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Editorial DIVULGAÇÃO
Expediente Abril de 2017 - # 184
Conceitual Brasil - Jornalismo Total www.revistaplasticosul.com.br Fone: 51 3407.0179 editora@conceitualpress.com.br
Trabalho e otimismo superam a crise
Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves DRT/RS nº 12.844 Departamento Comercial: Débora Moreira Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 99941.5777) Capa: divulgação Plástico Sul é uma publicação da Conceitual Brasil - Jornalismo Total, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 8.000 exemplares.
S
er empresário em um país onde a instabilidade política-econômica virou pauta diária, é um desafio constante. Viver na corda bamba e conseguir fazer a travessia é resultado de muito trabalho e otimismo e algumas estratégias de gestão. Pois o Brasil coloca, a cada dia, as empresas e também os consumidores em cheque. No entanto, mesmo com dificuldades, os empreendedores avançam. E no Brasil, que passou os últimos anos estagnado, existe um sopro de esperança. Isso foi demonstrado no primeiro trimestre, especialmente para o segmento petroquímico-plástico, com duas feiras importantes – e bem sucedidas - realizadas em São Paulo: a Plástico Brasil e a Feiplastic. Confira nesta edição o balanço com as novidades e destaques de cada evento que, apesar do tempo instável em Brasília, revelam que a indústria está fazendo sua parte, oferecendo mais tecnologia para que os transformadores possam aprimorar seus produtos de forma competitiva. No caso específico de equipamentos, boas notícias no segmento de periféricos e acessórios, garantindo mais eficiência ao processo produtivo. Já no segmento de borracha as empresas também buscam formas de superar as dificuldades, pois um estudo do Sindicato das Indústrias de Artefatos de Borracha no Estado do RS (Sinborsul), revela que setor sofreu a terceira recessão nos últimos dez anos, mas existe expectativa de bons resultados em 2017. Outras notícias setoriais compõem o portfólio da edição, como raio-X do pujante Polo Plástico de Santa Catarina; os benefícios do agente de purga para ações de limpeza e manutenção indispensáveis às máquinas; a incrível descoberta da USP, de um plástico 100% biodegradável, fabricado a partir de resíduos agroindustriais; a nova vice-presidente da BASF e o avanço do Programa Tampinha Legal. Boa leitura... com fé.
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ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas Marca Registrada:
Melina Gonçalves / Editora melina.goncalves@conceitualpress.com.br 44 > Plástico > Plástico Sul Sul >>> >>>
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EspecialSanta Catarina
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Na trilha da superação
A
Região de Santa Catarina é conhecida pela sua beleza natural, onde o turismo demonstra força constante. Mas nessa rota a trilha que mais chama atenção é a da superação. Importantes pólos industriais demonstram a pujança do estado e dentro deste contexto, o setor plástico segue sua viagem de dinamismo, foco e superação. Isso porque diversos setores que utilizam o material plástico impulsionam seu consumo. O segmento de material de construção, por exemplo, é forte na região. “Os valores de arrecadação pela Fazenda do estado denotam que os subsetores plásticos estão contribuindo muito para isso, porém em valores bem menores do que 2014. Há um expressivo crescimento do Polipropileno, sendo o material com maior crescimento, com aplicações cada vez sofisticadas”, explica o presidente do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Santa Catarina (Simpesc), Albano Schmidt. O sindicato, que possui sede em Joinville (SC), está sempre atento às demandas de seus associados. Um dos principais projetos da entidade é o que oferece capacitação aos profissionais e o desenvolvimento de suas empresas associadas. Recentemente foi iniciado mais um ciclo do Programa de Encadeamento Produtivo para Competitividade, com a parceria do IEL/SC – Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina entregando 33 horas de consultorias coletivas e 132 horas de consultorias individuais em etapas de desenvolvimento, ações e auditorias. “O empresário da região onde atua o SIMPESC é conservador e muito preocupado com os resultados do seu negócio. Sempre cauteloso na tomada de decisões para evitar reflexos negativos no ambiente de trabalho e no mercado onde atua”, destaca Schmidt.
Desafios e Perspectivas
Como em todo o país, os principais desafios da indústria do plástico catarinense estão na instabilidade econômica e política, fazendo com que as empresas posterguem investimentos em aumento de produção ou novas unidades. O dirigente ressalta ainda outro obstáculo enfrentado pelas empresas da região. “A alta e complexa 6 > Plástico Sul >>>
legislação tributária, fazendo com que os produtos aqui produzidos, muitas vezes percam competitividade”, alerta. Apesar dos desafios, Schmidt destaca que a indústria de transformação do Estado continua a investir em inovação, tanto com novas resinas quanto com novas tecnologias. “Também tem buscado desenvolver novos mercados e novas aplicações”, atesta. A instabilidade política que afeta diretamente a economia do país, é uma das incógnitas para 2017. Caso o contexto permaneça como no primeiro trimestre do ano, tudo indica que há um deslocamento do período de estagnação e que existe uma linha de tendência positiva para os próximos meses. “O quadro de crescimento somente deverá ter reflexos positivos a partir de segundo semestre. A modernização da indústria brasileira necessita de mais contrapartida do governo. A queda de juros pode ajudar”, incentiva o presidente do Simpesc, que também lidera a Termotécnica, empresa produtora de EPS. Schmidt salienta que Santa Catarina cresceu 4% em exportação no mês de abril.
Ação importante
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina, FIESC, Glauco José Côrte, participou de encontro com o presidente da República, Michel Temer, no Palácio do Planalto, em Brasília, e entregou o documento “Ações prioritárias para a indústria catarinense”, que contempla nove proposições nas áreas de infraestrutura de logística e transporte, energia, relações trabalhistas e desenvolvimento industrial. A reunião contou com a participação do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, dos presidentes da FIERGS, Heitor Müller, e da FIEP, Edson Campagnolo, além de empresários dos três Estados. No documento entregue a Temer, Côrte, ao avaliar os ajustes necessários ao País, destaca que os primeiros passos já estão sendo dados, principalmente com a tramitação de reformas importantes, como é o caso do estabelecimento de um teto para os gastos públicos, a terceirização, as reformas trabalhista e da previdência, o programa de regularização tributária (com os ajustes incorporados pelo Congresso Nacional). “Essas medidas indicam que o governo está assumindo a tarefa de remover barreiras ao pleno crescimento do Brasil, missão esta que a FIESC reconhece como essencial e apoia integralmente”, destaca o presidente da FIESC. “Adiciona-se a necessidade de avanços em relação ao sistema tributário (incluindo a reforma do ICMS), à política de concessões e ao fortalecimento das agências reguladoras, entre outras”, completa. Na área de infraestrutura de transportes, entre as solicitações da FIESC estão a continuidade da duplicação das BRs 280 e 470; ampliação da capacidade e restauração das BRs 282, 163 e 116; investir na ampliação da BR-101 no sentido norte; restauração das BRs 153 e 158 e finalização das obras da BR-285. Também há demandas relacionadas à portos, aeroportos e ferrovia. Na área de energia, o documento destaca alternativas de suprimentos e transporte do gás natural, política para o carvão mineral, além da revisão da resolução normativa que determina a destinação de um percentual mínimo dos recursos
de projetos de P&D e eficiência energética para as regiões do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Quanto às relações trabalhistas, a Federação sugere alterações no texto da Norma Regulamentadora 12 (NR-12), que não estabelece diferenciação no tratamento de máquinas novas e usadas, impondo obrigações custosas às indústrias. No desenvolvimento industrial, a publicação destaca a modernização do serviço de inspeção de produtos de origem animal.
A convite de Côrte, participaram do encontro com Temer os industriais catarinenses Mario Cezar de Aguiar (Vectra - Joinville), Décio Silva (WEG - Jaraguá do Sul), Cesar Bastos Gomes (Portobello - Tijucas), Gilberto Seleme (Viposa - Caçador), Mario Schlickmann (Copobrás - São Ludgero), Edvaldo Ângelo (Metisa - Timbó), Vilson Hermes (Grupo Dass - Saudades) e Maria Regina de Loyola Rodrigues Alves (Lepper - Joinville).
