Plástico Sul 175

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Editorial DIVULGAÇÃO

Expediente Maio de 2016 - # 175

Conceitual Brasil - Jornalismo Total www.revistaplasticosul.com.br Fone: 51 3407.0179 editora@conceitualpress.com.br

“Não tá morto quem peleia”

Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves DRT/RS nº 12.844 Departamento Comercial: Débora Moreira Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777) Capa: divulgação Plástico Sul é uma publicação da Conceitual Brasil - Jornalismo Total, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 8.000 exemplares.

A

frase título do editorial desta edição é o nome de uma música cantada pelo grupo gaúcho Os Farrapos. Além disso, tal expressão é muito conhecida entre o povo rio-grandense e significa que quem luta não está vencido, quem está na batalha ainda não perdeu a guerra. O significado torna-se mais verdadeiro a partir do momento em que estudamos o atual momento vivido pelo Rio Grande do Sul no que diz respeito à cadeia produtiva do plástico. Muito embora os resultados estejam aquém de anos anteriores, onde a crise era apenas uma marola, os empresários não se dão por vencidos e não entregam os pontos. Ao invés disso, criam estratégias para desenvolver sua equipe, aprimorar o trabalho no chão de fábrica e melhorar seus processos de gestão. Os dirigentes dos sindicatos patronais do estado esmeram-se em atitudes que fomentem o setor e criam programas e ações que incentivam a participação dos associados. Ao mesmo tempo, a petroquímica também se movimenta. Prova disso é o recente investimento da Videolar-Innova na fábrica de poliestireno expandido no Polo Petroquímico de Triunfo. Mas a frase não se encaixa apenas aos empresários do sul. Ela adapta-se perfeitamente bem aos industriais do plástico de todo o país. Percebemos isso nas reportagens sobre a indústria de sopro e sobre o setor de construção civil, que terão a oportunidade de ler nas páginas a seguir. Tais segmentos também passam por seus momentos de adversidades, mas continuam firmes na luta pelo desenvolvimento de aplicações que gerem valor agregado e bons resultados de desempenho. Na bem da verdade, estamos todos nós nessa mesma batalha, resistindo bravamente contra a falta de força de vontade do poder público em nos dar condições para crescermos não só como produtores de commodities, mas como indústria de transformação propriamente dita. Não esmoreçamos, não entreguemos os pontos. Estamos todos unidos contra a corrupção e toda a conseqüência econômica que ela gera. Ainda não perdemos a guerra, afinal, não ta morto quem peleia.

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ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas Marca Registrada:

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Tendências

Plástico na Indústria da Construção

& Mercados

Reconstrução Indústria ainda amarga resultados inferiores ao momento pré-crise, mas já enxerga um futuro otimista e tem no plástico um grande aliado para apresentar melhor desempenho nos seus negócios.

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s vendas no varejo são importantes indicativos de desempenho de diversos setores. Se no comércio a venda vai mal é sinal de que a indústria também está passando por momentos desafiadores. E foi nas vendas no varejo de material de construção que observou-se pequena recuperação, porém sem grandes comemorações. Elas cresceram 5% no mês de junho, na comparação com maio deste ano. O desempenho, que foi similar ao registrado no mesmo período de 2015, não foi suficiente para reverter a queda acumulada de 8,5% no primeiro semestre. No acumulado dos últimos 12 meses, o setor apresenta queda de 10%. Os dados são do estudo mensal realizado pelo Instituto de Pesquisas da Anamaco, com o apoio da Abrafati, Instituto Crisotila Brasil, Anfacer e Siamfesp. “Nós já sabíamos que o primeiro semestre do ano seria difícil para o nosso setor, especialmente por conta do cenário econômico do país, que está afetando não só a liberação de créditos nos principais financiamentos voltados ao nosso segmento, como também a confiança do consumidor, que passou a adiar pequenas reformas e obras”, explica Cláudio Conz, presidente da Anamaco. Segundo ele, apesar dos números não terem sido favoráveis ao setor no primeiro semestre, a expectativa da entidade ainda é a de que o varejo de material de construção deve crescer 3,5% em 2016. “Mesmo com os dados apresentados até aqui, não podemos deixar de ser otimistas. Tradicionalmente, o segundo semestre do ano corresponde a 60% do volume de vendas. Fora isso, não podemos ignorar o fato de que há uma demanda natural pelos nossos produtos. O déficit habitacional brasileiro, por exemplo, ainda é de 6,2 milhões de moradias, segundo levantamento do Deconcic (Departamento da Indústria da Construçao da Fiesp), mesmo com programas como o “Minha Casa Minha Vida” em andamento, que reduziram esse índice em 2,8% nos últimos quatro anos. Por outro lado, grandes construtoras estão reordenando seus investimentos para investirem em habitação

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popular, voltada a famílias com renda entre 3 e 10 salários mínimos”, completa Conz.O presidente da Anamaco ainda lembra que o setor está trabalhando em diversas frentes para conseguir melhorar a liberação de créditos para financiamentos. “Na semana passada, nos reunimos com a Caixa Econômica Federal, juntamente com outras entidades, e discutimos a retomada do Construcard e do FIMAC/FGTS, e isso deve dar novo fôlego ao setor”, acrescenta. E vem do Rio de Janeiro uma iniciativa que discute a inovação do plástico dentro do setor da construção e os benefícios do uso do material nesta indústria. Organizado pelo sistema Firjan, o Fórum Inovar Para Construir, abordou soluções tecnológicas do material na construção, demonstrando que a utilização do plástico em obras pode ser um excelente negócio. O evento contou com a presença de diversos especialistas do setor. O Assessor de Responsabilidade Social da Firjan, Wagner Ramos, mostrou os resultados do Projeto Inovar para Construir. “Esta ação teve como principais metas disseminar conhecimento sobre novas tecnologias plásticas, aumentando a produtividade e reduzindo os custos na construção”. O diretor de Projetos da FCM Arquitetura, Felipe Cordeiro Martins, foi um dos palestrantes e destacou os diversos fatores positivos do plástico na construção civil. Segundo Martins, há uma redução em mais 60% do custo na obra e a alta durabilidade e a baixa poluição, são elementos importantes para se expandir o consumo sustentável do plástico, na arquitetura, engenharia, nos cursos técnicos e nas demais áreas do setor. “Ao se utilizar o plástico como produto principal durante uma obra, o custo final fica mais barato do que se utilizar outro material, se compararmos com alvenaria e vidro, por exemplo. O baixo consumo do plástico nas obras está totalmente ligado à falta de empenho, ou seja: o acesso de modo geral tem que ser mais direto das fábricas, fornecedores, dos distribuidores dentro das academias de arquitetura, engenharia, cursos técnicos levando o conhecimento, do uso e o reuso do plástico na construção civil em larga escala”.

Sistema seguro e confiável

Outra ação que vem obtendo sucesso na divulgação do material plástico na indústria da construção civil, é o sistema Wall System. Desde 2004 a MVC já construiu através dele cerca de 250 mil metros quadrados de conjuntos de escolas, casas, creches e edificações de uso diversos no Brasil e no exterior, em


países como Angola, Moçambique, Paraguai, Uruguai e Venezuela, entre outros. Em vez dos materiais tradicionais, são construídas com o sistema Wall System, composto de estrutura de perfil pultrudado (Compósito reforçado com fibra de vidro de alto desempenho), painel sanduíche de lâminas em compósitos reforçados com fibra de vidro (similar ao utilizado em aviões, trailers e barcos, entre outros) e núcleo especial, que garante o desempenho térmico, acústico e resistência a fogo. As características do sistema construtivo da MVC proporcionam sensíveis ganhos no tempo na construção da creche, padrão de acabamento de elevada qualidade e maior durabilidade e vida útil. Além disso, podem ser totalmente acessíveis, desenvolvidas especialmente para portadores de deficiência. Entre as vantagens em relação ao processo tradicional, o sistema oferece maior velocidade de construção, durabilidade, resistência, flexibilidade, conforto térmico e acústico, obra limpa e desperdício zero. O sistema construtivo foi homologado sob a norma NBR 15.575/2013, que define os requisitos de desempenho da construção no Brasil, obtendo classificação superior na maioria dos parâmetros avaliados.

