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Editorial DIVULGAÇÃO
Expediente Março de 2016 - # 173
Conceitual Brasil - Jornalismo Total www.revistaplasticosul.com.br Fone: 51 3085.4569 plasticosul@conceitualpress.com.br
Esperando a chuva passar
Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves DRT/RS nº 12.844 Departamento Comercial: Débora Moreira Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777) Capa: divulgação Plástico Sul é uma publicação da Conceitual Brasil - Jornalismo Total, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 8.000 exemplares.
V
ocê pode escolher. Em dia de temporal há três opções: ficar olhando pela janela aguardando a chuva passar, ir para rua e se deixar molhar ou, enquanto o mundo cai lá fora, aproveitar para varrer a casa, arrumar os armários, organizar a sala e fazer a lista de compras do supermercado. Assim é a crise. Esperá-la passar, apenas contemplando os malefícios da ociosidade não ajudará a terminá-la. Tampouco enfiar o pé na poça adiantará para findá-la. O que resta fazer em tempos difíceis é trabalhar internamente para aparar arestas que, em época de boas vendas, não temos tempo para fazer e nem nos damos conta do que é preciso ser feito. Pensar em práticas que gerem mais eficiência e menor custo. Ajustar equipe, enxugar estrutura. Usar a criatividade para administrar o negócio. Atentar para aqueles clientes pequenos, muitas vezes atendidos na correria do dia a dia e que, nestes momentos, podem nos trazer grande rentabilidade. Quem pensa exatamente desta forma e não fica parado esperando a tempestade passar é o empresariado do plástico em Santa Catarina. Conhecido pelo excelente desempenho em volumes de matérias-primas utilizadas, o estado enfrenta pela primeira vez em sua história o recuo do faturamento nominal do setor. De 1.065 mil toneladas de produtos transformados em 2014, passou para 953 mil em 2015. E espera-se nova retração em 2016. Reclamar de tal resultado com as mãos nos bolsos, enquanto projeta possível retorno de crescimento para 2018? Nem pensar. Os empresários catarinenses são ativos demais para olhar a chuva pela janela. Enquanto o granizo cai lá fora, eles aproveitam para mudar os móveis de lugar, calcular as despesas para concertar as goteiras e já pensam em uma forma de vender a água que cai por elas para subsidiar um novo telhado. Eles não param. Sigamos o exemplo e não nos deixemos levar pelo comodismo e pessimismo. É a hora certa de realizar ajustes para que, quando a crise nos der tchau, estejamos preparados para crescer. E de braços abertos às oportunidades. Boa leitura!
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Melina Gonçalves / Editora melina.goncalves@conceitualpress.com.br 44 > Plástico Sul >>> > Plástico Sul >>>
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PlastVipJosé Paulo Victorio
DIVULGAÇÃO
Uma visão de longo prazo
A
s crises, econômica e política, vivenciadas pelo Brasil na atualidade inibem muitos investimentos no país e fazem com que multinacionais que até então apostavam na região, adiem planos ou mesmo desistam de plantas e escritórios comerciais. Mas quem tem visão ampla e estratégica de seus objetivos não enxerga motivos para alterar a rota. “Turbulências podem ocorrer, mas em longo prazo o Brasil é um país muito viável”, afirma o Presidente da COIM, José Paulo Victorio. Multinacional italiana, a empresa é sediada em Vinhedo (SP), onde fabrica praticamente todas as linhas de produtos que são produzidas na matriz. A COIM opera em todos os países, com uma rede de fábricas, escritórios de vendas e agências. Suas equipes de trabalho dedicam-se a prestar um suporte de qualidade e serviços com a eficiência e flexibilidade necessárias para importantes grupos industriais. Jose Paulo Navarro Victorio Jr. é engenheiro de materiais, formado pela faculdade UFSCAR. Funcionário da COIM desde 2003, ele assumiu a Diretoria Geral da empresa em 2008.Desde 1992 atua no mercado de embalagens flexíveis e passou pela antiga ALCAN Packaging Foods - atual Bemis Company, entre 1992 e 1999 e pela Rohm and Hass – hoje The DOW Chemical, de 1999 até 2003. Conforme Victorio, o Brasil representa entre 12% a 15% dos negócios da Companhia como um todo. Um belo mercado que, mesmo em época de crise, tem previsão de crescimento. Em entrevista exclusiva concedida à Revista Plástico Sul, José Paulo Victorio fala sobre o desempenho da empresa no país, as perspectivas em tempos turbulentos e a importância do setor calçadista para os negócios da empresa. “O grande foco da COIM no momento é o de oferecer soluções para a redução do peso dos calçados na área de moda e segurança”. Revista Plástico Sul - Por favor, um breve histórico da Coim?
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José Paulo Victorio - A COIM é uma empresa multinacional Italiana que, no Brasil, atua há mais de 20 anos com produção local de Poliuretanos para diversas aplicações. Plástico Sul - A Coim atua no mercado desde 1962. Quais foram os principais momento vividos pela empresa no período? Quais seriam os destaques destes mais de 50 anos de atuação? José Paulo Victorio - Um enorme crescimento de faturamento a nível global e a transformação de uma empresa local Italiana em uma grande multinacional com faturamento atual em torno de 1 bilhão de Euros. Plástico Sul - Como se dá a participação da empresa no Brasil? (Histórico e estrutura). José Paulo Victorio - Temos uma planta industrial em Vinhedo, interior de SP,que produz praticamente todas as linhas de produtos que são produzidos na matriz Italiana. Além disso, possuímos uma rede comercial em todo o Brasil e todos os países da América Latina. Plástico Sul - Principais produtos comercializados no país? José Paulo Victorio - PU para calçados, PU para adesivos para embalagens flexíveis, PU para Elastomeros, Poliesterespoliois para espumas flexíveis e rígidas bem como plastificantes poliméricos e resinas alquidicas e isocianatos para fabricação de tintas industriais e mercado moveleiro. Plástico Sul - Quais os últimos investimentos realizados tanto no Brasil quanto em outros países? José Paulo Victorio - No Brasil seguimos investindo em novos reatores para Adesivos, bem como em um complexo sistema Alemão de combate a incêndio, além de um complexo logístico. O total investido nos últimos anos supera a ordem dos 15 milhões de reais.
Plástico Sul - O que representa o país nos negócios da Companhia como um todo? José Paulo Victorio - Aproximadamente 12-15% do total. Plástico Sul - Qual o volume de vendas e/ou produção nacional? Qual o faturamento da empresa em 2015 e projeções para 2016? José Paulo Victorio - Dados confidenciais. Devido à situação da economia brasileira no momento esperamos crescer 2% em relação a 2016. Plástico Sul - Uma breve avaliação sobre o desempenho da empresa no último ano. José Paulo Victorio - Um bom desempenho principalmente em função da exportação representar mais de 40% do nosso faturamento. A desvalorização cambial impulsiona alguns negócios no exterior, antes difíceis de serem concretizados. Plástico Sul - O Brasil vive delicado momento em sua estrutura político-econômica. Como a Coim avalia o atual contexto nacional e de que forma tal fato impactou nos resultados e investimentos da companhia no país? José Paulo Victorio - A visão da COIM para o Brasil é de longo prazo. Turbulências podem ocorrer, mas a longo prazo o Brasil é um pais muito viável. Nos afeta a atual situação já que todos trabalhamos para crescer, porém o Brasil está freado. Plástico Sul - Qual a representatividade da região sul nos negócios da empresa no Brasil? José Paulo Victorio - Em todos os negócios de produção local, a COIM é o numero 1 ou 2 em seus respectivos mercados.
indústria representa para a companhia? José Paulo Victorio - Trata-se de uma importante indústria já que possui um bom volume de vendas. Entretanto, é uma indústria que poderia exportar mais devido aos incentivos cambiais. Plástico Sul - Quais são as matérias-primas destinadas a este setor, quais as principais aplicações e detalhes técnicos? Principais produtos e pesquisas na área? José Paulo Victorio - O grande foco da COIM no momento é o de oferecer soluções para a redução do peso dos calçados na área de moda e segurança. Plástico Sul - Quais as tendências em aplicações observadas pela companhia? José Paulo Victorio - Maior leveza e busca por menores densidades do calçado final. Plástico Sul - Dentro desta indústria, qual o segmento que mais se desenvolveu nos últimos anos? José Paulo Victorio - Calçados de segurança. Plástico Sul - Como avalia este mercado em 2015 e perspectivas para 2016? José Paulo Victorio - Estável, sem grande crescimento. Plástico Sul - Quais são os outros setores importantes para a COIM e os principais produtos da empresa destinados a estas indústrias? José Paulo Victorio - A COIM focará grandemente no segmento de tintas para aplicações industriais. Este é um segmento que ainda poderá nos trazer grandes realizações.
