Plástico Sul 164

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Editorial DIVULGAÇÃO

Expediente Ano XV - # 164 - Maio de 2015

Conceitual - Publicações Segmentadas www.revistaplasticosul.com.br Rua João Abbott, 257 - Sala 404 CEP: 90460-150 - Bairro Petrópolis Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3062.7569 plasticosul@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844 Redação: Brigida Sofia Departamento Comercial: Débora Moreira Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777) Capa: divulgação Plástico Sul é uma publicação da Conceitual - Publicações Segmentadas, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 8.000 exemplares.

Filiada à

Espírito de liderança

H

á uma frase de Tácito, um dos maiores historiadores da antiguidade, que diz que os chefes são líderes mais através do exemplo do que através do poder. O pensamento é uma verdade seguida à risca por uns e esquecida por outros. Felizmente grande parte das empresas do setor plástico possui lideranças que atuam de forma brava e aguerrida no mercado, enfrentando os mais duros desafios de forma corajosa. O mar da economia não está fácil e os capitães precisam ser firmes para não deixar seus lemes desequilibrarem. Observamos tais virtudes nos líderes do setor plástico gaúcho. Em matéria publicada na página 18, procuramos realizar um mapeamento da indústria no Rio Grande do Sul e percebemos claramente dirigentes com voz de liderança e força de vontade em vencer os obstáculos de 2015 e criar novas oportunidades através dos constantes desafios que surgem. O presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do Rio Grande do Sul (Sinplast), Edilson Deitos, está atento às principais demandas de seus associados, como licenças ambientais, NR12 e a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Já Jaime Lorandi, presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás), demonstra pleno conhecimento dos anseios dos empresários de sua região, como necessidade de crédito para renovação do parque fabril, custo de energia elétrica e o excesso de burocracia, que dificulta investimentos. Outro exemplo de liderança é o novo presidente da Frente Parlamentar Mista Pela Competitividade da Cadeia Produtiva do Setor Químico, Petroquímico e de Plástico no Congresso. Recém nomeado, o deputado gaúcho é a nova voz do setor em Brasília e estamos na torcida para que seu mandato traga bons resultados à indústria. Em entrevista exclusiva à Revista Plástico Sul, que pode ser acompanhada na página 06 desta edição, Pimenta demonstra estar muito atento às necessidades da cadeia produtiva e mostra conhecimento quando o assunto é plástico e petroquímica. Ele está com a teoria em dia, agora vamos observar suas ações na prática. Em suma, liderança é um ponto fundamental no desenvolvimento de qualquer companhia ou setor. É preciso um orientador que nos dê um rumo, que una informações e tenha paciência e sabedoria para guiar um grupo ao caminho da prosperidade. E neste sentido, o plástico parece estar bem servido. Boa leitura!

ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas Marca Registrada:

Melina Gonçalves / Editora melina.goncalves@conceitualpress.com.br 44 > Plástico Sul >>> > Plástico Sul >>>


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PlastVipPaulo Pimenta

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Nova voz para o setor em Brasília para participar do Seminário “Brasil no Século 21″, nos Estados Unidos, por pertencer, segundo a Universidade de Harvard, a um grupo de líderes brasileiros com posição de destaque no cenário político nacional na próxima década. Nesta entrevista às publicações da Conceitual Brasil, ele analisa o setor e fala de seus planos nesta nova fase da Frente.

Revista Plástico Sul - O senhor assumiu em abril a

É

na longínqua e isolada Brasília que a maioria das decisões que impactam o cotidiano de todo o país são tomadas. Assim, é interessante que aqueles que queiram progredir tenham neste ambiente quem trabalhe permanentemente pelos seus interesses. É para isso que foi estabelecida a Frente Parlamentar Mista pela Competitividade da Cadeia Produtiva do Setor Químico, Petroquímico e de Plástico no Congresso, que acaba de receber um novo presidente, o deputado gaúcho Paulo Pimenta. A posse foi em abril e o novo dirigente já trabalha pelo desenvolvimento e competitividade da cadeia. Vice-líder do Governo no Congresso Nacional, Paulo Pimenta é deputado federal pelo PT do Rio Grande do Sul e exerce o quarto mandato consecutivo na Câmara dos Deputados. No primeiro mandato da presidente Dilma, ocupou a presidência da Comissão de Orçamento, a mais importante do Congresso Nacional. Atualmente, preside também a Comissão de Direitos Humanos da Câmara. É jornalista, formado pela Universidade Federal de Santa Maria. Em 2011, Pimenta esteve entre deputados brasileiros convidados

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presidência da Frente Parlamentar Mista pela Competitividade da Cadeia do Setor Químico, Petroquímico e de Plástico. Qual a sua primeira avaliação das necessidades desta cadeia e quais seus planos na condução da Frente? Paulo Pimenta - Após várias conversas com diferentes empresas e entidades do setor, pude perceber que a Agenda da Química é ampla e olha a situação do país não só no momento presente, mas coloca a indústria química em uma perspectiva de futuro e de crescimento, mostrando, principalmente, quão importante será para o Brasil ter uma química forte, que possa agregar valor aos seus recursos naturais, gerando riqueza e empregos de qualidade em território nacional. A agenda da Química contém medidas importantes, entre elas a de aumentar o investimento fixo; reduzir custos com a aquisição de matérias-primas; estimular a diversificação da produção química no Brasil; aumentar a capacitação dos recursos humanos; incentivar a produção local de itens importados; estimular os investimentos em inovação, implantação e aumento de atividades de centros de P&D das empresas; incentivar investimentos de produtos químicos de origem renovável/sustentável; melhorar a infraestrutura para a indústria e aumentar a inserção internacional das empresas brasileiras. Dentre todas essas medidas, as mais fundamentais, segundo a as reivindicações do setor, no entanto, são aquelas relativas à desoneração das matérias-primas. Um exemplo importante é a adoção de uma política para o uso do gás natural como matéria-prima (já prevista na Lei do Gás, de 2009), para as empresas que transformam o metano contido no gás em produtos


químicos de elevado valor, utilizados nas mais diversas cadeias produtivas. São cerca de 20 empresas que fazem essa transformação, mas algumas delas estão operando atualmente à baixa carga, outras estão com as unidades paralisadas e outras, ainda, estão em vias de fechar em definitivo suas operações no País. Pretendo trabalhar nessa agenda positiva. Para o futuro do Brasil, é estratégico pensar no fortalecimento da indústria química, setor que é conhecido mundialmente por sua forte agregação de valor e efeito multiplicador positivo na economia, contribuindo para o desenvolvimento de um país.

Plástico Sul - O senhor já atuava em alguns destes setores? De que maneira? Paulo Pimenta - Sempre acompanhei por reconhecer a importância estratégica que o setor tem para o desenvolvimento do País. Mas essa é a primeira vez que estou envolvido diariamente com as demandas da indústria química.

Plástico Sul - A Frente já existia desde 2012, presidida por Vanderlei Siraque, e agora passa a ser Frente Mista. Haverá uma continuidade de algum trabalho ou será algo totalmente novo? Quais as alterações? Paulo Pimenta - O deputado Vanderlei Siraque foi muito feliz ao criar a Frente Parlamentar e trazer a indústria química para o dia a dia dos debates do Congresso Nacional. O Brasil será um grande produtor de petróleo e gás na próxima década, pois temos a maior biodiversidade do mundo e importantes reservas de minerais, como o quartzo, de grande importância para a indústria química. Além disso, temos um sólido e crescente mercado interno, elementos que fazem do Brasil um país com uma vocação natural para a indústria química. Apenas um outro país no mundo tem essas mesmas características, os Estados Unidos. A experiência demonstrou que a química é um setor com muitos segmentos, assim, a grande novidade é que criamos uma Comissão Executiva e cada deputado assumiu a coordenação de um determinado setor.

Plástico Sul - Qual o balanço deste primeiro período da Frente?

Paulo Pimenta - Estou sinceramente entusiasmado. Realizamos diversas audiências com ministros e encontramos compreensão para a necessidade de resolvermos os problemas estruturais do setor. Temos mantido uma boa interlocução com o Governo Federal sobre as questões de matéria-prima e energia e na identificação de alternativas para encaminhar estes temas.

Plástico Sul - A Frente parlamentar atua em três frentes que se complementam, embora sejam muito diferentes: de um lado temos o setor químico e

petroquímico, com grandes indústrias, e de outro temos a indústria produtora de plásticos, que tem mais de 95% de micro e pequenas empresas. Como atuar de forma a contemplar necessidades tão específicas e empresários com perfis tão distintos? Paulo Pimenta - Convidamos todas as entidades do setor químico e do plástico a participar da Frente como apoiadoras, com a possibilidade de sugerir temas para discussão com os deputados. Já aceitaram nosso convite as seguintes entidades: Associação Brasileira de Biotecnologia Industrial (ABBI), Associação Brasileira de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor), Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati), Instituto do Plástico, Instituto do PVC, Plastivida eSindicato Nacional da Indústria de Matérias-Primas para Fertilizantes (Sinprifert). Nosso objetivo é trabalhar em temas que contribuam para o desenvolvimento de todos os elos da cadeia química no Brasil. É importante mencionar que o setor tem uma longa tradição de trabalho conjunto com o Sindicato dos Trabalhadores e, assim, estou confiante que a Frente Parlamentar da Química poderá dar uma grande contribuição à sociedade brasileira.

Plástico Sul - Entre os objetivos da Frente está o aprimoramento das políticas públicas federais para restabelecer a competitividade da cadeia produtiva do setor químico, petroquímico e de plástico. Como avalia a competitividade da indústria de plásticos no Brasil e o empenho do governo federal para fortalecer a cadeia produtiva da química e do plástico hoje? Paulo Pimenta - A indústria química brasileira já foi bem mais competitiva no passado. No entanto tem perdido, de forma crescente, participação no atendimento à demanda interna por meio da produção local, apesar do crescimento do consumo de produtos químicos no Brasil nos últimos anos. Por conta dos esforços dos governos do ex-Presidente Lula e da Presidenta Dilma a sociedade brasileira elevou seu poder de compra nos últimos 10 anos e mais uma parcela expressiva da população adentrou no mercado consumidor. Todavia, a indústria química nacional não obteve o crescimento esperado nesse período. Atualmente, mais de um terço de toda a demanda nacional por produtos químicos vem sendo suprida por importações, que por sua vez crescem a uma taxa significativamente elevada. O Plano Brasil Maior, criado pela Presidenta Dilma, possibilitou, dentro do Conselho de Competitividade da Química, uma ampla discussão envolvendo diferentes e importantes áreas do Governo e da sociedade. A Agenda da Química dentro do PBM está completa, incluindo solução para praticamente todos os entraves existentes no setor. Infelizmente, a Agenda não pode ser implementada na íntegra, mas destacam-se várias ações, que tiveram por objetivo um olhar sobre o setor <<< Plástico Sul < 7


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PlastVipPaulo Pimenta diálogo? Quais serão as estratégias e ações práticas para alcançar seus objetivos, beneficiando todos os elos da Frente? Paulo Pimenta - A Abiquim exerce a Secretaria da Frente e administra um orçamento constituído por recursos provenientes das entidades apoiadoras. Estes recursos serão aplicados na realização de eventos, bem como na divulgação dos trabalhos da Frente.

