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mai/jun
2016
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PRAZERES SIMPLES
Universo em si texto DILSON BRANCO
N
o extremo sul do Brasil,
evento decisivo. De repente, o clarão
onde eu nasci, tem um lugar
do dia era sequestrado e substituído
chamado Molhes da Barra. São dois
por estilhaços brilhantes. Era preciso
braços de pedras que se estendem
estar vigilante, evitando as ameaças
da beira da praia por mais de 3
noturnas, mas aquela diversidade
quilômetros oceano adentro. Uma vez
de sutilezas no infinito devia ser
eu acampei lá, de um dia para o outro.
hipnotizante. Como não se deixar
Por pura sorte, foi bem quando houve
perder olhando para cima? Não à toa,
um eclipse da Lua. O céu, que já seria
a astronomia é uma das ciências mais
sensacional daquele ponto de vista
antigas: decifrar o mistério das estrelas
privilegiado – livre da civilização num
sempre foi uma tarefa irresistível.
raio de 6 quilômetros –, ficou ainda
A gente é tão bem adaptado ao
mais incrível com seu farol natural
sistema solar que parece que ele foi feito
desligado. As estrelas cadentes eram
sob medida para nós – e não o contrário.
tantas que pareciam uma nuvem de
Que equilíbrio maravilhoso há na divisão
mosquitos cósmicos. E, em vez de um
do dia em suas duas metades – você
pontinho lá, outro cá, como costuma
poderia pensar em solução melhor? Sob
ser nas noites urbanas, os astros
a luz do sol, calibramos nossos sentidos
exibiam-se de forma deliciosamente
para fora, para o que podemos ver, para
perdulária, sobrepondo-se naquelas
as tarefas práticas da sobrevivência.
manchas enevoadas que fazem a gente
Já sob o luar, mergulhamos em nós
se sentir, de fato, parte do universo.
mesmos. Levemente dopados por
Hoje, quando o hábitat da maioria
nossos hormônios, desaceleramos.
dos humanos é a cidade, esse
Ficamos mais propensos a disparatados
espetáculo se tornou raridade. Mas,
e prazerosos devaneios e reflexões.
para nossos primeiros antepassados,
Curiosamente, a noite é o momento
era simplesmente rotina. Naquela
em que aquilo de mais distante no
noite, no meio do nada, encoberto
rastro do big bang se revela para nós.
pela Via Láctea, como um pálio
Mas, mesmo que estejamos com o olhar
aberto, me pus no lugar deles. Para
perdido a anos-luz daqui, é exatamente
os pioneiros de uma espécie em
nossa essência que enxergamos
geral tão dependente da visão, como
quando nos permitimos parar e
a nossa, o pôr do sol devia ser um
simplesmente apreciar o céu à noite.
12 REVISTA SORRIA
MAI/JUN 2016 13
Š Foto: Getty Images / Nadly Aizat Images
PRAZERES SIMPLES
Aproveite as gemas para preparar uma deliciosa cobertura de baba de moça
TÁ NA MESA
O DIA DA
clara
QUAL É A MELHOR PARTE DO OVO? SE VOCÊ PENSOU NA GEMA, PREPARE-SE PARA SE SURPREENDER! texto ARLI SEMOÁ
Sirva com pé de moleque em migalhas – o contraste de texturas fica incrível
© Produção culinária e de objetos: Janaina Resende / Estúdio Fuê; foto: Elisa Correa
N
ão é difícil imaginar como surgiu o pudim de claras. Os confeiteiros portugueses, ensandecidos por gemas, não podiam ficar esbanjando, jogando fora o restante dos preciosos ovos. Então, por que não aproveitar as claras para fazer outro doce delicioso? Batê-las com açúcar já era o suficiente para arrancar suspiros. Não deve ter demorado até alguém arriscar a assar essa mistura. Pronto: se a humanidade ainda estava longe de inventar o avião, ao menos já podia degustar nuvens. Quem se perde nesses devaneios líricos, entre uma colherada e outra, pode se assustar ao descobrir o nome pelo qual a sobremesa é chamada em Portugal – pudim molotov. Acompanhe o raciocínio, que pode ser um bom papo para jogar fora ao provar essa maravilha na companhia de um amigo curioso. Diz-se que o nome original do doce era Malakoff, em homenagem ao general francês Aimable-Jean-Jacques Pélissier, o duque de Malakoff, que lutou na Guerra da Crimeia, na