Revista Sorria #06

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este valor, descontados os impostos, ĂŠ 100% revertido para o

* 6 jan/fev 2009


conhecer

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gente que faz a diferença

Vai um empurrãozinho? Um supermercado do interior da Bahia prova que as empresas não precisam esperar pela pressão dos clientes para adotar a responsabilidade social. Mesmo pequenas, elas podem tomar a iniciativa – e começar um movimento para transformar sua comunidade texto S i m o n e C u n h a

foto D a n i e l a T o v i a n s k y

É NUMA PEQUENA REDE de supermercados da cidade de Jequié, na entrada da caatinga baiana, que se desenvolve um dos melhores projetos de responsabilidade social do varejo brasileiro. O reconhecimento veio da Fundação Getulio Vargas (FGV), que em outubro de 2008 concedeu o prêmio Responsabilidade Social e Sustentabilidade no Varejo, na categoria Média Empresa, a um filho da terra, os supermercados Cardoso. A grande figura por trás desse feito é Márcio Cardoso, diretor comercial da rede, uma empresa familiar com três lojas e 500 funcionários. O projeto premiado acena com recompensas palpáveis para estimular os clientes a reciclar o lixo. Quem compra no Cardoso ganha um cupom para participar do sorteio de um vale-compras. Mas o prêmio só tem validade se o sorteado for um doador da cooperativa de catadores local. No segundo ano da campanha, iniciada em 2005, a mobilização de mais de 4 mil clientes quase triplicou a produtividade da cooperativa. E esse é só um dos projetos implantados por Márcio: a rede Cardoso também estimula o comércio de produtos locais e a doação de sangue. Quem acha que Márcio lançou essas campanhas por pressão da população ou da concorrência se engana. Ele acredita que as empresas podem aprimorar a sociedade. E não se trata de altruísmo: agindo assim, as companhias também se beneficiam, tanto pela criação de uma boa imagem quanto pela melhoria da comunidade em que estão inseridas. Na entrevista a seguir, Márcio conta como percebeu isso.


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Sorria* – Qual foi o primeiro projeto social que você implantou? Márcio – Em 2003, eu propus ao meu pai [Armando Cardoso, dono da rede] que trocássemos o tradicional sorteio do carro na promoção de Natal pela doação de cestas básicas a vinte instituições de caridade – os clientes escolhiam suas preferidas por meio de cupons. Emplacou. As pessoas se mobilizaram muito, porque as entidades fizeram o boca-aboca. Mas percebemos que isso era assistencialismo, não mudava nada. E qual foi o caminho para fugir do assistencialismo? Márcio – Passamos a desenvolver projetos nas três esferas da sustentabilidade: econômica, social e ambiental. Na ambiental, temos essa coleta seletiva de lixo premiada pela FGV. No começo da campanha, entre setembro de 2005 e fevereiro de 2006, a cooperativa recolheu 60 mil quilos de material reciclável, no valor de 10.640 reais, o que gerou uma renda média, extra, mensal, de 86 reais por catador – para eles, isso significa muito. Atraímos os cidadãos com a premiação, e assim ajudamos a criar um hábito. Depois de doar pela primeira vez, torna-se mais fácil manter o costume. Recebemos recicláveis nas lojas o ano todo. Os funcionários também doam. Na esfera social, você implantou a campanha de doação de sangue. Como surgiu a idéia? Márcio – Meu pai precisou fazer uma cirurgia e vimos que o banco de sangue da cidade estava vazio. Começamos a campanha com os funcionários e depois ampliamos para a comunidade. Primeiro, aqui dentro, quem conseguisse mobilizar mais pessoas para doar sangue ganhava uma cesta básica. Um co-

“Atraímos os cidadãos com premiações, e assim ajudamos a criar um hábito, a mudar uma cultura. Depois que você age pela primeira vez, torna-se mais fácil manter o costume” laborador trouxe 21 doadores em uma semana. Hoje, a cidade não tem mais falta de sangue. As pessoas chegam a vir no supermercado antes de ir ao hemocentro. Temos um cadastro dos nossos funcionários – cerca de 70% deles doam – e, se for o caso, a pessoa já carrega o doador para o hospital. Em épocas de campanha, o banco do município fica lotado. No verão passado, chegamos a “exportar” sangue para Salvador. E como funciona o estímulo ao comércio de produtos locais? Márcio – Há pouco lançamos uma linha de produtos exclusivamente da região de Jequié, com o selo Produto da Terra. São biscoitos, polpa de frutas, hortifrúti, produtos de higiene, perfumaria e limpeza... O objetivo é desenvolver a economia local. Temos parceria com oitenta fornecedores dos arredores. A idéia é criar um diferencial competitivo em relação aos outros itens e conscientizar a população do valor dos produtos regionais. Ainda faremos uma avaliação da aceitação, mas é perceptível que, quando os clientes identificam que o produto é da terra, eles dão preferência. Qualquer empresa pode realizar projetos como esse? Mesmo as pequenas? Márcio – Sim. Não depende do porte, do segmento, se está em um grande centro ou no interior. Redes de varejo têm uma vantagem pela grande capilaridade, o que as torna parte da vida do consumidor no dia-a-dia. Pelo menos uma vez por

