Plástico Sul 159

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Editorial DIVULGAÇÃO

Expediente Ano XV - # 159 - Novembro de 2014

Conceitual - Publicações Segmentadas www.revistaplasticosul.com.br R. Vicente da Fontoura, 2629 - Sala 03 CEP: 90640-003 - Bairro Petrópolis Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3062.7569 plasticosul@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844 Redação: Brigida Sofia Departamento Comercial: Débora Moreira Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777) Capa: divulgação Plástico Sul é uma publicação da editora Conceitual - Publicações Segmentadas, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 8.000 exemplares.

Chocolate

T

oda a goleada no futebol é chamada de “Chocolate”. De acordo com o livro “Chocolate” de Ana Paula Brasil e André Modenesi, a expressão surgiu em 25 de janeiro de 1981 no jogo entre Vasco e Internacional, que terminou em 4X0 para o time carioca e o narrador de rádio Washington Rodrigues decidiu colocar no ar a música “El Bodeguero”, que diz “Toma Chocolate, paga lo que debes”. A explicação desta famosa expressão futebolística se dá porque 2014 pode ser considerado o ano dos Chocolates. Levamos 7X1 dos alemães durante a Copa do Mundo em pleno solo brasileiro, a maior vergonha da história do futebol mundial. Mas não foi só no campo que tomamos um chocolate. Foi geral. A indústria como um todo sofreu um Chocolataço. A quantidade menor de dias úteis por conta da Copa do Mundo no Brasil, em junho, afetou a produção da indústria e seu faturamento. As eleições, por sua vez, influenciaram as expectativas em relação ao ambiente de negócios que, por consequência, influenciaram de forma negativa os investimentos da indústria, que se manteve mais cautelosa no período. Quem faz uma avaliação detalhada sobre os desafios de 2014 é o presidente da Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas (Adirplast), Laercio Gonçalves, na reportagem especial desta edição sobre o difícil momento vivido pelos empresários da distribuição. Estes dois eventos aconteceram em um período de baixa competitividade da indústria brasileira, o que resultou em 2013, no maior déficit comercial de produtos manufaturados da história do país. Isso significa que não está fácil para ninguém. Os transformadores estão amargando tempos difíceis, o que acarreta prejuízos a toda uma cadeia de fornecedores. Da mesma forma outros setores também passam por um momento complicado. É o Brasil na corda bamba. A dúvida é: desequilibraremos? Acredito que não. Passaremos de um lado para o outro desta corda suados e cansados. Mas manteremos o equilíbrio até o fim desta crise. Entretanto é preciso jogo de cintura, atitude e acreditem: fé. Uma coisa é certa, estamos todos no mesmo barco, ou melhor, na mesma corda. Equilibre-se e vamos nessa.

Filiada à

ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas Marca Registrada:

Melina Gonçalves / Editora melina.goncalves@conceitualpress.com.br 6 > Plástico Sul >>> 6 > Plástico Sul >>>


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PlastVipThe Ocean Cleanup

Por um planeta mais limpo

A

tualmente, muitos jovens querem unir trabalho e prazer, transformando o mundo em que vivem de uma maneira interessante, com métodos criativos. A história do projeto The Ocean Cleanup se encaixa nesse perfil, com um enredo que poderia ser uma boa ficção. Um garoto holandês de 16 anos foi mergulhar na Grécia e encontrou mais plásticos do que peixes. Interessado em mudar esta situação, imaginou um jeito de solucionar um problema que pode ser do tamanho de um oceano de maneira simples. Olhando o projeto atualmente, tem-se aquela sensação: mas como ninguém pensou nisso antes? A ideia é simplesmente despoluir os oceanos criando um sistema de coleta que faça uso dos movimentos naturais da água, ou seja, fazendo com que os resíduos se encaminhem para os pontos de captura. O The Ocean Cleanup tem como conceito que é sim importante prevenir o descarte de mais materiais na água, mas isso não basta, é preciso agir em relação aos que já estão lá. Em relação ao método, o autor da ideia chegou a dizer algo como: por que vamos nos mover até o oceano para recolher os resíduos se ele pode se mover até nós? Isso

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seria muito mais barato e menos trabalhoso, especialmente pensando em grandes áreas oceânicas. Além disso, esta coleta passiva também não prejudica a vida marinha. A ideia ganhou corpo e hoje conta com o apoio de profissionais capacitados em diferentes áreas de formação. Três deles são pesquisadores da Universidade de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, o Prof. M.Sc. Diego Piazza, a Profa. Dra. Rosmary Nichele Brandalise e o Acadêmico do curso de engenharia ambiental Kauê Pelegrini. Piazza, que é Coordenador do Curso de Produção Industrial de Plásticos (Tecnologia em Polímeros), participou do XVI FIMAI* / SIMAI – Feira e Seminário Internacional de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade apresentando o case do “Projeto The Ocean Cleanup no Brasil - Contribuição Brasileira com o uso da Tecnologia em Polímeros para Análise e Aproveitamento dos Plásticos dos Oceanos”, em novembro em São Paulo. Nesta entrevista, os pesquisadores contam como se deu esta aproximação com a equipe internacional e como o trabalho já é desenvolvido aqui no sul do Brasil, inclusive com a confecção de produtos.


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Pesquisadores da Universidade de Caxias do Sul (UCS) participam de projeto inovador em nível mundial, que visa utilizar as correntes marítimas como “meio de transporte” dos resíduos, instalando o sistema desenvolvido em locais específicos, conhecidos como “giro dos oceanos”.

Revista Plástico Sul - Fale sobre as ações do Projeto The Ocean Cleanup no Brasil, por favor? Como funciona, onde é feita a coleta? Quantos integrantes têm? O que foi preciso adaptar no modelo para a nossa realidade? Pesquisadores - O projeto da The Ocean Cleanup foi desenvolvido pelo holandês Boyan Slat, hoje com 20 anos, após se deparar com a situação de que ele deveria fazer algo para ajudar o planeta. Tal necessidade surgiu quando ele tinha 16 anos de idade e ao mergulhar na Grécia se deparou com uma quantidade enorme de resíduos poliméricos dispersos no mar. Desde então, ele tem apresentado, após inúmeros estudos, como proposta de solução para limpeza dos oceanos, um sistema de bóias e uma plataforma para coleta dos resíduos, com extensão de 100 km. O projeto visa utilizar as correntes marítimas como “meio de transporte” dos resíduos, instalando o sistema desenvolvido em locais específicos, conhecidos como “giro dos oceanos”. Desde o projeto inicial até o projeto atual, inúmeras adaptações foram propostas. A coleta dos resíduos do ambiente marinho será

realizada por meio de uma esteira, instalada no vértice deste sistema de bóias, que transportará o material coletado para uma plataforma que servirá como reservatório. O material será recolhido deste reservatório, por meio de containeres, num intervalo médio de 45 dias. Hoje os resíduos poliméricos do ambiente marinho foco de estudo têm sido recolhidos em uma praia do Havaí, próxima ao “giro do pacífico norte”, um dos 5 locais em que se pretende instalar o sistema de coleta. A equipe da The Ocean Cleanup conta com aproximadamente 100 integrantes, sendo que destes, três fazem parte da equipe de trabalho da UCS no Brasil. Plástico Sul - Como se deu a aproximação entre os pesquisadores da UCS e o projeto The Ocean Cleanup? Como funciona esta parceria? Pesquisadores - A aproximação entre a Universidade de Caxias do Sul (UCS) e a The Ocean Cleanup teve início no momento em que a equipe da UCS tomou conhecimento da proposta e dos desafios do projeto apresentados pelo jovem holandês Boyan Slat em um vídeo <<< Plástico Sul < 9


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PlastVipThe Ocean Cleanup

Acadêmico Kauê Pelegrini, Dra. Rosmary Nichele Brandalise e M. Sc. Diego Piazza

de conferência TED disponível na internet. Neste momento, a Profa. Dra. Rosmary Nichele Brandalise apresentou o respectivo vídeo ao bolsista de iniciação científica e graduando de engenharia ambiental Kauê Pelegrini, o qual se mostrou bastante motivado e fez contato com a The Ocean Cleanup de forma a buscar mais informações sobre a ideia do jovem holandês. Mal sabíamos nós que este contato, até então despretensioso, se transformaria nesta maravilhosa parceria que temos hoje. A parceria entre a UCS e a The Ocean Cleanup teve início após o jovem Boyan Slat (líder da equipe da Holanda) nos questionar de que forma nós da equipe da UCS, poderíamos auxiliar no desenvolvimento da proposta de limpeza dos oceanos apresentada por ele. Após uma reunião on-line com o responsável pela parte técnica do projeto, propusemos atividades que poderiam ser realizadas pelo grupo da UCS alinhadas com o interesse do projeto. Nos propomos analisar a potencialidade de reciclabilidade e os índices de degradação dos materiais poliméricos (resíduos) coletados nos oceanos, uma vez que temos conhecimento e infraestrutura adequada para desempenhar a tarefa na universidade, em especial no Laboratório de Polímeros da Instituição. Dias depois recebemos o primeiro lote de resíduos poliméricos coletados de uma região próximo do Havai. Iniciando assim os contatos periódicos realizados entre as equipes. Plástico Sul - A tecnologia do The Ocean Cleanup está protegida? Teve que ser comprada? Trocada? Como funciona esta parte?

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Pesquisadores - Sim, a tecnologia desenvolvida pela The Ocean Cleanup hoje está protegida, de forma que a metodologia desenvolvida pelo Boyan somente pode ser utilizada pela The Ocean Cleanup. Para que seja utilizado o nome da ONG e da tecnologia por ela protegida, somente pode ocorrer mediante autorização. Aqui no Brasil, é de nosso conhecimento que somente a UCS, através do projeto proposto, está autorizada para tal. Plástico Sul - A ideia do The Ocean Cleanup impressiona pela possibilidade de resolução do problema em larga escala, mas também pela simplicidade do modelo de limpeza – aproveitando os movimentos naturais - e a idade do criador. Como professores, qual a avaliação desse contexto? Será que os muito jovens estão mais aptos a enxergar o óbvio, neste caso a ideia de que não há razão em se mover até o oceano se o oceano pode se mover até nós? Pesquisadores - Sim, é preciso reconhecer que a simplicidade, o óbvio, apresentado na proposta da The Ocean Cleanup nos impressiona. Associado a isso, a real possibilidade de limpeza dos oceanos em um curto espaço de tempo se comparada com as propostas até então apresentadas e/ou conhecidas, tornam o projeto da The Ocean Cleanup um marco histórico. Contudo, ressalta-se que para que tenhamos sucesso neste desafio, é importante não utilizarmos mais os oceanos como gigantes depósitos de lixo. Ao avaliarmos os projetos desenvolvidos aqui no Brasil e na Holanda, que andam lado a lado, os mesmos servem de inspiração para que os jovens e futuros pesquisadores, independente de atuarem diretamente na indústria ou na academia, coloquem em prática suas ideias e sugestões para solucionar problemas criados pelo homem que até então estão sem solução. Acreditamos no olhar da atual geração, que de uma forma muito simples e dinâmica pode enxergar o óbvio onde até então nós não tínhamos conseguido observar. É de suma importância, que os jovens, assim como o Kauê e o Boyan, se envolvam cada vez mais nas questões que tangem as necessidades da sociedade. Os jovens deixaram de ser somente o futuro de uma nação, e sim tornaram-se o presente e o futuro, pois com ideias e sugestões inovadoras, como a apresentada pelo Boyan, muitos jovens tem se tornando verdadeiros atores e líderes das


