Plástico Sul 191

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Editorial DIVULGAÇÃO

Expediente Novembro de 2017 - # 191

Conceitual Brasil - Jornalismo Total www.revistaplasticosul.com.br Fone: 51 3208.1798 | 3208.1826 editora@conceitualpress.com.br

E agora, quem poderá nos defender?

Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves DRT/RS nº 12.844 Departamento Comercial: Débora Moreira Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 99941.5777) Capa: divulgação Plástico Sul é uma publicação da Conceitual Brasil - Jornalismo Total, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 8.000 exemplares.

N

ão tem Chapolin colorado que nos ajude. Claro que no fim do túnel há luz. Mas aguardando a retomada lenta e gradual da economia, a grande expectativa continua embasada em ações do poder público. Uma melhor adequação da logística brasileira cairia bem aos empresários do setor plástico, já que ela representa grande fatia dos custos da distribuição, por exemplo. Outra “ajudinha” que cai muito bem são as reformas fiscais e trabalhistas, impactando num melhor fluxo de gestão de recursos e pessoas. A gente faz a nossa parte. Trabalha. Cria. Inova. Gera empregos. Investe no país. Mas, cadê a contra partida? Sim, já avançamos em 2017 e nossa expectativa é que galguemos mais ainda em 2018. Entretanto, precisamos de um desenvolvimento maior para atingirmos patamares econômicos pré-crise, equiparados a 2014, por exemplo. Necessitamos de mais apoio, mais atenção por parte do governo, que é quem realmente pode agir. Não queremos uma postura patriarcal, mas de parceria mesmo. Não queremos o peixe. Queremos estrutura justa para pescar. Outro fator que há de se avaliar: 2018 é ano de Copa do Mundo e Eleições Presidenciais. Tais acontecimentos ocasionam impactos relevantes para a indústria brasileira. Torçamos para que não interfira tanto no desempenho de nossas empresas. Mas 2018 também é ano de NPE, em Orlando (EUA), e Interplast, em Joinville (SC), dois eventos que movimentam o setor porque fazem um elo entre fornecedor e transformador, oportunizando fechamento de negócios. Vamos falar da edição que está aos seus olhos. Além de relevantes matérias sobre temas variados do setor, o leitor poderá acompanhar uma reportagem exclusiva sobre o segmento de distribuição de resinas. Importantes fontes colaboraram gentilmente para transformar conhecimento em conteúdo, auxiliando no nosso processo de oportunizar informação ao setor. Boa leitura!

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EspecialDistribuição

A agenda distribuição O impacto das reformas, fiscal e trabalhista, no setor, a atenção à inadimplência, a preocupação com os entraves logísticos, os investimentos em atendimento e o desempenho das vendas em 2017 acompanhada das perspectivas para 2018. Estas são algumas das principais pautas existentes no dia a dia da distribuição e que a Plástico Sul detalha na reportagem a seguir

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Consumo

Conforme dados da Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas e Afins (Adirplast), o volume total distribuído através dos associados da entidade em 2017 foi de 404.000 toneladas, 3,6% superior a 2016, quando as empresas ligadas à associação venderam 389.745 toneladas de plástico. Vale reforçar que o crescimento se refere a todos os produtos comercializados pelos associados e não somente pelas commodities. Os produtos são: Polietilenos, Poliprolilenos, ABS, SAN, Poliacetal, Acrílico, Policarbonato, Poliuretano, EVA e Poliamidas 6 e 6.6. Polietilenos, de forma geral, representam 55% das vendas. “No Brasil, o maior mercado é o PE, seguido por polipropileno e depois por poliestireno dentro do portfólio que atuamos. E, nesse aspecto, os produtos para embalagens flexíveis e rígidas foram os ‘motores’ do crescimento em 2017”, aponta a diretora da Mais Polímeros, Daniela Antunes. Segunda a empresária,

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s distribuidores de resinas, aditivos e pigmentos são fundamentais para o setor plástico. Estruturalmente, segundo informações da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), esta indústria é formada em 71% por micro e pequenas empresas, em termos de faturamento. Neste sentido, as distribuidoras desempenham um papel importante fornecendo matérias-primas a essas empresas, já que elas não possuem escala suficiente que possibilite a aquisição direta com petroquímicas. Mesmo com importante fatia na comercialização de matérias-primas, o equilíbrio entre oferta e demanda é um desafio para quem trabalha com distribuição. Em tempos pós-crise, a alta oferta oriunda da presença dos importados e das revendas não se equilibra com a baixa demanda advinda da lenta e gradual recuperação da economia. Se o desafio de 2017 foi equiparar essa balança, as oportunidades de 2018 estão justamente na tentativa de resolução destes obstáculos através da criatividade. Com a busca de novos mercados, produtos e serviços, por exemplo, os distribuidores conseguem reverter cenários e administrar seus negócios com sustentabilidade e competitividade. “Os desafios foram vários, entre eles a competição acirrada, em virtude do desequilíbrio entre demanda e oferta de resinas. Já as oportunidades ficaram por conta da criatividade, já que procuramos novos produtos que não atuávamos, como por exemplo, PVC; masterbatch e PP-compostos, e crescimento em alguns nichos que necessitam de resinas especiais para embalagens flexíveis multicamadas”, explica o diretor da Entec-Polímeros, Osvaldo Cruz.

o risco de crédito, as importações e a competição desigual com revendas, foram os principais entraves de 2017 e, acrescidos das novas capacidades de polietilenos que entraram em operação no segundo semestre de 2017 nos Estados Unidos e que certamente chegarão ao Brasil e América do Sul, prosseguirão como os grandes desafios para o ano de 2018. “Em termos de oportunidades, além das associadas aos desafios acima, vemos a indústria automotiva, com um bom potencial para o setor plástico (resinas e plásticos de engenharia), e com viés de manutenção e eventual elevação para 2018. Isto cria uma janela de oportunidade muito interessante para o desenvolvimento de peças, componentes e acessórios para substituição deste insumo, com custo e performances competitivos”, sinaliza Daniela. Na mesma linha de pensamento positivo para 2018 está Osvaldo Cruz, da Entec-Polímeros. Ele garante que no âmbito da empresa estarão perseverantes em novos negócios; já no âmbito do país esperam pelo crescimento do PIB, que certamente influenciará no consumo das resinas plásticas, bem como a criação das reformas necessárias, previdenciária e algum avanço na tributária(simplificações).

Cruz, da Ravago:, "Desequilíbrio entre oferta e demanda foi um dos desafios de 2017"

Mercado

O mercado do varejo de resinas, com as consolidações havidas, está cada vez mais evoluído, profissional e competitivo. “As distorções existentes estão associadas às práticas indevidas de sonegação de impostos, incentivos utilizados de forma indevida e outras práticas que distorcem preços, margens e criam disparidades difíceis de acompanhar e até de entender; mas que certamen<<< Plástico Sul < 7


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Daniela Antunes, da Mais Polímeros, fala sobre investimento na abertura da filial em Caxias do Sul (RS)

te, com a reforma fiscal e maior fiscalização, terão um ciclo e abrangência cada vez menor”, acredita Daniela Antunes. A diretora da Mais Polímeros avalia que, no tocante ao câmbio, o Brasil está cada vez mais inserido no mercado internacional como uma economia pujante, real e com enorme potencial. Para ela, o câmbio será reflexo das ações do atual governo e autoridades, das escolhas do povo brasileiro nas próximas eleições e das ações dos futuros governantes.

Reformas

No mapeamento deste importante mercado outros fatores são preponderantes para a caminhada dos distribuidores. A Adirplast demonstra atenção nos temas Reforma Fiscal e Reforma Trabalhista. Durante o ano de 2017 apresentou em um evento da Associação, o ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda e diretor do CCiF (Centro de Cidadania Fiscal), Bernand Appy para fazer palestra sobre a Reforma Fiscal. O CCIF é um grupo independente que tem como objetivo contribuir para a simplificação do sistema tributário brasileiro e para o aprimoramento do modelo de gestão fiscal do país. "A sociedade deve refletir, organizar e propor a reforma tributária. O Brasil precisa ter uma harmonização nesta questão. Atualmente temos uma legislação complexa que cria mais insegurança para todo o empresariado", explicou Appy. A nova proposta de reforma tributária tem como principal diferença a eliminação de cinco tributos ao longo de dez anos. No seu lugar, seria criado um único imposto. "A arrecadação seria repartida tendo como critério o local onde foi consumido o produto ou serviço, prática comum na maioria dos países", salientou. 8 > Plástico Sul >>>

Outra bandeira da Adirplast é a Reforma Trabalhista. “A nova legislação certamente colabora na segurança jurídica das questões ligadas aos funcionários. Com a anterior não se conhecia até onde os custos trabalhistas e o tempo dedicado a estas questões poderiam chegar”, afirma o presidente da entidade, Laercio Gonçalves. Osvaldo Cruz, que além de dirigir a Entec-Polímeros, também é vice-presidente da Adirplast, faz coro à Gonçalves. “A Reforma facilitará a gestão da área de RH nas relações com os colaboradores, flexibilizando a vida de ambos. O risco jurídico diminuirá bastante. As relações serão mais transparentes”, argumenta. Daniela Antunes, da Mais Polímeros, afirma que a reforma trabalhista trará maior clareza, agilidade e simplificação na relação empregadores x trabalhadores de tal forma a reduzir custos e burocracias. “Torcemos para que venha acompanhada de uma reforma fiscal, pois aí certamente impactaria sobremaneira o mercado como um todo e de forma muito positiva”, sinaliza.

Pró-Distribuição

Além da melhor expectativa para 2018, o clima de otimismo dos associados da Adirplast está ligado ao lançamento do Programa Pró-Distribuição, que será apresentado oficialmente pela Adirplast. "Esta é uma Campanha Nacional focada na ética da compra de resinas plásticas, filmes BOPP-PET e de plástico de engenharia pelo mercado de varejo e será uma campanha audaciosa", disse Laércio, que promete explicar todos os detalhes da ação no lançamento próximo. Para o vice-presidente da Adirplast, Osvaldo Cruz, essa é uma das ações mais importantes já realizadas pela entidade. "O Programa não está focado em melhorar o resultado das empresas filiadas, mas em mostrar a importância das boas práticas de vendas não apenas para os negócios, como para a construção de um Brasil melhor", disse. A Adirplast existe desde 2007, representando os distribuidores de Polietilenos, Polipropilenos, Poliestirenos, ABS e SAN, Borrachas, Poliacetal (POM), Acrílico (PMMA), Policarbonato (PC), Poliuretano (PU), EVA, Poliamida 6 e 6.6.

