COMPRE E AJUDE! APRESENTA:
R$ 3,90
TODO O LUCRO DO PROJETO É DOADO ;)
facebook.com/revistasorria
P A R A
S E R
F E L I Z
A G O R A
c
REVada I é umSTA DOA a ÇÃO !
NESTA EDIÇÃO A GENTE ENSINA A...
FALAR MELHOR EM PÚBLICO MUDAR A CARA da sua
VIZINHANÇA
SER AMIGO
DA 3ª IDADE COMEMORAR
PEQUENAS ALEGRIAS
CONVERSAR
COM ESTRANHOS
21
+
HISTÓRIAS
INSPIRADORAS
para alegrar #44
jul/ago
2015
VENDA EXCLUSIVA
DROGA RAIA
ASSINE JÁ:
LER MUDA O MUNDO
BANCADOBEM.COM.BR
SEU COPO ESTÁ
SUA VIDA
CHEIO OU VAZIO?
NOSSO CÉREBRO É PESSIMISTA POR NATUREZA, MAS AGIR DE FORMA POSITIVA É QUESTÃO DE ESCOLHA
PRAZERES SIMPLES
Para que ter irmãos texto: ROBERTA FARIA
E
xistem algumas experiências na vida definitivas para formar o caráter da gente: o lugar onde você cresceu, o tipo de escola que frequentou, se teve ou não bichos de estimação, que castigos recebia – esse tipo de coisa que marca a gente pelo resto da vida. Ter (ou não) irmãos é uma delas. Eu tive. Dois meninos, mais novos. E minha memória número um de crescer com eles é: a gente brigava. Muito, todos os dias, com bate-boca, correria, empurrão e belisco. Pela última bolacha do pacote. Porque ninguém queria lavar a louça. Para ver quem sentava no banco da frente. Porque ele/ela pode e eu não. Porque ele/ela pegou _______ (preencha aqui: minhas canetinhas, meu doce-que-eu-tava-guardando-pra-comer-depois, meu brinquedo). Porque ele/ela ganhou e eu também quero. E por qualquer outro motivo, inclusive sem motivo nenhum. Daí, quando não estava brigando, a gente brincava. De polícia e ladrão, casinha, guerra de bexiga d'água, gato-mia, corrida de bicicleta e de subir em árvore. De escolinha, de contar piada de papagaio, de lutinha, de acampar, de correr atrás das galinhas. E, quando a gente não estava brincando, a gente aprontava. Fingia de desmaiado só pra apavorar a mãe. Mentia pro caçula que ele era adotado e que o vizinho era um assassino. Fazia armadilhas. Perturbava a rua. Se juntava, os três, contra as ordens dos pais, os desmandos das primas e quem mais se pusesse no caminho. Ainda assim, se me perguntassem naquela época, eu teria dito que preferia ser filha única. Meus irmãos, se pudessem, me trocariam por um cavalo. Mas a gente não podia escolher. Que bom. Porque foi assim – fazendo guerra e selando a paz seis vezes ao dia, por uns 20 anos – que a gente aprendeu a enfrentar o mundo. Ter irmãos ensinou a gente a falar alto o que pensa, a brigar pelo que acredita, a se defender mesmo quando não dá pra ganhar. Aprendemos, na marra, a dividir e conviver com as diferenças – e também a engolir o orgulho, a perdoar e a pedir desculpas. Descobrimos como construir alianças e o valor da cumplicidade. E, o mais importante, dominamos a arte do deixar para trás – e como percorrer em segundos a distância entre querer se esganar a ter um ataque de riso. Como em uma árvore, nos tornamos grandes galhos crescendo em direções opostas. Mas a distância não nos separa: temos as mesmas raízes, e são elas que nos sustentam.
JUL/AGO 2015 11
Š Foto: Donald Iain Smith/Getty Images
PRAZERES SIMPLES
▶ Se quiser elegância, sirva o bolinho com um vinho do Porto. Para os mais formigas, vale fazer dupla com chocolate quente!
TÁ NA MESA
DELÍCIA DE
vulcão EXISTE SENSAÇÃO MELHOR DO QUE ROMPER UMA CASQUINHA FOFA E OBSERVAR A CALDA DE CHOCOLATE ESCORRER BORBULHANTE?