Plástico Sul - Haverá ações específicas voltadas ao

"Estudos precisam ser transformados em políticas públicas. Os próximos cinco anos serão decisivos"

no longo prazo, como a contratação do estudo "Oportunidades de Diversificação da Indústria Química", pelo BNDES. Esse estudo abre perspectivas altamente positivas para investimentos no setor. Com relação à indústria do plástico, gostaria de destacar que houve um aumento significativo das importações nos últimos dez anos. Observe o desempenho de 1990 a 2014. Outro ponto a ser destacado é que a nossa balança de resinas termoplásticas com Argentina, que era positiva tornou-se negativa. Observamos também um aumento da capacidade ociosa das indústrias produtoras de resinas termoplásticas. Em 2014, as empresas operaram com uma média de 78%, três pontos abaixo da do ano anterior. De acordo dados da Abiquim, devido à característica da operação em processo contínuo, essas plantas deveriam estar operando entre 87% e 90%. A ociosidade de 22% não só é preocupante no curto prazo, como também desestimula a atração por novos investimentos no setor no médio prazo. É importante lembrar que as empresas brasileiras que atuam no segmento de resinas termoplásticas realizaram importantes investimentos em elevação de capacidade instalada nos últimos anos, bem como em pesquisa e inovação e no desenvolvimento de novas aplicações, não obstante as dificuldades do ambiente de competitividade nacional. O setor teria condições de atender praticamente à quase totalidade da demanda se reduzisse o atual nível de ociosidade. Temos grande potencial de aumentar o consumo de plásticos no Brasil. O País consome em torno de 30 kg/habitante, estando bem abaixo dos padrões europeus e americanos.

Plástico Sul - A Frente tem algum orçamento? Estão previstas ações concretas ou o trabalho será de 8 > Plástico Sul >>>

setor plástico? Se sim, quais? Em caso negativo, por quê? Paulo Pimenta - Estamos exatamente na fase de construir um plano de trabalho para a FPQuímica com o suporte das entidades apoiadoras. No último café da manhã, analisamos o setor de cloro, coordenado pelo deputado Paulão, e ficou evidente que a questão da energia é um fator essencial para este segmento.Pretendemos trabalhar dessa forma com cada segmento da química e identificar como o Parlamento Brasileiro poderá contribuir para a fixação de políticas públicas que estimulem o investimento e a geração de emprego, tendo em vista as necessidades específicas de cada segmento. Também a Plastivida– Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos – já apresentou os importantes desafios na área de reciclagem, e eu pessoalmente participei da Feiplastic– Feira Internacional do Plástico – e debati com entidades e empresas sobre como podemos contribuir.

Plástico Sul - Em seu discurso no relançamento da Frente, o senhor destacou que “se hoje o Brasil importa produtos químicos, amanhã irá importar a etapa seguinte e assim sucessivamente, até que se inicie a importação apenas de produtos acabados, diminuindo cada vez mais o peso da indústria na formação do PIB brasileiro”. Entretanto, a indústria de transformação de plásticos (produtos acabados) já é deficitária (são 236 mil toneladas exportadas em 2014, contra 769 mil importadas no mesmo período). Como resolver essa equação, sem atingir a indústria do plástico? Paulo Pimenta - Na verdade, a indústria de transformação já está sendo atingida e a situação pode se agravar em um curto espaço de tempo. A química depende de investimentos elevados em manutenção e em ampliações, porém sem competitividade as plantas acabarão se tornando ultrapassadas frente aos concorrentes internacionais e não será possível competir. Não sendo possível competir, os consumidores acabarão por importar cada vez mais produtos de valor agregado. Ao fazer isso, toda uma cadeia para trás pode ser desestruturada e reconstruir leva muito tempo. A única forma de resolver esse problema e evitar a desindustrialização é fortalecer


a base de produção. É preciso que o primeiro elo da cadeia seja mais competitivo, que tenha igualdade de condição de produção com seus congêneres internacionais, e que esse ganho seja repassado aos produtos fabricados nos demais elos da cadeia. Essa fragilidade que hoje existe, especialmente no tocante ao fornecimento competitivo de matéria-prima, em um momento em que surge o shalegas nos Estados Unidos, precisa ser urgentemente equacionada. Neste caso, o quadro pode ser mais difícil no médio prazo com o ganho de competitividade da indústria química americana, após o choque de oferta de gás natural e da possibilidade de elevação das exportações de produtos de elevado valor agregado dos Estados Unidos para o mercado internacional. Mesmo apresentando quadro atual adverso, o Brasil possui inúmeras oportunidades para não só reverter como inverter essa situação. O pré-sal traz a possibilidade de o País vir a ter uma condição muito mais favorável do que a atual em termos de matérias-primas para a indústria química (nafta, gás, condensado), complementado pelos recursos fósseis em terra, tanto de gás associado ao petróleo como de gás não convencional. Além disso, o Brasil tem uma riqueza ainda não totalmente dimensionada que é a da biodiversidade e dos recursos renováveis. Todavia, para transformar essas oportunidades em realidade, a indústria química precisa voltar a produzir em condições mais competitivas, utilizando sua capacidade ociosa, eliminando em definitivo as importações casuísticas. Vale lembrar que o acesso competitivo a matérias-primas, cujo peso é da ordem aproximada de 60 a 80% do custo, no caso de petroquímicos, é uma das principais vantagens comparativas e competitivas para a química.

indústria química mais competitiva que ajudará o País a crescer de forma estruturada.

Plástico Sul - No caso do setor plástico, há sempre insatisfação dos transformadores em relação a preço de resinas. Uma questão que dificilmente sofrerá grandes alterações, visto que existe apenas um fornecedor nacional das principais matérias- primas e que este é mercado é globalizado. Como o senhor avalia isso? O que é possível fazer? Paulo Pimenta - Observamos que todos os países com indústria química forte têm algumas empresas âncoras que suportam o seu desenvolvimento. Nesse sentido, o Brasil é um país privilegiado, pois possui empresas que podem ancorar esse desenvolvimento brasileiro. Com relação aos preços, esta é uma questão comercial e a Frente Parlamentar não pode se envolver. Nosso esforço concentra-se em estimular a competitividade de todos os elos da cadeia, mas sem qualquer interferência nos negócios.

Plástico Sul - É possível atuar em outras frentes, como benefícios em máquinas e outros insumos, para tentar driblar este ponto? Seria uma opção adequada? Viável? Paulo Pimenta - Como a Química em si já tem muitos segmentos, organizamos a Frente de modo a atender da melhor forma os setores da indústria química, focando nas necessidades de cada um deles, a fim de melhorar a competitividade do setor de modo amplo. Há muito o que se fazer nesse sentido. Primeiro precisamos nos concentrar nesses segmentos, antes de pensarmos em atuar em outras frentes.

Plástico Sul - A Frente vai dialogar com empresas Plástico Sul - Sabe-se que a balança comercial da indústria química é deficitária. Quais as medidas a serem tomadas para tentar o equilíbrio desta equação? Paulo Pimenta - O estudo conduzido recentemente pelo BNDES, sobre Oportunidades de Diversificação da Indústria Química, bem como a Agenda Tecnológica Setorial (ATS), realizado pela ABDI, além do estudo sobre os entraves logísticos que afetam o setor, realizado pela Abiquim, precisam ser transformados em políticas públicas. Vários países estão fazendo seu dever de casa e não pode ser diferente aqui. As consequências negativas do aumento das importações precisam ser convertidas em oportunidades. Nesse aspecto, os próximos cinco anos serão decisivos para o futuro da indústria química brasileira. O estudo "Oportunidades de Diversificação da Indústria Química" aponta uma agenda estratégica para o setor, com medidas de curto, médio e longo prazos. Se essas oportunidades forem estimuladas, o Brasil voltará a ter uma

- fornecedores - ou apenas com o poder público e associações? Paulo Pimenta - O objetivo da Frente Parlamentar é estimular a competitividade de toda cadeia química. Por razões comerciais, não interferiremos em questões de negócio das empresas.

Plástico Sul - Como se dará a relação da Frente com entidades como Abiplast e Abiquim? Paulo Pimenta - A Abiquim exerce a secretaria-executiva da Frente Parlamentar. A Abiplast, Abipet, Abief, Instituto do Plástico, Instituto do PVC e Plastivida, entidades do setor de plásticos, foram convidadas a participar como apoiadoras da Frente. O Instituto do Plástico, Instituto do PVC e Plastivida já aceitaram e, quanto às demais, estamos aguardando a decisão de suas diretorias.

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Segurança

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NR-Dúvidas

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Tendências

Lourenço Righetti, da ABIMAQ "NR12 deveria ser orientadora e não impositiva"

N A NR-12 não é um assunto novo, mas ainda traz dúvidas para a indústria. Certo é que deve ser cumprida, mas o que fazer quando a regra não é clara? A ABIMAQ trabalha para a revisão da norma, para que sua aplicação não seja onerosa para a produção. Na Portaria nº 596, de 7 de maio de 2O15, o M.T. E. designou novos membros para o Comitê Interministerial para NR12 , o que indica que o diálogo continua. 10 > Plástico Sul >>>

a recente FEIPLASTIC – Feira Internacional do plástico, em maio em São Paulo, Lourenço Righetti, consultor da ABIMAQ, falou sobre o tema no espaço Ilha do Conhecimento. Além da falta de clareza do texto, apontou preocupações como o fato de que a lei se aplica a máquinas em uso nas fábricas, vendidas, doadas e mesmo expostas em feiras, ou seja, em caso de fiscalização mesmo as exposições ficam sumbetidas. Justamente sobre fiscalização, Righetti destaca que este processo está na mão de um profissional sem a formação técnica específica e que uma das premissas da associação é a presença de um engenheiro no procedimento. Cabe lembrar que a ABIMAQ não tem registros de máquinas recolhidas ou multadas em função da NR-12. A ABIMAQ concorda com a quatro premissas apresentadas pela CNI-Confederação Nacional da Indústria no que diz respeito à NR-12: linha de corte temporal para as adequações de máquinas usadas; obrigações distintas para fabricantes e usuários; tratamento diferenciado para as microempresas e empresas de pequeno porte; interdição de máquinas e equipamentos mediante grave e iminente risco devidamente comprovado, por laudo técnico circunstanciado e por ato a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego. “A NR 12 deveria ser mais orientadora, determinando as diretivas daquilo que deve ser protegido e o que deve ser evitado e não impositiva determinando como isso deve ser fei-


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Segurança

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Reis, da Romi. "Todos os requisitos da norma são importantes para garantir a segurança'

to. O ‘como deve ser feito’ é atribuição do projetista / fabricante. A NR 12 é a regulamentação da Lei nº 6.514 e não uma Norma Técnica. Deveríamos seguir os mesmos conceitos das Diretivas Europeias”, opina Righetti. Ele comenta sobre o impacto da norma na indústria de plástico brasileira. “O maior impacto está na necessidade da adequação do Parque de Máquinas instaladas no Brasil (máquinas em uso) em atender aos requisitos de segurança contidos na NR 12”. E reafirma algo que é ouvido no setor. “máquinas importadas entram no Brasil sem qualquer fiscalização quanto ao cumprimento das exigências de segurança determinados pela NR 12”.