mudanças que estamos acompanhando. Plástico Sul - A ideia foi do jovem, mas o desenvolvimento foi feito por uma equipe de profissionais e com grandes apoiadores. É isso? Pesquisadores - Sim. O projeto foi idealizado pelo Boyan Slat, mas todo o desenvolvimento é executado por uma equipe de profissionais altamente qualificada, hoje composta por aproximadamente 100 pessoas de diversos locais do mundo, possibilitando um rico intercâmbio cultural. Cada membro da equipe é responsável por atuar em uma área específica, desde a análise dos impactos ambientais até o marketing do projeto. A equipe da The Ocean Cleanup é composta por diferentes profissionais, tais como professores, pesquisadores, engenheiros, projetistas, administradores, oceanólogos, e entre todos nós da UCS. Plástico Sul - Retirar os materiais das águas é o primeiro passo, mas os resíduos retirados dos mares já são materiais de pesquisa do Curso de Produção Industrial de Plásticos do Centro de Ciências Exatas e da Tecnologia – CCET, da Universidade de Caxias do Sul (UCS), cuja turma produz utensílios resultantes dessa limpeza. Que utensílios são esses? Qual o destino deles? O projeto The Ocean Cleanup exige este seguimento por parte dos parceiros? Pesquisadores - O grupo de polímeros, dentro da proposta de trabalho junto ao projeto, avalia a possibilidade de reciclar os resíduos poliméricos oriundos dos oceanos. Dentro desta proposta, após algumas análises, verificou-se a real possibilidade de reciclar os materiais por meio da reciclagem mecânica e da geração de valor a estes materiais com confecção de produtos. Na oportunidade optamos por saboneteira, que é um produto que já vem sendo feito junto ao Laboratório de Polímeros da UCS. A ideia é desenvolver produtos que possam ser utilizados com mensagens de sensibilização ambiental indicando a origem do produto e o incentivo ao descarte adequado e a reciclagem. Não há uma exigência da The Ocean Cleanup quanto a confecção de artefatos poliméricos a partir do material recolhido dos oceanos e sim a necessidade de um estudo que busque avaliar a possibilidade de reciclar estes resíduos. Possibilidade esta que tem sido avaliada e identificada como possível pela UCS Plástico Sul - Existem outras universidades

brasileiras parceiras do projeto? Pesquisadores - A Universidade de Caxias do Sul, através da equipe do Grupo de Polímeros, é a única universidade brasileira hoje que faz parte do projeto, o que ao mesmo tempo nos enche de orgulho, tornando o projeto ainda mais desafiador para o grupo. Plástico Sul - Quais os próximos passos do projeto? O que é preciso desenvolver? Pesquisadores - O projeto piloto até então desenvolvido pela The Ocean Cleanup neste momento está em fase de implementação, ou seja, o projeto, encontra-se em fase de testes, de forma a avaliar a eficiência do sistema e quais são os ajustes necessários para posterior implementação em escala real, de acordo com a proposta inicial. Muito precisa ainda ser feito, inclusive pela equipe aqui no Brasil. Devido à existência de diferentes tipos de materiais poliméricos presentes nestes resíduos, precisamos buscar soluções práticas alinhadas com as necessidades de produção da indústria, para que possamos dar um destino seguro a estes resíduos. Neste momento testes reológicos, microbiológicos, térmicos e mecânicos estão sendo realizados com o intuito de avaliar as propriedades destes materiais. propriedades destes resíduos. Plástico Sul - Algo a acrescentar? Pesquisadores - Para nós da UCS participar deste projeto tem sido muito desafiador e estimulante, pois além de estarmos ajudando na proposta aqui do Brasil, conseguimos despertar o interesse da população quanto a este assunto até então pouco discutido no país. Tal fato é de suma importância, de tal forma que a The Ocean Cleanup reconhece o nosso trabalho, e enfatiza que as manifestações de apoio de brasileiros tem sido extremamente importantes. Estamos fazendo a nossa parte enquanto professores, pesquisadores e graduandos. Talvez da próxima vez que o Boyan for novamente mergulhar na Grécia consiga observar a redução dos resíduos oriundos do mar, fruto desse trabalho que está sendo desenvolvido em conjunto no mundo inteiro. Este é o sonho dele, que passa a ser nosso também. Saiba mais em www.theoceancleanup.com.

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Especial Por Brigida Sofia

Mesmo que movimente um volume baixo de resinas em termos percentuais, 10%, a distribuição é de vital importância na indústria plástica brasileira graças ao perfil da imensa maioria das transformadoras. Assim, a avaliação destas empresas é como um verdadeiro raio-x do andamento do setor. Desde o primeiro semestre de 2013, o volume distribuído vem crescendo, assim como o faturamento semestral. O que não quer dizer que todos estejam muito satisfeitos.

Balanço desfavorável 12 > Plástico Sul >>>

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Distribuição


A

participação das empresas associadas à ADIRPLAST (Associação Brasileira dos distribuidores de resinas) é de cerca de 10% do mercado de distribuição de resinas e os principais produtos oferecidos são as commodities: Polietileno, polipropileno e poliestireno, além de especialidades e filmes de BOPP/BOPET. Em 2013, foram comercializadas 380 mil toneladas, entre PE (55,8%), PP (26,%), PS (9,5%) e especialidades (8,5%), tendo o ABS como destaque. No primeiro semestre de 2014, foram 197 mil toneladas. A MaxiQuim aponta que houve evolução semestral no volume de resinas distribuídas depois do 1S 2013 (1S 2013, 187 mil toneladas; 2S 2013, 193 mil toneladas; e 1S 2014, 197 mil toneladas). Números que, no entanto, estão abaixo dos registrados nos semestres de 2010 a 2012. Os dados também indicam aumento da participação de PE no volume; em 2013 foram 55,8% e no primeiro semestre de 2014, 56,2%. O faturamento semestral apresentou o segundo crescimento consecutivo (1S 2013, 1.145 MM R$; 2S 2013, 1.249 MM R$; e 1S 2014, 1.355 MM R$). No faturamento, houve aumento na participação em PE e PS no 1S 2014 em relação ao ano 2013. A Região Sul respondeu a 27,6% do volume comercializado em 2013, exatamente o mesmo percentual nas vendas do primeiro semestre do ano. Na avaliação por trimestres em 2014, houve queda em volume e faturamento do segundo em relação ao primeiro. No entanto, a expectativa para o terceiro trimestre é de aumento de 10,4% no volume em relação ao 2T 2014. Para o ano, é previsto um aumento em volume para 407 mil toneladas. Sobre o faturamento, há possibilidade de aumento de 7,2% no 3 TRI e 15,5% no ano, mantendo a expectativa do bom 1 TRI 2014. Apesar desses números e projeções, o presidente da ADIRPLAST, Laércio Gonçalves, comenta que 2014 foi um ano de dificuldades. “Dois eventos muito próximos, a Copa do Mundo e as Eleições, tiveram impacto negativo na produção”. Ele diz que esta avaliação é feita mediante a pesquisa e análise realizada pela Maxiquim com os distribuidores, que neste caso foi realizada em junho. “Como já tínhamos passado por um primeiro semestre difícil, as expectativas estavam para um futuro melhor para a distribuição no segundo semestre de 2014, em relação ao volume e faturamento. Foi vista a real situação apenas no decorrer dos meses, que não iria acompanhar a previsão dada no início do período”. O presidente da ABIPLAST, José Ricardo Roriz Coelho, faz um balanço do mercado de forma geral, mas aponta os mesmos fatores. “O ano de 2014 foi de fraco desempenho da indústria brasilei-

ra como um todo. A quantidade menor de dias úteis por conta da Copa do Mundo no Brasil, em junho, afetou a produção da indústria e seu faturamento, porém temos que ressaltar que mesmo desconsiderando esses efeitos, a indústria como um todo teve um fraco desempenho em 2014”. As eleições, por sua vez, influenciaram as expectativas em relação ao ambiente de negócios que, “por consequência, influenciaram de forma negativa os investimentos da indústria, que se manteve mais cautelosa no período. Portanto, em suma, a indústria em 2014 apresentou resultados aquém dos apresentados em outros anos”, avalia. A expectativa para 2015 é da manutenção de um cenário ainda difícil para indústria, porém, analisa a ABIPLAST, é um ano onde o governo eleito já começará com maior definição de sua equipe econômica e a expectativa da entidade é que essas definições trarão melhores condições para análise e posicionamento industrial. Pontos chave no setor, a importação e a questão das revendas não tem balanço positivo em 2014. “Segundo o monitoramento de indicadores do mercado de distribuição de resinas plásticas no Brasil realizado pela MaxiQuim para a ADIRPLAST, no período Janeiro a Setembro as importações já tinham superado em 2% as importações totais realizadas em 2013. Isto demonstra que o aumento de importações segue a tendência de aumento que vem apresentando nos últimos anos. Quanto à revenda, também continua em crescimento”, diz Gonçalves.

Relacionamento

Gonçalves aponta as principais demandas dos transformadores na relação com as distribuidoras: atendimento ágil, com entregas em até 24 horas de matérias-primas em qualquer quantidade e grade em qualquer lugar do Brasil; prestação de serviços de pós-venda; suporte técnico; financiamento. Roriz reafirma, dizendo que as demandas sempre citadas pelas empresas são disponibilidade de matérias-primas, em quantidades e “grades” (especificações) adequados; melhoria nos prazos de entrega; preços competitivos e maiores prazos de pagamentos. Já na relação petroquímicas e distribuidores, as principais demandas das petroquímicas são, segundo o dirigente da ADIRPLAST, eficiência, profissionalismo, idoneidade e capacidade de atender às necessidades do transformador, incluindo assistência técnica de qualidade. “O relacionamento atual continua adequado e muito satisfatório”.

Braskem: segurança que mitiga riscos

A Braskem tem como distribuidores autorizados a Activas, Eteno, Fortymil, Mais Polímeros e <<< Plástico Sul < 13


EspecialDistribuição Nova Piramidal. Eles disponibilizam para o mercado nacional as resinas produzidas pela empresa (PE, PP, EVA e PVC) e outras resinas (especialidades : ABS, PC, PS e outras) como complemento de portfólio. Segundo Antonio Luis Acetoze, gerente responsável pela Distribuição da Braskem, a política de linha de corte não é referenciada somente em volume (25 ton/mês), mas também no perfil de compra do cliente transformador, que considera número de grades, quantidade de entregas no mês. Acetoze diz que os distribuidores autorizados são um braço muito importante para Braskem. “Eles estão estruturados, tem gestão e conhecimento para garantir a qualidade dos serviços prestados, aliados à qualidade dos produtos Braskem. Nosso grupo de distribuidores vem crescendo acima do crescimento do mercado e representam hoje cerca de 10% do volume vendido”. O crescimento em 2014, se comparado o mesmo período (Jan – Out) de 2013, foi acima de 6% em PE e acima de 3,5% em PP. Para Acetoze, os distribuidores autorizados da Braskem fecharão 2014 com um crescimento significativamente superior ao crescimento do mercado de PE e PP e com rentabilidade adequada ao negócio de varejo. “O maior crescimento dos distribuidores autorizados Braskem foi no Nordeste, sendo mais de 22% em PE e mais de 20% em PP”. Para o gerente responsável pela distribuição da Braskem, a principal demanda dos transformadores na relação com os distribuidores é a de segurança do fornecimento, que pode ser traduzida em garantia da origem, qualidade e fornecimento regular. “Essa segurança mitiga riscos, surpresas para os compradores / transformadores, além dos problemas de produtividade e qualidade do produto final. Também é uma demanda dos transformadores a competitividade e por isso a Braskem tem o compromisso de oferecer condições competitivas para seus distribuidores autorizados”, avalia.