Inadimplência

Os temas focalizados pela entidade em 2017 foram: Redução da Inadimplência, Equalização Tributária e Sustentabilidade do setor de plásticos. Para Gonçalves, a inadimplência tem sido um sério limite para o desenvolvimento do setor plásticos brasileiro. Daniela Antunes, da Mais Polímeros explica que a inadimplência vem sendo um reflexo do que o país atravessa em termos de elevada tributação, altas taxas de juros, custo de capital elevado,


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EspecialDistribuição

Entraves logísticos impactam o setor na forma de aumento de custos e prazo de entrega

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competição desigual por conta da sonegação fiscal e má gestão do fluxo de caixa em muitos setores do mercado. “Buscamos tratar da melhor forma, no menor tempo e com a devida atenção requerida. Em 2017, conseguimos reduzir e resolver alguns casos de ocorrência de tal forma a reduzir de forma importante”, afirma. Desta forma, a Adirplast organiza para seus associados, estratégias para busca de conhecimento sobre o tema. Em agosto de 2017, por exemplo, organizou um encontro com especialistas da Serasa Experian para que associados pudessem receber um panorama das demandas do mercado atual e as situações de risco apresentadas em decorrência da crise que assola o Brasil desde 2014. “Além dessas informações também pudemos pensar em como fortalecer a cadeia como um todo e ajudar nossos clientes a conseguirem uma gestão mais saudável de seus negócios”, explicou Osvaldo Cruz, diretor da Entec Polímeros e vice-presidente da ADIRPLAST. O encontro girou em torno da palestra “Dinâmica da Atividade Econômica das Associadas da ADIRPLAST”, apresentada pelo consultor de segmento da Serasa, Rogério Rodrigues. “É preciso entender que é a sonegação o que atravanca a distribuição atualmente. O atacadista lida com uma taxa de lucro baixa e o ambiente de distribuição é muito agressivo. Quando se coloca no mercado mais um componente, como empresas fraudulentas, é preciso se defender. Por isso, é essencial que as empresas idôneas se organizem e estejam presentes através de suas entidades em esferas políticas para exigir mudanças nesses quesitos”, explicou Rodrigues. O economista apresentou uma pesquisa

feita com mais de 200 mil empresas pelo Brasil, na qual as demandas de crédito, a inadimplência e os riscos de inadimplência foram analisados. Por meio desse estudo é possível entender um pouco melhor o mercado atual. “A demanda por crédito, quando se compara o primeiro semestre de 2016 com o mesmo período de 2017, aponta uma queda. Contudo, os últimos meses analisados indicam uma recuperação”, disse. Rodrigues explicou que a retomada do mercado também trouxe um maior número de negativações “isso indica uma baixa da qualidade financeira dos clientes e também um maior rigor nas regras de negativações aplicadas”. Sobre os riscos do não pagamento, Rodrigues assinalou que, no Brasil, a expectativa de inadimplência no setor de plásticos para os próximos 12 meses é alta. Isso porque, 41% dos clientes que demandam crédito do distribuidor – empresas transformadores – foram avaliados como clientes de elevado risco. “Essa situação é acompanhada por uma movimentação difusa de empresas e faixas de risco, o que exige atenção do distribuidor durante o processo de liberação de crédito”. Diante do risco, a ADIRPLAST decidiu promover, entre seus clientes, cerca de sete mil transformadores, a maioria composta por empresas familiares de pequeno e médio porte, ações que incentivam e orientam sobre as boas práticas de gestão empresarial. “Acreditamos que a gestão aprimorada é o que pode de fato mudar a história dos pequenos e médios transformadores de plástico no país. É preciso mais atenção com mercado local e transformador fidelizado”, afirmou Osvaldo Cruz.

Atendimento

Um dos principais diferenciais para se tornar competitivo no segmento de distribuição é o atendimento, seguido do cardápio de produtos e prazo de entrega. Daniela explica que o setor plástico, no geral, tem demandado dos distribuidores oficiais, cada vez mais, uma eficiência operacional, com baixo custo, alto giro, disponibilidade de produtos, serviços diferenciados a custos e qualidade altamente competitivos. “Desta forma, temos interagido e trabalhado em conjunto com nossos principais fornecedores e parceiros para buscar esse alinhamento; além de buscar ‘benchmarkings’ em outros setores, para criar e desenvolver estruturas e processos que nos permitam operar dentro dos limites e exigências de mercado”. Na Entec-Polímeros o tema tem grande relevância. “No decorrer desse ano mudaremos nosso sistema de TI, focando na otimização dos processos a fim de conseguirmos agilidade no atendimento ao cliente”, sinaliza Cruz. Da mesma forma, age a Piramidal: Simplicidade nos processos


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Ricardo Mason: desde 1971 a Fortymil distribui produtos como PP, PE, EVA, PS, ABS

financeiro, assim como no aspecto do custo de servir já que, na contratação ou alocação de fretes, estão embutidos no preço/custo o desgaste maior de pneus, a depreciação acelerada, o seguro mais caro, os pedágios, a legislação específica, os sistemas de monitoramento/rastreamento e outros imprevistos; além da maior demora no prazo de entregas a depender dos riscos e eventuais sinistros associados.

Distribuidores

e atendimento técnico comercial são as estratégias da empresa para aumentar competitividade. “Os avanços em termos de atendimento são treinamentos e investimento em sistema de controle (ERP)”, diz Amauri dos Santos, diretor da empresa.

Entraves logísticos

O Brasil sofre com as estradas brasileiras e outros influenciadores logísticos, impactando em importantes segmentos. Para os distribuidores a logística brasileira é fundamental, tanto em termos de gerenciamento de custos, quanto nos prazos de entrega. Tais entraves, segundo Osvaldo Cruz, da Entec-Polímeros, acabam impactando através dos custos de logísticas crescentes e pressionando muito o resultado do negócio. “Além disso, impede uma melhoria do serviço de logística tão importante e impactante financeiramente na cadeia de negócios, já que a conservação das estradas e outros custos de logísticas(combustível, manutenção do veículo, etc.) pouco ou nada podemos interferir, apesar dos altos impostos que já pagamos e que deveriam nos retornar com boas estradas”, destaca. Ricardo Mason, da Fortymil também considera tais argumentos. “O custo logístico é muito impactante em toda operação de Distribuição, seja de termoplástico ou qualquer outro produto. Tem que ser acompanhado de perto”, adverte Mason. Já a Piramidal, conforme o diretor, Amauri dos Santos, tem criado junto aos seus fornecedores novas alternativas de logística como modais e transportes marítimos, além, do rodoviário atual. Daniela Antunes, da Mais Polímeros, afirma que os entraves logísticos infelizmente impactam o setor na forma de aumento dos custos, sob o aspecto 12 > Plástico Sul >>>

O segmento de distribuição de resinas já teve muitos agentes em atuação. Entretanto, nos últimos anos acompanhou a consolidação petroquímica e enxugou seu tamanho, seja através de fusões, aquisições ou outras ações estratégicas. Os distribuidores oficiais que atuam no mercado são ligados diretamente às petroquímicas com a finalidade de atender aos clientes de médio e pequeno porte, com total apoio e suporte das petroquímicas. A Entec-Polímeros, por exemplo, desde 2004 atua na distribuição para os mercados do sudeste, sul e centro oeste, comercializando hoje Polietilenos; Polipropilenos; Poliestirenos; CaCo3(Carbonato de cálcio); PVC;PET; Master Batch. Em plásticos de engenharia: ABS; Acetal; Poliamidas – 6 e 6.6 ; Policarbonatos e PP- Compostos.Como estratégia adotada para ter sucesso no mercado, Osvaldo Cruz destaca “sermos importantes para o cliente no conjunto do relacionamento: credibilidade quanto a garantia do produto em si, documentos fiscais, ética etc”. Outra empresa presente na estrada da distribuição é a Fortymil, que desde 1971 distribui produtos como PP, PE, EVA, PS, ABS e outros. A empresa faz investimentos constantes em capacitação da equipe e frota, utilizando como estratégia a sua ampla gama de produtos e serviços, além da disponibilidade de produtos alternativos, reciclados e compostos através da Plastimil, braço industrial do Grupo Fortymil. Também tradicional distribuidora brasileira, a MAIS Polímeros do Brasil foi fundada em 2005. A empresa é um distribuidor oficial da Braskem e da Unigel. Distribui e comercializa toda a linha de grades do polipropileno (PP Homo, PP Copo e PP Randon - com alta, média e baixa fluidez); toda a família de polietilenos (PEBD, PEBDL, PEAD para aplicações em Injeção, Sopro e Filmes - com alta, média e baixa densidade); toda família dos EVA’s (para aplicações em placas, solados, filmes, coating e hot melt); assim como os principais grades da família dos polietilenos verdes, logomarca “I’m green” para aplicações em injeção, sopro, extrusão e filmes. Também distribui todos os produtos de poliestireno cristal (GPPS), de alto impacto (HIPS) e especiais (HIPS A Tech). Além disso, iniciou um


trabalho de representação ano passado com um parceiro comercial para atuação no segmento de plásticos de engenharia com materiais das famílias do ABS natural, PET clear e black tonner e Policarbonato das petroquímicas Formosa, SAMSUNG e DAK, principalmente. A empresa está apta a atender todo o Brasil, mas estrategicamente atua principalmente nos mercados das regiões Sudeste, Sul e Centro Oeste. “Cada mercado e região tem sua peculiaridade e direcionamos nossos esforços para alinhar as expectativas com nossas capacidades para melhor atender e servir aos clientes e mercados em suas principais demandas, necessidades e características. Todos os mercados são promissores e nos fazem refletir, criar e inovar em termos de estratégias de atuação, serviços, atendimento, logística, etc, para que alcancemos os resultados almejados por todos os envolvidos no processo”, diz Daniela. A diretora explica que investiram recentemente na abertura da filial em Caxias do Sul (RS) para ampliar sua presença na região Sul do país. “Também ampliamos nossa frota própria com a aquisição de mais alguns caminhões e aumentamos nossa equipe de telemarketing para prospectar novos e potenciais clientes”, finaliza.

Fundada em 1985, a Piramidal aumenta constantemente seu portfólio de produtos, oferecendo resinas commodities e engenharia de marcas renomadas. Em Commodities a empresa distribui: PEBD, PEBDL, PEAD, Flexus, Utec, EVA, PP homopolímero, PP copolímero, PP Random, PS cristal e alto impacto, PET. Já nas resinas de Engenharia comercializa: SAN, ABS, Blenda de PC + ABS, PBT, NORYL, ASA, Poliamida 6 e 66, Poliacetal, PMMA, POE E POP. Uma grande novidade da empresa para 2018, será a distribuição de adesivos Henkel para filmes/embalagens flexíveis. A Piramidal atende todo o território nacional, contando com sete filiais espalhadas em todos o Brasil: Caxias do Sul/RS, Cachoeirinha/RS, São José dos Pinhais/ PR, Londrina/PR, Santana de Parnaíba/SP, Recife/ PE e Aparecida de Goiânia/Go, filial inaugurada no início de 2018, com intuito de levar à Região Centro Oeste, seus serviços de distribuição de resinas, aproximando ainda mais a Piramidal e esse grande polo industrial presente em Aparecida de Goiânia. As commodities poliolefínicas e estirênicas que representam 70% do volume de vendas da empresa, que em 2017 teve como um dos principais investimentos, a renovação da frota de veículos

Braskem destaca importância da distribuição

Os distribuidores autorizados para venda das resinas Braskem de PE, PP e EVA são a Activas, Eteno, Fortymil, Mais Polímeros e Nova Piramidal. Conforme Antonio Luiz Acetoze, Gerente de Contas / Distribuição da Braskem, os distribuidores autorizados são o “braço” da Companhia para o atendimento dos clientes no mercado de varejo nacional. O executivo afirma que essas empresas são responsáveis pelo atendimento de mais de 5.000 clientes/

transformadores na cadeia nacional. “Eles garantem a excelência na prestação dos serviços de fracionamento, concessão de crédito, assistência técnica, logística e desenvolvimento de produto para essa fatia relevante do mercado e que não é atendida diretamente pela Braskem”, explica. Segundo Acetoze, os distribuidores autorizados da Braskem cresceram cerca de 5% ao ano nos últimos cinco anos. “Atualmente, são responsáveis por cerca de 10% do Mercado de PE , PP e EVA”.

