidade da adequação da NR12 terão mais vantagem com a economia de energia e aumento da produtividade que as máquinas mais modernas proporcionam. Udo Löhken, da Engel Brasil, diz que a maioria dos transformadores não tem recursos para renovar o parque fabril motivada pela adequação das máquinas a NR 12 e prefere adequar as máquinas em uso. Sobre o tema, Luiz Roberto Lopes e Ronaldo Tomé, da DEB’MAQ, dizem que os transformadores ainda estão aguardando a liminar da Justiça pra que apenas as máquinas novas atendam a esses requisitos. Adequar a NR-12 às vezes é melhor, acredita Gustavo Muller, da Immac, pois há modelos de máquinas que possuem a mesma condição técnica de uma máquina nova. Antonio Dottori, da CSMAIP/Abimaq diz que não se pode esquecer que ao se vender uma máquina injetora usada (ou sopradora, extrusora), ela deve estar dentro da NR 12, ou totalmente descaracterizada como injetora (ou máquina).
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Energia
Por Antonio Dottori*
Energia: uma questão de sobrevivência para não entrar em estado de choque
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s fatores de competitividade no mundo atual estão cada vez maiores. Novos desafios são cada dia mais solicitados aos industriais, à sociedade, à vida em geral. As palavras produtividade, eficiência e sinônimos estão “em foco” nas mesas dos dirigentes das empresas. Custos cada vez menores são impostos aos produtos comercializados e o mercado aberto nos faz viver uma situação de conflito entre a necessidade de se produzir mais, melhor, com criatividade, e gastar menos em tudo incluindo mão de obra, matéria prima, máquinas e energia. Não diferente, na indústria de transformação de termoplásticos por injeção, sopro e outros processos como extrusão, níveis bastante elevados de competitividade estão nascendo a cada dia, sendo que qualquer deslize ou perda poderá ser a diferença entre a empresa continuar ou não no mercado. Os valores são commodities, como por exemplo, máquinas e matérias primas. Desta forma a diferença está em pequenos itens não muito observados pelo transformador, como a energia elétrica. Quanto às máquinas, barreiras foram vencidas nos passado, como por exemplo, qualidade de plastificação, velocidade de ciclo, repetitividade e estabilidade no processo, diminuição de set up. Nos dias de hoje o grande desafio aos fabricantes é o de produzir máquinas cada vez mais econômicas em nível de operação, principalmente com um menor consumo energético. As máquinas modernas estão cada vez mais econômicas, transformar mais plástico com menos energia é a regra, desta forma a adequação da máquina ao processo se faz fundamental a um custo menor da peça produzida mantendo-se os padrões de qualidade.
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A realidade nos impõe mudanças de conceitos, assim como saímos de carburador e chegamos à injeção eletrônica, do fogão a gás para o microoondas e finalmente do análogo para o digital, as máquinas vem evoluindo no sentido de terem movimentos mais rápidos, precisos, além de um forte apelo ecológico. Uma mudança conceitual é a redução parcial ou quase total dos acionadores hidráulicos por elétricos, possível nos dias de hoje com a redução de custo dos servo motores e uso de controles eletrônicos melhores. Desta forma, temos como produzir máquinas híbridas, movimentos hidráulicos e movimentos elétricos, ou ainda quase que totalmente movimentos elétricos. Somente redução do consumo? Não, outros benefícios: • Qualidade das peças injetadas, merca dos mais exigentes; • Redução dos custos fixos de produção; • Questão ambiental; • Sobreposição de movimentos da máquina; • Sobreposição de movimentos, ciclos mais curtos; • Aumento das velocidades da máquina; • Sem vazamento de óleo; • Ambiente livre de contaminantes; • Redução do calor gerado ao ambiente; • Menor quantidade de água no resfriamento; • Redução no valor do óleo; • Redução do nível de ruído; • Melhoria da qualidade de vida de quem trabalha na máquina; • Processo mais limpo.
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Mas se temos tantos benefícios assim, qual a “mágica”? Só vantagens? E as desvantagens? Como toda novidade, custo maior sempre foi uma barreira, porém o aumento de escala na produção dos insumos reduziu este fator. Temos valores muito próximos, questões de dificuldade de manutenção, dificuldade de peças de reposição e alguns mitos como menor vida útil, dificuldade de operação, necessidade do aumento do nível técnico dos operadores. Pense que, quando saíram os primeiros carros com injeção eletrônica, os pontos de assistência técnica estavam limitados a algumas oficinas em grandes centros. Hoje já é diferente. Para os carros híbridos, lançamentos recentes de mercado no Brasil, idem, mas o tempo passa e os usuários se adaptam, associado a uma melhor qualidade de insumos, o que torna a assistência técnica cada vez mais preventiva e preditiva. Resumindo: Caminhos de mudanças conceituais como da “mula manca” para a máquina hidráulica, máquina com plastificação por “pistão” para a rosca, comandos análogos para digitais, extração de peças manuais para manipuladores e atuadores hidráulicos passarão a ser elétricos. É uma questão de tempo.
*Antonio Dottori, Especialista em injeção de termoplásticos, atua na área fazem 40 anos, ex Técnico de Processos na ARNO SA, ex Professor Centro Nacional de Tecnologia Mario Amato, ex Gerente Técnico em Indústrias ROMI S A, Conselheiro da ABPol eleito, Vice Presidente CSMAIP, ABIMAQ, São Paulo, Câmara Setorial da Indústria de Máquinas para Plásticos, atualmente Engenharia de Aplicação Pavan Zanetti Industria Metalúrgica Ltda. em Americana SP, fabricante de sopradoras e comercialização de injetoras, injection blow, sopro PET. Dois trabalhos expostos no Congresso Brasileiro de Polímeros, Palestras diversas sobre máquinas injetoras, Green Belt Lean Six Sigma Projects, estágios e trabalhos em vários países da América Latina (Argentina, Chile, Venezuela), USA, Alemanha, Portugal, França, Itália.
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Inovação
Setor plástico é receptivo à nanotecnologia Todo mundo já ouviu falar em nanotecnologia, expressão que remete a pesquisas em escala muito pequena e que prometem revolucionar a economia e mesmo a vida. Muito ainda está por vir, é verdade, mas a nanotecnologia já está presente em vários produtos usados regularmente, inclusive do setor plástico. São aplicações em embalagens e automóveis, por exemplo, que melhoram a qualidade dos produtos e o dia a dia de seus usuários. Ao mesmo tempo, existe desconfiança e quem estuda a área confirma que há perigos desconhecidos. 20 > Plástico Sul >>>
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credita-se que em função da pesquisas na área, no Brasil e no mundo, a nanotecnologia trará mudanças nos diversos setores da economia. Muitos destes estudos já estão ao alcance do público em aplicações; eles trouxeram e trarão mudanças nas mais diferentes áreas como a eletrônica, energia, médica, sistemas de informação, etc. Palova Balzer, da Unisociesc -Sociedade Educacional de Santa Catarina, explica que muitos autores definem a nanotecnologia como a ciência que estuda os átomos e moléculas com o intuito de produzir materiais modificados na escala nano (1x10-9 m). “É um conjunto de técnicas com aplicações diversas e com potencial de criar novas tecnologias e, por que não, novas indústrias. Com isso, esta tecnologia poderá trazer em um futuro breve mudanças drásticas nos processos produtivos”. Com a expansão e conhecimento destas técnicas, muitos setores da economia que envolvem os materiais poliméricos poderão passar por mudanças (tanto de matéria-prima como de processos) devido às restrições que muitos componentes à base de nanotecnologia exigem. Assim, as empresas que poderão atuar nesta área necessitarão, em alguns casos, de equipamentos específicos para os processos e análises. “Uma área muito interessante de desenvolvimento ligado a materiais poliméricos é referente ao emprego de retardantes de chama. Atualmente, os aditivos que atendem a demanda V0, por exemplo, são empregados em grandes quantidades interferindo nas propriedades mecânicas do polímero podendo deixar o produto frágil. Com nanoretardantes de chama espera-se reduzir a quantidade deste aditivo (que deverá atuar na molécula) e assim manter as propriedades originais do produto/material”.