INNOVA: variedade de grades disponíveis na compra

A Innova trabalha com as distribuidoras Activas, Dax, Produmaster, Advanced e Fortymil. As resinas comercializadas são poliestireno e ABS/SAN. A distribuição atende volumes inferiores a 13,75 ton, a linha de corte é necessária para otimizar o fluxo logístico da companhia. “Atualmente as vendas através do canal de distribuição representam aproximadamente 7% do volume total das vendas de PS e 17% das vendas de ABS/SAN”, diz Marcos Pires, coordenador de Marketing & Inteligência de Mercado. A distribuição foi responsável por 4.500 ton de poliestireno e 1.236 ton de ABS, aproximadamente somente no primeiro semestre. “Em 14 > Plástico Sul >>>

comparação ao período anterior há uma pequena redução do mercado de resinas”. Ele diz que no balanço de 2014, as vendas via canal distribuição tendem a se manter estáveis em relação ao ano anterior, “até mesmo porque o mercado de resinas em 2014 não aponta crescimento significativo”. Uma das principais demandas dos transformadores para a distribuição é variedade de grades disponíveis no momento da compra, informa Pires. Ele fala sobre os produtos e mercados do PS. “O poliestireno é considerado um polímero maduro no mercado das resinas, mesmo com esse conceito a Innova continua apresentando constantes evoluções em performance e aplicações dos seus grades de PS. Em 2013, a Innova lançou o R 770, ótimo grade para aplicações em descartáveis e embalagens, produto já consolidado no mercado. Recentemente lançamos o R 940D desenvolvido especialmente para o segmento de linha branca, possui excelentes níveis de resistência mecânica e química e ainda permite redução de espessura de parede das peças, sem perder performance técnica”. Como resultado, o R 940D possibilita um menor consumo de energia no processo produtivo, produtos finais mais leves e menor emissão de gás de efeito estufa no transporte. Em 2013 os segmentos que mais contribuíram em volume de vendas da Innova foram descartáveis e linha branca, seguidos de embalagens. “O cenário econômico do primeiro semestre de 2014 não foi muito favorável para o crescimento da indústria, o consumidor final está mais cauteloso com os gastos. Mesmo com estas dificuldades acreditamos que encerraremos o ano com volume de vendas muito próximo do ano anterior”.

DOW: linha de corte variável

A Dow trabalha com a SM Resinas e a Entec - Ravago. São comercializadas todas as resinas do portfólio de Packaging & Specialty Plastics da Dow, includindo lineares (LLDPE), polietileno de alta baixa densidade (LDPE), polietileno de alta densidade (HDPE) e Especialidades. A linha de corte depende do produto, do mercado e da aplicação. Rogério Mantovani, gerente de Contas de Embalagens e Plásticos de Especialidade da Dow, diz que a linha de corte é informação estratégica e a Dow não divulga, “mas podemos dizer que varia”, assim como a participação (%) das distribuidoras nas vendas da petroquímica, também é confidencial/estratégica. Ele afirma que as principais demandas dos transformadores na relação via distribuidoras é a flexibilidade de logística (para compras em menores quantidades ou fracionadas), flexibilidade de crédito, assistência técnica, desenvolvimento de aplicações e inovações e preço competitivo.


Distribuidores apontam período difícil Para a Activas, o mercado brasileiro de resinas termoplásticas iniciou 2014 com expectativas tímidas de crescimento, ou seja, entre 3,0% e 3,5% sobre 2013, um pouco acima das projeções do PIB (Produto Interno Bruto), que foi projetado de 2% a 2,2%. Mas termina o ano com crescimento bem menor do que as expectativas. “O fato real é que a indústria brasileira atravessa uma fase crítica de falta de competitividade, o que resultou em 2013, no maior déficit comercial de produtos manufaturados da história do país. Segundo informações da ABIPLAST, o consumo aparente brasileiro de transformados plásticos em 2013 atingiu 7.236 milhões de toneladas, sendo que, desse volume,

aproximadamente 731 mil toneladas (algo em torno de 10%) equivalem a produtos importados”, avalia o diretor da Activas, Laercio Gonçalves. Particularmente no caso das resinas, ele avalia que o maior impacto nos custos é derivado das matérias-primas, como a nafta e outros intermediários, que têm seus preços dolarizados. Esses fatores comprometem a competitividade da indústria brasileira perante as condições privilegiadas de produção no Oriente Médio, favorecido com ampla oferta de gás barato, e nos Estados Unidos, com o shale gás. “Também tivemos um primeiro semestre prejudicado pelos acontecimentos no país, como a Copa do Mundo e neste segundo se-

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EspecialDistribuição mestre a questão das eleições, o que gerou ainda mais uma desaceleração para todos os segmentos produtivos e consequentemente o desempenho do mercado caiu, ficando, como já dito anteriormente, bem abaixo das expectativas este ano”, reforça. A Activas é distribuidora oficial com atuação nacional, sendo a matriz em SP e filiais no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e Pernambuco. Há 24 anos fornece resinas termoplásticas para micros a grandes empresas. Com um portfólio completo e diversificado, entre resinas commodities e especialidades (PP, PE, EVA, UTEC, PS, Stylolux, Styroflex, ABS, ABS-PC, PMMA, SAN, Copoliéster, Tritan, PC, Aditivos, Agente de

CADE apresenta definições sobre negociações entre petroquímicas

Este ano o setor esteve diante de duas decisões importantes envolvendo petroquímicas e o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). As questões Videolar/Innova (aprovada) e Braskem/Solvay Indupa (reprovada). Laércio Gonçalves, da Adirplast, avalia sobre a questão: “não creio que tenham impacto significativo”. Marcos Pires, da Innova, diz que a aquisição da Innova pela Videolar não afetará o modelo de negócio relacionado ao canal de vendas através da distribuição. Para a ABIPLAST, movimentos de consolidação são importantes para que a petroquímica possa se tornar competitiva em um nível global, porém sempre é preciso analisar os impactos dessas consolidações na dinâmica do mercado brasileiro para evitar que possíveis consolidações impliquem em possibilidade de aumento de preços de matérias-primas no Brasil, reduzindo assim a já comprimida competitividade do transformado plástico brasileiro. “No caso da Videolar/Innova e a concentração do mercado de PS brasileiro, entendemos que tal operação é relevante para consolidar a produção dessa matéria-prima, ganhar escala e competitividade, porém ainda assim, mantêm-se no mercado dois players relevantes para manter o nível concorrencial. Além disso, o CADE aprovou a operação impondo que o nível de produção seja mantido para atender a demanda e o próprio CADE fará periodicamente o monitoramento do nível de oferta/demanda do mercado”, diz Roriz. No caso Braskem/Solvay Indupa a entidade optou por não se manifestar. Aparecido Luis Camacho Gomes, da Mais Polímeros, afirma que as expectativas são as melhores possíveis, “ao encontro das boas práticas de um mercado competitivo, saudável e alinhado às realidades do mercado global no qual estamos inseridos”. James Tavares, da SM Resinas, lembra que fusões e aquisições são um fato neste mercado. “A análise criteriosa das operações pelo CADE e a manutenção de condições que permitam a importação em condições de competitividade são os mecanismos adequados para manter o equilíbrio entre os atores do setor. Como todos os processos de grande envergadura haverá num primeiro momento a impressão de que para determinadas empresas foi bom e para outras nem tanto. Com o tempo, o mercado se ajusta e predominam as melhores posicionadas estrategicamente e mais profissionalizadas”. Para Marcelo Berghahn, da Apta Resinas, o setor vai se ajustar bem à essa consolidação. 1616 > Plástico > Plástico SulSul >>> >>>

Purga, Concentrados de Cor e Desenvolvimentos Personalizados), representando as petroquímicas Braskem, Unigel, Eastman, Innova, Styrolution, Bayer, Chem Trend e Actplus. A Activas tem hoje 100 colaboradores entre matriz e filiais, possui frota própria com 25 veículos, e a estrutura tem uma capacidade total de armazenagem de 10.000m² e capacidade de entrega de 246.750 kton/dia. As resinas commodities representam a maior fatia do volume de negócios, sendo 85% da comercialização das resinas commodities perante à 15% das especialidades. A empresa importa algumas resinas de especialidades, dos Estados Unidos, o que representa 10% do faturamento. “O mercado brasileiro é muito deficiente em resinas de especialidades, por isso a necessidade da importação de tais produtos para comercialização”, diz Gonçalves. Ele diz que todas as regiões do país apresentaram um bom resultado em 2014, pois em algumas a empresa teve um melhor resultado em volume, em outra em faturamento, sendo que em algumas unidades tem o incentivo do governo, o que faz com que esse resultado final seja balanceado entre as regiões. O maior investimento deste ano foi em estrutura e adequação dos processos internos, tudo para oferecer um atendimento de excelência ao cliente. “Temos uma renovação constante de nossa frota de veículos, mudanças estratégicas como a mudança de galpão do nosso centro de distribuição de uma das filiais, estudos e pesquisas para investimentos em novos mercados para viabilização de abertura de novas filiais”. Por outro lado, antigos desafios permanecem. “No setor de distribuição, temos sempre a questão do alto valor agregado, margens de lucros apertadas e o alto risco. O que exige que as empresas tenham grande eficiência em sua gestão e controles rígidos de seus negócios”. Ao mesmo tempo, a informalidade é um dos principais fatores que prejudicam a distribuição oficial, e essa informalidade cresce cada vez mais no mercado de resinas. "Muitas empresas trabalhando de maneira inadequada e, desta forma, contaminando o mercado e prejudicando nosso negócio”, diz.

Ano desafiador

O gerente comercial da Mais Polímeros, Aparecido Luis Camacho Gomes, diz que o ano de 2014 foi desafiador em todos os sentidos. “Vivenciamos forte competição associada à desaceleração da atividade por uma combinação de fatores: sociais, econômicos, financeiros, tributários e políticos no qual o Brasil está inserido e que particularmente em 2014 impactaram na queda


Pires, da Innova: transformadores querem variedade de grades no momento da compra

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da demanda e substituição da produção local por resinas e manufaturados importados”. A Mais Polímeros é distribuidora oficial de resinas das petroquímicas Braskem e Unigel. Trabalha com a distribuição de PP's Homopolímeros, PP's Copolímeros Heterofásicos, PP's Copolímeros Random, PEAD's para Filmes, Injeção, Extrusão e Sopro, PEBD's para Filmes e Injeção, PEBDL'sButeno, Hexeno e Octeno, EVA's para Filmes, Placas e aplicações em Hot Melt, PS's Cristal e PS's Alto Impacto; além das famílias de especialidades em PE Verde, Pluris, Symbios e Prisma da Braskem e SAN, Acrílico e alguns Policarbonatos disponíveis da Unigel. As commodities representam hoje 95% do faturamento e as especialidades 5% . Tem estrutura para armazenar entre 5 a 6 Kton/mês e movimentação equivalente ao dobro desse volume, entre 10 e 12 Kton/mês. A empresa está estruturada para atender principalmente as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul do país, porém tem alcance e condições de fornecer aos clientes de todo o Brasil. “Além disso, temos uma operação enxuta, contando com 40 colaboradores diretos e 10 representantes comerciais. Nossa operação logística é mista, contando com parceiros terceirizados para cargas fechadas e frota própria para cargas fracionadas - pois estas exigem maior versatilidade, acessibilidade em termos de regiões/horários e agilidade para os deslocamentos”, explica Camacho. Ele faz uma análise de mercado por setores. No PP os segmentos de Injeção e Extrusão para aplicações em produtos para tampas, cosméticos, farmacêuticos e alimentos em geral foram os destaques do ano; sendo que neste mesmo segmento, as aplicações mais afetadas foram para os produtos

automobilísticos e de eletroeletrônicos. No PE, o segmento de Sopro para aplicações em frascos para indústria química, higiene e produtos agrícolas e o segmento de filmes para alimentos, embalagens e produtos promocionais foram os destaques positivos do ano; sendo que as aplicações em frascos para produtos de limpeza, automobilísticos e eletroeletrônicos tiveram performance abaixo das expectativas. “Acreditamos que muito em função do ‘racionamento’ do uso da água, principalmente em SP, associada à sazonalidade e aos impactos macroeconômicos em alguns setores”, comenta.