Plástico Sul - Qual a participação da indústria calçadista nos resultados da COIM? O que esta
Sistemas de PU como diferencial em sola única ou dupla A Coim destaca-se na área calçadista através dos sistemas de PU para solas. O solado feito com sistema PU tem como vantagens: leveza, conforto, durabilidade, flexibilidade, alta absorção de impacto, isolamento térmico e elétrico e é resistente a óleos e solventes. O grande foco da COIM no momento é o de oferecer soluções para a redução do peso dos calçados na área de moda e segurança. Além disso também comercializa os Pré-polímeros e polióis de poliéster para sistemas de poliuretano microcelular; geralmente bicomponentes. Exter é o nome comercial para poliol, Urecom é o nome comercial para o pré-polímero isociânato. Urecom + Exter = Urexter. Os sistemas de PU Urexter são para sola única ou dupla de
sapatos de segurança e botas de produção. Conforme informações da empresa, os sapatos de segurança de Poliuretano são para uso ideal em ambientes de trabalho onde óleos e solventes são usados com resistência excepcional de abrasão, grande amortecimento e durabilidade para proteger os pés. Os Sistemas de PU Urexter também se adaptam em solas única ou dupla para sapatos de moda e sapatos esportivos. A empresa ressalta que os sapatos de PU devem ser confortáveis, duradouros e adequados a qualquer finalidade. Os Poliuretanos permitem aos designers atenderem a todos esses objetivos. “Poliuretanos leves, mas altamente resistentes à abrasão são perfeitos para solas de sapatos duradouros, com propriedades mecânicas excelentes de longo prazo”, informa a Coim. <<< Plástico Sul < 7
DestaqueIndústria Calçadista
Uma questão de foco Criar condições competitivas atualmente é um grande desafio. Para a indústria calçadista, importante consumidora de matérias plásticos em diversas partes, tudo é uma questão de determinação, estratégia e muito trabalho
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o total produzido de calçados no Brasil cerca de 860 milhões de pares em 2015 - 57% são feitos de plástico e borracha, incluindo chinelos, e 15% são de laminados sintéticos, conforme dados da Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados). Já na área de componentes, existem 3.049 empresas brasileiras, sendo que as empresas que fornecem componentes de plástico (considerando laminados sintéticos, tecidos impregnados de plástico e saltos de plástico) exportam cerca de US$ 48 milhões por ano, o que representa 5% do total de componentes, segundo o Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio (MDIC). Os números traduzem a importância do setor plástico para a indústria calçadista, que busca cada vez mais o material para fabricação de pares. “Considerando os materiais sintéticos na fabricação de calçados, destacam-se como benefícios o melhor aproveitamento, flexibilidade e multiplicidade”, afirma o presidente da Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), Milton Killing, empossado recentemente em Novo Hamburgo (RS). O material plástico também oferece uma grande variedade de acabamentos como metalização a vácuo, com pinturas lisas, fundo/efeito escovado, sublimação, tampografia e outros. Dentro das resinas mais consumidas pela indústria calçadista está o PVC (policloreto de vinila), com participação de 55,8% somente em monocomponentes. Para Killing trata-se de um material de fácil processamento, com custo relativamente baixo e com boas propriedades de adesão e de resistência à abrasão. Hoje é utilizado até em solados de tênis e chuteiras. O Poliuretano (PU), com participação de 14,4% nos solados, é um material versátil e disponível sob várias formas, sendo empregado em solas e entresolas, por ser durável, flexível e leve.
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Outros materiais que ganham destaque nos levantamentos da Assintecal são o Poliestireno, utilizado na produção de saltos pelo baixo custo e alta resistência ao impacto; o ABS, também aplicado especificamente para fabricação de saltos; e o TR (borracha termoplástica), utilizado na produção de solas e saltos baixos devido a boa aderência ao solo, entretanto pouco resistente às intempéries e aos produtos químicos, como solventes. O campeão em aplicações nesta indústria é o EVA (copolímero de etileno e acetato de vinila). Trata-se de um dos materiais mais utilizados no Brasil em diversas partes do calçado, sobretudo no solado, por ser o material mais leve e macio para este fim. No setor de componentes em geral, incluindo as empresas fabricantes de plásticos para calçados, o grande trabalho e objetivo é o de buscar mais competitividade. Para o presidente da Assintecal, o setor esfriou seu desenvolvimento por conta da crise econômica, mas não está parado. Killing afirma que é preciso voltar a criar condições para o desenvolvimento e colocar o produto em alto patamar de competitividade mundial para enfrentar condições desfavoráveis e seguir em frente. “E eu não creio que seja difícil. É um desafio interessante. Mas precisamos tirar todo o pessimismo da frente. Existem bons exemplos para observar e mostrar que nada é impossível. É uma questão de foco”, diz. O dirigente complemente que é preciso sempre pensar no trabalho em grupo, pois isso que é a força de um setor. “Temos que agregar aos empresários que querem mudanças e dar continuidade no crescimento da indústria de componentes e materiais para a moda. Os demais virão atrás usando esses exemplos”, salienta.
Exportações de calçados
Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), elaborados pela
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DestaqueIndústria Calçadista RS líder no ranking
O maior exportador de calçados do Brasil segue sendo o Rio Grande do Sul. Entre janeiro e março, os gaúchos exportaram 6,46 milhões de pares por US$ 96,4 milhões, aumento tanto em receita gerada (de 9,5%) quanto em volume exportado (44%) em relação a igual período do ano passado. No segundo posto, o Ceará embarcou 12 milhões de pares por US$ 62 milhões, quedas de 11,2% em volume e 9,1% em receita ante igual período de 2015. Com queda de 12% na receita gerada pelos embarques, São Paulo aparece no terceiro posto entre os exportadores. No trimestre, os paulistas embarcaram 2,55 milhões de pares por US$ 26,82 milhões. Em pares, porém, o registro foi positivo em 29%.
Principal destino: EUA
Klein, da Abicalçados, destaca que há recuperação gradual de desempenho
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Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), apontam que, em março, os calçadistas exportaram 10,56 milhões de pares que geraram US$ 79,77 milhões, 12,5% menos do que no mesmo mês de 2015 (US$ 91,14 milhões). Em pares, porém, a queda foi menor, de 2,3% frente aos 10,8 milhões de pares exportados em março de 2015. Com a performance, os calçadistas chegam ao trimestre acumulando o embarque de 31,84 milhões de pares por US$ 226,75 milhões, queda de 6,1% ante mesmo período do ano passado (US$ 241,56 milhões). Já no registro por volume houve estabilidade, com leve incremento de 0,5% ante igual ínterim de 2015. O presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein, ressalta que, mesmo caindo no comparativo com igual período do ano passado, a receita gerada vem registrando aumentos mês a mês. Em janeiro a receita foi de US$ 69,33 milhões e em fevereiro de US$ 77,65 milhões. “Existe uma recuperação gradual, mas ainda está muito aquém do esperado para o período”, comenta, no entanto não refuta a perspectiva positiva para o restante do ano. Para o executivo, a oscilação cambial e a instabilidade política e econômica pela qual passa o país vêm gerando insegurança no mercado internacional. “Em poucos meses passamos de uma cotação de mais de R$ 4 para R$ 3,50 por dólar. A insegurança gerada é muito grande. Os importadores esperam o melhor momento para fechar negócios, o que acaba atrasando ou até inviabilizando embarques”, aponta. Por outro lado, o fato de haver uma estabilidade no volume é visto como positivo pelo executivo. “Não perdemos mercado e o dólar mais elevado, apesar de instável, vem possibilitando uma formação de preço mais competitivo”, explica Klein.