Ampliação do portfólio

Tradicional fabricante de plásticos para a indústria da construção, a Mexichem Brasil, subsidiária brasileira da Mexichem, grupo líder na indústria química e petroquímica latino-americana, manterá os investimentos previstos no País em 2016 ao anunciar a entrada em novos segmentos, como o industrial e de flúor. A ampliação da área de atuação da empresa faz parte do plano de investimento de US$ 100 milhões em três anos, em implementação desde 2014. Mesmo em um cenário interno instável, a companhia não alterou sua meta de investir em inovação para manter o crescimento. A companhia amplia o portfólio de produtos da Amanco com o lançamento no decorrer do ano das novas linhas Amanco Corzan HP, Amanco Super CPVC e Amanco Fire BlazeMaster. Voltada à indústria química, farmacêutica e de mineração, a linha Amanco Corzan HP tem como diferencial proporcionar economia ao custo global da obra. Como os sistemas de tubulações, conexões e válvulas metálicas são diretamente impactados pela corrosão, seu portfólio oferece de forma pioneira ao mercado nacional uma opção voltada a diminuir os gastos das empresas com a manutenção desses equipamentos, pois a matéria-prima utilizada na sua composição também é o CPVC (Policloreto de Vinila Clorado). Ou seja, não corrói e é mais prático de instalar por ser mais leve que uma tubulação metálica. Já a linha Amanco Super CPVC é voltada para a condução de água quente e fria em obras residenciais e comerciais. Possui durabilidade muito superior a qualquer outro CPVC do mercado, devido a utilização do composto FlowGuard em sua composição, o que o torna 25% mais resistente à temperatura e

pressão quando comparado ao principal concorrente. O combate a incêndios a partir da rede molhada de chuveiros automáticos de emergência é a principal característica da linha Amanco Fire BlazeMaster. Seu diferencial perante a concorrência é que, em vez de serem compostos de metal, os produtos são feitos também por meio da tecnologia CPVC. Ou seja, proporcionam maior durabilidade e economia. Para o desenvolvimento dessas três linhas da Amanco, a Mexichem firmou parceria com a Lubrizol, empresa química norte-americana. O objetivo da iniciativa inédita é oferecer novas tecnologias que agreguem ainda mais praticidade e economia aos clientes nacionais.

Braskem na construção

A Braskem, maior petroquímica das Américas e líder mundial na produção de biopolímeros, fornece matérias-primas para as empresas que fabricam produtos que podem ajudar a reduzir perdas ao longo de todo o processo construtivo e para o setor de abastecimento. Uma das aplicações visíveis das resinas plásticas está nas caixas d'água em polietileno, que cada vez mais têm sido destinadas ao armazenamento de água da chuva ou para reúso. Há ainda outros produtos para este fim, como os reservatórios em formato compacto, que podem aproveitar até a água pós-lavagem de roupas para nova utilização. Com baixo custo, ocupam pouco espaço e não necessitam de escavação, além de não requisitarem bombeamento, o que economiza energia. Outra aplicação destacada pela empresa são os tubos de polietileno de alta densidade (PEAD), que oferecem elevada durabilidade, resistência ao impacto e corrosão, além de serem mais leves se comparados a outras alternativas. Há ainda a aplicação de polietileno nas fossas sépticas, indicadas para a utilização residencial em regiões isoladas, litorâneas ou próximas a cursos d'água. As fossas podem ser responsáveis pela remoção de até 85% da matéria orgânica no efluente, evitando a contaminação de reservatórios naturais, lagoas, cursos d'água e lençóis freáticos. Tubulações de esgoto também ganham em durabilidade e eficiência com o plástico, em especial com o polietileno de alta densidade, ideal para aplicações que precisem de resistência e facilidade de aplicação. Os materiais podem ser desenvolvidos tanto em polietileno de alta densidade (PEAD) como em PVC. O material pode ser empregado ainda na captação de águas pluviais por meio de calhas em PVC, que proporcionam design diferenciado, mais qualidade e alta resistência aos raios ultravioleta. Outras soluções em PVC que podem aumentar a segurança no armazenamento de água, evitando perdas e contaminação, são os revestimentos de vinil e as geomembranas. Os produtos têm como objetivo evitar perdas por vazamentos em estruturas de alvenaria, no caso dos revestimentos, com a redução de resíduos na obra, e oferecer proteção <<< Plástico Sul < 7


Tendências

Plástico na Indústria da Construção

& Mercados

de solos e aterros sanitários, entre outros, no caso das geomembranas de PVC.

Janela de PVC: melhor ecoeficiência

Uma Análise de Ecoeficiência, realizada pela Fundação Espaço ECO® (FEE®) para o Instituto do PVC, mostra que a janela de PVC é mais ecoeficiente que a janela de alumínio. O estudo contemplou a produção, montagem, instalação, uso (com ar condicionado), manutenção e destinação final de janelas brancas de PVC e alumínio, considerando variações térmicas diferentes, em cidades como São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Natal (RN). A análise passou por uma revisão externa realizada pelo TÜVRheiland – instituto independente para inspeção técnica e certificação. A janela de PVC apresenta melhor desempenho ambiental em 10 das 11 categorias analisadas em relação à janela de alumínio, se destacando principalmente na categoria Consumo de Energia com grande vantagem principalmente quanto ao conforto térmico, Consumo de Recursos, Potencial de Toxicidade e Potencial de Doenças Ocupacionais e Acidentes. Segundo Miguel Bahiense, presidente do Instituto do PVC, o objetivo do estudo foi analisar o desempenho de todo o ciclo de vida de duas das alternativas de janelas mais utilizadas pelo consumidor no Brasil, incluindo sua reciclagem. “A partir da informação técnica e científica, a população pode tomar a melhor decisão sobre os produtos utilizados no dia a dia e obter o melhor benefício”, afirma o executivo. Na vertente ambiental, a janela de PVC teve melhor desempenho na categoria Consumo de Energia, que tem a maior relevância no estudo, de 31%. Dentre os pontos que contribuíram para esse resultado está o desempenho positivo (eficiência energética) para o conforto térmico, quase duas vezes superior ao da janela de alumínio. No processo de produção, a janela de PVC apresenta consumo de energia 2,3 vezes menor em relação à produção da janela de alumínio. Na montagem, foi observada vantagem da alternativa em PVC por não precisar de pintura, visto que é naturalmente branca, ao contrário da de alumínio que precisa de pintura eletrostática, processo que consome muita energia elétrica. “Exemplificando, tomando como base resultados obtidos no estudo, a economia de energia obtida durante um ano com a instalação de uma janela de PVC, em detrimento a uma de alumínio, em habitações que possuem ar condicionado, em todo o Brasil, seria equivalente ao consumo de 415.776 casas durante um ano”, comenta Bahiense. “Se considerarmos o uso de seis janelas de PVC a economia obtida seria equivalente ao consumo de 2.494.656 casas em um ano. É um grande ganho ambiental”, completa. Na categoria Consumo de Recursos, que tem 22% de relevância no estudo, o PVC também teve o melhor desempenho, principalmente na fase de 8 > Plástico Sul >>>

produção das esquadrias, na qual o consumo de recursos da opção em alumínio é 4,9 vezes maior em relação ao PVC. Potencial de Toxicidade é a terceira categoria com maior relevância (18%) e mais uma na qual a janela de PVC se sobressai, apresentando duas vezes menos pontos de toxicidade que a janela de alumínio. Já no quesito Potencial de Doenças Ocupacionais e Acidentes que tem 14% de relevância para o estudo, o PVC também se saiu melhor, principalmente nas fases de produção, montagem e manutenção. O PVC se apresentou mais ecoeficiente ainda devido a sua baixa Emissão de Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos, menor Potencial de Aquecimento Global e Acidificação, baixo Uso da Terra e Potencial de Formação Fotoquímica de Ozônio. Dentre as categorias ambientais o alumínio só se sobressai em Potencial de Depleção da Camada de Ozônio, categoria que tem a menor relevância do estudo, 0,3%. Na avaliação do impacto econômico, observou-se o preço de mercado mais elevado das janelas de PVC (em média R$ 407 mais cara que a janela de alumínio). Entretanto, essa variação inicial se dilui durante o tempo de uso do produto, devido à melhor eficiência da janela de PVC em relação ao isolamento térmico, ou seja, o PVC faz com que a troca de calor entre ambientes interno e externo de uma edificação seja menor. Com isso, o consumo energético seja para refrigerar ou aquecer um ambiente, é reduzido, ao longo do tempo, com o uso de janelas de PVC. Na simulação de 40 anos do estudo, a diferença inicial de preço de mercado diminui para R$ 142,13. “Na medida em que os benefícios das janelas de PVC se tornarem mais conhecidos pela população e profissionais da área, sua demanda tende a crescer e, consequentemente, o produto se tornará mais barato aumentando sua competitividade”, afirma Miguel Bahiense. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2013 existiam cerca de 65,1 milhões de residências no Brasil. De acordo com um estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) na Construbusiness 2010, cada unidade habitacional demanda em média 10 esquadrias. Analisando esse cenário com os crescentes números da construção civil no Brasil (residências e edificações) é possível identificar um motivador muito relevante para se analisar os tipos de materiais e tecnologias que irão compor essas esquadrias.