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EspecialDistribuição

Mais Polímeros reduziu sua estrutura, baixou os custos fixos e investiu em pessoas e na aquisição de frota própria

No EVA, as aplicações em produtos para chapas/placas foram o destaque, principalmente nas aplicações para a fabricação de brinquedos, calçados e produtos de decoração. E, para finalizar, em PS, as embalagens descartáveis seguem como a principal demanda. Do ponto de vista interno, este foi um ano em que a Mais Polímeros reduziu sua estrutura, baixou os custos fixos de operação e investiu principalmente em pessoas e na aquisição de frota própria para cargas fracionadas. “A distribuição oficial opera com margens estreitas em função do alto custo de transporte, armazena-

Números

*Em 2013, foram comercializadas 380 mil toneladas, entre PE (55,8%), PP (26,%), PS (9,5%) e especialidades (8,5%), tendo o ABS como destaque. No primeiro semestre de 2014, foram 197 mil toneladas. *Houve evolução semestral no volume de resinas distribuídas depois do 1S 2013 (1S 2013, 187 mil toneladas; 2S 2013, 193 mil toneladas; e 1S 2014, 197 mil toneladas). Números que, no entanto, estão abaixo dos registrados nos semestres de 2010 a 2012. *Aumentou a participação de PE no volume; em 2013 foram 55,8% e no primeiro semestre de 2014, 56,2%. *O faturamento semestral apresentou o segundo crescimento consecutivo (1S 2013, 1.145 MM R$; 2S 2013, 1.249 MM R$; e 1S 2014, 1.355 MM R$). *No faturamento, houve aumento na participação em PE e PS no 1S 2014 em relação ao ano 2013. *A Região Sul respondeu a 27,6% do volume comercializado em 2013, exatamente o mesmo percentual nas vendas do primeiro semestre do ano. Fonte: ADIRPLAST/Maxiquim 1818 > Plástico > Plástico SulSul >>>>>>

gem, juros e prestação de serviços. Além disso, o risco e exposição são elevados e sem cobertura por garantias e/ou seguros associados. As margens flutuam entre 0,5% a 1,0%, a depender do mês em questão. Daí a necessidade de termos sempre uma estrutura de baixo custo e com elevada performance operacional”, comenta Camacho. Sobre o caso das revendas, ele diz que “esse é um tema difícil de se abordar e de uma verdade mais difícil ainda de se combater no dia-a-dia. De fato, acreditávamos que com o advento da nota fiscal eletrônica, a tendência seria desse ‘nicho’ acabar, mas o que percebemos no mercado é um volume de negócios presente e regular que nos atrapalha muito, pois não atuamos dessa forma”, afirma. “Nossa expectativa é de que com o SPED Fiscal, todas as empresas operem dentro da legislação vigente e que tenhamos uma competição mais leal e justa para com todos os participantes do mercado nacional”.

Excesso de matérias- primas, baixas margens e aumento da inadimplência

Para James Tavares, da SM Resinas, 2014 se mostrou um ano muito difícil. “Percebemos uma queda nos investimentos, baixo crescimento e queda na competitividade da indústria. Não vemos grandes perspectivas para mudança de cenário em 2015, face aos ajustes necessários na economia”. Ele lembra que havia uma expectativa no setor em decorrência da Copa do Mundo, mas na prática nos mercados em que atua observou uma indústria retraída, com baixa demanda e com dificuldades de repassar para os preços dos seus produtos os aumentos de custos ocorridos. Este quadro levou a um excesso de oferta de matérias-primas, baixas margens e aumento da inadimplência. Ele acredita que o mercado plástico brasileiro está passando por uma transição onde cada vez mais os produtos que utilizam resinas consideradas commoditties estão perdendo espaços para produtos que levam resinas especialidades. “Para acompanhar esse movimento, seguimos desenvolvendo as linhas de especialidades da DOW, que atendem várias aplicações como por exemplo Adesivos de coextrusão, modificadores de impacto, selagem com contaminantes, easy-open e etc”. A SM Resinas é uma empresa espanhola com mais de 50 anos dedicados à distribuição de resinas termoplásticas para a indústria de transformação. No Brasil, opera há 13 anos e conta com três Centros de Distribuição localizados no Sul e Sudeste do Brasil (Santo André – SP, Colombo – PR e Novo Hamburgo – RS). A linha de produtos abrange desde produtos para aplicações de menor valor agregado até especialidades. É distribuidora oficial da DOW Química, onde trabalha com a linha


de Polietilenos sendo: HDPE, LDPE, LLDPE, LLDPE C8, mLLDPE e especialidades com as famílias Affinity, Amplify, Versify, Attane, Sealution e Primacor. Ainda em Polietilenos, é distribuidora exclusiva dos materiais DOW para rotomoldagem. “Também somos distribuidores de produtos de uma ampla linha de compostos de carbonato de cálcio e talco fabricados por GCR Group cuja marca Granic é amplamente reconhecida como de qualidade diferenciada nos mercados de Polietileno ( filmes e sopro), Polipropileno (Laminas alveolares e injeção) e Poliestireno (Termoformagem)”, diz Tavares. A empresa não divulga números de vendas, entretanto, espera fechar 2014 com o mesmo volume de vendas de 2013. “Trabalhamos para crescer as vendas de especialidades, mas nossas vendas de commodities continuam a ser o carro-chefe da empresa. Trabalhamos para aumentar o nosso portfólio de produtos e para prestar um melhor serviço ao nosso cliente. Aliado a isto, estamos aumentando nossa força comercial com a contratação de mais vendedores para atender com excelência nossos clientes”, comenta Tavares. A SM Resinas importa PE da Dow, Polipropileno e compostos de carbonato de cálcio e talco. Essas operações de importação têm aumentado a representatividade ano a ano. “Entendemos que por uma definição estratégica, os transformadores são receptivos a novos fornecedores e novos produtos. Estas empresas buscam qualidade e custo competitivo. Com nossa experiência internacional podemos ajudar e estamos empenhados no tema”, analisa Tavares. Os limitadores de uma maior expansão continuam a ser os gargalos de infraestrutura,

burocracia e excessiva lentidão para a realização das operações de nacionalização dos materiais. “Estes problemas agregam custos operacionais desnecessários que acabam tirando um pouco a competitividade mas a cada ano se mostram como uma boa e irreversível alternativa”. Com o quadro apresentado, de baixa demanda, excesso de oferta, as margens geradas na distribuição estão em queda. “Importante num cenário como esse é o de desenvolver novos produtos, aumentar a produtividade e manter rigoroso controle de custos”. Na questão das revendas, também não há nada positivo. “Percebemos um aumento da revenda informal de materiais . Quando existe a informalidade, a competição se torna desleal, mas acreditamos na melhora deste quadro ano a ano”. A região Sudeste, pelo tamanho do mercado, continua a ser o destino da maior parte de vendas. A região Sul é muito importante para a empresa, onde conta com dois Centros de Distribuição que possuem o portfólio completo. “Entendemos que estar próximo desses mercados é a maneira mais competitiva e que gera mais valor para a cadeia”.

Importação: desafios crescentes

A Entec-Ravago trabalha com os produtos das petroquímicas Dow-Química; Unigel; Celanese; Rhodia-Solvay; Eastman: Styrolution; Styron; DSM; Petroken e Maskom, levando ao mercado as resinas Polietilenos; Poliestirenos; Poliacetais; Poliamidas 6 e 6.6; ABS; Co-Poliéster; Polipropilenos ; Carbonato de Cálcio, SAN; Compostos de Polipropilenos, Policarbonatos; PMMA(resina acrílica) ; PBT e Elastômeros polieolefínicos. Na empresa, a logística é terceirizada e a distribuição se dá da

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EspecialDistribuição seguinte maneira, 92% resinas commodities e 8% para as especialidades. “Tivemos um desempenho que considero bom se levarmos em conta o panorama econômico, competição com regras desiguais em relação a alguns competidores com produtos importados”, avalia o gerente geral Osvaldo Cruz. A Entec- Ravago importa diversos grades das famílias citadas, fundamentalmente dos EUA, Argentina e Turquia. “A importação é uma necessidade para a nossa empresa em alguns produtos, contudo importação no Brasil sempre é um risco em virtude da instabilidade econômica que acaba por afetar o câmbio, impactando muito o resultado do negócio”, comenta. Para Marcelo Berghahn, diretor comercial da Apta Resinas, 2014 fecha como um ano de baixo crescimento, dado à desindustrialização de alguns setores no Brasil. Ele compara que “2013 havia sido um ano muito bom, e 2014 encerra como um ano de crescimento menor que 2013”. Em 2014, a empresa registra aumento da capacidade logística em SC e SP, e incremento da equipe de vendas nestas duas regiões. A APTA é um distribuidora oficial de Resinas, com 15 anos de mercado, atuante em todo o Brasil. A matriz é em São Leopoldo – RS, e possui filais logísticas e comerciais em Joinville e São Paulo. Parte de sua frota é própria e parte terceirizada. Trabalha como distribuidor oficial das petroquímicas multinacionais BASF, RADICI, SAMSUNG E STYROLUTIO, ofertando commodities e especialidades. A empresa importa resinas de diversos países e os materiais importados têm uma participação importante nos seus negócios. Berghahn dia que a importação a cada dia fica mais difícil. “Sofremos com a burocracia e lentidão do nosso país. A cada momento, novas regras, mais taxas, novos dumpings, tudo fica mais caro, dificultando a importação e castigando, por consequência, a produção de produtos no país”. Ao mesmo tempo, as margens do setor de dustribuição são “cada vez

Logística

Apontada como um dos maiores problemas do Brasil, a logística segue como desafio. A ABIPLAST comenta que em 2012 o governo lançou, a fim de incentivar os investimentos privados e públicos no setor de logísticas, o Programa de Incentivo a Logística (PIL). “Contudo, apesar do esforço, não conseguimos obter avanços significativos na logística brasileira de modo que afetasse de forma positiva e significativa os custos no Brasil. Além do sistema de transporte, outras questões influenciam e pesam no chamado Custo Brasil, somando fatores que vêm prejudicando indústrias do país todo, pois afetam sua competitividade. É necessário que todos os setores envolvidos, como energia e transporte, unam força para desafogar essa dificuldade que a indústria brasileira enfrenta”, afirma Roriz. 2020 > Plástico > Plástico SulSul >>> >>>

menores sim, principalmente devido à competição desleal e informalidade. Diferenças fiscais e atuações suspeitas fazem com que preços sejam desestruturados, mercado perde a referência”. Ele não vê um crescimento. “Não percebemos exatamente um aumento, mas a continuidade destas ilegalidades/informalidades. Isso atinge diretamente as empresas idôneas e corretas. Porém, muitos clientes já reconhecem e barram esse tipo de fornecedor”.

Perspectivas 2015

Para Lercio Gonçalves, da Activas, “como sempre PP e PE devem continuar a ser os carros-chefes das resinas, mas podemos ver grande destaque para o ABS que vem mantendo um ótimo patamar de vendas durante o ano de 2014 e deve continuar para o ano de 2015”. Aparecido Luis Camacho Gomes, da Mais Polímeros, diz que pela diversidade do mercado brasileiro é difícil prever ao certo que resinas se destacarão em 2015, mas levando-se em conta os cenários e tendências do mercado, economia, mundo e setor, acredita que os polipropilenos e os polietilenos terão sinal verde para crescer e ampliar mercados e aplicações. “E, como opinião, particularmente, acreditamos muito na evolução do PE Verde pela maior conscientização dos consumidores e pelo conceito de sustentabilidade associado ao produto com a facilidade de uso/aplicação e custo zero de substituição”. Osvaldo Cruz, da Entec-Ravago, diz que não há uma resina em destaque para 2015. “Esperamos uma melhora dos fundamentos econômicos para que a indústria inicie um processo de recuperação. Uma vez que isso acontecer a resposta será positiva para todas as resinas”. Ele diz que as margens estão muito apertadas. “Muita oferta de produtos, concorrendo com alguns competidores em condições desiguais (tributária), economia desfavorável, crescimento negativo da indústria, etc”. Já o movimento das revendas informais são permanentes. “A diferença da cobrança interestadual do ICMS para produtos importados facilitou esse movimento. A influência é negativa, contribui para complicar o já complicado setor, na medida em que afeta a competição”. James Tavares, da SM Resinas, diz que “não vemos grandes perspectivas para mudança de cenário em 2015, face aos ajustes necessários na economia”.


