E MAIS:
E QUEM DICAS D A VOCÊ PAR PEDALA NAR POR O IX SE APA GRELA M A SU A
B50 i K e HISTÓRIAS DE QUEM AMA
ANDAR DE BICICLETA
UM AMOR ESTÁ À SUA ESPERA Quando alguma coisa é inesquecível, a gente fala que é “que nem andar de bicicleta”. Dizem que é por causa da memória do corpo, que guarda certos movimentos mesmo que a gente deixe de usá-los por algum tempo. Mas, no caso da bicicleta, não é só a noção de equilíbrio que não perdemos nunca. Também fica marcada para sempre uma porção de emoções. Lembra do frio na barriga de tirar as rodinhas? Do primeiro tombo? Da descoberta da velocidade e da impressão de estar voando tão rápido que os pés escapavam dos pedais? Do som da buzina? De enfeitar a bicicleta para o passeio ciclístico? De tentar aprender manobras radicais sozinho? A bicicleta é uma espécie de primeiro amor. Que, como costuma acontecer com os primeiros amores, por peripécias do destino, às vezes a gente perde no meio do caminho. Mas, ao contrário do que ocorre nos romances, esse é um caso que sempre se pode retomar. E que só fica melhor com o tempo. Se você anda querendo se apaixonar, este livro é seu.
B50 i K e HISTÓRIAS DE QUEM AMA
ANDAR DE BICICLETA 1ª EDIÇÃO
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• gps •
8 Sua amiga, a bicicleta 10 50 razões para amar bicicleta
96 50 dicas para começar a pedalar
98 quem você ajuda
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• v a n t a g e m n ã o f a lt a •
50PARA RAZÕES bicicleta
Ela faz bem a você, à cidade e ao planeta. Pode ser um meio de transporte, seu lazer, um esporte ou seu estilo. É um divertimento e também uma causa séria. Não importam idade, tamanho, gênero nem tribo: há uma bicicleta para você – e mil motivos para começar a pedalar já
1
Emagrece:
uma hora de pedalada queima até 500 calorias.
2
Não polui.
(O ar de São Paulo mata mais que aids e tuberculose somadas.)
3
Você não paga combustível,
seguro obrigatório, IPVA nem flanelinha.
4
Em distâncias
de até 3 quilômetros em áreas urbanas densas, é o transporte mais eficiente.
5
Reduz
– e ultrapassa – congestionamentos.
6
Melhora
7
É uma atividade aeróbica,
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está acima do peso – pois distribui bem a massa do corpo.
9
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Exercita
principalmente panturrilha, quadríceps e glúteos, deixando o corpo mais bonito.
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Você respira
melhor – o ar é mais tóxico num carro fechado do que fora dele, revelam estudos.
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Previne a depressão:
quem pedala regularmente sofre menos problemas psicológicos em geral.
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Protege
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Estimula
os joelhos, já que 70% do peso do corpo é apoiado sobre o selim.
o condicionamento físico.
que fortalece o coração.
É ideal para quem
o sistema imunológico, mobilizando os fagócitos, que eliminam as bactérias.
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Oxigena o cérebro,
melhorando seu funcionamento.
Pode reduzir o risco de infarto
15
pela metade.
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Libera hormônios
do bem-estar – o que pode tornar a pedalada um ótimo vício.
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Previne dores nas costas,
já que ao pedalar exercita-se a musculatura da região.
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Ao contribuir
19
Por ser prática
para a saúde, diminui os custos previdenciários do Estado – ou seja, de todos nós.
para trajetos curtos, facilita o acesso ao pequeno comércio, reavivando os bairros.
Inspire-se também na nossa fan page: fb.com/livroeuamobike
20
Exige obras
públicas mais baratas do que as voltadas para os carros.
21
Sem janelas
fechadas nem películas escuras, aumenta a interação entre as pessoas.
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Como sua velocidade
máxima é muito inferior à de um carro, ajuda a diminuir acidentes fatais.
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Cada subida
se torna um exercício de superação pessoal.
24
Cada descida
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Dá para
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vira uma festa particular.
pendurar uma cestinha!
Você pode
(e até deve) carregar luzinhas piscantes.
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A extensão total das ciclovias
brasileiras aumentou 300% entre 2003 e 2008.
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É o principal meio de transporte
de 8% dos brasileiros.
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ECONOMIZA ESPAÇO: no lugar
de um único carro, dá para estacionar 20 bicicletas.
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uma pessoa perde, em média,
6 quilos no primeiro ano pedalando para o trabalho.
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Frio não é desculpa:
na Suécia, algumas cidades têm 1/3 dos deslocamentos feito sobre duas rodas.
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Ladeira também não:
cidades montanhosas da Suíça chegam a ter 23% dos trajetos diários feitos de bike.
33 Consome menos recursos
naturais para ser produzida, em comparação a um carro.
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Pelo mesmo motivo – e por ter
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Você poupa
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SOBRAM vagaS
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Cabe
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Não precisa
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Não precisa esperar até
o dinheiro, o tempo e o tédio da academia.
de estacionamento.
em qualquer garagem.
fazer baliza.
os 18 anos para andar.
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Não tem rodízio.
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Não precisa esperar o rush
vida útil maior que a de um automóvel – gera menos sucata, é mais reciclável e reutilizável.
baixar para voltar para casa.
Produz menos poluição sonora que um carro
Você pode fazer um passeio
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(e, convenhamos, a buzina é bem mais simpática).
É o meio de transporte mais sustentávEL
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com dezenas de amigos, cada um no seu veículo, sem travar a cidade.
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É imune
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É pontual:
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É cool. É HYPE.
do planeta, segundo a ONU.
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É multicampeã
dos desafios intermodais, que comparam os meios de transporte em grandes cidades do país.
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Custa muito menos do que um
carro. Você pode ter várias!
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A manutenção
é muito mais barata.
a sequestro-relâmpago.
você sempre demora o mesmo tempo entre um lugar e outro.
E está muito na moda.
E, se você ainda não está convencido, vire a página: há 50 pessoas te esperando para provar que o amor existe – e tem duas rodas!
PS:
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• V i l a M ar i a n a • S ão Paulo | SP
Inseparáveis Um cortejo de bicicletas pelas ruas de São Paulo marcou o casamento de William e Priscila Teixeira, em 2009. “Tivemos a ideia de ir pedalando ao cartório e convidamos alguns amigos. De repente, muita gente apareceu e virou um grande evento”, explica o marido. A decisão influenciou até o modelo do vestido da noiva – um pouco mais curto e leve que o tradicional, para facilitar as pedaladas. Cerca de 50 bicicletas formaram a comitiva, que despertou sorrisos, flashes e acenos pelo caminho. “Foi o momento mais emocionante da minha vida”, diz William. Muitos dos ciclistas que acompanharam o casal são amigos que William conquistou nos 10 anos em que ele se dedica ao cicloativismo – uma bandeira que caiu meio por acaso em sua mão. Em 2003, seu carro quebrou e ele resolveu pegar a bicicleta, que era usada só para lazer, para percorrer os 8 quilômetros até o trabalho. Repetiu a experiência algumas vezes e foi percebendo suas vantagens: sentia-se menos estressado
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e mais contente por contribuir para um trânsito melhor. Em três anos, vendeu o carro e fez da bike seu principal meio de transporte. A mudança exigiu pesquisa. “Tinha dificuldade em saber o que era certo e errado, então fui estudar o Código de Trânsito”, diz. E decidiu compartilhar as descobertas por meio de um site, o Vá de Bike – uma referência no assunto, que William segue atualizando no seu tempo livre. “O que começou como solução para um problema pontual virou um hábito, um estilo de vida e uma nova forma de encarar o transporte e a minha cidade.”
com seu bebê, william e priscila repetem na foto o ritual que os uniu: um cortejo ciclístico marcou o casamento dos dois, em 2009 eu ♥ pedalar nos melhores
momentos da vida William Cruz, 39 anos, analista de sistemas
clica lá • Vá de bike! O site de William informa sobre os principais eventos de cicloativismo em todo o país, traz dicas para quem quer pedalar e discute questões diversas ligadas à bicicleta e ao trânsito em geral. Confira em www.vadebike.org.
