Revista Sorria #18

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este valor, descontados os impostos, é 100% doado para os projetos do ajude mais!

*18 fevereiro/março 2011

Agora, comprando Sorria , você contribui também com a educação :)

Realização:


cuidar

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nosso mundo, nossa vida

Se todo o mundo consumisse como os norte-americanos, seriam necessárias mais de quatro Terras para suprir a demanda.

As reservas do mineral índio, usado em TVs, podem se esgotar em 2028. E as de cobre, utilizado em fios elétricos, em 2044.

bia, antes do desafio: Quando ela foi criar a lista de objetos que poderia usar na experiência, teve uma surpresa

A humanidade já consome 30% a mais do que a Terra consegue repor. Será preciso criar limites de compra por pessoa?


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texto

B e a t r i z To r r e s , e m depoimento a Bruno Moreschi ilustração A n d r é R o d r i g u e s fotos M a r c e l o T r a d

Meu nome é Beatriz, mas podem me chamar de Bia. Tenho 26 anos e trabalho no setor de atendimento da Editora MOL, onde a Sorria é produzida. No fim do ano passado, o pessoal da revista teve a ideia de fazer uma matéria sobre o dia a dia de alguém que decidisse viver um mês com apenas 100 objetos. Todos acharam a proposta ótima. Só faltava definir quem enfrentaria o desafio. Sem pensar muito, levantei o braço. Só então veio o receio: será que eu iria conseguir? As regras eram simples. Entre meus pertences, eu deveria fazer uma relação de 100 itens que seriam os únicos que eu poderia usar entre 10 de novembro e 10 de dezembro. Para aliviar, não seriam levados em conta objetos de uso compartilhado com outros moradores da minha casa (meus pais), como móveis e utensílios de cozinha. Ou seja: eu poderia usálos, sem incluí-los na lista. O mesmo valeria para bens não duráveis, como sabonete, detergente e papel higiênico. Mas, depois dessas bondades, veio um detalhe assustador: as peças de roupa deveriam ser, no máximo, dez, incluindo acessórios, roupas íntimas e sapatos!” O desafio proposto a Bia foi baseado em outro ainda mais radical. Em novembro de 2008, o norte-americano Dave Bru-

no, de 39 anos, decidiu viver com apenas 100 objetos durante 12 meses. A aventura ficou registrada em um blog (www.guynameddave.com) e no recém-lançado livro The 100 Thing Challenge (“O Desafio das 100 Coisas”, inédito no Brasil). Dave conta que a ideia da experiência surgiu a partir da sua insatisfação com o consumismo. “Minha casa já estava cheia de bugigangas, e as vitrines e os anúncios queriam me vender ainda mais. Reparei que nós criamos um mundo que só funciona se comprarmos, comprarmos e comprarmos. E quis provar que é possível viver com bem menos coisas do que julgamos necessário”, diz. Sua intenção é levar as pessoas a refletir sobre a real necessidade de adquirir novos artigos. Antes que a liberdade de compra acabe conduzindo ao seu próprio fim: “Não duvido de que no futuro tenhamos cotas de consumo. Se não mudarmos nosso estilo de vida espontaneamente, teremos de apelar a absurdos como esse”. Dave não estabeleceu nenhuma limitação quanto ao número de roupas que poderiam entrar na lista. Essa ideia, que tanto assustou Bia, foi inspirada em outro movimento, também surgido nos Estados Unidos e relatado em um blog, o “Seis itens ou menos” (www.sixitemsorless. com). A campanha lança a quem se interessar o desafio de passar um mês usan-

Desafio: viver um mês com apenas 100 itens. Bia topou. Descobriu que não é tão difícil quanto parecia e passou a enxergar o consumo com outros olhos

do no máximo seis vestimentas (na conta não entram roupas de ginástica, sapatos, acessórios nem peças íntimas). A motivação não é necessariamente uma crítica ao consumismo. “Você decide o significado. Estamos só propondo um desafio e vendo como as pessoas reagem”, dizem os idealizadores, no site. “A experiência começaria dentro de poucos dias, e era preciso definir logo os 100 objetos. Fiz uma varredura completa em casa e pus sobre a cama tudo o que considerava indispensável. Então, eu comecei a repensar os objetos um a um. O sapato de salto, por exemplo, acabou ficando de lado. Poderia tranquilamente passar um mês só com dois pares de sapatilha. Quando tomei coragem para contar os itens selecionados, veio a surpresa: 82! (E olha que eu precisei incluir alguns em dobro, como travesseiro e cobertor, porque às vezes durmo na casa do meu namorado.) Se eu quisesse, ainda poderia resgatar 18 peças! Mas decidi o seguinte: se no decorrer do mês eu sentisse falta de algo, incluiria na lista. Se não, cumpriria o desafio com uma bela folga! Quando contei ao pessoal da Sorria, eles adoraram. Aí eu aproveitei para dar a má notícia: dez peças de roupa para um mês inteiro, toda mulher há de con-