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EspecialPolo Plástico Gaúcho O Rio Grande do Sul é famoso por ser um estado aguerrido e dinâmico. Embora tenha perdido com os anos algumas de suas características de liderança, ainda persiste firme e forte na luta pelo desenvolvimento e está constantemente a se reinventar.

Um Estado em movimento

O

Rio Grande do Sul sempre foi muito conhecido pela sua aura de luta política e sua batalha pelo desenvolvimento econômico. Por certo que com o passar das décadas a tal fama se esmoreceu um pouco e há quem diga que a região não é mais palco de tanta força em diversas frentes. Perdeu-se talvez o brilho devido a tanto sofrimento do povo gaúcho por condições mais justas, mas não se perdeu, entretanto, a vontade de crescer. E é no olhar dos empresários sulinos que se percebe tamanha garra. É conversando com seus transformadores que entendemos os motivos pelos quais o povo gaúcho é tradicionalmente conhecido pela sua bravura. Eles não desistem facilmente e demonstram extrema criatividade na hora em que a crise aperta. Da mesma forma, permanecem unidos na busca por soluções que beneficiem a todos.

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Na liderança do setor plástico gaúcho estão dois dirigentes que não economizam empenho para ver a indústria prosperar. No Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do RS (Sinplast) está Edilson Deitos, que dirige ainda a Zandei Plásticos, de Guaporé. Já no Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás), quem preside é Jaime Lorandi, empresário experiente, diretor da Plásticos Itália, de Farroupilha. As duas entidades têm aumentado significativamente, no decorrer dos anos, suas ações criativas que fomentam o progresso.

Na prática

Com mais de 25 anos de atuação representando centenas de empresas que geram dezenas de milhares de empregos, o Simplás compreende sua responsabilidade comunitária como agente de promoção e


desenvolvimento econômico, social e humano em sua região de abrangência, no Rio Grande do Sul e no Brasil. Assim, investe esforços na realização, participação e divulgação de ações voltadas à melhoria das Relações de Trabalho (RTs), à qualificação de gestores corporativos, à atração, manutenção e fomento de investimentos em toda região, e à sustentabilidade, principalmente no que tange à educação para o descarte correto do plástico pós-consumo doméstico. A se considerar apenas desde 2013, o Simplás já representou a Fiergs e a Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul em pelo menos cinco importantes eventos abordando assédio moral nas organizações e saúde física e mental no ambiente de trabalho, realizados na PUC-RS, na Universidade de Caxias do Sul (UCS), na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul e até durante a Festa Nacional da Uva. Além de manter um grupo de trabalho permanente específico para RTs. Por constatar a necessidade imediata de qualificação rápida, acessível e objetiva entre os gestores de indústrias locais, e consequentemente, contribuir para a melhoria e o crescimento do setor, o Simplás lançou, em 2016, o Curso de Gestão na Prática para Micro e Pequenos Empresários, em parceria com o Gru-

po de Faculdades Ftec, em Caxias do Sul (RS). As aulas são divididas em sete módulos, com uma atividade mensal e investimento subsidiado para associados do sindicato. A primeira turma, com aproximadamente 30 participantes, forma-se em novembro. Com a experiência da realização anterior já de duas edições do projeto Recicla Plastech Brasil, que trabalha o processo completo de reaproveitamento do plástico em escolas de educação infantil da rede pública municipal, concluindo com a doação de banquinhos e lixeiras confeccionados com plástico reciclado a partir da coleta dos próprios alunos, o Simplás também promove já há três anos a campanha Descarte Certo, como uma das principais atrações da Semana Municipal do Meio Ambiente. Na edição 2016, com foco na arrecadação de tampas de plástico doadas a uma entidade de proteção animal, que revende o material e aplica os recursos em alimentos e tratamentos veterinários, a ação do Simplás junto a escolas de educação infantil da rede pública municipal arrecadou quase 1,5 tonelada de plástico reaproveitável. Nas ações do Recicla Plastech Brasil, dezenas de escolas de três municípios – Caxias do Sul, Farroupillha e Flores da Cunha – foram beneficiadas com milhares de banquinhos e lixeiras plásticas.

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EspecialPolo Plástico Gaúcho oscilações dos preços”, explica Deitos. Ele salienta que hoje o setor sofre muito com a demora de repasse dos preços. “Compartilhamos estes dados com nossos parceiros Simplás e Simplavi”.

Desempenho setorial

Primeiro Congresso Brasileiro do Plástico, realizado em Porto Alegre no ano de 2014, terá nova edição em 2016

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Finalmente, entre 5 e 6 de outubro de 2016 o Simplás alinha-se como realizador do 2o Congresso Brasileiro do Plástico, na PUC-RS, em Porto Alegre – ao lado de Sinplast e Simplavi. A ação integra a diretriz do sindicato de promover ao menos um grande evento setorial por ano, a fim de elucidar, e consequentemente, valorizar a imagem do plástico e estimular a geração de negócios. Já somando-se aí, as bimensais Reuniões-Jantar, com palestrantes de renome estadual e nacional. O Simplás é reconhecido no mercado pela realização, entre outros eventos, da primeira edição do Congresso, de edições anteriores do Encontro Nacional de Ferramentarias (Enafer) e de cinco edições da Plastech Brasil – Feira do Plástico, da Borracha, dos Compósitos, da Reciclagem e dos Transformados Automotivos, que ao longo da história já atraiu milhares de expositores e visitantes e, em 2015, bateu recorde de público e gerou expectativa de realização de negócios nos 12 meses seguintes de aproximadamente R$ 153 milhões. Do lado do Sinplast-RS, em 2016 foram estruturados mais comitês para atender os interesses específicos de cada segmento: de filmes, de injeção, de sopro, de extrusão de PVC, de rotomoldagem , de pallets e de agronegócio. Cada um deles é liderado por um empresário do setor que conhece as dificuldades de seu segmento, possui seus pleitos específicos quanto a tributação Estadual e Federal, bem como normas técnicas e representam o Sinplast junto à Abiplast , Governo Estadual e Federal. “E mais recentemente criamos o Comitê de Matérias-Primas, onde contratamos uma consultoria e emitimos um relatório semanal do acompanhamento dos preços das resinas no mercado internacional (Houston e Ásia), bem como o comportamento do dólar, para proporcionar aos filiados uma ferramenta de negociação junto aos clientes das

