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Conheça a história deles na página 54!
como é bom
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droga raia
Aliás, sabia que você ajudou a construir um hospital? Veja o novo prédio do GRAACC na pág. 12
fazer o bem!
Doar-se ao próximo sem pedir nada em troca: ser generoso é o caminho mais curto para a felicidade férias e conhecimento • comida de presente • casa arrumada no ano novo viva o comércio local • teste da memória • lições financeiras • mexa a cintura
prazeres simples
alegrias do dia a dia
Vamos lá fora
Era só o tempo firmar para a gente pôr as asinhas de fora. Ou melhor, a mesa, as cadeiras e os bancos – arrastados a muitas mãos da copa para o jardim, enquanto meu pai preparava o almoço. “Comer fora”, na minha casa, jamais significou ir a um restaurante, coisa cara e pouco prática para uma família grande. Para a gente, essa expressão era sinônimo de domingos de sol e céu azul, desses em que não parece certo ficar parado dentro de casa. Podia ser churrasco ou só o simples gesto de levar as travessas de comida para servir na rua. Com os pés descalços na grama (mais a providencial companhia dos cachorros pidões, um frasco de repelente e um mata-moscas), nossas refeições ao ar livre tinham outro sabor. Enquanto na rotina de casa a gente almoçava com pressa e depois ficava se retorcendo para levantar logo da mesa, comer fora nos colocava em outro tempo. Dava, não sei, uma vontade de pôr música. De comer aos pouquinhos, sem encher o prato de uma vez só. De se escorar na cadeira quase deitado, e ficar por ali, dizendo nada. De depois mastigar um mato, catar uma fruta no pé, lavar a boca na mangueira mesmo. Talvez seja o sol, que tempera nossos humores com mais sorrisos e a vontade de ficar à toa, apenas apreciando a luz do dia sobre as coisas ao redor. Até hoje, quando alguém me pergunta “vamos comer fora?”, meu primeiro impulso é sair puxando a cadeira, para pegar o melhor lugar debaixo da árvore. Acho que é porque nunca vi um ambiente mais cinco-estrelas do que uma mesa de família no meio do quintal. 16 revista Sorria
© Thomas Barwick/Getty Images
texto Roberta faria
isso, sim, ĂŠ comer fora! dez 2013/jan 2014 17
valores essenciais
para refletir e inspirar
O que nos leva a tentar aliviar o sofrimento alheio sem pedir nada em troca? De onde vem o instinto de fazer o bem? A chave para essas respostas está em uma só palavra: generosidade. texto Bruna Fasano e Rita Loiola
e chapéu e terno bem cortado, Beatino Brito, de 79 anos, chega a sua alfaiataria. Mede vestidos e alinhava camisas, conduzindo com firmeza o estabelecimento em São Miguel Paulista, bairro da Zona Leste paulistana. Mas basta abrir o sorriso para o sério comerciante virar o Seu Beatino, o morador mais simpático das redondezas. Se o chuveiro quebra, a lâmpada queima ou a família passa por problemas, é ele que os vizinhos chamam. “Eles sabem que nunca tenho preguiça para ajudar”, conta. “Conserto cano entupido, oriento na reforma de casa, dou instrução aos mais jovens, levo os idosos ao médico…”, enumera. E assim, de pouco em pouco, faz muito por quem precisa. Para ele, a generosidade é um modo de viver. Ainda em Itaberaba, no interior da Bahia, onde nasceu, aprendeu o ofício de alfaiate em um curso técnico. Foi a profissão que o trouxe a São Paulo, aos 26 anos. Queria utilizar seus conhecimentos para ter uma vida melhor e abriu uma alfaiataria em São 30 revista Sorria
fotos GUILHERME GOMES
Miguel. Entre uma costura e outra, fazia pequenos ajustes em roupas usadas e doava a quem precisava. Em pouco tempo, aquele homem trabalhador e de jeito bondoso se tornou uma referência no bairro. Oferecia emprego a quem estava iniciando a vida profissional e ensinava a pregar botões, a usar as agulhas e a fazer as contas do caixa. Com suas habilidades, começou a realizar os consertos domésticos para os vizinhos. Quando deixou de beber, há trinta anos, passou a ser também um modelo de persistência e superação. “Eu me sinto abençoado por poder ajudar com o que sei. Fico com o coração feliz por ser útil e, de alguma forma, ser um exemplo”, diz Seu Beatino. “São essas coisas que fazem com que eu me sinta vivo, trocando experiências com as pessoas. Ajudo, aprendo e ainda ganho sorrisos em troca.” Pai de cinco filhos e avô de sete netos, ele vai todos os dias à sua loja, que também aluga roupas para festas. Entre as araras lotadas com ternos, fraques, smokings e vestidos de quase todas as