Qualquer setor industrial tem nas feiras e eventos grande oportunidade de adquirir conhecimento e informação sobre tecnologias e inovações. Seja pelo fato de ver de perto máquinas e equipamentos que aumentem produtividade e economizem custos, seja por ter acesso a matérias-primas diferenciadas e competitivas, participar de uma ação que une compradores e fornecedores sempre é uma boa dica para quem quer atualização e concretização de negócios. Entretanto, para perdurar dentro deste universo alguns pontos são fundamentais. Entre eles, uma atraente localização geográfica é muito importante. E Joinville, além de ser estratégica para locomoção de visitantes de outros estados, ainda é uma cidade pujante quando o assunto é indústria do plástico. Dentro deste contexto, desde o ano 2000, a Feira e Congresso da Intergração da Tecnologia do Plástico - Interplast fortalece o setor na região. Em 2018 o evento chegará a sua 10ª edição. Realizada a cada dois anos a Interplast surgiu de dentro de uma feira metalmecânica denominada Intermach, que estava já em sua 2ª edição ( 1997 e 1999). “Na época Santa Catarina despontava como estado transformador de plásticos no cenário nacional, especialmente voltados à construção civil. A Interplast logo de inicio foi levada a mesa do SIMPESC , na pessoa de Nivaldo Nass (antigo sócio proprietário da Akros que foi vendida para a a AMANCO) que entendeu a importância da feira para a economia e as indústrias de transformação de plásticos do estado”, lembra Richard Spirandelli (foto), diretor da Messe Brasil. A partir de então, destaca o diretor, o SIMPESC passou a ser o realizador do evento, e iniciou-se uma maratona de visitas a indústrias, entidades de classe, feiras, associações da região para apresentar o novo projeto que teve uma rápida aceitação. Confira a entrevista concedida por Spirandelli para a revista Plástico Sul. Plástico Sul - Qual a importância da Interplast para o setor plástico catarinense e para a economia da região de forma geral? Richard Spirandelli - A partir da primeira edição os principais players do mercado de máquinas e matérias-primas passaram a se encontrar na INTERPLAST a cada dois anos com os prospectos, clientes e imprensa, trazendo novidades em processos produtivos mais eficientes e tecnologias inovadoras para a indústria do plástico. Do ponto de vista da economia, a INTERPLAST vem trazendo inovações na feira, conhecimento
que pode ser aplicado diretamente na indústria pelo congresso e a partir de 2014 as rodadas de negócios permitiram que as negociações entre compradores e fornecedores acontecessem mais rapidamente. A feira, o congresso e as rodadas de negócios mudaram o mercado da região tornando Santa Catarina referência em tecnologia de produção no setor plástico, empregando muita mão de obra no setor de transformação e dando mais qualidade aos produtos aqui produzidos, além de oferecer mais competitividade aos exportados. A partir da Interplast muitos expositores abriram filiais em Joinville passando a atender clientes na região, o que contribuiu para ao desenvolvimento da nossa economia local. PS - Em sua opinião, quais são as características que fazem de Joinville um lugar propício para a realização de uma importante feira do setor? Spirandelli - Joinville, além de ser um polo no setor metal mecânico e de fundição, abrigando importantes empresas de destaque nacional, está localizado estrategicamente no meio da região sul do Brasil, que é altamente industrializada. Além disso, sua proximidade com a região de metropolitana de Curitiba permite o acesso dos expositores a este mercado (automotivo e linha branca). Também recebe muitos visitantes da região norte e nordeste do Rio Grande do Sul, que vem à INTERPLAST fazer negócios e se atualizar. PS - Quais foram os resultados da última edição, que aconteceu em 2016? Spirandelli - Em 2016 a Interplast recebeu 380 marcas, 22 mil visitantes de 17 países e 23 estados. Teve o patrocínio da Braskem através do Programa Pic Plast e da ENEL energia. Contamos com 600 participações nas 12 palestras paralelas à feira, que apresentaram temas voltados à inovação no setor do plástico. <<< Plástico Sul < 7
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Interplast: um grande estado, uma grande feira
Além disto, vários workshops com assuntos relevantes acompanharam a programação como: PetTalk Sul, palestras sobre produtos GOOGLE, workshops jurídicos e workshops sobre temas de energia aplicados nas empresas. Já nas rodadas de negócios, trouxemos 10 empresas âncoras, com 31 empresas fornecedoras, inclusive uma comitiva de empresas do Rio Grande do Sul. PS - O que podemos esperar da edição de 2018? Spirandelli - Para 2018 manteremos o formato de 2016, feira + rodada + congresso. Estamos buscando complementar a feira com novos eventos paralelos que atraiam públicos específicos. Entendemos que, além do que está exposto na feira, o conhecimento, informações e cases apresentados em workshops e eventos paralelos ajudam a movimentar os negócios e complementar o evento. Obviamente também estaremos ampliando a divulgação em diversos canais e investindo em qualificação do público visitante. PS - Em um período em que o país enfrenta dificuldades econômicas e éticas, acarretando em uma crise, quais são os desafios da preparação para a próxima edição? Spirandelli - Em 2016 o país estava no auge de uma crise econômica e política. Tivemos uma redução do espaço na feira e muitas empresas desistiram da participação. Ainda assim a feira foi muito positiva para os expositores. Agora o cenário é outro, temos a expectativa de melhora na economia e as empresas voltarão a buscar soluções e processos produtivos mais eficientes. Além disto, o cenário da competição entre as feiras concorrentes nossas de São Paulo, permitem que nos diferenciemos no mercado, com uma feira que apresenta toda a cadeia de fornecimento do setor plástico, do design do produto à produção em série. Nossa feira, apesar de ser menor em espaço físico que as feiras de São Paulo, é a única no Brasil que agrega toda a cadeia de fornecedores, e nosso foco é trazer tecnologia à exposição através de expositores que agregam soluções aos clientes. Do ponto de vista do visitante isto é muito importante. PS - Quais são as outras feiras organizadas pela Messe Brasil e suas
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EspecialSanta Catarina
importâncias para os respectivos polos da região? Spirandelli - Depois desta crise, muitos concorrentes ficaram pelo caminho abrindo espaço para que nossas feiras crescessem. Lançamos duas feiras novas: uma na região sul do estado de SC voltada a Mineração e Metalmecanica e que em 2016 foi um sucesso, e uma em Chapecó região oeste do estado altamente industrializada e voltada a industria alimentícia. Nossos eventos continuam sendo uma das principais ferramentas para o mercado: Em termos de feiras são INTERMACH - metalmecanica, INTERCON Construção Civil, METALURGIA =- Fundição, POWERGRID - Energia, MeetalMineração - MIneração e Metalmecanica , EUROMOLD - Moldes, Matrizes e Ferramentas e ELETROMETALMECANICA - MetalMecanica. PS - Deseja acrescentar algo? Spirandelli - A Messe Brasil tem o objetivo de transformar a INTERPLAST na principal feira de plásticos no Brasil, superando outras em qualidade de expositores, tecnologias em exposição, qualidade de público visitante e geração de negócios. Acreditamos que já estamos no caminho conforme feed back que temos ouvido dos expositores.
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Setor vive terceira recessão em dez anos
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setor de borracha no Brasil experimentou a sua terceira recessão em um espaço de dez anos. Porém, de forma diferente do presenciado na média da indústria de transformação nacional, essa crise foi mais branda para o setor e de menor duração. Os principais dados, em especial a produção industrial, já sinalizavam a saída da crise ainda no segundo trimestre do ano passado, a despeito da continuidade do cenário negativo para um importante setor na cadeia produtiva que demanda produtos do setor, como é o caso de veículos automotores. Nesse caso, a produção de pneumáticos iniciou uma trajetória de crescimento que culminou, com os últimos dados disponíveis para fevereiro de 2017, em um crescimento de 2,5% quando analisada uma janela de variação percentual de 12 meses. Dado o resultado mais tímido do agregado da indústria, com variação pouco abaixo de zero para o mesmo período, e que também contempla matéria-prima e artefatos, podemos inferir que esses tiveram uma recuperação menos intensa do que a indústria de pneumáticos. Esse processo de recuperação da atividade produtiva do setor de borracha nos últimos meses também é compartilhada pelo movimento de contratação de mão-de-obra. Os dados do Caged apontam que o saldo líquido entre contratações e demissões no setor no Brasil está em -988. Apesar de negativo é possível notar a tendência de recuperação frente ao pior momento da crise ao final de 2015 quando o setor demitiu cerca de 8,4mil trabalhadores a mais do que contratou. Vale destacar que esses são dados referentes apenas a trabalhadores com carteira assinada.
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Para o mesmo período, o destaque positivo é a dinâmica das contratações líquidas de 800 trabalhadores na atividade de Fabricação de Pneumáticos e de câmara de ar, corroborando com a retomada da produção setor. Por outro lado, o segmento de Reforma de Pneumáticos Usados teve um saldo entre admissões e demissões de -660. Já o segmento de Fabricação de Artefatos teve demissões de -1,1 mil trabalhadores nos últimos doze meses terminados em fevereiro de 2017.
Evolução do Emprego
O conjunto de indicadores da CNI, que traz os resultados do setor de borracha, sinaliza na mesma direção dos indicadores anteriores. A despeito da queda verificada no ano de 2016, o fato é que o faturamento mostra tendência de recuperação, o mesmo sendo verificado para as horas trabalhadas. O faturamento, após atingir uma queda recorde de 12,5% em 12 meses terminados em abril de 2016, iniciou uma trajetória de recuperação, encerrando o ano com queda de 2,9%. Os dados mais recentes, que contemplam os meses de janeiro e fevereiro de 2017, mostram que essa trajetória de recuperação continua e o mesmo já está em -0,8%. As horas trabalhadas apresentam comportamento semelhante, e continua a mostrar retomada nesse início de 2017. Nos 12 meses terminados em fevereiro de 2017 o indicador está em queda de 6,8%, bem melhor que o resultado de encerramento do ano passado. (Atenção para o fato de que os indicadores da CNI contemplam o setor de borracha e plástico). Apesar dos dados de emprego sinalizarem uma retomada das contratações o fato é que essa ocorre em uma velocidade menor do que a observada com as horas trabalhadas e em momentos distintos. Por
exemplo, enquanto que as horas trabalhadas aumentaram durante o segundo semestre de 2016, o emprego se deteriorou. Somente nos dois primeiros meses de 2017 que foi possível observar uma lenta retomada das contratações. Esses dados da CNI corroboram com o observado no Caged para o setor. Enquanto o mercado interno dá sinais de melhora, os resultados para o mercado externo não são tão positivos. Como pode ser visto no conjunto de gráficos a seguir, em todos os segmentos do setor de borracha tivemos queda nas exportações. No caso de pneumáti cos a queda foi de 7,7% sobre o ano de 2015, se constituindo no quinto ano consecutivo de retração. Cenário idêntico pode ser visto nas demais atividades do setor, com a retração das exportações completando um ciclo de cinco anos de queda. A diferença reside na magnitude dessa retração, com matéria-prima caindo 22% e artefatos 19%.
Perspectivas: um 2017 melhor
Diante desse comportamento de queda de 23% no consumo aparente, podemos inferir que está em curso um processo de aumento desse consumo no mercado interno. A despeito do destaque para o fornecimento de produtos nacionais o fato é que observamos uma retomada mais forte das importações de produtos de borracha. Com
a continuidade de um cenário de câmbio mais valorizado, a volta da produção de setores específicos da cadeia produtiva pode resultar em um forte aumento das importações em detrimento da produção interna. Fica evidente que o setor perde competitividade a cada ano, fruto de uma estrutura macroeconômica que apenas penaliza o setor produtivo nacional. Nesse ambiente de menor competitividade a aprovação de uma nova lei de terceirizações, bem como uma reforma trabalhista que dê maior flexibilidade no mercado de trabalho, são apenas alguns dos elementos que podem resultar em melhor competitividade das indústrias instaladas no Brasil. Esse cenário de ligeira melhora na economia tem sido captado pelo empresário industrial do setor, como mostra o ICEI, calculado pela CNI Tal como pudemos verificar para a média da economia, com o indicador de confiança mostrando melhora a partir de meados do ano, o indicador do setor de borracha segue na mesma trajetória. Assim é que, diante de uma perspectiva de melhora da demanda interna para produtos de borracha, prevista para 2017, tanto no que diz respeito a pneumáticos quanto matéria -prima e artefatos, as importações devem voltar a crescer de forma consistente atendendo ao aumento do consumo aparente.
Borracha: mais um ano delicado O setor de borracha do Rio Grande do Sul teve mais um ano ruim. De acordo com os indicadores da FIERGS, o faturamento teve queda de 5,1% após um ano de baixa expansão, como foi o de 2015, e que se seguiu a mais um de queda, em 2014. Portanto, completam-se três anos de baixa atividade no setor no Estado. Vale destacar que esse cenário foi pior do que o observado pelo setor no cenário nacional (a queda no Brasil foi de apenas 2,9%). Outro ponto interessante é que, enquanto é possível notar que o faturamento do setor no Brasil apresenta uma trajetória de expansão, no Rio Grande do Sul o mesmo aponta para a continuidade da queda. Os últimos resultados, que contemplam janeiro e fevereiro de 2017, confirmam essa tendência. Quando medido em 12 meses o faturamento ampliou a queda do fim de 2016 para 6,2% em fevereiro. Tomando como base que o comportamento das compras industriais do setor seria um indicador antecedente (quanto maior a compra da indústria maior será a produção no momento seguinte e, como resultado, maior será o faturamento), podemos esperar que o cenário seja de deterioração no setor. Em fevereiro de 2017, última informação disponível, podemos ver que a taxa de variação em 12 meses das compras industriais chegou a 16,7% de queda, bem acima dos -12,4% do final de 2016.