Fornecedores

O Diretor Geral da Battenfeld-Cincinnati do Brasil, Cássio Luis Saltori, diz ser completamente contra a NR12 em seus aspectos gerais e que as máquinas européias já possuem o Certificado TüV que contempla todas as exigências de segurança de máquinas e componentes. A empresa trabalha apenas com máquinas importadas. “Na medida do possível, estamos tentando interpretar a norma, pois para extrusoras não existe um capítulo dedicado e a norma por si só é confusa e pouco técnica no aspecto geral”, opina. “Não há um consenso sobre o que é certo ou errado . Todas nossas máquinas estão dentro dos mais rigorosos padrões de segurança mundiais. A NR12 não acrescenta nada. E como não existe um detalhamento mais técnico do que é certo ou errado, não há como dizer o que pode ou o que não se pode tirar . Quando falamos em segurança, nada pode ser removido que comprometa a segurança do equipamento, mas daí dizer algo sobre NR12,fica impossível”. 12 > Plástico Sul >>>

Saltori diz que, como não se sabe o que realmente a NR12 solicita, a empresa tenta decifrar alguns itens principalmente na parte eletrônica e acionamentos e que a NR12 encarece de 15% a 20% de acordo com o tamanho do equipamento. Mesmo em relação a adaptações em maquinário antigo não há clareza em sua opinião. “Se não quiser ter problemas com fiscais despreparados para fiscalizar máquinas, torna-se interessante a compra de equipamentos novos dentro dos padrões de segurança. Mas mesmo assim acredito que haverá problemas com eventuais fiscalizações sobre NR12, porque normalmente os fiscais desconhecem o equipamento”, afirma. Ainda sobre o tema principal da NR-12 comenta. “As empresas no Brasil devem treinar seus operadores nos equipamentos para que eles saibam qual é a maneira segura de operar”. A Romi atende plenamente as normas técnicas brasileiras, especialmente a NR12, informa a empresa. “Desde sua primeira edição, a Romi tem adequado seus projetos de máquinas conforme as novas exigências de cada edição da NR-12, dentro dos prazos estabelecidos pela norma”, afirma William dos Reis, diretor da unidade de negócios de máquinas para plásticos. Ele concorda com a ideia geral que a NR-12 possui muitas exigências, pois “aborda todos os aspectos de segurança do equipamento, visando eliminar qualquer condição insegura de trabalho e reduzir potenciais atos inseguros por parte do operador. Acreditamos que todos os requisitos da norma são importantes para garantir a completa segurança das máquinas para plásticos”. Para atender integralmente a NR-12, são necessárias proteções adicionais na parte mecânica, elétrica e hidráulica do equipamento, aumentando o custo do produto, porém, esta diferença de custo não é tão significativa em máquinas novas, garante Reis. Todas as máquinas para plásticos Romi são produzidas no Brasil. Em relação à norma, basicamente, as máquinas antigas precisam de adaptação na parte mecânica incluindo proteções e chaparias adicionais, adequação da parte hidráulica com a inclusão de válvula com elemento monitorado para o fechamento do molde e na parte elétrica com a inclusão de um sistema de monitoramento e redundância com relês de segurança. “Quanto mais antiga é a máquina, maior será o custo de adequação para a NR-12”, pontua. Para a tomada de decisão quanto à adequação de um equipamento antigo ou aquisição de uma máquina nova, o transformador precisa considerar aspectos de competitividade que uma nova trará ao seu processo produtivo, como a redução do consumo de energia, aumento da produtividade e redução do consumo de matéria-prima devido à precisão dos equipamentos modernos. “Geralmente, compensa a aquisição de um equipamento novo do que adequar uma máquina antiga”, opina Reis. Uma das principais bandeiras do setor indus-


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trial neste tema é a adoção do corte temporal, para máquinas antigas e novas. Reis tem uma opinião um pouco diferente. “Aspectos de segurança não devem ser restritos somente a equipamentos novos. Adequações importantes, que podem comprometer a integridade física do operador, devem ser adotadas em todo o parque fabril de transformação de plásticos”. Dante Casarotti, da Divisão de Plástico da Primotécnica, diz que todos os seus equipamentos estão adaptados, mas que a empresa deixa claro ao cliente que ele pode adquirir sem as normas caso se responsabilize a adaptar internamente. Sobre a adaptação da empresa à NR-12, diz que foi um processo de aprendizado, tentando entender a Norma e ao mesmo tempo algumas exigências de certos clientes que pedem algo a mais nessas adaptações, como por exemplo micro switch a mais de segurança do que o necessário. Ele não concorda com a ideia de que a NR-12 tem exigências demais. “O que acontece é que certos indivíduos do setor de segurança do trabalho nas empresas querem mostrar ‘mais serviço’ do que o necessário”. A empresa trabalha com maquinário 100% produzido no Brasil e Casarotti afirma que a NR-12 impacta no aumento de custos e preços finais das máquinas, encarece em uma proporção de 30%. “É muita coisa

para certas empresas que estão no início, ou enxugando custos”, comenta. Cristian Heinen, da IMMAC/NORMATEC, diz que a empresa iniciou muito cedo a preocupação com a questão da NR 12. “Foi uma das primeiras no Brasil a

Righetti apresentou painel sobre o tema na FEIPLASTIC 2015

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Segurança

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Tendências

Wender, da ARBURG: maior prejudicada é a indústria em sua participação no PIB

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ter esta preocupação com a injetora enquadrada na NR 12 e inclusive se antecipando em alguns pontos do que deverá ser incluído nas próximas revisões”, afirma. Ele comenta que as exigências de NR 12 no Brasil são muito acima das normas de segurança em outros países. “De certa forma é até uma surpresa para muitas empresas fabricantes de injetoras na China e Europa, pois vendem para o mundo inteiro e nenhum país tem tantas particularidades como o Brasil”. Para Heinen, a inclusão de NR 12 em injetoras novas certamente tem impacto no preço das máquinas, mas o impacto é muito maior quando a NR 12 é exigida em injetoras mais antigas com tecnologia já ultrapassada. “O custo é alto, pois além de peças eletroeletrônicas, carenagens, ainda tem o custo de mão-de-obra para efetuar a alteração. E mais difícil quando uma indústria já tem 5/10/15 injetoras que precisam ser normatizadas. Ao normatizar cinco injetoras antigas a empresa deixa de comprar uma injetora nova pelo menos”. Cerca de 90% do faturamento da IMMAC/NORMATEC em injetoras e extrusoras é composto por máquinas produzidas na China e as adaptações foram diversas principalmente no que tange ao fechamento de carenagens, segurança hidráulica, elétrica e mecânica. A ARBURG só trabalha com máquinas importadas, que já vem adequadas à norma NR-12 da fábrica de Alemanha. “Demorou para nós entendermos e interpretarmos a norma e colocarmos as exigências num código para a produção. O polêmico é que a norma é voltada para as condições na fábrica aonde a máquina vai produzir, que pode ser em diferentes fábricas e muito diferentes. E é normalmente a responsabilidade do dono que usa a máquina”, comenta o diretor da Arburg no Brasil Kai Wender. Ele afirma que a norma exige do fabricante a

garantia da segurança, o que pode ser em alguns casos difícil, especialmente se se pensa em células produtivas com alto grau de integração onde pode existir a necessidade de alterar o projeto original de segurança da máquina. “Neste caso a responsabilidade não pode ser mais do fabricante”, opina. Ele comenta o que foi mais importante no processo. “Principalmente a integração de um relais de segurança independente do comando principal, alterações no circuito de segurança e dispositivos para inibir acesso para áreas críticas. Algumas alterações no manual e a forma impressa da documentação técnica. Para as máquinas antigas tivemos que desenvolver um kit, que tem um preço relevante para uma máquina antiga . Nós podemos hoje adaptar aproximadamente 98% das máquinas Arburg antigas à norma. Só máquinas muito antigas ou muito especiais que temos no mercado com um número insignificante não temos como adaptar”. Para Wender, a viabilidade de investimento numa máquina antiga é complexa é muito individual, referente o produto que a máquina faz. Tem casos em que o investimento na adaptação à norma não vale mais. Como a NR-12 vale igual para todos os fabricantes, ele diz não ver perda de participação de mercado em função dela, mas sim o recuo da indústria na participação do PIB e acredita que o cenário enfrentado nos últimos anos pode ser um reflexo disso . “O governo deve buscar a melhorar a competitvidade global da indústria nacional, um fato que atualmente não é visível, a introdução da norma NR 12 contribui para piorar a situação”, comenta. Ele destaca que é importante expressar que a segurança dos operários é muito importante e uma norma de segurança e a fiscalização é muito importante para garantir a saúde dos funcionários. “Assim a Arburg está a favor de uma boa norma de segurança. Um ponto que é um pouco difícil de entender é o fato que existem hoje normas mundialmente reconhecidas como a de Europa (EN) o de EU, que estão em vigor já há muitos anos e atendem muito bem as necessidades, e no Brasil foi criada uma norma que difere das internacionais já estabelecidas”. Ele afirma que NR 12 exige mais itens de segurança, além das normas internacionais . “Tecnicamente não é necessário e por outra parte gera custos mais altos para a indústria brasileira, que já sofre com custos maiores na aquisição de um equipamento de tecnologia comparando com a indústria Europeia, Americana ou também do México. Neste contexto a norma piora a situação de competitvidade da indústria brasileira além que já está. Num mercado globalizado, isto é uma ameaça para a indústria nacional em geral”, reforça. Para Wender, existe um impacto negativo para a indústria ao precisar descartar equipamentos produtivos de seu parque industrial, mas por outro lado


isto pode ser a chance de melhorar a produtividade e eficiência com novos equipamentos e aumentar a competitvidade da fábrica. Paolo De Fillipis, diretor da Wortex, diz que a empresa concorda que todas as máquinas sejam adaptadas, mas acha que no Brasil há um certo exagero em alguns pontos da NR-12, se comparada com a legislação americana e européia. “Os fabricantes nacionais têm que cumprir com mais coisas. A WORTEX já cumpre com os pré-requisitos de segurança exigidos pela lei para as máquinas fabricadas aqui e importadas, todas em conformidade com a NR12”. Ele opina que não é preciso suprimir itens da NR-12, mas modificá-los ou rever alguns para que a operação da máquina seja mais tranquila. “Vai depender do tipo de equipamento. O cliente poderá remover certos acessórios/componentes de segurança, porém estará sujeito a multas se fiscalizado. Como fabricante, temos que orientá-lo sobre os riscos”, comenta. Ele calcula que o custo total da máquina pode variar de 3% a 5% e diz que se a NR-12 for aplicada com rigor pela lei brasileira, o mercado nacional tende a se beneficiar, pois compromete a venda das máquinas nacionais e internacionais de segunda e terceira linha, que muitas vezes não cumprem todas as normas de

segurança e precisam ser adaptadas. De Fillipis fala das adaptações. “Geralmente são para cumprir a legislação de segurança. Por exemplo, um motor antigo que esteja funcionando e não prejudique a produção e o usuário, ainda é usado por muitas empresas. Mas itens de segurança como proteção mecânica e eletrônica do motor precisam ser adaptados nas máquinas novas. A norma já prevê maior eficiência energética, portanto, cabe ao fabricante estar atento para as mudanças necessárias e exigidas pela NR-12. A NR-12 deve ser cumprida. Afinal de contas, estamos lidando com a segurança de todos. O que ocorre é que nem todas as máquinas permitem fazer as mudanças necessárias exigidas pela lei, portanto o projeto deve ser modificado”. No caso das adaptações nas máquinas importadas pela Wortex, são mínimas, menos técnicas e muito mais relacionadas aos itens de segurança passiva. “No que se refere a máquinas antigas, sabemos de casos de empresas que foram fechadas por não atenderem a NR-12. Nesse sentido, a máquina antiga vai gerar custo para o cliente. O proprietário da máquina tem que cumprir a lei de acidentes de trabalho. Todos têm a ganhar se a lei for cumprida”, comenta De Fillipis.