Principal destino do calçado brasileiro desde a década de 1970, quando iniciaram as exportações de calçados, os Estados Unidos vinham perdendo espaço nos últimos anos. No entanto, o trimestre demonstrou uma reação importante daquele mercado. No primeiro trimestre foram embarcados 3,76 milhões de pares por US$ 49,53 milhões, aumento tanto em receita (19,2%) quanto em volume (19%) na relação com o mesmo período do ano passado. O segundo destino do trimestre foi a França. Nos três primeiros meses de 2016, os franceses compraram 4 milhões de pares verde-amarelos, pelos quais foram pagos US$ 17,66 milhões, incrementos de 4,3% e 4,7%, respectivamente, frente ao mesmo período de 2015. A Argentina, destino que havia perdido força nos últimos anos devido à política protecionista adotada pelo governo de Cristina Kirchner, segue em recuperação. No trimestre, os argentinos consumiram 1,4 milhão de pares brasileiros por US$ 17,43 milhões, crescimento de 72,4% em pares e 27,5% em receita na relação com igual ínterim do ano passado. “O mercado argentino vem surpreendendo positivamente, com uma recuperação robusta, mesmo com a desvalorização da moeda local”, comenta Klein, ressaltando que a Argentina é um dos melhores cases de sucesso de inserção de marca própria brasileira no mercado internacional.
Importações
A valorização do dólar também tem impactado nas importações de calçados. No trimestre, entraram no Brasil 8,17 milhões de pares por US$ 101 milhões, quedas de 27,6% em volume e 35,5% em valores na relação com igual período de 2015. No recorte de março a queda foi ainda maior. No mês passado, foram importados 2,35 milhões de pares por US$ 30,3 milhões, quedas de 47,2% em pares e 46% em dólares na relação com o mesmo mês do ano passado. As principais origens das importações do trimestre foram Vietnã (3 milhões de pares importados
por US$ 54,16 milhões, queda de 36,3%); Indonésia (1,23 milhão de pares por US$ 22 milhões, queda de 38,5%) e China (3,33 milhões de pares por US$ 13,13 milhões, queda de 29,5%).
Mercados-Alvo
Os calçadistas associados ao Brazilian Footwear, programa desenvolvido pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), decidiram os seis países que serão mercados-alvo para o biênio 2017/2018: França, Reino Unido, Estados Unidos, Colômbia, China/Hong Kong e Emirados Árabes Unidos. O economista e consultor da Abicalçados, Marcos Lélis, destacou os resultados relevantes alcançados pelo Brazilian Footwear mesmo em meio a um período de dificuldades no mercado internacional. Em 2015, ao passo em que as exportações totais de calçados caíram 10% (de US$ 1,067 bilhão para US$ 960,4 milhões), o recorte das empresas apoiadas pelo programa, e que representam quase 85% do total de embarques, apontou para uma queda de 6% (de US$ 802,2 milhões para US$ 753,76 milhões). Os Estados Unidos foram acolhidos por unanimidade para o próximo convênio. O maior importador
de calçados do mundo, que importou mais de US$ 25 bilhões em 2015, é o principal destino do calçado brasileiro desde a década de 70, quando se iniciaram as exportações nacionais do produto para aquele país. No primeiro trimestre de 2016, os norte-americanos importaram quase US$ 50 milhões em calçados verde-amarelos, resultado quase 20% superior ao registro do mesmo período de 2015. “Depois de uma retração por questões econômicas e também por causa da desvalorização do dólar, o País volta a aparecer como o mais promissor para o incremento das exportações de calçados no próximo biênio”, avalia a gestora de Projetos da Abicalçados, Roberta Ramos. Segundo levantamento do economista, alguns países, especialmente os dependentes do petróleo, estão com dificuldades para o pagamento de divisas aos importadores. Ainda assim, segundo ele, é importante manter um mercado no Oriente Médio. Neste contexto, os calçadistas escolheram seguir com os Emirados Árabes Unidos, tanto pelo trabalho iniciado no convênio atual, como pelo potencial de crescimento que representa. Segundo Lélis, o País é, de longe, o maior importador de calçados do continente, tendo importado US$ 2,7 bilhões em calçados em 2014 (quase 50% do total do continente). Além dis-
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DestaqueIndústria Calçadista so, destacou o economista, o país consome calçados de alto valor agregado, de um preço médio de US$ 69/par. No primeiro trimestre de 2016, os Emirados Árabes Unidos compraram US$ 5 milhões em calçados brasileiros, 25% menos do que no mesmo período de 2015. Por outro lado, segundo Lélis, existe grande espaço de crescimento, já que o Brasil responde por menos de 1% do total importado por aquele país. Na América do Sul, a decisão foi pela manutenção da Colômbia entre os mercados-alvo para o próximo biênio. “Nosso trabalho é muito consistente na Colômbia, temos fornecedores qualificados e um posicionamento de marca importante”, aponta Roberta, ressaltando que, no entanto, existe muito espaço para crescimento. Em 2014, último dado disponível, os colombianos importaram mais de US$ 467 milhões em calçados, mais de 10% deles do Brasil (US$ 48 milhões). No primeiro trimestre de 2016, os calçadistas brasileiros exportaram o equivalente a US$ 8,6 milhões para a Colômbia, 6,8% menos do que no mesmo período do ano passado. A China/Hong Kong, apesar das dificuldades logísticas, foi reeleita como mercado-alvo para o próximo convênio. O maior consumidor de calçados do mundo, com mais de 3 bilhões consumidos anualmente, é um potencial mercado para o calçado brasileiro. Grande produtor de calçados, o país asiático importa produtos de maior valor agregado, mais qualificados do que o produzido localmente. Em 2014, foram importados quase US$ 7 bilhões em calçados (quase 70% de couro), sendo apenas US$ 21,5 milhões brasileiros. No primeiro trimestre do ano, foram embarcados para
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China/Hong Kong US$ 2,8 milhões em calçados verde-amarelos, 20% menos do que no mesmo ínterim de 2015. Já a expectativa, com a valorização do dólar, é de incremento significativo para o próximo período. As novidades para o convênio 2017/2018 do Brazilian Footwear são França e Reino Unido. O primeiro país, que vem se destacando no rol de destinos do calçado brasileiro nos últimos anos, aumentou suas importações totais em 6,4% entre 2010 e 2014, alcançando a cifra de mais de US$ 7,4 bilhões em calçados de outros países. No primeiro trimestre, o segundo principal destino dos calçados verde-amarelos - tendo ultrapassado a Argentina – consumiu quase US$ 18 milhões em calçados brasileiros, 4,7% mais do que no mesmo período de 2015. A outra novidade é o Reino Unido, que durante muitos anos foi o segundo destino do produto brasileiro, mas que havia perdido força nos anos recentes. O conjunto de países chamou a atenção do Brazilian Footwerar pela pujança do crescimento econômico alcançado e também pelo incremento nas importações de calçados, chegando a mais de US$ 7 bilhões em 2014 (crescimento médio de 4,5% desde 2010). No primeiro trimestre, foram enviados para o Reino Unido o equivalente a US$ 7 milhões em calçados verde-amarelos, quase 12% mais do que no mesmo período do ano passado.