década de 1850. Porém, após a II Guerra Mundial, ganhou notoriedade outro estrangeiro de nome parecido: o político soviético Vyacheslav Molotov – celebrado pelos criadores da bomba de fabricação caseira conhecida como coquetel molotov. Nessa salada de sobrenomes, as pessoas simplesmente confundiram um com o outro, e o pudim foi rebatizado. Digressões etimológicas à parte, o pudim de claras, seja lá como você prefira chamá-lo, nada tem de destrutivo, belicoso ou explosivo. É pura maciez, como se você deitasse sua língua na mais confortável das camas, coberta pela melhor seda. Quer experimentar essa sensação agora mesmo? 22 REVISTA SORRIA
RECEITA
PUDIM DE CLARAS INGREDIENTES: • 10 ovos • 1 pitada de sal • 2 xícaras de açúcar
PARA O CARAMELO: • 3/4 de xícara de açúcar • 1/4 de xícara de água MODO DE FAZER:
1
Comece pelo caramelo. Preaqueça o forno a 150 oC (temperatura baixa). Dissolva o açúcar na água e transfira a mistura para uma fôrma de cerca de 24 centímetros de diâmetro com um furo no meio. Leve a fôrma ao fogão, em fogo baixo, sem mexer, por cerca de 10 minutos, até que a calda
Para decorar, use calda de açúcar em ponto de fio resfriada em formato de rabiscos sobre um tapete de silicone
engrosse e fique levemente dourada. Gire a fôrma para que o caramelo se espalhe por toda a parte interna.
levemente na lateral da fôrma, para assentar bem a mistura, o que garante uma textura uniforme.
2
4
3
5
Quebre os ovos, um a um, e separe as claras das gemas. Leve as claras à tigela da batedeira. Bata-as em velocidade baixa, acrescentando a pitada de sal. Quando começar a espumar, aumente a velocidade. Bata por entre 10 e 15 minutos, até ficar bem firme. Sem desligar a batedeira, acrescente o açúcar aos poucos e deixe bater por mais 10 minutos. Aos poucos, usando uma colher, transfira as claras batidas para a fôrma caramelizada. Coloque uma primeira camada, alise-a com as costas da colher e bata
Coloque a fôrma dentro de uma assadeira com água recém-fervida e leve ao forno, para assar em banho-maria. Asse em fogo baixo (180 ºC) por cerca de uma hora, até que o pudim fique bronzeado. Ele vai crescer bastante, mas não se preocupe: voltará ao tamanho normal quando sair do forno. Retire a fôrma do forno e aguarde 5 minutos. Passe uma faca entre o pudim e a parede da fôrma, para ajudar a soltá-lo. Desenforme em um prato de borda alta. Espere esfriar e leve à geladeira. MAI/JUN 2016 23
VALORES ESSENCIAIS
reportagem PAULA SEMER ilustração BERNARDO FRANÇA
QUANDO VOCÊ PENSA EM UM ADOLESCENTE TÍPICO, O QUE VEM À SUA MENTE? ALGUÉM PREGUIÇOSO E PREOCUPADO COM COISAS BANAIS? OU UM JOVEM EMPENHADO EM PROJETOS QUE FAZEM A DIFERENÇA PARA O MUNDO? SE VOCÊ APOSTA NA SEGUNDA OPÇÃO E QUER TER RAZÕES PARA ACREDITAR NELA, VAI GOSTAR DE LER ESTA MATÉRIA! 26 REVISTA SORRIA
ficialmente, a adolescência é definida pela Organização Mundial da Saúde como o período que compreende a segunda década de vida, dos 10 aos 20 anos. Qualquer indivíduo que tenha sobrevivido às turbulências e angústias juvenis, no entanto, há de concordar que o começo e o fim dessa conturbada fase da existência são momentos muito pessoais. Vera Zimmermann, psicanalista do Instituto Sedes Sapientiae, usa um ponto de interrogação para descrevê-la. “Em algum momento de nossas vidas, precisamos responder à pergunta clássica frente a qual somos colocados, sorrateiramente, consciente ou inconscientemente, desde a infância, e que vai se definindo em uma frase simples: Qual é a sua? Respondê-la constitui-se na principal tarefa da fase que chamamos de adolescência”, afirma a especialista, em artigo publicado na Revista do Sul. A busca por essa resposta é totalmente influenciada pelo ambiente em que crescemos – imagine, por exemplo, quantas diferenças podem haver entre uma adolescência vivida sob uma ditadura e outra experimentada na democracia, em época de estabilidade política e econômica. Não à toa, os pesquisadores nos classificam em gerações. “Uma geração pode ser compreendida em um período de dez anos, por exemplo, mas também cessa quando processos econômicos e culturais tornam o sistema anterior sem significado”, afirma Sandro Bortolazzo, doutor em educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O acadêmico destaca que quem tem entre 10 e 20 anos hoje, a chamada geração Z, nasceu em um mundo cercado de tecnologia e está mais do que familiarizado