conviver

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o espaço de todos nós

Às vezes, temos de nos separar de quem amamos. Mas não precisa ser o fim. Conheça uma família, duas amigas e um casal que se mantiveram unidos a quilômetros de distância texto C r i s t i n a C a s a g r a n d e

ilustração C a t a r i n a B e s s e l

Eliane Ketelhuth, de 53 anos, e seu marido, Francisco, de 62, estão acostu­ mados a conviver com a saudade. Assim que completou 13 anos, o filho Daniel foi morar a 60 quilômetros de casa. A deci­ são foi tomada pelo próprio casal. Mora­ dores da pequena Icém (SP), com menos de 8 mil habitantes, eles acreditavam que o jovem teria uma educação melhor se fosse para São José do Rio Preto (SP). O investimento deu certo, e o filho foi cada vez mais longe, na carreira e no mapa. Terminado o colégio, Daniel en­ trou na faculdade de Farmácia em Ribei­ rão Preto (SP), duas vezes mais distante. Formado em 2005, ele atravessou o ocea­ no com a mulher, Solange, para morar em Estocolmo, na Suécia, onde dá aula no Instituto Karolinska, uma das melho­ res universidades médicas da Europa. A saudade apertou ainda mais há um ano e meio, com o nascimento de Alícia. “Sentimos falta de dividir com os avós o crescimento da nossa filha”, diz Solange. “Queremos voltar ao Brasil, mas depende das oportunidades de trabalho”, avalia. Enquanto isso não acontece, eles fa­ zem o que podem para a família do ou­

tro lado do Atlântico não perder as aven­ turas da menininha. A solução que ar­ ranjaram foi gravar diversos vídeos e publicá-los na internet. Eliane e Francis­ co se emocionam ao ver a pequena dan­ çando pela casa, comendo, falando suas primeiras palavras, apresentando-se nas festas da escolinha e fazendo todo o tipo de graça. “Assisto muitas vezes a cada ví­ deo, quase diariamente”, conta a avó. Além disso, todo domingo, depois do almoço, Eliane e Francisco sentam-se em frente do computador e conversam com Daniel, Solange e Alícia por mais de uma hora, usando um programa que permite a troca em tempo real de som e imagem, o Skype. Professora “do tempo do mimeógrafo”, Eliane aprendeu a usar o computador há alguns anos, por exi­ gência do trabalho, e se sente à vontade com a tecnologia. “Batemos papo como se eles estivessem aqui conosco”, conta.

Próprio punho Em 1995, quando desfez as malas da mudança de Santos (SP) para São Paulo, Maria do Carmo Rodrigues, hoje com 62 anos, não tinha computador nem telefo­


ne. Mas isso não a impediu de mandar notícias à amiga, Marli Bertezini, de 65 anos. Bastaram-lhe papel e caneta. Maria do Carmo mudara-se para Santos em 1992. No caminho para levar o filho ao colégio, ela passava em fren­ te a uma loja de roupas. Uma simpática vendedora costumava estar à porta, e as duas começaram a trocar “bom-dia”. Até que a cordialidade virou amizade. Três anos depois, porém, Maria do Carmo teve de voltar à capital. E a carta que então mandou à amiga acabou dan­ do origem a um hábito. Elas trocam cor­ respondência uma vez por mês. As men­ sagens costumam ter três páginas, des­ crevendo em detalhes acontecimentos, alegrias e preocupações do dia a dia. Foi assim que Maria do Carmo fi­ cou sabendo do casamento dos filhos de Marli, do nascimento dos seus netos e de como a amiga se recuperou de um AVC. “Quando chega o carteiro, eu já fico toda animada. Pelo papel, transmitimos me­ lhor nossos sentimentos”, diz Maria do Carmo. “O trabalho é dobrado, porque, antes, faço sempre um rascunho”, conta Marli. “Mas nunca deixei de responder às cartas dela. É a melhor amiga que já tive.”

Objetividade e amor A distância não acabou com a amiza­ de entre Maria do Carmo e Marli. Muito menos com o vínculo entre Eliane, Fran­ cisco e Daniel. Mas e um casamento? O que é preciso para que duas pessoas, se­ paradas por centenas de quilômetros, continuem sendo marido e mulher? Nancy e Elmo Julio, de 59 e 62 anos, respectivamente, descobriram uma res­ posta para essa pergunta. Ambos mora­