O nordeste gaúcho, região de abrangência do Simplás, possui aproximadamente 500 empresas, com pouca variação em relação aos últimos anos. Com faturamento do setor na região alcançando aproximadamente R$ 3 bilhões ao ano, de modo geral, a expectativa é de que haverá pequenas quedas neste valor ainda em 2016, em relação ao ano passado, na média geral. “Só se pode esboçar alguma perspectiva de retomada a partir de 2017. Para este ano, ainda, a expectativa é de quedas de 2% a 3%, localizadas. Na média geral, queda de 3% nos desempenhos em relação ao ano passado”, explica o presidente do Simplás, Jaime Lorandi. Algumas aplicações demonstram sofrer queda de desempenho na área de abrangência do sindicato. O dirigente garante que os sobressaltos mais significativos se registraram exatamente nos segmentos de principal demanda entre os transformadores locais. As maiores quedas, conforme Lorandi, foram nos mercados de plásticos automotivos e voltados à linha branca, em torno de 30%. Já setores de embalagens para alimentos caíram em torno de 5%. “Enquanto o setor de plásticos para Utilidades Domésticas (UDs) apresentou pequeno crescimento”, comemora. A elaboração e implementação de um consistente plano de desenvolvimento econômico multissetorial é uma das prioridades a ser trabalhada na próxima gestão de Jaime Lorandi como presidente do Simplás, pelo triênio 20162019. A reeleição do executivo foi confirmada e a posse oficial da nova diretoria está prevista para agosto. Gelson de Oliveira também segue como vice-presidente. O Sinplast – RS conta com 805 empresas em sua região de abrangência, registrando uma pequena diminuição devido ao encerramento de atividade de algumas indústrias. O presidente da entidade, Edilson Deitos explica que não há números atualizados sobre o volume de plásticos transformados e de resinas consumidas, mas segundo o Econoplast, relatório mensal da Abiplast, o consumo aparente nacional no primeiro bimestre apresentou queda de 19%. “O desempenho no Estado foi melhor, pois nos dois primeiros meses o setor apresentou uma taxa de contratação de mão de obra positiva, contratando mais do que demitindo”. O dirigente explica que o índice de confiança do empresário do setor de plástico superou pelo primeiro mês o ano anterior, chegando em 36% em março. Nos últimos dois meses (abril e maio) a expectativa é que estes números cheguem à próximo de 45%. Deitos


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EspecialPolo Plástico Gaúcho e internacionais, empresários e representantes do Poder Público (Executivo, Legislativo e Judiciário) para ampliar os conhecimentos sobre essa importante cadeia produtiva e sua contribuição para a sociedade. O congresso é organizado por três importantes sindicatos do setor do plástico – Sindicato das Indústrias de Materiais Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás), Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Vale dos Vinhedos (Simplavi) e Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Rio Grande do Sul (Sinplast). Além dos sindicatos, o evento conta com o patrocínio de empresas como Braskem, Fitesa e FFS Filmes. Além das empresas entidades do setor como a Plastivida, Instituto do PVC, e ABIEF também patrocinam o evento. O evento também conta com o apoio especial de entidades como a ABIPLAST, Adirplast, Simpep, Simpesc, além de Abimaq, ABINFER, ABRAPLA, INP, Simplast, SIMPLAS NP e Sindiplast.

Poliestireno expansível no estado

Lírio Parisotto inaugurou a fábrica de poliestireno expandido Newcell da Videolar-Innova, em Triunfo (RS)

afirma que os principais produtos transformados no Estado são filmes, nãotecidos, utilidades domésticas, peças técnicas injetadas, rotomoldagem e sopro. “Os setores voltados para embalagens e bens de consumo mais populares estão apresentando índices positivos de crescimento, já os setores voltados para construção civil, automobilística e peças técnicas ainda apresentam quedas de volume”.

Iniciativa discute importância do plástico

O Rio Grande do Sul será mais uma vez palco do Congresso Brasileiro do Plástico que, em sua 2ª edição, reunirá os principais especialistas de renome internacional para debater e apresentar cases sobre a contribuição do plástico no desenvolvimento ambiental, social e econômico O Congresso é uma das principais iniciativas do segmento para América Latina com o objetivo de evidenciar o plástico como elemento indispensável para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Nesta edição, congressistas do Brasil e do mundo discutirão as contribuições do produto em segmentos estratégicos como saúde, sustentabilidade, inovação e tecnologia e exportação. O evento será realizado nos dias 5 e 6 de outubro, na sede da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre (RS). Segundo Schmitt, o setor está dialogando cada vez mais com a sociedade para que os atributos do plástico sejam percebidos na mesma proporção dos benefícios que a população tem ao usá-lo. Nos dois dias de Congresso, estarão reunidos os principais especialistas do setor do plástico, representantes de sindicatos, membros de entidades ligadas ao setor, professores e pesquisadores de universidades nacionais 14 > Plástico Sul >>>

Em junho a Videolar-Innova apresentou a abertura da planta de poliestireno expandido, no Polo Petroquímico de Triunfo. O investimento na unidade, que tem capacidade para a produção de 25 mil toneladas ao ano da resina, foi de cerca de R$ 100 milhões. "Estamos preparados para dobrar a capacidade ou mais, vai depender da demanda interna e da exportação", adianta o executivo. Parisotto ressalta que existe uma demanda reprimida desse produto usado em embalagens, na construção civil e no isolamento térmico em edificações. Popularmente, o poliestireno expandido é muito conhecido pela marca comercial isopor. A Videolar-Innova adotará o nome Newcell para o seu produto. Depois dessa iniciativa, em 2017, a empresa pretende começar, também em Triunfo, a produção de ABS (usado para a fabricação de plásticos de engenharia), com capacidade para 100 mil toneladas ao ano. O investimento nessa planta será na ordem de R$ 100 milhões. A unidade poderá ser aproveitada para a produção de ABS ou para poliestireno HIPS (empregado em plásticos para alto impacto), segundo as condições de mercado. Para 2018, o objetivo será duplicar a capacidade de estireno (utilizado na produção do poliestireno, ABS, borracha sintética, resinas acrílicas, entre outros produtos). Atualmente, a unidade tem potencial para 250 mil toneladas anuais. Parisotto revela que, neste momento, a Videolar-Innova negocia com a Braskem o fornecimento de matéria-prima para expandir a unidade de estireno. Hoje, a Braskem tem um volume disponível de benzeno que possibilitaria à Videolar-Innova fazer mais 120 mil toneladas de estireno/ano, porém não tem insumo suficiente para viabilizar a duplicação da planta. "Em última análise, vamos ampliar em 50%, mas o ideal, economicamente, seria dobrar", enfatiza. O investimento no aumento da capacidade


dependerá se a expansão será de 50% ou 100%. No entanto, o cálculo é de US$ 1 milhão aplicado a cada mil toneladas de capacidade. Procurada pela reportagem do Jornal do Comércio, a Braskem preferiu não se pronunciar sobre o abastecimento de matéria-prima para o seu cliente ou se seria capaz de incrementar a produção de benzeno. Depois de todos os investimentos concretizados pela Videolar-Innova, deverão ser gerados de 100 a 150 postos de trabalho. Parisotto recorda que a Videolar assumiu a Innova há pouco mais de um ano. "E falamos, naquela ocasião, que tínhamos grandes ambições para essa planta, de aumentar as produções", destaca. O empresário enfatiza que o investimento feito no complexo de poliestireno expandido foi através de recursos próprios da empresa. A ação contou com o apoio do Fundopem, contudo Parisotto expõe que, enquanto o benefício fiscal para a antiga controladora, a Petrobras, era de 60%, para a Videolar foi de 30%.

Creche da MVC

Empresas Artecola e à Marcopolo. A nova escola de educação infantil do programa Pró-Infância, unidade Crescendo com Alegria, já está em funcionamento e, vai atender, inicialmente 62 crianças, apesar de sua capacidade ser para até 112 jovens por turno. A nova creche do programa Pró-Infância foi construída com o revolucionário sistema construtivo Wall System desenvolvido pela a MVC. Com área construída de 1.058,14 m², possui em sua composição arquitetônica oito salas de aula (bloco pedagógico), bloco administrativo, bloco de serviços, multiuso, pátio coberto, fraldário, parque, refeitório, entre outros ambientes, que permitem a realização de atividades pedagógicas, recreativas, esportivas e de alimentação, além das administrativas e de serviço. A Escola de Educação Infantil Crescendo com Alegria faz parte do Programa PROINFÂNCIA Programa Nacional de Reestruturação e Aparelhagem da Rede Escolar Pública de Educação Infantil -, criado pelo Governo Federal (MEC e FNDE) e que integra o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).