com os recursos digitais. É o adolescente que navega na internet com a televisão ligada enquanto faz o dever de casa. Por um lado, isso pode contribuir para a falta de foco. Por outro, garante a velocidade e a destreza que muitos adultos jamais vão alcançar. Sandro, que conduziu um estudo sobre os efeitos do uso das novas tecnologias, explica que não dá para tachar a internet de heroína nem de vilã. “O debate é polarizado entre aqueles que fazem alegações alarmistas e os defensores, mas o fato é que não se tem uma conclusão definitiva. Os impactos ainda não comprovam nada em específico”, afirma o pesquisador. Embora muita gente prefira ressaltar o lado negativo, não há como negar que quem nasceu a partir de 1996 tem uma capacidade de adaptação enorme – o que é fundamental em um mundo que se transforma tão rapidamente. Quem convive diretamente com os adolescentes da geração Z também percebe outra característica muito bem-vinda: a motivação em se engajar em ações transformadoras. É o caso de Paulo Farine, do Instituto Elos, de Santos (SP), que realiza projetos de empoderamento juvenil. “Um diferencial que percebemos na juventude de hoje é a predisposição para se envolver em algo que seja maior do que si mesmo. É uma geração que se engaja de forma colaborativa, unindo o prazer de estar com os amigos numa iniciativa de transformação”, observa. Duvida que os adolescentes de hoje estejam com essa bola toda? Então, confira quatro histórias inspiradoras que vão te encher de esperança em relação a essa geração – que já começou a redefinir os rumos da humanidade. MAI/JUN 2016 27
VALORES ESSENCIAIS 1
“Luiz Gonzaga teve uma história sofrida. Admiro sua trajetória, por isso quero representar a vida do sertanejo.” PEDRO LUCAS FEITOSA, 10 ANOS, DO CRATO (CE), FUNDOU UM MUSEU SOBRE O REI DO BAIÃO
Aos 7 anos, Pedro Lucas criou um museu. O local celebra seu grande ídolo, que o menino conheceu em uma festa junina, quando escutou pela primeira vez uma música de Luiz Gonzaga. Naquele dia, voltou para casa cantarolando Asa Branca. Sua tia, ao perceber o gosto do sobrinho, deu a ele um mp3 player recheado com canções do rei do baião. O encanto aumentou quando o pai de Pedro Lucas o presenteou com uma visita-surpresa ao Museu do Gonzagão, em Exu (PE), cidade natal do artista. O passeio inspirou o garoto a reunir objetos antigos que retratassem o universo do músico. Para abrigar o acervo, aproveitou a casa vazia da falecida bisavó. Assim, em 2013, inaugurou seu Museu do Luiz Gonzaga. Em um vídeo no YouTube, ele faz um tour pelo espaço, mostrando cada peça: discos, máquina de escrever, moedas, pilão – tudo obtido por 28 REVISTA SORRIA
meio de doações. Nada pertenceu de fato ao homenageado: “O que tenho aqui é uma representação da vida do sertanejo”, explica o menino. O item mais curioso, em sua opinião, é um tabaqueiro, uma espécie de isqueiro feito com chifre de vaca. Com a ajuda do jornalista Ronuery Rodrigues, amigo da família, Pedro Lucas tem planos de criar a rádio Asa Branca, com canções de Luiz Gonzaga, e a Fundação Maria Feitosa da Silva – que leva o nome de sua bisavó –, para ensinar meninos e meninas a tocar sanfona. “Meu sonho é ter uma de verdade. Para tocar e para mostrar no museu.” Como de manhã o garoto estuda – cursa o sexto ano, em uma escola municipal –, o melhor horário para fazer uma visita guiada no museu é à tarde. O que ele mais quer é ver o espaço sempre lotado: "Vale a pena vir conhecer!", convida.