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EspecialDistribuição

Para a distribuidora de resinas termoplásticas, quem aderir ao cartão terá limite de crédito adicional e flexibilidade nos prazos de pagamento

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m meio a crise, o ano de 2017 foi marcado por diversos desafios que os empresários precisaram transpor, e no setor de distribuição de resinas plásticas não foi diferente. Um mercado que movimenta quase 3 bilhões de reais e atende cerca de 8 mil clientes, deve-se manter em constante evolução e trazer sempre novos benefícios aos clientes. Pensando nisso, a Activas, conceituada distribuidora do segmento, lançará, em 2018, o ACTCARD, um cartão que visa facilitar a compra e venda de resinas termoplásticas. Para a empresa, o cartão surge como uma ótima alternativa, já que no segmento de distribuição de resinas termoplásticas, o fluxo econômico da cadeia de consumo pode comprometer o desempenho comercial do distribuidor por limitações de crédito. A partir disso, os principais benefícios do cartão são o limite adicional de crédito para compra de produtos, a flexibilidade nos prazos e a anuidade zero, que não oferece nenhum tipo de custo para utilização dos clientes. Todos na Activas seguem otimistas sobre a adesão ao cartão, pois com ele poderão beneficiar tanto os clientes ativos como também os inativos. Além disso, com as vantagens do ACTCARD, passa-se a abrir um leque de possibilidades para ampliação. "Realmente nós estamos bem otimistas, porque vamos conseguir aumentar o volume de vendas para os clientes ativos e também podemos adquirir mais facilidades para o cliente que está inativo, permitindo assim, que ele tenha mais opções de créditos para compra", ressalta Roberta Duarte, gerente comercial e marketing sênior da Activas. "Assim, o nosso principal objetivo passa a ser fomentar participação no mercado, aumentar o volume de vendas e facilitar a atividade produtiva do cliente, promovendo uma evolução do segmento", complementa Laercio Gonçalves, diretor da Activas. Para adquirir o cartão, o interessado deve enviar uma solicitação por e-mail para actcard@activas. com.br e aguardar a análise do pedido pela Activas. Para mais informações, basta acessar o site www. activas.com.br/ACTCARD.

Uma empresa pronta para o futuro

Para percorrer o Brasil todo é preciso um time de peso, e a Activas, distribuidora de resinas termoplásticas, sabe muito bem disso, pois está presente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e em todo nordeste brasileiro. A empresa, que atua no mercado há quase 14 > Plástico Sul >>>

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Activas lança o ACTCARD, cartão que disponibiliza limite de crédito adicional e outras facilidades

A Activas, liderada pelo empresário Laercio Gonçalves, lança o ACTCARD, para facilitar a compra e venda de resinas

30 anos, segue sua atuação baseada nos pilares da ética, foco no cliente, lucratividade, sinergia e respeito ao ser humano. Premissas que fazem com que seja premiada como "Top Distribuidor", desde 2008, em todas as edições do Prêmio Plásticos em Revista, que reconhece o mérito e estimula a excelência, a inovação e o dinamismo da indústria de plásticos no país. Em 2017, apesar da crise política e econômica que se instalou no país, a Activas conseguiu se preparar e atingir resultados satisfatórios. Com mudanças estruturais internas e externas, foi possível alcançar uma evolução em termos de volume e participação de mercado. "Passamos por mudanças de gestão, processos e, principalmente, direcionamento estratégico. Foi um ano difícil, mas nos preparamos internamente para enfrentá-lo. Isso fica muito claro quando mesmo no cenário de crise, a empresa consegue atingir bons resultados e fechar o ano com um balanço positivo", finaliza Laercio.


Petroquímica

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etroquímica mundial produtora de polietilenos, a multinacional Dow enxerga com positividade o ano de 2018, baseada em determinantes argumentos. Alguns destes fatores são que, em 2017, a demanda de PE esteve em ascensão, a produção de embalagens plásticas apresentou crescimento por seis meses consecutivos e existe a estimativa de alta do PIB para 2018 de 2,3%, além da recuperação do otimismo do consumidor. Em entrevista à Revista Plástico Sul, o Diretor de Distribuição para Embalagens & Especialidades Plásticas da Dow na América Latina, Rogério Mantovani, aponta os destaques do Brasil quando o assunto são as oportunidades da matéria-prima fabricada pela Companhia, avalia o fornecimento de seus distribuidores e fala sobre os entraves logísticos brasileiros. Plástico Sul - A empresa faz distribuição de matérias-primas/produtos de forma direta para as empresas ou usa distribuidores independentes? Rogério Mantovani - A Dow utiliza um modelo híbrido de venda direta para clientes de compram grandes volumes e via distribuição para atender de forma mais eficiente os convertedores menores a que estão mais pulverizados em todo o país. PS - Quais são os distribuidores oficiais da empresa? Mantovani - A Dow no Brasil opera com parceiros globais, que possuam valores e estratégias de atuação alinhadas à companhia. Atualmente, no Brasil, trabalhamos com a Entec e a SM Resinas. PS - Como avalia o fornecimento por parte destes agentes e qual a importância para o processo como um todo? Mantovani - A Dow considera seus distribuidores como uma extensão da companhia, pois eles carregam a nossa marca para os quatro cantos do país. Por causa de sua extensão territorial, o Brasil impõe desafios para uma eficiente distribuição logística. Na Dow, trabalhamos em busca de modelos de sinergia logística que incluem o distribuidor. Temos avançado em questões essenciais como a eliminação de alguns fretes ao investir em novos terminais de armazenamento, por exemplo, e sistemas informatizados para a troca eletrônica de informações (EDI) com os distribuidores. Esses sistemas também são utilizados pelos distribuidores para desenvolver relatórios gerenciais, informações contábeis e certificados de qualidade de forma rápida, direta e online. Além disso, as áreas técnicas e comerciais de nossos distribuidores são frequentemente treinadas e capacitadas por meio de encontros regulares. Além disso, levamos os distribuidores, uma vez por ano, para conhecer a fábrica

de polietileno da Dow na Argentina, para que vivenciem todo o processo de fabricação de resinas. PS - Qual sua opinião sobre o mercado petroquímico de forma geral na atualidade levando em consideração os polietilenos? Mantovani - Falando especificamente de PE, que é o que a Dow produz, o ano de 2018 será de crescimento e estimamos que a demanda aumente entre 3% e 4%. A Dow vê vários fatores que mostram um comportamento positivo e que indicam um bom ano. Alguns destes fatores são que, em 2017, a demanda de PE esteve em ascensão, a produção de embalagens plásticas apresentou crescimento por seis meses consecutivos e existe a estimativa de alta do PIB para 2018 de 2,3%, além da recuperação do otimismo do consumidor. Além disso, o PE é uma resina que cresce a uma taxa de 1.3 vezes do PIB global em função de sua diversidade de aplicações e propriedades únicas que proporciona às embalagens flexíveis. Outro fator que merece destaque é que o Brasil é um país que tem muito potencial e elementos fundamentais que vão impulsionar o crescimento no longo prazo, como o aumento da população e uma sofisticação nas embalagens. A mudança de estilo de vida, que amplia o modelo on-the-go exige cada vez mais embalagens plásticas que contribuam com a preservação e segurança dos alimentos, com uma melhor funcionalidade e conveniência.

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Perspectivas otimistas para o mercado de PE

Rogério Mantovani

PS - Qual sua opinião sobre a logística brasileira e de que forma ela afeta no desempenho de seus negócios. Mantovani - Devido a sua extensão territorial, o Brasil impõe desafios para uma eficiente distribuição logística. A Dow está sempre atenta a estes desafios e, assim, em maio do ano passado (2017) inaugurou seu maior terminal logístico para polietileno na América Latina fora de suas unidades. Localizado em Itajaí (SC), o novo terminal propiciou incremento de 60% na capacidade de armazenagem da empresa para polietileno e produtos das áreas de especialidades plásticas. Este aumento de capacidade dará suporte à maior produção de polietileno proveniente das novas unidades de produção da Dow na Costa do Golfo dos Estados Unidos e que deverá ser embarcada para a América Latina. Um aspecto importante do projeto é a eliminação da capacidade ociosa, uma vez que os produtos são estocados diretamente em contêineres. Além disso, a capacidade de carregamento passou de 85 para 110 veículos em 15 horas.

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Abiplast espera que produção de plástico cresça 2% Resultado de 2017 mostra mudança de tendência. Previsão para 2018 é de elevação

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recuperação do setor plástico está sendo lenta e gradual. Depois de registrar queda de cerca de 20% na produção física e o fechamento de 50 mil vagas nos dois anos anteriores, a indústria de transformados plásticos mostra sinais de inversão da tendência. A previsão é de encerrar 2017 com aumento de 2% na produção física, de 3,2% no consumo aparente e de 0,3% nos empregos (o que representa mil novos postos de trabalho), na comparação com o ano anterior. Esse resultado é fruto do aquecimento que alguns setores apresentaram no período de janeiro a outubro, tais como máquinas e equipamentos (3,1%), eletrônicos (20,4%) e automotivo (16,1%) – que fizeram a demanda por produtos plásticos crescer em 2,85% ante a 2016. A continuidade da estabilidade econômica aliada às previsões positivas de importantes consumidores de transformados plásticos – como a construção civil e a indústria automotiva – influenciam as expectativas para 2018. A Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) espera para esse ano um crescimento de 3% na produção física, 0,6% em empregos e de 4,3% no consumo aparente. A expectativa de queda nos juros e inflação, bem como do crescimento do PIB, também contribuem para essa previsão. Apesar da projeção otimista, o consumo do setor só deve retornar aos níveis de 2014 em 2024, ressalta o presidente da entidade, José Ricardo Roriz Coelho. Outro aspecto importante nessa retomada é o baixo indíce de investimento da indústria nacional. “Vale destacar também que a expectativa de aumento de custo por conta da implantação da TLP em substituição da TJLP vai atrasar ainda mais os investimentos na adequação do setor às novas demandas de mercado, o que pode comprometer o futuro e a competitividade desse setor também no mercado externo”, conclui.

Entidade qualifica cooperativas de reciclagem

Nos dias 5 e 6 de dezembro, em parceria com

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Setorial

Roriz Coelho, presidente da Abiplast, diz que retomada dos níveis de 2014 vai demorar

a Triciclos, gestora de Pontos de Entrega Voluntária - PEV's, a Abiplast realizou a primeira Qualificação em Identificação e Separação de Materiais Plásticos no Estado de São Paulo. O Sindiplast-SP deu todo o apoio institucional ao projeto. O treinamento teve um dia e meio de duração e participaram 9 cooperativas de materiais recicláveis como a Coopertativa Vira Lata, Cooper Viva Bem, Yougreen, Coopamare, Coopersubert, Coopernova, Cooperglicério, Sempre Verde e Cooperben. A capacitação gerou muito aprendizado e troca de experiências entre as Cooperativas e a Abiplast. A qualificação que já foi realizada nos Estados do Espírito Santo e Rio Grande do Sul tem como objetivo aprimorar a qualidade do material plástico triado, aumentando o valor adicionado do material nas cooperativas e, consequentemente, aumentar a qualidade e o valor adicionado do material reciclado nas indústrias de reciclagem de materiais plásticos. Em momentos como este é fundamental o trabalho em conjunto para gerar crescimento orgânico e estruturado de todos os atores da cadeia de reciclagem, enfatiza a entidade.

