Plástico Sul

Page 1

<<< Plรกstico Sul < 1


2 > Plรกstico Sul >>>


<<< Plรกstico Sul < 3


Editorial DIVULGAÇÃO

Expediente Ano XV - # 167 - Agosto de 2015

Conceitual Brasil - Jornalismo Total www.revistaplasticosul.com.br Rua João Abbott, 257 - Sala 404 CEP: 90460-150 - Bairro Petrópolis Porto Alegre - RS Fones: 51 3392.7750 | 51 3209.3770 plasticosul@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844 Redação: Brigida Sofia Departamento Comercial: Débora Moreira Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777) Capa: divulgação Plástico Sul é uma publicação da Conceitual Brasil - Jornalismo Total, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 8.000 exemplares.

Fatos ou argumentos?

P

arece-nos inegável que o Brasil vive um dos piores cenários econômicos de sua história. Alguns insistem em argumentar que a crise enfrentada está mais relacionada à falta de confiança e especulação do que a um palpável colapso da economia nacional. Evidente que os movimentos especulatórios intensificam o contexto como um todo. Mas enxergamos sem lupa a trágica situação econômica brasileira associada a um verdadeiro vexame político vindo de todos os lados. Não vamos entrar em detalhes que contemplem setores como educação e saúde. Foquemos tão somente no cru da economia, naquilo que vai direto na coluna vertebral do empreendedor. Na produção industrial, por exemplo, o acumulado do ano registra uma redução de 6,6%. A queda de julho foi provocada principalmente pelo desempenho ruim de um setor importante da indústria, o de alimentos, que vinha produzindo bem nos meses anteriores, mas em julho registrou uma queda de 6,2%. Uma das consequências mais dramáticas da crise na indústria está no emprego. O Brasil fechou o segundo trimestre com taxa de desemprego geral da economia de 8,3%. Já as perspectivas do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre o desempenho da economia brasileira neste ano pioraram e os técnicos já veem uma retração de 3%, o dobro da estimativa anterior. A queda prevista é até mais intensa que a dos economistas do mercado financeiro brasileiro, que acreditam em um recuo de 2,85%. Contra fatos não há argumentos. Não estamos aqui para literalmente tomar o partido de nenhum grupo político. Queremos tomar o nosso partido e defender a nossa bandeira. Estamos vivendo talvez o pior ano da história econômica. Não é possível acreditar que teremos um 2016 semelhante a este. Não é possível acreditar que há pessoas que preferem defender seus grupos partidários a defender a indústria brasileira. Esta indústria reflete diretamente em outros setores. Não podemos admitir que esse desastre persista. Mas o que fazer? Abrir os olhos já é um ótimo começo. Boa leitura!

Filiada à

ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas Marca Registrada:

Melina Gonçalves / Editora melina.goncalves@conceitualpress.com.br 44 > Plástico Sul >>> > Plástico Sul >>>


<<< Plรกstico Sul < 5


FOTOS: DIVULGAÇÃO

PlastVipKevin DeWhitt

Resíduo que vira combustível

N

ão é de hoje que o perfil continental do Brasil atrai até os países mais ricos para o desenvolvimento de seus negócios. Os milhões de potenciais consumidores fazem brilhar os olhos quem quer expandir mercados. Esse desejo se aplica até mesmo ao que vemos como um problema, o descarte daquilo que aparentemente não nos serve mais, os resíduos. Neste caso, pode-se dizer que são atraentes os milhões de fornecedores de matéria-prima. Já temos empresas estrangeiras atuando com sucesso na reciclagem do plástico no Brasil, mas há mais gente querendo participar. No recente ENERGIPLAST – Fórum Brasileiro de Reciclagem Energética de Resíduos Sólidos com Ênfase em Plásticos, promovido pelo SINPLAST – Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do RS em Porto Alegre, um dos destaques da programação foi a participação do americano Kevin DeWhitt, que trouxe uma tecnologia que transforma plástico em combustível. DeWhitt fundou a empresa Agilyx em março de 2004. Como fundador e um dos principais membros da equipe executiva, ajudou a levantar mais de US$ 100 milhões a partir de investidores anjo, capital de risco e parceiros estratégicos. Ele deixou a empresa em julho de 2014 para iniciar um novo empreendimento, a PDO Technologies, empresa com foco em desenvolvimento de tecnologias a nível global para conversão de resíduos. Sua crença é que a comercialização dessas tecnologias

6 > Plástico Sul >>>

levará à restauração ambiental, além de garantir a geração de empregos e a produção de energias limpas. Antes de fundar a Agilyx, DeWhitt trabalhou por 20 anos no setor químico, incluindo The United States Environmental Protection Agency (USEPA). Ele tem formação em Física e Química pela Oregon State University e passou um ano estudando Física na Universidade de Stuttgart, na Alemanha. Em entrevista à Revista Plástico Sul, DeWhitt fala sobre seu projeto de expansão de energia verde e explica como o Brasil se encaixa nisso. Fala também sobre como arrecadar fundos e transformar uma boa ideia sustentável em algo real.

Revista Plástico Sul - Antes de fundar Agilyx, o senhor trabalhou por 20 anos no setor químico. Como isso influenciou a sua decisão de trabalhar em tecnologias para a conversão de resíduos? Kevin DeWhitt - Meu contato com tecnologia de conversão de resíduos foi bastante acidental, mas quando me foi mostrada uma tecnologia de conversão em dezembro de 2000 a minha carreira como um químico analítico ajudou-me a compreender rapidamente a ciência na condução do processo. Naquele momento, fiquei intrigado com as possibilidades de, simultaneamente, limpar o ambiente e criar um produto que todos entendem, precisam e usam - a energia sob a forma de um óleo cru sintético compatível com a tecnologia de processamento de petróleo atual.


Plástico Sul - Nestes 20 anos, o senhor trabalhou na indústria de plásticos especificamente? Kevin DeWhitt - Não tive experiência direta na indústria de plásticos, mas entendi a ciência dos polímeros, produção de polímeros e testes em polímeros desde o início da minha carreira.

componente na condução da mudança de comportamento é a educação, e a educação melhor acontece quando algo como uma tecnologia de conversão de resíduos é demonstrada para a população afetada. Se as pessoas gostam do resultado, elas mudam para aceitá-lo; se não gostam, elas rejeitam.

Plástico Sul - A Agilyx opera na transformação de

Plástico Sul - Sua crença é que a comerciali-

resíduos de plástico em energia, certo? Mesma linha de trabalho da PDO Technologies. Por que o senhor deixou o Agilyx e começou a PDO Technologies? O que o senhor queria fazer diferente? Kevin DeWhitt - As missões de Agilyx e PDO Technlogies foram sempre as mesmas: desenvolver e implementar tecnologia viável de conversão resíduos de plástico, em qualquer lugar do mundo, em produtos úteis. Eu simplesmente acho que o impacto positivo da implantação dessa tecnologia no Brasil, por exemplo, será maior do que o impacto que isso pode ter em os EUA em termos de restauração ambiental, aumento de energia, criação de emprego, etc. Quando eu saí da Agilyx em julho de 2014, a visão corporativa ainda estava totalmente focada no mercado norte-americano, e minha visão pessoal e prioridades para esta tecnologia eram simplesmente diferentes - eu quero que essa tecnologia impacte positivamente a outros países que precisam mais dela.

zação dessas tecnologias levará a recuperação ambiental e impulsionará a criação de empregos e a produção de energia limpa. O senhor poderia explicar melhor essa ideia? Kevin DeWhitt - Os resíduos de plástico, ao contrário de resíduos orgânicos, são um eterno problema por causa de sua incapacidade para se decompor naturalmente. Uma vez que estão no ambiente, permanecem lá. Se a indústria de coleta de resíduos pode desenvolver sistemas economicamente viáveis para recolher o plástico, então todo o plástico pode ser agregado e processado com a tecnologia de conversão PDO. Cada projeto de tecnologia cria um número de postos de trabalho onde nada existia, e a energia gerada pela tecnologia pode ser usada em um nível local, o que desloca as importações e economiza dinheiro. A chave para essa ideia é trabalhar de forma eficaz com a coleta de resíduos local para estabelecer sistemas e processos para a coleta dos resíduos de plástico antes de simplesmente jogá-los fora no ambiente circundante.

Plástico Sul - Fale sobre o trabalho atual da PDO Technologies, por favor. Onde a empresa atua? A empresa está no Brasil? Kevin DeWhitt - A PDO Technologies tem trabalhado há mais de um ano no desenvolvimento de equipamentos auxiliares projetados para tornar as tecnologias de conversão de resíduos plásticos mais valiosas para seus proprietários de projeto. A PDO tem base em Washington (norte de Oregon, e fronteira com o Canadá). A empresa orgulha-se de estar trabalhando com Luciano Coimbra, presidente da Wastech, empresa brasileira de tecnologia limpa.