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Tendências

Embalagens

& Mercados

Momento de estabilidade e de atenção

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As embalagens têm vários papeis no consumo dos produtos além do simples envase. Atratividade, conservação e segurança nutricional são itens importantes que chamam a atenção de muitos consumidores. Fraudes em alimentos de grande consumo, como o leite, indicam a necessidade de maior controle para produtos feitos em grande escala, pois mesmo marcas conhecidas apareceram nas listas negras. Nesta linha as embalagens inteligentes são aliadas, com tecnologias que barram a venda de itens passados. A Braskem está investindo na área, o que traz a ideia de maior proximidade desta realidade às prateleiras brasileiras, mesmo que não a curto prazo . No recente 1º Congresso Brasileiro do Plástico, as embalagens para alimentos foram destaque na programação, em especial para alimentos frescos.


setor. É com base nessas informações que orientamos nossos associados”, afirma. Para a presidente da ABRE, há que se buscar alternativas para driblar cenários mais áridos. “Temos que procurar soluções criativas, propor formas inovadoras para contornar situações adversas. A ABRE estará sempre pronta para receber propostas e ao mesmo tempo estimular ações nesse sentido; este é o nosso papel”, declara Gisela. O estudo é divulgado pela ABRE há 16 anos e coordenado pelo economista Salomão Quadros, Coordenador de Análises Econômicas do IBRE/ FGV (Fundação Getúlio Vargas).

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A

ABRE - Associação Brasileira de Embalagem, em seu balanço do primeiro semestre de 2014 e previsões para o segundo, indicou que as perspectivas para o valor da produção para o ano são da ordem de R$ 56 bilhões, comparados aos R$ 51,8 bilhões gerados pela indústria em 2013. Entre os dados revelados no estudo, está também o índice de desempenho da produção física de embalagem, que no primeiro semestre de 2014 variou negativamente em 0,73% em relação ao mesmo período de 2013. Esta queda está mais concentrada no segundo trimestre, quando a produção recuou em dois dos três meses. Das cinco classes de materiais pertencentes ao setor de embalagens, apenas a Metálica apresentou saldo positivo: crescimento de 5,92% no semestre. As outras quatro apresentaram taxas negativas: Papel (-1,99%); Plástico (-1,39%), Vidro (-1,17%) e Madeira (-22,44%). O nível de emprego da indústria de embalagem atingiu 230.909 postos de trabalho, um acréscimo de 719 postos, em relação a junho de 2013. Para Salomão Quadros, coordenador do estudo, “a taxa de crescimento do emprego, que iniciou o ano passado em torno de 2%, vem recuando desde então”, afirma o economista. Para o setor plástico, a boa notícia é que se mantém como a indústria que emprega mais: 52,72% do total de empregados, segundo dados avaliados até o fim do primeiro semestre. O estudo aborda também os números das importações e exportações, índices de confiança, entre outros aspectos do setor. As exportações apresentam números negativos nos materiais: vidro (-7,50), plásticos (-9,35) e papel/papelão (-3,83) e crescimento em metálicas (35,47) e madeira (0,45). “Em uma comparação, sem distinção por tipo de material, entre os desempenhos dos primeiros semestres, em 2013 em relação a 2012, o crescimento havia sido de 6,57%. Já entre no primeiro semestre de 2014, em relação ao primeiro de 2013, a variação é negativa, da ordem de -4,11%, um recuo considerável”, avalia Salomão. Para 2014, o cenário mais provável para o setor de embalagem é de estabilidade. Caso a modesta recuperação esperada para o segundo semestre, implícita neste cenário, não se materialize, a produção física de embalagem poderia recuar 0,7%. “Os dados não revelam uma situação muito animadora ou otimista. Porém, temos que nos lembrar de que a indústria de embalagem é um retrato fiel e real da situação econômica do país. Todos sabem que a indústria, de uma maneira geral, vem sofrendo bastante nos últimos meses”, declara Quadros. Na visão de Gisela Schulzinger, presidente da ABRE, o cenário é de atenção. “Realizamos este estudo como uma maneira de nos abastecer de informações confiáveis sobre o desempenho de nosso

Flexíveis: produção cresce 3,5% em 2013

Uma pesquisa contratada junto a Maxiquim revelou que a indústria brasileira de embalagens plásticas flexíveis registrou um crescimento de 3,5% em 2013 quando comparado com o ano anterior, atingindo um volume de 1,88 milhão de toneladas produzidas. Já o faturamento cresceu 14,4% em 2013, saltando de R$ 12 bilhões em 2012 para R$ 13,7 bilhões. Historicamente, o setor registra taxas médias de crescimento de 3,6% e 6,8%, respectivamente, em volume e faturamento, desde 2006. Como esclarece o presidente da ABIEF (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis), Sérgio Carneiro, tal alta no faturamento, acima da média histórica, foi fruto, basicamente, do aumento dos preços de vendas do setor, em decorrência direta dos grandes aumentos dos custos com matérias-primas no período. Ainda conforme a pesquisa da Maxiquim, as exportações de embalagens plásticas flexíveis, também cresceram em 2013, atingindo 60 mil toneladas , número muito próximo aos resultados de 2010 e 2011 e que marca um crescimento de 13,6 %. Em 2012 foi registrada queda no volume das exportações: 53 mil toneladas. Em 2013 as importações do setor caíram 8,3%, saindo de 136 mil toneladas em 2012, para 124 mil toneladas. “Estes movimentos são justificados pela alta do câmbio”, pontua Carneiro. "Mesmo assim, a balança comercial do setor manteve-se deficitária em 64 mil toneladas, o equivalente a US$ 418 milhões, decorrentes de US$ 624 milhões importados contra US$ 207 milhões exportados.” Com tais indicadores, o consumo aparente de embalagens plásticas flexíveis foi de 1,940 milhão de toneladas, com alta de apenas 2,3% em relação ao ano anterior. O principal mercado para as embalagens plásticas flexíveis continua sendo o alimentício, respondendo por cerca de 30% da demanda. Apesar das expectativas expressivas de crescimento em 2014, com destaque para bebidas, os analistas não acreditam que as altas serão suficien-

Gisela, da ABRE: Temos que procurar soluções criativas, propor formas inovadoras para contornar situações adversas.”

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Tendências

Embalagens

& Mercados

tes para alterar o resultado. O setor deverá fechar 2014 com um crescimento moderado, semelhante ao registrado em 2013.

PE destaca-se

A indústria de embalagens plásticas flexíveis foi responsável pelo consumo de 79% de todo o PEBDL (polietileno linear de baixa densidade) comercializado no país em 2013, o equivalente a 769 mil toneladas. A principal indústria usuária destas embalagens foi a de alimentos, com participação de 35%, seguida por industrial, 16% e higiene pessoal e limpeza doméstica, 14%. O segundo maior volume de resinas consumido pelo setor – 444 mil toneladas - foi o de PEBD (polietileno de baixa densidade), 75% da demanda nacional. A indústria de alimentos continuou sendo o principal cliente, com participação de 28%, seguida

por industrial (21%) e bebidas (9%). O terceiro maior volume é registrado em PP (polipropileno), com 402 mil toneladas, ou seja, 25% da demanda total. Neste segmento, a principal indústria usuária é novamente alimentos com 21,8%, seguida por utilidades domésticas, 13,5% e bebidas, 10,4%. A resina com menor participação na produção de embalagens plásticas flexíveis em 2013 no Brasil, de acordo com o estudo da Maxiquim, foi o PEAD (polietileno de alta densidade). Ela aparece com 262 mil toneladas que equivalem a 26% da demanda total. O principal cliente é a indústria de higiene pessoal e limpeza doméstica, com 27% de participação. Na seqüência vêm descartáveis (19%) e agropecuária (8%); alimentos têm participação de apenas 4%. Vale lembrar que os descartáveis são representados, basicamente, pelas sacolas plásticas de supermercados.

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Braskem prepara novidade em PP

Teyssonneyre comenta que o Japão impressiona pela sofisticação em embalagens para alimentos.

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No recente 1º Congresso Brasileiro do Plástico, o Diretor de Tecnologia da Braskem, Patrick Teyssonneyre , mediou o debate entre os palestrantes que se dedicaram ao tema da embalagem para alimentos. Em entrevista à Revista Plástico Sul, Teyssonneyre comentou que o mercado está demandando uma resistência maior à perfuração, resistência mecânica, para reduzir desperdício e também ganho de economia reduzindo a espessura. Ele afirmou que a Braskem prepara uma novidade em produto em PP para área de alimentos para breve, dando sequência à uma linha que já existe. Também há tendência de reforço a linha Maxio, composta por resinas que oferecem as seguintes características: aumento produtividade ao cliente, fazer mais com menos recurso; redução espessura, peso; e redução de consumo elétrico. Estamos trabalhando muito na linha da sustentabilidade, o reforço da linha Maxio. Produtos que a gente possa desenvolver que permitam uma redução de espessura das embalagens. Por que consumir uma quantidade maior que a necessária ali? Trabalhamos muito nesse movimento para trazer também o benefício para o transformador da embalagem, aumentar a produtividade, reduzir consumo de energia. Nessa linha do desperdício, trabalhamos aumentando nossos produtos, não necessariamente um novo desenvolvimento”. Teyssonneyre afirmou que a Braskem tem iniciativas em estágio embrionário de

desenvolvimento para embalagens inteligentes com sensores de cor. “Se der certo, houver mercado, teremos no futuro embalagens que mudem de cor se o produto estragar, se foi violada ou se houver contaminante, se houver adulteração na fórmula no envase. Mais segurança para o consumidor”. Ele diz que, de modo geral, a Braskem tem uma série de desenvolvimentos para segurança do consumidor. Mas reforça que as embalagens inteligentes tem grau de evolução a longo prazo, mesmo porque a demanda de mercado não está clara, a necessidade de uso, e tem também a etapa de embarcar a tecnologia na embalagem. “Os sensores estão por aí, existem, mas tem que embarcar na embalagem de forma competitiva”. No 1º Congresso Brasileiro do Plástico, foram apresentadas muitas embalagens com design especial e tecnologia. Alvaro Azanha, engenheiro de Alimentos, mestre em Tecnologia de Embalagens, membro do Conselho Consultivo e Coordenador do Comitê de Usuários da ABRE e Consultor Técnico da BRF, trouxe bons exemplos de tecnologias para embalagens que evitam o desperdício, como zíper abre e fecha; congelamento individual de alimentos; diversos tamanhos e apresentações de produto, pois “é difícil alguém comprar o frango inteiro”; facilidade de consumo, com pacotinhos de manteiga em que a tampa se transforma em uma pequena faca para recolher todo o produto, inclusive nos cantinhos; porção individual, com embalagem para fatia única de pizza;


pouca sobra, embalagens que podem ser espremidas, escorrendo todo o produto; porções bipartidas, importantes para a indústria em função de escala, uma caixa de leite em que na mesma embalagem há duas independentes, assim vende-se um litro, mas o consumidor não necessita abrir tudo de uma vez; embalagens com indicador de validade em que o código de barras não será lido no caixa se a data for ultrapassada. Como desafio para o setor, falou da comunicação com deficientes visuais, pois “o braile no plástico é difícil”. Teyssonneyre comenta que para as aplicações chegarem à realidade do consumo brasileiro é preciso estudar vários fatores “De modo geral a gente tem que analisar o país na maturidade do padrão de consumo, renda per capita, prioridades da população. Muitas das embalagens mostradas aqui estamos analisando, conversando com produtores de alimentos para ver qual o momento para trazer para o país. Tem que ter escala. Para muitas destas soluções, como país ainda não estamos na maturidade”, comenta e aponta: “O Japão me impressiona com a sofisticação das embalagens, até pela característica do alimento deles. Muita comida crocante, fresca, o que exige muito da embalagem. Europa tem um pouco disso, Eua. Aqui vejo algumas embalagens mais sofisticadas na linha de produtos de limpeza, mas menos em alimentos. Tem, mas em quantidade pequena ainda”. Pensando numa das linhas fortes do Congresso, o combate ao desperdício de alimentos, ele diz que toda a cadeia merece atenção. “Consolidando o que ouvi no congresso, é preciso atacar todas as frentes da cadeia, mas

especialmente transporte e os hábitos de consumo. Cai naquilo que se cada um fizer seu papel na compra, nos refeitórios. Me parece, sem ser especialista no assunto, que as oportunidades estão muito na logística, no transporte, e no consumo final. Como indústria do plástico, conseguimos influenciar no transporte. No hábito, é mais difícil, vai da consciência de cada um. Olhando a cadeia, no campo temos condições de influenciar também, temos o silo bolsa, linha de resina pluris (maior resistência à perfuração)”. No transporte, o selamento de cargas pode ser uma atuação. Ele diz que a Braskem tem condições para oferecer, mas é preciso ver a questão mercadológica.