vam em Brasília, onde tinham uma loja de cartuchos para impressora. Mas per­ ceberam que, para oferecer as condi­ ções de vida que sonhavam aos filhos, Ana Luiza e Pablo, seria preciso ampliar o negócio. Então abriram uma filial em Belo Horizonte, cidade natal do casal. E decidiram que Elmo iria para lá, a fim de cuidar de perto do novo negócio. Assim viveram de 1997 a 2007. Pa­ blo ficou com a mãe. Em 1999, ao pas­ sar no vestibular na capital mineira, Ana Luiza juntou-se ao pai. Nancy e Elmo se falavam diariamen­ te por telefone ou e-mail e se viam todo fim de semana. “No começo não tínha­ mos dinheiro para passagem aérea, en­ tão íamos de ônibus. Era cansativo, mas superávamos”, conta Nancy. Em 2007, Elmo enfrentou proble­ mas de saúde, e o casal decidiu voltar a dividir o mesmo teto. No ano passa­ do, eles venderam a empresa. Agora, só pensam em aproveitar o tempo juntos, enquanto se orgulham da carreira que os filhos têm construído: Ana Luiza, de 29 anos, é dentista, e Pablo, aos 32, após es­ tudar na Espanha, abriu uma empresa de design. “Acreditamos que nosso empe­ nho contribuiu para que a vida deles seja mais fácil do que a nossa”, reflete a mãe. O objetivo em comum, em nome dos filhos, foi crucial para que Nancy e Elmo superassem o desafio a que se pro­ puseram. Mas não só isso. Como todas as pessoas que sabem se amar a distân­ cia, sejam casais, famílias, sejam amigos, eles descobriram que o que mantém a união é algo espontâneo, simples e po­ deroso: a vontade de compartilhar nossa vida com quem nos é especial.


crescer

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valores que mudam a vida

Desvendar o mundo é descobrir possibilidades, tornar-se alguém melhor, dar sentido à humanidade – além de um grande prazer em si. E a chave que abre caminho a tudo isso é uma só: a educação texto R i t a L o i o l a educação é... entender a natureza e enriquecer com suas possibilidades sem fim, como a cientista vanderlan

fotos D a n i e l a T o v i a n s k y e E d u L y r a letterings A n d r é a B r a n c o


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Vanderlan Bolzani é dona de uma fortuna. Permanentemente investida nas mais rentáveis aplicações, ela nunca teve seu valor total calculado com exatidão por nenhum banco. Porém, sabese que o invejável patrimônio ocupa um patamar restrito a uma pequena elite planetária, conforme atesta a Sociedade Real, na Inglaterra. Quem tem o privilégio de ver essa admirável senhora desfilar toda sua riqueza pelas ruas de São Paulo, logo imagina: deve ter nascido em berço de ouro. Pois é. A história de Vanderlan é mesmo bem previsível. Seu pai era um índio tabajara que sabia ler, escrever, fazer cálculos e trabalhava como mecânico. Sua mãe, uma imigrante portuguesa que estudara até o ensino médio. Vanderlan nasceu na Praia Formosa, no litoral da Paraíba, e seu berço dourado foi a pequena escola

onde começou a estudar aos 6 anos. “Lá, eu encontrei respostas para questões que ainda nem tinha feito”, conta. “Uma experiência riquíssima, que me ensinou a pensar sobre o que estava ao meu redor. A professora nos contava que o coco servia para dar água, mas que a polpa também podia ser comida e, se queimada, virava óleo, combustível. As conchinhas guardavam moluscos, pérolas. Comecei a olhar a natureza com outros olhos, vendo possibilidades infinitas.” A possibilidade que ela não queria perder de jeito nenhum era a de seguir vivendo experiências tão mágicas quanto as que descobriu na escola. Então, seguiu estudando. E foi a primeira da sua família a obter um diploma universitário, em farmácia, pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em João Pessoa. Apaixonada por átomos e moléculas, começou a pesquisar como os elementos da natureza se estruturam, combinamse, mudam de cor. “Estudando química orgânica, fui descobrindo as razões pelas quais as coisas são do jeito que são, e sempre achei tudo muito bonito. É como entender a vida”, diz. “Ao fazer pesquisas com plantas no laboratório, eu me vi

fascinada por descobrir de onde vem a cor das flores, como funcionam os pigmentos. E aí tive a certeza de que estudaria isso por toda a minha vida.” Com mala, cuia e menos dinheiro do que seria prudente, ela se mudou para São Paulo a fim de tentar um mestrado. Conseguiu uma vaga na moradia estudantil da Universidade de São Paulo (USP) e uma bolsa em um projeto de pesquisa. De João Pessoa, a família ajudava como podia. E Vanderlan investia tudo nos estudos. Depois do mestrado veio o doutorado, pós-doutorado nos Estados Unidos e o posto de professora titular do Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Entre 2008 e 2010, presidiu a Sociedade Brasileira de Química. E, no ano passado, foi a primeira mulher da América Latina a se tornar membro honorário da Royal Society of Chemistry (Sociedade Real de Química, do Reino Unido). Hoje, aos 61 anos, Vanderlan dedica-se à pesquisa de plantas que possam ser transformadas em remédios. Com o mesmo olhar curioso da menina de Praia Formosa, é assim que ela segue aumentando, dia a dia, a fortu-