A Prefeitura do Município de Garibaldi inaugurou, em maio, mais uma creche construída pela MVC, empresa brasileira líder no desenvolvimento de soluções em plásticos de engenharia e pertencente às

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Artigo

Por Edilson Deitos*

Escolhemos não participar da crise

É

claro que as crises não podem ser ignoradas, mas também não podem ser supervalorizadas. Sempre acompanhei e me preocupei com o sofrido cenário nacional, mas acreditando que dias melhores chegariam. Nos dois primeiros meses deste ano, o setor plástico gaúcho apresentou uma taxa de mão de obra positiva, contratando mais do que demitindo. O que é muito bom, já que o desemprego é uma das maiores chagas para o indivíduo, para a sociedade e para a economia, freando o consumo. E não sou só eu que sou otimista. O índice de confiança do empresário do setor de plástico superou pelo primeiro mês o ano anterior, chegando em 36% em março. Os setores ligados a embalagens e bens de consumo, fortes termômetros da economia, já apresentam índices positivos de crescimento. No primeiro semestre, a crise política que se arrastava há meses prejudicando os mercados chegou ao ápice, com a troca da presidência. O novo governo começou herdando os desafios e enfrentando resistência com algumas medidas. Todos estamos na expectativa por bons resultados já neste segundo semestre e o presidente Temer sabe que o Brasil não dará muito tempo para que eles apareçam. No Sinplast, não deixamos o pessimismo retardar ações em favor da cadeia. Adotamos um comportamento alinhado àquela ideia “escolhemos não participar da crise”. Neste ano, estruturamos novos comitês específicos por segmentos - filmes, injeção, sopro, extrusão de PVC, rotomoldagem, pallets e agronegócio. Criamos o Comitê de Matérias Primas e implantamos um relatório semanal de inteligência de mercado para os associados. O trabalho se baseia na análise dos principais indicadores internacionais, com dados como ICIS-Lor, IHS, Platts, Chem-data, Oil & Gas e outros mais localizados, e vincula os fatos mercadológicos internacionais com a realidade local. Com este material, as empresas têm uma visão permanente do que ocorre no cenário internacional de resinas, principalmente no que tange à demanda e

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oferta, evolução de preços e correlação entre as variáveis que compõem o estudo. Este conhecimento técnico é importante para qualificar a gestão, algo que consideramos fundamental. Nosso setor é majoritariamente composto por empresas com perfil pequeno e familiar. Não podemos deixar que esta característica leve à informalidade, que pode ser prejudicial. Como trabalhamos com um material historicamente novo, temos o desafio extra de esclarecer os fatos, derrubar inverdades livremente propagadas. Através do Programa Sustenplást, há quase uma década levamos a informação correta a pessoas das mais variadas idades e níveis sociais, atuando em escolas e empresas, e também junto à opinião pública, à comunidade, a entidades e autoridades pelos mais diferentes meios. A crise existe e atinge a todos, até as maiores e renomadas empresas, mas em geral as mais afetadas – grandes ou pequenas - são aquelas que nos momentos de bonança não se prepararam para a maré baixa, que cedo ou tarde chega. Também não podemos esquecer que em quedas econômicas também existem oportunidades, afinal os produtos surgem para atender carências dos consumidores. É preciso lembrar também que, às vezes, os mercados podem estar distantes. A taxa brasileira de exportação de produtos transformados plásticos é historicamente muito baixa, o que indica que aí há oportunidades. Dados da ABIPLAST mostram que em 2015 houve queda expressiva das importações por conta da retração na demanda brasileira e as exportações aumentaram aproximadamente 8,9% em toneladas. Enfim, o cenário político e econômico brasileiro chega a ser constrangedor para os negócios, mas não podemos perder o otimismo e a confiança. *Presidente do Sinplast


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Economia

Agora vai?

Nova configuração política dá ânimo à indústria nacional, que espera ansiosamente por ações estratégicas que promovam a tão aguardada retomada da economia brasileira.

O

timismo, cobrança e cautela. Esses são os principais sentimentos dos empresários brasileiros em relação à nova configuração político-econômica que se apresenta após o afastamento da presidente Dilma Roussef do Palácio do Planalto. A posse de Michel Temer por certo colocou um pouco de esperança na rotina dos empresários da indústria brasileira, prova disso são os índices de confiança de alguns setores que apresentaram aumento nos últimos meses. Entretanto há também um sentimento de atenção às cenas do próximo capítulo, aguardando ações práticas que serão feitas para retomar o desempenho anterior à crise. “A expectativa é por solidez das instituições de todo o país, em respeito à Constituição, para haver maior confiança dos investimentos econômicos. Retomada econômica, se todas as variáveis se resolverem de forma positiva, só em 2017”, acredita o presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho, Jaime Lorandi.

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As variáveis citadas pelo dirigente consistem em determinadas decisões estratégicas. Para a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), o presidente Michel Temer e sua equipe devem ouvir as entidades empresariais. “Mesmo que haja um período caracterizado pela interinidade, temos um novo governo. Durante todo esse tempo de paralisação da economia pela crise política, as entidades continuaram trabalhando nas suas propostas de medidas governamentais. Portanto, cumpre ao Executivo ouvir e receber as ideias”, enfatiza o pronunciamento divulgado pela Fiergs. Segundo a entidade, dois são os pontos importantes: a indústria pode dar a resposta mais rápida na retomada econômica, com a resultante geração de empregos; e o País tem que aproveitar a oportunidade que se abriu para a exportação como fator de crescimento. Ainda, de acordo com o comunicado da Fiergs, chegou a hora de um “Pacto Econômico para o Crescimento” que coloque o setor industrial no centro das novas políticas. “A indústria quer gerar empregos.


Os governos é que não deixam”, diz o presidente da Fiergs, Heitor José Müller. De acordo com Müller, há medidas pontuais que podem ser tomadas até nos primeiros cem dias de governo. O industrial enumerou algumas decisões simples que compõem a Pauta Mínima elaborada pela Fiergs para levar à nova equipe do executivo federal. “Não aumentar impostos, nem criar a CPMF ou similar; revisão dos prazos de recolhimento dos impostos; retomada dos programas de apoio do BNDES, em especial o PSI; atualização das faixas de enquadramento do BNDES para os portes empresariais e manutenção da desoneração da folha de pagamentos”, afirma. Além disso, outras medidas seriam a reposição do estímulo do Reintegra para a exportação; trégua nas imposições burocráticas que pesam nos custos empresariais, como o E-Social, a NR12, NR10, NR36 e as demais Normas Regulamentadoras; agilização das PPPs visando a modernização da infraestrutura do País e a manutenção dos investimentos logísticos; regularização da terceirização; prestigiamento do negociado nas Relações de Trabalho e atualização vigorosa da tabela do Imposto de Renda para fortalecer o mercado interno. O presidente da Federação das Indústrias do

Estado do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, acredita que o afastamento da presidente Dilma Rousseff serve para que o Brasil saia da paralisia política em que se encontra e comece a discutir com seriedade medidas para a retomada da atividade econômica do país. “Assim como a maioria dos deputados, os senadores também souberam ouvir a voz das ruas que clamava por uma mudança na maneira como o país vinha sendo conduzido”, diz Campagnolo. “Com a decisão do Senado, superamos mais uma importante etapa para colocar fim a esse impasse político. Agora é preciso que, urgentemente, o novo governo dê sinais de que pode recuperar a confiança de investidores, empreendedores, consumidores e de todos os cidadãos, para que comecemos a nos recuperar dos estragos causados nos últimos anos”, completou. Para Campagnolo, a partir de agora o Brasil precisa superar o passado e olhar para o futuro. “O novo governo tem a missão de unir o país. É preciso que seja um governo de transição, sem viés partidário, e que junto com a sociedade e o Congresso Nacional, desenhe um plano para recuperar imediatamente a economia e criar as bases para nosso desenvolvimento em longo prazo”, declara. “Acima de tudo, é preciso que o governo tome decisões

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DIVULGAÇÃO

Economia

Glauco José Côrte, da Fiesc, defende a melhoria das condições para financiamento de capital de giro às empresas