Plástico Sul - A PDO está focada no desenvolvimento de tecnologias globais para a conversão de resíduos. Como isso seria possível, na prática, diante de tantos países com diferenças econômicas e sociais? Kevin DeWhitt - Se a tecnologia pode ser colocada em qualquer área com problemas de resíduos (resíduos demais, sem sistemas de coleta, etc ) e se essa tecnologia converte o problema (resíduos de plástico) em um produto muito desejável (energia ou combustível) com benefícios econômicos, então as pessoas vão sempre mudar seus hábitos e práticas atuais, porque elas têm um incentivo individual e coletivo para fazer isso. Como eles mudam o seu comportamento pode ser diferente de cidade para cidade, de região para região, de país a país, mas a mudança ainda ocorrerá. O maior

Plástico Sul - A preservação do meio ambiente é uma ideia que agrada a todos, mas na prática nem todo mundo está disposto a pagar mais por isso em um produto se houver uma opção mais barata. Em seu trabalho em Agilyx, o senhor ajudou a levantar mais de US $ 100 milhões. Fale sobre estes resultados, por favor. O que é decisivo para transformar uma boa ideia verde em realidade? Kevin DeWhitt - Toda tecnologia deve ser economicamente viável, com ou sem assistência do governo. Nosso trabalho na Agilyx indicou que o nosso processo poderia competir no mercado sem subsídios do governo, especialmente quando o valor do petróleo bruto era muito alto (2008). Isso foi muito atraente para nossos investidores. Os nossos parceiros estratégicos, que também eram investidores, ficaram animados com a ideia porque ela apoiou os seus objetivos de sustentabilidade e visão corporativa. A chave para transformar uma ideia verde em realidade é compreender plenamente todos os drivers de mercado, e se certificar de que seu produto pode se adaptar a cada mercado local e ainda fazer sentido econômico. Na Agilyx, descobrimos que certos constrangimentos permitiriam o sucesso em um mercado, mas talvez não em outro, e havia muitos fatores potenciais para prever o sucesso (ou falta dele). <<< Plástico Sul < 7


DIVULGAÇÃO

PlastVipKevin DeWhitt "Missão é implementar tecnologia viável de conversão resíduos plásticos, em qualquer lugar do mundo"

resíduos nos EUA hoje? Como é o mercado de tecnologia em conversão de resíduos em os EUA? Kevin DeWhitt - O mercado de tecnologias de conversão de resíduos é bom nos EUA - nós geramos uma grande quantidade de resíduos! Nós não fazemos um trabalho muito bom de converter o resíduo nos EUA, uma vez que cavar buracos e depositar em aterro é muito mais barato neste momento. Esse fato está mudando, mas lentamente. Além disso, um monte de pessoas quer ver mudanças, mas não gosta de alternativas como incineração. Um segmento muito pequeno da população dos EUA quer limitar ou eliminar tecnologias de conversão e alternativas. Então, a redução dos resíduos é a única alternativa para a situação atual. Isso é lamentável - todos deveriam ter várias opções para escolher, e escolher o que funciona melhor para si e / ou sua comunidade local. Forçar uma escolha para todo mundo é a abordagem errada na minha opinião.

Plástico Sul - No Brasil, enfrentamos uma grave cri-

Plástico Sul - Há países que o senhor considera

se econômica. Como cenários econômicos impactam na expansão de tecnologias verdes? Kevin DeWhitt - Se uma tecnologia verde (ou qualquer) pode ajudar a impulsionar a economia, então ela vai ser adotada. Se ela pode fazê-lo enquanto simultaneamente limpa o ambiente, então ela vai ser adotada. Se ela também pode criar produtos energéticos a nível nacional para substituir importações estrangeiras, então ela será adotada. Se ela pode fazer todas essas coisas, então ela deve ser aprovada.

referência na conversão de resíduos? Quais são os mais avançados? Por quê? Kevin DeWhitt - Os países europeus que impuseram altos custos de descarte de resíduos são os mesmos países que lideram o mundo na conversão de resíduos. Isto é bastante óbvio: se é mais barato não despejar algo em um aterro sanitário...as pessoas vão parar de jogar lixo no aterro se outro uso pode ser encontrado. A Europa também tem adotado em pequena escala a tecnologia de incineração localizada, o que na minha opinião é uma alternativa muito melhor que o descarte. Mesmo que a incineração só forneça calor (e geralmente eletricidade), isto é o melhor que aterros porque economicamente é melhor. Em termos de reciclagem clássica, o Brasil é o líder inequívoco em reciclagem de latas de alumínio; todos os países devem se esforçar para este tipo de desempenho na reciclagem clássica. A minha esperança é de que o Brasil em breve será um líder mundial na conversão de resíduos de plástico, utilizando tecnologias como a oferecida pelo PDO Technologies.

Plástico Sul - Os Estados Unidos é conhecido internacionalmente como um grande gerador de resíduos por causa do estilo de vida da população. Muito consumo, muitos produtos, muitas embalagens, etc. O senhor acredita que é necessário mudar este estilo de vida, reduzir os resíduos, ou com a tecnologia é possível reutilizar tudo transformando em energia? Kevin DeWhitt - Eu acho que cada um desses elementos é importante. A população dos Estados Unidos deve se tornar melhor administradora dos recursos utilizados, e eu acho que isso está acontecendo lentamente. Também deve-se reduzir resíduos e tecnologias de conversão fazem isso: não se pode chamar um item "resíduo" se for recuperado e utilizado, mesmo que de uma forma diferente (como a energia). Nós não devemos ter tecnologias de conversão de resíduos competindo com a reciclagem; elas deveriam, ao invés disso, complementar a reciclagem clássica. Nós também não devemos consumir mais produtos simplesmente porque tecnologias de conversão vão ajudar com mordomia; devemos nos envolver em melhores práticas de gestão de recursos para começar. 8 > Plástico Sul >>>

Plástico Sul - Como o senhor avalia a conversão de

Plástico Sul - O que o senhor sabe sobre este mercado no Brasil?

Kevin DeWhitt - Os últimos números que vi indicaram que cerca de 10 milhões de toneladas de resíduos de plástico estão disponíveis no Brasil anualmente. Com uma taxa de captura de 1%, geraria mais de 600.000 barris de petróleo / produtos petrolíferos, de modo que o mercado é bastante atraente.


<<< Plรกstico Sul < 9


EspecialMasterbatches & Compostos

DIVULGAÇÃO

Quando cor e textura fazem a diferença

Elisangela Melo, da Cromex, destaca tendências de cores para 2015

10 > Plástico Sul >>>

D

iante de tantas opções, a cor e a textura podem ser usados como diferenciais por quem deseja ter seu produto escolhido pelo consumidor. Uma imagem adequada ao público alvo pode parecer uma tarefa simples, mas as pesquisas constantes de profissionais qualificados indicam que não é bem assim. A gerente de vendas da Cromex, Elisangela Melo, diz que as cores e texturas destacam, criam diferenciais e identidade visual. Cores com efeito como fluorescente e perolizados, por exemplo, valorizam . “O consumidor enxerga a qualidade do produto e da marca com a identidade visual e novos consumidores são atraídos inicialmente por este apelo. O segmento de cosmético, em que temos um amplo portfólio, é um grande consumidor, como também limpeza doméstica, que utiliza de efeitos e cores vibrantes para chamar a atenção no ponto de venda”, exemplifica. Para o segmento de brinquedos, os masterbatches rosas, lilás, azuis, vermelhos, efeitos como gliter, fluorescentes, coloridos que mudam de cor em contato com baixa temperatura, coloridos que mudam de cor no escuro e perolados também são muito valorizados. A empresa conta com um amplo portfólio de masterbatches nas linhas de brancos, pretos, coloridos com e sem efeito, aditivos e compostos de cargas, plásticos de engenharia e a linha de compostos para rotomoldagem. Em destaque, está o aditivo redutor de odor, que reduz/elimina o cheiro de compostos e resinas olefínicas e é indicado para produtos injetados e extrudados que utilizam resina

reciclada e recuperada. Outro destaque é o masterbatch preto “super black”, com menor aplicação a um custo competitivo. A Linha Microcolor (compostos coloridos e aditivos customizados para o processo de Rotomoldagem), a linha de masterbatches líquidos Dispermix®, além do portfólio completo de cores e aditivos. Além disso, a empresa reforçou o portfólio para o segmento de sacolas com uma linha completa: branco de excelente performance e custo benefício, verde, cinza, amarelo, azul e um composto de alta aplicação para redução de custos. “Esta linha tem destaque pelas constantes mudanças no segmento em que a Cromex acompanha com produtos para destacar e contribuir na cadeia de valor”, comenta Elisangela. A Cromex realiza periodicamente um trabalho interno de estudo de tendências de cores potencias para diversas categorias de produtos nos seus mais diversos segmentos de atuação. “Fazemos este trabalho seguindo uma visão estratégica no setor fashion, mas observamos também os comportamentos de design dentro das suas mais diversas correntes. O ojetivo central deste estudo é proporcionar para nossos clientes um diferencial estratégico para o produto”, diz a executiva . “Assim como em 2015, apostamos que seguiremos (no próximo ano) com os tons de azul claro, violetas, cores pastel da família dos roxos, magentas e liláses que transmitem tranquilidade e um certo romantismo aliado à nostalgia. Neste elenco, ainda se consolidam desta vez os púrpuras que acabam por oferecer um ar mais carregado porém bastante interessante. O verde, desta vez no seu tom mais pastel, que assemelha à cor das folhagens


ornamentais, entretanto a depender da categoria de produto que estamos abordando ele pode receber um efeito mais forte”. Ela diz que as cores neutras nunca saem de moda e estarão presentes em 2016, assim como os tons de areia, “já que estamos num país puramente tropical, não podemos deixar de lembrar das nossas belas praias em dias de verão,e claro associados a beleza e enegia de tons de amarelo”. Com esta sinergia, a Cromex diz conseguir um tom sofisticado para uma série de produtos. Cinzas claros para contrapor com as demais cores e, para fechar, o vermelho para dar vida e mais frenesi, ou seja, a cor que chama a atenção. “Outra cor que pode sempre ser explorada nesta mesma categoria é o laranja, que sem dúvida é a cor do momento, pois transfere otimismo, pois é isto que precisamos para este ano e o próximo de grandes desafios”, contextualiza Elisangela. A Cromex consegue, através deste estudo, usar as tendências de mercado nas mais diferentes resinas e sugestões de substratos para que os clientes tenham o melhor resultado, pois conta não somente com os especialistas em desenvolvimento, mas também com um grande aparato tecnológico que auxilia na definição dos projetos em conjunto

com o cliente, no oferecimento de produtos que possam ser usados de forma segura e efetiva dentro dos padrões de qualidade e regulatórios, atendendo aos mais diferentes processos de tranformação e, assim, chegando ao produto final para que ele esteja em conexão com o que exatamente o mercado consumidor estará interessado.