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om um cenário favorável para a exportação, a 40ª Fimec encerrou a edição 2016 recebendo cerca de 35 mil visitantes qualificados e focados na busca de novidades para o setor, especialmente no que se refere à inovação e otimização de processos e resultados, foram vistos nos corredores dos pavilhões da Fenac durante os três dias de evento, 15, 16 e 17 de março. Dentre os visitantes estrangeiros, os países mais representativos foram Argentina, Colômbia, Equador, Peru, México, Itália, Alemanha e EUA. No último dia, quinta-feira, 17, a organização recebeu jornalistas para um almoço, seguido de Coletiva de Imprensa, com a presença de representantes da Assintecal, ACI NH-Estância Velha e CB, ABQTIC, CICB, Abrameq, AICSul, IBTeC, SICOOB Ecocredi e Fenac. Um panorama geral do que foi apresentado durante os três dias de evento foi divulgado, e as perspectivas se mostram positivas e otimistas em relação aos negócios prospectados e gerados através da Fimec. Para o diretor-presidente da Fenac, Elivir Desiam, a Fimec fomenta a cultura da inovação e promove relações comerciais importantes para a indústria brasileiro. “É um evento extremamente importante para o setor, já que reunimos um público qualificado e com poder de decisão, pronto para encontrar novos fornecedores e fechar negócios. E tivemos, nesta Fimec a presença forte de visitantes internacionais, o que ajuda o mercado brasileiro a crescer na exportação”, comentou o diretor-presidente. Luis Paulo Coelho, da Coelho Assessoria Empresarial, também comemorou o sucesso da Fimec, em especial da Fábrica Conceito, idealizada por ele, pela Fenac e pelo IBTeC (Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçados e Artefatos). “Tivemos uma visitação muito grande, superior aos outros anos. Além disso, as indústrias se interessaram ainda mais em fazer parte da Fábrica, que é uma produção de calçados em tempo real”, analisou. Para Ilse Biason, superintendente da Assintecal, o evento gerou muitas oportunidades. “Só o Projeto Comprador teve 3 mi-
lhões de dólares gerados através de seus negócios”, afirmou Biason que ainda reforçou o contentamento dos visitantes com o novo horário da Fimec.
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Fimec encerrou com boas perspectivas para exportação no setor Inovações tecnológicas que auxiliam o aumento da produtividade
Os corredores da Fimec estiveram repletos de expositores com produtos inovadores e pensados nas necessidades dos clientes. A Master é uma dessas empresas preocupadas em atender uma demanda do mercado que busca por tecnologia. Segundo o diretor comercial da empresa, Neori Paim, um dos lançamentos que mais se destaca é o Transportador Motorizado, desenvolvido para automatizar as linhas de montagem de calçados. E na Fimec, ele buscou contatos com estrangeiros a fim de focar na exportação. “Nosso foco está em exportar nosso produto para a América Latina com a ideia de tornar mais automatizadas as linhas de montagem de calçados”, comentou o diretor que afirma que a máquina otimiza processos e aumenta a produtividade. Neori ainda falou sobre a importância de estar presente na Fimec, uma feira que tem tudo e que gera grande visibilidade ao produto do expositor. “Estamos surpresos positivamente. Pois meio ao momento da economia ainda conseguimos concretizar vários negócios e encaminhar outros”, finalizou. Quem visita a Fimec, encontra novidades não só em máquinas, mas também em componentes. Pietra Strassburger é designer da Aniger, empresa detentora diversas marcas calçadistas. A jovem veio até o evento para conferir as novidades dos fornecedores e encontrar produtos diversificados. “Viemos todos os anos. Estamos buscando novos fornecedores e novidades em termos de produto. Achamos muito relevante que os expositores tragam coisas diferentes. É isso que estamos procurando”, comentou.
Desiam, Presidente da Fenac:"Fimec fomenta a inovação"
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EspecialSanta Catarina
Hora de fazer ajustes
S
anta Catarina sempre foi um estado que se destaca entre outras regiões do país. Segundo lugar no ranking nacional de transformação de plásticos, sua cultura de diversificação de transformados plásticos e sua tradição em produtos como tubos e conexões, sempre conferiam ao estado números robustos e boas expectativas de crescimento. Mas o Brasil passa por uma crise que freou todas as perspectivas interessantes da indústria e o setor plástico catarinense não ficou de fora. Foi puxado pelo tsunami e agora tenta segurar o leme com força para não perder o rumo do crescimento. Em meio a tal contexto, os experientes empresários da região não ficam parados esperando a onda passar. Aproveitam a oportunidade para fazer importantes ajustes, criar novas estratégias e enxergar na crise uma nova chance de crescimento, nem que seja no futuro. “O Brasil está passando por uma crise sem precedentes, com uma consequência bastante perversa de redução de PIB e falta de uma visão clara de futuro. Temos que atravessar esta tempestade, com mão firme no timão, mas ajustando sempre o rumo para se adaptar a novas realidades que se apresentam a cada dia”, alerta o presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico de Santa Catarina (Simpesc), Albano Schmidt. Para o dirigente, é preciso neste momento estar muito atento aos aspectos financeiros dos negócios, principalmente capital de giro e endividamento, pois numa economia em recessão, inflação em alta e aperto monetário, estes fatores tornam-se bastante críticos. “2016 será um ano de muitos ajustes,
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as empresas devem aproveitar o momento para atentarem para todos os aspectos que possam trazer mais eficiência e menores custos aos seus negócios”. Schmidt chama atenção para detalhes que antes da crise não eram valorizados. “Também se faz necessário atentar para aspectos que antes não dávamos muita atenção, como pequenos clientes (importantíssimos num processo de desconcentração e diversificação), ajustes de estrutura (sempre difíceis, mas que nesse momento pode significar a sobrevivência da empresa), e aos seus colaboradores”. Ele ressalta que num momento de crise, o contato constante, com transparência e confiança, pode fazer toda a diferença na superação das dificuldades. “Uma equipe coesa, unida por um propósito maior e motivada, quando desafiada traz resultados surpreendentes”, destaca.
Desempenho
O desempenho da indústria de transformação de plásticos de Santa Catarina em 2015 não foi diferente dos outros estados do Brasil. Estima-se uma queda de 5% no faturamento nominal. É o primeiro ano em que se observa recuo no faturamento deste setor no Estado. O nível operacional médio desta indústria caiu para 65,7%,indicador que não para de cair desde o último ano. O número de empregados também recuou, cerca de 4%, fechando o ano com aproximadamente 31,6 mil empregados. Dados do Simpesc apontam que em 2014 as 964 empresas do setor no estado produziram 1.065 mil toneladas de produtos transformados e faturaram juntas R$14,5 bilhões.
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Já em 2015 houve retração para 953 mil toneladas, apresentando faturamento de R$13,7 bilhões. “Esse ano deveremos ter uma nova retração em relação ao ano passado. O mercado está muito recessivo em quase todos os segmentos de atuação da indústria de transformação de plásticos”, adverte o presidente da entidade.
Destaques na transformação
A região de Santa Catarina é conhecida pela pulverização na transformação de material plástico. Schmidt explica que a indústria é bastante diversificada: embalagens de alimentos e bebidas, eletroeletrônicos, produtos para construção civil, peças técnicas, brinquedos, utensílios domésticos e descartáveis, entre outros. “Todos são relevantes em nível nacional”, destaca. Entretanto, há setores que apresentam queda de desempenho. Neste grupo encontram-se os segmentos relacionados a bens duráveis, como peças técnicas, e produtos para construção civil. “Mas o mercado está desafiador para todos”, revela o dirigente. Já o PVC continua sendo a principal matéria-prima transformada no Estado. A entidade estima que cerca de 30% do total consumido em Santa Catarina seja PVC. “Temos aqui os líderes nacionais em tubos e conexões, produtos para construção em geral”, lembra.