Postos de trabalho
o início de 2017 mostra estabilidade nas contratações. Já as horas trabalhadas trilham caminho inverso, e mesmo antes do final do ano de 2016 já mostravam tendência de retomada. Vale destacar que esse costuma ser o movimento normal na indústria nacional na saída de momentos de crise. Como o mercado de trabalho é rígido e impõe elevados custos de contratações e demissões, o que se verifica em um primeiro momento é uma recuperação das horas trabalhadas para, quando o cenário fica mais consistente, tem-se a retomada dos empregos. O movimento de retomada das contratações já vem sendo percebido no comportamento do saldo de contratações do setor acumulado em 12 meses. Após atingir o mínimo de 817 demissões a mais que admissões, o setor de borracha passou a contratar e os últimos dados, referentes a 12 meses terminados em fevereiro de 2017, mostram um saldo líquido de contratações de 138 trabalhadores. Para o mesmo período podemos ver que, de um lado, a indústria ligada a produção de pneumáticos e de câmaras de ar contrataram 237 trabalhadores a mais do que demitiram. Por outro lado, tanto a indústria ligada a reforma de pneumáticos usados, com demissões líquidas de 71 trabalhadores, e as indústrias do segmento de artefatos de borracha, com demissões de 28 trabalhadores, ainda se encontram com performance diferente. Esse resultado revela um cenário diferente entre as atividades no setor de borracha.
Por outro lado, os dados de emprego calculados pela FIERGS apresentam resultados diferentes do observado no faturamento. Depois de encerrar o ano de 2016 com retração de 4,8% nos postos de trabalho no setor no Estado (segundo ano consecutivo de queda), <<< Plástico Sul < 11
EventoPlástico Brasil
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Primeira feira marcou a retomada dos negócios
Realizado na Expo São Paulo, a primeira feira do setor em 2017 teve visitação qualificada e o grande volume de negócios realizados pelos expositores confirmou o reaquecimento da atividade e dos investimentos do setor
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iante de um cenário econômico ainda incerto, havia grande expectativa pela primeira edição da Plástico Brasil – Feira Internacional do Plástico e da Borracha, realizada de 20 a 24 de março, na Expo São Paulo, na capital paulista. No entanto, graças à expressiva presença de mais de 50 mil visitantes qualificados a mostra foi considerada um sucesso pelos organizadores e expositores. A feira, uma iniciativa da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas) e da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química), com organização e promoção da Informa Exhibitions, marcou a retomada dos negócios da indústria do plástico e da borracha. Com expectativa de crescer e ser ainda mais relevante para a indústria do plástico e da borracha, a próxima edição da Plástico Brasil acontece de 25 a 29 de março de 2019, no São Paulo Expo. Primeiro evento setorial no ano, a Plástico Brasil foi palco para a apresentação da mais alta tecnologia, em primeira mão para o mercado por 400 grandes marcas de toda a cadeia produtiva do plástico: máquinas, equipamentos e acessórios, matérias primas e resinas, moldes e porta moldes, automação industrial e robótica,
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entre outros produtos, serviços e soluções. O volume de negócios realizados foi uma demonstração do início de uma reação para recuperar o crescimento da atividade industrial depois de dois anos de estagnação. O interesse foi consolidado na forma de negócios, pois apenas nas Rodadas Internacionais, foram gerados US$ 30 milhões em transações por meio de 180 reuniões realizadas entre fabricantes brasileiros e 10 compradores de oito países (Argentina, Colômbia, Costa Rica, Egito, Estados Unidos, Índia, México e Rússia). Estes executivos estiveram na feira a convite do programa Brazil Machinery Solutions, uma parceria da Abimaq e Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) para promover as exportações brasileiras de máquinas e equipamentos, e fortalecer a imagem do Brasil como fabricante de bens de capital. Do ponto de vista do conhecimento, a Plástico Brasil ofereceu em torno de 60 horas de conteúdo profissional, tecnológico e científico, por meio de seminários sobre a Indústria 4.0 – ministrado por especialistas nacionais e internacionais da VDMA, a associação que representa os fabricantes de máquinas na Alemanha – e sobre Eficiência Energética como diferencial competitivo, além dos workshops de Sustentabilidade e Mobiliá-
rios em PVC para crianças com disfunções neuromotoras, a conferência da indústria do PET, palestras ministradas por especialistas e executivos das empresas expositoras na Arena Técnica, uma ilha de Inovação em Materiais Plásticos coordenada por instituições de ensino e pesquisa, e a demonstração inédita do SMED (Single Minute Exchange of Die – Troca Rápida de Moldes), revolucionário sistema que reduz o tempo de parada das máquinas para troca de moldes para cerca de cinco minutos.
Momento da “virada”
José Velloso, presidente executivo da Abimaq ressaltou aspectos relevantes do evento. “A Plástico Brasil assume uma importância ainda maior por representar o início de um novo ciclo de crescimento”. De acordo com o dirigente, a expressiva visitação e o grande volume de negócios superaram as expectativas, e a feira, além de evidenciar a alta tecnologia da indústria brasileira de máquinas, foi testemunha de uma nova fase para o País. “A Plástico Brasil será lembrada como o momento da virada”. Velloso destaca também o caráter institucional do evento: “É a primeira vez que uma feira para a indústria do plástico é organizada pelas entidades setoriais. O apoio recorde de mais de 70 associações e sindicatos nacionais e internacionais comprova sua enorme representatividade”. Avaliação semelhante é compartilhada por Fernando Figueiredo, presidente executivo da Abiquim, que também ressalta a importância da feira para o desenvolvimento do setor e a retomada dos investimentos: “A Plástico Brasil ofereceu uma oportunidade para que os visitantes conhecessem as ações da indústria transformadora do plástico e da borracha em benefício do consumidor. A participação das entidades do setor na promoção da feira deu credibilidade ao evento e foi importante para que, logo em sua primeira edição, a feira atraísse expositores e público qualificado. Esse encontro em um ambiente propício para a geração de novos negócios será importante para a retomada do crescimento da indústria química e de máquinas e na geração de novos postos de trabalho”. Marco Basso, presidente da Informa Exhibitions, avalia que a visitação foi ainda mais surpreendente se levado em conta o fato de se tratar da primeira edição da feira. “O resultado de visitação e negócios superou nossas expectativas mais realistas. Isso é bom não só para o setor, mas para a economia como um todo. A feira emitiu um sinal positivo para o futuro e mostrou que os transformadores vieram se preparar para o momento da retomada”, afirma. O executivo lembrou que a moderna infraestrutura do pavilhão do São Paulo Expo possibilitou uma experiência tranquila e confortável para expositores e visitantes. Enquanto isso, Alexandra Klemina, diretora geral da World Machines LCC e representante da Rússia na 1ª Rodada Internacional de Negócios da Plástico Brasil 2017
mostrou-se muito bem impressionada com a feira, tanto do ponto de vista da organização quanto da Rodada. A empresária russa afirmou que as máquinas brasileiras possuem tecnologia comparável à das máquinas europeias, porém são mais acessíveis e apresentam maior competitividade, o que a interessa muito. “Vim para cá justamente para abrir novos contatos, trabalhar nas prospecções e buscar as mais diversas linhas de produção da indústria transformadora do plástico. Nesta feira, encontrei todas as opções que desejava conhecer”, destacou.
Expositores e visitantes qualificados
Atraídos pelas novidades tecnológicas e a necessidade de “recuperar” um período de estagnação, milhares de compradores e profissionais da indústria do plástico, que atendem e atuam nos mais diversos segmentos – construção civil, automóveis e autopeças, embalagem, agricultura, móveis, eletrônicos, instrumentos médicos, vestuário e calçados e eletrodomésticos, entre muitos outros, visitaram a Plástico Brasil. O perfil dos visitantes compradores variou entre aqueles que vieram em busca de soluções para implantação de novas plantas ou ampliação das atuais, diversificação da produção e modernização do parque fabril, principalmente no que diz respeito ao ganho de eficiência energética, produtividade e competitividade. Para Gino Paulucci, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Acessórios para a Indústria do Plástico da Abimaq (Csmaip), a feira foi um sucesso total. “Recebemos no estande da Polimáquinas uma visitação altamente qualificada, formada por tomadores de decisão e pessoal técnico. Muitos negócios foram fechados no próprio pavilhão logo nos primeiros dias”, comemora. Como presidente da Comissão Organizadora da Plástico Brasil, Paulucci coletou depoimentos positivos dos expositores e garante que a feira marca definitivamente a retomada de crescimento da economia brasileira no geral, e da indústria do plástico em particular. Patrocinadora da feira, a Indústrias Romi destacou a qualificação dos visitantes que passaram por seu estande. De acordo com o vice-presidente William dos Reis, a Plástico Brasil deu sinais que a indústria está se preparando para a retomada da economia e visando ao aumento da eficiência de suas plantas. O executivo lembra que a decisão de patrocinar a mostra – bem como outras duas feiras setoriais da Abimaq, a Feimec e a Expomafe – devem-se à visão da Romi de buscar o melhor para seus clientes e para o setor industrial. A empresa apresentou seis novas máquinas durante a feira e fechou negócios já no primeiro dia. Reis diz que foi possível perceber a melhora no “humor” dos fabricantes. “Viemos para a feira com uma expectativa alta, e ela foi superada”. Segundo ele, as vendas foram dirigidas a clientes habituais, que procuram modernizar suas plantas e se preparar para atender a esperada retomada da demanda. “Todas nossas máquinas estão <<< Plástico Sul < 13
EventoPlástico Brasil voltadas para oferecer ganhos para os transformadores, principalmente de eficiência energética”, diz Reis. Satisfeito também ficou o diretor da Wortex Máquinas, Paolo De Filippis. “No geral a feira foi boa e interessante pelo mix de clientes que nos procuraram. Realizamos negócios efetivos, com a comercialização de duas máquinas e esperamos ampliar as vendas nos próximos meses. Pelo menos, o mercado já dá sinais de crescimento, saímos da inércia”, ressaltou o empresário. Em termos de produtos, a Wortex apresentou sua linha Challenger Recycler geração II, para granulação de materiais como PE, PEBD, PEAD, BOPP, PE, PVC e filmes multicamadas de origem pós-industrial ou pós-consumo. A nova linha proporciona avanços na degasagem de materiais impressos, com um sistema opcional de dupla filtragem para materiais com níveis maiores de contaminação. Outra apresentação ficou por conta da linha de extrusoras Challenger Compounder geração II, indicada para indústrias que precisam compor as próprias blendas, aditivos cargas minerais e granular materiais como PC, PS, PP, PE,POM e poliamidas. Ele destacou ainda a participação da empresa na Operação Reciclar, na Feiplastic, que mostrou ao público o que é possível fazer com o material plástico. “Atendi muitas pessoas que ainda desconhecem o potencial de reciclabilidade do plástico presente cada vez mais na vida das pessoas”. Uma das grandes atrações no setor de máquinas foi proporcionada pelo grupo KraussMaffei, que está entre os principais fornecedores mundiais de máquinas e sistemas para a produção e processamento de plásticos e borracha. Seus produtos e serviços abrangem toda a linha de moldagem por injeção e reação e tecnologia de extrusão, fazendo com que empresa ocupe uma posição única na indústria. As marcas KraussMaffei, KraussMaffei Berstorff (representada na América do Sul pela Techfine) e Netstal atendem a clientes da indústria automotiva, de embalagens, da área médica, da construção, elétrica, eletrônica e de eletrodomésticos. A participação na Plástico Brasil, conforme Rodrigo Olivetto, do departamento de vendas, tinha por objetivo apresentar projetos com alto nível de automação e divulgar a quinta divisão, com a aquisição da Blue Star, com foco em equipamentos para a indústria química. O executivo ressalta que as empresas têm capital e analisam o mercado. “Esperamos uma melhora da economia, uma reação do mercado e a feira traz essa motivação, pois os clientes se apresentam para uma consulta, mas com projeto real”. Bruno Sommer, diretor da Techfine, que representa a KraussMaffei Berstorff, divisão de extrusão, compartilha do mesmo sentimento otimista.