cores e cortes feitos por ele, lembra-se de um dia, sete anos atrás, em que uma noiva lhe disse que não tinha um vestido para usar no altar. Comovido, seu Beatino pegou o vestido de casamento que costurou para sua filha havia muito tempo, reformou-o e deu-o de presente à jovem. “Ela ficou tão feliz! Mas quem acabou chorando de felicidade no dia do casamento fui eu”, conta. “Depois, ela teve um filho e me chamou para ser padrinho. Fico orgulhoso de fazer parte da história deles. Quando faço algo por alguém, eu me sinto assim, importante, porque a pessoa deixa que eu faça parte de sua história. E isso é muito tocante.”
Corrente do bem Fazer o bem de forma natural, a quem quer que seja, é o jeito de Seu Beatino. E é essa a essência da generosidade. Atos bondosos, de qualquer tamanho, despertam novos olhares para a vida. Fazem com que o ser humano saia de si e enxergue a existência em sua plenitude. “Quem é generoso
Assistente de fotografia: Bia Cardoso/Tratamento: Felipe Gressler
“ajudo, aprendo e ainda ganho sorrisos em troca. sinto-me abençoado.” Seu Beatino, alfaiate dez 2013/jan 2014 31
dia útil
de bem com o trabalho
Dosando repouso e horas dedicadas a aulas e cursos, estudar pode tornar-se uma boa atividade de férias texto solange medeiros ilustração henrique jorge
P
assaporte, câmera fotográfica, roupas leves e o método de espanhol. Foi com isso que Adriana Ruiz, de 26 anos, fez suas malas para as férias de julho, na Espanha. Além de passear e realizar o sonho de conhecer o país, a paulistana aproveitou os trinta dias de folga deste ano para se aperfeiçoar no idioma estrangeiro. “Usei minhas férias para me preparar para o teste de proficiência em espanhol, o DELE. Além disso, queria ver a vida na Espanha e conviver de perto com a cultura”, diz Adriana, que está no 3º ano da faculdade de administração. Em março, ela começou a planejar a viagem que faria durante o recesso escolar. Marcou as férias no estágio, escolheu o curso e combinou a estada na casa de um casal de espanhóis em Málaga, no sul do país. Chegando lá, aprendeu na escola sobre o teste e conversou com professores que formulam e corrigem a prova. Mas foi 44 revista Sorria
imersa no dia a dia do país que ganhou desenvoltura na conversação. “Além das aulas, era importante para mim ver como os espanhóis se comportam, o que comem, como se relacionam. Só assim aprendi as expressões idiomáticas e treinei meu ouvido e pronúncia. Foi um período muito rico e produtivo”, conta. Ao voltar, descansou dois dias antes de reiniciar suas atividades. E agora pensa em trilhar seus próximos passos profissionais em algo que esteja, de alguma forma, ligado ao conhecimento que ganhou no mês que passou na Espanha.
Novas habilidades Além do conteúdo disciplinar, aprendido na escola, Adriana ganhou experiências. É o conjunto desses conhecimentos, formais e informais, que ajuda no desenvolvimento da carreira. “É preciso aproveitar as diversas vivências, dentro e fora das aulas. Ao conhecer uma nova cultura ou lidar
com pessoas diferentes, novas competências são desenvolvidas”, afirma Liliana Vasconcellos, especialista em gestão de pessoas da Faculdade de Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP). Essas atividades ensinam a lidar com a diversidade e a trabalhar com características, culturas e perfis diferentes, habilidades pessoais importantes para a profissão. Por isso, a atividade acadêmica desenvolvida durante a folga deve trazer mais que o conteúdo disciplinar. “O momento de descanso é uma pausa importante. Fazer um curso depende do momento da carreira: ele precisa ter sentido no contexto profissional. Às vezes, realizar um curso só pelo currículo pode ser perda de tempo e dinheiro. É importante saber empregar o conhecimento adquirido no dia a dia”, afirma a especialista. O ideal é elaborar um planejamento de férias que abarque os compromissos acadêmicos, mas que também dê espaço para o
folga do bem
Para ter férias produtivas: equilibre-se
Divida os dias entre os cursos ou atividades e os momentos de repouso.