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Segurança

& Mercados

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Tendências

De Fillipis, da WORTEX: se NR-12 for aplicada com rigor, mercado nacional tende a se beneficiar

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Clareza e interpretação

Roberto Melo, da Haitian, diz que se posiona completamente favorável ao aumento de segurança em máquinas injetoras. “Em geral muitos pensam que a NR12 engloba somente injeção plástica, mas ela é muito maior e regula outros segmentos. As máquinas da Haitian são todas adaptadas às normas internacionais e nacionais, essa transição e adaptação no Brasil foi relativamente fácil, pois trouxemos a concepção de segurança que é comercilaizada na Europa e Estados Unidos, agregando outras exigências do Brasil de normas e padrões pré-definidos pelos nossos clientes”. Ele acredita que a questão da norma é em relação à clareza e objetividade. “A NR- 12, conforme disse, é para vários segmentos e separada por anexos, a dificuldade encontrada por alguns transformadores é interpretar a norma genérica e depois os anexos. A genérica tem situações que são para segmentos específicos. A norma cremos que está sendo revisada e deve conter uma linguagem mais simplificada e direta sem causar interpretações que são entendidas como análise de riscos, pois, cada empresa define os pontos de riscos existentes no ambiente e a norma é sobre o equipamento”. Em relação a encarecimento, ele considera normal. “A realidade é quem não é preparado não comercializa máquinas em nenhum lugar do mundo e essa não é nossa preocupação. Um cliente bem informado entende que não é um custo e sim um investimento correto, quanto a elevar o valor isso é natural. Ao mudar o projeto será assim até uma nova atualização e o valor modifica-se devido a agregar componentes que estão em conformidade com normas internacionais e brasileiras”. Para Antonio Dottori, engenheiro de aplicação

da Pavan Zanetti, a NR 12 está aí e deve ser cumprida na íntegra. Todos os produtos da Pavan Zanetti estão de acordo com esta norma e o processo de adequação ocorreu a partir de um cronograma que respeitou a vigência de cada uma das necessidades determinadas. “No que se refere às nossas máquinas, as mesmas já estavam dentro dos padrões de segurança que passaram a ser exigidos na NR 12”. Ele opina sobre o regramento. “A NR 12 é uma norma completa, tem como base a norma americana OSHA e a europeia EUROMAP, além de uma forte influência brasileira, normas ABNT, entre outras. Apesar de abranger a totalidade das possibilidades de acidentes em máquinas para transformação de plásticos, encontramos diversas opiniões entre nossos clientes sobre seu excessivo rigor em alguns setores. Particularmente, as máquinas da Pavan Zanetti garantem todas as condições de segurança previstas na NR 12 e além dela, pois comportam itens adicionais que julgamos relevantes”. Esta atitude resultou de uma parceria com o SENAI, em que foram promovidas várias reuniões e chegou-se a um nível ideal de segurança da máquina, tanto para a indústria, como para o ensino. “Tivemos a preocupação de fazer isso sem prejudicar a produtividade industrial e também considerando que essas máquinas são utilizadas por menores aprendizes que nunca trabalharam sob a supervisão de um instrutor credenciado. Resumindo, a norma não é exagerada, desde que devidamente adequada à máquina”. Adaptação que gera sim custos. “No caso das máquinas Pavan Zanetti, houve sim um acréscimo de custo para a total adequação, dependendo do tipo de máquina e modelo. Este acréscimo chegou até a 8% do valor da máquina, variando em função das condições do projeto. Agora, comparando-se com uma máquina importada fora da norma, é claro que o preço não será o mesmo e teremos um caso de concorrência desleal, podendo gerar problemas futuros ao comprador. Por isso, recomendamos que, antes da compra, o interessado compare o equipamento com outras máquinas em igual situação de normalização, veja se tem um responsável, entre outros detalhes”. “É importante frisar que a Pavan Zanetti não só adapta as máquinas importadas às normas de segurança, mas também ao mercado brasileiro. Desta forma, quando importamos uma máquina, antes da operação, definimos um fornecedor confiável e elaboramos um dossiê que segue o padrão Pavan Zanetti, incluindo as normas regulamentadoras NR 10, NR 12 e demais. Mais uma vez recomendamos cautela na aquisição de máquinas importadas. Apesar de normas americanas e europeias serem bem consistentes, nem sempre garantem que o equipamento esteja de acordo com as normas brasileiras. Em tese, cada produto importado que entra no Brasil deve cumprir rigorosamente as nossas normas”.


Em relação a máquinas que estão fora do padrão atual, faltam normalmente comunicação eletroeletrônica, tipos de micros, travas de segurança, sistemas hidráulicos, etc. Ele diz que adaptar ou trocar não é uma dúvida de fácil resposta. “O que fazer com uma máquina que vale R$ 30 mil e a adaptação à norma custaria R$ 20 mil? Vale a pena retrofitar? Seria o mesmo que perguntar se vale a pena pegar uma Galaxie V8 da Ford e colocar injeção eletrônica para torná-lo mais econômico. No caso do carro, minha resposta é que somente valeria a pena para um colecionador. Máquina é a mesma coisa. Além de atender à norma, uma máquina mais moderna gasta menos energia, é mais rápida, produz mais, tem sistemas mais interativos, em síntese, é muito melhor. Porém, esse raciocínio esbarra na parte financeira”, compara. Para Dottori, muitos transformadores não conseguem a condição comercial para a troca dos equipamentos que já possuem e que estão atendendo a sua necessidade. Para possibilitar esta modernização, seria importante uma ação conjunta com organismos do governo. Muitos têm interesse neste tipo de investimento, mas jamais conseguirão uma linha de crédito a custo compensador. “A Abimaq tem buscado junto ao governo federal alguma forma de motivar esses transformadores a trocarem suas maquinas antigas por máquinas modernas e seguras, com sugestões sobre programas de modernização do setor”, comenta. Ao mesmo tempo, considera importante um tempo de adaptação, como quer a ABIMAQ. “Vamos fazer uma analogia aos automóveis em circulação no Brasil. Hoje, para os carros zero quilometro são exigidos airbag e freio ABS. Já a frota mais antiga continua sendo usada sem estas condições e, aos poucos, na medida em que os carros antigos vão sendo substituídos pelos novos, todos passarão a ter estes itens”. Ele explica que, em caso de acidente, um automóvel velho sem airbag e ABS é tão perigoso quanto um novo nas mesmas condições. Porém,, sinaliza Dottori, a legislação permite que um carro usado circule sem estes itens. “E sabemos que o número de mortes em acidentes por falta airbag e ABS é muito maior do que na indústria. No caso das máquinas, a situação é exatamente igual, porém, com pesos diferentes. É muito difícil para um condutor trocar seu carro velho por um novo devido à falta de itens de segurança”. Ele diz que o bom senso leva a reconhecer que muitas máquinas são perigosas e não dispõem de um mínimo de segurança ao operador. Mas, questiona se no caso de uma máquina que, apesar de antiga e fora das normas, ofereça total segurança ao operador mesmo sem atender detalhes não comprometedores, porque não deixar assim? “Vamos usar a razão e atacar as máquinas antigas mais perigosas, adequando-as ou trocando-as por novas. As que

ABIEF faz levantamento da NR-12 nos tribunais

O consultor Jurídico da ABIEF (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis), advogado Rodrigo More, tem alertado continuamente os associados sobre a relevância da NR-12. More destaca que a fiscalização da DRT (Delegacia Regional do Trabalho) e do MPT (Ministério Público do Trabalho) está sendo bastante dura e certeira, levando, em casos extremos, à interdição de máquinas não conformes com a NR e/ou o fechamento de fábricas. A pedido do Conselho de Administração da ABIEF, More realizou um levantamento de prática da NR-12 nos tribunais. O resultado foi que nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo algumas fábricas, de diversos setores, já foram autuadas e fechadas. Foi constatado que a não observância da NR-12 é causa determinante para condenações por acidentes de trabalho e indenizações, tanto trabalhistas quanto por danos morais relativos. A ABIEF acompanha de perto todos os debates técnicos e jurídicos em torno da NR-12 e aconselha seus associados, em caso de dúvida, a contatarem a área Jurídica da entidade. Informações ou notícias que possam ajudar a Associação e os demais associados também estão sendo recebidas e analisadas.

oferecem um grau de segurança satisfatório, um dia sairão de circulação”. Ao mesmo tempo lembra que o prazo de implantação da NR 12 já se esgotou e os órgãos governamentais estão aí, fiscalizando. “Não será possível parar todas as máquinas fora da norma e adequá-las em um piscar de olhos, mas devemos ter uma sequência de ações, que inclui um inventário completo do parque fabril, com máquina, modelo, planta baixa, análise de risco, necessidade de implementação, custo e prazo para cada uma delas e plano de ação. Com um plano de ação pronto e suas respectivas datas de execução, os órgãos públicos deverão entender que o usuário está dando importância ao assunto e vai adequar as máquinas. Além disso, sabemos que esta adaptação custa e exige uma preocupação com a disponibilidade de caixa”. Outro ponto é a importância do treinamento e capacitação do pessoal, uma iniciativa que despende menores recursos e deve ser tomada imediatamente na sua opinião, podendo ser executada a qualquer hora, durante o expediente de trabalho. “É muito importante para que o operador e todos que tenham acesso às máquinas tenham conhecimento dos riscos aos quais estão expostos. Também sugerimos ao transformador conhecer as linhas de financiamento dos bancos de desenvolvimento e os incentivos governamentais que apoiam a adequação de máquinas para NR 12 e demais normas regulamentadoras, o que pode ser feito via ABIMAQ”.

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EspecialPlástico no RS DIVULGAÇÃO

Um Estado transformador Outros pontos fortes do estado são abordados pelo presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do RS (Sinplast), Edilson Deitos. “Possuímos um Polo Petroquímico, mão de obra capacitada, escolas técnicas do plástico e do Instituto SENAI de Inovação em Engenharia de Polímeros em São Leopoldo, que atua em projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), Consultorias e Serviços Tecnológicos na área de polímeros”, afirma Deitos. Para ela, o estado conta com profissionais qualificados, infraestrutura e equipamentos modernos, com capacidade para atender às mais diversas demandas tecnológicas e atuar como indutor de inovação. “E o fato de possuirmos próximo de 1.300 empresas denota o espírito empreendedor Gaúcho”.

Desempenho

Polo Petroquímico de Triunfo é um dos diferenciais do setor plástico no estado

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O

Rio Grande do Sul não pode ser apenas classificado como um estado transformador de material plástico. A região, que emprega 29.539 pessoas em 1.298 empresas convertedoras, pode ser considerada como transformadora também de desafios em oportunidades. Guerreiro e disciplinado, o empresariado gaúcho não se abate em meio à crise e busca através de seus pontos fortes minimizar ao máximo os danos sofridos pelos pontos fracos, sempre em união para pleitear melhores condições ao estado. Posicionado em 3º lugar no ranking de transformação de plásticos, o Rio Grande do Sul possui uma cadeia produtiva completa. Com faturamento em cerca de R$4.8 bilhões em 2014, a região tem três sindicatos que cuidam dos interesses de seus associados. Além disso, o estado gaúcho possui participação de 11,2% na produção nacional de transformados plásticos, produzindo em torno de 620 mil toneladas em 2014. Entre os pontos fortes do estado, o presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás), Jaime Lorandi, cita um grande diferencial que viabiliza o surgimento e a prosperidade de negócios no Rio Grande do Sul. “Este diferencial é as pessoas. Aqui temos um trabalhador mais qualificado do que na maioria dos estados brasileiros. Muitos dos nossos empresários que operam com plantas em outras regiões destacam este diferencial”, aponta o dirigente. Além desta característica, Lorandi também acredita que o parque industrial muito diversificado é outro fator determinante de sucesso. “Na verdade, o segundo mais diversificado do país, o que também ajuda as empresas a sempre estarem buscando novos nichos e mercados para o desenvolvimento de seus produtos”.

O presidente do Sinplast apresenta uma avaliação dos primeiros quatro meses do ano, que trazem os mais variados índices de crescimento e decréscimo de produção. Ele explica que há setores que apontam quedas de 30%, mais voltados a peças técnicas e setor automobilístico. Já o setor de filmes, dependendo a área de atuação, apresenta quedas de 20% até crescimentos de 5%. “Também há setores que estão conseguindo manter o desempenho de 2014 onde há duras perdas das margens de lucratividade”, aponta. Já Lorandi, do Simplás, sinaliza que o desempenho do setor plástico na região Nordeste do Rio Grande do Sul tem conseguido se distinguir em relação a outros setores. “Em média, podemos observar um crescimento de aproximadamente 5% ao ano. Ou seja, estamos crescendo acima da média nacional”, diz o dirigente, acrescentando ainda que várias empresas mantiveram, ampliaram ou iniciaram programas de investimentos em máquinas e desenvolvimento de pessoas, em busca de maiores produtividade e, consequentemente, competitividade.