Adirplast homeageia Abiplast

O final de 2017 foi especial para duas entidades importantes na cadeia do plástico, com uma ação que valoriza o relacionamento no setor. A Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas e Afins (Adirplast) homenageou a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) no encontro promovido na segunda semana de dezembro. O reconhecimento foi fruto da atuação da Abiplast em prol do fortalecimento e defesa do setor. Em cerimônia especial, durante o evento também foram homenageados Marco Antônio Cione, da Braskem; Osvaldo Cruz, da Entec; João Rodrigues, da Thathi Polimeros e Samuel Wajsbrot, da Cromex (in memoriam).


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O encerramento do ano da Adirplast contou com duas palestras importantes para os empresários. A primeira foi sobre a Reforma Fiscal. Para debater esse assunto foi convidado o ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda e diretor do CCiF (Centro de Cidadania Fiscal), Bernand Appy. A segunda palestra debateu sobre o futuro dos negócios e teve como convidado, Alex Espinosa, co-fundador líder da "Diip" e mestre em criatividade e empreendedorismo pelo Universidade de Newscastle. Atualmente, a Adirplast, presidida por Laércio Gonçalves, diretor-presidente da Activas, agrega empresas distribuidoras de resinas plásticas, plásticos de engenharia e filmes BOPP-PET.

Osvaldo Cruz (Entec), Paulo Teixeira (Abiplast) e Laércio Gonçalves (Adirplast)

Resultado positivo para a indústria química brasileira em 2017 Mesmo sem os números consolidados, a indústria química brasileira deverá fechar o balanço de 2017 com um faturamento líquido de US$ 119,6 bilhões, segundo estimativa da Associação Brasileira da Indústria Química – Abiquim e associações específicas dos segmentos ligados ao setor. O faturamento estimado para o ano é 9,5% superior ao registrado em 2016, quando a indústria química faturou US$ 109,2 bilhões. Apesar do crescimento em relação ao ano anterior o setor ainda está muito abaixo do resultado alcançado em 2014, quando encerrou o ano com um faturamento de US$ 146,9 bilhões. O déficit da balança comercial de produtos químicos deverá fechar o ano em US$ 23,2 bilhões, pois o Brasil terá importado US$ 36,8 bilhões em produtos químicos e exportado US$ 13,6 bilhões. Entre os segmentos, o destaque é o de Produtos Químicos de Uso Industrial, representado pela Abiquim, que espera confirmar 2017 com um faturamento de US$ 58,1 bilhões. O volume da produção de produtos químicos de uso industrial, medido em toneladas, deve crescer 0,9% em relação ao ano anterior, impulsionado pela retomada da economia. Segundo a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, surpreendentemente, apesar das dificuldades do início do ano, 2017 foi salvo por resultados mais favoráveis no segundo semestre, encerrando acima de 2016, tanto em volumes quanto em valores. “Vale destacar que os resultados de produção e vendas poderiam ter sido muito melhores não fossem os problemas estruturais de falta de competitividade. As oportunidades voltaram via elevação da demanda interna, que cresceu mais de 7% e foi suprida basicamente por importações, que representaram quase 40% de tudo o que País consume de químicos”, analisa Fátima.

Ranking e investimentos

A indústria química brasileira se manteve na 8ª posição no ranking mundial, que considerou o faturamento de 2016, quando a indústria faturou US$ 109 bilhões. Estão a frente do Brasil no ranking: China, Estados Unidos, Japão, Alemanha, Coreia do Sul, Índia e França. O setor químico brasileiro, representando 10,8% de toda a indústria de transformação, se manteve na terceira posição no PIB industrial nacional. A Abiquim também acompanha a previsão de investimento no setor e a projeção é de que sejam investidos US$ 3,3 bilhões no setor de 2018 a 2022. De acordo com o presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo, o volume de investimentos para os próximos anos é baixo e contempla basicamente a manutenção das plantas já existentes. “Enquanto o Brasil não tiver uma política industrial que ofereça isonomia competitiva à indústria química não serão feitos grandes investimentos no Brasil. O preço do gás-natural no País é de 2,5 a 3 vezes mais caro do preço praticado nos Estados Unidos, também temos a energia mais cara do mundo”, avalia Figueiredo. Os dados do desempenho da indústria química foram apresentados na 22ª edição do ENAIQ – Encontro Anual da Indústria Química, realizado pela Abiquim – Associação Brasileira da Indústria Química, no início de dezembro, no WTC Events Center, em São Paulo. O livreto “O Desempenho da Indústria Química em 2017” está disponível para download na home do site da Abiquim (www.abiquim.org.br).

Fátima Coviello Ferreira, diretora da Abiquim, destaca resultados do segundo semestre

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Reciclagem

A empresa vai processar 20% das 450 mil toneladas de unidades descartadas no país

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om o advento dos carros elétricos, o futuro do transporte mundial será reestruturado. Isso reduzirá consideravelmente nas próximas décadas os veículos à combustão e consequentemente a queima de combustível fóssil, como o petróleo, poluente e finito. Porém, um outro problema complexo continuará existindo: os pneus. Mais do que produzir, o descarte é um problema, pois um pneu pode demorar 700 anos para se decompor na natureza. Em 2016, foram 450 mil toneladas – em torno de 91 milhões de unidades somente no Brasil -, que precisaram de uma destinação correta. No mundo são 13,5 milhões de toneladas anualmente. Para solucionar o problema os principais fabricantes no Brasil criaram em 2007 a Reciclanip, entidade responsável por gerenciar os pneus inservíveis. Apesar de todos os esforços, parte deste material ainda vai parar nos mares, rios, em terrenos sem uso, causando doenças e poluição ambiental. “Sustentabilidade é fundamental para o futuro do planeta e da economia mundial. A reciclagem de pneus via pirólise contribui com o meio ambiente, é sustentável e gera valor para os acionistas” revela Robson Freitas, CEO da BIO5. “Estamos montando a planta de reciclagem mais moderna do país”, revela o executivo. A BIO5 está com sua primeira planta em construção em Cuiabá no estado de Mato Grosso e adquirindo os melhores equipamentos do mundo, que virão de países como China e EUA. Nesta primeira planta serão investidos R$ 100 milhões através do fundo de private equity DMI Group, para reciclar anualmente cerca de 20 mil toneladas de pneus inservíveis, o que representa 4% de todos os pneus descartados no país e equivalente a aproximadamente 4 milhões de unidades. Outras plantas estão previstas no país com um investimento de aproximadamente R$ 500 milhões para reciclar cerca de 20% de todos os pneus descartados no país. Atualmente no Brasil mais da metade dos pneus são descartados através da queima em fornos

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BIO 5 investirá R$ 500 milhões para reciclar pneus Sobras em 2016: 91 milhões de pneus no Brasil e 13,5 milhões de toneladas no mundo

de cimenteiras. A BIO5 implantará um processo considerado o mais eficaz e sustentável por especialistas globais, chamado PIRÓLISE, que através do calor realiza a decomposição química e as matérias são separadas e recuperadas para posterior utilização. Como não existe oxigênio no processo, não é emitido monóxido de carbono na atmosfera. Do processo de pirólise é extraído o aço, o negro de fumo, o gás e o óleo combustível. O negro de fumo, principal componente na fabricação da borracha, é também usado para pigmentação preta em geral, na produção de asfalto e confecção de tintas para impressora, por exemplo. “Neste processo de reciclagem de pneus evitamos que mais barris de petróleo sejam retirados da natureza, tornando-o mais sustentável que a simples queima dos pneus. Além disso, com o óleo produziremos energia elétrica para uso próprio e parte será disponibilizada para rede. A nossa planta será capaz de gerar energia elétrica suficiente para abastecer uma cidade de 28 mil habitantes”, finaliza Robson Freitas.


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Reciclagem

A reciclabilidade e os benefícios do EPS

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s produtos de EPS (Isopor®) são utilizados em inúmeras aplicações voltadas ao agronegócio, embalagens, construção, medicina e farmácia etc. São seguros e adequados para serem utilizados em contato com alimentos, sejam frios, quentes, sólidos ou líquidos. Além disso, são 100% recicláveis e o Brasil já apresenta índices de reciclagem desse material bastante expressivos. Esses assuntos foram abordados pela Plastivida na Expo Catadores 2017. Por meio de seu Comitê de EPS, a entidade apresentou em seu estande a reciclabilidade do EPS. O espaço contou com um equipamento em operação que realiza a redução de volume do EPS em até 95%, o que facilita muito a logística reversa. Houve, também, uma equipe para orientar as Cooperativas sobre a triagem, o manuseio e o transporte do material, ressaltando os benefícios ambientais e sociais. Durante o evento houve um Ponto de Coleta para o EPS, destinado para a reciclagem. Por meio da reciclagem, o EPS pode ser transformando em novos produtos, tais como: molduras, rodapés e perfis para construção civil, solados plásticos para calçados,

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insumos para concreto leve / obra civil e outros. A reciclagem do EPS pós-consumo no Brasil tem potencial para aumentar, a partir do incentivo à coleta seletiva e à logística reversa desse material. O Comitê de EPS participou também do painel “A implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos no Brasil e o papel dos catadores”, em 12 de dezembro, abordando a importância da coleta seletiva e do fomento à reciclagem. “Com isso em vista, a participação na Expo Catadores 2017 foi muito importante, uma vez que os participantes desse evento são fundamentais na contribuição para o crescimento dessa cadeia de reciclagem”, afirma Miguel Bahiense, presidente da Plastivida. E completa: “trabalhamos para que a informação sobre a reciclabilidade do produto seja difundida, assim como as boas práticas de coleta e descarte, visando o benefício da sociedade e do meio ambiente”.


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Tecnologia

Estudo comprova vantagens do PP em embalagens para tintas

O balde plástico traz praticidade, facilidade, leveza, segurança, resistência, reuso e reciclabilidade

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associados a um produto, compreendendo as etapas que vão desde a retirada das matérias-primas da natureza que entram no sistema produtivo até o produto final. Esta análise permite que a Braskem compreenda cada vez mais o impacto ambiental de seus produtos ao longo do ciclo de vida. Desde 2005, a companhia utiliza esta metodologia de avaliação. O estudo foi realizado pela consultoria ACV Brasil e submetido a um processo de revisão técnica pela KPMG. De acordo com o levantamento, se 1 milhão de litros de tinta fosse envasado em embalagens plásticas de 3,6 L em vez de embalagens de folha de flandres, seria evitada a emissão de 58 toneladas de CO2 - o que é equivalente a um carro percorrer o trajeto de 222 mil km -, além de um volume de chuva ácida suficiente para encher 1.262 piscinas olímpicas. Outros resultados mostraram que substituir 5% do mercado anual de embalagens tradicionais de tintas por baldes plásticos, reduziria a emissão de CO2 equivalente a tirar todos os veículos da cidade de São Paulo por uma hora. Por isso, mesmo que seja difícil prever o futuro, a Braskem informa que vai continuar estudando alternativas para que o plástico e a química continuem melhorando a vida das pessoas. Atualmente, há no mercado embalagens FOTOS: DIVULGAÇÃO