Comunicação

A Braskem acaba de lançar uma plataforma de comunicação para divulgar as vantagens do uso do plástico em embalagens. Com o nome de Let’s Talk Packaging (www. letstalkpackaging.com.br), a nova plataforma apresenta como canal principal um portal que reúne tendências, inovações e design de mercado, com interface dinâmica e interativa. O objetivo é compartilhar ideias com os clientes, brand owners e demais agentes da cadeia, além de fortalecer as possibilidades de aplicação do plástico e fomentar novas parcerias no desenvolvimento de embalagens. No site, os clientes poderão conferir novidades do segmento, entrevistas com especialistas, representantes de empresas e ainda contarão com um canal aberto pelo e-mail packaging@braskem.com para recebimento de newsletters. A nova plataforma também terá uma versão eletrônica disponível para iPad.

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Tendências

Embalagens

& Mercados

Entrevista: Jeffrey K. Brecht

Mais reciclagem e plásticos biodegradáveis em Para Brecht o uso de embalagens de plástico para comida continuará a aumentar, substituindo materiais tradicionais

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embalagens de alimentos

N

o 1º Congresso Brasileiro do Plástico, realizado em novembro em Porto Alegre, um dos renomados palestrantes foi Jeffrey K. Brecht. Ph.D, ele é diretor do Centro de Distribuição de Alimentos e Varejistas (CFDR- Center for Food Distribution and Retailing) da Universidade da Flórida, que une cientistas agrícolas e engenheiros a empresas envolvidas na distribuição e venda de alimentos perecíveis para a condução de pesquisa multidisciplinar. Como diretor do CFDR, ele interage com as associações de commodities, embaladores, despachantes, distribuidores, importadores, exportadores, transformadores e varejistas para a extensão de informações sobre avanços na manipulação de alimentos perecíveis. A Universidade da Flórida há muito tempo tem relações estreitas com os pesquisadores da Embrapa- Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, bem como com várias universidades, incluindo a Universidade de São Paulo e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. “Existe atualmente um projeto de desenvolvimento internacional em que a Universidade da Flórida e Embrapa estão em parceria, a Cooperação Trilateral em Segurança Alimentar (Trilateral Cooperation in Food Security), com pesquisa e trabalho de extensão que está sendo realizado em Moçambique e Honduras para melhorar a situação dos agricultores de subsistência nesses 26 > Plástico Sul >>>

países”, informa Brecht. Professor e especialista em pós-colheita na Universidade da Flórida, ele ministra o curso "Princípios de pós-colheita em horticultura'. Seus interesses de pesquisa principais giram em torno do desenvolvimento de novas tecnologias e práticas no sistema de distribuição para melhorar a produtividade e qualidade de frutas e vegetais. Ele é autor de mais de 300 publicações técnicas, incluindo mais de 130 artigos em revistas indexadas. Foi nomeado University of Florida Research Foundation Professor em 2002 e Fellow da American Society for Horticultural Science em 2006. Nesta entrevista especial à Revista Plástico Sul, ele fala das pesquisas em andamento na Universidade da Flórida e também das tendências em embalagens no mundo. Revista Plástico Sul - Você participou do 1º Congresso Brasileiro do Plástico em Porto Alegre recentemente. Por

que se interessou em participar? Qual é a sua avaliação do evento? Jeffrey K. Brecht - Participar do 1º Congresso Brasileiro do Plástico foi uma oportunidade para comunicar a um público muito diversificado o quanto as embalagens de plástico são fundamentais atualmente para o sucesso do nosso sistema de distribuição de produtos frescos mundialmente e o valor que é obtido na manutenção da qualidade dos produtos, reduzindo tanto desperdício quanto perdas. A redução de desperdícios e perdas é um importante fator que contribui para a sustentabilidade do sistema de distribuição de alimentos, porque quando o alimento é perdido ou desperdiçado todas as entradas anteriores em termos de cultivo, colheita, embalagem e transporte também são desperdiçadas. O evento foi muito bem sucedido para mim em termos de número de participantes, o alcance e a variedade de apresentações de diversas áreas, e as discussões que eu pude ter


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com outros palestrantes, os participantes e expositores. Plástico Sul - Você destacou as tecnologias para a embalagem de produtos frescos no 1º Congresso Brasileiro do Plástico. Sobre essas embalagens, o que é necessário para avançar do ponto de vista tecnológico? Quais são os próximos passos de seu desenvolvimento? Brecht - O tipo de embalagem para alimentos perecíveis em que me concentrei é embalagem em atmosfera modificada (MAP - modified atmosphere packaging). Este tipo de sistema de empacotamento funciona corretamente para beneficiar o produto alimentar dentro de apenas uma faixa estreita de temperatura. Portanto, as necessidades no futuro para otimizar os benefícios do MAP são duas: melhorar a cadeia de frio durante a distribuição de alimentos a fim de manter constante a baixa temperatura e continuar a realizar pesquisas para desenvolver sistemas de MAP que são sensíveis às mudanças de temperatura de modo que as alterações da permeabilidade pacote coincidam com a temperatura ambiente para manter um ambiente benéfico para a conservação da qualidade dos alimentos. Plástico Sul - Fale sobre tendências em embalagens de alimentos nos próximos anos no mundo, por favor. Brecht - Acredito que o uso de embalagens de plástico para comida continuará a aumentar, substituindo os materiais de

embalagem tradicionais em muitos países. Esta tendência vai continuar por causa dos benefícios em termos de desempenho e sustentabilidade que são reconhecidos pela indústria de alimentos. As atitudes dos consumidores e as preocupações que as embalagens de plástico contribuem para resíduos no descarte terão de ser alvo de abordagem por um esforço maior, para reciclar uma porcentagem maior de as embalagens de plástico e pelo aumento do uso de plásticos biodegradáveis para embalagens de alimentos. Plástico Sul - Fale sobre as pesquisas atuais na Universidade da Flórida em plástico e embalagem, por favor. Brecht - Na Universidade da Florida, as pesquisas são conduzidas em embalagem em atmosfera modificada (MAP) para frutas e legumes frescos, incluindo produtos minimamente processados; estamos estudando como MAP que é projetado para diferentes faixas de temperatura pode contribuir para manter uma melhor qualidade em diferentes cenários de manuseio. Há também pesquisas sendo realizadas a respeito dos procedimentos adequados (orientações) para limpeza e desinfecção de caixas de plástico retornáveis entre os usos, de olho em programas de segurança alimentar.

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DestaqueExtrusoras

Menos energia e mais produtividade Não existe uma informação oficial sobre o número de extrusoras que compõem o parque de máquinas para plásticos. Dados da AbiplastAssociação Brasileira da Indústria do Plástico indicam que a extrusão tem participação de 55.6% nos processos produtivos da transformação. Este volume a coloca na primeira posição, à frente de Injeção (30,8%), Extrusão-Sopro (6,4%), Termoformagem a vácuo (3,6%), Rotomodagem (2,2%) e Emulsão (1,5%). Para este importante mercado, os fornecedores estão sempre buscando aperfeiçoar as máquinas. Confira o que eles têm a dizer sobre o tema. 28 > Plástico Sul >>>

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mercado busca equipamentos com baixo custo operacional, associado à mão de obra qualificada e manutenção. Outro requisito importante é a eficiência energética para tudo o que é produzido. Esta é a avaliação de Angelo Milani, gerente comercial da AMUT, sobre as demandas tecnológicas dos transformadores. “A AMUT- Wortex tem um portfólio diversificado para atender as necessidades de cada cliente. São linhas de extrusão, para a produção de chapas, perfis, tubos, granulação em polímeros plásticos e também compostos plástico/pó de madeira (WPC), utilizados nos setores de construção, embalagem, eletrodomésticos, moveleiro, automotivo, médico e agrícola”, explica Milani, ressaltando que na parte de extrusão, o que vem ganhando a atenção do mercado são os compostos plásticos/pó de madeira (WPC). “Acreditamos que esta tendência deve continuar em 2015, além do setor de termoformagem”. Outro mercado promissor é o de componentes sintéticos ao invés dos betuminosos. A AMUT-Wortex oferece linhas de extrusão para produção de membranas impermeáveis, aptas a processar diferentes materiais termoplásticos, tais como F/PVC, TPO, TPE, entre outros. “O uso destes materiais definitivamente melhora o desempenho técnico e as características físicas das membranas, suprindo as exigências específicas do setor de construção civil. As membranas estão se tornando cada vez mais populares nas aplicações em construções ao redor do mundo, tais como edifícios, sistemas de forros, túneis, barreiras à prova de água ou diques”, explica. Entre as principais novidades, a empresa desenvolveu equipamentos de custo relativamente baixo que auxiliam no aumento de materiais reciclados. “Estes equipamentos são capazes de fazer a seleção manual e efetiva, e também permitem a separação ótica dos materiais, por cor ou tipo de matéria-prima”, diz Milani. Ele faz um balanço positivo para 2014, “sobretudo se considerarmos que a fundação e início das operações da empresa são muito recen-


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tes. Se por um lado a relativa calma do mercado poderia ser vista como um aspecto negativo, por outro nos permitiu concluir diversas vendas, sobretudo devido à inovação do produto proposto e, ao mesmo tempo, estruturar-nos com maior progressividade”. E a ideia de crescimento da empresa passa pela região. “Estamos com várias propostas de clientes da região Sul, atualmente nosso maior mercado para ampliar os negócios da AMUT-Wortex. As máquinas para produção de tubos e perfis, chapas e folhas, e reciclagem”.