Diferença

Para a Cristal Master, se bem definidas as cores e texturas podem fazer a diferença na escolha do produto. “As cores podem ser consideradas como uma forma de comunicação, o ser humano cria ligações, significados e dá valores às cores aplicadas. Elas fazem parte de linguagem não verbal que constroem uma ideia. As texturas ligadas a essas cores dão ainda mais ênfase na mensagem que o produtor quer passar em seu produto”, afirma o diretor Luiz Carlos Reinert dos Santos. A empresa conta com mais de 20.000 produtos desenvolvidos. Concentrados Colorantes e de Efeito - brancos, pretos, coloridos, com efeitos fluorescentes, perolados, madeira, metalizados, com glitter, marmorizados, fotocromáticos e termocrômicos. E Aditivos Funcionais - Anti UV, Deslizante, Auxiliar de fluxo, Absorvedor de Umidade,

<<< Plástico Sul < 11


EspecialMasterbatches & Compostos Antibloqueio, Antiestático, Desmoldante, Retardante de Chama, modificador de impacto, entre outros, Aditivos Compostos, Tingimentos. Tem se destacado o Cristal Drylink, um absorvedor de umidade e compatibilizante que tem a função de retirar a umidade e compatibilizar polímeros diferentes, aumentando a resistência mecânica. É muito utilizado por recicladores e por clientes que utilizam altos percentuais de scrap. Outro produto em alta é o Antimicrobiano, desenvolvido em parceria com a Kher, que aumenta a proteção contra bactéria e fungos. Em relação às cores, as mais demandadas tem sido as básicas, branco, preto, azul, amarelos e verdes. Mas a empresa notou uma procura maior em 2015 por cores especiais como fluorecentes, com glitter, neon, perolados. Neste ano, a Cristal Master também destaca as cores Marsala, Radiante Orchid e Azul Tifanny. Em relação a 2016, Reinert acredita na busca por produtos diferenciados que tragam destaque aos produtos na prateleira, pois “teremos um ano muito difícil para enfrentar”. Também irão se destacar, na sua opinião, os aditivos funcionais que priorizem a redução de custo no processo de transformação de termoplástico. “Segundo o lançamento da Pantone HOME + Interiores, que rege muitas decisões para cores em 2016, haverão diversas paletas diferenciadas, mas a maior parte delas conta com tons terrosos e pasteis”.

Opinião

Para o diretor presidente da Pro-Color, Roberto Clauss, as cores possuem destaque fundamental na formação de opinião em relação ao produto adquirido. “Uma cor bonita em uma embalagem chama a atenção tanto quanto a qualidade do produto interno”, afirma. Ele diz que o Grupo Pro-Color se orgulha de, ao longo de 28 anos de mercado, possuir um portifólio abrangente e ter sempre uma profunda visão estratégica marcada pela capacidade de inovação e qualidade em seus produtos, possibilitando aos seus clientes uma diferenciação consistente e efetiva, descobrindo novos nichos e antecipando as grandes tendências. “Possuímos como diferencial um atendimento focado em qualidade e ética profissional aliado à excelência de nossos produtos”. Os maiores destaques são as linhas de aditivos que se adequam a cada tipo de resina, auxiliando, protegendo, reforçando e preservando as características dos produtos que serão fabricados. “Um grande destaque da Pro-Color em especial é o dessecante, produto voltado à eliminação de umidades em resinas recicladas”, afirma. Para 2016, as expectativas são para os seguintes tons, Laranja: Orange; Bege: Fog; Rosa: Aurora Pink; Amarelo: Dandelion e Green Sheen; Verde: Arcadia; Petróleo: Coastal Fjord; e Vermelho. Já a Colorfix lembra que o mercado do 12 > Plástico Sul >>>

plástico é bastante diversificado e, assim, segue suas tendências e desenvolve de acordo com as necessidades dos clientes. “Por se tratar de Brasil, um país tropical, o colorido combina com o clima e região. Observamos assim, que as cores vibrantes e os efeitos perolizados e metalizados estão em alta na área dos cosméticos”, explica o superintendente Francielo Fardo. “Hoje, o que mais chama a atenção nesses produtos é o design das embalagens e até a textura. Um dos diferenciais pode ser encontrado em embalagens com o efeito Soft Touch, que proporciona uma textura mais macia, aveludada. Outro efeito que podemos citar é termo crômico, que é a mudança de cor com o toque ou com o aquecimento do ambiente em que o produto está inserido. Já produzimos másters com esse efeito para tampas de perfumes, por exemplo”. Para a empresa, a embalagem por si só já é um marketing. Um visual interessante reflete em um produto inovador e com tecnologia diferenciada. A cor neste sentido vai ao encontro da necessidade de apresentar ao mercado objetos que sejam agradáveis aos olhos do consumidor. “Com certeza o aspecto visual tem influência direta no momento do consumidor decidir pela compra do produto ou não e a cor neste contexto é de extrema importância. Mesmo não sendo produtores de embalagens, mas sim fornecedores do máster que dá a forma aos produtos, sempre participamos de feiras para acompanhar as novas tendências do mercado. Hoje, contamos com amplo catálogo de serviços que, por exemplo, já supera as mais de 50 mil cores que dão vida ao plástico transformado por nós todos os dias”, explica. O Processfix e o Processfix HP são os produtos de destaque. De 18 a 22 de outubro, a empresa vai fazer uma apresentação sobre eles no 13º Congresso Brasileiro de Polímeros (CBPol), em Natal (RN). É uma tecnologia para a melhoria de propriedades mecânicas de material reciclável, ou seja, mais uma solução inovadora com alta tecnologia voltada para processos econômicos. O Processfix tem um princípio ativo que adere às partes metálicas internas da máquina durante o processamento, aumentando a produtividade e facilitando a limpeza, consequentemente reduzindo o uso de resina neste processo. O Processfix HP (high performance), quando adicionado ao polipropileno, modifica o comportamento de cristalização dos polímeros resultando em grande melhoria de propriedades ópticas, equilíbrio entre rigidez e impacto, tempo de ciclo e otimização do processo. Sobre 2016, Fardo diz que não deve ter muitas novidades. “Pelo que percebemos, irá seguir as tendências dos últimos anos. Apostamos em um ano complexo e desafiador devido à estagnação financeira brasileira. Entendemos que vai manter este nível durante todo o próximo ano”.


<<< Plรกstico Sul < 13


EspecialMasterbatches & Compostos Mais vendas

A DryColor acredita que cor e textura atuam fortemente no aumento de vendas. “As cores/textura influenciam na parte emotiva na comunicação visual dos produtos, possuem grande força para expressar e reforçar sua respectiva informação. Além da habilidade em despertar sensações, definir ações, comportamentos e provocar reações corporais e psicológicas. Ou seja, aumento das vendas. Temos vários cases de sucesso principalmente em uma das nossas linhas de produtos que utiliza pigmentos com efeitos especiais, são especialidades com características e valores únicos. Nossa engenharia de materiais tem um grande know how para gerar valor nos produtos finais de nossos clientes”, diz o gerente comercial Marcelo Santana. A Dry Color oferece ao mercado cores com alta tecnologia em pó COLORMATCH - Alta concentração; micro esfera NO DUST - Inovação limpa em alta concentração; granulados (masterbatch) DRYMASTER - alta performance na aditivação e pigmentação; líquido LIQUIDCOLOR - ganho na otimização de processos e custos; pasta - PASTECOLOR - limpeza com grande força e dispersão; química industrial - Dióxido de Titânio, Pigmentos orgânicos e inorgânicos. O destaque nacional está nas soluções pigmentárias que oferece às empresas que buscam

14 > Plástico Sul >>>

redução com gastos em cores. “Alinhamos baixo custo com os super concentrados e alta precisão em aplicações com nossos próprios e patenteados sistemas de dosagens, gerando assim saving em qualquer processo. No mercado externo, nosso destaque está voltado para a Dry Color USA - Expansão no Mercado Norte-Americano / atendimento nos EUA, México e Canadá”, explica Santana. A atuação no mercado é muito diversificada, está hoje em vários segmentos: construção civil, adesivos, sintéticos, automotivo, têxtil, calçadista, espuma, embalagens e tintas (industriais, automotivas e imobiliária), cada qual com suas particularidades. Mas há um ponto onde todos convergem: aumento do valor agregado nos produtos dos clientes, consequentemente aumento do preço de venda. A busca incessante por redução de custos é unânime em qualquer segmento produtivo. "As pressões do segmento de embalagens/cosméticos, em específico, já são presentes em nossas rotinas, o que nos direciona a um constante redesenvolvimento de concentrados de cores para sempre atingirmos os anseios de nossos clientes. A empresa fez recentemente uma aquisição de maquinários alemães, com maiores capacidades produtivas e eficiência energética, para se tornar mais competitiva, teremos um maior share no próximo ano. Estamos otimistas para 2016!”, afirma.


Inovação

A

Clariant anunciou em julho uma parceria com duas empresas para empregar a mais recente tecnologia em gravação a laser e holografia no intuito de captar importantes tendências sociais que afetam o comportamento dos consumidores. As imagens gráficas de alta tecnologia são representadas em chips de plástico moldado no ColorForward 2016. "Embora essas tecnologias não estejam diretamente relacionadas ao uso da cor em plásticos", explica Joanna Marguier, cientista de cores da Clariant ColorWorks® Europa/IMEA, "é importante estarmos atentos a quaisquer inovações que possam estimular o pensamento criativo".