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• E n c r u z i l hada • Recife | PE
Começo de namoro “Sempre senti vergonha de, apesar de adulta, não saber andar de bicicleta. Quando eu era pequena, ganhei uma da minha tia. Era rosa, mas meu irmão pouco se importou com a cor e a pegou para ele. Não me deu nem chance, mas não liguei. Nem tentei pedalar. No ano passado, mudei de Salvador para Recife. Aqui, a cultura da bicicleta é muito forte. Acabei fazendo amizade com ciclistas, entre eles alguns integrantes da Escola Bike Anjo – um grupo de voluntários que ensina as pessoas a pedalar com segurança pela cidade. No último domingo de cada mês,
“sempre tive vergonha de confessar que, apesar de ser adulta, não sabia andar de bicicleta. agora que enfim aprendi, estou apaixonada” eu ♥ poder dizer que sei pedalar Larissa Santiago, 21 anos, publicitária
eles dão uma oficina para quem nem sequer sabe se equilibrar sobre duas rodas. Há dois meses, lá fui eu. Para minha surpresa, logo saí pedalando. Mas só em linha reta. Para fazer as curvas, treinei bastante com os instrutores, até tomar coragem e ir sozinha. Claro que caí, mas eis que uma moça desconhecida largou a bicicleta dela no chão e me estendeu a mão. Acho que a bicicleta torna as pessoas melhores. Talvez porque você não é nem um pedestre, nem está dirigindo um veículo de grande porte. Fica no meio termo e, assim, enxerga todos os atores do trânsito, colocando-se no lugar deles, cedendo. Depois de dar minhas primeiras pedaladas, é como se eu estivesse vivendo um início de namoro com a bicicleta. Estamos apaixonadas, indo com cuidado, mas fazendo muitos planos. Logo participarei da minha primeira bicicletada – um passeio coletivo. Depois quero ir de bike ao trabalho e fazer uma viagem sobre duas rodas para alguma praia. Daí em diante, o céu é o limite!”
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• Ita i m B i b i • S ão Paulo | SP
Arquitetura do encontro Transporte urbano, para Alexandre, não é apenas uma necessidade diária, mas também foco de trabalho. Desafogar o trânsito de São Paulo é um dos objetivos do projeto ao qual o arquiteto tem se dedicado nos últimos anos, que prevê a criação de um hidroanel navegável no entorno da cidade. Sendo um estudioso do tema, seria natural que Alexandre buscasse para si um meio de locomoção inteligente. E foi isso que ele fez quando percebeu que chegaria mais cedo ao trabalho se trocasse o carro pela bicicleta. A mudança aconteceu em 1997. Nos dez anos seguintes, a média diária de viagens ciclísticas em São Paulo aumentaria 88%. Mas, na época, ainda era raro ver alguém do nível socioeconômico de Alexandre optando pelos pedais como transporte. “No prédio onde moro, ouvi: ‘Mas o senhor, professor da USP, não pega bem andar de bicicleta’”, conta. eu ♥ pedalar depois da chuva Alexandre Delijaicov, 50 anos, arquiteto e professor universitário
“o desenho de uma cidade baseada na convivência e na confiança é dado por tipos de deslocamento, como a bicicleta, que promovem a experiência do percurso” Alexandre nunca se incomodou com esse tipo de comentário. Até porque, conforme foi se tornando um ciclista mais experiente, descobriu vantagens da bicicleta que vão além da eficiência. “Gosto muito de pedalar depois da chuva, por exemplo, quando a cidade revela seus perfumes”, diz.
A olho nu • Faça parte Para Alexandre, um bom ciclista é aquele que se mantém atento e integrado à cidade. Por isso, seu conselho é evitar fones de ouvido, para melhor perceber os sons da rua, e também deixar de lado óculos escuros, a fim de facilitar o contato visual com os motoristas.
Pelo olhar do arquiteto, sensações como essa, mais do que um prazer individual, podem ser um estímulo para a construção de um local melhor para viver. “O desenho de uma cidade baseada no encontro, na convivência e na confiança é dado por esse tipo de deslocamento, que não promove o fluxo, mas sim a experiência do percurso.”
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Acompanhe a prestação de contas do projeto: fb.com/livroeuamobike
• I N I C I AT I VA S B E N E F I C I A D A S •
CONHEÇA QUEM VOCÊ AJUDA Você nunca participou de uma bicicletada, jamais gritou “menos carro, mais bicicleta!” nem pensou em ir à prefeitura pedir mais ciclovias? Tudo bem: só de comprar este livro, você já está contribuindo com a causa do ciclismo urbano. É que parte da renda obtida com a venda da publicação, após o desconto dos impostos, será doada a três iniciativas que lutam pela construção de um país mais amigo da bicicleta. O valor será dividido igualmente entre cada um dos projetos beneficiados.
Diretores da Ciclocidade (da esq. para a dir.): Jéssica Martineli, Thiago Benicchio e Gabriel Di Pierro
CICLOCIDADE – ASSOCIAÇÃO DOS CICLISTAS URBANOS DE SÃO PAULO
Veja abaixo quem está agradecendo o seu apoio e saiba como cada iniciativa contribui para que mais pessoas possam amar sua bicicleta!
TRANSPORTE ATIVO
VÁ DE BIKE
Criada em: 2003
Criado em: 2002
Onde atua: cidade do Rio de Janeiro
Onde atua: internet
O que faz: levantamento, produção e divulgação de conhecimento; formação do ciclista urbano; e interlocução com o poder público, defendendo a adoção de políticas pró-bicicleta. É mantida por doações e parcerias. Os projetos são realizados por colaboradores voluntários.
O que faz: promove a qualidade de vida por meio da utilização de meios de transporte movidos a propulsão humana, como a bicicleta. Realiza ações educativas e levantamento de dados e oferece suporte ao poder público. É mantida por doações e parcerias com o setor privado. (Conheça o fundador da entidade na página 68.)
O que faz: o site ajuda pessoas de todo o país a começar a pedalar com segurança. Reúne dicas, informações sobre mobilidade urbana e outros temas que ajudam a promover a causa ciclística, além de divulgar e analisar ações de estímulo ao uso da bicicleta realizadas pelo país. (Conheça o criador da iniciativa na página 12.)
Para saber mais: www.ciclocidade.org.br
Para saber mais: www.ta.org.br
Para saber mais: www.vadebike.org
Contato: contato@ciclocidade.org.br
Contato: contato@ta.org.br
Contato: contato@vadebike.org
Criada em: 2009 Onde atua: cidade de São Paulo
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A Editora MOL é uma jovem empresa de produção de conteúdo que acredita que contar histórias reais é a forma mais poderosa de conectar pessoas, inspirar mudanças e transformar vidas. Nossos projetos são realizados a muitas mãos, em busca de mostrar um Brasil que não está nas manchetes. E compartilhamos nossos resultados com as causas nas quais acreditamos: parte da renda deste livro será doada para as organizações CicloCidade, Transporte Ativo e Vá de Bike, para apoiar projetos que incentivam a inclusão da bicicleta no trânsito.