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Outra área interessante da nanotecnologia, aponta Palova, é em relação às propriedades de barreira nos filmes plásticos. “O emprego de aditivos nano está sendo estudado com o intuito de reduzir a permeabilidade de gases, e assim, aumentar o tempo de prateleira de produtos alimentícios, por exemplo, pois a presença de nanocargas nos filmes plásticos poderá dificultar a passagem de gases como o O2”. A área da medicina também vem privilegiando o setor de materiais plásticos, pois estes nanocompósitos vêm sendo foco de estudo e desenvolvimento na área de tratamento de doenças como carcinomas e derrames. Sem contar o emprego de nanocompósitos no setor aeroespacial, aeronáutico e automobilístico em que se busca resistência mecânica e redução de peso. A Abiplast-Associação Brasileira da Indústria do Plástico diz que a nanotecnologia tem grande potencial a ser explorado a fim de se melhorar as propriedades e o desempenho dos materiais plásticos. Existem vários tipos de materiais envolvidos em nanotecnologia principalmente as nanoargilas, os nanotubos, metais e óxidos em escala nanométrica, nanocompósitos (mistura de nanomateriais com polímeros) e vários outros. Para melhorar as propriedades dos materiais plásticos, estes nanomateriais são incorporados em baixíssimas quantidades sem alterar significativa-
Roriz: "produção em escala industrial de nanomateriais ainda é baixa, dificultando a comercialização"
mente propriedades como transparência e densidade, bem como as características de processamento, por exemplo. A entidade afirma que no que tange às propriedades antimicrobianas, os nanomateriais têm importante aplicação na área médica para fabricação de tecidos, utensílios, mobiliário e acessórios gerais como cateteres, sondas e outros consumíveis. As pesquisas no setor de embalagens encontram-se adiantadas, embora o custo destas seja muito elevado, diz o presidente da entidade José Ricardo Roriz Coelho. No desenvolvimento de embalagens plásticas de fonte renovável e/ou biodegradável como o PE verde, o PLA (poliácido láctico) e o PHB (poli hidroxibutirato), há um grande potencial na aplicação da nanotecnologia bem como em amido termoplástico e fibras vegetais para reforço de plásticos. A aplicação da nanotecnologia em embalagens plásticas pode alterar propriedades como: melhoria nas propriedades de barreiras aos gases, aromas, vapor d’água e luz (revestimentos); aumento da estabilidade térmica; melhoria na adesão; melhoria nas propriedades antimicrobianas; melhoria nas propriedades de absorção de oxigênio; aumento da biodegradabilidade e compostabilidade; aumento da reciclabilidade do PET por meio da redução do amarelamento do material; produção de embalagens autolimpantes (permitem a retirada mais fácil do produto envasado); sistemas de rastreabilidade; fabricação de embalagens inteligentes que inibem a deterioração dos alimentos. Na indústria automobilística, a nanotecnologia contribui para o aumento das propriedades dos materiais plásticos bem como na pintura dos automóveis que são autolimpantes, não risca e não perde o brilho graças à presença de nanopartículas de sílica, ou ainda, painéis de automóveis com propriedades ignífugas (que afugentam o fogo). <<< Plástico Sul < 21
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Inovação
Na reciclagem, podese aplicar em produtos novos e naqueles que já se encontram nos lixões e aterros
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Pesquisas e mercados
No Brasil, empresas de ponta vêm focando seus desenvolvimentos nesta área, algumas com parcerias com Institutos de Pesquisas e Universidades. “A partir de 2005, o Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) e órgãos de fomento como o FINEP, vêm apoiando os desenvolvimentos na área de nano, focando na estruturação e o fortalecimento de redes de pesquisa sobre o tema. Na área de transformados plásticos em geral, esta tecnologia é pontual. Para os transformadores, os processos de transformação de polímeros tradicionais dificultam a obtenção dos nanocompósitos”, avalia Palova. As áreas que interessam a esses pesquisadores são as mais diferentes possíveis, pois como a nanotecnologia envolve a ciência básica, todas as áreas são focos de estudos. “Destaque para a área automobilística, médica, biotecnologia, aero espacial entre outros. Uma área que alguns centros vêem desenvolvimento é a parte de energia. Outra linha que merece destaque de uma possível aplicação da nanotecnologia é voltada a reciclagem completa dos resíduos, não só o que esta sendo fabricado, mas do que já se encontra nos lixões, podendo reduzir a quantidade de CO2 e diminuir os aterros. Mas vale destacar que isto não é para agora, mas para daqui uns 20 anos ou mais”, diz Palova. Até o momento, os melhores métodos para a obtenção de nanocompósitos poliméricos é na polimerização. Assim muitos estudos buscam a obtenção dos nanocompósitos in situ. Quem financia a maioria destes projetos são os órgãos de fomento como CNPQ e FINEP e empresas de ponta
que trabalham com a parte de polimerização e modificação de polímeros, por exemplo. Atualmente, via SIBRATEC - Sistema Brasileiro de Tecnologia há alguns grupos voltados a estes desenvolvimento, como o SIBRATEC nanotecnologia e o SIBRATEC Plásticos e Borrachas. A Abiplast afirma que as pesquisas conduzidas no Brasil referem-se às oportunidades no mercado de cosméticos, produtos químicos (catalisadores, tintas, revestimentos) e petroquímicos, plásticos, borrachas e ligas metálicas. A produção em escala industrial de nanomateriais ou de cargas/aditivos manométricos ainda é baixa dificultando, assim, a comercialização destes produtos. Outro problema, reforça a entidade, é a utilização de equipamentos convencionais na transformação destes materiais, pois estes possuem características diferentes às dos materiais convencionais. Os pesquisadores, também afirma a Abiplast, estão vinculados a instituições como USP, Unicamp, UFSCar, Unesp, LNLS (Laboratório Nacional de Luz Síncroton), UFABC, Inpe todas no estado de São Paulo e nas Universidades Federais de MG, RJ, RS,CE e PE. O fomento a essas pesquisas geralmente vem de órgãos como CNPq, FAPESP, FINEP e da recém-criada EMBRAPII – Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial, uma organização social criada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), e com o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Prós e contras
A Abiplast diz que a nanotecnologia possui grande potencial de inovação e necessita de altos investimentos que já são feitos, porém, no caso do setor de embalagens ainda não é uma tecnologia convencional. “Há restrições mercadológicas, pois esta nova tecnologia não está consolidada e os efeitos em longo prazo na saúde do consumidor ainda são pouco estudados”, diz Roriz. Há ainda a desconfiança dos consumidores, os riscos regulatórios, o alto custo e o tempo longo entre a pesquisa e desenvolvimento até a comercialização do produto. “A nanotecnologia tem um futuro promissor para a indústria do plástico, porém em aplicações como em embalagens, espera-se que haja diálogo contínuo entre a academia, as empresas e os consumidores para que se alcance importantes resultados nesta área”, diz Roriz. O mesmo afirma Palova. “O que ainda não se sabe é como ocorrerá uma transição cultural e tecnológica, além das consequências destes estudos, pois os perigos desta área ainda é desconhecido”.
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InovaçãoNanotecnologia DIVULGAÇÃO
Empresas investem e apontam resultados
Fazolim, da Cristal Master: “a nanotecnologia foi fundamental para obtermos um nível de excelência"
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ara a Cristal Master, a nanotecnologia contribui no sentido de potencializar os efeitos de materiais que teriam um resultado comum. “Utilizando a nanotecnologia conseguimos extrair o máximo potencial de um produto, reduzir a inclusão de um aditivo aumentando seu poder de ação e, desenvolver materiais e técnicas de processamento que antes eram difíceis de serem alcançados. Isto nos permite obter uma diferença técnica significativa, que resulta em diferenciação de mercado para a Cristal Master e principalmente para os clientes”, afirmam Cristiano Todero e Fábio Fazolim, do KHER Group e gerente comercial da Cristal Master. No caso, a aplicação é no aditivo antimicrobiano comercializado pela Cristal Master, desenvolvido pela KHER. “A nanotecnologia foi fundamental para obtermos um nível de excelência em proteção antimicrobiana nos mais variados tipos de materiais e produtos. Sem a nanotecnologia não seria possível aplicar nosso aditivo em materiais de curta e longa duração, em embalagens alimentícias, eletrodomésticos e produtos para construção civil, por exemplo, o que demonstra que nosso espectro de uso é muito amplo”, analisa Fazolim. O investimento foi feito pela KHER que, segundo afirmam os executivos, tem como prioridade sua unidade de pesquisa, pois é neste centro de tecnologia que são sendo desenvolvidas as inovações
para os próximos anos. “Estar próximo da academia é fundamental, pois muitas ideias e processos podem ser aprimorados quando há um ambiente de sinergia entre o que está sendo utilizado na academia com a indústria”. Eles comentam que os estudos com nanotecnologia são frequentes, pois cada vez mais se buscam novos materiais que melhorem a performance dos polímeros, que podem ter efeitos antimicrobianos, seja no combate a bactérias, fungos ou outros microrganismos específicos ou alguma outra propriedade como resistência mecânica, térmica, etc. “Temos visto uma crescente procura por produtos que diminuam o risco de exposição a microrganismos indesejáveis, por isto grandes indústrias estão buscando alternativas para tornarem seus produtos mais seguros aos consumidores e benéficos ao meio-ambiente. Neste sentido a proteção antimicrobiana vem ao encontro com esta tendência, visto que já é uma realidade consolidada em países como Estados Unidos e Japão, e será questão de tempo até alcançar o mesmo patamar no Brasil e outros países da América do Sul”, afirmam.
Foco em nanotecnologia
A Nanox é uma empresa que desenvolve, produz soluções em nanotecnologia para o setor industrial. Fundada em 2004, atualmente foca na comercialização de antimicrobianos inorgânicos para diversos segmentos. A escolha da nanotecnologia foi em função da formação dos sócios fundadores, oriundos de um dos grupos brasileiros de pesquisa nessa área. O NanoxClean é uma plataforma de tecnologias antimicrobianas para diversas aplicações em diferentes mercados, como plásticos, tintas e outros. “No caso, a nanotecnologia propiciou termos um produto com propriedades superiores, ou seja, nossos antimicrobianos se utilizam menos ativos que de nossos concorrentes em aplicação final. Outra importância da nanotecnologia foi conseguir um produto com maior segurança ambiental sem utilizar solventes e sem ter rejeitos por ter uma química estequiométrica”, explica Daniel Minozzi, do marketing da Nanox. A empresa está há mais de cinco anos estudando e evoluindo em aplicações para o mercado de embalagens e o produto é um grande aliado na questão segurança, seja de alimento, cosméticos ou outros produtos perecíveis por ação de microorganismos. “Esse aumento de segurança pode propiciar aumento de shelf-life (vida de prateleira) para alimentos frescos e em cosméticos a possibilidade de formulações minimizando os conservantes”, reafirma Minozzi.