▶ Só o bolinho não é chocolate suficiente pra você? Então sirva com uma bolona de sorvete e umas colheradas de brigadeiro mole.
texto: ARTUR LOUBACK E ROBERTA FARIA
is uma lei fundamental da culinária: todo prato com calda escondida é uma delícia. Pode ser desde uma gema de ovo frito até um bolo, que, por fora, parece só mais um bolo, mas, de repente, revela uma enxurrada de doce de leite, framboesas ou caramelo em calda. Deve haver alguma dessas características inatas do ser humano – tipo a que explica por que gostamos tanto de observar bebês – que faz com que a visão da calda fumegante escorrendo nos desperte uma alegria tal que todas as possibilidades de aversão gustativas são desabilitadas. Ou seja, tudo leva a crer que até uma mistura de jiló, alho, fígado de galinha e abacate inserida em forma de calda borbulhante dentro de um bolinho faria qualquer ser humano lamber os beiços. E a maravilha é que normalmente as caldas são preparadas com ingredientes deliciosos, como chocolate, frutas ou alguma coisa feita à base de leite. Aí é pura emoção. Parece até que a calda vai escorrer da boca direto para o coração. Que delícia! E, nesse ramo tão especial da gastronomia, podemos dizer que o petit gâteau é uma espécie de ás de copas. Como descrever a sensação de tirá-lo do forno e romper a casquinha caprichosamente para liberar a cascata de chocolate? Deve ser como ver um vulcão em erupção, mas com a vantagem de que não há nenhum risco para o observador embasbacado – e ainda dá pra comer o vulcão em fartas colheradas. Não por acaso, em inglês, o petit gâteau é chamado de molten lava cake, ou “bolo de lava derretida”, em português. Comer tem dessas coisas: um singelo bolinho de chocolate pode produzir emoção semelhante à de observar um espetáculo da natureza. Que se exploda a dieta! 16 REVISTA SORRIA
© Produção culinária e objetos: Tatiana Damberg / Foto: Elisa Correa
E
RECEITA BÁSICA PETIT GÂTEAU INGREDIENTES: • 200 g de chocolate com 70% de cacau • 100 g de manteiga (mais um pouco para untar) • ½ xícara de farinha de trigo • ¾ de xícara de açúcar • 3 ovos • 3 gemas
1 2
▶ Esconder no meio do bolinho umas frutinhas vermelhas, uma colherada de geleia ou frutas secas duplica a surpresa na hora da colherada
3
MODO DE FAZER: Unte com manteiga seis forminhas próprias de petit gâteau (ou, na falta delas, de empada ou cupcake) e reserve-as. Preaqueça o forno em temperatura média (de 180 ºC a 200 ºC). Pique o chocolate em pedaços pequenos. Em banho-maria, derreta a manteiga com o chocolate, misturando até formar um creme homogêneo e brilhante. Retire do fogo. Acrescente a farinha peneirada, o açúcar, os ovos inteiros e as gemas. Misture bem usando um batedor. Despeje a massa nas forminhas, sem encher completamente, para permitir que ela cresça sem transbordar (1 dedo de sobra deve bastar). Coloque as forminhas sobre uma assadeira e leve ao forno preaquecido. Asse por 12 minutos – os bolinhos vão estar firmes nas bordas e ainda molinhos no miolo. Retire do forno, desenforme com cuidado e sirva imediatamente.
DICAS →Fazer a receita com chocolate meio amargo, com 70% de cacau, deixa o bolinho com cor e sabor mais fortes, sem ficar enjoativo. ▶ O mais importante para o sucesso do bolinho é o tempo. Siga à risca a receita e não tire o olho do relógio (nem do forno!) até ficar pronto
→Resista à tentação de deixar o bolinho assar “só mais um pouquinho”: ele deve ficar com o miolo mole mesmo, como lava derretida!
→O choque de quente e frio é uma das graças dessa receita. Sirva cada bolinho quente com uma bolona do seu sorvete preferido.