Conheça nossas ideias e nossos projetos em editoramol.com.br e curta com a gente o prazer de pedalar na nossa fan page: fb.com/livroeuamobike
Andre é advogado e vai para o trabalho de terno, gravata e bicicleta. Jair carrega um salão de cabeleireiro em sua garupa; Robson, uma biblioteca; Paulo, seu consultório médico. Dora é estilista de bikes; e Romilda há dez anos é a campeã invencível do concurso da bicicleta mais bonita de sua cidade. Kayo pedalou 800 quilômetros por dentro da Amazônia para visitar seu pai, e foi tão bom que continuou andando por mais 20 mil quilômetros Brasil afora. Lucirley inventou uma bicicleta de 25 lugares; Giovani, uma movida a ar; e Francimar, uma de 4 metros de altura. William e Priscila casaram-se sobre duas rodas. Já Terezinha, de 70 anos, foi de bike pagar uma promessa. Fernanda é tão chique que as pessoas param pra vê-la passar. Já Klaus só pedala descalço. E, às vezes, pelado.
50 histórias reais de pessoas absurdamente incríveis, com uma única paixão em comum. Um Brasil sobre duas rodas como você nunca viu antes. E que, assim como andar de bicicleta, você jamais vai esquecer.
Parte da renda deste livro é destinada para organizações não governamentais que lutam para tornar nossas cidades mais amigas das bicicletas.
ISBN 978-85-66566-00-0
fb.com/livroeuamobike
E ma i s:
s destino Dicas e jar e n a l p c锚 para vo 贸xima sua pr ra! aventu
Eu
VIAJAR 50 hist贸rias de quem ama explorar o Brasil e o mundo
AH, QUE VONTADE QUE DÁ... Assim que comecei a leitura de Eu Amo Viajar, bateu a sensação de que preciso viajar mais. Estranho isso. Sou um viajante profissional, não paro de pegar a estrada para filmar desde 1997. Outro dia, conversando com Ludmila, a mulher que convive com minhas ausências, eu havia concluído que deveria ter mais tempo para curtir a rotina da casa, com nossos dois filhos. Mas as rotas anunciadas no topo de cada relato – “de tal lugar para tal lugar” –, aqui nestas páginas, realimentaram meu romantismo. Quero me espelhar nesses moços e moças com o espírito sempre em renovação, que dividem aqui conosco experiências de andanças fabulosas – ou corriqueiras, que se transformaram em fábulas porque chacoalharam violentamente, lindamente, a minha imaginação. Espero que chacoalhem também a dos leitores. Luís Nachbin é jornalista e já viajou por 85 países para ver de perto como o mundo é grande
Eu
VIAJAR 50 histórias de quem ama explorar o Brasil e o mundo 1ª edição
2014 3
• GPS •
Um só mundo, inúmeras possibilidades
Escolha seu destino e seu tipo de viagem e embarque com a gente!
82 Canadá, pelos rios e lagos
51 São Francisco, sem medo de voar
90 Nova York, para comprar
22 EUA, em família
38 Disney, desde os anos 70
Japão de trem 41 na Copa 71
30 Miami, na balada
32 Turks e Caicos, no próprio avião 92 Granada, dando a volta ao mundo 20 Lençóis Maranhenses, com o focinho ao vento
21 México, viajando no tempo
14 Jericoacoara, pra curtir a praia 58 Fernando de Noronha, em busca do bem
70 Colômbia, fazendo cursos 86 Amazônia, observando aves 80 Peru, estudando aranhas
81 Austrália, de carona
46 Polinésia Francesa, em lua de mel subaquática
48 Jalapão, na natureza
36 Chapada Diamantina, fazendo volunturismo 68 Guarapari, de trailer
74 Pantanal, fotografando
26 Rio de Janeiro, visto de cima 56 Chile, surfando na neve
60 São Paulo, cinco vezes ao ano 18 Patagônia, a cavalo
78 Ushuaia, de carro
6
40 Alemanha, de graça 76 Holanda, de bike 89 Inglaterra, ao som de rock
28 Finlândia, de moto
72 Croácia, de cruzeiro
12 França, correndo
54 Romênia, além do que se vê
Espanha com arte 66 a pé 44 Portugal sem roupa 88 em turma 34 16 Marrocos, aproveitando as promoções
84 Turquia, de balão 94 Grécia, em todas as férias Itália de mochilão 24 para comer 62
50 Líbano, em busca das raízes
52 China, com sabor
42 Afeganistão, sem preconceito
61 Sri Lanka, na cabine de comando
64 Vietnã, em excursão
31 Tanzânia, de ônibus
Hora de fazer a mala! 8
50 razões para amar viajar 10
50 dicas para uma boa viagem 96
Quem você ajuda 98
7
• At e n ç ã o , p a s s a g e i r o s •
Hora de fazer as malas!
Confira dicas para arrumar sua bagagem e conheça regras importantes sobre como embarcá - la no avião
Com que mala eu vou? Escolha a melhor maneira de levar seus bens de acordo com a duração e o destino da viagem
Não pode!
Itens cortantes, pontiagudos e inflamáveis são proibidos na bagagem de mão. Armas, nem de brinquedo! E se o voo for para o exterior, qualquer tipo de líquido, gel, pasta ou creme só é aceito em embalagens plásticas transparentes de até 100 mililitros.
Bagagem de mão
Nela você deve levar itens que precisam estar acessíveis, como documentos, dinheiro, chaves e remédios, e também objetos frágeis, como eletrônicos. Vale ainda carregar uma muda de roupa, caso sua bagagem despachada seja extraviada
Escapadinha Se vai levar pouca coisa, uma bolsa pequena, que não precisa ser despachada, é a melhor opção. Os bolsos externos ajudam na organização
No limite Viagem longa O jeito mais confortável de carregar bagagem pesada são malas com rodinhas. Prefira os modelos que giram 360 graus, mais fáceis de manejar
Em voos domésticos, a mala de mão deve pesar até 5 quilos, e a soma das suas dimensões (altura, largura e profundidade) não pode ultrapassar 115 centímetros. Em voos internacionais, a regra varia conforme a companhia aérea
Contagem regressiva Aventura Se a viagem é longa e inclui terrenos naturais, irregulares, onde as rodinhas não deslizam bem, o melhor é carregar um mochilão 8
Um bom planejamento é fundamental para uma viagem tranquila. Para evitar imprevistos, veja o que fazer no período que antecede o embarque
12 meses antes Pesquise e defina o destino, agende as férias, veja quanto você pode gastar e organize-se para poupar, se necessário
9 meses antes Certifique-se da necessidade de visto ou de renovação do passaporte. Também é hora de comprar as passagens
Dobra ou enrola?