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sobre mudanças e coloque em pauta as reformas tão necessárias para o país. Essas decisões devem ser tomadas urgentemente e sem medo. Sabemos que o remédio em muitos casos é amargo, mas é necessário combater a doença”, acrescenta. Em Santa Catarina, a indústria também demonstra atenção ao atual cenário. Em reunião do Fórum Nacional da Indústria com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina, FIESC, Glauco José Côrte, defendeu a melhoria das condições para financiamento de capital de giro às empresas na atual conjuntura adversa da economia. Esta foi uma das cinco propostas emergenciais apresentadas pelo setor para sair da crise, no encontro, realizado no Ministério da Fazenda em Brasília e que contou também com a participação do secretário da Receita Federal, Jorge Rachid. A indústria propôs também rever o programa de refinanciamento de débitos fiscais (Refis), adequando-o à situação atual de retração da atividade econômica. Sugeriu a ampliação do prazo de recolhimento de tributos; pediu a efetiva entrada em vigor do programa Reintegra, que prevê restituição dos tributos incidentes sobre a exportação e condições para estabilidade e previsibilidade da taxa de câmbio; além de garantia de recursos para o financiamento das exportações. Para financiar o giro dos negócios, Côrte defendeu o uso dos chamados depósitos compulsórios, parcela dos recursos captados pelos bancos junto a seus clientes e que são recolhidos obrigatoriamente ao Banco Central, dentro da política definida pela autoridade monetária. A composição do saldo desses depósitos líquidos disponíveis é de cerca de R$ 385

bilhões. Um quarto desse valor, ou perto de R$ 100 bilhões, poderia ser destinado para investimentos e capital de giro, com a contrapartida da reabertura proporcional dos postos de trabalho fechados, sem prejudicar o controle das contas governamentais, defende o presidente da FIESC. “Pelas dificuldades conjunturais, a inadimplência cresce e muitas empresas estão sem condições de honrar seus compromissos financeiros, inclusive, obrigações tributárias”, explicou Côrte. Conforme sondagem especial da CNI, 35% das empresas que procuraram contratar ou renovar linhas de crédito nos últimos meses não conseguiram; 40% delas conseguiram apenas parte dos recursos pleiteados e mais da metade das que renovaram o fizeram em piores condições do que as anteriores. “O ministro mencionou que a nossa proposta já foi executada em 2008, no auge da crise, mas que está sujeita a estudo e exame do Banco Central. Ele se comprometeu a nos chamar para debater as conclusões a que o Ministério chegar”, relatou Côrte, acrescentando que o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, sugeriu que o encontro seja periódico para avaliar o desdobramento das medidas propostas, o que foi aceito por Meirelles. O ministro reconheceu a importância da indústria como fator de crescimento do País e suas repercussões benéficas sobre os demais setores produtivos. “Saímos com uma impressão boa das colocações do ministro. Vamos esperar que a reunião resulte em medidas que possam ajudar na retomada da economia”, resumiu o presidente da FIESC. A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas está otimista com a possibilidade de haver o fim da crise política, mas cobra a tomada de ações rápidas para reverter o quadro econômico. Carlos Pastoriza, presidente da ABIMAQ, foi um dos que salientou a importância de haver o fim da crise política, que tem afetado diretamente o crescimento das empresas. “O que nós entendemos é que não dá mais para postergar os ajustes importantes que precisam ser feitos na economia, tanto ajustes de curto prazo, como o fiscal, quanto os ajustes de médio e longo prazo, as chamadas mudanças estruturantes na economia, como a tributária e previdenciária”, explicou, em nota. Pastoriza lembrou que embora se tenha uma esperança em um novo governo Temer, é preciso agir de forma rápida. “Temos pressa para que se resolva rápido a crise institucional e que sejam tomadas essas medidas porque a economia está sangrando diariamente.”


Artigo

Por José Ricardo Roriz Coelho*

O preço da corrupção

F

icamos estarrecidos, embora não surpresos, ao concluir, no Decomtec (Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp), estudo sobre os custos econômicos da corrupção e as propostas para o combate a essa erva daninha. Traçaram-se dois cenários. O primeiro leva em conta dados mais realistas e palpáveis, calculando prejuízo anual de R$ 80,3 bilhões (1,36% do PIB); o segundo, considerando números estimativos, indica que R$ 132,84 bilhões (2,25% do PIB) escorrem anualmente pelos ralos da improbidade. Mais triste e espantoso ainda é constatar o que seria possível fazer com R$ 80,3 bilhões a cada ano: arcar com o custo anual de 27,8 milhões de alunos das séries iniciais do Ensino Fundamental; equipar e prover o material para 146 mil escolas, com capacidade para 600 estudantes cada; construir 72,6 mil escolas; comprar 164,8 milhões de cestas básicas; construir 1,158 milhão de moradias do programa Minha Casa, Minha Vida; prover instalações de esgoto para 20 milhões de famílias/ lares; construir 45,8 mil quilômetros de rodovias pista simples ou 24,8 mil quilômetros de ferrovias; ou edificar 91 aeroportos, com capacidade para cinco milhões de passageiros/ano. Ou seja, em quatro anos de governo, seria possível atender a praticamente todas essas prioridades com o dinheiro que se desvia para propinas, comissões escusas em licitações fraudulentas, superfaturamento de obras e outras mazelas. O estudo, em outro recorte, mostra como a corrupção afeta vertical e horizontalmente a sociedade, correspondendo a 7,49% do total de investimentos, 2,15% do consumo das famílias e 6,73% do setor público, 22% dos gastos com educação, 110% do aporte de recursos em pesquisa e desenvolvimento e 113% das verbas destinadas à segurança pública. Além disso, afasta investimentos, desestimula negócios e contamina o ambiente econômico, reduzindo a competitividade dos setores produtivos.

Não é sem razão, portanto, que o Brasil ocupe o 76º lugar, dentre 168 nações, no Índice de Corrupção Percebida da ong Transparência Internacional, situando-se no grupo das que têm sérios problemas de improbidade. O ranking é citado no relatório do Decomtec, que também sugere medidas para mitigar essa prática corrosiva. Nossas propostas dividem-se em dois segmentos. O primeiro, no campo das reformas institucionais, prevê reavaliar a representatividade política no Congresso Nacional e estabelecer regras claras e transparentes para o financiamento de campanhas eleitorais; reforma do sistema judiciário para reduzir a percepção de impunidade e aumentar a rapidez das sanções; e reforma administrava, reduzindo o poder do Executivo de nomear pessoas para cargos, desestimulando a barganha no jogo político, o fisiologismo e a captação de propinas. O segundo grupo de sugestões é relativo às reformas econômicas, incluindo a fiscal, a tributária e a microeconômica, abrangendo o fortalecimento das agências reguladoras e o estímulo à participação da sociedade no controle da administração pública. Combater a corrupção é tarefa inadiável. Abdicar dessa responsabilidade significa continuar queimando o dinheiro dos cidadãos na chama da desonestidade, condenar o Brasil a graves crises político-econômicas periódicas e adiar indefinidamente a conquista do desenvolvimento. *Presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) e do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de São Paulo (Sindiplast-SP). É vice-presidente da Fiesp e diretor de seu Departamento de Competitividade e Tecnologia.

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DestaqueSopradoras Impulsionado pelo positivo desempenho das indústrias de bebidas e produtos de limpeza, segmento de sopro avança e demonstra que, além do desenvolvimento tecnológico, está atento às oportunidades do mercado.

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Muito além da embalagem

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epois de ter iniciado o ano com ligeiro crescimento de 0,4% em janeiro, na série livre de influências sazonais, a produção industrial brasileira voltou a cair em fevereiro: 2,5%. Os dados da Produção Industrial Mensal Produção Física Brasil (PIM-PF) foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda de 2,5% da atividade industrial na passagem de janeiro para fevereiro reflete o predomínio de resultados negativos, alcançando três das quatro grandes categorias econômicas e 13 dos 24 ramos pesquisados pelo IBGE. Já os impactos positivos importantes foram observados nos setores de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (1,3%) e (3,4%) e bebidas (1,3%).