A ferramenta de análise de tendências e design de cores ColorForward é lançada anualmente para ajudar designers de produtos plásticos e profissionais de marketing a tomarem decisões sobre cores de maneira mais fundamentada. Cada edição do ColorForward apresenta quatro tendências sociais globais que provavelmente influenciarão os consumidores no futuro próximo, relacionando cada tendência a cores que provocam uma resposta emocional. As edições anteriores do ColorForward utilizaram texturas, aromas, efeitos especiais e outros elementos estéticos para apresentar as cores com mais imaginação. Para 2016, os especialistas da Clariant decidiram usar hologramas e gravação a laser

DIVULGAÇÃO

Clariant adiciona hologramas e gravação a laser no ColorForward® 2016

em dois dos quatros temas das tendências. Morphotonix é uma empresa criada por um grupo de pesquisadores de pós-graduação da École Polytechnique Fédérale de Lau-

<<< Plástico Sul < 15


EspecialMasterbatches & Compostos sanne (EPFL), na Suíça. Eles desenvolveram uma microtecnologia para gravar superfícies de moldes, criando nanopadrões difrativos que são transferidos para os artigos moldados, onde aparecem como características holográficas e recursos invisíveis de segurança. Como essa microtecnologia pode ser perfeitamente integrada à produção de peças plásticas moldadas por injeção, os especialistas da Clariant ColorWorks chegaram à conclusão de que ela seria perfeita para um dos chips de cores do ColorForward no tema chamado Oh, my go(l)d! das tendências de 2016. Esse tema, um claro tributo ao excesso, celebra o fato de que, gostando ou não, acessórios excêntricos e chamativos e comportamentos escandalosos estão na moda. O chip é produzido com uma cor preta brilhante chamada "All nights are ours" e possui um holograma moldado da Morphotonix que mostra estrelas girando na forma do logo da Clariant. Possui também dezenas de cifrões gravados a laser na superfície do chip, juntamente com o perfil de um pato de borracha (um elemento do ColorForward 2015 que se tornou a mascote oficial do grupo), além do texto "1 milhão de dólares de pato". Joanna explica que "o holograma proporciona brilho e energia à cor. Ele lembra uma ficha de pôquer e isso tem tudo a ver com a ostentação de OMG. Parte do objetivo do ColorForward é estimular a criatividade de um jeito divertido. Aqui, fazemos ainda mais: integramos um visual inovador e recursos antifalsificação que são obtidos diretamente na linha de injeção. Além disso, estamos sempre interessados em explorar, junto com nossos clientes, os aspectos mais amplos da tecnologia de plásticos, para chegar a produtos e embalagens de mais sucesso no mercado". Ela afirma que a Morphotonix foi de grande auxílio para que os protótipos fossem produzidos rapidamente. "Estamos muito agradecidos pelo grande esforço feito pela Morphotonix para nos ajudar a alcançar esses objetivos, e certamente estamos conversando sobre novas colaborações no futuro".

Potencial

Trumpf Group, um produtor global de lasers industriais e equipamentos para fabricação de peças metálicas, através da sua subsidiária na região Ásia-Pacífico, em Cingapura, fez uma parceria com a Clariant para demonstrar o potencial da gravação a laser 16 > Plástico Sul >>>

em um chip que representa uma das cores da tendência LOVE. Os lasers foram usados para criar um complexo padrão, similar a um circuito impresso, em um chip branco chamado My New Soulmate. A decoração da superfície também inclui uma pequena reprodução do pato do ColorWorks, juntamente com as palavras "In-Between Technology". Essa imagem tem diversas conotações: primeiramente, o tema LOVE (com a palavra "love" escrita graficamente com um símbolo de Wi-Fi no lugar do "o") reconhece a maneira como a tecnologia está criando novas conexões entre as pessoas. O pato também simboliza a posição intermediária da Clariant ColorWorks, que visa harmonizar o lado estético do design de plásticos com o lado técnico da coloração de polímeros. "A gravação a laser é um processo altamente versátil", declara Norzihan Aziz, Diretora do ColorWorks e Color Communication para Ásia-Pacífico, que coordenou os esforços da Trumpf no ColorForward 2016. Escovas de dente elétricas, teclados numéricos de telefone, interruptores, botões, chips de silicone – praticamente qualquer produto poderia ser gravado com riqueza de detalhes usando lasers. É possível produzir peças plásticas cujas superfícies mudam de cor quando submetidas à luz do laser, ou remover as camadas externas de peças para revelar camadas inferiores ou permitir a transmissão de luz. Os lasers podem ser usados para fundir áreas microscópicas de peças plásticas, criando minúsculas bolhas de gás que provocam a difusão da luz, de forma que essas áreas apareçam nitidamente diferentes das áreas não afetadas. O chip ColorForward foi moldado com o masterbatch de aditivos CESA®-laser da Clariant, que aumenta o potencial de gravação do polímero. "O chip My New Soulmate deu à Clariant e à Trumpf a oportunidade de demonstrar sua criatividade e tecnologia", declarou Aziz. "Eles foram extremamente profissionais e cooperativos. Como fornecedora de equipamentos, a Trumpf normalmente não teria recursos para gravar os novecentos chips de que precisávamos, mas eles dedicaram ao projeto um representante técnico de vendas que realizou o trabalho pessoalmente e concluiu a gravação no prazo".


<<< Plรกstico Sul < 17


DestaqueRoscas & Cilindros

Roscas e Cilindros como auxiliares no aumento de produtividade

C

onsiderados o coração dos equipamentos, as roscas e cilindros têm grande papel na qualidade final do produto e no processo como um todo. O menor consumo de energia, buscado incessantemente por toda a indústria, e a maior conservação das máquinas têm nesses itens aliados. O diretor da Wortex, Paolo De Filippis, diz que o papel das roscas e dos cilindros na transformação do plástico é vital para o sucesso dos empresários da terceira geração. “Implica diretamente na qualidade do produto final. Isso significa dizer que a rosca e o cilindro adequados ao equipamento permitem uma melhora na qualidade dimensional do produto, aumento na vida útil da máquina e aumento da capacidade produtiva”. Ele reforça que as roscas e os cilindros interferem diretamente na produtividade, uma vez que ajustados corretamente ao equipamento permitem a produção com baixas temperaturas, com baixo consumo energéti-

18 > Plástico Sul >>>

co (kg/hora x custo energia) – uma das grandes, se não a maior, demandas dos transformadores hoje - gerando menor desgaste da rosca e do cilindro. O portfólio da linha de roscas e cilindros da Wortex é composto por produtos com tecnologia de padrão internacional para as indústrias de plásticos (sopro, injeção e extrusão), alimentos e borracha. No Centro Tecnológico WORTEX, todo projeto é desenvolvido, elaborado e adequado à matéria-prima, ao processo final e ao equipamento de cada cliente. “Por isso, temos investido na modernização de equipamentos e softwares. Em 2014, montamos uma unidade independente para furação profunda de até oito metros, podendo atender outras indústrias que necessitem desse tipo de operação”, explica. Os modelos de roscas e cilindros que se destacam entre os transformadores são estes projetos especiais desenvolvidos e adequados conforme a necessidade dos


seus equipamentos e matérias-primas. “A Wortex durante toda a sua existência se diferenciou pela fabricação de produtos sob medida para resolver problemas específicos de processamento. Fomos pioneiros na introdução no Brasil e nos Estados Unidos no desenvolvimento de Roscas de Barreira (duplo filete), tecnologia que faz a separação de sólidos e líquidos dentro da rosca, proporcionando maior produtividade com menores temperaturas no processo, maior homogeneidade dos componentes da resina e melhor distribuição. Essa tecnologia permite um ganho de até 30% de energia se comparado às roscas convencionais. Esse tipo de produto é um dos carros-chefe da Wortex”, comenta De Filippis.

Recuperação ganha força

A Rosciltec tem sua estrutura voltada à manutenção e fabricação dos conjuntos plastificadores e extrusores, além de peças como colunas, tirantes, ponteiras, aneis e etc. O foco é atender rápido e com qualidade, levando em conta que o cilindro e a rosca são o coração da injetora, sendo assim não podem parar. “A recuperação dos conjuntos é algo que ganhou força nesta crise, pois aqueles que estão fazendo as manutenções preventivas agora estarão mais preparados quando a demanda de serviços aumentar ou ao menos se normalizar”, diz o diretor comercial Diego Leão. Ele aponta como diferencial da empresa os prazos de entrega e assistência ao cliente. “Por lidarmos diretamente com a manutenção dos conjuntos, vamos direto ao ponto e ao problema, otimizando o tempo de entrega e sempre preservando a qualidade já reconhecida de nossos serviços”. Ele reafirma a importância da recuperação dos conjuntos, para otimizar a produção, evitar refugos e desgaste precoce dos mesmos.

para os processos de injeção, extrusão e sopro, a BY Engenharia possui cilindros com diâmetro interno entre 18mm e 660mm e roscas com diâmetro externo entre 20 e 300mm. Para o sócio-gerente Antonio Azevedo Alves, são peças de importância vital, “pois o cilindro e a rosca são o coração do equipamento. Eles é que vão ditar a qualidade, taxa de produção, custo das peças, etc”. Ele diz que os transformadores têm demandado cilindros e roscas de alta durabilidade visando a redução de custos. Alves fala sobre o diferencial que a empresa oferece. “A Nordson Xaloy é um fabricante americano reconhecido mundialmente por suas ligas bimetálicas com características de alta resistência ao desgaste por abrasão, corrosão ou combinados”. A novidade de mercado é um cilindro bimetálico com sistema de aquecimento próprio, sem o uso de resistências convencionais. “Esse cilindro gera economia por volta de 40% no consumo de energia e elimina o uso de resistências tipo cinta no cilindro”, comenta.

Personalização

Parte do portfólio da Multi União concentra-se na fabricação e recondicionamento de mono e dupla roscas e também cilindros. “Entendemos que esses são itens fundamentais no processo de fabricação de artefatos plásticos. Estão diretamente relacionados com a qualidade e produtividade”, comenta a assistente da diretoria Luzia Feliputi. Os projetos da Multi União têm geometria e especial atenção para atender as especificidades de cada cliente. “A Multi União assegura total garantia dos materiais empregados em sua fabricação”.

Cilindros bimetálicos

Fabricante de cilindros e roscas bimetálicas

<<< Plástico Sul < 19


GABRIEL LAIN

EventoPlastech Brasil

Recorde de público R Entre 25 e 28 de agosto, a Região Sul foi sede de mais uma importante feira do setor, a Plastech Brasil 2015, em Caxias do Sul (RS), que em sua quinta edição atingiu recorde de público. Além de negócios e contatos, bons resultados foram alcançados no Fórum Plastech Brasil e no Projeto Recicla Plastech Brasil, que na sequência da exposição foi apresentado ao Ministério do Meio Ambiente.