Para despachar
Organizar a bagagem principal, onde levamos a maior parte dos itens, é sempre um desafio. Confira algumas dicas para aproveitar melhor os espaços e encontrar facilmente o que for procurar
No topo Na tampa O bolso interno da mala pode ser usado para peças leves, como roupa de praia e pijama
Roupas enroladas ocupam menos espaço, mas amassam mais. Faça isso apenas com tecidos mais resistentes, como lã e algodão. Peças mais delicadas devem ser dobradas
Peças que amassam mais facilmente, como camisetas e vestidos, ficam mais protegidas na parte de cima da mala
Não pode faltar! Camisa branca, vestido preto, tênis e calça jeans são eternos curingas, independentemente do destino. Outro item indispensável é um adaptador de tomadas
Pelas beiradas Aproveite os espaços que sobram nas laterais para encaixar peças menores, como cintos, meias, roupas íntimas e a nécessaire
Recheio A camada do meio da mala pode ser preenchida com peças mais pesadas, como jaquetas e moletons, que dificilmente amassam
Essa é minha! Use fitas ou adesivos para facilitar a identificação da sua bagagem. Não esqueça também de utilizar um bom cadeado
Não precisa
Lá embaixo
Confira se o hotel tem itens como barbeador e secador de cabelo, para não carregar esses pesos sem necessidade
Forre o fundo da mala com os sapatos. Para poupar espaço, embale cada pé em um saco
6 meses antes Pesquise as hospedagens mais adequadas ao seu tipo de viagem. Encontrando uma boa opção, já faça a reserva
3 meses antes Informe-se sobre o local a ser visitado e planeje o seu roteiro, escolhendo as atrações que você não quer perder
1 mês antes Se seu destino exige certificado de vacinação, não deixe para os últimos dias. Procure um Centro de Orientação de Viajantes
1 semana antes Confirme as reservas do hotel e certifique-se de que as datas e os horários das passagens não foram alterados
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• V a i qu e f a z b e m •
O prazer começa
muito antes do embarque, enquanto
sonhamos
com a viagem
Dá vazão à
ânsia por liberdade
50 RAZÕES PARA
Pode ser de bate -volta ou de mala e cuia. Sozinho, a dois, em excursão. De avião, navio, carro, bicicleta, a pé... Seja qual for seu tipo de viagem, o que não faltam são motivos para sair por aí!
à história
mundo é pequeno Pela janela, temos uma inesquecível
aula de geografia
pessoas têm mais
semelhanças do que
estão repostas
para retomar
a rotina
Traz à
Afasta o tédio
vida adulta
Calcular gastos
encantamento
das férias das crianças
a curiosidade e o
Conectar-se a outras realidades
reduz o risco de AVC e depressão
da infância Viagens anuais lidar melhor nos ensina a
com o dinheiro
Dá energia extra para fazer longas caminhadas
em busca das atrações 10
dão vida
Dois ou três dias
de viagem já reduzem os níveis de cortisol,
Descobrimos como o
as memórias são eternas Percebemos que as
monumentos
o hormônio do estresse
para a vida inteira, pois
as energias
melhores promoções
VIAJAR
É um investimento
Na volta,
o tempo livre permite
aproveitar as
Museus e
da juventude
diferenças
Na aposentadoria,
podem
reduzir pela
metade o risco de ataque cardíaco
Experimentar
novos alimentos e ouvir
outras línguas mantêm o
cérebro ativo
É a melhor maneira de aprender um
novo
idioma Notamos como
a vida é curta
e tem de ser aproveitada
Inspire-se ainda mais em nossa fan page: fb.com/livroeuamoviajar
Família que viaja unida permanece unida
Sendo turista, você tEm a desculpa ideal para
Companheiros
de viagem podem se tornar
grandes
A dois, a
paixão se
amigos renova
Cada refeição vira um pretexto para
uma experiência sensorial
Você pode
nem conhecia
criatividade,
Quem viaja com
ser quem quiser
boas surpresas
inovador
Dá desaudade casa
nos revelar
Relaxados, ficamos
mais pacientes
impulsionam a
Interagir com
novas pessoas fortalece nossas
tornando a
Uma viagem
frequência é mais
nos negócios
independentes e confiantes
nos permite
refletir sobre
a vida e traçar
novos rumos
networking
Ao lidar com imprevistos, nos tornamos
mais flexíveis Ao sair da zona de
uma nova nós mesmos profissão conforto, aprendemos
nos torna mais
maduros,
A pausa na rotina
É uma ótima maneira de fazer
Você pode descobrir
bem sucedida
explorador
o conhece, você pode
O acaso pode
habilidades Você não mente mais precisa voltar produtiva sociais
diário de
Onde ninguém
amor da sua vida Novos estímulos
Você pode escrever um
com quem quiser
Você pode encontrar o
descobrir que adora algo que até então
puxar conversa
mais sobre
Sua experiência
o capacita a participar de
mais conversas
Aprendemos a valorizar as qualidades do
Ao fim de uma viagem,
já dá para
com lugar onde vivemos sonhar a próxima! deliciosos
Na volta, recebemos
Dá para tirar
mil fotos em um dia sem ninguém achar estranho
A excitação
Descobrimos que o
dE estar em outro lugar,
por si só, já torna
Até o que dá errado vira uma
tudo mais boa história divertido para contar
caminho pode ser
mais importante
que o destino
abraços Aprendemos a valorizar mais as
experiências do que as coisas
Fontes: Centro de Longevidade da Universidade da Califórnia (UCLA), Kaplan International, Global Coalition on Aging e Transamerica Center for Retirement Studies
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A receita clássica para conhecer as ruas de Paris é conjugar o mais francês dos verbos: flâner, ou flanar, andar ao acaso. Luiza, porém, prefere um ritmo um pouco mais acelerado – para conhecer tanto a Cidade Luz quanto qualquer outro lugar do mundo 12
Do Rio de Janeiro para Paris
(e todas as belas cidades com provas de rua)
Férias corridas Se há cinco anos Luiza soubesse que se tornaria maratonista, não acreditaria. Conformada com a bronquite, ela não se arriscava a exigir muito dos pulmões. Até que entrou para a academia e deu as primeiras passadas na esteira. Logo percebeu que a doença não era um empecilho – e que correr era uma delícia. Em pouco tempo, já estava disputando provas nas ruas do Rio de Janeiro. Também não demorou para a cidade ficar pequena para suas pernas. No ano seguinte, ela fez sua primeira viagem esportiva: foi à histórica Paraty, onde percorreu os 18 quilômetros de uma prova marcada por muitas subidas. A mudança de cenário deu gás extra: “Correr rodeada pela natureza foi maravilhoso”, lembra. Meses depois, Luiza aproveitou as férias para encarar a Great North
luiza tira férias de olho nas datas de provas de rua. mas, quando não há competição, também corre: “É o melhor jeito de conhecer uma cidade” 1
2
Kit esportivo
Run, meia maratona de Newcastle, na Inglaterra. “Centenas de ingleses vão às ruas torcer. A cidade vira uma festa.” Na semana seguinte, ela descansaria na França. Mas, quando descobriu que sua estada coincidiria com a prova ParisVersalhes, inscreveu-se sem hesitar. Desde então, Luiza programa suas folgas de olho no calendário mundial de corridas de rua. Em 2011, participou da Meia Maratona de Berlim: “Fiquei impressionada com a cidade. Desacelerei e curti cada esquina”. Na semana seguinte, voltou a Paris e completou a maratona da cidade, que lhe rendeu lágrimas na linha de chegada. “Provas internacionais são experiências únicas. Mas, quando não há competição na cidade que estou visitando, corro mesmo assim. Para mim, não há maneira melhor de conhecer um lugar.”
Luiza indica alguns itens que não podem faltar na mala do atleta viajante: • roupas e tênis de corrida; • gel de carboidrato para repor a energia; • cinto de hidratação, com espaço para levar garrafas de água; • curativos; • mapa da cidade.