Tais segmentos são os principais demandantes de embalagens plásticas sopradas, comprovando que, para quem trabalha com este tipo de material, o ano não está perdido. Segundo o diretor da unidade de negócios de máquinas para plásticos da Indústrias Romi, William dos Reis, os principais mercados para sopradoras são os de bebidas, cosméticos e indústria química. “Neste ano, notamos um desempenho melhor na venda de máquinas para a produção de frascos para bebidas e galões para água mineral”, explica o executivo. Para Reis, a indústria de sopro tem se tornado mais competitiva e moderna nos últimos anos, dando ênfase à produtividade com alta qualidade e redução dos custos de produção com redução do consumo de energia e matéria-prima. As expectativas para o fechamento do ano demonstram

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DestaqueSopradoras

Reis, da Romi: “Percebemos uma mudança de comportamento do empresário”

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um sinal de esperança em dias melhores. O diretor explica que, como muitos especialistas econômicos prevêem, 2016 não apresentará significativa recuperação da atividade industrial. “Porém, no primeiro semestre percebemos uma mudança de comportamento do empresário brasileiro que já se prepara para uma possível retomada da economia, modernizando gradativamente seu parque industrial buscando maior produtividade e maior competitividade por meio da economia de energia e maior qualidade do produto”. As máquinas sopradoras representam cerca de 30% do volume da unidade de negócios de máquinas para plásticos da Companhia, composta também por injetoras. Reis destaca a linha C, composta por sopradoras de extrusão contínua disponíveis nos modelos: C 5TS, com mesa simples para soprar frascos

duplos de até 5 litros com força de fechamento de 14 ton e rebarbação de alça; a C 5TD, equipada com mesa dupla para frascos duplos de até 5 litros em cada mesa; e a C 8TD, equipada com mesa dupla para moldes sêxtuplos com entre centro de 100 mm. Esta linha possui controle proporcional em todos os movimentos hidráulicos gerando maior precisão e repetitividade ao processo de sopro. “Seu moderno comando CM10 permite programar até 512 pontos no perfil de parison com controle por servo-válvula, garantindo uma perfeita distribuição de material, e controla até 21 zonas de aquecimento no cabeçote”, explica o diretor. Reis salienta que o motor com inversor de frequência é acoplado diretamente à extrusora aumentando seu desempenho e eficiência energética. “Esta linha se destaca pela produtividade e baixo consumo de energia”, enfatiza. Já a sopradora P 5L com extrusão contínua foi desenvolvida para soprar frascos de até 5 litros, equipada com o comando CM10 que proporciona melhor interatividade e possibilita até 512 pontos no programador de parison, com controle por servo-válvula, e possui rebarbação hidráulica. O executivo acrescenta que sua extrusora possui motor elétrico acoplado diretamente ao redutor proporcionando melhor rendimento, além de dispor de um controle individual de temperatura para torpedo e trefila que permite melhor controle, produtividade e baixo consumo energético. Outra linha da Romi destacada por Reis é a MX, composta por sopradoras por acumulação para peças com volumes de 10 a 100 litros, equipadas com cabeçotes com sistema FIFO, que oferece troca de cores mais rápidas, e com o comando CM10 que permite 512 pontos de programação de parison com controle por servo-válvula, proporcionando maior precisão e controle do peso das peças sopra-


das. A linha MX possui um conjunto de moldagem com área maior de molde e elevada força de fechamento. Sua extrusora possui motor com inversor de frequência diretamente acoplado aumentando o desempenho e a eficiência energética. “Também temos a sopradora PET 230, que produz frascos duplos de até 3 litros em PET, totalmente automática e equipada com sistema de alimentação e silo de pré-formas adequados para as normas de envase de bebidas”, diz Reis, finalizando as máquinas em destaque para área de sopro.

Matéria-prima

Uma das principais resinas utilizadas na indústria de sopro é a PET. Conforme informação da Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet), historicamente, 90% do Consumo da resina no Brasil são utilizados para a produção de embalagens para Bebidas e Alimentos (Refrigerantes, Água, Óleo Comestível etc.). Neste sentido, o Brasil possui dois players com produção nacional: a Petroquímica Suape e o Grupo M&G. Um dos destaques do Grupo de origem italiana é a Cleartuf ® Max™ , resina PET indicada para aplicações em embalagens de bebidas carbonatadas, como os refrigerantes. Esta

matéria-prima da M&G trata-se de um polímero de alto peso molecular, com viscosidade intrínseca de 0,84 dl/g. No desenvolvimento dessa resina, a M&G focou em dois objetivos importantes: a otimização da produção de garrafas e a redução no consumo de energia durante o sopro em máquinas de dois estágios. Assim, a Cleartuf ® Max™ favorece uma maior absorção de energia das lâmpadas infravermelhas, presentes na maioria das máquinas de sopro de alta performance. Essa absorção de energia resulta em um melhor controle de temperatura durante o processo e, consequentemente, na melhoria da distribuição de material e das propriedades das garrafas. Essa característica pode também levar a um melhor rendimento do equipamento ou à redução do consumo de energia. A Cleartuf ® Max™ é resina de última geração, pertencendo a uma categoria de resinas de fácil aquecimento, desenvolvidas para produzir embalagens com propriedades únicas, tais como excelente grau de transparência e brilho, alta resistência e dureza e excelentes propriedades de barreira. Além do mercado de bebidas carbonatadas, Cleartuf ® Max™ é amplamente utilizada em outros segmentos, como óleos comestíveis, condimentos, isotônicos, higiene, limpeza e outros.

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Destaque Sopradoras

Garrafa PET para óleo comestível mais leve do mundo

Produtor relevante no mercado brasileiro, a Algar Agro trabalhou com a Sidel para reduzir o peso total da sua garrafa de 18 para 14 gramas – uma redução de 22%. A garrafa foi reprojetada sem quaisquer alterações perceptíveis para o consumidor em sua aparência externa, que já é bem conhecida. No entanto, usando a experiência da Sidel em redução de peso, a Algar Agro pôde alcançar uma economia significativa no peso e na matéria-prima

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utilizada. Houve também um impacto substancial na minimização do custo para produzir, embalar e transportar o produto acabado, juntamente com a redução do custo total da posse (TCO) do próprio equipamento de produção. As propostas para otimização da embalagem da garrafa foram apresentads pela Sidel, que também realizou testes de viabilidade para o novo design no seu Centro de Embalagem e Ferramentaria em Guadalajara, no México. A Sidel foi escolhida entre outras empresas concorrentes por causa de sua experiência e conhecimento, bem como pelas propostas concretas apresentadas à Algar Agro durante as discussões iniciais para reduzir o peso da garrafa. Edney Valente Lima Filho, Gerente de Projetos da Algar Agro, explicou: “Nós reunimos os melhores fornecedores da indústria e isso se refletiu nos resultados do projeto. O sucesso da Sidel foi assegurado pelo know-how demonstrado durante a negociação para propor e garantir a nova garrafa de óleo vegetal – a mais leve do mundo “! Com a aquisição de duas sopradoras Sidel Matrix™ – uma em cada unidade de produção – a Algar Agro acredita que é o primeiro produtor de óleo comestível no Brasil com injeção e sopro integrados no seu processo de produção de PET. As máquinas da Sidel foram instaladas em linhas de engarrafamento produzindo 25.000 garrafas PET de óleo vegetal por hora. A instalação é resultado de um estudo de dois anos para investigar e avaliar a viabilidade do processo de integração da produção e acondicionamento de óleos vegetais.