Mais qualidade às superfícies
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A indústria do plástico se mostrou aberta à tecnologia, como indica o histórico da empresa, que inicialmente não tinha foco no setor. Os primeiros desenvolvimentos foram na área de semicondutores, ótica, em especial com coatings nanoestruturados, mas a Nanox percebeu que não era uma realidade da indústria brasileira. O primeiro produto que vingou com recorrência foi um coating nanoestruturado com característica antimicrobiana para colocar em diversas partes metálicas de equipamentos utilizados em hospitais, clinicas de odontologia e até mesmo em casa, mas novamente a empresa se deparou com um mercado de nicho de tamanho bem reduzido, pois existem poucos produtores locais de equipamentos em especial na área médica, em sua maioria são montadores desses equipamentos, o que dificultava a entrada. “Avaliamos que o mercado de plástico no Brasil, e chegamos à definição que tinha uma demanda reprimida por falta de bons produtos, sem preço e sem produtor local, com grande dificuldade de desenvolver o conceito das aplicações de antimicrobianos, percebemos que esse mercado de plástico no Brasil é verticalizado com grande número de indústrias que querem se diferenciar e se destacar dando oportunidade para nossa entrada. Hoje dos nossos negócios o setor de plástico representa cerca de 70% de nosso faturamento”. O mercado de embalagens alimentíciad interessa bastante à empresa, já que o considera bem pouco explorado e com necessidades de melhorias e de agregação de valor. “Mas existem outros mercados em plásticos como Utilidade domésticas, Tecido e não tecido, linha branca entre outros que são carentes de bons produtos e que representam grande importância para nossa empresa”, diz Minozzi. Em uma avaliação de futuro para o mercado, ele diz que “a nanotecnologia é um tema muito amplo, não podemos generalizar e acho que existem ainda muitas fronteiras a serem transpostas. Acredito que as maiores e mais surpreendentes serão em especial na área eletrônica e de saúde. Infelizmente no Brasil não temos uma indústria de eletrônica tão forte para puxar a nanotecnologia, assim também nas empresas no setor de saúde ou biotecnologia”. Como a empresa surgiu ligada à uma universidade, é natural que confie no papel da academia no desenvolvimento da nanotecnologia no Brasil, mas é fundamental saber entender as peculiaridades de cada instituição. “Essa interação é importante para o desenvolvimento de uma tecnologia, cada um tem seu papel social. O que devemos fazer é aprender de como trabalhar em conjunto e respeitar as formas de trabalhos uns dos outros. Na maior parte das situações dessa relação vejo uma dificuldade em se chagar ao um resultado, pois os objetivos são distantes, isso exige uma gestão especifica”, analisa.
O KrausMaffei Group aponta dois casos de uso de nanotecnologia nos últimos anos que resultaram em maior qualidade para as superfícies: a Injeção com DMH (Dynamic Mould Heating) e o CoverForm. São aplicações para a indústria automotiva, com importante papel no quesito segurança, pois têm efeito anti-brilho na incidência solar. A Injeção com DMH parte do pressuposto de que na fabricação de certos itens a rentabilidade depende da alta velocidade de aquecimento e resfriamento do molde. O diretor geral da KrausMaffei no Brasil, Klaus Jell, explica que o processo se aplica da seguinte forma: o molde é aquecido antes da injeção, assim o plástico fundido na parede quente do molde permanece fluido, o que permite a sobremoldagem da cavidade, em escala nano, com bastante qualidade. Em seguida, a cavidade é resfriada de novo para desmoldar a peça. O processo de resfriamento do molde se chama Variotherm. Tudo deve acontecer muito rápido, por isso é chamado também de dynamic mold heating. Este tipo de vidraça é utilizado, por exemplo, para cobrir o que é exibido no painel de instrumentos do carro, que deverá ser claramente legível em todos os momentos, independente de fatores externos como a incidência de sol. O CoverForm é um método especial desenvolvido pela KraussMaffei e Evonik. Um substrato a base PMMA é inundado com uma tinta acrílica muito fluida. Por causa da baixa viscosidade, esta tinta pode ser sobremoldada – aqui aplicada a nanotecnologia - com uma perfeita superfície texturizada. A pintura é feita na mesma condição de temperatura de moldagem dinâmica, por que a tinta deve ser aquecida para realizar a reação. “A vantagem deste método reativo é que as superfícies texturizadas são muito resistentes a arranhões e, portanto, tem uma resistência muito alta, ao contrário de materiais termoplásticos”, diz Jell.
Klaus Jell, da KrausMaffei, aponta duas aplicações para o setor automotivo.
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DestaquePlástico na Indústria Automobilística
Aliado da segurança Uma das grandes vantagens do plástico é melhorar o nível de segurança na vida das pessoas. Isso acontece em aplicações em vários setores. No caso da indústria automotiva, já são bem disseminados o menor impacto a motoristas passageiros no caso de acidentes e também a menor propagação do fogo. Mas o plástico pode trazer mais benefícios, como apontam fornecedores do setor.
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tema trânsito está sempre na pauta do dia, afinal todos estão envolvidos, como motorista, passageiro, pedestre ou, cada vez em maior destaque, ciclistas. Faz parte da rotina e buscar soluções para torná-lo mais seguro e tranquilo é natural e necessário. Para Fermin Coloma, coordenador técnico PCS Latam da Bayer, a baixa densidade dos plásticos e a liberdade que eles permitem no design das peças são elementos-chave que podem ser aproveitados pelos fabricantes dos veículos para aumentar a segurança para os passageiros e pedestres. ‘‘A Bayer MaterialScience é a inventora e líder mundial do policarbonato e da química do poliuretano. Particularmente no caso do policarbonato e das blendas de policarbonato, o principal diferencial destes produtos é a absorção de energia de impacto e, no caso de deformação com ruptura, a não geração de pequenas farpas que podem atingir os olhos das pessoas‘‘, exemplifica. A estabilidade térmica destes termoplásticos faz com que as peças não deformem e não se soltem das molduras, evitando assim ruídos no interior do veículo, possíveis geradores de stress no condutor e, portanto, potenciais fontes de risco no trânsito. A elevada transparência adicional do policarbonato também está sendo aproveitada para modernos sistemas de iluminação automotiva por tecnologia LED, que geram ainda melhor visibilidade e segurança na condução. O policarbonato, ele explica, é um termoplástico de engenharia com altíssima resistência ao impacto, característica aproveitada
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pela indústria em aplicações tais como capacetes para ciclistas e motoristas, viseiras de capacetes e óculos. Juntando essa resistência ao impacto à transparência do policarbonato, o material é aplicado também nas lentes dos faróis, elementos que garantem a segurança no trânsito em condições de baixa luminosidade ambiental, protegendo do impacto a alta velocidade de pedras e outros corpos. A fabricação de janelas e tetos transparentes de policarbonato permite desenhos de veículos com o centro de massa mais baixo, o que possibilita maior estabilidade na condução. Existem também outras aplicações onde o policarbonato é misturado com outros termoplásticos, como no caso de polímeros estirénicos como o PC+ABS ou o PC+ASA, e também com poliéster, como o PC+PBT ou o PC+PET. ‘‘No caso do PC+ABS, as peças do interior do veículo são resistentes a impacto a elevadas temperaturas sem sofrerem deformações e, diferentemente de outros plásticos como PP, no caso de ativação do sistema de airbag não há a geração de pequenas farpas que podem atingir o olho dos passageiros do veículo. No exterior dos veículos, tanto as blendas de PC com polímeros estirénicos ou poliéster podem ser usadas em peças submetidas a impacto e elevadas temperaturas, como grades“. Existe também a possibilidade de integrar em peças externas os sistemas de poliuretano para absorção de energia do impacto, minimizando o efeito tanto num pedestre quanto nos passageiros do veículo. O mercado automotivo é o principal negócio da Lanxess HPM tanto a nível global como nacional. Anderson Maróstica, gerente técnico de
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desenvolvimento e aplicações desta unidade de negócios, diz que no quesito plástico e segurança materiais de alta resistência mecânica (altíssimo módulo), como por exemplo o Durethan DP BKV 60 H2.0 EF, uma poliamida 6 reforçada com 60% de fibra de vidro, são empregados em componentes estruturais. Materiais resistentes a picos e altas temperaturas de uso contínuo como a linha XTS1, que resistem a até 200°C de temperatura em uso contínuo, e materiais resistentes quimicamente a óleos, graxas e combustíveis utilizados em componentes dentro do compartimento do motor também são opções. As poliamidas da marca Durethan conseguem aliar a alta resistência mecânica e rigidez com a alta resistência ao impacto. “Um exemplo de um material especial é o Durethan BKV 240 H2.0 XCP que é uma PA6 com 40% de fibra e modificada ao impacto utilizada para a produção de air bag housings. Este material foi testado para resistir a abertura das bolsas de air bag durante uma colisão. Além de possuirmos informações detalhadas do material em um simulação de crash test em alta velocidade”, explica. “A LANXESS dispõe não só do material ideal para aplicações de segurança, mas também ferramentas de simulação capazes de verificar o comportamento do material e da aplicação em diferentes tipos de testes de alto requisito”. Fábio Paganini, gerente de vendas e desenvolvimento da Arkema, fala de outro ponto fundamental na proteção da vida diante de situações inesperadas no trânsito. “Talvez a maior contribuição à segurança seja através da redução do peso das peças fabricadas, que em caso de acidentes diminuiria o impacto contra os ocupantes, mas também diminui o peso total do veículo. Esta diminuição no peso total aumenta a eficiência geral do sistema de frenagem, trazendo mais a segurança, além de diminuir o consumo de combustível (menos peso a ser deslocado - menor necessidade de manter combustível no veículo)”. A Arkema é especializada em poliamidas de alto desempenho, uma fabricante mundial deste segmento de poliamidas de cadeia longa. Produz poliamidas de origem vegetal (renovável e de fonte não alimentar), tais como PA11, PA6.10, PA10.10 e PPA além de PA12 e PA6.12 (origem de petróleo); poliamidas transparentes e PA elastoméricas; e também a resina Kynar PVDF. Paganini aponta algumas aplicações: tubulações de baixa permeabilidade para transporte de combustíveis (álcool, gasolina, diesel, biodiesel até 100% de concentração); tubulações freio a ar e poliamidas de barreira em tubulações para ar condicionado; poliami-
das de alta temperatura (175°C contínuo) para substituição de tubulações de metal e borracha (aplicações sob o capô do motor: blow-by, EGR, fluid transfer, etc), tubulações para sistema ARLA 32 (uréia). “Além dos polímeros de engenharia (PA 11, PA12 e PVDF), a Arkema produz também o PMMA Plexiglas muito utilizado em lanternas automotivas, gases de refrigeração para o ar condicionado, etc”.