Qualidade e planejamento
Líder no Brasil e na América Latina na fabricação de extrusoras, a Rulli Standard, esteve representada na 14 > Plástico Sul >>>
Plástico Brasil com quatro modelos que impressionaram pela qualidade e capacidade de produção, com destaque para a RSCP/1800. O diretor de vendas Paulo Leal disse que percebeu um primeiro ponto de partida para um início de ano bem promissor. “Tivemos muitos contatos de empresários com qualidade, existe interesse, os preços são competitivos e, por isso, já vejo uma melhora no cenário”, afirmou. O executivo ressaltou que 2016 foi um “marasmo total, muitas empresas quebraram e houve quem enxugou o máximo que podia”. Para ele, o acesso às novas máquinas depende muito do crédito, “que não está muito bom, pois o governo precisaria viabilizar mais linhas de crédito porque isso está atravancando a largada para a recuperação”, acrescentou. Segundo Flávio Ribeiro da Silva, Diretor de Vendas para a América Latina da Battenfeld-Cincinnati do Brasil a empresa aproveitou para apresentar sua mais nova tecnologia, com foco em: maior flexibilidade e custos reduzidos para fabricantes de tubos de PO; desempenho superior e mais eficiência na extrusão de chapas de termoformagem; extrusoras de “nova geração” para mais flexibilidade e redução de custos na extrusão de PO e de perfis e tubos de PVC; e Tecnologia eficiente para peletização de PVC. na redução de custos e na flexibilidade na produção de tubos, perfis e chapas de termoformagem com novas extrusoras e sistemas de produção eficientes. Tanto sistemas de linha completos quanto componentes individuais estão disponíveis aos clientes para atender suas demandas e requisitos de produção. Com o lema “Driven by innovation”, apresentado na K2016, a empresa mostra seu foco na modernização e aperfeiçoamento dos equipamentos para obter os melhores resultados em desempenho, eficiência e flexibilidade. Ribeiro da Silva destacou que nos três primeiros dias foi destaque a presença de clientes com qualidade e interesse em conhecer as novidades em produtos já em ação na Europa. “A expectativa até o ano passado, na Feira K, era de que a reação do mercado se efetivará mais para o final do ano no Brasil”, completa. Especialista em software para gestão integrada, a catarinense Projedata, com 16 anos de mercado confirmou seu prestígio com a intensa visitação. O diretor Ronaldo Fontana e o gerente comercial Carlos Silva destacaram que com a reação da economia está havendo uma retomada dos investimentos em vários setores e que a empresa está em busca de fidelização. “E para isso, oferecemos a melhor solução em software de gestão. Ao avançar na tecnologia estamos aí para pegar o bonde da retomada”. Houve uma intensa explicação sobre o processo do Iniflex, um software de gestão integrada desenvolvido pela Projedata que permite integrar todas as áreas administrativas e produtivas da indústria em um único sistema. “Para nós, mesmo vivendo um momento tão positivo, a indústria plástica é uma das primeiras onde isso vai acontecer”, afirmam.
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Sucesso do
Recicla Plástico Brasil
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ntre tantas atrações, outro projeto revolucionário da feira foi o Recicla Plástico Brasil, promovido em parceria com a Plastivida e Instituto Brasileiro do PVC, com apoio das empresas expositoras Pavan Zanetti, Piovan, Romi e Wortex Máquinas. A ação foi composta por um estande ambientado de forma a expor produtos feitos em plástico no cotidiano dos consumidores e uma Linha de Reciclagem e Transformação funcionando ao vivo dentro da feira, onde os resíduos gerados no evento foram selecionados, tratados, moídos e transformados em novos produtos reciclados por equipamentos de última geração. Este evento simultâneo abrigou também uma demonstração de Reciclagem de EPS e promoveu dois outros projetos de extrema importância para a reciclagem do plástico: o Tampinha Legal, que incentiva a coleta de tampas plásticas de garrafa para que sejam reutilizadas e recicladas, e a Reciclagem de Credenciais, coletadas em máquinas de Papa Cartão localizadas no pavilhão e destinadas à reciclagem para fabricação de porta copos, placas, caixas e outros objetos. Presidente da Plastivida e do Instituto do PVC, Miguel Bahiense declarou estar “extremamente satisfeito” com o resultado do projeto. O estande recebeu um grande número de pessoas dos mais diferentes perfis: professores, trabalhado-
res da indústria, jornalistas, formadores de opinião, políticos dos poderes executivo, legislativo e judiciário, entre muitos outros.“Nosso objetivo era mostrar que a gestão dos resíduos sólidos numa cidade é possível, e que as pessoas podem continuar utilizando cada vez mais o plástico em suas atividades do dia a dia, conscientes de que existe uma destinação pós-uso”, explicou o dirigente. Bahiense lembra que o projeto, que contou com o apoio institucional da Secretaria do Verde e Meio Ambiente de São Paulo, foi concebido para simular a coleta seletiva de uma cidade, formatada com a responsabilidade compartilhada entre todos os atores: sociedade civil, poder público, indústria, varejo, coleta e reciclagem. Ele destaca também o aspecto científico do Recicla Plástico Brasil em palestras como o estudo de ecoeficiência das janelas de PVC e de lixo nos mares – este último em parceria com o Instituto Oceanográfico da USP – e o aspecto social, no workshop de mobiliário em PVC para crianças com disfunções neuromotoras, em parceria com a secretária da Pessoa com Deficiência do município de São Paulo.
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EventoFeiplastic
Novidades ajudam a recuperar o setor
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A Feira Internacional do Plástico realizada em abril no Expo Center Norte foi aprovada pelos expositores, que também elogiaram a qualificação do público e o clima favorável para os negócios, muitos fechados no evento
Áustria, China, EUA, França, Índia, Itália, Portugal, Reino Unido e Suíça. Também vieram visitantes de mais de 30 países como Itália, EUA, Portugal, Alemanha e Espanha. A próxima edição da Feiplastic já está confirmada para ocorrer nos dias 8 a 12 de abril de 2019, no Expo Center Norte (SP). Muito satisfeito com o resultado, o presidente da entidade apoiadora institucional - Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico, José Ricardo Roriz, afirmou que o evento foi um "sucesso", ressaltando que muitas ações iniciadas terão continuidade, deixando um legado positivo toda a cadeia. O dirigente ainda destacou algumas conquistas obtidas na Feira como a forte presença de estudantes do ensino técnico, que puderam acompanhar o processo completo de reciclagem na Operação Reciclar (leia mais sobre a operação nesta reportagem), o convênio firmado com a ETEC Guaracy Silveira para fornecer conteúdo técnico à grade curricular, além de criar um banco de talentos com os melhores alunos para que possam ser mais acessíveis aos potenciais empregadores da indústria. “Outro destaque foi o lançamento do Banco de Resíduos, que reúne recicladoras e empresas e fomentará negócios entre as duas pontas da cadeia”, completou Roriz.
Máquinas em evidência Abertura da feira contou com a presença de autoridades e personalidades do setor
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m sintonia com o ritmo crescente da economia, a Feiplastic 2017 - Feira internacional do Plástico apresentou balanço positivo. Aprovada pelos expositores como evento planejado para ampliar contatos e realizar negócios no setor, concluiu suas atividades com público presente de 56.324 visitantes/compradores, entre os dias 3 e 7 de abril, no Expo Center Norte, em São Paulo. A mostra foi marcada pela presença de expositores de todos os elos da cadeia de produção – da matéria-prima, às máquinas e acessórios até a reciclagem do plástico transformado “A Feiplastic tem revelado cada vez mais sua vocação de ser um ambiente propício para se fechar negócios efetivos”, resumiu o diretor de Eventos da Reed Exhibitions Alcantara Machado, Leandro Lara. Foram mais de mil marcas expositoras nacionais e internacionais, entre elas de 15 países como
A feira foi extremamente exitosa para a Haitian, fabricante chinesa de injetoras, que apresentou três modelos para apresentações ao vivo. O destaque ficou com a série “Zeres” e todos queriam conferir o desempenho da máquina que oferece alta precisão para produzir peças de três gramas, por exemplo, que exigem controle de peso. “Essa injetora também reduz o consumo de energia e pode ser aplicada nos segmentos automotivo, embalagem, linha branca e hospitalar”, diz Roberto Melo, gerente da empresa. Ainda de acordo com o executivo, a expectativa é ampliar a participação no mercado brasileiro a partir dos contatos feitos na Feiplastic. Nas contas do gerente foram vendidas mais de 40 máquinas nos cinco dias do evento. “Só nos primeiros três dias já tínhamos conseguido realizar vendas efetivas de mais de 30 máquinas”, informou. Ainda no setor de máquinas, os negócios fechados durante a Feira foram destacados pelo presidente da Abimei (Associação Brasileira dos Importadores de
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Máquinas e Equipamentos Industriais), Paulo Castelo Branco. “Em quatro dias, mais de 40 máquinas foram vendidas. A participação foi muito importante para nós e para todos os nossos associados que estiveram aqui”, avaliou. O executivo disse ainda que especialmente em momentos de dificuldade econômica, como o que o Brasil atravessa atualmente, é essencial que as empresas troquem experiências e façam contatos.