Tecnologia Rhodia começa a fabricar no Brasil produto aplicado em pneus para a economia de combustível e redução de emissões dos veículos Empresa investiu em torno de U$$ 10 milhões em projetos de modernização, implantação de tecnologias e melhoria de processos na fábrica de sílica precipitada em Paulínia (SP)

A

Rhodia, empresa do Grupo Solvay, deu início à produção no Brasil da sílica precipitada de alto desempenho (HDS, na sigla em inglês) para atender principalmente a expansão da fabricação dos chamados ‘pneus verdes’, que economizam energia (combustível) e ao mesmo tempo reduzem as emissões de carbono na atmosfera. Estudos realizados pela empresa e por organismos do setor automotivo internacional indicam que o uso da sílica HDS permite a economia de até 7% no consumo de combustível do automóvel e reduz na mesma proporção as emissões de carbono na atmosfera. Além disso, o uso da sílica da Rhodia melhora em 10% a aderência do pneu ao piso molhado. “Nossa sílica HDS pode ser um fator fundamental para a indústria automotiva alcançar mais rapidamente as metas de redução de emissões de carbono previstas pelo programa brasileiro Inovar-Auto”, diz François Pontais, Diretor para a América Latina da Unidade Global de Negócios Sílica, do Grupo Solvay. Segundo Pontais, a migração da produção das montadoras de pneus para os chamados pneus verdes é uma tendência global do mercado, tendo em vista as exigências ambientais mais rigorosas para o controle de emissões dos veículos, visando incrementar a mobilidade sustentável. “A sílica HDS se tornou líder mundial no seu segmento por justamente atender a essas necessidades”, acrescenta. O conceito do pneu verde nasceu na Europa no início dos anos 90 no segmento de veículos de passeio, a partir da invenção da sílica HDS pela Rhodia (que pertence ao Grupo Solvay desde 2011). Logo tomou corpo e se expandiu por conta da legislação ambiental euro-

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Rhodia traz inovação para pneus

peia para o setor automotivo, que continua desafiando o setor para produção de veículos mais sustentáveis e, portanto, menos poluentes. A expansão do uso de sílica HDS teve um impulso importante com a recente adoção de programas de etiquetagem de pneus, um modo de assegurar ao consumidor a melhor compra desse produto, alinhada à demanda por produtos mais sustentáveis. O programa de etiquetagem foi implementado inicialmente na Europa em 2012 e logo expandiu-se para outras regiões do planeta, como a Ásia (Japão e Coréia do Sul). Agora, a partir de outubro de 2016 passa a valer no Brasil. “A sílica HDS contribuirá para que a indústria de pneus ofereça o melhor produto aos consumidores”, afirma François Pontais.

Investimentos em tecnologia e inovação

O início da produção da sílica de alto desempenho no Brasil é um dos resultados de uma série de projetos voltados ao aumento da eficiência e da competitividade do negócio Sílica na América Latina, abrangendo a unidade de produção e o laboratório de desenvolvimento de aplicações, instalados no conjunto industrial do Grupo Solvay em Paulínia (SP), além das equipes de gestão administrativa e comercial. O portfólio de projetos de melhoria abrange todas as áreas do negócio Sílica na América Latina. Por exemplo, há investimentos em "BAT" (Best Available Technology) para processos de produção (sílica de alto desempenho, eficiência energética, rendimentos da produção), em excelência operacional e em supply chain (embalagem, armazenagem e logística) na planta de industrial de Paulínia (SP). Todas essas tecnologias e desenvolvimentos de produtos comercializados no setor de borracha e pneus - Zeosil® e Efficium® - são os destaques da empresa na Expobor 2016 – 12ª Feira Internacional de Tecnologia em Borrachas, Termoplásticos e Máquinas, de 28 a 30 de junho, no Expocenter Norte, em São Paulo.

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Bloco

de Notas

Tecnologia Pro E.V.A Revolution

A Retilox,empresa 100% brasileira, especialista na fabricação de peróxidos orgânicos modificados, coagentes e aditivos exclusivos para cura/modificação dos mais diversos tipos de polímeros, lançou na ultima edição da feira Expobor, a nova tecnologia denominada, Pro EVA Revolution, para ser aplicado tanto em EVA injetado, como derramado. A novidade consiste em um master, denominado RETIMASTER INJ, que elimina o brilho do EVA, potencializa a pigmentação e emborracha o produto. O RETIMASTER INJ, também melhora o encolhimento, o grip,a resiliência, copia melhor o desenho do moldee aumenta a produtividade,reduzindo o ciclo de cura e os custos globais.

Dow anuncia novos executivos

O negócio de Embalagens & Plásticos de Especialidades da Dow anuncia Miguel Molano e Carlos Escamilla como Gerentes de Marketing para América Latina de Embalagens Industriais e de Consumo e Embalagens Rígidas & Tubos, respectivamente. Miguel Molano, atual gerente de P&D para América Latina, passa a ser gerente de Marketing de Embalagens Industriais e de Consumo para América Latina terá a responsabilidade de desenvolver e implementar estratégias de marketing para o segmento, com foco em unitização e agronegócio. Carlos Escamilla, atual gerente de Desenvolvimento de Mercado & Cadeia de Valor no México, passa a ser gerente de Marketing de Embalagens Rígidas & Tubos para América Latina e será responsável pelo desenvolvimento e implementação das estratégias de marketing com foco em tubos, irrigação e tampas e selantes - um mercado de alta capacidade.

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Bloco

de Notas

Compósitos: programa de logística reversa no Paraná

Criado no final de 2014 pela Associação Latino-Americana de Materiais Compósitos (ALMACO), o programa de logística reversa pós-consumo de peças de compósitos entrará em operação no início de agosto. A iniciativa acontece no Paraná, numa área que abrange Curitiba e mais 29 municípios, e contempla inicialmente componentes de ônibus, como tetos, grades e para-choques. A expectativa ao longo do primeiro ano é de efetuar a logística reversa de cinco toneladas de compósitos, cujo destino final será o coprocessamento em fornos de cimenteiras, alternativa reconhecida como ambientalmente amigável. “A partir de agosto, a responsabilidade pelo pós-consumo passará a ser dos fabricantes das peças. Caso eles não façam parte do programa, estarão sujeitos a multas pesadas, a exemplo do que acontece nos segmentos de pneus e filtros de óleo”, alerta Paulo Camatta, gerente executivo da ALMACO. Já foram registradas no Paraná autuações de mais de R$ 150 mil para as empresas que descumpriram o acordo de logística reversa. A ALMACO, informa Camatta, também orientará os seus associados a adquirir matérias-primas apenas dos fabricantes cadastrados no programa. Para mais informações, acesse www.almaco.org.br

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Arqplast Elege a Tomra Sorting Recycling para automatizar linhas de produção

Sediada no município de Boituva, a 130km de São Paulo, a Arqplast Utilidades Domésticas em 2015 deu um passo importante na consolidação de resultados e na qualidade dos produtos finais com a instalação de dois equipamentos AUTOSORT da TOMRA SortingRecycling que permitem processar cinco toneladas de plásticos por hora. O inovador AUTOSORT combina os sensores NIR e VIS e permite reconhecer e separar com total precisão e máxima velocidade uma grande quantidade de materiais em função do tipo e composição, obtendo frações de elevadíssima pureza. Na fábrica da Arqplast, os dois equipamentos processam Polipropileno (PP) que vem misturado com Polietileno (PE), por vezes com até 30% de impurezas. Esta solução inovadora proporcionada pela TOMRA SortingRecycling veio alterar a realidade da fábrica, que até então tinha processos bastante manuais e elevadas perdas, assim como altos custos de produção. “A grande vantagem dos equipamentos da TOMRA SortingRecyclingse dá por ter permitido reduzir o número de operários na triagem aumentado a eficiência e a pureza do material recuperado, assim como permitiu recolocar operários em outras áreas mais estratégicas da planta”, afirmou o proprietário da fábrica, Arquimedes Silva.


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Agenda DIVULGAÇÃO

Anunciantes

Düsseldorf (Alemannha)

A. Schulmann / Página 2 Braskem / Página 9 Cristal Master / Página 33 Dannaplas / Página 30 Digitrol / Página 32 Interplast / Página 35 Mainardi / Página 32 Moretto / Página 17 Multi União / Página 11 Olivertech / Página 30 Orion Matrizes / Página 24 Polipositivo / Página 30 PVC Sul / Página 25 R. Pieroni / Página 28 Replas / Página 36 Romi / Página 13 Rosciltec / Página 24 Rosso Tur / Página 31 Sepro / Página 5 Simpep / Página 21

Agende-se para 2016 Argenplás 2016 – Exposição Internacional de Plásticos 13 a 16 de junho de 2016 Buenos Aires – Argentina www.argenplas.com.ar Interplast 2016 – Feira e Congresso de Integração da Tecnologia do Plástico EUROMOLD BRASIL – Feira Mundial de Construtores de Moldes e Ferramentarias, Design e Desenvolvimento de Produtos 16 a 19 de agosto de 2016 Joinville - SC www.interplast.com.br

Simplás / Página 15 Teck Trill / Página 26 Thormaq / Página 30 Videolar - Innova / Páginas 18 e 19 34 > Plástico Sul >>>

K 2016 A feira nº 1 no mundo em plástico e borracha 19 a 26 de outubro de 2016 Düsseldorf - Alemanha www.k-online.de


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