Diminuição no peso total aumenta a eficiência geral do sistema de frenagem, trazendo mais segurança.
Compósitos
Especificamente em relação a compósitos, nos carros eles são mais utilizados em séries especiais, com capôs e acessórios em fibras de carbono, informa o presidente da Associação Latino-Americana de Materiais Compósitos (ALMACO), Gilmar Lima. “A grande vantagem é a flexibilidade de design, durabilidade e redução de peso”, diz. No caso de motos e bicicletas, também aparecem em séries especiais com fibra de carbono, focando em redução de peso e resistência. A grande aplicação dos compósitos está nos ônibus, trens, caminhões e implementos rodoviários. Neste caso pode ir do para-choque, capô, revestimentos internos até a carroceria completa. “No trens além do desempenho mecânico, resistência à corrosão, leveza e resistência ao fogo e baixa emissão de fumaça são outros diferenciais”. Lima afirma que todas as características relacionadas ao desempenho como resistência à fadiga, impacto, resiliência, corrosão e estabilidade térmica geram segurança. “Outro exemplo é a flexibilidade de criar soluções que proporcionam uma melhor aerodinâmica aumentando a estabilidade e redução de consumo”. <<< Plástico Sul < 27
DestaquePlástico na Indústria Automobilística Mobilidade Urbana
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Desafio crescente tem plástico como aliado temente, de consumo. Como já dito, ônibus, trens estão entre as grandes aplicações dos compósitos. Fermin Coloma, da Bayer, diz que o plástico, por ter uma densidade baixa, já está ajudando na redução do consumo de combustíveis nos veículos existentes, sejam carros, ônibus ou metrôs. “O plástico vem mostrando sua versatilidade nas últimas décadas, sendo o nosso compromisso oferecer produtos que acompanhem as atuais tendências de melhoria na mobilidade urbana, seja por redução de peso, por aumento do conforto, por avanços tecnológicos nos sistemas de iluminação, por esenvolvimento de sistemas de proteção ao impacto de pedestres e passageiros e por desenvolvimento de tecnologias de motorização híbrida (combustão e eletricidade)“.
Inovar Auto na mira da Europa
Otimização do design, com maior espaço e conforto, pode atrair público para o transporte coletivo.
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O
trânsito é um dos grandes desafios das cidades médias e grandes, tanto é que o tema é muito presente nos primeiros noticiários do dia, as pessoas acordam recebendo informações do trânsito. O estresse nos primeiros e últimos deslocamentos da jornada traz consequências e em grandes cidades, como São Paulo, tem-se a cultura de que nada pode atrapalhar o trânsito, pois, em um efeito cascata, atrapalha a vida das pessoas. É sabido que a solução passa por transporte coletivo, mas fatores como conforto, pontualidade e mesmo limpeza barram possíveis usuários. Para Fabio Paganini, o plástico pode ser um aliado nesta mudança. “No caso de ônibus e metrôs, a idéia é a redução de peso, mas podemos pensar no uso dos plásticos na otimização do design de interiores, onde se procure aumentar o espaço interno e dar maior conforto físico, acústico e térmico aos usuários. Isto pode ajudar positivamente na decisão de utilizar transporte coletivo em detrimento do individual”. Ele também lembra de carros em modelos menores. “O plástico possui baixa densidade e facilidade de processamento, isso permite o design de carros mais compactos, para dois ocupantes, para uso exclusivo dentro das cidades, com conceitos inovadores e fundamentalmente de baixo peso e recicláveis.”. Para Gilmar Lima, da ALMACO, qualquer solução de mobilidade urbana passa pelos compósitos, por sua flexibilidade de design, resistência, durabilidade, segurança e redução de peso e, consequen-
No dia 31 de outubro, a União Europeia denunciou formalmente o Brasil na Organização Mundial do Comércio por conceder subsídios que considera ilegais para vários setores da economia. É sabido que um dos principais alvos é o Inovar-Auto. Para analistas, a ação logo após o segundo turno das eleições representa inclusive um descontentamento com a presidente Dilma e sua condução da economia. O Brasil já refutou a ideia, alegando, entre outros pontos, que empresas europeias são beneficiadas pelo programa. Fabio Paganini, da Arkema, diz que o Inovar Auto parece ser uma política legítima e soberana de desenvolvimento nacional e comenta: “Veja que se dependesse apenas de uma decisão das indústrias, dificilmente teríamos air-bags e ABS instalados nos carros populares. Hoje todos os carros possuem estes ítens e toda cadeia está adaptada às novas necessidades”. Ele acredita que esta ação da União Europeia não deva impactar negativamente o setor automobilístico brasileiro, pelo menos a curto prazo. “Vai continuar na mesma situação por um bom tempo, pois uma decisão na OMC pode demorar muito, pois envolve vários mecanismos multilaterais que precisam ser considerados e atendidos”. Gilmar Lima, da ALMACO, tem opinião semelhante. “Se todas as mudanças que houvesse internamente e externamente alterassem os investimentos ficaríamos parados para sempre. O importante é termos uma gestão focada em estratégias eficientes e com uma leitura de cenários e sinais extremamente eficiente. Com certeza (a medida) vai impactar, mas cada dia mais as empresas precisam se adaptar mais rapidamente a mudança de cenário”.
Indústria de peso
Apesar de altos e baixos, o setor automotivo é um dos mais importantes na economia brasileira e sempre conta com uma atenção especial do governo. Tanto é que a cada notícia negativa em produção ou venda de carros surge um desconforto. Além do Inovar-Auto, chama a atenção o aumento de montadoras no país, o que abre oportunidades para o setor. Especificamente, uma boa notícia veio em setembro, quando a Associação Mundial de Ferramentarias e Usinagem (ISTMA) aprovou a realização da Conferência Mundial de Ferramentarias no Brasil em 2017. Gilmar Lima, da ALMACO, diz que o setor automotivo contribui para a indústria do plástico e seus fornecedores trazendo a necessidade de uma gestão mais eficiente e tecnológica dos transformadores de compósitos. “Eles ditam tendências e permitem que com seus volumes as empresas invistam e cresçam. A conta que ainda não fecha refere-se às margens muito baixas que estas empresas de autopeças praticam versus as exigências e a necessidade de investimentos constantes. Se não houver uma mudança de mentalidade a longo prazo, isto não se sustenta”, analisa.
Anderson Maróstica, da Lanxess, diz que falar sobre o plástico no setor automotivo é muito abrangente, mas pensando somente do mercado de plásticos de engenharia (high-tech plastics) no contexto global a estimativa é que o aumento da produção mundial de automóveis, aliada a tendência global de redução de peso dos carros de passeio, sustentará a demanda por plásticos de engenharia (high-tech plastics) a um ritmo de crescimento de 7% ao ano até 2020. “Atualmente, em média, são utilizados 14 kg de plásticos de engenharia por carro na Europa, estimamos que esse número seja entre 7 e 10 Kgs por carro no Brasil”. Fabio Paganini comenta que “Diz-se que que o consumo médio e da ordem de 20% e aumentando em direção aos plásticos de engenharia”. Gilmar Lima diz que a participação de compósitos ainda é muito baixa e a ALMACO não tem estes números, apenas estimativas, mas de plásticos em geral.
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Artigo
Perfis de roscas para otimização do processo de extrusão, sopro e injeção de polímeros Por Paolo de Filippis*
O
processamento do plástico, seja ele por injeção, extrusão, sopro ou qualquer outro tipo de processo moderno requer uma tecnologia altamente sofisticada. O avanço ocorrido na área da informática proporcionou um considerável aumento na qualidade e produtividade do setor, eliminando muitas das variáveis até a pouco tempo existentes. Entretanto, para que o sistema seja ainda mais eficaz, é fundamental que a rosca utilizada seja
adequada à matéria prima, máquinas e processos. A complexidade das novas resinas, blendas e exigência na qualidade dos produtos, requerem uma tecnologia de projetos de roscas cada vez mais complexa. Não é objetivo desse artigo discutir a tecnologia, mas sim orientar de maneira mais prática possível, na seleção dos sistemas de extrusão e visualizar alguns dos problemas que nos deparamos no dia-a-dia das nossas atividades.