2
“Faço algo bem pequeno. Mas, se todo mundo contribuir, podemos mudar a realidade de algumas pessoas.”
© Fotos: 1 Wagner Pereira, 2 Marcus Steinmeyer
STELLA MIGLIANO, 12 ANOS, DE LIMEIRA (SP), CRIOU UMA FEIRA DE TROCA E DOAÇÃO DE BRINQUEDOS
Stella, de 12 anos, quer ser presidenta do Brasil. Num caderno, vai anotando as leis que pretende criar. Uma delas determina que não devem existir as classes econômicas alta e baixa, apenas a média. Essa preocupação social começou a pipocar na sua cabeça quando a menina tinha apenas 8 anos: levada pela mãe, que trabalha com direitos humanos, ela foi conhecer o assentamento Elizabeth Teixeira, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Limeira (SP), onde mora. Ao ver a situação das crianças do local, a garota pensou em organizar uma campanha de doação de livros e brinquedos. “Elas não têm nenhum acesso à cidade. Queria levar algo para elas. E também mostrar o MST à população, porque as pessoas têm uma visão bem preconceituosa do movimento”, explica.
Empolgada com a ação, Stella logo tratou de ampliá-la. Em 2013, além de arrecadar doações, promoveu uma feira de troca de brinquedos, com a ideia de conscientizar as pessoas do problema do consumismo. Quando o Dia das Crianças se aproxima, ela divulga o evento no Facebook e nos meios de comunicação da cidade, e já vai recolhendo as doações. No dia da feira de troca também é possível doar. Depois, tudo o que foi arrecadado é levado ao assentamento. A última edição da feira, em 2015, reuniu cerca de 200 pessoas em um parque de Limeira. “É uma alegria inexplicável ver as crianças recebendo os brinquedos. Elas ficam esperando ansiosas”, conta. Este ano, o evento chega à quarta edição. “Fico animada de ver que está fazendo sucesso e gostaria que mais gente entendesse o recado da feira.” MAI/JUN 2016 29
MANUAL PRÁTICO VIDA FELIZ PASSO A PASSO
Como organizar a minha vida
FINANCEIRA? Enrolar-se ao tentar administrar o próprio dinheiro é comum – principalmente em tempos de crise. Hoje, no Brasil, quase 30% da população está endividada. Esse é o seu caso? Confira algumas dicas para conseguir sair do vermelho
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RENEGOCIE AS DÍVIDAS Você está devendo ao banco? Vá à agência, converse pessoalmente com o gerente e renegocie a dívida. Dá para conseguir um ótimo abatimento. Ao trocar o cheque especial por um empréstimo pessoal, por exemplo, é possível reduzir significativamente os juros. Também vale comparar as condições com as oferecidas por outros bancos. Precisa de ajuda? O Idec (www.idec.org.br) orienta sobre os direitos e deveres dos endividados. E o Procon do seu estado pode intermediar a negociação com os seus credores.