Demandas

Outra questão importante a ser abordada são os principais anseios dos transformadores gaúchos. Somente detectando as demandas é possível buscar as soluções. Sabedores disso, os dirigentes que representam as empresas do setor no estado elencam uma série de questões que estão sendo trabalhadas e discutidas constantemente. Deitos, do Sinplast, sindicato que possui 700 empresas filiadas, aponta licenças ambientais, NR 12 e Política Nacional de Resíduos Sólidos como principais demandas de seus associados. “As demandas de licenças ambientais eram recorrentes em função das renovações, impedindo o acesso a operações de financiamentos e a


concorrências públicas. Com a aprovação da portaria número 46 da Fepam que se aplica aos empreendimentos que tenham apresentado requerimentos de renovação dentro do prazo de vigência da licença a ser atualizada, terão suas licenças renovadas automaticamente na data do vencimento”. Deitos afirma que tal conquista se deu pelo apelo constante da Federação das Indústrias do Estado do RS - FIERGS e Sindicatos, bem como pela nova visão da Secretária de Meio Ambiente Ana Pellini. Ele cita ainda o PL 117/2015 que foi enviado para a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, que visa aprovar numa única operação a licença ambiental, outorga de água e a intervenção em vegetação, dando maior agilidade aos licenciamentos no qual o Sinplast está dando apoio para a sua aprovação. Sobre a NR-12, recente encontro promovido pela FIERGS, com apoio dos Sindicatos, reuniu mais de 500 empresários. “Isso prova o interesse da classe industrial de buscar alternativas viáveis e sustentáveis para se enquadrar à norma”. Outra demanda constante observada por Deitos é a Política Nacional de Resíduos Sólidos. No que tange a logística reversa, o sindicato espera que no mês de junho seja assinada a proposta apresentada pela Coalização Empresarial, na qual a Abiplast e Sin-

dicatos da Indústria de Transformação fazem parte, que será o guarda-chuva das empresas associadas que aderirem ao programa. O dirigente vai além e cita inovação e sustentabilidade como pontos importantes trabalhados pelo Sinplast. “O sindicato vem apresentando uma série de palestras e programas para estimular a inovação, pois acreditamos que a indústria de transformação plástica do RS necessita apresentar diferenciais de inovação para fazer frente aos polos de consumo cada vez mais distantes e aos incentivos fiscais de outros Estados”. Para o presidente do Simplás, Jaime Lorandi, a necessidade de crédito para renovação do parque fabril é uma das maiores demandas do setor na atualidade. “Tornou-se muito difícil e caro comprar máquinas brasileiras, pois as novas regras do Finame dificultaram a vida do empresário”, avalia. O custo da energia elétrica também aparece como reclamação constante do empresariado. “O mercado está muito deprimido e o cliente da indústria de plástico não aceita o repasse de custos para os preços”, justifica o dirigente. Outra demanda está relacionada à burocracia do país, que dificulta os investimentos e às legislações que atingem as indústrias, sejam elas tributárias, trabalhistas ou sociais. “Nossa competitividade está corroída”, lamenta Lorandi.

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EspecialPlástico no RS Competitividade

Diversos fatores influenciam as empresas gaúchas no momento em que estão disputando espaço com companhias de outras regiões brasileiras. Posição geográfica e guerra fiscal são dois exemplos que impactam fortemente na competitividade do empresário rio-grandense. “Saliento que um dos obstáculos é a localização geográfica do RS, frente aos polos de consumo, além de incentivos fiscais de outros Estados superiores ao do RS. Apesar de diminuir as diferenças o Estado gaúcho ainda possui umas das tarifas de energia mais caras do País e mais caras do mundo, tirando a competitividade de exportação”, explica Deitos. Já para Lorandi, que lidera um sindicato que possui 254 associados de uma base representativa de mais de 500 empresas, o estado enfrenta muitos obstáculos e dificuldades competitivas em relação a outras localidades, inclusive na atração de novos investimentos. Ele afirma que o Rio Grande do Sul não tem fôlego para entrar na guerra fiscal, o que dificulta a vida das empresas. O dirigente concorda com Deitos quanto à posição logística complicada e cita ainda a infraestrutura defasada e precária. “Dentro deste panorama, podemos dizer que o nosso empresário é extremamente capacitado, pois consegue sobreviver e na maioria dos casos, até crescer em meio a tantas condições adversas”.

Exportação

Conforme dados da Abiplast, em 2014 as exportações de transformados plásticos sofreram uma queda de -4% em toneladas. Foram exportadas 236 mil toneladas de produtos totalizando R$ 3.168 milhões. Este valor em reais representa alta de 5,2%, devido ao crescimento do preço média do produto exportado. Para Edilson Deitos, do Sinplast, a elevação do dólar e o incentivo dado pelo Plano de Incentivo a Cadeia do Plástico, com preços de PE e PP diferenciados para exportações oferecidos pela Braskem, proporcionarão uma retomada das exportações que atualmente se encontram na faixa de 2% do faturamento. O Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico (PICPlast) é uma iniciativa da Braskem em conjunto com a ABIPLAST – Associação Brasileira da Indústria do Plástico -, lançado em 2013 para desenvolver programas estruturais que contribuam com o aumento da competitividade e crescimento da indústria brasileira de transformação plástico. Como parte das iniciativas foi lançado o Fundo Setorial. Cada empresa que adere ao Fundo contribui diretamente com ações que visam à valorização do plástico, programas de educação e suporte para ampliação da reciclagem de plásticos no Brasil. Para as empresas que aderirem ao Fundo Setorial, será incluída na nota fiscal a contribuição de R$ 1,00 líquido por tonelada de resina adquirida de fornecedores de 20 > Plástico Sul >>>

resinas participantes. Os fornecedores de resinas contribuirão com R$ 2,00 líquidos por tonelada vendida na mesma transação.

Grupo de trabalho

Ter um panorama completo da indústria de transformação de plástico no estado, incluindo detalhes da balança comercial de produtos acabados, não é tarefa fácil. Mas a largada já foi dada pelos dirigentes em conjunto com o poder público. Deitos revela que está sendo montando um grupo de trabalho, liderado pelo Secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fabio Branco, Secretaria da Fazenda e os três Sindicatos do Estado, sendo um dos objetivos a obtenção de dados mensais de todas as entradas e saídas de matérias - primas, bem como as importações e exportações de produtos plásticos industrializados. “Desta forma teremos dados mais precisos sobre o setor”, observa.

Nova opção

O Rio Grande do Sul possui um leque de opções no fornecimento de máquinas e equipamentos. Uma empresa que surgiu em 2014 e que vem mostrando resultados é a IMMAC, de Novo Hamburgo. A empresa surgiu no início de 2014 a partir de três pessoas que já atuavam no mercado do plástico como representante de uma empresa de São Paulo que era agente de várias marcas de máquinas para plásticos. Com o final daquele trabalho estes integrantes buscaram então um começo como uma empresa sendo agente direto daquelas marcas que antes já vendiam. Então no final de 2013 conseguiram acerto para ser agente no sul do Brasil das marcas BORCHE (injetoras) e LIANSU (extrusoras) e de periféricos das empresas INEAL, MECANOFAR, QUALITERME. Com o tempo e mais profissionais de vendas e assistência técnica contratados vieram os resultados e o crescimento natural da empresa. A IMMAC está muito apoiada no conhecimento técnico das pessoas que a compõe, porém também no apoio técnico dado pela NORMATEC (outra empresa do grupo que foca em assistência técnica de injetoras e principalmente NR 12). Em janeiro/2015 agregou outras marcas importantes como SEPRO (robôs fabricados na França) e outras marcas de produtos. Conforme Cristian Heinen, o ano de 2014 foi o inicial para a IMMAC e os resultados foram muito bons. “Tivemos um número expressivo de vendas”, afirma o executivo. Ele explica que foram vendidas máquinas injetoras, extrusoras, equipamentos de refrigeração (unidades de água gelada, torres, termoreguladores), bom como moinhos, robôs e demais periféricos para indústria do plástico. Para Heinen, o estado certamente será responsável por um bom percentual do faturamento da empresa já que a estrutura está mais focada na região. “Temos a partir de 2015 também assistência técnica em Joinville e Curitiba. Então neste ano cresceremos também nestas regiões”, considera.


FOTOS: DIVULGAÇÃO

O setor no Estado Edilson Deitos, SINPLAST

- Atualização de parque de máquinas: O RS possui um dos parques de máquinas mais atualizados do País, a introdução de máquinas injetoras hibridas e 100% elétricas já é uma realidade aqui no Estado. - Capacitação e mão de obra: O Estado possui três escolas SENAI do plástico em Caxias do Sul, Bento Gonçalves e São Leopoldo e um curso técnico do plástico no IFSul de Sapucaia do Sul - Fornecedores de matérias-primas: Com o Polo Petroquímico de Triunfo, o Estado possui a produção de Polietilenos, Polipropilenos, Poliestireno Cristal, Poliestireno de Alto impacto, compostos de polipropileno e borracha sintética. - Fornecedores de equipamentos: Com a desindustrialização do setor de equipamentos, o Estado perdeu a representatividade como fornecedor de máquinas e equipamentos para o setor, mas possui fornecedores de máquinas injetoras e periféricos.

Jaime Lorandi, SIMPLÁS

- Atualização de parque de máquinas: Temos um parque fabril moderno para atender todos os tipos de demandas. - Capacitação e mão de obra: Nossa mão de obra é qualificada, mas estamos sempre trabalhando para nunca perdemos o ritmo do mercado. Hoje temos um curso superior de Produção Industrial de Plásticos, desenvolvido na Universidade de Caxias do Sul (UCS), os cursos do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) e os cursos do Senai e do Sebrae. O Simplás, por conta própria, também está desenvolvendo um curso de gestão para os micro e pequenos empresários; - Fornecedores de matérias-primas: Temos a Braskem, a Innova e a Lanxess no polo petroquímico do Rio Grande do Sul, o que é bom. Temos também vários distribuidores instalados aqui, que atendem a toda necessidade das empresas. - Fornecedores de equipamentos: Com relação aos equipamentos, há quase tudo no Estado, mas muitos insumos ainda precisam ser adquiridos em outros estados, ou fora do país.

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Feedback

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Com a palavra, os transformadores Oliveira, do SIMPLÁS, pede atenção à manutenção da qualidade para master e aditivos

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Empresários do setor plástico avaliam os serviços prestados pelos fornecedores e sinalizam o que faz a diferença na hora da escolha.

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as máquinas e insumos, as opções para o transformador são variadas. Mesmo em relação às principais resinas, que tem apenas um fornecedor nacional, existem diferentes distribuidores e ainda a concorrência, mesmo que desleal, das revendas. A presidente do Sindicato da Indústria de Material Plástico no Estado do Paraná, Denise Dybas Dias, diz que “Na questão da distribuição de produtos nacionais, preço e prazo são importantes. Nas distribuidoras, entretanto, o que diferencia é o atendimento. Já para os produtos importados, o fator da tributação é crucial, para que os insumos tornem-se mais competitivos em cada mercado”. Ela avalia a satisfação dos transformadores em relação ao serviço de distribuição. “Quando as cargas são fechadas, em truck ou carretas, podemos dizer que de uma forma geral os transformadores estão satisfeitos com o serviço de distribuição, mas precisamos ressaltar que cada projeto tem sua especificidade, volume adequado e necessidade de estoque. No caso das resinas técnicas, por exemplo, vai depender do estoque, da pronta entrega, ou seja, do contexto de cada produto. Há também serviços que são muito impactados pela questão da oscilação do dólar, então cada um tem que ser avaliado caso a caso”, opina. Para insumos como masterbatches e aditivos, Denise aponta a qualidade como diferencial do serviço e diz que, no geral, os transformadores estão satisfeitos. Gelson Oliveira, da diretoria do SIMPLÁS –Sindicato das indústrias de material plástico do nordeste gaúcho, diz que a região consome muitos grades e os distribuidores normalmente têm grandes volumes, mas “dos materiais normalmente mais consumidos

existe um gap de tempo para entrega, de produtos que normalmente não estão em estoque”. Ele afirma saber que a solução não é simples. “Fica difícil, pois todas as melhorias na condição de distribuição acarretaria em aumento de custo para o distribuidor, por exemplo um estoque permanentemente de todos os grades utilizados na região e de seus clientes, veículos para distribuição própria para pequenas quantidades, mesmo que tenha que se adicionar ao valor do custo de entrega, agilidade na separação e entrega, pois normalmente este processo é muito lento, às vezes demora até um dia”. Em relação a máster e aditivos, dá a dica no que investir para fazer a diferença. “Qualidade, pois mesmo às vezes já tendo a formulação de pedidos anteriores, a cor não fica exatamente igual”. E complementa. “acredito que os transformadores não estão de todo satisfeitos, por condições acima elencadas além de questões como quando anunciado um aumento, matérias primas somem”. O presidente da ADIRPLAST -Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas e Bobinas Plásticas e Afins, Laércio Gonçalves, tem opinião semelhante. “Preço e prazo são importantes sim, mas não são os pontos que determinam a compra, eles fazem parte de um conjunto de fatores que direcionam o cliente para o melhor fornecedor e melhor negócio. O próprio serviço de distribuição, enfim, é o que diferencia os distribuidores das outras empresas”. Ele lembra que na distribuição são fatores a segurança, garantia e procedência na entrega dos pedidos feitos, tendo o cliente a certeza que irá receber o que comprou e no horário combinado, “já que não tem estoque de material e o custo da máquina parada é bem maior do que analisar apenas o preço de compra”. Em relação a prazos, diz, também se pode ter melhores taxas em outras linhas de crédito como o BNDES, além de ter na distribuição a assistência técnica especializada para suporte aos clientes.