A fórmula da integração do processamento do plástico
Componentes padrões do sistema de injeção
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Conjunto válvulas de injeção
Componentes padrões do sistema de extrusão com degasagem Componentes padrões do sistema de extrusão sem degasagem
Mecanismo de super alimentação
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Artigo Geometria de rosca duplo filete na extrusão
Perfil de roscas Mecanismo de plastificação - rosca convencional
Mecanismo de plastificação - rosca de barreira
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Desgaste de roscas
Considerações sobre o processamento do plástico
As seguintes considerações são fatores importantes para proporcionar uma maior produtividade e durabilidade do equipamento. 1 - AQUECIMENTO DA EXTRUSORA a) Com rosca vazia. Após atingir a temperatura programada nos pirômetros, devemos aguardar ainda de 15 a 30 minutos para que a rosca também se aqueça, para então partir com uma alimentação e rotação reduzida (10 -20 RPM) e observar para que a amperagem do motor não exceda seus limites. b) Com rosca cheia. Após atingir a temperatura programada nos pirômetros, devemos ainda aguardar de 30 a 40 minutos para que a resina dentro da rosca, esteja totalmente derretida. A rotação da rosca deve começar com 10/20 RPM, e observar que a amperagem do motor não exceda seus limites. 1 - PARADA DA EXTRUSORA A rosca da extrusora deverá sempre que possível ser completamente purgada para proporcionar um reinício de processo mais rápido e com menor risco. Lembrando que a parada da máquina com a rosca cheia de resina fará com que os componentes da extrusora (rosca, cilindro, ponteira e válvula), sofram um maior efeito de corrosão e desgaste com possível quebra, caso for dada a partida com a máquina fria. PERFIS DE TEMPERATURA O perfil adequado de temperatura deverá ser obtido através do balanceamento correto das duas fontes de calor disponíveis: • Calor gerado pelas resistências (condutivo); • Calor gerado pelo atrito (cisalhamento);
Um perfil incorreto de temperatura e a geometria da rosca, são as principais causas de desgaste de roscas e cilindros. Calor condutivo do plástico é obtido com a compressão que a rosca gera pressionando a resina contra a parede do cilindro que está aquecido pelas resistências. Calor por cisalhamento é obtido pela compressão da resina na geometria da rosca forçando-a através dos canais e misturadores distributivos e dispersivos, como também pelo uso da contrapressão gerada pelos cabeçotes ou bloqueio hidráulico no caso de injetoras. Na hipótese do uso de uma rosca onde o cisalhamento for extremamente elevado (taxa de compressão) e ser a principal fonte de calor, a temperatura de massa será alta, porém será obtida a um grande custo energético, alto potencial de degradação do material e aumento significante do desgaste da rosca e cilindro. Este problema aumentará consideravelmente, quando tivermos processando materiais com cargas minerais e com fibra de vidro. A experiência indica que o calor necessário deve ser obtido proporcionalmente das duas fontes. O perfil de rosca adequado ao processo deverá manter as temperaturas de cada zona estabilizadas o máximo possível. Perfil “ASCENDENTE” É o perfil normalmente usado pela indústria. A sua aplicação é mais adequada para máquinas com roscas com L/D acima de 24 e com materiais que tem o seu amolecimento gradativo até atingir a temperatura adequada de extrusão. Exemplo: Polietileno de alta e baixa densidade, Polipropileno, etc. Perfil “REVERSO” Este perfil é sugerido quando forem processados materiais que necessitem de temperaturas elevadas e maior tempo de residência para <<< Plástico Sul < 33
Artigo atingir o seu ponto de amolecimento, bem como roscas com L/D curto para o tipo de resina. Exemplo: PEADAPM, Nylon e outros materiais com altas cargas minerais. Perfil “LOMBADA” É utilizado quando forem processadas resinas não carregadas, mas que necessitem atingir uma temperatura elevada para o seu amolecimento. Todavia, deverá retornar a uma temperatura menor para ser processado pelo cabeçote ou molde. (levando em consideração sempre o L/D da rosca ou volume de injeção). Perfil “PLANO” Às vezes, é usado quando o percentual da capacidade de extrusão é de 30% a 50% e a resina não é carregada. NOTA: O perfil correto de temperatura está em função da matéria prima, projeto adequado da rosca, o processo e o componente a ser produzido. CONTRAPRESSÃO NA ROSCA Contrapressão na rosca é o resultado da aplicação de pressão hidráulica para restringir o movimento de retorno da rosca ou, no caso de extrusão, restringir a passagem do plástico para o cabeçote através do uso de telas. Como resultado, a rosca trabalha mais a resina, aumentando a temperatura através do cisalhamento. VANTAGENS: Como já foi discutido, o aumento da temperatura por cisalhamento forma uma massa com temperatura e viscosidade mais uniforme. - Contrapressão também pode melhorar a mistura de cores. - Contrapressão é uma forma de aumentar a plastificação quando não se tem uma rosca com geometria adequada. (taxa de compressão baixa) DESVANTAGENS: - Contrapressão aumenta a temperatura, diminui a capacidade de produção da rosca. - Como a rosca trabalha mais, consome mais energia, aumentando o custo de produção. - Como pior resultado, a contrapressão gera excessivo desgaste na rosca, no cilindro, nas válvulas, etc. - Quando usada com fibra de vidro, reduz as propriedades físicas da peça, pois quebra as fibras. Não existem regras fixas para o uso de contrapressão e sua utilização deverá ser usada somente em casos de emergência ou aplicações especiais. 34 > Plástico Sul >>>
PROGRAMA DE SERVIÇOS QUE A WORTEX PRESTA A SEUS CLIENTES • PROJETOS DE ROSCAS E CILINDROS ade quados ao processo e matéria prima. Diâmetro interno de mono-cilindros: mínimo 25mm e máximo 500mm Diâmetro interno de cilindros duplos: mínimo 30mm e máximo 250mm Comprimento máximo de rosca e cilindro = 8.000mm • PROJETOS DE ROSCA DE BARREIRA usando tecnologia WORTEX, provada e compro vada nos mercados nacional e internacional para melhorar a qualidade do extrusado com perfeito controle de massa, o que invariavelmente, diminui ciclos e a taxa de rejeição. • PROJETOS DE ROSCA COM ALTO PODER DE MISTURA incorporativa e distributiva sem gerar taxas excessivas de cisalhamento – tudo com tecnologia WORTEX. • FABRICAÇÃO DE ROSCAS conforme desenho ou amostra apresentados. • RECUPERAÇÃO DE ROSCAS com os mais modernos materiais e processos internacionais. • FABRICAÇÃO DE CILINDROS BIMETÁLICOS com ligas importadas. • FABRICAÇÃO DE CILINDROS NITRETADOS (forno próprio até 5 metros e 600 mm de diâmetro). • RECUPERAÇÃO DE CILINDROS Nitretados ou Bimetálicos. • PROJETOS PARA DIMINUIR DIÂMETRO DA UNIDADE DE INJEÇÃO, visando a correção dos tempos de residência do material na rosca para maior eficiência de pequenas peças. • PROJETOS PARA AUMENTAR DIÂMETRO DA UNIDADE DE INJEÇÃO para um maior volume de massa e peças maiores (desde que a máquina e o sistema hidráulico permitam). • PROJETOS COMPLETOS PARA DEGASAGEM DE INJEÇÃO OU EXTRUSÃO, visando a remoção de gases e umidade. • VÁLVULAS INJETORAS, BICOS E PORTA-BICOS – Projetos especiais para melhorar a dispersão de cores e diminuir o desgaste de roscas e cilindros (leva em consideração a geometria da rosca). *Paolo De Filippis é diretor da empresa Wortex Máquinas e Equipamentos
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Evento1º Congresso Brasileiro do Plástico
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Expectativa superada
Presença de autoridades reafirma o caráter nacional do evento
Palestras de temas variados foram apresentadas por representantes da Academia e do mercado, levando ao público o que está em pesquisa e o que já é realidade na relação entre o plástico e o desenvolvimento na vida moderna.