Destaques em matérias-primas
O balanço também foi positivo para os produtores químicos e de matérias-primas, um dos importantes setores presentes. Entre estas, destaque para a brasileira Braskem, com vários lançamentos, como a marca Braskem Flexus, polietileno base metaloceno indicado para uso em embalagens que exigem maior resistência, brilho, transparência e selagem. A Braskem Flexus Cling foi uma das novidades família, desenvolvida para extrusão de filmes stretch. Muito badalada foi a apresentação da nova marca Braskem Amppleo, resina de polipropileno com propriedades de High Melt Strenght, desenvolvida especialmente para a fabricação de espumas de alto desempenho: é muito versátil e pode suportar temperaturas de até 100ºC sem deformar, tem excelente isolamento térmico e acústico e redução de peso comparado à outros materiais. O PE verde I’m Green também ganhou destaque no estande. A Coim, que tem uma unidade em Vinhedo (SP), apresentou as suas novidades, entre elas, a tinta 100% PU, que se destaca pela qualidade de impressão, com melhor resolução. Com essa inovação adicionada ao seu portfólio a empresa tem como objetivo não apenas consolidar sua expertise num mercado em que já possui mais de 50% de market share, na linha de adesivos para a laminação, como fechar a cadeia de produção, iniciada com resinas AP e adesivos demonstrada pela linha Novacote, destacou o gerente de contas Maurício Ruffo. Já diretor comercial para Embalagens e Plásticos de Especialidades da Dow, Eide Garcia, aprovou a oportunidade de estreitar laços com os clientes. Para ele, foi de extrema importância entender melhor a demanda dos seus parceiros “para construir juntos tecnologias que agreguem valor aos convertedores, aos donos de marca e ao consumidor”, ressaltou. Outros players igualmente elogiaram o evento. “A feira foi bastante satisfatória. Durante os cinco dias, recebemos clientes diretos, além de outros da área de engenharia e de toda a cadeia da indústria, que têm um peso relevante para as soluções que a Solvay desenvolve e que agregam alto valor aos produtos transformados”, avaliou Emy Yanagizawa, gerente comercial Performance Polyamides da Rhodia Solvay Group.
Masterbatches e aditivos
Um dos fabricantes de grande conceito na linha de masterbatches, a Ampacet, líder mundial nesse seg-
mento, confirmou sua posição na feira. Com mais de 75 anos de experiência no mercado, seus produtos incluem masterbatches pretos, brancos, cores, efeitos especiais e uma gama completa de aditivos anti-estáticos, deslizantes, antibloques, antioxidantes, e inibidores de UV entre outros. A empresa opera com 24 fábricas em 17 países: Argentina, Bélgica, Brasil, Canadá, Chile, China, os EUA, Índia, Itália, Luxemburgo, México, Nova Zelândia, Polônia, Reino Unido, Rússia e Tailândia. Também tem 4 centros de pesquisa e desenvolvimento nas Américas, Europa e Ásia, e vende seus produtos em mais de 80 países. Já a Cromex expôs os últimos lançamentos em cores e aditivos para plástico com seu novo portfólio de produtos para os mercados de Fios e Cabos, Agrobusiness e PET. Em destaque, o masterbatch preto - Superblack® concentrado que possui excelente poder de cobertura e dispersão das partículas de pigmento. Perfeito para ser aplicado em diferentes formulações plásticas sem perder as características e beleza do produto final. Na área de aditivos, a paulista Inbra, de Diadema, expôs sua linha Inbraflex de plastificantes para PVC à base de ésteres de óleos vegetais epoxidados, como também novos produtos da linha Plastabil de estabilizantes térmicos para PVC à base de cálcio e zinco. Essas novidades são direcionadas à substituição de matérias-primas consideradas nocivas à saúde. A sustentabilidade ganha espaço em vários segmentos e a Polifibras, de Farroupilha (RS), destacou-se na Feiplastic por ações nesse sentido. Segundo o sócio-diretor Jeferson Pegoraro, qualquer empresa pode respeitar o meio ambiente e agregar valor aos seus produtos. “A Polifibras é uma indústria que desenvolve e comercializa compósitos de fibras naturais e resinas termoplásticas prontas para serem utilizadas
Braskem marcou presença com importantes lançamentos em seu estande
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EventoFeiplastic Rodada de Negócios e vendas
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no processo de injeção, conferindo às peças injetadas aspecto e coloração semelhante à madeira nas cores marfim, cerejeira e imbuia”, informa. Os produtos da Polifibras são WPC – polipropileno amadeirado nas cores citadas anteriormente, e a linha CFP – masterbatch amadeirado são atóxicos, resistentes, ecológicos, com fácil processabilidade, maior estabilidade dimensional e ainda podem ser pigmentados, havendo a possibilidade de serem aplicados em vários setores como móveis, calçados, utensílios domésticos, construção civil, linha automobilística, cosméticos, entre outros. E para o presidente da Adirplast (Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas e Afins), Laércio Gonçalves, as empresas que participaram desta edição da Feira não apenas tiveram oportunidade de apresentar seus portfólios e novos produtos, mas aplicar uma estratégia de aproximação com o cliente que é vital para todo o setor. “Além disso, o evento nos permitiu ultrapassar as paredes de nossos escritórios e empresas e discutir juntos problemas que afligem toda a cadeia e também a sociedade”, afirmou.
Operação Reciclar coleta 16 toneladas
A reciclagem e a sustentabilidade são temas que ganham cada vez mais espaço e investimentos no setor plástico. Assim, com o propósito de incentivar a coleta e reciclagem de materiais plásticos durante a Feiplastic, a Operação Reciclar registrou a presença de 10.863 visitantes e aproximadamente 16 toneladas de material coletado. Outro diferencial foram as oito bicicletas fabricadas com plástico reciclado produzidas pela Muzzicycles e que foram sorteadas com a participação de mais de 3,5 mil visitantes que se inscreveram. Também foram distribuídos dois mil kits de vasos com plantas para os que compareceram ao espaço. A Operação Reciclar teve a curadoria da Abiplast, com o patrocínio master da Braskem e apoio institucional da Secretaria do Verde e Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo. Fórum Feiplastic – O compartilhamento de experiências, de conhecimentos e atualização profissional, presentes no Fórum Feiplastic e na Arena do Conhecimento, foi um dos pontos altos da Feira. Essas ações foram responsáveis por 46 horas de conteúdo em palestras e exposições com temas técnicos e relacionados à importância do plástico nos diversos setores da indústria e da sociedade. 18 > Plástico Sul >>>
Algumas estratégias de vendas ganham destaque nos eventos setoriais, e as rodadas de negócios fazem parte da programação fixa dos organizadores. Em conjunto com o Think Plastic Brazil, programa de apoio à exportação de plásticos, criado pelo Instituto Nacional do Plástico e pela a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), a Rodada de Negócios Internacional da Feiplastic contabilizou a realização de 217 reuniões, gerando aproximadamente R$ 40 milhões em negócios a partir do evento. Teve a participação de 46 empresas brasileiras e a presença de 11 compradores internacionais de nove diferentes países, entre eles México, Argentina, Uruguai, Chile, entre outros. Já na Rodada de Negócios Nacional, organizada pela Reed Exhibitions, foram mais de 60 reuniões gerando cerca de R$ 20 milhões. Na avaliação da Cromex, líder no mercado nacional de concentrados de cores e aditivos para plásticos, a Feiplastic comprovou ser um importante canal de relacionamento, principalmente para o lançamento de produtos. O coordenador de Desenvolvimento de Cores e Matérias-Primas, Roberto Herrero Lopes, fez questão de destacar a qualidade do público, que segundo ele, foi superior ao da edição anterior. “Identificamos uma grande oportunidade para aumentar nossa participação no mercado PET, com a resposta positiva que tivemos dos clientes”, afirmou. Esta constatação de Lopes está em sintonia com a pesquisa realizada pela Reed Exhibitions a partir das inscrições dos visitantes/compradores na Feira deste ano: 38% dos pré-credenciados declararam estarem dispostos a investir mais de R$ 1 milhão, montante que somados ao longo dos cinco dias do evento chegaria a cerca de R$ 650 milhões. Ainda conforme o levantamento dos organizadores, o número de visitantes com mais poder de decisão de compra aumentou 26% em relação à edição passada. De acordo com o diretor geral da Fortymil, Ricardo Mason, “o evento foi muito bom, qualificado, e nossas expectativas foram atingidas. Nosso objetivo principal era nos aproximarmos dos cientes cativos e estabelecer vários novos contatos, o que foi bastante positivo”, afirmou. Com avaliação semelhante, o diretor geral da Activas, Laércio Gonçalves afirmou estar muito satisfeito com os contatos realizados. “Viemos com o objetivo de melhorar relacionamentos e mostrar os novos lançamentos. Aqui conseguimos fidelizar os clientes que encontramos”, completou.
Publieditorial
Simpep garante recuperação de tributos no Paraná FOTOS: DIVULGAÇÃO
A
atuação das entidades de classe em questões relacionadas à regulação do ambiente de negócios está cada vez mais ampla, ultrapassando questões pontuais e buscando soluções jurídicas, especialmente aquelas capazes de sanar problemas causados pelo nosso sistema tributário, um dos mais caros e complexos do mundo. Uma prova disso foi a atuação do Sindicato da Indústria de Material Plástico no Estado do Paraná, o Simpep, que entrou com ação coletiva para garantir direito à devolução de tributos pagos indevidamente por seus sindicalizados. A partir de agora, toda e qualquer empresa sindicalizada à entidade sindical, terá direito de buscar o que pagou indevidamente ao PIS e Cofins, nos últimos 5 anos. Isso porque, em parceria com o escritório Monteiro & Chamberlain Advogados Associados, a entidade – antes mesmo do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciar o julgamento –, moveu uma ação coletiva que beneficiará toda a classe por si representada. “Especialmente agora, com a economia instável é nosso dever promover soluções estratégicas na área tributária, gerando resultados que possam garantir maior competitividade no setor. O foco neste momento é contribuir para que as indústrias possam reduzir seus custos operacionais, os quais são sensivelmente onerados pela carga tributária ”, destaca a presidente do Simpep, Denise Dybas Dias. A ação visa a redução da carga fiscal, combatendo um erro de interpretação do Governo Federal, tendo em vista que as leis que regem o PIS e a COFINS dizem que o total de receita auferida pela pessoa jurídica será utilizado como base da exigência. E lista algumas situações que devem ser excluídas do cálculo, como as vendas canceladas, os descontos incondicionais entre outros. Mas nada fala do valor do ICMS. Entretanto, o Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu, em 17 de março de 2017, que o ICMS não compõe a base de cálculo para a incidência destes tributos e, em razão da sistemática processual utilizada pelo STF, esta decisão deverá ser reproduzida em todos os processos que já estavam em curso discutindo o mesmo tema, antes do julgamento. “Neste ‘silêncio das leis’, por décadas, fez prevalecer uma interpretação equivocada, a qual atrelava a cobrança do PIS e da Cofins ao ICMS. Esta questão
agora ficou resolvida, com base no entendimento do STF ”, explica a Rozi Monteiro Lourenço, advogada especialista em Legislação e Planejamento Tributário que está à frente da ação.