Sacolas Plásticas
Santa Catarina é conhecida como destaque na produção de sacolas plásticas. Neste sentido, o estado vem perdendo espaço com a polêmica sobre a utilização destas embalagens. “Esse mercado tem sofrido com a disseminação de uma cultura equivocada, fruto de um debate superficial a respeito do uso dos plásticos na vida cotidiana. Cremos que as sacolas, assim como os demais produtos transformados plásticos são os mais eficientes do ponto de vista do consumo de energia e do custo para serem produzidos, e também de sua resistência para acondicionamento e transporte de alimentos e produtos
de consumo”, destaca Schmidt. O presidente do Simpesc explica que isso se reflete em uma pegada de carbono menos agressiva que outros materiais, como papel, papelão, vidro e metais. Para ele a falta de informação da população no que se refere ao descarte e à reciclagem é o que afeta essa imagem como solução e transformando os fabricantes das sacolas plásticas em parte do problema. “Temos, como associação, aliados à outras entidades, o dever de lutar para disseminar as informações corretas e aproveitar qualquer oportunidade para evitar que informações equivocadas se disseminem” desabafa.
Santa Catarina tem tradição na produção de sacolas e sente o impacto da polêmica envolvendo o material
Ferramentarias como ponto forte
O Brasil conta com cerca de 2.000 ferramentarias de mercado e 3.000 ferramentarias cativas (que não atuam no mercado aberto, atendendo somente a empre-
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EspecialSanta Catarina
Para Dihlmann, da Abinfer, região tem grande relevância nacional em ferramentais
sa mãe). Estes dados englobam todos os tipos de ferramentarias, fabricantes de ferramentais para transformação de polímeros, elastômeros, vidros, metálicos e não-ferrosos. Conforme o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais, Christian Dihlmann, geograficamente, os três maiores adensamentos estão nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, cabendo uma proporção aproximada de 50% para SP, 20% para os estados gaúcho e catarinense e os 10% restantes distribuídos principalmente nos estados no Paraná e em Minas Gerais. Há ainda algumas ferramentarias em outros estados da Federação. “Portanto, Santa Catarina tem grande relevância nacional na produção de ferramentais para transformação de plásticos, principalmente porque a maior concentração de ferramentarias está situada na região norte, com destaque para a cidade de Joinville”, salienta o dirigente. Dihlmann acrescenta que essa cidade é um grande polo de transformação de plásticos com, por exemplo, a maior transformação de produtos em PVC do Brasil. “Também o número de empresas pode ser destacado, refletindo cerca de 4 centenas de ferramentarias, de pequeno e médio porte, variando de 4 a 30 funcionários”, afirma. Para ele, a especialização no atendimento às 16 > Plástico Sul >>>
empresas transformadoras locais habilitou o fornecimento também para outros centros produtores de componentes plásticos, com destaque para o estado de São Paulo. Historicamente, a indústria automotiva demanda um grande volume de ferramentais. Outros grandes setores consumidores são o de embalagens e de eletroeletrônicos. Mas o dirigente alerta que neste momento, o primeiro tem se aproveitado, ainda que timidamente, do Programa Inovar-Auto, gerando maior produção nacional. Já os outros tem optado pela importação.
Vantagens de SC
Para Dihlmann, há inúmeras vantagens em ter uma empresa de ferramentarias em solo catarinense. “O polo da região norte de SC é adequadamente atendido por todo o rol de fornecedores de insumos, que incluem aços, componentes e acessórios”, destaca. Também no atendimento à serviços a região está bem posicionada, salienta o dirigente, com boas escolas de nível técnico e superior, escritórios de projeto, empresas de tratamento térmico e superficial, fornecedores de usinagem e de teste de validação dos moldes (tryout), considerável infraestrutura de atendimento aos clientes (aeroporto, portos, hotéis e restaurantes), serviços especializados de transporte de moldes, e ambientes para eventos empresariais. A infraestrutura também é um ponto positivo. “A logística é facilitada em função do tamanho das cidades”, explica o
dirigente acrescentando que, aliado a essas características, a região tem grandes empresas consumidoras de moldes nas áreas de construção civil, fundidos, automobilística e eletroeletrônicos.
Euromold Brasil
Entre os dias 16 e 19 de agosto de 2016 acontece em Joinville (SC) o maior evento da América Latina destinado ao setor de moldes e ferramentarias. A 3ª edição da Euromold Brasil, ocorre em paralelo à Interterplast, e trata do ciclo de desenvolvimento de produtos tendo como slogan “do design ao ferramental”. Em tempos de crise sempre há uma dúvida em relação a investimentos em eventos no geral, o que segundo Dihlmann é um equívoco que precisa ser revertido. “Há uma falha, por parte do empresariado, no entendimento da importância da divulgação das empresas em meios de comunicação e eventos. A grande maioria entende que a participação como expositor em feiras é uma despesa, quando em verdade é um investimento. Tão importante quanto adquirir um novo equipamento ou capacitar a equipe de trabalho”, sinaliza o presidente da Abinfer. Ele explica que de nada adianta ter a melhor ferramentaria do mundo se não chegarem os pedidos. De uma forma ou de outra, há necessidade de buscar
o cliente. “Em uma exposição, vários clientes vêm até a empresa. Na garimpagem isolada, a empresa precisa ir até diversos clientes. Essa mesma falsa percepção de despesas é quanto a participação do empresário ou de sua equipe como visitantes”, diz. Dihlmann ressalta que o relacionamento gerado em uma feira é imenso e as oportunidades de aprendizado impagáveis. “É preciso pensar diferente. Portanto, entendo que não há crise ou tempo ruim. A presença em eventos, sejam palestras, seminários ou feiras é fundamental sempre, em tempos de Oceano Azul ou de Tempestade no Deserto”, considera o dirigente alertando que espeficicamente em tempos mais difíceis, os ganhos podem advir da prospecção de novos mercados, novas soluções técnicas ou gerenciais, melhores práticas, e uma infinidade de outras oportunidades (ali reunidos em um único ambiente).
Tigre: 75 anos
Santa Catarina tem uma importância muito grande para a Tigre, já que sua história começou em Joinville, em 1941, quando o empreendedor João Hansen Junior adquiriu o controle de uma pequena fábrica de pentes. Já nos anos 50 foi iniciada a produção de tubos e conexões de PVC para instalações hidráulicas, algo muito ousado para a época.
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EspecialSanta Catarina
Ferreira, da Tigre, afirma que investimentos até 2020 serão de R$600 milhões
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“Até hoje mantemos nosso Centro Administrativo e uma de nossas plantas, com Centro de Desenvolvimento de Moldes e Laboratório de Testes, Pesquisa e Desenvolvimento, na cidade”, diz o diretor executivo de Marketing, Vendas e Inovação, Luis Roberto Wenzel Ferreira. Em um salto de 75 anos para o futuro, a Tigre hoje tornou-se uma grande empresa com ousados aportes fora do país. Em 2015 inaugurou uma nova fábrica no Peru com investimento superior a US$ 30 milhões. A unidade localizada no distrito de Lurin, a 32 quilômetros da capital Lima, é mais moderna fábrica da Tigre fora do Brasil. “Além disso, pretendemos investir R$ 600 milhões em capacidade produtiva, renovação tecnológica e melhorias nas unidades fabris, inovação e marketing até 2020, nos negócios atuais”, adianta Ferreira. Mesmo com uma forte retração nos setores de construção civil e infraestrutura, a Tigre tem conseguido manter o desempenho estável, com um faturamento praticamente igual ao do ano anterior.