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Brasil está entre os cinco maiores e mais importantes produtores de tintas no mundo, chegando a 1,5 bilhão de litros, segundo dados de 2016 da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati). Esse volume resulta não só da enorme demanda do mercado interno, mas também pela alta tecnologia disponível e pela qualidade técnica mundialmente reconhecida pelas maiores indústrias globais do setor. O mundo mudou bastante e para onde direcionarmos nosso olhar perceberemos algo novo, como por exemplo, que as embalagens de tintas também estão mudando. Mudar faz parte da evolução e muitas vezes o plástico está presente nesse processo. A Braskem analisou o ciclo de vida das embalagens de tinta e o resultado comprovou que o plástico é uma alternativa competitiva e sustentável: ele traz praticidade, facilidade, leveza, segurança e resistência. Ao comparar a embalagem tradicional com baldes plásticos, o balde apresenta vantagem em todas as etapas, mostrando que o plástico deixa ainda mais fácil o reuso e a reciclagem da embalagem, viabilizando seu retorno na forma de novos produtos. Na comparação à alternativas de mesmo volume feitas em folhas de flandres, as embalagens de polipropileno provaram ser menos danosas ao meio ambiente. Os dados foram reunidos em estudo de Avaliação de Ciclo de Vida (ACV), uma técnica para avaliação dos aspectos ambientais e dos impactos potenciais

alternativas em polipropileno (PP), mais leves e mais resistentes à corrosão. O uso de baldes de PP também provoca efeitos positivos relativos à logística e ao transporte, com a redução de emissão de CO2 na atmosfera a partir da maior quantidade de embalagens transportadas de uma vez causando danos em menor escala à temperatura global. Confira alguns dos efeitos positivos com o uso da tecnologia do uso de embalagens de polipropileno: No Brasil, a embalagem mais utilizada para o armazenamento e transporte ainda é produzida a partir do metal de folha de flandres (FF), o que provoca maior impacto em termos de toxicidade e eutrofização, apesar de utilizar menos água e solo em seu ciclo de vida. Confira abaixo as principais vantagens do polipropileno a partir de dados compilados pelo estudo de ACV:

Balde de Polipropileno (PP)

20% mais leve Maior resistência à corrosão 30% de redução no IMPACTO AMBIENTAL (menor emissão de CO2) Massa unitária: 240g (unidade de 3,6L) 780g(unidade de 18L) 100% descartável


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Mercado

Evonik adquire divisão de aditivos de alta concentração

A

Evonik adquire a divisão de compostos aditivos de alta concentração da 3M. Com o negócio, o grupo de especialidades químicas aumenta suas possibilidades de crescimento no negócio de alta lucratividade dos aditivos especiais. A Evonik já oferece uma variedade de aditivos para a indústria do plástico, e a aquisição permitirá que a empresa passe a oferecer também aditivos sólidos. “Estamos formando uma plataforma excelente para o desenvolvimento de soluções inovadoras, além de expandir de modo significativo o nosso portfólio de produtos”, diz o Dr. Dietmar Schaefer, responsável pela linha de negócios Interface & Performance da Evonik. O acordo aumenta

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as capacidades da empresa em aditivos especiais – uma de suas mais importantes áreas de crescimento. Ainda sujeita às costumeiras condições de fechamento, a operação deve ser concluída no primeiro trimestre de 2018. As partes concordaram em não revelar o valor da compra. A aquisição inclui o portfólio de produtos Accurel®, produzido em Obernburg (Bavária, Alemanha), bem como as instalações produtivas de Obernburg, agregando os 25 empregos. A tecnologia de aditivos de alta concentração para compostos permite que os fabricantes de plásticos incluam grandes volumes de aditivos (líquidos) em uma matriz polimérica por meio de um polímero sólido. Com isso, a Evonik poderá explorar novas aplicações, por exemplo na indústria

de embalagens. Os novos produtos serão incorporados à linha de negócios Interface & Performance da Evonik. A linha de negócios Interface & Performance produz e comercializa aditivos especiais para a indústria do plástico. Esses produtos facilitam o processamento do plástico (dispersão de cargas, fluidez, antiestática) e melhoram o seu desempenho (resistência a riscos, controle de odor, resistência mecânica). Para isso, a linha de negócios lança mão de plataformas de tecnologia inovadoras para a produção de silicones e aditivos especiais à base de surfactantes. As aplicações típicas que a empresa tem em mente na indústria do plástico por meio dos aditivos especiais incluem filmes, espumas, fibras, nãotecidos, moldagem por injeção e cabos.


O ano de 2018 começa com grandes investimentos na COIM (Chimica Organica Industriale Milanese), empresa de origem italiana especializada em policondensação (ester), poliadição (poliuretanos) e grande fabricante de especialidades químicas. A companhia, que já é referência com sua linha de elastômeros, dá mais um passo no caminho da consolidação no mercado. Com novo reator exclusivo, multinacional pretende assumir liderança do segmento no mercado. Foram 10 meses entre concepção e implementação deste novo reator, exclusivo para a linha, que começa a funcionar nestes primeiros meses do ano e permitirá atender as demandas de forma mais ágil, reduzindo os prazos de entrega. “Com o equipamento, conseguiremos ampliar nossa participação em grandes projetos e exportações. Teremos capacidade de fornecimento para estes projetos, além de podermos incrementar e consolidar vendas na América Latina sem desabastecer o mercado local que já possuímos”, explica Roberto Imai, gerente de negócios da COIM. A novidade também permitirá maior personalização do atendimento conforme a necessidade de cada cliente, uma vez que, ao aumentar sua capacidade de produção, a COIM também conseguirá ter maior disponibilidade de produtos em menor tempo. “Os investimentos da COIM sempre visam oferecer o que há de melhor em tecnologia, assistência técnica e vendas aos clientes. A COIM estará na vanguarda em qualidade, que sempre ofereceu e também em quantidade. “, finaliza Imai.

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COIM amplia investimentos na linha de elastômeros

Clariant lança o ColorForward® 2019

Líder mundial em produtos químicos especiais a Clariant vê cores tornando-se silenciadas para 2019, à medida que os consumidores chegam ao aperto com um mundo complexo. As cores para 2019 são macias, escuras e em camadas. As tendências sugerem pessoas que buscam foco e controle. A auto-expressão, criatividade e humanidade estarão em ascensão. Com base em suas pesquisas, a Clariant anuncia o lançamento do ColorForward® 2019, 13ª edição do guia anual de previsão de cores para a indústria de plásticos. Em 2019, os consumidores podem se sentir cada vez mais frustrados por complicações e distrações que tornam difícil concentrar-se o tempo suficiente para completar até tarefas importantes. Eles também se sentirão como coisas que costumavam ser previsíveis e confiáveis, ficaram fora de controle. Em meio a essas circunstâncias confusas e inquietantes, os observadores de tendências de Clariant prevêem uma maior conscientização e apreciação pela criatividade, intuição e arte únicas que criam as pessoas humanas. E, veremos o surgimento de milênios, particularmente na África, quando eles começam a demonstrar um

novo tipo de autoconhecimento, individualidade e confiança. “Já em 2014, enquanto trabalhava no ColorForward 2016, começamos a ver os consumidores se tornando mais introspectivos e até um pouco preocupados com o que estava acontecendo no mundo”, lembra Judith van Vliet, ColorWorks® Designer e líder da equipe ColorForward . “Essa melancolia, refletida em cores que eram minguadas, mais suave, mais escura e até ambígua, persistiu. Embora a paleta para 2019 ainda esteja atenuada e mais do que um pouco cinzenta, vemos nela um crescente senso de determinação e determinação para encontrar maneiras de viver felizes em nosso mundo cada vez mais técnico “. Cada questão de ColorForward identifica quatro temas de tendência global e, em seguida, corresponde a cada um com cinco cores que podem ser esperadas para evocar respostas emocionais relacionadas a essa tendência. Para obter informações mais detalhadas sobre as tendências da cor, visite a página de mídia da Clariant.

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Produtos inteligentes e novas tendências A embalagem é fundamental quando se trata de proteger os produtos, garantindo os elevados padrões de qualidade

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m vários lugares do planeta, neste exato momento, especialistas estão pesquisando sobre alimentação e novos conceitos em embalagens. Atualmente, quase o mesmo tanto de pesquisa e desenvolvimento vai para as embalagens dos alimentos como para o próprio alimento. As inovações e soluções de alta tecnologia significam que as caixas, filmes e garrafas garantem que o alimento é mantido fresco e seguro, ajudando a produção de alimentos tornar-se mais eficiente e segura. Em Austin, Texas, há um supermercado onde os clientes são aconselhados a não irem de mãos vazias fazer as suas compras semanais: sacolas de tecido são a pedida do dia. Os clientes que não conseguem trazer as sacolas devem comprar recipientes compostáveis para levar para casa as suas compras de frutas e legumes, que são cultivadas em grande parte localmente. 26 > Plástico Sul >>>

Conhecido como o primeiro supermercado de pré-reciclagem nos Estados Unidos, ele não oferece nenhum tipo de embalagem. O que pode funcionar em pequena escala, no entanto, é simplesmente inconcebível em um nível maior, com as embalagens de alimentos sendo agora uma parte essencial de nossa vida cotidiana. “A embalagem é fundamental quando se trata de proteger os nossos produtos, garantindo os nossos elevados padrões de qualidade, evitando o desperdício de alimentos e informando os consumidores", diz a Dra. Anne Roulin, Chefe Global de Embalagem e Design do conglomerado de alimentos suíço, Nestlé. Há muitas razões para a crescente necessidade por embalagens de alimentos. Mais da metade da população mundial vive em cidades, onde existem poucas opções para o cultivo de alimentos de forma independente. Dessa forma, os 3,5 bilhões de habitantes das cidades do planeta compram seus produtos fora de casa - e esses produtos geralmente vêm embalados. Além disso, o aumento do número de famílias com apenas um membro, que prefere tamanhos menores de porções, e a tendência crescente de se comer em trânsito, entre um compromisso e outro, está dando origem a uma quantidade crescente de alimentos embalados.

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DestaqueEmbalagens

Marcus Carvalho, da Dow, comenta sobre as tendências que se destacam na área

1,3 bilhões - O número de toneladas métricas de produção de alimentos - cerca de um terço do total - vencidas ou desperdiçadas a cada ano em todo o mundo. 95–115kg - A quantidade de alimento comestível por pessoa que vence ou é desperdiçado a cada ano nos países industrializados.