Atuação proativa do SIMPEP foi fundamental
A atuação proativa do SIMPEP foi fundamental para garantir que os sindicalizados busquem os valores recolhidos no passado, isto porque a Fazenda Nacional pleiteará ao STF que faça a ‘modulação dos efeitos’ da decisão de 17/03/17. “Com isso, apenas aquelas empresas ou entidades, que já possuíam ações ajuizadas antes do julgamento, como no caso o Simpep, terão direito ao ressarcimento retroativo aos últimos 05 (cinco) anos antes da propositura da ação, para os demais, o novo entendimento só valerá para situações futuras”, explica a advogada. E assim que sair da decisão definitiva, em nome do SIMPEP, os sindicalizados que aderirem à ação poderão buscar estes valores diretamente na Receita Federal, por meio de um procedimento administrativo específico, que também será executado pelo escritório parceiro e, esse dinheiro poderá ser usado para compensação com qualquer tributo federal (exceto INSS) ou ainda, para amortizar ou quitar parcelamentos.
Denise Dybas Dias, presidente do Simpep
www.simpep.com.br <<< Plástico Sul < 19
DestaquePeriféricos & Acessórios
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Mais tecnologia, mais eficiência... mais vendas
O
s profissionais que visitaram a Plástico Brasil em busca de tecnologia em periféricos e acessórios para máquinas de transformação de plástico ficaram satisfeitos e, em muitos casos, foram surpreendidos pelo alto nível dos equipamentos apresentados. A francesa Sepro, por exemplo, que atua no Brasil desde 2001 e tem uma unidade em Jundiai (SP), atraiu muitos visitantes com uma célula robótica que incluiu um robô cartesiano de grande porte Strong D50 de 3 eixos para cargas pesadas, o 5X-25 um robô híbrido de 5 eixos com um servo punho Stäubli e o novo S5 Picker, especialmente projetado para máquinas injetoras pequenas. Foi a primeira vez que o menor robô da gama Picker esteve em exibição após o seu lançamento na feira internacional K2016 em outubro de 2016 em Düsseldorf, na Alemanha. Apesar de o país estar vivendo um momento de recuperação, Oscar da Silva, diretor comercial da Sepro no Brasil mantém cautela ao avaliar o mercado futuro. “Ainda é muito prematuro, pois passamos dois, três anos em um mercado retraído. Mas foi virada a página, melhorou. O mercado gira, mas o Brasil precisa deixar de ser o país do parecer para se tornar o pais do ser”, adverte. Ele ressalta que o mercado nacional tem bom potencial para automatização porque nem todas as indústrias adotaram o processo que traz muitos benefícios no controle de custos em energia, automação e estabilidade de processo”. A Sepro também participou da Feiplastic e contabilizou boas vendas. A DM Robótica, unidade brasileira da italiana Dal Maschio Robótica, com fábrica em Diadema (SP), fez tanto sucesso na Plástico Brasil que o diretor comercial José Luiz Galvão Gomes não conseguia tempo sequer para fazer as refeições diante da intensa frequência de clientes. Especialista em robôs, manipuladores CNC servo controlados e sistemas de automação, a empresa expôs modelos da Série DMG: manipuladores cartesianos para a automação de injetoras de 50T a 3.500T,
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toda a série equipada com três servo motores brushless, gerenciamento via comando numérico, seqüência de movimentação livremente programável com total flexibilidade de operação. Eixos verticais telescópicos com cilindro de balanceamento de peso, com maior velocidade de movimentação e segurança, ocupando menos espaço na injetora. Com bons produtos e a economia em recuperação, José Luiz lembra que nos últimos três anos houve uma queda forte do investimentos devido à insegurança política, mas o panorama mudou: “O ano que vem já chegou... já estamos no ano que vem”, repete, pois as vendas cresceram já nos dois primeiros meses do ano. “Na feira houve um grande receptividade e já temos a produção tomada até agosto”, acrescenta, pois com as vendas em alta já alcançou a meta do ano e teve que contratar mais funcionários. Receptividade semelhante teve a italiana Moretto, um dos principais fornecedores de equipamentos periféricos para o mercado de plástico no Brasil. Presente em mais de 51 países, investiu forte na Plástico Brasil, pois além do comando do diretor comercial Alexandre Nalini, o presidente mundial Renato Moretto esteve presente. A empresa fornece produtos para alimentação, transporte, secagem, desumidificação. Dosagem, granulação, armazenamento e refrigeração. Nalini ressalta que “a empresa está na contramão da crise no Brasil e vive um momento de crescimento como um todo”. O executivo destaca os benefícios do uso dos periféricos da Moretto, como economia de energia, equalização de processo e mais precisão no consumo de resina. A Moretto oferece soluções para injeção, extrusão, PET e outros sistemas. “Ajudamos a montar unidades eficientes. E queremos criar a necessidade do cliente ter nossos produtos”, resume. Nalini comenta que a Moretto sempre “pensa cinco anos à frente” e por isso tem uma expectativa positiva do Brasil: as vendas estão boas e em cinco anos do Brasil, a meta é dobrar as vendas. A Moretto também participou da Feiplastic em parceria com alguns clientes.
Novidades e investimentos
A Piovan, uma das mais tradicionais fabricantes no setor de periféricos, apresentou inovações na feira. O diretor Ricardo Prado destacou o lançamento no Brasil de um software de supervisão voltado para indústrias que operam sob o sistema 4.0. Trata-se do WinFactory 4.0, um aplicativo que permite a adoção de um conjunto de procedimentos e tecnologias direcionadas para a implementação da fábrica digital, uma tendência atual, mas também uma necessidade para atualização de processos. Outra atração foi a nova geração de misturadores gravimétricos da linha Quantum, composta por modelos com capacidade de produção entre 70 e 800kg/h. Prado afirmou à Plástico Sul que o equipamento foi projetado para suportar vibrações geradas por máquinas de transformação, o que garante precisão da mistura mesmo em condições extremas. A austríaca Wittmann Battenfeld, um dos líderes mundiais na
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DestaquePeriféricos & Acessórios
fabricação de máquinas e equipamentos periféricos necessários para a fabricação de plásticos, oferece tudo para o processo de injeção. Na Plástico Brasil, além de expor as injetoras Smartpower 180/750 Insider (já com robô e esteira integrados) e a Smartpower 110/350, elétrica e indicada para injeção de peças técnicas com alta precisão, apresentou acessórios. Ambas estavam equipadas com o sistema Wittmann 4.0 de integração dos periféricos e o comando Unilog B8. A Wittmann mostrou a linha de periféricos que atende todas as áreas de aplicação: desumidificação, alimentação, dosagem, controle de temperatura e fluxo e reciclagem. A empresa também é especialista em sistemas de automação com um kinhq de Robôs Lineares, Sprue pickers e soluções completas em IML. Cássio Saltori, diretor geral da Wittmann Battenfeld do Brasil, ficou bastante satisfeito com os resultados na primeira edição da feira. “Visitação acima da média, sem tumulto, de boa qualidade técnica e formada em sua maioria por tomadores de decisão”, enfatiza. Essa qualificação possibilitou que a empresa fechasse durante a feira negociações que estavam em andamento e fizesse prospecção com clientes habituais. Segundo Saltori, a maior parte dos visitantes compradores buscava modernizar suas instalações para melhorar a produtividade, mas também houve casos de clientes que adquiriram máquinas para atender a projetos específicos de grandes clientes. “A feira atendeu 100% nossa expectativa e faço votos para que ela cresça cada vez mais”, disse.
Soluções diversificadas
Há quase 30 anos no mercado, a BY Engenharia atua de forma ampla no desenvolvimento e comercialização de produtos para transformação de plásticos e participou da Plástico Brasil e Feiplastic. “Somos representantes exclusivos de empresas norte-americanas e europeias e fazemos tanto a parte comercial como a técnica desde 1989. Distribuímos e instalamos sistemas periféricos para extrusão com tecnologia de ponta e promovemos a venda de linhas completas de extrusão para uma grande variedade de aplicações”, destaca o diretor comercial Marco Gianesi. Nas feiras a BY Engenharia apresentou uma novidade: a parceria com a Maag, da Dover Company, com destaque para a bomba de engrenagens, troca-telas e granuladores. “É mais uma opção para tornar os sistema de produção mais eficiente”, informa Gianesi, que recebeu 13 executivos americanos no evento. O portfólio da BY é um dos mais completos do setor composto por equipamentos da Gala (sistema de granulação imerso em água e fabricado no Brasil); da Nordson/Xaloy 22 > Plástico Sul >>>
(camisas e roscas bimetálicas; Nordson EDI (matriz plana e feedblock); Plasmec (misturadores para plásticos. Compostos e masterbatch); Schwing (forno para limpeza de peças), Sica (equipamentos downstream para fabricação de tubos, puxador, serra, embolsadeira, amarradeira, bobinador e roscadeira. Com sede na zona leste de São Paulo, a Rosciltec conta com uma equipe experiente na fabricação e recuperação de roscas e cilindros para injetoras, extrusoras e sopradoras - para injetoras oferece também ponteiras, anéis, flanges, porta-bico, bicos, porcas, colunas e tirantes. Como também presta serviços, a empresa conseguiu superar a crise com resultados positivos graças às atividades de manutenção, segundo o diretor comercial Diego Leão. “Recuperamos mono roscas, cilindros e acessórios para máquinas de todas as marcas e modelos. E também consertamos colunas para injetoras e sopradoras com ótimo custo benefício e prazo curto de retenção da máquina”, ressalta. A Rosciltec participou das duas feiras onde expôs conjuntos completos de roscas, cilindros, ponteiras e porta-bicos. Precisão é fundamental na indústria do plástico, e para isso as indústrias recorrem a especialistas em metrologia, como a Mainard. A empresa apresentou seus medidores de espessura com arcos de alumínio fundido de 30 a 500mm profundidade, pontas de contato e cursos de 10 a 50mm, alem de relógios analógicos e digitais. Um dos destaques foi o medidor M-73151DG, que pode realizar leitura milesimal. Além disso, segundo o diretor Amilton Mainard, também foram divulgados os serviços de calibração e conserto de medidores de espessura e durômetros. O engenheiro Marcelo Zara, diretor da Zara Transmissões, destacou que a participação da empresa na Plástico Brasil faz parte de uma estratégia baseada na divulgação da linha de acessórios para a indústria do plástico e da borracha, bem como a recuperação de uma queda de 40% nas vendas. Desde 1980 a Zara ampliou sua atuação ao iniciar uma nova atividade industrial com o desenvolvimento de redutores e variadores de velocidade. O porfólio oferece várias linhas de redutores: à rosca sem fim; helicoidais; para extrusoras; de eixos paralelos; à rosca sem fim conjugados; coaxiais; de eixos ortogonais; pendulares; de eixos paralelos; angulares; epicicloidais; variadores mecânicos e motores elétricos trifásicos.