O executivo explica que a indústria de autoconstrução ainda mantém certa estabilidade. Já os setores de infraestrutura e construção tiveram uma queda significativa no último ano. “A área de irrigação ainda apresenta crescimento, por causa da boa performance da agroindústria”, explica o diretor de marketing. Em tempos difíceis, Ferreira enfatiza o esforço realizado pela Tigre para a atuação lado a lado dos clientes, ajudando-os a fortalecer sua gestão, com iniciativas de apoio às vendas, assistência técnica, promoções conjuntas, capacitação e outras que visam ampliar os negócios. Além de colaborar para o fortalecimento do setor plástico no estado catarinense, a Tigre também atua junto à comunidade da região. O Instituto Carlos Roberto Hansen (ICRH), braço social do Grupo Tigre, desenvolve diversas ações, principalmente ligadas às áreas de educação, cultura, saúde e esporte nas cidades ontem mantém unidades fabris. Em Joinville, um dos projetos é o “Jovens de Atitude”, implantado em 19 escolas municipais e que visa promoção da saúde, com prevenção ao uso de álcool, tabaco e outras drogas. Contando a atuação em todos os estados, em 2015 o ICRH bateu recorde de beneficiados com seus projetos, atingindo 560 mil crianças e adolescentes
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– número 18% superior ao de 2014. “Em 12 anos, investimos R$ 41 milhões e beneficiamos 2,5 milhões de jovens”, finaliza Ferreura.
Mexichem: período desafiador
A Mexichem Brasil, detentora de um amplo portfólio de tubos, conexões e acessórios em PVC, enxerga no estado de Santa Catarina lugar estratégico para a companhia ao representar duas unidades localizadas no município de Joinville. O presidente da empresa, Mauricio Harger, revela que além de ser responsável pela geração de 1.200 empregos na região, fato que impulsiona a economia local, ambas as plantas produzem o que há de mais inovador no portfólio da Amanco. “Além disso, é um polo de ferramentarias de moldes importante para conexões e acessórios, assim como mão de obra especializada para operação e manutenção nestas áreas”, ressalta Harger. Desde 2014, a companhia mantém o plano de investimento de US$ 100 milhões previsto para três anos. Esse montante contempla o aumento de capacidade produtiva de linhas de produtos já existentes e de novas linhas, nos três segmentos de atuação da marca. “Diante do cenário econômico de 2015, a Mexichem Brasil apostou nas inovações”, diz o presidente arriscando uma solução para driblar a crise. Além de novidades desenvolvidas nos segmentos de infraestrutura e predial, Harger destaca que há novos setores de negócios que serão implementados em 2016 em tubulações para os setores químico, farmacêutico e de mineração. O Grupo também apresentará soluções em plástico trazendo menores custos totais de instalação e manutenção somados a vida útil superior. O último ano foi bastante desafiador como um todo e não apenas para setores específicos. A forte retração registrada na indústria da construção civil, por exemplo, influenciou os negócios do Grupo. “O Brasil
registrou queda de 12,6% neste setor, de acordo com os dados da Abramat. Este é o pior resultado nos últimos 12 anos”, aponta o presidente da Mexichem Brasil. Harger explica que a queda de importantes setores, causou impacto direto nos resultados da companhia. A aposta para reverter a situação é o saneamento básico. “Acreditamos que esta área é uma das que podem evoluir muito. Com a atual crise de doenças transmissíveis pelos Aedes Aegypti, acreditamos que será feito esforço para sanar o alto índice de contaminação. Além disso, há muito o que ser feito em saneamento no âmbito nacional”, enfatiza.
Harger, presidente da Mexichem Brasil: Santa Catarina é lugar estratégico para a empresa
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EspecialSanta Catarina
Interplast 2016: Injeção de ânimo no setor
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e 16 a 19 de agosto, Joinville será pano de fundo de uma das principais feiras direcionadas a indústria do plástico da América Latina. A 9ª edição da Feira e Congresso de Integração da Tecnologia do Plástico surge como uma oportunidade de salvar o ano de 2016 do vermelho, fomentado negócios e construindo sólidos relacionamentos entre fornecedor e transformador. A edição de 2014 contou com 550 expositores distribuídos numa área de 21 mil m2. Passaram pelos quatro dias de feira 30 mil visitantes de 22 estados brasileiros e 19 países. Richard Spirandelli, diretor da Messe Brasil, organizadora do evento, falou com a Revista Plástico Sul sobre o assunto.
Revista Plástico Sul - Neste ano acontece mais uma edição da Interplast. Quais são as expectativas? Richard Spirandelli - A Interplast será o principal evento do setor plástico no ano na América Latina. Em sua 9ª edição e realizada bianualmente, ela é a principal ferramenta de negócios para a cadeia do plástico. Do ponto de vista dos expositores, a feira permite visibilidade de produtos e serviço para uma região amplamente industrializada, que contempla em um raio de 200 km da cidade da feira segmentos produtivos da linha automotiva, linha branca, utensílios domésticos, engenharia, etc. Toda esta cadeia de fornecimento para estes setores são visitantes da feira, dos técnicos aos empresários. Além disso, destaca-se ainda a situação do estado de SC que é um dos estados que mais transforma plástico no Brasil, ficando atrás apenas de SP, devido ao setor de indústrias que fornecer para a construção civil. Do ponto de vista dos visitantes, a feira concentra os principais players do setor apresentando tecnologias que são lançamentos mundiais e que agregam tecnologias para otimização de processos, energia, e automatização, assim como soluções para amenizar o impacto dos plásticos ao meio ambiente. Plástico Sul - Dentro do contexto macro econômico, quais os desafios desta edição em especial? Spirandelli - Os desafios desta edição são os mesmos enfrentados pela ampla maioria das empresas no momento atual. Precisamos ter criatividade para atrair os compradores chaves, precisamos ainda criar uma grade de congresso que atenda às demandas das empresa no atual momento econômico. Plástico Sul - Qual a importância de uma feira neste momento vivido pelo país? Spirandelli - A feira, o Congresso e a Rodada de Negócios permitem um injeção de ânimo ao setor. Na feira as empresas expositoras terão oportunidades de dialogar e convencer seus clientes em potencial pessoalmente. O 20 > Plástico Sul >>>
contato pessoal, o diálogo, a busca por melhores negociações estão mais do que nunca em pauta pelos compradores onde o poder da negociação está na mão dos compradores. A feira é a oportunidade de comparar lado a lado os produtos e propostas. Do ponto de vista do Expositor será a única oportunidade de expor para o grande público, de forma direta. Não é momento de se retrair e deixar de aparecer. É hora de mostrar os potenciais da empresa, quem não é visto não é lembrado. Reassalto ainda que em uma eventual retomada, mesmo que seja lenta, as empresas que saírem a frente serão beneficiadas. Valiosas oportunidades de negócios no futuro dependem de ações imediatas. E participar de feiras é uma delas. Plástico Sul - Qual a importância da localização geográfica da Interplast? Estar sediada em Joinville tem benefícios? Quais? Spirandelli - SC tem cerca 1000 indústrias de transformação de plástico, somando mais de 32 mil empregados diretos nas fábricas. No sul do estado destaco os descartáveis, no oeste as embalagens que atendem a agroindústria e no norte as peças técnicas e para construção civil. Plástico Sul - Ao mesmo tempo qual a importância da Interplast para a cidade? Spirandelli - Ao receber a INTERPLAST, Joinville se transforma na capital nacional do plástico e isto traz 2 consequências imediatas: gira a roda do turismo na região onde a via gastronômica, os hotéis e o turismo industrial ganham mais visitantes. E além do turismo, a região ganha em transferência de tecnologia, pois tudo que há de lançamentos das principais empresas expositoras - muitas delas internacionais - são apresentadas também via palestras e workshops. Esta tecnologia é absorvida pelos profissionais da cidade e região que passam a aplicar no seu dia a dia o conhecimento após o término do evento. Plástico Sul - Algo a acrescentar? Spirandelli - Além da feira Interplast, é realizada a 3ª edição da EUROMOLD BRASIL que trata do ciclo de desenvolvimento de produtos e que tem o slogan “do design ao ferramental”. Neste evento estão presentes expositores nacionais e estrangeiros que mostram tudo que há de mais moderno em relação a criação de desenvolvimento de produtos. O desenvolvimento de produtos nacionais em detrimento dos importados é importante para geração de empregos e de renda, e para sustentação do nosso desenvolvimento econômico.