20 > Plástico Sul >>>

elatos dos expositores de negócios fechados e encaminhados, assim como o desejo de voltar à Caxias do Sul em 2017, indicam o sucesso da feira realizada pelo Simplás - Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho. A Plastech Brasil 2015 quebrou seu recorde de público, com o credenciamento de 25 mil pessoas desde a abertura. A quinta-feira (27 de agosto) registrou o maior fluxo de visitantes em um único dia desde a primeira edição em 2007, mais de 8,5 mil. O Fórum Plastech Brasil, na estreia como principal atração da programação paralela, atraiu 400 participantes para 12 atividades. Foram desenvolvidas 14 ações, incluindo as duas rodadas de negócios – uma nacional, gerenciada pelo Sebrae, e outra internacional, sob o comando do programa Think Plastic Brazil, desenvolvido em parceria com a Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). A Rodada de Negócios do Sebrae chegou a 90 encontros e o Projeto Comprador, do Think Plastic Brazil, teve 80 reuniões. Apenas no Fórum Plastech Brasil foram três en-


contros de lideranças empresariais e governamentais, três jornadas de capacitação técnica gratuitas (uma delas com foco específico em exportação, por meio do Programa de Incentivo à Competitividade da Cadeia do Plástico) e três painéis setoriais. “Uma feira de negócios permite muito mais do que apenas vender. Vender é só o que alguns veem na superfície do evento. Uma feira permite estabelecer contatos, fechar parcerias, se apresentar no mercado, enxergar o que o concorrente está fazendo e, a partir disso, desafiar a própria criatividade a fazer melhor”, declarou o presidente da Plastech Brasil, Orlando Marin. O presidente do Simplás, Jaime Lorandi afirma que a feira em si é uma exposição de inovação. “Temos muitos produtos, muitos sistemas expostos pelas empresas. Inovações das máquinas, trazendo mais produtividade com redução energética. Produtos mais baratos, que fazem com que a empresa tenha um diferencial. Outra inovação é na gestão empresarial, essa gestão fará com que processos internos sejam menos custosos. Vimos isso nos estandes e nas palestras”. O diretor-executivo do Simplás, Zeca Martins, lembra o desafio do contato com expositores e a tentativa de trazer visitantes na fase de organização. “Foi um momento bastante difícil, a falta de uma luz no fim do túnel trazia um pouco de insegurança para empresários, em saber se valia o investimento ou não. Mas a gente também tinha que argumentar que este não é um momento de ficar parado. Por mais crise que a gente tenha, talvez seja o momento em que a gente precise se movimentar mais que no passado”, comentou. “A gente conseguiu passar essa mensagem para grande parte dos expositores, que vieram às vezes com estande um pouco menor. Tivemos praticamente o mesmo número de empresas, de marcas, da última edição, o que se considera uma vitória já que 2013 não tínhamos crise e este ano está difícil. Vemos empresas

caindo 30m 40, 50, 60% de seu mercado. Ter conseguido ficar igual, diria que crescemos 50%”, avalia.

ABIMAQ

Presente na feira, o presidente-executivo da Abimaq, José Velloso Dias Cardoso, disse que a situação das máquinas está mal desde 2012 e agora veio um aprofundamento. “Depois de quedas de faturamento em 2012, 2013 e 2014, em 2015 também tivemos de janeiro a julho, 7%. O mais incrível é a queda do consumo de máquinas em geral. Caiu 16% este ano, ou seja, o Brasil não está investindo”, lamentou. Na contramão desta tendência, ele aponta uma boa notícia vinda da Plastech Brasil, os fabricantes que compareceram fizeram bons negócios. “E os que não fizeram, plantaram. Então, quem participou está muito satisfeito. Sabemos que em época de crise, muitas empresas acabam economizando seus recursos, cuidando mais do seu capital de giro. Então, algumas acabam não participando. Mas por outro lado, quem não participa fica longe do mercado e deixa para o concorrente que participa”, afirma. Esses resultados não são tão surpreendentes, conforme indicou a seguir. Velloso afirmou que quatro anos de crise geraram uma demanda reprimida, mas que a indústria de máquinas para plástico não está nesta crise. “Inclusive, máquina para plástico ano passado bombou e entrou muito bem este ano”. Mas como de modo geral existe uma demanda reprimida, quando a situação se reverter, o crescimento será maior. “O setor de máquinas é ligado ao investimento, então somos alavancados. Quando o PIB do país cai, nós caímos mais que o país. Mas quando sobe, subimos mais. Não existe fórmula, mas quando o PIB cresce 3% a 3,5% ao ano, nós crescemos 10% a 15% ao ano. Então, quem chegar vivo até lá vai ter um boom”. Outra expectativa é por um câmbio mais ajustado.

<<< Plástico Sul < 21


EventoPlastech Brasil Fórum Plastech Brasil

Luiz Moan define onda de pessimismo como um crime

P

articipante do Fórum Plastech Brasil, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, afirmou que o que mais abala o humor do mercado brasileiro é a ação humana. “Cometemos este crime de entrar nessa onda de pessimismo e conseguimos deixar o consumidor com medo. O trabalhador fica com medo de perder o emprego e não gasta. E quando o consumidor não gasta, a economia não gira. E quando a economia não gira, o trabalhador perde o emprego. O momento é difícil, sim. Mas é um momento”, declarou no dia 26 de agosto. A afirmação abriu o segundo dia de Fórum, que dedicou um painel aos desafios e oportunidades do programa Inovar-Auto. “Estamos trabalhando para melhorar a cadeia produtiva e sair dessa situação. Pouca gente sabe o tamanho do mercado automotivo brasileiro. O potencial é enorme”, ponderou Moan. O executivo apresentou números que sustentam a perspectiva de, mais do que retomada, avanço considerável da indústria automotiva a longo prazo, destacando o papel das cidades de até 500 mil habitantes neste possível cenário positivo.

Um panorama do ABC

Outro palestrante do Fórum foi o diretor de Organização do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Paulista, José Roberto Nogueira da Silva, o Bigodinho, que apresentou as ações desenvolvidas em conjunto com o Arranjo Produtivo Local (APL) de Ferramentais e a Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC: “A situação não está fácil no ABC, está muito difícil mesmo. Mas trabalhamos junto com as montadoras. Agora, por exemplo, estamos pressionando o governo pela política de renovação da frota de caminhões. E se precisar mobilizar os trabalhadores para fazer as nossas caminhadas, que sabemos fazer, por isso aí, vamos fazer. Vamos botar nosso pessoal na rua com vocês”, declarou ao público de empresários. Bigodinho destacou as chamadas Ações Pró-Ativas desenvolvidas conjuntamente por trabalhadores, empresários, integrantes do APL, da Agência de Desenvolvimento Econômico do ABC e do governo com o intuito de efetivar a aplicação do programa Inovar-Auto, que estimula a nacionalização de conteúdo pela cadeia automotiva.“Temos de decidir se queremos ser fabricantes de conteúdo próprio ou apenas montadores. E temos de nos unir não só quando estamos em crise. Porque depois que a crise passa, cada um corre pro seu lado”, afirmou Bigodinho. 22 > Plástico Sul >>>

Bureau de engenharia

No debate que se seguiu ao painel, o secretário-executivo da Agência de Desenvolvimento Econômico do ABC, Giovanni Rocco Neto, indagou ao presidente da Anfavea, Luiz Moan, quanto à estagnação do projeto – já concluído há cerca de dois anos – que cria um bureau nacional de engenharia. De acordo com Neto, as montadoras contam com um fundo de recursos de aproximadamente R$ 1,5 bilhão especificamente destinado a Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), o que seria a essência das ferramentarias no contexto do Inovar-Auto. Moan respondeu que o avanço do projeto pelo Senado depende apenas de “união verdadeira” entre os três grandes polos de ferramentarias do país.“Os principais estão aqui (em Caxias do Sul), em Joinville (SC) e no ABC. A localização pode ser diluída, isso agora é o que menos importa. Mas tem que ser um verdadeiro bureau de engenharia nacional. Em prol das ferramentarias, eu defendo um bureau de engenharia nacional”, concluiu o executivo.

PICPlast

Os cursos de capacitação do Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico (PICPlast), oferecidos por meio de parceria entre Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) e Braskem, atraíram dezenas de interessados na tarde de 27 de agosto. Especialista em comércio exterior do programa Think Plastic Brazil, Aleksander Richard de Assis, apresentou aspectos técnicos e mercadológicos da exportação. “Queremos que as pessoas percebam que é possível fazer, desde que a empresa tenha foco e dedicação, e veja a exportação como um plano de negócio a médio e longo prazo. O principal mote da exportação é vir a ser um canal a mais de venda, uma opção ao mercado interno. Não se pode pensar em exportar somente na crise, mas durante a crise, a exportação pode, sim, ser uma forma de dar o equilíbrio financeiro de que a empresa tanto precisa”, alertou.

Guia

No dia 28 de agosto, à tarde, a Plastech Brasil 2015 foi palco do pré-lançamento do Guia de Sustentabilidade do Plástico. Trata-se de uma obra de referência para a indústria dos transformadores plásticos. “O guia foi construído a partir de 26 visitas técnicas a 20 transformadores, e quatro recicladoras, além de Braskem e Petrobras. Ele traz ainda critérios, agenda de mudanças, apontamento de tendência e cenários”, comenta o especialista em comércio exterior do programa Think Plastic Brazil, Aleksander Richard de Assis. O lançamento oficial foi em outubro em São Paulo.