Máquinas e periféricos

Em máquinas e periféricos, a situação é mais delicada na opinião de Denise. “Nós obser-


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vamos que o setor de máquinas e periféricos está sofrendo com a questão econômica, uma vez que não estão conseguindo atender com prazos satisfatórios. Além da demora na entrega dos equipamentos, a outra questão é a necessidade de maior eficiência nos serviços de assistência técnica, pois a grande maioria dos fabricantes deixa muito a desejar, em especial, por conta da falta de mão de obra qualificada”, diz Denise. Especificamente em relação a maquinário importado, a observação diz respeito à NR-12. “A peculiaridade é que muitas destas máquinas e periféricos não atendem aos requisitos da NR12”, comenta. Para atender à regulamentação, o SIMPEP assinou termo de parceria com o SENAI- Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial para a prestação de consultoria na elaboração de diagnóstico sobre o cumprimento da NR 12. O documento, que será entregue individualmente a cada empresa, representa um importante instrumento para que os empresários possam realizar um plano de ação, com base em orientações acertadas sobre a adequação das máquinas (estacionárias e periféricas) em seu parque fabril, evitando gastos extras e também embargos da fiscalização. “Vale ressaltar que nesta parceria foi oferecido um abatimento de 50% em relação ao custo de mercado para os associados, além disso, o valor para cada indústria será parcelado e calculado com base na quantidade de equipamentos existentes na empresa”. Sobre máquinas e periféricos, Gelson Oliveira, do SIMPLÁS, diz que “Temos grandes fornecedores neste setor, mas ainda não está a contento’’. E explica ‘’Existem alguns fabricantes que ainda não dispõem de assistência e técnicos aqui na nossa região e necessitam vir de fora com o custo atribuído transformador. Na área de do alto conhecimento e

alta tecnologia, ainda temos muita carência”. Questionado em relação aos transformadores que optam por máquinas e periféricos importados e o serviço disponível no país, se há alguma peculiaridade nesta relação, como atrasos de peças, adaptações de máquinas, diferenças culturais, etc, ele responde que “Existem todos os tipos de dificuldades, em alguns casos com maior ou menor intensidade, mas as empresas que já estão aqui radicadas já há algum tempo conseguem dar uma boa assistência neste sentido, outras nem tanto” Em relação a NR-12, ele comenta que “É extremamente exigente (duas vezes mais que a norma europeia) e define componentes a serem utilizados de elevado custo. Mesmo assim trazendo uma perda de competitividade a todas as máquinas e equipamentos. Mesmo assim estamos com cronogramas de implantações nas indústrias e acredito que com o passar do tempo e as máquinas novas entrando tudo será resolvido”. Ele indica aos fornecedores de máquinas e periféricos, para que seus serviços sejam melhores, resultando em melhores negócios, que adequem todos os sistemas a NR12, ‘’mas não só colocar pura e simples as normas, têm que fazê-las e que as máquinas não percam competitividade’’.

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Wittmann Battenfeld unifica Assistência Técnica

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einaldo Carmo Milito, Diretor Geral da Wittmann Battenfeld do Brasil, lembra que a empresa anunciou recentemente a unificação da assistência técnica da companhia, que oferta injetoras, automação e equipamentos auxiliares no mesmo portfólio. A medida atende às necessidades cada vez mais específicas dos transformadores de plástico, oferecendo um atendimento mais amplo, completo e focado em cada projeto. “A Wittmann Battenfeld conta com uma equipe altamente capacitada para execução de serviços de assistência técnica, com profissionais regularmente treinados e atualizados. A unificação das atividades vem ao encontro da nova realidade da empresa e inclui o aprimoramento dos procedimentos de atendimento, recepção de chamados, cobrança e registros. Com isso, os clientes encontram, em apenas um fornecedor, o técnico que poderá avaliar os vários equipamentos da marca em uma única visita”. De acordo com Milito, a assistência técnica unificada proporciona agilidade, baixo custo e menor tempo para o atendimento. "Os técnicos podem

realizar manutenções, identificações de defeito ou falhas, dar suporte para a operação, parametrização ou a aplicação de todos os produtos fornecidos pela empresa", comenta. A excelência em serviços é um ponto importante para a Wittmann Battenfeld. Para isso, investe constantemente no Núcleo Técnico, que possibilita atendimento rápido e eficaz, com equipes locadas no país e atendimento em todo o território nacional. O estoque de peças de reposição com mais de 2000 itens torna mais ágil a liberação das máquinas. As equipes que compõem o setor de assistência técnica são compostas por engenheiros e técnicos especializados. Todos, sem exceção, têm formação específica na matriz da companhia, em Viena (robôs e periféricos) ou Kottingbrunn (injetoras), na Áustria, e estão capacitados para atuar nas mais modernas soluções projetadas pela empresa.


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DestaqueSopradoras

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Sopradoras: E mercado e novidades

m comparação a outros processos de transformação do plástico, o sopro ou extrusão sopro ocupa um espaço menor, 8,1%, segundo a ABIPLAST – Associação Brasileira da Indústria do Plástico. Ao mesmo tempo, a técnica está ligada à produção de itens de grande consumo como garrafas, garrafaões, frascos para alimentos, cosméticos e limpeza e bombonas plásticas. Embalagens para produtos tidos como mais resistentes à crise e mesmo imunes, como os cosméticos. Confira a avaliação e as novidades de dois importantes fornecedores deste mercado. A Pavan Zanetti tem uma extensa lista de modelos de sopradoras fabricadas no país que atende embalagens de 5 ml até grandes volumes e maquinas para PET até 2 litros. Na área de PET, os modelos da Serie Petmatic Sistema 4000 e Sistema 5000 são os mais utilizados para frascos até 2 litros. “O ano de 2014 foi considerado bom principalmente na Região Nordeste, com o Sudeste também se destacando”, diz o diretor comercial Newton Zanetti. Mas ressalva “Porém, houve a partir do início do ano uma retração de mercado devido à baixa confiança do empresariado do setor plástico em investir de modo que o mercado parou de crescer”.

Consumo

Além do cafezinho, refrigerante em cápsulas A fabricante de eletrodomésticos Whirlpool e a de bebidas Ambev anunciaram em maio o início da joint venture B.blend Máquinas e Bebidas S.A, que tem o objetivo de produzir e vender bebidas não-alcoólicas em cápsulas para a máquina Brastemp B.blend. A máquina, que custa R$ 3.499, começou a ser vendida em 19 de maio nas cidades de São Paulo, Campinas e região. O primeiro produto da Ambev a ser produzido em cápsulas será o Guaraná Antarctica. De acordo com a empresa, as cápsulas do refrigerante estarão disponíveis para venda ainda este ano por meio do site da B.blend. A máquina B.blend transforma cápsulas em bebidas quentes, geladas, com ou sem gás. É possível produzir 10 tipos de bebidas em mais de 20 sabores diferentes. A máquina produizirá café, chocolates, chás, coquetéis, sucos, ice teas, nectars, frapê, refrigerantes e energéticos, além de purificar água. A tecnologia identifica automaticamente a bebida e a prepara para o consumo. O consumidor só precisa escolher a cápsula e apertar o botão. As cápsulas custarão entre R$ 1,49 e R$ 4,49. Disponível nas cores graphite (grafite), pepper (vermelha) e berry (roxa), a máquina será comercializada, inicialmente, por meio do site www.bblend.com.br, para entrega na cidade de São Paulo, Campinas e região. A B.blend foi apresentada ao mercado em agosto de 2014 pela Brastemp. Segundo a Ambev, o produto oferecerá inovação contínua, pois permitirá o desenvolvimento de novos sabores, a customização de bebidas de acordo com as preferências regionais e, futuramente, contará com a influência dos próprios consumidores. (fonte G1) 26 > Plástico Sul >>>


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DestaqueSopradoras

Ele afirma que a grande preocupação do transformador ainda é o custo de produção, que foi fortemente abalado com o aumento do preço das resinas e da energia elétrica, de modo que a principal demanda são máquinas e processos mais produtivos e menos custosos. “O que fazemos e isso já há alguns anos é oferecer máquinas que atendam total ou parcialmente essa necessidade. Na FEIPLASTIC, expusemos uma sopradora de alta produção até 5 litros com maior quantidade de elementos elétricos, que reduziu o consumo do produto em exibição em 6,5%. Foi a sopradora BMT5.6D/ HY versão Hibrida , um sucesso na apresentação de seu desempenho”. Para a área, a Romi possui quatro linhas de sopradoras. A linha C é composta por sopradoras de extrusão contínua disponíveis nos modelos C 5TS, com mesa simples para soprar frascos duplos de até 5 litros com força de fechamento de 14 ton e rebarbação de alça, a C 5TD equipada com mesa dupla para frascos duplos de até 5 litros em cada mesa e a C 8TD equipada com mesa dupla para moldes sêxtuplos com entre centro de 100 mm. “Esta linha possui controle proporcional em todos os movimentos hidráulicos gerando maior precisão e repetibilidade ao processo de sopro. Seu moderno comando CM10 permite programar até 512 pontos no perfil de parison, garantindo uma perfeita distribuição de material, e controla até 21 zonas de aquecimento no cabeçote”, explica William dos Reis, diretor da unidade de negócios de 28 > Plástico Sul >>>

Romi possui quatro linhas de sopradoras e mesmo com cenário adverso acredita no mercado para este ano

máquinas para plásticos. O motor com inversor de frequência é acoplado diretamente à extrusora aumentando seu desempenho e eficiência energética. Esta linha se destaca pela produtividade e baixo consumo de energia A sopradora P 5L com extrusão contínua foi desenvolvida para soprar frascos de até 5 litros sem rebarbação da alça, equipada com o comando CM10 que proporciona melhor interatividade e possibilita até 512 pontos no programador de parison. Sua extrusora possui motor elétrico acoplado diretamente ao redutor proporcionando melhor rendimento, além de dispor de um controle individual de temperatura para torpedo e trefila que permite melhor controle, produtividade e baixo consumo energético A linha MX é composta por sopradoras por acumulação para peças com volumes de 10 a 100 litros, equipadas com cabeçotes com sistema FIFO, que oferece troca de cores mais rápidas, e com o comando CM10 que permite 512 pontos de programação de parison proporcionando maior precisão e controle do peso das peças sopradas. “A linha MX possui um conjunto de moldagem com área maior de molde e elevada força de fechamento. Sua extrusora possui motor com inversor


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DestaqueSopradoras de frequência diretamente acoplado aumentando o desempenho e a eficiência energética”, diz Reis. A sopradora PET 230 produz frascos duplos de até 3 litros em PET, totalmente automática e equipada com sistema de alimentação e silo de pré-formas adequados para as normas de envase de bebidas. “Os transformadores de embalagens sopradas têm buscado aumentar sua competitividade aplicando mais produtividade ao processo e reduzindo os custos com energia elétrica e consumo de matéria-prima. Neste aspecto, a Romi está continuamente inovando e buscando novas tecnologias para incrementar maior desempenho, produtividade e redução do consumo de energia em nossos equipamentos, visando elevar ainda mais a competitividade dos transformadores de plásticos de sopro e injeção”. Neste ano a Romi investiu em um moderno sistema verticalizado para armazenagem e movimentação de peças com robôs transelevadores, conhecido como Miniload. Este sistema permitiu centralizar e otimizar o estoque de peças aumentando a velocidade na movimentação de materiais, o que tornou a produção de máquinas mais eficiente, enxuta e flexível, proporcionando vantagem competitiva na cadeia produtiva das máquinas para plásticos Romi.