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Institucional Simplás lança Curso de Gestão na Prática para Micro e Pequenos Empresários Capacitação em parceria com a faculdade Ftec tem inscrições abertas e início marcado para 14 de maio.
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ma nova solução para conduzir os negócios diante e além do atual momento de instabilidade econômica acaba de chegar ao mercado por meio do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás). De olho no perfil majoritário de suas representadas, a entidade desenvolveu e agora está lançando o Curso de Gestão na Prática para Micro e Pequenos Empresários. As aulas, com início marcado para 14 de maio, serão ministradas nas instalações e por professores doutores, mestres e especialistas da faculdade Ftec, em Caxias do Sul (RS). O objetivo da iniciativa é oferecer capacitação com preços altamente competitivos e conceitos de aplicação imediata a associados e contribuintes do Simplás, e também ao público em geral. A carga total atingirá 56 horas, distribuídas em sete módulos de oito horas, com uma aula por mês, sempre aos sábados. “É um curso inovador, sem similar no mercado, objetivo e extremamente didático, especialmente
elaborado para auxiliar o empresário agora. Os professores vão abordar situações práticas do cotidiano das empresas, com ferramentas de uso instantâneo”, revela o diretor de Educação, Inovação e Tecnologia e também vice-presidente do sindicato, Gelson Oliveira. As aulas abordarão princípios básicos de gestão, liderança, finanças, marketing e produto, vendas, produção, qualidade e inovação (detalhes abaixo). As inscrições já estão abertas e as vagas são limitadas. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (54) 3228.1251 ou pelo e-mail greice@simplas.com.br. “Tudo foi desenvolvido pensando no perfil da maioria dos nossos representados, que são executivos de micro e pequenas empresas, com pouquíssimo tempo disponível, mas sempre em busca de atualização.
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Painel do Fornecedor
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Melhor ano da história
Implastic representa importantes empresas, entre elas a Colines
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resente no mercado desde 1992, a Implastic representa conceituadas empresas de equipamentos industriais do segmento plástico, oferecendo soluções completas para produção, redução de custos e controle de qualidade. “O renome internacional de nossas representadas são uma garantia de alta performance orientando nossos clientes na aquisição dos melhores equipamentos”, afirma o gerente técnico-comercial, João Vitor Trigo. O executivo explica que 2015 foi o melhor ano desde a fundação da empresa pautado em três acontecimentos: Aumento do volume de produtos exportados; aumento da competitividade no mercado nacional; e alto grau de exigência técnica nos mercados externos. A Revista Plástico Sul conversou com Trigo sobre equipamentos, mercado e desempenho. Revista Plástico Sul - Resultados obtidos no último ano? João Vitor Trigo - No último ano apesar da crise político-econômica nós conseguimos manter um ótimo volume de vendas de equipamentos de controle de qualidade e de otimização da produção existente, no entanto as aquisições de equipamentos para aumento de produção caíram em relação ao ano anterior. Acreditamos que exista uma demanda reprimida, pois temos projetos em estágios avançados de negociação e deveremos ter boas notícias no segundo semestre de 2016. Plástico Sul - Principais máquinas e equipamentos representados, características técnicas e aplicações. Trigo - Atualmente representamos as empresas: - NDC Tecnologies: Empresa americana fabricante de sistemas de medição e controle de espessura e gramatura para processos de contínuos como extrusão, conversão, laminação, calandragem entre outros, através dos seguintes produtos: Sensores não radioativos com tecnologias infra-vermelho, Optimike (sensor ótico) e Air Caliper. Além dos sensores radioativos com tecnologia gama, beta e raio X. Site: www.ndc.com
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- Heraeus Fusion UV: Empresa Alemã com fábrica nos EUA, fabricante de sistemas de cura UV através de lâmpadas de micro-ondas. Aplicação principal na indústria de faróis automotivos, fibra-ótica e latas (bottom coatings). www.fusionuv.com - Colines: Empresa italiana fabricante de linhas de extrusão. Fabricam extrusoras cast e balão para os mais diversos mercados. Produtos principais: Filme Stretch, CPP, Barreira, Plástico Bolha, Bubble Guard Board. www.colines.it Plástico Sul - Qual o carro chefe em vendas? Ou seja, a máquina e equipamento que mais se destacou em vendas nos últimos tempos? A que credita tal resultado? Trigo - O carro chefe de vendas são os equipamentos da NDC. Devido ao aumento da competitividade do mercado nacional, as empresas são forçadas a trabalhar com margens cada vez menores, sendo assim nossos sistemas de medição e controle de espessura tornam-se importantíssimos para diminuir o custo e melhorar a qualidade do produto. Plástico Sul - Avaliação sobre o desempenho do setor plástico no último ano? Trigo - O setor plástico teve uma aparente redução quantitativa com ligeira melhora no setor de exportação que deverá ser mais marcante em 2016. Plástico Sul - Avaliação sobre o desempenho da empresa no último ano? Trigo - A Implastic teve em 2015 o melhor ano da sua história baseada em três fatores: Aumento do volume de produtos exportados; aumento da competitividade no mercado nacional; e alto grau de exigência técnica nos mercados externos. Plástico Sul - Investimentos realizados recentemente? Trigo - Viagens e exposições nos EUA e Europa. Plástico Sul - A importância da região sul para a empresa? Trigo - A região sul tem marcante presença no mercado de embalagem alimentícia de alta tecnologia, notadamente produto que requerem alto grau de controle, grande número de filmes multi-camada e reforço com crosslink (reticulação).
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Balanço
Atividade da indústria química brasileira cai no 1º trimestre Resultados reforçam a necessidade de adoção de medidas urgentes que viabilizem a retomada da atividade econômica.
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e acordo com informações preliminares da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), no primeiro trimestre de 2016, a produção, as vendas internas e a demanda de produtos químicos de uso industrial continuaram no ritmo negativo iniciado no ano passado. A produção caiu 0,93% nos três primeiros meses do ano, em comparação com igual período do ano anterior, enquanto as vendas internas declinaram expressivos 6,69%, nas mesmas bases. O consumo aparente nacional (CAN) – importante indicador de demanda – teve retração de 5,5% nos primeiros três meses do ano, também sobre iguais meses do ano anterior. As importações também apresentaram resultados negativos, com queda de 2,07% no mesmo período. Se excluídos os produtos do grupo intermediários para fertilizantes, as importações apresentam recuo de 13,62%. Em termos históricos, os patamares médios de volumes dos três primeiros meses deste ano expressam um dos piores períodos dos últimos dez anos. A única variável positiva em termos de volume nesses três primeiros meses é a da evolução das vendas externas, que subiu 46,3% sobre igual período do ano anterior. De acordo com a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, a quantidade maior de exportações vem ajudando a manter a produção estável e em patamares mais seguros de operação. Na média desses primeiros três meses, a taxa de ocupação da capacidade instalada da indústria química instalada no Brasil ficou em 76%, três pontos abaixo daquela registrada em igual período de 2015. Considerando os padrões de produção da indústria química mundial, o ideal seria que as plantas estivessem operando entre 87% e 90%. Na análise de Fátima Giovanna, o baixo índice de utilização da capacidade instalada desde 2008 pode significar, no médio e no longo prazos, desestímulo a novos investimentos. Para a diretora da Abiquim, a parte mais expressiva da retração da demanda está associada à contração da atividade econômica nacional. “Importantes cadeias clientes da indústria química reduziram suas operações. A produção e as importações caindo simultaneamente preocupam, pois também pode estar havendo substituição da demanda de químicos por produtos importados acabados. Não tem sido fácil manter a atividade operacional com o agravamento do cenário político-econômico do País. Preocupa a
manutenção do quadro de piora da atividade interna, o fechamento de empresas, o patamar elevado de juros e as projeções negativas para o PIB, com consequente elevação do desemprego. Todos esses pontos fazem com que as perspectivas do País não sejam animadoras para os próximos meses, com tendência de que o cenário adverso se mantenha até 2017. A recuperação da credibilidade e da confiança do empresariado local e também do estrangeiro são fatores essenciais para que o Brasil seja visto como um local de oportunidades de investimentos”, afirma Fátima Giovanna. Apesar do momento difícil, a economista lembra que não se pode deixar de pensar no longo prazo e que se deve tentar manter o foco em questões estruturais, que devolvam competitividade ao País. “É preciso que se pense na construção da ponte necessária para atravessar esse período de dificuldades, tendo em vista que o futuro apresenta um horizonte muito mais promissor”, afirma. De acordo com Fátima Giovanna, para a química, os pontos de maior atenção são aqueles relativos ao equacionamento da questão das matérias-primas básicas, com a adoção de uma política para o uso do gás natural como matéria-prima, o total aproveitamento dos líquidos de gás para elevação da disponibilidade de matérias-primas para o setor, uma tarifa de energia mais atrativa para a produção industrial e a solução de entraves logísticos e de infraestrutura. “A solução dessas questões é fundamental para que o País agregue valor à vasta riqueza de recursos naturais de que dispõe, melhorando a pauta brasileira de exportações, além de contribuir para um desenvolvimento mais sustentável”, ressalta. Quanto às exportações, que tem sido a válvula de escape para manutenção da produção química, a Abiquim defende que o governo eleve a alíquota do Reintegra para o máximo já previsto em lei no curto prazo e que avalie a possibilidade de, inclusive, rever as taxas para patamares mais realistas e que devolvam ao produtor local os impostos ‘escondidos’ ao longo da produção, que tiram a competitividade da exportação brasileira. Fonte: AllComm Partners Comunicação Estratégica
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Foco
no Verde
Cartilha lançada pela ABIPLAST estimula a reciclagem de produtos plásticos Durante evento realizado na sua sede (SP), instituição lançou cartilha de reciclagem de materiais plásticos pós-consumo.