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3
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orte fazer turismo e esp s, Eu za Rei ao mesmo tempo! Lui s. fotógrafa, 30 ano
Great North Run, em Newcastle, Inglaterra (1). Paris-Versalhes (2). Em Berlim, Luiza curtiu cada esquina (3). Na Maratona de Paris, passou por cartões-postais como a Torre Eiffel (4), onde parou para comer um crepe, e o Arco do Triunfo (5) 13
De São Paulo para o Pantanal (em busca das melhores imagens)
Por trás das lentes
Como um profissional
Como fotógrafo de revistas de turismo, Valdemir já viajou para mais de 80 países. Mergulhou nas Ilhas Maldivas, perdeu-se pela arquitetura de Veneza, trabalhou embalado por música cubana em Havana. Em Paris, sua paisagem urbana favorita, ele já esteve mais de 50 vezes. Mas a rotina não é para qualquer um: Valdemir passa ao menos 15 dias por mês longe de casa. E a busca pelos melhores ângulos começa muito antes do instante do clique: “Primeiro eu pesquiso livros, filmes e artistas plásticos do destino, para entender sua cultura. Sem isso, as boas imagens passam batido”, diz. Paciência também é um requisito fundamental. Para retratar com naturalidade a pequena vila de pescadores da Ilha dos Lençóis (MA),
Veja dicas de Valdemir para obter boas fotos de viagem: • Sente-se em um lugar público e deixe a cidade passar por você. • Busque ângulos originais fora do centro das atenções. • Máquinas fotográficas discretas permitem cliques mais autênticos. • Vague por ruas desconhecidas com o olhar atento aos detalhes. • Respeite a cultura local e não clique quem não se sentir confortável em aparecer.
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Eu viajar para fotografar! Valdemir Cunha, fotojornalista, 47 anos.
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por exemplo, onde vivem apenas 400 pessoas, Valdemir teve de se mudar temporariamente para lá. “Eu fazia as refeições com os moradores, pegava carona nos barcos, brincava nas dunas com as crianças. Com o tempo, eles já não me estranhavam mais”, explica. A geografia brasileira é o tema principal dos mais de dez livros fotográficos já lançados por Valdemir. E ele não esconde sua preferência: “O Pantanal é o lugar mais bonito do mundo”. Essa descoberta, entretanto, exigiu outra característica necessária à profissão – coragem. “Foi lá que subi pela primeira vez em um monomotor sem portas, para fazer imagens aéreas. Foi tenso! Mas, ao ganhar altura, já me encantei com a paisagem. Lá de cima enxerguei cores e imagens que nunca mais vi em outro lugar.”
“pesquiso livros, filmes e artistas plásticos do destino, para entender sua cultura. Sem isso, as boas imagens passam batido” 5
Valdemir em ação (1). Chapada Diamantina em dois momentos: Morro do Pai Inácio (2) e Gruta da Lapa Doce (3). Travessia do Parque dos Lençóis Maranhenses (4). Clique corajoso no Pantanal (5)
Nhecolândia, área do Pantanal entre os rios Taquari e Negro, em Mato Grosso do Sul. Cores como a deste pôr do sol conquistaram Valdemir, que considera essa região do Brasil simplesmente a mais bela do mundo 75
A cidade de Oia, na Ilha de Santorini, é um dos inúmeros destinos que Décio já visitou na Grécia. Ele é tão apaixonado pelo país que, há duas décadas, vai lá todo ano. “Trata-se de um lugar completo, com atrações para todos os gostos”, diz 94
De São Paulo para a Grécia (“e por que ir a outro lugar?”)
Grécia cheia de graça “Sinto-me mais em casa em Atenas do que em São Paulo, onde moro”, diz Décio. E ele poderia afirmar o mesmo sobre a Grécia como um todo. Afinal, nas últimas duas décadas, todo ano, com raríssimas exceções, o oftalmologista dedica ao menos um mês de sua agenda para visitar o país, sempre escolhendo uma região diferente. Só de ilhas, conhece mais de 100. A paixão surgiu em 1983, durante sua lua de mel. O casamento acabou, mas o amor pelo destino tornou-se eterno. Nessa viagem, Décio conheceu um amigo de um primo que morava lá. Com a ajuda dele, formou uma extensa rede de contatos no país. “Sempre que chego a Atenas, sou recebido com um almoço de cerca de 50 pessoas”, diz. O sabor de pratos como o pasticcio é apenas um dos encantos que o
Tudo em um clique
conquistaram. Décio também não resiste à história, à arquitetura, aos ritmos musicais típicos – como o rebétiko, o blues grego –, ao colorido das flores nem às paisagens inebriantes. “O azul do mar em Santorini faz com que eu me sinta flutuando”, suspira. Para aproveitar melhor as viagens, Décio estudou grego. Numa de suas visitas ao país, foi parado pela polícia por estar dirigindo em alta velocidade. Surpreendeu o guarda com sua fluência no idioma e explicou que aprendera a língua simplesmente por ser apaixonado pela cultura local. Em vez de uma multa, ganhou um abraço. Quando se aposentar, Décio quer abrir um hotel à beira do Mar Jônico ou Egeu. Até lá, vai embalando esse sonho sem pensar duas vezes antes de decidir o destino das próximas férias.
“A grécia tem paisagens fascinantes, perfumes deliciosos, culinária saborosa, melodias contagiantes e um povo muito carinhoso”
Décio recebeu uma ligação do embaixador da Grécia no Brasil dizendo que o site que ele mantém é o guia mais completo já produzido sobre o país. Se você pensa em viajar para lá, não deixe de conferir. São dicas, mapas, rankings e imagens que dão vontade de correr para o aeroporto: www.guiagrecia.com.br.
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Eu viajar para a Grécia, país que traz prazer a todos os meus sentidos. Décio de Brong Mattar, médico, 59 anos.
Praia Matala, na Ilha de Creta (1). Décio em Naousa, na Ilha Paros (2). Restaurante em Nafplio (3). Outra vista de Oia, em Santorini (4). Praia Navagio, na Ilha Zakynthos (5) 95
• ini c i a tiv a s b e n e f i c i a d a s •
Quem você ajuda com este livro Viajando, a gente pode contribuir com o mundo. Afinal, o turismo é um grande intercâmbio de ideias e de valores. E, quando as trocas são justas, todos saem ganhando. Ao ler este livro, você está colaborando justamente com esse tipo de viagem. É que parte da renda obtida com a venda da publicação será doada a organizações sem fins lucrativos que apoiam o turismo sustentável. E o que é isso? É o tipo de turismo que protege o patrimônio natural e cultural dos lugares visitados. Que melhora a vida das pessoas que moram lá. Desenvolve a economia, é socialmente justo e ecologicamente responsável. Ele é sustentável porque mantém vivas as belezas do mundo, para que possam ser aproveitadas por todos. Conheça ao lado as duas iniciativas que foram beneficiadas pela sua leitura. Obrigado pelo apoio, viajante! Acompanhe a prestação de contas do projeto: fb.com/livroeuamoviajar
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As instituições beneficiadas promovem o turismo sustentável em destinos brasileiros com admiráveis atrações naturais e culturais, como a Amazônia
G a rup a
Ice i - B ra si l
Criada em: 2013
Criada em: 2003
Onde atua: todo o país
Onde atua: Amazonas e Pernambuco
O que faz: Conecta pequenos empreendedores que tenham projetos de turismo sustentável com pessoas que gostariam de financiar essas iniciativas, tornando-as reais. A equipe da Garupa seleciona os projetos inscritos e cria campanhas de crowdfunding (uma espécie de “vaquinha” on-line) para levantar os recursos necessários à sua implementação.
O que faz: O Instituto Cooperação Econômica Internacional desenvolve projetos de valorização e preservação da identidade cultural, implementando ações de conservação ambiental e ecoturismo em comunidades amazônicas e iniciativas de promoção da cultura popular e de educação como estímulo para o turismo sustentável, em Pernambuco.