atenção continuada
Não acumule cansaço no ano: respeite os fins de semana e horas de folga. Assim, as férias podem ser mais que só descanso.
dê lugar à novidade
Experimente coisas novas. Muitas competências importantes são desenvolvidas em viagens ou experiências diferentes.
Pense além
Reflita sobre seus pontos fracos e invista mais tempo em melhorá-los – em um curso ou outras atividades.
Seja criativo
Visitas, livros, filmes e bate-papos também são importantes fontes de conhecimento.
tempo livre ou o convívio familiar, fundamentais para desacelerar. “Buscar estratégias de como dividir as horas do dia ou determinar parte do recesso para estudo e parte para descanso pode ser uma forma equilibrada de repor as energias”, diz a coach de carreiras Grazi Paim, de Florianópolis. Dedicar-se ao estudo durante as férias também pode ser uma boa alternativa para quem procura dar uma guinada na carreira ou melhorar o desempenho profissional. Nesse curto e intensivo período é possível ampliar conhecimentos em áreas específicas ou realizar rápidos cursos técnicos. “Pode ser uma opção para quem já tem um objetivo traçado ou precisa se reciclar”, diz Grazi. Os programas de férias costumam ter mais aulas práticas que teóricas e oferecem ao profissional a possibilidade de experimentar o que aprende. Esse método intensivo foi a escolha da servidora da prefeitura de São Paulo Márcia Aguiar, de 51 anos.
Descansar para estudar Assim que agendou suas férias, ela soube de um curso sobre didática do ensino superior que seria oferecido no mesmo período da sua folga. Com o objetivo de tornar-se professora universitária, Márcia inscreveu-se nas aulas, que ocupariam dez dos vinte dias de férias, em uma rotina de até cinco horas de estudo por dia. “Estou terminando uma pós-graduação em gestão pública e penso em, no ano que vem, começar a lecionar. Fiz a inscrição porque não sabia se haveria outra oportunidade como essa”, conta. Como não pensava em viajar, ela planejou-se para aproveitar bem o início da folga, em que teria os dias livres, e depois dedicou-se ao curso. “Disse a minhas amigas que elas teriam os primeiros dias. Fui ao cinema, passeei e curti esse período”, diz. “Depois, como eu estava fazendo algo que realmente queria, foi muito bom. Não senti estar perdendo nada ao ocupar
minhas férias com o estudo. Quando fazemos algo prazeroso ou de que gostamos muito, é sempre recompensador.” Quando todos os dias do ano são equilibrados entre as horas de trabalho e as de lazer, ocupar a folga anual com outros interesses além do descanso se torna mais eficaz. Sem o acúmulo de cansaço, as férias são mais bem aproveitadas para relaxar ou ganhar novos conhecimentos. “Precisamos de novidades na carreira, mas o novo só surge quando abrimos espaço para ele e saímos da rotina”, diz Mônica Alvarenga, especialista em desenvolvimento humano. “Necessitamos desse momento para arrumar a mente e fugir dos compromissos.” Se as férias são o período ideal para parar e pensar nos próximos passos, nada melhor que buscar outros saberes que ajudem no futuro. Sem a responsabilidade de prazos ou a tensão de metas, aprender pode tornar-se uma agradável atividade de férias. dez 2013/jan 2014
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tá na mesa
receitas para comemorar
Doces presentes Preparar geleias, compotas ou chutneys é uma deliciosa ideia para compartilhar afeto neste Natal! texto Leticia Rocha
foto sheila oliveira/ empório fotográfico
Use tecido e fitas para dar graça ao pote, invente rótulos personalizados e não esqueça do cartão!