semana, o cliente vai ao supermercado, e esta presença faz com que a gente consiga se aproximar dele e transformá-lo. E é preciso investir muito dinheiro para realizar um bom projeto? Márcio – Não. No Natal, por exemplo, a gente sorteava um carro que custava 25.000 reais. O sorteio das cestas básicas ficou em torno de 11.000 reais. Ou seja, reduzimos o valor que gastávamos e ainda tivemos um resultado melhor. Qual é o retorno financeiro que essas campanhas geram ao Cardoso? Márcio – A gente teve crescimento de vendas, até porque as campanhas são seguidas por estratégias comerciais. Nas campanhas para a doação de cestas básicas, por exemplo, se a população de um bairro queria que a sua região ganhasse, vinham comprar no Cardoso. A imagem da empresa também vai mudando pra melhor, aos poucos. Então, preocupar-se com as pessoas e o planeta é um bom negócio... Márcio – A gente vive num sistema em que há dependência de todas as partes. A empresa depende da sociedade, por isso nada mais justo que contribuir para a sua transformação. Tem uma frase do livro O Bom Negócio da Sustentabilidade, de Fernando Almeida, que explica bem isso: “Não existem bons negócios em uma sociedade falida”. Não se trata apenas de gerar lucro, mas de contribuir para o desenvolvimento local.


trabalhar

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para viver melhor

Com quantas

prof issões se faz uma carreira De engenheiro para cozinheiro, de advogado para cineasta. Mudar de profissão é uma aventura em que cada vez mais gente embarca. Saiba por que isso é possível, faz bem e é até valorizado no mercado. Já fez seu teste vocacional hoje?

texto S i m o n e C u n h a

ilustração R a f a e l S i c a


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FABÍOLA MEDEIROS TINHA 32 anos e tra-

balhava como relações-públicas na única multinacional de Alfenas, em Minas Gerais. Casada e com dois filhos, era exemplo de mulher de sucesso. Gustavo Brusca, aos 47 anos, era gerente de produtos de uma indústria têxtil de São Paulo, ditava tendências desenvolvendo tecidos, estampas e fios e ganhava um salário de alto padrão. Em comum, também tinham a certeza de que estavam insatisfeitos com sua profissão. Caminhavam a passos largos, mas não para onde queriam. Era preciso parar e recomeçar a trilha – em novo rumo. Há cinco anos,Fabíola largou a carreira empresarial dos últimos quinze para se tornar fotógrafa autônoma. Ela tinha certeza de que era o que queria e de que tudo daria certo – ao contrário da vizinhança de Alfenas.“Fui tachada de louca. Diziam ‘por que uma mulher com dois filhos larga um bom emprego pela fotografia?’”, relembra. Oras, porque queria mais tempo com as crianças, menos burocracia, mais criatividade e voltar a aprender – coisas que não tinha naquela vida. Gustavo também deixou o design, há pouco mais de um ano, para abrir o próprio bistrô. Ganha quatro vezes menos, trabalha quatro horas a mais por dia, mas está bem mais feliz do que com o emprego anterior. Histórias como essas já não são meras exceções. Cada vez mais gente busca uma carreira mais condizente com seus valores e vontades, mesmo que só descubra qual é ela no meio de uma vida profissional já estabilizada e aparentemente bem-sucedida. Se, há poucas décadas, a regra era trabalhar a vida inteira na mesma empresa até se aposentar, hoje o conceito perde adeptos. Uma pesquisa entre homens norte-americanos mostrou que, em 1983, eles ficavam, em média, até quinze anos no mesmo emprego. Hoje, esse tempo não passa de dez anos, segundo o Ministério do Trabalho dos EUA. “A estabilidade e a segurança perderam a importância que tinham antigamente”, explica o professor de sociologia da Universidade de São Pau-

Fabíola e Gustavo largaram o emprego estável e arriscaram tudo em novas profissões. Ele trabalha mais e ganha menos. Ela demorou anos para recuperar o padrão de vida. Mas estão, enfim, felizes lo Álvaro Comin.“No atual modelo, a gente tem mais insegurança, mas também mais espaço para a individualidade.” Qualidade de vida e liberdade ganharam espaço entre critérios tradicionais como status, dinheiro e estabilidade na hora de escolher uma carreira. Trata-se de passar a desejar um emprego que permita mais satisfação, diversão, tempo livre ou flexível, ou até a possibilidade de viajar e morar onde quiser.