reportagem MARIANA ZYLBERKAN ilustração FIDO NESTI
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MAPEIE OS GASTOS
USE A TECNOLOGIA
A sensação recorrente de que o dinheiro não é suficiente para chegar até o fim do mês gera estresse e ansiedade. Para ter melhor qualidade de vida, é essencial entender as finanças pessoais. Monte uma planilha com todos os seus gastos, sem exceção – inclua até despesas pequenas, como um cafezinho. Organize os débitos por categorias, como alimentação, transporte e lazer. Assim, você vai saber exatamente para onde seu salário está indo e poderá tomar decisões conscientes sobre como economizar.
Quer tornar a tarefa de organizar as finanças mais prática e divertida? Use aplicativos para celular criados especialmente para esse fim. O Money Wise, por exemplo, ajuda a registrar entradas e saídas de valores, gerando gráficos e tabelas automaticamente. Outros apps de funcionamento semelhante – todos gratuitos – são o Money Lover e o Minhas Economias. Prefere usar uma planilha do Excel? No site do Idec você pode baixar um modelo, gratuitamente: bit.ly/idec_planilha.
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EU FIZ
REVEJA AS DESPESAS Após ter o mapa completo de quanto e com o que você está gastando, é hora de decidir onde economizar. Para você ter uma ideia, especialistas calculam que os gastos fixos (moradia, transporte, educação, saúde e alimentação) devem absorver, idealmente, até 50% de sua renda. E o restante precisa ser utilizado com muita sabedoria. Em épocas de vacas magras, vale repensar questões como o plano de telefonia do celular, a academia, a TV a cabo e idas a bares e restaurantes, por exemplo.
“RENEGOCIEI A DÍVIDA E FIZ CURSOS SOBRE FINANÇAS” Em 2010, entrei no financiamento de um carro mesmo sem ter condições. Em 2012, quando me casei, estourei ainda mais a conta ao parcelar os gastos da festa. A solução foi renegociar a dívida no banco: quitei o débito de R$ 12 mil pagando SS PA O
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FAÇA UMA POUPANÇA Especialistas indicam que cerca de 30% da renda mensal deve ser poupada. O ideal é separar essa quantia logo que o salário cair na conta – informe-se no seu banco sobre como programar depósitos mensais automáticos. A poupança é o investimento mais simples, mas, dependendo do momento econômico, pode render abaixo da inflação (como ocorreu em 2015). Outras opções, como o CDB, podem ser tão seguras e mais rentáveis. Fale com o gerente do seu banco ou procure uma agência de investimentos.
R$ 5 mil à vista. Para não repetir os erros, passei a fazer cursos de coaching financeiro. Hoje, controlo os gastos em planilhas e faço investimentos. Douglas Queiros, 29 anos, São Paulo
“ENCONTREI A SAÍDA AO FREQUENTAR OS DEVEDORES ANÔNIMOS” Eu fazia gastos desnecessários sem perceber que não eram inofensivos. Também emprestava mais dinheiro
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OBTENHA BENEFÍCIOS Vá atrás das vantagens que você pode ter ao decidir fazer uma compra. Se você possui cartão de crédito, pode participar dos planos de fidelidade oferecidos pelas operadoras. A cada compra, você obtém pontos que, acumulados, podem ser convertidos em passagens aéreas ou em descontos na aquisição de produtos. Outra dica é resgatar parte do imposto embutido no valor das compras, por meio de programas como o Nota Fiscal Paulista, o Nota Carioca, o Nota Fiscal Gaúcha e o Nota Paraná.
do que podia ao meu pai e a uma amiga. Quando percebi, estava com R$ 23 mil negativos. A situação só mudou quando comecei a frequentar o grupo dos Devedores Anônimos. Controlei os empréstimos, quebrei meus cartões de crédito e passei a comprar só quando tinha dinheiro. Dulce (nome trocado a pedido da entrevistada), 44 anos, São Paulo
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