Para saber mais: http://garupa.juntos.com.vc
Para saber mais: www.iceibrasil.org.br
Contato: (11) 3042-9810, contato@garupa.org.br
Contato: (92) 3232-2718 e (81) 3493-9990
A Editora MOL é uma jovem empresa de produção de conteúdo que acredita que contar histórias reais é a forma mais poderosa de conectar pessoas, inspirar mudanças e transformar vidas. Nossos projetos são realizados a muitas mãos, em busca de mostrar um Brasil que não está nas manchetes. E compartilhamos nossos resultados com as causas nas quais acreditamos: parte da renda deste livro será doada para as organizações Garupa e Icei, apoiando projetos que incentivam o turismo sustentável.
Desta mesma coleção: EU AMO BIKE! Histórias de loucos pela magrela em um Brasil sobre duas rodas como você nunca viu! Parte da renda é revertida para instituições que promovem o uso da bicicleta. Saiba mais e compre o seu em fb.com/livroeuamobike
Eu
VIAJAR
Maurício conhece mais de 100 países. Décio vai sempre para o mesmo lugar. Renata viaja para comprar; Eduardo, para comer; Adriana, para estudar; Luiza, para correr. Giuliano vai fotografar pássaros. Antonio pesquisa aranhas. E Chapa, que é cachorro, gosta mesmo é de caçar siri. Sandro foge para a neve; Maria, pra praia; Alexandre, pro mato. Tito fez rali em Bornéu. Paulo provou escorpião na Tailândia. André viu exorcismo na Etiópia. Raimundo, sozinho, deu a volta ao mundo. Tomás, de 10 anos, viaja desde que era bebê. Iracema virou mochileira aos 60. Corina excursiona com a mesma turma desde os anos 70. E Rubens, que já passou dos 80, viu todas as Copas em que o Brasil foi campeão. Carlos vai de carro; Paulo, a cavalo; José, a pé; João, no próprio avião. E você, para onde quer fugir? E como vai chegar lá?
50 histórias reais de pessoas absurdamente incríveis, com uma única paixão em comum. Experiências de todos os tipos por inúmeros destinos, para você ter ideias de viagem para a vida inteira.
fb.com/livroeuamoviajar Parte da renda deste livro é destinada para organizações não governamentais que apoiam o desenvolvimento do turismo sustentável.
E MAARAIVSOC:Ê
DICAS P SE TAMBÉM POR R A N APAIXO ORTE! ESSE ESP
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Correr 50 HISTÓRIAS DE QUEM AMA ENFRENTAR LIMITES PASSO A PASSO
CORRER PARA QUÊ? Por brincadeira, para ter mais saúde, pela independência de avançar com as próprias pernas. Mas, acima de tudo, para ir ao encontro do nosso interior. Enquanto o corpo corre e o mundo desfila em nossas retinas, a introspecção inevitável nos permite conhecer melhor a nós mesmos. O aumento da pulsação mostra que estamos vivos. Cada impacto do corpo no solo ajuda a descobrir onde queremos ir. E damos ouvidos ao que há de mais valioso em nós, nossa respiração. Nós nos sentimos humanos, com todas as nossas limitações. Mas, por si só, a corrida já é um ato de superação, um golpe contra a inércia. No fim, muito maior que o cansaço é a sensação de leveza, de estar pronto para novos desafios. Eu amo correr porque não nasci para me entregar. Raí Oliveira, presidente do conselho da Fundação Gol de Letra e corredor apaixonado desde os tempos de craque
Eu
Correr 50 HISTÓRIAS DE QUEM AMA ENFRENTAR LIMITES PASSO A PASSO
1ª edição
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• em su a s m a r c a s •
Todos correm
Cada personagem deste livro tem uma razão especial para amar correr. Veja todas elas e confira a página de cada história
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• ques t ã o de es t i l o •
Para todos os gostos Dá para passar a vida inteira experimentando diferentes modalidades de atletismo. Conheça as principais e entenda as características de cada uma
Provas de pista São as competições disputadas em pistas oficiais, de formato oval, divididas em raias. Podem ser das seguintes variedades: Rasas São realizadas em pista sem obstáculos. Dividem-se em três categorias: velocidade, que abrange as provas de 100, 200 e 400 metros; meio fundo, que inclui as competições de 800 e 1.500 metros; e fundo – as mais longas, de 5.000 e 10.000 metros. 8
Com barreiras São provas de 100 metros no feminino, 110 metros no masculino e 400 metros para as duas categorias. Derrubar as barreiras não implica desclassificação – mas, claro, prejudica o desempenho. Com obstáculos Nessas provas de 3.000 metros, cada competidor enfrenta 28 obstáculos e sete fossos d’água. A modalidade era exclusivamente masculina até a Olimpíada de Pequim, em 2008, quando as mulheres competiram pela primeira vez.
Provas de rua Disputadas em vias públicas, dentro de cidades ou em estradas, suas distâncias oficiais variam de 5 a 100 quilômetros. As mais famosas são as maratonas, com 42,195 quilômetros. No Brasil, uma das provas de rua mais conhecidas é a São Silvestre, com 15 quilômetros, em São Paulo. Internacionalmente, destaca-se a Maratona de Nova York, que reúne cerca de 50 mil atletas todos os anos.
Ultramaratona
Cross country
Provas com extensão superior aos 42,195 quilômetros das maratonas. No campeonato mundial, a distância é de 100 quilômetros. Mas algumas provas utilizam o limite de tempo – há também o campeonato mundial de 24 horas, no qual vence quem percorrer a maior distância nesse período. A Brasil 135, com 217 quilômetros (135 milhas), é uma das ultramaratonas mais conhecidas do país.
É disputada ao ar livre, em terreno natural, incluindo obstáculos como lama, mato, troncos e pequenos riachos. Oficialmente, a distância das provas varia de 4 a 12 quilômetros. A Copa Brasil de Cross Country e a Copa Circuito das Águas de Enduro Cross Country, em Águas de Lindoia (SP), estão entre as provas mais famosas no país. Há um campeonato mundial realizado a cada dois anos.
modalidades Combinadas São competições em que o atleta pratica diversos esportes em sequência. O exemplo mais simples é o duatlo, que reúne corrida e ciclismo. Confira a seguir outras combinações e as modalidades que elas abrangem. Triatlo: corrida, ciclismo e natação.
Em montanha Revezamento É um tipo de prova de cross country que ocorre em terrenos inclinados, podendo incluir subidas e descidas. As distâncias oficiais são de 12 quilômetros na categoria masculina e de 8 na feminina, mas há provas mais longas. O Circuito Brasileiro de Corrida de Montanha é realizado em várias etapas no decorrer do ano. No exterior, destaca-se a Suíça, onde acontece uma das provas mais difíceis do mundo, a Swiss Iron Trail.
Nas Olimpíadas, as provas de revezamento são disputadas por quatro atletas. Cada um faz um percurso de 100 ou 400 metros, carregando um bastão, que deve passar por toda a equipe até que o último corredor cruze a linha de chegada. Mas também há provas de rua realizadas com dinâmica semelhante – no Brasil, destaca-se a Volta à Ilha, em Florianópolis, com 140 quilômetros de extensão e times de dois a 12 integrantes.
Pentatlo moderno ou tetratlo: corrida, tiro, natação, esgrima e hipismo.
atletismo paralímpico
com necessidade de cadeira de rodas.
Heptatlo: 100 metros com barreiras, 200 e 800 metros rasos, saltos em altura e em distância e arremessos de peso e de dardo.
Nas competições paralímpicas, os atletas são divididos em classes de acordo com o tipo e o nível da deficiência. Conheça-as a seguir:
Decatlo: 100, 400 e 1.500 metros rasos; 110 metros com barreiras; saltos em distância, em altura e com vara e arremessos de peso, disco e dardo.