Boa recepção das tecnologias mostradas na K 2013

A battenfeld-cincinnati fornece linhas de extrusão completas para tubo, perfil, folha e folha de termoformagem, bem como de pelotização. Oferece linhas de produção a partir de uma fonte e tem foco em eficiência energética e equipamentos de alto desempenho para produtos finais de alta qualidade. “Somos líderes de tecnologia em particular no grande diâmetro de extrusão de tubos (tubo de PVC até diâmetros de 1.600 mm e tubo PO até diâmetros de 2.500 mm)”, comenta a diretora global de Marketing

Mag. Judith Lebic. O conceito de tubo verde permite aos tranformadores o alcance de economia de energia de 30%, reduzindo o comprimento da linha e flacidez. “Nossa série extrusora de único parafuso de alta velocidade para extrusão de chapas economiza até

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DestaqueExtrusoras

A battenfeld-cincinnati tem equipamentos para diversos portes, como este para tubos com diâmetros até 2500 mm

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25% de energia na produção e mais de 250 dessas extrusoras estão em operação em todo o mundo. Introduzimos recentemente uma nova extrusora de alta velocidade adiabatic para o intervalo de saída médio que economiza mais 10%”, explica. Judith comenta que a pilha rolo Multi-Touch inovadora provou seu sucesso em campo e atualmente está presente em quatro continentes. “Em novembro, tivemos uma demonstração bem sucedida de uma linha de perfil com a nova máquina fiberEX 93, que produz um deck oco feito de PVC com 50% de teor de fibra de arroz”. Os lançamentos recentes foram a extrusora de alta velocidade adiabatic e a atualização para o a série extrusora com único parafuso para pequenos perfis e tubos. Judith diz que as maiores demandas dos clientes são sobre eficiência na produção - reduzindo o consumo de energia, água e matérias-primas. São nesses casos que se encaixam o conceito de tubulação verde (Green Pipe) e Multi-Touch, bem como a extrusora de alta velocidade. Além disso, a flexibilidade em soluções de produção e co-extrusão são temas importantes para os transformadores. A battenfeld-cincinnati tem um escritório no Brasil, em Jundiaí (SP), desde o ano passado.Ela fala sobre a importância desta unidade para a companhia, que é da Áustria. “Nosso escritório brasileiro oferece vendas e serviços de apoio diretamente para os clientes em sua própria língua. Eu acho que é um ponto muito importante, principalmente em um

mercado tão grande como o Brasil, para os clientes terem uma resposta rápida quando têm dúvidas e um contato pessoal local”, afirma. Sobre o mercado, faz uma análise global. “O mercado norte-americano continua indo bem e esperamos ver um maior crescimento em 2015 - estamos ansiosos para estar na NPE em março. Temos visto muito boa recepção das tecnologias que mostramos na feira K, como s séries Solex e twinEX e a pilha rolo Multi-Touch. Assim, o ano em geral foi bom, mas a situação política no Oriente Médio e África torna difícil servir a estes mercados, apesar do interesse forte por parte dos clientes”. No Brasil, a battenfeld-cincinnati do Brasil iniciou as operações em junho de 2013, porém já atuava no mercado brasileiro há mais de 20 anos por intermédio de representantes locais. Está localizada em Jundiaí (SP), com estrutura de assistência técnica, vendas e pós-vendas para todo o território nacional. Na área de extrusão atua em três segmentos, infra-estrutura , construção e packaging . “Podemos atender a demanda para o mercado de tubos de PVC com diâmetros até 1200mm; para tubos de polietileno podemos fornecer máquinas para diâmetros até 2500mm; e na área do packaging atendemos todos os mercados de chapas para termoformagem e também possuímos as peletizadoras”, explica o diretor geral no Brasil Cássio Luis Saltori. Dentro destes segmentos, ele destaca a área de WPC (wood process compound) e também a extrusão de perfis técnicos para linhas automotivas , brancas e para construção de casas. “A empresa possui em todo Brasil máquinas nos três segmentos de negócios, mas o mercado de tubos de PVC ainda é o mais forte. Temos já no Brasil a nova linha de máquinas twinEX, dupla rosca paralela para extrusão de tubos de PVC, possuímos máquina conEX para o segmento de tubos corrugados de pequenos diâmetros, linha solEX para extrusão de tubos de polietilenos de diâmetros até 2500mm. Hoje pontos fundamentais para vendas de máquinas no Brasil são a economia de energia e maior produtividade com menor índice de refugos possíveis. Nestes itens as máquinas da battenfeld-cincinnati se destacam e por isso se adequam ao mercado”. O balanço para este dois anos é equilibrado, em 2013 a empresa ainda estava em processo de estruturação e abertura, na fase de início de trabalhos, então fica difícil avaliar . Mas para 2014, após o primeiro ano da empresa, o balanço é positivo. “Os negócios foram poucos, porém muito importantes. De pontos negativos, somente temos esta situação desastrosa da administração de nosso país”, diz Saltori. A região Sul é uma das mais importantes para a battenfeld-cincinnati do Brasil, porque


é onde se encontram os maiores transformadores de PVC do país. Já na região Sudeste, se destacam os transformadores na área de tubos de polietileno. Devido à forte demanda, a região Nordeste também está se tornando uma área de investimentos nos setores de tubos . “Analisando o setor de extrusão como um todo, há um pequeno desenvolvimento em vários setores. Como perfis para construção de casas, janelas de PVC, a própria demanda por tubos de polietileno também se destaca e claro os tubos de PVC estão sempre em evidência e onde mais se concentram nossos mercados. O packaging no geral está sempre equilibrado, pois a indústria alimentícia sempre mantém seu crescimento e suas vendas em um patamar controlável, embora com algumas variações, porém é um amplo mercado ainda mais promissor”.

O diretor comercial Luis Carlos Rulli diz que a região Sul é o maior polo consumidor de equipamentos fabricados pela empresa. “Nessa região se concentram os consumidores de grande parte de máquinas de filme EF-2.½” e EC- 130+2.½” destinadas ao segmento rígido”. Para Rulli, em termos de tecnologia a principal demanda dos transformadores é o controle de produção, visto que as margens de lucro são extremamente reduzidas. “Estamos focados na melhoria da produtividade e da qualidade de nossos equipamentos”, comenta. Ele considera bons mercados as máquinas de extrusão para filmes técnicos e extrusoras de rígidos para descartáveis. “O ano não foi fácil para os fabricantes de equipamentos em geral, mas já está servindo como termômetro para o ano 2015. Estamos confiantes graças ao número de projetos solicitados e já emitidos no final de 2014”, avalia Rulli.

Rulli aponta a importância do controle de produção

Granoplast destaca extrusora monorosca de alta performance

A Rulli Standard oferece ao mercado linhas de filme de extrusão e coextrusão para PEBD e PEAD e linhas de chapas de extrusão e coextrusão para PP, PS, ABS, PET, PVC, ACRÍLICO, PEAD e PEBD.

A Granoplast fabrica máquinas para extrusão de tubos e perfis e também para granulação dos mais diversos tipos de materiais. O destaque tem sido extrusoras monorosca de alta performan-

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DestaqueExtrusoras ce, informa o gerente comercial Leonardo Nolasco. “Temos produzido extrusoras para granulação com corte na cabeça, com muita tecnologia agregada que se traduz em alta produção”, comenta. Ele acredita que um grande apelo em termos de tecnologia é a questão quilos hora versus consumo de energia. “Este é nosso grande desafio, tem nos conduzido nos últimos anos e creio que será nosso norte nos próximos anos também, pois a energia elétrica disputa com a mão de obra o segundo posto em temos de custo de produção, sendo a matéria-prima, o principal. Somado a isto, o impacto ambiental em relação à energia elétrica e consumo de água”. Ele diz que, no caso da água, há anos a empresa têm em seus equipamentos a preocupação do reuso e tem aumentado a eficiência de filtro e sistemas, para atingir um número muito próximo a 100 % de reuso. No balaço de 2014, Nolasco aponta um sensível incremento nas linhas de granulação e periféricos, como corte nas cabeças, serras e guilhotinas de precisão, e em linha de extrusão de perfis plásticos, voltados para construção civil. “Tivemos um ano bom, guardadas as devidas proporções, com ligeira queda de faturamento em relação ao ano passado. Trabalhamos num ritmo melhor no primeiro semestre , tivemos uma diminuição dos negócios em maio que perdurou até outubro e no mês de novembro, para nossa, agradável surpresa, tivemos uma boa recuperação das vendas que está se mantendo”. Atualmente, 20 % do faturamento vem da região Sul, com equipamentos para os mais diversos segmentos, com ligeira vantagem nas áreas de máquinas para perfis e linhas de granulação. “Estaremos na Plastech/2015, pois cremos neste excelente mercado do Sul, onde temos desenvolvido não somente clientes e sim amigos e parceiros, sérios e competentes”.

BY Engenharia aposta em itens para a infra-estrutura em 2015

A BY Engenharia representa a Davis Standard, fabricante de linhas de extrusão dos Estados Unidos, que produz para inúmeras aplicações como: fios e cabos, perfis, borracha, chapa, filme plano, 32 > Plástico Sul >>>

filme balão, revestimento por extrusão, etc; e a Nordson Edi, fabricantes de roscas e camisas bimetálicas para extrusão e injeção. O diretor da BY Engenharia Marco Antonio Gianesi diz que os mercados de embalagens de um modo geral foram os que deram uma melhor resposta em 2014. “Acreditamos que os mercados de fabricação de itens para a infra-estrutura como tubos e conexões devem ser os mais promissores em 2015”. A Davis Standard lançou na feira K de 2013 uma linha econômica para revestimento por extrusão para os mercados emergentes. Pode-se destacar a nova linha de Extrusion Coating para o mercado de embalagens flexíveis denominada dsX flex-pack. Hoje, a região sul é representativa para a BY Engenharia, mas não na compra de linhas de extrusão e sim em equipamentos auxiliares de extrusão como granulação imersa em água. Ele diz que as principais demandas dos transformadores em termos de tecnologia são economia de energia elétrica e melhor produtividade nos equipamentos. No que diz respeito às condições de negócios, comenta que “foi um ano extremamente difícil e tivemos que ser muito criativos para conseguir vencê-lo. Muita concorrência asiática, dólar em alta, corrupção nunca vista igual”.

MultiUnião quer ampliar atuação no Sul

A MultiUnião produz máquinas extrusoras para diversos segmentos como perfis, tubos, reciclagem. O diretor Ailton Feliputi fala sobre as últimas novidades. “Desenvolvemos um sistema de corte através de servo motores e fusos de esferas. Esse dispositivo proporciona precisão absoluta em comprimentos”, afirma. A empresa esteve na Interplast em 2014. “Entendemos que o mercado da região Sul é expressivo no ramo do plástico e pretendemos aumentar nosso campo de atuação na região, para isso estamos investindo em nosso departamento comercial”, comenta.


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Balanço 2014

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ABIPLAST aponta estagnação

Roriz diz que o desempenho do setor reflete a generalizada falta de competitividade do Brasil

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epois de resultados negativos em 2014, a indústria de transformação do plástico deverá ter pequena recuperação no ano novo, com aumento de 1% na produção física e de 2% no índice de emprego. Estimativas foram feitas por José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico), no início de dezembro em São Paulo. “Constatamos que o setor de transformados plásticos, que durante muito tempo apresentou desempenho positivo em sua produção, sofreu um forte revés este ano. Esse fato nos preocupa, pois tivemos uma das maiores quedas em 15 anos”, afirmou José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico), durante a coletiva de imprensa realizada em 8 de dezembro. “O agravante desta situação é a dimensão deste revés, que pode ser constatado em toda a indústria. O desempenho de nosso setor, presente em toda a matriz industrial, reflete a generalizada falta de competitividade do Brasil”, prosseguiu o presidente da entidade. Ele ainda afirmou que os recentes aumentos das taxas de juros, a economia parada e o receio do consumidor em ir às compras agravam o quadro: “Temos motivos para esperar um cenário muito tenebroso para o setor produtivo nacional. E o que nos chama atenção é que não temos visto nenhuma ação concreta anunciada que indique uma diminuição dos custos de se produzir no Brasil nos próximos meses.” Roriz alertou, ainda, que “um dos reflexos nefastos dessa situação é que ,com esta conjuntura, nosso setor, um dos maiores empregadores da indústria de transformação, volta aos seus níveis de emprego de 2012, perdendo todas as vagas que geramos em 2013. Confira alguns dados:

Estagnação

A indústria de transformados plásticos permaneceu estagnada em 2014. O setor enfrentou um pequeno recuo de 2,7% em 2014 na comparação com 2013. O volume total de transformados plásticos – 6,24 milhões de toneladas – foi praticamente o mesmo de 2010.

Valor da produção dos transformados plásticos (em r$ bilhões) 64,47 (ante 68,93 em 2013) 34 > Plástico Sul >>>

Importações e exportações

Importações continuaram a crescer e as exportações, a diminuir.

Balança comercial dos transformados plásticos

Aumento do déficit em 11% em peso (de -78 ton em 2007 para – 540 ton em 2014) e 6% em US$ (de -0,65 em 2007 para – 2,59 em 2014).