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Linha Crystal Group, da Dow: mais praticidade e sustentabilidade às embalagens

Patrick Teyssonneyre, da Braskem: embalagens interativas garantem mais segurança

Dow: destaques futuros

À medida em que a dinâmica das sociedades urbanas evolui, o mercado de embalagens flexíveis cresce e ganha importância globalmente. Isso tem acontecido devido à necessidade das marcas em desenvolverem estruturas de embalagens únicas, tanto para se diferenciarem na gôndola quanto para ajudar a formar e apoiar a identidade da marca. Segundo Marcus Vinícius Carvalho, gerente de Marketing para Alimentos e Embalagens de Especialidades para América Latina, entre as tendências em embalagens quatro se destacam: 28 > Plástico Sul >>>

1) Maior praticidade para o consumidor - No Brasil, os fatores que impulsionaram o mercado de embalagens nos últimos anos são a maior participação da mulher no mercado de trabalho e crescimento da urbanização (leia-se tempo de deslocamento). Uma das consequências é a demanda por alimentos que possibilitem economia de tempo na hora de prepará-los. O Relatório de Estilo de Vida dos Brasileiros de 2016, da consultoria Mintel, identificou que 28% dos consumidores tendem cozinhar mais em casa do que comer fora, o que reforça essa tendência. Com

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DestaqueEmbalagens isso, espera-se que o aumento no volume do mercado varejista de produtos lácteos, molhos de cozinha e alimentos de conveniência, como refeições prontas e carne processada, permaneça nos próximos anos. 2) Evolução tecnológica e credibilidade - Novas tecnologias e o avanço da mobilidade são cada vez mais presentes na mente das empresas e dos consumidores. Estima-se, por exemplo, que 50% dos norte-americanos estejam interessados em escanear uma embalagem dos alimentos para aprender mais sobre a procedência do que estão consumindo. Embora o preço ainda seja fator chave nas decisões de compra dos consumidores, a confiança da marca também desempenha um papel fundamental e cada vez maior nesse processo. Com isso, as empresas têm a chance de alavancarem a credibilidade, criar lealdade e ampliar o portfólio de produtos bem além das categorias tradicionais. 3) O crescimento do e-commerce - Um fator de grande relevância para o setor é crescimento do e-commerce, que permite às marcas explorar as oportunidades de design e personalização, ao mesmo tempo em que mapeiam e endereçam os desafios de eficiência. Cada vez mais consumidores fazem compras online e esperam ter uma experiência positiva em todo o processo. Além do design da embalagem, que deve servir para reforçar a marca e seus valores, a resistência é crucial para que o produto chegue de maneira íntegra até o consumidor. 4) Sustentabilidade – O mesmo relatório da Mintel identificou que quando o preço e a qualidade percebidos dos produtos são iguais, há uma tendência cada vez maior de os consumidores se voltarem para atributos ecológicos ou de uso alternativo como fator decisivo de compra. Isso já é realidade em muitos mercados e as marcas não podem ignorar esses dados ao desenvolverem suas estratégias de posicionamento e marketing. É esperado que as empresas integrem os desafios da sociedade às suas estratégias de negócios, endereçando, por exemplo, as mudanças climáticas. Uma das iniciativas nessa linha é a cartilha "Embalagem e Sustentabilidade – Desafios e orientações no contexto da Economia Circular", desenvolvida pela Dow e a Associação Brasileira de Emba-


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lagem (ABRE). Nela consta o "Jogo do Infinito", que traz ideias e sugestões para solucionar os principais desafios relacionados às embalagens, que vão desde a matéria-prima, passando pelo desenvolvimento de embalagens educativas, aprimoramento da estrutura de gestão de resíduos e maior envolvimento do consumidor. Um exemplo é a sugestão para incluir nas embalagens informações sobre os impactos de se aquecer o produto no micro-ondas ou no forno convencional. De maneira geral, as embalagens atuais estão sendo desenvolvidas de forma a entregar conveniência, segurança e funcionalidade aos consumidores; manter os alimentos saudáveis e inserir processos que sejam mais sustentáveis e circulares. Nessa jornada pela atenção do consumidor, além do design, ganha importância também a comunicação mais clara e que ajude o consumidor a fazer a escolha de compra melhor e de forma mais consciente. As opções e tecnologias são muitas. O desafio é criar produtos que os consumidores anseiam e, ao mesmo tempo, as soluções que as marcas precisam, desde o desenvolvimento até a reciclagem ou reutilização. As embalagens inteligentes têm potencial para tornarem o ciclo de vida mais simples, mais econômico e mais eficiente.

Braskem e as estratégias interativas

Consumir um produto em condi-

Styropor MB, produto equilibrado feito com biomassa Basf, presente nas embalagens EPS

ções inadequadas pode deixar de ser uma preocupação. Isso porque uma tecnologia que permitirá a comunicação entre a embalagem e o consumidor, a “embalagem interativa”, está sendo pesquisada pela Braskem em parceria com a universidade norte-americana de Clemson e com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A embalagem interativa utiliza indicadores específicos para sinalizar o estado de conservação do conteúdo inserido nela e emitir o alerta externamente. Com isso, a embalagem mudará de cor e mostrará ao consumidor que o produto está impróprio para o consumo. Esta tecnologia poderá ser utilizada em produtos perecíveis de diversos setores. Em pesquisas realizadas com aves, carnes e peixes, por exemplo, as alterações no seu pH são determinantes para a mudança de cor da embalagem. De acordo com Patrick Teyssonneyre, diretor global de Tecnologia e Inovação da Braskem, toda a cadeia de valor de um produto pode ser beneficiada com a tecnologia. “Isso dará mais segurança ao consumidor acerca da qualidade do produto que ele leva para a casa e, por outro lado, as empresas terão o controle da integridade de seu produto <<< Plástico Sul < 29


DestaqueEmbalagens após a fabricação, seja no transporte ou no ponto de venda”, reforça. A Braskem iniciou a pesquisa sobre embalagens interativas em 2013, concluiu a prova de conceito em 2015 e produziu os primeiros protótipos em 2016. Atualmente possui disponibilidade para avançar o estudo com os setores interessados. “O desenvolvimento da embalagem interativa para um segmento específico precisa ser customizado, por isso sua chegada às prateleiras deve levar mais alguns anos”, explica Teyssonneyre. Como funciona a embalagem interativa? - Substâncias químicas com propriedades de reação a indicadores específicos que comunicam dano ao produto são adicionadas à resina termoplástica utilizada na embalagem. “Quando o produto sofre qualquer tipo de prejuízo na sua integridade, a embalagem modifica

sua coloração e sinaliza para o consumidor”, informa o executivo.

Conservando recursos com embalagem de alimentos EPS

As pesquisas sempre abrem novas possibilidades, como no caso do Styropor produzido a partir de recursos renováveis. O cliente da BASF Schaumaplast GmbH & Co.KG, internacionalmente fabricante ativo de peças moldadas feitas de espuma de partículas, está agora oferecendo embalagens feitas de Styropor® equilibrado com biomassa. O Styropor MB usado é o primeiro EPS (poliestireno expansível) no mercado a ser produzido usando a abordagem do balanço de biomassa da Basf. Após um balanceamento especial, o método certificado pela TÜV SÜD pode ser usado para substituir os recursos

fósseis necessários para fabricar Styropor inteiramente com recursos renováveis no início da produção processo. Cada produto de balanço de biomassa ajuda assim a conservar o fóssil recursos e reduzir as emissões de gases de efeito estufa. A formulação e a qualidade do Styropor MB é inalterável em comparação com o seu fóssil contrapartida. “Na Basf, olhamos produtos em todo o seu ciclo de vida. As matérias-primas produzidas de forma sustentável, portanto, desempenham um papel importante para nós. A embalagem de Styropor também oferece a vantagem de que ser 98% de ar e totalmente reciclável - os consumidores podem simplesmente descartá-lo em sua bolsa amarela ou lixeira”, diz o Dr. Klaus Ries, vice-presidente de Gerenciamento de Negócios Globais e Espumas de Styrenic na Basf.

Por Angels Domenech*

A

demanda global por embalagens plásticas de alto desempenho continua a crescer e estar na vanguarda de avanços importantes que possibilitem o desenvolvimento de embalagens inovadoras e com novas funcionalidades, além de sustentáveis, é essencial. As soluções devem atender às principais exigências e tendências dos consumidores, entre as quais, embalagens capazes de manter os alimentos frescos por mais tempo, que sejam mais leves e resistentes e que ofereçam sistemas de abertura e fechamento rápido, características que garantem mais praticidade para o consumidor. Um dos grandes desafios globais é melhorar a conservação dos alimentos para, com isso, atender ao crescimento estimado de 70% na demanda global por alimentos entre 2000 e 2050. Esse cenário tem levado a um aumento nas instalações de equipamentos de coextrusão de filmes de barreira e no uso de materiais com propriedades de barreira ao oxigênio a fim de ampliar o tempo de vida útil dos alimentos, minimizando os processos oxidativos. Entre os materiais 30 > Plástico Sul >>>

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A trajetória de inovação em embalagens

de barreira tradicionais estão os copolímeros de etileno e álcool vinílico (EVOH), que oferecem barreira ao oxigênio; as poliamidas (PA), que se caracterizam por sua resistência à perfuração; e os politereftalatos de etileno (PET), que apresentam alta rigidez, além de características óticas que possibilitam em-

balagens diferenciadas por suas propriedades de brilho e transparência. As embalagens também devem ser tratadas com base em um enfoque holístico que vai além da camada estrutural, ou seja, que considere os requisitos funcionais de todas as camadas que acompanham os materiais de barreira. Dessa forma, é fundamental oferecer soluções capazes de melhorar a qualidade dos produtos reciclados, independentemente de incluírem ou não materiais com propriedades de barreira e, com isso, contribuir para ampliar o valor funcional e sustentável das embalagens. Entre as camadas que compõe as embalagens, estão: ● Camada de selagem: no caso das embalagens com altas propriedades de barreira, se o selante não oferecer a hermeticidade adequada, há o risco de se perder totalmente a barreira e, consequentemente, o conteúdo. ● Camada de adesivo: as resinas tradicionais de barreira (EVOH, PA ou PET) contêm grupos polares, enquanto as outras camadas de filme (a de selagem, por exemplo) são compostas de material poliolefínico não polar, o que requer uma camada de adesivo para unir


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as camadas durante todo o ciclo de vida da embalagem. ● Camada de tenacidade: previne a perda de barreira resultante de rupturas durante o transporte e manipulação da embalagem. Essa camada, que geralmente tem como base uma poliolefina como, por exemplo, o polietileno, requer o uso de adesivos para se manter unida ao material de barreira. Como mencionado, as embalagens contêm uma camada de selante que deve garantir sua hermeticidade e, consequentemente, uma melhor conservação dos alimentos. As resinas que garantem essa melhor conservação dos alimentos, amplamente utilizadas no setor de embalagens flexíveis com barreira, vêm demonstrando excelente eficácia de selagem contra os contaminantes presentes em alimentos tradicionais acondicionados em embalagens de barreira, como carnes, queijos e molhos, entre outros. Para a camada de adesão em processos de coextrusão com materiais de barreira, existem soluções exclusivas para o mercado crescente de embalagens de barreira submetidas a tratamentos térmicos como, por exemplo, as embalagens para alimentos prontos. Entre as resinas, estão produtos que oferecem uma ótima adesão entre as camadas de barreira: por exemplo, entre EVOH ou PA e a camada subsequente da embalagem, geralmente à base de polipropileno para resistir ao tratamento térmico. Para a camada de tenacidade, existem resinas que se destacam por seu excelente desempenho em termos de propriedades mecânicas e óticas. Neste ponto, as resinas que oferecem um equilíbrio inédito entre rigidez e resistência, facilidade de processamento e uso mais eficiente dos materiais sem prejuízo para as propriedades, possibilitam embalagens mais sustentáveis. Em função do compromisso das empresas com a sustentabilidade e a demanda entre os consumidores por embalagens com menor impacto ambiental, torna-se cada vez mais imprescindível oferecer soluções que possibilitem a reciclagem, com perda mínimo de valor, tanto dos materiais de barreira (polares) quanto dos materiais poliolefínicos (não polares) presentes nas embalagens, o que é possível no caso do propileno e do polietileno. Dadas as vantagens claras que oferecem, o uso das embalagens de barreira

deverá continuar a crescer, razão pela qual torna-se cada vez mais necessário gerenciar soluções que facilitem a reciclagem dos filmes de barreira pós-consumo sem comprometer seu desempenho ou estética. Para que esses filmes de barreira pós-consumo possam ser reciclados, é necessário uma boa compatibilidade entre os materiais de barreira e os outros materiais. Compatibilizantes que apresentam alta reatividade e viscosidade ultrabaixa. A viscosidade facilita a dispersão de uma maneira uniforme na matriz poliolefínica e a reatividade faz com que as resinas de barreira polares, como EVOH ou PA, fiquem encapsuladas, rodeadas pelo compatibilizante, que atua como um surfactante. Os benefícios oferecidos por essa nova tecnologia vão além da sustentabilidade: é possível reutilizar os resíduos dos materiais de barreira gerados durante a conversão das embalagens nas próprias embalagens. Testes têm demonstrado que os novos filmes fabricados com os compatibilizantes que apresentam alta reatividade e viscosidade ultrabaixa mantêm a mesma transparência que a do filme de controle e que a resistência ao impacto é mantida ou melhorada. Estes compatibilizantes oferecem a possibilidade de se utilizar os resíduos dos filmes de barreira para substituir parte do polietileno, garantindo, assim, melhor aproveitamento dos produtos reciclados. Assim, é fundamental trabalhar em conjunto com todos os participantes da

cadeia de valor de embalagens e liderar o desenvolvimento de produtos e soluções integradas para as embalagens para alimentos, tratando de um dos problemas mais urgentes da nossa sociedade: a redução do desperdício de alimentos. *Angels Domenech é diretora de Pesquisa & Desenvolvimento para Embalagens & Plásticos de Especialidades da Dow para a América Latina.