M

uito do resultado das feiras vem com o passar dos meses e relações comerciais iniciadas nos pavilhões podem se perpetuar por anos. Mas passada a mostra, os expositores já fazem suas avaliações e, de modo geral, alcançaram suas expectativas e querem voltar à Caxias do Sul. O diretor da Arburg Brasil, Kai Wender, diz que a Plastech Brasil é uma feira com apelo regional e que para a empresa a participação depois de vários anos de ausência foi interessante. “Nós recebemos praticamente todos os nossos clientes da região. Tivemos tempo para atender bem nossos clientes e também tivemos a oportunidade de discutir novos projetos. A nossa participação atendeu a nossa expectativa”. Ele afirma que o Rio Grande do Sul é um mercado inovador e que “tem toda certeza que ele vai superar a atual dificuldade buscando competitividade”. A Arburg planeja para a próxima edição participar novamente como expositora. William dos Reis, diretor da unidade de negócios de máquinas para plásticos da Romi, define a visitação no estande da empresa como espetacular. “Num cenário de grande incerteza, o nosso principal objetivo foi mostrar ao cliente que estaremos sempre próximos, mostrando a nossa tecnologia em injetoras e sopradoras que proporciona maior competitividade ao processo de transformação. Este objetivo foi plenamente alcançado.” “A feira Plastech superou nossas expectativas gerando muitas oportunidades de negócios, além de estreitarmos o relacionamento com os nossos clientes”, afirma Paolo De Filippis, diretor da Wortex.

GABRIEL LAIN

Expositores avaliam resultados

A empresa conseguiu atrair a atenção dos visitantes e compradores para a nova linha de lavagem de material pós-consumo. “Dessa forma, ampliaremos nossa participação no mercado de reciclagem do Rio Grande Sul. Mesmo com o atual cenário, recebemos em nosso stand um público bem qualificado, querendo investir no seu próprio negócio e buscando oportunidades de crescimento. De forma geral, estamos muito satisfeitos com nossa participação”, explica De Filippis. A Cromex aproveitou a Plastech Brasil 2015 para comemorar com os clientes e parceiros os 40 anos da companhia no mercado. “A feira foi uma ótima

Edição, que atingiu recorde de público, foi elogiada por grande parte dos expositores

<<< Plástico Sul < 23


EventoPlastech Brasil oportunidade para encontrarmos clientes atuais e potencias. Aproveitamos para estreitar o relacionamento e apresentar nossa linha de produtos e serviços para as empresas do setor localizadas no Sul. O mercado do Sul é de suma importância para a Cromex e participar da Plastech nos abre a possibilidade de reforçar nosso compromisso com as melhores soluções aos nossos parceiros nessa região”, diz Branca Pereira, do Marketing. “Tivemos também acesso a tendências do mercado, novas tecnologias, inovações em produtos e processos. Foi uma excelente fonte de ideias”, afirma. A Cristal Master diz que participar desta feira é sempre um momento de aproximação ao mercado e aos clientes, consolidando a sua marca. “Tivemos um bom número de visitantes, onde os negócios vão ocorrendo na sequência”, comenta o diretor Luiz Carlos Reinert. Mas ressalva. “Observamos nesta edição de 2015 uma redução no números de visitantes, principalmente na terça e na sexta feira, bem diferente da edição anterior, também vimos espaços vazios, provavelmente expositores que na última hora não conseguiram participar, em função do momento econômico que passamos”. Ricardo Crisostomo, diretor de negócios da Químicos e Plásticos, diz que a feira superou as

24 > Plástico Sul >>>

expectativas da empresa. “Mais uma vez o Polo industrial do Rio Grande do Sul demonstrou muita energia em busca de novas oportunidades para superar os desafios que teremos nos próximos anos. Nós da QP tivemos a oportunidade de demonstrar nosso portfólio e todas as soluções que podemos agregar no processo produtivo para nossos clientes em todos os segmentos de mercado”, comenta. “A nossa avaliação do evento é que foram atingidos todos os objetivos e com certeza a QP estará em 2017 presente nesse importante evento para o mercado de plásticos no Brasil”. Sergio Leis, da Previsão Presilhas, comenta que apesar de crise, a feira teve um publico qualificado, gerando muitos negócios para a empresa no próprio evento e no pós-feira. “Foi muito bom”. O gerente comercial da Granoplast, Leonardo Nolasco, diz que mesmo o evento coincidindo com grande turbulência, no cenário político e econômico nacional, a empresa teve uma feira com boa visibilidade no aspecto institucional e também com efetivação de negócios, “como sempre”. Ele afirma “Foi uma feira muito bem planejada, divulgada e organizada. Parabéns à Plastech 2015 e sua grande e competente equipe.”


Recicla Plastech Brasil vai ao Ministério do Meio Ambiente

O

Recicla Plastech Brasil teve uma segunda edição de sucesso, desta vez com um novo produto. Se em 2013, as crianças da educação infantil da cidade e região receberam bancos feitos de plástico reciclado, desta vez o item escolhido foi a lixeira, fundamental na educação para a separação de resíduos. O trabalho ambiental que envolveu professores, alunos e famílias ligadas a 42 escolas de educação infantil da rede pública municipal de Caxias do Sul ganhou reconhecimento nacional. No final de setembro, a ação de sustentabilidade da Plastech Brasil foi apresentada ao Ministério do Meio Ambiente, em Brasília. Nas cores amarela e verde, as lixeiras estão de acordo com o modelo dos contêineres de

resíduos de Caxias do Sul para orgânico e reciclável. As 1,2 mil unidades foram confeccionadas com parte das oito toneladas de resíduos recicláveis coletados em apenas uma semana pela mobilização de estudantes, pais e professores. No total, 600 ambientes escolares foram contemplados com pares de lixeiras de polipropileno reciclado. “O Recicla iniciou em 2013 dentro deste conceito de disseminação junto às crianças do descarte correto, que vai culminar na logística reversa. Em 2013, foram 7 mil banquinhos de resina reciclável doados às escolas de educação infantil de Caxias do Sul. Desde lá, tivemos forte parceria com a prefeitura e a cooperativa de recolhimento”, comenta a coordenadora executiva da Plastech Brasil Célia Marin. Ela explica o processo que começou antes da feira e segue depois.

<<< Plástico Sul < 25


NELI MARIA ALVANOZ

EventoPlastech Brasil

Entrega das lixeiras: crianças coletaram material e viram na prática o retorno da reciclagem

“Elaboramos um gibi educativo e entregamos às crianças das escolas de educação infantil. O Município já faz trabalho muito forte de sustentabilidade e eles simplesmente se apaixonaram pela ideia. Inicialmente, entregamos o gibi para as coordenadoras das 42 escolas. Reunimos, falamos do projeto e estes gibis foram trabalhados em sala de aula de maneira muito legal. Também foi trabalhado em casa. Durante uma semana, as crianças levaram embalagens para sala de aula. Recolhemos quase oito mil quilos de plástico totalmente reaproveitável, pois vieram dentro do conceito de descarte correto. As embalagens que vieram sujas, foram limpas em mutirão”, explica.

Disseminando conceitos

Célia ressalta que com a entrega das lixei-

26 > Plástico Sul >>>

ras, as crianças vêem que se descartarem corretamente, o material volta em produto. “As três escolas que mais coletaram recebem um data show. Sentimos uma empolgação muito grande dos professores com a premiação, mas também com o processo. E eles vão continuar isso, têm várias ações pós Plastech. E nós também”, afirma. E a procura pela expansão da ação vem de diferentes lugares. “Durante a feira, recebi pessoas da secretaria de educação de Canoas interessadas em saber como ter o projeto Recicla nas escolas de lá. Tivemos consultas de escolas particulares. Recebi uma ligação de uma farmácia de manipulação perguntando se poderiam doar para o Recicla, pois tem muitos frascos. Isso é muito bom, pois além de negócios a feira está disseminando conceitos. Isso faz parte do papel da feira”. Lorandi diz que além da importância evidente da educação para o descarte correto, é preciso repensar conceitos. “Perguntam ‘pode ser que o plástico dure 200 anos”? E então? Isso pode ser ótimo. Precisamos inovar nosso pensamento, que o plástico não é lixo, é matéria-prima. Temos a cultura do plástico como vilão, por isso temos trabalhado que o erro está nas pessoas darem destino errado ao que foi bom, bonito e barato para elas”. Marin lembra que é preciso olhar o todo, e não se preocupar “apenas com a sacolinha”. Ver que com o plástico os alimentos ficaram mais baratos, desde o campo até a distribuição. Os eletrodomésticos gastam menos energia, mais pessoas têm acesso à água. Meios de transporte exigem menos combustível. “A Europa já começa a fazer estradas de plástico. Muito mais barato e com qualidade maior, vai acabar o problema dos buracos”. Para Marin, hoje estamos reféns do plástico. “E ainda bem. E estamos só no início”.


Modelo Plastech inspira feira para o Rio de Janeiro

O

modelo de feira e organização da Plastech Brasil vem inspirando a criação de uma exposição semelhante no Rio de Janeiro. O SIMPERJ – Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Estado do Rio de Janeiro participou da edição 2015 com um estande coletivo formado por dez empresas dos mais variados produtos. O dirigente da entidade, Marcelo Oazen, diz que esta participação foi como um protótipo do que se pretende para o Rio de Janeiro. “Funciona como aprendizado, intenção de que as coisas aconteçam e a gente consiga fazer no Rio de Janeiro. Ver exemplos de pessoas mais experientes para que quando aconteça a gente tenha uma feira bem nivelada”, explica. Ele diz que hoje não existe uma feira específica do setor plástico no Rio de Janeiro e os empresários participam de exposições setoriais, por segmentos, como de supermercados por exemplo. Oazen explica o que busca como modelo. “Aqui em Caxias, passa gente do hospital, padaria. Na feira de São Paulo, o pessoal vai comprar basicamente máquinas. Aqui é um pouco diferente, como é no Nordeste, em Pernambuco. Lá tem mais esta situação, todos os empresários vão, independente do segmento deles. Joinville tem um pouco, mas também está muito voltado para máquina e matéria-prima”. Ele comenta que o empresário vai à feira buscar novidade e o fabricante de plástico tem medo de levar o produto e ser copiado. “Acho isso irrelevante, pois o produto já está na rua, está no mercado”. Em relação à realização, Oazen aponta a necessidade de finalização da estrutura para as Olimpíadas do próximo ano, BRT, hotéis, etc. “Terminando as Olimpíadas, teremos condições logísticas de montar. E já estamos trabalhando para isso. Na minha opinião, a organização deve ser a mesma da Plastech Brasil. Confiamos muito neles e

gostamos muito, temos um ótimo relacionamento RS e RJ. E a gente gosta do formato feito aqui, então provavelmente faremos com eles”. Passando as Olimpíadas, a feira deve ocorrer em dois ou três anos. A exposição deve ser internacional, aproveitando claro o apelo do Rio de Janeiro, com máquinas, resinas, mas também apresentando produtos. “É importante mostrar o produto, isso gira o negócio”, reafirma.