C
om público estimado pela organização em 400 pessoas, o 1º Congresso Brasileiro do Plástico, realizado de 5 a 7 de novembro em Porto Alegre contou com especialistas que atuam na área plástica tanto na Academia quanto no mercado, trazendo o que de mais atual existe no setor. O evento se dividiu em três momentos. No primeiro dia, o jantar de abertura na Casa Vetro, um espaço de confraternização, reencontros e expectativas pelas palestras do dia seguinte; no dia 6, as
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atividades foram na Fiergs- Federação das Industrias do Estado do Rio Grande do Sul, onde os visitantes puderam encontrar, além das palestras técnicas de nível internacional, as exposições em tamanho real da evolução promovida pelo plástico em transporte, habitação, consumo, e medicina e saúde. O dia 7 de novembro foi dedicado às visitas técnicas à Braskem, Marcopolo e GM. O 1º Congresso Brasileiro do Plástico foi organizado por três importantes sindicatos do setor do plástico – Sinplast, Simplás e Simplavi e teve o patrocínio da Braskem, com o apoio da Abief, Abiplast, Almaco, Afipol e Plastivida. Os conferencistas tiveram como base da discussão dois temas: o benefício do plástico e seus valores na contribuição do combate à fome e o seu papel na criação de soluções tecnológicas para contribuir com a melhoria do índice de desenvolvimento humano. Assim, na abertura, representando o Governo Federal, o Secretário Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Arnoldo de Campos, falou sobre a importância de ampliar parcerias com o setor plástico - tido como estratégico para o desenvolvimento do Brasil. Ele lembrou que muitos brasileiros passaram a se alimentar melhor na última década, deixando para trás a fome. Falou também de mais possibilidades para as embalagens plásticas. “Hoje, não podemos comprar sucos integrais locais, pois não podem entrar embalagens de vidro em presídios e não podemos fazer compra em pequena escala para escolas. Estamos abertos para o diálogo. Essa é a mensagem do Governo Federal", disse. O primeiro palestrante do dia foi o Dr. Jeffrey Brecht - PhD pela Universidade da Flórida, com o tema Embalagens plásticas para 'fresh produce' e sua contribuição para a segurança alimentar e redução da fome no mundo. Brecht lembrou que a embalagem protege das condições externas que degradam, como luz, umidade, oxigênio, temperatura, e disse que o plástico é a melhor opção. Afirmou que a embalagem deve ser pensada para todo o processo de distribuição, com design apropriado. Assim, deve-se levar em consideração as características únicas de cada alimento e também do meio que vai transportá-lo, como caminhão, navio, avião, aliando-a ao sistema de refrigeração do meio escolhido. No tocante à fragilidade dos alimentos, Brecht mostrou o exemplo de um tipo de embalagem que deixa a fruta ou legume em suspenso, para que em movimentos bruscos ou inesperados, não acabe
danificada pela própria proteção. Como se sabe, há grande desperdício de comida no caminho da produção à mesa e aplicações como essa podem auxiliar no combate ao problema. Brecht afirmou que a embalagem plástica é a melhor opção para minimizar a perda de água e enumerou outras vantagens, como resistência à tensão, ruptura, impacto, alta temperatura. Também falou das embalagens com atmosfera modificada. É preciso combinar a freqüência respiratória do produto com a permeabilidade da embalagem para conseguir a atmosfera desejada na temperatura desejada. “Frutas e vegetais são alimentos vivos, carnes e peixes são frescos também, mas não vivos, e tem seus desafios”. Bernard Le Moine, do Comitê Francês de Plásticos na Agricultura (CPA), tratou do tema Plásticos e a agricultura de alto desempenho, afirmando que sem o plástico na agricultura, mais de 60% da produção de frutas, vegetais e laticínios estaria em risco. Ao mesmo tempo, dedicou boa parte de sua participação para tratar de questões não apenas técnicas, mas de gestão, em um tom aliado à Política Nacional de Resíduos Sólidos, “O plástico é reciclável, mas não basta isso; diante disso, dizer ‘fiz minha parte’. Colocamos produtos no mercado, com nossos produtos somos
responsáveis até o fim. A indústria busca modelos de produtos renováveis, mas não basta ser reciclável, é preciso ver como será coletado e reciclado. O preço da destinação do resíduo deve ser incluído na produção”; e do próprio 1º Congresso Brasileiro do Plástico, de esclarecimento e desmistificação, “Se as pessoas têm uma visão negativa do plástico, não estamos fazendo bem o nosso trabalho. Há falhas na comunicação”. Ele falou da importância de montar um sistema de coleta integrado entre todos os membros da cadeia de alimentos, para que o processo seja viável. Alvaro Azanha, engenheiro de Alimentos, mestre em Tecnologia de Embalagens, membro do Conselho Consultivo e Coordenador do Comitê de Usuários da Associação Brasileira de Embalagem (ABRE) e Consultor Técnico da BRF, falou sobre os desafios do plástico em relação a alimentos saudáveis e sustentabilidade, lembrando dos casos de desperdício ao longo de toda a cadeia, inclusive na geladeira doméstica por compra ou preparo além do necessário. Também falou do misticismo de que a embalagem é um mal necessário. “Cinquenta porcento do lixo é orgânico e a embalagem tem pouco gasto energético no total de fabricação do produto, 10%”, recordando que o conceito de sustentabilida-
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Evento1º Congresso Brasileiro do Plástico de não pode ser avaliado apenas no descarte, mas deve ser em todo o ciclo de vida do material. Azanha trouxe bons exemplos de tecnologias para embalagens que evitam o desperdício, como zíper abre e fecha; congelamento individual de alimentos; diversos tamanhos e apresentações de produto, pois “é difícil alguém comprar o frango inteiro”; facilidade de consumo, com pacotinhos de manteiga em que a tampa se transforma em uma pequena faca para recolher todo o produto, inclusive nos cantinhos; porção individual, com embalagem para fatia única de pizza; pouca sobra, embalagens que podem ser espremidas, escorrendo todo o produto; porções bipartidas, importantes para a indústria em função de escala, uma caixa de leite em que na mesma embalagem há duas independentes, assim vende-se um litro, mas o consumidor não necessita abrir tudo de uma vez; embalagens com indicador de validade em que o código de barras não será lido no caixa se a data for ultrapassada. Como desafio para o setor, falou da comunicação com deficientes visuais, pois “o braile no plástico é difícil”.
O plástico e o Índice de Desenvolvimento Humano
Na parte da tarde, o foco foi em desenvolvimento, com destaque para questões de saneamento e saúde e medicina. Rogério Kohntopp, diretor de tecnologia, qualidade, sustentabilidade e inovação da Tigre, falou da crise de água de São Paulo, que afirma ser mundial, lembrando da importância das ações individuais. Também falou das vantagens do plástico no saneamento, lembrando que é preciso levar em conta além do preço do produto fatores de instalação e prejuízos por fechamentos de ruas por falhas e reparos nos sistemas. “O plástico não corroi e apresenta boa resistência”, afirmou. Valdir Flores, coordenador do Programa Integrado SocioAmbiental de Porto Alegre, trouxe o case da aplicação do plástico no sistema de água da prefeitura e apontou as vantagens da escolha pelo PE. “Tem menos perda de água; menos risco de
Área externa
A área externa do evento contou com uma exposição exclusiva, que mostrou o contraste de avanço científico, sustentável e humano entre ambientes com e sem o plástico. Na exposição, era possível ver de perto um armazém que antes vendia seus produtos a granel, sem proteção higiênica, e as embalagens inteligentes de um supermercado moderno, assim como um ônibus sem as partes plásticas e outro com as partes que levam plástico, além uma UTI hospitalar ultrapassada - sem o uso dos plásticos efetivamente - e uma UTI moderna, com os equipamentos mais avançados. Tudo isso exibido dentro dos aproximados 50m2 da casa de material plástico e compósitos produzida pela MVC que é construída em apenas três dias. 3838 > Plástico > Plástico SulSul >>> >>>
rompimento e menor possibilidade de gatos na rede de água”, afirmou. Tema que não poderia ficar de fora neste momento do setor plástico, a Impressão 3D esteve presente em dois painéis, Plásticos como agentes de inclusão social, com o Prof. Dr. Nilo M. Muñoz do CECS/UFABC- Centro de Pesquisa de Micro & Nanotecnologia - Universidade Federal do ABC; e Aplicações atuais e tendências do uso de material plástico na medicina com a impressão 3D, com a Dra. Maria Elizete Kunkel, professora da Universidade Federal de São Paulo/SP. Muñoz fez uma apresentação do zero sobre o que é a impressão 3D, pois apesar de não ser um tema tão recente – surgiu nos anos 1980 nos EUA – vem se difundindo mais nos últimos anos. “Antigamente, era voltado ao setor automobilístico e de aviação”, comentou. Para esses procedimentos, são usuais dois materiais plásticos, ABS e PLA. São vantagens, a confecção de peças complexas e a eliminação de várias etapas do processo, com menos tempo e custo e fabricação e montagem simultânea (peça única). Já as desvantagens são: custo do equipamento, “uma boa impressora é cara”; pouca variedade de materiais; e acabamento das peças. Também são impedimentos o tamanho dos objetos e, em alguns casos o tempo de impressão em relação a custo, pois nem tudo é impresso em poucos segundos. O professor explicou que a técnica se aplica também a objetos grandes, como casas, carros, e também a alimentos. A professora Maria Elizete focou sua apresentação na medicina, lembrando que o envelhecimento da população exige novas medidas, assim como é importante olhar para as necessidades dos deficientes. “Vinte e cinco por cento da população brasileira tem alguma deficiência”. Ela diz que o principal problema em relação a próteses é a falta de material e afirma que neste contexto o plástico é importante pela estrutura desta indústria e também pelo preço do produto. “O SUS oferece uma prótese de silicone que racha, mancha. Não há prazo de validade, pode quebrar em uma semana. O funcionamento (pelo paciente) não é tão simples. Há muito para evoluir. Também há poucas próteses para crianças”. A professora mostrou outras iniciativas em medicina, saúde e qualidade de vida, como réplicas do bebê na barriga da mãe - em lugar dos atuais exames 3D - e um anel que scaneia o texto de um livro e o transforma em áudio, uma variação da leitura em braile. LANÇAMENTO - Miguel Bahiense, presidente do Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos (Plastivida), encerrou o evento falando da versatilidade do plástico e também dos desafios. “Para a Plastivida, o plástico é uma ferramenta importantíssima para o desenvolvimento sustentável. Por que temos que nos explicar tanto para a sociedade? A matéria prima é
sustentável ou a pessoa que lida com ela deve ser?”, questionou. Bahiense também lançou no congresso a nova logomarca da instituição. O presidente do 1º Congresso Brasileiro do Plástico, Alfredo Schmitt, avaliou que: “Foi um dia de muito trabalho, produtivo, de informação. Em algum momento teríamos que fazer um movimento como este. Assisti palestras de muita qualidade”.