→Um sabor azedinho de fruta dá uma mistura gostosa a cada garfada. Experimente oferecer com calda de frutas vermelhas ou maracujá. JUL/AGO 2015 17
© Foto: Danilo Verpa/Folhapress
VALORES ESSENCIAIS
24 REVISTA SORRIA
TUDO QUE VIVEMOS TEM UMA FACE POSITIVA E OUTRA NEGATIVA, MAS NOSSO CÉREBRO TENDE SEMPRE A VER O COPO MEIO VAZIO. CABE A CADA UM ESCOLHER SE PREFERE ENCARAR A REALIDADE COM PESSIMISMO OU OTIMISMO texto RAFAELA CARVALHO lettering GUILHERME MENGA
TIÃO ROCHA, 66 anos, educador, deixou a carreira na universidade para inventar novas formas de ensinar Qual é a diferença entre professor e educador? “Educar é promover espaços de participação, solidariedade e respeito em que todos aprendem juntos. Mais do que dar aulas, é importante gerar ambientes e processos favoráveis
magine o seguinte cenário: região de clima semiárido, terra rachada, vegetação pobre. Entre arbustos secos, é comum ver casas feitas de barro, com uma rocinha modesta e condições de higiene precárias. Os indicadores sociais são preocupantes. De acordo com os dados mais recentes do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, na cidade que leva o nome dessa região, a renda mensal por habitante não chega a R$ 400, 56% da população está em situação vulnerável à pobreza, apenas 16,3% dos indivíduos entre 18 a 20 anos estudaram até o fim do ensino médio e quase 70% dos adultos sequer concluíram o ensino fundamental. Agora apague a imagem da sua cabeça e pense em outro cenário. Região com paisagem natural variada, inclusive com belos trechos de Mata Atlântica original, entrecortada por diversos rios, solo com boa textura, subsolo rico e com indicadores sociais em franco crescimento. Na cidade que dá nome à região, a taxa de mortalidade infantil caiu pela metade e a expectativa de vida cresceu oito anos nas últimas duas décadas, a quantidade de jovens entre 18 e 20 anos com ensino médio completo aumentou 900% desde 1991, a população é jovem e apenas 6% dos maiores de idade não estão trabalhando. Essa é uma região com histórico de grande mistura de raças, com importante influência das culturas indígena e negra nos seus hábitos e enorme riqueza artística. E se disséssemos que os dois cenários que você acabou de imaginar são da mesma região? Sim, todas as características descritas dos dois parágrafos anteriores fazem parte da realidade do Vale do Jequitinhonha, região localizada no nordeste do estado de Minas Gerais. Há quem associe o Jequitinhonha às precariedades que o assemelham ao sertão nordestino e há quem prefira exaltar seus potenciais e recentes boas notícias. É um bom exemplo de que a forma como enxergamos a realidade depende um tanto das intenções do nosso olhar.
ao aprendizado.”
O CLARÃO DA ENSINAGEM
O que te motiva a ser
O educador Tião Rocha sabe bem disso e conhece o Vale do Jequitinhonha como poucos. Depois de passar 32 anos lecionando história em escolas privadas e faculdades em grandes cidades mineiras, em 1984 ele teve um “clarão” – é assim que Tião gosta de se referir ao que os americanos chamam de insight e os mais místicos descrevem como “despertar interior”. Deu-se conta de que suas aulas precisavam de menos conceitos e mais vida. “Percebia que dava muita atenção à história da humanidade e
otimista mesmo em situações difíceis? “Ao decidir ser otimista, consigo enxergar potenciais escondidos até em situações aparentemente negativas e, assim, levar dignidade para quem não sabe buscá-la.”
JUL/AGO 2015 25
MANUAL PRÁTICO FAZER O BEM EM 6 PASSOS
Como aprendo a FALAR MELHOR EM PÚBLICO? Suar frio, gaguejar, ter um branco. Quem sofre com o medo de se expor diante de uma plateia entende bem essas reações. Você faz parte dessa turma? Fique tranquilo. Com alguns truques é possível vencer a tensão e soltar a voz
SS PA O
1
PREPARE-SE, MAS NÃO DEMAIS!
texto LUIZ ROMERO ilustração ROMOLO
SS PA O
2
Vai discursar por meia hora? Dominar o tema é essencial e, quanto mais conhecimento prévio, mais bem preparado e confiante você estará. A dica é estudar conteúdo suficiente para falar durante o dobro do tempo previsto. Mas não exagere: decorar a fala é um dos erros mais comuns entre oradores novatos. Ao se esquecer de algum elemento que conecta dois pensamentos, sua linha de raciocínio se quebra. O ideal é anotar palavras-chave num pedaço de papel e ter esse roteiro resumido sempre à mão.
RESPEITE SEU RITMO E SEJA NATURAL Pessoas que falam muito devagar tendem a acelerar o discurso. O contrário também acontece: rapidinhos tentam reduzir o ritmo. O.k., isso até pode ser positivo em casos extremos, mas há o risco de soar artificial. Melhor aceitar seu estilo e adotar algumas técnicas. Fala rápido? Faça pausas no fim de cada raciocínio e repita os pensamentos importantes. Tem o discurso lento? Comece as frases com mais ênfase depois de um silêncio e evite cacoetes de linguagem – como o “hããã”.