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Fornecedor DIVULGAÇÃO

Qualiterme investe à espera da retomada A relação custo-benefício com a mudança é comprovada pelas vantagens que a nova sede vai proporcionar à empresa no desenvolvimento dos seus planos. “Teremos um espaço mais amplo para produção e armazenagem. Esse benefício nos dará um poder maior de compras em grandes volumes, bem como poderemos ter equipamentos para pronta entrega. Hoje isso é muito importante: ser capaz de ter agilidade para atender os nosso clientes”, ressaltam Délcio de Castro e Neimar Holz.

Visão e ousadia de investir

Em sua nova sede a Qualiterme poderá aumentar a produção e atuar com pronta entrega

A conceituada indústria gaúcha de equipamentos de refrigeração inaugurou nova sede e está pronta para atender o mercado de forma diferenciada

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os últimos três anos o Brasil passou por um período economicamente recessivo e que abalou as bases de muitos setores produtivos, mas também houve quem soube se planejar para superar essa fase turbulenta e investiu em reestruturação, preparando-se para uma retomada do crescimento industrial. O Diretor Délcio Borba de Castro e o Gerente de Vendas Neimar Rogério Holz destacam que esse foi o caso da Qualiterme, “uma empresa brasileira especializada na fabricação de equipamentos de refrigeração industrial, que esta no mercado a quase 20 anos fornecendo produtos de alta tecnologia em sistemas de resfriamento, utilizando componentes modernos e qualificados”. Fundada em 1998, a Qualiterme inaugurou recentemente uma nova sede em área nobre de 80 mil m² da Região Metropolitana de Porto Alegre, localizada na Rodovia RS 239, n° 500 no bairro Alpes do Vale em novo Hamburgo (RS), investindo aproximadamente R$ 6,5 milhões na nova estrutura. A empresa conta atualmente com 55 funcionários diretos na fabricação de equipamentos comercializados em toda a América Latina. “A linha de produtos inclui unidades de água gelada, chillers, torres de resfriamento de água, bebedouros industriais, entre outros”, informam os executivos.

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Além de suprir as demandas da indústria de transformação do plástico a Qualiterme atende a outros segmentos produtivos com suas linhas de produtos. “Temos forte atuação junto às indústrias de alimentação, metalmecânica, hospitalar, conforto térmico etc”, apontam os executivos. Como forma de ampliar o perfil de suas atividades, a Qualiterme também disponibiliza serviços de assistência técnica, manutenção preventiva e corretiva e instalação de equipamentos de refrigeração. Geralmente em época de crise as empresas se retraem, suspendem investimento, adiam projetos até que o mercado mostre sinais de recuperação. A Qualiterme, ao contrário, decidiu investir mesmo com a economia em queda. É como se levasse ao pé-da-letra o dito popular que diz: “Deus ajuda quem cedo madruga”. Pois Délcio Castro e Neimar Holz explicam porque a empresa adotou esta estratégia. “Sabemos que hoje o mercado ainda esta um pouco abaixo do esperado. Porém, a Qualiterme, mesmo nesse período de baixa consegue se manter com um crescimento sólido investindo em mais áreas de atuação o que fez com que as antigas instalações já estivessem freando o nosso crescimento”. A confiança em um futuro mais proveitoso estimulou a adoção de uma medida ousada: investir. “Apostando que o mercado cada vez estará mais propício a novos investimentos, pensamos que melhor seria já estar preparado e não aguardar para ver se vai acontecer, porque quando o mercado estiver em crescimento já estaremos preparados para atender de forma diferenciada no mercado de equipamentos de refrigeração”, explicam os dirigentes. E ao que tudo indica, a economia já dá sinais de recuperação em vários setores como a indústria automotiva, plástica, da construção etc.

Otimismo e crescimento

No caso específico da indústria de transformação do plástico no Brasil a Qualiterme está otimista com as últimas projeções. “É um dos mer-


Unidade de Água Gelada é um dos equipamentos do extenso catálogo da Qualiterme

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cados que voltou a crescer, pois está cada vez com menos máquinas ociosas, o que permite pensarmos em um excelente 2018”, apostam os executivos. Quanto ao comportamento setorial dos mercados regionais, os dirigentes informam que hoje o maior mercado da empresa está na Região Sul, e depois o Nordeste. “Atuamos em todo o Brasil com representantes em ambas as áreas”, esclarecem. “O mercado externo ainda está pouco explorado, mas com certeza será nosso próximo alvo”, acrescentam. Quem soube plantar a hora certa e se dedicou aos clientes teve retorno, por isso a Qualiterme teve bom desempenho nas vendas em 2017 e tem meta ambiciosa para 2018. “As vendas em 2017 foram ótimas e temos expectativa de um crescimento de 30 a 40% para 2018”, projetam os dirigentes. A Qualiterme também investe nas feiras setoriais e Délcio de Castro e Neimar Holz confirmam que alguns eventos já estão na agenda. “Quanto às feiras, com certeza estaremos nas principais. Já estamos fechando a participação na Interplast, Fispal e Feira Brasileira da Cerveja”, avisam. Entusiasmados com a boa fase da Qualiterme, os dirigentes agradeceram “pelo ótimo ano que

tivemos graças aos nossos clientes e colaboradores também pela presença e admiração por prestigiarem a inauguração da nova sede e a todos que nos apoiaram nessa iniciativa”, finalizam.

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Artigos

A automação industrial em ambientes adversos

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Por Thiago Turcato*

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mbientes industriais adversos, também conhecidos como ambientes agressivos ou nocivos são aqueles que exigem um cuidado maior com os operadores e equipamentos, e são mais comuns do que se imagina. Como exemplo, podemos citar segmentos industriais como o químico, o frigorífico, o de pneus e o alimentício, onde a prevenção dos processos corrosivos é essencial, uma vez que a corrosão pode comprometer operações completas, além de causar acidentes e perdas financeiras. Outros cenários que também devem ser levados em consideração são as exigências de legislação para higiene e segurança, bastante comuns nas indústrias alimentícia e farmacêutica. Estes cenários adversos também afetam a automação industrial, que é composta por equipamentos que contém circuitos e estruturas metálicas, itens que são diretamente afetados por agentes corrosivos, frio intenso e outras situações agressivas. Observando esta questão, um dos principais fatores para que um projeto em um ambiente industrial adverso seja bem-sucedido é a correta identificação do cenário onde os equipamentos serão instalados. Geralmente é possível identificar alguma substância química agressiva aos equipamentos, porém é preciso atenção aos danos indiretos, assim como os de longo prazo, ou seja, danos oriundos de uma combinação de fatores. Por conta disso é essencial contar com profissionais especializados para elaborar um planejamento correto, evitando prejuízos. Após a identificação dos fatores que tornam o ambiente adverso, é essencial implementar medidas que visem isolar o contato entre o ambiente e os equipamentos sensíveis aos mesmos, ou então buscar maquinários resistentes a esse contato. Tudo dependerá da viabilidade técnica e econômica de implementação de uma ou outra medida. Nem sempre o isolamento total do equipamento é viável, principalmente as IHMs (interfaces homem-máquina) que precisam estar acessíveis ao operador e consequentemente em contato com o ambiente adverso. Nesses casos, é necessário utilizar equipamentos com grau de proteção que permita a utilização de jatos de água para a higienização. Atualmente, existem no mercado soluções que vão desde aplicação de poliuretano nos equipamentos até películas protetoras (exemplo abaixo). Mas independentemente do tipo de solu-

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ção, algumas características básicas que devem ser observadas são a resistência a lavagem com jatos de água em altas temperaturas, resistência a imersão em água em até um metro de profundidade, além de outras que podem ser encontradas em normas de segurança, como a IEC 60529, uma das várias que regulam essas situações. Desta forma, confirmamos a importância da identificação adequada dos fatores que tornam o ambiente adverso e a busca de equipamentos de automação industrial adequados que estejam preparados para suportar esses fatores. Outro ponto que é de suma importância para as indústrias é a relação custo x durabilidade que atendam às expectativas. O equipamento precisa ter um custo viável e uma resistência que permita que o mesmo ofereça uma boa rentabilidade antes que seja necessária à sua atualização ou substituição. *Thiago Turcato é Bacharel e Mestre em Engenharia Elétrica pelo Centro Universitário da FEI e atua na área de automação industrial desde 1997. Atualmente é supervisor de suporte técnico da divisão de Automação Industrial da Mitsubishi Electric do Brasil.


Por Liliane Rocha*

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ão é novidade e diversos estudos reafirmam que o planeta Terra tem dado sinais claros de um esgotamento que já começa a atingir as gerações atuais. Se continuarmos na rota atual, será impossível para as gerações futuras escaparem. O aquecimento global, a escassez hídrica, o acúmulo de resíduos sobre o planeta, a sobrecarga das fontes energéticas e o desmatamento são os pilares que nos demonstram como o modelo atual de sociedade está gerando uma pressão sobre o planeta em descompasso com sua capacidade de regeneração. As manchetes são contundentes: “Nos últimos 65 anos, geramos 8 bilhões de toneladas de plástico no planeta terra”, “Um Iceberg do tamanho do Distrito Federal acaba de se soltar no Polo Sul e fica à deriva no oceano”, “Escassez hídrica assola o Brasil”, “Apagão enérgico”. Os desafios são colossais e por isso mesmo uma empresa ou instituição que almeje fazer uma verdadeira diferença ou buscar minimizar esses impactos, deverá não somente rever seus processos internos, mas garantir que o potencial das transformações que gera serão não aritméticos, mas sim geométricos e exponenciais. Todas as esferas organizacionais precisam estar empenhadas na elaboração de um modelo econômico capaz de atender às necessidades do homem sem causar danos ao planeta, ou minimizando tais impactos. Uma completa mudança de paradigma. Instituições, empresas, governos e sociedade civil têm um papel fundamental na construção de um mundo melhor para todos. O compromisso com este novo paradigma de desenvolvimento deve ser transversal, de forma a atingir todas as camadas da sociedade e gerar os reais benefícios da sustentabilidade. Trabalhar no desenvolvimento da cadeia de valor para uma atuação sustentável, em especial com os fornecedores, é uma das principais formas encontradas para trilhar essa jornada. O processo de desenvolvimento de fornecedores para a Sustentabilidade percorre um caminho que passa pela capacitação dos colaboradores da empresa – para que estejam aptos a compreender a sua responsabilidade e poder de influência junto aos demais atores do mercado –, criação de materiais de comunicação tais como manuais, vídeos, e-learning, entre outros. Em um contexto mais avançado, pode também ser elaborada uma matriz que desdobra aspectos sociais e ambientais em perguntas que poderão ser respondidas pelos fornecedores, assim será possível