Consumo aparente 2014 comparado a 2013: - 1,7%

Em 2014, o consumo aparente de transformados plásticos teve recuo de 1,7% -- no mesmo período, a indústria de transformação brasileira teve recuo de 2,3%.

Consumo aparente de transformados plásticos (em R$ bilhões) Recuo de 5,4%: 70,50 em 2014, ante 74,56. Faturamento do setor de transformados plásticos (R$ 66,66 em 2014, ante R$ 71,27 em 2013).

Emprego no setor de transformados plásticos recuou

Queda de 0,8% no nível de emprego (foram 2,7 mil postos de trabalho a menos).Setor passou de terceiro a quarto maior empregador da indústria de transformação brasileira.

Projeções para 2015

Crescimento do pib – expectativa: 0,8% Melhoria do pib da indústria – expectativa: 1% (em 2014 tivemos crescimento negativo, de -1,6%) Elevação da produção industrial – expectativa: 1,13% (em 2014, o crescimento foi negativo: -2,3%) Investimento (fbkf) – expectativa:25, ante-6,5% em 2014. Taxa selic - a.a. – 12%, ante, 11,75% em 2014. Inflação (IPCA) – expectativa é que permaneça em patamar semelhante (6,49%, ante 6,4% em 2014) Câmbio – R$/US$ - expectativa: 2,67, ante 2,53 em 2014.


Foco

no Verde

Braskem completa uma década no ISE da BM&F Bovespa

A Braskem, maior petroquímica das Américas e líder mundial na produção de biopolímeros, foi selecionada pelo 10º ano consecutivo para integrar a carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBovespa. A nova composição do ISE, que avalia as ações das empresas no mercado brasileiro com boa gestão em sustentabilidade, vai vigorar de 05 de janeiro de 2015 a 02 de janeiro de 2016. A Braskem faz parte do índice desde sua criação, em 2005, atestando o compromisso da companhia com as boas práticas de governança corporativa, responsabilidade social, gestão econômico-financeira e preservação ambiental, ou seja, boas práticas para fortalecer a contribuição empresarial para o desenvolvimento sustentável. A carteira do ISE reúne 51 ações de 40 empresas, que representam 19 setores e somam R$ 1,22 trilhão em valor de mercado, o equivalente a 49,87% do total do valor das empresas com ações negociadas na Bolsa de Valores, com base nas cotações de 24 de novembro de 2014. Nesses últimos dez anos, a carteira do ISE acumula uma valorização de 159,27%, enquanto o Ibovespa subiu 73,60%, também até o dia 24.

Lideranças para o Desenvolvimento Sustentável

Com o objetivo de dar mais um passo no engajamento das lideranças e fortalecer sua contribuição para a sustentabilidade, a Braskem realizou em 2014 o Workshop de Líderes para o Desenvolvimento Sustentável. Foram capacitados 920 líderes de todas as áreas da empresa, sendo 820 no Brasil, 58 no México e 42 nos Estados Unidos. Para Jorge Soto, diretor de Desenvolvimento Sustentável da Braskem, a iniciativa trará um impacto positivo na vida pessoal e profissional de cada um dos líderes. "A sustentabilidade é um conceito que permeia a empresa e sua adoção deve provocar melhorias em todas as áreas. Por isso, nos desafiamos a repassar com os líderes da companhia os principais desafios globais, ou locais, assim como as melhores práticas de empresas que têm conseguido integrar a sustentabilidade à sua estratégia de negócios" diz o executivo. Com esta ação, a Braskem busca reforçar a sua estratégia de sustentabilidade, que está alicerçada em três pilares: uso de processos e recursos cada vez mais sustentáveis, desenvolvimento de um portfólio de produtos cada vez mais sustentável e a entrega de soluções junto com a cadeia de clientes para que a sociedade tenha uma vida cada vez mais sustentável.

Máquina converte plástico em combustível

uso doméstico ou industrial, que pode facilmente transformar 1 quilo de lixo de plástico em 1 litro de combustível (gasolina, diesel ou querosene), necessitando apenas 1 kW de energia e emitindo menos CO2 durante o processo. A informação foi divulgada pela Época Negócios. Em vez de fogo, a Blest Machine, como é conhecida, usa um controle de aquecedor de temperatura elétrico para derreter o plástico e convertê-lo em gás bruto. Direcionado a um repositório especial, esse gás entra em contato com água que o resfria e converte em combustível, podendo então ser usado em fogões e aquecedores ou, se refinado, em carros e motos. Akinori Ito, o criador da Blest, decidiu desenvolver o equipamento para enfrentar o desafio de reciclar lixo em um país como o Japão, que não dispõe de muito espaço. E escolheu o plástico por ser basicamente composto de petróleo. A Blest Machine processa qualquer tipo de material plástico, do polietileno ou poliestireno ao polipropileno. Basta limpá-los bem antes do processo, para evitar a interferência de outras substâncias químicas. Sua versão portátil pode ser instalada sobre uma mesa nas residências, evitando a necessidade de construir enormes usinas, onde normalmente o plástico é reciclado, ou lixões. Essa versatilidade pode ser bem útil, considerando que nos Estados Unidos, por exemplo, apenas 7% do total de lixo plástico são reciclados, segundo dados da Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês).

PepsiCo contabiliza displays 100% reciclados

A PepsiCo produziu, nos últimos três anos, 144 mil displays 100% reciclados para expor seus produtos em pontos de vendas. A iniciativa, que integra o Programa Reciclo PepsiCo, lançado em 2013 e que une as ações da companhia voltadas para a reutilização de resíduos pós-consumo, é pioneira na PepsiCo ao redor do globo e confecciona displays a partir de BOPP, película de polipropileno biorientada utilizada na fabricação das embalagens de snacks. Para cada display fabricado, a quantidade de plástico reutilizado equivale, em média, a 425 embalagens de salgadinhos, ou seja, desde o início do projeto, em 2011, foram recicladas o correspondente a mais de 60 milhões de embalagens plásticas. O Programa Reciclo PepsiCo tem como objetivo formar redes para tratar da questão dos resíduos pós-consumo no segmento de atuação da empresa, reunindo integrantes de toda cadeia produtiva e setor público, somados à sociedade civil – por meio de seus consumidores, que junto com a PepsiCo trabalham para a redução e correta destinação do material.

Lixo plástico pode virar combustível? A startup japonesa Blest responde que sim, ao desenvolver um equipamento de vários tamanhos, para <<< Plástico Sul < 35


Bloco

de Notas

Feiplastic 2015 já está 85% vendida

Após reposicionamento de marca, a maior feira da indústria plástica na América Latina, a Feiplastic – Feira Internacional do Plástico volta a ocupar o Pavilhão de Exposições do Anhembi, entre 4 e 8 de maio de 2015. A feira é promovida e organizada pela Reed Exhibitions Alcantara Machado com o apoio da Abiplast – Associação Brasileira da Indústria do Plástico e Abimaq – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, entre outras entidades setoriais. “Neste ano, nosso esforço é para que o evento seja ainda maior e que possa melhorar como plataforma de negócios para a indústria de transformação. Nossas expectativas de fechamento de negócios e visitação são grandes, pois na edição 2013 97% dos visitantes demonstraram interesse de estar na próxima edição e 72% dessas pessoas tinham poder de recomendar compras ou decisão final na hora de investir”, explica Liliane Bortoluci, diretora do evento. A Feiplastic 2015, que já está com 85% da feira vendida, deve bater o número de marcas expostas da última edição e receber cerca de 70 mil visitantes/compradores nos 85 mil m² totalmente ocupados do Anhembi. Se 2014 apresentou baixos índices de crescimento macroeconômico no Brasil, dados da Abiplast apontam que, até agosto de 2014, o setor empregava 360,4 mil pessoas, número estável em relação ao verificado um ano antes. Entretanto, a produção física precisa de uma alavanca de negócios para superar a produção física de 3,08 milhões de toneladas de transformados plásticos, número que já foi maior, e valorizar o produto nacional frente ao crescimento das exportações. “Por isso mesmo, é vital a existência da Feiplastic e sua nova edição, como plataforma de encontros e investimentos para aumentar a competitividade do setor”, conclui Bortoluci.

EuroMold vai para Düsseldorf

A EuroMold, feira mundial para a fabricação de Moldes e Ferramental, Design e Desenvolvimento de Aplicações está se mudando de Frankfurt para Düsseldorf, na Alemanha. Pela primeira vez, o evento, cuja próxima edição será em outubro de 2015, será realizado no centro de exposições no Reno. Anualmente, a feira reúne mais de 1.000 expositores e cerca de 55 mil visitantes de todo o mundo. Uma das principais razões para a mudança na localização é a nova direção e uma aproximação mais flexível da EuroMold em um dos mais importantes e state-of-the-art centros de exposições da Alemanha. Düsseldorf também está localizada centralmente em uma das mais fortes regiões metropolitanas econômicas na Europa; sua importância como a capital regional do estado federal mais populoso, North Rhine-Westphalia (NRW), e, não menos importante, a grande experiência de exposições da Messe Düsseldorf, convenceram na escolha do Centro de Exposições Düsseldorf. 36 > Plástico Sul >>>


A Braskem traz ao mercado mais uma inovação destinada ao segmento de rotomoldagem, processo que consiste na produção de peças plásticas ocas a partir da moagem da resina e posterior moldagem por rotação e temperatura. O novo PELMD (polietileno de média densidade linear) base hexeno para peças técnicas foi desenvolvido neste ano numa tecnologia de ponta reconhecida mundialmente. No Brasil, as aplicações mais comuns de rotomoldados são os reservatórios de água, tanques e cisternas. Desenvolvido principalmente para a aplicação em peças técnicas, agrícolas e automobilísticas, o PELMD oferece maior resistência em relação aos grades base buteno, melhor acabamento superficial, ótima formação em ângulos mais complexos, nível de aditivação ultravioleta adequado à aplicação e alinhamento com as tendências mundiais no segmento. Com estas características, o produto base hexeno possui como principais vantagens competitivas o fato de ser mais resistente ao surgimento de trincas e rachaduras em longo prazo, característica fundamental para peças que precisam ser utilizadas durante um grande período de tempo.

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Braskem alinha-se a tendências mundiais e inova no setor de rotomoldagem

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Anunciantes

Agenda Novo Hamburgo (RS)

Shini / Starmach / Páginas 2 e 3 Cromex / Página 5 Replas / Página 7 Simpesc / Página 15 Tech Trill / Página 17 R. Pieroni / Página 19 Feiplastic / Página 21 Wortex / Página 25 Matripeças / Página 27 Supercor / Página 29 Multi União / Página 29 Tec Engineering / Página 31 Cromocil / Página 31 Zeppelin / Página 32 Eletronacional / Página 36 Brasfixo / Página 36 Kie / Página 37 Help Injetoras / Página 37 Digitrol / Página 37 Simpep / Página 39 Rulli Standard / Página 40 NPE / Página 33

38 > Plástico Sul >>>

Agende-se para 2015 39 Fimec- Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes 17 a 20 de março – 13 às 20h Fenac, Novo Hamburgo, RS www.fimec.com.br NPE 23 a 27 de março Orlando, Flórida, Usa www.npe.org Feiplastic – Feira Internacional do Plástico 4 a 8 de maio de 2015 - 11h00 às 20h00 Anhembi – São Paulo - SP (Brasil) www.feiplastic.com.br Chinaplas -The 29th International Exhibition on Plastics and Rubber Industries 20 a 23 de maio -09h30 às 17h00 Guangzhou, China www.chinaplasonline.com Plastech Brasil – A feira do Plástico, da Borracha, dos Compósitos e da Reciclagem 25 a 28 de agosto – 14h às 21h Caxias do Sul – RS www.plastechbrasil.com.br Mercopar 6 a 8 de outubro – 14h às 21h Caxias do Sul – RS www.mercopar.com.br


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