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Limpeza & Manutenção
Os benefícios do agente Purgex Com 25 anos de atuação no mercado, o agente de purga da norteamericana Neutrex proporciona uma solução completa e eficiente
prejuízos na cadeia produtiva e modernizar o processo de limpeza”, explica o técnico. “Não é preciso discutir sobre manutenção, pois há um consenso de que a falta de manutenção do maquinário irá trazer prejuízo, contudo precisamos incluir o processo de limpeza como parte desta manutenção e, isto ainda não é tão comum: a limpeza da máquina é fundamental para a otimização do seu funcionamento. Podemos dizer que existem dois tipos de limpeza: aquela que resolve um determinado problema (pontual) como uma troca rápida de cor, por exemplo, e aquela que irá manter a máquina protegida e limpa para produzir sem resíduos de produtos ou acumulo de detritos”, diz o Renato Nonno. O especialista ainda acrescenta um parecer importante: “Os produtos Purgex foram desenvolvidos para solucionar estes problemas e percebemos que muitos já entendem que a limpeza com agente de purga resolve o primeiro problema, mas ainda não se questionaram sobre a inclusão da limpeza como parte do procedimento o que resolveria tantos outros. Os produtos Purgex foram desenvolvidos para realizar a limpeza sem deixar de lado a manutenção da máquina, e poderão ser usados em periféricos que sejam submetidos a aquecimento e possuam pressão própria (múltiplos canhões)”, esclarece.
M
áquina parada significa prejuízo sem recuperação. Por isso a adequada limpeza e manutenção do maquinário trazem reflexos diretos na produção e principalmente na produtividade. Equipamentos parados ou com demora na retomada da produção, geram mais custos, desperdício e o que é pior: queda na produtividade. E na maioria dos casos a solução é simples, como ressalta Renato Nonno, responsável pelo Departamento Técnico do Purgex, um dos mais conceituados fabricantes de agentes de purga do mundo, com sede nos EUA. “O investimento em tecnologia para melhorar a produção é aceito por todos como fator essencial na indústria e é este conceito que o Purgex vem trabalhando ao longo destes 25 anos de mercado. Os produtos Purgex foram elaborados para atender as necessidades da limpeza, com procedimentos simples de serem aplicados”, ressalta. A empresa alcançou um alto nível de eficiência graças à sua estratégia industrial. “Investimos em pesquisas e tecnologia sem deixar de lado as necessidades da produção. Na medida em que usamos o agente Purgex vislumbramos resultados imediatos e também em longo prazo e é por este motivo que devemos usá-lo: para aumentar a produtividade, diminuir custos, evitar
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Conceito no mercado
Houve um tempo em que a limpeza e a manutenção de máquinas e equipamentos eram mais complexos e demorados. Mas os processos evoluíram porque cada vez mais o mercado exige excelência em seus produtos e rapidez no processo. O Purgex acompanhou esta evolução e hoje tem representantes na Europa, Austrália, África, Ásia e Américas, atendendo aos mais exigentes mercados internacionais - no Brasil há cerca de 13 anos acompanha o crescimento da utilização desta tecnologia bem como o sucesso obtido nos mais diversos setores do plástico. “As blendas Purgex foram gradativamente conquistando a confiança do mercado nacional e internacional”, ressalta Renato Nonno. Os compostos são formados a partir de uma blenda específica do agente de purga Purgex tendo como veículo resinas de alta densidade PEAD e a blenda varia de acordo com as necessidades da limpeza. É importante salientar que é um produto de pronto uso, não necessita novas misturas. “O procedimento é desenvolvido a partir da avaliação das necessidades de limpeza do cliente, mas basicamente inserimos o uso do agente de purga no procedimento já utilizado na fábrica visando otimizar os resultados. Na maior parte dos casos em que há um procedimento de limpeza, as empresas usam resina virgem ou reciclada para a limpeza e o que
fazemos nestes casos é aprimorar o processo, otimizando resultados, minimizando o tempo de retomada e o desperdício de material de limpeza ou de produto. Quando ainda não há nenhum procedimento de limpeza fazemos uma avaliação e criamos o melhor processo para o cliente”, explica o técnico da Purgex.
Orientações, uso e benefícios
Para que a ação seja desenvolvida de forma correta a Purgex elabora um roteiro que se baseia numa Ficha de Homologação onde o cliente responde a um questionário muito simples que ajudará a indicar a melhor solução de limpeza, segundo o técnico: “Neste questionário iremos verificar qual o tipo de máquina, o problema de limpeza, o material usado na produção, temperatura de trabalho e tempo gasto com a limpeza atual”, diz Renato Nonno. O produto chegará à fabrica pronto para ser usado, com o procedimento adequado as necessidades do cliente. Como o produto possui um agente expansor a máquina deverá ficar parada por cerca de 5 a 7 minutos a uma temperatura de 200 a 240 graus Celsius para que o produto possa expandir e atingir todas as áreas da maquina. “Podemos adaptar o procedimento a diferentes temperaturas, mas normalmente esse é o procedimento padrão e a limpeza total deve levar entre 10 e 15 minutos até a retomada, tudo muito simples e rápido”, diz. Até mesmo alguns problemas pontuais foram solucionados com uso do Purgex da forma adequada. Por exemplo, algumas indústrias relataram que a máquina ficava parada e sempre ocorriam problemas na retomada da produção “Temos alguns clientes que tinham esse problema, a máquina ficava parada no final de semana e na retomada os problemas apareciam. Nossos técnicos desenvolveram um procedimento especifico para estes casos e para isto basta deixar o produto na máquina e na retomada aguardar o aquecimento e purgar o Purgex que ficou no equipamento durante o final de semana. Os resultados são excelentes”, relata Renato Nonno. Quanto aos benefícios que esta solução de limpeza proporciona, ele não hesita em destacar o principal: OTIMIZAÇÃO. “Acho que essa é a palavra que define a utilização do Purgex. Quando a empresa adota um procedimento de limpeza com Purgex ela não só economiza no tempo gasto com a limpeza, pois a vantagem vai além: menos área destinada a estocagem de material virgem ou extrusado, menos resíduo, menos energia elétrica, menos tempo desperdiçado, horas de moinho, menos funcionários envolvidos no processo, mais economia na planta da fábrica, economia na hora/maquina e otimização da produção: mais tempo produzindo (maior lucro). Toda esta economia também esta associada a uma preocupação ambiental”, afirma o técnico. E enfatiza o case com um questionamento importante: “É preciso que se façam algumas per-
guntas ao ler esta matéria: Como eu estou fazendo a limpeza e a manutenção das máquinas? Tenho uma planilha de custos que incluem este procedimento? Quanta resina eu uso para limpeza? Que área esta resina está ocupando na planta da fabrica? E processar o resíduo, quanto ele me custa? Quantas pessoas estão envolvidas no processo? Qual é o gasto com a hora/máquina? E principalmente: QUANTO TEMPO EU FIQUEI SEM PRODUZIR NADA?”
Tema para reflexão
Por fim, uma recomendação final para reflexão de algumas empresas que, por economia ou desconhecimento deixam de adotar práticas essenciais no processo produtivo. “Questione o seu sistema de manutenção, limpeza e sua produção. Vimos muitas empresas fecharem nesses dois últimos anos e algumas delas, para economizar não investiram em mudanças em seu sistema de produção, não fizeram uma avaliação mais profunda de suas reais necessidades. Os compostos Purgex são elaborados a partir de um agente expansivo e desmoldante, usando o polietileno PEAD como veículo. É um produto que chega pronto para ser usado, agilizando a retomada da produção com eficácia e eficiência”, informa. O técnico da Purgex destaca que o produto está há muitos anos no mercado com credibilidade nacional e internacional e atende aos mais variados setores: automobilístico, eletro eletrônico, embalagens, agroindústria incluindo alimentício e farmacêutico. “Essa versatilidade permite que o Purgex atenda a uma gama elevada de máquinas e a maioria das resinas de produção. Os compostos Purgex não são tóxicos, nem abrasivos, aprovados pela FDA nos Estados Unidos atendem aos mercados mais exigentes do mundo”. Ele explica que a proposta da empresa vai além do fornecimento de um agente de purga. “Oferecemos uma solução para a limpeza e manutenção do maquinário. É importante buscar a melhor relação entre eficiência e eficácia para sobreviver e se destacar num mercado cada vez mais competitivo”, afirma. Renato Nonno finaliza com uma afirmação de grande efeito. “Mudar é uma ação necessária para evoluirmos. Avalie seu sistema produtivo, questione as metodologias aplicadas, não se acomode em práticas antigas, experimente algo novo e compare os resultados, você irá se surpreender”. E para quem deseja mais informações, demonstrações do produto e detalhes sugere uma vista ao site www.purgex.com.br ou o fornecedor www. purgexonline.com.