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ecentemente a ABIPLAST lançou a “Cartilha de Reciclabilidade de Materiais Plásticos Pós-consumo”. O evento, que reuniu representantes do setor, foi marcado por palestras de renomados profissionais com o objetivo de conscientizar as empresas e organizações da cadeia produtiva do plástico para importância da reciclagem.
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Segundo Ricardo Hajaj, coordenador da Câmara Nacional dos Recicladores de Materiais Plásticos (CNRMP), que presidiu o evento, a cartilha foi idealizada para instituir um novo padrão ambiental às embalagens, contemplando todo seu ciclo de vida, desde o desenvolvimento até a sua reutilização. “Uma grande dificuldade que a indústria de reciclagem possui é o recebimento de materiais contaminados. Algumas embalagens têm misturas que dificultam o aproveitamento. Essa cartilha trata sobre este e outros temas. O objetivo é que as novas embalagens sejam projetadas e pensadas no ciclo de vida total, desde a sua concepção até a sua reciclagem. Agregando benefícios e valor para toda cadeia produtiva”.
Entre os presentes, o diretor da Escola SENAI Mario Amato, Claudemir Facco de Oliveira, destacou a relevância da participação da entidade no desenvolvimento da cartilha e ressaltou que existem possibilidades de futuras parcerias entre as instituições. “O evento demostra que existem grandes possibilidades de parceria a partir desse trabalho inicial da cartilha, até porque nós já trabalhamos na área do plástico há muito tempo e atualmente implantamos um núcleo de materiais avançados e não compostos. As possibilidades que abriram com esse núcleo podem ser a continuidade da parceria com a ABIPLAST” - afirmou Claudemir. O lançamento contou com a participação de Luciana Pellegrino, diretora executiva da Associação Brasileira de Embalagem (ABRE), André Vilhena, diretor executivo do Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) e Eloísa Garcia, gerente técnico dos Grupos de Embalagens Plásticas e de Meio Ambiente do Centro de Tecnologia de Embalagem/ Instituto de Tecnologia de Alimentos (CETEA/ITAL), que proferiram palestras a respeito da importância da reciclagem, realçando as ações e práticas para o desenvolvimento de embalagens sustentáveis, tendo como foco o conceito do design ecológico, a economia de recursos naturais, o cumprimento das metas previstas na Política Nacional de Resíduos Sólidos, a competitividade e o crescimento do setor de embalagens plásticas. A publicação que será distribuída nas indústrias de transformação de plástico do Brasil, nas empresas de reciclagem, sindicatos estaduais, indústrias usuárias de embalagens plásticas e suas respectivas associações de classe, pode ser acessada no link: http:// file.abiplast.org.br/download/2016/cartilha_reciclabilidade_abiplast_web_3.pdf ou no aplicativo institucional da Abiplast.
Bloco
de Notas
Soprano Materiais Elétricos realiza 4º Evento Técnico
A Soprano realizará no dia 20 de maio o 4º Evento Técnico - Soprano Materiais Elétricos, proporcionando aos inscritos a possibilidade de adquirirem informações detalhadas sobre diferentes produtos, assim como esclarecimento de dúvidas envolvendo instalações elétricas residenciais e industriais. São 30 vagas gratuitas, direcionadas para eletricistas, lojistas e profissionais envolvidos com instalações elétricas prediais e industriais. A apresentação técnica será feita por equipe especializada da Soprando e abordará produtos como: Disjuntores Residenciais e Industriais, Interruptores DR e DPS, Plugues e Tomadas Industriais e Contadores e Chaves de Partida. O encontro será na Matriz da Soprano (RS 122, Km, 61,1 - Distrito Industrial - Farroupilha), dia 20 de maio, das 14:30h às 17h. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas pelo telefone (54) 2109.6363 ou e-mail eletrica@soprano.com.br.
Plástico Verde chega ao Japão em tampas de garrafas PET
A Suntory, fabricante de bebidas líder no Japão e de atuação global, acaba de anunciar a adoção de Plástico Verde nas tampas de suas garrafas de água mineral de 550 ml. A resina de origem renovável será fornecida pela Braskem, com produção no Polo Petroquímico de Triunfo (RS). A partir deste mês, o Polietileno Verde representa 30% do plástico usado nas tampas da água “Suntory Aso Tennensui”, cuja produção anual é estimada em 26 milhões de unidades. Com a decisão, a empresa japonesa reforça seu compromisso com a sustentabilidade e se torna a primeira do mundo a adotar a resina em tampas de garrafas PET. A parceria amplia a presença do Plástico Verde no mercado asiático.
Plast Mix
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Agenda DIVULGAÇÃO
Anunciantes
Novo Hamburgo (RS)
A. Schulman / Página 2 Argenplás / Página 27 Cristal Master / Página 23 Digitrol / Página 29 Fábrica de Protótipos / Página 19 Inbra / Página 16 Interplast / Página 25 Kie / Página 22 Mainard / Página 29 Maxus / Página 29 Moretto / Página 21 Multi-União / Página 17 Novare / Páginas 11 e 18 Olivertech / Página 28 Orion / Página 18 Replas / Página 9 Retilox / Página 31 Romi / Página 32 Rosciltec / Página 22 Sepro / Página 5 Tecktril / Página 15 Thormaq / Página 28 30 > Plástico Sul >>>
Agende-se para 2016 Fimec - Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados 15 a 17 de março de 2016 Novo Hamburgo – RS www.fimec.com.br Argenplás 2016 – Exposição Internacional de Plásticos 13 a 16 de junho de 2016 Buenos Aires – Argentina www.argenplas.com.ar Interplast 2016 – Feira e Congresso de Integração da Tecnologia do Plástico EUROMOLD BRASIL – Feira Mundial de Construtores de Moldes e Ferramentarias, Design e Desenvolvimento de Produtos 16 a 19 de agosto de 2016 Joinville - SC www.interplast.com.br K 2016 A feira nº 1 no mundo em plástico e borracha 19 a 26 de outubro de 2016 Düsseldorf - Alemanha www.k-online.de
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