Balanço

A ideia de vir à feira Plastech Brasil 2015 foi lançada por Oazen no final do ano passado e os demais empresários acreditaram na ideia. Oazen diz que a participação foi muito boa para todos do estande coletivo por vários motivos. “A gente encaminhou uma série de negócios, treinou o pessoal. Todos os objetivos foram alcançados. A visitação no estande quinta-feira foi excelente”, comenta. Ele explica que pela diversificação de materiais, os resultados foram diferentes. “Para alguns, foi mais contato, encomenda, alguns não fecham na hora, mas teve gente que veio no estande, viu uma peça e disse ‘eu estava procurando essa peça, não achava em lugar nenhum’ e fechou. Alguns já tinham cliente aqui. Também fechamos com alguns hospitais de Caxias do Sul. E na área industrial, as pessoas viram nossa capacidade técnica”.

No Rio

Oazen diz que o setor plástico no Rio de Janeiro cresce 10% ao ano. “O RJ foi onde começou o plástico no Brasil. Apesar das empresas terem saído de lá, as pessoas mais velhas e experientes ficaram e foram passando as informações para os filhos. Mesmo às vezes sem capital, essas pessoas têm uma ou duas máquinas em casa e fazem coisas técnicas muito boas".

<<< Plástico Sul < 27


GABRIEL LAIN

EventoPlastech Brasil

Conjuntura

Preocupação: “ataque à indústria nacional”

E

m relação à conjuntura do país, o presidente do Simplás Jaime Lorandi apontou a existência de três crises, política, econômica e ética. “A crise de ética está na sociedade. O governante não é ético ou o povo? Os governantes são o reflexo do povo. Nas escolas, não se ensina. Isso se muda ensinando as crianças hoje para a próxima geração de políticos”. Já o presidente da Plastech Brasil Orlando Marin foi bem enfático em relação à Brasília. “O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, está cometendo um ataque à industria nacional. Não há país que se destaque econômica, social, politicamente sem uma indústria forte. Nenhum país sem indústria forte é forte, ele vive de sobras, vive de doações, vive de misérias. O que o ministro Levy está fazendo é um assassinato

28 > Plástico Sul >>>

a quem produz e quem trabalha”. Para Marin, um ministro que autoriza de 50 a 60% de reajuste na energia elétrica não sabe distinguir uma lâmpada comum de um sistema de aquecimento. “Não há nenhum motivo a justificar um reajuste criminoso. Em muitos casos, o custo da energia ultrapassa o da mão de obra na indústria. Um ministro que autoriza não sabe o que está fazendo. Um ministro que onera a folha de pagamento em 250% nunca entrou numa indústria. Não sabe distinguir a fabricação de um parafuso da de um navio. Não conhece”.


FeedbackPet

Menos resinas, mas mais garrafas Material presente em produtos de grande consumo, como as embalagens, o PET está entre as mais importantes commodities do setor. Confira o balanço deste mercado.

O

consumo de PET grau garrafa fechou cerca de 500 mil toneladas em 2014, sendo que bebidas e alimentos representaram 90% desse total, perfil semelhante a anos anteriores, informa a consultora de mercado da Maxiquim, Marta Loss Drummond. “Como nos demais setores da indústria, o mercado demandante de PET está desaquecido, a demanda por bebidas sempre diminui com as temperaturas mais baixas. É possível que nas próximas semanas as vendas da resina PET aumentem, pois os produtores de garrafas plásticas devem iniciar a formação de seu estoque para o verão”, disse Marta, em julho deste ano. Ela lembra que o mercado de PET no Brasil é fortemente influenciado pelo asiático, os preços da resina aqui se comportam de maneira semelhante a observada na Ásia. Em junho, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio do Brasil iniciou uma investigação e prática de dumping no PET exportado pela Ásia ao Brasil. Essa investigação foi solicitada por uma empresa fabricante de PET no Brasil. Em nova análise em agosto, Marta diz que “Conforme todo o mercado, 2015 para o PET também está sendo ruim, deve fechar sem crescimento em relação a 2014”. Com a proximidade do final de ano, é possível que o mercado melhore em razão do verão, visto que as garrafas PET são muito consumidas nesse período. Ainda não há decisões sobre a

avaliação de dumping. A ABIPET – Associação Brasileira da Indústria do PET divulgou seu balanço no início de agosto. Os números indicam redução no consumo de resinas em relação a 2013, mas crescimento de unidades de garrafas. O diretor executivo da Abipet, Auri Marçon, comenta que a economia nacional vem deteriorando fortemente e é desfavorável ao consumo em geral. As embalagens, naturalmente, também vêm sendo afetadas. “No entanto, apesar da pequena queda no consumo de resina, houve aumento na produção de embalagens. Essa fato explica-se pelo esforço da indústria do PET na tecnologia Lightweighting”. A indústria do PET tem trabalhado exaustivamente no desenvolvimento de garrafas mais leves e tal redução é significativa. Um exemplo é o caso das garrafas de dois litros, que são a absoluta maioria no mercado brasileiro de refrigerantes: nos últimos 10 a 12 anos, atingiu-se a marca de 27% na redução do peso para cada garrafa produzida, afirma Marçon. “A tecnologia aplicada nas garrafas atuais é de vanguarda e tal desempenho conta com a participação de todos os desenvolvedores da indústria: fabricantes da resina, transformadores e os fornecedores das máquinas e periféricos”. Nos últimos dez anos, o PET cresceu em média 6% ao ano, mas não é possível fazer qualquer prognóstico nas atuais condições, informa Marçon. “Não há estabilidade econômica e também não há credibilidade na capacidade do governo corrigir essa rota de estagflação. Apesar disso, o setor continua mostrando resultados em ganhos de produtividade, evoluções tecnológicas, investimentos em capacidade e inovação. Mas está cada vez mais difícil falar em evolução diante de tanta ineficiência governamental na condução de políticas industriais”, opina.

<<< Plástico Sul < 29


DIVULGAÇÃO

Internacional

Inovação no centro das atenções Werner Matthias Dornscheidt, Presidente e CEO da Messe Düsseldorf, fala sobre a K 2016. Messe Düsseldorf - Sr. Dornscheidt, o período de inscrição para a participação na K 2016 foi encerrado. Como avalia o retorno da indústria global de plástico e borracha? Dornscheidt - Extremamente positivo! A demanda por espaço de exposição aumentou mais uma vez, e todos os 19 pavilhões do centro de exposições de Düsseldorf estão completamente reservados. Mais de 3.000 expositores de todos os cinco continentes vão participar e apresentar suas inovações. O espectro de empresas participantes varia de grupos industriais de operação global a start-ups e abrange todos os segmentos do mercado mundial de polímeros. A K 2016 vai apresentar um panorama de amplitude e profundidade incomparáveis. Messe Düsseldorf - O que há de tão especial na 30 > Plástico Sul >>>

K? Outros eventos do setor têm um grande número de expositores também. Dornscheidt - A K é a plataforma de estreia para a indústria de plásticos e borracha. Nenhuma outra feira desencadeia tantas novas ideias. Agora, as empresas de toda a indústria já estão trabalhando duro para se certificar de que elas se apresentem na melhor luz quando a data se aproximar, em outubro de 2016. E "na melhor luz" significa "com inovações interessantes". Pois produtos inovadores são o ativo mais importante em um ambiente competitivo. Somente aqueles que podem oferecer novas tecnologias que trazem benefícios reais para seus clientes serão capazes de se organizar e se proteger contra a forte concorrência. Outra característica única da K é o seu elevado grau de internacionalismo, tanto no lado do expositor quanto do visitante. Isso garante que os visitantes comerciais vão encontrar produtos e serviços de classe mundial em todas as áreas cobertas. E dá aos expositores a oportunidade de conhecer especialistas da indústria de mais de 100 países e estabelecer contatos com potenciais clientes que eles talvez não


pudessem ter tido acesso de outra maneira.

Messe Düsseldorf - Então, a inovação estará no centro das atenções na K 2016. Haverá ofertas adicionais que forneçam insights sobre novos desenvolvimentos e perspectivas ao lado do que será apresentado pelos expositores? Dornscheidt - Empresas da indústria e institutos de pesquisa vão aproveitar a K 2016 para expor desenvolvimentos e perspectivas da indústria de plásticos e borracha. Isso será feito não só em estandes dos expositores, mas também no extenso programa de suporte que oferece aos visitantes comerciais outra gama de temas interessantes. Para mencionar apenas dois: a mostra especial no Hall 6 dá insights sobre como os plásticos podem moldar o futuro e resolver os desafios de amanhã - de formas funcionais, estéticas e sustentáveis. Temas como eficiência dos recursos, construção leve, novos materiais e Indústria 4.0, e até mesmo o controverso lixo marinho, serão abordados em painéis de discussão e apresentados em várias mídias. A mostra especial é organizada pela indústria de plásticos alemã sob os auspícios da PlasticsEurope Deutschland e Messe Düsseldorf. Enquanto a mostra especial é dirigida a decisores da indústria e também atinge o público em geral por meio de multiplicadores e os meios de comunicação, o Campus Ciência é o local de encontro para a comunidade científica. Este é o lugar onde as instituições, universidades e outros estabelecimentos apresentam os seus mais recentes resultados de pesquisa no complexo campo de plásticos e borracha e dialogam com os industriais. Messe Düsseldorf - Com esta ampla gama de ofertas, os visitantes profissionais serão capazes de encontrar todos os destaques na feira? Dornscheidt Sim, claro. A K 2016 oferece enorme variedade, mas ao mesmo tempo é muito bem estruturada. As salas de exposições são dedicadas

Sobre a feira

às áreas específicas de matérias-primas, auxiliares; produtos semi-acabados, peças técnicas e plásticos reforçados; máquinas e equipamentos; e serviços. Esta estrutura garante que cada visitante possa facilmente localizar os expositores que mais coincidam com seus interesses profissionais. Uma vasta gama de serviços disponível na web torna o planejamento muito fácil antes e durante as visitas à feira. Como um recurso adicional, o Innovation Compass está sendo otimizado para permitir uma melhor identificação das novidades apresentadas pelos expositores.