Dirigentes aprovam evento
O 1º Congresso Brasileiro do Plástico chamou a atenção pela organização e a qualidade dos temas e palestrantes escolhidos. O presidente do Simplás, Jaime Lorandi, disse que o evento superou as expectativas em público, mas principalmente nas informações apresentadas nos temas variados, destacando os cases de medicina, que trouxeram surpresas. “Nos deixa muito orgulhosos como transformadores participar desta tecnologia. Somos desafiados a usar mais tecnologia para melhorar a vida humana”. O presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado de Santa Catarina (Simpesc), Albano Schmidt, elogiou a organização. “Achei excepcional, a grade foi muito boa. A organização, a recepção do jantar, o congresso todo,
como se desenrolou, escolha dos palestrantes, a tradução, tudo excepcional”. Ele destaca as palestras da manhã, com foco em conservação de alimentos. Sobre a escolha do local para realização do evento nacional, lembra que “trata-se de um polo plástico extremamente importante” e complementa: “Temos que trazer mais pessoas pra conhecer o Sul. Como foi muito bem organizado, se o próximo for desse nível, começará a se consolidar como referência”. Opinião semelhante tem Marcelo Oazen, do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Estado do Rio de Janeiro (Simperj), que elogiou o trabalho dos três sindicatos. “O público foi formado por gente do país todo, focado, centrado. Não importa o local (do evento), quando é bem feito o público vem. O sul tem importantes sindicatos. A escolha de Porto Alegre é interessante para atrair também pessoas do Uruguai e Argentina”, comentou. A próxima edição do Congresso Brasileiro do Plástico já tem data definida: setembro de 2016.
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Mercado
CADE reprova a aquisição da Solvay pela Braskem
O
Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) reprovou, na sessão de julgamento, a aquisição, pela Braskem S/A, da Solvay Indupa. As empresas são as duas únicas produtoras no mercado brasileiro de PVC-S e PVC-E, utilizados principalmente no setor de construção civil. O Tribunal do CADE entendeu que a operação criaria uma forte concentração por parte da Braskem nesses mercados, sem elementos que compensassem os potenciais impactos concorrenciais identificados. O conselheiro-relator do caso (AC 08700.000436/2014-27), Gilvandro Araújo, explicou que a junção das empresas, líder e vice-líder no mercado de PVC na América do Sul, afetaria a competitividade dos produtos na indústria nacional, pois as importações não oferecem uma efetiva rivalidade aos comercializados no Brasil. Ao longo da instrução, identificou-se que a importação dos produtos apresenta uma série de desvantagens competitivas, como períodos de entrega mais longos e custos mais elevados, informou o CADE. Segundo o relator, a ausência de uma rivalidade mais efetiva no mercado brasileiro de PVC teria potencial para gerar um eventual exercício de poder de mercado pelas requerentes, com a possibilidade de ocorrer elevação de preços ao consumidor. “Como não foram apresentadas propostas pelas requerentes com soluções que diminuíssem as preocupações concorrenciais vislumbradas, principalmente no que se refere ao excesso de poder de mercado que a Braskem teria em decorrência da aquisição da sua principal concorrente, o Conselho decidiu por não aprovar a operação nos termos como foi notificada”, concluiu o conselheiro Gilvandro Araújo.
Braskem considera decisão prejudicial à indústria brasileira
Sobre a recusa, a Braskem informa que, a partir experiência adquirida na sua atuação no mercado de PVC ao longo dos últimos 35 anos, discorda da decisão do CADE e a considera prejudicial à indústria brasileira. Diz que conforme comprovam 40 > Plástico Sul >>>
mais de uma dezena de análises, estudos e pareceres dos mais conceituados economistas, juristas, consultorias técnicas e econômicas, o mercado relevante de PVC é internacional, inclusive como reconhecido na própria jurisprudência do CADE consolidada há mais de uma década. Além disso, com objetivo de concluir positivamente a transação, a Braskem apresentou soluções que entende serem eficazes aos questionamentos realizados pelo CADE e lamenta não terem sido aceitas. "Essa decisão enfraquece a indústria petroquímica nacional, afetando sua capacidade de obter eficiências de escala que a permitam competir no mercado internacional, em particular no atual momento de redução de rentabilidade da indústria mundial de PVC e clara tendência de consolidação global de ativos", afirma a empresa em nota. A partir da publicação do resultado do julgamento do CADE, a companhia vai avaliar as medidas cabíveis em relação a essa decisão.
Sindicatos destacam a manutenção da competitividade
O Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do Paraná (Simpep) informou que, como entidade de classe, deve apoiar decisões que contribuam para tornar os produtos da indústria de transformados plásticos mais competitivos e por isso já esperava este desfecho. “Acreditamos que a Solvay tem um papel importante na formação de preço no mercado de PVC no Brasil, pois é a principal concorrente da Braskem na América do Sul. A grande maioria dos transformadores é de pequeno e médio porte, muitas vezes sem acesso ao mercado internacional para buscar alternativas. Sendo assim, o Simpep acredita que a concorrência é algo saudável. E gera, em todos os sentidos, benefícios não só para os fornecedores, mas também consumidores e sociedade em geral”, afirma a presidente Denise Dybas Dias. Para ela, a decisão do CADE estimula a busca por maior eficiência e melhor produtividade no setor, gerando, sobretudo, custos mais baixos e práticas de mercado mais equilibradas. O presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado de Santa Catarina (Simpesc), Albano Schmidt, diz que o CADE procurou manter competitividade na linha de fornecimento de PVC no Brasil. “Mantém aberta maior competitividade, é importante para transformadores e também para a Braskem”. Neste processo, o Tribunal do CADE entendeu que a operação criaria uma forte concentração por parte da Braskem sem elementos que compensassem os potenciais impactos concorrenciais identificados. À primeira vista, surge a dúvida em relação à diferença neste caso
e processos de compra pela Braskem nos últimos anos aprovados pelo órgão. Para Denise, o contexto econômico brasileiro vem passando por profundas transformações ao longo dos últimos anos, impondo análises mais aprofundadas. “Entretanto, o que mais tem nos afetado é o imposto de importação, que limita a concorrência internacional e também aumenta a ‘guerra fiscal’ entre os estados da Federação, com incentivos que beneficiam algumas regiões apenas”, comenta. “Acreditamos que os maiores beneficiados deste processo são as tradings, que com grande poder de negociação nas importações de volumes, repassam os custos das resinas importadas ao mercado, com mínima diferença do preço nacional”. Com isso, diz a dirigente, as indústrias de transformação vivem uma situação extremamente delicada, pois as constantes altas de preços em seus insumos e uma política comercial baseada em tabelas internacionais e variação de câmbio, não conseguem repassar, com a mesma velocidade, esta diferença ao mercado. “Nos próximos meses, veremos os reflexos deste panorama com um grande número de indústrias fechando as portas”, lamenta. Além do perfil, pequenas e médias empresas, com
pouco acesso às importações diretas, a falta de crédito, os juros altos e a instabilidade do câmbio colaboram com este contexto. Para Albano Schmidt, em sua avaliação o CADE deve ter levado em conta ações da Braskem nos últimos anos em relação a outras resinas, PE e PP, como pedidos anti-dumping. “Veja na compra da Innova pela Videolar, a empresa se comprometeu a manter mercado abastecido, não entrar com pedido anti-dumping, manter a competitividade. Se comprometeu com o CADE. Mostrou que queria entrar, mas manter o mercado. O CADE deve ter olhado posicionamento da Braskem em relação a essas resinas (PE e PP), que tem se posicionado fortemente em relação a outros produtos, pedindo proteção. O conselheiro deve ter avaliado a força da Braskem em outras resinas. Não podemos ter uma coisa tão forte , não traz competitividade. Como sindicato, ficamos satisfeitos com a competitividade”, afirma Schmidt.
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no Verde
Livro marca os 25 anos da Estação Ambiental da Braskem
Um livro com fotos que trazem a diversidade da flora e da fauna da região é a principal marca da comemoração dos 25 anos de monitoramento realizado pela Fundação Zoobotânica do RS na Estação Ambiental da Braskem, área de preservação de 68 hectares situada no Polo Petroquímico de Triunfo junto às plantas industriais. Intitulado Habitantes da Estação Ambiental Braskem – 25 anos de pesquisa, a obra sintetiza os resultados obtidos no decorrer desse período na área, onde cerca de 3.000 espécies de animais e plantas já foram catalogadas. Os exemplares impressos se destinam principalmente às escolas, bibliotecas e organizações ambientalistas da região, servindo como fonte de pesquisa e apoio ao ensino e divulgando o conhecimento gerado a partir dessa duradoura parceria.
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Foco
Plástico verde chega às embalagens de pães integrais
A Braskem empregará o plástico verde em embalagens de pães integrais produzidos pela empresa Wickbold. Denominados Wickbold Trigo Integral e Wickbold Castanhas e Sementes, os produtos contam com embalagens feitas de polietileno de cana-de-açúcar, matéria-prima 100% renovável. Com o objetivo de ajudar o consumidor a reconhecer o produto, a Braskem criou o selo 'I´m greenT', que garante a origem renovável da embalagem. Os lançamentos da Wickbold, comercializados exclusivamente em São Paulo, são pães integrais, sem conservantes, baixo teor de sódio e gordura, e zero aditivo. Elaborados com grãos e sementes criteriosamente selecionados e farinha de trigo integral, podem fornecer 18% da necessidade diária de fibras. 42 > Plástico Sul >>>
Sustenplást vai à Feira do Livro de Porto Alegre
O Programa Sustenplást – RS Plástico com Inteligência, do Sinplast, participou da 60ª Feira do Livro de Porto Alegre (foto acima), que aconteceu entre o final de outubro e a primeira quinzena de novembro. Na casa do Correio do Povo, crianças e adultos puderam se divertir e aprender sobre reciclagem em um totem interativo com o jogo educativo “Recycle Game”. Além disso, o Sustenplást realizou na feira uma sessão gratuita de contação de histórias, apresentando a Turma dos R´s – com o personagem Recyclito abordando o tema da educação ambiental.