comer

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sabores que confortam

Saudosa merenda Resgatar o lanchinho dos tempos da escola: taí uma boa ideia para tornar a alimentação mais saudável e a rotina no trabalho mais saborosa texto D a n i e l a A l m e i d a

foto S h e i l a O l i v e i r a / E m p ó r i o F o t o g r á f i c o


Produção de objetos: Márcia Asnis | Produção culinária: Carolina Saraiva | Assistente de fotografia: Clara Oh/Empório Fotográfico

Leia m ais uma his no no tória ss w ww ww w..rrevis o site: taso orrria ccoom m.b .brr ria..

Era algo tão importante que delegávamos sua proteção a nossos heróis favoritos. Estampados nas lancheiras, eles escoltavam a merenda que nossa mãe havia preparado com tanto carinho para aplacar nossa fome entre um pega-pega e outro no recreio da escola. É bem verdade que nem todos exibiam os sanduíches, frutas, sucos e mini­térmicas trazidos de casa com tanto orgulho. Muitos morriam de vergonha e queriam mesmo comprar algo na cantina. Mas quem levava dinheiro também invejava os amiguinhos que recebiam tamanho cuidado da família. A certa idade, porém, todos concordariam: era preciso abandonar a lancheira, num ritual de amadurecimento e independência. E assim deixamos para trás um hábito gostoso e saudável. “O lanche é importante tanto para controlar a fome quanto para complementar os nutrientes que não consumimos nas grandes refeições”, diz a nutricionista Cristiane Cedra. Ela explica que nosso corpo é programado para receber energia em forma de comida a cada três horas. Se isso não acontece, o organismo começa a usar como combustível a massa magra (os músculos) para compensar a falta de nutrientes. “E, num processo de defesa, o corpo armazena energia em forma de gordura, o que causa ganho de peso”, diz a especialista. Mas o alimento errado no horário certo pode mais atrapalhar que ajudar. Por mais de uma década, o advogado André Torres, de 30 anos, de São Paulo, acostumou-se a abrandar a fominha do meio da tarde com pizzas e lanches pré-prontos. O hábito lhe rendeu crises de gastrite e esofagite. “Hoje, todo dia, levo de casa um sanduíche natural ou outra opção leve”, diz. Não ter mais uma lancheira de super-herói não é desculpa para deixar de resgatar esse hábito. Veja ao lado algumas dicas e capriche no seu lanchinho!

Nutritivo, fresco e prático

Pão crocante, recheio macio

• Se o intervalo entre uma refeição e outra é pequeno, uma fruta e um iogurte, ou um suco acompanhado de castanhas, não atrapalham a fome para a próxima refeição.

Para um tostado clássico, o pão mais adequado é o de fôrma. No recheio, prefira ingredientes secos. Se usar molho, coloque-o entre duas camadas de queijo, para não empapar. Caso prefira o recheio frio, toste o pão separadamente. Seja no grill elétrico, na sanduicheira de fogão, ou mesmo na frigideira, cuide para grelhar igualmente dos dois lados. Uma fina camada de manteiga por fora deixa o pão douradinho. Confira a seguir algumas dicas de recheio, sugeridas por Anna Provedel, sócia da rede de sanduicherias Tostex.

Veja que alimentos levar e como conservá-los

• Para o período da tarde, quando costumamos ficar mais tempo sem comer, prefira alimentos que saciem mais. Algumas sugestões: biscoitos integrais, iogurte com granola ou um sanduíche. • No seu trabalho não tem geladeira? Então leve alimentos que não estragam na temperatura ambiente, como castanhas, barras de cereal e suco de soja. • Frutas são sempre bem-vindas. Para preservar suas propriedades, embale-as em papel-alumínio e, se possível, só as lave e as corte na hora em que for comer. • Evite leite e produtos derivados muito próximo do almoço ou jantar: eles prejudicam a absorção do ferro. • Para o sanduíche ficar mais fresquinho, embale-o em um saquinho plástico sem excesso de ar. Veja ao lado algumas receitas!

Turbine seu lanche com um sanduíche tostado

• Light Pasta de ricota e espinafre refogado. Use soja tostada para deixar crocante.

• Misto incrementado Queijo, peito de peru, acelga e abacaxi em pedacinhos.

• Frango com gruyère Desfie a carne para que ela se misture melhor ao queijo.

• Carne louca Carne desfiada, com pimentão e cebola. Cuide para ficar bem sequinha.

• Presunto de Parma Ótima opção fria. Inclua

rúcula, mussarela de búfala e molho pesto.


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