11 a 13: abrangem os diferentes níveis de deficiência visual. 20: deficiência intelectual. 31 a 34: paralisia cerebral –
35 a 38: paralisia cerebral – sem cadeira de rodas. 40 e 41: baixa estatura. 42 a 47: deficiências nos membros, como amputação – sem o uso de cadeira de rodas. 51 a 57: mobilidade reduzida (por lesões medulares ou sequelas de poliomielite, por exemplo) com cadeira de rodas. 9
• É dada a largada •
50 Razões Para
correr
O esporte mais simples e versátil do mundo traz benefícios incríveis para o corpo e a mente. Está procurando um bom motivo para começar? Então é só escolher!
Para começar, basta vontade (e bom senso, claro)
Libera o
Você passa a ter
histórias de superação para contar
5 minutos por dia
já garantem benefícios
Fortalece hormônio em qualquer lugar o sistema – desde que haja chão!
aumenta em 3 anos a expectativa de vida
aliviando Você pode
Deixa a musculatura
Diminui
e o corpo
desenvolver
o estresse e a ansiedade
imunológico
Na esteira,
dá para se
treinar
com seu cachorro
emagrecer
– queima treinos mais longos 90% mais semelhantes aos obtidos com
Dá para praticar
cortisol,
É ótimo para
Correr regularmente
mais definida o risco de
mais bonito diabetes
calorias
do que uma caminhada
Ajuda a combater
a insônia
e melhora a qualidade do sono
Ajuda a manter a Aumenta a as paisagens saúde dos olhos, densidade óssea, e ver TV
exercitar ao mesmo tempo
Na rua, você explora
da cidade
É indicado Sempre para quem faz haverá quimioterapia, um novo a fim de melhorar a
qualidade de vida 10
desafio pela frente
evitando problemas prevenindo a
como a catarata osteoporose Você se sente bem,
Fortalece o coração,
libera endorfina,
o risco de morte
pois a corrida
neurotransmissor que
diminuindo em 45%
regula o humor por doença cardíaca
É um pretexto
para ficar
off-line
durante
Quem corre
A superação
tende a
de metas
hábitos nocivos,
autoestima
abandonar eleva a
algum como o tempo tabagismo Desenvolve
Estimula os hormônios
a concentração, o raciocínio e a sexuais, aumentando
memória
a libido
É um bom
Não prejudica joelhos e demais articulações:
Melhora a
fortalece cartilagens
os tecidos
ao contrário,
respiração,
oxigenando
e ligamentos do corpo
as cidades
É uma Ajuda a manter o ótimA cérebro
maratonas
para passar
pretexto para conhecer onde acontecem as
mais famosas
do mundo
desculpa
um tempo
sozinho
saudável
na terceira idade
Aumenta o
colesterol bom (HDL)
Você pode
Você conhece
Você pode Quem corre tende e diminui o ruim (LDL)
É uma ótima
corpo
coloridas
e desafia usar mil a adquirir outros – ou não os limites acessórios hábitos saudáveis, Diminui o risco do próprio e roupas como boa de câncer de mama,
disputar provas
desculpa
para passar Aciona o sistema um tempo de recompensas
em grupo Você pode
do cérebro, como um
vício do bem
alimentação
Você pode celebrar o Réveillon
na São Silvestre
dedicar Diminui a Não existe meio seus feitos pressão arterial, de transporte
a pessoas queridas
ajudando a prevenir e controlar a hipertensão
É uma oportunidade de
usar apps exclusivos
para quem corre
Ensina o valor do
esforço e da disciplina
Você
melhora seu
rendimento em outros
mais econômico e
sustentável Existem inúmeras
modalidades
a serem
esportes descobertas
Fontes: Cancer.net, Folha de S.Paulo, New York Times, Runner’s World, Women’s Health.
útero, cólon e pulmão
Dá para praticar em viagens
– aliás, é um ótimo jeito
de fazer turismo Você pode
colecionar medalhas!
Você se torna
um bom exemplo!
Tá na moda: é um dos esportes
mais praticados no país,
e o número de adeptos cresce rapidamente
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S ã o Pa u l o • S P
Diário de uma corredora
Espia lá! “Antes de disputar uma maratona, você tem de saber por que está fazendo isso. Pois, em algum momento da prova, você vai se perguntar. E se não tiver a resposta, vai desistir.” Dicas e reflexões como essa ajudam a fazer o sucesso do blog da Deborah. Confira: blogdadebs.com.br. 12
Domingo, 29 de setembro de 2013, Berlim, Alemanha. “Ouvi o locutor anunciando a contagem regressiva pro nosso bloco: ‘five, four, three, two… go!’. Comecei a chorar. Eu sabia que aquele era meu dia. Passei no tapete que marcava o tempo e comecei a correr.” Esse é um dos trechos do relato sobre a primeira maratona disputada por Deborah, um dos posts de maior sucesso do Blog da Debs. Ela não imaginava que o site se tornaria referência para os que amam correr, com cerca de 30 mil visitantes por mês – a maioria mulheres entre 25 e 35 anos. Isso sem contar as dezenas de milhares de seguidores no Instagram. Na verdade, Deborah não havia sequer planejado criar um blog sobre esse tema. Era para ser um diário virtual da gravidez de sua filha Duda, nascida em 2011. Mas as fotos da gestante com barrigão de oito meses fazendo provas de 10 quilômetros foram as que chamaram mais atenção. Corredora há mais de dez anos, Deborah escreve em sua página como se estivesse falando com amigos. O tom pessoal atraiu confidentes. São eles que a apoiam desde a publicação de outro de seus posts de grande audiência, no fim de 2013, quando ela revelou estar com câncer de mama. Deborah tirou os dois seios, fez rádio e quimioterapia e tomará um medicamento por 10 anos. Mas, nove meses depois da cirurgia, já tinha voltado a correr. “Ver as pessoas que conhecem a minha história gritando meu nome ao final das provas é incrível”, afirma. Um dos motivos pelos quais o texto sobre a Maratona de Berlim se tornou um dos mais acessados são as analogias que Deborah faz entre as dificuldades da prova e a luta contra a doença. Ela não tem dúvidas de que sua experiência como corredora foi fundamental para enfrentar o tratamento. “Você não sabe o que vem pela frente, como o corpo vai reagir. Mas sabe que tem de terminar. ‘Quebrar’ não é uma opção nem na corrida, nem na vida.”
EU escrever sobre minhas corridas. Deborah Aquino, 39 anos, dentista e blogueira.
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Rio de Jan ei ro • RJ
de instituições já foram ajudadas
Causa de fôlego A história de união entre corrida e solidariedade teve uma estreia emocionante para Lia. Durante uma prova de revezamento entre Maresias e Bertioga, no litoral de São Paulo, ela deparou com um incidente: o motorista de um carro acabara de ter um infarto. Lia e sua equipe pararam a prova para socorrê-lo, não se importando em perder a posição. Na linha de chegada, o time foi aplaudido pela ação. Era só o começo. Ela e Nina, amiga que conheceu no esporte, estão por trás do projeto Corra por uma Causa, que, desde maio de 2012, reúne mensalmente cerca de 50 participantes para uma corrida solidária em algum cartão-postal do Rio, como a lagoa Rodrigo de Freitas. A cada edição, divulgada no boca a boca e nas redes sociais, elas pedem doações para alguma instituição beneficente. Já estiveram na lista, por exemplo, a Casa de Apoio à Criança com Câncer de Santa Tereza e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). “A escolha não tem regras, é feita com o coração”, diz Nina. As doações costumam ser pensadas de acordo com a época do ano. Na volta às aulas, por exemplo, elas pedem material escolar; na Páscoa, ovos de chocolate. Itens como roupas, calçados, fraldas, alimentos, produtos de higiene e beleza também já foram arrecadados. A grande inspiração para o projeto é a Maratona de Londres, um dos maiores eventos de angariação de fundos do planeta. O valor das inscrições é revertido para projetos sociais, somando quase 1 bilhão de dólares desde a primeira edição, em 1981. Quem sabe, um dia, Lia e Nina conseguirão organizar algo do mesmo tamanho aqui no Brasil. Enquanto isso não é possível, elas seguem com seus treinos do bem. “Pelo menos naquele dia podemos dizer que corremos por uma causa”, diz Lia.