Crise x Mercado

Mesmo sendo base para produtos de grande consumo por todas as camadas da população, o sopro não ficou imune à crise. “Como em todos os setores, a crise sendo de confiança e originada da má administração dos recursos públicos, afeta diretamente principalmente os investimentos, que inclusive acabam indo na contra-mão da necessidade de redução de custos do transformador, pois para reduzir seus custos tem que investir antes”, analisa Zanetti. Ele diz acreditar que poucos setores hoje não

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estão seriamente preocupados com o andamento e duração dessa crise, que “com a redução de vendas traz junto o fantasma do desemprego, que por sua vez alimenta mais ainda a crise. Esperamos que não dure tanto e que o governo realmente se empenhe na redução de seus gastos, controle a inflação e estímulo ao investimento”. Reis, da Romi, avalia que a crise econômica e o aumento do desemprego fazem com que a venda de produtos no varejo diminua, consequentemente, reduzindo a demanda por embalagens sopradas, além do baixo nível de atividade industrial que também reduz a demanda por embalagens sopradas para produtos químicos industriais. “As vendas de máquinas para plásticos no Brasil estão bem modestas neste ano, sendo um reflexo do baixo desempenho econômico do país. As medidas econômicas têm encarecido o crédito e a diminuição do consumo faz com que os empresários sejam muito mais cautelosos com relação a novos investimentos. Porém, mesmo com este cenário de baixo crescimento econômico, há muitas empresas apostando e investindo em competitividade, renovando seu parque fabril com máquinas mais modernas, rápidas e econômicas. Temos participado de diversos projetos com ganhos significativos em economia de energia, aumento de produtividade e aumento da precisão com máquinas Romi, elevando a competitividade dos negócios dos nossos clientes”. Neste ano a Romi aplicará mais esforços no desenvolvimento do seu mercado de máquinas oferecendo produtos e soluções inovadoras para aumentar a competitividade dos clientes.


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EventoFeiplastic 2015

Mais de 66 mil visitantes

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ucesso em apontar tendência em inovação e geração de negócios para a indústria plástica, neste ano a FEIPLASTIC – Feira Internacional do Plástico, maior feira da indústria de transformados de plástico na América Latina – reuniu 66,351 mil pessoas no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, entre 4 e 8 de maio. Os visitantes/compradores entraram em contato com mais 1400 marcas na feira, organizada pela Reed Exhibitions Alcantara Machado. “A visitação qualificada de tomadores de decisão agradou os participantes. Os compradores encontraram inovação em processos, busca por materiais mais eficientes e quase 200 marcas novas em exposição”, resume o vice-presidente da Reed, Paulo Octavio de Pereira Almeida. Presente na feira, o presidente da ABIPLAST – Associação Brasileira da Indústria do Plástico, José Ricardo Roriz Coelho, acredita que “a FEIPLASTIC é importante como espaço de atualização, networking realização de negócios. Ao reunir todos os elos da cadeia produtiva do plástico, permite que fabricantes de máquinas e equipamentos, fornecedores de matérias-primas e de soluções tecnológicas, instituições financeiras, recicladores e transformadores plásticos interajam, compartilhem conhecimentos e, principalmente, façam negócios. Não por acaso, a FEIPLASTIC é a mais importante feira deste segmento na América Latina e uma das mais importantes do mundo”.

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Uma das principais indústrias de máquinas para plásticos, máquinas-ferramenta e usinados fundadas no Brasil, a Romi chegou ao número de 150 mil máquinas instaladas em todo o mundo, e mostrou na Feiplastic lançamentos como a injetora EN 800, que faz parte da expansão da linha de injetoras EN até 1100 ton. O sistema stop and go da máquina apresenta baixo consumo de energia – menos de 1 Kw/ hora – além do baixo nível de ruído. “A Romi obteve um bom resultado na FEIPLASTIC 2015 recebendo uma grande visitação de clientes interessados em máquinas mais modernas, rápidas e com baixo consumo de energia. Os visitantes puderam conhecer e comprovar a alta performance das injetoras e sopradores Romi por meio das nossas quatro exibições nesta feira: EN 800, EL 300, EN 220 e C 5TS”, afirma William dos Reis, diretor da unidade de negócios de máquinas para plásticos. A EN 800 é acionada por dois servo-bombas permitindo simultaneidade de movimentos entre a unidade injetora e fechamento. Devido ao seu moderno sistema “Stop and Go” esta máquina apresenta baixo consumo de energia, maior velocidade nos movimentos e excelente repetibilidade, além do baixo nível de ruído. Esta máquina é equipada com guias lineares e a sua placa móvel movimenta sem contato com os tirantes conservando o ambiente do molde limpo. Outra máquina exposta, a Injetora EL 300 agora com a opção


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de injeção em alta velocidade, o so. Esta sopradora tem baixo que permite a produção de peças consumo energético e alta de parede fina em ciclos rápidos. produtividade”, afirma Reis. “Esta injetora tem baixíssimo Já a Pavan Zanetti consumo de energia por ter expôs, entre outras máquiacionamento elétrico em todos nas, a sopradora Híbrida (com os movimentos (exceto encosto elementos elétricos, hidráulicos do bico e machos) e alta precisão e pneumáticos) cuja principal e repetibilidade, características característica foi a redução desta tecnologia”, diz Reis. de elementos hidráulicos e, Em 2014, a empresa haconsequentemente, redução de via lançado uma nova sopradora: vazamentos de óleo e redução a C 5TS tem capacidade para de energia elétrica empregada. soprar frascos duplos com alça de “Esse foi o nosso principal lanaté 5 litros e tem como diferençamento e novidade para a feiExpositores apontam menos público geral, mas boa visitação nos estandes cial o moderno comando CM10 ra”, comenta o diretor comercial que permite até 512 pontos de programação de parison e controle Newton Zanetti. “Essa edição, como era de se esperar, esteve abaixo individual de até 21 zonas de temperatura no cabeçote, que juntos da média das outras edições. Mesmo assim, esperávamos um público proporcionam maior precisão e controle das peças sopradas. menor em nosso estande, mas a quantidade de visitantes foi boa, em torno de 1.500 visitas. Houve interesses diversos, mas a impressão “A C 5TS possui moldagem com grande força de fechamento e geral foi a de que o cliente não estava com pressa de fechar negócios, permite a montagem de cabeçotes para moldes com maior número de preferindo ver a evolução da situação econômica e, dessa forma, houve cavidades, aumentando a capacidade produtiva, além de possuir um menos negócios do que o habitual durante a feira”, analisa. sistema de rebarbação de série, para um excelente acabamento final. No estande da Braskem os transformadores tiveram a oporTodos os movimentos são realizados por controle proporcional com tunidade de conferir ideias inovadoras em tecnologia social com o hidráulica com acumulação, garantindo repetibilidade ao proces-

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EventoFeiplastic 2015 na etapa de prototipagem mais rápida”, aponta. Além disso, se destacaram o sistema de filtragem de água da Village Pump, que, nas palavras do executivo, é endereçado a um dos maiores desafios da sociedade moderna: acesso a água potável em regiões remotas do globo. “Esses são alguns dos muitos exemplos concretos, apresentados pela SABIC, de como trazemos valor real aos nossos clientes. Estamos extremamente orgulhosos do resultado final do nosso estanSabic apresentou soluções para desafios e oportunidades de longo prazo de e da proposta de valor que foi compartilhada com nossos clientes, e muito satisfeitos com a visitação”. Sucesso Daniel Bahls,do marketing da Borealis, diz que quando comparada aos anos anteriores, a impressão da empresa é que o número de Novidades e resultados visitantes da FEIPLASTIC foi inferior, porém avaliando qualitativamente Um mês antes da FEIPLASTIC, havia sido anunciada a união das as visitas recebida pode-se afirmar que foi melhor. “A Borealis recebeu empresas italianas Dolci Bielloni e o Grupo AMUT, ação que fortalecerá um número maior de visitantes quando comparado ao ano de 2013, as duas marcas em extrusão de plásticos no mundo, e a feira foi escoapesar do atual cenário econômico do País e a redução de visitantes na lhida para o início formal das atividades. A decisão representa também feira como um todo, o que nos faz acreditar que a nossa participação uma ação estratégica do grupo, produtor de linhas de rígidos (folhas, na FEIPLASTIC foi um sucesso”. chapas, tubos, perfis, termoformagem) de ampliar sua participação no A FEIPLASTIC 2015 foi uma grata surpresa para a COIM Brasil, Brasil, junto com a filial AMUT-Wortex, fruto da joint venture iniciada nas palavras da gerente de marketing Gabriela Nobre. “Foi o nosso em 2014 com a Wortex. A sinergia aprimora os pontos fortes, como primeiro ano de participação no evento e tivemos uma visitação muito atender os clientes com uma completa linha de máquinas para extrusão acima do esperado. Vieram clientes e possíveis clientes do Brasil inteiro de plásticos, termoformagem e reciclagem. A fabricante Dolci Bielloni é e de diversas linhas de nossos produtos”, comemora. Nos dias de feira, reconhecida pela alta tecnologia em máquinas para impressão, corte e a empresa pode mostrar toda a gama de produtos, principalmente as bobinamento, linhas de balão e cast para diferentes filmes multicamalinhas NOVACOTE (adesivo para embalagens flexíveis), LARIPUR/LARIdas (stretch, silagem, barreira, técnicos, médicos, fraldas, PP), linhas COL (TPU) e IMUTHANE (poliuretano para elastômeros). “Já estamos de laminação e coating. negociando nossa participação para 2017”, diz Gabriela. A linha de filmes 2000-mm é inovadora: seis extrusoras garanA BY Engenharia também participou e o expositor Marco tem a flexibilidade de produção e um design único, capaz de satisfazer Antonio Gianesi aponta os produtos que se destacaram, Sistema de as principais tendências no atual mercado de filmes. Um filme mais Granulação Imersa em Água de fabricação BY ENGENHARIA com licença fino, porém mais forte, para obter um filme stretch super forte. De tecnológica da GALA Norte Americana; Bobinadores Automaticos Flash acordo com a empresa, independente de sua pequena dimensão, as 450 e Flash 700, para tubos corrugados da representada SICA da Itália; extrusoras são capazes de obter alto volume de produção e garantir Misturador Plasmec para PVC e para Masterbatch da representada Italiaexcelente economia de energia. “A AMUT -Wortex vai oferecer mais prona PLASMEC; Roscas de Camisas Bimetálicas da representada NORDSON dutos. A Dolci é bem antiga, tem tecnologia para cast film, máquina de XALOY; Matriz Plana da representada NORDSON EDI; e extrusoras da relaminação, blow film”, comenta o diretor comercial da AMUT-Wortex, presentada DAVIS STANDARD.“As novidades são basicamente em relação Angelo Milani, indicando a credibilidade. à GALA, nossa representada desde os anos 1990. É fabricante de linhas O diretor da Wortex, Paolo De Filippis, afirma que existe a dede granulação e há mais ou menos 10 anos com um acordo de cessão manda no Brasil, pois hoje esses produtos são importados da Alemanha, de tecnologia produzimos parcialmente no Brasil, proporcionando ao de outros países, até mesmo da Itália. “Em relação à AMUT, vai aumencliente a compra via FINAME”, comenta Gianesi. tar a gama de produtos e trazer uma melhoria para a Wortex em termos A FEIPLASTIC foi uma excelente oportunidade para a SABIC de blow film. Vai melhorar para a AMUT e Dolci, que poderão vender apresentar muitas de suas inovações e soluções voltadas aos desamais equipamentos multicamada para o Brasil com assistência técnifios e oportunidades de longo prazo dos seus clientes e indústria. A ca, que hoje as empresas não têm. Essa é a grande vantagem, vender avaliação é do gerente geral para a América Latina, Ricardo Knecht. equipamentos de altíssima qualidade com assistência técnica nacional e “Houve grande interesse em algumas aplicações em particular, possível fornecimento de peças de reposição. Hoje, o grande problema como a nossa chapa LEXANTM anti-grafite e o módulo frontal do da máquina importada é a peça de reposição, em função dos impostos. novo JEEP Renegade, solução híbrida de plástico e metal. Nossos Abre um mercado muito grande para a AMUT essa joint venture”, afirma. desenvolvimentos e capabilidades 3D também chamaram atenção, A Wortex destacou também na FEIPLASTIC a Linha Challenger Recycler incluindo nosso molde 3D impresso na Resina ULTEMTM, que auxilia e o novo sistema de lavagem para moer, lavar, secar e alimentar diretamente Braskem Labs, que incentiva novos projetos que utilizem resinas plásticas em sua formulação. Além disso, escolheu a FEIPLASTIC para lançar a Plataforma de Valorização de Resíduos Plásticos – programa que fomenta negócios e iniciativas envolvendo a reciclagem do plástico – e a Braskem Proxess, nova família de polietilenos de alta performance, a partir de tecnologias de catalisadores metalocênicos, entre outros destaques.