O peso da frustração Gustavo, depois de abrir seu restaurante e tornar-se empreendedor, deu fim a trinta anos de frustração como gerente de indústria. Mesmo trabalhando mais, faz isso vibrando. E jura que mal vê a hora passar. “As pessoas tendem a achar que só trabalhando menos é possível ser mais feliz. Mas não é o tempo que define se você vai ficar estressado”, diz Gustavo. “A felicidade e o trabalho têm de andar juntos. Em dezessete anos de clínica, vejo que não há outra solução”, diz o psicoterapeuta e consultor profissional Leonardo Fraiman. “Se você está insatisfeito e acha que é difícil mudar, pense em como é não mudar. Garanto que é muito mais difícil”, diz. A idéia é a seguinte: se fazer uma reviravolta na vida profissional é complexo, envolve riscos financeiros, incertezas e medos, não se pode deixar de colocar na balança a energia despendida para continuar a viver frustrado. Quem disse que ser infeliz é mais fácil? Fora que o esforço para se conformar com o que não faz bem acaba embaçando a visão na busca por novos caminhos. No caso de Fabíola, que vivia insatisfeita e já gostava de fotografar desde que

começou a clicar o primeiro filho, a clareza demorou nove anos para chegar. Foi o tempo necessário até que ela descobrisse e assumisse que era nos flashes que estava seu prazer. “Achei que essa satisfação viria de longe. Me distraí e não percebi que estava esse tempo todo ao meu lado”, afirma. Quando ela viu, precisou ter coragem para fazer os ajustes que a nova jornada exigia. Vendeu carro, móveis e tudo o que conseguiu para custear a mudança da casa de 450 m² para um apartamento de um quarto, com sala e cozinha conjugadas, em Ribeirão Preto, onde tinha família. Levou os dois filhos, mas o casamento não agüentou a transformação.

Nada se perde... Aos poucos, as coisas foram voltando aos eixos. Um ano depois, Fabíola reatou com o marido. Mais outro ano – depois de rodar o país divulgando seu trabalho e montando uma rede de contatos e clientes – e ela já estava conseguindo pagar as contas, sem precisar mais viver da rescisão contratual.“Consegui me dar bem rápido porque usei as armas que sempre tive, como a capacidade de aglutinar pessoas e a criatividade.” Se nos tempos de relaçõespúblicas ela organizava eventos e comandava equipes, hoje organiza palestras e seminários para fotógrafos que buscam estilo próprio. E consegue sucesso em sua atividade preferida, que é mesmo fotografar gente para books e editoriais, criando e dirigindo as cenas. O exemplo mostra que mudar de emprego não é jogar fora nem ver como tempo perdido o trabalho anterior.Longe disso. “É a mudança de paradigma que estamos vivendo no mercado. Antes, pessoas com


crescer

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valores que mudam a vida

texto N i n a W e i n g r i l l e R o b e r t a F a r i a ilustração A d r i a n a K o m u r a

AMAR É... APRENDER A CONVIVER E A CULTIVAR LAÇOS SEM SE ENTEDIAR, COMO KINUYO E TAKASHI


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© Daniela Toviansky

AMOR NÃO É ALGO em que se acredite ou

não. O sentimento mais forte que podemos ter por alguém é, antes de tudo, o princípio das relações humanas. Por amor, nos dispomos a cuidar e proteger uns aos outros. Com ele, criamos vínculos capazes de superar diferenças e distâncias, de vencer o peso do tempo e do cansaço. O amor que recebemos — da família, dos amigos, das paixões, de nós mesmos — nos torna mais fortes, equilibrados, generosos e felizes. O amor que doamos também. Por amor, arriscamos no incerto e acreditamos no futuro. É o amor que nos inspira a dar o melhor de nós e a esperar o melhor para os outros. Sob seus efeitos, perdoamos, mudamos, fazemos escolhas, amadurecemos. Mas se o amor é universal, a forma como o transformamos em relacionamentos é particular: cada um tem a sua, fruto de sua história, do seu tempo, da pessoa ao lado. Enquanto na família ou entre as amizades encaramos o amor de forma tranqüila e espontânea, tudo muda quando se trata do sentimento praticado a dois. E andamos por terreno inseguro, influenciados por histórias românticas, cheios de dúvidas sobre o certo e o errado, o que queremos e o que precisamos, o que esperamos e o que estamos dispostos a dar.