Nós correr por uma causa! Braulia Borges, a Lia, 32 anos, matemática e estatística (à esq.), e Marina Marinho, a Nina, 27 anos, fisioterapeuta. 34
Fale com elas Se você mora no Rio e quer participar dos treinos solidários organizados pela Lia e a Nina – ou se pretende copiar a ideia na sua cidade e quer pedir conselhos –, entre em contato com elas por meio da página do projeto no Facebook: www. facebook.com/Corra. Por.Uma.Causa.
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São Bernardo do Campo • SP
Herói da resistência
Avante, camaradas! A ultramaratona Comrades, de 89 quilômetros, acontece todo ano na África do Sul. O tempo limite é de 12 horas. Para se qualificar, é preciso ter corrido provas de pelo menos 42 quilômetros recentemente. Saiba mais: www. comrades.com. 66
Carlos faz coisas incríveis. Já cruzou e contornou o Brasil correndo. No Nepal, a 6 mil metros de altitude, enfrentou 100 quilômetros em quatro dias. Em 10 meses, completou quatro provas de 250 quilômetros cada uma na Antártica e nos desertos do Atacama (Chile), Gobi (Mongólia) e Saara (Egito). Em 27 fins de semana consecutivos, correu 24 horas sem parar em todas as capitais brasileiras. “Sou guiado pelo desafio”, diz. A mania começou aos 20 anos, quando resolveu usar as pernas para vencer os 18 quilômetros até o trabalho. Então, começou a disputar provas de rua, até decidir testar seus limites na Comrades, famosa competição de 89 quilômetros, na África do Sul. Completou o percurso um minuto acima do tempo limite e não ganhou medalha, mas se emocionou ao ser recebido na linha de chegada pelo então presidente Nelson Mandela. “Naquele dia, decidi que nunca deixaria de realizar meus sonhos.” Em 2005, Carlos largou o emprego de gerente de vendas, arranjou patrocínio e passou a se dedicar exclusivamente às corridas. A ideia de cruzar o Brasil de norte a sul veio com a celebração do nascimento do filho, em 2007. Foram 90 quilômetros diários em pouco mais de três meses. Em 2010, um mês após a morte de sua mãe, ele percorreu 18.250 quilômetros em 325 dias, contornando o país. Cada trecho do percurso podia ser simbolicamente comprado no site do Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graacc), arrecadando doações para a instituição. Nessas aventuras, Carlos tem o privilégio de ver a paisagem mudar no ritmo de seus passos. A serra vira litoral, que vira floresta, que vira planalto. Aos poucos, os sotaques também se transformam: o “bah” dá lugar ao “uai”, que abre espaço ao “oxe”. Munido apenas de uma mochila com itens básicos, ele conseguiu fazer do mundo o lugar dos seus sonhos: uma pista infinita, para correr pela vida inteira.
eu ser movido por desafios! Carlos Roberto Lima Dias, 41 anos, atleta.
carlos jĂĄ contornou o brasil, cruzou desertos, correu no himalaia. O planeta, para ele, ĂŠ uma pista sem fim
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• i n i c i a t i v a s be n ef i c i a d a s •
Veja quem você está ajudando Ficou inspirado para mudar de vida após ler este livro? Pois saiba que você está beneficiando muito mais gente! Parte da renda obtida com a venda de cada exemplar é dividida entre duas iniciativas que promovem o atletismo e outros esportes como forma de melhorar a saúde, a educação, a autoestima e as relações sociais de crianças, jovens e adultos. Conheça esses projetos!
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mudando a vida de jovens e de suas comunidades pelo esporte
esporte e qualidade de vida para pessoas com deficiência
Criado em: 2012
Criado em: 1997
Onde atua: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Onde atua: cidade de São Paulo.
O que faz: o projeto é uma parceria entre a adidas e a Fundação Gol de Letra para a formação de instituições locais com a metodologia Gol de Letra. O Ginga Social oferece atividades esportivas (atletismo, futsal e basquete, entre outras) para crianças e adolescentes entre 7 e 17 anos. Inclui a melhoria da infraestrutura e o envolvimento da comunidade: jovens moradores são capacitados para se tornarem monitores, e as famílias dos atendidos participam de reuniões periódicas.
O que faz: o Instituto Mara Gabrilli desenvolve e executa projetos que contribuem para a melhoria da qualidade de vida de pessoas com deficiência. A organização apoia esportistas paralímpicos de atletismo, natação, tênis, tênis de mesa, ciclismo, triatlo e esgrima. Além disso, colabora com pesquisas científicas para a cura de paralisias e ainda ajuda pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade social.
Para saber mais: fb.com/gingasocial
Para saber mais: www.img.org.br
Contatos e apoio: (11) 2206-5520 • (21) 3895-9001 comunicacao@goldeletra.org.br
Contatos e apoio: (11) 2197-7353 contato@img.org.br
A Editora MOL é uma jovem empresa de produção de conteúdo que acredita que contar histórias reais é a forma mais poderosa de conectar pessoas, inspirar mudanças e transformar vidas. Nossos projetos são realizados a muitas mãos, em busca de mostrar um Brasil que não está nas manchetes. E compartilhamos nossos resultados com as causas nas quais acreditamos: parte da renda deste livro será doada para o projeto Ginga Social e para o Instituto Mara Gabrilli, que promovem o esporte como ferramenta de transformação social.
Desta mesma coleção: EU AMO BIKE e EU AMO VIAJAR. Histórias de quem adora pedalar e explorar o mundo, com parte da renda revertida para projetos que promovem a sustentabilidade no transporte e no turismo. Saiba mais em www.bancadobem.com.br.
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Correr
Xilla chegou em último e comemorou sambando. Vitória tornou-se a mais rápida do país. Pretinha corre para ir ao trabalho. Joaquim, para fugir de vampiros. José, em memória do pai. Para Caio, é trabalho. Para Lucina, festa. Para Lia e Nina, boa ação. Myla corre em trilhas; Rafael, na praia; Orival, na escada; Luiz, na piscina; José, nas montanhas. Carlos contornou o Brasil. Sandra desbrava sua cidade. Laina e André se casaram numa maratona. Mikaele fez mais amigos no recreio. Keila passou a vestir 38. Maria deixou de ser boia-fria; Jean faz questão de ainda ser gari. Edmundo corre à noite; a monja Coen, ao amanhecer. Ângelo vai com muletas. O cão Mike, com rodinhas. Michell, com fé. E Leonardo, sem nada no pé. Ferreirinha transformou sua cidade. Roberto fica tão feliz que uiva. Aline voltou a sorrir.
50 histórias reais de pessoas absurdamente incríveis, com uma única paixão em comum. O prazer de correr em suas mais variadas formas, para inspirar você a trilhar os próprios caminhos. fb.com/livroeuamocorrer Parte da renda deste livro é destinada para organizações não governamentais que apoiam a prática do atletismo e de outros esportes.