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o equipamento de granulação sem a Venda necessidade de aglutinar o material. “Na feira, concretizamos A tecnologia permite o reaproveia venda da linha de chapas de polipropileno para termoformatamento de plástico pós-consumo e a linha abre a possibilidades para gem”, comemora De Filippis. “A pequenos empreendedores, pois tem gente queria mostrar a capacidade capacidade de processamento de 100 de produzir os equipamentos e a a 1500 quilos de plástico por hora, se tecnologia da AMUT”. Ao mesmo mostrando interessante também para tempo, ele acredita que faltou um cooperativas, que podem aumentar pouco de público na FEIPLASTIC seu faturamento vendendo grãos em função da data, pós- feriado processados e não apenas a sucata. e de outras feiras próximas. “Não houve muita visita da América Segundo a Wortex, as Latina. O México, que vinha em empresas ganham muito em peso, está na Plast Milão”. velocidade e os fabricantes Desfile de roupas de PVC foi destaque no estande da Operação Reciclar de produtos plásticos podem Para Milani, o balanço integrar a máquina à sua linha de montagem. “Esse tipo de equipafoi “Tivemos contatos suficiente, não quantidade de visitas enorme, mas uma boa feira”. Ele também fez um balanço da AMUT-Wortex, cujo mento permite o máximo de rentabilidade e traz valor agregado para anúncio oficial foi feito na edição anterior da FEIPLASTIC, em 2013. “O cooperativas, recicladores e para o pós-industrial”, diz De Filippis. balanço é muito positivo. Começamos a operar em anos de não grande Ele garante que o modelo não gera desemprego, uma preocupação desenvolvimento do mercado, mas conseguimos vender nossas linhas, em especial para as cooperativas, visto que pessoas que atuam na de diferentes tipos”, analisa, e comenta que, em função da burocracia coleta nem sempre têm formação para trocar de atividade. “A ideia é brasileira, mesmo que a economia tivesse sido mais favorável no perímelhorar as condições de trabalho, dar mais segurança e produtiviodo a empresa provavelmente não poderia ter tido um resultado maior dade. O equipamento diminui risco, acidente, trabalha melhor, mais de qualquer maneira. produtividade. E torna real a coleta seletiva”, diz.

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Rodadas movimentam mais de R$ 40 milhões

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EventoFeiplastic 2015 parceria com o Instituto do PVC, a terceira edição da Operação Reciclar, iniciativa Além do encontro com que conta com a organização expositores pelos corredores da Reed ExhibitionsAlcantado Anhembi, a organizadora ra Machado. Trata-se de um da feira promoveu rodadas de projeto de educação ambiental negócio dedicadas entre visitanque tem como objetivo levar tes, convidados e expositores. informações técnicas sobre os O Premium Club Plus reuniu 40 plásticos, mostrar a viabilidade compradores, teve 72 reuniões. da sua reciclagem e benefícios Acontecendo também na Feiplaspráticos para a sociedade sotic, as reuniões do programa bre a importância dos plásticos Think Plastic Brazil receberam e suas contribuições para o 62 empresas nacionais com comdesenvolvimento social. pradores estrangeiros. Somadas, Mais de dez toneladas de plásticos foram coletadas na feira para reciclagem Durante os dias do as iniciativas devem movimentar evento, todos os resíduos plásticos gerados, desde a montagem mais de R$ 40 milhões. até a desmontagem dos estandes dos apoiadores da ação, foram coletados na Operação Reciclar. Um modelo de usina de reciclagem Negócios efetivos na feira esteve em funcionamento durante a feira para que os visitantes A expositora italiana Moretto assinou três projetos durante acompanhassem o processo de preparação dos resíduos plásticos a feira, para setores de linha branca e automotivo. “Estávamos no para serem transformados em novos produtos. Todos os tipos de lugar certo, na hora certa. Nos cinco dias de FEIPLASTIC, recebemos plásticos coletados foram doados para a ONG Reciclázaro – Cooperauma média de 180 visitantes/dia, o que representa muitos contatos tiva Butantã, entidade responsável pela triagem e comercialização efetivados e que podem gerar novos negócios”, comemorou o direde resíduos para reciclagem, e toda geração de renda foi revertida tor comercial Alexandre Nalini. “Essa edição foi excelente – avaliou para os cooperados. Adão Braga Pinto, gerente comercial da Seibt- 60% dos negócios De acordo com a ONG Reciclázaro, 15 famílias foram benefifechados na feira foram gerados a partir de contatos feitos aqui. ciadas com a Operação Reciclar 2015. Cada cooperado recebeu em Estávamos menos otimistas em função do cenário econômico atual, média R$ 587,69 além da renda padrão da Cooperativa. Este número mas as vendas superaram, de longe, nossas estimativas”. significou um impacto de 50% de aumento na renda mensal dos A Alfainjet fechou 10 negócios no pavilhão, três deles cooperados. A venda dos materiais coletados na ação alcançou o com clientes novos. “No geral fizemos bons contatos e é uma valor de R$ 8.815,38. feira que vale a pena participar, pois além de pagar o investiPalestras técnicas, desfiles de roupas confeccionadas com mento, temos um retorno positivo com os negócios fechados. PVC e modelos produzidos a partir da reutilização de produtos Provavelmente voltaremos em 2017”, disse o diretor comercial plásticos, como polietileno e polipropileno, mostraram a versatiliFernando da Silva. Na avaliação de Christoph D. Rieker, gerendade dos plásticos na moda. Exposição de produtos reciclados e a te geral da Sumitomo/Demag, a Feiplastic trouxe visitantes participação dos plásticos em novas tecnologias como a impressão qualificados e desta forma ele acredita que é possível concretizar 3D foram algumas das atrações do estande das entidades. negócios já nas próximas semanas. “Finalizamos a venda de três equipamentos durante a feira”.

Reciclagem e compostagem in loco

Mais de dez toneladas de plásticos de 27 empresas foram coletadas na feira para reciclagem. A Plastivida coordenou, em

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Bloco

de Notas

Estados têm proposta para área petroquímica

Os estados que possuem produção de resinas termoplásticas em seus territórios irão expor à União a necessidade de um programa de desenvolvimento da área petroquímica. Conforme o secretário estadual de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia do RS, Fábio Branco, o fortalecimento do segmento diminuirá a necessidade de importações e favorecerá a cadeia plástica como um todo."Precisa-se de uma participação mais forte do governo federal, até porque as grandes decisões estratégicas e de política tributária passam por ele", argumenta o secretário. O dirigente esteve em maio em São Paulo discutindo assuntos relativos ao setor. Entre outros participantes, estiveram presentes no encontro o superintendente de Desenvolvimento Econômico da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Paulo Guimarães, e o diretor de Desenvolvimento e Relações Internacionais da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração, Ricardo Vieira, ambos da Bahia, e o secretário de Energia de São Paulo, João Carlos de Souza Meirelles. Além dos estados do Rio Grande do Sul, Bahia e São Paulo, Branco adianta que será estendido o convite ao Rio de Janeiro para participar dessa ação em prol do setor petroquímico. O secretário explica que se trata de uma sequência do trabalho de um grupo que possui participação dos governos estaduais e foi constituído para contribuir para que Petrobras e Braskem cheguem a um acordo de longo prazo quanto ao fornecimento de nafta. (Fonte-Jornal do Comércio RS)

ABIMAQ anuncia oficialmente suas exposições

A ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos – anunciou oficialmente em maio a realização de três importantes exposições que englobam segmentos altamente relevantes na economia brasileira: metalmecânica, máquinas-ferramenta e plástico. A ação terá a organização da BTS Informa e será realizada no São Paulo Expo, que promete ser o mais moderno centro de exibições e convenções da América Latina. O primeiro dos três eventos, a FEIMEC – Feira Internacional de Máquinas e Equipamentos -, acontecerá de 2 a 6 de maio de 2016 e estima trazer mais de 2 mil marcas expositoras voltadas tanto para as áreas de produção quanto manutenção da indústria em geral, fazendo da exposição uma plataforma ideal para lançar produtos, gerar negócios e divulgar marcas e serviços voltados ao público do setor industrial. Já as outras duas exposições promovidas pela ABIMAQ ocorrerão em 2017. Entre 20 e 24 de março, será realizada a Plástico Brasil - Feira Internacional do Plástico e da Borracha -, que promoverá o desenvolvimento tecnológico e econômico da cadeia industrial do plástico e da borracha. Dois meses depois, entre 8 e 12 de maio, será a vez da Expomafe – Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Automação Industrial – abrir as portas e posicionar o setor como base essencial da cadeia produtiva.

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Agenda DIVULGAÇÃO

Anunciantes

Caxias do Sul (RS)

Brasfixo / Página 28 Cristal Master / Página 02 Detectores Brasil / Página 30 Digitrol / Página 37 Eletronacional / Página 26 Expo Brasil / Página 27 Kie / Página 35 Mainard / Página 36 Matripeças / Página 11 Mecanofar / Página 24 Mercure / Página 37 Momesso / Página 35 Multinova / Página 21 Multi-União / Página 33 Nova / Página 15 NZ Cooperpolymer / Página 33 Plastech / Página 25 Polives / Página 36 Procolor / Página 13 Replas / Página 40 Romi / Página 05 Rulli Standard / Página 39 Simplás / Página 24 Sinplast / Página 19 Starmach / Página 29 Tecktrill / Página 23 38 > Plástico Sul >>>

Agende-se para 2015 Chinaplas -The 29th International Exhibition on Plastics and Rubber Industries 20 a 23 de maio -09h30 às 17h00 Guangzhou, China www.chinaplasonline.com Plastech Brasil – A feira do Plástico, da Borracha, dos Compósitos e da Reciclagem 25 a 28 de agosto – 14h às 21h Caxias do Sul – RS www.plastechbrasil.com.br Mercopar 6 a 8 de outubro – 14h às 21h Caxias do Sul – RS www.mercopar.com.br


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