obter uma visão geral do ponto onde cada um se encontra em relação ao desenvolvimento sustentável e como podem avançar nesse tema. A realização de um programa de desenvolvimento de fornecedores com foco na sustentabilidade, visando um impacto ambiental e social na cadeia de valor, em geral exige maior esforço financeiro e tempo no começo do processo, contudo, a médio e longo prazos passa a gerar mais resultados com menor demanda de esforços. Pois uma vez que os fornecedores e a cadeia de valor passam pelo processo de educação e engajamento para Sustentabilidade, ampliando sua compreensão do alinhamento estratégico do Desenvolvimento Sustentável com a competitividade e perenidade do seu negócio o novo padrão mental se instala, os novos comportamentos, habilidades e atitudes para uma gestão sustentável passam estar vigentes. As organizações e empresas interessadas em atuar nessa frente podem incluir o passo a passo em seu planejamento estratégico anual, com uma visão de longo prazo no famoso five year plan (planejamento de 5 anos) e reforçar ainda mais seu posicionamento em Desenvolvimento Sustentável, firmando um compromisso não só com os resultados de curto prazo, como com as transformações a longo prazo. Há alguns anos, estabeleceu-se entre as empresas varejistas a prática de realizar grandes conferências e outros eventos com foco nessa temática, para os quais os fornecedores são convidados e estabelecem, juntos, as metas de longo prazo em prol da sustentabilidade. Tanto fornecedores de produtos como os de serviços participam. As mudanças propostas são todas alinhadas aos movimentos da sociedade com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, com requisitos legais, certificações, entre outros. São cada vez mais comuns a mensuração de resultados na elevação de performance e inovação dessas empresas, que percebem claros resultados econômicos.

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Impacto na cadeia de valor é caminho para a sustentabilidade exponencial

*Liliane Rocha é fundadora e CEO da Gestão Kairós – consultoria especializada em Sustentabilidade e Diversidade. Autora do livro “Como ser um líder Inclusivo”. Mestre em Políticas Públicas e MBA Executivo em Gestão da Sustentabilidade na FGV.

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Foco

no Verde

Trisoft amplia atuação sustentável em 2018

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a busca por um mercado mais sustentável, a Trisoft , que há 20 anos retirou completamente a água do processo produtivo e há mais de 5 anos usa fibras de garrafas PET como matéria-prima, acabou se tornando a maior fabricante de itens com PET da América Latina. Hoje, são mais de 97 segmentos do mercado atendidos pela empresa. Em 2017, foi consumida uma quantidade de PET equivalente a mais de 500 milhões de garrafas e para este ano, a previsão é aumentar essa quantidade para 650 milhões, ultrapassando a soma de 2 bilhões de garrafas retiradas do meio ambiente. Para a Trisoft, maior fabricante de itens com fibras de garrafas PET da América Latina, esse número, somado ao que já foi

processado em 2017, fará com que a empresa ultrapasse 2 bilhões de garrafas retiradas do meio ambiente, em um trabalho sustentável e com produtos de alta qualidade. O diretor Maurício Cohab explica: “sempre tivemos uma índole sustentável. Foi um impulso nosso caminhar em direção a um processo produtivo mais limpo, que agredisse menos o meio ambiente. Não foi fácil no começo, muitas adaptações tiveram que ser feitas e nós mexemos, sim, em um time que já estava ganhando”. Mas ele assegura que tudo valeu a pena: “nós ganhamos, aos poucos, um mercado que é ainda mais fiel e estamos educando cada novo cliente para aderir à ideia da produtividade com sustentabilidade”, afirma. O executivo da Trisoft é categórico

ao afirmar que não existe lixo, existe matéria prima não aproveitada. “Absolutamente tudo pode ser transformado, inclusive material orgânico”, explica ele, que afirma: “é preciso ter coragem e força de vontade, mas é totalmente viável e é a única saída para termos uma convivência melhor com os recursos naturais, promovendo um futuro de mais equilíbrio entre o homem e a natureza”. Os números provam que Maurício está certo: Serão mais de 2 bilhões de garrafas consumidas até o final de 2018, em 7 linhas de produtos, que atendem a 97 segmentos da indústria e são absorvidos por outras empresas, como matéria prima, ou vendidos ao consumidor final. A empresa trabalha para que a matéria prima reciclada seja cada vez mais valorizada e comprova a qualidade do produto fabricado: sua linha decorativa para tratamento acústico, por exemplo, formada por baffles, nuvens acústicas, cobogós e revestimentos para teto e paredes, estiveram e estão presentes em quatro eventos Casacor no país, com projetos assinados por designers renomados e premiados pela mídia e pelo público. “Nós fabricamos com material extraído das ruas um produto incrível, e queremos servir de exemplo para outros mercados”, finaliza o empresário.

Alternativa verde para isolamento termo acústico Com a lã de PET, material reciclado e que dá origem a produtos 100% recicláveis, a Trisoft oferece uma alternativa segura e verde para o tratamento térmico e acústico das construções. “Nossa maior preocupação era aliar o processo produtivo verde, ou seja, sem degradação ambiental, com um produto que fosse seguro para o isolamento termo acústico no setor da construção civil”. A frase é de Maurício Cohab, diretor da Trisoft. A empresa desenvolveu a Manta de PET, um produto alternativo às tradicionais lãs de rocha e de vidro, que degradam o meio ambiente e ainda trazem riscos à saúde. A Manta de PET é feita 100% de poliéster, material totalmente reciclável. Além disso, ainda é hipoalergênica, não 36 > Plástico Sul >>>

causa mal algum à saúde do instalador e elimina a utilização de equipamentos de proteção, como macacões de manga longa, luvas, máscaras e não precisa ser ensacada. “Isso significa que criamos um produto ecológico, saudável e que é muito mais durável, suporta a umidade e não deforma, além de deixar a obra mais leve”, enfatiza o executivo.

As vantagens da Manta de PET

● Possui ótimo custo x benefício, tornando a obra muito mais leve e eficiente; ● Permite ser embalada à vácuo, garantindo um transporte mais barato; ● É hipoalergênica, dispensando o uso de luvas e máscaras no seu manuseio; ● Não sofre deformação ao longo

do tempo, mantendo suas propriedades de isolamento permanentemente; ● Possibilita ficar em contato com a umidade, sem perder suas propriedades. “É preciso reforçar que, por ser hipoalergênica, a Manta de PET diminui o tempo de aplicação e o custo com EPI´s, deixando a obra mais limpa, mais rápida e mais barata. O instalador trabalha muito mais confortável e sem riscos à saúde, evitando também ações trabalhistas por insalubridade, além de garantir a qualidade de vida dos futuros ocupantes do imóvel”, finaliza Maurício.


de Notas

Sabine Rossi é a nova gerente na Dow

A executiva assume a área de Desenvolvimento de Mercado de Embalagens & Especialidades Plásticas da Dow no Brasil.Na nova função, Sabine terá o desafio de estreitar ainda mais o relacionamento com a cadeia do plástico e, assim, acelerar o desenvolvimento de soluções inovadoras em embalagens. Além disso, terá um olhar para o futuro, identificando tendências para que, por meio da cooperação entre a Dow e seus clientes, sejam criados produtos que atendam às demandas do mercado para diferenciar o produto na gôndola, reduzir custos, aumentar a produtividade e sustentabilidade. Sabine, que até então exercia a função de gerente de contas, substitui Marcus Carvalho, promovido recentemente a gerente de Marketing para Alimentos e Especialidades Plásticas. A executiva está na Dow desde 2009, quando fez parte do programa de trainee da América Latina. No ano seguinte passou para a área de Elastômeros e em 2012 juntou-se ao time de Embalagens & Plásticos de Especialidades. Formada em engenharia Química pela Universidade Federal de São Carlos, participa atualmente do programa de MBA pela Universidade de Pittsburgh.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Bloco

São Paulo Expo ganha Prêmio Caio 2017

O São Paulo Expo recebeu o Jacaré de Ouro de melhor pavilhão para feiras e exposições do Brasil no Prêmio Caio 2017, em evento realizado em dezembro. Criada em 1999, a premiação tem por objetivo incentivar e valorizar o trabalho de empresas e profissionais da indústria nacional de eventos e turismo. O reconhecimento chega no momento em que o São Paulo Expo celebra o sucesso alcançado. Principal destino de eventos da América Latina, já ultrapassou a marca de 2 milhões de visitantes oferecendo, além de sua moderna infraestrutura, uma completa gama de serviços agregados de outras empresas do grupo do qual faz parte. Com um invejável portfólio, é hoje espaço dos mais importantes eventos realizados no Brasil. “Ganhar o Prêmio Caio é uma grande conquista, principalmente porque ele reconhece nosso trabalho e vem em um momento que celebramos o excelente ano que tivemos”, afirma Damien Timperio, Diretor Geral do São Paulo Expo.

Judith van Vliet, da Clariant, preside o CMG

A Clariant anuncia que Judith van Vliet, designer do Centro de Design e Tecnologia ColorWorks em Merate, na Itália, foi nomeada presidente do Color Marketing Group. O CMG é uma associação internacional sem fins lucrativos de profissionais de design de cores de uma ampla gama de indústrias que colaboram regularmente para interpretar, criar, prever e selecionar cores que melhorem a função, o valor e o apelo dos produtos manufaturados produzidos em todo o mundo. Antes de ser eleita para a presidência da CMG em dezembro de 2017, Van Vliet atuou como vice de Comunicação e RP do grupo nos três anos anteriores. Seu mandato como presidente começa em janeiro de 2018 e sua eleição abre uma nova era para a organização de 56 anos, com sede em Alexandria, Virgínia, EUA. Van Vliet é o primeiro designer não americano a assumir a presidência da CMG. Nascida na Holanda e falando outros quatro idiomas – inglês, italiano, francês e alemão – ela tem entre seus principais objetivos liderar a expansão da participação da CMG na Europa e Ásia-Pacífico. “A adesão à CMG é uma marca comercial de qualidade para quem trabalha com cor - designers, comerciantes, cientistas de cores, consultores, educadores e artistas”, diz. <<< Plástico Sul < 37


Agenda Orlando (EUA)

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Anunciantes

Activas / Página 9

Braskem / Página 39

Brastex / Página 31

Entec / Página 19

Fimec / Página 23

Mais Polímeros / Página 13

Agende-se para 2018 Matripeças / Página 29

Mercure / Página 24

Moretto / Página 21

Nova Piramidal / Página 11

Replas / Página 2

Tathi / Página 5

Wisewood / Página 40

Wortex / Página 25

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Fimec - Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Equipamentos e Máquinas para Calçados e Curtumes 06 a 08 de março de 2018 Fenac - Novo Hamburgo – RS - Brasil NPE 2018 De 07 a 11 de maio de 2018 Orlando – FL – USA www.npe.org Argenplás – XVI Exposição Internacional de Plásticos De 13 a 16 de junho de 2018 Centro Costa Salguero Buenos Aires - AR Interplast - Feira e Congresso de Integração da Tecnologia do Plástico De 14 a 17 de agosto de 2018 Complexo Expoville Joinville – SC – Brasil www.interplast.com.br


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