Aproveite frutas em compota e geleias. A regra geral é juntar 500 g de açúcar para cada 1 kg de fruta
NestE fim de ano, frutas e açúcar tomaram conta da cozinha da gaúcha Rita Correa. No fogo ela prepara, lentamente, seus presentes de Natal. Ao longo dos meses, a produtora de cinema de 42 anos aproveitou a fartura das frutas da estação. Agora, dá os retoques finais nas geleias que cozinha para parentes e amigos próximos. “É minha maneira de demonstrar afeto. Gosto de fazer presentes pensando em quem vai recebê-los”, conta Rita, que mora em Porto Alegre. Assim, separou folhas de menta para os que gostam de carnes, amora para as amigas mais delicadas e cerejas para sua prima recordar os tempos em que morou na França. “Vou fazendo as receitas durante o ano para aproveitar os produtos que só existem em determinadas épocas, como a jabuticaba. Fiz algumas com frutas que peguei ou comprei na beira da estrada. A última remessa foram as de frutas vermelhas, que estão no auge no fim do ano”, conta Rita. Ela também pensa com cuidado nas embalagens dos presentes. Gosta de colocar detalhes como letras de música ou fotos marcantes colados no vidro, no laço ou no cartão. “Procuro pôr no presente algo da pessoa, dentro ou fora do potinho: a fruta preferida, um sabor que recorde bons momentos, uma estampa que remeta a algum hobby ou coleção”, conta. Esses presentes artesanais já são tradição na família e entre os amigos. “Eles fazem aposta para adivinhar o que vou aprontar”, conta. Já fez camiseta, resgatou fotos antigas, pintou quadros. Este ano, teve a ideia das geleias. “Há dois anos, provei uma tão especial que quis prolongar aquele gostinho. Gosto de surpreender e de oferecer o meu abraço em forma de doce”, diz. Quer fazer como a Rita e dividir seu afeto em receitas de presente? Veja como!
Chutneys são geleias agridoces boas para acompanhar carnes e queijos. Combine frutas, vinagre e especiarias como alho, pimenta, gengibre e grãos de mostarda
Para utilizar potes e vidros, esterilize-os em água fervente. Assim que colocar a receita, feche-os com força. Dessa forma, duram até seis meses
NO SITE! Veja a receita deste delicioso creme de chocolate com avelã
Assistende fotografia: Thais Marques /Produção culinária: Iliane Marconi/Produção de objetos: Márcia Asnis
compota e chutney Compota de goiabada Ingredientes 1 kg de goiaba vermelha descascada, sem sementes e cortada ao meio • 500 g de açúcar cristal • 4 paus de canela • 4 cravos-da-índia • 2 xícaras de água
Modo de preparo Cozinhe em fogo médio todos os ingredientes, menos as goiabas. Quando o açúcar dissolver, ferva por 15 minutos. Junte as goiabas, abaixe o fogo e cozinhe-as até ficarem macias.
chutney de tomate Ingredientes 1 kg de tomate italiano sem sementes picado • 1 maçã sem casca em cubos • 1 cebola-roxa picada • ½ xícara de passas brancas • 1 pimenta dedo-de-moça sem sementes picada • 3 colheres (sopa) de vinagre tinto • 1 e ¼ xícara de açúcar mascavo • 1 colher (chá) de mostarda em grão • 1 colher (chá) de mostarda em pó • 1 colher (sopa) de sal • 1 e ½ colher (chá) de amido de milho
Modo de preparo Numa panela de fundo grosso, coloque todos os ingredientes, exceto o amido de milho. Cozinhe em fogo baixo até o açúcar dissolver. Aumente o fogo para ferver e depois abaixe-o, mexendo de vez em quando, até a mistura engrossar – cerca de 30 minutos. Misture o amido de milho com um pouco de água fria e adicione ao chutney, mexendo bem. Cozinhe por mais 5 minutos, até a mistura ficar brilhante, com textura de geleia. Deixe esfriar bem e guarde em potes esterilizados. Na geladeira, a receita dura um mês.
dez 2013/ jan 2014 53
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