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Foco
no Verde
USP produz plástico 100% biodegradável com resíduos agroindustriais O produto é barato e contém antioxidantes, permitindo acondicionar hortifrútis
A
equipe do Departamento de Química da Faculdade de Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP surpreendeu o mercado ao realizar pesquisas e avançar na busca de plástico 100% biodegradável e competitivo com o plástico comum. Testes que reúnem na fórmula resíduos agroindustriais resultaram num produto com qualidades técnicas e econômicas promissoras. A boa novidade surgiu nos laboratórios da faculdade depois que a química Bianca Chieregato Maniglia desenvolveu filmes plásticos biodegradáveis a partir de matrizes de amido presentes em resíduos agroindustriais de cúrcuma, babaçu e urucum. O que faz toda a diferença é o fato do novo material ser totalmente desenvolvido a partir de descartes da agroindústria. Ao mesmo tempo, recicla resíduos; é biodegradável; é produzido com fontes renováveis que não se esgotam como o petróleo (de onde sai o plástico comum) e cultivadas em qualquer lugar do mundo. Bianca lembra de mais predicados de seu produto: matéria-prima barata, que não compete com o mercado alimentício e ainda “contém composição interessante com a presença de ativos antioxidantes”. Essa fórmula com compostos antioxidantes, lembra a pesquisadora, pode ser ainda mais interessante no desenvolvimento de “embalagens ativas”. Uma embalagem ativa interage com o produto que envolve, sendo capaz de melhorar a qualidade e segurança para acondicionamento de frutas e legumes frescos. Conforme avaliações técnicas, os estudos parecem indicar o caminho certo para a obtenção de um plástico, ou pelo menos um filme plástico, totalmente biodegradável. Os pesquisadores da FFCLRP conseguiram produzir filmes plásticos com boa aparência, boas propriedades mecânicas, funcionais e ativas, o que os torna mais eficientes na conservação de hortifrútis. O grupo de pesquisa também tem trabalhado com a aplicação de aditivos como a palha de soja tratada, outro resíduo agroindustrial, para melhorar as propriedades destes filmes. A meta é o ganho de maior resistência mecânica e menor capacidade de absorver e reter água. Porém, apesar do entusiasmo, Bianca Maniglia acredita que ainda demande mais pesquisa e teste para os 100% biodegradáveis chegarem ao mercado. Em perspectiva mais recente, comenta, “esse tipo de plástico deve atuar como alternativa ao comum”. Apesar de não substituir o tipo comum, pode ser aplicado a diversos tipos do produto, como já ocorre nas misturas de matérias-primas renováveis com polímeros não renováveis, formando as chamadas “blendas”. “Temos as boas propriedades dos plásticos comuns com parcial biodegradabilidade”, comenta. Plásticos (não tão) “verdes” - O plástico comum, que é 26 > Plástico Sul >>>
produzido com derivado do petróleo (matéria-prima não renovável, cuja composição não é metabolizada por microrganismos), leva até 500 anos para desaparecer. Já o plástico biodegradável desenvolvido na USP é feito de material biológico, e por isso é atacado, na natureza, por outros agentes biológicos – bactérias, fungos e algas – e se transformam em água, CO2 e matéria orgânica. Ele se degrada em no máximo 120 dias. Atualmente, existem no mercado outros tipos de plástico biodegradável. São feitos a partir de fontes renováveis – milho, mandioca, beterraba e cana-de-açúcar. Porém, estas fontes servem como matérias-primas para produzir um composto (ácido láctico) do qual se pode sintetizar o polímero (PLA – ácido polilático). “Devido ao fato destes plásticos não serem produzidos com polímeros naturais, como proteína e carboidratos, por exemplo, o material apresenta estrutura mais complexa e só se biodegrada corretamente em usinas de compostagem, onde há condições adequadas de luz, umidade e temperatura, além da quantidade correta de microrganismos”, lembra Bianca Maniglia. Os plásticos produzidos por fontes renováveis atualmente comercializados, além de caros, ainda deixam a desejar em relação a algumas propriedades mecânicas e funcionais se comparados aos plásticos produzidos com fontes não renováveis, e também demandam outros custos para não poluírem o meio ambiente. Outro plástico muito divulgado na busca por maior sustentabilidade é o “plástico verde”. No entanto, a pesquisadora faz um alerta sobre este tipo de plástico. É feito de cana-de-açúcar, mas não é biodegradável. A partir da cana, é produzido o polietileno igual ao obtido do petróleo, assim o tempo de decomposição do plástico verde é o mesmo do plástico comum. “Vai continuar a causar problemas nas cidades e na natureza.” Bianca Maniglia defende que a aceitação e demanda por plásticos biodegradáveis dependam mais de consciência ambiental, legislação e vontade política que de fatores econômicos. Avalia que, em perspectiva global, quando se incluem custos indiretos, como geração de lixo, poluição e outros impactos à saúde e meio ambiente, “os biodegradáveis assumem posições economicamente mais favoráveis”. Quanto à economia, os custos de produção desses materiais podem ficar bem menores que os atuais. E isso se deve à utilização dos resíduos agroindustriais, como o produto agora desenvolvido na USP, cujos componentes não competem no mercado com a indústria de alimentos. Os resultados desse estudo foram apresentados em março deste ano à FFCLRP na tese de doutorado de Bianca, que trabalhou sob orientação da professora Delia Rita Tapia Blácido.
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A segunda edição do MOVA teve palestras e oficina para ensinar estudantes e voluntários o processo de confecção de andadores de PVC
Na foto: entrega de cheque simbólico foi feita por Alfredo Schmitt, presidente do CBP
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Em AçãoTampinha Legal Oficina solidária ganha parceria da UniRitter
O
plástico, muitas vezes, é caracterizado como um vilão do meio ambiente quando seu descarte é feito de forma incorreta e pode causar danos à natureza. No entanto, esse mesmo plástico passa a ser uma forte alternativa de solução de problemas por meio de atitudes conscientes e solidárias. Por exemplo, uma simples tampinha de garrafa pode significar o marco para a elaboração de projetos que podem ajudar milhares de pessoas, e ainda, evitar a citada poluição ambiental. Pensando nisso, em conjunto com a UniRitter, o projeto Tampinha Legal , iniciativa do CBP – Congresso Brasileiro do Plástico, promoveu a segunda edição do MOVA — Oficina Solidária Tampinha Legal. Realizado em maio no Campus Zona Sul, em Porto Alegre (RS), o evento contou com atividades direcionadas à criação de soluções e dispositivos para pessoas com deficiência física, em especial para crianças, e com a utilização apenas do plástico. Na primeira parte do evento, pela manhã, foram realizadas palestras com os especialistas Maria
Entidades participantes
APAE - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais Capão da Canoa | CAPCAR Centro de Atendimento e Proteção à Criança e ao Adolescente em Risco | Centro de Recuperação Nossa Sra. Aparecida | Lions Club Cachoeira do Sul | APAE - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Cachoeirinha | Sociedade Espírita Irmãos da Boa Vontade | Ação Social de Fé | Associação Comunitária Campo da Tuca | Associação dos Caminhadores do RGS | Associação Madre Teresa de Jesus | Casa do Excepcional Sta. Rita de Cássia | CENCOR I - Centro Comunitária da Vila Orfanotrófio I | Cerepal | Educandário São João Batista | Imama | Assoc. Beneficiente Tudo Posso (ABTP) | Liga Feminina de Combate ao Câncer de Tramandaí | Associação Torrense de Proteção dos Animais (ATPA) | APAPNE - Associação de Pais e Amigos dos Portadores de Necessidades Especiais. 28 > Plástico Sul >>>
Elizete Kunkel, Eliel Guimarães, Filipe Loyola Lopes e Mariana Saar de Almeida. Entre outros temas, apresentaram o uso do PVC no desenvolvimento de soluções em tecnologia assistiva, assim como a confecção de andadores infantis de praia de baixo custo com esse material para atendimento a crianças com deficiência. “Essa iniciativa é muito importante para que o projeto tenha continuidade e ganhe novas adesões”, destacou Simara Souza, coordenadora executiva do projeto. Na ocasião, Alfredo Schmitt, presidente do CBP, entregou um cheque simbólico de R$ 4.018,98 ao Educandário São João Batista, por ter sido a entidade assistencial cadastrada que mais coletou tampinhas até a última entrega ao reciclador. Até 20 de maio o projeto contabiliza a entrega de seis toneladas de tampinhas para reciclagem. Na segunda parte do programa ocorreu a Oficina Solidária, que teve como objetivo não apenas a criação de novos dispositivos, mas também o ensino desta prática para os participantes. “Nossa ideia não é apenas fazer e doar os andadores. É chamar os pais e voluntários e ensiná-los a fazer para que eles possam ser multiplicadores disso”, comentou Manuel Gonzales. Já para a professora Maria Elizete Kunkel, o objetivo principal é motivar as pessoas. "Se a gente conseguir motivar as pessoas, isso se propaga. Dessas motivações, vão surgir outras atividades, e outras pessoas vão ser ajudadas”, comentou. Até o momento o Projeto Tampinha Legal, que conta com o apoio do Sinplast/RS, Simplás e Simplavi, contabiliza a adesão de 19 entidades assistenciais (ver quadro) e há outras 10 interessadas e preenchendo os documentos para a adesão. O MOVA tem o apoio institucional do Instituto Plastivida e apoio da Unifesp, Clínica Neuro Gold e das empresas Xalingo, NeonCar e Verssa.
ECO Moby
O evento também contou com a apresentação do projeto de extensão ECO Moby, da UniRitter, que tem como objetivo ajudar crianças com deficiência física e em situação de vulnerabilidade social. Para John Würdig, coordenador do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da UniRitter e um dos organizadores do evento, o projeto visa “concentrar e aumentar as parcerias para esta rede do bem”, e ajudar o estudante a romper as barreiras e muros para interagir em sua comunidade, tornando-se assim, um agente transformador para inclusão das crianças com deficiência.
de Notas
BASF tem nova VP de Materiais e Soluções Funcionais
Empresa química líder global em inovação, a BASF anunciou sua nova vice-presidente de Materiais e Soluções Funcionais para a América do Sul, Gisela Pinheiro. Com mais de 13 anos de experiência no setor químico, ela assume a nova posição trazendo novos olhares e perspectivas para a empresa. Formada em Economia pela Northern Michigan University (EUA), e com MBA Executivo em Finanças pelo Insper São Paulo, a executiva já passou por importantes empresas como Ernest & Young e Dow Chemical, na qual foi diretora da área de Poliuretanos e Cloro-Álcali para a América Latina. A executiva entra na empresa para assumir as áreas focadas, principalmente, nos segmentos de Construção Civil e Automotivo. “Acredito no potencial do mercado sul americano e nas oportunidades da BASF na região. Como uma das maiores empresas químicas do mundo, estou muito contente em poder assumir a liderança de algumas das mais importantes e estratégicas áreas da BASF. Tenho certeza de que será um grande desafio e contribuirá muito com a minha trajetória profissional. Espero poder desenvolver estratégias que colaborem para a sustentabilidade e inovação da BASF e possam inspirar novos negócios”, afirma a executiva.
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Bloco
Gisela Pinheiro: mais de 13 anos de experiência
Banco de Resíduos Plásticos
A Abiplast – Associação Brasileira da Indústria do Plástico apresentou mais uma novidade ao mercado: Banco de Resíduos Plásticos, idealizado para gerar oportunidades de negócios para a cadeia da reciclagem de materiais plásticos. Com a finalidade de fomentar as empresas, cooperativas, centrais de triagem, comerciantes de sucatas e indústrias recicladoras e transformadoras, o Banco de Resíduos Plásticos da Abiplast é uma plataforma que permite a divulgação totalmente gratuita dos resíduos de diversos tipos de materiais plásticos. Com essa plataforma a entidade contribui com a reciclagem dos resíduos plásticos permitindo que eles possam retornar à cadeia produtiva por meio dos recicladores que abastecerão as indústrias transformadoras responsáveis pela fabricação de novos produtos plásticos reduzindo assim, a extração de recursos naturais e garantindo a preservação do meio ambiente. A reciclagem dos materiais plásticos é prática sustentável, pois permeia os pilares da sustentabilidade, ou seja, é uma prática econômica, técnica e socialmente viável. <<< Plástico Sul < 29
Agenda Caxias do Sul (RS)
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Anunciantes
Geremia / Página 15
Interplast | Simpesc / Página 8
Matripeças / Página 31
Moretto / Página 9
MP+ / Página 27
Pavan Zanetti / Página 21
Purgex / Páginas 23 a 25
Replas / Página 5
Agende-se para 2017 Rulli Standard / Página 2
Sepro / Página 32
Simpep / Página 19
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Chinaplas 2017 De 16 a 19 de maio de 2017 China Import & Export Fair Complex – Guangzhou – China www.chinaplasonline.com Mercopar - Feira De Subcontratação E Inovação Industrial De 03 a 06 de outubro de 2017 Parque de Eventos da Festa da Uva – Caxias do Sul (RS) www.mercopar.com.br
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