Messe Düsseldorf - O calendário mundial de eventos para a indústria de plásticos e borracha tem passado por uma reviravolta recentemente em mudança de datas. Como isso afeta a K 2016? Dornscheidt - Graças ao seu âmbito e à internacionalidade incomparável, a K tem uma posição muito especial no mundo. Ela é vista como o coração da indústria e o ponto de partida para as principais decisões sobre produtos, processos e soluções. Uma das principais razões por que a K é tão bem sucedida é o seu conceito, que nós projetamos, desde o início, em consulta com os fabricantes e os processadores e as suas associações da indústria e continuamos a desenvolver em conjunto com eles desde então. Essa interação provou ser uma combinação vencedora e assegurou que a feira tenha se mantido líder indiscutível ao longo de décadas. E agora estamos ouvindo que os fornecedores e os decisores têm uma preferência muito elevada por Düsseldorf. As pessoas na indústria são refazendo seus calendários de eventos em todo o mundo para garantir que nada confronte com a K.

K 2016- Feira Nº 1 do Mundo de Plásticos e Borracha 19 a 26 de outubro de 2016 A feira número 1 para a indústria de plásticos e borracha vai mais uma vez apresentar toda a gama de produtos e serviços que a indústria tem para oferecer. Na K 2013, um total de 3.220 expositores de 59 países mostraram suas capacidades, e 218 mil visitantes profissionais de mais de 100 países usaram este evento como uma plataforma de negócios para a informação e os investimentos. 82% dos visitantes da K 2013 estavam diretamente envolvidos nas decisões de investimento. As categorias de visitantes da K são os fabricantes de plástico e produtos de borracha, bem como desenvolvedores, designers e especialistas de fabricação de indústrias consumidoras, como o automotiva, de bens de consumo, elétrica e

eletrônica, aeroespacial e construção civil. A K 2016 vai ocupar todos os 19 corredores do recinto de exposições de Düsseldorf. Os fornecedores de máquinas e equipamentos são tradicionalmente o maior grupo entre os expositores, e suas apresentações ao vivo de unidades de produção sofisticadas oferecem uma experiência global exclusiva. Os produtores de matérias-primas, produtos semi-acabados e peças técnicas estarão focados em novos produtos e aplicações, além de soluções energeticamente eficientes e ambientalmente sustentáveis. A K 2016 estará aberta das 10h às 18:30 diariamente de quarta-feira, 19 de outubro, a quarta-feira, 26 de Outubro. Todos os detalhes podem ser encontrados no www.k-online.com. (fonte- Messe Düsseldorf) <<< Plástico Sul < 31


Segurança

O

MTE- Ministério do Trabalho e Emprego publicou recentemente a Portaria 857 que altera a Norma Regulamentadora nº 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos. A Portaria está em vigor e reflete no resultado dos avanços na negociação tripartite que a ABIPLAST-Associação Brasileira da Indústria do Plástico participa ativamente. De acordo com a entidade, no texto foram definidos a exclusão do princípio da falha segura, linhas de corte temporal, flexibilização de adequações e requisitos diferenciados para as micro e empresas de pequeno porte. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera um ajuste pontual as mudanças feitas na Norma Regulamentadora nº 12. A indústria reconhece a medida como

DIVULGAÇÃO

Portaria altera NR-12

um primeiro passo no amplo conjunto de alterações necessárias para a adequação da norma. Ressalta, contudo, que as mudanças não resolvem o significativo impacto que a NR 12 trouxe para o setor produtivo brasileiro e que continuará a trabalhar para que a norma seja exequível técnica e financeiramente para as empresas do país. Para a ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, a principal conquista foi a de que máquinas e equipamentos comprovadamente destinados à exportação estão isentos do atendimento dos requisitos técnicos de segurança previstos na NR-12. Outros pontos importantes apontados pelo presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ, Carlos Pastoriza, foram a liberação de equipamentos movidos ou impulsionados por forças humana ou animal, os expostos com finalidade histórica, os classificados como eletrodomésticos e a possibilidade de adotar outras medidas de proteção contra choques em substituição à extra baixa tensão.

Principais pontos da Portaria MTE 857/15*

FALHA SEGURA Exclusão do termo "falha segura" bem como a necessidade de máquinas serem fabricadas utilizando este princípio. DATA DE CORTE • Pós 24/03/2012: Quando aplicável as máquinas e equipamentos devem possibilitar a instalação do sistema de parada de emergência e torna necessário o "painel de comando" operado em extra baixa tensão, 32 > Plástico Sul >>>

permitindo a utilização de outras medidas para evitar choques elétricos. • Até 24/03/2012: Quando aplicável possibilitar a instalação do sistema de parada de emergência e quando a apreciação de risco indicar a necessidade operar em extra baixa tensão ou outro tipo de proteção de choques elétricos. EXPOSIÇÃO E TRANSPORTE • Permite a comercialização para exportação e exposição para fins históricos de máquinas que não atendam aos requisitos da NR 12. • Permite o transporte de máquinas para fins de adequação, manutenção e descarte. DEVERES DOS TRABALHADORES • Institui deveres aos trabalhadores para que exerçam atividades em prol da Segurança MICRO E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE • Torna desnecessário o Manual para as máquinas fabricadas antes de 20/06/2012 devendo a elas elaborarem uma simples ficha de informação, sem a necessidade de responsável técnico. • Capacitação pode ser ministrada por funcionário capacitado da própria empresa. • Estão isentas de possuir e elaborar inventário de maquinas e equipamentos. (Fonte- ABIPLAST)


Bloco

de Notas

Edilson Deitos é reeleito presidente do Sinplast

O industrial Edilson Deitos, atual presidente do SINPLAST- Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do RS, foi reeleito para comandar a entidade na próxima gestão, de 2015 a 2018. As eleições sindicais para escolha da nova Diretoria, Conselho Fiscal e Delegados junto à FIERGS ocorreram em 02/09 na FIERGS. A única chapa inscrita foi eleita por 100% dos votos válidos. Empresário de Guaporé, Deitos é diretor da Zandei Plásticos e integra a diretoria da FIERGS. A posse ocorrerá no mês de novembro.

Lançada frente parlamentar para máquinas e equipamentos

Há anos sendo objeto de articulação e tentativas de apoio junto às esferas decisórias do país e com o objetivo de atuar fortemente em defesa da indústria de máquinas e equipamentos especificamente, foi lançada em 5 de agosto a Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas e Equipamentos – FPMAQ, na Câmara dos Deputados, em Brasília. De acordo com o presidente da FPMAQ, parlamentar gaúcho Jerônimo Goergen, a Frente Parlamentar, que conta com a adesão de 280 deputados e senadores, tem o intuito de fortalecer um dos segmentos que mais gera emprego no Brasil, cujos bens produzidos geram milhares de empregos diretos e indiretos. “Hoje, a economia brasileira sem o setor de máquinas e equipamentos não tem condições de buscar seu progresso, seu desenvolvimento, seu crescimento. Nós precisamos dar ao setor o suporte político no Congresso Nacional visando à continuidade do progresso e inovação, que é exatamente o objetivo da Frente Parlamentar”, destaca Goergen.

MVC participa da nova série do Fantástico

A MVC, que atua no desenvolvimento de produtos e soluções em plásticos de engenharia e pertence às Empresas Artecola e à Marcopolo, é uma das participantes da ‘Chefe Secreto’, série do programa Fantástico, da TV Globo. ‘Chefe Secreto’ é a adaptação do formato inglês “Undercover Boss” na América Latina. Apresentado por Max Gehringer, o quadro é filmado em empresas em que um importante executivo se disfarça para passar uma semana infiltrado entre os funcionários. O objetivo é ver e saber o que acontece no dia a dia da companhia e, eventualmente, corrigir erros, além de reconhecer e recompensar a dedicação e competência de determinados trabalhadores. Para Gilmar Lima, diretor-geral, a oportunidade de participar do ‘Chefe Secreto’ é uma experiência de vida única e permite a maior integração e melhora o diálogo entre todos os níveis da companhia.

<<< Plástico Sul < 33


Agenda DIVULGAÇÃO

Anunciantes

São Paulo (SP)

Brasfixo / Página 29 Cristal Master / Página 2 Cromex / Página 9 Detectores Brasil / Página 32 Digitrol / Página 33 Feimec | BTS / Página 17 Hotel Super 8 / Página 14 HT Polímeros / Página 11 Inbra / Página 16 Kie / Página 5 Mainard / Página 33 Multi União / Página 18 Nazkom / Página 24 Newsul / Página 33 Orion Matrizes / Página 18 Replas / Página 36 Rosciltec / Página 24 Sinplast-RS / Página 21 Starmach / Página 13 Sultherm / Página 26 Sumitomo | Demag / Página 15 Tecktril / Página 27 UCS / Página 23 Wortex / Página 19 WS / Página 25 Zara / Página 28 Zarzur / Página 25

34 > Plástico Sul >>>

Agende-se para 2015 / 2016 Mercopar 6 a 8 de outubro – 14h às 21h Caxias do Sul – RS www.mercopar.com.br Compocity – A cidade do futuro, hoje 4 a 7 de novembro São Paulo - SP www.almaco.org.br K 2016 A feira nº 1 no mundo em plástico e borracha 19 a 26 de outubro de 2016 Düsseldorf - Alemanha www.k-online.de


<<< Plรกstico Sul < 35


36 > Plรกstico Sul >>>


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.