Visto assim, amar é simples e natural. Relacionamentos, não. “Porque envolvem mais do que um sentimento: dependem também de convivência, de autoconhecimento, de companheirismo, sedução... e mais uma lista particular e infinita de necessidades”, diz Thiago de Almeida, especialista em relacionamentos do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP). Não é à toa que contos de fadas e filmes românticos terminam com“felizes para sempre” depois do grande beijo do casal. O que vem daí pela frente é um mistério: não há fórmulas para o amor funcionar, porque cada relação é única — e, a despeito de expectativas e esforços, carrega o peso das coisas que não controlamos, como os sentimentos e as vontades do outro. Essas questões são recentes. Por 500 anos, nossa sociedade não viu o amor como requisito para a realização pessoal, conta a historiadora Mary Del Priore, autora de História do Amor no Brasil. A prioridade era casar para garantir a segurança econômica. Por influência da Igreja, o prazer era malvisto. As famílias controlavam as relações dos filhos como se fossem negócios. A liberdade só foi acenar nos anos 1960, quando revoluções culturais mudaram o papel da mulher e alteraram a escala de valores da sociedade, dando preferência à satisfação individual no lugar de fazer as coisas por mera obrigação. Desde então, esses conceitos se fortalecem a cada geração.

O melhor exemplo dessa transformação é a nossa própria história. Há 100 anos, sua avó acreditava que era preciso casar virgem — e aquelas que não seguissem a regra seriam rejeitadas. Hoje, o inverso é muito mais comum. Você não precisa mais envelhecer com alguém que lhe chateia: pode se separar e casar quantas vezes quiser. Ou pode ficar solteira — e, ao contrário do que aconteceu com aquela sua tia, é provável que os amigos com aliança no dedo lhe olhem não com pena, mas com invejinha. Se der na telha, pode namorar várias pessoas. Pode amar alguém do mesmo sexo e contar para todo mundo. Pode falar sobre o que sente e mudar de idéia. Se deixa de ser uma obrigação, o amor fica à mercê das nossas escolhas, e cabe a cada um decidir o melhor para si. O que é maravilhoso. E muito mais complexo.

...Saber viver Kinuyo e Takashi Uemura aprenderam que o amor é uma escolha que se faz todos os dias. À primeira vista, o casamento deles parece à moda antiga: são 27 anos de uma união que é modelo para o resto da família. Mas nada foi arranjado. Kinuyo era uma menina de 9 anos quando conheceu e se apaixonou por Takashi, o primo dez anos mais velho que nem reparava nela. Adultos, tornaram-se amigos e namoraram outras pessoas. Até que Takashi a convidou para sair. “Não levei a sério, porque sempre saíamos.


comer

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sabores que confortam

Minha terra tem

bananeiras E são nanicas, da-terra, ouro, prata. Tem até banana com nome de maçã. Todas dão em receitas que adoçam com sutileza o que é salgado e enriquecem ainda mais o que já é doce texto M a r c e l a D i a s

foto D a n i e l a T o v i a n s k y

produção culinária L u c y S i l v a


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BOLO DE BANANA CARAMELADA A surpresa dessa tradicional receita fica