SS PA O
3
ORDENE A FALA E SEJA CLARO NO DISCURSO Imagine que a apresentação é uma história com três capítulos: começo, meio e fim. Cada um desses blocos precisa conter um dado ou uma ideia e, para manter a atenção do público, comece-os com uma frase de efeito. Depois, discorra sobre ela e explore seus desdobramentos. Fora isso, todas as regras de clareza e concisão das redações escolares também valem aqui: use palavras simples e frases curtas e de ordem direta (sujeito, seguido de verbo e complemento).
38 REVISTA SORRIA
SS PA O
4
DRIBLE A ANSIEDADE E SAIBA RIR DE SI MESMO Uma das técnicas para domar o nervosismo é, antes da apresentação, trocar pensamentos negativos (“Vou gaguejar?") por questões positivas (“O que vai acontecer se a apresentação for incrível?"). A resposta (um aumento de salário) pode diminuir a ansiedade. Além disso, tenha planos para momentos problemáticos. Se no meio do discurso perder o fio da meada, uma frase feita o ajuda a reordenar as ideias – algo como: “Na verdade, eu queria dizer que...”. Cometeu alguma gafe? Emende com uma piada e ria junto com a plateia.
EU FIZ “ENCAREI O MEDO E HOJE DOU PALESTRAS PARA AUDITÓRIOS CHEIOS.” Quando tinha de expor minha opinião, fugia porque não tinha segurança. Na primeira vez que fiquei na frente
SS PA O
5
dos alunos, comecei a
USE A PLATEIA COMO PARCEIRA Em vez de imaginar os espectadores como parte de um exército inimigo, enxergue o público como parceiro. Na prática, isso significa prestar atenção nas pessoas que estão sorrindo ou concordando com a sua fala. E não focar naquelas mais sérias ou discordantes. Além disso, tente captar quais os medos e as dúvidas da plateia e inclua respostas a essas incertezas no discurso. Outra forma de trazer o público para o seu lado é contar histórias que emocionam e divertem.
suar e tive tremedeira. Mas encarei o desafio, fiz um curso e fui melhorando aos poucos. Descobri que para me expressar melhor preciso estar relaxado e muito bem preparado. Alexandre Elias dos Santos, 48 anos, São Paulo (SP)
“NÃO SER TÃO PERFECCIONISTA ME AJUDOU A FALAR SS PA O
6
EM PÚBLICO.”
INCENTIVE A PARTICIPAÇÃO DO PÚBLICO Durante a infância, Pessoas engajadas numa conversa são mais interessadas do que as que apenas escutam. A interação com elas pode trazer dinamismo ao discurso, o que é ótimo. Porém, cuidado com aquele cidadão que questiona apenas para aparecer ou provocar. O que fazer? Não perca a compostura: olhe na direção da pessoa, escute a dúvida e agradeça a intervenção. Depois, reformule a pergunta de forma que ela fique mais construtiva e faça sentido no contexto da sua apresentação.
tive uma educação rígida, que resultou numa grande timidez. Tinha medo de errar, receber críticas e de falar em público. Quando esse receio começou a prejudicar emprego e estudos, busquei ajuda com terapia e cursos de oratória. Aprendi a abrir mão do perfeccionismo. Também comecei a utilizar técnicas para controlar a tensão. Cíntia Lopes, 42 anos, Blumenau (SC)
JUL/AGO 2015 39
COMPRE E AJUDE! APRESENTA:
R$ 3,90
TODO O LUCRO DO PROJETO É DOADO ;)
facebook.com/revistasorria
P A R A
S E R
F E L I Z
A G O R A
c
REVada I é umSTA DOA a ÇÃO !
NESTA EDIÇÃO A GENTE ENSINA A...
FALAR MELHOR EM PÚBLICO MUDAR A CARA da sua
VIZINHANÇA
SER AMIGO
DA 3ª IDADE COMEMORAR
PEQUENAS ALEGRIAS
CONVERSAR
COM ESTRANHOS
21
+
HISTÓRIAS
INSPIRADORAS
para alegrar #44
jul/ago
2015
VENDA EXCLUSIVA
DROGA RAIA
ASSINE JÁ:
LER MUDA O MUNDO
BANCADOBEM.COM.BR
SEU COPO ESTÁ
SUA VIDA
CHEIO OU VAZIO?
NOSSO CÉREBRO É PESSIMISTA POR NATUREZA, MAS AGIR DE FORMA POSITIVA É QUESTÃO DE ESCOLHA