Com relação à decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, referente à liminar que suspendia os efeitos da Lei nº. 15374/11 sobre a distribuição de sacolas plásticas no município de São Paulo, o Sindiplast e Abief esclarecem que: • Não há proibição de sacolas plásticas no município de São Paulo, uma vez que, com a publicação do Acórdão em 03/11/2014, haverá recurso com efeito suspensivo, o que impede a aplicação da lei até o entendimento definitivo da Justiça sobre o assunto; • Ressaltamos que o próprio Tribunal de Justiça – SP já negou em 42 outras ações a competência de um município de legislar sobre matéria da União. Neste caso a matéria já é regulamentada pela Política Nacional de Resíduos Sólidos no que se refere a embalagens, o que inclui as sacolas plásticas; • O mercado deve continuar operando normalmente. Nenhum estabelecimento de São Paulo ou de qualquer outro município pode adotar medidas contra a distribuição das sacolas plásticas; • Reafirmamos ainda que um eventual banimento das sacolas plásticas no município de São Paulo representará um duro golpe para o consumidor, sem qualquer ganho ambiental efetivo. Estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), divulgado recentemente pela imprensa, aponta que, em caso de banimento, haverá aumento do custo mensal das famílias com embalagens em 146,1%.
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Indústria do plástico alerta: a distribuição de sacolas na capital paulista deve continuar normalmente enquanto não houver posição definitiva da justiça sobre a lei
José Ricardo Roriz Coelho - Presidente do Sindiplast Alfredo Schmitt - Diretor da Abief
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Bloco
de Notas
Exportações catarinenses têm alta de 6,4% em 2014
As exportações realizadas em Santa Catarina acumulam alta de 6,4% entre janeiro e outubro, na comparação com o mesmo período do ano passado. O desempenho segue fortemente influenciado pelas altas nos embarques de soja (74,4%) e carne suína (55%). O produto líder em vendas para o exterior segue sendo a carne de frango, que sobe 2% no ano. O desempenho do Estado contrasta com queda de 4,2% no total brasileiro de exportações. Os números foram divulgados pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC). Entre os principais destinos dos produtos que saem por Santa Catarina, os Estados Unidos recuperaram a liderança da lista, acumulando US$ 985 milhões, em alta de 16,5%. Apesar da alta de 45,42% sobre 2013, a China caiu para o segundo lugar, com US$ 935,8 milhões, depois de quatro meses como principal destino das exportações catarinenses. As importações também estão em alta no Estado. De janeiro a outubro, a entrada de mercadorias cresceu 9,7%, na comparação com os dez primeiros meses de 2013. Entre os dez principais produtos que chegam ao Estado, as maiores altas foram em automóveis (290%), laminados de ferro e aço (90,5%) e polipropileno (77%). Com embarques de US$ 7,768 bilhões e desembarques de US$ 13,478 bilhões, a balança comercial catarinense está negativa em US$ 5,710 bilhões.
ALMACO terá filiais no Peru, Equador e México em 2015
A Associação Latino-Americana de Materiais Compósitos (ALMACO) segue seu processo de expansão pelo continente. Com administração central no Brasil, a entidade já conta com bases na Argentina, Chile e Colômbia. E, em 2015, serão inauguradas filiais no Peru, Equador e México. “Com isso, vamos ampliar a representatividade da ALMACO perante os órgãos governamentais, divulgar o material e aumentar o consumo per capita, além de permitir a conexão da cadeia produtiva para criar uma rede de oportunidades em toda a América Latina”, afirma Gilmar Lima (foto), presidente da ALMACO. Juntas, as bases da ALMACO reúnem atualmente pouco mais de 500 empresas. Até 2016, a estimativa é contar com cerca de dois mil associados em toda a região.
Em evento de comemoração aos 60 anos da Soprano, palestrante alerta para cenário desfavorável
“2015 será um ano difícil, vai ser um ano de reajustes. Não vai ser uma mudança rápida e sim lenta. Diferentemente da Argentina, Brasil caminha lentamente, mas para a direção certa. A retomada vem em 2016.” A análise é do economista-chefe da Votorantim Corretora, Roberto Padovani, palestrante da reunião-almoço na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul, que comemorou os 60 anos da Soprano. O ex-assessor do Ministério da Fazenda durante o Plano Real fez projeções sobre o cenário econômico do País no próximo governo da presidente Dilma Rousseff. Padovani destacou que com as eleições apertadas o governo deve sofrer uma pressão inédita do ponto de vista político e econômico. Para ele, não resta alternativa à presidente Dilma senão melhorar a economia e mudar os sentimentos de desconfiança e descrença do empresariado a respeito do governo. “Para o próximo ano o cenário é de confiança muito baixa, inflação muito alta, dólar e desemprego subindo, crédito travado, consumo em desaceleração e baixos investimentos”, disse. Em seu recado final, Padovani pediu cautela e otimismo e sugeriu parceria entre empresários e funcionários para a manutenção dos empregos. “Não comprem um pessimismo exagerado”, finalizou. 44 > Plástico Sul >>>
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Tecnoperfil planta árvores em comemoração ao seu aniversário de 20 anos
A Tecnoperfil Plásticos, de Joinville (SC), em comemoração ao seu aniversário de 20 anos, distribuiu 140 mudas de Ipê Amarelo para seus colaboradores e plantou 20 mudas no terreno da empresa. A idéia surgiu como forma de sensibilizar os colaboradores sobre a responsabilidade com o meio ambiente, o cuidado com árvores vulneráveis a extinção e também pela oportunidade de devolver à natureza o que a ela pertence. Além da questão da preservação, o Ipê Amarelo da Serra, também conhecido como Ipê Ouro ao florescer proporciona um belo espetáculo visual para nossa cidade. Com 20 anos de existência a Tecnoperfil se destaca no Brasil e em outros países pela qualidade de seus produtos e design inovador. Os Perfis de Acabamento, Protetores de Parede, Faixas Decorativas e Forro são produtos que além de personalizar ambientes estão alinhados com principais tendências da arquitetura mundial. A empresa também desenvolve Perfis Técnicos sob encomenda para indústrias.
MVC é a grande vencedora do prêmio Top Of Mind do setor de compósitos
A MVC, empresa brasileira líder no desenvolvimento de produtos e soluções em plásticos de engenharia e pertencente às Empresas Artecola e Marcopolo, foi, novamente, a grande vencedora do Prêmio Top of Mind da ALMACO com a conquista do primeiro lugar na principal categoria do prêmio, a da Indústria de Compósitos. Na edição 2014 da mais importante distinção do segmento de materiais compósitos da América Latina, a fabricante também foi a primeira em outras três categorias – Inovação, Processos de RTM e Processo de Pultrusão, com a Stabilit-MVC, e obteve o segundo lugar em Processos de Infusão e Laminação Contínua.Esta é a quinta vez consecutiva que a MVC é premiada no Top of Mind da ALMACO, que neste ano contou com 24 categorias e registrou a participação de cerca de 8.500 profissionais do setor que elegeram as principais empresas. Para Gilmar Lima, diretor-geral da MVC, o desempenho no Top of Mind 2014 reforça a estratégia da empresa para crescer em todos os seus mercados de atuação, por intermédio da inovação, competitividade e da formação de novos talentos. Promovido pela ALMACO, o Top of Mind tem por objetivo reconhecer as melhores companhias da indústria de compósitos, em 24 categorias, entre matérias-primas, equipamentos e processos de fabricação. <<< Plástico Sul < 45
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Anunciantes
Agenda São Paulo (SP)
Shini / Starmach / Páginas 2 e 3 Replas / Página 5 Arburg / Página 7 Teck Tril / Página 16 Romi / Página 17 Brasfixo / Página 19 Previsão / Página 21 Matripeças / Página 23 Feiplastic / Página 35 Multi-União / Página 37 Kie / Página 37 Cromocil / Página 39 Tsong Cherng / Página 39 Tec Engineering / Página 41 Supercor / Página 41 Digitrol / Página 43 Help Injetoras / Página 43 Eletronacional / Página 45 Innova / Página 47 Sepro / Página 48 46 > Plástico Sul >>>
Agende-se para 2014 16º Congresso Brasileiro de Embalagem A competitividade na cadeia produtiva de embalagens e bens de consumo 7 e 8 de outubro de 2014 - 8h00 às 18h00 Centro Fecomercio de Eventos - Bela Vista – São Paulo - SP (Brasil) www.abre.org.br/congresso_2014 1º Congresso Brasileiro do Plástico 5 a 7 de novembro de 2014 FIERGS, Porto Alegre – RS (Brasil) www.plastechbrasil.com.br Feiplar Composites & Feipur 2014 Feira e Congressos Internacionais de Composites, PU e Plásticos de Engenharia De 11 a 13 de novembro de 2014 Expo Center Norte – Pavilhão Verde - São Paulo - SP (Brasil) http://www.feiplar.com.br/ Café da Manhã ABRE - 2014 Palestra: A embalagem como promotora de vendas no PDV - Eduardo Bernstein – Diretor de Marketing da JBS Foods / Seara 26/11/2014 - 8h30 – 10h00 - Local: a definir http://www.abre.org.br
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