MODO DE PREPARO

invertido exibe o brilho das bananas em

açúcar, mexendo até caramelar. Despeje a

para o final. Quando desenformado, o bolo

Em uma panelinha, aqueça uma xícara de

caramelo, como na foto da página ao lado

água deixando escorrer pela borda da panela

INGREDIENTES “EM SE PLANTANDO , tudo dá.” Assim é o

quintal do farmacêutico Edson Pereira de Souza Leão, na pequena cidade de Arealva, no interior de São Paulo. Assim, do mesmo jeito que o Brasil pareceu aos olhos do descobridor Pero Vaz de Caminha, o autor da frase célebre e com 500 anos de história. Edson já colheu mandioca, milho, alho, abacaxi, tudo num pedaço de terra de 600 metros quadrados. Mas, há quase dez anos, são as bananas que dominam o terreno. “Dá gosto ver o bananal todos os dias”, diz o vovô Edson, de 77 anos, encantado em meio a tanto verde e amarelo. E quem não se encanta com a simpatia da banana? Fruta bonita e engraçada, amarela com pintinhas pretas. Barata, comum em qualquer quitanda e ainda fácil de comer – basta descascar com as mãos e pronto. É variada: tem banana-da-terra, nanica, ouro, prata, maçã – todas saem do quintal do seu Edson. É uma fruta tão nossa... que fica difícil imaginar que não seja nativa daqui. Ela tem origem asiática, chegou ao Brasil pela África e só então ficou. Encontrou solo fértil e panelas apuradas de cozinheiras como a vó Lourdes, mulher do seu Edson. Ela ajuda o marido na colheita, e toda semana tem cacho novo. O maior de todos, ele fez questão de contar: 336 bananas! “Tirei até foto para guardar de recordação”, conta, orgulhoso. Enquanto isso, Lourdes leva as bananas para a cozinha e as transforma em bolos, doces, farofa, mingau.Ainda assim, sobram cachos e mais cachos, distribuídos aos cinco filhos, à penca de quinze netos, e pela cidade, da creche ao hospital. Na mão da afamada cozinheira da cidadezinha, Conceição Lopes Lenharo, essas bananas, de qualquer tipo, viram ouro. São dela, e de Lourdes, as receitas a seguir, generosas como seu Edson. E como a terra no quintal da pequena Arealva.

• 2 xícaras de açúcar

• 1/3 de xícara de água fervente

• 3 bananas nanicas cortadas ao meio, no sentido do comprimento • 3 ovos

• 1/2 xícara de leite

• 1 colher (chá) de essência de baunilha • 100 g de manteiga em temperatura ambiente

• 1 1/2 xícara de farinha de trigo

• 1 colher (sopa) de fermento em pó

COMPOTA DE BANANA

e mexa para não empelotar. Ferva por alguns minutos, mexendo sempre, até formar uma

calda lisa. Transfira para uma fôrma de 24 cm de diâmetro, cobrindo o fundo e as laterais. Distribua as fatias de banana no fundo.

Reserve. Em uma tigela, bata os ovos com o

leite, a baunilha e o açúcar restante. Junte a manteiga, a farinha e o fermento e misture até ficar homogêneo. Espalhe na fôrma e

leve ao forno pré-aquecido, em temperatura alta, por 40 minutos. Deixe esfriar por cinco minutos e desenforme.

Receita de Lourdes Possato Leão

Sirva geladinha, acompanhada de sorvete

novamente ao meio. Em uma panela

contrasta com o doce da calda

até cobrir o fundo. Polvilhe um pouco do

de creme. O azedo do suco de laranja

INGREDIENTES • 12 bananas-da-terra • 1 kg de açúcar

• 1 colher (sopa) de canela em pó • 10 cravos-da-índia • Suco de 2 laranjas MODO DE PREPARO Descasque as bananas, corte-as ao meio no sentido do comprimento e depois

BANANINHA

Coma ainda morna. Assim, a textura se assemelha à do brigadeiro de colher INGREDIENTES • 12 bananas nanicas • 1 copo de água

• 1 copo de açúcar refinado • 1 copo de açúcar cristal

• 1 colher de sopa de canela em pó MODO DE PREPARO Descasque as bananas e pique-as em

rodelas. Coloque-as em uma panela de

grande, disponha uma camada de bananas açúcar e da canela. Repita essa montagem quantas vezes forem necessárias até usar todas as bananas, o açúcar e a canela.

Cubra com água e leve ao fogo baixo, com

a panela destampada, durante duas horas.

Não é preciso mexer. Quando o doce ganhar uma calda grossa e as bananas estiverem molinhas (mas não se desmanchando),

desligue o fogo, junte o caldo de laranja

e os cravos. Espere esfriar e leve à geladeira. Receita da doceira Conceição Lopes Lenharo

fundo grosso, junte a água e leve ao fogo médio. Quando a água começar a secar,

acrescente o açúcar refinado e a canela e

reduza o fogo. Mexa sem parar. A mistura

vai ganhando aos poucos um tom douradoescuro. Quando começar a desgrudar do fundo da panela, desligue o fogo. Unte

com manteiga uma superfície de mármore e despeje o doce. Quando estiver morno, corte em quadradinhos e molde-os no

formato que desejar. Por último, empane as bananinhas no açúcar cristal.

Receita da doceira Conceição Lopes Lenharo


este valor, descontados os impostos, ĂŠ 100% revertido para o

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